15.04.2013 Views

Áreas com trafego de maquinário agrícola, pisoteio do ... - UFSM

Áreas com trafego de maquinário agrícola, pisoteio do ... - UFSM

Áreas com trafego de maquinário agrícola, pisoteio do ... - UFSM

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

EROSÃO E ASSOREAMENTO<br />

causas e consequências para a<br />

qualida<strong>de</strong> da água<br />

Viviane Capoane


CONCEITO DE EROSÃO<br />

Esta liga<strong>do</strong> aos processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste da superfície <strong>do</strong> terreno <strong>com</strong> a<br />

retirada e o transporte <strong>de</strong> grãos minerais. Implica na relação <strong>de</strong><br />

fragmentação mecânica das rochas ou na <strong>de</strong><strong>com</strong>posição química das<br />

mesmas, bem <strong>com</strong>o na remoção superficial ou subsuperficial <strong>do</strong>s<br />

produtos <strong>do</strong> intemperismo. Em senti<strong>do</strong> + amplo, a erosão consiste no<br />

<strong>de</strong>sgaste, no afrouxamento <strong>do</strong> material rochoso e na remoção <strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong>tritos através <strong>do</strong>s processos atuantes na superfície terrestre<br />

(Bigarella, 2003).


IMPORTÂNCIA<br />

Degradação <strong>de</strong> solos <strong>agrícola</strong>s;<br />

Perda <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s solos <strong>agrícola</strong>s;<br />

Assoreamento <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> água e reservatórios;<br />

Degradação da qualida<strong>de</strong> da água.


TIPOS DE EROSÃO<br />

Quanto a origem<br />

Geológica;<br />

Acelerada ou antrópica.<br />

Quanto ao agente<br />

Água;<br />

Vento;<br />

T°C;<br />

Biológica.


Quanto a origem<br />

A erosão geológica é aquela que ocorre em solos on<strong>de</strong> não<br />

houve interferência humana, não é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> um problema, mas<br />

parte essencial da evolução das paisagens naturais.<br />

Este tipo <strong>de</strong> erosão, junto <strong>com</strong> os processos <strong>de</strong> intemperismo, é<br />

responsável pela formação <strong>do</strong>s solos e, em tempo geológico (milhões<br />

<strong>de</strong> anos) produziu to<strong>do</strong>s os tipos <strong>de</strong> topografia hoje existentes.<br />

* Em geral, as taxas naturais <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> solo são <strong>com</strong>pensadas<br />

pelas taxas <strong>de</strong> formação <strong>do</strong> solo.


Quanto a origem<br />

Erosão acelerada ou antrópica é um processo rápi<strong>do</strong> e<br />

<strong>de</strong>strutivo e, inicia<strong>do</strong> pelo próprio homem, on<strong>de</strong> as taxas <strong>de</strong><br />

remoção superam as taxas <strong>de</strong> formação ou gênese <strong>do</strong>s<br />

solos.<br />

Em escala mundial, a erosão promovida por ativida<strong>de</strong>s não-<strong>agrícola</strong>s,<br />

tais <strong>com</strong>o a construção civil, mineração, etc é insignificante, interferin<strong>do</strong> em<br />

uma pequena parte da superfície terrestre. Por outro, a agricultura, por ser<br />

tão amplamente distribuída e potencialmente alterar a velocida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />

processos erosivos, torna-se muito mais importante.


Quanto ao agente<br />

Água: + importante agente <strong>de</strong> erosão atuan<strong>do</strong> através das chuvas,<br />

riachos e rios pelo impacto ou carreamento <strong>do</strong> solo. As ondas<br />

também atuam erodin<strong>do</strong> as margens <strong>de</strong> da costa litorânea, <strong>de</strong> lagos e<br />

rios.<br />

Ventos: A ação <strong>do</strong>s ventos ocorre pela abrasão <strong>de</strong> partículas <strong>de</strong><br />

rochas e solo em suspensão.<br />

Mudanças <strong>de</strong> temperatura: Quan<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> <strong>com</strong>o agente <strong>de</strong><br />

erosão geológica é perceptível somente quan<strong>do</strong> se consi<strong>de</strong>ra longo<br />

perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> tempo, <strong>com</strong>o por exemplo, as fraturas geradas nas rochas.<br />

Estas fraturas ten<strong>de</strong>m a ser superficiais nas variações <strong>de</strong> temperatura<br />

entre o dia e noite, enquanto são mais profundas quan<strong>do</strong> originadas<br />

das alternâncias entre o verão e inverno.<br />

Biológico: Alguma <strong>de</strong>struição po<strong>de</strong> ser causada por organismos tais<br />

<strong>com</strong>o liquens e musgos sobre as rochas.


