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Acidentes de Trânsito

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<strong>Aci<strong>de</strong>ntes</strong> <strong>de</strong> <strong>Trânsito</strong><br />

Perfil geral<br />

Caracterização dos pacientes<br />

Os <strong>Aci<strong>de</strong>ntes</strong> <strong>de</strong> <strong>Trânsito</strong> foram responsáveis por um total <strong>de</strong> 760 internações nos hospitais<br />

SARAH-Brasília, SARAH-Salvador, SARAH-Belo Horizonte, SARAH-São Luís e SARAH-<br />

Fortaleza no período <strong>de</strong> 01/01/2011 a 30/06/2011 correspon<strong>de</strong>ndo a 45,5% do total <strong>de</strong> internações<br />

por Causas Externas.<br />

Do total <strong>de</strong> pacientes que sofreram Aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> <strong>Trânsito</strong>, 33,7% foram internados no hospital<br />

SARAH-Brasília, 14,5% no Hospital SARAH-Salvador, 21,8% no Hospital SARAH-Belo Horizonte,<br />

12,0% no Hospital SARAH-São Luís e 18,0% em Fortaleza. Dos pacientes admitidos pelo<br />

SARAH-Brasília, a maioria foi proveniente do Distrito Fe<strong>de</strong>ral (27,0% dos casos) e do Estado<br />

<strong>de</strong> Goiás (12,1%). Brasília (<strong>de</strong>finida pelas regiões do Plano-Piloto, Lagos Sul e Norte e Park<br />

Way), Taguatinga e Samambaia foram as cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> procedência <strong>de</strong> 44,9% dos pacientes provenientes<br />

do Distrito Fe<strong>de</strong>ral internados no SARAH-Brasília. Dos pacientes admitidos pelo<br />

SARAH-Salvador, 71,8% foram provenientes do Estado da Bahia, cuja capital (Salvador) e o<br />

município vizinho (Feira <strong>de</strong> Santana) respon<strong>de</strong>ram por 24,1% dos casos registrados. Dos pacientes<br />

admitidos pelo SARAH-Belo Horizonte, 70,5% foram provenientes do Estado <strong>de</strong> Minas<br />

Gerais, cuja capital (Belo Horizonte) e o município Contagem da região metropolitana respon<strong>de</strong>ram<br />

por 19,7% dos casos registrados. Dos pacientes admitidos pelo SARAH-São Luís,<br />

57,1% foram provenientes do Estado do Maranhão, cuja capital (São Luís) respon<strong>de</strong>u por<br />

28,8% dos casos registrados. Dos pacientes admitidos pelo SARAH-Fortaleza, 46,0% foram<br />

provenientes do Estado do Ceará, cuja capital (Fortaleza) e o município vizinho (Maracanau)<br />

respon<strong>de</strong>ram por 28,6% dos casos registrados.<br />

Os pacientes investigados caracterizaram-se por serem, em sua maioria, jovens e adultos jovens,<br />

homens (76,3%), solteiros (62,5%), com escolarida<strong>de</strong> até o ensino fundamental<br />

(41,8%) e resi<strong>de</strong>ntes em área urbana (84,5%).<br />

O predomínio do sexo masculino entre as vítimas <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> <strong>Trânsito</strong> é um traço fortemente<br />

característico <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte 1 . A proporção <strong>de</strong> 6 homens para cada mulher<br />

ferida pô<strong>de</strong> ser verificada na faixa etária <strong>de</strong> 20 a 24 anos. Essa proporção na distribuição das<br />

vítimas <strong>de</strong> <strong>Aci<strong>de</strong>ntes</strong> <strong>de</strong> <strong>Trânsito</strong> por sexo é corroborada por estatísticas internacionais e nacionais:<br />

em 1998, 73,2% do total <strong>de</strong> vítimas <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trânsito no Brasil eram <strong>de</strong> sexo<br />

masculino 2 .<br />

2,2<br />

Distribuição dos pacientes vítimas <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> <strong>Trânsito</strong>,<br />

segundo faixa etária na ocasião do aci<strong>de</strong>nte (%)<br />

3,0 3,2<br />

11,6<br />

21,6<br />

17,4<br />

0-4 5-9 10-14 15-19 20-24 25-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79<br />

