Desporto&Esport - ed.8
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Desporto&<strong>Esport</strong><br />
Edição 8 • 2015<br />
Futebol<br />
Um problema de “linha de espera”<br />
Nuno Dias<br />
Geração Valente:<br />
O futuro da seleção<br />
de Portugal<br />
Campeões do Mundo<br />
A análise tática das duas últimas<br />
campeãs do mundo de futebol:<br />
Para os querem saber sempre mais...<br />
www.desportoeesport.com<br />
Cristiano Ronaldo &<br />
Técnicas de publicidade<br />
É através de imagens e uso de pessoas personagem<br />
que muita da publicidade chega ao consumidor, os<br />
publicitários usam técnicas de Linguagem Corporal<br />
para “enganar o seu cérebro”, entenda como!?<br />
Espanha e Alemanha Top 6<br />
Lebron<br />
James<br />
Entenda a Biomecânica dos Super-Atletas de hoje<br />
e depare-se com o futuro do desporto<br />
e ainda:<br />
Floyd Mayweather<br />
Usain Bolt<br />
Michael Phelps<br />
e... Cristiano<br />
Ronaldo<br />
Nem sempre o caminho do sucesso<br />
é fácil, e muitos dos melhores<br />
futebolistas do nosso tempo foram<br />
recusados, uma, duas e até três<br />
vezes… descubra quais.<br />
Fernando<br />
Santos<br />
A análise da liderança do<br />
selecionador de Portugal e da<br />
sua linguagem corporal<br />
António Fidalgo<br />
Descubra o caminho do sucesso<br />
com Coaching e PNL<br />
e muito mais...<br />
Super Especial Fitness e Corrida – Dicas, Alimentação e Ciência
Desporto&<strong>Esport</strong><br />
REVISTA DIGITAL<br />
DISPONÍVEL GRATUITAMENTE<br />
EM TODAS AS PLATAFORMAS<br />
www.desportoeesport.com<br />
www.desportoeesport.com<br />
Revista Digital de Estratégia e Gestão Desportiva<br />
Desporto&<strong>Esport</strong><br />
Edição 7 • 2015<br />
LIONEL<br />
MESSI<br />
O MELHOR JOGADOR<br />
DE TODOS OS TEMPOS?<br />
PNL<br />
Como criar no atleta um estado emocional positivo<br />
para a vitória?<br />
Ciclismo:<br />
Tecnica de<br />
exaustão<br />
E ainda, super especial Tour de France com os<br />
destaques mais positivos e as desilusões ;<br />
e Froome – o melhor ciclista do Mundo.<br />
Formula 1 - O que querem os adeptos?<br />
Os resultados do maior inquérito de sempre aos fãs de Formula 1<br />
Colômbia & Avançados<br />
O que foi feito para este país ter tantos e tão bons<br />
avançados?<br />
CAPOEIRA<br />
Qual a origem desta arte<br />
marcial que se mistura<br />
tão bem com a música e<br />
a dança?<br />
2 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com<br />
futebol brasileiro - O futuro passa pelo Bom senso FC<br />
COMO FUNCIONA O CÉREBRO DE NEYMAR JR.?
EDITORIAL<br />
O desporto profissional e de alto desempenho<br />
depende cada vez da biomecânica dos atletas.<br />
Estes, por sua vez, apostam cada vez mais na ciência<br />
para elevar os seus corpos ao potencial máximo.<br />
As equipas técnicas são atualmente compostas por<br />
nutricionistas, psicólogos, médicos, fisioterapeutas,<br />
fisiologistas, preparadores físicos e engenheiros<br />
biomecânicos, todos com um único objetivo:<br />
criar o corpo perfeito e bater recordes! Por exemplo,<br />
durante anos, um homem correr uma maratona<br />
(42,195 km) em menos de duas horas era um<br />
tabu e objeto de descrença generalizada. Hoje, o<br />
objetivo é bater essa marca antes de 2020. A tecnologia<br />
está a revolucionar o desporto e, desse modo,<br />
estudar a biomecânica dos melhores atletas atuais<br />
não é só compreender porque eles são os melhores,<br />
mas também qual será o futuro das modalidades<br />
que tanto gostamos e fazemos questão de acompanhar<br />
religiosamente, seja pela televisão ou ao<br />
vivo nos estádios e arenas desportivas.<br />
É por isso que, nesta oitava edição da<br />
Desporto&<strong>Esport</strong>, trazemos para tema de capa a<br />
análise biomecânica dos atletas que mais se destacaram<br />
e mais recordes pulverizaram na década<br />
em que nos encontramos. Todos eles têm algo em<br />
comum: características morfológicas que os separam<br />
de seus pares. Ronaldo salta mais alto que a<br />
média dos basquetebolistas da NBA; Usain Bolt<br />
tem níveis de potência nos membros inferiores que<br />
fazem com que desafie todas as leis da aerodinâmica<br />
na pista; Michael Phelps sofre da síndrome<br />
de Marfan, o que faz dele um nadador perfeito;<br />
Lebron James é o basquetebolista que mais…<br />
EDITOR<br />
Diogo Sampaio<br />
d_sampaio@desportoeesport.com<br />
C OLONISTAS<br />
RESIDENTES<br />
Pedro M. Silva, Vitor E. Santos,<br />
Diogo Sampaio, Ricardo<br />
Reis, Tiago Dinis e Rodolfo<br />
Resende Pires,<br />
C OLUNISTAS<br />
CONVIDADOS<br />
António Fidalgo, Júlio Coelho,<br />
Nuno Dias, Alexandre<br />
Monteiro, Laura Azevedo,<br />
Carlos da Silva, Pedro Matias,<br />
Rodrigo Santos, Israel Teoldo,<br />
Ricardo Duarte e António<br />
Branco<br />
Contatos<br />
contato@desportoeesport.com<br />
Website<br />
www.desportoeesport.com<br />
Diogo Sampaio, Director<br />
Www.desportoeesport.com<br />
Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com • 3
Desporto&<strong>Esport</strong><br />
ESPECIAIS<br />
Free Adobe InDe-<br />
10 Entendendo o método<br />
Pilates<br />
16 Exercícios aeróbicos - porque são<br />
a pior opção se quer emagrecer<br />
46<br />
sign Template<br />
28 Geração Valente o futuro de<br />
Portugal com Nuno Dias<br />
46 Fernando Santos: um líder entre<br />
líderes<br />
Issue 12 • June 2012<br />
78 O modelo de Jogo Ofensivo da<br />
seleção Espanhola de Futebol<br />
82 Padrões posicionais dos<br />
gols marcados pela seleção<br />
alemã copa do mundo fifa 2014<br />
32 Futebol: um problema de “Linha<br />
de Espera”<br />
Liderança e Ling. corporal<br />
64<br />
Fernando Santos<br />
74<br />
38 Biomecânica dos Campeões<br />
56 No caminho do Sucesso -<br />
Coaching e PNL com António<br />
Fidalgo<br />
60 Comunicação e liderança nos<br />
treinadores modernos<br />
64 Visualização Mental: e o<br />
sucesso do desporto profissional<br />
108 Técnicas de publicidade com<br />
CR7<br />
Nanotecnologia!?<br />
Visualização e êxito<br />
94 Especial Fitness (10 pág.)<br />
90 Ciclismo e Síndromas urológicos<br />
108<br />
86 Ciclismo e Passaporte<br />
Biológico: Positivo ou negativo.<br />
74 Nanotecnologia: o futuro que já é<br />
o presente do desporto profissional<br />
106 Lesões no menisco – novos tratamentos<br />
92 Ciclismo – como ganhar<br />
velocidade e optimizar a performance<br />
Técnicas de publicidade<br />
Cristiano Ronaldo<br />
4 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com
NUTRIÇÃO<br />
38<br />
20 Os benefícios nutricionais do<br />
consumo de frutas e vegetais!<br />
20 Nutrição AYURVÉDICA – O que<br />
é? Saiba mais...<br />
21 dietas ricas em hidratos de carbon:<br />
Vantagens e desvantagens!<br />
22 Vantagens (milagreiras) do<br />
Pepino<br />
96 Suplementos alimentares – Saiba<br />
o que escolher!<br />
RANKING E CURTAS<br />
A Biomecânica dos campeões<br />
Super-Atletas<br />
06 Top 500: Saiba quem acompanha<br />
Ronaldo com 500 ou mais golos<br />
10<br />
14 Suplementos à base de nitratos<br />
aumentam performance desportiva &<br />
Os benefícios do kettlebells: que ninguém<br />
suspeitava!<br />
17 Diminua calorias com atividades<br />
cotidianas<br />
24 Top 6 futebolistas recusados<br />
84 Peter Sagan Campeão Mundial<br />
62 Reinicie o seu cérebro<br />
104 Teqball – descobrir novas modalidades<br />
Entendendo o método Pilates<br />
Fitness<br />
69 Curiosidade – Apuramento de<br />
Portugal<br />
28<br />
86<br />
O futuro de Portugal<br />
Geração Valente<br />
Passaporte Biológico!?<br />
Ciclismo<br />
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6 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com<br />
To<br />
Saiba quem
C<br />
r i s t i a n o<br />
Ronaldo chegou<br />
aos 500!<br />
Para além disso<br />
ultrapassou Raúl González no<br />
estatuto de melhor marcador da<br />
história do Real Madrid, e tudo<br />
isto no mesmo jogo – na Suécia<br />
contra o Malmö, num jogo a contar<br />
para a Champions League.<br />
Aliás, Ronaldo já ultrapassou essa<br />
mítica marca dos 500 golos, e<br />
nesse mesmo jogou, já que rematou<br />
para o fundo da baliza por<br />
duas vezes, a primeira vez aos<br />
29 minutos e à segunda aos 90<br />
minutos.<br />
E, para além disso superou ainda<br />
os trezentos e vinte e três golos de<br />
Raúl González ao serviço do Real<br />
Madrid, marca que atingiu ao fim<br />
de 308 jogos, enquanto o espanhol<br />
necessitou de 741 partidas.<br />
O avançado de 30 anos tornouse,<br />
ainda, o melhor marcador da<br />
história “merengue” nas competições<br />
europeias, com 67 golos,<br />
mais um do que Raúl González.<br />
Mas, apesar destes números<br />
absolutamente extraordinários,<br />
Ronaldo é apenas o vigésimo<br />
quinto futebolista a ultrapassar a<br />
exorbitante marca dos 500 golos.<br />
Somando, Ronaldo superou a barreira<br />
dos 500 com: cinco golos ores de muita qualidade e da lista<br />
O futebol já deu ao mundo golead-<br />
no Sporting, cento e dezoito no de melhores marcadores de sempre,<br />
encontram-se nomes como<br />
Manchester United e trezentos<br />
e vinte e três no Real Madrid; e Pelé, Eusébio, Roberto Dinamite,<br />
ainda com cinquenta e cinco golos Alfredo di Stefano e muitos outros...<br />
pela seleção nacional Portuguesa.<br />
p 500<br />
acompanha Ronaldo com 500 ou mais golos!<br />
Pedro M. Silva Colunista Desporto&<strong>Esport</strong><br />
Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com • 7
25. Cristiano Ronaldo<br />
- 503 e contando (equipas<br />
notáveis incluem<br />
Man Utd, Real Madrid e<br />
Portugal)<br />
24. Ferenc Bene - 508+<br />
(equipas notáveis incluem<br />
Ujpest e Hungria)<br />
23. Jimmy Greaves - 511<br />
(equipas notáveis incluem<br />
Chelsea, Tottenham e Inglaterra)<br />
22. Roberto Dinamite - 512 (equipas<br />
notáveis incluem Vasco da Gama e<br />
Brasil)<br />
21. Gunnar Nordahl - 513+ (equipas<br />
notáveis incluem Norrkoping, AC<br />
Milan e Suécia)<br />
20. Johann Krankl - 514 (equipas<br />
notáveis incluem Rapid Vienna,<br />
Barcelona e Áustria)<br />
19. Alfredo di Stefano - 514+ (equipas<br />
notáveis incluem Real Madrid,<br />
Argentina e Espanha)<br />
18. Tulio Maravilha - 515+ (equipas<br />
notáveis incluem Botafogo, Vila Nova<br />
e Brasil)<br />
17. Zico - 522 (equipas notáveis incluem<br />
Flamengo, Kashima Antlers e Brasil)<br />
16. Gyula Zsengellér - 522+ (equipas<br />
notáveis incluem Ujpest, Roma e<br />
Hungria)<br />
15. Jozsef Takacs - 523+ (equipas<br />
notáveis incluem Vasas, Ferencvaros e<br />
Hungria)<br />
14. Fritz Walter - 539+ (equipas notáveis <br />
incluem Kaiserslautern e Alemanha)<br />
13. Hugo Sanchez - 541+ (equipas<br />
notáveis incluem o R. Madrid e México)<br />
12. Fernando Peyroteo - 544 (equipas<br />
notáveis incluem Sporting CP e<br />
Portugal)<br />
11. Franz Binder - 546+ (equipas<br />
notáveis incluem Rapid Vienna e<br />
Alemanha)<br />
8 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com<br />
Jimmy McGrory, que podemos ver na figura<br />
do lado esquedo, consagra-se como o<br />
10 melhor marcador da história do futebol<br />
com 550 golos oficiais na sua carreira.<br />
Jimmy jogou profissionalmente a<br />
última vez em 1937, mas nos 78 anos<br />
somados<br />
desde<br />
que ele pendurou<br />
as chuteiras, nenhum britânico<br />
chegou perto seu registo. O escocês que vestiu o verde<br />
e branco do Celtic, foi apelidado de “Sereia” e “Homem<br />
Torpedo”, porque apesar da sua estatura baixa, tinha<br />
apenas 1,67 metros, era esguio e com uma impulsão<br />
fora do normal. Continuou no futebol como treinador e<br />
haveria de voltar ao Celtic em 1945, ficando até 1965,<br />
angariando para si e para o clube mais 6 títulos, entre<br />
campeonato e taças escocesas.<br />
O “Pantera negra” como era conhecido Eusébio da Silva<br />
Ferreira, na foto ao centro com a bota de ouro nas mãos,<br />
é o nono maior goleador da história. O português nascido<br />
em Moçambique (à altura colonia de Portugal) faturou em<br />
toda a sua carreira 552 golos, nas décadas de 60 e 70.<br />
O “rei Eusébio” foi onze vezes campeão pelo SL Benfica -<br />
clube que o imortalizou com uma estátua à entrada do seu<br />
estádio, e venceu ainda por uma vez a Liga dos Campeões.<br />
Em 1965, tornou-se ainda o primeiro português a vencer<br />
a Ballon d’Or 1965 e ainda somou à sua carreira o “título”<br />
de melhor marcador do Mundial de 66, em Inglaterra, onde<br />
levou a seleção das quinas ao seu melhor resultado internacional de sempre, um terceiro<br />
lugar, tendo eliminado nesse percurso, o Brasil de Pelé e Garrincha. Eusébio<br />
é ainda hoje uma das maiores lendas do futebol.<br />
5 - Gerd Muller - 735 4 - Puskas - 746<br />
Carinhosamente conhecido como<br />
“Der Bomber”, Gerd Muller foi um<br />
dos avançados europeus mais mortais<br />
de sempre. Venceu a Champions<br />
League pelo Bayern de Munique, e<br />
venceu ainda o Europeu de futebol<br />
pela Alemanha ocidental por 2 vezes.<br />
Teve “duas vidas”, uma ainda na<br />
Hungria e a outro no R. Madrid, após<br />
a revolta húngara de 1956, que levou a<br />
que muitos jogadores desse país saíssem<br />
do seu país natal. Em ambas, ele<br />
foi genial. Hoje o premio do golo mais<br />
bonito do ano leva o seu nome.
