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Tópicos Especiais em Gestão Ambiental

Tópicos Especiais em Gestão Ambiental - CEAD - Unimontes

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e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

Escola Técnica Aberta do Brasil<br />

Meio Ambiente<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong><br />

<strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Ellen Bárbara Santos Domingues Morais<br />

Érica Bressane Domingues Aguilar<br />

Ministério da<br />

Educação


e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

Escola Técnica Aberta do Brasil<br />

Meio Ambiente<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong><br />

<strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Ellen Bárbara Santos Domingues Morais<br />

Érica Bressane Domingues Aguilar<br />

Montes Claros - MG<br />

2011


Presidência da República Federativa do Brasil<br />

Ministério da Educação<br />

Secretaria de Educação a Distância<br />

Ministro da Educação<br />

Fernando Haddad<br />

Secretário de Educação a Distância<br />

Carlos Eduardo Bielschowsky<br />

Coordenadora Geral do e-Tec Brasil<br />

Iracy de Almeida Gallo Ritzmann<br />

Governador do Estado de Minas Gerais<br />

Antônio Augusto Junho Anastasia<br />

Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia<br />

e Ensino Superior<br />

Alberto Duque Portugal<br />

Reitor<br />

João dos Reis Canela<br />

Vice-Reitora<br />

Maria Ivete Soares de Almeida<br />

Pró-Reitora de Ensino<br />

Anete Marília Pereira<br />

Diretor de Documentação e Informações<br />

Huagner Cardoso da Silva<br />

Coordenador do Ensino Profissionalizante<br />

Edson Crisóstomo dos Santos<br />

Diretor do Centro de Educação Profissonal e<br />

Tecnólogica - CEPT<br />

Juventino Ruas de Abreu Júnior<br />

Diretor do Centro de Educação à Distância<br />

- CEAD<br />

Jânio Marques Dias<br />

Coordenadora do e-Tec Brasil/Unimontes<br />

Rita Tavares de Mello<br />

Coordenadora Adjunta do e-Tec Brasil/<br />

CEMF/Unimontes<br />

Eliana Soares Barbosa Santos<br />

Coordenadores de Cursos:<br />

Coordenador do Curso Técnico <strong>em</strong> Agronegócio<br />

Augusto Guilherme Dias<br />

Coordenador do Curso Técnico <strong>em</strong> Comércio<br />

Carlos Alberto Meira<br />

Coordenador do Curso Técnico <strong>em</strong> Meio<br />

Ambiente<br />

Edna Helenice Almeida<br />

Coordenador do Curso Técnico <strong>em</strong> Informática<br />

Frederico Bida de Oliveira<br />

Coordenador do Curso Técnico <strong>em</strong><br />

Vigilância <strong>em</strong> Saúde<br />

Simária de Jesus Soares<br />

Coordenador do Curso Técnico <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong><br />

<strong>em</strong> Saúde<br />

Zaida Ângela Marinho de Paiva Crispim<br />

TÓPICOS ESPECIAIS EM GESTÃO AMBIENTAL<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

Elaboração<br />

Ellen Bárbara Santos Domingues Morais<br />

Érica Bressane Domingues Aguilar<br />

Projeto Gráfico<br />

e-Tec/MEC<br />

Supervisão<br />

Wendell Brito Mineiro<br />

Diagramação<br />

Hugo Daniel Duarte Silva<br />

Marcos Aurélio de Almeida e Maia<br />

Impressão<br />

Gráfica RB Digital<br />

Designer Instrucional<br />

Angélica de Souza Coimbra Franco<br />

Kátia Vanelli Leonardo Guedes Oliveira<br />

Revisão<br />

Maria Ieda Almeida Muniz<br />

Patrícia Goulart Tondineli<br />

Rita de Cássia Silva Dionísio


AULA 1<br />

Alfabetização Digital<br />

Apresentação e-Tec Brasil/Unimontes<br />

Prezado estudante,<br />

B<strong>em</strong>-vindo ao e-Tec Brasil/Unimontes!<br />

Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola<br />

Técnica Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dez<strong>em</strong>bro<br />

2007, com o objetivo de d<strong>em</strong>ocratizar o acesso ao ensino técnico público,<br />

na modalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre<br />

o Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distancia<br />

(SEED) e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e<br />

escola técnicas estaduais e federais.<br />

A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e<br />

grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas<br />

ao garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimento<br />

da formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente<br />

ou economicamente, dos grandes centros.<br />

O e-Tec Brasil/Unimontes leva os cursos técnicos a locais distantes<br />

das instituições de ensino e para a periferia das grandes cidades, incentivando<br />

os jovens a concluir o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas<br />

instituições públicas de ensino e o atendimento ao estudante é realizado <strong>em</strong><br />

escolas-polo integrantes das redes públicas municipais e estaduais.<br />

O Ministério da Educação, as instituições públicas de ensino técnico,<br />

seus servidores técnicos e professores acreditam que uma educação profissional<br />

qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica, – não só<br />

é capaz de promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também<br />

com autonomia diante das diferentes dimensões da realidade: cultural, social,<br />

familiar, esportiva, política e ética.<br />

Nós acreditamos <strong>em</strong> você!<br />

Desejamos sucesso na sua formação profissional!<br />

Ministério da Educação<br />

Janeiro de 2010<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

3<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


AULA 1<br />

Alfabetização Digital<br />

Indicação de ícones<br />

Os ícones são el<strong>em</strong>entos gráficos utilizados para ampliar as formas<br />

de linguag<strong>em</strong> e facilitar a organização e a leitura hipertextual.<br />

Atenção: indica pontos de maior relevância no texto.<br />

Saiba mais: oferece novas informações que enriquec<strong>em</strong> o assunto ou<br />

“curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao t<strong>em</strong>a estudado.<br />

Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão utilizada<br />

no texto.<br />

Mídias integradas: possibilita que os estudantes desenvolvam atividades<br />

<strong>em</strong>pregando diferentes mídias: vídeos, filmes, jornais, ambiente AVEA e<br />

outras.<br />

Atividades de aprendizag<strong>em</strong>: apresenta atividades <strong>em</strong> diferentes níveis<br />

de aprendizag<strong>em</strong> para que o estudante possa realizá-las e conferir o seu<br />

domínio do t<strong>em</strong>a estudado.<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

5<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


AULA 1<br />

Alfabetização Digital<br />

Sumário<br />

Palavra do professor conteudista..............................................9<br />

Projeto instrucional............................................................ 11<br />

Aula 1 - <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong>.................................................... 13<br />

1.1 Histórico............................................................... 13<br />

1.2 Conceito e Estrutura................................................. 15<br />

1.3 <strong>Gestão</strong> ambiental para <strong>em</strong>presas.................................. 16<br />

Resumo.................................................................... 17<br />

Atividades de aprendizag<strong>em</strong>............................................ 17<br />

Aula 2 - Contabilidade <strong>Ambiental</strong>............................................ 19<br />

2.1 Conceito............................................................... 19<br />

2.2 Objetivos da contabilidade ambiental............................ 20<br />

2.3 Justificativa do uso da contabilidade ambiental................. 21<br />

2.4 Vantagens da utilização da contabilidade ambiental........... 21<br />

Resumo.................................................................... 22<br />

Atividades de aprendizag<strong>em</strong>............................................ 22<br />

Aula 3 - Custos Ambientais.................................................... 23<br />

3.1 Conceito............................................................... 23<br />

3.2 <strong>Gestão</strong> de custos ambientais....................................... 24<br />

3.3 Mensuração dos custos ambientais................................ 25<br />

Resumo.................................................................... 26<br />

Atividades de aprendizag<strong>em</strong>............................................ 27<br />

Aula 4 - Custo do produto ao longo do ciclo de vida...................... 29<br />

4.1 Fases do ciclo de vida de um produto............................ 29<br />

4.2 Custos componentes do ciclo de vida do produto............... 31<br />

4.3 Mensuração dos custos do ciclo de vida do produto............ 31<br />

Resumo.................................................................... 32<br />

Atividades de aprendizag<strong>em</strong>............................................ 32<br />

Aula 5 - Análise de investimentos ambientais.............................. 33<br />

5.1 Definição.............................................................. 33<br />

5.2 Ferramentas de análise de investimentos ....................... 36<br />

5.3 Importância da análise de investimentos ambientais........... 38<br />

Resumo.................................................................... 38<br />

Atividades de aprendizag<strong>em</strong>............................................ 39<br />

Aula 6 - Ecoeficiência.......................................................... 41<br />

6.1 O que é ecoeficiência?.............................................. 41<br />

6.2 Como ser ecoeficiente?............................................. 42<br />

6.3 Ecoeficiência de um produto....................................... 43<br />

Resumo.................................................................... 44<br />

Atividades de aprendizag<strong>em</strong>............................................ 44<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

7<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


Aula 7 - Ecoeficiência: instrumentos e prestação de serviços........... 45<br />

7.1 Instrumentos para prática da ecoeficiência...................... 45<br />

7.2 Ecoeficiência na prestação de serviços........................... 46<br />

7.3 Serviços ecoeficientes............................................... 47<br />

7.4 Benefícios da prestação de serviços ecoeficientes.............. 48<br />

Resumo.................................................................... 49<br />

Atividades de aprendizag<strong>em</strong>............................................ 49<br />

Aula 8 - Inovação Sustentável................................................ 51<br />

8.1 Conceitos.............................................................. 51<br />

8.2 Vantagens da inovação sustentável............................... 52<br />

Resumo.................................................................... 54<br />

Atividades de aprendizag<strong>em</strong>............................................ 54<br />

Aula 9 – <strong>Gestão</strong> <strong>em</strong> ciclo fechado - ecologia industrial................... 55<br />

9.1 Ciclos produtivos dos sist<strong>em</strong>as econômicos ...................... 55<br />

9.2 <strong>Gestão</strong> <strong>em</strong> ciclo fechado ou infinito............................... 56<br />

9.3 Ecologia industrial................................................... 59<br />

9.4 Consequências da ecologia industrial............................. 60<br />

Resumo.................................................................... 61<br />

Atividades de aprendizag<strong>em</strong>............................................ 61<br />

Referências...................................................................... 62<br />

Currículos dos professores conteudistas.................................... 64<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

