Manual de Gestão da Vigilância em Saúde - Ministério da Saúde
Manual de Gestão da Vigilância em Saúde - Ministério da Saúde
Manual de Gestão da Vigilância em Saúde - Ministério da Saúde
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<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong><br />
<strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>
MINISTÉRIO DA SAÚDE<br />
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Diretoria <strong>de</strong> Apoio à <strong>Gestão</strong> <strong>em</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong><br />
<strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Série A. Normas e Manuais Técnicos<br />
Brasília – DF<br />
2009
©2009 <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />
Todos os direitos reservados. É permiti<strong>da</strong> a reprodução parcial ou total <strong>de</strong>sta obra, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
que cita<strong>da</strong> a fonte e que não seja para ven<strong>da</strong> ou qualquer fim comercial.<br />
A responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> pelos direitos autorais <strong>de</strong> textos e imagens <strong>de</strong>ssa obra é <strong>da</strong> área técnica.<br />
A coleção institucional do <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser acessa<strong>da</strong>, na íntegra, na Biblioteca<br />
Virtual <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> do <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>: http://www.sau<strong>de</strong>.gov.br/bvs<br />
Série A. Normas e Manuais Técnicos<br />
Tirag<strong>em</strong>: 1.ª edição – 2009 – 10.000 ex<strong>em</strong>plares<br />
Elaboração, distribuição e informações<br />
MINISTÉRIO DA SAÚDE<br />
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Diretoria <strong>de</strong> Apoio à <strong>Gestão</strong> <strong>em</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Esplana<strong>da</strong> dos <strong>Ministério</strong>s, Bloco G, Sobreloja, Sala 110<br />
CEP: 70058-900, Brasília – DF<br />
Tel.: (61) 3315-3641<br />
Fax: (61) 3321-1842<br />
Home Page: http://www.sau<strong>de</strong>.gov.br/svs<br />
Supervisão geral<br />
Gerson Penna<br />
Heloiza Machado <strong>de</strong> Souza<br />
Coor<strong>de</strong>nação geral<br />
Heloiza Machado <strong>de</strong> Souza<br />
Elaboração<br />
Dolly Cammarota – Anvisa/MS<br />
Edmundo Costa Gomes – Conas<strong>em</strong>s<br />
Luis Antonio Silva – Conass<br />
Gilvânia Cosenza – SVS/MS<br />
Samia Na<strong>da</strong>f – SVS/MS<br />
Viviane Rocha Luiz – Conass<br />
Colaboração<br />
Angela Pistelli – SVS/MS<br />
Carolina Carvalho – SVS/MS<br />
Claudia Rezen<strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros – SVS/MS<br />
Edlamar Pereira – SVS/MS<br />
Edna Cov<strong>em</strong> – Anvisa/MS<br />
Estanislene Oliveira – SVS/MS<br />
Glauco Henry Leibovich – SVS/MS<br />
Ivenise Leal Braga – SVS/MS<br />
Jos<strong>em</strong>ir <strong>da</strong> Silva – SVS/MS<br />
Liliana Fava – SVS/MS<br />
Luis Armando Erthal – Anvisa/MS<br />
Marcos <strong>da</strong> Silveira Franco – Conas<strong>em</strong>s<br />
Nereu Henrique Mansano – Conass<br />
Pedro Lucena – SVS/MS<br />
Rodrigo Lacer<strong>da</strong> – Conas<strong>em</strong>s<br />
Vanessa Borges – SVS/MS<br />
Vagner Souza Luciano – SE/MS<br />
Produção Editorial<br />
Revisão: Napoleão Aquino<br />
Projeto gráfico: Fabiano Camilo e Fred Lobo<br />
Diagramação: Fred Lobo<br />
Impresso no Brasil / Printed in Brazil<br />
Ficha Catalográfica<br />
Brasil. <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>. Diretoria <strong>de</strong> Apoio à <strong>Gestão</strong> <strong>em</strong> <strong>Vigilância</strong><br />
<strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> gestão <strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> / <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>,<br />
Diretoria <strong>de</strong> Apoio à <strong>Gestão</strong> <strong>em</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>. – Brasília : <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, 2009.<br />
80 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)<br />
ISBN 978-85-334-1617-8<br />
1. <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>. 2. Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS). 3. Recursos financeiros <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>. I. Título. II. Série.<br />
CDU 614.4<br />
Catalogação na fonte – Coor<strong>de</strong>nação-Geral <strong>de</strong> Documentação e Informação – Editora MS – OS 2009/0677<br />
Títulos para in<strong>de</strong>xação<br />
Em inglês: Manag<strong>em</strong>ent Handbook of the Health Surveillance<br />
Em Espanhol: <strong>Manual</strong> <strong>de</strong> Gestión <strong>de</strong> la Vigilancia en Salud
Sumário<br />
Apresentação 9<br />
O Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 11<br />
Como fazer a gestão local do SUS 11<br />
Diretrizes do SUS: o que é Pacto pela Saú<strong>de</strong> 12<br />
<strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>: do que estamos falando 15<br />
Quais são os componentes <strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> 15<br />
On<strong>de</strong> <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s as ações <strong>da</strong> vigilância<br />
<strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
Quais são as ações <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> componente <strong>da</strong> vigilância<br />
<strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
A vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> e o planejamento 18<br />
Planejamento e programação <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> 20<br />
Que diretrizes norteiam o planejamento 20<br />
Quais são os instrumentos do planejamento 21<br />
Como ocorre a programação <strong>da</strong>s ações <strong>da</strong> vigilância<br />
<strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
O sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>: quais são as<br />
responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos entes fe<strong>de</strong>rativos<br />
Em relação ao componente vigilância epi<strong>de</strong>miológica<br />
e ambiental<br />
Em relação ao componente vigilância sanitária 24<br />
15<br />
16<br />
22<br />
24<br />
24
Como compartilhar a gestão <strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> entre<br />
os municípios e o Estado<br />
Caracterização <strong>de</strong> uma região <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> 25<br />
Serviços que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser disponibilizados <strong>em</strong> escala regional 26<br />
Levantamento <strong>de</strong> profissionais e infra-estrutura existentes 26<br />
Financiamento do Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 27<br />
Quais são os pressupostos do financiamento do SUS 27<br />
Quais são os blocos <strong>de</strong> financiamento e seus componentes 28<br />
Como gerenciar os recursos financeiros do bloco <strong>da</strong><br />
vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
O que é limite financeiro <strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> 30<br />
Quais são os componentes do limite financeiro <strong>da</strong> vigilância<br />
<strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
Quais são os tetos financeiros dos componentes do bloco <strong>da</strong><br />
vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
Como o TFVS é composto e como ter acesso aos recursos 33<br />
Mecanismo <strong>de</strong> pactuação <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância sanitária 35<br />
Como utilizar os recursos do bloco <strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> 38<br />
Como utilizar os recursos previstos no TFVS 39<br />
Impedimentos para a utilização dos recursos 42<br />
O que é a contraparti<strong>da</strong> dos estados e municípios 43<br />
Como são financia<strong>da</strong>s as ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do trabalhador 45<br />
Como são financia<strong>da</strong>s as ações <strong>de</strong> promoção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> 46<br />
Bloqueio <strong>de</strong> repasse <strong>de</strong> recursos do bloco <strong>da</strong> vigilância<br />
<strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
25<br />
30<br />
30<br />
32<br />
47
Orientações sobre o processo <strong>de</strong> licitação 50<br />
O que é processo licitatório 50<br />
quais são as principais normas legais que tratam do<br />
processo licitatório<br />
Qu<strong>em</strong> po<strong>de</strong> participar <strong>da</strong>s licitações 50<br />
A legislação estabelece procedimentos diferenciados para<br />
contratações com características distintas<br />
Quantas e quais são as mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s existentes 51<br />
Como se escolhe a mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> para a contratação<br />
pretendi<strong>da</strong><br />
É obrigatório realizar licitação para contratações <strong>de</strong> quaisquer<br />
valores<br />
Para concluir uma dispensa <strong>de</strong> licitação, é necessário obter<br />
mais <strong>de</strong> uma proposta<br />
Na realização do convite, há um número mínimo <strong>de</strong> propostas<br />
<strong>de</strong> preços para vali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> licitação<br />
Que providência <strong>de</strong>ve ser adota<strong>da</strong> quando não for<strong>em</strong> obti<strong>da</strong>s<br />
essas três propostas <strong>de</strong> preços<br />
É necessário publicar o aviso <strong>de</strong> convite 53<br />
Qual o prazo para a divulgação do convite 53<br />
O que é comissão <strong>de</strong> licitação e quais são suas atribuições 54<br />
Existe número mínimo <strong>de</strong> m<strong>em</strong>bros para compor a comissão<br />
<strong>de</strong> licitação<br />
O que diferencia o pregão <strong>da</strong>s <strong>de</strong>mais mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> licitação<br />
O que são bens e serviços comuns 55<br />
Quais são as exigências específicas para realizar um pregão 55<br />
50<br />
51<br />
51<br />
52<br />
52<br />
53<br />
53<br />
54<br />
54
Qual é o prazo para a publicação do aviso <strong>de</strong> licitação na<br />
mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> pregão<br />
Os quantitativos licitados po<strong>de</strong>rão ser alterados após a<br />
conclusão do procedimento licitatório<br />
Quais são os procedimentos para a abertura do processo<br />
licitatório, aplicado <strong>em</strong> qualquer mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Quais são os procedimentos pós-homologação <strong>da</strong> licitação 57<br />
Contrato 58<br />
Estágios <strong>da</strong> <strong>de</strong>spesa pública 59<br />
Entrega do b<strong>em</strong>, serviço, material permanente<br />
e insumos licitados<br />
Certificação <strong>da</strong> documentação 60<br />
Encaminhamento ao financeiro para liqui<strong>da</strong>ção e pagamento 61<br />
Arquivamento 61<br />
Legislação básica 62<br />
Referências 67<br />
Glossário 70<br />
Anexos 71<br />
Anexo A – Competências <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> Epi<strong>de</strong>miológica<br />
e Ambiental<br />
Anexo B – Competências <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> Sanitária 77<br />
55<br />
56<br />
56<br />
60<br />
71
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Apresentação<br />
A Constituição Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> 1988, a Lei Orgânica <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong>mais<br />
normatizações do SUS <strong>de</strong>stacam a importância <strong>da</strong> utilização <strong>da</strong><br />
epi<strong>de</strong>miologia para o planejamento <strong>de</strong> ações e serviços, avaliação<br />
<strong>de</strong> resultados e alocação <strong>de</strong> recursos.<br />
Ao longo dos anos, há ca<strong>da</strong> vez mais consenso <strong>em</strong> torno <strong>de</strong>ssa<br />
questão, a partir do processo <strong>de</strong> evolução histórica <strong>da</strong>s políticas<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e do entendimento <strong>da</strong> importância <strong>da</strong> inserção efetiva <strong>da</strong><br />
vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> no Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS).<br />
A <strong>de</strong>finição <strong>da</strong> sist<strong>em</strong>ática <strong>de</strong> financiamento na área <strong>de</strong> epi<strong>de</strong>miologia<br />
e controle <strong>de</strong> doenças ocorreu <strong>em</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1999,<br />
com a publicação <strong>da</strong>s Portarias n os 950 e 1.399, revistas <strong>em</strong> 2004.<br />
A Portaria n o 1.172/04 trouxe importantes modificações <strong>em</strong> relação<br />
ao financiamento <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong>finição<br />
<strong>de</strong> competências dos entes fe<strong>de</strong>rados − atualmente, está sendo<br />
revisa<strong>da</strong> para a<strong>de</strong>quação ao Pacto pela Saú<strong>de</strong> e atualizações <strong>da</strong>s<br />
diretrizes estratégicas do SUS.<br />
O presente manual resulta <strong>de</strong> trabalho coletivo e cooperativo <strong>da</strong>s<br />
três esferas <strong>de</strong> governo e objetiva orientar os gestores quanto aos<br />
aspectos mais relevantes <strong>de</strong>ssa específica área <strong>de</strong> trabalho.<br />
Contém as diretrizes básicas que norteiam o SUS e sua aplicabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
nos sist<strong>em</strong>as locais, enfatizando os aspectos pertinentes à<br />
articulação entre a vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> e outras áreas <strong>da</strong> atenção à<br />
saú<strong>de</strong>, particularmente a atenção primária − equipes <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
Família. Adicionalmente, apresenta o conceito, composição e<br />
escopo <strong>de</strong> sua atuação.
