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Otites Médias Cronicas.pdf - Webnode

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Introdução<br />

Anatomia da orelha média :<br />

Duas cavidades aeradas :<br />

Anterior<br />

Epitímpano<br />

Mesotímpano<br />

Hipotímpano<br />

Posterior : antro mastóideo


Anatomia<br />

LIMITES<br />

•Superior : Tegmen timpânico<br />

•Inferior : Bulbo da jugular<br />

•Anterior : Tuba auditiva e<br />

Artéria Carótida Interna<br />

•Posterior : Ádito<br />

•Lateral : Membrana Timpânica<br />

•Medial : Cápsula ótica ( ouvido<br />

interno)


Anatomia<br />

Cadeia ossicular<br />

- Bigorna<br />

- Martelo<br />

- Estribo<br />

Epitélio do tipo<br />

glandular<br />

respiratório<br />

pseudo<br />

estratificado<br />

cilíndrico-ciliado


Fisiologia<br />

Transmissão do meio<br />

aéreo para o líquido<br />

Impedâncias diferentes<br />

( perda de energia)<br />

Relação MT x Janela<br />

oval ( 17 vezes)<br />

Sistema de alavancas<br />

da cadeia ossicular<br />

(1,3 vezes)<br />

Ganho total = 22 vezes<br />

( cerca de 30 dB)


Anatomia<br />

Tuba auditiva :<br />

- Canal<br />

fibrocartilaginoso<br />

- Liga orelha média a<br />

nasofaringe<br />

- 1/3 superior é<br />

ósseo e<br />

2/3 inferiores<br />

cartilaginosos


Anatomia<br />

Tuba auditiva :<br />

- Istmo ( Porção mais<br />

estreita da TA, que<br />

corresponde a junção<br />

da parte óssea com a<br />

cartilaginosa)<br />

- Direção anterior,<br />

inferior e medial


Fisiologia<br />

Tuba auditiva na<br />

porção óssea sempre<br />

aberta<br />

Tuba na porção<br />

cartilaginosa sempre<br />

fechada por forças<br />

elásticas ( abertura de<br />

forma ativa com<br />

contração do músculo<br />

Tensor do Véu<br />

Palatino)


Fisiologia<br />

Tuba auditiva tem 3 funções básicas :<br />

- Ventilação<br />

- Drenagem<br />

- Proteção


Fisiologia<br />

Ventilação :<br />

- É a mais importante das funções com<br />

objetivo de equalização das pressões<br />

para o bom funcionamento da sistema<br />

tímpano-ossicular.<br />

Ventilação é realizada na porção<br />

póstero-superior da tuba auditiva


Fisiologia<br />

Drenagem : 2 mecanismos<br />

- Mecanismo muco-ciliar : cílios batem<br />

em direção a rinofaringe (RF)<br />

- Bombeamento exercido pelo Tensor do<br />

Véu Palatino ( líquido do ouvido médio sugado<br />

na abertura da tuba e expulsa a RF no<br />

fechamento)


Fisiologia<br />

Proteção :<br />

Sinérgico a<br />

drenagem evitando<br />

refluxo de secreções<br />

e patógenos para a<br />

orelha média, que é<br />

um local estéril.


Fisiologia<br />

Tuba auditiva :<br />

Adultos x Crianças<br />

- Na criança :<br />

- Comprimento de cerca<br />

de 18mm<br />

- Ângulo com horizontal<br />

de 10 graus<br />

- Menor quantidades de<br />

fibras elásticas


Fisiologia<br />

Tuba auditiva :<br />

adultos x crianças<br />

- Adultos :<br />

- Cerca de 31 a 35 mm de<br />

comprimento<br />

- Ângulo de 45 graus<br />

- Rico em fibras elásticas


Fisiologia<br />

Tuba auditiva – Disfunções :<br />

Obstrutivas<br />

- Hipertrofia adenoideana<br />

- Tumores da rinofaringe<br />

Funcionais<br />

- Alergias<br />

- Obstrução nasal<br />

- Malformações crânio-faciais<br />

- Discinesias ciliares


Otite Média Crônica<br />

Definição :<br />

Pode ser definida sob diferentes aspectos :<br />

-Clínico (inflamação + perfuração)<br />

-Cronológico (duração maior que 3<br />

meses )<br />

-Histopatológico ( alteração tecidual<br />

irreversível da mucosa do ouvido médio)


Otite Média Crônica<br />

Classificação :<br />

- Específicas<br />

- Não-específicas<br />

- OMC Silenciosa<br />

Tuberculosa<br />

Luética<br />

Não-colesteatomatosa<br />

Colesteatomatosa Congênito<br />

Primário<br />

secundátio


Otite Média Crônica<br />

OMC específicas :<br />

mesmo<br />

- Raras, com baixa incidência<br />

com recrudescimento da TB<br />

pulmonar<br />

- Suspeitar de tal patologia se<br />

perfurações múltiplas de MT, sem<br />

trauma ou cirurgia prévia


Otite Média Crônica<br />

sem<br />

OMC Não-colesteatomatosa :<br />

- Alteração crônica ( maior que 3<br />

meses ) e irreversível do OM com<br />

perfuração de MT ( pars tensa)<br />

presença de queratina ( debris)