8<br />

Meio Ambiente


AULA 1<br />

Alfabetização Digital<br />

Palavra do professor conteudista<br />

Prezado aluno,<br />

Nossa caminhada pelos conhecimentos do meio ambiente continua.<br />

Após já termos adquirido aprendizagens importantes nas disciplinas anteriores,<br />

chega a hora de aprendermos aspectos básicos da gestão ambiental.<br />

Trabalhos na área ambiental se fundamentam <strong>em</strong> uma gama de<br />

informações para análises, reflexões e ações nos vários setores da gestão do<br />

meio ambiente. Neste contexto, uma gestão ambiental eficiente e estruturada<br />

de acordo com as necessidades e realidades de uma organização está<br />

ganhando cada vez mais espaço nos diversos ramos <strong>em</strong>presariais através da<br />

busca pela competitividade a partir da minimização de desperdícios e maximização<br />

no aproveitamento dos recursos naturais.<br />

Para que você possa estar preparado para desenvolver com plenitude<br />

suas atividades de técnico <strong>em</strong> meio ambiente, ir<strong>em</strong>os trabalhar com os<br />

seguintes conteúdos:<br />

• Contabilidade ambiental;<br />

• Custos ambientais;<br />

• Custo do produto ao longo do ciclo de vida;<br />

• Análise de investimentos ambientais;<br />

• Ecoeficiência;<br />

• Inovação sustentável;<br />

• <strong>Gestão</strong> <strong>em</strong> ciclo fechado;<br />

• Ecologia industrial.<br />

Assim, esta apostila irá estimular o seu interesse e curiosidade na<br />

observação dos sist<strong>em</strong>as de gestão e reforçar sua consciência ecológica. Conte<br />

conosco para essa fascinante tarefa.<br />

Bom aprendizado e um grande abraço!<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

9<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


AULA 1<br />

Alfabetização Digital<br />

Projeto instrucional<br />

Disciplina: <strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong> (carga horária:<br />

56h).<br />

Ementa: contabilidade ambiental; custos ambientais; custo do produto<br />

ao longo do ciclo de vida; análise de investimentos ambientais; ecoeficiência<br />

– instrumentos; ecoeficiência na prestação de serviços; inovação<br />

sustentável; gestão <strong>em</strong> ciclo fechado – ecologia industrial.<br />

AULA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM MATERIAIS CARGA<br />

HORÁRIA<br />

Aula 1.<br />

<strong>Gestão</strong><br />

<strong>Ambiental</strong><br />

Conceituar a gestão ambiental,<br />

seus métodos e objetivos e relacioná-la<br />

com a visão <strong>em</strong>presarial.<br />

7 h<br />

Aula 2.<br />

Contabilidade<br />

<strong>Ambiental</strong><br />

Conceituar contabilidade ambiental;<br />

d<strong>em</strong>onstrar suas características,<br />

objetivos e importância.<br />

6 h<br />

Aula 3.<br />

Custos<br />

Ambientais<br />

Aula 4.<br />

Custo do produto<br />

ao longo<br />

do ciclo de<br />

vida<br />

Aula 5.<br />

Análise de<br />

investimentos<br />

ambientais<br />

Aula 6.<br />

Ecoeficiência<br />

Aula 7.<br />

Ecoeficiência:<br />

instrumentos<br />

e prestação de<br />

serviços<br />

Evidenciar os princípios dos custos<br />

ambientais; entender a gestão<br />

de custos ambientais como fator<br />

de diferenciação para as <strong>em</strong>presas<br />

e compreender a mensuração<br />

dos custos ambientais.<br />

Compreender o ciclo da vida dos<br />

produtos e evidenciar a importância<br />

de se poder custear o mesmo.<br />

Definir análise de investimento<br />

ambiental e compreender sua<br />

importância para a descrição e<br />

divulgação do des<strong>em</strong>penho ambiental<br />

de uma <strong>em</strong>presa.<br />

Conceituar ecoeficiência e avaliar<br />

a importância dos produtos<br />

ecoeficientes para seus usuários,<br />

<strong>em</strong>presas e meio ambiente.<br />

D<strong>em</strong>onstrar como ocorre a prestação<br />

de serviços ecoeficientes.<br />

6 h<br />

7 h<br />

7 h<br />

6 h<br />

6 h<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

11<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


8. Inovação<br />

Sustentável<br />

9. <strong>Gestão</strong> <strong>em</strong><br />

ciclo fechado<br />

- ecologia<br />

industrial<br />

Caracterizar uma organização<br />

inovadora sustentável no âmbito,<br />

social, econômico e ambiental e<br />

explicar as vantagens da inovação<br />

sustentável.<br />

Avaliar a importância do sist<strong>em</strong>a<br />

de gestão <strong>em</strong> ciclo fechado para<br />

a sustentabilidade ambiental e<br />

econômica;<br />

5 h<br />

6 h<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

12<br />

Meio Ambiente


AULA 1<br />

Alfabetização Digital<br />

Aula 1 - <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Objetivos<br />

Entender quando e como se deram as primeiras discussões sobre os<br />

probl<strong>em</strong>as ambientais;<br />

Conceituar a gestão ambiental, seus métodos e objetivos;<br />

Relacionar a gestão ambiental com o cenário <strong>em</strong>presarial.<br />

1.1 Histórico<br />

Prezado aluno, vamos entender como se deram as primeiras discussões<br />

sobre os probl<strong>em</strong>as ambientais. Tudo começou na década de 60, quando<br />

a Organização das Nações Unidas (ONU) promoveu a Conferência onde foi<br />

criado o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. A ONU organizou<br />

também a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento,<br />

chamada de Nosso Futuro Comum, na qual foram estabelecidas as primeiras<br />

estratégias para um “Desenvolvimento Sustentável (TOZONI-REIS, 2002).<br />

Interessante sabermos também que a culminância desse t<strong>em</strong>a se<br />

deu, durante a Conferência das Nações Unidas, realizada no Rio de Janeiro,<br />

conhecida como ECO-92, <strong>em</strong> que ficou definido o “Desenvolvimento Sustentável”<br />

como o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente<br />

s<strong>em</strong> comprometer a capacidade de as futuras gerações satisfazer<strong>em</strong> suas<br />

próprias necessidades (OLIVEIRA, 2008).<br />

Figura 1: Reconstrução do planeta: representação do desenvolvimento sustentável.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 25 abr. 2011.<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

13<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


Maximização:<br />

atribuição de maior<br />

valor.<br />

Sustentabilidade:<br />

qualidade ou condição<br />

do que é sustentável.<br />

Biodiversidade:<br />

variedade de espécies<br />

presentes <strong>em</strong> um lugar,<br />

região ou país.<br />

Como você pode perceber, o principal objetivo do desenvolvimento<br />

sustentável é criar um modelo econômico para gerar o b<strong>em</strong>-estar social,<br />

preservando os recursos naturais. Essa definição surgiu na Comissão Mundial<br />

sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.<br />

Perceba que dentro deste contexto, as <strong>em</strong>presas passaram a se adaptar<br />

ao conceito de desenvolvimento sustentável. Mas para isso, foi importante<br />

que elas compreendess<strong>em</strong> que para manter<strong>em</strong>-se no mercado competitivo, deveriam<br />

promover mudanças, diminuindo a visão de maximização de lucros, para<br />

alcançar o crescimento e a responsabilidade sócio-ambiental.<br />

Dessa forma, as instituições passaram a considerar as questões ambientais<br />

como novas oportunidades de negócios, ao invés de entender<strong>em</strong> como<br />

ameaças. Assim se dá o exercício da gestão ambiental.<br />

As <strong>em</strong>presas começam a se dar conta de que as medidas de<br />

proteção ambiental não surgiram para prejudicar ou impedir<br />

o crescimento e o desenvolvimento econômico e, sim, como<br />

mais uma meta a ser atingida, no propósito de torná-las<br />

competitivas e agregar valores aos seus produtos no cenário<br />

globalizado do mundo atual (RAUPP, 2002, p. 60).<br />

Figura 2: O planeta <strong>em</strong> nossas mãos: representação da conscientização sobre os<br />

probl<strong>em</strong>as ambientais.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 25 abr. 2011.<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

14<br />

Meio Ambiente


1.2 Conceito e Estrutura<br />

“Constituição Federal - Art. 225: Todos têm direito ao meio<br />

ambiente ecologicamente equilibrado, b<strong>em</strong> de uso comum<br />

do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se<br />

ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e<br />

preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.<br />

Qual o significado do termo <strong>Gestão</strong> ambiental?<br />

Primeiro precisamos entender que a gestão ambiental é um tipo de<br />

administração <strong>em</strong>presarial com enfoque na sustentabilidade.<br />

Então o objetivo da gestão ambiental é utilizar práticas e métodos<br />

com o objetivo de reduzir ao máximo os impactos ambientais das suas atividades,<br />

além de objetivar a recuperação das áreas degradadas.<br />

Dessa forma, é importante que você conheça os principais métodos<br />

e objetivos da gestão ambiental de acordo com a Norma ISO 14.001 e pela<br />

legislação ambiental:<br />

• Uso de recursos naturais de forma racional;<br />

• Aplicação de métodos para a manutenção da biodiversidade;<br />

• Adoção de sist<strong>em</strong>as de reciclag<strong>em</strong> de resíduos sólidos;<br />

• Utilização sustentável de recursos naturais;<br />

• Tratamento e reutilização da água e outros recursos naturais<br />

dentro do processo produtivo;<br />

• Criação de produtos que diminuam o mínimo possível de impacto<br />

ambiental;<br />

• Uso de sist<strong>em</strong>as que diminuam a poluição ambiental;<br />

• Treinamento de funcionários nas <strong>em</strong>presas para que conheçam<br />

o sist<strong>em</strong>a de sustentabilidade, sua importância e formas de colaboração;<br />

• Criação de programas de pós-consumo para retirar do meio ambiente<br />

os produtos como: pilhas, baterias de telefones celulares,<br />

peças de computador que possam contaminar o solo, rios, etc.<br />

ISO-14000 é um<br />

conjunto de<br />

normas técnicas e<br />

administrativas que<br />

estabelece parâmetros<br />

e diretrizes para a<br />

gestão ambiental para<br />

as <strong>em</strong>presas dos setores<br />

privado e público. Estas<br />

normas foram criadas<br />

pela International<br />

Organization for<br />

Standardization -<br />

ISO (Organização<br />

Internacional para<br />

Padronização).<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong> 15<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


Leia o artigo: Afinal, o<br />

que é gestão ambiental?<br />

Disponível <strong>em</strong>: .<br />

Figura 3: Cadeia da <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong>.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 25 abr. 2011.<br />

1.3 <strong>Gestão</strong> ambiental para <strong>em</strong>presas<br />

A melhor definição para a gestão <strong>em</strong>presarial seria: um conjunto de<br />

práticas operacionais e administrativas adotas pela <strong>em</strong>presa com o objetivo<br />

de proteger o meio ambiente e proporcionar b<strong>em</strong> estar e segurança as pessoas<br />

envolvidas no processo.<br />

Figura 4: Símbolo da adoção da gestão ambiental no meio <strong>em</strong>presarial.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 26 abr. 2011.<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

16<br />

Meio Ambiente


Porque a adoção da gestão ambiental é importante para uma <strong>em</strong>presa?<br />