A erosão <strong>do</strong> solo ocorre quase que<br />

simultaneamente ao processo <strong>de</strong><br />

intemperismo, pois os agentes da ação<br />

são os mesmos.


Foto: PEDRON, F. A.<br />

Foto: CAPOANE, V.<br />

Físico:<br />

Variação <strong>de</strong><br />

temperatura;<br />

Alívio <strong>de</strong> pressões;<br />

Crescimento <strong>de</strong><br />

cristais;<br />

Hidratação <strong>de</strong><br />

minerais;<br />

Processos físicobiológicos.<br />

Químico:<br />

Oxidação;<br />

Redução;<br />

Hidratação;<br />

Hidrólise;<br />

Dissolução.


quanto maior a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água (pluviosida<strong>de</strong> total) e<br />

mais frequente sua renovação (distribuição), mais <strong>com</strong>pletas as<br />

reações químicas <strong>do</strong> intemperismo.


A erosão hídrica constitui uma das principais formas <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação<br />

<strong>do</strong>s recursos naturais solo e água, constituin<strong>do</strong>-se em uma gran<strong>de</strong> fonte <strong>de</strong><br />

sedimentos <strong>de</strong> uma bacia hidrográfica. Os impactos gera<strong>do</strong>s por este<br />

processo ocorrem tanto na bacia on<strong>de</strong> os sedimentos são gera<strong>do</strong>s, quanto<br />

na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem, on<strong>de</strong> os sedimentos são <strong>de</strong>posita<strong>do</strong>s (on-site – offsite).<br />

A ocorrência da erosão implica em maiores custos <strong>de</strong> produção para o<br />

agricultor, pois os nutrientes, aplica<strong>do</strong>s ao solo na forma <strong>de</strong> fertilizantes,<br />

são transporta<strong>do</strong>s adsorvi<strong>do</strong>s no sedimento.<br />

Além disso, a camada superficial <strong>do</strong> solo, consi<strong>de</strong>rada a mais fértil, é<br />

removida por meio da ação <strong>do</strong>s agentes erosivos, ocorren<strong>do</strong> uma redução<br />

nos teores <strong>de</strong> matéria orgânica <strong>do</strong> solo.<br />

A perda <strong>de</strong> matéria orgânica, associada às perdas <strong>de</strong> nutrientes minerais<br />

e <strong>do</strong> próprio solo, causam redução <strong>de</strong> sua capacida<strong>de</strong> produtiva, refletin<strong>do</strong><br />

assim em diversas consequências <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m social e econômica para a<br />

<strong>com</strong>unida<strong>de</strong> local.


Desenho: Viviane Capoane e Marcel Jacques.<br />

CICLO HIDROLÓGICO


Formas <strong>de</strong> erosão hídrica<br />

As formas <strong>de</strong> erosão hídrica mais <strong>com</strong>uns são a laminar, em sulcos e voçorocas,<br />

todas <strong>de</strong>finidas a partir da progressiva concentração <strong>de</strong> enxurrada na superfície.<br />

Erosão laminar: finas camadas <strong>de</strong> solo são removidas em toda uma área, sen<strong>do</strong><br />

a menos notada visualmente. Po<strong>de</strong> ser percebida a partir da exposição <strong>de</strong> raízes<br />

<strong>de</strong> plantas perenes.<br />

Erosão em sulcos: resultante da concentração da enxurrada em alguns pontos <strong>do</strong><br />

terreno, atingin<strong>do</strong> volume e velocida<strong>de</strong>s suficientes para formar sulcos mais ou<br />

menos profun<strong>do</strong>s. Na sua fase inicial, os sulcos po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>sfeitos <strong>com</strong> as<br />

operações normais <strong>de</strong> preparo <strong>do</strong> solo, porém em estádio mais avança<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>m<br />

atingir profundida<strong>de</strong>s que interrompem o trabalho <strong>de</strong> máquinas.<br />

