Inovação e vISão De MeRCaDo - Acib
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Ano 3<br />
nº 27<br />
JULHO<br />
2009<br />
R$ 8,90<br />
<strong>Inovação</strong><br />
e <strong>vISão</strong> <strong>De</strong><br />
<strong>MeRCaDo</strong><br />
Após fazer sucesso com um editor<br />
de textos, a Fácil Informática achou<br />
um novo filão no mercado de<br />
softwares para a área jurídica<br />
Carlos José Pereira é um<br />
dos fundadores e até hoje<br />
comanda a empresa que<br />
lançou o famoso editor de<br />
textos na década de 1980<br />
QualIfICação: Programa Junior Achievement desenvolve o empreendedorismo
edITorIAL<br />
A redução do IPI<br />
O governo federal anunciou, no final de junho, a prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)<br />
para vários segmentos, entre eles o setor automotivo, por um período de mais três meses. As medidas de estímulo à economia<br />
consideram, ainda, a renovação da desoneração fiscal praticada para os setores da construção civil e de bens duráveis da<br />
chamada linha branca, composta por geladeiras, fogões e máquinas de lavar roupas. Entre as medidas anunciadas, há também a<br />
prorrogação, por mais 18 meses, da isenção de PIS e Cofins incidentes sobre a venda de trigo, farinha de trigo e pão francês.<br />
No Brasil, vimos surgir esta prática assim que a crise norte-americana se agravou, no final de 2008, e os reflexos já foram<br />
percebidos significativamente, em especial no volume de veículos novos comercializados neste período. Agora, alguns meses<br />
depois, estas louváveis iniciativas de prorrogação são anunciadas pelo Governo como uma forma de estímulo à produção no<br />
nosso país, mas, na verdade, têm um grande apelo popular e de consumo. Nós, do comércio, estamos satisfeitos e aplaudimos<br />
toda e qualquer ação que venha a beneficiar o consumidor. É importante salientar também que, comprovadamente, a arrecadação<br />
não teve queda significativa, comprovando que alguma sonegação deixou de existir.<br />
Nesta mesma linha, deveríamos aproveitar para incentivar outras iniciativas similares. Na saúde com os remédios, na<br />
educação com a tributação da produção específica para o ensino, nos transportes em todas as boas e novas alternativas de<br />
locomoção coletivas e no volume maior de cargas, entre muitas outras.<br />
Certamente assim, de certa maneira, vamos promover uma verdadeira reforma tributária, bem “ao nosso modo”. E o<br />
governo também estaria contribuindo, praticando a redução das diferenças sociais, distribuindo melhor a renda, crescendo em<br />
empregos qualificados e dando um grande empurrão no desenvolvimento social e econômico.<br />
Alexandre Ranieri Peters<br />
Presidente do Sindilojas<br />
Arte Rodrigo Reis<br />
3
FerNANdo LeNZI<br />
FALA SoBre deSAFIoS<br />
dA AdMINISTrAção<br />
Doutor em Administração, Lenzi<br />
aborda, entre outras coisas, as<br />
relações entre público e privado<br />
4<br />
SuMÁrIo<br />
Kakau Santos<br />
06<br />
Kakau Santos<br />
uMA HISTÓrIA<br />
de SuCeSSo e<br />
TrANSForMAção<br />
14 Junior Achievement ensina a empreender<br />
16 Fenahabit deve gerar r$ 100 milhões<br />
22 Nota Fiscal eletrônica já é realidade<br />
24 Núcleo trabalha em prol da Vila Itoupava<br />
30 Prestação de contas com Ideli Salvatti<br />
A Fácil Informática produziu um dos<br />
melhores editores de texto e hoje<br />
faz softwares para a área jurídica<br />
10<br />
LeI dAS PLACAS<br />
TrANSForMA o<br />
CeNÁrIo urBANo<br />
26<br />
eDIToR eXeCuTIvo<br />
Sidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/SC) - sidnei@mundieditora.com.br<br />
eDIToRa<br />
Michele Wilke - 01227 JP (MTb/SC) - michele@mundieditora.com.br<br />
eDIToRa aSSISTenTe<br />
Gisele Scopel - 02807 JP (MTb/SC) - gisele@mundieditora.com.br<br />
RePÓRTeReS<br />
Ana Paula Lauth e Kakau Santos (Fotografias); Cristiane Soethe<br />
Zimmermann e Juliana Pfau (Institucional)<br />
eDIToR <strong>De</strong> aRTe<br />
Guilherme Faust Moreira - guilherme@mundieditora.com.br<br />
foTo <strong>De</strong> CaPa<br />
Ivan Schulze<br />
CooR<strong>De</strong>naDoR CoMeRCIal<br />
eduardo Bellidio - 47 3035.5500 - eduardo.bellidio@mundieditora.<br />
com.br<br />
DIReToR eXeCuTIvo<br />
Niclas Mund - niclas@mundieditora.com.br<br />
TIRaGeM<br />
4.000 exemplares<br />
Kakau Santos<br />
Empresas que não se adequarem à<br />
nova legislação serão multadas pelo<br />
departamento de fiscalização<br />
32 Artigo - Turistificando o Brasil<br />
34 <strong>Acib</strong> é notícia<br />
36 CdL é notícia<br />
40 Sindilojas é notícia<br />
42 Memória
Kakau Santos<br />
BLuMeNAu CreSCe MeSMo eM ÉPoCA de CrISe MuNdIAL<br />
Dados divulgados pelo Sigad mostram o bom desempenho na geração de empregos e exportação<br />
Conselho editorial<br />
acib:<br />
ronaldo Baumgarten Junior,<br />
ricardo Stodieck, Cristiane Soethe<br />
Zimmermann, Charles Schwanke,<br />
Solange rejane Schröder e rubens<br />
olbrisch<br />
CDl:<br />
Marcelino Campos, José Geraldo Pfau,<br />
Paulo César Lopes e Jorge Luiz Caresia<br />
Sindilojas:<br />
Alexandre ranieri Peters, Márcio<br />
rodrigues, Marco Aurélio Hirt e<br />
Juliana Pfau<br />
Mundi editora:<br />
Sidnei dos Santos e eduardo Bellidio<br />
rua Ingo Hering, 20 – 8º andar<br />
CeP: 89010-205<br />
Blumenau – SC<br />
47 3326.1230<br />
www.acib.net<br />
Alameda rio Branco, 165<br />
CeP: 89010-300<br />
Blumenau - SC<br />
47 3221-5735<br />
www.cdlblumenau.com.br<br />
18<br />
Alameda rio Branco, 165<br />
CeP: 89010-300<br />
Blumenau-SC<br />
47 3221 5750<br />
www.sindilojasblumenau.com.br<br />
5
enTRevISTa CoM o DouToR eM aDMInISTRação FerNANdo CÉSAr LeNZI<br />
FerNANdo<br />
CÉSAr<br />
LenzI<br />
6<br />
Fernando César Lenzi é doutor em Administração pela Faculdade de Economia,<br />
Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), mestre em<br />
Administração (Gestão Moderna de Negócios) pela Universidade Regional de Blumenau<br />
(Furb), pós-graduado em Gerenciamento de Marketing pelo Instituto Nacional de<br />
Pós Graduação (INPG/Furb) e Administrador formado pela Furb. Secretário municipal<br />
de Administração de Blumenau desde 2005, ele também é professor das disciplinas<br />
Empreendedorismo, Marketing e Planejamento em cursos de graduação e de pósgraduação.<br />
Tem larga experiência profissional nas áreas pública e privada, exercendo<br />
cargos executivos e desenvolvendo trabalhos de consultoria e capacitação profissional<br />
no Brasil e no Exterior. Autor de livros e artigos na área de gestão de negócios, empreendedorismo<br />
e desenvolvimento profissional, Lenzi acaba de lançar o livro O Empreendedor<br />
de Visão, organizado em parceria com o professor Márcio Daniel Kiesel.<br />
Kakau Santos
“MuITo Do Que é ÓbvIo<br />
PaRa nÓS, é ReConheCIDo<br />
PoR ouTRoS CoMo DIfeRenCIal”<br />
Revista empresário: o senhor<br />
tem uma larga experiência em administração,<br />
seja na iniciativa pública<br />
ou privada. Quais são as principais<br />
diferenças encontradas nestes<br />
dois campos?<br />
fernando César lenzi: Nesses últimos<br />
quatro anos em que eu tenho<br />
atuado na administração pública, o<br />
que mais tem me chamado a atenção<br />
é que na iniciativa privada você<br />
faz tudo que pode dentro de uma<br />
realidade de mercado. Na pública<br />
você tem que fazer tudo o que pode<br />
dentro do que a lei rege do ponto de<br />
vista administrativo. Nem tudo o que<br />
se quer fazer pode ser feito, da forma<br />
que se gostaria, justamente porque<br />
existe uma lei que regulamenta<br />
isso. Na iniciativa privada também<br />
existem essas leis, mas o mercado<br />
é livre. Na administração pública, o<br />
mercado passa a ser a comunidade.<br />
o que mais me surpreendeu quando<br />
vim para a administração pública foi<br />
a organização interna dos procedimentos.<br />
Na iniciativa privada existe<br />
toda uma estrutura voltada para resultados,<br />
desempenho, valorização<br />
do profissional, que na área pública,<br />
muitas vezes, era esquecida. Temos<br />
conseguido ao longo desse período<br />
implantar uma gestão um pouco mais<br />
voltada para resultados, atendendo<br />
aos anseios da população e, por outro<br />
lado, reconhecendo cada uma dessas<br />
ações dos servidores também. A diversidade<br />
do trabalho na prefeitura,<br />
em especial, a administração pública<br />
da prefeitura tem algumas nuances<br />
diferentes da iniciativa privada, porque,<br />
se na iniciativa privada você cria<br />
foco para um determinado mercado,<br />
na pública você tem vários focos para<br />
atingir ao mesmo tempo. do ponto de<br />
vista da saúde, educação, assistência<br />
social, obras, regulamentações, enfim,<br />
existem várias frentes. então, o<br />
desafio é maior, pois exige uma concentração<br />
de esforços para cada uma<br />
dessas áreas, sempre dentro de uma<br />
gestão de pessoas, que aí eu aponto<br />
como igual à iniciativa privada. Coisa<br />
que hoje a administração pública<br />
não tem como regra geral, nós temos<br />
conseguido inserir em Blumenau, com<br />
essa gestão de recursos humanos mais<br />
voltada para o resultado e valorização<br />
do profissional, que de certa forma<br />
tem refletido no melhor atendimento<br />
à população.<br />
Re: a burocracia ainda é um<br />
grande problema?<br />
lenzi: Burocracia existe nas duas<br />
áreas. o que não pode acontecer é ir<br />
para o extremo, que aí se torna negativa.<br />
A burocracia nada mais é que<br />
a organização dos procedimentos. Na<br />
iniciativa privada também existe essa<br />
organização, que deve ser respeitada<br />
até por força de autoridades, regramentos<br />
e normatizações internas. Na<br />
área pública, isso já existe por si só.<br />
e, às vezes, na tentativa de controlar<br />
mais o processo, o excesso de burocracia<br />
acaba atrapalhando. o que nós<br />
temos feito é achar a equação ideal<br />
para a administração pública, buscando<br />
não exagerar, mas também não<br />
deixar totalmente livre, porque existe<br />
o cumprimento de uma legislação.<br />
Agora, dentro do que a legislação<br />
permite, a criatividade tem que aflorar<br />
em cada um dos servidores e pessoas<br />
que trabalham no meio. É preciso<br />
uma redução do excesso de burocracia<br />
para que tenhamos mais agilidade<br />
dentro do que a lei nos permite fazer.<br />
em um procedimento de compras,<br />
por exemplo, a iniciativa privada tem<br />
toda a concepção voltada para a economia<br />
e qualidade, porém, o procedimento<br />
é rápido porque o dinheiro<br />
é privado; automaticamente, quem<br />
está comprando tem essa valorização<br />
do recurso. Na administração pública<br />
existe uma lei que regra todos os procedimentos<br />
de compra, até para que<br />
isso evite o desperdício do recurso público.<br />
Às vezes isso é um pouco exagerado,<br />
em função da forma de atuação,<br />
justamente com a preocupação<br />
do dinheiro público, mas que, de certa<br />
forma, tem que ser respeitada porque<br />
está na legislação, para que haja economia<br />
e qualidade. A agilidade desse<br />
processo é diretamente proporcional<br />
ao que a lei nos permite fazer.<br />
Re: o que da iniciativa privada<br />
deve ser levado para a administração<br />
pública?<br />
lenzi: dentro do ponto de vista<br />
administrativo, o principal foco é a<br />
organização dos processos de forma<br />
menos burocrática e mais ágil, mas,<br />
principalmente, a gestão de pessoas.<br />
Sou um defensor dessa área de gestão<br />
de pessoas e penso que as que<br />
têm reconhecimento geram resultado<br />
melhor no trabalho. Isso sempre se<br />
demonstrou eficaz na iniciativa privada<br />
e temos trazido isso para a área<br />
pública e também tem se mostrado<br />
eficiente. em 2007, começamos um<br />
trabalho na prefeitura de desenvolvimento<br />
de empreendedores internos<br />
e estamos com alguns trabalhos voltados<br />
para essa área que já se utiliza<br />
na iniciativa privada também. As<br />
empresas já estão reconhecendo nos<br />
seus quadros profissionais que atuam<br />
como empreendedores corporativos.<br />
e esses profissionais internos acabam<br />
desenvolvendo projetos diferenciados,<br />
trazendo resultados para a empresa,<br />
mas todos têm condição de ter<br />
esses espaços, desde que a empresa<br />
permita essa atuação. Na área pública,<br />
muitas vezes isso era achatado<br />
pelas estruturas. As pessoas tinham<br />
medo de arriscar, fazer algo diferente,<br />
porque não tinham espaço para isso.<br />
Nós precisamos desfazer o estereótipo<br />
de que na iniciativa privada tudo<br />
é bom, enquanto na pública tudo é<br />
ruim. Nem sempre. A iniciativa privada<br />
também tem muitas práticas que<br />
não são adequadas. Basta ver o índice<br />
de mortalidade das empresas: 60%<br />
fecham até o terceiro ano. É uma pesquisa<br />
de instituições que fazem esse<br />
levantamento periodicamente. Se este<br />
índice existe lá, significa que algumas<br />
práticas não são adequadas.<br />
7
enTRevISTa CoM o DouToR eM aDMInISTRação FerNANdo CÉSAr LeNZI<br />
Re: e é possível levar boas iniciativas<br />