As <strong>em</strong>presas que adotam a gestão ambiental melhoram sua imag<strong>em</strong><br />

junto ao público associando sua imag<strong>em</strong> a preservação do meio ambiente,<br />

reduz seus custos e evita o desperdício adotando técnicas de reciclag<strong>em</strong><br />

dos materiais que anteriormente seriam descartados. Ocorre uma melhoria<br />

nas relações entre as <strong>em</strong>presas que também estão envolvidas com a gestão<br />

ambiental passando a servir como um elo entre elas.<br />

Resumo<br />

Portanto, a utilização do conceito de desenvolvimento sustentável<br />

está <strong>em</strong> detectar alternativas, nas quais seja possível<br />

canalizar todo conhecimento científico, tecnológico e<br />

produtivo de maneira a se respeitar as leis naturais e conjuntamente<br />

continuar com o desenvolvimento econômico e<br />

social da humanidade<br />

(RELATÓRIO NOSSO FUTURO COMUM, 1987).<br />

Nesta aula você viu que as mudanças ambientais globais associadas<br />

a alguns movimentos ambientalistas históricos foram determinantes para a<br />

nossa conscientização sobre a valorização do meio ambiente.<br />

A gestão ambiental pode contribuir para o desenvolvimento sustentável<br />

do nosso planeta. Associar a gestão ambiental com responsabilidade<br />

social e oportunidades de negócios.<br />

Atividades de aprendizag<strong>em</strong><br />

1) Leia a tirinha abaixo e explique como a prática da gestão ambiental pode<br />

contribuir para a solução do probl<strong>em</strong>a abordado.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 26 abr. 2011.<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong> 17<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


AULA 1<br />

Alfabetização Digital<br />

Aula 2 - Contabilidade <strong>Ambiental</strong><br />

Objetivos<br />

Conceituar contabilidade ambiental;<br />

D<strong>em</strong>onstrar suas características e objetivos;<br />

Evidenciar a importância da adoção de uma política de contabilidade<br />

ambiental pelas <strong>em</strong>presas e dos benefícios trazidos pela mesma.<br />

2.1 Conceito<br />

Com a globalização da economia, a pressão da sociedade aliada às<br />

novas exigências de mercado; as <strong>em</strong>presas t<strong>em</strong> sido forçadas a adotar<strong>em</strong><br />

uma nova postura perante o meio ambiente. Há uma nova consciência de<br />

que os recursos naturais não são ilimitados e não pod<strong>em</strong> ser desperdiçados,<br />

pois comprometeriam o equilíbrio ecológico de nosso planeta.<br />

Dessa maneira, precisamos lançar mãos de ferramentas que nos<br />

auxili<strong>em</strong> nessa nova <strong>em</strong>preitada com o objetivo de utilizarmos de forma adequada<br />

os recursos ambientais disponíveis, “produzir s<strong>em</strong> agredir”.<br />

Para a adoção de práticas que objetiv<strong>em</strong> a preservação do meio ambiente,<br />

é necessário que haja um investimento por parte das <strong>em</strong>presas envolvidas.<br />

Nesse caso, a Contabilidade é uma ferramenta eficiente nesse processo.<br />

A contabilidade será utilizada para fazer o gerenciamento <strong>em</strong>presarial<br />

do meio ambiente a qual damos o nome de “contabilidade ambiental”.<br />

Figura 5: Símbolo da Contabilidade <strong>Ambiental</strong>.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: <br />

Acesso <strong>em</strong> 25 abr. 2011.<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

19<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


2.2 Objetivos da contabilidade ambiental<br />

Mensurar: medir.<br />

Alocação: alocar,<br />

destinar a um fim<br />

específico.<br />

Aferição: avaliação.<br />

O objetivo da contabilidade ambiental é de informar a <strong>em</strong>presa e<br />

a sociedade a respeito dos acontecimentos que ocorr<strong>em</strong> envolvendo o meio<br />

ambiente e que causaram modificações. O foco principal deverá ser o desenvolvimento<br />

sustentável das <strong>em</strong>presas.<br />

A contabilidade ambiental cont<strong>em</strong>pla três pontos específicos:<br />

• Aspectos ambientais – Atividades ou produção de serviços que<br />

são desenvolvidos pela <strong>em</strong>presa que pod<strong>em</strong> interagir de maneira<br />

positiva ou negativa com o meio ambiente.<br />

• Decisões ambientais – Decisões adotadas pela <strong>em</strong>presa para desenvolver<br />

uma gestão ambiental.<br />

• Impactos ambientais – consequência para o meio ambiente gerada<br />

pela atividade inadequada e que ating<strong>em</strong> os produtos e<br />

serviços da <strong>em</strong>presa.<br />

Figura 6: Contabilidade <strong>Ambiental</strong>: trabalhando <strong>em</strong> prol do planeta.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 25 abr. 2011.<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

20<br />

Meio Ambiente


2.3 Justificativa do uso da contabilidade ambiental<br />

Quais os motivos para que uma <strong>em</strong>presa adote a contabilidade <strong>Ambiental</strong>?<br />

A nova ord<strong>em</strong> mundial coloca <strong>em</strong> primeiro plano o “desenvolvimento<br />

sustentável” como um dos pilares para o novo estilo de desenvolvimento,<br />

combinando eficiência econômica, justiça social e proteção ao meio<br />

ambiente. Portanto, o desenvolvimento econômico e o meio ambiente estão<br />

intrinsecamente ligados.<br />

Para que essa combinação ocorra de maneira satisfatória é necessário<br />

o esforço dos envolvidos.<br />

Figura 7: Pressões internas e externas as quais uma <strong>em</strong>presa está submetida.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong><br />

26 abr. 2011.<br />

2.4 Vantagens da utilização da contabilidade<br />

ambiental<br />

Pod<strong>em</strong>os sintetizar as seguintes vantagens da utilização da contabilidade<br />

ambiental, de acordo com Zanluca (2011):<br />

• Identificação e alocação de custos ambientais, para que os investimentos<br />

sejam utilizados adequadamente;<br />

• Aferição econômica das reduções de gastos com água, energia e<br />

outros recursos, renováveis ou não;<br />

• Geração de informações e d<strong>em</strong>onstrativos sobre a eficácia e viabilidade<br />

econômica das ações ambientais;<br />

• Publicação do balanço ambiental gerando melhoria de imag<strong>em</strong><br />

da <strong>em</strong>presa perante o público;<br />

• Correção contínua das ações ambientais, contribuindo para a<br />

redução do nível de agressão à natureza e na elaboração de<br />

produtos e serviços indispensáveis.<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong> 21<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


Sendo a Contabilidade ambiental um excelente instrumento<br />

de identificação, registro, acumulação, análise, e interpretação<br />

das operações <strong>em</strong>presariais, ela deve desencadear soluções<br />

para que as <strong>em</strong>presas, por meio do planejamento estratégico,<br />

venham a encontrar o melhor caminho a ser seguido<br />

<strong>em</strong> termos de implantação de políticas que visam o desenvolvimento<br />

sustentável. (QUEIROZ e QUEIROZ, 2000, p. 81).<br />

Figura 8: A contabilidade ambiental visa à sustentabilidade do planeta.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: <br />

Acesso <strong>em</strong> 26 abr. 2011.<br />

Resumo<br />

Na aula dois, você aprendeu o que é contabilidade ambiental, suas<br />

características e objetivos. Diante disso e das vantagens apresentadas, você<br />

viu que a contabilidade ambiental facilita as decisões relativas à atuação<br />

ambiental da <strong>em</strong>presa a partir da análise de dados, da comunicação e da revisão<br />

de ações. Logo, foi fácil você entender porque é conveniente para uma<br />

<strong>em</strong>presa adotar a contabilidade ambiental como instrumento administrativo.<br />

Atividades de aprendizag<strong>em</strong><br />

1) Você acha que a adoção da contabilidade ambiental pelas <strong>em</strong>presas públicas<br />

e privadas pode beneficiar a sociedade? Explique.<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

22<br />

Meio Ambiente


AULA 1<br />

Alfabetização Digital<br />

Aula 3 - Custos Ambientais<br />

Objetivos<br />

Evidenciar os princípios dos custos ambientais;<br />

Conceituar e classificar a gestão de custos ambientais;<br />

Entender a gestão de custos ambientais como fator de diferenciação<br />

para as <strong>em</strong>presas;<br />

Compreender mensuração dos custos ambientais e sua importância.<br />

3.1 Conceito<br />

Custos são gastos, não investimentos, necessários para fabricar<br />

os produtos da <strong>em</strong>presa. São os gastos efetuados pela<br />

<strong>em</strong>presa que farão nascer os seus produtos. Portanto, pod<strong>em</strong>os<br />

dizer que os custos são os gastos relacionados aos seus<br />

produtos, posteriormente ativados quando os produtos objeto<br />

desses gastos for<strong>em</strong> gerados. De modo geral, são os gastos ligados<br />

à área industrial da <strong>em</strong>presa. (PADOVEZI, 2000, p. 222).<br />

Caro aluno, os Custos Ambientais representam o gasto relativo a bens<br />

e serviços, ligados direta ou indiretamente à preservação do meio ambiente.<br />

Nesse contexto, os custos ambientais também pod<strong>em</strong> ser denominados<br />

de custos da qualidade ambiental, pois, segundo Moura (2000), refer<strong>em</strong>-se<br />

à definição, criação e montag<strong>em</strong> de um sist<strong>em</strong>a de controle da qualidade<br />

ambiental, com os objetivos e metas derivados da política ambiental,<br />

com normas legais e outros compromissos assumidos pela <strong>em</strong>presa.<br />

Figura 9: Custos ambientais: gastos de uma <strong>em</strong>presa com a preservação do meio<br />

ambiente.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: <br />

Acesso <strong>em</strong> 26 abr. 2011.<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

23<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


Figura 10: Custos intangíveis: dificilmente calculados.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 26 abr. 2011.<br />

Note que, o Sist<strong>em</strong>a de <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong> (SGA) facilitará a identificação<br />

mais definida dos custos ambientais, possibilitando os seguintes benefícios<br />

à <strong>em</strong>presa:<br />

• Otimização da adoção de recursos;<br />

• Identificação de oportunidades de melhoria para a redução dos<br />

custos;<br />

• Identificação, a longo prazo, dos custos e benefícios intangíveis;<br />

• Possibilidade de comparação decorrentes da impl<strong>em</strong>entação do<br />

SGA e os custos com os quais a <strong>em</strong>presa teria que arcar s<strong>em</strong> a<br />

impl<strong>em</strong>entação desse sist<strong>em</strong>a;<br />

• Melhoria da elaboração do plano de ações do SGA, pelo maior<br />

conhecimento pela <strong>em</strong>presa dos custos envolvidos.<br />

3.3 Mensuração dos custos ambientais<br />

Observe que o processo de mensuração nada mais é do que a atribuição<br />

de números a um objeto, utilizando-se uma escala de mensuração e<br />

uma unidade de medida. Dessa forma, como você estudou na aula dois, a<br />

contabilidade é um importante instrumento, que deverá estar apta a gerar<br />

informações corretas sobre o processo produtivo e o custo dos seus produtos.<br />