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
Ao compartilhar a elaboração <strong>de</strong>ste manual com a Agência Nacional<br />
<strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> Sanitária (Anvisa), Conselho Nacional <strong>de</strong> Secretários <strong>de</strong><br />
Saú<strong>de</strong> (Conass) e Conselho Nacional <strong>de</strong> Secretários Municipais <strong>de</strong><br />
Saú<strong>de</strong> (Conas<strong>em</strong>s), a Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> (SVS) intentou<br />
construir um documento útil à prática cotidiana dos gestores.<br />
Atenção especial foi <strong>da</strong><strong>da</strong> as questões relativas às formas <strong>de</strong> financiamento<br />
e repasse aos estados, municípios e Distrito Fe<strong>de</strong>ral, com<br />
orientação quanto à utilização dos recursos e mecanismos legais<br />
exigidos para os processos <strong>de</strong> compras.<br />
A <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> focalizar essas questões partiu <strong>da</strong> constatação <strong>da</strong>s<br />
dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s encontra<strong>da</strong>s pelos gestores na utilização dos recursos<br />
financeiros repassados pelo <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>stinados às<br />
ações <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
O lançamento <strong>de</strong>sta publicação revela nosso <strong>em</strong>penho <strong>em</strong> apoiar e<br />
orientar as gestões municipais e estaduais <strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>,<br />
busca aperfeiçoar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância, promoção,<br />
prevenção e controle <strong>de</strong> doenças e agravos à saú<strong>de</strong>, objetivando<br />
alcançar resultados que efetivamente benefici<strong>em</strong> a população.<br />
Gerson Penna<br />
Secretário <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
10
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
O Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Como fazer a gestão local do SUS<br />
O Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS), <strong>em</strong> construção <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1990, orienta<br />
os sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> a se organizar<strong>em</strong> <strong>em</strong> bases territoriais.<br />
A organização <strong>em</strong> territórios reflete a riqueza e complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s<br />
relações humanas que neles interag<strong>em</strong> socialmente − e suas características<br />
políticas, econômicas e culturais − e significa mais do que<br />
uma população que vive <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados limites geográficos.<br />
Pressupõe, também, uma distribuição dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
que aten<strong>da</strong>m a áreas <strong>de</strong> abrangência <strong>de</strong>limita<strong>da</strong>s.<br />
Esse tipo <strong>de</strong> organização facilita o acesso <strong>da</strong>s pessoas aos serviços<br />
mais próximos <strong>de</strong> sua residência e faz com que os gestores <strong>de</strong>senvolvam<br />
uma responsabilização sanitária pela população local.<br />
A territorialização é a base do trabalho <strong>da</strong>s equipes <strong>de</strong><br />
atenção básica para a prática <strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>,<br />
caracterizando-se por um conjunto <strong>de</strong> ações, no âmbito<br />
individual e coletivo, que abrang<strong>em</strong> a promoção e a proteção<br />
<strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, a prevenção <strong>de</strong> agravos, o diagnóstico, o<br />
tratamento, a reabilitação e a manutenção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
11
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
Diretrizes do SUS:<br />
o que é o Pacto pela Saú<strong>de</strong><br />
Em 2006, os gestores <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> assumiram o compromisso público<br />
<strong>da</strong> construção do Pacto pela Saú<strong>de</strong>, com base nos princípios<br />
constitucionais do SUS e ênfase nas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
<strong>da</strong> população.<br />
O Pacto pela Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>fine priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s articula<strong>da</strong>s e integra<strong>da</strong>s<br />
<strong>em</strong> três componentes: Pacto pela Vi<strong>da</strong>, Pacto <strong>em</strong> Defesa do SUS<br />
e Pacto <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong>.<br />
O Pacto pela Vi<strong>da</strong> é constituído por um conjunto <strong>de</strong> compromissos<br />
sanitários traduzidos <strong>em</strong> objetivos <strong>de</strong> processos e resultados, <strong>de</strong>rivados<br />
<strong>da</strong> análise <strong>da</strong> situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do país e <strong>da</strong>s priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s pelos governos fe<strong>de</strong>ral, estadual e municipal.<br />
O Pacto pela Vi<strong>da</strong> pressupõe:<br />
• <strong>de</strong>finir e pactuar as metas locais;<br />
• <strong>de</strong>finir estratégias para alcançar as metas;<br />
• instituir um processo <strong>de</strong> monitoramento.<br />
As priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s atuais do Pacto pela Vi<strong>da</strong> são:<br />
I - atenção à saú<strong>de</strong> do idoso;<br />
II - controle do câncer <strong>de</strong> colo <strong>de</strong> útero e <strong>de</strong> mama;<br />
III - redução <strong>da</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> infantil e materna;<br />
continua<br />
12
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
continuação<br />
IV- fortalecimento <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> respostas às doenças<br />
<strong>em</strong>ergentes e en<strong>de</strong>mias, com ênfase na <strong>de</strong>ngue, hanseníase,<br />
tuberculose, malária, influenza, hepatite, aids;<br />
V - promoção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>;<br />
VI - fortalecimento <strong>da</strong> atenção básica;<br />
VII - saú<strong>de</strong> do trabalhador;<br />
VIII - saú<strong>de</strong> mental;<br />
IX - fortalecimento <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta do sist<strong>em</strong>a<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> às pessoas com <strong>de</strong>ficiência;<br />
X - atenção integral às pessoas <strong>em</strong> situação ou risco <strong>de</strong><br />
violência; e<br />
XI - saú<strong>de</strong> do hom<strong>em</strong>.<br />
O Pacto <strong>em</strong> Defesa do SUS passa por um movimento <strong>de</strong> repolitização<br />
<strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, com clara estratégia <strong>de</strong> mobilização social vincula<strong>da</strong> ao<br />
processo <strong>de</strong> instituição <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> como direito <strong>de</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, tendo o<br />
financiamento público <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> como um <strong>de</strong> seus pontos centrais.<br />
O Pacto <strong>em</strong> Defesa do SUS pressupõe:<br />
• discutir nos conselhos municipais e estaduais as ações e<br />
estratégias para a concretização <strong>de</strong>sta proposta;<br />
• priorizar espaços com a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil para realizar as<br />
ações previstas;<br />
• lutar por a<strong>de</strong>quado financiamento (regulamentação <strong>da</strong><br />
Emen<strong>da</strong> Constitucional n o 29/00).<br />
13
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
O Pacto <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> estabelece as responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> ente<br />
fe<strong>de</strong>rado, <strong>de</strong> forma a tornar mais claro qu<strong>em</strong> <strong>de</strong>ve fazer o quê, contribuindo,<br />
assim, para o fortalecimento <strong>da</strong> gestão compartilha<strong>da</strong> e<br />
solidária do SUS. Propõe, ain<strong>da</strong>, avançar na regionalização e <strong>de</strong>scentralização<br />
do SUS, respeitando as especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s regionais.<br />
O Pacto <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> pressupõe:<br />
• assumir <strong>de</strong> maneira efetiva as responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s sanitárias<br />
inerente a ca<strong>da</strong> esfera <strong>de</strong> gestão;<br />
• reforçar a territorialização <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> como base para<br />
a organização dos sist<strong>em</strong>as, estruturando as regiões<br />
sanitárias;<br />
• instituir colegiados <strong>de</strong> gestão regional;<br />
• buscar critérios <strong>de</strong> alocação eqüitativa dos recursos<br />
financeiros;<br />
• reforçar os mecanismos <strong>de</strong> transferência fundo a fundo<br />
entre gestores.<br />
Os gestores estaduais e municipais, ao <strong>de</strong>finir a aplicação dos recursos,<br />
<strong>de</strong>v<strong>em</strong> consi<strong>de</strong>rar as ações relaciona<strong>da</strong>s à <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
que estão <strong>de</strong>staca<strong>da</strong>s como priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s no Pacto pela Saú<strong>de</strong>.<br />
14
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
<strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>:<br />
do que estamos falando<br />
A vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> t<strong>em</strong> por objetivo a observação e análise permanente<br />
<strong>da</strong> situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> população, articulando-se <strong>em</strong><br />
um conjunto <strong>de</strong> ações <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a controlar <strong>de</strong>terminantes, riscos<br />
e <strong>da</strong>nos à saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> populações que viv<strong>em</strong> <strong>em</strong> <strong>de</strong>terminados territórios,<br />
garantindo a integrali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> atenção, o que inclui tanto a<br />
abor<strong>da</strong>g<strong>em</strong> individual como coletiva dos probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Quais são os componentes <strong>da</strong> vigilância<br />
<strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
A área <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> abrange as ações <strong>de</strong> vigilância, promoção,<br />
prevenção e controle <strong>de</strong> doenças e agravos à saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vendo<br />
constituir espaço <strong>de</strong> articulação <strong>de</strong> conhecimentos e técnicas.<br />
Os componentes são: a vigilância e controle <strong>da</strong>s doenças transmissíveis;<br />
a vigilância <strong>da</strong>s doenças e agravos não transmissíveis; a vigilância<br />
<strong>da</strong> situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, vigilância ambiental <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>, vigilância<br />
<strong>da</strong> saú<strong>de</strong> do trabalhador e a vigilância sanitária.<br />
On<strong>de</strong> <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s as ações<br />
<strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
A vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve estar cotidianamente inseri<strong>da</strong> <strong>em</strong> todos<br />
os níveis <strong>de</strong> atenção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>. A partir <strong>de</strong> saberes e práticas<br />
<strong>da</strong> epi<strong>de</strong>miologia, <strong>da</strong> análise <strong>de</strong> situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e dos <strong>de</strong>terminantes<br />
e condicionantes sociais <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, as equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
15
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
atenção primária po<strong>de</strong>m programar e planejar ações, <strong>de</strong> maneira<br />
a organizar os serviços, aumentando o acesso <strong>da</strong> população a diferentes<br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Quais são as ações <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> componente<br />
<strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
A vigilância epi<strong>de</strong>miológica é um “conjunto <strong>de</strong> ações que proporciona<br />
o conhecimento, a <strong>de</strong>tecção ou prevenção <strong>de</strong> qualquer mu<strong>da</strong>nça<br />
nos fatores <strong>de</strong>terminantes e condicionantes <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> individual<br />
ou coletiva, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> recomen<strong>da</strong>r e adotar as medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />
prevenção e controle <strong>da</strong>s doenças ou agravos”. (BRASIL, 1990).<br />
Seu propósito é fornecer orientação técnica permanente para os<br />
que têm a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir sobre a execução <strong>de</strong> ações<br />
<strong>de</strong> controle <strong>de</strong> doenças e agravos.<br />
T<strong>em</strong> como funções, <strong>de</strong>ntre outras: coleta e processamento <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos;<br />
análise e interpretação dos <strong>da</strong>dos processados, divulgação<br />
<strong>da</strong>s informações, investigação epi<strong>de</strong>miológica <strong>de</strong> casos e surtos;<br />
análise dos resultados obtidos e recomen<strong>da</strong>ções e promoção <strong>da</strong>s<br />
medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> controle indica<strong>da</strong>s.<br />
A vigilância <strong>da</strong> situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolve ações <strong>de</strong> monitoramento<br />
contínuo do país/estado/região/município/equipes, por<br />
meio <strong>de</strong> estudos e análises que revel<strong>em</strong> o comportamento dos<br />
principais indicadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, priorizando questões relevantes e<br />
contribuindo para um planejamento <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mais abrangente.<br />
A vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental centra-se nos fatores não biológicos<br />
do meio ambiente que possam promover riscos à saú<strong>de</strong><br />
humana: água para consumo humano, ar, solo, <strong>de</strong>sastres naturais,<br />
16
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
substâncias químicas, aci<strong>de</strong>ntes com produtos perigosos, fatores<br />
físicos e ambiente <strong>de</strong> trabalho.<br />
A vigilância <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> do trabalhador caracteriza-se como um<br />
conjunto <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s à promoção e proteção, recuperação<br />
e reabilitação <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> dos trabalhadores submetidos aos<br />
riscos e agravos advindos <strong>da</strong>s condições <strong>de</strong> trabalho.<br />
A vigilância sanitária é entendi<strong>da</strong> como um conjunto <strong>de</strong> ações<br />
capazes <strong>de</strong> eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> intervir<br />
nos probl<strong>em</strong>as sanitários <strong>de</strong>correntes do meio ambiente, produção<br />
e circulação <strong>de</strong> bens e prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> interesse<br />
<strong>da</strong> saú<strong>de</strong>. Abrange o controle <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> consumo que direta ou<br />
indiretamente se relacion<strong>em</strong> com a saú<strong>de</strong>, compreendi<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s<br />
as etapas e processos, <strong>da</strong> produção ao consumo; e o controle <strong>da</strong><br />
prestação <strong>de</strong> serviços que direta ou indiretamente se relacionam<br />
com a saú<strong>de</strong>.<br />
Outro aspecto fun<strong>da</strong>mental <strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> é o cui<strong>da</strong>do<br />
integral à saú<strong>de</strong> <strong>da</strong>s pessoas por meio <strong>da</strong> promoção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Essa política objetiva promover a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, estimulando<br />
a população a reduzir a vulnerabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e riscos à saú<strong>de</strong> relacionados<br />
aos seus <strong>de</strong>terminantes e condicionantes – modos <strong>de</strong> viver,<br />
condições <strong>de</strong> trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura<br />
e acesso a bens e serviços essenciais.<br />
As ações específicas são volta<strong>da</strong>s para: alimentação saudável, prática<br />
corporal/ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> física, prevenção e controle do tabagismo,<br />
redução <strong>da</strong> morbimortali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>em</strong> <strong>de</strong>corrência do uso <strong>de</strong> álcool<br />
e outras drogas, redução <strong>da</strong> morbimortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />
trânsito, prevenção <strong>da</strong> violência e estímulo à cultura <strong>da</strong> paz, além<br />
<strong>da</strong> promoção do <strong>de</strong>senvolvimento sustentável.<br />
17
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
A vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
e o planejamento<br />
A vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>tém conhecimentos e metodologias que<br />
auxiliam a gestão para o conhecimento <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, i<strong>de</strong>ntificação<br />
<strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as, estabelecimento <strong>de</strong> priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> atuação e<br />
melhor utilização dos recursos <strong>em</strong> busca <strong>de</strong> resultados efetivos,<br />
fun<strong>da</strong>mentais para a elaboração do planejamento.<br />
A análise <strong>da</strong> situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> permite a i<strong>de</strong>ntificação, <strong>de</strong>scrição,<br />
priorização e explicação dos probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> população,<br />
por intermédio <strong>da</strong>:<br />
• caracterização <strong>da</strong> população: variáveis <strong>de</strong>mográficas (número<br />
<strong>de</strong> habitantes com distribuição por sexo, i<strong>da</strong><strong>de</strong>, local <strong>de</strong> residência,<br />
fluxos <strong>de</strong> migração, etc.); variáveis socioeconômicas (ren<strong>da</strong>,<br />
inserção no mercado <strong>de</strong> trabalho, ocupação, condições <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>,<br />
etc.); variáveis culturais (grau <strong>de</strong> instrução, hábitos, comportamentos,<br />
etc.);<br />
• caracterização <strong>da</strong>s condições <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>: ambientais (abastecimento<br />
<strong>de</strong> água, coleta <strong>de</strong> lixo e <strong>de</strong>jetos, esgotamento sanitário,<br />
condições <strong>de</strong> habitação, acesso a transporte, segurança e lazer);<br />
características dos sujeitos (nível educacional, inserção no mercado<br />
<strong>de</strong> trabalho, tipo <strong>de</strong> ocupação, nível <strong>de</strong> ren<strong>da</strong>, formas <strong>de</strong><br />
organização social, religiosa e política);<br />
18
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
• caracterização do perfil epi<strong>de</strong>miológico: indicadores <strong>de</strong> morbi<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />
indicadores <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />
• <strong>de</strong>scrição dos probl<strong>em</strong>as: O quê (probl<strong>em</strong>a); Quando (atual<br />