das administrações públicas para o<br />
setor privado?<br />
lenzi: eu acredito que sim. Algumas<br />
práticas da gestão pública, justamente a<br />
concepção do social, são práticas muito<br />
importantes e interessantes; particularmente<br />
eu posso dizer que foi um aprendizado<br />
muito interessante. Na iniciativa<br />
privada existem algumas ações sociais,<br />
para o benefício da comunidade, mas<br />
não existem como algo cultural. A empresa<br />
não é culturalmente preparada<br />
para isso. do ponto de vista social, além<br />
de gerar lucro para a minha empresa,<br />
o que eu posso fazer para melhorar a<br />
vida das pessoas da comunidade na qual<br />
estou inserido? uma empresa privada<br />
existe para gerar lucro, mas, além disso,<br />
o que de fato pode fazer para melhorar<br />
a vida das pessoas? Acredito que a área<br />
pública nos traz esse aprendizado.<br />
Re: em uma época de crise financeira<br />
generalizada, qual é o papel dos<br />
administradores?<br />
lenzi: A reinvenção diária. A realidade<br />
de mercado nos força, do ponto de<br />
vista positivo, a pensar todos os dias e a<br />
agir diferente. o que é que eu tenho de<br />
8<br />
Lenzi destaca a importância de inovar<br />
Kakau Santos<br />
fazer diferente do que eu fiz ontem para<br />
gerar outro resultado? Porque o mercado<br />
está mais sensível. Hoje você consegue<br />
uma informação da qual você precisa clicando<br />
em um site de busca quando antigamente<br />
você levaria uma semana para<br />
conseguir a mesma informação. A tecnologia,<br />
de certa forma, vem trazendo<br />
uma agilidade maior no que diz respeito<br />
a pessoas querendo um produto, um serviço,<br />
que, por sua vez, exige das empresas<br />
a oferta. Se alguém quer, eu tenho<br />
que oferecer, para que a pessoa possa<br />
suprir sua necessidade. esta velocidade é<br />
muito grande e a minha velocidade de<br />
raciocínio precisa ser maior. Quando falamos<br />
de inovação, não estamos falando<br />
apenas da melhoria contínua. Melhorar<br />
continuamente é importante para qualquer<br />
empresa. Inovar, porém, é estar<br />
sempre à frente dos outros em qualquer<br />
processo. em que serei melhor do que os<br />
outros para que o mercado me reconheça<br />
melhor do que a eles? É um grande<br />
desafio. Por que o mercado prefere um<br />
produto em detrimento de outro? Há<br />
mais daquele produto em oferta, ou serviço,<br />
para que eu possa escolhê-lo.<br />
Re: o senhor trabalha na formação<br />
de novos administradores e também<br />
na capacitação profissional. Quais as<br />
principais deficiências e virtudes dos<br />
administradores brasileiros?<br />
lenzi: o que precisa ser melhorado<br />
bastante nos administradores e empreendedores<br />
de uma forma geral é a questão<br />
do planejamento, a questão da visão<br />
do futuro. Somos ainda muito carentes<br />
em relação ao planejamento, porque é<br />
uma ação que demanda tempo e que dá<br />
muito trabalho. entre as virtudes que temos,<br />
estão a criatividade, capacidade de<br />
adaptação, o perfil de inovação. e, muitas<br />
vezes, achamos que isso basta e dispensamos<br />
o planejamento. É preciso ser rápido,<br />
mas sem abrir mão de organização,<br />
planejamento e visão de futuro pessoal<br />
e profissionalmente. Se eu simplesmente<br />
sou rápido para fazer algo hoje, talvez o<br />
amanhã destrua o hoje. eu só sei se um<br />
acontecimento é bom ou ruim, identificar<br />
uma oportunidade ou ameaça, se eu<br />
sei onde quero chegar. um exemplo é a<br />
crise financeira que é problema para uns<br />
e benefício para outros. É como Luiz Marins<br />
diz: “enquanto uns choram, outros<br />
vendem lenço”. o aumento do dólar<br />
pode ser ruim para quem importa, mas é<br />
bom para quem exporta. Isso mostra que<br />
não dá para generalizar situações, o ciclo<br />
econômico vai continuar, não podemos<br />
lutar contra ele, temos que trabalhar nele<br />
sabendo as tendências de cada um desses<br />
ciclos. Planejar não é criar burocracia,<br />
é se organizar para chegar onde se<br />
deseja. estes são pontos que precisamos<br />
melhorar para que tenhamos resultados<br />
ainda mais promissores e sejamos mais<br />
competitivos.<br />
Re: Qual é o tipo de profissional<br />
de administração que o mercado busca<br />
hoje?<br />
lenzi: Além das formações técnica,<br />
acadêmica, conceitual, seja para trabalhar<br />
em uma empresa ou ter o próprio<br />
negócio, a qualificação está acima de<br />
tudo. e isso não significa só a formação<br />
acadêmica, mas buscar um diferencial<br />
para se destacar na função que vai exercer.<br />
uma regra serve para os dois casos,<br />
é ter iniciativa de partir na frente dos<br />
outros para fazer as coisas acontecerem<br />
e não esperar que elas aconteçam para<br />
depois tentar correr atrás. A empresa ou<br />
profissional diferenciado chama a atenção<br />
do mercado pelas ações que se destacam<br />
das demais. Se eu continuar igual<br />
aos outros, eu entro em um leilão e terei<br />
que concorrer por preço mesmo, ser o<br />
mais barato para poder ser comprado.<br />
Se eu tenho algo diferente para oferecer,<br />
logicamente vale um preço maior.<br />
Re: o senhor acaba de lançar um<br />
livro que aborda a visão empreendedora.<br />
Qual o objetivo desta obra?<br />
lenzi: o livro é uma composição<br />
de materiais de 15 autores. o professor<br />
Márcio daniel Kiesel e eu trabalhamos<br />
na organização para que pudéssemos<br />
trazer de forma clara e direta algumas<br />
técnicas de gestão empreendedoras que<br />
podem ser facilmente aplicadas no meio<br />
empresarial. Como eu posso melhorar a<br />
minha atuação a partir de algumas dicas<br />
que o livro traz. A grande prospecção da<br />
visão empreendedora está em como ver<br />
a empresa em longo prazo para que se<br />
possa aplicar algumas técnicas em curto<br />
e médio prazo e chegar aonde se deseja.<br />
Vai além do pensar apenas no presente,<br />
no dia-a-dia. o intuito é tornar a empresa<br />
mais inovadora e competitiva a partir<br />
dessas dicas. É bom lembrar que a empresa<br />
para ter sucesso não precisa ser<br />
grande, mas sólida. Tem que ser equacionada<br />
em termos daquilo que se tem de<br />
rentabilidade e retorno, tendo equilíbrio<br />
financeiro e de mercado. Muitas vezes<br />
o ponto de equilíbrio do crescimento da<br />
minha empresa não é pelo tamanho e<br />
sim pela rentabilidade que ela me traz.
Re: Quais os passos imprescindíveis<br />
para que um empreendimento nasça<br />
com boas possibilidades de sucesso?<br />
lenzi: A grande preocupação é a<br />
preparação do empreendedor, para não<br />
arriscar simplesmente pela aventura.<br />
Além disso, ter uma visão de futuro para<br />
a empresa, independentemente do período,<br />
como essa empresa poderá atuar<br />
daqui cinco ou 10 anos, e que se possa,<br />
ao longo desse tempo, adaptar-se de<br />
acordo com a velocidade das mudanças.<br />
Se não se tem essa visão, não há como<br />
planejar. o prefácio do livro é escrito pelo<br />
presidente da Federação das Indústrias de<br />
Santa Catarina (Fiesc), Alcantaro Corrêa,<br />
e ele diz algo muito interessante: que a<br />
partir do momento que uma pessoa decide<br />
empreender, precisa saber quais são<br />
as regras do jogo e não entrar para burlar<br />
as regras. Não se pode começar pensando<br />
em sonegar, fazer coisas negativas nesse<br />
mercado. Pode ser que não tenhamos as<br />
melhores regras, mas, se eu decido por<br />
isso, não posso burlar as regras, é preciso<br />
respeitá-las, senão estou sendo antiético<br />
comigo, com o mercado e com todos os<br />
clientes.<br />
A realidade do mercado nos força a<br />
pensar e a agir diferente diariamente<br />
Re: blumenau sempre foi vista<br />
como uma cidade de forte empreendedorismo.<br />
Isso ainda é uma verdade?<br />
lenzi: um pouco por tradição, a região<br />
sempre leva essa bandeira e acaba<br />
se cobrando por isso, o que é um aspecto<br />
extremamente positivo. Aqui, nós temos<br />
o berço de muitas empresas e certamente<br />
continuaremos a ter. e hoje temos uma<br />
reconfiguração, do ponto de vista de negócios<br />
da cidade, que é a prestação de<br />
serviços. Acho que Blumenau cobra muito<br />
de si uma atuação sempre positiva e essa<br />
cobrança interna faz com que o melhor<br />
de nossos empreendimentos seja percebido<br />
lá fora. Muito do que é óbvio para nós<br />
em termos de atendimento, produto e<br />
serviço, é reconhecido em outros mercados<br />
como um diferencial, porque comparando<br />
com outros mercados, somos excelência<br />
em muitos quesitos. Talvez esse seja<br />
um estímulo que precise ser intensificado,<br />
começar a desenvolver nas crianças, desde<br />
a educação básica, algumas características<br />
mais fortes de iniciativa, criatividade<br />
e inovação. daqui a 15 ou 20 anos, teremos<br />
essa criança no mercado atuando<br />
com essa diferenciação.<br />
Re: o senhor tem planos para lançar<br />
mais um livro?<br />
lenzi: esta é uma obra minha que<br />
venho preparando ao longo dos últimos<br />
três anos e chama-se A nova geração de<br />
empreendedores. este livro é voltado para<br />
a concepção da diferenciação, de que forma<br />
os profissionais e empreendedores<br />
precisam atuar para gerar resultados diferenciados.<br />
e fazer uma analogia disso com<br />
um plano de negócios. o livro vai trazer<br />
toda essa visão de provocação para a diferenciação,<br />
mas associada à elaboração<br />
de um plano de negócios. o livro deve ser<br />
lançado no segundo semestre deste ano.
eMPreeNdedorISMo<br />
uMA HISTÓrIA de<br />
sucesso e adaPtação<br />
Ivan Schulze<br />
10<br />
Gisele Scopel<br />
gisele@mundieditora.com.br<br />
Quando os primeiros microcomputadores<br />
apareceram no mercado,<br />
substituindo equipamentos grandes<br />
e caros, no final da década de 1980,<br />
surgiu também um novo perfil de<br />
empreendedores. Técnicos que deixavam<br />
seus empregos em grandes<br />
empresas e se lançavam na aventura<br />
de iniciarem seus próprios negócios<br />
na área de software. Nesse contexto<br />
e com espírito revolucionário,<br />
nasceu a Fácil Informática.<br />
Um dos fundadores, Carlos<br />
José Pereira (foto), então<br />
com 10 anos de experiência<br />
na Cetil, primeira empresa<br />
de informática de Santa Catarina,<br />
vislumbrou um mundo<br />
de possibilidades. Ao<br />
lado dele estava José Milton<br />
da Silva, que deixou a sociedade<br />
em novembro de<br />
2001. A empresa foi responsável<br />
pela criação do<br />
primeiro editor de textos<br />
com características tipicamente<br />
brasileiras, o<br />
Fácil, que acabou dando<br />
nome à empresa.<br />
Custando a metade<br />
do preço do produto<br />
norte-americano, o<br />
software made in brazil<br />
trouxe novidades como<br />
mostrar os caracteres<br />
acentuados, separação<br />
silábica, além da simplicidade<br />
na utilização.<br />
Ele também obedecia<br />
aos comandos do editor<br />
norte-americano, o<br />
que foi uma grande estratégia,<br />
segundo Pereira.<br />
Hoje, as pequenas funções<br />
parecem algo simples, mas<br />
na época foram um avanço<br />
muito significativo no campo da informática<br />
e o programa foi considerado um<br />
dos quatro melhores editores de texto<br />
do mundo pelo jornalista John Dvorak<br />
da revista Byte americana, ao entregar o<br />
prêmio de melhor produto para o Fácil,<br />
na Fenasoft de 1993. O Fácil também foi<br />
citado em artigo nesta revista, com destaque<br />
para diferenciais em relação ao Word<br />
da Microsoft.<br />
A primeira versão do produto ainda<br />
utilizava o sistema DOS e em seguida<br />
passou para o ambiente Windows. A intenção<br />
era vender 100 cópias no primeiro<br />
ano, quando foi lançado, em 1987, mas,<br />
para a surpresa de todos, este número<br />
pulou para 500. Em 1991, 3,5 mil cópias<br />
eram comercializadas ao mês, chegando a<br />
um total de 110 mil cópias. “Até hoje, é o<br />
produto que mais vendeu cópias no Brasil”,<br />
ressalta o diretor da empresa.<br />
Citada em jornais e revistas brasileiras,<br />
em programas de TV latino-americanos e<br />
na revista Byte americana, a Fácil foi uma<br />
das empresas que projetou Blumenau na<br />
informática. Com a chegada do editor de<br />
textos da Microsoft ao Brasil, foi difícil continuar<br />
competindo e a última versão do<br />
programa de edição foi lançada em 1995.<br />
O impacto causou queda nas vendas,<br />
mas para quem vê oportunidade na crise,<br />
este foi o momento de inovar. Com cerca<br />
de 5 mil clientes advogados, a empresa<br />
voltou seus produtos para o mercado<br />
jurídico. O Espaider, sistema especializado<br />
em gestão jurídica, foi o primeiro produto<br />
totalmente Web para a área do direito no<br />
Brasil e atende às características e peculiaridades<br />
de cada cliente, o que deu liderança<br />
à empresa.<br />
No início, os departamentos jurídicos<br />
das grandes empresas eram o foco das<br />
vendas. Atualmente, a Fácil tem entre os<br />
clientes alguns dos maiores escritórios de<br />