Não há como fazer uma d<strong>em</strong>onstração contábil n<strong>em</strong> mensurar o<br />

valor da qualidade do ar que respiramos. Uma das alternativas é determinar<br />

uma medida desses custos através de outros padrões. Registrar através de<br />

d<strong>em</strong>onstrações contábeis a área da floresta desmatada <strong>em</strong> valor monetário.<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong> 25<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


Atividades de aprendizag<strong>em</strong><br />

1) Observe a figura abaixo, relacione-a com o que você aprendeu sobre custos<br />

ambientais e comente.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 27 abr. 2011.<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong> 27<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


AULA 1<br />

Aula Alfabetização 4 - Custo do Digital produto ao longo do<br />

ciclo de vida<br />

Objetivos<br />

Compreender o ciclo da vida dos produtos e o conjunto de fases<br />

pelo qual é composto;<br />

Evidenciar a importância de custear esse ciclo no sentido de verificar<br />

sua aplicabilidade no mercado.<br />

4.1 Fases do ciclo de vida de um produto<br />

Segundo Cobra (1983; p 357), “os produtos, como todos os seres vivos,<br />

nasc<strong>em</strong>, cresc<strong>em</strong>, amadurec<strong>em</strong> e envelhec<strong>em</strong>, até o desaparecimento,<br />

que é a morte”.<br />

Assim também, o ciclo de vida do produto passa por um conjunto<br />

de fases que parte do lançamento do produto na <strong>em</strong>presa, até o pós-venda.<br />

Ou seja, o ciclo de vida do produto compreende as etapas que vão desde a<br />

retirada das matérias-primas da natureza, passando pelo processo produtivo,<br />

até o encerramento da sua vida útil.<br />

Figura 12: Ciclo de vida do produto desenvolvido.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: <br />

Acesso <strong>em</strong> 26 abr. 2011.<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

29<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


De acordo com Oliveira (2001), as etapas e ciclos de vida de um<br />

produto se divid<strong>em</strong> <strong>em</strong>:<br />

Pesquisa e desenvolvimento, projeto, fabricação, introdução ou distribuição<br />

e serviços pós-venda, crescimento, maturidade, saturação e declínio.<br />

Pesquisa e Desenvolvimento: momento no qual as <strong>em</strong>presas faz<strong>em</strong><br />

uma pesquisa de mercado para saber as necessidades do consumidor.<br />

Projeto: desenvolvimento e fabricação do produto.<br />

Fabricação: nesta fase o produto está sendo fabricado e pode-se<br />

calcular os custos ou fazer alterações no projeto quando for necessário.<br />

Introdução ou Distribuição e Serviços Pós-Venda: é o momento<br />

<strong>em</strong> que ocorre o lançamento do produto no mercado. Inicia a partir da venda<br />

da primeira unidade. Os custos relativos a esse lançamento já está previsto<br />

na fase do projeto.<br />

Crescimento: é a fase de aceitação e consumo do produto pelo<br />

mercado.<br />

Maturidade: o produto já é reconhecido pelo mercado.<br />

Saturação: o produto t<strong>em</strong> baixa procura no mercado.<br />

Declínio: o produto deixa de ser procurado no mercado e seu consumo<br />

é baixo ou não acontece.<br />

Figura 13: Curva das principais fases do ciclo de vida do produto.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 28 abr. 2011.<br />

Você pode perceber que as fases de introdução, crescimento, e<br />

maturidade são determinantes do t<strong>em</strong>po de vida do produto.<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

30<br />

Meio Ambiente


Diante disso, a mensuração dos custos do ciclo de vida dos produtos<br />

t<strong>em</strong> um papel muito significativo, pois fornece informações indispensáveis<br />

para apoiar as decisões estratégicas e operacionais.<br />

Resumo<br />

Na aula custo do produto ao longo do ciclo de vida, vimos que<br />

quando se fala <strong>em</strong> custo de um produto não se deve pensar apenas <strong>em</strong> seu<br />

custo de fabricação. O conceito de “Custo” deve ser estendido para as d<strong>em</strong>ais<br />

fases do ciclo de vida do produto. Estas fases compreend<strong>em</strong>, além da<br />

fabricação, pesquisa e desenvolvimento, projeto, introdução, serviço de pós-<br />

-venda, crescimento, maturidade, saturação e declínio. Assim, a mensuração<br />

dos custos do ciclo de vida do produto é um processo essencial para garantir<br />

a competitividade de uma <strong>em</strong>presa no mercado.<br />

Atividades de aprendizag<strong>em</strong><br />

1) A figura abaixo representa os tipos de consumidores encontrados no mercado<br />

de produtos <strong>em</strong> geral. Observe-a e responda ao que se pede:<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 09 mai. 2011.<br />

a) A quais fases do ciclo de vida de um produto correspond<strong>em</strong> cada tipo de<br />

consumidor representado, respectivamente?<br />

b) Represente graficamente a curva do ciclo de vida do produto contendo<br />

cada fase que você mencionou na questão anterior.<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

32<br />

Meio Ambiente


AULA 1<br />

Aula Alfabetização 5 - Análise Digital de investimentos ambientais<br />

Objetivos<br />

Definir análise de investimento ambiental;<br />

Conhecer as principais ferramentas de análise de investimentos;<br />

Compreender a importância da análise dos investimentos ambientais<br />

para a descrição e divulgação do des<strong>em</strong>penho ambiental de uma <strong>em</strong>presa.<br />

5.1 Definição<br />

O termo investimento ambiental, também chamado de ativo ambiental<br />

pode ser definido como: todo investimento feito pela <strong>em</strong>presa com o<br />

objetivo de amenizar os impactos causados ao meio ambiente, como gastos<br />

utilizados nos processos de preservação, controle e recuperação do meio<br />

ambiente.<br />

Ativo <strong>Ambiental</strong><br />

Os Ativos Ambientais representam os estoques dos insumos, peças,<br />

acessórios, etc. utilizados no processo de eliminação ou redução dos níveis<br />

de poluição; os investimentos <strong>em</strong> máquinas, equipamentos, instalações,<br />

etc., adquiridos ou produzidos com intenção de amenizar os impactos causados<br />

ao meio ambiente; os gastos com pesquisas, visando o desenvolvimento<br />

de tecnologias modernas, de médio e longo prazo, desde que constituam<br />

benefícios ou ações que irão refletir nos exercícios seguintes.<br />

Ativos Ambientais são os bens adquiridos pela companhia que têm<br />

como finalidade controle, preservação e recuperação do meio ambiente.<br />

Nesse sentido, RIBEIRO & GRATÃO (2000; p.4) diz<strong>em</strong> que receb<strong>em</strong> tal classificação<br />

parte dos estoques, especificamente aqueles destinados à finalidade<br />

referida. Tais estoques pod<strong>em</strong> ser compostos por insumos que serão<br />

utilizados diretamente no processo produtivo, principalmente pelos que serão<br />

utilizados diretamente no processo produtivo, para eliminar, durante os<br />

procedimentos operacionais, o surgimento de resíduos poluentes. Pod<strong>em</strong><br />

ser itens que serão consumidos pós-operação, de forma a realizar a limpeza<br />

dos locais afetados ou a purificar os resíduos produtivos, como as águas, os<br />

gases, os resíduos sólidos que serão depostos, de alguma forma, no meio<br />

ambiente natural.<br />

Exist<strong>em</strong> algumas polêmicas na identificação dos ativos ambientais,<br />

devido o surgimento das “tecnologias limpas”. Para Ribeiro & Gratão (2000,<br />

p.4), essas tecnologias compreend<strong>em</strong> novos meios de produção, dotados de<br />

mecanismos que imped<strong>em</strong> a produção de refugos. Tratando-se de meios de<br />

produção e transformação, são ativos operacionais propriamente ditos e não<br />

ativos ambientais.<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

33<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


Os ativos operacionais pod<strong>em</strong> sofrer desgaste acelerado <strong>em</strong> função<br />

de sua exposição obrigatória ao meio ambiente poluído. Nesse caso, de acordo<br />

com Ribeiro & Gratão (2000, p.4), os efeitos do diferencial de vida útil,<br />

provocado por tal exposição, deve ser considerado como custo ambiental,<br />

dado que reflete as perdas decorrentes do meio ambiente poluído. Essa situação<br />

ficará patente nos casos <strong>em</strong> que os ativos possam ser comprados, com<br />

seus pares instalados, <strong>em</strong> ambientes menos afetados pela poluição.<br />

As características dos ativos ambientais são diferentes de uma organização<br />

para outra, pois a diferença entre os vários processos operacionais<br />

das distintas atividades econômicas dev<strong>em</strong> compreender todos os bens<br />

utilizados no processo de proteção, controle, conservação e preservação do<br />

meio ambiente.<br />

Os Ativos Ambientais, todos decorrentes de investimentos na área<br />

do meio ambiente, deverão ser classificados <strong>em</strong> títulos contábeis específicos,<br />

identificando, de forma adequada, os estoques ambientais, o ativo<br />

permanente imobilizado ambiental e o diferido ambiental.<br />

Os bens, cuja classificação se der no ativo permanente imobilizado<br />

ambiental e ativo permanente diferido ambiental, exceto<br />

aqueles de vida útil inferior a 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, cujos<br />

valores serão excluídos, quando da apuração do Lucro Real, estão sujeitos à<br />

depreciação/amortização.<br />

Passivo <strong>Ambiental</strong><br />

Passivo <strong>Ambiental</strong> representa toda e qualquer obrigação de curto e<br />

longos prazos, destinados única e exclusivamente a promover investimentos<br />

<strong>em</strong> prol de ações relacionadas a extinção ou amenização dos danos causados<br />

ao meio ambiente, inclusive percentual do lucro do exercício, com<br />

destinação compulsória, direcionado a investimentos na área ambiental.<br />

Sprouse & Moonitz, apud Kra<strong>em</strong>er (2000, p. 22) afirmam que passivos são<br />

obrigações que exig<strong>em</strong> a entrega de ativos ou prestação de serviços <strong>em</strong> um<br />

momento futuro, <strong>em</strong> decorrência de transações passadas ou presentes.<br />

Passivos ambientais, refer<strong>em</strong>-se segundo Martins & De Luca (1994,<br />

p.27), a benefícios econômicos, que serão sacrificados <strong>em</strong> função de obrigações<br />

contraídas perante terceiros, para preservação e proteção ao meio ambiente.<br />

Têm orig<strong>em</strong> <strong>em</strong> gastos relativos ao meio ambiente, que pod<strong>em</strong> se constituir<br />

<strong>em</strong> despesas do período atual ou anteriores, aquisição de bens permanentes,<br />

ou na existência de riscos de esses gastos vir<strong>em</strong> a se efetivar (contingências).<br />