Ernst Willimowski superiorizou-se a Eusébio por 2 golos – ele marcou 554 golos na<br />
sua carreira. Ernest nasceu na Polônia sob o domínio alemão em 1916, acabou por<br />
ser “obrigado” a adquirir a cidadania alemão pelo regime nazista, isso fez com que<br />
na Polonia os seus compatriotas o olhassem como um traidor, o que por sua vez,<br />
fez com que nunca mais jogasse na terra que o viu nascer. Fez carreira em clubes<br />
alemães. E, uma carreira de muito sucesso, diga-se.<br />
Uwe Seeler passou a grande parte da sua carreira em Hamburgo<br />
onde marcou a grande<br />
maioria dos seus<br />
575 golos, que<br />
fazem com que<br />
esteja no 7 lugar<br />
dos maiores<br />
goleadores de<br />
sempre. Foi também<br />
figura central<br />
e capitão da<br />
Alemanha ocidental<br />
com a qual disputou<br />
4 “copas do<br />
mundo”.<br />
Ferenc Deak é<br />
outro nome que<br />
foge facilmente à<br />
memoria dos adeptos<br />
de futebol, mas<br />
a realidade é que<br />
este húngaro, que<br />
fez nome nos anos<br />
40 e 50, marcou ao todo 576 golos, o que é<br />
ainda mais extraordinário, sabendo-se que a<br />
sua carreira durou apenas 10 anos.<br />
Então e os mais de 1000<br />
golos de Pelé?<br />
Muitos dos registos marcam mais de<br />
1000 golos para Pelé, mais especificamente<br />
1284 golos. Mas, não<br />
é bem assim! Os 1284 golos de<br />
Pelé inclui jogos particulares e<br />
não oficiais, por isso no que toca<br />
a competições oficiais o registo<br />
cai para 767 golos, como<br />
podemos ver abaixo, o que<br />
não o torna sequer no melhor<br />
goleador brasileiro de sempre!<br />
E, caso fizéssemos a mesma<br />
soma (jogos não oficiais) para<br />
outros futebolistas, Pelé também<br />
não seria o melhor marcador<br />
da história, por exemplo,<br />
Gerd Müller fez 1461 golos<br />
entre as décadas de 60 e 80,<br />
Arthur Friedenreich marcou<br />
1329 golos e o “campeão”<br />
seria novamente Josef Bican<br />
com 1468 golos, sendo que<br />
Bican fez quase menos 500<br />
jogos que Pelé.<br />
3- Pelé - 767 2 - Romario - 772 1 - Bican - 805<br />
Três vezes vencedor do Mundial de<br />
seleções, não existe ninguém no mundo<br />
que não conheça o nome de Pelé, e o<br />
seu instinto matador tanto pela seleção<br />
brasileira quer pelo Santos, o seu clube<br />
de sempre. Por isso, o nome Pelé combina<br />
tão bem com “rei do futebol”.<br />
A carreira de Romário durou 20 anos<br />
(ele pendurou as botas já com 40 anos),<br />
e jogou por nove clubes diferentes,<br />
numa carreira cheias de êxitos, golos<br />
e polemicas – quem não se lembra da<br />
“não-convocatória” para o Mundial de<br />
2002? Venceu o Mundial em 1994.<br />
Oficialmente o maior goleador da<br />
história do futebol, está afastado do<br />
imaginário da maioria dos adeptos, já<br />
que os seus feitos mais significantes<br />
remontam a antes do trémito da 2<br />
grande guerra. Ele disputou menos 457<br />
jogos do que Pelé.<br />
Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com • 9
ENTENDENDO O MÉTODO<br />
Pilates<br />
Rodolfo Resende Pires Colunista Desporto&<strong>Esport</strong><br />
O método Pilates baseia-se em fundamentos anatômicos,<br />
fisiológicos e cinesiológico e define-se “como controle do<br />
movimento o discernimento da atividade motora de agonistas<br />
primários numa ação específica. A<br />
coordenação é a integração da atividade<br />
motora de todo o corpo visando<br />
um padrão suave e harmônico de<br />
movimento.”<br />
Fitness<br />
&<br />
Treino<br />
10 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com
Joseph Pilates (1880-1967 nascido e criado<br />
numa Alemanha pré primeira guerra mundial)<br />
sofreu durante a durante a infância, de raquitismo,<br />
asma e febre reumática. Mas o seu<br />
gosto pelo desporto levaram que se interessasse<br />
pelo estudo da anatomia e fisiologia<br />
humana e dos fundamentos de medicina oriental<br />
desenvolveu um trabalho que o levaria à<br />
“invenção” do método do Pilates.<br />
As vantagens do método de Pilates são conhecidas e<br />
demonstradas em diversos estudos, e vão desde a melhorias<br />
na circulação, a melhorar o condicionamento<br />
físico, a flexibilidade, o alongamento e o alinhamento da<br />
postura. Pode melhorar os níveis de consciência corporal<br />
e a coordenação motora. E, ainda se registam benefícios<br />
na prevenção de lesões e proporcionam um alívio de dores crônicas.<br />
A grande vantagem do pilates em relação a outras metodologias<br />
de treino, é que apresenta muitas variações de exercícios e<br />
pode ser realizada por todo o tipo de pessoas que simplesmente<br />
procuram alguma atividade física, a atletas profissionais, e até<br />
indivíduos que sofram de alguma patologia em que a reabilitação<br />
é necessária, como desordens neurológicas, dores crônicas, problemas<br />
ortopédicos e distúrbios da coluna vertebral, entre outros.<br />
O pilates procura inclusive ser um modo de vida, e criar hábitos<br />
que podem ser usados para a melhoria do dia-a-dia do praticante.<br />
Genericamente podemos falar em dois tipos de exercícios: no solo<br />
e com aparelhos. O pilates de solo, também conhecido como Mat<br />
Pilates utiliza a força do próprio corpo e alguns objetos, como<br />
bolas e elásticos (pode ver a bola nas imagens), para a realização<br />
dos movimentos. O pilates com aparelhos é amplamente utilizado<br />
para recuperar lesões musculares, fortalecer o corpo e até mesmo<br />
emagrecer. Os aparelhos são compostos por molas e elásticos de<br />
diferentes durezas, que determinam a intensidade do exercício.<br />
A coluna e o seu posicionamento é uma das ideias chave do<br />
Pilates; hoje, sabe-se que a coluna possui curvas fisiológicas que<br />
devem ser respeitadas para uma maior absorção do impacto e<br />
resistência a esforços. Deste modo, o Pilates é altamente recomendado<br />
para pessoas com dores, principalmente nas costas.<br />
Isto acontece, porque os movimentos e exercícios do pilates<br />
promovem o realinhamento da coluna e o fortalecimento da musculatura<br />
abdominal.<br />
O fortalecimento muscular é realizado de forma global e não segmentada,<br />
o que ativa simultaneamente os diversos agrupamentos<br />
de músculos e promove uma interação conjunta dos músculos<br />
principais, secundários e posturais e das articulações. O que para<br />
além dos naturais e esperados aumentos de força muscular, também<br />
melhora a flexibilidade do corpo. Para os desportistas profissionais,<br />
a grande vantagem do pilates encontra-se na prevenção de<br />
lesões. O futebol é curiosamente um dos melhores exemplos:com<br />
a musculatura de barriga e abdômen mais alongada, é possível<br />
melhorar o controlo do corpo reduzindo o risco de contusões.<br />
Apesar da sua versatilidade e benefícios, o pilates tem algumas<br />
limitações. Como é uma atividade lenta e relaxante, não oferece<br />
as vantagens para o sistema cardiovascular que oferece por exemplo<br />
um programa de aeróbica. Deve-se por isso combinar esta<br />
atividade com um programa de exercícios aeróbicos para o seu<br />
sistema cardiovascular.<br />
Caso se tenha entusiasmado com o texto e deseje começar a<br />
praticar pilates, não se esqueça que deve sempre consultar o seu<br />
médico.<br />
Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com • 11
DESCRIÇÃO DO MÉTODO PILATES:<br />
O método Pilates é assente em seis princípios: centralização, concentração,<br />
controle, ritmo, fluidez, respiração.<br />
Centralização é o conceito base para o Método Pilates e refere-se à<br />
noção de “força motriz” que deve ser otimizada para manter ou aumentar<br />
a capacidade funcional durante as atividades de vida diária. Este<br />
primeiro conceito foca toda a sua atenção nos músculos que formam<br />
a estrutura de ligação entre as áreas da cintura escapular e pélvica (o<br />
centro do corpo), que é fundamental para todos os movimentos, procurando<br />
apresentar a maior estabilidade possível do corpo, dado que,<br />
quanto maior a estabilidade maior a independência de movimento dos<br />
membros superiores e inferiores.<br />
A Concentração surge como segundo concento basilar para o método<br />
de Pilates, acreditando que a “posição e o movimento de cada parte<br />
do corpo estão relacionados com a potencialização do uso correto da<br />
musculatura e são importantes na execução de cada exercício das séries<br />
do Método”. Quando se aposta na concentração obtêm-se ganhos no<br />
posicionamento biomecânico e ativo de extremidades do corpo.<br />
O princípio de Controlo refere-se à capacidade de realizar movimentos<br />
com intenção consciente, a partir dos grupos musculares apropriados.<br />
“Quando a execução é realizada a partir do centro e com absoluta<br />
concentração, controla-se os movimentos executados sem permitir que<br />
velhos hábitos posturais ou a gravidade interfiram.” . E isto, não apenas<br />
nos grandes membros, mas também em pequenos detalhes como nas<br />
posições dos seus dedos, na cabeça, grau do arco da coluna, nivelamento<br />
da pelve, na rotação dos punhos, nas rotações de pernas, etc.<br />
“O controlo é essencial para a qualidade e refinamento do movimento.”<br />
A Precisão por sua vez aluí ao foco na realização do exercício, e na<br />
boa execução e na transição entre os movimentos. A realização do exercício<br />
através da força do centro do corpo, com concentração e controle,<br />
vai ter maior precisão no seu gesto e no uso adequado da musculatura<br />
exigida para este exercício.<br />
Fluidez é a “conexão de um movimento para o próximo e é desenvolvida<br />
ao longo do tempo que o praticante se torne familiarizado com<br />
o exercício. A movimentação deve partir do centro fortalecido e fluir<br />
para as extremidades com refinamento, sem movimentos rígidos, não<br />
muito rápidos e nem muito lentos”.<br />
Por fim, a Respiração (a boa respiração) e aprender a respirar é uma<br />
parte essencial do exercício, e como o próprio fundador do Pilates afirmava,<br />
as capacidades totais dos pulmões estão altamente desaproveitadas<br />
pelo homem, e o método Pilates tenta remediar este facto.<br />
Referências<br />
Francine Picolli “Efeitos do treinamento proporcionado pelo Método<br />
Pilates Clássiconas Aptidões Físicas em mulheres saudáveis: um<br />
Ensaio ClínicoControlado”, 2010<br />
Joseli Franceschet Comunello, “BENEFÍCIOS DO MÉTODO<br />
PILATES E SUA APLICAÇÃO NA REABILITAÇÃO”, 2011<br />
Ana Isabel Carvalho da Cruz Ferreira Matos, “EFEITOS DO MÉTODO<br />
DE PILATES EM POPULAÇÕES SAUDÁVEIS”, 2011<br />
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As vantagens do método de Pilates são conhecidas<br />
e demonstradas em diversos estudos, e vão desde<br />
a circulação, melhorar o condicionamento físico, a<br />
flexibilidade, o alongamento e o alinhamento postural.<br />
Pode melhorar os níveis de consciência corporal<br />
e a coordenação motora.<br />
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Os benefícios do kettlebells:<br />
que ninguém suspeitava!<br />
Poucos são os ciclistas ou corredores, amadores<br />
ou profissionais, que pensam em usar<br />
pesos para melhorar a sua forma aeróbica, mas<br />
este pensamento pode mudar depois do último<br />
estudo de Asher Falatic, do departamento de<br />
Kinesiologia da Universidade de São José,<br />
Califórnia.<br />
Ele conduziu um estudo com mulheres futebolistas<br />
durante um mês comparando os efeitos<br />
do treino usando kettlebells com o treino mais<br />
tradicional em circuito com máquinas de musculação.<br />
Asher descobriu ainda aumentos significativos<br />
da capacidade aeróbia no grupo que usou<br />
os pesos russos, maiores que os conseguidos<br />
com as máquinas em 6% e semelhantes aos<br />
que se conseguiram com um treino cardiovascular<br />
tradicional, mas com a vantagem de um<br />
ganho maior de força. A rotina era tão simples<br />
como 15” com exercício de kettlebell e 15” de<br />
pausa, alternando trabalho e descanso durante<br />
20 minutos, três vezes por semana.<br />
Alongamentos ao ar livre - elimine a dor!<br />
Fazer alongamentos, sobretudo ao ar livre e<br />
com sol, estimula a secreção de serotonina, uma<br />
hormona que melhora<br />
o estado de espírito, a memória, a auto-estima<br />
e a tolerância à dor, entre outros aspetos.<br />
Precisas de vitamina B6 e triptofano para a sua<br />
produção, pelo que as proteínas não devem faltar<br />
na alimentação.<br />
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Suplementos à base de<br />
nitratos aumentam<br />
performance desportiva<br />
Uma alimentação à base de suplementos de nitrato na dieta de um atleta profissional<br />
tem efeitos benéficos cientificamente comprovados; o suplemento nitrato pode ser<br />
encontrado em alimentos como cenoura, espinafre e outros vegetais, tem efeitos<br />
benéficos. O nitrato proporciona ao desportista uma melhor capacidade de distribuição<br />
de oxigénio em exercícios de intensidade moderada e reforça a tolerância ao<br />
exercício de alta intensidade. Em atletas de alta competição de atletismo, a suplementação<br />
à base de nitrato aumentou o rendimento em 1,5 por cento, com um tempo<br />
limite de corrida 14 segundos inferior ao testado sem este aditivo. Nos ciclistas, este<br />
aumento foi de 0,8 por cento.<br />
Estudos da última década afirmam que uma ingestão diária de 5-7 mmol de um<br />
suplemento rico em nitrato (~0.1 mmol/kg de massa corporal) resulta num aumento<br />
significativo da concentração plasmática de NO2- que está associada a efeitos fisiológicos<br />
como uma menor pressão sanguínea basal, um custo menor de O2 pulmonar<br />
durante exercícios submáximos e, talvez, numa maior performance e tolerância ao<br />
exercício.<br />
O aumento da concentração plasmática de NO2:pode resultar num menor custo<br />
de O2 durante o exercício físico. Isto poderá ser devido a:Menor custo de ATP na<br />
contração muscular para a mesma força produzida (melhor eficiência na contração<br />
muscular);Menor consumo de O2 para a mesma taxa de síntese oxidativa de ATP<br />
(melhor eficiência mitocondrial).<br />
Leite materno:<br />
Uma moda com<br />
ganhos mas muitos riscos!<br />
Todos nós sabemos que o leite materno é<br />
positivamente tido como o melhor alimento<br />
para a criança crescer forte e saudável. Mas,<br />
foi com surpresa que se descobriu que muitos<br />
adeptos das musculação estão a beber<br />
leite materno, e isto, porque leite materno<br />
porque tem mais proteínas e ajuda mais<br />
rapidamente a ganhar massa muscular do<br />
que o leite de vaca...<br />
Saiba mais em: https://www.yumpu.com/pt/document/<br />
view/52866501/desportoampesport-ed7-versao-plus/77<br />
SUPLEMENTOS:<br />
Definição e regulamentação<br />
Os suplementos alimentares são regulados<br />
como géneros alimentícios (substâncias destinadas<br />
à alimentação humana). Os indivíduos<br />
cuja alimentação não supre as necessidades<br />
nutricionais podem beneficiar do<br />
consumo de suplementos alimentares específicos...<br />
Saiba mais em: https://www.yumpu.com/pt/document/<br />
view/39102634/desportoampesport-ed-6/30<br />
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Exercícios<br />
Aeróbicos<br />
Saiba porque é a pior opção se quer emagrecer!<br />
E ainda mais algumas contrariedades!<br />
Diogo Sampaio, Director Desporto&<strong>Esport</strong> d_sampaio@desportoeesport.com<br />
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Aciência tem vindo a demonstrar que exercícios contínuos<br />
de longa duração com utilização de 60-70% da frequência<br />
cardíaca máxima é, ao contrario do que é apregoado, a pior<br />
forma de perder massa gorda, ou seja emagrecer. É vulgar<br />
escutar e ler: que correr é a melhor forma de queimar gorduras,<br />
mas os estudos mostram exatamente o oposto, ora<br />
vejamos: é necessário um período de vinte e cinco a trinta<br />
minutos de corrida a bom ritmo, para que o corpo comece<br />
a queimar de facto calorias, assim idealmente, para que o<br />
exercício tenha alguma perda (mínima) de gorduras, deve<br />
durar no mínimos dos mínimos quarenta a quarenta e cinco<br />
minutos (alguns estudos indicam números superiores). No<br />
entanto, os praticantes de Cardio, deixam-se muitas vezes<br />
ludibriar, pelos resultados apresentados pelos vários aparelhos de controlo de<br />
exercício “40 minutos de corrida, 500 calorias perdidas”, o que faz com que ou<br />
mantenham essa rotina de exercício (sem verdadeiros ganhos) ou pior, a aumentem<br />
a carga dos mesmos o que leva frequentemente a lesões mais ou menos graves.<br />
Mas, a verdadeira questão nem é essa: o treino aeróbico aumenta o cortisol, o que<br />
consequentemente faz aumentar as gorduras e ainda acelera o envelhecimento.<br />
Níveis altos de cortisol, fazem com que o corpo acumule gordura, principalmente<br />
gordura visceral na zona da barriga, e ainda aumenta a inflamação sistemica do<br />
corpo. O cortisol também faz aumentar de substâncias oxidantes do corpo, o que<br />
por sua vez, produzem inflamação no cérebro, coração, trato intestinal e órgãos<br />
reprodutivos e ainda leva ao envelhecimento prematuro do corpo.<br />
“O treino aeróbico aumenta o cortisol... e, níveis altos de cortisol, fazem<br />
com que o corpo acumule gordura, principalmente gordura visceral na<br />
zona da barriga, e ainda aumenta a inflamação sistemica do corpo.”<br />
E, não é tudo: o treino aeróbico causa stress no corpo sem que as hormonas anabólicas<br />
também aumentem (ao contrário do que acontece no treino de força) o que eleva<br />
ainda mais o estado inflamatório do corpo devido ao efeito catabólico do exercício.<br />
Temos ainda, que as hormonas que estimulam a formação de tecido muscular não<br />
são estimuladas, mas o corpo continuará a precisar de produzir energia, então terá<br />
que utilizar a massa muscular como carburante energético.<br />
Ainda podemos somar, que o treino aeróbico continuado pode causar inflamação<br />
cronica e aumenta o stress oxidativo; a inflamação cronica é chamada de “assassino<br />
silencioso”, e ocorre quando as células são repetidamente atacadas pelas substâncias<br />
oxidantes (novamente pelos níveis altos de cortisol). Esta situação está associada<br />
à acumulação de gordura, doença cardíaca, diabetes, asma, artrite, cancro,<br />
dificuldades reprodutivas, problemas de estômago, entre outras doenças de menor<br />
gravidade.<br />
Diminuía calorias com<br />
atividades cotidianas<br />
Não é só no ginásio e com intensos programas de treino físico<br />
se perdem calorias. É certo que as máquinas de musculação<br />
podem ajudar, mas segundo o professor e doutorado em<br />
medicina Dr. Mayo Clinic, basta uma postura de vida menos<br />
sedentária para se conseguir queimar com tarefas cotidianas<br />
muitas mais calorias que as 245 calorias consumidas por um<br />
treino rigoroso de 30 minutos num ginásio.<br />
303<br />
40 minutos de pedalada em cima de uma<br />
bicicleta em vez do normal trajeto de<br />
carro.<br />
82<br />
Caminhada ou movimentos constantes<br />
durante trinta minutos num mesmo espaço,<br />
podendo trabalhar ao mesmo tempo,<br />
ou mexendo no tablet ou falando ao telefone,<br />
etc<br />
70<br />
Substituir a Internet por 30 minutos por<br />
uma passeata pelo jardim ou levar o cão<br />
à rua.<br />
123<br />
Arrume a casa por 45 minutos, e<br />
emagreça ao mesmo tempo que deixa a<br />
sua habitação em a brilhar.<br />
50<br />
Não desperdice a oportunidade de ter<br />
momentos mais quentes com a sua cara<br />
metade; afinal o sexo, é um excelente<br />
desporto.<br />
Nota: Cálculos para um homem de estatura média e um peso de 80 kg.<br />
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O treino aeróbico, também pode causar a diminuição do<br />
tamanho e da funcionalidade dos órgão genitais masculinos.<br />
Um recente estudo, publicado no Canadian Journal of Applied<br />
Physiology testou o “efeito da natação aeróbica em ratos e os<br />
investigadores descobriram que os exercícios de resistência<br />
intensa levam ao stress oxidativo, que causa a disfunção do<br />
sistema reprodutivo masculino”.<br />
Existe também uma ampla evidência de que o treino aeróbico<br />
leva à supressão imunológica, o que pode comprometer o sistema<br />
imunitário e levar os atletas a um maior risco de infeção,<br />
particularmente doenças respiratórias. Principalmente em<br />
sessões de treino longas, ou seja, acima dos 90 minutos. “O<br />
exagero na intensidade do treino aeróbico leva a um maior<br />
risco de doença, podendo despoletar várias modificações a<br />
nível hormonal.”<br />
“Contabilizando os benefícios, o treino aeróbico é o<br />
menos proveitoso quando comparado com treino de<br />
força, treino de resistência metabólico ou treino<br />
intervalado de alta intensidade, ganhando apenas ao<br />
sedentarismo; e de reter igualmente, que os treino não<br />
devem ultrapassar os 30 minutos.”<br />
Os treinos de força não são apenas bons para “perder massa<br />
gorda, mas também para aumentar a força, a velocidade,<br />
a massa muscular e a melhoria da saúde cardiovascular<br />
(coração também é um músculo – e, não é por acaso que os<br />
maratonistas têm corações mais pequenos que os velocistas).<br />
A razão disto acontecer? Porque o treino de força estimula a<br />
formação de tecido muscular e o “músculo é o principal ingrediente<br />
do nosso corpo para queimar gordura (para que tenha a<br />
noção da importância deste facto saiba que o músculo queima<br />
70 vezes mais calorias que a gordura!).”<br />
Assim, concluindo o exercício aeróbico é a pior opção para<br />
queimar gordura e melhorar a composição corporal, já que o<br />
metabolismo vai ficar mais lento e mais propício a acumular<br />
gordura, para além de poder provocar inúmeras doenças com<br />
alguma gravidade em casos limite.<br />
Referencias:<br />
Pedro Correia “Evidências Científicas sobre o Exercício Físico que não<br />
aprendemos na Escola – Treino Aeróbico”, blog Functional Performance<br />
Training, 2012<br />
Alwyn Cosgrove “Training Techniques to Maximize Fat Loss”, 2010<br />
Charles Poliquin “The (Many) Negatives of Aerobic Training, 2011<br />
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Os benefícios nutricionais do<br />
consumo de frutas e vegetais!<br />