advocacia do Brasil, como o Veirano, com<br />
800 advogados, e a Martinelli, maior escritório<br />
do Sul do Brasil, de Joinville. Entre os<br />
clientes que mantém departamentos jurídicos<br />
estão empresas como Avon, Natura,<br />
O Boticário, Fiat, TAM, IBM, Pfizer, Itautec,
necessidade de atualização<br />
Segundo o diretor da empresa, a<br />
velocidade da informação tem levado<br />
os profissionais do direito a investir em<br />
atualização tecnológica e em novas ferramentas<br />
de gestão. “As buscas demoradas<br />
em extensos calhamaços foram<br />
substituídas pelas consultas e despachos<br />
online”, observa Pereira. Através do<br />
sistema, o advogado pode administrar<br />
processos, agendas, e-mails, além de<br />
uma série de mecanismos que facilitam<br />
a vida dos usuários.<br />
Por acreditar que um dos pilares do<br />
crescimento está na inovação, a empresa<br />
voltou a crescer e a investir em alta<br />
tecnologia. Como resultado, nos últimos<br />
cinco anos, a Fácil Informática registrou<br />
um crescimento médio em seu faturamento<br />
de 35% ao ano. Com clientes em<br />
todo o território brasileiro, incluindo<br />
multinacionais, a Fácil tem hoje quatro<br />
sedes. Em Blumenau ficam a matriz,<br />
onde está o setor de desenvolvimento<br />
e atendimento de apoio; uma filial, atendendo<br />
projetos e comercial, e o Datacenter.<br />
A quarta filial fica em São Paulo.<br />
Na matriz, em Blumenau, está o setor<br />
de desenvolvimento e atendimento<br />
Uma das estratégias que deu mobilidade<br />
aos clientes da empresa, além da<br />
segurança e tranquilidade, foi a criação<br />
de um Datacenter próprio. Para utilizar<br />
os servidores remotos disponibilizados<br />
pela Fácil, o cliente precisa apenas de<br />
internet banda larga e o navegador instalado<br />
no equipamento. <strong>De</strong>sta forma,<br />
é possível acessar os serviços 24 horas<br />
por dia, sete dias por semana. Foi observando<br />
a mudança no perfil do mercado,<br />
que a Fácil investiu em uma estrutura<br />
segura, projetada e mantida dentro dos<br />
padrões internacionais de operacionalização<br />
e segurança.<br />
Outra vantagem de utilizar um servidor<br />
remoto, segundo Pereira, é a de que<br />
os clientes podem investir na própria<br />
área de atuação, terceirizando questões<br />
ligadas à infraestrutura. O cliente não<br />
se preocupa mais com atualização de<br />
equipamentos servidores, sistemas operacionais,<br />
atualização do próprio sistema<br />
e pode comprar os serviços como compra<br />
água e energia. Quem utiliza mais<br />
paga mais.<br />
Kakau Santos
eMPreeNdedorISMo<br />
Polo de<br />
tecnologia<br />
Carlos José Pereira também foi um<br />
dos fundadores do Blumenau Polo Tecnológico<br />
de Informática (Blusoft), instituição<br />
que presidiu por seis anos. Criado<br />
em 1992 para planejar, implementar<br />
e gerenciar atividades associativistas das<br />
empresas de software de Blumenau, o<br />
Blusoft teve papel importante no apoio<br />
às empresas de informática que estavam<br />
surgindo na região. Pereira aponta que,<br />
na época, com a crise do setor têxtil, a<br />
cidade descobriu uma nova vocação.<br />
Blumenau chegou a ter a maior concentração<br />
de empresas de informática<br />
por habitante, chegando a índices encontrados<br />
apenas nos Estados Unidos.<br />
“Blumenau tinha mais empresas de software<br />
do que padarias”, a frase que Pereira<br />
repetiu várias vezes se refere ao<br />
fato de que para cada 1,5 mil habitantes<br />
havia uma padaria, enquanto a cada 900<br />
habitantes existia uma empresa de software.<br />
12<br />
PerFIL<br />
Razão Social: Fácil Informática Ltda.<br />
fundação: Janeiro de 1987<br />
fundadores: Carlos José Pereira e<br />
José Milton da Silva<br />
Ramo de atividade: desenvolvi-<br />
mento de softwares<br />
número de sedes: 4<br />
Colaboradores diretos: 85<br />
o datacenter armazena as informações dos clientes e permite acesso rápido e seguro<br />
Kakau Santos
14<br />
ForMAção<br />
JoVeNS e<br />
emPreendedores<br />
estudantes do Colégio Sagrada Família e os produtos confeccionados pela miniempresa no programa Junior Achievement<br />
Criada em 1919, a Junior Achievement<br />
é uma organização sem<br />
fins lucrativos que tem como missão<br />
inspirar jovens a empreender<br />
através de exemplos e valores éticos,<br />
seja na vida ou na carreira. É<br />
a maior e mais antiga organização<br />
de educação prática em economia<br />
e negócios, envolvendo 9,3 milhões<br />
de jovens por ano em 120 países.<br />
A Junior Achievement desperta nos<br />
alunos do ensino fundamental e médio,<br />
de instituições públicas e particulares, o<br />
espírito empreendedor, estimula o desenvolvimento<br />
pessoal e proporciona<br />
uma visão realista de como funciona a<br />
economia. Através de programas educacionais,<br />
possibilita aos estudantes o<br />
conhecimento e a vivência de situações<br />
relacionadas à carreira profissional e à<br />
livre iniciativa.<br />
<strong>De</strong>sde 1997, quando iniciou as atividades<br />
em Santa Catarina, a organização<br />
promove a participação de empresários,<br />
voluntários, pais, diretores, professores<br />
e alunos, tendo beneficiado com os programas<br />
mais de 115 mil jovens catarinenses.<br />
A Junior Achievement está presente<br />
em todos os Estados brasileiros e<br />
no Distrito Federal. Em Santa Catarina,<br />
atua nos municípios de Florianópolis,<br />
São José, Biguaçu, Gaspar, Blumenau,<br />
Timbó, Joinville, Içara, Criciúma, Lages,<br />
Joaçaba e Chapecó.<br />
A entidade é mantida e administrada<br />
por empresas privadas que apoiam com<br />
recursos financeiros e com executivos<br />
voluntários que possam transferir experiências,<br />
implantar e acompanhar os<br />
programas nas escolas.<br />
Atualmente, os programas da organização<br />
iniciam no quinto ano do ensino<br />
fundamental e vão até o segundo ano<br />
do ensino médio. Para cada série, a entidade<br />
trabalha com uma metodologia<br />
com temas ligados ao empreendedorismo.<br />
Os programas da Junior Achievement<br />
acontecem em escolas públicas<br />
e particulares, tanto em horários curriculares<br />
como extracurriculares. O diferencial<br />
da entidade está em quem desenvolve<br />
os programas com os jovens,<br />
que são voluntários corporativos, com<br />
experiência na livre iniciativa, treinados<br />
na metodologia da organização.<br />
Kakau Santos
em blumenau<br />
O projeto iniciou em Blumenau em<br />
1999. Hoje, as empresas Dudalina, Tecnoblu<br />
e Cia. Hering mantêm a ação na cidade,<br />
envolvendo cerca de 1,5 mil jovens<br />
ao ano.<br />
A organização tem cinco miniempresas<br />
ocorrendo na cidade, nas escolas Pedro<br />
II, Adolpho Konder, Professor Heriberto<br />
Muller, Colégio Sagrada Família e Senai.<br />
No programa, os jovens do segundo<br />
ano do ensino médio administram uma<br />
empresa dentro da escola. <strong>De</strong>cidem desde<br />
o produto, a diretoria, pagam salários,<br />
impostos e encargos, vivenciam o dia-a-dia<br />
de uma empresa.<br />
oPINIão de<br />
QueM PArTICIPA<br />
“Participar da miniempresa foi<br />
simplesmente maravilhoso. Conheci<br />
muitas pessoas e cresci intelectualmente<br />
ouvindo os conselhos dos<br />
Advisers e conversando com as<br />
diretoras. Conheci uma empresa<br />
por outro ângulo, além dos balcões<br />
e do público.”<br />
ana luiza de amorim, aluna do<br />
Colégio Sagrada família<br />
“Participar do projeto foi uma<br />
experiência cansativa, porém,<br />
gratificante. Tive noção de como<br />
realmente é complicado administrar<br />
uma empresa. Aprendi muito em<br />
todas as áreas: Produção, Marketing,<br />
rH e Finanças. uma experiência<br />
que vou levar para toda minha<br />
vida.”<br />
ana Paula adriano, aluna da eeb<br />
adolpho Konder<br />
“eu, como voluntária, nunca<br />
pensei que seria tão gratificante<br />
trabalhar junto com essa garotada.<br />
Aprendemos com eles, é uma troca<br />
de conhecimento e a cada passo<br />
eles nos surpreendem”.<br />
Mirian <strong>De</strong> luca Serpa Caetano,<br />
voluntária da Cia. hering<br />
Alunos aprendem a produzir e a administrar diferentes setores da empresa<br />
ProGrAMA<br />
Série Tema<br />
Ensino fundamental<br />
5ª Nosso Planeta Nossa Casa<br />
6ª Introdução ao Mundo dos Negócios<br />
7ª Nosso Mundo<br />
8ª Economia Pessoal<br />
9ª As Vantagens de Permanecer na Escola<br />
Ensino médio<br />
1ª Liderança Comunitária, Vamos Falar de Ética, Bancos<br />
em Ação<br />
2ª Miniempresa e Atitude Pelo Planeta<br />
Kakau Santos<br />
15
eVeNToS<br />
Em cinco dias, a Feira Nacional das<br />
Tecnologias da Construção e Habitação<br />
(Fenahabit 2009) teve um público<br />
de mais de 42 mil visitantes, ultrapassando<br />
a previsão dos organizadores.<br />
Participaram da feira, que ocorreu no<br />
Parque Vila Germânica, 210 expositores<br />
nacionais e um italiano.<br />
A Fenahabit recebeu mais de 8 mil visitantes<br />
de outros Estados e a organização<br />
estima que o evento gere mais de R$100<br />
milhões em negócios em Santa Catarina até<br />
o final de 2009.<br />
Entre as grandes empresas regionais<br />
presentes no evento, que apresentaram<br />
lançamentos em produtos e serviços, estiveram<br />
Fischer, Max Mohr, Kapazi, Movimox,<br />
Belgo Mineira, Entalharte , Karlux, Flexfer,<br />
Mathecris, Tomellim, Paninox, Telweck, Te-<br />
16<br />
FeNAHABIT deVe GerAr r$ 100 MILHõeS<br />
em negócIos<br />
organização calcula que 42 mil pessoas visitaram os 210 expositores da Fenahabit 2009<br />
brasul e Vibramak, que receberam o público<br />
técnico e da construção. Enquanto os<br />
estandes do Crea, Confea, Mutuam, IAB,<br />
Aeamvi e Credicrea recepcionaram milhares<br />
de engenheiros e arquitetos de todo o<br />
País.<br />
Mais de 70 empresas participantes já<br />
assinaram o contrato garantindo a participação<br />
na Fenahabit 2010, que irá ocorrer<br />
no mês de junho.<br />
<strong>De</strong>staques<br />
Um dos destaques da Fenahabit 2009<br />
foi o Feirão Nacional da Casa Própria, realizado<br />
pela Caixa Econômica Federal, que<br />
recebeu mais de 10% do público. No local,<br />
foram prestadas informações a respeito de<br />
planos e condições para financiamento de<br />
imóveis. Em torno do Feirão da Casa Pró-<br />
pria estavam instalados mais de 30 empresas<br />
incorporadoras, construtoras e imobiliárias<br />
que ofereciam ofertas de imóveis.<br />
<strong>De</strong> acordo com a organização do<br />
evento, um dos estandes mais visitados foi<br />
a Casa da Reconstrução da Companhia de<br />
Habitação Popular (Cohab), que apresentava<br />
o modelo de residência oferecida aos<br />
atingidos pela tragédia ocorrida na região<br />
em novembro de 2008.<br />
Outra atração, o Espaço Casa, reuniu<br />
empresas e profissionais de decoração que<br />
apresentaram uma série de opções para<br />
deixar a casa bonita e funcional. A maior<br />
atração da feira, no entanto, foram os banhos<br />
ao vivo protagonizados por modelos,<br />
ação de uma empresa de chuveiros para<br />
apresentar seus produtos. Cada edição do<br />
banho atraia mais de mil espectadores em<br />
frente ao estande.<br />
Divulgaçaõ
Kakau Santos<br />
18<br />
eSTATíSTICA<br />
MeSMo NA CrISe,<br />
BLumenau cresce<br />
Nazareno Schmoeller apresentou os dados do levantamento sócio-econômico<br />
Através de pesquisas apresentadas<br />
recentemente pelo Sistema de Informações<br />
Gerenciais de Apoio à <strong>De</strong>cisão<br />
(Sigad) pode-se constatar que a economia<br />
de Blumenau cresceu. Os empregos<br />
tiveram taxa positiva bem maior do que<br />
a população e o total dos salários pagos<br />
cresceu acima da inflação no período<br />
2000/2008.<br />
O professor de economia da Universidade<br />
Regional de Blumenau (Furb), pesquisador do<br />
(Instituto de Pesquisas Sociais (IPS) e coordenador<br />
do Sigad, Nazareno Schmoeller, observa<br />
que, desde 2000, o número de empregos<br />
e a massa salarial, que é o total dos salários<br />
pagos, cresceram acima da população. Os<br />
empregos cresceram mais nas empresas de<br />
menor porte, no período de 1995 a 2007.<br />
Com a injeção do FGTS na economia local,<br />
em decorrência da catástrofe ocorrida em<br />
novembro do ano passado, o cenário econômico<br />
de Blumenau melhorou ainda mais.<br />
“Segundo a Caixa Econômica Federal, foram<br />
pagos R$ 400 milhões na liberação do FGTS<br />
só para Blumenau, isso representou praticamente<br />
três folhas – R$ 120 milhões mensais<br />
– adicionais de salário. O dinheiro que entrou<br />
na economia de Blumenau teve um efeito<br />
multiplicador para o crescimento; assim, em<br />
2009, Blumenau não sentirá tanto a recessão<br />
como o Brasil”, avalia.<br />
Schmoeller lembra que a economia da<br />
cidade ainda depende do setor têxtil, que,<br />
produzindo bens de consumo não duráveis,<br />
não sofreu tanto com a crise internacional.<br />
Também houve a desvalorização do Real, que<br />
permitiu que o setor pudesse exportar.
