Revista Leitura de Bordo 18
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|::Índice::|<br />
Outro olhar | 5 |<br />
O “buraco do tatu” em Brasília<br />
Proseando | 6 |<br />
Entre viagens e <strong>de</strong>vaneios<br />
Entrevista | 7 |<br />
Gim Argello: trabalho em favor do DF<br />
| 25 | Roteiro Testado<br />
A Toscana, seus mistérios e magia<br />
Mosaico | 12 |<br />
Um pouco <strong>de</strong> muita coisa<br />
Especial | 14 |<br />
O fascínio das orquí<strong>de</strong>as<br />
Check in | 20 |<br />
A importância do cinto <strong>de</strong> segurança<br />
Tra<strong>de</strong> | 21 |<br />
Novo Centro <strong>de</strong> Convenções <strong>de</strong> João Pessoa (PB)<br />
| 28 | Enogastronomia<br />
A<strong>de</strong>ga caseira: informe-se antes <strong>de</strong> comprar a sua<br />
| 31 | Nutrição<br />
Pedra nos rins - bendita água<br />
| 32 | Comportamento<br />
A guerra como parte do nosso cotidiano<br />
| 34 | Bem viver<br />
Cozinha contemporânea<br />
| 36 | Cidadania tributária<br />
Por trás do presente <strong>de</strong> Papai Noel<br />
| 39 | Reencontro<br />
A feijoada do Pieri<br />
| 40 | Comunicação<br />
As maldições <strong>de</strong> Brasília - I<br />
| 41 | Retratos & Viagens<br />
Você também po<strong>de</strong> estar nessa página<br />
| 42 | Na próxima edição<br />
Brasília conquista a Universía<strong>de</strong><br />
4 <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> | Set/Out 2013 | www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br
Outro olhar<br />
Viaduto da Rodoviária - Brasília(DF)<br />
Ft.: Marcos Wilson<br />
www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br | Jul/Ago 2013 | <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> 5
Especial <strong>de</strong> Brasília<br />
E seguimos assim<br />
entre viagens e <strong>de</strong>vaneios<br />
A Copa do Mundo, que foi vendida como salvação, agora começa a<br />
revelar sua verda<strong>de</strong>ira face e cobrar o verda<strong>de</strong>iro preço<br />
No Brasil, vivemos cenas hilariantes, para não dizer,<br />
<strong>de</strong>cepcionantes. Senão, vejamos:<br />
- O assunto do momento – sem esquecer os escândalos<br />
diários que vamos conhecendo, é a tal da<br />
Copa da Fifa. Isto mesmo, um torneio <strong>de</strong> futebol, que<br />
obrigou o Governo a realizar obras que durante os<br />
últimos 12 anos, não as fez.<br />
Então, para garantir a realização da Copa da Fifa, o Governo<br />
aprovou o RDC – Regime Diferenciado <strong>de</strong> Compras,<br />
que não terá licitação, fiscalização, ou critérios para<br />
gastar o dinheiro público. Ou seja, daqui para a frente,<br />
para fazer uma Copa bonita, vale tudo, tudo mesmo!!!<br />
Daí, <strong>de</strong> acordo com o noticiário cotidiano, o Governo<br />
gastará recursos infindos, bilhões e bilhões <strong>de</strong><br />
REAIS para fazer uma Copa <strong>de</strong> futebol bonita. Porém,<br />
a sala e a cozinha, serão bem feinhas.<br />
De repente, não mais que <strong>de</strong> repente, alguns<br />
membros do Governo, se lembraram que em 2014<br />
além da Copa, teremos eleições. De repente, não<br />
mais que <strong>de</strong> repente, iniciaram um “download” da<br />
moralida<strong>de</strong> e bons costumes para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o povo<br />
tão sofrido e explorado – pelo próprio governo.<br />
Agora vejamos: Em Brasília, o Estádio para a Copa<br />
da FIFA custou até agora, 1,5 bilhão <strong>de</strong> REAIS e ainda<br />
falta muita coisa para terminá-lo (aliás, a obra não finda<br />
nunca). Ainda, Copa das Confe<strong>de</strong>rações, jogo Brasil<br />
x Japão – ingressos a R$ 300,00 sem direito a escolher<br />
assento, cerveja quente a R$ 12,00 o copo, Hot dog<br />
(gelado) R$ 8,00 , filas intermináveis e, pasme, antes<br />
do fim do primeiro tempo, a maioria dos bares no estádio,<br />
já não tinha mais “alimentos e bebidas”. Justificativa<br />
para a exploração: é concessão para a FIFA.<br />
De repente, o culpado dos “possíveis problemas”<br />
que vierem a atrapalhar a Copa da Fifa, serão alguns<br />
empresários... por que cobrarão <strong>de</strong> acordo com os “falsos<br />
barnabés” , muito caro por passagens aéreas em<br />
aviões nem tão bacanas assim. Cobrarão muito caro<br />
por hospedagens em hotéis nem tão bacanas assim<br />
e muito caro pelas refeições e bebidas, nem tão bacanas<br />
assim. Estão fazendo campanha antecipada.<br />
A quem interessa esse tipo <strong>de</strong> preocupação? Porque<br />
se preocupar com o bolso alheiro <strong>de</strong> quem quer<br />
ver futebol? Ou será uma reedição do “boi no pasto”,<br />
um plágio do Plano Cruzado do ex-Presi<strong>de</strong>nte Sarney?<br />
Sejamos francos: tá faltando assunto e trabalho<br />
em alguns órgãos governamentais.<br />
Afinal, os setores diretamente influenciados pela<br />
realização da maioria dos eventos são sempre: transporte,<br />
hospedagem e alimentação.... Quanto ao preço<br />
dos ingressos e do custo da realização das obras<br />
para os jogos, quem reclama ou protesta é consi<strong>de</strong>rado<br />
oposição ao governo dos trabalhadores!<br />
E vamos torcer para que o país sobreviva, afinal,<br />
somos brasileiros e não <strong>de</strong>sistimos nunca!!!<br />
6 <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> | Set/Out 2013 | www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br
Entrevista<br />
Sou o Senador que mais trouxe<br />
recursos para o DF em toda história<br />
Paulista <strong>de</strong> São Vicente, on<strong>de</strong> nasceu em 1962,<br />
o senador Gim Argello (PTB) chegou ao DF pouco<br />
tempo <strong>de</strong>pois - tendo toda sua vida vinculada a Taguatinga,<br />
on<strong>de</strong>, como sempre gosta <strong>de</strong> enfatizar, trabalhou<br />
no Mercado Norte e lapidou a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
conversar e negociar. Teve agência <strong>de</strong> automóveis, foi<br />
corretor <strong>de</strong> imóveis e é Bacharel em Direito – além <strong>de</strong><br />
outras profissões e ativida<strong>de</strong>s.<br />
Depois <strong>de</strong> várias tentativas, foi eleito em 1998<br />
e reeleito em 2002 para a Câmara Legislativa do DF,<br />
trocando <strong>de</strong> partidos, migrando e construindo a<br />
fama <strong>de</strong> “cumpridor <strong>de</strong> acordos”. Em 2006, elege-se<br />
suplente <strong>de</strong> Roriz para o Senado. Com a eclosão do<br />
episódio da “bezerra <strong>de</strong> ouro” e outras estripulias do<br />
velho morubixaba da política do DF, ele se vê acuado<br />
e renuncia.<br />
É nesse cenário <strong>de</strong> muita pressão, principalmente<br />
por parte <strong>de</strong> segmentos da mídia, que Gim<br />
Argello assume o mandato <strong>de</strong> senador, enfrentando<br />
verda<strong>de</strong>iro “corredor polonês” a cada vez que chegava<br />
ao Senado. Persistente, pedia apenas oportunida<strong>de</strong><br />
para trabalhar.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> – A sua chegada ao Senado<br />
Fe<strong>de</strong>ral foi marcada por uma cruzada daqueles<br />
que não aceitavam a sua permanência no cargo...<br />
Gim Argello – É preciso enten<strong>de</strong>r que o brasileiro<br />
faz tudo com muita paixão. E isso leva as pessoas a<br />
agirem e reagirem <strong>de</strong> modo passional. Por isso usei<br />
como um mantra: gente, eu só quero o direito <strong>de</strong><br />
trabalhar, <strong>de</strong> cumprir o meu mandato. Aos poucos o<br />
clima foi amainando e pu<strong>de</strong> começar a ajudar o DF.<br />
RLB – E foi nesse cenário que o senhor começou a se<br />
revelar um hábil negociador.<br />
Gim Argello – Quando eu cheguei, o Governo Lula<br />
tinha dois senadores <strong>de</strong> oposição aqui no DF. O<br />
A<strong>de</strong>lmir Santana, suplente do Paulo Octávio que tinha<br />
saído para ser vice governador e o Cristovam,<br />
ainda profundamente magoado pela forma como<br />
foi <strong>de</strong>mitido do cargo <strong>de</strong> ministro. Foi nesse período,<br />
quando a presi<strong>de</strong>nte Dilma ainda era ministra<br />
da Casa Civil, que começamos a lutar pela<br />
implementação <strong>de</strong> projetos estruturantes, que<br />
<strong>de</strong>moram quatro ou cinco anos para saírem<br />
do papel. Por exemplo a adutora <strong>de</strong> água<br />
<strong>de</strong> Corumbá IV, trazendo água para Brasília – esse é<br />
um investimento que é duas vezes o custo <strong>de</strong> construção<br />
da barragem. E isso começou a ser feito lá no<br />
Governo Arruda. Essa é uma obra que irá garantir o<br />
abastecimento <strong>de</strong> água para os próximos 100 anos.<br />
Outra obra estruturante pela qual lutei e contei sempre<br />
com o apoio da então ministra Dilma Roussef foi<br />
a implantação do linhão <strong>de</strong> Serra da Mesa, trazendo<br />
energia para o DF – possibilitando abastecimento<br />
mais estável em todo o DF.<br />
RLB – Em 2010, a coligação do PT elegeu dois senadores<br />
– Cristovam e Rollemberg – que <strong>de</strong>pois viraram<br />
as costas...<br />
Gim Argello – Cada pessoa tem<br />
seu modo <strong>de</strong> fazer política.<br />
Quem tem o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />
julgar a nossa conduta<br />
política é o eleitor.<br />
Não é o meu papel<br />
apontar isso ou<br />
aquilo. O que eu<br />
posso dizer é que<br />
eu sou senador do<br />
povo do DF, não<br />
<strong>de</strong> um governador,<br />
<strong>de</strong> um grupo político,<br />
<strong>de</strong> um segmento<br />
empresarial. O mandato<br />
foi <strong>de</strong>legado<br />
pelo morador do DF.<br />
Por isso tratei <strong>de</strong> lutar<br />
por verbas e projetos<br />
www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br | Set/Out 2013 | <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> 7
ntrevista Entrevista<br />
no governo do Arruda e Paulo Octávio, do Wilson<br />
Lima, do Rogério Rosso e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2011 centro<br />
meus esforços no sentido <strong>de</strong> ajudar a viabilizar<br />
projetos <strong>de</strong> interesse do DF e que são <strong>de</strong>fendidos<br />
pelo governador Agnelo.<br />
RLB – Em recente evento, o governador Perillo (PS-<br />
DB-GO) disse para uma plateia <strong>de</strong> políticos brasilienses,<br />
que o senhor era o 4º senador da bancada<br />
goiana e aquele que mais trabalhava...<br />
Gim Argelllo – É uma questão <strong>de</strong> compreensão do<br />
papel <strong>de</strong> um senador. O cargo é Senador da República,<br />
eleito pelo DF. Nada impe<strong>de</strong> que eu trabalhe<br />
por Goiás. Pelo contrário. É uma obrigação, tendo em<br />
vista que no chamado Entorno do DF vive um percentual<br />
elevado da população goiana. São milhares<br />
<strong>de</strong> pessoas que têm suas vidas vinculadas ao DF –<br />
quer pela questão da proximida<strong>de</strong>, dos serviços prestados.<br />
Então é nosso <strong>de</strong>ver olhar para estas pessoas<br />
com carinho, com respeito e tratar <strong>de</strong> possibilitar a<br />
elas o acesso a melhores condições <strong>de</strong> vida.<br />
RLB – A <strong>de</strong>speito <strong>de</strong> todo esse trabalho, em fins <strong>de</strong><br />
2011 e mesmo no primeiro semestre <strong>de</strong> 2012, muito<br />
se comentou acerca <strong>de</strong> sua ida para o TCU...<br />
Gim Argello – Recebi a sondagem, o convite –<br />
mas <strong>de</strong>clinei, porque tenho certeza <strong>de</strong> que posso<br />
contribuir muito mais aqui no Senado. Eu sei que<br />
posso ajudar o DF e o Entorno através <strong>de</strong> uma ação<br />
política permanente, atuando com sensibilida<strong>de</strong><br />
social. Assim, a minha <strong>de</strong>cisão é a <strong>de</strong> concorrer a<br />
um novo mandato <strong>de</strong> senador em 2014, mostrando<br />
para o eleitor do DF tudo aquilo que foi feito –<br />
leis que sei que trouxeram benefícios para muitos<br />
segmentos, recursos para obras. O meu diferencial<br />
é o trabalho. Tenho certeza que na hora o eleitor<br />
vai avaliar as diferenças entre os candidatos e tenho<br />
convicção <strong>de</strong> que vai votar em quem realmente<br />
trabalha pelo DF.<br />
RLB – Tem projeto para ser governador do DF?<br />
Gim Argello – Não tenho domínio sobre o futuro.<br />
O que eu <strong>de</strong>sejo é continuar trabalhando pelo DF e<br />
por seu povo e sei que venho fazendo um trabalho<br />
relevante, que dignifica o mandato <strong>de</strong> senador. Por<br />