Comer fruta e vegetais auxilia substancialmente<br />
a regulação do colesterol sanguíneo com o consequente<br />
benefício para questões cardiovasculares.<br />
Pela sua elevada densidade nutricional e baixa<br />
densidade energética a fruta é um instrumento<br />
essencial na ajuda do controle de peso e combate<br />
da obesidade. Comer fruta é, por isso, essencial<br />
à saúde e bem-estar, tanto de atletas como de<br />
não-atletas.<br />
A fruta é a principal fonte antioxidante da nossa<br />
alimentação, graças a ela podemos evitar o envelhecimento<br />
prematuro, a arteriosclerose, o cancro<br />
e outras doenças.<br />
Estes antioxidantes que combatem os radicais<br />
livres (moléculas oxigenadas, tóxicas, produzidas<br />
pelo nosso organismo como resultado de diversos<br />
fatores como fumar, exposição a raios solares,<br />
stress e poluição) são, assim, responsáveis pelas<br />
propriedades protetora que fazem da fruta, um<br />
bem tão essencial ao nosso bem-estar.<br />
Abaixo pode consultar mais alguns dos benefícios<br />
do consumo de frutas e vegetais diariamente:<br />
• Produz uma maior sensação de saciedade;<br />
• Praticamente não contém gordura;<br />
• Exerce um efeito diurético natural que<br />
contribui para redução de peso;<br />
• Devido à sua riqueza em vitaminas do<br />
grupo B, os seus açúcares metabolizam-se<br />
(queimam-se)<br />
facilmente e não se<br />
Fitness<br />
&<br />
Nutrição<br />
transformam em<br />
gordura, como<br />
acontece com os<br />
produtos de pastelaria<br />
refinada;<br />
Nutrição AYURVÉDICA:<br />
saiba o que é!<br />
Os benefícios nutricionais do consumo de<br />
A nutrição Ayurvédica é um tipo de alimentação que deriva diretamente<br />
da Medicina Ayurvédica, e ter como objetivo manter o corpo equilibrado<br />
e saudável a partir do seu interior e através da ingestão de alimentos, que<br />
devem ser escolhidos, tendo por base inúmeros fatores, com a estação do<br />
ano, a integridade e moralidade do individuo, assim como o seu estado<br />
emocional no momento da refeição.<br />
Origina-se no berço da milenar Medicina Ayurvédica. Ayur (Vida, movimento,<br />
seres vivos, modo diário de vida) e Veda (revelação; conhecimento<br />
empírico que deriva da observação e da experimentação) é a Ciência da<br />
Vida, da Longevidade.<br />
A nutrição Ayurveda é uma alimentação preventiva e pedagógica, fundamentando-se<br />
nos elementos clássicos com que se geram as constituições,<br />
denominados de Vata (Ar e Éter), Pitta (Fogo e Água) e Kapha (Terra e<br />
Água). E assume a crença que todo o ser humano nasce com as ferramentas<br />
para a auto-cura, e é da responsabilidade de cada um, manter o corpo<br />
saudável e uma mente sadia.<br />
Nutrição Ayurvédica para atletas profissionais<br />
A alimentação ayurvédica aposta forte na descoberta da constituição individual,<br />
do funcionamento singular do aparelho digestivo, e ao ajustamento<br />
dos ritmos orgânicos, desenvolvimento uma dieta nutricional de acordo<br />
com as necessidades biológicas de cada atleta.<br />
Laura Azevedo, nutricionista<br />
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Vantagens das dietas ricas<br />
em hidratos de carbono<br />
• Proporcionam rapidamente energia física e mental.<br />
• Dietas ricas em fibras, vitamina C, ácido fólico,<br />
vitaminas B (com exceção da B12) e minerais como o magnésio,<br />
potássio e antioxidantes dos vegetais e fruta.<br />
• Melhorar as defesas dos desportistas, segundo<br />
diversos estudos. Os hidratos de carbono são necessários<br />
para a manutenção do sistema imunitário, desde o equilíbrio<br />
da flora intestinal, com a fibra prebiótica, até à manutenção<br />
das defesas depois dos treinos de alta intensidade.<br />
• Podem ter um efeito calmante e reconfortante. O<br />
sabor adocicado é um sabor associado às emoções positivas<br />
e reconfortantes e à boa disposição. Muitas pessoas<br />
requerem e procuram altas doses de “açúcar” por dia para<br />
funcionar, num estado relaxado e sem ansiedades.<br />
• Segundo estudos, dietas ricas em hidratos aumentam<br />
o rendimento físico em atletas. Esta ideia que teve o<br />
seu auge nas décadas de 80 e 90, hoje começa a estar um<br />
pouco em desuso, com o surgimento de novos estudos que<br />
contradizem esta ideia.<br />
Desvantagens das dietas ricas<br />
em hidratos de carbono<br />
• São dietas “excessivamente” e quase exclusivamente<br />
vegetarianas, o que provoca muita rejeição para as<br />
pessoas amantes de carne, peixe, laticínios, ovos, etc., ou<br />
para atletas que tenham as necessidades proteicas aumentadas.<br />
• Estas dietas, podem ter défice em proteínas de origem<br />
animal (ricas em todos os aminoácidos essenciais), em<br />
algumas vitaminas lipossolúveis como a D e E e vitamina<br />
B12 (de origem animal) e minerais como o ferro, zinco e o<br />
cálcio. Também podes não atingir as doses recomendadas<br />
de ácidos gordos ómega-3 (como o EPA e DHA, presente<br />
nos peixes gordos).<br />
• Torna-se necessário conhecer o índice glicémico<br />
(IG) dos alimentos, ou seja, a velocidade com que o açúcar<br />
do alimento chega à corrente sanguínea. Nem todos<br />
os hidratos de carbono são iguais, os alimentos com IG<br />
elevado, contêm hidratos de carbono simples, que têm uma<br />
digestão rápida, elevando rapidamente os níveis de açúcar<br />
na corrente sanguínea (glicémia). O que pode provocar um<br />
estado de fome constante ou com maior constância.<br />
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?<br />
CURIOSIDADE E DICAS !<br />
As recomendações de ingestão de água diária<br />
estabelecidas pela Autoridade Europeia da<br />
SegurançaAlimentar (AESA) são, de forma<br />
geral, de 2 a 2,5 litros por dia para as<br />
mulheres e homens adultos respetivamente!<br />
Conheça melhor as propriedades do<br />
pepino e porque ele é “mágico”<br />
O pepino é o quarto vegetal mais cultivado no mundo e é positivamente<br />
conhecido por ser um dos alimentos mais preciosos para a saúde! Fonte de<br />
vitaminas do complexo B que são as maiores responsáveis pela manutenção<br />
da saúde emocional e mental do ser humano; os pepinos contêm cerca<br />
de 95% de água, por isso são um excelente alimento para hidratar e eliminar<br />
as toxinas presentes no corpo; o pepino também contêm lignana, uma<br />
substância fenólica tem um histórico de pesquisas que a relaciona com a<br />
redução do risco de vários tipos de cancro, incluindo cancro de mama,<br />
ovário, útero e próstata.<br />
Descoberta a forma como o cérebro<br />
diz ao corpo<br />
para “queimar” gordura<br />
O<br />
tecido adiposo representa 20 a 25% do peso corporal<br />
humano e as suas células contêm triglicéridos,<br />
ricos em energia. Quando não comemos o suficiente,<br />
essas gorduras são degradadas pelo organismo<br />
para suprir as nossas necessidades. Consequência<br />
óbvia: se não comermos o suficiente, emagrecemos. Mas por<br />
outro lado, em condições normais, também não estamos sempre a<br />
comer desalmadamente e o nosso peso mantém-se mais ou menos<br />
estável, controlado.<br />
Há duas décadas que se sabe que uma hormona, a leptina, também<br />
chamada “hormona da saciedade”, é crucial para esse controlo,<br />
mantendo esse delicado equilíbrio energético e garantindo que<br />
o nosso peso corporal permanece dentro de valores aceitáveis.<br />
Segregada pelas células adiposas do organismo, a leptina actua<br />
sobre o cérebro, ligando-se aos neurónios de uma estrutura cerebral,<br />
o hipotálamo.<br />
Resultado: quando os níveis de leptina vinda dos adipócitos<br />
(células de gordura) pelo sangue - e detectados pelo hipotálamo<br />
- aumentam, isso faz diminuir o nosso apetite e estimula a utilização<br />
das nossas próprias reservas de gordura. Inversamente,<br />
quando os níveis de leptina em circulação diminuem, o nosso<br />
cérebro sabe-o. Sentimos fome e sentamo-nos à mesa.<br />
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TOP 06<br />
NEM SEMPRE O<br />
TALENTO É VISÍVEL<br />
E POR VEZES OS CRAQUES<br />
PASSAM DESPERCEBIDOS<br />
Michel Platini foi recusado<br />
por nada menos que 3 clubes<br />
Vitor E. Santos ,<br />
especialista em desporto e futebol e<br />
Colunista Desporto&<strong>Esport</strong><br />
Contato@desportoeesport.com<br />
1 Michel Platini (FC Saarbrucken, Metz)A<br />
lenda francesa e atual presidente da UEFA foi<br />
duplamente rejeitado (como se uma vez não<br />
fosse suficiente), na primeira vez por lesão e<br />
na segunda porque desmaiou durante um teste<br />
de respiração. Ele também foi preterido no<br />
início de sua carreira pelo clube alemão do FC<br />
Saarbrücken. Não há duas sem três.<br />
2 Ronaldinho (St Mirren) O craque brasileiro<br />
estava condenado a começar a sua carreira<br />
europeia em frança; em 2001 o ainda jogador<br />
do Gremio tinha tudo acertado com o St Marin,<br />
e ter-se-ia concretizado<br />
caso não fosse um<br />
problema legal que<br />
fez com que a janela<br />
de transferência se<br />
fechasse antes que essa<br />
pequena questão fosse<br />
resolvida. Um pena...<br />
para o St Mirrern<br />
24 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com<br />
3 Lionel Messi (Newell’s and River<br />
Plate) O talento do argentino era indiscutível<br />
já em criança, mas os seus problemas<br />
de crescimento de Messi, obrigavam<br />
a que ele fizesse um tratamento<br />
mensal com o custo de US<br />
$ 1.000 – demasiado para<br />
os clubes argentinos. O<br />
Barcelona acabou por o ir<br />
buscar e assumir o custo<br />
do tratamento. O resto<br />
é história… e 4 bolas<br />
de ouro, a caminho da<br />
quinta<br />
Lionel Messi foi<br />
Clubes argentin
Nem todos os campeões tiveram um inicio de<br />
carreira fácil e muitos deles foram...<br />
RECUSADOS<br />
4 Yaya Toure (Arsenal) O costa marfinense<br />
esteve perto de assinar pelo Arsenal<br />
de Arsene Wenger em 2003, depois de a<br />
sua equipa ter jogado um particular contra<br />
a equipa londrina; Toure não impressionou,<br />
mas mesmo assim os gunners<br />
quiseram contrata-lo, mas um problema<br />
como o passaporte/visto<br />
de trabalho<br />
impediu que<br />
a transferência<br />
não se<br />
concretiza-se,<br />
e Toure acabou<br />
no rival Man.<br />
City! E num<br />
dos melhores<br />
médios do<br />
futebol atual.<br />
5 Diego Costa<br />
(Corinthians, Palmeiras<br />
and Santos) O brasileiro<br />
nunca esperou jogar futebol<br />
profissionalmente e tinha<br />
razão para isso: foi recusado<br />
por nada mais, que<br />
três dos principais “times”<br />
brasileiro. Acabou por<br />
encontrar a felicidade na<br />
Europa, primeiro em Portugal no Braga e<br />
depois no Atlético de Madrid.<br />
6 Zinedine Zidane (Blackburn Rovers)<br />
Ver Zizou espalhar magia pelos campos<br />
relvados da Premier League foi um sonho<br />
de muitos até ao francês se retirar. O que<br />
poucos sabem é<br />
que essa transferência<br />
esteve quase<br />
para acontecer o<br />
para o modesto<br />
Blackburn<br />
Rovers. Porque<br />
não o contrataram?<br />
Porque<br />
segundo o presidente:<br />
“Por que<br />
quereria assinar<br />
com Zidane<br />
quando poderiam<br />
ter Tim<br />
Sherwood?”<br />
recusado por dois<br />
os; sorte do Barçelona!<br />
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Especial<br />
Seleções de<br />
Futebol<br />
Como se obtém sucesso numa seleção de futebol?<br />
Terá na sua origem a esperança que as seleções jovens<br />
possam crescer e com valentia ultrapassar os<br />
obstáculos mentais que os mais velhos não conseguiram,<br />
como acontece com Portugal? Ou é fruto<br />
da liderança do seu técnico principal (e, como é a<br />
liderança de Fernando Santos?)? Ou, por fim, não<br />
é mais que resultado de uma tática bem trabalhada<br />
como aconteceu com a Espanha e a Alemanha?<br />
Saiba tudo aqui...<br />
A esperança é uma das características mais marcantes do povo português, e isto é de tal forma<br />
verdadeiro, que a própria bandeira portuguesa exibe com orgulho o verde que prognostica um<br />
futuro mais risonho que o passado. Mas, é sensato esperar que as novas seleções jovens vençam<br />
(mentalmente) onde as gerações mais velhas têm sistematicamente falhado? Nuno Dias,<br />
jornalista e comentador desportivo, acredita que sim, afirmando inclusive que estamos presente<br />
uma geração marcadamente valente.<br />
E que papel poderá desempenhar Fernando Santos, atual selecionador português, nesta<br />
mudança que é sobretudo mental? Terá o nosso selecionador português um estilo de liderança<br />
adequada às necessidades da equipa que dirige? Alexandre Monteiro, numero um em Portugal<br />
de Linguagem Corporal, analisou Fernando Santos, e mostra-nos em detalhe a linguagem de<br />
liderança do selecionador luso. Mas a resposta poderá bem-estar na tática, como tão bem a<br />
Espanha e a Alemanha demonstraram nos dois últimos campeonatos do Mundo. O Rodrigo<br />
Santos, e colegas, levam-nos ao detalhe tático das duas últimas campeãs do mundo. A não<br />
perder!<br />
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Geração<br />
valente:<br />
O futuro da seleção de Portugal<br />
“O futuro tem muitos nomes.<br />
Para os fracos é o inalcançável.<br />
Para os temerosos, o desconhecido.<br />
Para os valentes é a oportunidade.”<br />
Victor Hugo<br />
Nuno Dias<br />
Jornalista com mais de 25 anos de experiência, exerce atualmente as funções de comentador desportivo na RTP. Paralelamente, é formador da empresa QUEST (soluções<br />
para o desporto) e foi professor de uma pós-graduação em “Jornalismo e Comunicação” no ISLA. Exerceu igualmente as funções de Director de Comunicação do Sporting<br />
Clube de Portugal. Trabalhou, entre outros, nos jornais A Bola e o O Jogo e na Sport TV.<br />
Portugal<br />
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Renovação. O tema encheu páginas de jornais, alimentou<br />
a discussão, dividiu opiniões. Muito se tem falado<br />
sobre o futuro do futebol português e da Selecção<br />
Nacional, da hiperdependência de Cristiano Ronaldo<br />
e das alternativas que existem (ou não) para ocupar<br />
as vagas que vão ficar em aberto depois de grande<br />
parte dos jogadores que actualmente fazem parte das<br />
escolhas de Fernando Santos abandonarem a equipa<br />
das quinas. Este é, pois, um tempo de oportunidade.<br />
Para os mais valentes.<br />
Com o apuramento para o Euro 2016 garantido, não é<br />
de admitir que o seleccionador nacional altere muito a<br />
filosofia que tem adoptado desde que chegou ao comando de Portugal. Ou seja, é<br />
mais do que certo que a maioria dos jogadores que Fernando Santos tem escolhido<br />
vai estar em França, mas depois disso há, de facto, que pensar em... renovar, não<br />
pela falta de qualidade do grupo mas porque muitos destes futebolistas estão já na<br />
casa dos 30, logo, a caminhar rapidamente para o final da carreira.<br />
Essa inevitabilidade potencia a questão há muito colocada: há ou não alternativas<br />
à altura? Muito sinceramente, creio que sim. Não nascem todos os dias Cristianos<br />
Ronaldos nem Figos, é certo, mas a realidade actual das selecções mais jovens<br />
permite-nos acreditar no futuro. Os sub-21 são vice-campeões da Europa (só<br />
foram derrotados na final na decisão por grandes penalidades) e há mais de 4 anos<br />
que não perdem um jogo: a última derrota foi em 11-10-2011, diante da Rússia,<br />
por 2-1, e desde então têm 16 vitórias e apenas 2 empates! Os sub-20 têm tido<br />
presenças de relevo nos últimos mundias, tendo sido vice-campeões em 2011, na<br />
Colômbia. Abaixo desses escalões há trabalho planeado que tem permitido assegurar<br />
os resultados conseguidos e o regresso regular às fases finais das diferentes<br />
competições.<br />
É verdade que falta o mais importante de tudo: conquistar um título de relevo,<br />
seja um Campeonato do Mundo ou um Europeu. Mas não creio que seja por falta<br />
de qualidade ou de atitude. Talvez seja apenas uma questão de... mentalidade. Ou<br />
mentalização.<br />
A criação (ou recuperação, melhor dizendo) das equipas B deu, no meu entender,<br />
um impulso decisivo para a afirmação de boa parte dos jovens valores que hoje já<br />
não são meras promessas nem nomes desconhecidos do grande público. Alguns<br />
deles já emigraram, inclusive.<br />
Outros vão ganhando espaço nas principais equipas nacionais (grandes incluídos).<br />
E muitos deles anteciparam etapas nas selecções mais jovens, jogando acima do<br />
seu escalão etário. Sinais claros de uma evolução que teve, também, outro rosto<br />
importante para esta realidade: Rui Jorge. Seria injusto atribuir, apenas e só, ao<br />
actual seleccionador de sub-21 os méritos pelo crescimento de muitos destes<br />
jovens, mas o trabalho feito nos últimos anos, em perfeita sintonia com os técnicos<br />
dos escalões inferiores, tem ajudado a potenciar todo o talento que nasceu com<br />
jogadores como Bernardo Silva, William Carvalho, João Mário, Ruben Neves,<br />
André Silva, Rony Lopes, Gelson Martins, Gonçalo Guedes e tantos outros.<br />
“E esta nova<br />
geração tem<br />
provado que os<br />
fracos e os<br />
temerosos<br />
dificilmente têm<br />
lugar... na<br />
equipa. Por isso<br />
lhe<br />
chamei “Geração<br />
valente”<br />
30 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com
“Rui Jorge… em perfeita sintonia com os técnicos dos<br />
escalões inferiores, tem ajudado a potenciar” o talento<br />
jovem do futebol português.<br />
É verdade que falta o mais importante de tudo: conquistar um título de relevo, seja um Campeonato do Mundo ou um Europeu. Mas não<br />
creio que seja por falta de qualidade ou de atitude. Talvez seja apenas uma questão de... mentalidade. Ou mentalização.<br />
Os clubes por essa Europa fora pensam da mesma forma, tantos<br />
são os portugueses espalhados pelos principais clubes. Os<br />
treinadores também. O sucesso que José Mourinho, Manuel<br />
José ou Fernando Santos têm tido, os passos seguros de técnicos<br />
como André Vilas-Boas, Leonardo Jardim, Paulo Sousa<br />
ou Marco Silva (para citar apenas alguns dos mais recentes...)<br />
são a prova de que não falta matéria-prima. Nem no banco<br />
nem no campo.<br />
Acredito, pois, sem optimismos excessivos, que a Selecção<br />
Nacional (as selecções nacionais, se quisermos ser mais precisos)<br />
vai continuar a ser competitiva, respeitada e capaz de<br />
permanecer nos grandes palcos euorpeus e mundiais. Assim<br />
se mantenham as condições necessárias ao crescimento dos<br />
jogadores portugueses. É verdade que não há bela sem senão<br />
e alguns podem questionar o porquê de haver tanto talento e<br />
nem sempre haver as oportunidades que se desejavam para<br />
os portugueses em Portugal. Aceito a ideia. Mas prefiro olhar<br />
para o lado positivo da questão e continuar a acreditar que,<br />
com trabalho, a qualidade acaba por aparecer. Cá ou lá fora.<br />
Porque como diz a citação que escolhi para abrir este texto, “o<br />
futuro tem muitos nomes”... E todos estaremos de acordo que,<br />
no futebol como na vida, a oportunidade é para os valentes.<br />
E esta nova geração tem provado que os fracos e os temerosos<br />
dificilmente têm lugar... na equipa. Por isso lhe chamei<br />
“Geração valente”.<br />
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Futebol<br />
UM PROBLEMA<br />
DE “LINHA DE<br />
ESPERA”<br />
Júlio Coelho<br />
O futebol tem vindo a<br />
conquistar o seu<br />
espaço. Nos mais<br />
idosos assistentes,<br />
são as emoções que os<br />
motiva, mas nos mais<br />
jovens, são também as<br />
esperanças, em se<br />
poderem tornar em “futuras<br />
estrelas” e em<br />
obter a sua<br />
independência<br />
financeira, inspirados<br />
nas “atuais estrelas”<br />
(Cristiano Ronaldo e<br />
Leonel Messi).<br />
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Júlio Coelho , Professor do Ensino Superior na área da<br />
Gestão, ex-atleta, ex-treinador e ex-presidente de clube de<br />
futebol<br />
jcoelho@ipleiria.pt<br />
Futebol tem assumido um papel importante nas dinâmicas<br />
desportivas nas diferentes comunidades no nosso planeta.<br />
Mesmo nos países onde esta modalidade desportiva não<br />
tem tanta adesão de praticantes e assistentes, nem envolve<br />
muito entusiasmo, o futebol tem vindo a conquistar o seu<br />
espaço. Nos mais idosos, assistentes, são as emoções que os<br />
motiva, mas nos mais jovens, são também as esperanças, em<br />
se poderem tornar em “futuras estrelas” e em obter a sua<br />
independência financeira, inspirados nas “atuais estrelas”<br />
(Cristiano Ronaldo e Leonel Messi).<br />
Por outro lado, as organizações profissionais ou amadoras que promovem<br />
essa prática e são agentes das respetivas competições (equipas<br />
ou emblemas), estão sempre à procura de “novos craques” e “novas<br />
formas de treino” para poderem melhorar as performances dos seus<br />
atletas e equipas. Isto acontece porque se acredita, e está comprovado,<br />
que isso pode contribuir fortemente para os seus resultados desportivos<br />
e, consequentemente, para os seus resultados económico-financeiros.<br />
Por conseguinte, é vulgar os dirigentes de hoje, apregoarem pela formação<br />
e venda dos seus “ativos”.<br />
Os métodos de treino têm evoluído ao longo dos tempos. Facilmente<br />
nos recordamos dos tempos em que qualquer treino (de equipa profissional<br />
ou amador e de qualquer escalão etário) começava com um<br />
aquecimento de 20 a 30 minutos de corrida contínua, seguida de uma<br />
“peladinha” (“pelada” ou “racha”), basta recuar cerca de 30 anos.<br />
Depois, entendeu-se ser importante o contacto permanente com a bola<br />
(“treino integrado”), logo desde o início do aquecimento (onde cada<br />
jogador controlava uma bola ou então desenvolvia uma sequência de<br />
passe e receção, conjuntamente com outro colega). Também se foi<br />
34 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com
foi discutindo, se é que ainda hoje isso não<br />
acontece, sobre a pertinência e interesse dos<br />
treinos em circuito geral, em circuito por<br />
setores ou compartimentados por baterias de<br />
exercícios de condução e finalização (esquemas<br />
técnico-táticos). Claro, que isto depois<br />
se traduz em diferentes definições, pois, para<br />