ou potencial); On<strong>de</strong> (territorialização); Qu<strong>em</strong> (que indivíduos<br />
ou grupos sociais).<br />
Recomen<strong>da</strong>-se para análise <strong>da</strong> situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> utilizar<br />
os sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> informação disponíveis, indicadores <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong>, fontes diversas <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos, processamento estatístico,<br />
construção <strong>de</strong> séries t<strong>em</strong>porais, <strong>de</strong>sagregação por<br />
grupos e distribuição territorial.<br />
DICA: A SVS publica regularmente análise <strong>de</strong> situação <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Consulte a publicação Saú<strong>de</strong> Brasil no en<strong>de</strong>reço http://portal.<br />
sau<strong>de</strong>.gov.br/portal/sau<strong>de</strong>/Gestor/area.cfmid_area=1499<br />
19
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
Planejamento e<br />
programação <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
Planejamento é um processo contínuo e dinâmico que consiste<br />
<strong>em</strong> um conjunto <strong>de</strong> ações intencionais, integra<strong>da</strong>s, coor<strong>de</strong>na<strong>da</strong>s<br />
e orienta<strong>da</strong>s para tornar reali<strong>da</strong><strong>de</strong> um objetivo futuro, <strong>de</strong> forma<br />
a possibilitar a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões antecipa<strong>da</strong>mente. Essas ações<br />
<strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s <strong>de</strong> modo a permitir que sejam executa<strong>da</strong>s<br />
<strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> e consi<strong>de</strong>rando aspectos como prazo, custos,<br />
quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, segurança, <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho e outros condicionantes.<br />
O Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Planejamento do Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (Planeja-<br />
SUS) é a atuação contínua, articula<strong>da</strong>, integra<strong>da</strong> e solidária <strong>da</strong>s<br />
áreas <strong>de</strong> planejamento <strong>da</strong>s três esferas <strong>de</strong> gestão do SUS. Tal<br />
forma <strong>de</strong> atuação <strong>de</strong>ve possibilitar a consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> cultura <strong>de</strong><br />
planejamento <strong>de</strong> forma transversal às <strong>de</strong>mais ações <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s<br />
no SUS.<br />
Que diretrizes norteiam o planejamento<br />
Deve ser <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong> forma ascen<strong>de</strong>nte, articula<strong>da</strong>, integra<strong>da</strong><br />
e solidária entre os três níveis <strong>de</strong> gestão. Ca<strong>da</strong> nível <strong>de</strong>ve realizar<br />
o seu próprio planejamento, fortalecendo os objetivos e diretrizes<br />
do SUS, cont<strong>em</strong>plando as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e reali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
locais e regionais. Além disso, <strong>de</strong>ve buscar o monitoramento e<br />
avaliação do SUS, b<strong>em</strong> como promover a participação social e a<br />
integração intra e intersetorial, consi<strong>de</strong>rando os <strong>de</strong>terminantes e<br />
condicionantes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
20
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Quais são os instrumentos<br />
do planejamento<br />
A regionalização é uma diretriz do SUS e um eixo estruturante do<br />
Pacto <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong>, <strong>de</strong>vendo orientar a <strong>de</strong>scentralização <strong>da</strong>s ações e<br />
serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e os processos <strong>de</strong> negociação e pactuação entre<br />
os gestores.<br />
Os principais instrumentos <strong>de</strong> planejamento <strong>da</strong> regionalização<br />
são o Plano Diretor <strong>de</strong> Regionalização (PDR), o Plano Diretor <strong>de</strong><br />
Investimento (PDI) e a Programação Pactua<strong>da</strong> e Integra<strong>da</strong> (PPI)<br />
<strong>da</strong> atenção <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
O PDR, articulado com a programação pactua<strong>da</strong> integra<strong>da</strong>, <strong>de</strong>ve<br />
expressar o <strong>de</strong>senho final do processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação e reconhecimento<br />
<strong>da</strong>s regiões <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>em</strong> suas diferentes formas, <strong>em</strong> ca<strong>da</strong><br />
estado e no Distrito Fe<strong>de</strong>ral.<br />
O PDI <strong>de</strong>ve expressar os recursos <strong>de</strong> investimentos para aten<strong>de</strong>r<br />
as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s pactua<strong>da</strong>s no processo <strong>de</strong> planejamento regional<br />
e estadual. Deve também cont<strong>em</strong>plar as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> área <strong>da</strong><br />
vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> e ser <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong> forma articula<strong>da</strong> com o<br />
processo <strong>da</strong> PPI e do PDR.<br />
A PPI é um processo que visa <strong>de</strong>finir a programação <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> território, b<strong>em</strong> como nortear a alocação dos recursos<br />
financeiros a partir <strong>de</strong> critérios e parâmetros pactuados entre<br />
os gestores.<br />
O Plano <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> apresenta as intenções e os resultados a ser<strong>em</strong><br />
perseguidos no período <strong>de</strong> quatro anos, expressos <strong>em</strong> objetivos,<br />
diretrizes e metas. É a <strong>de</strong>finição <strong>da</strong>s políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>em</strong> <strong>de</strong>ter-<br />
21
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
mina<strong>da</strong> esfera <strong>de</strong> gestão. É a base para a execução, acompanhamento,<br />
avaliação e gestão do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
A Programação Anual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> operacionaliza as intenções expressas<br />
no plano <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Detalha as ações, metas e recursos financeiros<br />
para o mesmo e apresenta os indicadores para avaliação<br />
(a partir dos objetivos, diretrizes e metas do plano <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>).<br />
O Relatório Anual <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> expressa os resultados alcançados,<br />
apurados com base no conjunto <strong>de</strong> indicadores indicados na programação<br />
para acompanhar o cumprimento <strong>da</strong>s metas fixa<strong>da</strong>s.<br />
Todos os entes fe<strong>de</strong>rados <strong>de</strong>v<strong>em</strong> formular/inserir seu Plano <strong>de</strong><br />
Saú<strong>de</strong> no Plano Plurianual (PPA) e elaborar Relatório <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong><br />
Anual, a ser<strong>em</strong> apresentados e submetidos à aprovação<br />
do conselho <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> correspon<strong>de</strong>nte<br />
Como ocorre a programação <strong>da</strong>s ações<br />
<strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
A Programação <strong>da</strong>s Ações <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> (PAVS) é um<br />
instrumento <strong>de</strong> planejamento para a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> mínimo elenco<br />
norteador <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>, a ser<strong>em</strong> operacionaliza<strong>da</strong>s<br />
pelos três níveis <strong>de</strong> gestão.<br />
Define parâmetros nacionais e respeita a pr<strong>em</strong>issa do planejamento<br />
ascen<strong>de</strong>nte ao permitir a flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>da</strong>s metas<br />
nos espaços loco-regionais.<br />
22
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
As ações <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser realiza<strong>da</strong>s <strong>de</strong> forma<br />
articula<strong>da</strong> com outras áreas <strong>da</strong> atenção a saú<strong>de</strong>, particularmente<br />
a atenção primária.<br />
Anualmente, são <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s as ações e parâmetros que nortearão<br />
a programação <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> acor<strong>da</strong><strong>da</strong>s pelo<br />
<strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, Conass e Conas<strong>em</strong>s.<br />
A PAVS está organiza<strong>da</strong> pelos seguintes eixos: notificação <strong>de</strong> doenças<br />
e agravos; investigação epi<strong>de</strong>miológica; diagnóstico laboratorial<br />
<strong>de</strong> agravos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública; vigilância ambiental; vigilância<br />
<strong>de</strong> doenças transmiti<strong>da</strong>s por vetores e antropozoonoses; controle<br />
<strong>de</strong> doenças; imunizações; monitoramento <strong>de</strong> agravos <strong>de</strong> relevância<br />
epi<strong>de</strong>miológica; divulgação <strong>de</strong> informações epi<strong>de</strong>miológicas;<br />
alimentação e manutenção <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> informação; monitoramento<br />
<strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>; e vigilância sanitária.<br />
As secretarias <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, com base nos parâmetros <strong>de</strong>finidos na<br />
PAVS, elaboram a programação <strong>de</strong> suas ações, po<strong>de</strong>ndo acrescentar<br />
algumas <strong>de</strong> interesse sanitário municipal ou estadual.<br />
A Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>, do <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> (SVS/<br />
MS), realiza o monitoramento <strong>da</strong>s ações <strong>da</strong> PAVS junto às secretarias<br />
estaduais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, as quais monitoram os seus respectivos<br />
municípios, sendo que a SVS/MS, <strong>em</strong> conjunto com as secretarias<br />
estaduais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, também po<strong>de</strong> realizar este monitoramento<br />
junto às secretarias municipais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Os gestores municipal, estadual e fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>v<strong>em</strong> realizar avaliações<br />
anuais <strong>da</strong> execução <strong>da</strong> PAVS, incluindo-as <strong>em</strong> seu relatório<br />
<strong>de</strong> gestão.<br />
23
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
O sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> vigilância<br />
<strong>em</strong> saú<strong>de</strong>: quais são as<br />
responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos<br />
entes fe<strong>de</strong>rativos<br />
Em relação ao componente vigilância<br />
epi<strong>de</strong>miológica e ambiental<br />
A Portaria GM n o 1.172, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2004 (<strong>em</strong> processo <strong>de</strong><br />
revisão), regulamenta as competências <strong>da</strong> União, estados, municípios<br />
e Distrito Fe<strong>de</strong>ral na área <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>, conforme<br />
consta no Anexo A.<br />
Em relação ao componente<br />
vigilância sanitária<br />
A Lei Fe<strong>de</strong>ral n o 8.080, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1990, estabelece as<br />
competências <strong>da</strong>s três esferas <strong>de</strong> governo <strong>em</strong> relação às ações <strong>de</strong><br />
vigilância sanitária, conforme consta no Anexo B.<br />
24
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Como compartilhar a gestão<br />
<strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> entre<br />
os municípios e o Estado<br />
A Portaria GM/MS nº 399 (BRASIL, 2006a), <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong><br />
2006, e os Termos <strong>de</strong> Compromisso <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> estabelec<strong>em</strong> que os<br />
municípios assumam a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> pela gestão e execução <strong>da</strong>s<br />
ações básicas “não compartilha<strong>da</strong>s” <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> e que<br />
as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s compartilha<strong>da</strong>s <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser pactua<strong>da</strong>s entre os municípios<br />
e o Estado na Comissão Intergestores Bipartite, consi<strong>de</strong>rando o<br />
<strong>de</strong>senho <strong>de</strong> regionalização, a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços e tecnologias disponíveis<br />
e o <strong>de</strong>senvolvimento racionalizado <strong>de</strong> ações mais complexas.<br />
Caracterização <strong>de</strong> uma região <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
Delimita<strong>da</strong> espacialmente <strong>de</strong> acordo com critérios previamente<br />
pactuados, inclui a análise <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> população por<br />
ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, recursos existentes e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> instala<strong>da</strong> <strong>de</strong> serviços<br />
responsáveis pelas mesmas.<br />
Características liga<strong>da</strong>s ao grau e forma <strong>de</strong> urbanização, diferenciais<br />
socioeconômicos e culturais, b<strong>em</strong> como os ambientais, entre outras,<br />
interfer<strong>em</strong> com o risco <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> várias doenças ou agravos.<br />
Ex<strong>em</strong>plo disso é a relação observa<strong>da</strong> entre a ocorrência <strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue<br />
e o grau <strong>de</strong> urbanização: áreas com alta <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>mográfica e<br />
regiões metropolitanas costumam apresentar maior incidência <strong>da</strong><br />
doença. Em conseqüência, as ações a ser<strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s com<br />
25
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
vistas a seu controle necessariamente ultrapassam os limites dos<br />
municípios, <strong>de</strong>vendo ser planeja<strong>da</strong>s regionalmente e executa<strong>da</strong>s<br />
<strong>de</strong> maneira articula<strong>da</strong>.<br />
Serviços que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser disponibilizados<br />
<strong>em</strong> escala regional<br />
Laboratórios <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública, centros <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> zoonoses,<br />
câmaras frias para armazenamento <strong>de</strong> imunobiológicos, centros<br />
<strong>de</strong> referência para imunobiológicos especiais, centrais <strong>de</strong> armazenamento<br />
e distribuição <strong>de</strong> equipamentos, centros <strong>de</strong> armazenamento<br />
<strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s, serviços <strong>de</strong> verificação <strong>de</strong> óbitos, serviços <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> com capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> procedimentos <strong>de</strong> alta e<br />
média complexi<strong>da</strong><strong>de</strong>, etc.<br />
Levantamento <strong>de</strong> profissionais e infraestrutura<br />
existentes<br />
Consi<strong>de</strong>rando a complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s ações a ser<strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s<br />
na região, faz-se fun<strong>da</strong>mental para o planejamento a análise <strong>da</strong><br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> profissionais, por tipo e grau <strong>de</strong> formação, b<strong>em</strong><br />
como <strong>da</strong> infra-estrutura (espaço físico, equipamentos, etc.).<br />
Ca<strong>da</strong> sist<strong>em</strong>a local/regional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>verá, por intermédio<br />
do colegiado <strong>de</strong> gestão, discutir estratégias integra<strong>da</strong>s<br />
com as diversas áreas para o enfrentamento <strong>de</strong> situações<br />
que exijam o compartilhamento <strong>da</strong> gestão.<br />
26
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Financiamento do<br />
Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Quais são os pressupostos do<br />
financiamento do SUS<br />
• Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s três esferas <strong>de</strong> gestão: União, estados<br />
e municípios.<br />
• Redução <strong>da</strong>s iniqüi<strong>da</strong><strong>de</strong>s macrorregionais, estaduais e regionais,<br />
a ser cont<strong>em</strong>pla<strong>da</strong> na metodologia <strong>de</strong> alocação <strong>de</strong> recursos, consi<strong>de</strong>rando<br />
as dimensões étnico-racial e social.<br />
• Repasse fundo a fundo, <strong>de</strong>finido como mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> preferencial<br />
<strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> recursos entre os gestores.<br />
• Financiamento <strong>de</strong> custeio com recursos fe<strong>de</strong>rais constituídos,<br />
organizados e transferidos <strong>em</strong> blocos <strong>de</strong> recursos − o uso dos<br />
recursos fica restrito a ca<strong>da</strong> bloco, aten<strong>de</strong>ndo as especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
previstas nos mesmos, conforme regulamentação específica.<br />
Nota: as bases <strong>de</strong> cálculo pertinentes a ca<strong>da</strong> bloco e os montantes<br />
financeiros <strong>de</strong>stinados para os estados, municípios e Distrito<br />
Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>v<strong>em</strong> compor m<strong>em</strong>órias <strong>de</strong> cálculo, para fins <strong>de</strong> histórico<br />
e monitoramento.<br />
27
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
Quais são os blocos <strong>de</strong> financiamento e<br />
seus componentes<br />
• Atenção básica. Componentes: Piso <strong>da</strong> Atenção Básica Fixo (PAB<br />
fixo) e Piso <strong>da</strong> Atenção Básica Variável (PAB variável);<br />
• Atenção <strong>de</strong> Média e Alta Complexi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Componentes: limite<br />
financeiro <strong>da</strong> média e alta complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> ambulatorial e hospitalar;<br />
fundo <strong>de</strong> ações estratégicas e compensação;<br />
• <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>. Componentes: vigilância epi<strong>de</strong>miológica e<br />
ambiental; vigilância sanitária;<br />
• Assistência Farmacêutica. Componentes: básico <strong>da</strong> assistência<br />
farmacêutica; estratégico <strong>da</strong> assistência farmacêutica; medicamentos<br />
<strong>de</strong> dispensação excepcional;<br />
• <strong>Gestão</strong> do SUS. Componentes: qualificação <strong>da</strong> gestão do SUS;<br />
implantação <strong>de</strong> ações e serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Nota: os investimentos na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> são compostos<br />
por recursos financeiros a ser<strong>em</strong> transferidos, mediante<br />
repasse regular e automático, do Fundo Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> para<br />
os fundos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> estaduais, municipais e do Distrito Fe<strong>de</strong>ral,<br />
exclusivamente para a realização <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> capital, mediante<br />
apresentação do projeto, encaminhado pelo ente fe<strong>de</strong>rativo interessado,<br />
ao <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />
28
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
O componente estratégico <strong>da</strong> assistência farmacêutica<br />
consiste <strong>em</strong> financiamento para ações <strong>de</strong> assistência<br />
farmacêutica <strong>de</strong> programas estratégicos, <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
do <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Reúne o controle <strong>de</strong> en<strong>de</strong>mias<br />
− tuberculose, hanseníase, malária e leischmaniose,<br />
Chagas e outras doenças endêmicas <strong>de</strong> abrangência nacional<br />
ou regional −, o Programa <strong>de</strong> DST/Aids (anti-retrovirais),<br />
o Programa Nacional do Sangue e H<strong>em</strong>o<strong>de</strong>rivados,<br />
e os imunobiológicos.<br />
DICA: Para esclarecimentos acerca do repasse do TFVS, as secretarias<br />
estaduais e municipais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m acessar os sites<br />
www.sau<strong>de</strong>.gov.br/svs e www.fns.sau<strong>de</strong>.gov.br<br />
29
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
Como gerenciar os<br />
recursos financeiros do bloco<br />
<strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
Os recursos financeiros fe<strong>de</strong>rais representam parte do financiamento<br />
tripartite <strong>de</strong>stinado ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong><br />
saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s como responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> esfera <strong>de</strong> governo.<br />
O que é limite financeiro <strong>da</strong> vigilância<br />
<strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
Os recursos financeiros correspon<strong>de</strong>ntes às ações <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong><br />
saú<strong>de</strong> compõ<strong>em</strong> o limite financeiro <strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> nos estados,<br />
municípios e Distrito Fe<strong>de</strong>ral e representam o agrupamento<br />
<strong>da</strong>s ações <strong>da</strong>s vigilâncias epi<strong>de</strong>miológica, ambiental e sanitária.<br />
Quais são os componentes do limite<br />
financeiro <strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
São a vigilância epi<strong>de</strong>miológica e ambiental e a vigilância sanitária.<br />
O componente <strong>da</strong> vigilância epi<strong>de</strong>miológica e ambiental refere-se<br />
aos recursos fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong>stinados às ações <strong>de</strong> vigilância, prevenção<br />
e controle <strong>de</strong> doenças, composto pelo atual Teto Financeiro<br />
<strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> (TFVS) e os seguintes incentivos :<br />
<br />
Os incentivos financeiros do componente <strong>da</strong> vigilância epi<strong>de</strong>miológica e ambiental <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
são repassados para estados e municípios com critérios elegíveis e <strong>em</strong> situações específicas, e<br />
po<strong>de</strong>m ter caráter t<strong>em</strong>porário.<br />
30
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
I - Subsist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> vigilância epi<strong>de</strong>miológica <strong>em</strong> âmbito hospitalar<br />
II - Laboratórios <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública<br />
III - Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> promoção à saú<strong>de</strong><br />
IV - Registro <strong>de</strong> câncer <strong>de</strong> base populacional<br />
V - Serviço <strong>de</strong> verificação <strong>de</strong> óbitos<br />
VI - Campanhas <strong>de</strong> vacinação<br />
VII - Monitoramento <strong>de</strong> resistência a insetici<strong>da</strong>s para o Ae<strong>de</strong>s aegypti<br />
VIII - Contratação dos agentes <strong>de</strong> campo<br />
IX - Doenças Sexualmente Transmissíveis/Aids<br />
X - outros que venham a ser instituídos por ato normativo específico<br />
Inclui, ain<strong>da</strong>, os recursos fe<strong>de</strong>rais provenientes <strong>de</strong> acordos internacionais<br />
<strong>de</strong>stinados ao fortalecimento <strong>da</strong> gestão <strong>da</strong> vigilância<br />
<strong>em</strong> saú<strong>de</strong> nos estados, Distrito Fe<strong>de</strong>ral e municípios (Vigisus); b<strong>em</strong><br />
como ao Programa DST/Aids.<br />
O componente <strong>da</strong> vigilância sanitária refere-se aos recursos<br />
fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong>stinados à execução <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância sanitária,<br />
repassados pelo critério per capita, constituído pelos pisos estruturante<br />
(para o custeio <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas relativas à organização, apoio<br />
logístico, a<strong>de</strong>quação física e fortalecimento <strong>da</strong> gestão) e estratégico<br />
(para o custeio <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> gerenciamento do risco sanitário,<br />
pactua<strong>da</strong>s na Comissão Intergestores Bipartite).<br />
31
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
Contém os recursos financeiros oriundos do Finlacen-Visa (para o<br />
custeio <strong>de</strong> ações laboratoriais <strong>de</strong> vigilância sanitária) e do incentivo<br />
para gestão <strong>de</strong> pessoas (para o custeio dos processos <strong>de</strong> educação<br />
permanente <strong>em</strong> vigilância sanitária).<br />
Quais são os tetos financeiros dos<br />
componentes do bloco <strong>da</strong> vigilância<br />
<strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
São o Teto Financeiro <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> (TFVS) e o Teto Financeiro<br />
<strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> Sanitária (TFVISA)<br />
Teto Financeiro <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> (TFVS)<br />
Destina-se ao financiamento <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância epi<strong>de</strong>miológica<br />
e ambiental, cujo repasse fe<strong>de</strong>ral é realizado por intermédio<br />
do Fundo Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> aos fundos estaduais e municipais<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>em</strong> parcelas mensais. Para ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s concentra<strong>da</strong>s <strong>em</strong><br />
<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> época do ano, a ex<strong>em</strong>plo <strong>da</strong>s campanhas <strong>de</strong> vacinação,<br />
os recursos são repassados <strong>de</strong> acordo com pactuação feita na<br />
Comissão Intergestores Bipartite.<br />
32
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Como o TFVS é composto e como ter<br />
acesso aos recursos<br />
O TFVS <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração, observado o estrato a que<br />
pertença, será obtido mediante o somatório <strong>da</strong>s seguintes parcelas:<br />
• valor per capita multiplicado pela população <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> estado <strong>da</strong><br />
Fe<strong>de</strong>ração e Distrito Fe<strong>de</strong>ral;<br />
• valor por quilômetro quadrado multiplicado pela área <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />
estado <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração e Distrito Fe<strong>de</strong>ral; e<br />
• contraparti<strong>da</strong>s dos estados, municípios e Distrito Fe<strong>de</strong>ral, conforme<br />
o caso.<br />
Os <strong>da</strong>dos relativos à população e área territorial <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
fe<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> são fornecidos pelo Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e<br />
Estatística (IBGE). Os valores <strong>de</strong> TFVS serão anualmente ajustados<br />
com base na população estima<strong>da</strong>.<br />
Consi<strong>de</strong>rando as respectivas características epi<strong>de</strong>miológicas, populacionais,<br />
territoriais e as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s para a execução <strong>da</strong>s ações<br />
<strong>de</strong> prevenção e controle, as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s fe<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s foram agrupa<strong>da</strong>s<br />
<strong>em</strong> quatro estratos:<br />
Estrato<br />
TFVS – estados<br />
per capita<br />
(R$/hab./ano)<br />
TFVS – estados<br />
área (R$/km 2 )<br />
Incentivo<br />
<strong>de</strong>scentralização<br />
(R$/hab./ano)<br />
Contraparti<strong>da</strong><br />
SMS + SES (%)<br />
1<br />
2<br />
3<br />
4<br />
4,23<br />
2,98<br />
1,88<br />
1,84<br />
3,00<br />
2,04<br />
1,20<br />
1,20<br />
0,48<br />
0,48<br />
0,48<br />
0,48<br />
20<br />
30<br />
35<br />
40<br />
Estrato 1: AC/AM/AP/PA/RO/RR/TO/MA/MT; Estrato 2: AL/BA/CE/ES/GO/MA/MG/MS/MT/PB/PE/PI/RJ/RN/SE;<br />
Estrato 3: PR/SP; Estrato 4: DF/RS/SC<br />
33
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
Para ter acesso aos recursos os municípios ain<strong>da</strong> não certificados<br />
precisam solicitar habilitação específica, <strong>de</strong>monstrando efetiva<br />
capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> assumir a gestão <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>,<br />
conforme estabelecido na Portaria n° 1.172 (BRASIL, 2004),<br />
<strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2004.<br />
Notas:<br />
1) os municípios não po<strong>de</strong>rão perceber valores per capita inferiores<br />
a 60% do atribuído ao estado correspon<strong>de</strong>nte;<br />
2) As capitais e os municípios que compõ<strong>em</strong> sua Região Metropolitana<br />
não po<strong>de</strong>rão perceber valores per capita inferiores a 80% do<br />
atribuído ao estado correspon<strong>de</strong>nte;<br />
3) Como estímulo à implantação <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong><br />
saú<strong>de</strong> nos municípios, será estabelecido um valor per capita que,<br />
multiplicado por sua própria população, será acrescido ao valor<br />
<strong>de</strong>finido na Comissão Intergestores Bipartite.<br />
Teto Financeiro <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> Sanitária (TFVISA)<br />
O TFVISA <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> estado será <strong>de</strong>finido a partir do piso estratégico,<br />
mediante:<br />
• valor per capita, calculado à razão <strong>de</strong> R$ 0,21 por habitante/ano<br />
ou piso estadual <strong>de</strong> vigilância sanitária no valor <strong>de</strong> R$ 450.000<br />
para ca<strong>da</strong> estado cujo valor per capita configurar teto abaixo<br />
<strong>de</strong>sse valor;<br />
• taxa <strong>de</strong> fiscalização <strong>de</strong> vigilância sanitária.<br />
34
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
O TFVISA do Distrito Fe<strong>de</strong>ral será <strong>de</strong>finido mediante:<br />
• piso estruturante, calculado pelo valor per capita <strong>de</strong> R$ 0,36 por<br />
habitante/ano;<br />
• piso estratégico, calculado pelo valor per capita <strong>de</strong> R$ 0,21 por<br />
habitante/ano;<br />
• taxa <strong>de</strong> fiscalização <strong>de</strong> vigilância sanitária.<br />
O TFVISA <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> município será <strong>de</strong>finido mediante:<br />
• piso estruturante, calculado pelo valor per capita <strong>de</strong> R$ 0,36 por<br />
habitante/ano ou piso municipal <strong>de</strong> vigilância sanitária no valor<br />
<strong>de</strong> R$ 7.200/ano para municípios cujo valor per capita configurar<br />
teto abaixo <strong>de</strong>sse valor (compõe o segmento estruturante do<br />
elenco norteador <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> VISA);<br />
• piso estratégico, calculado pelo valor per capita <strong>de</strong> R$ 0,20 por<br />
habitante/ano, se pactuado na Comissão Intergestores Bipartite,<br />
conforme critérios do segmento <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> risco do<br />
elenco norteador <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> Visa.<br />
Mecanismo <strong>de</strong> pactuação <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong><br />
vigilância sanitária<br />
A Portaria n o 1.998/07 (BRASIL, 2007b), que regulamenta o teto<br />
financeiro <strong>da</strong> vigilância sanitária, estabelece que o planejamento<br />
<strong>da</strong> área <strong>de</strong> vigilância sanitária, nas três esferas <strong>de</strong> governo, será<br />
concretizado pelas ações previstas nos respectivos planos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />
que <strong>de</strong>verão cont<strong>em</strong>plar as <strong>de</strong>scritas no Anexo B, <strong>de</strong> acordo<br />
com as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e reali<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos estados, Distrito Fe<strong>de</strong>ral e<br />
35
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
municípios. Este anexo traz, ain<strong>da</strong>, o elenco norteador <strong>da</strong>s ações<br />
<strong>de</strong> Visa, constituído por dois grupos <strong>de</strong> ações, a seguir <strong>de</strong>scritos:<br />
Grupo I: Ações para a estruturação e fortalecimento <strong>da</strong> gestão<br />
Área <strong>de</strong> estruturação<br />
1. Estrutura legal<br />
Parâmetros<br />
Profissional ou equipe <strong>de</strong> Visa investido(a) na função por<br />
ato legal<br />
Instrumento legal <strong>de</strong> criação <strong>da</strong> Visa, com <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />
atribuições e competências<br />
Inclusão na estrutura organizacional <strong>da</strong> respectiva<br />
secretaria <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
Código sanitário ou instrumento que viabilize a utilização<br />
<strong>de</strong> legislação estadual e/ou fe<strong>de</strong>ral<br />
2. Estrutura física e<br />
recursos materiais<br />
Espaço físico para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
Canais <strong>de</strong> comunicação: telefone/fax/internet<br />
Equipamentos específicos para fiscalização, impressos<br />
(termos legais)<br />
3. Estrutura<br />
administrativa e<br />
operacional<br />
Ca<strong>da</strong>stro <strong>de</strong> estabelecimentos sujeitos à vigilância<br />
sanitária<br />
Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> informação<br />
Normas para padronização <strong>de</strong> procedimentos<br />
administrativos e fiscais<br />
4. <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> pessoas Profissional ou equipe <strong>de</strong> Visa <strong>em</strong> número a<strong>de</strong>quado ao<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
Plano <strong>de</strong> capacitação<br />
36
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Grupo II: Ações estratégicas para o gerenciamento do risco sanitário<br />
Área <strong>de</strong> intervenção<br />
Procedimentos<br />
Inspeção sanitária<br />
1. Produtos, serviços e<br />
ambientes <strong>de</strong> interesse<br />
à saú<strong>de</strong><br />
Coleta <strong>de</strong> amostra para análise<br />
Notificação<br />
Investigação<br />
Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> educativa para profissionais do setor<br />
regulado<br />
2. Educação e<br />
comunicação <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
para a socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Elaboração <strong>de</strong> materiais educativos<br />
Divulgação <strong>de</strong> alerta sanitário<br />
Atendimento à <strong>de</strong>núncia/ reclamação<br />
3. Ações integrais <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong><br />
Ações <strong>de</strong> notificação, investigação e inspeção<br />
conjuntas com a vigilância epi<strong>de</strong>miológica,<br />
ambiental, saú<strong>de</strong> do trabalhador e assistência<br />
Participação nos processos <strong>de</strong> educação <strong>de</strong>stinados<br />
às equipes do Programa Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família e agentes<br />
comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
4. Ações intersetoriais Ações <strong>de</strong> intervenção no risco sanitário <strong>em</strong> parceria<br />
com a agricultura, saneamento, educação, meio<br />
ambiente, ciências e tecnologia, etc.<br />
5. Ações laboratoriais Fomentar estrutura laboratorial para ações <strong>de</strong><br />
monitoramento <strong>de</strong> produtos<br />
Esse conjunto <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e compromissos <strong>de</strong>ve compor a<br />
programação anual <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância sanitária, cont<strong>em</strong>pla<strong>da</strong>s<br />
nos planos estaduais e municipais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, acor<strong>da</strong><strong>da</strong>s nas Comissões<br />
Intergestores Bipartites e aprova<strong>da</strong>s nos conselhos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
37
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
Para <strong>de</strong>finição <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> sanitária <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> gestor são<br />
prioritárias a <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong> seu universo <strong>de</strong> atuação e a quantificação<br />
dos estabelecimentos <strong>em</strong> funcionamento no território, b<strong>em</strong><br />
como as atribuições <strong>da</strong> vigilância sanitária para intervenção nos<br />
probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> população.<br />
Como utilizar os recursos do bloco <strong>da</strong><br />
vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
Esses recursos, repassados do Fundo Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> para os<br />
fundos estaduais e municipais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, visam financiar ações <strong>de</strong><br />
vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>ndo ser utilizados tanto para custeio<br />
como para investimentos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que observados os impedimentos<br />
e a<strong>de</strong>quações às legislações fe<strong>de</strong>ral, estadual e municipal.<br />
Os recursos financeiros <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser mantidos <strong>em</strong> conta apropria<strong>da</strong><br />
e aplicados <strong>em</strong> ca<strong>de</strong>rneta <strong>de</strong> poupança, caso não sejam imediatamente<br />
utilizados na finali<strong>da</strong><strong>de</strong> a que se <strong>de</strong>stinam e cuja previsão<br />
<strong>de</strong> uso ocorra <strong>em</strong> período igual ou superior a um mês.<br />
Se a previsão <strong>de</strong> utilização do recurso for inferior a um mês, o mesmo<br />
<strong>de</strong>ve ser aplicado <strong>em</strong> fundo <strong>de</strong> aplicação financeira <strong>de</strong> curto<br />
prazo ou operações <strong>de</strong> mercado aberto lastrea<strong>da</strong>s <strong>em</strong> títulos <strong>da</strong><br />
dívi<strong>da</strong> pública fe<strong>de</strong>ral, como <strong>de</strong>termina o art. 20 <strong>da</strong> Instrução Normativa<br />
STN 1/1997 (BRASIL, 1997).<br />
38
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
É recomendável que ca<strong>da</strong> secretaria estadual ou municipal <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
procure compatibilizar a utilização dos recursos do TFVS com a<br />
elaboração dos orçamentos anuais , baseado no respectivo plano<br />
estadual e/ou municipal <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Como utilizar os recursos previstos<br />
no TFVS<br />
Observado o princípio básico <strong>de</strong> <strong>de</strong>stinação específica, para as<br />
ações <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rão ser previstos nos limites do<br />
TFVS, recursos <strong>de</strong>stinados, entre outros gastos. Segu<strong>em</strong> ex<strong>em</strong>plos<br />
sobre a utilizaçnao dos recursos.<br />
Despesas <strong>de</strong> custeio<br />
a) Recursos humanos<br />
• contratação <strong>de</strong> recursos humanos para <strong>de</strong>senvolver ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