isso vou pleitear com garra um novo mandato, respeitando<br />
os adversários – mas sempre colocando e<br />
enfatizando tudo aquilo que fiz. Ao longo da história<br />
da representação política do DF no Senado Fe<strong>de</strong>ral,<br />
após a mudança da capital para Brasília, fui o senador<br />
que mais aprovou Leis. E quando falo <strong>de</strong> Leis, falo <strong>de</strong><br />
Leis relevantes e que beneficiam diretamente a socieda<strong>de</strong>.<br />
RLB – Entre essas leis está aquela que garante à mulher,<br />
em caso <strong>de</strong> divórcio, a manutenção do imóvel adquirido<br />
através do programa Minha Casa, Minha Vida...<br />
Gim Argello – Esta norma está na Medida Provisória<br />
561, <strong>de</strong> 2012 – da qual tive a honra <strong>de</strong> ser relator. É<br />
preciso enten<strong>de</strong>r que ela é extensiva aos casos <strong>de</strong><br />
divórcio ou do fim da união estável. Vale para famílias<br />
inscritas no programa e que tenham renda <strong>de</strong> até<br />
três salários mínimos. O imóvel só não ficará com a<br />
mulher se a guarda dos filhos ficar com o ex-marido<br />
ou quem tenha sido seu companheiro no momento<br />
da aquisição do imóvel.<br />
RLB – Por falar em Leis, a que garante aposentadoria<br />
especial para <strong>de</strong>ficientes começa a vigorar em<br />
novembro, no dia 9.<br />
Gim Argello – Essa é uma lei que me toca profundamente<br />
o coração. No Brasil, há cerca <strong>de</strong> 17 milhões<br />
<strong>de</strong> pessoas que possuem algum tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência.<br />
E elas precisam da proteção do Estado. A nossa Lei<br />
condiciona o benefício ao nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência e ao<br />
tempo <strong>de</strong> contribuição. Assim, em se tratando <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ficiência consi<strong>de</strong>rada grave, o tempo <strong>de</strong> contribuição<br />
passa a ser <strong>de</strong> 25 anos para homens e 30 anos<br />
para mulheres. Quando o nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência for mo<strong>de</strong>rada,<br />
o homem terá <strong>de</strong> contribuir por 29 anos e a<br />
mulher por 24 anos. No caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência leve, haverá<br />
redução <strong>de</strong> dois anos para homens e mulheres,<br />
respectivamente 33 anos e 28 anos. Há, no entanto,<br />
outro aspecto nessa lei que merece <strong>de</strong>staque: sem<br />
levar em conta o grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, homens po<strong>de</strong>rão<br />
se aposentar aos 60 anos e mulheres aos 55 anos<br />
– <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que tenham contribuído por 15 anos e reste<br />
comprovada a <strong>de</strong>ficiência por igual período.<br />
RLB – Em uma <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> prestígio, você conseguiu<br />
levar a presi<strong>de</strong>nte Dilma e várias ministras,<br />
ministros, presi<strong>de</strong>nte do Senado, outros senadores<br />
e <strong>de</strong>putados fe<strong>de</strong>rais para a sanção da Lei que beneficia<br />
as famílias dos taxistas.<br />
Gim Argello – Essa lei já tinha sido vetada duas ou três<br />
vezes, porque é preciso ter uma série <strong>de</strong> cuidados com<br />
os limites que se impõem no caso <strong>de</strong> permissões no<br />
serviço público. A alternativa foi a <strong>de</strong> preservar a família<br />
do permissionário, dando a ela o direito <strong>de</strong> herança. Por<br />
que o que acontecia? Morria o pai e a família era simplesmente<br />
obrigada a <strong>de</strong>volver a permissão para a prefeitura.<br />
Agora não: a família tem a garantia jurídica <strong>de</strong> que se o<br />
filho quiser continuar na ativida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rá usar a “placa”<br />
que era do seu pai ou a viúva terá o direito <strong>de</strong> alugá-la<br />
– sem o risco <strong>de</strong> perdê-la. Tenha certeza: é muito gratificante<br />
po<strong>de</strong>r fazer uma lei com esse alcance social, porque<br />
ela contempla as famílias dos taxistas em todo País.<br />
8 <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> | Set/Out 2013 | www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br
Entrevista<br />
RLB – Ao contemplar a al<strong>de</strong>ia, você acaba beneficiando<br />
em nível nacional os integrantes <strong>de</strong> categorias...<br />
Gim Argello – Dentro <strong>de</strong>ssa sua visão, gosto <strong>de</strong> assumir<br />
ban<strong>de</strong>iras que têm impacto efetivo e que po<strong>de</strong>m<br />
melhorar no cotidiano a vida das pessoas. É o<br />
caso da Lei que regulamentou a Defensoria Pública<br />
do DF e do Brasil – com a aprovação <strong>de</strong> uma PEC-<br />
-Proposta <strong>de</strong> Emenda Constitucional. Tem a Lei dos<br />
Conselhos Tutelares, que me agrada muito. Foi um<br />
trabalho intenso, porque a proposta estava engavetada<br />
no Senado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2009. Conseguimos <strong>de</strong>finir dia<br />
certo para a eleição, sempre em outubro do ano seguinte<br />
da eleição presi<strong>de</strong>ncial e posse em janeiro do<br />
ano subsequente; aumentamos o mandato <strong>de</strong> três<br />
para quatro anos. Mas fomos além, garantindo 13º<br />
e direitos trabalhistas aos conselheiros. A remuneração,<br />
hoje em dia facultada aos municípios, passa a ser<br />
obrigatória. No caso <strong>de</strong> Brasília, conseguimos disponibilizar<br />
um carro para cada Conselho Tutelar e cinco<br />
computadores.<br />
RLB – Esse trabalho incomoda?<br />
Gim Argello – Eu só tenho compromisso com o eleitor.<br />
Mas veja bem. O DF já elegeu 12 senadores (Pompeu<br />
<strong>de</strong> Souza, Maurício Correia e Meira Filho em 1986;<br />
Valmir Campelo em 1990; Arruda e Lauro Campos em<br />
1994; Estevão em 1998 – sendo que o Valmir Amaral<br />
cumpriu a maior parte do mandato; Cristovam e<br />
Paulo Octávio em 2002 – sendo que A<strong>de</strong>lmir Santana<br />
cumpriu os últimos quatro anos em lugar do PO; Roriz<br />
em 2006 – sendo que Gim cumpre o mandato <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
2007; e Cristovam e Rollemberg em 2010). Eu já tenho<br />
mais leis aprovadas do que a soma <strong>de</strong> todos eles; já<br />
garanti mais recursos para o DF que a soma <strong>de</strong> tudo<br />
que os <strong>de</strong>mais conseguiram direcionar em termos <strong>de</strong><br />
investimentos.<br />
RLB – Como o senhor reage ao envolvimento do seu<br />
nome com suspeitas <strong>de</strong> escândalos?<br />
Gim Argello – Eu creio que é também em <strong>de</strong>corrência<br />
<strong>de</strong> atuar, <strong>de</strong> agir e <strong>de</strong> procurar fazer o melhor pelo<br />
DF. Mas é importante ressaltar: nunca tive nenhuma<br />
sentença contra mim, nem mesmo em 1º grau. Agora,<br />
quem faz acaba atraindo uma série <strong>de</strong> ações nem<br />
sempre claras.<br />
RLB – Como os episódios das eleições <strong>de</strong> 2002 o<br />
marcaram?<br />
Gim Argello – Foi uma eleição muito dura para mim,<br />
com <strong>de</strong>núncias e cheia <strong>de</strong> complicações. E <strong>de</strong>pois ficou<br />
comprovado que nada daquilo era verda<strong>de</strong>, que<br />
tudo aquilo foi manipulado. Os últimos 30 dias foram<br />
torturantes, porque tinha gente que pensava que eu<br />
iria sucumbir. Mas <strong>de</strong>sistir não faz parte da minha prática<br />
e encarei todas as adversida<strong>de</strong>s, certo <strong>de</strong> que a<br />
verda<strong>de</strong> viria a tona. Como veio. E que a verda<strong>de</strong> era<br />
bem diferente daquilo que era dito e apregoado.<br />
www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br | Set/Out 2013 | <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> 9
Entrevista<br />
RLB – Ensinou ou marcou mais?<br />
Gim Argello – Ensinou. Para quem é filho <strong>de</strong> pobre,<br />
todo dia é dia <strong>de</strong> batalha pela sobrevivência. E aqueles<br />
fatos <strong>de</strong> 2002 me ajudaram a compreen<strong>de</strong>r e a superar<br />
o que passei em 2007, inclusive com pessoas apostando<br />
em quantos dias eu iria sair algemado do Senado<br />
e eu só pedia oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar, direito<br />
<strong>de</strong> mostrar que nada daquilo correspondia à realida<strong>de</strong>.<br />
Porque vencer na vida já é um <strong>de</strong>safio. Vencer no<br />
mundo da política, sem pedigree ou com herança <strong>de</strong><br />
um nome, é uma batalha. Há nomes que estão há 100<br />
ou 200 anos no mundo da política. Tem gente que<br />
carrega 200 anos <strong>de</strong> política e vem querendo posar<br />
<strong>de</strong> bom moço, <strong>de</strong> representante do novo.<br />
RLB – Ocupar um espaço nacional <strong>de</strong>ssa dimensão<br />
chega a ser estranho para um senador eleito pelo<br />
DF, sempre tida como uma unida<strong>de</strong> da fe<strong>de</strong>ração<br />
sem peso político. Qual a receita?<br />
Gim Argello – Tenho para mim que é coisa <strong>de</strong> Deus<br />
e fruto <strong>de</strong> muito trabalho. Sou lí<strong>de</strong>r do meu partido, o<br />
PTB, no Senado, faz cinco anos; sou lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> um bloco<br />
que tem 16 senadores e toda terça-feira algum ministro<br />
<strong>de</strong> Estado ou alguma autorida<strong>de</strong> vem almoçar<br />
conosco. Esse é um trabalho continuado, sistemático.<br />
Esse espaço <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança se conquista com confiança,<br />
com respeito e com trabalho, muito trabalho<br />
– porque por eu morar aqui no DF, acabo trabalhando<br />
<strong>de</strong> segunda a segunda.<br />
RLB – Como é a sua relação com a presi<strong>de</strong>nte Dilma?<br />
Gim Argello – De respeito e <strong>de</strong> admiração. Sou o 1º<br />
Vice-Lí<strong>de</strong>r do Governo da presi<strong>de</strong>nte<br />
Dilma <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro dia do seu<br />
mandato. Des<strong>de</strong> os tempos nos<br />
quais ela era ministra da Casa Civil,<br />
sempre tivemos uma relação<br />
positiva, porque ela tem sensibilida<strong>de</strong><br />
social e compreensão<br />
dos nossos <strong>de</strong>safios como País.<br />
RLB – Qual o objeto <strong>de</strong> maior<br />
valor na articulação política?<br />
Gim Argello – A palavra é<br />
tudo! O que é um bom senador?<br />
Aquele que passa todo dia discursando, colocando<br />
teses ou tentando adivinhar o que po<strong>de</strong>ria ser<br />
se mudasse o passado? Não. Na minha opinião, um<br />
Senador da República precisa trabalhar, pensar soluções<br />
para o País, assumir a <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> projetos estruturantes<br />
e aqueles <strong>de</strong> impacto humano e social.<br />
RLB – Esse trabalho é permanente...<br />
Gim Argello – Faz poucos dias consegui com a senhora<br />
presi<strong>de</strong>nte da República recursos da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />
R$ 150 milhões para asfaltar o Pôr do Sol e Arniqueira.<br />
Daí a pessoa pergunta: por que você traz recursos<br />
para o governo Agnelo? Eu respondo porque é assim<br />
que eu trabalho. Trouxe recursos para todos que ocuparam<br />
o Buriti <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que eu cheguei ao Senado, porque<br />
o meu compromisso não é com esse ou aquele<br />
governo, mas com o DF e sua população.<br />
RLB – E o PAC, como é trabalhar no sentido <strong>de</strong> trazer<br />
recursos?<br />
Gim Argello – As obras que eu mais me esforcei foram<br />
aquelas chamadas <strong>de</strong> estruturantes. Quando lá<br />
atrás coloquei que ia ter BRT, inclusive com um trenzinho<br />
na TV, fui criticado por muita gente, dizendo<br />
que isso jamais aconteceria. Mas logo será uma realida<strong>de</strong>,<br />
beneficiando os moradores do Gama e <strong>de</strong> Santa<br />
Maria. E logo o BRT chegará a Luziânia. Já conversei<br />
com a presi<strong>de</strong>nte Dilma, já conversei com a ministra<br />
Miriam Belchior. Essa será uma obra que irá beneficiar<br />
os moradores do Valparaíso, Céu Azul, Novo Gama.<br />
Precisamos integrar essas pessoas. Não po<strong>de</strong>mos<br />
aceitar que a divisa <strong>de</strong> estado sirva para uma espécie<br />
<strong>de</strong> apartheid social. Também estou trabalhando para<br />
levar o BRT até Sobradinho e Planaltina. O VLT que tinha<br />