1<br />

23,0<br />

12,1<br />

5,0<br />

0,8<br />

0,1


A maior incidência isolada <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> lesões <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> <strong>Aci<strong>de</strong>ntes</strong> <strong>de</strong> <strong>Trânsito</strong> ocorreu na<br />

faixa <strong>de</strong> 20 a 24 anos e <strong>de</strong> 30 a 39 anos, sendo que a maioria dos pacientes investigados feriu-se<br />

entre os 15 e os 39 anos (73,6% dos casos), faixa etária que engloba adolescentes e<br />

adultos jovens. A ida<strong>de</strong> que os pacientes possuíam na ocasião da lesão variou <strong>de</strong> 0 a 77 anos,<br />

tendo-se registrado a ida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 28,5 anos (<strong>de</strong>svio padrão <strong>de</strong> 11,9 anos).<br />

A distribuição etária dos pacientes é muito semelhante à distribuição etária das vítimas <strong>de</strong> <strong>Aci<strong>de</strong>ntes</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Trânsito</strong> no Brasil, publicada pelo Departamento Nacional <strong>de</strong> <strong>Trânsito</strong> (DENATRAN) 3 .<br />

A faixa etária <strong>de</strong> 15 a 24 anos concentrou a maior incidência isolada <strong>de</strong> vítimas <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong><br />

aci<strong>de</strong>nte em ambas estatísticas, po<strong>de</strong>ndo-se verificar que mais da meta<strong>de</strong> das vítimas <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> trânsito possuíam entre 15 e 34 anos.<br />

2,2<br />

Distribuição comparativa entre os pacientes vítimas <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

<strong>Trânsito</strong>, segundo faixa etária na ocasião do aci<strong>de</strong>nte, e o total <strong>de</strong><br />

vítimas <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> <strong>Trânsito</strong> no Brasil, segundo faixa etária (%)<br />

3,4<br />

6,2<br />

8,3<br />

33,2<br />

30,5<br />

0-4 5-14 15-24 25-34 35-59 60 e mais<br />

2<br />

29,9<br />

25,9<br />

27,6<br />

25,0<br />

Sarah - <strong>Aci<strong>de</strong>ntes</strong> <strong>de</strong> <strong>Trânsito</strong> Brasil - <strong>Aci<strong>de</strong>ntes</strong> <strong>de</strong> <strong>Trânsito</strong><br />

0,9<br />

6,9


Caracterização das lesões<br />

Os <strong>Aci<strong>de</strong>ntes</strong> <strong>de</strong> <strong>Trânsito</strong> investigados produziram, predominantemente, lesões medulares e<br />

lesões cerebrais, representadas, em sua totalida<strong>de</strong> por traumatismos crânio encefálicos. Os<br />

neurotraumas consubstanciam, portanto, o padrão das lesões verificadas entre as vítimas<br />

<strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte: somadas, as lesões medulares e as lesões cerebrais foram responsáveis<br />

por 88,0% das internações registradas.<br />

Distribuição dos pacientes vítimas <strong>de</strong> <strong>Aci<strong>de</strong>ntes</strong> <strong>de</strong> <strong>Trânsito</strong> por<br />

causa <strong>de</strong> internação (%)<br />

67,4<br />

20,7<br />

Lesão Medular Lesão Cerebral Lesão Ortopédica Lesão Neurológica<br />

As paraplegias foram responsáveis por<br />

66,8% do total <strong>de</strong> casos registrados <strong>de</strong><br />

lesão medular, que foram classificadas,<br />

predominantemente, como lesões medulares<br />

completas (ASIA A = 66,4% dos<br />

casos).<br />

As lesões ortopédicas constituíram a terceira<br />

causa <strong>de</strong> internação mais freqüente<br />

<strong>de</strong>ntre os pacientes vítimas <strong>de</strong> <strong>Aci<strong>de</strong>ntes</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Trânsito</strong>, concentrando-se a maioria<br />