na área <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> en<strong>de</strong>mias;<br />
• gratificações para recursos humanos que estejam <strong>de</strong>senvolvendo<br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s na área <strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>;<br />
• capacitações específicas com conteúdo <strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
para todos os profissionais, inclusive os que <strong>de</strong>senvolv<strong>em</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
na re<strong>de</strong> assistencial;<br />
<br />
O orçamento público é o instrumento legal que prevê as receitas e fixa as <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> ente<br />
fe<strong>de</strong>rativo (União, estados, municípios e Distrito Fe<strong>de</strong>ral). Fun<strong>da</strong>menta-se nos artigos 165 a 169<br />
<strong>da</strong> Constituição Fe<strong>de</strong>ral, na Lei n o 4.320, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1964, que institui normas para a<br />
elaboração e controle do orçamento e <strong>de</strong>monstrações financeiras, e na Lei Compl<strong>em</strong>entar n o 101,<br />
<strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2000, que estabelece normas para a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> na gestão.<br />
39
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
• participação <strong>em</strong> s<strong>em</strong>inários, congressos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> coletiva, epi<strong>de</strong>miologia,<br />
medicina tropical e outros on<strong>de</strong> sejam apresentados<br />
e discutidos t<strong>em</strong>as relacionados à vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>;<br />
• diárias para <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> servidores <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s inerentes<br />
à vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>, b<strong>em</strong> como para participação <strong>em</strong> eventos<br />
ligados à área.<br />
b) Serviços <strong>de</strong> terceiros<br />
• pagamento <strong>de</strong> provedor <strong>de</strong> internet para viabilizar envio <strong>de</strong> bancos<br />
<strong>de</strong> <strong>da</strong>dos à secretaria estadual <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> pesquisa e<br />
troca <strong>de</strong> informações técnicas;<br />
• confecção e reprodução <strong>de</strong> material informativo educativo (fol<strong>de</strong>res,<br />
cartazes, cartilhas, faixas, banners, etc.) e técnico (manuais,<br />
guias <strong>de</strong> vigilância epi<strong>de</strong>miológica);<br />
• manutenção <strong>de</strong> veículos e equipamentos utilizados nas ações <strong>da</strong><br />
vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>;<br />
• pagamento <strong>de</strong> estadia, alimentação e locais para a realização <strong>de</strong><br />
capacitações, eventos e ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>;<br />
• pagamento <strong>de</strong> assessorias, consultorias e horas-aula <strong>em</strong> ações<br />
<strong>de</strong> interesse <strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>;<br />
• aluguel <strong>de</strong> imóveis com ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s próprias <strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
c) Material <strong>de</strong> consumo<br />
• peças, combustíveis (óleo diesel, gasolina, álcool) e lubrificantes<br />
para manutenção <strong>de</strong> veículos;<br />
40
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
• isopor, termômetro, bobinas <strong>de</strong> gelo reciclável e outros insumos<br />
para re<strong>de</strong> <strong>de</strong> frio, conservação <strong>de</strong> imunobiológicos e amostras<br />
<strong>de</strong> laboratório;<br />
• materiais, peças e outros insumos para ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> laboratório<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública;<br />
• compra <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> proteção individual (EPI) para ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vetores (competências <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s na Portaria<br />
MS n o 1.172/04);<br />
• reposição <strong>de</strong> peças para equipamentos <strong>de</strong> aspersão;<br />
• lâminas, lamínulas, estiletes e papel filtro;<br />
• material <strong>de</strong> escritório.<br />
Despesas <strong>de</strong> capital<br />
a) Equipamentos/material permanente<br />
• veículos e utilitários, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que tenham uso exclusivamente <strong>de</strong>stinado<br />
para apoio à execução <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>;<br />
• equipamentos e mobiliários necessários para estruturar a vigilância<br />
<strong>em</strong> saú<strong>de</strong> municipal e/ou estadual, como computadores, fax,<br />
aparelhos telefônicos, câmeras fotográficas, retroprojetor, televisão,<br />
ví<strong>de</strong>o, máquina para fotocópia, projetor <strong>de</strong> multimídia, etc.;<br />
• aquisição e/ou assinatura <strong>de</strong> livros, periódicos e publicações na<br />
área <strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>;<br />
• equipamentos para estruturar re<strong>de</strong> <strong>de</strong> frio no município e/ou<br />
estado;<br />
41
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
• equipamentos <strong>de</strong> aspersão <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s;<br />
• equipamentos para suporte laboratorial, como microscópios,<br />
centrífugas, pipetas automáticas, etc.<br />
Impedimentos para a utilização<br />
dos recursos<br />
Fica ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a utilização dos recursos referentes aos blocos <strong>da</strong><br />
atenção básica, atenção <strong>de</strong> média e alta complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> ambulatorial<br />
e hospitalar, vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> gestão do SUS para<br />
pagamento <strong>de</strong>:<br />
• servidores inativos;<br />
• servidores ativos, exceto os contratados exclusivamente para <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penhar<br />
funções relaciona<strong>da</strong>s aos serviços relativos ao respectivo<br />
bloco, previstos no plano <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>;<br />
• gratificação <strong>de</strong> função <strong>de</strong> cargos comissionados, exceto os diretamente<br />
ligados às funções relaciona<strong>da</strong>s aos serviços relativos<br />
ao respectivo bloco, previstos no plano <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>;<br />
• pagamento <strong>de</strong> assessorias/consultorias presta<strong>da</strong>s por servidores<br />
públicos pertencentes ao quadro do próprio município<br />
e/ou estado;<br />
• obras <strong>de</strong> construções novas, exceto as que se refer<strong>em</strong> a reformas<br />
e a<strong>de</strong>quações <strong>de</strong> imóveis já existentes, utilizados para a realização<br />
<strong>de</strong> ações e/ou serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
42
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Fica ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a aplicação <strong>de</strong> recursos do bloco <strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
para:<br />
• ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> assistência médica;<br />
• contratação <strong>de</strong> recursos humanos para <strong>de</strong>senvolver ações/ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> assistência médica;<br />
• compra <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s, imunobiológicos, medicamentos (haja<br />
vista que esses materiais são consi<strong>de</strong>rados insumos estratégicos,<br />
com aquisição garanti<strong>da</strong> pelo <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>).<br />
Nota: Os recursos <strong>de</strong>stinados ao pagamento <strong>de</strong> médicos/enfermeiros<br />
para atendimento a pacientes portadores <strong>de</strong> tuberculose,<br />
hanseníase e Aids são provenientes do Tesouro Nacional e <strong>de</strong><br />
transferências governamentais, como o piso <strong>de</strong> atenção básica<br />
(PAB), entre outros.<br />
O que é a contraparti<strong>da</strong> dos estados<br />
e municípios<br />
A contraparti<strong>da</strong> refere-se à somatória <strong>da</strong>s contraparti<strong>da</strong>s <strong>da</strong> secretarias<br />
estaduais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e dos municípios certificados. O percentual<br />
exigido é <strong>de</strong> 20% para o Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão,<br />
Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins; 30%<br />
para Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais,<br />
Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Gran<strong>de</strong> do<br />
Norte, Rio <strong>de</strong> Janeiro e Sergipe; 35% para Paraná e São Paulo; e<br />
40% para o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os estados do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e<br />
Santa Catarina.<br />
43
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
Po<strong>de</strong>rão ser consi<strong>de</strong>rados como recursos <strong>de</strong> contraparti<strong>da</strong> os gastos<br />
com pessoal que atua na área <strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> (material,<br />
equipamentos, investimentos, etc.).<br />
As documentações orçamentárias e financeiras, inclusive dos valores<br />
<strong>de</strong> contraparti<strong>da</strong>, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar s<strong>em</strong>pre disponíveis para as<br />
auditorias realiza<strong>da</strong>s pelo <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />
44
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Como são financia<strong>da</strong>s as ações<br />
<strong>da</strong> saú<strong>de</strong> do trabalhador<br />
Os recursos para o financiamento <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> promoção, prevenção,<br />
reabilitação e vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> do trabalhador são oriundos<br />
do bloco <strong>de</strong> Atenção <strong>de</strong> Média e Alta Complexi<strong>da</strong><strong>de</strong>, que repassa<br />
mensalmente R$ 40.000 para os Centros <strong>de</strong> Referência <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
do Trabalhador (Cerest) estaduais e R$ 30.000 para os regionais<br />
(custeio <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s e quaisquer ações). Estão previstos, quando <strong>da</strong><br />
implantação, recursos <strong>de</strong> R$ 50.000, <strong>em</strong> parcela única, a todos os<br />
centros habilitados (bloco <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> do SUS).<br />
45
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
Como são financia<strong>da</strong>s as ações<br />
<strong>de</strong> promoção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong><br />
O financiamento <strong>de</strong>ssas ações está regulamentado nos instrumentos<br />
integrantes dos blocos <strong>de</strong> financiamento <strong>da</strong> vigilância<br />
<strong>em</strong> saú<strong>de</strong>, por meio <strong>de</strong> incentivos que não têm caráter permanente<br />
(Portarias n os 79, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2008; 2.981, <strong>de</strong><br />
9 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2008; e 139, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2009), e <strong>da</strong><br />
atenção básica, por intermédio dos Núcleos <strong>de</strong> Apoio à Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
Família (Portaria n o 154, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2008).<br />
46
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Bloqueio <strong>de</strong> repasse<br />
<strong>de</strong> recursos do bloco<br />
<strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
De acordo com a Portaria n o 204/07 (BRASIL, 2007a), as transferências<br />
fundo a fundo do <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> para os estados,<br />
Distrito Fe<strong>de</strong>ral e/ou municípios serão suspensas nas seguintes<br />
circunstâncias:<br />
• quando os recursos nos estados, Distrito Fe<strong>de</strong>ral e/ou municípios<br />
estiver<strong>em</strong> s<strong>em</strong> movimentação bancária e com saldos correspon<strong>de</strong>ntes<br />
a seis meses <strong>de</strong> repasse, s<strong>em</strong> justificativa;<br />
• quando <strong>da</strong> indicação <strong>de</strong> suspensão <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> relatório <strong>da</strong><br />
auditoria no bloco <strong>de</strong> financiamento correspon<strong>de</strong>nte, realiza<strong>da</strong><br />
pelos componentes estadual ou nacional, respeitado o prazo <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>fesa do estado, Distrito Fe<strong>de</strong>ral e/ou município envolvido.<br />
A regularização do repasse <strong>da</strong> parcela mensal do bloco <strong>da</strong> vigilância<br />
<strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ocorrerá a partir do mês <strong>de</strong> competência <strong>da</strong> apresentação<br />
dos documentos comprobatórios do comprometimento <strong>de</strong><br />
pelo menos 60% do saldo existente no bloco.<br />
A Portaria n o 16 (BRASIL, 2005), <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2005, <strong>em</strong> revisão,<br />
estabelece que para a suspensão do repasse mensal dos recursos<br />
do TFVS <strong>de</strong> estados, municípios e Distrito Fe<strong>de</strong>ral a SVS/MS enviará<br />
ofício ao gestor estadual e/ou municipal comunicando a situação e<br />
solicitando justificativa que <strong>de</strong>ve ser formaliza<strong>da</strong> no prazo máximo<br />
<strong>de</strong> 15 dias.<br />
47
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
A justificativa será acata<strong>da</strong> caso seja <strong>de</strong>monstra<strong>da</strong> a aplicação e/ou<br />
comprometimento <strong>de</strong> pelo menos 60% do saldo existente.<br />
Nos casos <strong>em</strong> que a justificativa não seja envia<strong>da</strong> ou não preencha<br />
os critérios estabelecidos, a SVS/MS solicitará ao Fundo Nacional<br />
<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>/Secretaria Executiva/MS o bloqueio do repasse mensal<br />
do TFVS, comunicando oficialmente tal fato ao gestor e respectivo<br />
conselho <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Quando se tratar <strong>de</strong> municípios, a SVS/MS comunicará o bloqueio<br />
à respectiva secretaria estadual <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Para justificar o comprometimento dos recursos do TFVS po<strong>de</strong>rão<br />
ser acata<strong>da</strong>s as seguintes documentações: notas <strong>de</strong> <strong>em</strong>penho <strong>em</strong><br />
fase <strong>de</strong> liqui<strong>da</strong>ção; pagamentos efetivados após a <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> verificação<br />
do saldo bancário; processos licitatórios <strong>em</strong> an<strong>da</strong>mento, com<br />
edital já publicado; processos licitatórios com recursos administrativos<br />
e/ou judiciais; resolução <strong>da</strong> Comissão Intergestores Bipartite,<br />
no caso <strong>da</strong>s secretarias estaduais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, aprovando repasse <strong>da</strong><br />
parcela do TFVS aos municípios certificados; ou recursos <strong>de</strong>stinados<br />
à reserva técnica para aplicações <strong>em</strong>ergenciais, aprovados<br />
pela Comissão Intergestores Bipartite, no valor máximo <strong>de</strong> 1,0%<br />
do TFVS <strong>da</strong> respectiva uni<strong>da</strong><strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>.<br />
Para a comparação entre o valor total do saldo e o valor correspon<strong>de</strong>nte<br />
a seis meses <strong>de</strong> repasse, não serão computados os montantes<br />
<strong>de</strong>positados retroativamente, <strong>em</strong> função <strong>de</strong> alterações ou<br />
atualizações do TFVS − esses valores somente serão consi<strong>de</strong>rados<br />
após 180 dias <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta do <strong>de</strong>pósito.<br />
48
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
O gestor receberá retroativamente os valores retidos, na hipótese<br />
<strong>de</strong> comprovação <strong>da</strong> aplicação dos recursos até 120 dias após a<br />
<strong>da</strong>ta do bloqueio.<br />
Caso a comprovação ocorra após 120 dias do bloqueio, o valor retido<br />
será repassado para a secretaria estadual <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, que aprovará<br />
na Comissão Intergestores Bipartite a aplicação do mesmo.<br />
DICA: Para esclarecimentos acerca do repasse do TFVS, as secretarias<br />
estaduais e municipais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m acessar os sites<br />
www.sau<strong>de</strong>.gov.br/svs e www.fns.sau<strong>de</strong>.gov.br<br />
49
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
Orientações sobre o processo<br />
<strong>de</strong> licitação<br />
O que é processo licitatório<br />
O processo licitatório po<strong>de</strong> ser entendido como o conjunto <strong>de</strong> procedimentos<br />
legais a ser<strong>em</strong> observados pela administração pública<br />
quando <strong>da</strong> realização <strong>de</strong> contratações <strong>de</strong> obras, serviços, compras<br />
e alienações.<br />
Quais são as principais normas legais que<br />
tratam do processo licitatório<br />
Os principais dispositivos legais são as Leis Fe<strong>de</strong>rais n os 8.666, <strong>de</strong><br />
21 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1993, e 10.520, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2002, e os Decretos<br />
n os 3.555, <strong>de</strong> 8 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2000, e 5.450, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> maio<br />
<strong>de</strong> 2005.<br />
Qu<strong>em</strong> po<strong>de</strong> participar <strong>da</strong>s licitações<br />
Os interessados que atu<strong>em</strong> no ramo pertinente ao objeto licitado,<br />
sendo ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a participação <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas cujas administrações,<br />
direta ou indiretamente, possuam qualquer servidor <strong>de</strong> cargo efetivo<br />
ou comissionado pertencente aos quadros do órgão responsável<br />
pela licitação. Apesar <strong>de</strong> não haver proibição expressa na<br />
legislação, <strong>em</strong> razão do princípio <strong>da</strong> morali<strong>da</strong><strong>de</strong>, os municípios<br />
<strong>de</strong>v<strong>em</strong> evitar contratar <strong>em</strong>presas cujos sócios ou gerentes mantenham<br />
relação <strong>de</strong> parentesco com os funcionários responsáveis<br />
pela realização <strong>da</strong>s licitações.<br />
50
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
A legislação estabelece procedimentos<br />
diferenciados para contratações com<br />
características distintas<br />
Sim. Em razão <strong>da</strong>s características <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> objeto a ser contratado,<br />
a legislação estabeleceu formas específicas <strong>de</strong> licitação, trata<strong>da</strong>s<br />
pela legislação como mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />
Quantas e quais são as mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
existentes<br />
As Leis n os 8.666/93 e 10.520/02 (BRASIL, 1993, 2002) institu<strong>em</strong> seis<br />
mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> licitação: concorrência; toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> preços; convite;<br />
concurso (utilizado para apresentação <strong>de</strong> trabalhos, com concessão<br />
<strong>de</strong> prêmios); leilão (utilizado para a ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> bens) e pregão.<br />
Como se escolhe a mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong><br />
