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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

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A miséria é de todos nós<br />

<strong>INTERPRETAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> <strong>TEXTOS</strong><br />

Como entender a resistência da miséria no Brasil, uma chaga social que remonta aos primórdios da colonização? No<br />

decorrer das últimas décadas, enquanto a miséria se mantinha mais ou menos do mesmo tamanho, todos os indicadores sociais<br />

brasileiros melhoraram. Há mais crianças em idade escolar frequentando aulas atualmente do que em qualquer outro período<br />

da nossa história. As taxas de analfabetismo e mortalidade infantil também são as menores desde que se passou a registrá-las<br />

nacionalmente. O Brasil figura entre as dez nações de economia mais forte do mundo. No campo diplomático, começa a<br />

exercitar seus músculos. Vem firmando uma inconteste liderança política regional na América Latina, ao mesmo tempo que<br />

atrai a simpatia do Terceiro Mundo por ter se tornado um forte oponente das injustas políticas de comércio dos países ricos.<br />

Apesar de todos esses avanços, a miséria resiste.<br />

Embora em algumas de suas ocorrências, especialmente na zona rural, esteja confinada a bolsões invisíveis aos olhos<br />

dos brasileiros mais bem posicionados na escala social, a miséria é onipresente. Nas grandes cidades, com aterrorizante<br />

frequência, ela atravessa o fosso social profundo e se manifesta de forma violenta. A mais assustadora dessas manifestações é a<br />

criminalidade, que, se não tem na pobreza sua única causa, certamente em razão dela se tornou mais disseminada e cruel.<br />

Explicar a resistência da pobreza extrema entre milhões de habitantes não é uma empreitada simples.<br />

Veja, ed. 1735<br />

01)O título dado ao texto se justifica porque:<br />

a)a miséria abrange grande parte de nossa população;<br />

b) a miséria é culpa da classe dominante;<br />

c) todos os governantes colaboraram para a miséria comum;<br />

d) a miséria deveria ser preocupação de todos nós;<br />

e) um mal tão intenso atinge indistintamente a todos.<br />

02)A primeira pergunta – “Como entender a resistência da miséria no Brasil, uma chaga social que remonta aos primórdios da<br />

colonização?”:<br />

a) representa o tema central de todo o texto; b) tem sua resposta dada no último parágrafo;<br />

c) é só uma motivação para a leitura do texto; d) é uma pergunta retórica, à qual não cabe resposta;<br />

e) é uma das perguntas do texto que ficam sem resposta.<br />

03)Após a leitura do texto, só NÃO se pode dizer da miséria no Brasil que ela:<br />

a) tem manifestações violentas, como a criminalidade nas grandes cidades;<br />

b) é culpa dos governos recentes, apesar de seu trabalho produtivo em outras áreas;<br />

c) é de difícil compreensão, já que sua presença não se coaduna com a de outros indicadores sociais;<br />

d) atinge milhões de habitantes, embora alguns deles não apareçam para a classe dominante;<br />

e) tem razões históricas e se mantém em níveis estáveis nas últimas décadas.<br />

04)O melhor resumo das sete primeiras linhas do texto é:<br />

a)Entender a miséria no Brasil é impossível, já que todos os outros indicadores sociais melhoraram;<br />

b)Desde os primórdios da colonização a miséria existe no Brasil e se mantém onipresente;<br />

c)A miséria no Brasil tem fundo histórico e foi alimentada por governos incompetentes;<br />

d)Embora os indicadores sociais mostrem progresso em muitas áreas, a miséria ainda atinge uma pequena parte de nosso povo;<br />

e)Todos os indicadores sociais melhoraram, exceto o indicador da miséria que leva à criminalidade.<br />

05)As marcas de progresso em nosso país são dadas com apoio na quantidade, exceto:<br />

a) mortalidade infantil; b) liderança diplomática; c) frequência escolar;<br />

d) analfabetismo; e) desempenho econômico.<br />

06)“ No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos.”; com essa frase, o jornalista quer dizer que o Brasil:<br />

a)já está suficientemente forte para começar a exercer sua liderança na América Latina;<br />

b)já mostra que é mais forte que seus países vizinhos;<br />

c)está iniciando seu trabalho diplomático a fim de marcar presença no cenário exterior;<br />

d)pretende mostrar ao mundo e aos países vizinhos que já é suficientemente forte para tornar-se líder;<br />

e)ainda é inexperiente no trato com a política exterior.<br />

07)Segundo o texto, “A miséria é onipresente” embora:<br />

a) se manifeste de formas distintas; b) esteja escondida dos olhos de alguns;<br />

c) seja combatida pelas autoridades; d) apareça algumas vezes nas grandes cidades;<br />

e) se torne mais disseminada e cruel.<br />

08) “...não é uma empreitada simples” equivale a dizer que é uma empreitada complexa; o item em que essa equivalência é<br />

feita de forma INCORRETA é:<br />

PROF. RONDINELE AMF-CENTRO <strong>DE</strong> CURSOS Página 1


a) não é uma preocupação geral = é uma preocupação superficial;<br />

b) não é uma pessoa apática = é uma pessoa dinâmica;<br />

c) não é uma questão vital = é uma questão desimportante;<br />

d) não é um problema universal = é um problema particular;<br />

e) não é uma cópia ampliada = é uma cópia reduzida.<br />

Texto para as próximas questões:<br />

A maturidade do internetês<br />

A grafia popularizada pela internet vai além das abreviações e consolida estilo informal e afetivo da comunicação escrita<br />

