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Comentário de 1 Coríntios

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Capítulo 1 • 49<br />

Contudo agora, após preparar suas mentes para receberem correção,<br />

agindo como um bom e experiente cirurgião que toca a ferida gentilmente<br />

quando um doloroso medicamento precisa ser aplicado, então<br />

Paulo passa a tratá-los com mais severida<strong>de</strong>. Não obstante, mesmo<br />

aqui ele usa uma boa dose <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>ração, como veremos mais adiante.<br />

Eis a substância do que ele está para dizer: “Minha ar<strong>de</strong>nte esperança<br />

é que o Senhor não vos tenha concedido em vão tantos dons, sem<br />

antes querer conduzir-vos à salvação. Por outro lado, <strong>de</strong>veis também<br />

sofrer aflições para impedir-vos que graças tão excelentes sejam poluídas<br />

por vossos vícios. Portanto, esforçai-vos para que vos concor<strong>de</strong>is<br />

uns com os outros, pois eu tenho boas razões <strong>de</strong> pedir-vos que haja<br />

concordância entre vós, porquanto tenho sido informado <strong>de</strong> que a<br />

<strong>de</strong>sarmonia que há entre vós equivale mesmo a hostilida<strong>de</strong>; que as<br />

facções e o partidarismo são fomentados entre vós <strong>de</strong> tal forma que<br />

estão <strong>de</strong>stroçando a genuína unida<strong>de</strong> da fé. “Visto, porém, que, neste<br />

caso, uma simples exortação po<strong>de</strong> às vezes não ser tão persuasiva,<br />

Paulo volta a rogos enérgicos, pois ele os conjura, em nome <strong>de</strong> Cristo,<br />

a quem amam, a que promovam a harmonia.<br />

Que todos faleis a mesma coisa. Ao estimulá-los à harmonia,<br />

Paulo emprega três formas distintas <strong>de</strong> expressão. Primeiramente,<br />

ele solicita que a concordância entre eles fossem em termos tais, que<br />

tivessem todos uma só voz. Em segundo lugar, ele exige a remoção do<br />

mal pelo qual a unida<strong>de</strong> é espicaçada e <strong>de</strong>struída. Em terceiro lugar,<br />

ele <strong>de</strong>svenda a natureza da genuína harmonia, a saber, que a harmonia<br />

recíproca fosse na mente e na vonta<strong>de</strong>. O que Paulo põe como<br />

segundo é <strong>de</strong> fato o primeiro em or<strong>de</strong>m, a saber, que nos guar<strong>de</strong>mos<br />

das divisões, porque, quando somos [precavidos], então alguma outra<br />

coisa virá, ou, seja, a harmonia. Então, finalmente uma terceira<br />

coisa certamente resultará, a qual é mencionada em primeiro lugar<br />

aqui, a saber: que todos falemos como se tivéssemos uma só voz; e<br />

isso <strong>de</strong>veras é muitíssimo <strong>de</strong>sejável, como fruto da harmonia cristã.<br />

Portanto, observemos bem: nada é mais inconsistente por parte dos<br />

cristãos do que o cultivo do antagonismo entre si. Pois o princípio

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