(55,3% dos casos) <strong>de</strong>ssas lesões na região<br />

dos membros inferiores,<br />

particularmente na perna.<br />

Vale <strong>de</strong>stacar que todas as lesões neurológicas<br />

observadas nesse tipo <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte<br />

referiram-se a lesões do plexo braquial.<br />

3<br />

10,0<br />

Tetraplegia<br />

33,0<br />

Paraplegia<br />

66,8 %<br />

Paraplegia<br />

66,8<br />

2,0<br />

Distribuição dos pacientes por<br />

classificação da lesão medular (%)<br />

Monoplegia<br />

0,2


46,9<br />

45,1<br />

Distribuição dos pacientes por causa <strong>de</strong> internação, segundo<br />

meio/modo <strong>de</strong> locomoção no aci<strong>de</strong>nte (%)<br />

2,7<br />

5,1<br />

0,0<br />

100,0<br />

0,0<br />

Os aci<strong>de</strong>ntes envolvendo automóveis, utilitários<br />

e caminhonetes foram os eventos<br />

geradores da maior parte das lesões medulares<br />

verificadas (46,9%). Os aci<strong>de</strong>ntes<br />

envolvendo motocicletas tiveram participação<br />

percentual importante nos quatro tipos <strong>de</strong><br />

lesão (45,1% das lesões medulares, 100%<br />

das lesões neurológicas, 42,1% das lesões<br />

ortopédicas e 44,6%, das lesões cerebrais).<br />

Entre os pacientes admitidos para internação<br />

pelos hospitais da Re<strong>de</strong> SARAH 57,6% foram<br />

resgatados no local do aci<strong>de</strong>nte por equipes<br />

especializadas. Os resgates nãoespecializados<br />

tiveram como padrão, <strong>de</strong> acordo<br />

com o relato dos pacientes, o socorro<br />

por transeuntes ou outras pessoas envolvidas<br />

no mesmo aci<strong>de</strong>nte.<br />

4<br />

25,0<br />

42,1<br />

9,2<br />

23,7<br />

29,9<br />

44,6<br />

14,0<br />

11,5<br />

Lesão Medular Lesão Neurológica Lesão Ortopédica Lesão Cerebral<br />

Automóvel/Caminhão/Ônibus Motocicleta Bicicleta A pé<br />

Distribuição dos pacientes por<br />

tipo <strong>de</strong> resgate (%)<br />

Nãoespecializado<br />

1,7<br />

Não-especializado<br />

40,7<br />

Especializado<br />

57,6


Caracterização dos aci<strong>de</strong>ntes<br />

Os <strong>Aci<strong>de</strong>ntes</strong> <strong>de</strong> <strong>Trânsito</strong> investigados envolveram seis categorias <strong>de</strong> meios/modos <strong>de</strong> locomoção:<br />

1) Automóvel, Utilitário ou Caminhonete; 2) Caminhão ou Ônibus; 3) Motocicletas; 4)<br />

Bicicletas; 5) A pé; e 6) Outros meios/modos.<br />

45,8<br />

Distribuição dos pacientes segundo meio/modo <strong>de</strong><br />

locomoção utilizado na ocasião do aci<strong>de</strong>nte (%)<br />

36,4<br />

Motocicleta Automóvel,<br />

Utilitário<br />

8,7<br />

O crescente aumento da frota nacional <strong>de</strong> motocicletas e o aumento do envolvimento <strong>de</strong>ssa<br />

categoria em <strong>Aci<strong>de</strong>ntes</strong> <strong>de</strong> <strong>Trânsito</strong> fizeram com que a maioria (45,8%) dos pacientes internados<br />

na Re<strong>de</strong> SARAH fosse <strong>de</strong> usuários (condutores ou passageiros) <strong>de</strong> Motocicletas,<br />

ultrapassando nesse ano os usuários <strong>de</strong> Automóveis, Utilitários ou Caminhonetes (36,4%).<br />

A maioria dos <strong>Aci<strong>de</strong>ntes</strong> <strong>de</strong> <strong>Trânsito</strong> investigados<br />

ocorreu em rodovias (50,1%), seguidos<br />

por aqueles que aconteceram em vias urbanas<br />

(incluindo-se nesta classificação as rodovias<br />

em perímetro urbano).<br />

A maioria dos aci<strong>de</strong>ntes (69,3%) envolvendo<br />

Automóveis, Utilitários ou Caminhonetes<br />

ocorreu em rodovias. Nas vias urbanas, os<br />

pacientes se feriram, majoritariamente, enquanto<br />

eram condutores ou passageiros <strong>de</strong><br />

motocicletas (46,0% dos casos) e bicicletas<br />

(64,1%). Como era <strong>de</strong> se esperar, a maioria<br />

(63,6%) <strong>de</strong> pacientes que se locomoviam A<br />

pé foi atropelada em vias urbanas.<br />

A maioria (59,6%) dos <strong>Aci<strong>de</strong>ntes</strong> <strong>de</strong> <strong>Trânsito</strong><br />

ocorreu no período diurno, concentrando-se<br />

entre 14:00 e 19:00 horas, período em que se<br />

registrou 36,4% do total <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes.<br />