Produto Interno bruto<br />
Blumenau perdeu posição no Estado<br />
quanto ao Produto Interno Bruto (PIB) e<br />
ocupa hoje o 4º lugar. Segundo o pesquisador<br />
do Sigad, mesmo que a economia<br />
local tenha crescido, a de outros municípios<br />
cresceu ainda mais proporcionalmente no<br />
período de 2002/2006, de quando são<br />
os dados tabulados. “Blumenau, até 2003,<br />
ainda estava em primeiro lugar. A partir de<br />
2004, 2005 e 2006 já perdemos esta posição<br />
para Itajaí. Pode ser que nos anos de<br />
2007 e 2008 estes índices tenham se modificado,<br />
porque o ritmo de crescimento de<br />
Itajaí já é menor, mas ainda não temos estes<br />
dados para afirmar com certeza”.<br />
Itajaí é beneficiada por ser uma cidade<br />
o Que É o SIGAd?<br />
Sistema de Informações Gerenciais de Apoio à decisão é<br />
um banco de dados e informações elaborado em parceria<br />
das seguintes instituições: universidade regional de<br />
Blumenau (Furb), Associação empresarial de Blumenau<br />
(<strong>Acib</strong>), Associação das Micro e Pequenas empresas de<br />
Blumenau (Ampe), Câmara de dirigentes Lojistas (CdL),<br />
Intersindical Patronal de Blumenau e região, Governo<br />
do Município de Blumenau e Sindicato das Indústrias de<br />
Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex).<br />
portuária; ter diversas empresas de outros<br />
municípios com entrepostos que fazem a<br />
parte final de produção para ter menores<br />
custos de impostos sobre o frete; e por ser<br />
um centro atacadista. Além da duplicação<br />
da BR-101, que facilita a instalação das empresas<br />
na região. “Se Blumenau já tivesse,<br />
há dois ou três anos, uma via de acesso<br />
duplicada para o Litoral, é obvio que nosso<br />
crescimento teria sido maior”, afirma. Schmoeller<br />
defende a realização de parcerias<br />
público/privadas para Blumenau melhorar a<br />
estrutura e ocupar uma melhor posição no<br />
PIB Estadual.<br />
Em compensação, no período<br />
2002/2006, Blumenau ganhou uma posição<br />
CoLeTA de dAdoS<br />
no PIB nacional e ocupa hoje o 55º lugar. Já<br />
Itajaí subiu três posições, assim como Joinville,<br />
que é o 29º do Brasil. Na indústria, Blumenau<br />
é o 54º PIB Industrial do País, sendo<br />
Joinville o 17º.<br />
Schmoeller afirma que o índice de exportação<br />
e importação de Blumenau cresceu<br />
bastante a partir de 2003, sendo o ritmo de<br />
aumento das importações um pouco maior,<br />
principalmente nos dois últimos anos. “Se<br />
pegarmos a balança comercial têxtil, podemos<br />
perceber que as importações foram<br />
maiores e isso se deve principalmente às<br />
confecções”, diz. Os destinos para os quais<br />
a cidade mais exporta são Estados Unidos,<br />
Argentina e Alemanha.<br />
os dados são coletados através de pesquisas<br />
realizadas em bases públicas disponibilizadas<br />
pelos órgãos públicos em diversos sistemas,<br />
que podem ser tabulados pela internet,<br />
através de códigos de atividades.<br />
o banco de dados e outras informações<br />
sobre Blumenau pode ser acessado no site<br />
www.furb.br/sigad.<br />
19
WK Sistemas chega aos 25 anos<br />
como referência em inovação tecnológica<br />
Referência histórica no cenário<br />
tecnológico brasileiro. Sinônimo<br />
de inovação, qualidade e<br />
responsabilidade social. Assim<br />
é a WK Sistemas, uma das mais<br />
tradicionais e vitoriosas produtoras<br />
brasileiras de software. A WK é uma<br />
empresa 100% blumenauense. É<br />
uma empresa que cultiva valores,<br />
sempre focada em princípios como<br />
ética nos negócios, valorização do ser<br />
humano e respeito ao meio ambiente.<br />
Fundada por Werner Keske em 1984,<br />
a WK Sistemas está completando<br />
25 anos como líder em softwares<br />
gerenciais, principalmente nas áreas<br />
de contabilidade e finanças.<br />
Werner Keske, diretor presidente<br />
da empresa, destaca a importância<br />
das pessoas para a história da WK<br />
Sistemas. “Para enfrentar e vencer<br />
desafios durante a nossa história,<br />
contamos com um grande diferencial:<br />
as pessoas. Foram as pessoas que<br />
fizeram a WK chegar aos 25 anos.<br />
No desenvolvimento, são as pessoas<br />
que garantem o lançamento de<br />
novos produtos e sua permanente<br />
atualização com qualidade tecnológica<br />
avançada. Na administração, são as<br />
pessoas que mantêm a empresa em<br />
perfeito funcionamento, uma tarefa<br />
diária que envolve esforço, dedicação<br />
e capacidade gerencial”, assinala.<br />
A WK Sistemas conta com mais<br />
de 75 mil cópias comercializadas.<br />
Para oferecer um atendimento<br />
personalizado aos seus clientes, conta<br />
com a parceria de mais de 100 canais<br />
em todo o Brasil. “A rede de distribuição<br />
possui profissionais certificados, que<br />
Rua Almirante Barroso, 730<br />
Vila Nova • Blumenau<br />
Santa Catarina<br />
passam por processos constantes de<br />
atualização”, diz o diretor de marketing<br />
Estanislau Mário Balzan. “Toda a rede<br />
está qualificada para prestar suporte,<br />
treinamento, implantação, levantamento<br />
de necessidades e desenvolvimento de<br />
soluções específicas”, complementa.<br />
O carro-chefe da WK Sistemas<br />
é o ERP Radar Empresarial, um<br />
conjunto de soluções que compreende<br />
sistemas para empresas de pequeno,<br />
médio e grande portes, envolvendo<br />
comércio, indústria, prestadoras<br />
de serviços, empresas contábeis<br />
e empresas ligadas ao ramo da<br />
saúde. “Os sistemas do ERP Radar<br />
Empresarial adaptam-se facilmente às<br />
características e necessidades de cada<br />
empresa, processando, armazenando<br />
e gerenciando uma grande variedade<br />
de informações”, destaca Balzan.<br />
Canais de todo o país estiveram<br />
em Blumenau para a Convenção<br />
Nacional de Canais WK 2009<br />
DDG Vendas: 0800 47-3888<br />
(47) 3221-8888<br />
INFORME COMERCIAL<br />
Werner Keske, fundador e<br />
presidente da WK: as pessoas são<br />
o grande diferencial da empresa
Kakau Santos<br />
A partir de 1º de setembro de<br />
2009, mais 53 segmentos econômicos<br />
passam a fazer parte do rol<br />
de empresas obrigadas a utilizar a<br />
Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), em<br />
Santa Catarina e no Brasil. Segundo<br />
o diretor de Tecnologia e Negócios<br />
da Federação Nacional das<br />
Empresas de Serviços Contábeis e<br />
das Empresas de Assessoramento,<br />
Perícias, Informações e Pesquisas<br />
(Fenacon), Carlos Roberto Victorino,<br />
esta é uma mudança radical.<br />
“Hoje, existe um padrão legal de<br />
envio de informações, mas não um<br />
padrão de arquivos e de informações,<br />
pois cada órgão solicita de<br />
uma forma e conforme a sua necessidade.<br />
Com a informatização, todos<br />
esses arquivos terão um mesmo<br />
formato em termos de estrutura e<br />
22<br />
reCeITA<br />
A eVoLução dA<br />
nota fIscaL<br />
qualquer sistema autorizado poderá<br />
ler a mesma informação” explica<br />
o diretor.<br />
A NF-e faz parte do Sistema Público<br />
de Escrituração Digital (Sped), instituído<br />
em 22 de janeiro de 2007 e está inserido<br />
no Programa de Aceleração do Crescimento<br />
(PAC) do Governo Federal. A<br />
novidade promete ser um avanço na informatização<br />
da relação entre o fisco e<br />
os contribuintes.<br />
Victorino destaca que o projeto não<br />
foi repentino e foi construído a muitas<br />
mãos. A padronização permite que as<br />
informações sejam úteis para vários órgãos<br />
como: Receita Federal, Secretaria<br />
de Fazenda dos Estados, <strong>De</strong>partamento<br />
Nacional de Registro do Comércio<br />
(DNRC), Superintendência de Seguros<br />
Privados (Susep), Conselho Federal de<br />
Contabilidade, Banco Central (Bacen),<br />
Comissão de Valores Mobiliários (CVM),<br />
Juntas Comerciais e o próprio contribuinte<br />
– pessoas jurídicas que geram a<br />
informação.<br />
Na avaliação do diretor, está acontecendo<br />
a desmaterialização do papel,<br />
apesar de ainda haver um documento<br />
que acompanha a mercadoria durante<br />
o transporte – Documento Auxiliar de<br />
Nota Fiscal Eletrônica (Danfe). A partir<br />
da criação e autorização da nota, todos<br />
os órgãos envolvidos na transação<br />
de compra e venda têm acesso a ela<br />
através do sistema eletrônico. “Tudo é<br />
padronizado e disponível nas fronteiras<br />
por onde a mercadoria irá transitar e o<br />
cliente recebe o arquivo eletrônico e<br />
não precisa dar entrada manualmente<br />
no sistema, como acontece hoje”, cita<br />
Victorino.<br />
EFD e ECD<br />
A prefeitura da Capital paulista já<br />
está totalmente informatizada há mais<br />
de dois anos. O diretor de Tecnologia<br />
e Negócios da Fenacon destaca que a<br />
implantação se refere apenas à compra<br />
e venda de mercadorias e são poucas as<br />
prefeituras que estão utilizando na parte<br />
de serviços (NFS-e), isto porque este é<br />
um segmento que ainda não está totalmente<br />
estruturado.<br />
Em Santa Catarina, a partir de janeiro<br />
de 2010, todas as empresas, salvo as<br />
inseridas no Simples Nacional, devem<br />
estar adequadas para a utilização da Escrituração<br />
Fiscal Digital (EFD), que corresponde<br />
aos livros de entrada, saída e<br />
apuração do ICMS, IPI e inventário.<br />
Já a Escrituração Contábil Digital<br />
(ECD) de todas as empresas tributadas<br />
pelo Lucro Real e as com faturamento<br />
anual acima de 30 milhões e sujeitas ao<br />
acompanhamento econômico-tributário<br />
diferenciado estão obrigadas a entregar,<br />
até 30 de junho de 2010, toda movimentação<br />
contábil referente a 2009.<br />
“Cabe ressaltar que a utilização do sistema<br />
Sped é opcional para qualquer empresa”,<br />
informa Victorino.
Bom para todos<br />
Para Victoniro, a novidade vai eliminar<br />
uma série de situações como a<br />
concorrência desleal e empresas que<br />
não emitem a nota, além de gerar a integração<br />
dos fiscos, compartilhamento<br />
das informações contábeis e fiscais em<br />
formato padrão nas três esferas do governo,<br />
racionalizando e uniformizando<br />
as obrigações acessórias. “Isso é bom<br />
para os estados, para a nação e para a<br />
sociedade”, aponta.<br />
A Receita Federal é responsável pela<br />
administração do sistema com o auxílio<br />
de representantes em cada Estado e no<br />
Distrito Federal. Os sistemas de faturamento,<br />
estoques, contas a receber e<br />
a pagar, o ERP de cada empresa é que<br />
deve gerar o arquivo eletrônico com as<br />
informações no padrão do Sped. Tudo<br />
isso com níveis de segurança que abrangem<br />
o cliente, a Secretaria da Fazenda,<br />
Receita Federal e Repositório Nacional<br />
do Sped, onde a transmissão dos dados<br />
é com criptografia assimétrica de 1024<br />
bits, algo praticamente impossível de<br />
ser quebrado.<br />
O diretor ainda alerta que o processo<br />
de fiscalização continua o mesmo, o<br />
que significa que ninguém pode entrar<br />
no sistema e vasculhar as informações<br />
de uma empresa sem que seja iniciado<br />
o processo de fiscalização. Ele só saiu<br />
do papel e tornou-se eletrônico, logo,<br />
se a fiscalização quiser uma informação<br />
dentro do ambiente Sped, será preciso<br />
iniciar o processo de fiscalização, fazer a<br />
solicitação e notificar a empresa. “Dimi-<br />
obrigatoriedade e adesão voluntária<br />
<strong>De</strong>sde que começou a operar este<br />
sistema de emissão, em dezembro de<br />
2007, a Secretaria da Fazenda de Santa<br />
Catarina (Sefaz/SC) já emitiu mais de 10<br />
milhões de notas fiscais eletrônicas autorizadas.<br />
Segundo o Auditor Fiscal da<br />
Sefaz/SC e Gestor da NF-e, Marcilino<br />
Figueiredo, são 1.632 estabelecimentos<br />
catarinenses que utilizam a NF-e, que<br />
em maio deste ano emitiram aproximadamente<br />
1,8 milhões de documentos,<br />
um crescimento de 100% em relação ao<br />
mês de dezembro de 2008. O aumento<br />
se refere principalmente à obrigatoriedade<br />
de novos segmentos aderirem<br />
ao sistema desde abril passado. Outro<br />
fator que chama a atenção é a adesão<br />
voluntária de um número expressivo de<br />
empresas ao sistema de emissão ele-<br />
Segundo Victorino, a NF-e vai eliminar distorções, como a concorrência desleal<br />
trônico, muitas antecipando a próxima<br />
obrigatoriedade de setembro de 2009.<br />
Figueiredo relata que a Sefaz/Sc tem<br />
recebido cerca de 30 pedidos para credenciamento<br />
por dia.<br />
<strong>De</strong> acordo com Figueiredo, a dinâmica<br />
de implantação está evoluindo<br />
com bastante desenvoltura. Para que<br />
haja comunicação entre o contribuinte e<br />
a Secretaria da Fazenda de cada estado,<br />
as empresas necessitam de um aplicativo<br />
que pode ser adquirido de quatro formas:<br />
gratuitamente através da Secretaria<br />
da Fazenda do Estado de São Paulo, que<br />
tem o link sempre atualizado para todo<br />
o Brasil; desenvolver o próprio aplicativo;<br />
ou comprar o produto pronto de<br />