para a contratação pretendi<strong>da</strong><br />
Essa escolha é feita <strong>em</strong> razão do valor estimado <strong>da</strong> contratação<br />
(para as mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s concorrência, toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> preços e convite) e<br />
a natureza do objeto (para a mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> pregão).<br />
A concorrência é utiliza<strong>da</strong> para as contratações <strong>de</strong> obras e serviços<br />
<strong>de</strong> engenharia acima <strong>de</strong> R$ 1.500.000; e para compras e <strong>de</strong>mais<br />
serviços acima <strong>de</strong> R$ 650.000.<br />
A toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> preços é utiliza<strong>da</strong> para as contratações <strong>de</strong> obras e<br />
serviços <strong>de</strong> engenharia até o limite <strong>de</strong> R$ 1.500.000; e para compras<br />
e <strong>de</strong>mais serviços até R$ 650.000.<br />
51
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
O convite é utilizado para as contratações <strong>de</strong> obras e serviços <strong>de</strong><br />
engenharia até o limite <strong>de</strong> R$ 150.000; e para compras e <strong>de</strong>mais<br />
serviços até R$ 80.000.<br />
Para o pregão não existe limite <strong>de</strong> valor. To<strong>da</strong>via, só po<strong>de</strong> ser utilizado<br />
para a contratação <strong>de</strong> bens e serviços comuns, nos termos<br />
do Decreto nº 3.555/00.<br />
É obrigatório realizar licitação para<br />
contratações <strong>de</strong> quaisquer valores<br />
Não. A Lei nº 8.666/93 (BRASIL, 1993), prevê que a licitação é dispensável<br />
para contratar obras e serviços <strong>de</strong> engenharia até o limite<br />
<strong>de</strong> R$ 15.000 e para aquisições ou contratações dos <strong>de</strong>mais serviços<br />
até o limite <strong>de</strong> R$ 8.000. Mas faz-se necessário formalizar o<br />
processo <strong>de</strong> dispensa <strong>de</strong> licitação.<br />
Para concluir uma dispensa <strong>de</strong> licitação,<br />
é necessário obter mais <strong>de</strong> uma proposta<br />
A legislação não prevê especificamente essa <strong>de</strong>terminação, mas<br />
recomen<strong>da</strong>mos a obtenção <strong>de</strong> no mínimo três propostas para<br />
comparação <strong>de</strong> preços, o que garante transparência ao procedimento<br />
seletivo.<br />
52
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Na realização do convite, há um número<br />
mínimo <strong>de</strong> propostas <strong>de</strong> preços para<br />
vali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> licitação<br />
Sim. Segundo entendimento exarado <strong>em</strong> várias <strong>de</strong>cisões do Tribunal<br />
<strong>de</strong> Contas <strong>da</strong> União, formula<strong>da</strong>s a partir <strong>da</strong> interpretação dos §§ 3º<br />
e 7º do art. 22 <strong>da</strong> Lei nº 8.666/93 (BRASIL, 1993), necessita-se <strong>de</strong>, no<br />
mínimo, três propostas váli<strong>da</strong>s para a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> do certame.<br />
Que providência <strong>de</strong>ve ser adota<strong>da</strong><br />
quando não for<strong>em</strong> obti<strong>da</strong>s essas três<br />
propostas <strong>de</strong> preços<br />
Deve-se repetir o convite, encaminhando-o a outras <strong>em</strong>presas,<br />
além <strong>da</strong>s que compareceram. Caso, mesmo assim, não sejam obti<strong>da</strong>s<br />
as três propostas, <strong>de</strong>ve-se relatar a situação e <strong>de</strong>cidir a licitação<br />
com a(s) proposta(s) existente(s), observado o preço estimado<br />
para fins <strong>de</strong> aceitabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
É necessário publicar o aviso <strong>de</strong> convite<br />
Não. O aviso <strong>de</strong>ve ser disponibilizado <strong>em</strong> local próprio para consulta<br />
pública, po<strong>de</strong>ndo, também, ser utilizado outro meio que assegure<br />
sua ampla divulgação, como, por ex<strong>em</strong>plo, a internet.<br />
Qual o prazo para a divulgação do convite<br />
O prazo mínimo entre a divulgação do convite e o recebimento<br />
<strong>da</strong>s propostas é <strong>de</strong> cinco dias úteis.<br />
53
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
O que é comissão <strong>de</strong> licitação e quais são<br />
suas atribuições<br />
É a comissão cria<strong>da</strong> pela administração para receber, examinar e<br />
julgar todos os documentos e procedimentos relativos às licitações.<br />
Para a mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> pregão não há comissão <strong>de</strong> licitação, mas<br />
sim a nomeação <strong>de</strong> um pregoeiro, que, auxiliado por equipe <strong>de</strong><br />
apoio, é responsável pela condução <strong>da</strong> licitação.<br />
Existe número mínimo <strong>de</strong> m<strong>em</strong>bros para<br />
compor a comissão <strong>de</strong> licitação<br />
Sim. A Lei nº 8.666/93 (BRASIL, 1993) estabelece que as comissões<br />
sejam compostas por, no mínimo, três m<strong>em</strong>bros (dos quais, pelo menos,<br />
dois <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser servidores do órgão responsável pela licitação).<br />
No caso <strong>de</strong> convite, a comissão <strong>de</strong> licitação, excepcionalmente nas<br />
pequenas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s administrativas e <strong>em</strong> face <strong>da</strong> carência <strong>de</strong> pessoal,<br />
po<strong>de</strong>rá ser substituí<strong>da</strong> por servidor formalmente <strong>de</strong>signado<br />
pela autori<strong>da</strong><strong>de</strong> competente.<br />
O que diferencia o pregão <strong>da</strong>s <strong>de</strong>mais<br />
mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> licitação<br />
São várias as diferenças entre os dois procedimentos. Em síntese,<br />
o pregão foi instituído exclusivamente para a aquisição <strong>de</strong> bens<br />
e serviços comuns. Essa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> cont<strong>em</strong>pla novos ritos processuais,<br />
<strong>em</strong> especial a inversão <strong>da</strong>s fases (habilitação e abertura<br />
<strong>da</strong>s propostas comerciais), havendo a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> os licitantes<br />
formular<strong>em</strong> lances verbais, <strong>de</strong>crescentes e sucessivos. Nessa nova<br />
regra, verificam-se, inicialmente, os preços propostos e os lances<br />
54
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
verbais para sua redução, para, ao final, analisar os documentos<br />
<strong>de</strong> habilitação apenas <strong>da</strong> <strong>em</strong>presa vencedora. Essas diferenças<br />
possibilitam ao pregão rapi<strong>de</strong>z na conclusão do processo e possibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> preços mais baixos.<br />
O que são bens e serviços comuns<br />
Segundo as disposições <strong>da</strong> Lei nº 10.520/02 (BRASIL, 2002), são<br />
aqueles cujos padrões <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho e quali<strong>da</strong><strong>de</strong> possam ser<br />
objetivamente <strong>de</strong>finidos pelo edital, por meio <strong>de</strong> especificações<br />
usuais no mercado. O Anexo I do Decreto nº 3.555/00 traz relação<br />
contendo ex<strong>em</strong>plos <strong>de</strong> bens e serviços comuns.<br />
Quais são as exigências específicas para<br />
realizar um pregão<br />
O órgão <strong>de</strong>verá possuir recursos logísticos que possibilit<strong>em</strong> a realização<br />
do certame mediante a utilização <strong>de</strong> programa <strong>em</strong> computador<br />
com o uso <strong>de</strong> equipamento <strong>de</strong> projeção (<strong>da</strong>tashow ou similar), <strong>de</strong><br />
modo a permitir a perfeita visualização <strong>da</strong>s ofertas pelos presentes.<br />
Além dos recursos logísticos, o órgão <strong>de</strong>ve provi<strong>de</strong>nciar habilitação<br />
específica para os servidores que atuarão como pregoeiros nas<br />
licitações, sendo nulos os processos cujo pregoeiro não preencha<br />
tal requisito.<br />
Qual é o prazo para a publicação do aviso<br />
<strong>de</strong> licitação na mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> pregão<br />
O prazo mínimo entre a publicação do aviso e a realização do certame<br />
é <strong>de</strong> oito dias úteis.<br />
55
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
Os quantitativos licitados po<strong>de</strong>rão<br />
ser alterados após a conclusão do<br />
procedimento licitatório<br />
Sim. A legislação prevê a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> acrescer ou suprimir <strong>em</strong><br />
até 25% o valor inicial atualizado do contrato, nas obras, serviços<br />
ou compras. Nos casos <strong>de</strong> reforma <strong>de</strong> edifício ou <strong>de</strong> equipamentos,<br />
o acréscimo po<strong>de</strong>rá ser <strong>de</strong> até 50%. Para essas alterações, <strong>de</strong>v<strong>em</strong><br />
ser observa<strong>da</strong>s as mesmas condições contratuais, acompanha<strong>da</strong>s<br />
<strong>de</strong> justificativas técnicas e parecer jurídico.<br />
Quais são os procedimentos para a<br />
abertura do processo licitatório, aplicado<br />
<strong>em</strong> qualquer mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
A fase interna do procedimento relativo à licitação observará a<br />
seguinte seqüência <strong>de</strong> atos preparatórios:<br />
• solicitação expressa do setor requisitante interessado, com indicação<br />
<strong>de</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> e especificação do objeto, <strong>de</strong> forma precisa,<br />
clara e sucinta;<br />
• nos casos <strong>de</strong> obras e serviços <strong>de</strong> engenharia, elaboração do projeto<br />
básico e, quando for o caso, o executivo. Para a contratação<br />
<strong>de</strong> bens e serviços comuns (por meio <strong>de</strong> pregão), elaboração do<br />
termo <strong>de</strong> referência;<br />
• estimativa do valor <strong>da</strong> contratação, mediante comprova<strong>da</strong> pesquisa<br />
<strong>de</strong> mercado, que comporá o projeto básico ou o termo<br />
<strong>de</strong> referência;<br />
56
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
• aprovação <strong>da</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong> competente para início do processo licitatório,<br />
<strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente motiva<strong>da</strong> e analisa<strong>da</strong> sob a ótica <strong>da</strong> oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
conveniência e relevância para o interesse público;<br />
• autuação do processo correspon<strong>de</strong>nte, que <strong>de</strong>verá ser protocolizado<br />
e numerado;<br />
• indicação dos recursos orçamentários para fazer frente à <strong>de</strong>spesa;<br />
• verificação <strong>da</strong> a<strong>de</strong>quação orçamentária e financeira, <strong>em</strong> conformi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
com a Lei <strong>de</strong> Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Fiscal, quando for o caso;<br />
• <strong>de</strong>finição <strong>da</strong> mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> e tipo <strong>de</strong> licitação a ser<strong>em</strong> adotados;<br />
• confecção do edital;<br />
• parecer jurídico;<br />
• ampla divulgação do edital;<br />
• adjudicação e homologação <strong>da</strong> licitação;<br />
• publicação do resultado <strong>da</strong> licitação;<br />
• respeito aos prazos <strong>de</strong> acordo com a Lei n o 8.666/93.<br />
Quais são os procedimentos póshomologação<br />
<strong>da</strong> licitação<br />
• Fazer o contrato ou realizar a <strong>em</strong>issão <strong>da</strong> autorização <strong>de</strong> serviço<br />
(AS) ou autorização <strong>de</strong> fornecimento (AF), <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente<br />
assina<strong>da</strong>s pelo responsável pela área <strong>de</strong> compras e o or<strong>de</strong>nador<br />
<strong>da</strong> <strong>de</strong>spesa;<br />
57
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
• Encaminhar ao fornecedor a autorização para entrega do b<strong>em</strong><br />
e/ou serviço;<br />
• Certificação <strong>da</strong> nota fiscal, após a entrega do b<strong>em</strong> e/ou serviço,<br />
<strong>de</strong> acordo com o que foi licitado;<br />
• Provi<strong>de</strong>nciar a liqui<strong>da</strong>ção e o pagamento <strong>da</strong> <strong>de</strong>spesa;<br />
• Arquivar o processo.<br />
Contrato<br />
Concluí<strong>da</strong> a licitação, a administração adotará as providências<br />
para a celebração do respectivo contrato − no qual <strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar<br />
estabeleci<strong>da</strong>s, com clareza e precisão, as cláusulas com os direitos,<br />
obrigações e responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> administração e do particular,<br />
concor<strong>da</strong>ndo com o ato convocatório <strong>da</strong> licitação.<br />
A minuta do termo do contrato, obrigatoriamente examina<strong>da</strong> e<br />
aprova<strong>da</strong> previamente por assessoria jurídica <strong>da</strong> administração,<br />
<strong>de</strong>ve estar s<strong>em</strong>pre anexa<strong>da</strong> ao ato convocatório.<br />
O contrato só po<strong>de</strong>rá ser celebrado se houver efetiva disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> recursos orçamentários no exercício financeiro correspon<strong>de</strong>nte.<br />
Mediante exposição <strong>de</strong> motivos e aprovação pela área jurídica,<br />
po<strong>de</strong>rá ser aditado ou suprimido até 25% do limite financeiro<br />
contratado.<br />
A contratação <strong>de</strong>ve ser obrigatoriamente formaliza<strong>da</strong> mediante<br />
termo <strong>de</strong> contrato nos seguintes casos:<br />
• licitações realiza<strong>da</strong>s nas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> preços<br />
e concorrência;<br />
58
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
• dispensa, inexigibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> licitação ou pregão cujo valor esteja<br />
compreendido nos limites <strong>da</strong>s mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> preços<br />
e concorrência;<br />
• contratações <strong>de</strong> qualquer valor, <strong>da</strong>s quais result<strong>em</strong> obrigações<br />
futuras, por ex<strong>em</strong>plo: entrega futura ou parcela<strong>da</strong> do objeto e<br />
assistência técnica.<br />
Nos <strong>de</strong>mais casos, o termo <strong>de</strong> contrato é facultativo, po<strong>de</strong>ndo ser<br />
substituído pelos seguintes instrumentos: carta contrato, nota <strong>de</strong><br />
<strong>em</strong>penho <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa, autorização <strong>de</strong> compra, or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> execução<br />
do serviço.<br />
Estágios <strong>da</strong> <strong>de</strong>spesa pública<br />
a) Fixação: ocorre na Lei Orçamentária Anual (LOA), com base nos<br />
montantes que o órgão preten<strong>de</strong> gastar no exercício. As classificações<br />
orçamentárias <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser respeita<strong>da</strong>s segundo a categoria<br />
econômica, funcional, institucional e fonte <strong>de</strong> recurso;<br />
b) Empenho (BRASIL, 1964): os órgãos e enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s passam a executar<br />
o orçamento por meio <strong>de</strong> <strong>em</strong>penho, não exce<strong>de</strong>ndo o estipulado<br />
na LOA, <strong>de</strong> acordo com as seguintes mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s:<br />
• global: utilizado <strong>em</strong> <strong>de</strong>spesas contratuais e sujeitas a parcelamento;<br />
• estimativo: o valor é estimado, pois não se sabe ao certo quanto<br />
será gasto. Quando <strong>da</strong> efetivação (apresentação <strong>da</strong> <strong>de</strong>spesa),<br />
faz-se um reforço ou estorno do estimativo;<br />
• ordinário: quando se conhece o valor e não há parcelamento<br />
<strong>da</strong> <strong>de</strong>spesa.<br />
59
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
c) Liqui<strong>da</strong>ção (BRASIL, 1964): consiste na verificação do direito<br />
do credor, tendo por base documento comprobatório, geralmente<br />
a nota fiscal. Consi<strong>de</strong>rando o contrato, nota <strong>de</strong> <strong>em</strong>penho e comprovante<br />
<strong>de</strong> entrega do material ou serviço, essa verificação apura<br />
a orig<strong>em</strong>, o quê, a importância e a qu<strong>em</strong> se <strong>de</strong>ve pagar.<br />
Por ser consi<strong>de</strong>rado o estágio mais importante <strong>da</strong> <strong>de</strong>spesa, pois envolve<br />
gran<strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, este é o momento <strong>em</strong> que a administração<br />
pública recebe o b<strong>em</strong> e verifica sua quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e a<strong>de</strong>quação.<br />
d) Pagamento (BRASIL, 1964): último estágio, quando o ente<br />
transfere recursos ao credor.<br />
Efetuado somente após a liqui<strong>da</strong>ção regular, o <strong>de</strong>spacho ou autorização<br />
(assinado) <strong>de</strong>ve ser <strong>da</strong>do por autori<strong>da</strong><strong>de</strong> competente. A<br />
or<strong>de</strong>m bancária <strong>de</strong>ve ser <strong>em</strong>iti<strong>da</strong> pela contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e o pagamento<br />
feito por estabelecimento bancário ou, <strong>em</strong> casos excepcionais,<br />
por adiantamento.<br />
Entrega do b<strong>em</strong>, serviço, material<br />
permanente e insumos licitados<br />
Conferir se os itens especificados estão <strong>de</strong> acordo com o licitado.<br />
Certificação <strong>da</strong> documentação<br />
O documento fiscal <strong>de</strong>ve ser atestado pela uni<strong>da</strong><strong>de</strong> solicitante e<br />
área financeira (com carimbo, <strong>da</strong>ta e assinatura), <strong>de</strong>vendo-se verificar<br />
se o preenchimento está <strong>de</strong> acordo com os <strong>da</strong>dos constantes<br />
no contrato: razão social, CNPJ, número do <strong>em</strong>penho, <strong>de</strong>scrição<br />
do objeto, recolhimento <strong>de</strong> tributos e número do processo. No<br />
caso <strong>de</strong> material permanente, o mesmo <strong>de</strong>ve ser patrimoniado.<br />
60
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Encaminhamento ao financeiro<br />
para liqui<strong>da</strong>ção e pagamento<br />
• Liqui<strong>da</strong>ção do <strong>em</strong>penho;<br />
• Confecção <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m bancária;<br />
• Encaminhamento para assinatura do or<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa;<br />
• Encaminhamento para o banco;<br />
• Nos casos <strong>de</strong> convênio e/ou contrato <strong>de</strong> repasse, incluir informação<br />
relativa à prestação <strong>de</strong> contas.<br />
Arquivamento<br />
A área financeira encaminha os seguintes documentos para arquivamento<br />
na área <strong>de</strong> contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>:<br />
• Cópia do <strong>em</strong>penho e nota fiscal original;<br />
• Or<strong>de</strong>m bancária <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente assina<strong>da</strong>;<br />
• Cópia do contrato e/ou autorização <strong>de</strong> fornecimento e/ou autorização<br />
<strong>de</strong> serviços.<br />
O processo <strong>de</strong> arquivamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa pela contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ve<br />
s<strong>em</strong>pre estar acor<strong>de</strong> com as orientações do Tribunal <strong>de</strong> Contas do<br />
estado e/ou municípios.<br />
61
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
Legislação básica<br />
Lei nº 8.080, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1990. Dispõe sobre as condições<br />