Erosão em voçorocas: ocasionada por gran<strong>de</strong>s concentrações <strong>de</strong> enxurrada que<br />

passam, ano após ano, no mesmo sulco, o qual vai se amplian<strong>do</strong> pelo<br />

<strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s massas <strong>de</strong> solo, forman<strong>do</strong> gran<strong>de</strong>s cavida<strong>de</strong>s em<br />

extensão e profundida<strong>de</strong>.


Fases no processo <strong>de</strong> erosão hídrica<br />

Desagregação; Transporte; Deposição<br />

Desagregação: O ume<strong>de</strong>cimento <strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s<br />

durante as chuvas ameniza as forças <strong>de</strong> coesão entre<br />

as partículas <strong>do</strong> solo, tornan<strong>do</strong> os agrega<strong>do</strong>s mais<br />

susceptíveis a fragmentação <strong>com</strong> o impacto<br />

continua<strong>do</strong> das gotas <strong>de</strong> chuva. Contribuem também<br />

nesta fase as enxurradas formadas pelo escorrimento<br />

superficial.<br />

Transporte: as partículas <strong>de</strong> solo <strong>de</strong>sagregadas pelas<br />

gotas po<strong>de</strong>rão ser transportadas pelo salpique, ou<br />

seja, junto <strong>com</strong> as gotículas <strong>de</strong> chuvas subdivididas e<br />

que se <strong>de</strong>slocam <strong>com</strong> o impacto das primeiras gotas.<br />

As enxurradas formadas pelo escorrimento<br />

superficial são outro meio <strong>de</strong> transporte.<br />

Deposição: Após diminuir ou cessar a velocida<strong>de</strong> e<br />

turbulência da enxurrada e encerradas as chuvas, as<br />

partículas <strong>de</strong> solo são então <strong>de</strong>positadas nas porções<br />

mais rebaixadas <strong>do</strong> relevo. Este processo po<strong>de</strong><br />

ocasionar o assoreamento <strong>de</strong> cursos d’água ou<br />

reservatórios.


EROSÃO HÍDRICA


Mecanismos <strong>de</strong><br />

erosão hídrica<br />

Água <strong>com</strong>o agente erosivo;<br />

É afetada por forças ativas<br />

<strong>com</strong>o a chuva, a<br />

topografia e a infiltração<br />

e, por forças passivas<br />

<strong>com</strong>o a vegetação e a<br />

erodibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> solo;<br />

As gotas <strong>de</strong> chuva são as<br />

causa<strong>do</strong>ras primárias da<br />

erosão.<br />

Impacto da gota<br />

<strong>de</strong> chuva<br />

Ação climática:<br />

vento, temperatura,<br />

umida<strong>de</strong>, pressão atmosférica<br />

precipitação<br />

Forças<br />

Gravitacionais<br />

Fluxos <strong>de</strong><br />

superfície<br />

Pressão<br />

hidrostática<br />

Infiltração<br />

Fluxos por<br />

terra<br />

Ação química<br />

Ilustração das forças típicas envolvidas na erosão <strong>do</strong> solo.


Erosivida<strong>de</strong>;<br />

Erodibilida<strong>de</strong>;<br />

Clima (quantida<strong>de</strong> e distribuição das chuvas);<br />

Relevo (<strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>, <strong>com</strong>primento <strong>de</strong> rampa);<br />

Forma e natureza da vertente;<br />

Tipo <strong>de</strong> solo;<br />

Fatores que afetam a erosão<br />

Tipo <strong>de</strong> cobertura vegetal;<br />

Proprieda<strong>de</strong>s químicas e físicas <strong>do</strong> solo;<br />

A ação <strong>do</strong> homem, <strong>com</strong>o uso e manejo da terra.