uma empresa de software credenciada<br />
junto ao Estado.<br />
nui a utilização do papel e torna o processo<br />
mais rápido, mas os procedimentos<br />
legais, até por questões jurídicas,<br />
devem ser mantidos”, afirma Victorino.<br />
O software gratuito pode ser adaptado<br />
para qualquer empresa em todos<br />
os estados brasileiros. Porém, é indicado<br />
para pequenos emissores de notas,<br />
até 50 por dia. O sistema ainda permite<br />
que as empresas integrem aplicativos,<br />
importem arquivos, cadastro de produtos,<br />
podendo passar a emitir até 150<br />
notas por dia. A orientação do gestor<br />
da NF-e em Santa Catarina é que as<br />
empresas maiores utilizem um sistema<br />
próprio de faturamento.<br />
Hoje, são 525 empresas emitindo<br />
NF-e através desse aplicativo, o que<br />
representa cerca de 25% das empresas<br />
credenciadas. O número de NF-e<br />
por elas emitidas é de 620 mil, cerca<br />
de 5% das NF-e autorizadas por Santa<br />
Catarina.<br />
Kakau Santos<br />
23
Criado em outubro de 2004, o Núcleo<br />
Setorial Vila Itoupava é integrado<br />
por um grupo de empresas de diversos<br />
ramos de atividades que lutam<br />
pela valorização da região. Conforme<br />
o coordenador do núcleo, Atilano Laffin,<br />
devido à distância do Distrito da<br />
Vila Itoupava ao Centro de Blumenau,<br />
foi necessário se organizar para obter<br />
os benefícios que a comunidade necessita.<br />
“Reunimos-nos para discutir<br />
as necessidades do distrito e levá-las<br />
ao Poder Público”, declara.<br />
Além disso, o núcleo serve de suporte<br />
para o intendente da Vila Itoupava. O<br />
vice-coordenador do núcleo, Jurandir Mário<br />
Schwanke, aponta ser preciso eleger<br />
as prioridades ouvindo a comunidade e<br />
trabalhar em sintonia com o intendente.<br />
Para dar prosseguimento aos trabalhos<br />
do núcleo, diz Laffin, foi preciso aguardar a<br />
nomeação do novo intendente do Distrito<br />
da Vila Itoupava, o que ocorreu há 60 dias.<br />
“Agora serão dadas as devidas direções novamente”,<br />
afirma.<br />
Entre as principais reivindicações que o<br />
núcleo encaminhou, estão uma ambulância<br />
24<br />
NúCLeoS SeTorIAIS<br />
PArA o deSeNVoLVIMeNTo<br />
da VILa ItouPaVa<br />
Schwanke (e) e Laffin são fundadores<br />
do Núcleo Setorial da Vila Itoupava<br />
Gilberto Viegas<br />
para o Hospital Misericórdia da Vila Itoupava;<br />
uma unidade do Samu instalada na Itoupava<br />
Central, por ser local estratégico para<br />
atender toda região. No setor de segurança<br />
pública, a maior conquista foi a instalação<br />
de quatro câmeras nos principais acessos<br />
ao distrito e a implantação da Sub-<strong>De</strong>legacia<br />
de Polícia Civil na Vila Itoupava.<br />
Outro ponto de forte atuação do núcleo<br />
foi no sentido de estruturar a região<br />
para receber o turismo. O primeiro passo<br />
foi a instalação do Centro de Atendimento<br />
ao Turista (CAT). <strong>De</strong>sde o ano passado,<br />
a Casa São José, que hoje funciona como<br />
centro de retiros espirituais para Igreja Católica,<br />
disponibilizou 90 leitos para hospedar<br />
turistas quando a rede hoteleira do centro<br />
da cidade estiver lotada. “A Casa São<br />
José seria um ponto de apoio para a rede<br />
hoteleira. Hoje, a Vila Itoupava é o reduto<br />
mais alemão de todo Vale do Itajaí, tem<br />
tradições, gastronomia, festas de Clubes de<br />
Caça e Tiro para mostrar e sabemos que<br />
sem hotel não há turismo”, afirma Laffin.<br />
Schwanke enumera outras ações, como<br />
a realização, com o apoio da <strong>Acib</strong>, de um<br />
evento cultural no aniversário da Sociedade<br />
Esportiva Recreativa Serrinha e ações beneficentes,<br />
como o apoio e doações a uma<br />
equipe de caratê formada por jovens carentes<br />
da região. A luta para ampliar o orçamento<br />
do distrito para realização de obras<br />
através de mais retorno dos impostos municipais<br />
também vem sendo travada.<br />
Autoridades estiveram presentes nas<br />
reuniões mensais do grupo, entre elas o<br />
prefeito João Paulo Kleinübing, Paulo França,<br />
Secretário de Estado do <strong>De</strong>senvolvimento<br />
Regional; Caleb Zaniz, na época presidente<br />
do Seterb; Carlos Olimpio Menestrina, comandante<br />
do Corpo de Bombeiros; César<br />
Luiz Dalri, comandante da Polícia Militar;<br />
Jean Jackson Kuhlmann, na época vereador;<br />
Jens Juergen Mantau, vereador, e integrantes<br />
da Polícia Rodoviária Estadual. “O Núcleo<br />
sempre obteve resposta de todos os<br />
setores com os quais se relacionou”, afirma<br />
Laffin.<br />
Laffin e Schwanke fundaram o núcleo e<br />
depois de dois mandatos consecutivos na<br />
coordenação e vice-coordenação, respectivamente,<br />
serão substituídos. “Nossas atividades<br />
profissionais não permitem mais que<br />
nos dediquemos tanto ao núcleo quanto<br />
desejamos”, explica Laffin. Eles afirmam que<br />
darão suporte aos novos gestores.<br />
Segundo Laffin, dentro das prioridades<br />
elencadas pelo núcleo houve solução ou,<br />
ao menos, encaminhamento. “Acredito que<br />
o trabalho do próximo coordenador será<br />
se reunir com a comunidade, fazer uma reciclagem<br />
do que já foi feito e seguir com<br />
novas prioridades”. <strong>De</strong> acordo com ambos,<br />
o apoio da <strong>Acib</strong> foi fundamental para<br />
a atuação do núcleo. “Os comerciantes e<br />
empresários da Vila agradecem a disponibilidade<br />
sempre apresentada pela <strong>Acib</strong>”,<br />
finaliza Laffin.<br />
PArTICIPANTeS<br />
Amatex Ind. e Com. de<br />
Importação e exportação<br />
Blusites Informática<br />
Cartório Gaya<br />
deschamps<br />
etik Art. Ind. Com. de<br />
etiquetas Ltda.<br />
Haco<br />
Hospital Misericórdia<br />
Ind. Com. rep. reeltex<br />
Laboratório Itoupava<br />
Nilton Klabunde Serviços<br />
Contábeis<br />
Óptica Alexandre<br />
Viacredi<br />
Comércio e Ind. Arthur Zimdars<br />
Intendência distrital da Vila Itoupava
<strong>De</strong>sde que entrou em vigor, em<br />
13 de novembro de 2007, a Lei Complementar<br />
657, que regulamenta a<br />
publicidade em letreiros e painéis<br />
publicitários em Blumenau, tem gerado<br />
polêmica entre os comerciantes<br />
da cidade. Apesar da reclamação de<br />
alguns, o diretor de Fiscalização de<br />
Obras e Posturas, Raoni Gonçalves<br />
de Paulo, ressalta que as empresas<br />
tiveram o prazo de 18 meses para se<br />
adequar à nova legislação e que este<br />
não é mais o momento de aceitar<br />
queixas.<br />
Segundo Gonçalves, a fiscalização passou<br />
a atuar em 20 de maio deste ano. O<br />
foco inicial foi a região central, abrangendo<br />
as ruas XV de Novembro, 7 de Setembro,<br />
São Paulo, avenidas Beira-Rio e Martin Luther,<br />
incluindo todas as transversais. Neste<br />
período, 493 estabelecimentos foram notificados.<br />
Letreiros, alguns outdoors, front<br />
lights e cartazes publicitários foram autuados<br />
nessas regiões. O diretor destaca que<br />
das empresas que foram autuadas, cerca<br />
de 50% já regularizaram a situação, as de-<br />
26<br />
LeI dAS PLACAS<br />
uMA IMAGeM<br />
LImPa Para a cIdade<br />
Loja na rua XV de Novembro com fachada adequada à Lei Complementar 657<br />
mais, ou estão aguardando uma resposta<br />
da prefeitura para fazer o novo projeto,<br />
ou serão multadas. A lei complementar<br />
define que a publicidade tem que ser proporcional<br />
a um quarto do comprimento<br />
da fachada, que define a metragem quadrada<br />
a ser utilizada. “Pode até ser mais de<br />
uma placa, desde que o somatório fique<br />
dentro do espaço determinado”, orienta<br />
Gonçalves.<br />
A maioria das autuações é referente a<br />
letreiros, que são as placas de publicidade<br />
e identificação na fachada dos comércios.<br />
Os painéis publicitários, aqueles instalados<br />
fora dos estabelecimentos das empresas,<br />
como outdoors e cartazes aparecem em<br />
menor número, de acordo com Gonçalves.<br />
Ele alerta que a fiscalização deve continuar.<br />
“A partir de agora, na continuação dos<br />
nossos trabalhos, vamos multar quem não<br />
obedecer à lei e em contato com a Procuradoria<br />
do Município ver qual a medida a<br />
ser tomada” reitera o diretor, enfatizando<br />
que a prefeitura tem poder para remover<br />
as placas irregulares. Os trabalhos também<br />
serão estendidos aos corredores de<br />
serviço, como as ruas Amazonas, General<br />
Osório, João Pessoa, Francisco Vahldieck,<br />
Estanislau Schaette, Itajaí, das Missões e 2<br />
de Setembro, onde está a maior concentração<br />
de placas publicitárias, outdoors e<br />
comércio.<br />
Resistência<br />
“Independentemente do tamanho<br />
da empresa, o tratamento será igual para<br />
todas”, é o que garante o diretor de Fiscalização<br />
de Obras e Posturas da prefeitura<br />
de Blumenau. Segundo ele, há certa<br />
resistência das grandes redes comerciais<br />
em se adaptar, mas nenhuma terá tratamento<br />
diferenciado. Um bom exemplo<br />
é o McDonalds da Rua 7 de Setembro,<br />
que removeu parte do letreiro irregular.<br />
Gonçalves lamenta que a velocidade da<br />
fiscalização não é a ideal devido à grande<br />
demanda. “O número de lojas e placas é<br />
muito grande e os fiscais têm outras atividades<br />
no dia-a-dia”, lembra. Ao todo, são<br />
12 fiscais, que, além da fiscalização das placas,<br />
são responsáveis por toda a demanda<br />
de serviço como controle de construções,<br />
posturas e obras.<br />
Kakau Santos
LeI dAS PLACAS<br />
Prazos e multas<br />
A partir da notificação oficial, a empresa ainda tem<br />
o prazo de 10 dias para retirar ou regularizar a placa<br />
de identificação ou publicidade. Após esse período, a<br />
empresa está passível de multa que varia de R$ 1.778,22<br />
a R$ 2.963,70. O diretor de Fiscalização de Obras e Posturas,<br />
Raoni Gonçalves de Paulo, salienta que o prazo<br />
para recorrer da multa é de 10 dias após a notificação<br />
e o caso será analisado administrativamente, avaliando<br />
se há fundamento no questionamento do reclamante,<br />
podendo ser deferido ou não. O pagamento da multa<br />
também tem o prazo de 10 dias, caso contrário, a empresa<br />
será inscrita em dívida ativa, ou seja, será cobrado<br />
judicialmente.<br />
O procedimento para regularização das placas é a<br />
remoção ou ainda a adequação, mas, de qualquer forma,<br />
a empresa necessita de uma autorização da prefeitura. A<br />
Secretaria de Planejamento, através da Diretoria de Análises<br />
e Projetos, analisa e libera a instalação dos letreiros,<br />
outdoors, placas publicitárias e, assim como o Setor de<br />
Fiscalização, está à disposição para sanar dúvidas. A lei<br />
também pode ser consultada através do site da prefeitura<br />
de Blumenau (www.blumenau.sc.gov.br), no link das<br />
leis municipais, opção Lei Complementar 657/2007.<br />
raoni Gonçalves de Paulo: tratamento igual para todos<br />
Kakau Santos
Kakau Santos<br />
Vilson Voigt: a disciplina é fundamental<br />
empresas de Mídia exterior<br />
Atentas às mudanças da lei, as empresas<br />
que participam do Núcleo de<br />
Mídia Exterior da <strong>Acib</strong> acompanham a<br />
formação dessa lei desde o início, inclusive<br />
participando de todos os debates<br />
dos conselhos de planejamento e meio<br />
ambiente, que também opinaram sobre<br />
a matéria. Segundo o coordenador do<br />
núcleo, Vilson Voigt, as empresas envolvidas<br />
acreditam que a lei é salutar. Porém,<br />
é fundamental que haja disciplina<br />
e, principalmente, cobrança na aplicação<br />
da lei. “<strong>De</strong> outra forma, teremos um<br />
grupo de empresas estabelecidas cumprindo<br />
uma norma e um universo de<br />
pessoas físicas que trabalham de forma<br />
irregular, até mesmo empresários que<br />
entendem que podem colocar placas<br />
fora do estabelecimento onde bem quiserem”,<br />
alerta Voigt.<br />
<strong>De</strong> acordo com o coordenador do<br />
núcleo, as empresas de mídia exterior,<br />
que trabalham com a locação de equi-<br />
pamentos para publicidade, já aplicam as<br />
novas regras desde novembro de 2007.<br />
Por outro lado, as demais começaram<br />
a se preocupar com a lei somente agora,<br />
com a ação efetiva da fiscalização.<br />
Para ele, a medida deve trazer apenas<br />
benefícios. “O descontentamento dos<br />
comerciantes é inevitável, mas entendo<br />
que onde todos querem se destacar,<br />
ninguém se destaca. Quem sai prejudicada<br />
é a imagem da cidade. Se todos se<br />
adequarem à lei, todos vão lucrar”.<br />
Cerca de 80% das empresas nucleadas<br />
já estão de acordo com a lei e<br />
aproximadamente 20% das placas foram<br />
retirados, relata o coordenador. “Pensamos<br />
que o melhor seria não deixar chegar<br />
em um estágio de saturação, como<br />
em São Paulo, e buscar algo bom para<br />
todos, tanto para as empresas que operam,<br />
anunciantes e para a sociedade que<br />
não é agredida com a poluição visual”,<br />
conclui Voigt.
