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Comentário de Salmos - Vol 4

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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<strong>Salmos</strong> 109 • 45<br />

honra e dignida<strong>de</strong>, Deus os remove do lugar <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e autorida<strong>de</strong>.<br />

O mesmo po<strong>de</strong> acontecer aos filhos <strong>de</strong> Deus, pois os males temporais<br />

são comuns aos bons e aos maus; ao mesmo tempo, os filhos <strong>de</strong><br />

Deus nunca estão por <strong>de</strong>mais confusos e envolvidos, pois qualquer<br />

um <strong>de</strong>les po<strong>de</strong> perceber ocasionalmente os juízos divinos <strong>de</strong> forma<br />

evi<strong>de</strong>nte e marcante. Pedro, citando este versículo [At 1.20], diz que<br />

ele <strong>de</strong>via se cumprir em Judas, porque está escrito: “Que outro tome<br />

seu encargo”. E Pedro fez isso com base no princípio <strong>de</strong> interpretação<br />

<strong>de</strong> que Davi aqui falava sobre a pessoa <strong>de</strong> Cristo. A isso não se po<strong>de</strong><br />

objetar que o termo hebraico פקודה (pekudah) geralmente significa<br />

superintendência, 13 porquanto Pedro o aplica, mui apropriadamente,<br />

ao apostolado <strong>de</strong> Judas. Ao expor esta passagem, algumas vezes em<br />

referência a uma esposa, ou à alma (que é uma preciosa jóia no homem),<br />

ou à riqueza e prosperida<strong>de</strong>, há boas razões para crermos que,<br />

agindo assim, os intérpretes hebreus são motivados por pura malícia.<br />

A que propósito po<strong>de</strong> servir a perversão do sentido <strong>de</strong> uma palavra<br />

cujo significado é tão nítido e simples, a não ser que, sob a influência<br />

<strong>de</strong> um espírito maligno, eles diligenciam por obscurecer a passagem<br />

para que não pareça ser apropriadamente citada por Pedro? À luz <strong>de</strong>stas<br />

palavras apren<strong>de</strong>mos que não há razão por que os ímpios <strong>de</strong>vem<br />

se orgulhar, enquanto têm reputação elevada neste mundo, visto que<br />

não po<strong>de</strong>m, em última análise, escapar daquela ruína que o Espírito<br />

Santo aqui <strong>de</strong>clara que os aguarda. Aqui também somos munidos com<br />

um motivo muito valioso <strong>de</strong> conforto e paciência, quando ouvimos<br />

que, por mais elevadas sejam a posição e reputação <strong>de</strong>les agora, a<br />

sua ruína se aproxima, e logo serão <strong>de</strong>spidos <strong>de</strong> toda sua pompa e<br />

po<strong>de</strong>r. Nos dois versículos prece<strong>de</strong>ntes, a maldição se esten<strong>de</strong> tanto<br />

à esposa quanto aos filhos; e o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> que ela fosse <strong>de</strong>ixada viúva<br />

e os filhos, órfãos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da brevida<strong>de</strong> daquela vida sobre a qual<br />

o profeta advertiu anteriormente. Ele também faz menção <strong>de</strong> mendicância<br />

e da falta <strong>de</strong> tudo que é necessário à vida; isto é uma prova da<br />

13 “Præfecturam generaliter significet” – lat. “Signifie generallement Superinten<strong>de</strong>nce” – fr.

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