Os Passivos Ambientais, conforme Ribeiro & Gratão (2000, p.5), ficaram<br />

amplamente conhecidos pela sua conotação mais negativa, ou seja,<br />

as <strong>em</strong>presas que o possu<strong>em</strong> agrediram significativamente o meio ambiente<br />

e, dessa forma, têm que pagar vultosas quantias a título de indenização de<br />

terceiros, de multas e para a recuperação de áreas danificadas.<br />

As autoras colocam como ex<strong>em</strong>plo: a) os gastos assumidos pela<br />

Exxon, no caso do acidente com o petroleiro Valdez, no Alaska; b) o caso<br />

da Petrobrás, na década de 80, no qual a região de Cubatão, no interior do<br />

Estado de São Paulo, foi seriamente afetada pelo vazamento de óleo, que<br />

culminou com a explosão de várias moradias; e c) mais recente, <strong>em</strong> janeiro<br />

de 2000, o vazamento nas instalações da mesma <strong>em</strong>presa que provocou o<br />

derramamento de milhares de litros do óleo no mar na Baía da Guanabara,<br />

causando a morte de várias espécies de aves e peixes, além de afetar seriamente<br />

a vida das populações locais que viviam da atividade pesqueira. Tais<br />

situações exigiram enormes gastos dessas <strong>em</strong>presas e, o que é pior, gastos<br />

imediatos, s<strong>em</strong> qualquer forma de planejamento, o que afeta drasticamente<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

34<br />

Meio Ambiente


qualquer programação de fluxo de disponibilidades, independent<strong>em</strong>ente do<br />

porte da organização. Tão alto quanto os custos dos recursos físicos necessários<br />

para a reparação dos danos provocados pelas referidas situações, ou<br />

até mais, são os gastos requeridos para retração da imag<strong>em</strong> da <strong>em</strong>presa e de<br />

seus produtos, essencialmente, quando tais eventos são alvo da mídia e da<br />

atenção dos ambientalistas e ONGs.<br />

Deve-se ressaltar que os passivos ambientais, como diz<strong>em</strong> as autoras,<br />

não têm orig<strong>em</strong> apenas <strong>em</strong> fatos de conotação tão negativa. Eles pod<strong>em</strong><br />

ser originários de atitudes ambientalmente responsáveis como os decorrentes<br />

da manutenção de sist<strong>em</strong>a de gerenciamento ambiental, os quais requer<strong>em</strong><br />

pessoas (que receb<strong>em</strong> uma r<strong>em</strong>uneração) para a sua operacionalização.<br />

Tais sist<strong>em</strong>as exig<strong>em</strong> ainda a aquisição de insumos. Máquinas, equipamentos,<br />

instalações para funcionamento, o que, muitas vezes, será feito na forma de<br />

financiamento direto dos fornecedores ou por meio de instituição de crédito.<br />

Esses são os passivos que dev<strong>em</strong> dar orig<strong>em</strong> aos custos ambientais, já que<br />

são inerentes à manutenção normal do processo operacional da companhia.<br />

Para Junior (1999, p.6), um Passivo <strong>Ambiental</strong> deve ser reconhecido,<br />

quando existe uma obrigação por parte da <strong>em</strong>presa que incorreu <strong>em</strong><br />

um custo ambiental ainda não des<strong>em</strong>bolsado, desde que atenda ao critério<br />

de reconhecimento como uma obrigação. Portanto, esse tipo de passivo é<br />

definido como sendo má obrigação presente que surgiu de eventos passados.<br />

Fonte: http://br.monografias.com/trabalhos/passa/passa2.shtml data de acesso: 2 de Junh.2011.<br />

Já a análise de investimentos propõe a aplicação de recursos com<br />

o objetivo de propiciar retorno satisfatório aos investidores.<br />

Assim, se vincularmos os dois conceitos anteriores, ter<strong>em</strong>os a definição<br />

do termo análise de investimentos ambientais que visa medir o valor<br />

dos benefícios gerados pela proteção e preservação ambiental. Ou seja, proporciona<br />

uma estimativa do valor monetário dos benefícios com: despoluição<br />

de praias e rios, preservação de parques, tratamento de esgotos sanitários,<br />

canalização de cursos d’água, etc.<br />

Figura 15: A análise de investimentos ambientais envolve decisões de aplicação<br />

monetária.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: <br />

Acesso <strong>em</strong> 29 abr. 2011.<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong> 35<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


5.2 Ferramentas de análise de investimentos<br />

Essa ferramenta é usada quando o dono de uma indústria possui<br />

um equipamento <strong>em</strong> uso e quer trocá-lo por outro mais moderno a fim de<br />

diminuir o impacto causado ao meio ambiente por seu negócio.<br />

É necessário que seja feita uma análise para saber se o investimento<br />

vale a pena ou não.<br />

Para decidir se vale ou não a pena adquirir uma nova máquina,<br />

dev<strong>em</strong>os fazer a seguinte análise:<br />

• Vida útil da máquina – é o t<strong>em</strong>po de durabilidade da máquina<br />

<strong>em</strong> termos físicos ou tecnológicos.<br />

• Valor residual da máquina – qual o valor o proprietário vai receber<br />

pela máquina mesmo depois da utilização da mesma quando<br />

virar sucata.<br />

• Receitas líquidas futuras – qual o valor líquido por período de<br />

utilização da máquina (levando <strong>em</strong> consideração o que foi gasto,<br />

os lucros e as despesas) durante o período de sua utilização.<br />

Figura 16: A decisão de se fazer um investimento requer o conhecimento das<br />

receitas líquidas futuras do mesmo.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: <br />

Acesso <strong>em</strong> 30 abr. 2011.<br />

É nesse momento que será necessário utilizar algum critério de<br />

análise de investimentos. No caso <strong>em</strong> questão far<strong>em</strong>os uma simples referência<br />

<strong>em</strong> termos de ex<strong>em</strong>plificação, às ferramentas: payback, valor presente líquido<br />

e taxa interna de retorno de acordo com Marquezan e Brondani (2006).<br />

Uma ferramenta muito usada principalmente por pequenas <strong>em</strong>presas<br />

principalmente pela facilidade de cálculo que ela proporciona é o payback.<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

36<br />

Meio Ambiente


Payback é o prazo de retorno do investimento inicial, utilizado pelas<br />

<strong>em</strong>presas para saber o t<strong>em</strong>po que será necessário para que uma <strong>em</strong>presa recupere<br />

o que foi investido. Quanto maior o payback maior será o t<strong>em</strong>po que<br />

a <strong>em</strong>presa terá para recuperar o que foi investido e maior o risco envolvido.<br />

Valor Presente Líquido : é uma ferramenta de análise utilizada<br />

por grandes <strong>em</strong>presas com o objetivo de analisar os investimentos levando<br />

<strong>em</strong> consideração a mudança de valor do dinheiro no t<strong>em</strong>po. Ao contrário do<br />

payback, a regra é a seguinte: quanto maior o valor presente líquido, melhor.<br />

Taxa Interna de Retorno (TIR) : é a taxa de retorno que o investidor<br />

recebe a cada ano enquanto o investimento que foi feito anteriormente é recuperado<br />

gradativamente. Quanto maior for a TIR maiores as chances para que este<br />

investimento seja considerado viável.<br />

Figura 17: Em um investimento o valor inicial é recuperado progressivamente.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: <br />

Acesso <strong>em</strong> 30 abr. 2011.<br />

Diante disso, dev<strong>em</strong>os concordar com Kra<strong>em</strong>er (2003) que afirma<br />

que os indicadores ambientais são informações específicas sobre o des<strong>em</strong>penho<br />

ambiental de uma entidade sendo cálculos específicos de um aspecto<br />

concreto que pod<strong>em</strong> ser utilizados para acompanhar e d<strong>em</strong>onstrar des<strong>em</strong>penho.<br />

Da mesma forma, para Tinoco e Kra<strong>em</strong>er (2008), os indicadores de des<strong>em</strong>penho<br />

ambiental sintetizam as informações quantitativas e qualitativas<br />

que permit<strong>em</strong> a determinação da eficiência e efetividade da <strong>em</strong>presa, de um<br />

ponto de vista ambiental, <strong>em</strong> utilizar os recursos disponíveis.<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong> 37<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


Assista ao vídeo:<br />

Investimentos <strong>em</strong><br />

Projetos Ambientais<br />

traz<strong>em</strong> retorno?<br />

Disponível <strong>em</strong>: <br />

5.3 Importância da análise de investimentos<br />

ambientais<br />

A importância dos investimentos ambientais consiste na criação de<br />

informações para o gerenciamento de custos, e fornece dados relativos aos<br />

efeitos da <strong>em</strong>presa no meio ambiente abrangendo, riscos, impactos, políticas,<br />

estratégias de des<strong>em</strong>penho ambiental.<br />

Figura 18: A análise de investimentos ambientais serve para divulgar a atuação de<br />

uma <strong>em</strong>presa <strong>em</strong> favor do meio ambiente.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 29 abr. 2011.<br />

Resumo<br />

Nesta aula, você aprendeu o que são investimentos ambientais e<br />

<strong>em</strong> que consiste sua análise. Mostramos os critérios e ferramentas comumente<br />

utilizados para analisar investimentos como o payback, o valor presente<br />

líquido e a taxa interna de retorno. Ainda foi possível entender que a análise<br />

de investimentos ambientais é importante para uma <strong>em</strong>presa não só para<br />

melhorias do gerenciamento de custo, mas também para divulgar sua atuação<br />

<strong>em</strong> favor do meu ambiente.<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

38<br />

Meio Ambiente


Atividades de aprendizag<strong>em</strong><br />

“As atividades de cunho ambiental passaram a ser, mercadologicamente,<br />

estratégicas por uma razão fundamental, influenciam substancialmente<br />

a continuidade da <strong>em</strong>presa, <strong>em</strong> decorrência do significativo efeito<br />

que exerc<strong>em</strong> sobre o resultado e a situação econômico-financeira”.<br />

FONTE: WERNKE, R. Custos ambientais: uma abordag<strong>em</strong> teórica com ênfase na obtenção de<br />

vantag<strong>em</strong> competitiva. Revista de Contabilidade do Conselho Regional de São Paulo. São Paulo –<br />

SP: ano 5, nº 15, p. 40-49, mar. 2001.<br />

1) O texto acima refere-se à importância das ações voltadas para a preservação<br />

do meio ambiente por parte das <strong>em</strong>presas. Nesse sentido, como a<br />

análise dos investimentos ambientais pode ser usada pelas <strong>em</strong>presas?<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong> 39<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


AULA 1<br />

Alfabetização Digital<br />

Aula 6 - Ecoeficiência<br />

Objetivos<br />

Conceituar o termo ecoeficiência;<br />

Mostrar a ecoeficiência como uma forma inteligente, correta e barata<br />

de se produzir;<br />

Avaliar a importância dos produtos ecoeficientes para seus usuários,<br />

para as <strong>em</strong>presas e para o meio ambiente.<br />

6.1 O que é ecoeficiência?<br />

A ecoeficiência é um t<strong>em</strong>a muito interessante que t<strong>em</strong> despertado<br />

a atenção de muitos <strong>em</strong>presários. Vejamos então de que ela trata.<br />