Otite Média Crônica<br />

Sintomas :<br />

- Otorréia geralmente<br />

indolor e intermitente<br />

associado a IVAS<br />

e/ou entrada de<br />

água no ouvido.<br />

- Hipoacusia<br />

( condutiva,<br />

neurossenssorial ou<br />

mista)


Otite Média Crônica<br />

Exame físico :<br />

Otoscopia :<br />

total,<br />

- Perfuração de MT (pars<br />

tensa ) de pequena a<br />

sem debris.<br />

- Pode- se ver, muitas<br />

vezes a cadeia<br />

ossicular.


Otite Média Crônica<br />

OMC Não-colesteatomatosa pode ser de<br />

2 tipos :<br />

- Lillie tipo 1 ( perfuração permanente)<br />

- Lillie tipo 2 ( mucosite tubo-<br />

timpânica crônica)


Otite Média Crônica<br />

Lillie tipo I :<br />

- Perfuração limitada parte tensa da MT<br />

- Margem circundadas por anel fibroso<br />

- Ouvido médio fica seco por longos<br />

períodos ( otorréia se IVAS ou entrada<br />

de água no OM)


Otite Média Crônica<br />

Lillie tipo I :<br />

- Dor é rara<br />

- Otoscopia com mucosa de ouvido<br />

geralmente normal ou com leve<br />

hiperemia<br />

(exceto se agudização)<br />

- Perda auditiva variável<br />

- Tomografia não é imprescindível


Otite Média Crônica<br />

Lillie tipo II :<br />

- Otorréia mucóide ou mucopurulenta<br />

de longa duração ( piora com IVAS e<br />

água)<br />

- Perfurações grandes ( subtotais ou<br />

totais)<br />

- Erosões ossiculares são frequentes


Otite Média Crônica<br />

Lillie tipo II :<br />

- Mucosa inflamada e espessada<br />

- Podem ser observados pólipos<br />

- Tomografia importante<br />

(mastóides veladas)


Otite Média Crônica<br />

Etiologias :<br />

- OMAR<br />

- Trauma<br />

- OMA<br />

necrotizante<br />

(Streptococus<br />

B-hemolitico)<br />

- Fatores sócio-<br />

econômicos<br />

baixos


Otite Média Crônica<br />

Diagnóstico :<br />

- História<br />

- Exame Físico


Otite Média Crônica<br />

Exames complementares :<br />

- Audiometria ( condutiva,<br />

neurossenssorial ou mista)<br />

- Impedanciometria ( teste<br />

de permeabilidade da<br />

tuba)


Otite Média Crônica<br />

Exames complementares :<br />

- NasoFibroscopia(avaliar<br />

permeabilidade da tuba)<br />

- Tomografia<br />

computadorizada


Otite Média Crônica<br />

Microbiologia :<br />

- Pseudomonas aeruginosa<br />

- Proteus mirabilis<br />

- Escherichia coli<br />

- Staphilococcus aureus<br />

- Anaeróbios


Otite Média Crônica<br />

Clínico<br />

Tratamento :<br />

- Antibiótico tópico<br />

- Curativos otológicos<br />

- Antiobióticos sistêmicos<br />

- Ciprofloxacina<br />

- Cloranfenicol


Otite Média Crônica<br />

Tratamento :<br />

mucosa<br />

- O tratamento clínico visa a preparar<br />

o ouvido médio para o tratamento<br />

cirúrgico, tentando “secar” a<br />

o máximo possível para aumentar a<br />

chance de sucesso do<br />

procedimento


Otite Média Crônica<br />

Cirúrgico<br />

Tratamento :<br />

- Timpanoplastias ( Lillie Tipo<br />

1 e 2)<br />

- Timpano-mastoidectomias<br />

(LillieTipo 2)


Otite Média Crônica<br />

Tratamento cirúrgico : Timpanoplastias<br />

Miringoplastia<br />

- Tipo I: Inspeção da cadeia e<br />

reconstrução da MT<br />

- Tipo II: Reconstrução da cadeia<br />

(bigorna-estribo)<br />

- Tipo III: Reconstrução da cadeia<br />

(MT-<br />

estribo, mastoidectomia)<br />

- Tipo IV: Proteção da janela redonda<br />

- Tipo V: Fenestração


Otite Média Crônica<br />

Tratamento cirúrgico : Timpanoplastias<br />

- Endo-aural<br />

- Transcanal<br />

- Retro-auricular


Otite Média Crônica<br />

Timpanoplastia tipo I<br />

•Incisão e<br />

descolamento<br />

de retalho<br />

timpano-meatal<br />

•Retirada de<br />

anel fibroso da<br />

membrana<br />

timpânica<br />

•Retalho<br />

levantado e<br />

orelha média<br />

exposta<br />

•Fáscia<br />

posicionada<br />

e colocação<br />

de gelfoam


Colesteatoma<br />

Definição :<br />

- O termo é errado pois não há<br />

colesterina, na verdade trata-se de<br />

pele no OM, ou seja epitélio<br />

escamoso no local onde era para ter<br />

epitélio respiratório. Há a<br />

produção de lamelas de queratina<br />

que adentram a cavidade levando à<br />

erosão óssea.