Erosivida<strong>de</strong> → é a capacida<strong>de</strong> das chuvas para causar erosão.<br />

Depen<strong>de</strong> das características físicas da chuva <strong>com</strong>o: intensida<strong>de</strong><br />

total, tamanho das gotas e velocida<strong>de</strong>. Conhecen<strong>do</strong> estes fatores<br />

saberemos a energia cinética ou a totalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r erosivo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminada chuva.<br />

Erodibilida<strong>de</strong> → é a vulnerabilida<strong>de</strong> ou susceptibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> solo<br />

à erosão, é função das características físicas <strong>do</strong> solo e <strong>do</strong> seu<br />

manejo.<br />

Enquanto a erosivida<strong>de</strong> é medida diretamente através <strong>do</strong>s<br />

parâmetros físicos da chuva, a erodibilida<strong>de</strong> é muito mais<br />

<strong>com</strong>plexa porque <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> muito mais variáveis (textura,<br />

etrutura, Ks)


Composição granulométrica<br />

Tamanho e área superficial <strong>de</strong> partículas <strong>do</strong> solo, segun<strong>do</strong> a<br />

Socieda<strong>de</strong> Internacional da Ciência <strong>do</strong> Solo.<br />

Tipo <strong>de</strong> partícula Diâmetro (mm) Número/g Área superficial (cm 2 /g)<br />

Cascalho >2,0 90 11<br />

Areia grossa 2,0-0,2 3.200 34<br />

Areia fina 0,2-0,05 384.000 159<br />

Silte 0,05-0,002 5.780.000 454<br />

Argila


splash


on site<br />

Das lavouras<br />

aos rios<br />

off site


Degradação da qualida<strong>de</strong> da água Foto: Arquivo pessoal


Degradação da qualida<strong>de</strong> da água Foto: Arquivo pessoal


áreas COM vegetação: > evaporação, > infiltração, < escoamento da água, < erosão.<br />

áreas SEM vegetação: < evaporação, < infiltração, >escoamento da água, > erosão.


Os varia<strong>do</strong>s tipos <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> solo acarretam profundas transformações na<br />

dinâmica <strong>do</strong>s processos hidrogeomorfológicos <strong>com</strong>o: poluição das águas,<br />

assoreamento, erosão fluvial, mudança <strong>de</strong> regime hidrológico, mudança no<br />

ecossistema fluvial, etc.


A retirada da cobertura vegetal expõe a superfície <strong>do</strong> solo e propicia<br />

condições para que os ventos e água atuem <strong>de</strong> forma mais direta pela não<br />

absorção <strong>do</strong>s impactos das gotas <strong>de</strong> chuva, eliminação <strong>de</strong> obstáculos à<br />

movimentação <strong>do</strong>s ventos e favorecimento <strong>do</strong> escoamento superficial forman<strong>do</strong><br />

enxurradas, acentuan<strong>do</strong> ainda mais o processo erosivo.


BH experimental Agu<strong>do</strong>


Principais lugares on<strong>de</strong> os sedimentos são erodi<strong>do</strong>s na MBH<br />

Fotos: PELLEGRINI, J. B. R.


BH experimental Agu<strong>do</strong>


Erosão e transporte <strong>de</strong><br />

sedimentos, nutrientes, pesticidas,<br />

patógenos, etc.<br />

Solos <strong>de</strong>grada<strong>do</strong>s e redução na<br />

produção, assoreamento <strong>de</strong> canais


Microbacia hidrográfica Arroio Lino, Nova Palma - RS<br />

Foto: PELLEGRINI, J. B. R.