A ecoeficiência é entendida como uma cultura administrativa que<br />

t<strong>em</strong> como objetivo conscientizar as <strong>em</strong>presas de modo que elas possam assumir<br />

sua responsabilidade com a sociedade, reeducando os sist<strong>em</strong>as produtivos<br />

às necessidades do mercado e do ambiente. Fazer com que as <strong>em</strong>presas<br />

produzam mais utilizando menos recursos naturais e energia, evitando os<br />

desperdícios e diminuindo os custos de produção.<br />

Diante da combinação entre des<strong>em</strong>penho econômico e ambiental,<br />

pod<strong>em</strong>os dizer que a finalidade principal da ecoeficiência é a fabricação de<br />

bens e a prestação de serviços que atendam às necessidades humanas e aument<strong>em</strong><br />

a qualidade de vida das pessoas.<br />

Compostag<strong>em</strong>:<br />

processo de<br />

transformação de<br />

materiais grosseiros,<br />

como palhada e<br />

estrume, <strong>em</strong> materiais<br />

orgânicos utilizáveis na<br />

agricultura.<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

41<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


Figura 19: A ecoeficiência é uma forma de produzir reduzindo o desperdício.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: <br />

Acesso <strong>em</strong> 29 abr. 2011.<br />

O World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) é<br />

uma união de 130 <strong>em</strong>presas internacionais, que compartilham o compromisso<br />

do desenvolvimento sustentável. Os m<strong>em</strong>bros associados são de 30 países e<br />

de mais de 20 setores industriais importantes. Veja como o WBCSD define a<br />

ecoeficiência: “A eco-eficiência atinge-se através da disponibilização de bens<br />

e serviços a preços competitivos, que, por um lado, satisfaçam as necessidades<br />

humanas e contribuam para a qualidade de vida e, por outro, reduzam<br />

progressivamente o impacto ecológico e a intensidade de utilização de recursos<br />

ao longo do ciclo de vida, até atingir<strong>em</strong> um nível, que, pelo menos, seja<br />

compatível com a capacidade de renovação estimada para o planeta Terra”.<br />

6.2 Como ser ecoeficiente?<br />

Exist<strong>em</strong>, segundo Michelini et al. (2004) e Lehni (2000), critérios<br />

fundamentais para que uma <strong>em</strong>presa ou instituição se torne ecoeficiente.<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

42<br />

Meio Ambiente


Vejamos quais são estes critérios:<br />

• Reduzir o consumo de materiais com bens e serviços;<br />

• Reduzir o consumo de energia com bens e serviços;<br />

• Reduzir a diss<strong>em</strong>inação de substâncias tóxicas;<br />

• Intensificar a reciclag<strong>em</strong> de materiais;<br />

• Maximizar o uso sustentável de recursos renováveis;<br />

• Prolongar a durabilidade dos produtos;<br />

• Agregar valor aos bens e serviços.<br />

6.3 Ecoeficiência de um produto<br />

O produto ecoeficiente apresenta características especiais, que o<br />

diferenciam de outros. Essas características lhes são atribuídas a partir do<br />

momento <strong>em</strong> que é fabricado, passando pelo estoque, transporte, utilização e<br />

descarte, até a coleta e reciclag<strong>em</strong>, tendo sido agregado um valor ecológico.<br />

Veja como a figura abaixo mostra um ex<strong>em</strong>plo de produto ecoeficiente<br />

no qual foi utilizada madeira certificada para a produção dos lápis e<br />

papelão para confecção da <strong>em</strong>balag<strong>em</strong>. Observe que a <strong>em</strong>balag<strong>em</strong> é feita<br />

por dobraduras no papelão e que se utiliza de um lápis como fecho, dispensando<br />

qualquer tipo de cola para o acabamento. Além disso, o produto é<br />

totalmente reciclável (lápis e caixa).<br />

Figura 20: Produto ecoeficiente.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: <br />

Acesso <strong>em</strong> 29 abr. 2011.<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong> 43<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


Diante do que você aprendeu, torna-se fácil entender porque a<br />

criação de produtos com características ambientais traz benefícios para a<br />

<strong>em</strong>presa. Nesse sentido, os produtos ecoeficientes, também chamados de<br />

produtos inteligentes, possu<strong>em</strong> as seguintes características mercadológicas:<br />

• Elevado apelo comercial e ético, resultando <strong>em</strong> uma imag<strong>em</strong><br />

positiva da <strong>em</strong>presa junto ao mercado e aos clientes;<br />

• Excelente diferencial de mercado, possibilitando à <strong>em</strong>presa permanecer<br />

atuante por mais t<strong>em</strong>po;<br />

• Garant<strong>em</strong> lucro ético e maior qualidade de vida do cliente final;<br />

• Garant<strong>em</strong> aumento da segurança e saúde do trabalhador.<br />

Resumo<br />

Na aula seis, você conheceu o termo ecoeficiência e viu que esta<br />

apenas pode ser alcançada por meio da manutenção de ações relacionadas<br />

à sustentabilidade ambiental e à qualidade de vida das pessoas. Você entendeu<br />

ainda que um produto ecoeficiente possui características favoráveis não<br />

só ao meio ambiente como também aos seus fabricantes e usuários, pois sua<br />

condição especial o diferencia de outros produtos, na fabricação, armazenamento,<br />

transporte, utilização, descarte, coleta e reciclag<strong>em</strong>. Assim, guarde:<br />

produto ecoeficiente = produto inteligente.<br />

Atividades de aprendizag<strong>em</strong><br />

1) Na figura abaixo, está esqu<strong>em</strong>atizado um ciclo produtivo. Observe-o e,<br />

com base <strong>em</strong> seus conhecimentos, responda: o produto resultante desse<br />

ciclo é ecoeficiente? Justifique.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 13 mai. 2011.<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

44<br />

Meio Ambiente


AULA 1<br />

Aula Alfabetização 7 - Ecoeficiência: Digital instrumentos e<br />

prestação de serviços<br />

Objetivo<br />

D<strong>em</strong>onstrar <strong>em</strong> que se baseia a prestação de serviços ecoeficientes,<br />

como se instala este processo dentro da <strong>em</strong>presa e o retorno do mesmo<br />

como valor agregado ao produto e ao meio ambiente.<br />

7.1 Instrumentos para prática da ecoeficiência<br />

Entenda como a cultura da ecoeficiência é implantada dentro da<br />

<strong>em</strong>presa. Ela depende de planejamento, ou seja, uma <strong>em</strong>presa ecoeficiente<br />

consegue gerar mais resultados, garantindo o menor impacto ambiental,<br />

quando planeja todas as etapas de seu processo.<br />

Dessa maneira, para que um programa de ecoeficiência <strong>em</strong> uma<br />

<strong>em</strong>presa tenha sucesso, é necessário que:<br />

• A direção esteja disposta a adotar um sist<strong>em</strong>a de gestão ambiental<br />

e a promover a cooperação na busca da ecoeficiência.<br />

• O departamento de pesquisa e desenvolvimento e as áreas de<br />

produção dev<strong>em</strong> se utilizar de tecnologias que permitam reduzir<br />

o impacto ambiental dos processos e aumentar o valor agregado<br />

dos produtos.<br />

• O departamento de compras deve avaliar o des<strong>em</strong>penho ambiental<br />

de seus fornecedores para aquisição de matérias primas.<br />

• O departamento de marketing deve enfatizar o valor agregado aos<br />

produtos, investindo <strong>em</strong> <strong>em</strong>balagens, etiquetas e propagandas.<br />

• O departamento de recursos humanos deve enfatizar a cultura<br />

de ecoeficiência da <strong>em</strong>presa partindo dos processos de seleção<br />

e capacitação das pessoas.<br />

Figura 21: Sacola ecológica: resistente, ecologicamente correta e economicamente viável.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 12 mai. 2011.<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

45<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


Além disso, é importante manter indicadores de ecoeficiência que<br />

dev<strong>em</strong> ser avaliados periodicamente, como: consumo de água, energia elétrica,<br />

papel e copos descartáveis e coleta seletiva de resíduos.<br />

Agindo assim, além de permitir uma real adequação das atividades<br />

humanas com as necessidades ambientais, a <strong>em</strong>presa utiliza de uma ferramenta<br />

estratégica para a competitividade.<br />

7.2 Ecoeficiência na prestação de serviços<br />

Você sabe que a questão ambiental t<strong>em</strong> sido um grande desafio<br />

para os setores produtivos, já que também o consumidor começa a selecionar<br />

produtos e serviços ecologicamente corretos.<br />

Assim, para que uma <strong>em</strong>presa ofereça uma prestação de serviços<br />

ecoeficientes deve primeiramente adotar mudanças na cultura <strong>em</strong>presarial,<br />

envolvendo nesse processo todos os seus funcionários e colaboradores. O<br />

segundo el<strong>em</strong>ento a ser observado é a utilização de técnicas que permitam<br />

a ecoeficiência <strong>em</strong> todos os processos, produtos e/ou serviços, levando <strong>em</strong><br />

conta o ciclo de vida dos produtos, os riscos e oportunidades para a <strong>em</strong>presa.<br />

Figura 22: Primeiro passo para a prestação de serviços ecoeficiente: os<br />

colaboradores e gestores dev<strong>em</strong> ter uma visão <strong>em</strong>presarial de ecoeficiência.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 02<br />

mai. 2011.<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

46<br />

Meio Ambiente


7.3 Serviços ecoeficientes<br />

Existe hoje no mercado um grande interesse por parte dos <strong>em</strong>presários<br />

no ramo da prestação de serviços ecoeficientes. A ênfase no serviço<br />

prestado ao consumidor, focado na qualidade de vida, t<strong>em</strong> criado muitas<br />

oportunidades.<br />

Através dessa prestação de serviços, as <strong>em</strong>presas agregam valor a<br />

seu negócio monitorando e avaliando seus produtos e processos minimizando<br />

o impacto ambiental aumentando a eficiência.<br />

Veja a seguir ex<strong>em</strong>plos de prestações de serviços ecoeficientes<br />

existentes no mercado:<br />

• Fabricação de produtos hidráulicos com fechamento automático<br />

(reduz<strong>em</strong> o desperdício de água) para a substituição de equipamentos<br />

convencionais;<br />

• Produção de formas alternativas de geração de energia como os<br />

painéis solares;<br />

• Implantação de sist<strong>em</strong>as de iluminação automáticos que reduz<strong>em</strong><br />

gastos de energia;<br />

• Fabricação de lâmpadas e outros produtos de baixo consumo<br />

energético;<br />

• Separação, reciclag<strong>em</strong> e reutilização de resíduos;<br />

• Fabricação de compostag<strong>em</strong> de resíduos orgânicos;<br />

• Fabricação de telhas de fibras vegetais;<br />

• Serviços de reflorestamento;<br />

• Construção ecoeficiente.<br />

Figura 23: Construção ecoeficiente com sist<strong>em</strong>as de ventilação natural, energia<br />

solar, tijolos de solo-cimento e telhas de fibras vegetais.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 02 mai. 2011.<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong> 47<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