para a promoção, proteção e recuperação <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, a organização<br />
e o funcionamento dos serviços correspon<strong>de</strong>ntes e dá<br />
outras providências.<br />
Portaria GM/MS nº 3.120, <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1998. Aprova a<br />
Instrução Normativa <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> do Trabalhador<br />
no SUS, na forma do Anexo A esta Portaria, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>finir procedimentos básicos para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s<br />
ações correspon<strong>de</strong>ntes.<br />
Portaria GM/MS nº 3.908, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1998. Estabelece<br />
procedimentos para orientar e instrumentalizar as ações e serviços<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do trabalhador no Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS).<br />
Portaria GM/MS nº 1.339, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1999. Institui a<br />
lista <strong>de</strong> doenças relaciona<strong>da</strong>s ao trabalho, a ser adota<strong>da</strong> como referência<br />
dos agravos originados no processo <strong>de</strong> trabalho no Sist<strong>em</strong>a<br />
Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, para uso clínico e epi<strong>de</strong>miológico, constante<br />
no Anexo I <strong>de</strong>sta Portaria.<br />
Portaria GM/MS nº 1.679, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2002. Dispõe<br />
sobre a estruturação <strong>da</strong> re<strong>de</strong> nacional <strong>de</strong> atenção integral à saú<strong>de</strong><br />
do trabalhador no SUS e dá outras providências.<br />
Portaria GM/MS nº 777/04, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2004. Dispõe sobre os<br />
procedimentos técnicos para a notificação compulsória <strong>de</strong> agravos<br />
à saú<strong>de</strong> do trabalhador <strong>em</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços sentinela específica,<br />
no Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> – SUS.<br />
62
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Portaria GM/MS n o 1.172, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2004. Regulamenta<br />
a NOB SUS 01/96 no que se refere às competências <strong>da</strong> União, estados<br />
e Distrito Fe<strong>de</strong>ral na área <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>fine a<br />
sist<strong>em</strong>ática <strong>de</strong> financiamento e dá outras providências.<br />
Portaria Conjunta SE/SVS n° 8, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2004. Define o Teto<br />
Financeiro <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> – TFVS e dá outras providências.<br />
Portaria GM/MS nº 2.529, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2004. Institui<br />
o Subsist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> Epi<strong>de</strong>miológica <strong>em</strong> Âmbito<br />
Hospitalar, <strong>de</strong>fine competências para os estabelecimentos hospitalares,<br />
a União, os estados, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os municípios, cria a<br />
Re<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Hospitais <strong>de</strong> Referência para o referido subsist<strong>em</strong>a<br />
e <strong>de</strong>fine critérios para qualificação <strong>de</strong> estabelecimentos.<br />
Portaria SVS/MS n o 16, <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2005. Regulamenta a suspensão<br />
do repasse mensal dos recursos do Teto Financeiro <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong><br />
<strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> – TFVS.<br />
Portaria GM/MS nº 1.125, <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2005. Dispõe sobre os<br />
propósitos <strong>da</strong> política <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do trabalhador.<br />
Portaria GM/MS nº 2.437, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2005. Amplia a<br />
Re<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Atenção Integral à Saú<strong>de</strong> do Trabalhador no SUS.<br />
Portaria GM/MS nº 2.458, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2005. Re<strong>de</strong>fine<br />
os valores do incentivo para custeio e manutenção dos serviços<br />
habilitados como Centros <strong>de</strong> Referência <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> do Trabalhador<br />
− Cerest.<br />
Portaria GM/MS nº 2.606, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2005. Classifica<br />
os Laboratórios Centrais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública e institui seu fator<br />
<strong>de</strong> incentivo.<br />
63
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
Portaria GM/MS nº 2.607, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2005. Institui<br />
com recursos do Teto Financeiro <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> incentivo<br />
financeiro para custeio <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s pelo Registro<br />
<strong>de</strong> Câncer <strong>de</strong> Base Populacional – RCBP.<br />
Portaria GM/MS nº 2.608, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2005. Define<br />
recursos financeiros do Teto Financeiro <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>,<br />
para incentivar a estruturação <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> vigilância e prevenção<br />
<strong>de</strong> doenças e agravos não-transmissíveis por parte <strong>da</strong>s secretarias<br />
estaduais e secretarias municipais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong>s capitais.<br />
Portaria GM/MS nº 399, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2006. Divulga o Pacto<br />
pela Saú<strong>de</strong> 2006 − Consoli<strong>da</strong>ção do SUS e aprova as diretrizes<br />
operacionais do referido Pacto.<br />
Portaria nº 354, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2006. Aprova e promulga o<br />
Regimento Interno <strong>da</strong> Agência Nacional <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> Sanitária −<br />
Anvisa e dá outras providências.<br />
Portaria GM nº 204, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2007. Regulamenta as<br />
transferências fe<strong>de</strong>rais para ações e serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, na forma<br />
<strong>de</strong> blocos <strong>de</strong> financiamento.<br />
Portaria GM/MS nº 1.052, <strong>de</strong> 8 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2007. Aprova e divulga<br />
o Plano Diretor <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> Sanitária.<br />
Portaria GM/MS nº 1.998, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2007. Regulamenta<br />
o repasse <strong>de</strong> recursos financeiros <strong>de</strong>stinados à execução <strong>da</strong>s ações<br />
<strong>de</strong> vigilância sanitária na forma do Componente <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> Sanitária<br />
do Bloco <strong>de</strong> Financiamento <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />
Portaria GM/MS nº 3.271, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2007. Regulamenta<br />
o repasse <strong>de</strong> recursos financeiros <strong>de</strong>stinados aos Laboratórios <strong>de</strong><br />
64
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Saú<strong>de</strong> Pública para a execução <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância sanitária, na<br />
forma do bloco <strong>de</strong> financiamento <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Portaria GM/MS n o 154, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2008. Cria os Núcleos<br />
<strong>de</strong> Apoio à Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família – Nasf,<br />
Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU nº 127, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong><br />
2008. Estabelece normas para execução do disposto no Decreto<br />
nº 6.170, <strong>de</strong> 25.7.2007, que dispõe sobre as normas relativas às<br />
transferências <strong>de</strong> recursos <strong>da</strong> União mediante convênios e contratos<br />
<strong>de</strong> repasse, e dá outras providências.<br />
Portaria SVS/MS nº 64, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2008. Estabelece a Programação<br />
<strong>da</strong>s Ações <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> (PAVS) como instrumento<br />
<strong>de</strong> planejamento para <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> um elenco norteador<br />
<strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> que serão operacionaliza<strong>da</strong>s pelas<br />
três esferas <strong>de</strong> gestão e dá outras providências.<br />
Portaria SVS/MS n o 79, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2008. Estabelece<br />
mecanismo <strong>de</strong> repasse financeiro para incentivo à impl<strong>em</strong>entação<br />
e fortalecimento <strong>da</strong>s ações específicas <strong>da</strong> Política Nacional <strong>de</strong> Promoção<br />
<strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, com ênfase na integração <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong>,<br />
Promoção e Prevenção <strong>de</strong> Doenças e Agravos Não-Transmissíveis<br />
com a Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família para o ano <strong>de</strong> 2008.<br />
Portaria MS/GM n o 2.981, <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2008. Autoriza repasse<br />
financeiro do Fundo Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> aos fundos estaduais<br />
e municipais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para incentivo à impl<strong>em</strong>entação e ao fortalecimento<br />
<strong>da</strong>s ações específicas <strong>da</strong> Política Nacional <strong>de</strong> Promoção<br />
<strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, com ênfase na integração <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong>, Promoção<br />
e Prevenção <strong>de</strong> Doenças e Agravos Não-Transmissíveis com<br />
a Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família para o ano <strong>de</strong> 2008.<br />
65
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
Portaria MS/GM n o 837, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2009. Altera e acrescenta<br />
dispositivos à Portaria n o 204/GM, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2007, para<br />
inserir o bloco <strong>de</strong> investimentos na Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> na<br />
composição dos blocos <strong>de</strong> financiamento relativos à transferência<br />
<strong>de</strong> recursos fe<strong>de</strong>rais para as ações e os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> no âmbito<br />
do Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> – SUS.<br />
Decreto nº 3.029, <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1999. Aprova o Regulamento <strong>da</strong><br />
Agência Nacional <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> Sanitária e dá outras providências.<br />
Decreto nº 5.450, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2005. Regulamenta o pregão,<br />
na forma eletrônica, para aquisição <strong>de</strong> bens e serviços comuns, e<br />
dá outras providências.<br />
Decreto nº 6.170, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2007. Dispõe sobre as normas<br />
relativas às transferências <strong>de</strong> recursos <strong>da</strong> União mediante convênios<br />
e contratos <strong>de</strong> repasse, e dá outras providências.<br />
66
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Referências<br />
BRASIL. Lei nº 4.320, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1964. Estatui Normas<br />
Gerais <strong>de</strong> Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos<br />
e balanços <strong>da</strong> União, dos Estados, dos Municípios e do<br />
Distrito Fe<strong>de</strong>ral. Diário Oficial <strong>da</strong> União, Po<strong>de</strong>r Executivo, Brasília,<br />
DF, 23 mar. 1964.<br />
BRASIL. Lei nº 8.080, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1990. Dispõe sobre<br />
as condições para a promoção, proteção e recuperação <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>,<br />
a organização e o funcionamento dos serviços correspon<strong>de</strong>ntes e<br />
dá outras providências. Diário Oficial <strong>da</strong> União, Po<strong>de</strong>r Executivo,<br />
Brasília, DF, 20 set. 1990.<br />
______. Lei nº 8.666, <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1993. Regulamenta o art.<br />
37, inciso XXI, <strong>da</strong> Constituição Fe<strong>de</strong>ral, institui normas para licitações<br />
e contratos <strong>da</strong> Administração Pública e dá outras providências.<br />
Diário Oficial <strong>da</strong> União, Po<strong>de</strong>r Executivo, Brasília, DF, 22 jun. 1993.<br />
______. Lei nº 10.520, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2002. Institui, no âmbito<br />
<strong>da</strong> União, Estados, Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Municípios, nos termos do art.<br />
37, inciso XXI, <strong>da</strong> Constituição Fe<strong>de</strong>ral, mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> licitação<br />
<strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> pregão, para aquisição <strong>de</strong> bens e serviços comuns, e<br />
dá outras providências. Diário Oficial <strong>da</strong> União, Po<strong>de</strong>r Executivo,<br />
Brasília, DF, 18 jul. 2002.<br />
67
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
______. <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Gabinete do Ministro. Instrução Normativa<br />
STN nº 1, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1997. Regulamenta os conteúdos,<br />
instrumentos e fluxos do processo <strong>de</strong> habilitação <strong>de</strong> municípios,<br />
<strong>de</strong> estados e do Distrito Fe<strong>de</strong>ral as novas condições <strong>de</strong> gestão<br />
cria<strong>da</strong>s pela norma operacional básica do Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
- NOB SUS 01/96. Diário Oficial <strong>da</strong> União, Po<strong>de</strong>r Executivo, Brasília,<br />
DF, 23 maio 1997.<br />
______. <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Gabinete do Ministro. Portaria nº 16, <strong>de</strong><br />
5 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2005. Torna pública a proposta <strong>de</strong> projeto <strong>de</strong> resolução<br />
“regulamento técnico Mercosul sobre terceirização para produtos<br />
<strong>de</strong> higiene pessoal, cosméticos e perfumes” e dá outras providências.<br />
Diário Oficial <strong>da</strong> União, Po<strong>de</strong>r Executivo, Brasília, DF, 6 jan. 2005.<br />
______. <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Gabinete do Ministro. Portaria nº<br />
204, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2007. Regulamenta o financiamento e<br />
a transferência dos recursos fe<strong>de</strong>rais para as ações e os serviços<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, na forma <strong>de</strong> blocos <strong>de</strong> financiamento, com o respectivo<br />
monitoramento e controle. Diário Oficial <strong>da</strong> União, Po<strong>de</strong>r Executivo,<br />
Brasília, DF, 31 jan. 2007a.<br />
______. <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Gabinete do Ministro. Portaria nº 399,<br />
<strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2006. Divulga o Pacto pela Saú<strong>de</strong> 2006 - Consoli<strong>da</strong>ção<br />
do SUS e aprova as diretrizes operacionais do referido Pacto.<br />
Diário Oficial <strong>da</strong> União, Po<strong>de</strong>r Executivo, Brasília, DF, 23 fev. 2006a.<br />
______. <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Gabinete do Ministro. Portaria nº<br />
1.172, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2004. Regulamenta a NOB SUS 01/96 no<br />
que se refere às competências <strong>da</strong> União, estados, municípios e Distrito<br />
Fe<strong>de</strong>ral, na área <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>fine a sist<strong>em</strong>ática<br />
<strong>de</strong> financiamento e dá outras providências. Diário Oficial <strong>da</strong> União,<br />
Po<strong>de</strong>r Executivo, Brasília, DF, 17 jun. 2004.<br />
68
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
______. <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Gabinete do Ministro. Portaria nº<br />
1998, <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2007. Regulamenta o repasse <strong>de</strong> recursos<br />
financeiros <strong>de</strong>stinados à execução <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância<br />
sanitária na forma do componente <strong>de</strong> vigilância sanitária do bloco<br />
<strong>de</strong> financiamento <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>. Diário Oficial <strong>da</strong> União,<br />
Po<strong>de</strong>r Executivo, Brasília, DF, 22 ago. 2007b.<br />
______. <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Promoção e vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> nas<br />
re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atenção/territórios <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong> (Teias): contribuições<br />
para discussão <strong>da</strong> Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>. Brasília,<br />
2009. Documento preliminar, circulação restrita.<br />
______. <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />
Categorização <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>. Brasília, 2006b.<br />
Documento discutido no GTVS.<br />
ESCOLA POLITÉCNICA DE SAÚDE JOAQUIM VENÂNCIO. O processo<br />
<strong>de</strong> trabalho <strong>da</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Fiocruz, 2004.<br />
LOTUFO, Márcia. Documento técnico com proposta <strong>de</strong> articulação<br />
<strong>da</strong> atenção básica e vigilância no nível local do SUS. Brasília: <strong>Ministério</strong><br />
<strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, 2009. Circulação restrita<br />
TEIXEIRA, C. F.; VILASBOAS, A. L. Q. Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> família e vigilância<br />
<strong>em</strong> saú<strong>de</strong>: <strong>em</strong> busca <strong>da</strong> integração <strong>da</strong>s práticas. Revista Brasileira<br />
<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família, Brasília, ano 8, p. 63-67, out./<strong>de</strong>z. 2007.<br />
69
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
Glossário<br />
AF – Autorização <strong>de</strong> fornecimento<br />
AS – Autorização <strong>de</strong> serviço<br />
CEREST – Centro <strong>de</strong> Referência <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Trabalhador<br />
CIB – Comissão Intergestores Bipartite<br />
CONASEMS – Conselho Nacional <strong>de</strong> Secretários Municipais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
CONASS – Conselho Nacional <strong>de</strong> Secretários Estaduais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
DST/AIDS – Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS<br />
EPI – Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual<br />
FAEC – Fundo <strong>de</strong> Ações Estratégicas e Compensação<br />
FINLACEN-VISA – Financiamento para o custeio <strong>de</strong> ações laboratoriais <strong>de</strong> vigilância sanitária<br />
FNS/SE/MS – Fundo Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>/Secretaria Executiva/<strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong><br />
IBGE – Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística<br />
LOA – Lei Orçamentária Anual<br />
MAC – Média e Alta Complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> Ambulatorial e Hospitalar<br />
OMS – Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
PAB Fixo – Piso <strong>da</strong> Atenção Básica Fixo<br />
PAB Variável – Piso <strong>da</strong> Atenção Básica Variável<br />
PAVS – Programação <strong>da</strong>s Ações <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
PlanejaSUS – Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Planejamento do Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
PDI – Plano Diretor <strong>de</strong> Investimento<br />