(a)<br />

nascente<br />

(b) (c)<br />

(a) Imagem ilustran<strong>do</strong> a<br />

inexistência <strong>de</strong> área <strong>de</strong><br />

preservação permanente no<br />

entorno da nascente;<br />

(b) Desbarrancamento na nascente<br />

causa<strong>do</strong> pelo tráfego <strong>do</strong><br />

<strong>maquinário</strong> <strong>agrícola</strong>.<br />

c) Nascentes.<br />

Fotos: arquivo pessoal<br />

33


Erosão em subsuperfície<br />

Imagem: google 34 Earth<br />

Foto: arquivo pessoal


(a)<br />

(b) (c)<br />

(a) Área <strong>de</strong> preservação permanente sen<strong>do</strong><br />

utilizada para pastoreio <strong>do</strong> ga<strong>do</strong>;<br />

(b) Deposição <strong>de</strong> sedimento nas margens<br />

após evento pluvial;<br />

(c) Assoreamento <strong>do</strong> canal <strong>de</strong> drenagem.<br />

Fotos: arquivo pessoal<br />

35


Erosão transpon<strong>do</strong> vertente<br />

Arenito Fm. Tupanciretã<br />

Divisor d’água<br />

Divisor d’água<br />

Foto: arquivo pessoal


Voçoroca<br />

Erosão pelo <strong>pisoteio</strong> <strong>do</strong> ga<strong>do</strong><br />

forman<strong>do</strong> canais <strong>de</strong> fluxo<br />

preferencial<br />

Fotos: Ramos, M. R.


Plantio no senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>clive<br />

Fonte: Palestra Eloir Denardim RSBCS


Fonte: Palestra Eloir Denardim RSBCS<br />

Erosão hídrica


Fotos: Arquivo pessoal


Fotos: Arquivo pessoal


Estradas mal alocadas<br />

Fotos: Arquivo pessoal


Área <strong>com</strong><br />

intenso <strong>trafego</strong><br />

<strong>de</strong> animais<br />

Fotos: Arquivo pessoal


*** No esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> RS quase 90% da<br />

área agricultável é manejada sob<br />

sistema <strong>de</strong> plantio direto, entretanto<br />

este sistema tem apresenta<strong>do</strong> diversos<br />

problemas, que se traduzem em<br />

prejuízos econômicos e ambientais.<br />

(Minella, 2011)


Plantio no senti<strong>do</strong> da pen<strong>de</strong>nte.<br />

Banha<strong>do</strong>s drena<strong>do</strong>s;<br />

Retirada <strong>do</strong>s terraços;<br />

Supressão <strong>de</strong> matas ciliares;<br />

Manejo ina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>;<br />

Compactação <strong>do</strong>s solo;<br />

...<br />

= infiltra pouca água, perío<strong>do</strong>s<br />

curtos sem chuva afetam o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento das plantas<br />

<strong>com</strong>prometen<strong>do</strong> a produtivida<strong>de</strong><br />

das lavouras.<br />

Fotos: Arquivo pessoal


Assoreamento –<br />

processo em que lagos,<br />

rios, baías e estuários<br />

vão sen<strong>do</strong> aterra<strong>do</strong>s<br />

pelos solos e outros<br />

sedimentos neles<br />

<strong>de</strong>posita<strong>do</strong>s pelas águas<br />

das enxurradas, ou por<br />

outros processos.


a) Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> rio <strong>com</strong> baixa <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> sedimento<br />

Muitos locais para<br />

pequenos peixes<br />

Bactérias,<br />

protozoários e larvas<br />

<strong>de</strong> insetos liga<strong>do</strong>s às<br />

rochas<br />

b) O mesmo rio <strong>com</strong> alta <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> sedimento<br />

Argila em suspensão<br />

impe<strong>de</strong> penetração da<br />

luz<br />

Penetração <strong>de</strong><br />

luz, fotossíntese<br />

<strong>de</strong> algas<br />

perifíticas<br />

Organismos liga<strong>do</strong>s<br />

às rochas são<br />

arrasta<strong>do</strong>s pela<br />

areia e espalha<strong>do</strong>s<br />

ao longo <strong>do</strong> fun<strong>do</strong><br />

Quase to<strong>do</strong>s organismos<br />

elimina<strong>do</strong>s


Erosão em áreas<br />

urbanas<br />

Causas:<br />

•Impermeabilização <strong>do</strong> solo;<br />

• Canalização;<br />

• Lixo;<br />

• Ocupação <strong>de</strong> leitos;<br />

• Supressão das matas ciliares;<br />

•Ocupação <strong>de</strong> encostas;<br />

• Etc.