saído do PAC da Copa já voltou, já está em obras.<br />
RLB – E o futuro?<br />
Gim Argello – Eu me achei aqui no Senado. Se o<br />
povo do DF quiser continuarei trabalhando aqui no<br />
Senado, cumprindo efetivamente o papel que eu<br />
acredito que seja o <strong>de</strong> um Senador da República<br />
– que é o <strong>de</strong> apresentar projetos <strong>de</strong> lei, que é o <strong>de</strong><br />
ajudar a administração do GDF. É isso que vou dizer:<br />
se vocês quiserem alguém que trabalha, estou aqui.<br />
Mas a <strong>de</strong>finição é soberana do eleitor.<br />
“Gosto <strong>de</strong> assumir ban<strong>de</strong>iras que têm<br />
impacto efetivo e que po<strong>de</strong>m melhorar<br />
o cotidiano da vida das pessoas”<br />
10 <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> | Set/Out 2013 | www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br
www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br | Set/Out 2013 | <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> 11
Mosaico<br />
Economia, política e até futebol:<br />
Um pouco <strong>de</strong> muita coisa<br />
Muitas vezes, um olhar crítico serve para <strong>de</strong>snudar a nossa realida<strong>de</strong>,<br />
revelando-a além daquilo que as paixões costumam ignorar<br />
Fotos: Marcelo Camargo/ Agência Brasil<br />
Cartão <strong>de</strong> Visita<br />
Quem chega a Brasília pela primeira vez via aeroporto,<br />
nestes meses, fica completamente assustado<br />
com o que encontra. O lugar está uma bagunça. Tá<br />
certo que se po<strong>de</strong>m alegar as obras em andamento,<br />
mas as obras não po<strong>de</strong>m justificar tudo. Banheiros<br />
sujos, falta <strong>de</strong> ônibus na pista, atraso na restituição <strong>de</strong><br />
bagagem, ausência <strong>de</strong> operadores nos equipamentos,<br />
só para ficar nestes exemplos, não têm nada a ver<br />
com a melhoria do aeroporto.<br />
Só sobe<br />
O roteiro é bem conhecido. Basta o dólar subir<br />
um pouco para as companhias aéreas anunciarem<br />
aumento nas passagens. Quando o dólar baixa, nem<br />
um pio e os preços também não caem. O governo<br />
po<strong>de</strong>ria construir mecanismos para que fossem criadas<br />
outras companhias e que companhias estrangeiras<br />
operassem trechos nacionais - em nome da livre<br />
concorrência.<br />
Papai Noel<br />
Sabem porque Papai Noel voa com apoio <strong>de</strong> renas?<br />
Porque no fim <strong>de</strong> ano é praticamente impossível<br />
voar <strong>de</strong> avião. E não faz diferença comprar passagem<br />
com antecedência. As digníssimas empresas<br />
aéreas já jogaram os preços lá para cima. O negócio<br />
só melhora um pouco <strong>de</strong>pois da Copa. Só não sabemos<br />
<strong>de</strong> qual Copa. E a Anac não vê nada <strong>de</strong> errado.<br />
Dólar <strong>de</strong> Prata<br />
A coluna mantém seu prognóstico: dólar ultrapassando<br />
a marca <strong>de</strong> R$ 2,50; os gastos dos brasileiros<br />
em viagens diminuindo um pouco; aumento nos<br />
combustíveis; aumento nas passagens aéreas e uma<br />
preocupante situação nas contas externas (diferença<br />
entre as receitas e as <strong>de</strong>spesas do Brasil com outros<br />
países), que já não está nada boa. Ou seja, quem pu<strong>de</strong>r<br />
poupar neste fim <strong>de</strong> ano, poupe.<br />
Eu “Juros”<br />
Se alguém ainda duvidava que os juros iriam subir,<br />
dê uma olhada no extrato bancário atual e compare<br />
com os <strong>de</strong> meses anteriores. Os juros já subiram<br />
e vão subir mais. E o crédito está cada vez mais<br />
difícil <strong>de</strong> ser obtido. As propagandas <strong>de</strong> instituições<br />
financeiras estão cada vez mais longe da realida<strong>de</strong><br />
que praticam.<br />
Priorida<strong>de</strong><br />
Em <strong>de</strong>terminado momento no mês <strong>de</strong> outubro<br />
ficamos com a impressão <strong>de</strong> que a gran<strong>de</strong> priorida<strong>de</strong><br />
no Brasil era discutir biografias. Sinceramente,<br />
governo, congresso, justiça, imprensa e a<br />
própria socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>veriam rever um pouco suas<br />
urgências.<br />
Pra ajudar vamos dar algumas dicas <strong>de</strong> assuntos<br />
que <strong>de</strong>veriam tomar a frente da biografia <strong>de</strong> notáveis:<br />
as <strong>de</strong>zenas (senão centenas) <strong>de</strong> pessoas que<br />
morrerão em <strong>de</strong>corrência das chuvas nas serras cariocas<br />
em janeiro ou fevereiro <strong>de</strong> 2014; as crianças<br />
que correrão risco <strong>de</strong> morte no transporte escolar<br />
irregular no ano que vem ou os motociclistas que<br />
continuarão a per<strong>de</strong>r a vida no trânsito.<br />
Reforma Eleitoral<br />
Com as eleições se aproximando, a reforma eleitoral<br />
prometida fica pra próxima. E nem dá para<br />
acreditar que passam mudanças para valer como o<br />
fim do voto obrigatório ou financiamento público<br />
<strong>de</strong> campanha. Ah, mas não se preocupem. Em 2015<br />
uma comissão será criada.<br />
12 <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> | Set/Out 2013 | www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br
Os protestos<br />
Os protestos ainda não acabaram, mas estão diminuindo.<br />
Daqui a pouco teremos somente os casos <strong>de</strong><br />
polícia. A previsão é quem em 2014 eles voltam com<br />
força em junho e continuem até outubro ou novembro.<br />
Experiência com animais<br />
A pergunta não respondida até agora por quem é<br />
contra testes <strong>de</strong> remédios em animais: Se não testar<br />
nos bichos, testa em quem? Esperamos que não cogitem<br />
em testar em seres humanos.<br />
Cruelda<strong>de</strong> x Necessida<strong>de</strong><br />
Lembramos que diariamente milhares <strong>de</strong> animais<br />
são abatidos para consumo humano. Isto é uma necessida<strong>de</strong>.<br />
Se com cruelda<strong>de</strong> ou não, é a forma como<br />
os animais são abatidos quem <strong>de</strong>finirá. Acreditamos<br />
que um dia não nos alimentaremos <strong>de</strong> animais ou<br />
precisemos testar novos remédios. Infelizmente hoje,<br />
a realida<strong>de</strong> é outra.<br />
Fim <strong>de</strong> campeonato<br />
O <strong>de</strong>sespero começa a bater em algumas torcidas<br />
no fim do campeonato brasileiro <strong>de</strong> futebol. Com direito<br />
a possivelmente assistirmos clássico carioca na<br />
série B do próximo ano. Mas como certa equipe do<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro bem sabe, a segunda divisão não é o<br />
fim. A série C é.<br />
Subiu<br />
E tem time paulista comemorando o bicampeonato<br />
da segunda divisão. Daqui a <strong>de</strong>z anos, quem<br />
sabe, rumo ao tri?<br />
www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br | Set/Out 2013 | <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> 13
Especial Especial<br />
Orquí<strong>de</strong>a, mais do que<br />
uma flor, uma paixão<br />
De 12 a 15 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro o foyer da Sala Villa Lobos do Teatro<br />
Nacional sedia o Orquí<strong>de</strong>a Brasília 2013 – evento realizado<br />
quatro vezes por ano <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2004. Lá, além <strong>de</strong> flores,<br />
muita troca <strong>de</strong> informações com oficinas e compra e venda<br />
<strong>de</strong> insumos<br />
Se há controvérsias acerca <strong>de</strong> quando e on<strong>de</strong> elas surgiram, se foram <strong>de</strong>scobertas ou criadas,<br />
isso pouco ou nada importa. A realida<strong>de</strong> é mais simples: não há quem não se encante diante <strong>de</strong><br />
uma orquí<strong>de</strong>a. E tem sido assim há tempo. Muito tempo. Po<strong>de</strong>-se dizer que elas acompanham o<br />
ser humano <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Grécia na civilização oci<strong>de</strong>ntal e a antiga China já há mais <strong>de</strong> quatro mil anos -<br />
inclusive com indicações terapêuticas. Mais do que flores, bálsamo para a alma.<br />
Sempre há uma primeira vez...<br />
A gaúcha Ingrid Piucco, executiva<br />
<strong>de</strong> contas do Meliá Brasil XXI e moradora<br />
<strong>de</strong> Águas Claras, cultiva orquí<strong>de</strong>as<br />
em seu apartamento, paixão compartilhada<br />
pelo marido Marcelo e a filha<br />
Maria Eduarda. A <strong>de</strong>scoberta tem a ver<br />
com o nascimento da filha, quando<br />
alguém a presenteou com uma orquí<strong>de</strong>a.<br />
De lá para cá, sempre o mesmo<br />
zelo. “Cuidar das orquí<strong>de</strong>as, observar o<br />
aspecto <strong>de</strong>las, ver qual está precisando<br />
<strong>de</strong> mais luz, qual quer algum tipo <strong>de</strong><br />
sombra me alivia das tensões do cotidiano”,<br />
discorre Ingrid.<br />
E todo lugar é lugar. Po<strong>de</strong> ser no apartamento, na casa, no sítio ou fazenda. “Uma orquí<strong>de</strong>a não<br />
po<strong>de</strong> dar trabalho, porque a sua função maior é a <strong>de</strong> propiciar prazer para quem a cultiva”, enfatiza<br />
Walber Leão, mineiro <strong>de</strong> Formiga, no DF <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1970, servidor do STF e que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2004 organiza o Orquí<strong>de</strong>a<br />
Brasília – com edições em <strong>de</strong>zembro, fevereiro, junho e setembro e tido como o maior evento<br />
do gênero no DF e um dos principais no Brasil.<br />
14 14 <strong>Leitura</strong> <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> | Set/Out | Set/Out 2013 2013 | | www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br
Especial Especial<br />
www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br | Set/Out | Set/Out 2013 2013 | <strong>Leitura</strong> | <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> 15 15
Especial<br />
A <strong>de</strong>scoberta da paixão<br />
Quem as cultiva, estabelece uma relação<br />
<strong>de</strong> cumplicida<strong>de</strong> com as plantas. No caso <strong>de</strong><br />
Walber, é preciso voltar no tempo – até os anos<br />
60 do século passado. Seu pai Alberto aproveitava<br />
os fins <strong>de</strong> semana para pescar no Vale do<br />
São Francisco e na volta trazia orquí<strong>de</strong>as para a<br />
mãe, Valtru<strong>de</strong>s. Numa <strong>de</strong>ssas oportunida<strong>de</strong>s, ele<br />
pegou uma planta e disse: essa é minha.<br />
Ao mudarem para Brasília, a família <strong>de</strong> 11<br />
irmãos comprou 2 apartamentos no Guará. Derrubaram<br />
as divisórias e ficou uma coluna bem<br />
no meio da sala – <strong>de</strong>vidamente coberta com<br />
casqueiro <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, serviu para a colocação<br />
<strong>de</strong> orquí<strong>de</strong>as.<br />
Mas só <strong>de</strong>pois ele foi se afastando daquele<br />
amor, voltando a ter algumas orquí<strong>de</strong>as em 1990<br />
– já casado e morador do Cruzeiro (DF). Quando<br />
se <strong>de</strong>u conta, tinha 140 plantas no apartamento.<br />
Em 1995, mudou para uma chácara no Park<br />
Way, on<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> orquí<strong>de</strong>as, cultivava moranguinhos.<br />
Para Ingrid<br />
Piucco, cuidar<br />
das orqui<strong>de</strong>as<br />
ajuda a aliviar o<br />
estresse do dia<br />
a dia<br />
16 <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> | Set/Out 2013 | www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br
Especial<br />
Walber<br />
Leão, um<br />
apaixonado<br />
por orqui<strong>de</strong>as<br />
ensina: cuidar<br />
<strong>de</strong>las <strong>de</strong>ve ser<br />
um ato que dê<br />
prazer<br />
Surge a Orquí<strong>de</strong>a Brasília<br />
Em 2004, ele conseguiu concretizar outro sonho, com a realização,<br />
em fevereiro daquele ano, da primeira edição do Orquí<strong>de</strong>a<br />
Brasília – que acontece até hoje, quatro vezes por ano (12 a 15 <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2013 e 1ª semana <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2014 são as próximas).<br />
O conceito do evento não é apenas o <strong>de</strong> venda, mas também<br />
<strong>de</strong> interação entre expositores, compradores e apaixonados<br />
pela flor – na medida em que são realizadas oficinas, palestras<br />
e, além das orquí<strong>de</strong>as em si, é possível adquirir os insumos<br />
necessários.