uns são esquemas táticos ou táticas, para<br />
outros, são as estratégias e para outros ainda,<br />
são os modelos de jogo. Independentemente<br />
destas e de outras interpretações, na verdade<br />
as soluções de treino (já agora diga-se, que<br />
aplicáveis a todos os escalões, com diferentes<br />
intensidades, densidades, volumes e durações),<br />
devem ser precedidas da identificação<br />
das características centrais de um jogo de<br />
“Futebol”. Afinal quais são as principais<br />
características de um jogo de Futebol? Pois,<br />
porque, para treinar com rigor e eficácia já<br />
não chega ter sido jogador no passado, saber<br />
ler as disposições dos adversários ou simplesmente,<br />
“perceber muito” de futebol.<br />
Em termos de competências individuais<br />
necessárias para o jogo (a técnica individual),<br />
é essencial que um jogador domine 4 aspetos<br />
centrais: passe; receção; drible e finalização.<br />
Claro que os aspetos relacionados com<br />
desarme, marcação e desmarcação, sendo<br />
também essenciais, estão mais relacionados<br />
com a dimensão técnico-tática, ou seja, com<br />
a disposição da equipa no terreno de jogo [1].<br />
Todos estes aspetos visam um Objetivo bem<br />
definido: “Marcar Golo”, ou seja, finalizar<br />
com êxito. Por aqui, parece evidente que<br />
o Futebol apresenta um problema de linha<br />
de espera, pois caracteriza-se por ser um<br />
”Processo de Produção em Linha”, onde,<br />
há um início e um final, bem determinado<br />
(começa com uma recuperação de bola ou<br />
com uma posse de bola e deve terminar com<br />
um golo).<br />
Voltando aos aspetos puramente técnicos,<br />
os que devem ser desenvolvidos muito cedo,<br />
ainda que para uns “até parece que já nasce<br />
com eles!”, pois, entendemos que são estes<br />
que reúnem os requisitos adequados para<br />
serem trabalhados e melhorados com o<br />
apoio das “estatísticas” (individuais e não<br />
coletivas), mais propriamente, das métricas<br />
adequadas, nomeadamente: golos marcados,<br />
assistências[2], golos de bola parada, tempos<br />
médios de posse de bola por jogador,<br />
% de eficácia de passe por jogador, % de<br />
eficácia de receção por jogador, etc. Estes<br />
são os números mais importantes para melhorar<br />
nos treinos e concretizar nos jogos. A<br />
título de exemplo, verificamos que em termos<br />
globais os campeonatos das principais<br />
ligas profissionais de Portugal, Brasil (série<br />
A), Espanha e Inglaterra, apresentam, nas<br />
presentes edições de 2015/16, os seguintes<br />
valores de eficácia de concretização, medido<br />
pela quantidade de assistências necessárias<br />
para obter um golo: 6, 2, 9 e 7 respetivamente<br />
[3]. Estes números dão-nos a ideia, sem uma<br />
análise mais detalhada, que no Brasil se<br />
procura mais o golo através do passe curto,<br />
com baixo erro, e onde a assistência ocorre<br />
numa zona próxima da baliza, enquanto nos<br />
outros campeonatos indicados, os números<br />
parecem sugerir que a procura do golo se faz<br />
mais pelos passes longos, de cruzamentos das<br />
linhas laterais ou dos lances longitudinais,<br />
onde o erro, da assistência, é maior. Ora, isto<br />
pode, e deve, ser medido em cada equipa, de<br />
modo a que os treinadores percebam quais os<br />
aspetos, da sua “linha de produção” que está<br />
a falhar, ou que apresentam maiores deficiências<br />
(É no primeiro passe? É no passe curto<br />
ou no passe longo? É na receção de A ou<br />
de B? É no passe intermédio? Ou é simplesmente<br />
na finalização?<br />
É a disposição dos elementos no terreno que<br />
dificulta a fluidez do jogo ou são simplesmente<br />
as características técnicas individuais<br />
dos jogadores apresentam deficiências?)<br />
– pois, na verdade, os treinadores devem<br />
centrar-se no essencial do jogo e deixar o<br />
acessório para outros colegas da “equipa<br />
técnica”.<br />
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Considerando que o futebol possui um objetivo bem identificado, “o<br />
golo”, é fácil de ver que tudo o que uma equipa possa fazer, dentro do<br />
terreno de jogo, recorrendo às suas individualidades, ou ao trabalho<br />
conjunto deve ser realizado visando esse mesmo objetivo. Por outras<br />
palavras, sempre que uma equipa recupera uma bola, deve procurar<br />
soluções que resultem numa finalização com<br />
êxito (claro que sabemos que a margem de<br />
erro ou de insucesso é enorme!). Neste prisma,<br />
verificamos que podemos considerar cada<br />
jogada como uma linha de produção: onde a<br />
“bola” é a entidade que percorre o fluxo, mais<br />
ou menos complexo (jogo mais lateralizado<br />
ou mais direto); os “jogadores”, são os pontos<br />
de contacto ou de transformação, aqueles que<br />
possuem características técnicas (medidas em<br />
percentagem e/ou tempos para cada aspeto da<br />
técnica individual, já referida) e o “golo” é o<br />
fim do percurso, que permite medir a eficácia<br />
desse processo. Estes percursos repetir-se-ão, tantas vezes quantas as<br />
necessárias até que o resultado final (golo) seja alcançado. Convém<br />
aqui, considerar que existem restrições a uma fluidez destes percursos,<br />
que são os aspetos, de técnica individual ou técnico-táticos, da equipa<br />
adversária. Perante isto, talvez seja pertinente tentar encontrar formas<br />
de melhorar o treino visando aumentar o sucesso dessas iniciativas de<br />
finalização.<br />
Como?<br />
Porventura, colocando os números referidos anteriormente numa equação,<br />
transpor esta para um processo de “linha de produção”, de modo a<br />
identificar os pontos de estrangulamento dessas linhas (pontos onde se<br />
perde o controlo da bola), considerando as restrições apresentadas pelo<br />
adversário. Estas últimas podem ser simplificadas por pressupostos de<br />
eficácia coletiva (esta solução poderá contemplar, por aproximação, os<br />
dispositivos técnico-táticos dos adversários). Ora, isto permite testar/<br />
simular a fluidez de cada percurso e identificar os pontos de “estrangulamento”<br />
ou falhas desse processo, de modo a melhorá-los.<br />
Imaginemos uma simulação de uma jogada de “contra ataque”, onde se<br />
desenvolve uma sequência de passes com 4 jogadores, ou momentos<br />
de contacto com a bola do mesmo jogador (de forma alternada), com<br />
os seguintes registos de eficácia técnica de cada um, nos diferentes<br />
momentos:<br />
Probabilidade de sucesso no passe normal, na assistência<br />
e no remate final (finalização)<br />
80%<br />
Jogador A Jogador B Jogador C Jogador D<br />
20%<br />
60%<br />
40%<br />
70%<br />
30%<br />
50%<br />
50%<br />
Golo<br />
Probabilidade de erro no passe e de finalização com a consequente perda<br />
de bola<br />
Claro que os “fluxos produtivos” podem ser mais complexos, assim se<br />
queira envolver muitos elementos nesse processo, ou se queira introduzir<br />
indicadores de tempo para cada ação individual e/ou movimento<br />
coletivo, até que se atingir o objetivo final.<br />
Se cada jogada de futebol apresenta características de “produção em<br />
linha”, então porque não analisá-lo nesses termos, de modo a contribuir<br />
para a procura de mais uma ferramenta de apoio à decisão. Mais ainda,<br />
quando hoje existem soluções informáticas para tratar destes assuntos,<br />
em termos de recolha e tratamento de dados, e o futebol se apresenta<br />
altamente complexo e competitivo.<br />
Nunca devemos esquecer que cada fluxo é independente do outro, ou<br />
seja, “quando ocorre um erro de execução técnica, o que a seguir surge,<br />
não teria surgido se esse erro não tivesse ocorrido”. Por outras palavras,<br />
quando ocorre um erro técnico que impossibilite a sequência da jogada<br />
conforme estava pensada, deve-se dar início a um novo processo.<br />
Fonte: Coelho, J. 1 - (2012). “Formar Jovens Futebolistas: um projeto de formação dos 6 aos 18 anos”,<br />
Chiado Editora, ISBN 978-989-697-772-6.3; 2 - Último passe que antecede a concretização de um golo em<br />
jogo corrido; 3 - www.maisfutebol.iol.pt, consultado em 08/10/15.<br />
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BIOMECÂNICA<br />
DOS CAMPEÕES<br />
Autor: Diogo Sampaio, Director Desporto&<strong>Esport</strong> d_sampaio@desportoeesport.com<br />
Lebron<br />
James<br />
Qual é o segredo dos super-atletas? A pergunta é antiga e a resposta é<br />
complexa. Talento ou treino? ADN ou esforço? A doutrina divide-se e<br />
as conclusões são sempre “inconclusivas”. O certo, é que no<br />
desporto atual de alto profissionalismo, a biomecânica dos atletas<br />
desempenha um papel cada vez mais determinante para o êxito.<br />
Tornando obrigatória uma análise mais pormenorizada da morfologia<br />
dos campeões da nossa era. Não só para compreender os<br />
atletas em si, ou o desporto de hoje, mas para prever como será<br />
o desporto amanhã.<br />
38 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com
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P<br />
ara muitos analistas, LeBron James é jogador mais atlético de sempre<br />
a jogar na NBA, combinando na perfeição a velocidade, potência e<br />
agilidade. O seu antigo treinador nos Miami Heat, Erik Spoelstra,<br />
apelidava-o inclusive de “canivete suíço” dada a sua capacidade de<br />
se desdobrar em múltiplas posições, tanto no ataque como na defesa. Após alguns<br />
jogos menos conseguidos<br />
da sua equipa<br />
principalmente<br />
nas finais, Lebron<br />
foi para as “salas de<br />
LeBron James é o canivete suíço da NBA<br />
vídeo” identificar<br />
que pontos (ainda)<br />
podia melhorar para chegar à vitória. Foi nesta sua vontade de aperfeiçoamento<br />
que concluiu que poderia melhorar o seu jogo interior e com uma maior presença<br />
debaixo do cesto, que por sua vez levaria a lançamentos (tanto por parte dele como<br />
da equipa) com maiores índices de eficácia. Logo ali, o norte-americano começou<br />
a trabalhar para alterações dramáticas do seu jogo, trabalhando-se com Hakeem<br />
Olajuwon (um dos melhores pivôs de sempre) para melhorar o seu jogo. É nesta<br />
dedicação absoluta que Lebron James se tem feito um dos melhores de sempre!<br />
No ano de estreia pelos Miami, James<br />
acertou 42% dos lançamentos de dois<br />
pontos e 29% dos lançamentos de 3<br />
pontos. No segundo ano, a percentagem<br />
subiu para 53% e 36%, respetivamente<br />
para<br />
os arremessos<br />
de 2 e 3 pontos.<br />
No terceiro ano,<br />
subiu ainda<br />
mais, para 56%<br />
e 41%. Estas<br />
melhorias são impressionantes, não só<br />
para um jogador da NBA, mas para<br />
qualquer atleta em qualquer desposto.<br />
Lebron James é o exemplo perfeito do<br />
atleta que quer sempre mais, ser mais<br />
forte, mais rápido, mais certeiro e mais<br />
vencedor.<br />
Erik Spoelstra, antigo treinador<br />
de Jaems nos Miami Heat<br />
40 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com
Biomecânica<br />
Lebron James<br />
Em média o jogador de NBA precisa de 13<br />
passos para se movimentar de uma ponta à<br />
outra de um campo de basquetebol. Lebron<br />
James, precisa apenas de nove passos, para<br />
chegar a debaixo do cesto e já preparado<br />
para afundar, tornando impossível a qualquer<br />
defesa adversário desarma-lo, já… que nem o<br />
conseguem alcançar. Lebron James consegue<br />
inclusive atingir a velocidade de 32 km por<br />
hora, fenomenal tendo em conta as dimensões<br />
do campo de basquete e o tamanho e massa corporal<br />
do americano. O americano é também o<br />
que mais rápido executa o passe, precisa apenas<br />
de 0,18 segundos e a bola sai das suas mãos e<br />
uma impressionante velocidade de 64,37 km/h<br />
(semelhante às velocidades conseguidas pelos<br />
quarterbacks da NFL).<br />
“No ano de estreia pelos Miami,<br />
James acertou 42% dos lançamentos<br />
de dois pontos e 29% dos lançamentos<br />
de 3 pontos. No segundo<br />
ano, a percentagem subiu para 53%<br />
e 36%, respetivamente para os<br />
arremessos de 2 e 3 pontos..”<br />
Lebron vs Jordan<br />
(2004 a 2015)<br />
Pontos por Jogo:<br />
Lebron 27,3<br />
Jornan 31,1<br />
Ressaltos por Jogo:<br />
Lebron 7,1<br />
Jornan 6,2<br />
Assistências por Jogo:<br />
Lebron 6,9<br />
Jornan 5,3<br />
(1985 a 2003)<br />
Comparar atletas é cada vez mais uma tarefa dos<br />
matemáticos e do domínio da estatística. Não querendo<br />
entrar a fundo no debate, Lebron vs. Jordan,<br />
dá-mos aqui uma pequena achega ao tema, para<br />
demonstrar como o mais novo dos basquetebolistas<br />
norte-americanos se aproxima da lenda Air-Jordan.<br />
Razões de Biomecânica?<br />
Recuperação de bola por jogo<br />
Lebron 1,7<br />
Jornan 2,3<br />
Bloqueios por jogo<br />
Lebron 0,8<br />
Jornan 0,8<br />
Lebron, por norma, faz os seus lançamentos,<br />
após impulsão a uma altura de 2,70 metros;<br />
deixando uma distância de mais de 10 a 15<br />
centímetros para onde os defesas consegues<br />
chegar com a mão, para intercetar o lançamento<br />
(isto em média). É de notar, que os aros dos<br />
cestos são colocados a uma altura de 3 metros<br />
e 5 centímetros.<br />
Por fim, quando James salta, ele pode criar um<br />
pico de potência de 9.300 watts. Isso significa<br />
que o norte-americano cria energia suficiente<br />
para acender algumas dezenas de lâmpadas<br />
durante vários dias.<br />
Lebron 0,496 Jornan 0,497<br />
% Lançamento 2 Pontos<br />
Lebron 0,342 Jornan 0,327<br />
% Lançamento 3 Pontos<br />
Lebron 0,745 Jornan 0,835<br />
% Lançamento livres<br />
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O que separa Bolt de todos os outro<br />
Us<br />
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ainBolt<br />
s velocistas?<br />
OJamaicano,<br />
Usain Bolt,<br />
com 1,96<br />
metros de<br />
altura, não é<br />
exatamente<br />
o modelo de<br />
corpo perfeito<br />
de aerodinamismo<br />
para corridas<br />
curtas<br />
de velocidade, que prefere atletas<br />
que não ultrapassem o metro e<br />
noventa. No entanto, Bolt domina<br />
a cem por cento, há já vários<br />
anos, a corrida dos 100 e 200 metros<br />
tanto em mundiais como nos<br />
Jogos Olímpicos, tendo inclusive<br />
o recorde mundial nestas duas<br />
disciplinas (e isto sem contar as<br />
estafetas).<br />
Como é então isso possível?<br />
A resposta pode ser encontrada,<br />
entre outros, no artigo de Jorge<br />
Hernández e colegas e publicado<br />
na revista European Journal<br />
of Physics, que concluem que o<br />
poder que o atleta jamaicano põe<br />
em ação é extraordinário.<br />
Hernández e a sua equipa, calcularam<br />
que o tempo de 9,58 segundos<br />
obtido por Bolt nos Mundiais<br />
de atletismo de Berlim necessitou<br />
de uma força média de 815,8 newtons,<br />
tendo atingido uma velocidade<br />
máxima de 12,2 metros por<br />
segundo.<br />
O mais desconcertante no desempenho<br />
físico do Jamaicano, segundo<br />
este mesmo artigo, é a energia<br />
mecânica (“trabalho”) que o atleta<br />
teve de desenvolver para vencer<br />
os efeitos da resistência do ar, que<br />
é amplificada pela altura de Bolt,<br />
que como já referimos, passa por<br />
6 centímetros o metro e noventa.<br />
Considerando a altitude da pista<br />
da arena de Belim, assim como<br />
a temperatura a que se deu a<br />
prova e a temperatura do solo,<br />
foi calculado que Lightning Bolt<br />
tinha um coeficiente de resistência<br />
aerodinâmica (ou coeficiente<br />
de arrasto ou apenas coeficiente<br />
aerodinâmico) de 1,2. Sendo que<br />
a média aerodinâmica das pessoas<br />
(todos nós) é de 1.<br />
Ou seja, Bolt é menos aerodinâmico<br />
do que eu, você ou os seus amigos.<br />
O que faz com que ele tenha<br />
que desenvolver 81,58 quilojoules<br />
(kj) de energia durante os poucos<br />
mais de 9 segundos que durou a<br />
sua prova.<br />
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Mas apenas usou 7,79% dessa energia para se mover. Toda a<br />
energia restante (92,21%, ou seja 75,22 kj) foi absorvida pela<br />
resistência aerodinâmica – uma força que contraria o movimento.<br />
Os cálculos indicam que ainda não tinha decorrido sequer um<br />
segundo da corrida ( mais exatamente 0,90 segundos) e a energia<br />
que Bolt desenvolvia já atingia uma potência máxima de<br />
2619,5 watts, numa altura em que a sua velocidade era apenas<br />
metade da velocidade máxima por ele atingiu nessa prova.<br />
Foram também analisados os efeitos do vento nas costas do<br />
velocista jamaicano. Neste ponto, a equipa de Hernández compararam<br />
o desempenho de Bolt em Berlim, onde teve ventos<br />
favoráveis de 0,9 metros por segundo, com o seu anterior recorde<br />
mundial (9,69 segundos), nos Jogos Olímpicos de Pequim, em<br />
2008, onde a corrida decorreu sem estes ventos. A equipa de físicos<br />
concluiu então que apesar dos ventos favoráveis em Berlim,<br />
ainda assim bateria o recorde de Pequim, com uma marca ligeiramente<br />
menos rápida, “apenas” 9,68 segundos.<br />
Num outro estudo, desta vez conduzido por um físico teórico<br />
britânico da Universidade de Cambridge de nome John D.<br />
Barrow concluiu que Bolt poderia ainda ter reduzido 0,13<br />
segundos ao temo conseguido em Berlim, isto se no início da<br />
corrida melhorasse os tempos de reacção e corresse com as melhores<br />
condições possíveis de vento.<br />
Usain Bolt é de facto um atleta único.<br />
Mentalidade<br />
O ritual de concentração de Bolt não<br />
foi construído para dar espetáculo<br />
ao público, mas em resultado dos<br />
excessivos nervos do jamaicano no<br />
início da carreira, que o levaram em<br />
2002 no mundial de juniores a calçar as<br />
sapatilhas nos pés errados. Entendendo<br />
o seu problema, Bolt teve a capacidade<br />
de o ultrapassar e aprender a lidar com<br />
a pressão que sempre tem momentos<br />
antes da prova.<br />
Músculos de aço<br />
A musculatura é a base para qualquer<br />
velocista consiga ter sucesso, e Bolt não é<br />
a exceção. Por isso, o Jamaicano três vezes<br />
por semana faz intensas sessões de treino<br />
de 90 minutos no ginásio, treinando braços,<br />
tronco e pernas..<br />
natomia<br />
Bolt<br />
Não há campeões sem treino e sem esforço,<br />
e o jamaicano Bolt não é exceção, conheça<br />
alguns dos seus segredos!<br />
Força das pern<br />
Apesar de ser naturalmente do<br />
com capacidade para desenvolv<br />
com facilidade, a sua morfologi<br />
para emagrecer), obrigam a qu<br />
máxima atenção o índice muscu<br />
inferiores, e que faz com que o<br />
constantemente planeados para<br />
explosiva das suas pernas.<br />
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Ombros<br />
Glen Mills, treinador de Bolt, sempre considerou que treinos<br />
de força são essenciais para manter a potência muscular<br />
adquirida e para reduzir o risco de lesões. Os distintivos<br />
ombros do velocista jamaicano são disso mesmo resultado.<br />
Milles treina os ombros do seu pupilo usando barbell (uma<br />
longa barra de metal com discos de diferentes pesos, utilizada<br />
para levantamento de pesos) para dar ao jamaicano a força<br />
nos membros superiores necessárias para vencer.<br />
as<br />
tado de pernas fortes e<br />
er musculatura e força<br />
a magra (e com tendência<br />
em Bolt tenha sempre em<br />
lar dos seus membros<br />
s seus treinos sejam<br />
a manutenção da força<br />
Pés<br />
Joelhos<br />
Nos primeiros anos de carreira Bolt sofreu imenso com<br />
a sua falta de técnica de corrida. Felizmente Glen Mills<br />
soube trabalhar com o jamaicano, e os seus joelhos (e<br />
a forma como dobram durante a corrida) são agora<br />
fundamentais para que ele seja hoje o recordista mundial<br />
dos 100 e 200 metros. Por isso, todos os dias, Bolt<br />
desenvolve treinos de flexibilidade específicos para os<br />
seus joelhos.<br />
Na velocidade, o “jogo de pés” é rei, afinal é nos pés que<br />
está grande parte da propulsão do movimento. Por isso,<br />
Bolt treina constantemente a alta cadência de movimento<br />
dos seus pés para que a sua eficiência de corrida não<br />
seja prejudicada durante as provas.<br />
Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com • 45
Emite<br />
sinais<br />
m e s m o<br />
quando<br />
pensa não<br />
estar a ser<br />
observado,<br />
ou então<br />
nem repara<br />
adotar certos<br />
gestos e posturas<br />
que o<br />
denunciam de uma forma óbvia<br />
se é mais ou menos dominantes e<br />
como nos irá comportar-se mediante<br />
as diversas situações.<br />
Na realidade, através da linguagem<br />
corporal, pode ler pistas que<br />
as pessoas deixam escapar conscientemente<br />
ou inconscientemente,<br />
um gesto, um tique, uma postura,<br />
ou expressão que o ajudam a<br />
definir e depois delinear o modo de<br />
interação com a pessoa adaptando<br />
o seu comportamento de acordo<br />
aos objetivos pretendidos.<br />
Acredito não existir uma liderança<br />
mais difícil do que aquela exercida<br />
a outros líderes ou que pelo menos<br />
tem a perceção de o ser. Fernando<br />
Santos tem de liderar os maiores<br />
jogadores do mundo uns com<br />
egos elevados e outros em fases<br />
mais complicadas, o que requer<br />
uma habilidade de comunicação<br />
excelente para não criar resistências<br />
às suas indicações por aqueles<br />
que tem egos mais elevados ou ser<br />
ignorado pelos que se encontram<br />
em fases mais complicadas.<br />
A relação domínio e submissão<br />
define como irá decorrer a interação<br />
entre os jogadores e o selecionador.<br />
Existem situações em que<br />
o selecionador tem de ser dominante,<br />
como nos treinos, no balneário<br />
ou quando quer um maior<br />
rendimento e esforço por parte<br />
dos jogadores, e também existem<br />
outras situações em que terá de<br />
emitir alguns sinais de submissão,<br />
como em situações de convívio,<br />
fases mais complicadas ou quando<br />
recebe novos jogadores.<br />
Em qualquer interação entre selecionador<br />
e o jogador, os sinais<br />
começam a ser emitidos pelos dois<br />
de forma a verificarem que é o<br />
dominante ou quem reconhece<br />
submissão, é aqui que Fernando<br />
Santos está muito atento aos sinais<br />
que cada um emite, interpretaos<br />
e usa-os adaptando a forma<br />
de comunicar para influenciar o<br />
jogador para obter melhores resultados.<br />
F<br />
E<br />