PreSTAção de CoNTAS<br />
“Sou PrÉ-CANdIdATA do PT Ao<br />
goVerno do estado”<br />
30<br />
Divulgação<br />
<strong>De</strong>putada estadual em duas legislaturas<br />
e atualmente exercendo o mandato de<br />
senadora, sempre pelo PT, Ideli Salvatti<br />
ratifica sua condição de pré-candidata do<br />
partido ao governo do Estado em 2010.<br />
Nesta entrevista ela também destaca a<br />
parceria que mantém com entidades empresariais<br />
em projetos de infraestrutura e<br />
a atuação em Brasília para agilizar a liberação de recursos<br />
para obras nos municípios catarinenses. Formada em Física<br />
e com longa atuação no magistério, Ideli escolheu como<br />
suas plataformas políticas o trabalho em prol da educação<br />
e do desenvolvimento sócio-econômico.<br />
Revista empresário: faça um perfil da sua vida pública:<br />
Ideli Salvatti: Comecei minha militância política quando ainda<br />
era estudante, em São Paulo, participando de atividades ligadas<br />
à Igreja. <strong>De</strong>pois de ter me formado em Física pela Universidade<br />
Federal do Paraná, nos anos 1970, vim morar em Joinville, onde<br />
também trabalhei com Comunidades Eclesiais de Base e associações<br />
de moradores. Durante toda minha carreira como professora,<br />
em Santa Catarina, atuei junto às entidades representantes<br />
dos professores: na antiga Associação dos Licenciados em Santa<br />
Catarina (Alisc), para a qual fui eleita presidente em 1987; e depois<br />
no Sindicato dos Trabalhares na Educação (Sinte/SC), para o qual<br />
fui eleita presidente em 1989 e reeleita em 1992. Por isso, e também<br />
porque sou mulher e mãe de dois filhos, tenho um carinho<br />
e um compromisso muito grandes com a educação – esta área<br />
sempre ocupou bastante do meu tempo e do meu trabalho como<br />
parlamentar, nas duas vezes em que fui deputada estadual e depois<br />
como senadora. E claro que esses anos todos de trabalho político<br />
têm sido extremamente reconhecidos. Tenho muito orgulho de<br />
ter recebido os títulos de cidadã blumenauense e cidadã catarinense,<br />
que são um reconhecimento ao trabalho realizado.<br />
Re: Que balanço a senhora faz do mandato no Senado?<br />
Ideli: Um balanço muito positivo, porque conseguimos apresentar<br />
projetos e realizar ações que considero fundamentais para ajudar<br />
nosso Estado a continuar se desenvolvendo, com melhores oportunidades<br />
de trabalho e renda para os catarinenses. Santa Catarina<br />
é um Estado muito rico, com um setor produtivo extremamente<br />
diversificado e um povo trabalhador e, por isso mesmo, acredito<br />
que os serviços públicos prestados pelo Estado à população poderiam<br />
funcionar melhor. É nisto que temos procurado contribuir<br />
através de várias ações do meu mandato como senadora.<br />
Re: Quais ações merecem ser destacadas?<br />
Ideli: Eu destaco a expansão da educação profissional e tecnológica<br />
em Santa Catarina, área para a qual eu destinei R$ 39,2 milhões<br />
em emendas parlamentares entre 2005 e 2007. Esses recursos<br />
foram decisivos para a criação das novas escolas da rede técnica<br />
federal e investimentos nas que já existiam, que hoje são campi
do Instituto Federal de Educação, Ciência<br />
e Tecnologia e oferecem cursos técnicos<br />
de nível médio, mas já começam a oferecer<br />
também cursos de nível superior. É<br />
algo fundamental aos jovens e adultos que<br />
precisam de formação para ter melhores<br />
oportunidades de trabalho e de renda e<br />
também para o setor produtivo, que precisa<br />
de trabalhadores qualificados. Um segundo<br />
conjunto de ações que tenho feito<br />
desde que assumi como senadora, em<br />
2003, é o trabalho para ajudar a agilizar os<br />
recursos federais e obras de infraestrutura<br />
que o nosso Estado precisa e que esperava<br />
há muitos anos: a modernização dos portos,<br />
as melhorias nas rodovias federais, inclusive<br />
a duplicação da BR-101 e o avanço<br />
do processo para a duplicação da BR-470.<br />
Tenho uma boa parceria com os empresários<br />
e assim temos avançado em obras<br />
importantes, inclusive para o Vale, como<br />
as BRs 280 e 282, o projeto das ferrovias,<br />
a construção do Trevo da Mafisa e da Ponte<br />
do Vale. <strong>De</strong>stas parcerias também conseguimos<br />
investimentos para o esporte,<br />
como a construção da pista de atletismo,<br />
equipamentos para ginástica artística e recursos<br />
para o Centro Nacional de Handebol<br />
do Sesi, em Blumenau. Tenho ainda<br />
uma boa parceria com os setores da construção<br />
civil, têxtil e cerâmico, que geraram<br />
incentivos importantes por parte do governo<br />
federal, com efeitos positivos para a<br />
economia e a geração de emprego. E, para<br />
terminar, destaco o trabalho realizado em<br />
Brasília para agilizar medidas destinadas à<br />
reconstrução dos municípios catarinenses<br />
atingidos pelas enchentes de 2008, entre<br />
elas a liberação do FGTS, que já foi pago<br />
integralmente a todos os moradores afetados,<br />
e os novos créditos e prazos para as<br />
empresas atingidas.<br />
Re: Que ações/projetos a senhora pretende<br />
apresentar/implementar até o final<br />
deste mandato?<br />
Ideli: Pretendo dar continuidade às ações<br />
que tenho realizado nestas duas áreas que<br />
acabei de mencionar (educação e infraestrutura),<br />
pois são as áreas que escolhemos<br />
educação e<br />
infraestrutura são<br />
áreas que escolhi<br />
como prioritárias<br />
como senadora<br />
como prioritárias desde que assumi como<br />
senadora. Já avançamos bastante, mas tem<br />
ainda muito trabalho pela frente.<br />
Re: Quais são os seus planos na política?<br />
Ideli: Sou pré-candidata do PT ao governo<br />
do Estado e estamos buscando diálogo<br />
com diversos partidos e setores da sociedade<br />
que queiram participar da construção<br />
de um projeto para Santa Catarina,<br />
baseado no desenvolvimento sustentável<br />
com distribuição de renda e geração de<br />
empregos.
Divulgação<br />
ArTIGo<br />
Em qualquer cidadezinha americana,<br />
um turista eventual encontrará uma pletora<br />
de atrações turísticas a sua disposição.<br />
Ele chega e depara com cartazes os<br />
mais ridículos possíveis, como: “Aqui George<br />
Washington dormiu por uma noite”,<br />
“Abraham Lincoln cuspiu neste chão”,<br />
“Foi aqui que Judas perdeu as botas” e assim<br />
por diante. Mas, por mais ridícula que<br />
seja, cada cidadezinha tem umas sete ou<br />
oito atrações turísticas bem documentadas<br />
em um panfleto disponível em toda<br />
pousada e todo hotel.<br />
Já visitei museus de caixa de fósforos<br />
e selos comemorativos. Já vi como se fazem<br />
queijos franceses, relógios suíços e<br />
como se plantam tulipas holandesas. A<br />
variedade das coisas que pessoas comuns<br />
colecionam ou pro-<br />
32<br />
TurISTIFICANdo o<br />
BrasIL<br />
duzem é infinita e talvez mais interessante<br />
do que as pirotecnias da Universal Studios.<br />
Com recursos naturais, sol 320 dias<br />
por ano, um povo super-hospitaleiro,<br />
praias maravilhosas, restaurantes de primeira,<br />
o Brasil deveria ter de 10% a 15%<br />
do seu PIB comandado pelo turismo. O<br />
primeiro passo, portanto, para que possamos<br />
aumentar a indústria do turismo,<br />
é “turistificar” nossas cidades. Das 5 mil<br />
cidades brasileiras, somente 1,3 mil se<br />
cadastraram na Embratur como cidades<br />
potenciais para o turismo. Talvez tenham<br />
esquecido que toda cidade tem sua história,<br />
sua capacidade de criar um museu ou<br />
uma atração turística - nem precisa ser<br />
uma beleza natural. Quem não caminharia<br />
léguas por causa do melhor chope do<br />
Brasil?<br />
Se sua cidade não tem uma linda cachoeira<br />
do tipo Véu da Noiva ou uma vista<br />
espetacular, não significa que ela esteja<br />
excluída do roteiro turístico. Nova York<br />
é a prova concreta dessa afirmação.<br />
Nosso erro tem sido colocar sempre<br />
a carroça na frente dos bois. Por vários<br />
anos, o governo financiou caríssimos hotéis,<br />
a juros subsidiados, que depois de<br />
prontos ficaram vazios porque as cidades<br />
não se “turistificaram”, não atraindo os<br />
turistas.<br />
Esquecemos de criar museus, de colocar<br />
placas de sinalização em espanhol<br />
e inglês - muitos de<br />
nossos museus não têm<br />
sequer cartazes de explicação<br />
em português,<br />
muito menos no idioma<br />
de nossos turistas<br />
- e de criar panfletos<br />
turísticos de qualidade<br />
internacional.<br />
Se você é prefeito<br />
de uma cidade, digite<br />
o nome da sua cidade.com<br />
na internet<br />
e veja o que aparece<br />
em termos de<br />
atrações turísticas.<br />
A net divulga tudo<br />
para todo o mundo. São raras as cidades<br />
que possuem, pelo menos, o próprio<br />
site.<br />
Não vamos atrair turistas se continuarmos<br />
agindo assim. Nem turistas brasileiros,<br />
quanto mais do resto do mundo.<br />
“Turistificar” uma cidade não é complicado,<br />
contanto que isso seja feito por pessoas<br />
especializadas, que consigam escapar<br />
das pressões políticas da cidade e se concentrem<br />
nos desejos de um turista.<br />
Nossos economistas ficaram quatro<br />
anos pedindo mais câmbio. Agora estão<br />
explicando por que as exportações não<br />
cresceram tanto quanto prometeram que<br />
cresceriam. Na realidade, esqueceram o<br />
que nossos administradores vêm dizendo<br />
há muito tempo. Exportar não é só uma<br />
questão de câmbio. Exportar depende<br />
de canais de distribuição próprios, que<br />
não temos, qualidade e constância de<br />
fornecimento, entregas just in time a 10<br />
mil quilômetros de distância. Sem falar de<br />
marca mundial, construída por anos de<br />
propaganda, como o famoso personagem<br />
Juan Valdez, que faz a propaganda do café<br />
colombiano.<br />
Foi-se o tempo em que uma nação<br />
poderia crescer por sua agricultura e<br />
indústria. Cinquenta por cento do PIB<br />
brasileiro já é dominado pelo setor de<br />
serviços. Como se exporta turismo? Por<br />
meio do turismo receptivo, que faz parte<br />
hoje em dia de toda nação bem-sucedida<br />
do mundo.<br />
Parece que nos concentramos no<br />
turismo expulsivo, com o objetivo de<br />
levar todo brasileiro para a Disney, para<br />
desespero de Armínio Fraga, que tem de<br />
fechar as contas. Nossa balança comercial<br />
poderá ficar positiva como queriam<br />
os economistas, mas a conta de serviços<br />
vai continuar por muito tempo negativa.<br />
Podemos colocar o câmbio a R$ 2, R$ 3<br />
ou R$ 4 que não atrairemos turistas se<br />
primeiro não “turistificarmos” o Brasil.<br />
Stephen Kanitz<br />
Mestre em Administração de empresas,<br />
consultor e conferencista
InfoRMe CoMeRCIal<br />
Dr. Joel e Dra. Cátia no laboratório da clínica em Blumenau<br />
Aperfeiçoamento<br />
constante<br />
Em busca de inovações tecnológicas e de aperfeiçoamento<br />
profissional, o Dr. Joel Mauri dos Santos participou<br />
recentemente de um curso internacional de estética<br />
oral em Genebra, na Suíça, onde garantiu apoio<br />
científico para os tratamentos oferecidos na Clínica e<br />
Laboratório Dr. Joel, que é especializada em reabilitação<br />
oral e estética.<br />
O PhD Didier Dietsch ministrou um curso específico,<br />
trabalhando apenas os seis dentes superiores, os<br />
que mais aparecem no momento de sorrir. “O curso<br />
evidenciou detalhadamente a reconstrução de cada<br />
um destes dentes para garantir a naturalidade na aparência”,<br />
explica o especialista que é membro da Sociedade<br />
Brasileira de Odontologia Estética.<br />
Além do curso em Genebra, que ofereceu aulas<br />
teóricas e práticas , o Dr. Joel Mauri dos Santos e a<br />
Engenheira Cátia Tomaselli dos Santos participaram<br />
também do International <strong>De</strong>ntal Show, na Alemanha,<br />
um dos maiores eventos mundiais de exposição e comercialização<br />
de produtos voltados à odontologia, que<br />
reuniu 1,8 mil expositores de 57 países atraindo 106<br />
mil visitantes. <strong>De</strong>ntre as novidades apresentadas neste<br />
congresso, a Clínica e Laboratório Dr. Joel adquiriu um<br />
aparelho que auxilia na identificação eletrônica da cor<br />
exata dos dentes, o Easyshare.<br />
Além da alta tecnologia nos tratamentos estéticos<br />
dentários, a Clínica oferece um moderno laboratório.<br />
Com o trabalho em conjunto da clínica e do laboratório,<br />
os profissionais têm a possibilidade de estudar<br />
cada caso, identificando o melhor tratamento para<br />
cada paciente. <strong>De</strong>vido aos investimentos em tecnologia<br />
e conhecimento, através de cursos e congressos<br />
internacionais, a clínica se tornou uma referência em<br />
tratamentos estéticos orais em Santa Catarina.<br />
Tratamentos<br />
Atuando há 30 anos na área de odontologia, Dr.<br />
Joel é especialista em reabilitação oral e estética, atendendo<br />
em sua clínica com tratamentos de reconstituição<br />
dental, contorno cosmético, laminados cerâmicos,<br />
clareamento, restaurações, tratamentos profiláticos,<br />
reposicionamento de dentes fora de posição e outros<br />
tratamentos para garantir um sorriso bonito, natural e<br />
atraente.<br />
As correções de tamanho, cor e forma são analisadas<br />
e podem ser feitas através de facetas e coroas de<br />
porcelana. “Primeiramente, faço uma avaliação para<br />
escolher o tratamento e o material adequados, já que<br />
em muitos casos ocorre uma verdadeira plástica sem<br />
bisturi”, explica o especialista, um dos pioneiros em<br />
imagem intraoral. Além do monitoramento do tratamento,<br />
a clínica oferece radiografia digital, anestesia<br />
computadorizada e diagnóstico por laser. Tudo para<br />
garantir um sorriso perfeito.<br />
Dr. Joel no laboratório de Genebra, durante<br />
aperfeiçoamento internacional
ACIB É NoTíCIA<br />
ORçAMENTO<br />
REGIONALIZADO<br />
o presidente da <strong>Acib</strong> manifestou a opinião da entidade<br />
No dia 26 de junho, o presidente da <strong>Acib</strong>, Ronaldo Baumgarten Junior,<br />
e o diretor-executivo, Charles Schwanke, participaram da audiência<br />
pública do Orçamento Regionalizado, na Furb. A reunião contou com<br />
a presença de deputados, secretários e lideranças das cinco cidades que<br />
compõem a SDR de Blumenau. As três prioridades incluídas na Lei de<br />
Diretrizes Orçamentárias pela regional foram: manter o convênio para<br />
média e alta complexidade em hospitais de Blumenau, a execução de<br />
uma alternativa paralela à Rodovia Guilherme Jensen (SC-474) e a revitalização<br />
do roteiro rural Blumenau/Pomerode pela Vila Itoupava.<br />
PROJETO REFORMA<br />
SOLIDáRIA<br />
Membros do núcleo com a família que terá casa reformada<br />
O Núcleo de <strong>De</strong>coração da <strong>Acib</strong> divulgou o vencedor do concurso<br />
Reforma Solidária. A moradora do Bairro Fortaleza Maria Aparecida<br />
Naumann recebeu a notícia com a visita de integrantes do Núcleo, no<br />
dia 29 de junho. Para a seleção, foram obedecidos critérios como: a<br />
estrutura não podia estar comprometida; a documentação do imóvel<br />
deveria estar em dia e a renda familiar não poderia ultrapassar cinco<br />
salários mínimos. A reforma deve ser entregue até 30 de setembro.<br />
34<br />
Cristiane Soethe<br />
Divulgação<br />
LEGISLATIVO<br />
JOVEM EM PAUTA<br />
Os jovens vereadores da Câmara Municipal de Blumenau<br />
Napoleão Bernardes (PSDB), Fábio Fiedler (DEM) e<br />
Marcelo Schrubbe (DEM) puderam falar sobre suas carreiras<br />
e projetos para uma platéia formada por jovens empreendedores<br />
e estudantes da FAE, no dia 22 de junho. “O Poder<br />
Legislativo e o empreendedorismo jovem em Blumenau” foi<br />
tema do encontro promovido pela <strong>Acib</strong> Jovem com o apoio<br />
da FAE. Os vereadores também tiveram a oportunidade de<br />
interagir com o público, respondendo a perguntas sobre desenvolvimento<br />
econômico, recuperação de Blumenau, combate<br />
à pirataria, entre outros assuntos.<br />
TECNOLOGIA<br />
ALEMã MAIS PERTO<br />
Representantes da Fachhochschule Stralsund, universidade<br />
do norte da Alemanha, visitaram a <strong>Acib</strong> para falar<br />
sobre uma proposta de intercâmbio com universidades e<br />
profissionais da região. Os professores Thomas Luschtinetz<br />
e Hans-Friedrich Bauch estão firmando convênio com a<br />
Furb para que acadêmicos daqui possam estudar por até<br />
um semestre na universidade alemã. As principais áreas de<br />
interesse são telecomunicações, engenharia da computação<br />
e energias regenerativas. A Fachhochschule Stralsund possui<br />
diversos projetos relacionados à energia elétrica, eólica, solar,<br />
hidrelétrica e bionergia e faz parcerias com diferentes países<br />
da América Latina.<br />
INSCRIçõES PARA<br />
O PRêMIO MPE BRASIL<br />
Estão abertas as inscrições para o Prêmio MPE Brasil<br />
2009 – Prêmio de Competitividade para as Micro e Pequenas<br />
Empresas, antigo Prêmio Talentos Empreendedores.<br />
Criado para promover e destacar iniciativas e atividades de<br />
micro e pequenas empresas relacionadas à aplicação de métodos<br />
de gestão inovadores, o prêmio é um incentivo para a<br />
busca da melhoria contínua da gestão dos negócios.<br />
As empresas interessadas em participar podem se inscrever<br />
gratuitamente pelo endereço eletrônico www.premiompe.sebrae.com.br<br />
ou preenchendo a ficha de inscrição<br />
nas Agências do Sebrae/SC em todo o Estado até o dia 17<br />
de agosto. Em Santa Catarina, o prêmio é uma parceria entre<br />
o Sebrae, Gerdau e RBS. Mais informações pela Central<br />
de Relacionamento Sebrae, no telefone 0800 570 0800.