Especial<br />
Cuidados gerais<br />
Antes <strong>de</strong> mais nada, precisa ter <strong>de</strong>finido<br />
o ambiente on<strong>de</strong> as orquí<strong>de</strong>as irão ficar,<br />
para comprar espécies que melhor se<br />
adaptem ao local.<br />
A forma mais comum <strong>de</strong> matar uma<br />
orquí<strong>de</strong>a é colocar água todo dia. Em 30<br />
dias, haverá um cadáver pútrido.<br />
Na época <strong>de</strong> chuva, molha-se 1 ou 2<br />
vezes por semana.<br />
Na época da seca, 3 ou 4 vezes por<br />
semana.<br />
Quando estiver florida, respeitar a<br />
questão da luz/sol, não exagerar na água<br />
e aproveitar toda a beleza da flor.<br />
Com o fim da floração, levar a um recanto<br />
próximo à janela, com muita luz e<br />
sem sol.<br />
Se morar em uma casa, o i<strong>de</strong>al é fazer<br />
um telado, com pé direito minimo <strong>de</strong> 3<br />
metros para possibilitar a ventilação e facilite<br />
a movimentação pelo seu interior.<br />
Usar adubo químico solúvel em água<br />
a cada duas semanas e usar adubo orgânico<br />
a cada dois meses. Esses produtos po<strong>de</strong>m<br />
ser adquiridos no Orquí<strong>de</strong>a Brasília.<br />
As orquí<strong>de</strong>as <strong>de</strong>vem ser replantadas a<br />
cada um ano e meio, trocando o substrato.<br />
<strong>18</strong> <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> | Set/Out 2013 | www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br
Ca<strong>de</strong>rno da Copa<br />
A ORION CONSULT nasceu da união <strong>de</strong><br />
um grupo <strong>de</strong> profissionais Contadores<br />
e Auditores oriundos dos setores<br />
<strong>de</strong> telecomunicações e <strong>de</strong><br />
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Check in<br />
Mantenha o cinto afivelado.<br />
SEMPRE<br />
O cinto <strong>de</strong> segurança é obrigatório em automóveis<br />
e tratado como supérfluo em ônibus e aviões<br />
– on<strong>de</strong> seu uso é “obrigatório” apenas em pousos e<br />
<strong>de</strong>colagens. Mas é bom não confiar...<br />
O recente episódio com um avião da TAM<br />
que enfrentou problemas <strong>de</strong> turbulência durante<br />
10 minutos, em 9 <strong>de</strong> setembro no voo que<br />
saiu <strong>de</strong> Madri com <strong>de</strong>stino a São Paulo, po<strong>de</strong> ser<br />
resumido na <strong>de</strong>scrição do Jornal Nacional da<br />
Globo: ” O avião passou a chacoalhar violentamente<br />
para todos os lados. Alguns passageiros<br />
que estavam sem o cinto <strong>de</strong> segurança foram<br />
jogados contra o teto da aeronave. Comissários<br />
<strong>de</strong> bordo e pessoas que estavam na fila do banheiro<br />
também se machucaram.”<br />
A situação revela o quão perigosa po<strong>de</strong><br />
ser a teimosia <strong>de</strong> pessoas que viajam <strong>de</strong> avião<br />
e confiam que todo percurso será sempre<br />
tranquilo. O que as pessoas – quer os<br />
experientes e com muitas milhas<br />
ou aqueles que só agora têm<br />
acesso e <strong>de</strong>scobrem os<br />
benefícios <strong>de</strong> viajar <strong>de</strong><br />
avião – costumam esquecer<br />
é que fatos inesperados po<strong>de</strong>m acontecer.<br />
E o resultado costuma ser perigoso <strong>de</strong>mais<br />
para justificar tal imprudência.<br />
A realida<strong>de</strong> é simples: ninguém <strong>de</strong> sã consciência<br />
po<strong>de</strong> ficar sem cinto durante o voo, porque<br />
mesmo com todos os avanços da tecnologia,<br />
com todas as informações meteorológicas<br />
hoje disponíveis, ainda assim há imprevistos. A<br />
questão resi<strong>de</strong> na teimosia do passageiro que<br />
muitas vezes nem escuta aquelas recomendações<br />
da tripulação – sendo que uma <strong>de</strong>las reitera:<br />
mantenha o cinto afivelado, mesmo com os<br />
sinais luminosos <strong>de</strong>sligados.<br />
Por vezes, alguns passageiros chegam a fazer<br />
reuniões em grupos, <strong>de</strong>bruçando-se sobre<br />
bancos, no afã <strong>de</strong> conversar com amigos ou<br />
familiares sentados em outra fileira. Ou então<br />
aquela mania <strong>de</strong> ficar andando pelos corredores,<br />
como se fossem passarelas on<strong>de</strong> <strong>de</strong>sfilam o<br />
sapato novo, o terno ou a bolsa <strong>de</strong> grife.<br />
Viver é um processo <strong>de</strong> aprendizagem<br />
cotidiana – e <strong>de</strong> reeducação. Uma<br />
das cenas mais patéticas é aquela fila<br />
indiana na porta dos banheiros –<br />
porque é possível ver, <strong>de</strong> longe,<br />
se <strong>de</strong>terminado banheiro está<br />
livre para uso ou não.<br />
A equação é simples:<br />
se no carro você se sente<br />
mais seguro com o cinto<br />
quando está a 60km<br />
por hora, o que o leva<br />
a achar que voando a<br />
900 km por hora não<br />
precisa <strong>de</strong>ssa proteção?<br />
20 <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> | Set/Out 2013 | www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br
Comportamento<br />
Tra<strong>de</strong><br />
Paraíba<br />
na rota do turismo<br />
<strong>de</strong> eventos<br />
A segunda etapa do<br />
Centro <strong>de</strong> Convenções<br />
<strong>de</strong> João Pessoa 'Poeta<br />
Ronaldo Cunha Lima',<br />
localizado no Polo<br />
Turístico Cabo Branco<br />
(às margens da rodovia<br />
PB-008), foi inaugurada<br />
pelo governador Ricardo<br />
Coutinho. Além do salão<br />
<strong>de</strong> exposições e eventos,<br />
entregue em agosto <strong>de</strong><br />
2012, passarão a funcionar<br />
o Centro <strong>de</strong> Congressos,<br />
o restaurante<br />
panorâmico e o mirante.<br />
Até a conclusão da obra<br />
<strong>de</strong>verão ser investidos<br />
mais R$ 170 milhões.<br />
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3ª etapa será inaugurada em 2014<br />
O Centro <strong>de</strong> Congressos possui blocos administrativos<br />
em três pavimentos, salas multiuso com<br />
um auditório com capacida<strong>de</strong> para 2.340 pessoas. Ao<br />
todo são oito auditórios adaptados conforme o público<br />
dos eventos.<br />
A área total do Centro <strong>de</strong> Convenções é <strong>de</strong> 34,52<br />
hectares, sendo 48.676 metros quadrados <strong>de</strong> área construída.<br />
Os três estacionamentos – já em funcionamento<br />
– comportam mais <strong>de</strong> mil automóveis. O teatro, com<br />
3.042 lugares, será a terceira e última etapa da obra.<br />
Primeira etapa – O Salão <strong>de</strong> Exposições e Eventos<br />
tem 19 mil metros quadrados <strong>de</strong> área construída<br />
e já abrigou eventos como o Festival <strong>de</strong> Turismo <strong>de</strong><br />
João Pessoa, a Convenção Paraibana <strong>de</strong> Supermercados,<br />
e a Multifeira Brasil Mostra Brasil.<br />
O ambiente tem quatro locais para cre<strong>de</strong>nciamento<br />
ou venda <strong>de</strong> ingressos; comporta até quatro<br />
eventos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, dividindo-se o espaço interno.<br />
Também comporta uma lanchonete com espaço<br />
para 32 mesas em área coberta e 40 mesas no <strong>de</strong>ck, e<br />
outras três lanchonetes na área interna da feira, além<br />
<strong>de</strong> quatro conjuntos <strong>de</strong> sanitários.<br />
A cobertura do Salão <strong>de</strong> Feira e Eventos do Centro<br />
<strong>de</strong> Convenções foi concebida em uma estrutura metálica<br />
solta, em curvas, com vãos entre pilares <strong>de</strong> 46 x 22,5<br />
metros. O fechamento da área em alvenaria com altura<br />
total <strong>de</strong> 5,6 metros é in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da cobertura em<br />
estrutura metálica, formando uma volumetria mais leve<br />
e solta. A área livre para exposições não tem laje.<br />
Turismo <strong>de</strong> eventos – Somente com a inauguração<br />
da primeira etapa do Centro <strong>de</strong> Convenções a<br />
Paraíba teve ampliada em 20% a capacida<strong>de</strong> do turismo<br />
<strong>de</strong> eventos e o Estado passou a ser incluído na<br />
rota das gran<strong>de</strong>s ativida<strong>de</strong>s nacionais e internacionais.<br />
Um exemplo disso é a RoboCup, consi<strong>de</strong>rado<br />
o maior evento mundial <strong>de</strong> robótica e inteligência<br />
artificial, que <strong>de</strong>verá reunir quatro mil participantes<br />
<strong>de</strong> várias partes do mundo na Paraíba, no período <strong>de</strong><br />
19 a 25 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2014 (uma semana após a Copa<br />
do Mundo). Esta é a primeira vez que o Brasil sedia o<br />
evento, que já passou por 14 países.<br />
O Governo do Estado acredita que o Centro <strong>de</strong><br />
Convenções vai gerar um gran<strong>de</strong> impacto no <strong>de</strong>senvolvimento<br />
turístico do Estado, criando maior <strong>de</strong>manda<br />
pelo setor hoteleiro, incentivando a gastronomia<br />
da região e forçando a ampliação do número<br />
<strong>de</strong> bares e restaurantes. O Centro também vai movimentar<br />
diretamente a ca<strong>de</strong>ia econômica, através <strong>de</strong><br />
segmentos específicos como o <strong>de</strong> guias turísticos,<br />
taxistas e artesões.<br />
O centro, consi<strong>de</strong>rado um dos mais mo<strong>de</strong>rnos<br />
do país, representará um investimento <strong>de</strong> R$ 240 milhões<br />
até a conclusão da última etapa prevista para o<br />
primeiro semestre <strong>de</strong> 2014.<br />
22 <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> | Set/Out 2013 | www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br
Eventos agendados até 2016<br />
Com a entrega da segunda etapa, o Centro <strong>de</strong><br />
Convenções entra na pauta dos gran<strong>de</strong>s eventos<br />
Em novembro, haverá a realização do 4º Congresso Brasileiro<br />
<strong>de</strong> Tratamento <strong>de</strong> Feridas e o Campus Festival. Em <strong>de</strong>zembro,<br />
acontece a Conferência Brasil-Canadá 3.0. Em 2014,<br />
estão agendados o Salão Quilômetros e Milhas dos Extremos<br />
das Américas; Congresso <strong>de</strong> Educação Física e Inovação;<br />
Congresso Internacional <strong>de</strong> Fisioterapia; Encontro <strong>de</strong> Robótica;<br />
Multifeira Brasil Mostra Brasil; Encontro <strong>de</strong> Procuradores<br />
do Estado; Copa do Mundo <strong>de</strong> Robótica; Consuper; Festival<br />
<strong>de</strong> Turismo <strong>de</strong> João Pessoa e o Mitsubishi Motor Sport.<br />
Para 2015 e 2016 estão agendados, respectivamente, o<br />
Simpósio Brasileiro <strong>de</strong> Sensoriamento Remoto e o Congresso<br />
Nacional <strong>de</strong> Medicina Veterinária. Recentemente, o local<br />
sediou eventos como a Multifeira Brasil Mostra Brasil, Feira<br />
<strong>de</strong> Medicamentos, Olimpíada Brasileira da Juventu<strong>de</strong>, Festival<br />
<strong>de</strong> Turismo <strong>de</strong> João Pessoa e a Convenção Paraibana <strong>de</strong><br />
Supermercados (Consuper).<br />
Para o secretário <strong>de</strong> Estado do Turismo e do Desenvolvimento<br />
Econômico da Paraíba, Renato Feliciano, a obra vai<br />
propiciar um salto para a indústria do turismo. “A Paraíba está<br />
entrando para o hall <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s eventos, aumentando o fluxo<br />
<strong>de</strong> turistas e, consequentemente, a geração <strong>de</strong> emprego<br />
e renda”, observou o secretário.<br />
www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br | Set/Out 2013 | <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> 23
Comportamento<br />
PROMOÇÃO HOTÉIS<br />
BARCELONA BUENOS AIRES FRANKFURT<br />
Hotel Medinaceli<br />
Diária<br />
A partir <strong>de</strong><br />
EUR 102,00<br />
Hotel Rochester Classic<br />
Diária<br />
A partir <strong>de</strong><br />
USD 96.00<br />
Hotel Best Western Plaza<br />
Diária<br />