R<br />
N<br />
A<br />
N<br />
D<br />
O<br />
Linguagem Corporal<br />
46 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com
S<br />
A<br />
NTOS<br />
Alexandre Monteiro, Especialista em Decifrar Pessoas | sou@pessoab.pt linguagemcorporal.blogs.sapo.pt<br />
Um Líder entre<br />
Líderes<br />
Desporto&<strong>Esport</strong><br />
• www.desportoeesport.com • 47
M<br />
uitos selecionadores falham, porque querem<br />
dominar de uma forma direta, forçada e os jogadores<br />
inconscientemente criam uma resistência às<br />
indicações dadas e até podem pensar “Quem é ele<br />
para mandar em mim ou falar assim comigo!”.<br />
Dominar é a manifestação do sistema límbico que gera uma resposta<br />
de “luta”, mesmo que raramente esteja em situações que<br />
exigem uma luta real. Usar o domínio é como usar o corpo ou<br />
o estatuto para demonstrar liderança, confiança, profissionalismo,<br />
credibilidade ou para intimidar alguém quando sentimos<br />
que a nossa liderança ou competência é posta em causa.<br />
Dominar serve para evitar que nos percebam como “alvos“<br />
fáceis, adversários fracos ou pessoas fáceis de controlar, protegendo-nos<br />
de “predadores” como maus treinadores; maus<br />
selecionadores, maus amigos, …<br />
A submissão, é exatamente o oposto de domínio, mostra a ausência<br />
da resposta “luta”. Um jogador ou selecionador submisso<br />
pode decidir que a melhor hipótese de sobrevivência ou comunicação,<br />
é a de não gerar luta, concordando temporariamente que<br />
o domínio exercido e assim não cria resistência ou sabotagem<br />
por parte dos jogadores mais dominantes. Quando lidamos<br />
com lideres devemos saber exercer uma liderança dominante<br />
subliminar, sem que a mesma seja percebida conscientemente.<br />
Aplicar a Linguagem corporal é uma ótima ferramenta para o<br />
fazer e Fernando Santos fá-lo bem, exercendo uma liderança<br />
forte, não ameaçando os jogadores para não criar resistência,<br />
criar ligação e gerar respeito.<br />
Fernando Santos de uma maneira inteligente recorre muitas<br />
vezes aos sinais não-verbais, para demonstrar liderança e assim<br />
não ferir egos, conseguindo retirar o máximo potencial de toda<br />
a equipa.<br />
Vou revelar algumas das técnicas usadas por Fernando Santos,<br />
que poderá também usar para demonstrar liderança eficaz.<br />
Já pensou porque é que os chefes são aqueles que têm os<br />
escritórios maiores ou carros maiores? Uma das manifestações<br />
dos dominantes é exigir mais espaço. Esta é uma forma de<br />
requerer mais espaço, para eles é uma questão territorial. Os<br />
submissos acreditam de que não confrontar o dominante é a<br />
melhor maneira de agradar, o que é errado porque gostamos<br />
de pessoas iguais as nós e essa submissão tem efeito contrário.<br />
Um líder para ligar, agradar ou demonstra autoridade aos<br />
dominantes, deve exibir também comportamentos de domínio,<br />
só que subliminarmente, para não gerar resistência, desafio ou<br />
conflito.<br />
Só deverá emitir algum comportamento submisso de forma<br />
consciente, e digo só alguns e em situações como quando pede<br />
uma opinião, solicita colaboração ou para criar ligação inicial.<br />
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“Dominar é a manifestação<br />
do sistema límbico que gera<br />
uma resposta de “luta”,<br />
mesmo que raramente esteja<br />
em situações que exigem<br />
uma luta real.”<br />
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Comportamentos de domínio<br />
(pés afastados, mãos na cintura,<br />
queixo levantado, expressões<br />
faciais de desacordo, mãos<br />
atrás das costas, mão no queixo...)<br />
Para demonstrar domínio, afaste os pés. Quanto mais afastados<br />
estiverem os pés, maior é a demonstração de domínio, o ideal<br />
é colocar os pés à largura dos ombros, porque os submissos,<br />
ocupam menos espaço e juntam os pés.<br />
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Mãos na cintura e inclinação para a frente<br />
Na fotografia acima, Cristiano Ronaldo opta por uma postura<br />
dominante, o que Fernando Santos contraria colocando as mãos<br />
atrás das costas<br />
Mais expressões faciais de desacordo (Enrugar a testa<br />
ou a expressão de raiva) e posturas abertas.<br />
Queixo levantado<br />
Fazer gesto de poder (Fechar o punho ou apontar com<br />
o indicador)<br />
Mão no queixo, sorrir pouco e falar profundo<br />
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Mãos atrás das costas e um bom contacto ocular, que<br />
não intimide.<br />
Falar com as palmas das mãos para baixo e tom de<br />
voz alto<br />
Invade o espaço pessoal (Agarrar ou colocar a mão<br />
no ombro ou braço ou interrompe com mais frequên-<br />
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Gestos de precisão e certeza (Unir as<br />
pontas dos dedos)
Comportamentos de submissão<br />
(cabeça baixa, contato ocular<br />
reduzido, palmas das mãos para<br />
cima, não falar frente a frente, falar<br />
baixo...)<br />
Baixar a cabeça, contato ocular reduzido<br />
ou baixo<br />
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Não falar frente a frente<br />
Falar com as palmas das<br />
mãos para cima<br />
Cruzar braços e/ou pernas ou colocar<br />
objetos à frente<br />
Inclinar a cabeça ao ouvir e falar baixo<br />
M<br />
esmo que as pessoas afirmem ser líderes e confiantes<br />
verbalmente e sempre necessário que a<br />
linguagem corporal o comprove, porque a linguagem<br />
é mais poderosa e afeta as pessoas a nível<br />
subconsciente.<br />
Os movimentos dominantes deverão ser os mais<br />
usados, mas atenção, estes gestos de domínio tem de<br />
ser acompanhados com alguns gestos de submissão,<br />
senão poderá ser visto como arrogante ou ameaça<br />
e irá encontrar mais “obstáculos” ou tentativas de<br />
sabotagem.<br />
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A Liderança de José<br />
Mourinho – Aceda<br />
grátis aqui<br />
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António Fidalgo<br />
No caminho do Sucesso!<br />
COACHING E<br />
PROGRAMAÇÃO<br />
NEURO LINGUÍSTICA<br />
(PNL) NO DESPORTO<br />
Ex-Futebolista profissional em<br />
históricos portuguese (S.L. Benfica;<br />
S.C. Braga; Sporting C .P); Ex-<br />
Técnico principal do Estoril Praia foi<br />
anda Director desportivo no SC Campomaiorense<br />
CS Marítimo; exerce<br />
há vários anos funções de jornalista<br />
e comentador/analista de futebol na<br />
RTP e RR e é formador em Couching<br />
e PNL<br />
antoniofidalgo.winow@gmail.com<br />
www.facebook.com/antoniofidalgo.coaching<br />
N<br />
o desporto tal como na<br />
Vida, muitas vezes não<br />
basta ter as capacidades<br />
necessárias para fazer<br />
o quer fazer, ter o que<br />
quer ter e ser o que quer<br />
ser. Para ter Sucesso é necessário, mais do<br />
que ter as capacidades, saber utiliza-las.<br />
O caminho para o sucesso, tem curvas que<br />
obrigam a viragens rápidas e retas que<br />
permitem acelerar um pouco mais. Tem<br />
também obstáculos e/ou desafios que frequentemente<br />
impedem as pessoas de serem<br />
aquilo que realmente querem ser, fazer o<br />
que realmente querem fazer e ter aquilo que<br />
realmente querem ter.<br />
Qual a grande diferença entre uma pessoa<br />
que tem sucesso e a que não o consegue?<br />
Na minha opinião, essa diferença não está<br />
no tipo de desafios e/ou obstáculos que se<br />
encontram no caminho, pois esses - mais<br />
tarde ou mais cedo, maiores ou menores<br />
- surgem, numa dada altura ou num certo<br />
contexto, à grande maioria das pessoas que<br />
trilham esse caminho. A grande diferença<br />
está na forma como lidam com eles.<br />
Tem duas formas de lidar com as contrariedades<br />
que possam surgir no caminho por<br />
si delineado. Permitir que elas (contrariedades)<br />
o dominem, estabelecendo assim<br />
limites que o impedem de prosseguir, ou<br />
assume o controlo da situação, estabelecendo<br />
você mesmo os seus próprios limites.<br />
Se aprender a controlar e até dominar certas<br />
particularidades (obstáculos, desafios…)<br />
que surgirão, inevitavelmente, em algumas<br />
etapas desse percurso, alcançar o sucesso<br />
ficará bem mais fácil e simples.<br />
Lidar com a frustração é algo que tem de<br />
aprender a fazer. A frustração pode aniquilar<br />
de forma prematura todo e qualquer sonho<br />
de sucesso. A frustração, normalmente,<br />
tende a transformar as atitudes positivas<br />
em negativas e assim condicionar a (auto)<br />
disciplina necessária. Sem disciplina não há<br />
resultados!<br />
“Mantenha os seus objetivos em evolução!”<br />
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“O Sucesso raramente é um resultado estático a ser alcançado O Sucesso é mais do que isso,<br />
é um Processo. O verdadeiro Sucesso é muitas vezes uma forma de vida...”<br />
Existem invariavelmente, períodos ou situações<br />
de frustração, no caminho de qualquer pessoa<br />
que queira alcançar o sucesso, seja no Desporto<br />
ou na Vida. O segredo de quem o alcança está<br />
na forma como disciplina essas frustrações, na<br />
forma como lida com as mesmas.<br />
Transforme a pressão (ansiedade, impaciência,<br />
tensão, bloqueio…) de uma eventual frustração,<br />
numa oportunidade. O Sucesso está<br />
escondido do outro lado da frustração. Abra<br />
caminho através da frustração aceitando cada<br />
contrariedade apenas como um resultado (feedback).<br />
Utilize cada frustração como uma nova<br />
aprendizagem - aprender a fazer diferente – e<br />
siga em frente.<br />
“Haverá, provavelmente, outras pessoas<br />
que têm mais do que você e pessoas<br />
que têm menos. Preste sempre mais<br />
atenção ao que quer realmente fazer,<br />
ao que é capaz de criar. Mantenha os<br />
seus objetivos em evolução, com dinamismo.<br />
Concentre a sua atenção no que<br />
quer fazer da sua vida e não no que os<br />
outros fazem da vida deles. Desafie-se...<br />
Aceitar o “não” é outra das características das<br />
pessoas de Sucesso. Seja a nível pessoal ou<br />
profissional, para alcançar aquilo que realmente<br />
deseja, provavelmente, terá que lidar com situações<br />
de rejeição. O medo da rejeição pode<br />
condicionar ou mesmo impedir o empreender<br />
da ação. Não permita que um qualquer “não”,<br />
que qualquer atitude de rejeição o paralise.<br />
O que faria se soubesse que não podia falhar?<br />
O que o impede?<br />
Quantas rejeições, quantos “não” consegue<br />
aguentar? Que limites estabelece em si?<br />
Quantas vezes o receio de rejeição ou de um qualquer<br />
“não” fizeram com que não empreendesse<br />
certas ações? Com que não assumisse certos<br />
comportamentos? Um absurdo, não acha?<br />
O poder da palavra “não” está na forma como<br />
a representa para si próprio. Desprovido dessa<br />
representação o “não”…não representa nada,<br />
não tem qualquer poder!<br />
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Semear para Colher é um dos maiores<br />
“segredos” para o sucesso. Um dos<br />
princípios orientadores para quem percorre<br />
o caminho do sucesso é saber<br />
dar para receber. Dar sempre mais do<br />
que espera receber e de forma continua!<br />
Para que o processo se movimente<br />
é necessário em primeiro ludar…dar.<br />
Ninguém colhe nada se não semear<br />
primeiro, e depois de colocar a semente<br />
é necessário cuidar dela, protege-la e<br />
fertiliza-la.<br />
Assuma o compromisso, discipline-se,<br />
mantenha o foco no processo, entre em<br />
ação e a recompensa surgirá de forma<br />
quase natural. Receber é fácil, saber dar<br />
é apanágio só de alguns.<br />
O Conforto pode ser desastroso. Quantas<br />
pessoas, quantos desportistas conhece<br />
que chegam a um patamar elevado e…<br />
param! Começam a sentir-se confortáveis<br />
e perdem o foco que os levou até<br />
aí e que muito provavelmente os levaria<br />
ainda mais longe.<br />
“Aquilo que é mais alcançado, ainda<br />
tem o todo, se o seu futuro ainda estiver<br />
para ser alcançado”<br />
Lao-Tse, Tao-Te Ching<br />
Se se sentir demasiado confortável com<br />
o que alcançou, pode deixar de criar<br />
valor acrescentado, pode deixar de continuar<br />
a assumir o compromisso de<br />
chegar ao topo. Alguém disse um dia<br />
que quando somos verdes, crescemos,<br />
quando somos maduros tendemos a apodrecer.<br />
Existe um certo tipo de Complacência<br />
quando tendemos a comparar os nossos<br />
feitos com os de outras pessoas que conhecemos.<br />
Não cometa esse erro!<br />
Aprenda a julgar-se pelos seus objetivos<br />
e não pelos das outras pessoas!<br />
Haverá, provavelmente, outras pessoas<br />
que têm mais do que você e pessoas<br />
que têm menos. Preste sempre mais<br />
atenção ao que quer realmente fazer, ao<br />
que é capaz de criar. Mantenha os seus<br />
objetivos em evolução, com dinamismo.<br />
Concentre a sua atenção no que quer<br />
fazer da sua vida e não no que os outros<br />
fazem da vida deles.<br />
Desafie-se constantemente!<br />
“Transforme a pressão (ansiedade, impaciência, tensão, bloqueio…) de<br />
uma eventual frustração, numa oportunidade. O Sucesso está escondido<br />
do outro lado da frustração. Abra caminho através da frustração aceitando<br />
cada contrariedade apenas como um resultado...”<br />
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“Semear para Colher é um dos maiores<br />
“segredos” para o sucesso. Um dos<br />
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o caminho do sucesso é saber dar<br />
para receber. Dar sempre mais do que<br />
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O Sucesso raramente é um resultado estático<br />
a ser alcançado O Sucesso é mais do que isso,<br />
é um Processo. O verdadeiro Sucesso é muitas<br />
vezes uma forma de vida, tornando-se um<br />
hábito da sua mente.<br />
Analise o ponto onde se encontra neste momento,<br />
e o quer mais para si. O que quer fazer, o que<br />
quer ter, o que quer ser. Defina os objetivos que<br />
quer alcançar e use, com responsabilidade e de<br />
forma ecológica todo o seu Poder para ultrapassar<br />
os obstáculos e os desafios que podem surgir<br />
no Caminho para o Sucesso.<br />
Recorde que, normalmente, a Vida acabará por,<br />
mais tarde ou mais cedo, pagar o preço que<br />
peça por ela. Peça um pouco disto e daquilo e<br />
receberá um pouco dessas coisas. Peça um ressonante<br />
Sucesso e também será isso que obterá.<br />
No Desporto e na Vida<br />
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COMUNICAÇÃO E<br />
LIDERANÇA<br />
NOS TREINADORES<br />
MODERNOS<br />
Cada treinador deve assumir o seu estilo de liderança.<br />
Não existe um tipo certo. Cada um, pode funcionar num<br />
determinado grupo com determinadas características, e<br />
falhar num outro grupo.<br />
Diogo Sampaio, Director Desporto&<strong>Esport</strong> d_sampaio@desportoeesport.com<br />
O treinador exerce hoje uma profissão multidisciplinar,<br />
obrigando-o a obter conhecimentos<br />
nas mais diversas áreas, que vão desde<br />
à indispensável componente tática e técnica<br />
da modalidade desportiva a que se dedica,<br />
ao domínio da pedagogia, à metodologia de<br />
treino, às relações humanas e comunicação,<br />
tendo ainda de assumir uma posição de<br />
liderança e definir objetivos a curto, médio<br />
e longo prazo.<br />
Estes últimos pontos, são aliás, o segredo do<br />
sucesso dos treinadores vencedores. Mais do<br />
que conhecimento, saber estar no meio em<br />
que se insere, e a forma como se relaciona<br />
com os seus atletas, dirigente e equipas técnicas<br />
e como defende as suas ideias, cores,<br />
objetivos e aspirações é o que vai determinar<br />
o resultado no final de cada época. E, dentro<br />
destas relações gerais, a mais importante, é a<br />
forma como prepara os seus atletas para os<br />
desafios diários de uma equipa profissional<br />
com necessidade de êxito a cada novo jogo<br />
em todas as competições.<br />
Liderança<br />
A liderança é a função por excelência do<br />
treinador e aquela que ele mais depende para<br />
atingir o sucesso. Saber bem gerir o conjunto<br />
de pessoas que faz parte do seu grupo é<br />
determinante para aferir da sua eficiência, e<br />
os comportamentos que assume neste campo,<br />
tem um impacto direto na performance da<br />
equipa em campo. Muita da literatura dedicada<br />
a este tema chega inclusive a considerar<br />
que a capacidade de liderança de um treinador<br />
é um dos elementos que mais contribui<br />
para vencer as barreiras psicológicas que<br />
os atletas encontram no caminho para o<br />
sucesso.<br />
E, se nem todos nascem lideres naturais,<br />
a realidade, é que a liderança é como um<br />
musculo que pode crescer e desenvolver-se<br />
como resultado de um trabalho árduo. José<br />
Mourinho, que dispensa apresentações, é um<br />
excelente exemplo de quem percorreu várias<br />
etapas na sua carreira, ganhando novos conhecimentos<br />
em cada uma delas, e foi aliando<br />
o seu carisma natural ao aprendizado, que o<br />
transforma hoje no paradigma a ser copiado<br />
na forma como gere o balneário.<br />
Outros autores como Birkinshaw e Crainer<br />
em “(Leadership the Sven – Goran Eriksson<br />
Way – how to turn your team in winners”<br />
chegam mesmo a referir que “a verdadeira<br />
inspiração da liderança provém do que realmente<br />
o indivíduo é, e da sua combinação<br />
com as capacidades e com o conhecimento<br />
que possui”.<br />
A liderança de um treinador tem de estar<br />
assente em duas características importantes:<br />
primeiro de tudo tem que saber para onde vai<br />
e depois tem que deter as capacidades para<br />
persuadir os outros para o seguirem.<br />
60 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com
Cada treinador deve assumir o seu estilo de liderança. Não existe um<br />
tipo certo. Cada um, pode funcionar num determinado grupo com determinadas<br />
características, e falhar num outro grupo. Muitas vezes, também<br />
são usados elementos externos para acentuar e influenciar ainda<br />
mais a liderança de um treinador em desafios perfeitamente identificados.<br />
O exemplo mais conhecido, são os prémios de jogos no futebol.<br />
O importante, é que o treinador tenha a sua autoridade reconhecida,<br />
independentemente do seu estilo de liderança e das ferramentas que<br />
usa; se o treinador tem necessidade de atuar autoritariamente, então esse<br />
treinador não é líder!<br />
Comunicação<br />
Nada é mais importante para uma liderança forte, como uma comunicação<br />
bem conseguida. Afinal, ninguém consegue persuadir outra pessoa<br />
se não conseguir passar a sua mensagem!<br />
Uma boa comunicação entre o treinador e os jogadores é uma peça vital<br />
para o êxito da equipa!<br />
A comunicação entre o treinador e os seus jogadores deve sempre<br />
conter expetativas de sucesso, dado que este é o passo mais importante<br />
para criar impacto nos atletas e aumentar a motivação nos objetivos<br />
finais! “No dia – a – dia, o nosso discurso soa da forma como pensamos<br />
mas também, pensamos da forma como soamos”, e as emoções devem<br />
fazer sempre parte da mensagem transmitida. Até porque mais de 90<br />
% da mensagem que transmitimos é feita por uma via não verbal –<br />
Linguagem Corporal! Referenciando igualmente que a emoção pode e<br />
deve ser restringida a um ciclo restrito, já que o treinador apresenta um<br />
sistema de relações bastante vasto e complexo, tendo que contactar com<br />
os mais diversos agentes desportivos.<br />
Alguns autores consideram que no desporto a comunicação se pode<br />
dividir em duas vertentes: a genérica, que considera as relações com<br />
outros intervenientes do sistema desportivo; e a específica que envolve<br />
a relação treinador – atleta, quer no treino quer na competição.<br />
“A comunicação em competição seja eficaz para o treinador, tendo em<br />
vista a conquista da sua liderança perante o grupo de trabalho e para o<br />
jogador obter a motivação, auto - confiança e a auto-estima necessárias<br />
a um óptimo rendimento. Independentemente do estilo de liderança,<br />
é importante o treinador dominar técnicas de comunicação para uma<br />
eficaz gestão do grupo/equipa”. O treinador deverá também dar espaço<br />
para as opiniões dos jogadores, mesmo que contrariem as ideias deste.<br />
Janssen, J. & Dale, G. (2002). The Seven Secrets of Successful Coaches – Howto Unlock and Unleash Your Team´s Full Potencial. USA:<br />
Edição Janssen & Dale Cruz.<br />
J. F. A., Gomes, A. R. (1996). Liderança de Equipas Desportivas eComportamento do Treinador. In Cruz, J. F. (Ed.), Manual de Psicologia<br />
doDesporto. Braga: Sistemas Humanos e Organizacionais.<br />
Hunter, J. C. O monge e o executivo – uma história sobre a essência daliderança. Tradução Maria da Conceição Fornos de Magalhães. Rio<br />
de Janeiro: Sextante, 2004.<br />
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Tiago Dinis<br />
Colunista Desporto&<strong>Esport</strong><br />
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Reinicie<br />
o seu cérebro<br />
O seu computador de casa leva cerca de quatro minutos para se desligar, voltar a ligar e estar operacional<br />
– ou seja, para que se reinicie. O mais interessante, é que o cérebro humano pode fazer o mesmo! E, os<br />
próximos conselhos podem salvar a sua “sanidade” num dia louco de trabalho. Aperte o botão “reiniciar”<br />
do seu cérebro e limpe o seu disco rígido mental.<br />
1:05 - Lê-a os Emails<br />
O cérebro tem dois modos principais<br />
de operação: Tarefa Positiva onde<br />
está focado e Tarefa Negativa onde<br />
se está num estado mais sonhador<br />
e criativo. Ambos são importantes,<br />
mas os dois estados em simultâneo<br />
causa desgaste no cérebro. Por exemplo um email não lido pode<br />
esgotar recursos poderosos, então tire um tempo para as redes<br />
sociais. E, elimine a ansiedade. Mas limite esse tempo.<br />
0:30 - Frutos secos<br />
A comida que ingerimos tem uma<br />
enorme influencia como as energias<br />
são restabelecidas no cérebro.<br />
E, o melhor alimento para ele, são<br />
frutas secas que fornece açúcares<br />
saudáveis para um impulso rápido,<br />
enquanto sementes e nozes. Faça o seu próprio menu, e use também<br />
caju, amêndoas e sementes de girassol.<br />
2:21 - Veja um Vídeo<br />