5<br />

5,1<br />

3,8<br />

A pé Bicicleta Caminhão ou<br />

ônibus<br />

0,1<br />

Outros<br />

Distribuição dos pacientes<br />

por tipo <strong>de</strong> via em que<br />

ocorreu o aci<strong>de</strong>nte (%)<br />

Via<br />

urbana<br />

37,8<br />

Estrada<br />

<strong>de</strong> terra<br />

11,7<br />

Outra<br />

0,4<br />

Rodovia<br />

50,1


3,7<br />

00:00<br />

2,0<br />

01:00<br />

3,5<br />

02:00<br />

Distribuição dos pacientes por horário em que ocorreu o aci<strong>de</strong>nte (%)<br />

3,2<br />

03:00<br />

2,7<br />

04:00<br />

2,8<br />

05:00<br />

3,1<br />

06:00<br />

4,8<br />

07:00<br />

3,5<br />

08:00<br />

3,7<br />

09:00<br />

3,2<br />

10:00<br />

4,3<br />

11:00<br />

A maior incidência dos aci<strong>de</strong>ntes foi registrada em torno <strong>de</strong> 19:00 horas, horário no qual se<br />

verifica um gran<strong>de</strong> volume <strong>de</strong> veículos e pe<strong>de</strong>stres em trânsito e, também, quando cessa a<br />

iluminação natural. Vale <strong>de</strong>stacar que esse período <strong>de</strong> cinco horas (<strong>de</strong> 14:00 a 19:00 horas)<br />

manteve-se como prepon<strong>de</strong>rante, no que diz respeito à ocorrência <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

do dia da semana em que esses ocorreram. Essa constatação é consistente, ainda,<br />

com o verificado nacionalmente em 1998, quando 56,8% dos aci<strong>de</strong>ntes registrados ocorreram<br />

<strong>de</strong> dia, segundo a classificação do Departamento Nacional <strong>de</strong> <strong>Trânsito</strong> (DENATRAN) 2 .<br />

Quase a meta<strong>de</strong> (44,1%) dos aci<strong>de</strong>ntes em análise ocorreu no sábado e domingo, distribuindo-se<br />

os aci<strong>de</strong>ntes restantes <strong>de</strong> modo equiparado pelos <strong>de</strong>mais dias da semana.<br />

6<br />

5,3<br />

12:00<br />

3,2<br />

13:00<br />

5,1<br />

14:00<br />

5,3<br />

15:00<br />

5,3<br />

16:00<br />

6,3<br />

17:00<br />

6,6<br />

18:00<br />

7,8<br />

19:00<br />

4,5<br />

20:00<br />

4,1<br />

21:00<br />

3,6<br />

22:00<br />

2,5<br />

23:00


11,1<br />

10,4<br />

9,5<br />

11,8<br />

Quando analisados segundo o tipo <strong>de</strong> via, nota-se que os <strong>Aci<strong>de</strong>ntes</strong> <strong>de</strong> <strong>Trânsito</strong> ocorridos em<br />

rodovias prevalecem todos os dias da semana.<br />

40,5<br />

44,0<br />

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo<br />

14,3<br />

Distribuição dos pacientes por dia da semana em que ocorreu o<br />

aci<strong>de</strong>nte (%)<br />

38,0<br />

41,7<br />

37,8<br />

7<br />

34,0<br />

13,2<br />

39,2<br />

19,5<br />

Distribuição dos pacientes por dia da semana, segundo tipo <strong>de</strong> via<br />

em que ocorreu o aci<strong>de</strong>nte (%)<br />

1,2<br />

53,2<br />

7,6<br />

1,3<br />

51,4<br />

6,9<br />

50,0<br />

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo<br />

12,2<br />

Via urbana Rodovia Estrada <strong>de</strong> terra Outra<br />

56,0<br />

10,0<br />

49,3<br />

11,5<br />

35,8<br />

24,6<br />

48,7<br />

15,0<br />

0,5


O principal motivo do <strong>de</strong>slocamento dos pacientes na ocasião em que ocorreram os aci<strong>de</strong>ntes<br />

foi o lazer (54,7% dos casos). Deslocamentos motivados pelo trabalho foram verificados nos<br />

aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> 31,2% dos pacientes admitidos pela Re<strong>de</strong> SARAH.<br />

