174Analisan<strong>do</strong>-se o conjunto de correlações e regressões obti<strong>da</strong>s observa-se que ocoeficiente angular que representa o γ c2 varia entre 1,05 a 1,08. A correlação geral,considera<strong>da</strong> como estatisticamente mais significativa para representar a relaçãoR (M/E) , apresentou o valor final de 1,07, constante <strong>do</strong> Gráfico 4.23. Este valorencontra<strong>do</strong> é praticamente coincidente com o valor de 1,06 proposto pelo ACI214.4R-203 em sua tabela 8-1, para ser multiplica<strong>do</strong> pela <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>stestemunhos em face <strong>do</strong>s <strong>da</strong>nos <strong>do</strong> broqueamento, único coeficiente indica<strong>do</strong>explicitamente, para tal fim, em normas nacionais e internacionais. De sua parte, aConcrete Society, considera como razoável que a <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> testemunho seja de5% a 7% inferior <strong>à</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> corpo-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> assim, de mesmaordem de grandeza. Por sua vez o CEB atribui o valor de 1,10 para a parcela γ c2 querepresenta a diferença <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> corpo-de-prova para a estrutura.A NBR 6118:2003, admite, para verificação <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> limite último, no caso detestemunhos extraí<strong>do</strong>s <strong>da</strong> estrutura, dividir o valor <strong>do</strong> γ c por 1,1. Por sua vez, aversão anterior desta norma (NBR 6118:1978), no capítulo concernente <strong>à</strong> Aceitação<strong>da</strong> Estrutura, no que se refere aos ensaios especiais, recomen<strong>da</strong>va a extração pelomenos 6 corpos-de-prova de 15cm de diâmetro, corrigin<strong>do</strong>-se os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>sensaios de ruptura em virtude <strong>do</strong>s efeitos <strong>do</strong> broqueamento, sem, no entantoespecificar o coeficiente para tal. Em parágrafo seguinte recomen<strong>da</strong>va que o valor<strong>da</strong> <strong>resistência</strong> característica deveria ser aumenta<strong>do</strong> de 10% (ou 15%), dependen<strong>do</strong><strong>da</strong> amostragem, por se tratar <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> na própria estrutura. Nopresente estu<strong>do</strong> experimental o valor 1,07 representa estatisticamente o coeficientede correção a ser aplica<strong>do</strong> para os efeitos <strong>do</strong> broqueamento na <strong>resistência</strong> <strong>do</strong>stestemunhos para comparação com os corpos-de-prova padroniza<strong>do</strong>s.4.7 Análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s testemunhos de Φ 7,5cm; Φ 5cm e Φ 2,5cmComo objetivo específico desta tese, procurou-se investigar a influência <strong>da</strong> redução<strong>do</strong>s diâmetros e <strong>do</strong> tamanho <strong>do</strong>s testemunhos extraí<strong>do</strong>s, nos resulta<strong>do</strong>s de<strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>, comparativamente com os corpos-de-prova padroniza<strong>do</strong>spela normalização. Buscou-se verificar a possibili<strong>da</strong>de de utilização destes
175testemunhos de menores dimensões, na <strong>avaliação</strong> de estruturas acaba<strong>da</strong>s, pelasinúmeras vantagens decorrentes de sua prática, em comparação com a extração<strong>do</strong>s testemunhos de dimensões tradicionais. São elas: de causar menores <strong>da</strong>nos <strong>à</strong>estrutura, de evitar o corte de armaduras, de reduzir o custo e facilitar: a extração, otransporte, o corte de suas faces, o armazenamento em laboratório, e, por fim,facilitar os ensaios de ruptura <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>, possibilitan<strong>do</strong>, inclusive, a utilização deprensas de menor capaci<strong>da</strong>de de carga.Conforme foi comenta<strong>do</strong> no item 4.2 os resulta<strong>do</strong>s médios obti<strong>do</strong>s com essestestemunhos guar<strong>da</strong>ram coerência com os testemunhos de 10cm x 20cm e 15cm x30cm e com os corpos-de-prova mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s de referência, para as duas condições decura, considera<strong>da</strong>s, como se pode verificar nos quadros 4.1 e 4.2 e nos respectivosgráficos representativos 4.1 a 4.10.Com base na tabela 4.29, consideran<strong>do</strong> as relações R (M/E) estatisticamentesignificativas, são apresenta<strong>da</strong>s as correlações comparan<strong>do</strong>-se os corpos-de-provapadrão de 10cm x 20cm e de 15cm x 30cm cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s com os testemunhos deΦ 7,5cm; Φ 5cm e Φ 2,5cm , extraí<strong>do</strong>s de blocos cura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s, de blocos cura<strong>do</strong>sao ar, bem como a análise conjunta para os 2 tipos de corpo-de-prova e os 2 tiposde cura.Seguem-se os respectivos gráficos correspondentes as 15 correlações obti<strong>da</strong>s – 5para ca<strong>da</strong> diâmetro de testemunho – excelentes correlações, to<strong>da</strong>s ao nível designificância de 1% cujas análises constam <strong>do</strong> APÊNDICE I.Correlação entre (M 15x30) X (E 7,5x15)y = 1,07xR 2 = 0,9885,0M 15x30 Umi<strong>do</strong> (MPa)75,065,055,045,035,025,015,015,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 85,0E 7,5x15 Umi<strong>do</strong> (MPa)n=19Gráfico 4.24- Correlação nº 14– geral para to<strong>do</strong>s os <strong>concreto</strong>s – <strong>resistência</strong>s médias <strong>do</strong>s CP padrãode 15cm x 30cm (M) x <strong>resistência</strong> média de testemunhos de 7,5cm x 15cm (E) obti<strong>da</strong>s de blocoscura<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s.
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