Trabalho exaustivos e continuados<br />
no tempo, podem esgotar o cérebro,<br />
tal qual um musculo que é continuamente<br />
exercitado e entra em esforço.<br />
Uma pausa nos trabalhos é sempre<br />
bem vinda! E, por mais incrível que<br />
possa parecer vários estudos indicam que um curto<br />
vídeo dos milhares que existem no youtube pode bem<br />
ser a melhor solução, para “espairecer” a cabeça.<br />
0:40 - Olhe o verde<br />
Uma pausa nos trabalhos, principalmente<br />
quando a cabeça se começa<br />
a queixar, sabe sempre bem. E,<br />
como publicado pela revista australiana<br />
“journal Environmental<br />
Psychology” bastam 40 segundos a<br />
olhar para uma imagem “verde” natural para melhorar significativamente<br />
a sua mente e aumentar a sua performace. Mesmo por<br />
fotografia.<br />
Fonte e imagens: Men’s Fitness 2015 ed. Agosto<br />
0:15 - Boa postura<br />
É praticamente impossível estar perfeitamente<br />
sentado num longo período<br />
de tempo. E isso reflete-se no<br />
cérebro. Deve então criar intervalos<br />
regulares nos quais deve executar o<br />
método Gokhale: sente-se com seus<br />
glúteos ‘para trás’ e vá rolando os seus ombros, um de cada<br />
vez para a frente, para cima, para trás, e, em seguida, para baixo,<br />
mantendo o tronco ereto mas descontraído. A sua circulação<br />
agradece.<br />
“Olhar para uma<br />
imagem de uma<br />
paisagem natural<br />
melhora radicalmente<br />
o foco em poucos<br />
minutos”<br />
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VISUALIZAÇ<br />
O Passo Decisivo para a Vitória no<br />
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ÃO MENTAL<br />
Desporto Profissional e de alto nível<br />
Diogo Sampaio, Director Desporto&<strong>Esport</strong> d_sampaio@desportoeesport.com<br />
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VISUALIZAÇÃO<br />
NO DESPORTO<br />
Quem nunca se deitou na cama e imaginou em detalhe o novo dia que estava para vir? Ou<br />
a festa do próximo fim-de-semana? Ou aquela viagem desejada por anos? A Visualização<br />
Mental (VM) é usada por todos e nos mais diversos contextos e aplicações do dia-a-dia. E,<br />
as razões porque “sonhamos acordados” têm igualmente origem múltipla, mas a verdade é<br />
que por norma, esta prática nos traz sistematicamente conforto e alivio de ansiedade e um<br />
maior preparo para tarefas futuros. No desporto e para atletas profissionais, a VM é usada<br />
para desenvolvimento de performance, aprendizagem de novas tarefas e treino de relaxação,<br />
e tem como objetivo final, o primeiro lugar no pódio.<br />
A ligação entre corpo e mente é estreita e extremamente poderosa. Todos o sabemos e todos<br />
já o sentimos por diversas ocasiões. Por exemplo, após acordar de um sonho, e darmo-nos<br />
conta do transpirado e do ritmo acelerado do corpo, quando ele devia estar o mais relaxado e<br />
calmo possível. Ou, quando chutamos no ar após vermos pela TV uma bola prestes a passar<br />
paralelamente à baliza, onde um simples toque bastaria para ser golo! As opções são vastas,<br />
e servem para demonstrar categoricamente como a mente desencadeia reações físicas no<br />
corpo.<br />
A VM no desporto é alvo de estudo sistemático há pelo menos cinco décadas, e muitas<br />
definições foram sendo tentadas para definir o termo, sendo uma das minhas preferidas,<br />
anunciada por Richardson em 1967, “ a prática mental refere-se ao ensaio simbólico de uma<br />
atividade física, na ausência de movimento muscular”.<br />
Não é raro as câmeras apanharem atletas a praticar a VM, durante fases de alta concentração,<br />
como antes de um salto em altura, no serviço no ténis ou imediatamente antes da marcação<br />
de um livre no futebol. Vários estudos começam inclusive a indicar os benefícios na performance<br />
da visualização mental enquanto método de treino. O autor Suinn no seu livro de 1997<br />
“Mental pratice in sport psychology: Where have we been, where do we go?”, recomenda<br />
que a prática da utilização da visualização mental inclua:<br />
• Ensino da visualização mental como habilidade entre outras;<br />
• Relaxação;<br />
• Aumento das repetições (ensaios);<br />
• Definição precisa dos conteúdos;<br />
• Utilização de instruções dirigidas ao estímulo e à resposta;<br />
• Alternância entre a prática física e mental.<br />
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Definição visualização mental<br />
Uma maneira simples de responder a esta questão consiste na associação de um<br />
sonho a um estado de vigília. Sonhar acordado, de forma consciente, controlada<br />
e sentida, em que as imagens refletem uma vontade ou um desejo.<br />
Uma definição mais completa e formal: “ todas as experiências quasi-sensoriais<br />
e quasi-percetivas, das quais estamos conscientes e que existem para nós na<br />
ausência dos estímulos que normalmente produzem as verdadeiras sensações e<br />
perceções, e cujas consequências esperadas são diferentes das suas congéneres<br />
sensoriais e percetivas.”<br />
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As vantagens da visualização mental: evidências<br />
científicas<br />
Entre as principais teorias que evidenciam a<br />
VM como um ganho confirmado no desporto<br />
está a teoria psiconeuromuscular.<br />
Esta teoria, indica que existe um registo electromiográfico<br />
(EMG) de atividade muscular<br />
dos mesmos músculos, durante a visualização<br />
mental e a execução real. Além disso, os órgãos<br />
tendinosos de Golgi (recetores sensoriais propriocetivo<br />
que está localizado nas inserções<br />
das fibras musculares com os tendões dos músculos)<br />
podem ser estimulados, e, assim, gerar<br />
feedback neuromuscular.<br />
Em 1992 Jami e a sua equipa, demonstrou que<br />
os órgãos tendinosos de Golgi são sensíveis<br />
à contração de unidades motoras, revelando a<br />
elevada sensibilidade dessas estruturas. Estes<br />
efeitos neuromusculares podem explicar a melhoria<br />
do desempenho motor.<br />
Outra hipótese é a de que a atividade EMG<br />
residual possa resultar de uma inibição incompleta<br />
do comando motor, sendo desta forma a<br />
visualização mental de um gesto técnico, considerada<br />
uma ínfima contração muscular. Estes<br />
dados sugerem que as respostas fisiológicas<br />
refletem a organização espacial do movimento<br />
e as características quantitativas da visualização<br />
mental.<br />
No entanto, a questão da atividade EMG durante a visualização mental tem tido respostas<br />
incoerentes, como indicam muitos dos céticos dos ganhos do VM. Estas dúvidas,<br />
no entanto, e segundo os seus defensores, podem resultar em grande parte devido a<br />
problemas metodológicos.<br />
Existe ainda a dimensão motivacional, que não tendo uma influencia direta no corpo e<br />
biologia do atleta, pode ter influencia na psique deste, na disponibilidade para o treino e<br />
nos níveis de confiança para provas e também para lidar com o insucesso!<br />
Treinando a visualização mental<br />
Como em qualquer treino, a forma mais fácil de se alcançar os objetivos é estabelecendo<br />
metas. O treino da visualização metal não é diferente!<br />
Imaginar condições realistas<br />
O atleta deve Imaginar a sua performance em condições realistas, e sob as condições em<br />
que normalmente treina ou compete. Deve-se procurar visualizar as condições por exemplo,<br />
climatéricas onde acontece a competição. Caso se compita usualmente em situações<br />
duras, como chuva, frio ou neve, o cenário imaginado deve ser esse.<br />
Imaginar um desempenho realista<br />
Deve procurar-se uma visualização dentro dos limites de performance do atleta, se<br />
possível pode ser considerado um desempenho ligeiramente acima do que é hábito. As<br />
imagens mentais a implementar devem estar alinhadas com o objetivo geral do treino<br />
físico e, se possível os seus conteúdos também devem estar estruturados, levando em<br />
consideração a época desportiva e o que será mais adequado treinar nas diferentes fases<br />
da respetiva preparação.<br />
A visualização Mental é um assunto complexo!<br />
Como conclusão, hoje já é possível, afirmar que os seus efeitos são positivos e já estão<br />
comprovados e devidamente comprovados. Para os atletas, está é uma ferramenta indispensável,<br />
mas que deve ser usada com objetivos reais e segundo um modelo de treino<br />
que potencie alcançar esses mesmos objetivos.<br />
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Curiosidades:<br />
APURAMENTO DE PORTUGAL<br />
VALE 485 MILHÕES<br />
A<br />
qualificação de Portugal para o Europeu de França pode gerar 485 milhões<br />
de euros na economia portuguesa. É esta a principal conclusão de um estudo<br />
do Instituto Português de Administração de Marketing. A conquista do<br />
título europeu pode gerar mais de 650 milhões de euros no mercado português.<br />
Em contrapartida, a ausência de Portugal do Euro 2016 reduziria o impacto<br />
económico para 211 milhões de euros. Por fim, O estudo do IPAM revela que, caso<br />
Portugal mantenha o mesmo registo desportivo, o Europeu do próximo ano terá<br />
um impacto no mercado nacional superior às duas últimas grandes competições<br />
em que participou: Euro 2012 e Mundial 2014.<br />
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Ronaldo<br />
Ciência de:<br />
Que Ronaldo<br />
é um atleta<br />
de eleição,<br />
ninguém tem<br />
duvida. E<br />
também ninguém<br />
questiona<br />
que o<br />
seu (fantástico)<br />
futebol é<br />
disso reflexo,<br />
e como consequência,<br />
na última década,<br />
Ronaldo tem sido um dos atletas<br />
mais estudados do nosso planeta, e<br />
as conclusões são claras: a potência<br />
é o factor que positivamente<br />
distingue o craque português da<br />
média dos futebolistas a atuar nos<br />
melhores campeonatos da europa.<br />
Ronaldo é ainda mais rápido,<br />
salta mais alto e remata a maior<br />
velocidade que a maioria dos futebolistas<br />
no ativo. E, é importante<br />
referir que estas conclusões não<br />
se baseiam unicamente da observação<br />
das exibições do capitão da<br />
seleção nacional, mas são também<br />
resultado de testes realizados<br />
em laboratório que vêm ocorrendo<br />
desde 2006.<br />
A capacidade física é cada vez mais<br />
determinante para o sucesso no<br />
futebol. As distancias percorridas<br />
e os números de sprints (acelerações<br />
máximas na corrida) por jogo<br />
quase que duplicaram desde os<br />
anos 90, fazendo com que a velocidade<br />
máxima de um jogador seja<br />
absolutamente determinante para<br />
a eficácia deste enquanto futebolista,<br />
e na capacidade de chegar<br />
mais cedo que os adversários ao<br />
local da bola.<br />
Foi com este pensamento que em<br />
2006 se juntou o campeão espanhol<br />
da corrida dos 100 metros (Angél<br />
David Rodrigues) e Cristiano<br />
Ronaldo para uma corrida de 25<br />
metros. Como o deslocamento característico<br />
no futebol tem mudanças<br />
de direção, o percurso foi construído<br />
em ziguezague.<br />
Os resultados demonstram que<br />
Cristiano Ronaldo correu o percurso<br />
em 6.35 segundos, menos 0.51<br />
segundos que Angél Rodrigues<br />
(6.81 segundos). A análise biomecânica<br />
do movimento revela<br />
que Ronaldo, ao contrário do velocista<br />
profissional, coloca os dois<br />
pés no solo quase em simultâneo,<br />
permitindo reduzir o intervalo de<br />
tempo entre a travagem (1º apoio)<br />
e a aceleração (2º apoio).<br />
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M<br />
Outro dos testes realizados foi o salto na vertical (vulgarmente chamados<br />
de saltos em altura). Neste caso, foi pedido a Ronaldo e a outros<br />
jogadores da seleção nacional que saltassem partindo de uma posição<br />
parada, com os joelhos ligeiramente fletidos; no outro, saltaram igualmente<br />
sem corrida, mas estando com as pernas esticadas e agachandose<br />
de seguida para ganhar algum balanço. Em ambas as situações,<br />
Cristiano Ronaldo superou largamente os companheiros de seleção<br />
(parte desses jogadores faziam parte nomes como Figo, Deco, Nuno<br />
Gomes ou Simão Sabrosa). No primeiro salto, Ronaldo conseguiu 58<br />
cm (contra uma média de 36 cm dos outros jogadores) e no segundo 61<br />
cm (média de 39 cm dos restantes). E, no salto com corrida e balanço<br />
os resultados de CR7 são ainda mais impressionantes e revelam que o<br />
português tem uma altura máxima de impulsão de 78 centímetros, valor<br />
este que se situa acima da média dos jogadores de basquetebol da NBA.<br />
O livro CR7 - Os Segredos da Máquina lançam uma curiosa explicação,<br />
afirmando que os médicos do Real Madrid detetaram no português<br />
o predomínio das fibras de tipo II, muito presentes nos velocistas,<br />
especialmente os negros, algo que poderá estar ligado ao facto de<br />
Ronaldo ter uma bisavó nascida em Cabo Verde. Do ponto de vista da<br />
morfologia, Cristiano Ronaldo é “ecto-mesoformo”. “Isso significa que<br />
é um indivíduo predominantemente longilíneo, mas com uma massa<br />
muscular significativa. Um jogador de râguebi neo-zelandês seria o<br />
mesomorfo puro e um ectomorfo puro seria um saltador magro e alto.<br />
Ronaldo está ao cento destas duas realidades, o que é considerado pelos<br />
especialistas como a “morfologia adequada” para um futebolista rápido<br />
e potente para o futebol moderno.<br />
O laboratório de biomecânica da FMH fez ainda outra análise de<br />
Cristiano Ronaldo, num jogo da Liga dos Campeões de 2007, em que<br />
o Manchester United (já com o português na sua equipa) defrontou o<br />
Sporting. Ao todo, Ronaldo percorreu dez quilómetros em 90 minutos<br />
(algo normal), mas destacou-se por fazer 813 metros em regime<br />
anaeróbico. Ou seja, realizou 54sprints, a velocidades entre os 5,5 e<br />
7 metros por segundo (19,8 km/h e 25,2 km/h). E atingiu um pico de<br />
9,1 metros por segundo (32,76 km/h). Um valor notável… “Ele faz 9,1<br />
m/s durante um jogo de 90 minutos, num campo relvado, com botas de<br />
futebol. Usain Bolt no recorde do mundo dos 100 metros tocou nos 12,2<br />
m/s (43,9 km/h)” [1].<br />
Por fim, a capacidade de perceção de Ronaldo também é acima da<br />
média. Os resultados contrariam aqueles obtidos em jogadores amadores.<br />
Cristino Ronaldo olha pouco para a bola e muito para o espaço<br />
que está entre si e o defesa. Ele parece preceptivamente afinado ao timming<br />
de mudança de direção e velocidade, dada por uma valor ótimo<br />
da distância do defesa a si próprio. Ao contrario do que acontece com<br />
atletas amadores que olham e procuram muito mais para a bola do que<br />
para o espaço.<br />
1 - HUGO DANIEL SOUSA “O que mais distingue Cristiano Ronaldo<br />
dos outros? A potência”, Jornal Publico<br />
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. Phelps<br />
O corpo do norte-americano é morfologicamente<br />
perfeito para a prática da natação de competição,<br />
e a razão para isso, é…<br />
Síndrome de Marfan é o segredo<br />
de Michael Phelps para<br />
as dezoito medalhas olímpicas<br />
que fazem do norte-americano o<br />
maior atleta olímpico de sempre.<br />
Apesar da noticia nunca ter sido<br />
oficializada, os especialistas não<br />
têm duvida: Phelps tem braços<br />
longuíssimos com uma amplitude<br />
de 2,01 metros, nada proporcional<br />
ao seu 1,93 de altura,<br />
calça ainda o número 48, com os<br />
dedos anormalmente compridos<br />
(quase como barbatanas) - o que<br />
também destoa com as proporções<br />
do seu corpo. Para além disso, o seu rosto é afunilado e<br />
os seus dentes apinhados e o palato altamente arqueado. Tudo<br />
isto são características de pessoas portadores de síndrome de<br />
Marfan, e se para a grande maioria que sofre desta doença,<br />
a sua vida fica diminuída e com grandes dificuldades, para o<br />
campeão norte-americano esta foi a bênção que lhe deu morfologicamente<br />
o corpo perfeito para a natação de competição.<br />
O facto de Phelps sofrer desta doença tem causado algum<br />
furor entre a comunicação social e comentadores da área e<br />
mesmo entre competidores, que falam em “doping natural”<br />
que lhe dá uma enorme vantagem ao americano dentro da<br />
piscina, que um “atleta normal” fica desde logo em desvantagem.<br />
Esta é de facto uma questão melindrosa, mas que felizmente<br />
não tem afastado Phelps das piscinas e o dos próximos<br />
Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.<br />
A técnica de Phelps (e a natação é uma modalidade altamente<br />
técnica) também bem sendo analisada pela ciência,<br />
especialmente a sua técnica de virada entre piscinas, já que<br />
o americano, ao contrário dos restantes atletas, Phelps não<br />
se empurra na vertical e um angulo em direção à superfície<br />
para ganhar balanço, e prefere encolher um angulo mais<br />
acentuado e em direção ao fundo da piscina. Algo que vai<br />
contra o senso comum e de anos de prática, mas que resulta<br />
(em recordes mundiais).<br />
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Nanotecno<br />
O futuro que já é o presente dos m<br />
desportivos!<br />
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logia<br />
ateriais<br />
Pedro Matias<br />
Licenciado em ciências do desporto, e com interesses<br />
e pesquisa na área abordada pelo texto<br />
A nanociência é uma das tecnologias emergentes e mais multidisciplinar<br />
atuais da ciência, baseando-se fortemente nos conhecimentos e<br />
técnicas da Física, da Química, da Biologia e da Informática, para que<br />
possa ser capaz de manipular individualmente átomos e moléculas<br />
desenhando novos materiais com e para funcionalidades especificas.<br />
O termo Nanotecnologia é ainda estranho para uma significativa parte<br />
dos adeptos desportivos, no entanto, é usado desde 1974, ano em que<br />
o professor Norio Taniguchi da Universidade de Tóquio, o utilizou e<br />
batizou pela primeira vez. Simplisticamente, a “nanotecnologia corresponde<br />
à capacidade de criar agrupamentos de átomos ou moléculas,<br />
cujo arranjo espacial e composição são usados para obter estruturas<br />
com novas propriedades mecânicas, óticas, eletrónicas ou magnéticas”,<br />
criando produtos totalmente industriais, mas que podem ser<br />
usados no dia-a-dia. Alguns exemplos: vidros “imunes” à sujidade,<br />
roupas térmicas e com capacidade de depilar o corpo, plástico tão<br />
resistente quanto o aço, tintas anti risco, etc, etc… o potencial desta<br />
tecnologia é, no limite, infinito e inúmeros<br />
O poder da nanotecnologia é eventualmente inesgotável bem como<br />
as suas aplicações; hoje, é usada nas mais diversas áreas desde a<br />
química, a industria aeroespacial, à refinaria, à medicina… e, entre<br />
elas, ainda, o desporto!<br />
Nanotecnologia e Desporto<br />
Na última meia dúzia de anos a nanotecnologia entrou em força no<br />
desporto. O têxtil é de longe a área onde esta tecnologia está mais<br />
desenvolvida e implementada, e um dos melhores exemplos é a roupa<br />
designada Biotex. Esta roupa foi desenhada, além de proporcionar<br />
conforto máximo, para trabalhos de fisioterapia, avaliações físicas<br />
e recolha de dados biológicos dos atletas. Para estes efeitos, são<br />
aplicados no tecido nanosensores desenhados para monitorar fluidos<br />
corporais como sangue e suor e os sinais vitais. Desta forma é possível<br />
através de software especializado, analisar o progresso da recuperação<br />
física e possibilitando ainda detetar doenças nos primeiros<br />
estágios..<br />
Também no têxtil, as grandes marcas como a Nike e a Wilson, têm<br />
apostado no desenvolvimento de roupas que aumentem o conforto<br />
dos atletas, e como consequência a performance dos atletas, tornando<br />
os uniformes desportivos mais leves, adaptáveis individualmente<br />
ao corpo de cada atletas, apresentar menor resistências e elementos<br />
externos como o vento ou a agua, funções térmicas, entre muitas<br />
outras. Um perfeito exemplo desta tecnologia é a Nike Sphere-dry,<br />
que usa tecnologia tridimensional, capaz de criar bolhas de ar que<br />
reduzem o atrito do material com outras superfícies.<br />
Pode ver mais exemplos a seguir:<br />
Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com • 75
Ténis<br />
A nanotecnologia no ténis está um pouco por todo o lado! E, não é<br />
de estranhar; numa modalidade tão técnica, todos os pormenores são<br />
“pormaiores” e fazem a diferença nos pontos decisivos e que decidem<br />
campeonatos.<br />
Raquete de ténis<br />
As novas raquetes de ténis integram fibras extremamente resistentes e<br />
fortes à escala nano. Misturadas entre o material normal, estas novas<br />
raquetes têm uma maior resistência sem que se alterem as características<br />
do material ou a sua performance, e aumentam a sua resistência.<br />
Por fim, as raquetes são também mais leves quando comparadas com<br />
as raquetes 100% de carbono.<br />
Bolas de ténis<br />
O núcleo de borracha das bolas de ténis é feito de um material semipermeável,<br />
o que com o passar do tempo, faz com que vão perdendo<br />
consistentemente o ar. A Wilson, principal fabricante das bolas de ténis<br />
de competição, resolveu preencher os seus núcleos com um material<br />
feito de nanoargila, tornando as bolas mais eficientes e duráveis, ao<br />
manter o ar preso no seu interior.<br />
Golfe<br />
Revestindo os tacos de nanometal, estrutura cristalina 1000 vezes<br />
menor do que os metais tradicionais e mas quatro vezes mais forte,<br />
torna os tacos mais leves e resistentes.<br />
Bowling<br />
As bolas de bowling passaram a ser revestidas com fulerenos, uma<br />
espécie de redes tridimensionais de carbono que aumentam a sua<br />
resistência.<br />
76 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com<br />
Ciclismo<br />
A BMC tem apostado numa tecnologia designada por Composita desenvolvida pela<br />
empresa americana Easton, u, sistema de resina reforçada que integra uma fibra de<br />
carbono reforçado de resina de nanotubos de carbono matriz. Segundo o próprio<br />
fabricante, isso melhora a força e resistência nos espaços entre as fibras de carbono.<br />
Temos ainda a tecnologia Zyvex que aplica um especial de superfícies de nanotubos<br />
de tratamento do equipamento de compressão para dissipar mais facilmente em outros<br />
materiais.