Edgard Murano<br />

___________________________________________<br />

Desde que a internet começou a popularizar-se, em meados dos anos 90, muita coisa mudou nos hábitos de escrita e<br />

comunicação no mundo todo. Primeiro surgiu o e-mail, depois vieram as salas de bate-papo e os comunicadores instantâneos<br />

(como ICQ e MSN) e, finalmente, os blogs e as redes sociais (Orkut, Facebook etc.), hoje tão populares entre os adolescentes<br />

quanto diários e papéis de carta um dia já foram. Em meio a essas mudanças, com o advento de novos recursos e ferramentas<br />

comunicacionais, o internetês – nome dado à grafia abreviada utilizada na internet – acabou se desenvolvendo e cristalizandose<br />

à medida que a rede mundial de computadores evoluiu.<br />

Ferramentas como o MSN, entre outras baseadas na escrita que a internet oferece, têm acelerado o processo de<br />

comunicação entre as pessoas, influenciando a relação delas com a palavra e resgatando o valor do texto escrito como há muito<br />

não se via.<br />

Muitas pessoas veem no internetês – essa espécie de "língua" oficial dos jovens conectados – um mal iminente, à<br />

espreita de corromper a forma padrão do idioma e de tornar o patrimônio da língua uma grande sala de bate-papo, repleta de<br />

flw ["falou"], blz ["beleza"] e demais abreviações informais que, em geral, os adolescentes usam para comunicar-se.<br />

“A web não tem culpa de nada. Pessoas com boa formação educacional sempre conseguirão separar a linguagem<br />

coloquial da formal. Elas sabem quando dispensar os acentos e quando pingar todos os "is", afirma Arlete Salvador”, autora de<br />

A Arte de Escrever Bem (Editora Contexto).<br />

A jornalista chama a atenção para a enorme quantidade de analfabetos funcionais no país, cujo problema não será<br />

agravado pela linguagem da internet, tampouco solucionado, por se tratar de um problema de alfabetização, de educação<br />

formal.<br />

http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11684<br />

09)O autor do texto, Edgar Murano:<br />

a)lamenta os danos provocados pela popularidade da internet.<br />

b)acredita que a web tem fortalecido o uso da modalidade escrita da língua.<br />

c)condena as mudanças nos hábitos de escrita decorrentes da comunicação na web.<br />

d)recomenda o uso da grafia abreviada, utilizada na internet, na comunicação entre os jovens.<br />

10)As palavras de Arlete Salvador corroboram a ideia de que<br />

a)é possível prescindir do internetês para se comunicar na web.<br />

b)é necessário dispensar os acentos e pingar todos os “is” na comunicação via internet.<br />

c)a internet tem exercido influência negativa sobre os adolescentes, sobretudo quanto ao uso da escrita.<br />

d)aqueles que têm boa educação formal saberão utilizar com propriedade as diferentes variantes da língua.<br />

11)A jornalista Arlete Salvador denuncia:<br />

a)o problema do analfabetismo digital.<br />

b)o uso recorrente da linguagem coloquial na internet.<br />

c)a influência da web nos hábitos de escrita dos jovens.<br />

d)as falhas decorrentes de problemas de letramento no Brasil.<br />

10)De acordo com o texto, o internetês caracteriza-se pelo uso de:<br />

a)registro formal culto. b)grafia abreviada e do padrão culto da língua.<br />

c)abreviações e de um estilo coloquial e afetivo. d)formas cristalizadas das palavras e do estilo formal.<br />

Texto para as próximas questões:<br />

A vírgula não foi feita para humilhar ninguém<br />

Era Borjalino Ferraz e perdeu o primeiro emprego na Prefeitura de Macajuba por coisas de pontuação. Certa vez, o<br />

diretor do Serviço de Obras chamou o amanuense para uma conversa de fim de expediente. E aconselhativo:<br />

— Seu Borjalino, tenha cuidado com as vírgulas. Desse jeito, o amigo acaba com o estoque e a comarca não tem<br />

dinheiro para comprar vírgulas novas.<br />

Fez outros ofícios, semeou vírgulas empenadas por todos os lados e acabou despedido. Como era sujeito de brio,<br />

tomou aulas de gramática, de modo a colocar as vírgulas em seus devidos lugares. Estudou e progrediu. Mais do que isso, saiu<br />

das páginas da gramática escrevendo bonito, com rendilhados no estilo. Cravava vírgulas e crases como um ourives crava<br />

pedras. O que fazia o coletor federal Zozó Laranjeira apurar os óculos e dizer com orgulho:<br />

