46“...tanto o procedimento de canteiro quanto os equipamentos, ferramentas e osmateriais que fazem parte <strong>da</strong> técnica <strong>do</strong> Pisé, estão descritos na obra de Rondelêt,corresponden<strong>do</strong> perfeitamente <strong>à</strong>s técnicas características <strong>do</strong>s trata<strong>do</strong>s deconstrução e arquitetura publica<strong>do</strong>s a partir <strong>do</strong> início <strong>da</strong> Revolução Industrial”.Consta <strong>da</strong> ampla literatura sobre a história <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, que a primeira publicaçãosobre “cimento arma<strong>do</strong>”, como era conheci<strong>do</strong> o <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> até 1920, foi deautoria <strong>do</strong> engenheiro francês, o qual se refere a construção de um barco com ummaterial denomina<strong>do</strong> por ele de “ferciment” que corresponde a uma parede delga<strong>da</strong>de argamassa de cimento arma<strong>da</strong> com malha de ferro, fabrica<strong>do</strong> em 1849 epatentea<strong>do</strong> em 1855, por ocasião <strong>da</strong> Exposição Universal de Paris. Cita Martorelli etal. 64 que toman<strong>do</strong> como base a <strong>da</strong>ta de construção <strong>do</strong> barco de Lambot, a CâmaraSindical <strong>do</strong>s Construtores de Concreto Arma<strong>do</strong> <strong>da</strong> França, comemorou emnovembro de 1949, o centenário <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>. Antes <strong>da</strong> patente de Lambotem 1855, o inglês W.B. Wilkinson, obteve em 1854, a primeira patente significativaconcedi<strong>da</strong> a elementos construtivos feitos de <strong>concreto</strong> e ferro, produzin<strong>do</strong> lajes comesses materiais, como se refere Dorfman 52 .Em 1861, segun<strong>do</strong> Collins 65 e Canovas 59 o francês François Coignet,compreenden<strong>do</strong> o papel que desempenham o <strong>concreto</strong> e o ferro como parteintegrante de um novo material, publicou importante livro sob o título: “BetonsAggloméres”.Partin<strong>do</strong> <strong>da</strong> idéia <strong>da</strong> associação de barras de ferro <strong>à</strong> argamassa, um comerciante deplantas ornamentais, paisagista e horticultor, Joseph Monier, em 1877, patenteouum méto<strong>do</strong> para construção de vasos de plantas, de “cimento arma<strong>do</strong>”, semembasamento teórico, e apenas com base no seu espírito prático e tino paranegócios, como aponta Vasconcelos 60 .Mais significativas que as patentes anteriores, para o <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> de hoje,conforme Peters 66 , foram <strong>à</strong>s obti<strong>da</strong>s pelo norte-americano Thaddeus Hyatt noperío<strong>do</strong> de 1871 a 1881, na Inglaterra, em lajes e vigas em <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>comentário enfatiza<strong>do</strong> por Dorfman. Comenta Vasconcelos, que o advoga<strong>do</strong>Thaddeus Hyatt, nasci<strong>do</strong> em New Jersey, era possui<strong>do</strong>r de grande capaci<strong>da</strong>deinventiva e de muito interesse por assuntos técnicos, realizan<strong>do</strong> diversos ensaioscom o <strong>concreto</strong> nos anos de 1850.Em 1886, Gustav Wayss adquire de Monier a patente para produzir construçõescom esse material na Alemanha e juntamente com Matthias Koenen, publicam os
47fun<strong>da</strong>mentos teóricos sobre <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>. Ao fazerem este relato Vasconcelos 57e Isaia 1 comentam que seis anos mais tarde, em 1892, François Hennebique, naFrança, tornou essa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de de construção amplamente conheci<strong>da</strong>, ao modificaras patentes até então existentes. Ain<strong>da</strong>, segun<strong>do</strong> Kaefer 67 , Hennebique difundiu asua atuação pelo continente Europeu, e pelas América, África e Ásia, com diversosescritórios e patentes de utilização <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>. Observa, no entanto,Isaia (2005, p. 45) que:“...apesar <strong>do</strong> sucesso empresarial de Hennebique até a primeira déca<strong>da</strong> <strong>do</strong> séculoXX, foi o engenheiro alemão Gustav Wayss, por meio de sua empresa construtoraWayss & Freytag, quem disseminou o uso <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, estabelecen<strong>do</strong> filiais emvários países: primeiramente na Argentina e no Uruguai, na América <strong>do</strong> Sul e, apósno Brasil”.No início <strong>do</strong> século XX; acrescenta Dorfman 52 surgiu o “béton frétté”, considera<strong>do</strong> acontribuição mais significativa <strong>do</strong> francês Louis Armand Considére, <strong>à</strong> ampliação <strong>do</strong>uso <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>, que consistia na aplicação de armaduras em espiral em colunas,princípio até hoje utiliza<strong>do</strong> em pilares e em estacas. Conforme Draffin 68 , tambémcomenta<strong>do</strong> por Dorfman apesar de Hyatt já haver patentea<strong>do</strong> o uso de armadurasem espiral, esta utilização ficou associa<strong>da</strong> <strong>à</strong> patente <strong>do</strong> “béton frétté” proposta porConsidére.No Brasil, a história <strong>da</strong> introdução <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>, está intimamente associa<strong>da</strong>ao nome <strong>do</strong> engenheiro Emílio Baumgart, considera<strong>do</strong> por Vasconcelos 60 como o“pai <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> no Brasil”. Durante os seus estu<strong>do</strong>s, Baumgart, relataVasconcelos, estagiou com o alemão Lambert Riedlinger, que havia chega<strong>do</strong> aoBrasil em 1912, e fun<strong>da</strong><strong>do</strong> a Companhia Construtora em Cimento Arma<strong>do</strong>. Com aexperiência adquiri<strong>da</strong> com Riedlinger, Baumgart, ain<strong>da</strong> como estu<strong>da</strong>nte, projetou aponte Maurício de Nassau em Recife. Outros nomes cita<strong>do</strong>s pelo Prof. AugustoCarlos de Vasconcelos, associa<strong>do</strong>s aos primórdios <strong>da</strong> história <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>no Brasil, são os de Saturnino de Brito, construtor <strong>da</strong>s obras de saneamento nasci<strong>da</strong>des de Santos e <strong>do</strong> Recife nas primeiras déca<strong>da</strong>s <strong>do</strong> século XX, e <strong>do</strong>sengenheiros Antonio de Paula Freitas no Rio de Janeiro, Antonio Alves Noronha,Paulo Fragoso, Sérgio Marques de Souza e Ary Frederico Torres, diretor <strong>do</strong>Laboratório de Ensaios de Materiais <strong>da</strong> Escola Politécnica <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de SãoPaulo, entre outros. O engenheiro Ary Torres publicou em 1927 trabalho pioneiro, noBoletim EPUSP nº 1, intitula<strong>do</strong> “Dosagem <strong>do</strong>s Concretos”.
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