Publique conosco<br />
As páginas das nossas revistas e da nossa plataforma online<br />
estão abertas para publicação de artigos e matérias<br />
por parte dos nossos leitores.<br />
Neste momento aceitamos artigos de opinião, matérias<br />
informativas, cartoons, contos literários, Banda desenhada<br />
(ficção) e artigos científicos.<br />
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Termos e Condições<br />
1 – É permitido submeter um artigo para publicação por<br />
parte de qualquer pessoa maior de idade e de qualquer<br />
nacionalidade. Todos os textos deverão ser originais e<br />
nunca antes publicados em qualquer plataforma. A única<br />
exceção são os artigos científicos pela qual o autor deverá<br />
ter os direitos de republicação.<br />
Esqui<br />
Os profissionais de Esqui passaram a apostar na tecnologia<br />
Nanowax, um substituto da cera composto<br />
por polímeros semelhantes aos que formam a base dos<br />
esquis e dos snowboards. O produto cria uma superfície<br />
deslizante extremamente fina e duradoura, que se mantém<br />
inalterada mesmo quando as temperaturas sobem ou<br />
descem, e isto, sem deixar resíduos.<br />
Surf<br />
Os revestimentos nano permitem às pranchas de surf<br />
serem mais leves, mais potentes e duráveis em relação<br />
a impactos.<br />
Natação<br />
A nanotecnologia no desporto chegou às bocas do<br />
mundo nos Jogos Olímpicos de 2008 em Pequim, onde<br />
na natação foram batidos recorde atrás de recordes graças<br />
ao fatos de banhos que conseguiam repelir a água e<br />
aumentarem a flutuabilidade. Em 2 anos, foram batidos<br />
mais de 200 recordes, facto que levou que as autoridades<br />
banissem o uso destes fatos na alta competição.<br />
2 – Todos os textos têm de estar em Português. Os diferentes<br />
“sotaques” não são problema.<br />
3 – No topo do texto deve ser indicada a preferência no<br />
meio de publicação. Ex: Exclusivamente na revista digital.<br />
Exclusivamente na plataforma Web. Ambas. Preferencialmente<br />
na revista digital. Todos os textos com<br />
mais de 600 palavras e devem vir acompanhados de um<br />
pequeno resumo ou Abstract.<br />
...<br />
Estamos à sua espera...<br />
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78 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com
O Modelo de Jogo Ofensivo da<br />
Seleção Espanhola de Futebol<br />
Rodrigo Santos - Mestre em Educação Física. Pesquisador em Análise da Performance do Núcleo de Pesquisa e Estudos<br />
em Futebol (NUPEF) - Universidade Federal de Viçosa, Brasil - mirandamonteiro@globo.com<br />
Israel Teoldo - Doutor em Ciências do Desporto. Coordenador do Núcleo de Pesquisa e Estudos em Futebol (NUPEF) -<br />
Universidade Federal de Viçosa, Brasil.<br />
ASeleção Espanhola de Futebol tem sido<br />
reverenciada por seu estilo de jogo, que<br />
lhe rendeu títulos aos níveis continental<br />
(UEFA® Euro 2008 e 2012) e mundial<br />
(Copa do Mundo FIFA® 2010). Tais<br />
façanhas têm feito com que muitos dos<br />
aspectos que integram o modelo de<br />
jogo desta equipe tenham sido investigados<br />
de modo a permitir que a eficiência<br />
e as nuances desta forma de jogar<br />
pudessem ser compreendidas. Algumas<br />
das características do estilo espanhol<br />
que mais têm chamado a atenção de<br />
investigadores, treinadores, jornalistas, entre outros, diz respeito ao<br />
jogo transicional (recuperação da bola) e ao controle da posse através<br />
de passes. Assim, com o intuito de identificar padrões referentes ao<br />
jogo desta equipe, estudos científicos investigaram algumas das dimensões<br />
que compõem a modelação tática ofensiva da seleção da Espanha.<br />
Em relação ao primeiro estágio da fase ofensiva (transição<br />
ofensiva, ou recuperação da posse de bola), investigadores do Núcleo<br />
de Pesquisa e Estudos em Futebol, da Universidade Federal de Viçosa<br />
- Brasil buscaram analisar em qual dos setores do campo a Espanha<br />
recupera a posse de bola com maior frequência. Neste estudo, realizado<br />
através da análise de jogos da Copa do Mundo FIFA® 2010, verificouse<br />
que para as ações intra-setoriais de recuperação da bola a seleção<br />
espanhola tende a evitar confrontos um-contra-um no setor defensivo,<br />
informação confirmada através da menor quantidade de bolas recuperadas<br />
neste setor. Além disso, os autores indicaram que o setor médio<br />
defensivo foi o local onde observou-se o maior número de recuperações<br />
da posse. Portanto, através destes dados foi possível verificar que<br />
o primeiro momento da fase ofensiva do modelo de jogo espanhol é<br />
caracterizado pela recuperação da bola já no setor médio defensivo, o<br />
que indica que o bloco defensivo da equipe adota um posicionamento<br />
avançado, de modo a recuperar a bola em um local mais distante de sua<br />
própria baliza e mais próximo à baliza adversária [1].<br />
No que diz respeito ao desenvolvimento da posse de bola<br />
(segundo estágio da fase ofensiva), um outro estudo realizado por<br />
pesquisadores brasileiros investigou os padrões de circulação da bola<br />
da equipe espanhola no mesmo torneio (Copa do Mundo). Os autores<br />
analisaram o volume de posse de bola desta seleção em cada uma das<br />
zonas do campo.<br />
Os resultados apontaram que a equipe da Espanha manteve a<br />
posse de bola por mais tempo nas zonas de meio campo, especialmente<br />
na zona central. Além disso, foi possível observar que, quando comparada<br />
às equipes adversárias, a Espanha manteve a posse de bola por<br />
mais tempo nas zonas ofensivas, especialmente nas laterais. Tal fato<br />
sugere que a qualidade técnica dos jogadores espanhóis que atuam nas<br />
zonas de meio campo e ofensivas é bastante superior, em comparação<br />
aos jogadores adversários que ocupam o mesmo setor [2].<br />
Através dos achados dos estudos científicos mencionados é<br />
possível notar as características singulares do modelo de jogo ofensivo<br />
da seleção da Espanha. Em resumo, pode-se inferir que os aspectos<br />
mais marcantes do estilo espanhol são a preferência pela recuperação<br />
da posse de bola em locais distantes de sua própria baliza e uma significativa<br />
competência de manutenção da posse em locais de acirrada<br />
disputa de bola (zonas do meio campo) e que geram grande risco à<br />
baliza adversária (zonas ofensivas).<br />
Referências<br />
1. Santos R, Moraes E, Teoldo I. Análise de padrões de transição ofensiva<br />
da Seleção Espanhola de Futebol na Copa do Mundo FIFA® 2010.<br />
Rev Bras Educ Fís <strong>Esport</strong>e. 2015;29(1):119-26.<br />
2. Braz TV, Marcelino VR, Ferreira ECN, Vitorino MA. Posse de bola<br />
em diferentes zonas do campo: estudo descritivo da seleção espanhola<br />
e adversários na FIFA World Cup 2010. EFDeportes.com [Internet].<br />
2011 09/05/2013; (153). Disponível em : http://www.efdeportes.com/<br />
efd153/posse-de-bola-da-selecao-espanhola-na-world-cup-2010.htm<br />
Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com • 79
O lutador<br />
(Ciência de)<br />
da Década<br />
Mayweather nasceu no berço do Boxe e cresceu<br />
com ele nas veias, com o pai e dois tios expugilistas,<br />
e a sua “educação” reflete-se em<br />
cima do ringue. Floyd tem (possivelmente)<br />
a melhor defesa da história do boxe, com o<br />
famoso estilo de defesa “caranguejo” (como<br />
pode ver na foto acima). E, foi a sua defesa que lhe possibilitou<br />
ter-se retirado invicto. Ela foi a sua ciência!<br />
O primeiro princípio da defesa de Mayweather é a velocidade,<br />
movimento constante e timing acompanhado com<br />
uma fantástica capacidade de “improvisação pensada”<br />
como um músico de Jazz. Depois vêm os “ângulos”, além<br />
de ter sempre em alto o ombro esquerdo, enquanto sua<br />
mão direita é mantido perto do lado direito de seu rosto.<br />
Mayweather ainda vira seu corpo alternadamente ligeiramente<br />
para a direita e ligeiramente para a esquerda para<br />
apresentar um alvo menor. Quando seu corpo está para<br />
a sua direita o ombro esquerdo de Floyd fica alto para<br />
desviar os golpes dos adversários e, por vezes, adicionalmente,<br />
ele também usa o seu braço esquerdo para desviar<br />
os socos.<br />
Quando os adversários tentam atingir o lado o esquerdo<br />
do corpo do Mayweather, a mão esquerda é erguida com<br />
o cotovelo dobrado, bloqueando assim os golpes dos<br />
adversários. Juntando aos movimentos de defesa, Floyd<br />
continua rolando, deslizando, girando a cintura, fintando<br />
o adversário, sempre à procura de uma pequena abertura<br />
para atacar e fazer K.O. Usando a terminologia do futebol,<br />
o pugilista americano põe o autocarro e aproveita todo o<br />
contra-ataque para fazer golo.<br />
80 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com
Floyd<br />
M<br />
AY<br />
W<br />
EATHER<br />
Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com • 81
82 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com
Padrões Posicionais dos Gols Marcados<br />
pela Seleção Alemã Copa do Mundo FIFA<br />
2014<br />
Rodrigo Santos - Mestre em Educação Física. Pesquisador em Análise da Performance do Núcleo de Pesquisa e Estudos<br />
em Futebol (NUPEF) - Universidade Federal de Viçosa, Brasil - mirandamonteiro@globo.com<br />
Israel Teoldo - Doutor em Ciências do Desporto. Coordenador do Núcleo de Pesquisa e Estudos em Futebol (NUPEF) -<br />
Universidade Federal de Viçosa, Brasil.<br />
Ricardo Duarte -Doutor em Motricidade Humana. Professor da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de<br />
Lisboa, Portugal.<br />
Copa do Mundo FIFA® 2014 foi marcada<br />
Apelo 4º título mundial da Seleção Alemã,<br />
que além de ter se sagrado campeã do<br />
torneio, também obteve o maior número<br />
de gols (18) na competição. A equipe<br />
da Alemanha também demonstrou, dentre<br />
outras características, um jogo posicional<br />
de excelência, o que ficou evidenciado pelo<br />
número de passes realizados (5084) - mais<br />
que qualquer outra equipe - e pela porcentagem<br />
de passes completados (82%) - a<br />
maior durante o torneio. Todavia, um dos<br />
aspectos que foram pouco mencionados e investigados diz respeito aos<br />
padrões posicionais desta seleção em jogadas que resultaram em gols.<br />
Com o intuito de analisar e identificar estes padrões, pesquisadores<br />
brasileiros e portugueses se utilizaram de um método de<br />
rastreamento manual da posição dos jogadores dentro do espaço de jogo<br />
efetivo (EJE) (ver Figura página ao lado). O espaço de jogo efetivo é<br />
definido como a área poligonal obtida quando ao desenhar-se uma linha<br />
que conecte todos os jogadores localizados na periferia do jogo em um<br />
dado instante [1]. Os autores do estudo indicaram que, em sequências<br />
finalizadas em gol, a Seleção Alemã gera maior incerteza numérica aos<br />
adversários no local do espaço de jogo efetivo mais próxima à baliza<br />
adversária. Estes achados implicam que, em jogadas que resultaram<br />
em gols, as relações numéricas estabelecidas entre os jogadores dentro<br />
da sub-área ofensiva central foram mais imprevisíveis. Esta informação<br />
indica um possível padrão comportamental do time alemão, que<br />
busca atrair os jogadores adversários para locais adjacentes à sub-área<br />
ofensiva central, de modo a abrir espaço para que os companheiros de<br />
equipe tenham maior liberdade para adentrarem esta zona e buscarem o<br />
gol.<br />
Assim, pode-se perceber que para além de possuir padrões<br />
posicionais eficientes, a Alemanha busca utilizar esta eficiência para<br />
gerar maior instabilidade numérica a seus adversários em locais mais<br />
avançados do campo de jogo, o que certamente irá levar a criação de<br />
mais oportunidades de gol e maior eficácia ofensiva.<br />
Referências<br />
1. Gréhaigne JF, Mahut B, Fernandez A. Qualitative observation tools<br />
to analyse soccer. Int J Perform Anal Sport. 2001;1(1):52-61.<br />
Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com • 83
Peter Sagan é um “super-homem” em cima da<br />
bicicleta, uma figura carismática fora dela,<br />
e agora, é também aos vinte e cinco anos,<br />
campeão do mundo, e usará a camisola arco iris pelos<br />
próximos 360 dias com todo o mérito e merecimento.<br />
Sagan é um lutador, um poço de força, um fiel companheiro e<br />
um virtuoso, e como todos os génios, existe nele também um<br />
louco, que só lhe aumenta o carisma e o apoio dos fãs, que<br />
com algumas exceções, o adoram, e fazem dele um dos ciclistas<br />
mais amados do pelotão.<br />
Peter Sagan nasceu na Eslováquia em 26 de Janeiro de 1990<br />
e iniciou a sua carreira no BTT, onde se sagrou campeão do<br />
mundo de juniores em 2008, neste mesmo ano foi ainda vicecampeão<br />
mundial júnior de Ciclocross e segundo no Paris-<br />
Roubaix para juniores.<br />
Peter Sagan nasceu na Eslováquia em 26 de Janeiro de 1990<br />
e iniciou a sua carreira no BTT, ode se sagrou campeão do<br />
mundo de juniores em 2008, neste mesmo ano foi ainda vicecampeão<br />
mundial júnior de Ciclocross e segundo no Paris-<br />
Roubaix para juniores. Com (apenas) 19 anos estreou-se no<br />
Pro-Tour pela Liquigas-Doimo e desde logo deu nas vistas,<br />
principalmente a partir de 2012, onde vem ganhando consecutivamente<br />
a camisola verde no tour de france (2012-2015).<br />
Peter<br />
Saga<br />
World Champio<br />
Ricardo Reis Colunista Desporto&<strong>Esport</strong><br />
“Sagan é um lutador, um poço de força, um fiel<br />
companheiro e um virtuoso ciclista, e como todos<br />
os génios, existe nele também um louco, que só lhe<br />
aumenta o carisma e o apoio dos fãs, que fazem dele<br />
um dos ciclistas mais amados do pelotão.”<br />
O primeiro ano de Sagan na Tinkoff-Saxo não foi fácil, muitos<br />
segundos lugares resultaram num sentimento permanente de<br />
desilusão na primeira metade da época que chegou agora ao<br />
fim. O principio da viragem deu-se na volta à Suíça, e chegou<br />
em forma ao tour, onde não vencendo nenhuma etapa, voltou<br />
a dar espetáculo (quem não se lembra da épica descida para<br />
Gap?) e a trazer para casa a camisola dos pontos.<br />
Peter Sagan é um dos campeões mundiais, que mais merece e<br />
mais fez por merecer o título. Aos vinte e cinco anos, o futuro<br />
é dele; e, em 2016, a camisola arco-iris também!<br />
84 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com
n<br />
n 2015<br />
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86 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com<br />
Diogo Sampaio, Director Desporto&<strong>Esport</strong>
O passaporte é o bilhete universal de um cidadão; só com<br />
ele é possível ultrapassar fronteiras, cruzar continentes<br />
e provar de forma categórica a identidade da pessoa. O<br />
passaporte biológico surge com a mesma ideia, mas neste<br />
caso particular, pretende nomear o perfil biológico de<br />
uma atleta profissional, com o propósito de facilmente<br />
serem identificadas alterações significativas que apontem<br />
para o uso indevido de substâncias; simplificando, como<br />
medida anti-doping.<br />
O conceito de passaporte Biológico do atleta (ABP)<br />
surgiu em 2008, em virtude dos muitos casos de doping<br />
no ciclismo que afetaram a grande maioria dos ciclistas<br />
de topo à data, alguns anos antes. A adoção regular de<br />
testes sanguíneos para detetar a possibilidade de doping<br />
por agentes estimulantes da eritropoiese (processo<br />
de formação e desenvolvimento das células vermelhas<br />
que transportam oxigênio) foi tida como um avanço<br />
significativo na luta anti doping pela União Internacional<br />
de Ciclismo (UCI) e acreditou-se desde aí que seria virtualmente<br />
impossível aos atletas adulterarem o sistema e<br />
optarem por consumir substancias dopantes. Para muitos,<br />
o passaporte biológico livrou o ciclismo do doping.<br />
Outros contestam essa afirmação. Mas, afinal, passados<br />
7 anos após a sua implementação global, e ter servido de<br />
exemplo para outras modalidades, o ABP foi assim tão<br />
positivo para o ciclismo ou foi mais uma batalha perdida?<br />
Passaporte biológico: a ciência<br />
Segundo o professor Yorck Olaf Schumacher uma das<br />
maiores referências da área diz “ no passaporte biológico,<br />
são identificados os marcadores biológicos que não<br />
possam ser explicados por meios naturais, ou seja, que<br />
não exista outra explicação que não o uso a substâncias<br />
dopantes”.<br />
Para se chegar (estatisticamente) ao perfil biológico do<br />
atleta os reticulócitos e hemoglobina, assumem um papel<br />
chave. As hemoglobinas são quem transporta o oxigénio<br />
(O2) dos pulmões pelos tecidos de todo o corpo. Os<br />
reticulócitos são glóbulos vermelhos imaturos, e carregam<br />
a hemoglobina. Uma pessoa no seu estado normal<br />
apresenta de 0,5 a 1,5% de reticulócitos circulantes<br />
(podendo existir algumas variações de pessoa para pessoa<br />
podendo chegar aos 1,8%). Porém, a interpretação é<br />
feita em valores absolutos, isto é, multiplica-se o valor<br />
obtido em percentagem na contagem de reticulócitos pelo<br />
número de hemácias total do atleta. É importante salientar<br />
que quer o doping por transfusões sanguíneas e a Epo<br />
aumentam a capacidade de oxigenação do sangue, o que<br />
por sua vez, altera a percentagem final dos reticulócitos.<br />
Ou seja, encontram-se os efeitos do doping sem que seja<br />
necessário encontrar a droga ou vestígios diretos desta.<br />
Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com • 87
Com as medições regulares de sangue é possível encontrar um<br />
perfil biológico estatisticamente correto, e as alterações, rapidamente<br />
podem ser definidas como variações naturais do corpo do<br />
atleta ou variações que foram criadas pelo doping. Sendo que o<br />
software faz todo o trabalho do homem, o que diminui a possibilidade<br />
de erro; que alias, é altíssima de 99,9%. Ou seja, só se dá<br />
um falso positivo por uma vez em cada 1000 casos.<br />
A efetividade do Passaporte Biológico<br />
Os principais apologistas do ABP afirmam que existem claras<br />
evidências do efeito positivo do passaporte biológico, e que o<br />