AGENDA ACIB<br />
encontro de Cipa’s<br />
Palestra com o procurador do Trabalho eder<br />
Sivers e apresentação de cases de Cipa’s<br />
(Baumgarten, Sulfabril, Construtora Speranzini<br />
e Sousa Cruz)<br />
Quando: dia 15 de julho<br />
Horário: 8h<br />
Local: Auditório do Bloco J da Furb<br />
Apoio: Núcleo de Segurança no Trabalho e<br />
Saúde ocupacional da <strong>Acib</strong><br />
Inscrições: eventos@acib.net, ou fone (47)<br />
3326-1230, com Aline<br />
Investimento: gratuito para nucleados, r$<br />
5,00 associados e r$ 10,00 não associados.<br />
4º Ciclo de Palestras do núcleo<br />
de Consultoria e Treinamento<br />
Palestra: Governança Corporativa<br />
Ministrante: Marcio Kaiser, coordenador do<br />
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa<br />
Quando: 14 de Julho<br />
Local: Sede da ACIB<br />
Horário: 19h<br />
Inscrições: nucleos1@acib.net ou telefone<br />
(47) 3326-1230, com Alexandra<br />
Investimento: gratuito para associados <strong>Acib</strong>,<br />
r$ 5,00 para não associados<br />
NOVOS ASSOCIADOS<br />
Gustavo Siqueira ações de Comunicação<br />
Fone: 47 3326-3750<br />
www.gustavosiqueira.com.br<br />
Go-To-Idee<br />
Fone: 47 9991-1229<br />
www-go-to-idee.com.br<br />
Sanner Importadora e Distribuidora de<br />
Pneus<br />
Fone: 47 3232-0102<br />
Colégio energia<br />
Fone: 47 3322-0033<br />
www.energiablu.com.br<br />
Soft <strong>De</strong>sign Informática<br />
Fone: 47 3326-2412<br />
www.softdesign.com.br<br />
fundamento Investimento<br />
Fone: 47 3222-2999<br />
Wire Info<br />
Fone: 47 3232-7863<br />
Jornal Correio Comunitário<br />
Fone: 47 3378-3509<br />
ACIB É CONTRáRIA AO AUMENTO<br />
DO NúMERO DE VEREADORES<br />
A Associação Empresarial de Blumenau enviou correspondência aos 16 deputados federais<br />
e três senadores de Santa Catarina manifestando-se contrária à Proposta de Emenda<br />
Constitucional (PEC) aprovada pelo Senado Federal, elevando de 51,9 mil para 59,3 mil o<br />
número de vereadores em todo o Brasil. “Ainda que se diga o contrário, a Associação Empresarial<br />
considera que haverá elevação de gastos, pois existirão contratações de mais assessores<br />
e funcionários, fora as despesas com ampliação das instalações das câmaras. Enquanto o setor<br />
produtivo tenta enxugar seus custos e busca a eficiência, veem-se medidas como esta que<br />
não trazem benefício algum à sociedade em geral”, justificou o documento, assinado pelo<br />
presidente Ronaldo Baumgarten Junior. A PEC foi aprovada pelo Senado e encaminhada para<br />
votação na Câmara Federal.<br />
CME DECLARA SEUS<br />
COMPROMISSOS ATÉ 2011<br />
A Câmara da Mulher Empresária da <strong>Acib</strong> promoveu uma solenidade para marcar o início<br />
da nova gestão, no dia 29, na Câmara Municipal de Blumenau. A coordenadora da CME, Lúcia<br />
Helena Victorino, em um discurso emocionado, falou sobre a importância dos sonhos, do<br />
acreditar e realizar. Lúcia lembrou o lema da nova gestão da CME – “Unidade na Diversidade”<br />
– e declarou que a cerimônia foi um chamado para o compromisso e a responsabilidade de<br />
cada integrante da Câmara. Entre as prioridades da gestão 2009/2011 estão ações de responsabilidade<br />
social, projetos de capacitação, realização de missões empresariais, balcões de<br />
negócios e atuação junto a órgãos governamentais e não governamentais.<br />
Solenidade aconteceu na Câmara de Vereadores<br />
CâMARA DA MULHER EMPRESáRIA<br />
Coordenadora: Lúcia Helena Victorino<br />
Secretária: Marilene Lourenço<br />
Vice-Secretária: Anna Beatriz Cautela Gouvêa<br />
Assessoria de Marketing: daniela Zimmermann<br />
Schmitt, Claudete Mafra Wanderck,<br />
Marlene Felix Schlindwein, Solange Schröder<br />
Assessoria de eventos e Missões: eliete Panini,<br />
Leone Gardolin, Maria Ignêz Keske, Zalfa<br />
Benites<br />
Assessoria de desenvolvimento de Projetos:<br />
Ângela Figueiredo, Cristina Marques,<br />
Lilian Schneider Borges, Tânia Maria da<br />
Silva<br />
Assessoria de relações Públicas: Haida<br />
Siegle, Hanna duebbers, rosângela Machado<br />
Balzan, Vivian Persuhn<br />
Conselho Consultivo: Vivian Persuhn,<br />
Solange r. Schröder, daniela Zimmermann<br />
Schmitt, rosângela Machado Balzan<br />
35<br />
Gilberto Viegas
CdL É NoTíCIA<br />
BLuMeNAu SedIA<br />
SeMINÁrIo<br />
eSTAduAL do SPC<br />
Blumenau sediará nos dias 17 e 18 de julho<br />
o 45º Seminário Estadual do Serviço de Proteção<br />
ao Crédito (SPC/SC). O evento, realizado em<br />
parceria entre a CDL e a FCDL/SC, tem como<br />
objetivo a atualização, informação e troca de<br />
ideias entre os participantes e já se tornou uma<br />
tradição no movimento lojista. Palestrantes especializados<br />
e o espaço aberto para esclarecimento<br />
de dúvidas são características deste encontro. Por<br />
deter o maior e mais completo banco de dados,<br />
indispensáveis na análise e concessão de crédito,<br />
aliado a uma rede nacional, o SPC precisa estar<br />
constantemente se atualizando, oferecendo tecnologia<br />
de ponta, qualidade permanente e capacitada<br />
equipe. Junto ao seminário é realizado o<br />
Simpósio Jurídico, que oferece condições de atualização<br />
em temas como legislação, consumidor,<br />
inovações e tendências. O evento será realizado<br />
no Teatro Carlos Gomes.<br />
36<br />
PROGRAMAçãO<br />
Dia 17 de julho – Sexta-feira<br />
Manhã: 12º Simpósio Jurídico estadual<br />
14h: recepção/Credenciamento<br />
15h30: Abertura<br />
15h45: Cheques e as suas implicações em nosso Banco de dados - rodrigo Titericz, assessor<br />
jurídico da FCdL/SC<br />
20h: Coquetel e Abertura Solene do 45º Seminário SPC/SC<br />
Dia 18 de julho – Sábado<br />
8h: recepção/credenciamento<br />
8h30min: Palestra Cadastro Positivo - Sérgio Alexandre Medeiros, presidente da FCdL/SC<br />
9h15min: Lançamento do Sistema Financeiro CdLs (Safe) - Aldo Jacques – diretor-presidente<br />
da Tecnologia Aplicada a Negócios (TAN)<br />
10h30min: Certificação Programa de Integração e desenvolvimento de Gestores de CdL<br />
(PIdG) - gerências da FCdL/SC<br />
11h: Apresentação do Projeto Sistema VoIP da FCdL/SC - Paulo del Grande, diretor-presidente<br />
da del Grande Informática<br />
13h15min: oficinas<br />
1º- Planilha de produtos e serviços,<br />
2º- Novos produtos e novas tecnologias,<br />
3º- dados estatísticos,<br />
4º- Concorrentes.<br />
14h45min: Apresentação/conclusão dos trabalhos das oficinas<br />
16h: Palestra motivacional - Artur Ximenes<br />
18h: encerramento 45º Seminário do SPC/SC<br />
50ª CoNVeNção NACIoNAL do CoMÉrCIo LoJISTA<br />
Entre os dias 20 e 23 de setembro, Vitória (ES) vai se transformar<br />
na capital nacional do comércio lojista, reunindo empresários de<br />
todo o Brasil. A Convenção Nacional do Comércio Lojista é promovido<br />
anualmente pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas<br />
(CNDL). A 50ª edição conta com a organização local da CDL Vitória<br />
e da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Espírito Santo.<br />
O tema da convenção será “Vitória do Varejo”.<br />
NOVOS ASSOCIADOS SãO<br />
RECEBIDOS NA CASA DO COMÉRCIO<br />
As palestras e debates envolvem temas que vão do cotidiano do<br />
lojista a questões macro e institucionais. Além do seminário central,<br />
que será realizado no período da tarde, haverá também uma programação<br />
durante a manhã, com três atrações: o Encontro Nacional da<br />
CDL Jovem, uma Feira de Negócios e o Encontro da Mulher Empreendedora.<br />
Mais informações pelo telefone (27) 33450921 ou no site<br />
www.cndl.org.br/50convencao.<br />
A CDL de Blumenau realizou, no dia 23 de junho,<br />
mais um encontro na Casa do Comércio para recepcionar<br />
novos associados. O evento tem como principal<br />
objetivo apresentar a entidade de forma completa às<br />
empresas que estão aderindo ao quadro associativo<br />
da CDL, além de promover uma integração entre a<br />
equipe da entidade, a diretoria e convidados. A CDL<br />
quer, com este tipo de iniciativa, promover uma maior<br />
aproximação do empresário com a entidade e o movimento<br />
lojista, fazendo com que os associados participem<br />
ativamente das ações, contribuindo sempre com<br />
sugestões e críticas. Sócios conheceram as instalações da CdL de Blumenau<br />
Divulgação
CdL É NoTíCIA<br />
CeV LANçA NoVoS<br />
CurSoS eM AGoSTo<br />
O Centro Educacional Varejista (CEV) lança, em agosto, novos<br />
cursos em sua grade: Fluxo de Caixa e Promoção e Propaganda no<br />
Varejo. O objetivo desta iniciativa é manter a programação sempre<br />
atualizada e atrativa aos lojistas, sendo que o CEV também procura<br />
buscar, junto aos empresários, sugestões de temas para que os treinamentos<br />
realizados supram as necessidades do varejo de Blumenau.<br />
O curso de Fluxo de Caixa acontece nos dias 5, 6 e 7 e neste<br />
treinamento os participantes terão a oportunidade de aprender as<br />
técnicas de acompanhamento, interpretação e projeção do fluxo de<br />
caixa e de preparação do planejamento financeiro. Também serão estudados<br />
casos em que os participantes poderão simular a aplicação<br />
prática das técnicas discutidas em classe.<br />
O curso de Promoção e Propaganda no Varejo será realizado nos<br />
dias 24, 27 e 28 e apresentará aos participantes os principais conceitos<br />
e ferramentas de promoção de vendas e propaganda de forma prática,<br />
para sua utilização no dia-a-dia do varejo. Os dois treinamentos<br />
têm carga horária de nove horas. Mais informações podem ser obtidas<br />
no CEV pelo telefone (47) 32215724 ou email cev@cdl-sc.org.br.<br />
38<br />
NOVOS ASSOCIADOS CALENDáRIO CEV<br />
Posto Salto do Norte<br />
Posto Cidade Nova<br />
Imobiliária Casemblu<br />
Blufusos<br />
Jaffer Ind. e Com.<br />
Bady Modas<br />
ecohome Center<br />
Beno Imóveis<br />
Araranguá Vídeo<br />
Adeflex<br />
Morena Clara<br />
GC Contabilidade<br />
deni Modas<br />
Sildriolli<br />
romeu Georg - Filial<br />
Blucâmbio<br />
Master Vídeo<br />
Power Games<br />
American Vídeo<br />
Supermercado Fortaleza<br />
Susan Modas<br />
610 Brasil<br />
Star Luck Jeans<br />
Mordent<br />
Sport Shoes<br />
Tecnotag<br />
NFC Machine<br />
José e. Morastoni Adv.<br />
reliza<br />
TreINAMeNTo<br />
VIVeNCIAL PArA<br />
LídereS LoJISTAS<br />
A CDL e o Centro Educacional Varejista (CEV), em<br />
parceria com a Magos Consultoria, promovem no dia 19 de<br />
julho um Treinamento Vivencial voltado às lideranças, gerentes<br />
e supervisores do varejo de Blumenau. O treinamento<br />
propõe atividades cooperativas desafiadoras, criativas e envolventes,<br />
realizadas ao ar livre e que fogem do convencional,<br />
como rapel, escalada, arvorismo, entre outras. Uma proposta<br />
para integrar equipes, humanizar as relações, aumentar a<br />
motivação e criar uma cultura de resultados. O treinamento<br />
acontece durante um dia inteiro de domingo em um sítio em<br />
Indaial, sendo que o transporte e a alimentação estão inclusos<br />
no pacote. As vagas são limitadas e quem tiver interesse pode<br />
entrar em contato diretamente com o CEV pelo telefone<br />
(47) 3221-5724 ou e-mail cev@cdl-sc.org.br.<br />
agosto<br />
aperfeiçoamento em vendas<br />
dias 3, 4, 5, 6, 10, 11, 12, 13, 14 e 18<br />