A partir <strong>de</strong><br />
EUR 94,00<br />
LISBOA MIAMI NOVA YORK<br />
Hotel HF Fénix Lisboa<br />
Diária<br />
A partir <strong>de</strong><br />
EUR 73,00<br />
Deauville Beach Resort<br />
Diária<br />
A partir <strong>de</strong><br />
USD 294.00<br />
Hotel Milford Plaza<br />
Diária<br />
A partir <strong>de</strong><br />
USD 356.00<br />
ORLANDO<br />
Hotel Disneys Art<br />
of Animation Resort<br />
Diária<br />
A partir <strong>de</strong><br />
USD 204.00<br />
PARIS<br />
Hotel Royal<br />
Elysees<br />
Diária<br />
A partir <strong>de</strong><br />
EUR 148,00<br />
ROMA<br />
Hotel<br />
Donatello<br />
Diária<br />
A partir <strong>de</strong><br />
EUR 62,00<br />
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Comportamento<br />
Roteiro Testado<br />
Toscana,<br />
sempre<br />
bela<br />
e sedutora<br />
Após a explêndida recepção<br />
com que Florença nos<br />
recebeu e nos convidou a<br />
explorá-la, começamos um<br />
roteiro enogastronômico<br />
pelas vielas encantadas e<br />
perfumadas <strong>de</strong>sse museu<br />
inacreditável que é o centro<br />
histórico <strong>de</strong> Florença.<br />
www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br | Set/Out 2013 | <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> 25
Roteiro Comportamento Testado<br />
Partindo das Galerias do Ufizzi, com poucos<br />
passos atravessamos a Ponte Vecchio, que só<br />
pelo seu visual curioso e único, já vale o dia. À<br />
primeira vista quem vê a ponte <strong>de</strong> fora, com seus<br />
casebres <strong>de</strong>pendurados e colados um ao outro,<br />
não imagina a opulência, arte e bom gosto das ricas<br />
jóias expostas pelos joalheiros e ourives mais<br />
famosos do mundo em barraquinhas centenárias<br />
<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> lei, esculpidas e talhadas com<br />
arabescos, símbolos, brasões e tudo aquilo que<br />
enriquecia a Florença dos Medici. No centro da<br />
ponte, a parada obrigatória para uma foto sobre<br />
o Rio Arno que sussura, lava e leva embora as mazelas,<br />
histórias e conquistas <strong>de</strong> outros tempos...<br />
Tantas histórias que em 1966 o rio, cansado<br />
<strong>de</strong> tanto ouvir, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> alguns dias <strong>de</strong> chuva<br />
torrencial, transbordou sobre Florença suas mágoas,<br />
causando a maior e pior inundação dos<br />
últimos anos. Várias casas têm marcadas em<br />
suas pare<strong>de</strong>s a altura on<strong>de</strong> a água chegou.<br />
Mas Florença orgulhosa e tenaz se recuperou<br />
mais forte e bela.<br />
Bem, <strong>de</strong>pois da foto para o álbum “di<br />
ricordi”, atravesse a ponte, e chegando “altro”<br />
Arno, vire à esquerda no Borgo San Lacobo,<br />
an<strong>de</strong> até o n°37 e seja recebido pelo<br />
simpático maitre da casa di Mamma Gina.<br />
Prepare-se para um festim <strong>de</strong> sabores,<br />
cores e odores da Toscana mais<br />
genuína. Peça sem susto um “Morrelino<br />
di Scansano” ou mesmo um “Chianti” <strong>de</strong><br />
Montepulciano ou Montalcino. Como primo piatto<br />
a sugestão seria uma “Pasta ai Funghi Freschi”,<br />
que são típicos da Toscana e, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da<br />
época, se encontra em profusão… e como segundo<br />
um “Ossobuco alla Mamma Gina”. Embora<br />
o ossobuco seja um prato milanês, é divino!<br />
O café você po<strong>de</strong> tomá-lo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> pedir<br />
um gelato <strong>de</strong> “ricotta e fichi” da Gelateria <strong>de</strong> Neri,<br />
atrás do Palazzo Vecchio ou, se preferir, volte para<br />
casa com este gostinho inesquecível do gelato, e<br />
vá <strong>de</strong>scansar… amanhã, às 10h partiremos para<br />
visitar a Cantina Antinori, em Il Bargino…<br />
A elegante e refinada família Antinori, há mais<br />
<strong>de</strong> 600 anos <strong>de</strong>dica-se à arte <strong>de</strong> produzir vinho,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1385, quando Giovanni di Piero Antinori<br />
passou a fazer parte da “Arte Fiorentina <strong>de</strong>i Vinattieri”.<br />
Em outubro <strong>de</strong> 2012, como uma homenagem<br />
da família à terra do Chianti Clássico, inaugura-<br />
-se essa explêndida Cantina, única em seu gênero<br />
na Itália. Construída com material local e<br />
com gran<strong>de</strong> respeito pelo meio ambiente a<br />
pela paisagem toscana, a i<strong>de</strong>ia era mostrar ao<br />
público como se produz o vinho, com uma<br />
visão inovante e uma exigência <strong>de</strong> perfeição<br />
ao processo produtivo.<br />
A cantina se transfere então do centro<br />
<strong>de</strong> Florença, na Piazza Antinori, para a<br />
região do Chianti Clássico, <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong><br />
dos Antinori, a 30 km do centro, na direção<br />
sul, em Il Bargino, na região <strong>de</strong> San<br />
Casciano Val di Pesa.<br />
26 <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> | Set/Out 2013 | www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br
Comportamento<br />
Roteiro Testado<br />
O primeiro impacto é impresionante: localizada<br />
em meio a belas colinas, imponente e<br />
mo<strong>de</strong>rna, com uma arquitetura arrojada, vanguardista<br />
para os mol<strong>de</strong>s toscanos, a cantina se<br />
adapta e se encaixa divinamente nesse panorama,<br />
sem agredir, sem vulgarizar, com uma elegância<br />
e sobrieda<strong>de</strong> únicas.<br />
Dentro, você po<strong>de</strong> fazer seu tour com hora<br />
marcada, com guia que lhe mostrará todo o processo<br />
e a classificação <strong>de</strong>sse vinho por eles produzido,<br />
e no final do espetáculo enoarquitetônico,<br />
<strong>de</strong>gustará alguns dos bons vinhos <strong>de</strong> safra.<br />
Po<strong>de</strong>, como em toda cantina, fazer compras<br />
<strong>de</strong> bons vinhos, mel, azeite <strong>de</strong> produção<br />
Antinori limitada, até lembrancinhas finas como<br />
abridores <strong>de</strong> garrafa, livros com harmonização<br />
<strong>de</strong> pratos e vinhos, aventais típicos e divertidos,<br />
jarras <strong>de</strong> <strong>de</strong>canter lindas e coloridas, etc. Essa visita<br />
acontece sempre às 11h da manhã, portanto<br />
se quiser aproveitar o horário que se avizinha<br />
do almoço, suba ao terraço no “Ristorante Rinuccio<br />
1<strong>18</strong>0” e continue sua <strong>de</strong>gustação <strong>de</strong> vinhos<br />
acompanhados dos bons pratos que eles oferecem...<br />
o visual é lindo...<br />
Ainda teremos tempo para <strong>de</strong>scer ate<br />
Montepulciano, pela paisagem bucólica e única<br />
toscana, com suas estradinhas <strong>de</strong> pinheiros<br />
enfileirados, fortalezas e castelos plantados pelas<br />
encostas e colinas e as cores inconfundíveis<br />
com que o gran<strong>de</strong> Maestro pintou estas paragens...<br />
pausa para se intoxicar <strong>de</strong> beleza... até o<br />
próximo <strong>de</strong>stino, quando faremos nosso giro<br />
pelas enotecas <strong>de</strong> Montepulciano e Montalcino,<br />
e quem sabe ainda consiga <strong>de</strong>gustar um<br />
bom “Brunello” da Tenuta Il Greppo, pertencente<br />
à familia Biondi Santi, referência dos nobres<br />
do Chianti. Em abril morreu aos 91 anos seu patriarca<br />
Franco Biondi Santi, entre os italianos “un<br />
“gentiluomo d’altri tempi”... dizem que com ele<br />
se encerra a era da produção notável do Brunello<br />
di Montalcino...<br />
Pena, feliz <strong>de</strong> quem po<strong>de</strong> saboreá-lo... pois<br />
quando toca seu palato se torna inesquecível.<br />
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Enogastronomia<br />
A<strong>de</strong>ga caseira:<br />
Como evitar a frustração<br />
O brasileiro que começa a consumir cada vez mais vinhos <strong>de</strong><br />
qualida<strong>de</strong> convive com a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> objetos e produtos<br />
complementares – mas ainda existe muita confusão...<br />
Palavras como <strong>de</strong>canter, harmonização, temperatura<br />
<strong>de</strong> serviço, taninos e terroir, que antes faziam<br />
parte do cotidiano <strong>de</strong> um seleto grupo <strong>de</strong> amantes<br />
do vinho, hoje já po<strong>de</strong>m ser ouvidas em vários ambientes<br />
ou mesmo nas conversas entre colegas <strong>de</strong><br />
trabalho.<br />
Com a melhoria no padrão <strong>de</strong> consumo e <strong>de</strong><br />
exigência do consumidor brasileiro, um “objeto do<br />
<strong>de</strong>sejo” começou a fazer parte dos “sonhos <strong>de</strong> consumo”<br />
<strong>de</strong> muitos: ter uma a<strong>de</strong>ga climatizada em casa.<br />
Antes <strong>de</strong> mais nada, é preciso enten<strong>de</strong>r que o<br />
verda<strong>de</strong>iro papel <strong>de</strong> uma a<strong>de</strong>ga não é o <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar os<br />
vinhos na chamada temperatura <strong>de</strong> serviço – mas se<br />
trata <strong>de</strong> um local com clima i<strong>de</strong>al para que os bons<br />
vinhos tenham um ambiente i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> conservação<br />
e sigam seu processo natural <strong>de</strong> composição e <strong>de</strong><br />
amadurecimento.<br />
Então o negócio é ter duas a<strong>de</strong>gas? Ou como<br />
fazer para fugir <strong>de</strong>sta confusão toda, on<strong>de</strong> muitas<br />
vezes os preços acabam sendo mais importantes do<br />
que a própria utilização <strong>de</strong> uma a<strong>de</strong>ga?<br />
Segundo o sommelier Olinaldo Oliveira, <strong>de</strong> Brasília,<br />
a questão não é tão simples como alguns ven<strong>de</strong>dores<br />
costumam apregoar. E ele explica: “Existem<br />
dois tipos <strong>de</strong> a<strong>de</strong>gas no mercado brasileiro. Uma é<br />
fabricada com compressor, que nada mais é do que<br />
o mesmo sistema <strong>de</strong> gela<strong>de</strong>ira. Você tem a liberda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> regular sua temperatura e o compressor vai disparar<br />
e trabalhar para que a temperatura <strong>de</strong>sejada seja<br />
atingida. A outra é a a<strong>de</strong>ga climatizada termoelétrica,<br />
que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da temperatura externa para chegar<br />
na temperatura <strong>de</strong>sejada. Por exemplo: você a regula<br />
para 9 ºC. Ela então vai acionar o sistema <strong>de</strong> troca <strong>de</strong><br />
calor e começa a baixar a temperatura. Vamos supor<br />
que a temperatura externa seja <strong>de</strong> 33ºC , ela vai provavelmente<br />
ficar oscilando entre 12ºC a 16ºC e não<br />
chegar a 9ºC”, mas se a temperatura externa for como<br />
em alguns dias nos invernos <strong>de</strong> Brasília, a temperatura<br />
chegará à <strong>de</strong>sejada.<br />
Dúvidas e mais dúvidas<br />
Assim, é importante saber que a função <strong>de</strong><br />
uma a<strong>de</strong>ga não é a <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar os vinhos na chamada<br />
temperatura <strong>de</strong> serviço. De acordo com Olinaldo,<br />
“a a<strong>de</strong>ga normalmente é regulada <strong>de</strong> fábrica para<br />
trabalhar a 15ºC, po<strong>de</strong>ndo oscilar 3ºC para cima ou<br />
para baixo. O importante mesmo é a a<strong>de</strong>ga nunca<br />
atingir temperatura maior que 21ºC, pois acima<br />
<strong>de</strong>sse patamar o vinho acelera o seu envelhecimento.<br />
Se ele tinha uma vida <strong>de</strong> 10 anos, exposto<br />
a temperaturas superiores a 21ºC ele não vai durar<br />
cinco anos”. O que isto quer dizer? “Tanto a a<strong>de</strong>ga<br />
climatizada termoelétrica ou <strong>de</strong> compressor vão<br />
aten<strong>de</strong>r muito bem aquele comprador ou amante<br />
do vinho que enten<strong>de</strong>r que o papel <strong>de</strong> uma a<strong>de</strong>ga<br />
