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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 31 • 27<br />

Visto que ele fala do socorro que lhe foi repentina e inesperadamente<br />

oferecido em muitas e <strong>de</strong>sesperadoras circunstâncias, esses intérpretes<br />

julgam corretamente que aqui supre como, um sinal <strong>de</strong> similitu<strong>de</strong>, 19 nesta<br />

forma: como numa cida<strong>de</strong> fortificada. Davi apara toda sorte <strong>de</strong> golpe,<br />

como se expusera a toda sorte <strong>de</strong> injúria, e se gloria <strong>de</strong> que em sua<br />

nu<strong>de</strong>z e carência a assistência divina lhe fora mais provi<strong>de</strong>ncial do que<br />

uma cida<strong>de</strong> bem fortificada, ou uma fortaleza inexpugnável teria sido.<br />

[vv. 22-24]<br />

E eu dizia em meu temor: 20 Estou lançado <strong>de</strong> tua vista; mas, verda<strong>de</strong>iramente<br />

ouviste a voz <strong>de</strong> minhas súplicas quando clamei a ti. Oh, amai a<br />

Jehovah, vós todos os seus mansos! Jehovah preserva os fiéis e abundantemente<br />

21 premia aquele que se porta com soberba. Ten<strong>de</strong> bom ânimo e ele<br />

fortalecerá vossos corações, vós todos que esperais em Jehovah.<br />

22. E eu dizia em meu temor. Davi, neste ponto, confessa que<br />

em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>sconfiança ele merecia ser banido <strong>de</strong> Deus e exposto<br />

ao perecimento. É verda<strong>de</strong> que tal confissão diante dos homens<br />

era para ele algo vergonhoso; mas para que pu<strong>de</strong>sse ilustrar mais plenamente<br />

a graça <strong>de</strong> Deus em seu favor, ele não hesita em publicar a<br />

ignomínia <strong>de</strong> seu erro. Ele reitera quase o mesmo reconhecimento no<br />

Salmo 116.11: “Eu dizia em minha precipitação: Todos os homens são<br />

mentirosos.” Estou cônscio <strong>de</strong> que o termo hebraico, zpj, chaphaz, é<br />

explicado por alguns no sentido <strong>de</strong> fuga; como se Davi, ao fugir da morte,<br />

já que não tinha como resistir, se sentisse abalado por esse medo.<br />

Minha referência, porém, é antes à sua mente perturbada. Portanto,<br />

quer traduzamos o termo por precipitação ou temor, significa que Davi<br />

tinha sido levado, por assim dizer, a precipitadamente nutrir a idéia<br />

<strong>de</strong> que havia sido negligenciado por Deus. E tal precipitação se opõe<br />

a uma calma e <strong>de</strong>liberada consi<strong>de</strong>ração; pois embora Davi estivesse<br />

19 “A partícula <strong>de</strong> similitu<strong>de</strong> está ausente no hebraico, como algo. A intenção do salmista é evi<strong>de</strong>ntemente<br />

<strong>de</strong>screver, pelo uso <strong>de</strong> metáfora, seu sinal <strong>de</strong> livramento, como se ele fosse guardado<br />

por fortificações inexpugnáveis.” – Walford.<br />

20 “Ou, perturbation; ou, hastivete.” – nota marginal francesa. “Ou, perturbação; ou, precipitação.”<br />

21“Ou, par excellence.” – “Ou, excelentemente.” – nota marginal francesa.

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