role of th1 and th17 cd4+ t cell subsets in the pathogenesis of ...
role of th1 and th17 cd4+ t cell subsets in the pathogenesis of ...
role of th1 and th17 cd4+ t cell subsets in the pathogenesis of ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
EAE não‐clássico, atáxico. Curiosamente, qu<strong>and</strong>o as células Th1 e Th17 foram<br />
transferidas em conjunto <strong>in</strong>duziram EAE mais severa e com <strong>in</strong>ício de doença<br />
antecipado, <strong>in</strong>dic<strong>and</strong>o que estes dois subtipos de células CD4 + são ambos patogénicos e<br />
cooperam s<strong>in</strong>ergicamente para despoletar <strong>in</strong>flamação autoimune no SNC. F<strong>in</strong>almente,<br />
observámos que as células Th17 transferidas se converteram para o fenótipo Th1 no<br />
animal recipiente, suger<strong>in</strong>do plasticidade das células Th17.<br />
Em seguida, tendo em conta os nossos resultados e observações anteriores à<br />
descoberta das células Th17 que demonstraram uma capacidade citotóxica de células T<br />
ajudantes e auto antigénicas, mediadoras de EAE, sobre astrócitos, questionou‐se qual<br />
subtipo seria o responsável por tal citotoxicidade. Após desenvolvimento de um<br />
sistema de co‐cultura de astrócitos GFP positivos com células Th1 e Th17 específicas<br />
para a miel<strong>in</strong>a, foi possível avaliar a citotoxicidade por microscopia de fluorescência em<br />
tempo real. Descobrimos que são as células Th1, e não as Th17, citotóxicas para os<br />
astrócitos, enfatiz<strong>and</strong>o assim um papel patogénico das células Th1.<br />
F<strong>in</strong>almente, com o objectivo de identificar moléculas reguladas de modo diferente<br />
pelas células Th1 e Th17 e que, de certo modo, possam explicar os diferentes papéis<br />
que estes subtipos possam ter na EAE, foi realizado uma análise do transcriptoma das<br />
duas populações por microarrays. O nosso estudo focou‐se no receptor nuclear Rev‐<br />
Erbα, expresso nas células Th17 mas não nas Th1. Uma análise das vias celulares e<br />
relações moleculares revelou uma associação do Rev‐Erbα com o RORα, um importante<br />
factor de transcrição para a diferenciação das células Th17. No entanto, não foi possível<br />
def<strong>in</strong>ir um papel para este receptor na diferenciação das células Th17.<br />
Em suma, nesta tese de doutoramento foi possível demonstrar que, ao contrário das<br />
evidências <strong>in</strong>iciais, no nosso modelo de EAE ambos os subtipos de células T CD4 +<br />
específicos para a miel<strong>in</strong>a, Th1 e Th17, são capazes de <strong>in</strong>duzir patogenicidade na EAE.<br />
A<strong>in</strong>da, mostrou‐se que as células Th1, mas não as Th17, são citotóxicas para os<br />
astrócitos, importantes células protectoras dos neurónios no SNC. Descobrimos<br />
também que o receptor Rev‐Erbα é regulado de modo diferente pelas células Th1 e<br />
Th17. Apesar de não termos encontrado um papel relevante do Rev‐Erbα na<br />
diferenciação das células Th17, é possivel que exerça uma função importante na<br />
biologia das mesmas, que terá de ser explorada no futuro.<br />
14