não é para o serviço <strong>de</strong> vinho e sim para manter o<br />
seu envelhecimento natural e por isso é importante<br />
que tenha temperatura constante e abaixo <strong>de</strong><br />
21ºC”, enfatiza Olinaldo.<br />
Mas é preciso sempre ter em mente alguns aspectos<br />
complementares: o preço, por exemplo. “Uma<br />
a<strong>de</strong>ga termoelétrica custa em torno <strong>de</strong> 1/3 do preço<br />
<strong>de</strong> uma <strong>de</strong> compressor”, discorre Olinaldo, enfatizando<br />
que a primeira “é mais frágil e sensível a picos <strong>de</strong><br />
energia que há muito em nosso País”.<br />
O i<strong>de</strong>al para chegar à temperatura <strong>de</strong> serviço e<br />
não errar é dispor <strong>de</strong> um pequeno termômetro ou<br />
mesmo uma fita que po<strong>de</strong> ser colocada na garrafa<br />
para <strong>de</strong>finir a temperatura – por isso, nestas horas, o<br />
velho e bom bal<strong>de</strong> com gelo para <strong>de</strong>ixar a bebida na<br />
28 <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> | Set/Out 2013 | www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br
Comportamento<br />
Enogastronomia<br />
temperatura é i<strong>de</strong>al,<br />
ainda mais com o<br />
calor que está fazendo em<br />
todo Brasil.<br />
Sobre indicação <strong>de</strong><br />
um tipo, ele é “mineiro”:<br />
“Eu tenho uma termoelétrica<br />
há mais <strong>de</strong> três anos<br />
e nunca <strong>de</strong>u problema, mas<br />
claro que se eu pu<strong>de</strong>sse teria<br />
uma <strong>de</strong> compressor”. Quanto<br />
ao tamanho, outra vez <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do<br />
bolso, dos hábitos <strong>de</strong> consumo e até mesmo<br />
do espaço disponível – até porque existem<br />
empresas especializadas na fabricação<br />
<strong>de</strong> a<strong>de</strong>gas que são verda<strong>de</strong>iras obras <strong>de</strong><br />
arte, com capacida<strong>de</strong> para várias <strong>de</strong>zenas<br />
<strong>de</strong> garrafas.<br />
UM ‘KIT’ DE VINHOS<br />
Adquirida a a<strong>de</strong>ga, prepare-se bem para<br />
aquelas visitas que amam ver uma a<strong>de</strong>ga<br />
cheia, cujos olhos chegam a brilhar... Abaixo,<br />
um kit básico para ter em casa. Lembre-se: os<br />
vinhos especiais, <strong>de</strong>ixe bem no fundo da a<strong>de</strong>ga,<br />
os vinhos do dia a dia <strong>de</strong>vem ficar em local<br />
<strong>de</strong> fácil acesso.<br />
MAS VALE A PENA SEMPRE TER:<br />
• Vinhos leves e tintos para os que bebem<br />
qualquer coisa não importando a marca e sim<br />
tirar o vinho da sua a<strong>de</strong>ga;<br />
• Vinho branco para ser servido com um<br />
bom bacalhau ou peixes em geral;<br />
• Vinho rosé seco para as ocasiões com um<br />
prato <strong>de</strong> mariscos ou camarão;<br />
• Vinho tinto encorpado para acompanhar<br />
aquele Ramon serrano, filé, churrasco ou um<br />
cor<strong>de</strong>iro;<br />
• Não po<strong>de</strong>mos esquecer do tão sonhado<br />
e refrescante espumante brut ou <strong>de</strong>mi-sec, afinal<br />
<strong>de</strong> contas é muito bom recepcionar aquelas<br />
visitas especiais com um bom espumante<br />
brasileiro <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> e baixo custo.<br />
SOBRE AS TEMPERATURAS DE<br />
SERVIÇO DOS VINHOS:<br />
Branco c/ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> corpo médio/muito corpo<br />
Ex.: Borgonha branco/Chardonnay<br />
sulamericano - Ligeiramente fresco<br />
10 – 13 C<br />
Branco <strong>de</strong> corpo ligeiro / corpo médio<br />
Ex.: Pinot Grigio - Fresco<br />
7 – 10 C<br />
Vinhos doces<br />
Ex.: Sauterne - Muito fresco<br />
6 – 8 C<br />
Espumantes<br />
Ex.: Champagne e Cava - Muito fresco<br />
6 – 10 C<br />
Tinto corpo ligeiro<br />
Ex.: Beaujolais - Ligeiramente fresco<br />
13 C<br />
Tinto <strong>de</strong> corpo médio / muito corpo<br />
Ex.: Shiraz australiano - Temperatura ambiente<br />
15 – <strong>18</strong> C<br />
Rosé<br />
Ex.: Piorro DOC - Ligeiramente fresco<br />
10 – 13 C<br />
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Nutrição<br />
Pedra no rim?<br />
Quanto mais água, melhor<br />
No verão, por conta das altas temperaturas, o corpo precisa<br />
ser hidratado. Com água, muita água - em torno <strong>de</strong><br />
três litros por dia é o que recomendam os especialistas<br />
Com altas temperaturas, as pessoas transpiram<br />
mais, mas não bebem mais água.<br />
O número <strong>de</strong> atendimentos a pessoas com pedra<br />
nos rins cresce cerca <strong>de</strong> 30% em São Paulo durante<br />
o verão. É o que aponta levantamento da Secretaria<br />
<strong>de</strong> Estado da Saú<strong>de</strong> com base nos dados do<br />
Centro <strong>de</strong> Referência em Saú<strong>de</strong> do Homem.<br />
Esse aumento ocorre porque, com as temperaturas<br />
mais altas, é comum as pessoas transpirarem<br />
mais, mas não aumentarem a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água<br />
ingerida. Com mais perda <strong>de</strong> líquidos, aumenta a<br />
concentração <strong>de</strong> sais que formam os cristais nos rins.<br />
Se não forem tratadas, as pedras nos rins po<strong>de</strong>m<br />
obstruir o sistema urinário, criando a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> intervenção cirúrgica.<br />
A hidratação é a entrada <strong>de</strong> água para prevenir<br />
a <strong>de</strong>sidratação (redução do conteúdo <strong>de</strong> água corporal)<br />
<strong>de</strong>vida a uma ingestão reduzida ou uma perda aumentada<br />
(sudorese, diarréia) <strong>de</strong> água. A hidratação é<br />
essencial para o funcionamento dos sistemas orgânicos,<br />
que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da água como meio e soluto para<br />
realização <strong>de</strong> reações enzimáticas, para os processos<br />
fisiológicos <strong>de</strong> digestão, absorção e excreção, na manutenção<br />
da temperatura e estabilida<strong>de</strong> dos fluidos<br />
corporais e no transporte <strong>de</strong> substâncias. Além disso, a<br />
hidratação a<strong>de</strong>quada reflete no bom funcionamento<br />
intestinal, na aparência <strong>de</strong> cabelos, pele e unhas.<br />
Prevenção<br />
Para se proteger <strong>de</strong>sse problema, recomenda-<br />
-se beber mais água (ingerindo em torno <strong>de</strong> três litros<br />
por dia) e evitar segurar por muito tempo a urina<br />
(indo mais vezes ao banheiro).<br />
Além disso, é importante que as pessoas façam<br />
refeições mais leves, saudáveis e não exagerem no<br />
consumo <strong>de</strong> sal, carne vermelha e alimentos industrializados.<br />
O tabagismo também aumenta a chance<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento dos cálculos.<br />
E quem não gosta <strong>de</strong> beber água?<br />
Ingerir oito copos <strong>de</strong> água ou quatro garrafinhas<br />
por dia é fácil para quem se habitua aos benefícios<br />
da hidratação correta. No entanto, quem não<br />
gosta <strong>de</strong> beber água encontra dificulda<strong>de</strong>s para alcançar<br />
estes valores. Para contornar este problema,<br />
algumas alternativas são:<br />
• Coloque um pedaço <strong>de</strong> fruta ou ervas <strong>de</strong> sua<br />
preferência no copo com água para saborizá-la naturalmente.<br />
Como uma folhinha <strong>de</strong> hortelã <strong>de</strong>ntro do copo.<br />
• Opte por refrescos não adoçados ou com pouco<br />
açúcar. Estas opções menos concentradas que os<br />
sucos permitem que você se hidrate sem acumular<br />
calorias em seu cardápio;<br />
O uso <strong>de</strong> truques como colocar o celular para <strong>de</strong>spertar<br />
<strong>de</strong> hora em hora para lembrar-se <strong>de</strong> beber água<br />
são bem vindos até que você pegue o hábito. Lembre-<br />
-se a saú<strong>de</strong> está no equilíbrio, então cuidados com o<br />
consumo <strong>de</strong> álcool também se torna importante.<br />
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Comportamento<br />
A guerra é aqui,<br />
ao vivo e em cores<br />
Quem anda (...) encontra cenários <strong>de</strong> uma guerra silenciosa.<br />
Quase não há mais casas com jardins e muretas on<strong>de</strong> as<br />
pessoas até podiam sentar para conversar com os vizinhos.<br />
A televisão no Brasil transformou-se em<br />
uma trincheira <strong>de</strong> on<strong>de</strong> espionamos atônitos<br />
uma espécie <strong>de</strong> guerra civil mal <strong>de</strong>lineada. Depois<br />
<strong>de</strong> um dia <strong>de</strong> trabalho, trânsito estressante<br />
e cansaço, o brasileiro senta-se diante da telinha<br />
e assiste às piores notícias - golpes, roubos,<br />
assaltos, mortes. O crime está banalizado e as<br />
pessoas vão per<strong>de</strong>ndo a cada dia o referencial<br />
<strong>de</strong> valores como a honestida<strong>de</strong>, a dignida<strong>de</strong>, a<br />
solidarieda<strong>de</strong> e o respeito. O vandalismo vai se<br />
tornando comum e as imagens <strong>de</strong> câmaras <strong>de</strong><br />
segurança divulgadas em re<strong>de</strong> nacional parecem<br />
não intimidar a ação <strong>de</strong> <strong>de</strong>linquentes. A<br />
razão disso? Ninguém tem uma resposta, até<br />
porque não há uma resposta única. As razões<br />
são múltiplas, mas não estão fora do alcance<br />
da socieda<strong>de</strong> que precisa, com urgência, aliás,<br />
com atraso, <strong>de</strong>bater o tema com serieda<strong>de</strong>.<br />
Pensamentos ingênuos e maniqueístas não<br />
servem mais para explicar uma situação social<br />
impossível <strong>de</strong> ser compreendida à luz <strong>de</strong> paixões<br />
e dogmas que até agora não funcionaram.<br />
Defesas ardorosas <strong>de</strong> teses que apenas se justificam<br />
como passaporte para a<strong>de</strong>ntrar em grupos<br />
auto<strong>de</strong>nominados "conhecedores supremos da<br />
verda<strong>de</strong>" servem apenas para massagear egos,<br />
não para transformar realida<strong>de</strong>s. O único caminho<br />
é o diálogo, mas aquele diálogo <strong>de</strong> quem<br />
consegue <strong>de</strong>spir opiniões <strong>de</strong> estereótipos, sugestões<br />
<strong>de</strong> interesses. O momento é <strong>de</strong> trocar<br />
i<strong>de</strong>ias e unir forças, <strong>de</strong> remarmos todos para o<br />
mesmo lado, ainda que respeitando a liberda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> pensamento <strong>de</strong> cada um.<br />
Como explicar, por exemplo, que jovens<br />
<strong>de</strong> famílias abastadas <strong>de</strong>cidam assaltar estabelecimentos<br />
comerciais para ter "adrenalina"? Dependência<br />
química? Por certo que não, já que<br />
não lhes falta dinheiro nem para se drogar. E o<br />
que dizer do papel dos meios <strong>de</strong> comunicação<br />
social - até que ponto a divulgação do crime<br />
alerta a socieda<strong>de</strong> ou estimula as mentes mais<br />
vulneráveis a cometer <strong>de</strong>litos inclusive para terem<br />
sua imagem exposta na mídia? O fato é que<br />
estamos todos nesse campo <strong>de</strong> batalha.<br />
Quem anda pelas gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s brasileiras<br />
encontra cenários <strong>de</strong> uma guerra silenciosa.<br />
Quase não há mais casas com jardins<br />
e muretas on<strong>de</strong> as pessoas até podiam<br />
sentar para conversar com os vizinhos. As<br />
casas estão fechadas com gra<strong>de</strong>s, trancadas<br />
com ca<strong>de</strong>ados e muitas <strong>de</strong>las protegidas<br />
por cães, alarmes e cercas eletrificadas.<br />
32 32 <strong>Leitura</strong> <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> | Set/Out | Set/Out 2013 2013 | | www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br
Comportamento<br />
O cidadão <strong>de</strong> bem está preso enquanto o<br />
meliante anda livremente pelas ruas infundindo<br />