desenvolvimento de novas competências para uma eficaz atuação do consultor em vendas, recuperando<br />
clientes inativos, corrigindo vícios e deficiências técnico-comportamentais; desenvolvendo o seu<br />
potencial para vender mais e melhor.<br />
análise de Crédito<br />
dias 17, 19, 24 e 26<br />
Preparar o participante para realizar com segurança vendas no crediário e aceite de cheques, mediante<br />
uso de técnicas e ferramentas disponíveis no mercado.<br />
oratória e Comunicação Persuasiva<br />
dias 10, 11, 12, 13 e 14<br />
Como vender ideias, produtos e serviços de maneira convincente e utilizar a voz, o olhar e a expressão<br />
corporal.<br />
atendimento e Recepção a Clientes<br />
dias 25, 27 e 28<br />
orienta o participante na qualidade total do atendimento, na imagem pessoal e organizacional de sua<br />
loja com a clientela, além de dispor de informações de como atender os clientes, caracterizando-os em<br />
12 tipos.<br />
fluxo de Caixa<br />
dias 5, 6 e 7<br />
Técnicas de acompanhamento, interpretação e projeção do fluxo de<br />
caixa e de preparação do planejamento financeiro. Serão estudados casos em que os participantes poderão<br />
simular a aplicação prática das técnicas discutidas em classe.<br />
Promoção e Propaganda no varejo<br />
dias 24, 27 e 28<br />
Apresenta os principais conceitos e ferramentas de promoção de vendas e propaganda de forma prática,<br />
para sua utilização no dia-a-dia do varejo.<br />
local: Casa do Comércio – alameda Rio branco, 165, Centro<br />
horário: 19h às 22h
Divulgação<br />
SINdILoJAS É NoTíCIA<br />
40<br />
COMÉRCIO CRIOU 2,4 MILHõES DE VAGAS EM 4 ANOS<br />
dados divulgados pelo IBGe mostram que o comércio é responsável por 8,4 milhões de postos de trabalho no País<br />
O setor de comércio aumentou em 2,4 milhões o número de pessoas<br />
ocupadas entre 2003 e 2007, passando de 6 milhões de trabalhadores<br />
para 8,4 milhões no período, segundo a Pesquisa Anual de<br />
Comércio 2007, divulgada pelo IBGE. O segmento de hiper e supermercados<br />
foi o que mais gerou empregos (256,8 mil vagas) no período,<br />
seguido do comércio varejista de material de construção, com aumento<br />
de 212,6 mil postos.<br />
A pesquisa revela também que, em termos regionais, São Paulo<br />
absorveu a maior parcela do pessoal ocupado no setor em todo o País,<br />
tanto em 2003 (29,4%) como em 2007 (30,3%), enquanto Roraima e<br />
Tocantins responderam pelo menor porcentual (0,1%). <strong>De</strong> acordo com<br />
o levantamento, em 2007 existiam 1,69 milhão de estabelecimentos do<br />
setor no País, pertencentes a 1,6 milhão de empresas comerciais que,<br />
juntas, geraram R$ 1,3 trilhão de receita operacional líquida.<br />
A pesquisa conclui que as empresas de menor porte, com até 19<br />
pessoas ocupadas, concentraram a maior parte da massa salarial, do<br />
pessoal ocupado, dos estabelecimentos e do número de empresas. <strong>De</strong><br />
acordo com o IBGE, a Pesquisa Anual de Comércio 2007 tem como<br />
objetivo descrever as características estruturais básicas do comércio no<br />
País e suas transformações no tempo em três grandes divisões: comércio<br />
varejista, comércio por atacado e comércio de veículos automotores,<br />
peças e motocicletas.<br />
CONVENçãO COLETIVA DE TRABALHO 2009/2010<br />
Os sindicatos do comércio atacadista, varejista e de farmácias<br />
estão em fase de negociações com os sindicatos dos<br />
empregados a fim de elaborar a Convenção Coletiva de Trabalho<br />
2009/2010, com respectivas datas-bases em julho, agosto<br />
e setembro. A primeira etapa do processo de negociação é a<br />
análise da Pauta de Reivindicações elaborada pelos sindicatos<br />
dos trabalhadores, para que posteriormente as negociações<br />
sejam iniciadas. Os dirigentes dos sindicatos estão trabalhando<br />
para que o resultado seja favorável e satisfatório para todas as<br />
partes.
SISTEMA DE<br />
GESTãO<br />
SINDICAL<br />
<strong>De</strong>ntro do planejamento estratégico<br />
comercial que está sendo desenvolvido pelo<br />
Sindilojas com metas definidas para 2009 e<br />
2010, um novo sistema de gestão sindical está<br />
sendo estudado. Na verificação feita em visitas<br />
a outros sindicatos do País com grande<br />
representatividade, a entidade de Blumenau<br />
conheceu o sistema da empresa Micromust<br />
do Brasil, especializada em softwares para<br />
entidades. Na apresentação, realizada em<br />
Blumenau no dia 9 de junho, Ana Cristina Cavalcante,<br />
diretora de marketing da empresa,<br />
mostrou o material em detalhes à diretoria da<br />
entidade, que pode comprovar a eficiência e<br />
agilidade dos controles de funcionamento do<br />
sindicato.<br />
Prestar um serviço de qualidade e primar<br />
pelo bom atendimento às necessidades dos<br />
associados é um dos critérios considerados<br />
fundamentais para o desenvolvimento do<br />
Sindilojas, promovendo um crescimento em<br />
número de sócios e um incremento na prestação<br />
de serviços.<br />
COLUNA JURíDICA<br />
PONTO<br />
INVARIáVEL<br />
Não é incomum encontrar empresas que<br />
se utilizam do sistema denominado “britânico”<br />
para marcação manual do ponto de seus<br />
colaboradores. Vale registrar que esta prática,<br />
em que os registros de ponto são invariáveis<br />
(anotado sempre o mesmo horário de entrada<br />
e saída), foi considerada inválida como meio de<br />
prova pelo Judiciário Trabalhista. Diante deste<br />
entendimento, no caso de reclamação trabalhista,<br />
a presunção é de que a jornada de trabalho<br />
correta é aquela apontada pelo trabalhador.<br />
Daí, como não é fácil provar o contrário, as empresas<br />
que adotam este sistema de marcação<br />
de ponto vêm amargando pesados e onerosos<br />
revezes no Judiciário Trabalhista, decorrentes<br />
de reclamações em que são reivindicadas horas<br />
extras. (Fonte: TST – Súmula n. 338).<br />
SIGAD APRESENTA LEVANTAMENTO<br />
SóCIO-ECONôMICO DE BLUMENAU<br />
DOENçAS<br />
CONTAGIOSAS<br />
Aguarda pauta para ser votado<br />
pelo plenário do Congresso<br />
Nacional o Projeto de Lei 145/06,<br />
de autoria da Senadora Roseana<br />
Sarney, que garante o salário e<br />
impede a dispensa sem justa causa<br />
dos empregados portadores<br />
da Síndrome da Imunodeficiência<br />
Adquirida (Aids), da Hepatite C e<br />
outras doenças contagiosas de natureza<br />
grave. A garantia ao salário<br />
e à proteção contra a despedida<br />
arbitrária somente cessará quando<br />
o empregado portador de doença<br />
contagiosa grave for beneficiado<br />
pela concessão da aposentadoria<br />
previdenciária definitiva.<br />
A Universidade Regional de Blumenau (Furb), em parceria<br />
com a prefeitura municipal e entidades empresariais da cidade,<br />
lançou, em junho, os dados atualizados sobre o cenário sócioeconômico<br />
de Blumenau. O Sistema de Informações Gerenciais<br />
e de Apoio à <strong>De</strong>cisão (Sigad) engloba os principais dados sobre<br />
a demografia, infraestrutura urbana (saúde e educação), indicadores<br />
sociais, emprego, renda, produto interno bruto, finanças<br />
públicas e turismo, entre outros.<br />
Os dados foram apresentados e discutidos entre as lideranças<br />
empresariais da cidade que acreditam ser de grande utilidade<br />
esta ferramenta e assunto relevante na informação e na identificação<br />
dos pontos fortes e fracos da economia do Município.<br />
Para o segmento empresarial, os dados divulgados pelo Sigad<br />
refletem a realidade da vida da comunidade blumenauense, daí<br />
a importância de se incentivar este tipo de iniciativa.<br />
O estudo começou em 2006 e o desafio consiste em criar<br />
uma base de informações dinâmica, atualizada, consistente e<br />
de qualidade para orientar as decisões de investimentos, bem<br />
como servir de referência de pesquisa para qualquer interessado<br />
em estudar a estrutura social, política e econômica do Município.<br />
Os dados completos podem ser acessados no site www.<br />
furb.br/sigad. Mesmo com a crise econômica mundial, cidade tem bons números<br />
41<br />
Ivan Shulze
38 42<br />
MeMÓrIA<br />
feddersen,<br />
PreSIdeNTe Por 17 ANoS<br />
Pedro Christiano feddersen nasceu em Tondern,<br />
Dinamarca, em 1857. Chegou a blumenau aos 22<br />
anos, em 1879. <strong>De</strong>dicou-se inicialmente à agricultura,<br />
mas um ano após a sua chegada passou a trabalhar<br />
no comércio, montando seu próprio negócio.<br />
uma grande enchente o prejudicou e ele decidiu ir<br />
para São Paulo. Retornou a blumenau alguns anos<br />
após, sendo nomeado dirigente de uma das filiais do<br />
comércio de Gustav Salinger na Itoupava Seca.<br />
Em 1885, abriu sua própria loja, na Itoupava Seca, passando<br />
em seguida a agregar a ela diversas atividades industriais.<br />
Fabricou artigos de latoaria, caixas, arame farpado e cigarrilhas.<br />
Processava arroz, farinha e madeira e industrializava<br />
ainda manteiga e banha, tendo como diferencial embalagens<br />
mais requintadas, como latas rotuladas e pintadas.<br />
Feddersen também fabricava produtos para os colonos,<br />
como moendas de ferro para a fabricação de açúcar, tachos<br />
de cobre para o cozimento da garapa e alambiques para a<br />
obtenção de cachaça. Ele importava centrífugas de leite, máquinas<br />
de cortar forragens, arados, grades e toda a sorte de<br />
utensílios agrícolas. O empreendedor também desenvolvia<br />
atividades creditícias e instalou filiais em diversos pontos da<br />
cidade, chegando a 16 unidades.<br />
O sucesso empresarial o levou à política, elegendo-o<br />
deputado estadual em sete legislaturas. Foi Feddersen que<br />
conseguiu negociar um acordo entre o governo e a Companhia<br />
Hanseática de Colonização de Hamburgo para que<br />
esta financiasse a construção de uma estrada de ferro entre<br />
Blumenau e o Alto Vale, onde a companhia tinha negócios<br />
de assentamento de colonos alemães. A linha pretendia estender-se<br />
até Curitibanos e Lages.<br />
Feddersen colaborou ainda com a vida social de Blumenau,<br />
financiando grande parte da construção da sede da sociedade<br />
Teutônia (atual Ipiranga), em 1893. Patrocinou ainda<br />
iniciativas na área de educação, sendo sócio das comunidades<br />
escolares Hertel’s Schule, Altona e Nova Escola Alemã.<br />
O empresário foi um dos sócios fundadores da Usina<br />
Elétrica Salto e da Associação Comercial de Blumenau (hoje<br />
<strong>Acib</strong>). Foi eleito presidente da entidade em 1925, assumindo<br />
o cargo no ano seguinte. Reelegeu-se seguidas vezes, permanecendo<br />
à frente da associação até 1942.<br />
Durante suas gestões, a entidade aumentou o número de<br />
sócios de 30 empresas para mais de 300, passando a admitir<br />
também profissionais liberais em seus quadros. Fez crescer<br />
o prestígio e o alcance da associação, tornando-a referência<br />
no Estado. Em reconhecimento ao seu trabalho, recebeu, em<br />
1941, o título de presidente honorário da <strong>Acib</strong>.<br />
Pedro Christiano Feddersen morreu em 22 de junho de<br />
1947. A comunidade de Blumenau ergueu em homenagem<br />
a ele, no centenário da cidade, um monumento na praça que<br />
tem seu nome, na Itoupava Seca.<br />
o Coronel Feddersen com sua esposa else Guthe<br />
Arquivo Histórico / Divulgação