PDR – Plano Diretor <strong>de</strong> Regionalização<br />
PPA – Plano Plurianual<br />
PPI – Programação Pactua<strong>da</strong> e Integra<strong>da</strong> <strong>da</strong> Atenção <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
SES – Secretaria <strong>de</strong> Estado <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong><br />
SMS – Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
SUS – Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
SVS/MS – Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/<strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong><br />
TFVISA – Teto Financeiro <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> Sanitária<br />
TFVS – Teto Financeiro <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
VIGISUS – Financiamento através <strong>de</strong> acordos internacionais, <strong>de</strong>stinado ao fortalecimento<br />
<strong>da</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> nos Estados, no Distrito Fe<strong>de</strong>ral e nos Municípios<br />
VS – <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
VISA – <strong>Vigilância</strong> Sanitária<br />
70
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Anexos<br />
Anexo A – Competências <strong>da</strong><br />
<strong>Vigilância</strong> Epi<strong>de</strong>miológica e Ambiental<br />
Competências União Estados Municípios DF<br />
A vigilância <strong>da</strong>s doenças transmissíveis,<br />
a vigilância <strong>da</strong>s doenças e agravos<br />
não-transmissíveis e dos seus fatores <strong>de</strong><br />
risco, a vigilância ambiental <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> e a<br />
vigilância <strong>da</strong> situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
Coor<strong>de</strong>nação nacional, estadual ou<br />
municipal <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong><br />
saú<strong>de</strong>, com ênfase naquelas que exig<strong>em</strong><br />
simultanei<strong>da</strong><strong>de</strong> nacional ou regional para<br />
alcançar êxito<br />
Execução <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong> forma compl<strong>em</strong>entar à atuação dos<br />
estados ou municípios<br />
Execução <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong><br />
saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> forma supl<strong>em</strong>entar, quando<br />
constata<strong>da</strong> insuficiência <strong>da</strong> ação estadual<br />
ou municipal<br />
Definição <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e parâmetros que<br />
integram a Programação <strong>da</strong>s Ações <strong>de</strong><br />
<strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> (PAVS)<br />
X X X X<br />
X X X X<br />
X X X<br />
X X X<br />
X<br />
Normatização técnica X X X X<br />
Assessoria técnica a estados e/ou<br />
municípios<br />
X X X<br />
Abastecimento dos seguintes insumos estratégicos:<br />
imunobiológicos; insetici<strong>da</strong>s; meios<br />
<strong>de</strong> diagnóstico laboratorial para as doenças<br />
sob monitoramento epi<strong>de</strong>miológico (kits<br />
diagnóstico); equipamentos <strong>de</strong> proteção<br />
individual (EPI) compostos por máscaras<br />
respiratórias <strong>de</strong> pressão positiva/negativa<br />
com filtros <strong>de</strong> proteção a<strong>de</strong>quados para<br />
investigação <strong>de</strong> surtos e agravos inusitados<br />
à saú<strong>de</strong><br />
X<br />
continua<br />
71
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
continuação<br />
Participação no financiamento <strong>da</strong>s ações<br />
<strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
<strong>Gestão</strong> dos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> informação epi<strong>de</strong>miológica,<br />
Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Informação sobre<br />
Agravos <strong>de</strong> Notificação (Sinan), Sist<strong>em</strong>a<br />
<strong>de</strong> Informação sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM),<br />
Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Informação sobre Nascidos<br />
Vivos (Sinasc), Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Informação do<br />
Programa Nacional <strong>de</strong> Imunizações (SI-PNI)<br />
e outros sist<strong>em</strong>as que venham a ser introduzidos,<br />
incluindo: normatização técnica,<br />
com <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> instrumentos e fluxos;<br />
consoli<strong>da</strong>ção dos <strong>da</strong>dos provenientes dos<br />
estados; retroalimentação dos <strong>da</strong>dos<br />
Divulgação <strong>de</strong> informações e análises<br />
epi<strong>de</strong>miológicas<br />
Coor<strong>de</strong>nação e execução <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> informação, educação e comunicação,<br />
<strong>de</strong> abrangência nacional, estadual ou<br />
municipal<br />
Promoção, coor<strong>de</strong>nação e execução, <strong>em</strong><br />
situações específicas, <strong>de</strong> pesquisas epi<strong>de</strong>miológicas<br />
e operacionais na área <strong>de</strong> prevenção<br />
e controle <strong>de</strong> doenças e agravos<br />
Definição <strong>de</strong> centros <strong>de</strong> referência nacionais<br />
<strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
Coor<strong>de</strong>nação técnica <strong>da</strong> cooperação internacional<br />
na área <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
Fomento e execução <strong>de</strong> programas <strong>de</strong><br />
capacitação <strong>de</strong> recursos humanos<br />
Assessoramento às secretarias estaduais<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (SES) e às secretarias municipais<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (SMS) na elaboração <strong>da</strong> PAVS<br />
Supervisão, fiscalização e controle <strong>da</strong> execução<br />
<strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
realiza<strong>da</strong>s pelos municípios, incluindo<br />
a permanente avaliação dos sist<strong>em</strong>as<br />
estaduais <strong>de</strong> vigilância epi<strong>de</strong>miológica e<br />
ambiental <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
X X X X<br />
X<br />
X X X X<br />
X X X X<br />
X X X X<br />
X<br />
X<br />
X X X X<br />
X<br />
X X X<br />
continua<br />
72
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
continuação<br />
Coor<strong>de</strong>nação <strong>da</strong> Re<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Laboratórios<br />
<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública (RNLSP) ou<br />
Re<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Laboratórios <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Pública (RELSP) nos aspectos relativos à<br />
vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>, com <strong>de</strong>finição e estabelecimento<br />
<strong>de</strong> normas, fluxos técnicooperacionais<br />
(coleta, envio e transporte<br />
<strong>de</strong> material biológico) e cre<strong>de</strong>nciamento<br />
<strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s partícipes<br />
Coor<strong>de</strong>nação do Programa Nacional <strong>de</strong><br />
Imunizações incluindo a <strong>de</strong>finição <strong>da</strong>s<br />
vacinas obrigatórias no país e as estratégias<br />
e normatização técnica sobre sua<br />
utilização<br />
X X X<br />
X<br />
Execução <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
<strong>em</strong> municípios não certificados<br />
X<br />
X<br />
Definição, <strong>em</strong> conjunto com os gestores<br />
municipais, na Comissão Intergestores<br />
Bipartite (CIB), <strong>da</strong> Programação <strong>da</strong>s<br />
Ações <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> ( PAVS),<br />
<strong>em</strong> conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> com os parâmetros<br />
<strong>de</strong>finidos pela Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong><br />
Saú<strong>de</strong> (SVS)<br />
X X X<br />
Abastecimento dos seguintes insumos<br />
estratégicos: medicamentos específicos,<br />
nos termos pactuados na CIT; seringas<br />
e agulhas, sendo facultado ao estado a<br />
<strong>de</strong>legação <strong>de</strong>ssa competência à União,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a parcela correspon<strong>de</strong>nte do<br />
TFVS seja subtraí<strong>da</strong> do repasse à SES;<br />
óleo vegetal; equipamentos <strong>de</strong> aspersão<br />
<strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s; aquisição <strong>de</strong> máscaras<br />
faciais completas para a nebulização <strong>de</strong><br />
insetici<strong>da</strong>s a ultra baixo volume (UBV) – a<br />
frio e termonebulização – para o combate<br />
a vetores; equipamentos <strong>de</strong> proteção<br />
individual (EPI): máscaras s<strong>em</strong>ifaciais para<br />
a aplicação <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s <strong>em</strong> superfícies<br />
com ação residual para o combate a<br />
vetores; gestão dos estoques estaduais<br />
<strong>de</strong> insumos estratégicos, inclusive com<br />
abastecimento dos municípios<br />
X<br />
X<br />
continua<br />
73
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
continuação<br />
<strong>Gestão</strong> dos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> informação<br />
epi<strong>de</strong>miológica, no âmbito estadual ou<br />
municipal, incluindo: consoli<strong>da</strong>ção dos<br />
<strong>da</strong>dos provenientes dos municípios ou <strong>de</strong><br />
uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s notificantes, por meio <strong>de</strong> processamento<br />
eletrônico, do Sinan, do SIM, do<br />
Sinasc, do SI-PNI e <strong>de</strong> outros sist<strong>em</strong>as que<br />
venham a ser introduzidos; e retroalimentação<br />
<strong>de</strong> <strong>da</strong>dos<br />
Envio dos <strong>da</strong>dos ao nível fe<strong>de</strong>ral ou estadual<br />
regularmente, <strong>de</strong>ntro dos prazos estabelecidos<br />
pelas normas <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> sist<strong>em</strong>a<br />
X X X<br />
X X X<br />
Definição <strong>de</strong> centros <strong>de</strong> referência estaduais<br />
<strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />
Coor<strong>de</strong>nação <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância ambiental<br />
<strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> risco à saú<strong>de</strong> humana,<br />
incluindo o monitoramento <strong>da</strong> água<br />
<strong>de</strong> consumo humano e contaminantes<br />
com importância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> pública, como<br />
os agrotóxicos, o mercúrio e o benzeno<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
Supervisão <strong>da</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> laboratórios públicos<br />
e privados que realizam análises <strong>de</strong><br />
interesse <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> pública<br />
X X X<br />
Abastecimento para diagnóstico laboratorial<br />
<strong>da</strong>s doenças <strong>de</strong> notificação compulsória<br />
e outros agravos <strong>de</strong> importância<br />
epi<strong>de</strong>miológica, na re<strong>de</strong> estadual <strong>de</strong><br />
laboratórios <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública<br />
Coor<strong>de</strong>nação <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vigilância<br />
entomológica para as doenças transmiti<strong>da</strong>s<br />
por vetores, incluindo a realização <strong>de</strong><br />
inquéritos entomológicos<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
Coor<strong>de</strong>nação do componente estadual<br />
ou municipal do Programa Nacional <strong>de</strong><br />
Imunizações<br />
X X X<br />
Supervisão <strong>da</strong> execução <strong>da</strong>s ações básicas<br />
<strong>de</strong> vigilância sanitária realiza<strong>da</strong>s pelos<br />
municípios<br />
X<br />
X<br />
Notificação <strong>de</strong> doenças <strong>de</strong> notificação<br />
compulsória, surtos e agravos inusitados,<br />
conforme normatização<br />
X X X X<br />
continua<br />
74
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
continuação<br />
Investigação epi<strong>de</strong>miológica <strong>de</strong> casos<br />
notificados, surtos e óbitos por doenças<br />
específicas<br />
Busca ativa <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> notificação compulsória<br />
nas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, inclusive<br />
laboratórios, domicílios, creches e instituições<br />
<strong>de</strong> ensino, entre outros, existentes<br />
<strong>em</strong> seu território<br />
Busca ativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> óbito e <strong>de</strong><br />
nascidos vivos nas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />
cartórios e c<strong>em</strong>itérios existentes <strong>em</strong> seu<br />
território<br />
Abastecimento para realização <strong>de</strong> exames<br />
laboratoriais voltados ao diagnóstico <strong>da</strong>s<br />
doenças <strong>de</strong> notificação compulsória, <strong>em</strong> articulação<br />
com a secretaria estadual <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
Abastecimento para realização <strong>de</strong> exames<br />
laboratoriais para controle <strong>de</strong> doenças,<br />
como malária, esquistossomose, triatomíneos,<br />
entre outros a ser<strong>em</strong> <strong>de</strong>finidos pela PAVS<br />
Acompanhamento e avaliação dos procedimentos<br />
laboratoriais realizados pelas<br />
uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s públicas e priva<strong>da</strong>s componentes<br />
<strong>da</strong> re<strong>de</strong> municipal <strong>de</strong> laboratórios que realizam<br />
exames relacionados à saú<strong>de</strong> pública<br />
Monitoramento <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> água<br />
para consumo humano, incluindo ações<br />
<strong>de</strong> coleta e provimento dos exames físico,<br />
químico e bacteriológico <strong>de</strong> amostras, <strong>em</strong><br />
conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> com a normatização fe<strong>de</strong>ral<br />
Captura <strong>de</strong> vetores e reservatórios,<br />
i<strong>de</strong>ntificação e levantamento do índice<br />
<strong>de</strong> infestação<br />
Registro, captura, apreensão e eliminação<br />
<strong>de</strong> animais que represent<strong>em</strong> risco à saú<strong>de</strong><br />
do hom<strong>em</strong><br />
Ações <strong>de</strong> controle químico e biológico <strong>de</strong><br />
vetores e <strong>de</strong> eliminação <strong>de</strong> criadouros<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
continua<br />
75
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
continuação<br />
Coor<strong>de</strong>nação e execução <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> vacinação<br />
integrantes do Programa Nacional<br />
<strong>de</strong> Imunizações, incluindo a vacinação<br />
<strong>de</strong> rotina com as vacinas obrigatórias, as<br />
estratégias especiais como campanhas e<br />
vacinações <strong>de</strong> bloqueio e a notificação e<br />
investigação <strong>de</strong> eventos adversos e óbitos<br />
t<strong>em</strong>poralmente associados à vacinação<br />
<strong>Vigilância</strong> epi<strong>de</strong>miológica e monitoramento<br />
<strong>da</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> infantil e materna<br />
Execução <strong>da</strong>s ações básicas <strong>de</strong> vigilância<br />
sanitária<br />
<strong>Gestão</strong> dos estoques municipais <strong>de</strong> insumos<br />
estratégicos, inclusive com abastecimento<br />
dos executores <strong>da</strong>s ações<br />
Aquisição <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> proteção<br />
individual (EPI) referentes aos uniformes,<br />
<strong>de</strong>mais vestimentas e equipamentos<br />
necessários para a aplicação <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s<br />
e biolarvici<strong>da</strong>s, além <strong>da</strong>queles indicados<br />
para outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> rotina <strong>de</strong> controle<br />
<strong>de</strong> vetores, <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s no <strong>Manual</strong> <strong>de</strong><br />
Procedimentos <strong>de</strong> Segurança, publicado<br />
pelo <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong><br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
OBS: 1- A responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> pela disponibilização dos equipamentos <strong>de</strong> proteção individual (EPI) será <strong>da</strong>s três<br />
esferas <strong>de</strong> governo, <strong>de</strong> acordo com o nível <strong>de</strong> complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> a ser <strong>de</strong>finido pela especifici<strong>da</strong><strong>de</strong> funcional <strong>de</strong>sses<br />
equipamentos. 2- As competências aqui estabeleci<strong>da</strong>s po<strong>de</strong>rão ser executa<strong>da</strong>s <strong>em</strong> caráter supl<strong>em</strong>entar pelos<br />
estados ou por consórcio <strong>de</strong> municípios, nas condições pactua<strong>da</strong>s na CIB<br />
76
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Anexo B – Competências<br />
<strong>da</strong> <strong>Vigilância</strong> Sanitária<br />
Competências União Estados Municípios DF<br />
Estabelecer normas e executar<br />
a vigilância sanitária <strong>de</strong> portos,<br />
aeroportos e fronteiras, cuja execução<br />
po<strong>de</strong> ser compl<strong>em</strong>enta<strong>da</strong><br />
pelos estados, Distrito Fe<strong>de</strong>ral e<br />
municípios<br />
Estabelecer critérios, parâmetros<br />
e métodos para o controle <strong>da</strong><br />
quali<strong>da</strong><strong>de</strong> sanitária <strong>de</strong> produtos,<br />
substâncias e serviços <strong>de</strong> consumo<br />
e uso humano<br />
Formular, avaliar, elaborar normas<br />
e participar na execução <strong>da</strong><br />
política nacional e produção <strong>de</strong><br />
insumos e equipamentos para<br />
a saú<strong>de</strong>, <strong>em</strong> articulação com os<br />
<strong>de</strong>mais órgãos governamentais<br />
Controlar e fiscalizar procedimentos,<br />
produtos e substâncias <strong>de</strong><br />
interesse para a saú<strong>de</strong><br />
Normatizar e coor<strong>de</strong>nar nacionalmente<br />
o Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong><br />
Sangue, Componentes e Derivados<br />
A União po<strong>de</strong>rá executar ações <strong>de</strong><br />
vigilância epi<strong>de</strong>miológica e sanitária<br />
<strong>em</strong> circunstâncias especiais,<br />
como na ocorrência <strong>de</strong> agravos<br />
inusitados à saú<strong>de</strong> que possam<br />
escapar do controle <strong>da</strong> direção estadual<br />
do Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
(SUS) ou que represent<strong>em</strong> risco <strong>de</strong><br />
diss<strong>em</strong>inação nacional<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
Coor<strong>de</strong>nar e, <strong>em</strong> caráter compl<strong>em</strong>entar,<br />
executar ações e serviços<br />
X<br />
X<br />
continua<br />
77
Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>/MS<br />
continuação<br />
Em caráter supl<strong>em</strong>entar, formular,<br />
executar, acompanhar e avaliar a<br />
política <strong>de</strong> insumos e equipamentos<br />
para a saú<strong>de</strong><br />
Formular normas e estabelecer<br />
padrões, <strong>em</strong> caráter supl<strong>em</strong>entar,<br />
<strong>de</strong> procedimentos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong><br />
quali<strong>da</strong><strong>de</strong> para produtos e substâncias<br />
<strong>de</strong> consumo humano<br />
Colaborar com a União na execução<br />
<strong>da</strong> vigilância sanitária <strong>de</strong><br />
portos, aeroportos e fronteiras<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
Executar serviços X X<br />
Dar execução, no âmbito municipal,<br />
à política <strong>de</strong> insumos e<br />
equipamentos para a saú<strong>de</strong><br />
X<br />
X<br />
78