o terror, sobretudo nos bairros da periferia.<br />
Restaurantes e lanchonetes são cada<br />
vez mais alvos <strong>de</strong> bandidos que não se intimidam<br />
com o número <strong>de</strong> pessoas presentes<br />
e "fazem a festa" com armas na mão e<br />
expectativa <strong>de</strong> impunida<strong>de</strong>. Profissionais <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong>, que <strong>de</strong>dicaram toda uma vida a sua<br />
formação profissional e que são essenciais<br />
para a socieda<strong>de</strong>, são assaltados e mortos<br />
por falsos pacientes. Todo tipo <strong>de</strong> artimanha<br />
é usado para o crime. Conhecimento <strong>de</strong> informática<br />
que po<strong>de</strong>ria garantir um emprego<br />
honesto é instrumento <strong>de</strong> <strong>de</strong>lito. Habilida<strong>de</strong><br />
com ferramentas, que po<strong>de</strong>ria dar sustento<br />
a uma família, é canalizada para furtar empresas,<br />
algumas das quais acabam fechando<br />
as portas com o prejuízo, <strong>de</strong>sempregando<br />
várias pessoas que ganhavam ali o pão <strong>de</strong><br />
cada dia.<br />
A realida<strong>de</strong> está aí e somos,<br />
todos nós, <strong>de</strong> um jeito<br />
ou <strong>de</strong> outro, afetados por ela.<br />
Mudamos nossos hábitos,<br />
nossas moradias, nosso<br />
lazer, nossos contatos sociais,<br />
tudo para nos proteger<br />
<strong>de</strong> alguma forma. Mas<br />
precisamos mudar ainda<br />
mais. Precisamos mudar<br />
nossa forma <strong>de</strong> enxergar as coisas e,<br />
sobretudo, <strong>de</strong> agir. Precisamos abandonar<br />
paixões e estereótipos, velhas<br />
teorias e soluções anacrônicas. Precisamos,<br />
sim, <strong>de</strong>bater, buscar soluções<br />
e agir proativamente. Precisamos,<br />
acima <strong>de</strong> tudo, ser cautelosos ao<br />
escolher nossos representantes no<br />
próximo ano para que estejam, <strong>de</strong><br />
fato, comprometidos com as necessida<strong>de</strong>s<br />
dos eleitores e não <strong>de</strong> apenas<br />
parcelas da população. Nosso<br />
voto é uma <strong>de</strong> nossas armas mais<br />
po<strong>de</strong>rosas. Que saibamos usá-lo<br />
em nosso favor.<br />
www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br | Set/Out | Set/Out 2013 2013 | <strong>Leitura</strong> | <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> 33 33
Bem viver<br />
Cozinha<br />
contemporânea<br />
34 <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> | Set/Out 2013 | www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br
Contar com a ajuda e o bom gosto <strong>de</strong> um<br />
profissional é fazer da sua casa um belo lugar para<br />
viver, é um privilégio. Nesta cozinha, as profissionais<br />
Betânia e Elda Midian, trabalharam com acabamentos<br />
<strong>de</strong> quartzon cinza da loja Herval Mármores<br />
e armários na cor preta da Ravena Móveis.<br />
A cozinha é contemporânea e com poucos elementos,<br />
disseminando bem a sofisticação que se<br />
alcança com o preto e o cinza. Personalizado, o<br />
projeto foi elaborado para otimizar o dia a dia do<br />
cliente e <strong>de</strong> sua família.<br />
Midian Interiores<br />
Betânia e Elda<br />
61 9952 3116 | 8411 8170<br />
www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br | Set/Out 2013 | <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> 35
Cidadania Tributária<br />
Um presente <strong>de</strong> Natal<br />
Está chegando o Natal e com ele as preocupações<br />
com os presentes. O <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> presentear é<br />
direcionado para filhos, pais, amigos, enfim, para todos<br />
aqueles <strong>de</strong> quem gostamos. E existem presentes<br />
para todos os gostos, mesmo a gente sabendo que<br />
cada um tem os seus.<br />
Se você, por exemplo, tiver algum amigo fiscal<br />
da área tributária, não há nada melhor do que presenteá-lo<br />
com documentos fiscais. Já pensou você, em<br />
pleno Natal, dar para um fiscal <strong>de</strong> ICMS duas vias <strong>de</strong><br />
uma nota fiscal? Vai fazer o maior sucesso. Ele começará<br />
analisando se a primeira via bate com a segunda.<br />
Vai verificar em seguida se os percentuais dos tributos<br />
estão certos e em certo momento até se esquecerá<br />
<strong>de</strong> que existe uma ceia à sua espera.<br />
Mas presenteie com notas fiscais <strong>de</strong> valores elevados<br />
e com números <strong>de</strong> CPF para que ele possa trocar<br />
ao final do ano por bônus que reduzem outros tributos.<br />
Se os cálculos baterem e os registros estiverem fi<strong>de</strong>dignos,<br />
ele dará o maior sorriso do mundo e agra<strong>de</strong>cerá,<br />
fazendo antes um comentário: - Você se esqueceu<br />
do DANFE - (para quem não sabe, o DANFE é uma<br />
criação do SPED). Aliás, a nota fiscal eletrônica, que<br />
você já <strong>de</strong>ve ter ouvido falar, nasceu para acabar com<br />
o papel e o DANFE (o espelho da nota fiscal) foi criado<br />
para não acabar com o papel. Coisas <strong>de</strong> fiscal do Brasil,<br />
sustentadas pela filosofia do sistema binário (para cada<br />
força positiva há outra igual com sinal contrário).<br />
E se seu amigo fiscal tiver um filhinho, não se<br />
esqueça <strong>de</strong> comprar para ele um jogo sensacional: o<br />
SPED. Vai abafar. É um jogo que você não sabe quando<br />
termina (se é que termina), tem mil labirintos, saídas<br />
sem entradas, entradas sem saídas, entradas duplicadas,<br />
triplicadas, milhares <strong>de</strong> códigos, tabelas <strong>de</strong><br />
todos os formatos e gostos e o melhor, tudo informatizado<br />
(em configuração antiga, mas informatizado).<br />
Agora, cuidado! O amado filhinho po<strong>de</strong> pirar, a<br />
exemplo do que está acontecendo com milhares <strong>de</strong><br />
contadores espalhados pelo País.<br />
Avise para ele tomar cuidado com o CIAP (que<br />
é o maior vilão do jogo). O CIAP é uma coisa gerada<br />
em Minas Gerais, em forma <strong>de</strong> monstro, mas que não<br />
tem nada a ver com a criativida<strong>de</strong> dos mineiros e especialmente<br />
do JK. É algo mais criativo. É uma coisa<br />
tão criativa que somente os gênios conseguem enten<strong>de</strong>r<br />
(pobres mortais não se atrevem a <strong>de</strong>cifrá-lo).<br />
O objetivo <strong>de</strong>sse vilao (estamos falando do<br />
CIAP) é tentar bloquear todas as saídas do SPED e<br />
acabar com a memória do computador. Para encontrá-lo<br />
e tentar <strong>de</strong>struí-lo serão necessários mais bites<br />
do que todo o restante do jogo.<br />
E não adianta usar antivírus que não funciona.<br />
Esse vilão é tão enigmático que se comenta a<br />
boca pequena que quem o criou não tem espírito e<br />
será enterrado indigentemente numa sepultura com lápi<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> pedra sabão sob os dizeres: “Aqui jaz o máximo”.<br />
Avise ao filhinho, no entanto, para jogar rápido,<br />
porque as versões <strong>de</strong>sse jogo acontecem a cada dia,<br />
alimentadas pela criativida<strong>de</strong> dos gênios. E olhe que<br />
essas atualizações custam caro (ao presentear, avise<br />
ao pai que a manutenção é por conta <strong>de</strong>le).<br />
Já se comenta junto à CIA que o Edward Snow<strong>de</strong>n<br />
preten<strong>de</strong> entregá-lo ao Governo Americano,<br />
não o tendo feito ainda, por inexistir nos Estados Unidos<br />
especialistas capazes <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r o CIAP.<br />
O joguinho, no entanto, tem versões para cada<br />
Estado brasileiro na maioria dos seus milhares <strong>de</strong> labirintos.<br />
Assim, se o guri sair <strong>de</strong> férias, terá que verificar<br />
se o jogo funcionará em outra unida<strong>de</strong> da fe<strong>de</strong>ração.<br />
Depen<strong>de</strong>ndo da localização, ele po<strong>de</strong>rá se tornar<br />
mais ou menos complexo. Em Pernambuco, por<br />
exemplo, ele não funcionará, já que lá há um<br />
joguinho similar, só que menos inteligente,<br />
chamado SEF.<br />
E para a mulher do seu amigo fiscal,<br />
o que dar? Tem que ser algo bem criativo,<br />
para ela enten<strong>de</strong>r quão importante<br />
é a vida do seu marido, <strong>de</strong> forma<br />
a imaginá-lo em um cavalo branco,<br />
galopando em direção a uma empresa<br />
que só paga uns 70% <strong>de</strong><br />
imposto do que ven<strong>de</strong> e mesmo<br />
assim pagando tributo <strong>de</strong> algo<br />
que não recebe (perdas).<br />
Ah, já sei. Uma Coleção<br />
<strong>de</strong> IOB toda encapada <strong>de</strong><br />
plástico colorido com marcadores<br />
<strong>de</strong> várias cores<br />
para ser possível separar a<br />
legislação. Mas não se esqueça<br />
<strong>de</strong> comprar pelo<br />
menos duas estantes<br />
<strong>de</strong> uns quatro metros<br />
por três cada uma,<br />
36 <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> | Set/Out 2013 | www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br
Cidadania Tributária<br />
para caber a coleção que está sendo presenteada,<br />
pois ela <strong>de</strong>verá conter a legislação expedida anualmente<br />
pela União, pelos Estados e pelos Municípios.<br />
Mas não se esqueça <strong>de</strong> avisar a ela que o presente<br />
tem duração <strong>de</strong> apenas um ano, pois no ano<br />
seguinte tudo começa <strong>de</strong> novo. E aí, se for repetir o<br />
presente, tem que verificar antes se o apartamento<br />
novo <strong>de</strong> seu amigo tem mais espaço. Se o presente<br />
for entregue em mídia (o que não tem a menor<br />
graça), avise que serão necessários alguns teras no<br />
computador para guardar as informações.<br />
Não sei se ela vai adorar, mas pelo menos enten<strong>de</strong>rá<br />
a criativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu marido e perdoará os<br />
seus pequenos <strong>de</strong>slizes do ano inteiro.<br />
Digo isso porque quem faz leis tributárias no<br />
Brasil são os fiscais, já que os políticos nem sabem<br />
<strong>de</strong> on<strong>de</strong> vêm essas leis e nem para on<strong>de</strong> vão. Votam<br />
à mercê das promessas <strong>de</strong> aumento <strong>de</strong> arrecadação<br />
(aí eles enten<strong>de</strong>m). E, pasmem! Esses<br />
pseudolegisladores quase nunca trabalharam<br />
em empresas e não têm<br />
a menor noção dos impactos negativos<br />
e perniciosos que suas<br />
legislações provocam.<br />
Essas normas (milhares) já<br />
saem prontas dos fornos geradores<br />
<strong>de</strong> leis, normas, instruções normativas,<br />
pareceres normativos e outros<br />
preciosismos jurídicos. Esses fornos<br />
são muitos, existindo espalhados pelas<br />
repartições públicas brasileiras. Alguns<br />
<strong>de</strong>sses fornos, mal temperados, geram<br />
normas já queimadas, mas que sempre<br />
retornam sob novas roupagens e quase<br />
sempre com mais fermento. Sabe-<br />
-se que esses fornos são analogicamente<br />
similares aos fornos dos<br />
campos <strong>de</strong> extermínios nazistas<br />
<strong>de</strong> Buchenwald e Auschwitz-<br />
-Birkenau, só que ao invés<br />
<strong>de</strong> matarem crianças judias,<br />
varrem do mapa milhares<br />
<strong>de</strong> empresas, inclusive as recém-nascidas<br />
que mal chegam<br />
a ter um ano <strong>de</strong> vida.<br />
Lucro Liquido, ICMS, ISSQN, FUST, Funtel, Ci<strong>de</strong>, Imposto<br />
<strong>de</strong> Importação, Imposto sobre Produtos Industrializados,<br />
IPTU, IPVA, Adicional <strong>de</strong> Alíquota, Diferencial<br />
<strong>de</strong> Aliquota, Guia <strong>de</strong> Substituição Tributária, relatórios<br />
<strong>de</strong> GIAS, RAIS, DIRF, DACON, DIPJ, PERD/COMP, LALUR,<br />
FCONT, e diversos Convênios do Confaz, impositivos,<br />
não impositivos e, se o processo estiver informatizado,<br />
enfeite com CDs e DVDs <strong>de</strong> obrigações acessórias. Ah,<br />