— Não tem como o Borjalino para uma vírgula e mesmo para uma crase. Nem o presidente da República!<br />

PROF. RONDINELE AMF-CENTRO <strong>DE</strong> CURSOS Página 2


E assim, um porco-espinho de vírgulas e crases, Borjalino foi trabalhar, como escriturário, na Divisão de Rendas de<br />

São Miguel do Cupim. Ficou logo encarregado dos ofícios, não só por ter prática de escrever como pela fama de virgulista.<br />

Mas, com dois meses de caneta, era despedido. O encarregado das rendas, sujeito sem vírgulas e sem crase, foi franco:<br />

— Seu Borjalino, sua competência é demais para repartição tão miúda. O amigo é um homem de instrução. É um<br />

dicionário. Quando o contribuinte recebe um ofício de sua lavra, cuida que é ordem de prisão. O Coronel Balduíno dos Santos<br />

quase teve um sopro no coração ao ler uma peça saída de sua caneta. Pensou que fosse ofensa, pelo que passou um telegrama<br />

desaforado ao Senhor Governador do Estado.<br />

Veja bem! O Senhor Governador.<br />

E por colocar bem as vírgulas e citar Nabucodonosor em ofício de pequena corretagem, o esplêndido Borjalino foi<br />

colocado à disposição do olho da rua. Com uma citação no Diário Oficial e duas gramáticas debaixo do braço.<br />

(José Cândido de Carvalho. Porque Lulu Bergantim não atravessou o Rubicon. Rio de Janeiro: José Olympio, 1971.)<br />

11)(IBMEC-2008) A habilidade de Borjalino em pontuar corretamente um texto é expressa em:<br />

a) “Cravava vírgulas e crases como um ourives crava pedras.”<br />

b) “Era Borjalino Ferraz e perdeu o primeiro emprego na Prefeitura de Macajuba por coisas de pontuação.”<br />

c) “Quando o contribuinte recebe um ofício de sua lavra, cuida que é ordem de prisão.”<br />

d) “Fez outros ofícios, semeou vírgulas empenadas por todos os lados e acabou despedido.”<br />

e) “Desse jeito, o amigo acaba com o estoque e a comarca não tem dinheiro para comprar vírgulas novas.”<br />

12)(IBMEC-SP De acordo com o texto, pode-se afirmar que o motivo da segunda demissão de Borjalino foi:<br />

a) O conhecimento gramatical de que dispunha o funcionário era inferior à sua habilidade para redigir textos.<br />

b) Ele empregava termos inadequados ao estilo dos textos requeridos.<br />

c) O funcionário não era capacitado para escrever, por isso, não era compreendido pelos leitores menos cultos.<br />

d) A pontuação deficiente somada à sua incapacidade de redigir bons textos.<br />

e) Ele não sabia pontuar corretamente, embora se fizesse compreender plenamente.<br />

13)(IBMEC-SP) “Pensou que fosse ofensa, pelo que passou um telegrama desaforado ao Senhor Governador do Estado.” O<br />

sentido do termo grifado repete-se em:<br />

a) “…Fez outros ofícios, semeou vírgulas empenadas por todos os lados e acabou despedido.”<br />

b) “…o diretor do Serviço de Obras chamou o amanuense para uma conversa de fim de expediente.”<br />

c) “Borjalino foi trabalhar, como escriturário, na Divisão de Rendas de São Miguel do Cupim.”<br />

d) “…perdeu o primeiro emprego na Prefeitura de Macajuba por coisas de pontuação.”<br />

e) “O Coronel Balduíno dos Santos quase teve um sopro no coração ao ler uma peça saída de sua caneta.”<br />

14)(IBMEC-SP) “Eles, os pobres desesperados, tinham a euforia de fantoches.”<br />

A vírgula foi empregada pela mesma razão que na frase acima em:<br />

a) “Desse jeito, o amigo acaba com o estoque e a comarca não tem dinheiro para comprar vírgulas novas.”<br />

b) “Fez outros ofícios, semeou vírgulas empenadas por todos os lados e acabou despedido.”<br />

c) “Como era sujeito de brio, tomou aulas de gramática…”<br />

d) “Borjalino foi trabalhar, como escriturário, na Divisão de Rendas de São Miguel do Cupim.”<br />

e) “O encarregado das rendas, sujeito sem vírgulas e sem crase, foi franco…”<br />

15)(IBMEC-SP) A crase foi empregada incorretamente em:<br />

a) Cravava vírgulas e crases à maneira de um ourives.<br />

b) Ao chegar à casa, Borjalino percebeu que seu esforço fora em vão.<br />

c) Agora o esplêndido funcionário estava à toa.<br />

d) Todos resistiam à sua erudição.<br />

e) Borjalino seguiu até à porta, abriu-a e saiu sem olhar para trás.<br />

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