Colesteatoma<br />

Classificação :<br />

- Congênito<br />

- Adquirido<br />

- Primário<br />

- Secundário


Colesteatoma<br />

Etiologia e<br />

Patogenia :<br />

- Congênito : restos<br />

epiteliais em uma<br />

orelha com MT<br />

intacta e<br />

previamente sadia<br />

- È o mais raro dos<br />

colesteatomas


Colesteatoma<br />

Congênito<br />

Pode ser encontrado em várias partes do<br />

osso temporal :<br />

- Ângulo ponto-cerebelar<br />

- Ápice petroso<br />

- Mastóide<br />

- Tímpano


Colesteatoma<br />

Adquirido primário :<br />

de<br />

( Invaginação )<br />

- Ouvido compartimentalizado<br />

- Retração da pars flácida<br />

- Bolsa de retração com perda<br />

auto-limpeza<br />

- Colesteatoma


Colesteatoma<br />

Adquirido secundário :<br />

( Migração)<br />

- Perfuração de MT<br />

marginal<br />

- Migração do epitélio<br />

escamoso<br />

- Sem barreiras para<br />

impedir(ânulus)<br />

- Colesteatoma


Colesteatoma<br />

Outra Teoria :<br />

- METAPLASIA : devido ao<br />

processo inflamatório crônico o<br />

epitélio respiratório se<br />

converteria em escamoso


Colesteatoma<br />

Quadro clínico :<br />

Pode ser assintomático, mas<br />

classicamente :<br />

- Otorréia ( contínua, fétida e<br />

purulenta)<br />

- Hipoacusia<br />

- Otorragia<br />

- Vertigem<br />

- Paralisia facial periférica


Colesteatoma<br />

Exame físico :<br />

Otoscopia :<br />

Variável<br />

- MT íntegra com<br />

estrutura branca<br />

perolácea sem<br />

supuração<br />

(congênito)


Colesteatoma<br />

Exame físico :<br />

- Membrana timpânica<br />

com retração em pars<br />

flácida colesteatoma<br />

localizado com pars<br />

tensa normal


Colesteatoma<br />

Exame físico :<br />

- Perfuração ampla<br />

da OM<br />

com massa de<br />

queratina saindo


Colesteatoma<br />

Exames complementares :<br />

- Audiometria<br />

- Impedanciometria<br />

- Tomografia computadorizada<br />

- Ressonância nuclear magnética


Colesteatoma<br />

Tratamento :<br />

Eminentemente cirúrgico:<br />

- Mastoidectomia simples se lesão<br />

bem localizada e possível toda a<br />

retirada<br />

- Mastoidectomia radical, se<br />

visualização de toda lesão é<br />

impossível ou colesteatoma<br />

grandes


Colesteatoma<br />

Mastoidectomia<br />

Incisão retroauricular<br />

mais<br />

retirada de<br />

fascia<br />

•Incisões<br />

intra-meatais<br />

•Descolamento<br />

de retalho<br />

posterior<br />

•Descolamento<br />

do retalho de<br />

pele da parede<br />

posterior do<br />

CAE


Colesteatoma<br />

Mastoidectomia<br />

Área óssea a ser<br />

brocada :<br />

•Linha temporal<br />

•Seio sigmóide<br />

•Posterior CAE<br />

Aticotomia<br />

anterior com<br />

exposição de<br />

região<br />

epitimpânica<br />

•Brocagem<br />

Derrubada<br />

de parede<br />

posterior de<br />

CAE -<br />

Radical


Colesteatoma<br />

Complicações :<br />

- O colesteatoma é uma lesão<br />

lítica por comprimir o osso no<br />

crescimento podendo causar<br />

assim lesões de estruturas<br />

nobres e complicações graves


Colesteatoma<br />

Complicações :<br />

- Mastoidite<br />

- Paralisia Facial Periférica<br />

- Fístula Perilinfática<br />

- Erosão de cadeia<br />

ossicular<br />

- Meningites<br />

- Abscessos<br />

cerebrais,extra e<br />

subdurais


Otite Média Crônica Silenciosa<br />

Definição :<br />

- Presença de alterações<br />

teciduais inflamatórias<br />

irreversíveis na fenda<br />

auditiva associada a membrana<br />

timpânica íntegra


Otite Média Crônica Silenciosa<br />

- As alterações devem repercutir na fisiologia<br />

do ouvido médio<br />

- Otoscopia : a membrana é normal<br />

- Alterações decorrem de tecido de<br />

granulação<br />

ou granuloma de colesterol<br />

- Mastoidite sub-clínica

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