não se esqueça <strong>de</strong> colocar um pen-drive com cópias<br />
dos arquivos digitais da IN 86 e do MANAD no topo<br />
da árvore.<br />
A árvore ficará toda colorida, com formulários carimbados,<br />
autenticações <strong>de</strong> bancos, e em alguns casos<br />
com preenchimentos <strong>de</strong> multas que chegam a 150%<br />
num país com inflação próxima a 5% ao ano. Para os<br />
mais antigos, ficará a lembrança <strong>de</strong> que as multas por<br />
atrasos em pagamentos <strong>de</strong> tributos eram <strong>de</strong> cinco por<br />
cento antes da inflação elevada. A manipulação das taxas<br />
inflacionárias pelo próprio Governo, principalmente<br />
pelo po<strong>de</strong>roso Delfim Neto, fez com que as multas<br />
fossem aumentadas para expurgar o efeito inflacionário<br />
por outros caminhos. Só que a inflação caiu e as<br />
multas não. Ficaram lá em cima.<br />
Haja criativida<strong>de</strong> para a nossa árvore. Será o máximo!<br />
Quando terminarem as festas, será necessário<br />
um caminhão <strong>de</strong> mudanças para tirar os entulhos<br />
(inclusive do computador que abrigar o joguinho<br />
do SPED, que estará exaurido e comido pelo vírus do<br />
seu principal vilão, o CIAP).<br />
Para o próximo Natal <strong>de</strong>verá ser disponibilizada<br />
nova versão do joguinho que será divulgado comercialmente<br />
com nome <strong>de</strong> SPED II ou SPED RACER com<br />
mais um monstrinho vilão, chamado <strong>de</strong> Registro <strong>de</strong><br />
Controle da Producao e do Estoque (ainda sem sigla<br />
<strong>de</strong>finida para impressionar mais os jogadores).<br />
Sucesso nos presentes.<br />
PARA OS LEIGOS:<br />
SPED = Sistema Publico <strong>de</strong> Escrituracao Digital<br />
CIAP = Controle <strong>de</strong> Credito do ICMS do Ativo Permanente<br />
DANFE = Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletronica<br />
E para o restante da família?<br />
Uma Árvore <strong>de</strong> Natal.<br />
Bem alta, toda enfeitada com<br />
guias <strong>de</strong> recolhimentos do<br />
PIS, Cofins, Imposto <strong>de</strong> Rena,<br />
Contribuiao Social sobre o<br />
www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br | Set/Out 2013 | <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> 37
38 <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> | Set/Out 2013 | www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br
Reencontro<br />
A feijoada do Pieri<br />
Sempre em 12 <strong>de</strong> outubro, o catarinense<br />
e jornalista Luiz Paulo Pieri abre as portas<br />
<strong>de</strong> sua casa e revela o coração generoso<br />
com uma feijoada que faz parte da agenda<br />
dos muitos amigos que ele conquistou<br />
em mais <strong>de</strong> 35 anos morando em<br />
Brasília. Um pouco <strong>de</strong>ssa festa...<br />
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Comunicação<br />
As maldições <strong>de</strong> Brasília I<br />
Como se já não bastassem os preconceitos e as mentiras usadas contra<br />
a cida<strong>de</strong> e seus moradores, alguns que chegam a usufruir as benesses do<br />
po<strong>de</strong>r revelam outro aspecto nefasto: a sensação <strong>de</strong> que mandam no mundo<br />
Depois <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2003, vi rebrotar em<br />
muitas pessoas aqui em Brasília o impacto perverso,<br />
<strong>de</strong>vastador e cruel <strong>de</strong> uma praga que já havia me<br />
assombrado entre 1995 e 98 – tempo no qual o PT<br />
esteve no comando do GDF – e que eu chamei <strong>de</strong> ‘a<br />
maldição do cafezinho’.<br />
Lembrei daquela experiência que adveio com<br />
a vitória <strong>de</strong> Cristovam: putz, que droga – <strong>de</strong>ve ser só<br />
algo temporário. Usávamos, inclusive, a expressão<br />
apontando para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que essas pessoas<br />
voltassem para a chapada, para a planície.<br />
Não só não mudaram naquele período, como<br />
algumas <strong>de</strong>stas figuras acabaram sendo brindadas<br />
com cargos no Governo Fe<strong>de</strong>ral e o que se viu foi,<br />
outra vez, essa mudança <strong>de</strong> comportamento, esse<br />
distanciamento do mundo real.<br />
O susto na reeleição <strong>de</strong> 2006 e a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> recorrer ao apoio das re<strong>de</strong>s sociais e <strong>de</strong> uma nova<br />
militância ‘virtual’ em 2010, garantindo a vitória <strong>de</strong><br />
Dilma em nível fe<strong>de</strong>ral e <strong>de</strong> Agnelo aqui no DF, não<br />
fez as pessoas mudarem o comportamento e per<strong>de</strong>rem<br />
um pouco da arrogância. Pelo contrário.<br />
E o que vejo é que a imensa maioria daqueles<br />
que chegam à vitória ou que têm o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> indicar<br />
alguém para algum cargo... que estes o fizeram sozinhos.<br />
E acabam virando as costas para quem possibilitou<br />
as conquistas – isso ao menos nos primeiros<br />
anos <strong>de</strong> mandato. Quando esses se dão conta da rapi<strong>de</strong>z<br />
com que o tempo se esvai por entre os <strong>de</strong>dos,<br />
eles tentam reconstruir as pontes, refazer amiza<strong>de</strong>s<br />
– mas per<strong>de</strong>ram o timing <strong>de</strong> como fazer isto, <strong>de</strong>sassociaram-se<br />
<strong>de</strong> tal modo da realida<strong>de</strong> que não conseguem<br />
mais ter a naturalida<strong>de</strong> que tinham antes <strong>de</strong><br />
serem acometidos pela Maldição do Cafezinho.<br />
Tipifico como acometidos pela Maldição do<br />
Cafezinho todos<br />
aqueles que <strong>de</strong>sgraçadamente,<br />
sem capacida<strong>de</strong><br />
política <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r o que<br />
significa o processo <strong>de</strong> ‘vencer uma<br />
eleição’, acabam achando que a gran<strong>de</strong><br />
razão da vitória é o direito <strong>de</strong>, por telefone ou transmitindo<br />
or<strong>de</strong>ns a outra pessoa (<strong>de</strong> preferência subalterna),<br />
pedir cafezinho e água. Se isto ainda englobar um<br />
telefone funcional (mesmo que venha com míseros<br />
reais <strong>de</strong> crédito) e o direito a um carro <strong>de</strong> placa branca<br />
com motorista (mesmo que seja um golzinho pé duro).<br />
Dai o mundo passa a ter outro sentido...<br />
Às vezes nem interessa o cargo, nem a sua remuneração<br />
ou a estrutura <strong>de</strong> sua ilha <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r – mas<br />
o exercício, que eu vejo como exibicionismo, <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<br />
mostrar que po<strong>de</strong> pedir um cafezinho... ah, isto<br />
não tem preço. Ainda mais se a nova autorida<strong>de</strong> tinha,<br />
antes, como possibilida<strong>de</strong> máxima tomar um<br />
cafezinho em copinho plástico na copa <strong>de</strong> alguma<br />
repartição.<br />
Por isso, costumo repetir como um verda<strong>de</strong>iro<br />
mantra: "Cuidado - 2014 até <strong>de</strong>mora, mas é logo ali!"<br />
40 <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> | Set/Out 2013 | www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br
Retratos & Viagens<br />
Man<strong>de</strong> suas fotos com sugestão <strong>de</strong> legenda a autorização <strong>de</strong> publicação para: leitura<strong>de</strong>bordo@gmail.com<br />
www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br<br />
www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br<br />
| Set/Out<br />
| Set/Out<br />
2013<br />
2013<br />
| <strong>Leitura</strong><br />
| <strong>Leitura</strong><br />
<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong><br />
<strong>Bordo</strong><br />
<strong>Bordo</strong><br />
41<br />
41
Acessibilida<strong>de</strong><br />
Edição anterior<br />
Próxima edição<br />
Bric da Re<strong>de</strong>nção<br />
o footing dominical dos portoalegrenses<br />
Universía<strong>de</strong> 2019<br />
Brasília sediará a disputa<br />
Ouro Preto<br />
Sonhos <strong>de</strong> Pátria e Liberda<strong>de</strong><br />
O verão vem aí<br />
Cuidados com os perigos ocultos<br />
Luis Otávio Neves<br />
Secretário <strong>de</strong> Turismo do DF<br />
Tabela da Copa<br />
Quem jogará com quem em 2014<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> – Ano 4 - nº <strong>18</strong> – Setembro/Outubro <strong>de</strong> 2013<br />
É publicação bimestral da Wosseb C&M, tiragem <strong>de</strong> 25 mil exemplares, circula nacionalmente nos principais<br />
aeroportos e rodoviárias; encaminhada às agências <strong>de</strong> viagem, hotéis e distribuição institucional.<br />
Coord. Editorial: Sandra Fernan<strong>de</strong>s<br />
Editor: Alfredo Bessow<br />
Produtor: Pedro Ricardo Teichmann<br />
Comercial: Wosseb C&M (+55 61 8150 0256)<br />
Operacional: Roberto Carvalho<br />
Projeto Gráfico: MadMídia (+ 55 61 3967 0013)<br />
Editoração Eletrônica: Wellington Pessoa<br />
Capa: Cattleya Hibrida<br />
Fotos: Wosseb C&M<br />
E-mail: geral@leitura<strong>de</strong>bordo.com.br<br />
Site: www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br<br />
Escritório: CLSW 303 Bl. A – Ent. 16 – Sl. 109<br />
Setor Sudoeste – 70673-621 – Brasília (DF)<br />
Impressão: Gráfica Global +55 61 9556 2462<br />
Correspondência: Caixa Postal, 72 | 70351-970 - Brasília-DF<br />
42 <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> | Set/Out 2013 | www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br
Acessibilida<strong>de</strong><br />
Arena <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> na praia <strong>de</strong> Boa Viagem tem 200m 2 e está ao dispor <strong>de</strong> quinta-feira até domingo<br />
www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br | Set/Out 2013 | <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> 43
Atualida<strong>de</strong><br />
Circuitos na Europa<br />
BAIXA TEMPORADA<br />
CAPITAIS OCIDENTAIS | 10 DIAS<br />
A PARTIR DE<br />
VISITANDO: MADRI, BURGOS, CASTELOS DE LOIRE,<br />
PARIS, CALAIS, DOVER, LONDRES<br />
895€<br />
DATAS: 02,16, 30.01 | 13, 27.02 | 13.03 DE 2014<br />
CAPITAIS IMPERIAIS E ITALIA | 11 DIAS<br />
A PARTIR DE<br />
VISITANDO: VIENA, BUDAPESTE, VENEZA,<br />
PISA, FLORENÇA, ROMA<br />
975€<br />
DATAS: 03,10,17, 31.01 | 14, 28.02 | 14.03 DE 2014<br />
Até<br />
10x<br />
Sem Juros<br />
PARIS E ITALIA | 12 DIAS<br />
A PARTIR DE<br />
VISITANDO: PARIS, VENEZA, PÁDUA, PISA,<br />
FLORENÇA, SIENA, ASSIS, ROMA<br />
1.125€<br />
DATAS: 02,09, 23.01 | 06, 20.02 | 06, 20.03 DE 2014<br />
ITALIA "MAIS INCLUIDO" | 10 DIAS<br />
A PARTIR DE<br />
VISITANDO: MILÃO, LAGO DE GARDA, VERONA, VENEZA,<br />
PÁDUA, PISA, FLORENÇA, SIENA, ASSIS, ROMA<br />
1.175€<br />
DATAS: 04,11,<strong>18</strong>, 25.01 | 01,08,15, 22.02 | 01,08,15, 22.03 DE 2014<br />
LISBOA E CIDADES DA ESPANHA | 11 DIAS<br />
A PARTIR DE<br />
VISITANDO: SEVILHA, GRANADA, MÚRCIA,<br />
VALÊNCIA, BARCELONA, MADRI<br />
1.205€<br />
DATAS: <strong>18</strong>.01 | 15.02 | 08.03 DE 2014<br />
LISBOA, ANDALUZIA COM MADRI | 11 DIAS<br />
A PARTIR DE<br />
VISITANDO: LISBOA, CÁCERES, SEVILHA, RONDA,<br />
MARBELHA, GRANADA, TOLEDO, MADRI<br />
DATAS: TODAS AS QUINTAS-FEIRAS DE 2013/2014 1.210€<br />
PARIS, LONDRES, AMSTERDA E ITALIA | 16 DIAS<br />
A PARTIR DE<br />
VISITANDO: PARIS, LONDRES, CANAL DA MANCHA, BRUGES,<br />
AMSTERDÃ, VENEZA, PÁDUA, PISA, FLORENÇA, SIENA, ASSIS, ROMA<br />
1.565€<br />
DATAS: 05, 19.01 | 02, 16.02 | 02, 16.03 DE 2014<br />
Consulte<br />
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ALTERAÇÃO DE VALORES SEM PRÉVIO AVISO. HOTÉIS EM CATEGORIA TURÍSTICA SUPERIOR COM CAFÉ DA MANHÃ. VALORES CONVERTIDOS AO CÂMBIO DO DIA. CONSULTAR TARIFAS AÉREAS.<br />
RS Turismo<br />
(61) 3039.2929<br />
Planetur Turismo<br />
(61) 3242.0414<br />
44 <strong>Leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>Bordo</strong> | Set/Out 2013 | www.leitura<strong>de</strong>bordo.com.br<br />
Buriti Turismo<br />
(61) 3201.8054