54,7<br />

Distribuição dos pacientes por motivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento na ocasião<br />

do aci<strong>de</strong>nte (%)<br />

31,2<br />

8,6<br />

Lazer Trabalho Consumo<br />

bens/serviços<br />

Quase a meta<strong>de</strong> dos aci<strong>de</strong>ntes cuja motivação <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento foi o lazer e mais da meta<strong>de</strong><br />

dos <strong>de</strong>slocamentos motivados por trabalho ocorreram em rodovias, o que po<strong>de</strong> manter relação<br />

com o fato <strong>de</strong> que as rodovias são, muitas vezes, trajeto obrigatório <strong>de</strong> ligação entre o local <strong>de</strong><br />

residência e o local <strong>de</strong> trabalho - como é o caso, por exemplo, daqueles pacientes que residiam<br />

nos municípios <strong>de</strong> Lauro <strong>de</strong> Freitas ou Camaçari e que trabalhavam na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salvador;<br />

ou ainda o caso dos pacientes que residiam em alguma das cida<strong>de</strong>s-satélites <strong>de</strong> Brasília e que<br />

precisavam transitar por rodovias até chegarem ao Plano-Piloto da Capital Fe<strong>de</strong>ral.<br />

38,2<br />

48,8<br />

12,7<br />

34,6<br />

56,1<br />

8,9<br />

56,0<br />

40,0<br />

8<br />

4,0<br />

44,6<br />

41,5<br />

3,2 2,4<br />

Estudo Outro<br />

Distribuição dos pacientes por motivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento, segundo<br />

tipo <strong>de</strong> via em que ocorreu o aci<strong>de</strong>nte (%)<br />

0,2 0,4<br />

13,8<br />

Lazer Trabalho Estudo Consumo<br />

bens/serviços<br />

Via urbana Rodovia Estrada <strong>de</strong> terra Outra<br />

35,3<br />

29,4 29,4<br />

Outro<br />

5,9


Nas vias urbanas, a principal motivação dos <strong>de</strong>slocamentos foi o estudo. Nessas categorias <strong>de</strong><br />

motivação <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento, bem como nas <strong>de</strong> lazer e trabalho os homens foram majoritários.<br />

Solicitados a i<strong>de</strong>ntificar a(s) causa(s) do aci<strong>de</strong>nte sofrido, a maioria dos pacientes (77,5%)<br />

atribuiu aos comportamentos e/ou atitu<strong>de</strong>s humanas a causa <strong>de</strong> origem do evento - isto é,<br />

atribuiu-se majoritariamente ao condutor do veículo em que se encontrava o paciente, ou a si<br />

mesmo (quando o paciente era condutor ou pe<strong>de</strong>stre), ou ainda ao condutor <strong>de</strong> outro veículo<br />

envolvido no aci<strong>de</strong>nte, a causa primária do aci<strong>de</strong>nte. Apenas 12,9% das respostas indicaram<br />

algum aspecto da via como causa do aci<strong>de</strong>nte, e um número ainda menor (5,0%) alguma <strong>de</strong>ficiência<br />

mecânica do veículo (como estouro <strong>de</strong> pneus, perda <strong>de</strong> freios etc.).<br />

De acordo com os pacientes, em 70,5% dos aci<strong>de</strong>ntes verificados não houve consumo <strong>de</strong> bebida<br />

alcoólica, em qualquer quantida<strong>de</strong>, por nenhum dos envolvidos. O consumo <strong>de</strong> álcool<br />

antes do aci<strong>de</strong>nte foi admitido por 29,5% dos condutores ou pe<strong>de</strong>stres.<br />

1<br />

2<br />

3<br />

SUSAN P. Baker et. al. The Injury Fact Book. New York, Oxford University Press, 1992, p. 216.<br />

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. DENATRAN. Informe Estatístico, 1998. Brasília, DENATRAN, 1998.<br />

IBGE. Anuário Estatístico do Brasil, 1996. RJ, IBGE, 1996.<br />

9

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