7.4 Benefícios da prestação de serviços ecoeficientes<br />

É importante a compreensão de que a <strong>em</strong>presa que praticar a ecoeficiência<br />

será mais competitiva, inovadora e obterá recursos adicionais com<br />

a reciclag<strong>em</strong> e aproveitamento de resíduos, criando ainda, um ambiente de<br />

trabalho estável, aberto a novas oportunidades de mercado, com consequências<br />

positivas para o desenvolvimento sustentável, contribuindo para o<br />

equilíbrio ambiental do planeta (ECOEFICIÊNCIA, 2011).<br />

figura 24: Publicidade de <strong>em</strong>presa ecoeficiente.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: <br />

Acesso <strong>em</strong> 02 mai. 2011.<br />

Leia abaixo as palavras de Ernst Ulrich Von Weizsäcker, presidente<br />

do Institute for Climate, the Environment and Energy de Wuppertal e m<strong>em</strong>bro<br />

do parlamento federal al<strong>em</strong>ão:<br />

“Pod<strong>em</strong>os estimar que a eco-eficiência irá tornar-se no princípio<br />

econômico primordial no primeiro quartel do séc. XXI. Em 2030, cerca de 8<br />

mil milhões de pessoas viverão neste planeta, 3 mil milhões com o nível de<br />

vida atual dos Europeus. Isto significará o quádruplo dos bens e serviços, o<br />

que, s<strong>em</strong> um aumento drástico da eco-eficiência, poderá muito b<strong>em</strong> significar<br />

a destruição do planeta. O aumento para o fator 4 da eco-eficiência<br />

no âmbito de uma geração é, por conseguinte, o objetivo mais modesto que<br />

pod<strong>em</strong>os solicitar, para assegurar a capacidade do planeta de sobreviver<br />

e conduzir a um futuro sustentável. Se os mundos <strong>em</strong>presarial e acadêmico<br />

utilizar<strong>em</strong> todo o seu potencial na criatividade e na inovação, a sociedade<br />

civil segui-los-á. Então os governos poderão adotar a mesma abordag<strong>em</strong><br />

e, finalmente, recompensar aqueles que são arrojados e mais eficientes. A<br />

ecoeficiência e o Fator 4 são as nossas imagens de marca para esta visão.”<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 02<br />

mai. 2011.<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

48<br />

Meio Ambiente


Resumo<br />

Nesta unidade, você percebeu que a prática da ecoeficiência nas<br />

<strong>em</strong>presas depende de um planejamento que envolva todos os setores das<br />

mesmas como: direção ou gerência, pesquisa e desenvolvimento, compras,<br />

marketing e recursos humanos. Da mesma forma, a oferta de serviços ecoeficientes<br />

depende de mudanças na visão <strong>em</strong>presarial e de técnicas que<br />

promovam tais mudanças. A partir do conhecimento de alguns serviços você<br />

pode comprovar os benefícios dos serviços ecoeficientes a nível regional e<br />

global.<br />

Atividades de aprendizag<strong>em</strong><br />

1) Exceto os ex<strong>em</strong>plos apresentados nesta aula, pesquise outros ex<strong>em</strong>plos de<br />

ecoeficiência na prestação de serviços.<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong> 49<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


AULA 1<br />

Alfabetização Digital<br />

Aula 8 - Inovação Sustentável<br />

Objetivos<br />

Conceituar os termos próprios da inovação sustentável;<br />

Caracterizar uma organização inovadora sustentável no âmbito, social,<br />

econômico e ambiental;<br />

Explicar as vantagens da inovação sustentável.<br />

8.1 Conceitos<br />

Para Fre<strong>em</strong>an (1982) “Inovação é o processo que inclui as atividades<br />

técnicas, de concepção, desenvolvimento e gestão que resultam na comercialização<br />

de novos (ou melhorados) produtos ou na utilização de novos (ou<br />

melhorados) processos”.<br />

Se você associar o conceito de inovação ao conceito de sustentabilidade<br />

aprendido na aula 1, concluirá que inovação sustentável é aquela que<br />

cria valor agregado s<strong>em</strong> comprometer o atendimento às necessidades das<br />

gerações futuras.<br />

Figura 25: A inovação sustentável se baseia <strong>em</strong> ideias que resultam <strong>em</strong> lucro s<strong>em</strong><br />

comprometimento do meio ambiente.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: <br />

Acesso <strong>em</strong> 02 mai. 2011.<br />

Organização inovadora, segundo Barbieri (2007), é a que introduz<br />

novidades de qualquer tipo <strong>em</strong> bases sist<strong>em</strong>áticas e colhe os resultados esperados.<br />

Vejamos ainda que segundo o mesmo autor, a expressão “bases<br />

sist<strong>em</strong>áticas” significa a realização de inovações com autonomia, intencionalidade<br />

e proatividade.<br />

Proatividade:<br />

capacidade de antecipar<br />

situações, necessidades<br />

e probl<strong>em</strong>as futuros.<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

51<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


De uma forma mais simplificada pod<strong>em</strong>os dizer que, organização<br />

inovadora sustentável é a que procura ser eficiente <strong>em</strong> termos econômicos,<br />

respeitando a capacidade do meio ambiente.<br />

É importante que você compreenda que para que uma organização<br />

ou <strong>em</strong>presa se torne inovadora e sustentável precisa considerar as três dimensões<br />

da sustentabilidade que são, segundo Barbieri (2007):<br />

• Dimensão social – preocupação com os impactos sociais dentro<br />

e fora da organização (des<strong>em</strong>prego, exclusão social, pobreza,<br />

etc.);<br />

• Dimensão ambiental – preocupação com os impactos ambientais<br />

pelo uso de recursos naturais e pelas <strong>em</strong>issões de poluentes;<br />

• Dimensão econômica – preocupação com a eficiência econômica.<br />

Figura 26: As três dimensões da sustentabilidade.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 12 mai. 2011.<br />

Pod<strong>em</strong>os dizer que o modelo de organização inovadora sustentável<br />

é uma proposta feita às instituições, para adoção de uma organização<br />

que seja capaz de inovar com eficiência <strong>em</strong> termos econômicos, mas com<br />

responsabilidade social e ambiental, reunindo duas características essenciais:<br />

inovação e orientação para a sustentabilidade.<br />

8.2 Vantagens da inovação sustentável<br />

De acordo com os conceitos que você aprendeu nesta aula, ficou<br />

compreensível que as inovações dev<strong>em</strong> gerar resultados econômicos, sociais<br />

e ambientais positivos, e se considerarmos todas as vantagens geradas pela<br />

inovação a médio e longo prazo, inovar torna-se essencial para a sustentabilidade<br />

das <strong>em</strong>presas.<br />

Além disto, para Day e Wensley (1998) as inovações sustentáveis são<br />

importantes porque permit<strong>em</strong> que as <strong>em</strong>presas se abram a novos mercados,<br />

realizando novas parcerias, adquirindo novos conhecimentos e agregando<br />

mais valor a seus produtos.<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

52<br />

Meio Ambiente


Figura 27: A inovação sustentável agrega valores aos produtos.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 04 mai. 2011.<br />

Obviamente, você percebeu que os benefícios da inovação sustentável<br />

não se limitam às <strong>em</strong>presas. A inovação sustentável possibilita: o aumento<br />

do nível de <strong>em</strong>prego, renda e traz alternativas de preservação, recuperação<br />

e conscientização por parte da sociedade.<br />

Leia a entrevista: A<br />

preocupação com<br />

a sustentabilidade<br />

no nosso país ainda<br />

não representa uma<br />

vantag<strong>em</strong> competitiva.<br />

Disponível <strong>em</strong>: <br />

Figura 28: A inovação sustentável t<strong>em</strong> a capacidade de diferenciar uma <strong>em</strong>presa no<br />

ambiente competitivo.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 04 mai. 2011.<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong> 53<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


Resumo<br />

Nesta aula, você aprendeu que Inovação Sustentável é uma maneira<br />

de inovar <strong>em</strong> produtos e/ou serviços atendendo as necessidades do<br />

presente s<strong>em</strong> comprometer a capacidade de futuras gerações de satisfazer<br />

suas próprias necessidades. Ficou claro ainda que uma organização inovadora<br />

sustentável depende da interação dos três fatores que são as bases da<br />

sustentabilidade: economia, sociedade e meio ambiente. Da mesma forma,<br />

os benefícios gerados por tal interação são capazes de gerar vantagens competitivas<br />

para as <strong>em</strong>presas e tornar<strong>em</strong>-se essenciais para a sustentabilidade<br />

dos países no futuro.<br />

Atividades de aprendizag<strong>em</strong><br />

1) Comente a figura abaixo com base no que você aprendeu nesta aula.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: <br />

Acesso <strong>em</strong> 05 mai. 2011.<br />

2) Pesquise na internet, jornais ou revistas um ex<strong>em</strong>plo de organização ou<br />

<strong>em</strong>presa inovadora sustentável, anote as ações da mesma <strong>em</strong> favor do meio<br />

ambiente e depois troque informações entre seus colegas.<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

54<br />

Meio Ambiente


AULA 1<br />

Aula Alfabetização 9 – <strong>Gestão</strong> Digital <strong>em</strong> ciclo fechado - ecologia<br />

industrial<br />

Objetivos<br />

Entender como funcionam os ciclos produtivos dos sist<strong>em</strong>as econômicos;<br />

Avaliar a importância do sist<strong>em</strong>a de gestão <strong>em</strong> ciclo fechado para a<br />

sustentabilidade ambiental e econômica;<br />

Mostrar como a Ecologia Industrial constitui a integração das atividades<br />

econômicas e a redução da degradação ambiental.<br />

9.1 Ciclos produtivos dos sist<strong>em</strong>as econômicos<br />

É relevante que conheçamos os diferentes ciclos produtivos para<br />

compreendermos <strong>em</strong> que deve se basear a ecologia industrial.<br />

Vejamos os ciclos produtivos dos sist<strong>em</strong>as econômicos que se divid<strong>em</strong><br />

<strong>em</strong> dois fluxos: fluxo produtivo de via única e fluxo de economia de<br />

ciclo fechado.<br />

Entenda cada um, de acordo com IBEPOTEQ (Instituto Brasileiro de<br />

Estudos e Pesquisas para a Otimização da Tecnologia e Qualidade Aplicadas):<br />

Fluxo produtivo de via única – é um sist<strong>em</strong>a onde o processo é<br />

iniciado com a extração da matéria-prima, passando pelos processos industriais,<br />

sendo os produtos finais encaminhados para o uso. Após a utilização,<br />

vão para o lixo e são depositados <strong>em</strong> aterros sanitários ou valas comuns.<br />