Enchentes<br />

São Paulo - 2011<br />

Fonte: http://www.google.<strong>com</strong>.br/imgres?imgurl=http://3.bp.blogspot.<strong>com</strong>/_pM2Lj-r4u9o/TSi77y1bRZI/AAAAAAAAAOc


Deslocamentos e<br />

escorregamentos <strong>de</strong> massas<br />

<strong>de</strong> solo<br />

Ilha Gran<strong>de</strong> - RJ - 2011<br />

Fonte: http://www.geologo.<strong>com</strong>.br/MAINLINK.ASP?VAIPARA=Deslizamentos%20que%20matam


Deslocamentos e<br />

escorregamentos <strong>de</strong> massas<br />

<strong>de</strong> solo<br />

Teresópolis - RJ - 2011<br />

Fonte: http://tvcanal7.blogspot.<strong>com</strong>/2011/01/mortos-chegam-680-mais-<strong>de</strong>-20-mil-estao.html


Efeitos off-site <strong>do</strong>s processos erosivos:<br />

• Assoreamento <strong>de</strong> rios;<br />

• Assoreamento <strong>de</strong> reservatórios e barragens;<br />

• Aumento <strong>do</strong> risco <strong>de</strong> enchentes;<br />

• Comprometimento <strong>do</strong>s mananciais;<br />

• Contaminação <strong>do</strong> lençol freático;<br />

• Perda da biodiversida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s ecossistemas<br />

aquáticos;<br />

• Eutrofização;<br />

• ...


escoamento superficial<br />

< infiltração<br />

< escoamento superficial<br />

> infiltração


Rio<br />

Rio


Formas <strong>de</strong> se<br />

evitar a erosão<br />

hídrica:<br />

Cobertura vegetal<br />

Manejo a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> solo<br />

Preservação <strong>de</strong><br />

matas ciliares<br />

x<br />

x


É possível produzir sem causar tanto dano ao ambiente?<br />

Bacia hidrográfica experimental Arvorezinha – RS.<br />

Fonte: Minella, 2010


Estimativas da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> erosão<br />

Como a i<strong>de</strong>ntificação das fontes da erosão e medição <strong>do</strong> aporte <strong>de</strong><br />

sedimento não po<strong>de</strong> ser feito em larga escala, mo<strong>de</strong>los matemáticos<br />

são usa<strong>do</strong>s para executar esta tarefa.<br />

A mo<strong>de</strong>lagem da erosão <strong>do</strong> solo é uma ferramenta que auxilia na<br />

i<strong>de</strong>ntificação e classificação <strong>de</strong> áreas quanto ao risco <strong>de</strong> erosão, na<br />

<strong>com</strong>preensão <strong>do</strong>s mecanismos <strong>do</strong> processo e previsão <strong>de</strong> cenários,<br />

fornecen<strong>do</strong> informações <strong>de</strong> apoio para a alocação <strong>de</strong> recursos e os<br />

tipos <strong>de</strong> práticas que irão fornecer a proteção mais eficaz.<br />

avaliar e i<strong>de</strong>ntificar áreas susceptíveis à erosão, <strong>de</strong> forma<br />

rápida e econômica, visan<strong>do</strong> o planejamento ambiental.


Um <strong>do</strong>s mo<strong>de</strong>los mais utiliza<strong>do</strong> até hoje em to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> para<br />

estimar a perda média anual <strong>de</strong> solo é a Equação Universal <strong>de</strong> Perda<br />

<strong>de</strong> Solo (Universal Soil Loss Equation - USLE), <strong>de</strong>senvolvida a<br />

partir <strong>de</strong> 1950 por Wishmeier e Smith (1965, 1978).<br />

A = R K L S C P<br />

A = perda anual <strong>de</strong> solo em Mg ha -1 ano -1 ;<br />

R = fator erosivida<strong>de</strong> da precipitação em MJ mm ha -1 h -1 ano -1 ;<br />

K = fator erodibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> solo em Mg h MJ -1 mm -1 ;<br />

L = fator <strong>com</strong>primento da encosta (adimensional);<br />

S = fator <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> da encosta (adimensional);<br />

C = fator <strong>de</strong> cobertura e manejo da cultura (adimensional);<br />

P = fator prática <strong>de</strong> manejo (adimensional).


Desafios!!!<br />

Temos que mudar <strong>de</strong><br />

paradigmas!!!


Obrigada pela atenção!<br />

capoane@gmail.<strong>com</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!