Aterros sanitários:<br />

espaços destinados<br />

à deposição final de<br />

resíduos sólidos gerados<br />

pela atividade humana.<br />

Valas comuns:<br />

escavações destinadas<br />

a acomodar lixo<br />

proveniente da<br />

atividade humana ou<br />

cadáveres.<br />

Incineração:<br />

ação de reduzir a<br />

cinzas; queimar<br />

completamente.<br />

Produção limpa: ação<br />

de eliminar a poluição<br />

durante o processo de<br />

produção e não no final.<br />

Figura 29: <strong>Gestão</strong> <strong>em</strong> ciclo fechado.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 04 mai. 2011.<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

55<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


Figura 30: Fluxo produtivo de via única.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 16 mai.<br />

2011.<br />

Pod<strong>em</strong>os entender a partir deste conceito, que o ciclo produtivo de<br />

via única, possui efeitos ambientais danosos, elevado grau de irracionalidade<br />

e falta de economia. O mesmo está sendo gradativamente substituído pela<br />

adoção do fluxo da economia de ciclo fechado.<br />

Vejamos do que este trata a seguir:<br />

Fluxo de economia de ciclo fechado ou infinito – é o processo<br />

produtivo que também se inicia com a extração de matérias-primas, passando<br />

pelo sist<strong>em</strong>a de produção e uso dos produtos. Porém, após a utilização,<br />

os produtos são separados, reutilizados ou reciclados. L<strong>em</strong>bramos que nesse<br />

processo, também há restos que exig<strong>em</strong> algum tipo de destinação final (aterros,<br />

incineração, etc.).<br />

Figura 31: Fluxo de economia de Ciclo Fechado.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 16 mai. 2011.<br />

Leia mais sobre este<br />

assunto no site:www.<br />

ambientebrasil.com.br<br />

9.2 <strong>Gestão</strong> <strong>em</strong> ciclo fechado ou infinito<br />

O Sist<strong>em</strong>a de <strong>Gestão</strong> <strong>em</strong> Ciclo Fechado ou Infinito defini-se como<br />

um conjunto de medidas operacionais que a <strong>em</strong>presa usa para monitorar e<br />

melhorar a eficácia das estratégias utilizadas no descarte de resíduos.<br />

Observe a seguir, o ex<strong>em</strong>plo <strong>em</strong> que um produto é submetido a<br />

gestão de ciclo fechado ou infinito:<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

56<br />

Meio Ambiente


Figura 32: Sist<strong>em</strong>a de <strong>Gestão</strong> de Ciclo Fechado ou Infinito.<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 16 mai. 2011.<br />

É importante que a gestão <strong>em</strong> ciclo fechado seja adotada não só<br />

nas <strong>em</strong>presas, mas também no ambiente familiar.<br />

Como fazer? Em casa, por ex<strong>em</strong>plo, começa com a separação do<br />

lixo, reutilizando produtos e utensílios. Na <strong>em</strong>presa t<strong>em</strong>os como ex<strong>em</strong>plo a<br />

adoção do sist<strong>em</strong>a de produção limpa.<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong> 57<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


Figura 33: A gestão <strong>em</strong> ciclo fechado deve ser adotada tanto no ambiente familiar<br />

quanto nas <strong>em</strong>presas e instituições.<br />

FONTE: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 16 mai. 2011.<br />

Perceba que quando a <strong>em</strong>presa adota o sist<strong>em</strong>a de produção <strong>em</strong><br />

um ciclo fechado, naturalmente há um comprometimento maior por parte<br />

da mesma, <strong>em</strong> ser geradora desse material de pós-consumo, pois ela passa a<br />

ser dependente dele para girar a produção.<br />

Outros resultados que você pode associar à prática da gestão <strong>em</strong><br />

ciclo fechado são a racionalização do material e a diminuição do consumo<br />

de energia para os processos de fabricação e reciclag<strong>em</strong>, que consequent<strong>em</strong>ente,<br />

são indicadores de sustentabilidade ambiental e sustentabilidade<br />

econômica.<br />

Assim, r<strong>em</strong>etendo-nos à aula anterior, extraímos a concepção de<br />

que essa mesma <strong>em</strong>presa caracteriza-se como uma organização inovadora<br />

sustentável.<br />

Veja na tabela a seguir, ex<strong>em</strong>plos interessantes de materiais que<br />

pod<strong>em</strong> ou não ser reciclados:<br />

TABELA 1 - O que pode e o que não pode ser reciclado.<br />

Material O que pode ser reciclado O que não pode ser reciclado<br />

Vidro<br />

Garrafas, frascos de molhos e<br />

condimentos, potes de produtos<br />

alimentícios, frascos de r<strong>em</strong>édios,<br />

perfumes e produtos de<br />

limpeza, cacos de qualquer uma<br />

das <strong>em</strong>balagens acima.<br />

Espelhos, vidros de janela e<br />

box de banheiro, vidros de<br />

automóveis, cristal, lâmpadas,<br />

formas e travessas de<br />

vidro t<strong>em</strong>perado, ampolas de<br />

r<strong>em</strong>édio.<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

58<br />

Meio Ambiente


9.4 Consequências da ecologia industrial<br />

Ao aplicar as medidas da ecologia industrial, <strong>em</strong>presas passam a ser<br />

ecoresponsáveis e consequent<strong>em</strong>ente eliminam resíduos, reduz<strong>em</strong> desperdícios,<br />

levam seus fornecedores a reduzir as <strong>em</strong>issões de carbono, promov<strong>em</strong><br />

a eficiência energética, reciclam e reutilizam recursos. Nesse contexto, a<br />

ecologia industrial promove uma gestão de qualidade que resulta também<br />

<strong>em</strong> saúde e segurança dos trabalhadores e dos consumidores.<br />

Em ultima análise, pod<strong>em</strong>os concluir que a ecologia industrial é um<br />

importante subsídio para que possamos lidar com as mudanças climáticas e<br />

os grandes probl<strong>em</strong>as ambientais da atualidade e do futuro.<br />

Leia o texto à seguir:<br />

Por que dev<strong>em</strong>os reciclar?<br />

Atualmente com o t<strong>em</strong>po cada vez mais escasso, pela praticidade<br />

dos itens descartáveis e pelo comodismo, muitas vezes nos esquec<strong>em</strong>os de<br />

fazer coisas primordiais <strong>em</strong> nossas vidas que porventura irão refletir negativamente<br />

<strong>em</strong> nossas vidas ao longo dos anos. Vocês já pararam e pensaram<br />

por que precisamos e dev<strong>em</strong>os reciclar?<br />

A quantidade de lixo e outras coisas que descartamos diariamente<br />

não é brincadeira, por isso que o objetivo de reciclar é reaproveitar os<br />

materiais utilizados por nós mesmos. Os benefícios da reciclag<strong>em</strong> são muitos,<br />

pod<strong>em</strong>os economizar energia, preservar os recursos naturais, diminuir<br />

a quantidade do lixo aterrado, diminuir os impactos ambientais (como efeito<br />

estufa) e muitos outros.<br />

Não seria interessante colaborar? Então, agora que vocês aprenderam<br />

um pouco do porquê se deve reciclar, vamos ver como pod<strong>em</strong>os reciclar,<br />

ajudar o meio ambiente e contribuir com toda sociedade.<br />

Segu<strong>em</strong> algumas Dicas de Reciclag<strong>em</strong>:<br />

1- Separar o lixo para reciclag<strong>em</strong>;<br />

2- Ao comprar um eletrodoméstico, prefira os novos e de qualidade<br />

aprovados pelo Inmetro e com indicador A (economizam energia);<br />

3- Ter plantas <strong>em</strong> casa e regá-las diariamente, no período da manhã<br />

ou no cair da noite;<br />

4- Evitar deixar torneiras abertas ou pingando;<br />

5- Economizar no papel, só imprima se for realmente necessário e<br />

utilize os dois lados do papel para anotações ou fazer rascunhos;<br />

6- Reduzir o uso do automóvel (carro) para pequenas distâncias. Se<br />

for sair para lugares próximos prefira a pé, além de ter uma vida mais saudável,<br />

você também economizará no consumo de combustível;<br />

7- Doar as roupas que não utiliza mais, normalmente os bazares de<br />

caridade e paróquias receb<strong>em</strong> e doam para qu<strong>em</strong> precisa.<br />

Estas dicas de reciclag<strong>em</strong> são apenas algumas das coisas que vocês<br />

pod<strong>em</strong> fazer e com isso ajudar a natureza e o meio ambiente. Agora se todos<br />

fizess<strong>em</strong> a sua parte e se cada um ajudasse mesmo que fosse só um pouco,<br />

com certeza teríamos um cenário diferente no Brasil e no mundo. O que não<br />

pod<strong>em</strong>os é ficar esperando que o dia de amanhã chegue, vamos começar a<br />

reciclar hoje mesmo! Eu vou fazer minha parte e vocês?<br />

Fonte: Disponível <strong>em</strong>:


Resumo<br />

Na aula “<strong>Gestão</strong> <strong>em</strong> ciclo fechado - ecologia industrial” foi possível<br />

entender que os diferentes ciclos produtivos dos sist<strong>em</strong>as econômicos<br />

são divididos <strong>em</strong> fluxo produtivo de via única e fluxo de economia de ciclo<br />

fechado. A partir de tal conhecimento e da nossa análise sobre gestão <strong>em</strong><br />

ciclo fechado você percebeu que vários benefícios são obtidos desta prática,<br />

especialmente no que diz respeito às atividades econômicas e comprometimento<br />

com o meio ambiente. Adicionalmente você verificou que a ecologia<br />

industrial é uma aplicação da gestão <strong>em</strong> ciclo fechado na indústria e que t<strong>em</strong><br />

como base o desenvolvimento sustentável.<br />

Atividades de aprendizag<strong>em</strong><br />

FONTE: Disponível <strong>em</strong>: Acesso <strong>em</strong> 17 mai. 2011.<br />

1) Leia a tirinha acima e responda:<br />

a) Qu<strong>em</strong> são os caraíbas os quais os índios se refer<strong>em</strong>?<br />

b) Como a gestão <strong>em</strong> ciclo fechado pode ajudar a reverter a situação exposta?<br />

<strong>Tópicos</strong> <strong>Especiais</strong> <strong>em</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>Ambiental</strong> 61<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


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e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes


Currículos dos professores conteudistas<br />

Ellen Bárbara Santos Domingues Morais<br />

Mestre <strong>em</strong> Produção Vegetal no S<strong>em</strong>i Árido - Unimontes<br />

Graduada <strong>em</strong> Ciências Biológicas Bacharelado -Unimontes<br />

Érica Bressane Domingues Aguilar<br />

Especialista <strong>em</strong> Pedagogia Empresarial - Unimontes<br />

Graduada <strong>em</strong> Filosofia - Unimontes<br />

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

64<br />

Meio Ambiente


e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />

Escola Técnica Aberta do Brasil<br />

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Meio Ambiente

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