seu principal ganho foi a dissuasão maciça do uso do doping<br />
por parte dos ciclistas. E parte desta certeza baseia-se no significativo<br />
abaixamento em média do poder despendido pelos<br />
ciclistas na última década. Na década de 90 e início dos anos<br />
2000, tiveram-se médias bem acima dos 6W/Kg de potência nas<br />
principais montanhas do circuito mundial, e chegou-se mesmo<br />
a registar, médias de 7 W/KG em alguns vencedores no tour<br />
de France. De certo modo, estes valores são assumidos como<br />
resultado do aumento da performance pelo doping. Hoje a média<br />
dos vencedores na Alta Montanha variam entre o 5,5 W/KG e<br />
os 6,0 W/KG. Por exemplo, Froome no tour deste ano, na etapa<br />
dos pireneus onde dominou totalmente e praticamente lhe deu<br />
a vitória na volta a frança, resultou num esforço 5,78 W/KG,<br />
ou seja, apenas 80% das melhores performances alcançadas. E<br />
Froome tem de ser tido como um dos mais completos ciclistas<br />
de sempre!<br />
Outro dado favorável ao ABP, mostrou que apenas 4% dos<br />
ciclistas mostram uma anomalia nos testes de reticulócitos, ao<br />
contrário do que se verificou em 2001, onde essa percentagem<br />
era de 14%.<br />
Dados estes números, é impossível não olhar para o ABP como<br />
o melhor que aconteceu ao ciclismo, e no desporto enquanto luta<br />
anti dopagem. Mas a bomba explodiu em Maio último.<br />
A televisão pública francesa desenvolveu uma reportagem com<br />
8 atletas que se doparam durante vinte e oito dias com transfusões<br />
sanguíneas, microdoses de EPO, hormona de crescimento<br />
(HGH) e corticoides. E, as análises efetuadas não fizeram disparar<br />
os alarmes no passaporte biológico. Esta reportagem foi<br />
realizada para o programa Stage 2 no ar à mais de 40 anos (um<br />
60 minutos francês), o que credibiliza ainda mais a reportagem<br />
e faz levantar mais alto as vozes contra o ABP e afirma a sua<br />
ineficácia.<br />
Estes 8 atletas que se voluntariam para esta reportagem submeteram-se<br />
a três testes: VO2 máx (capacidade máxima de transportar<br />
oxigeno), 14 quilómetros em bicicleta estática e corrida<br />
de três quilómetros. Após os 29 dias, onde utilizaram o doping<br />
como melhoramento físico, verificou-se um aumento médio de<br />
6,1% de Vo2 máx, 2,1 de aumento em cima da bicicleta e um<br />
88 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com
melhoramento 2,8 na corrida. Repare-se que no campeonato do mundo de ciclismo do<br />
ano passado, a diferença entre o primeiro e o vigésimo segundo foi de apenas 5% na<br />
performance.Para justificar o facto de Passaporte Biológico não ter detetado o uso do<br />
doping foram avançadas algumas justificativas, e algumas fazem bastante sentido: a<br />
amostra reduzida de apenas 8 atletas, exercícios de duração curta, e o ABP funciona<br />
com mais precisão em exercícios de endurance – de longa duração-<br />
Ainda assim, podemos ter estes resultados como mais um entre os diversos estudos,<br />
alguns inclusive mais completos, que se vêm somando, e vão dando a ideia que o ABP<br />
não é tão eficaz como originalmente se pensava.<br />
CICLISMO E CIÊNCIA:<br />
A tecnologia e a ciência no ciclismo<br />
do século 21 - Super Especial<br />
O ciclismo é no século 21 um dos desportos<br />
que mais aposta na ciência para aumentar<br />
a performance desportiva dos seus atletas.<br />
O o que diferencia morfologicamente um<br />
sprinter – o homem mais rápido do pelotão<br />
de por exemplo de um trepador?<br />
Neste especial ciclismo e ciência, respondemos<br />
a todas estas perguntas...<br />
Saiba mais em: https://www.yumpu.com/pt/document/<br />
view/38360381/desportoampesport-ed-5-plus/48<br />
Existe infelizmente ainda mais um dado que merece ser analisado. Novas “super<br />
drogas” chegaram ao pelotão como o TB 500, GW1516 e AICAR, e que não são facilmente<br />
detetadas pelo passaporte biológico. E, que segundo especialistas têm ainda um<br />
efeito na performance superior à Epo e hormonas de crescimento. E, se até a alguns<br />
anos a AICAR por exemplo, era demasiado cara para ser usada massivamente, hoje o<br />
preço desta droga, parece estar a baixar consideravelmente.<br />
Conclusão<br />
A introdução do passaporte biológico do atleta foi uma medida importante no ciclismo.<br />
Hoje é possível concluir que reduziu factualmente o uso de consumo de doping<br />
no meio. No entanto, também é claro que não é a solução mágica que muitos creem<br />
e querem fazer crer. Os seus índices de eficácia estão longe de ser totalmente comprovados,<br />
e podemos inclusive afirmar que as mais recentes pesquisas apontam para<br />
a possibilidade de muitas falhas e de “falsos negativos”. Por outro lado, para o bem e<br />
para o mal, a ciência está sempre em evolução, e é fundamental que as agencias anti<br />
dopagem sejam capazes de acompanhar essa evolução.<br />
A ciência da Pedalada:<br />
As consequências de pedalar até<br />
ao limite do corpo humano<br />
A técnica de pedalada no ciclismo tem sido<br />
apontada como umadas grandes responsáveis<br />
pela melhora do desempenho em competições,<br />
sendo associada muitas vezes com<br />
uma maior economia de movimento<br />
Saiba mais em: https://www.yumpu.com/pt/document/<br />
view/52866501/desportoampesport-ed7-versao-plus/70<br />
Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com • 89
Ciclismo & Síndromas Urológicos<br />
Correlação entre Ciclismo e síndromas;<br />
o que nos diz as mais recentes pesquisas científicas?<br />
A modalidade de montanha cross<br />
country é, de entre todas, a que tem<br />
maiores riscos de sindromas urológicos<br />
António Branco, Professor universitário<br />
com publicações nas áreas<br />
apresentadas no artigo<br />
A bicicleta é um dos meios de transporte mais<br />
usados do mundo; prático, barato e excelente<br />
para manter uma boa forma física e ideal<br />
para elevar a capacidade cardiovascular, e<br />
que se junta ainda ganhos no especto físico a<br />
na autoestima. O ciclismo de estrado e BTT<br />
são também hoje duas das modalidades mais<br />
assistidas pela televisão. No entanto, os mais<br />
recentes estudos, mostram que se não forem<br />
tomadas as devidas precauções, a prática do<br />
ciclismo (amadora ou profissional) pode criar<br />
as condições ideais para lesões traumáticas<br />
secundárias ao contacto traumático, da região<br />
perineal com o selim. Sendo que quanto maior<br />
for a idade, o peso, os anos de prática continuada<br />
e os índices de intensidade de treino, maior<br />
o risco de contrair lesões.<br />
Sendo que modalidade do ciclismo de montanha<br />
cross country é, de entre todas, a de<br />
maior risco, em consequência também, do<br />
maior número de traumatismos causados por<br />
esta modalidade. Nas próximas linhas serão<br />
descritas algumas das mais comuns maleitas da<br />
prática do ciclismo na região perineal:<br />
Disfunção eréctil<br />
Estão relatados casos de disfunção eréctil de<br />
cerca de 24% dos ciclistas que percorrem mais<br />
de 400 km semanais. Os estudos mostram<br />
que a frequência de disfunção eréctil em<br />
não ciclistas, ciclistas moderados e ciclistas<br />
participantes em provas desportivas, era de<br />
respetivamente, 21%, 11% e 17%. Os estudos<br />
realçam também que o trauma perineal<br />
recorrente é o principal fator de jovens que<br />
praticam o ciclismo, sendo no entanto, a sua<br />
quantificação em uma valor absoluto difícil<br />
de definir.<br />
Infertilidade<br />
Os ciclistas profissionais correm um maior<br />
risco de sofrerem de infertilidade! Vários<br />
estudos apontam nesse sentido. Um dos<br />
mais conhecidos é o artigo espanhol apresentado<br />
em reunião da European Society of<br />
A taxa de infertilidade em praticantes<br />
de ciclismo é alarmante<br />
90 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com
Human Reproduction and Embryology,<br />
que inclusive indica aos ciclisntas profissionais<br />
a congelação de esperma no<br />
início da carreira desportiva.<br />
Vamos aos dados, em todos os homens<br />
- que treinaram uma média de nove<br />
vezes por semana nos últimos oito<br />
anos - menos de 10% dos espermatozoides<br />
tinham uma aparência normal.<br />
Geralmente, nos homens férteis, a<br />
média é de 15% e 20% dos espermatozoides<br />
saudáveis.<br />
Na origem destes dados pensa-se que<br />
esteja relacionada ao aumento da temperatura<br />
e a compressão na região<br />
escrotal; lembre-se que os testículos<br />
devem estar a um grau abaixo da temperatura<br />
do corpo (que por norma ronda<br />
os 37 graus).<br />
Efeitos Hormonais<br />
Verifica-se um aumento do IGF-1<br />
(Fator de crescimento semelhante à<br />
insulina tipo 1) e redução da testosterona<br />
(principal hormona masculina),<br />
não se percebendo ainda as razões para<br />
que estas alterações se verifiquem!<br />
Por outro lado também se verifica o<br />
aumento do PSA - Antígeno prostático<br />
específico, uma enzima com algumas<br />
características de marcador tumoral<br />
ideal, sendo utilizado para diagnóstico,<br />
monitorização e controle da evolução<br />
do carcinoma da próstata-<br />
O ciclismo está associado a atividade<br />
física extrema e pressão direta no períneo<br />
e, indiretamente, na próstata, factos<br />
que por norma causam o aumento do<br />
PSA; é importante indicar, que existe<br />
neste caso específico, resultados contraditórios,<br />
e mais estudo é necessário para<br />
conclusões com maior grau de certeza.<br />
Cancro do Testículo<br />
Existe neste ponto também uma relação<br />
significativa entre seminoma em<br />
homens com história de ciclismo, assim<br />
como homens que se dediquem à equitação.<br />
Na sua origem poderá estar o<br />
traumatismo persistente e repetitivo dos<br />
elementos da bolsa escrotal.<br />
Hematúria & Uretrites<br />
A hematúria nefrogénica do desporto<br />
é uma condição benigna, conhecida<br />
e frequente, acontecendo praticamente<br />
na maioria das atividade desportiva<br />
profissionais, sejam elas de contacto ou<br />
não, e traumáticas ou não. A hematúria<br />
traumática acontece no ciclismo, pelo<br />
menos assim se pensa, como uma consequência<br />
de uma incorreta posição do<br />
selim, podendo ser facilmente resolvida<br />
com o seu ajuste.<br />
As uretrites são raras, e podem ser<br />
facilmente reversível com repouso, e<br />
na maioria dos casos, não apresentam<br />
qualquer consequência para os atletas.<br />
Mulheres e ciclismo<br />
Os repetidos ensejos traumáticos não<br />
são tão prejudiciais nas mulheres quanto<br />
nos homens, mas sintomas sexuais e<br />
urinários também associados ao ciclismo<br />
em mulheres. Como por exemplo,<br />
sintomas como disúria, hematúria, parestesia<br />
perineais e dores perineais.<br />
Prevenção<br />
Muitos dos problemas acima descritos<br />
estão associados à pratica do ciclismo<br />
e pouco há a fazer para os evitar,<br />
ainda assim existem algumas praticas<br />
que podem prevenir lesões. A primeira<br />
delas, e a mais fácil de ser feita, é informar<br />
o mais possível todos os praticantes<br />
de ciclismo, dos riscos associados<br />
à pratica, alertando para os sintomas<br />
que podem aparecer, e mal surja sinal<br />
de alerta, que optem por uma postura<br />
previdente que passe pela procura de<br />
ajuda médica. Outro importante ponto,<br />
é o uso de equipamento adequado não<br />
só à pratica e intensidade do treino e<br />
competição, mas também adequado ao<br />
corpo do atleta.<br />
Este texto foi desenvolvido tendo em<br />
grande consideração as conclusões<br />
do artigo do Dr. Gustavo Gome e o<br />
Prof. Arnaldo Figueiredo “Síndromas<br />
urológicos no ciclismo” publicado<br />
em Revista de medicina desportiva in<br />
forma em 2011.<br />
Mulheres ciclistas também<br />
têm maior risco de doença<br />
Os destaques do tour<br />
de france 2015:<br />
O domínio de Froome foi incontestável. Quando<br />
atacou, venceu. E, de todos os seus opositores,<br />
naquela que prometia ser a melhor volta a frança<br />
da década com quatro grandes favoritos, o único<br />
que teve pernas para o conseguir seguir foi Nairo<br />
Quintana. O jovem colombiano que voltou a vencer<br />
a camisola da juventude (camisola branca) fez um<br />
fantástico segundo lugar, a apenas pouco mais<br />
de um minuto do britânico. Com cabeça fria e<br />
consciente das suas forças e fragilidade, soube atacar<br />
nas grandes montanhas, conseguindo fazer a<br />
diferença na penúltima e mítica etapa do L’Alpe<br />
d’Huez.<br />
Saiba mais em: https://www.yumpu.com/pt/document/<br />
view/52866501/desportoampesport-ed7-versao-plus/68<br />
Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com • 91
Como ganhar velocidade<br />
e optimizar a<br />
performance?<br />
Rodolfo Resende Pires ,<br />
especialista em desporto<br />
e ColunistaDesporto&<strong>Esport</strong><br />
Optimizar a oxigenação do corpo é uma das principais formas<br />
de aumentar imediatamente a performance desportiva em<br />
qualquer desporto. No ciclismo, como em qualquer desporto<br />
de endurance, assume ainda um papel mais importante, principalmente<br />
para o final das provas ou para os percursos mais<br />
exigentes. O que poucas vezes se discute, é o papel determinante<br />
da postura para melhorar a respiração.<br />
Tanto no ciclismo de estrada como no BTT consegue-se<br />
otimizar fortemente a capacidade respiratória em cima da bicicleta<br />
quando a postura está equilibrada e quando se consegue<br />
potenciar a coordenação dos movimentos respiratórios com<br />
os movimentos do guiador e dos pedais. “Os músculos respiratórios<br />
têm origem ou inserção nas costelas ou cartilagens<br />
costais e podem apenas agir de forma eficiente quando existe<br />
estabilidade e linearidade na coluna vertebral. Se as costas se<br />
mantiverem estáveis existe mais espaço para expandir a caixa<br />
torácica durante a inspiração”.<br />
A debilidade das costas e a contração abdominal são<br />
inimigos de uma respiração correta pois existe tendência<br />
para fazer expirações fortes, em vez de potenciar a<br />
inspiração. Não se contrai o abdómen quando se pedala<br />
já que o espaço entre o tórax e anca diminuem, força-se o<br />
diafragma e sujeita-se a lesão na região lombar.<br />
Na posição de sentado, quando se aumenta a intensidade ou<br />
em pé nos pedais, para estabilizar as costas e as ancas, deve<br />
manter-se a contração da região dorsolombar e abdominal.<br />
Durante a inspiração o percurso descendente do diafragma<br />
será travado pela tensão abdominal e incidirá na abertura<br />
da caixa torácica. Nesse momento o diafragma irá afastar as<br />
costelas inferiores, subindo um pouco mais, aumentando a<br />
potência muscular.<br />
92 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com
Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com • 93
ÁGUA FRIA REDUZ GAN<br />
DE TREINO DE FITNESS<br />
CORRIDA<br />
Água fria é um erro após os treinos de fitness<br />
E saiba porque correr pode evitar lesões!<br />
Carlos da Silva Professor universitário, com trabalho académico na área desenvolvida no texto<br />
Fitness<br />
&<br />
dicas<br />
94 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com
HOS<br />
E DE<br />
T<br />
ornou-se prática comum, após treinos intensos de fitness e musculação,<br />
banhos de água gelada tendo em vista uma recuperação física mais rápida<br />
e com menos dores. Este procedimento bastante comum até entre atletas<br />
profissionais, vem da noção do frio significar vasoconstrição (processo<br />
de contração dos vasos sanguíneos, limitando o fluxo de sangue) enquanto quente<br />
indica vasodilatação (abrir o fluxo de sangue, num processo inverso ao anterior).<br />
Apoiados nesta ideia, os banhos frios são usados, minutos após o treino, tendo<br />
como benefícios finais a redução do inchaço (inflamação) e entorpecimento dos<br />
recetores de dor; por outras palavras, diminui o tempo de recuperação e o nível de<br />
dor.<br />
No entanto, um recente estudo publicado pelo conceituado Jornal of Physiology<br />
bem contrariar esta ideia, e chega inclusive a afirmar que o uso de água fria, pode<br />
não só, não ser benéfico como pode fazer desperdiçar ganhos conseguidos no treino.<br />
No estudo em caso, dividiram cerca de 40 praticantes de fitness masculinos, fizeram<br />
um programa de treino de força durante 12 semanas. Cerca de metade desses<br />
praticantes, após treino, fizeram banho de imersão de água fria por 10 minutos.<br />
Enquanto a outra metade fez recuperação sem o recurso de água fria. Verificou-se,<br />
recorrendo a biopsias musculares, que este segundo grupo teve melhores índices de<br />
recuperação e de percentagem de eficácia do treino que o primeiro.<br />
Por fim, conclui-se também que o uso de água fria pode retardar a retirada de<br />
resíduos e toxinas (pela diminuição do fluxo sanguíneo), aumentando consideravelmente<br />
o tempo de cicatrização e regeneração do tecido.<br />
EVITE AS LESÕES CORRENDO<br />
O nível de testosterona das mulheres é muito mais baixo do que o do homem, e por<br />
isso criar e manter níveis musculares adequados é muito mais difícil. No livro de<br />
Fisiologia do Exercício de 1996 as mudanças mais significativas na massa composição<br />
corporal da mulher, mostrando que dos 30 aos 50 anos existe uma perda<br />
em cerca de 10% da massa muscular e como essa perda é agravada depois dos 50.<br />
Esta perda gradual de massa muscular a partir dos 30 tem um impacto importante<br />
em diversos aspetos: diminui o metabolismo basal e começamos a acumular gordura<br />
mais facilmente do que antes custando à mulher um pouco mais eliminá-la;<br />
os níveis de estrogénios descem e precisamos de mais tempo para recuperarmos<br />
depois dos treinos de força de alta intensidade. Ao termos menos músculos e<br />
tendões e ligamentos mais frágeis devido aos níveis de estrogénio, as articulações<br />
estão mais vulneráveis a lesões.<br />
Por tudo isto, para as mulheres é fundamental trabalhar a força em geral, como o trabalho<br />
de abdominais (de preferência isométricos e hipopressivos para não prejudicar o soalho<br />
pélvico) de modo a manter a anca numa postura não lesiva durante a corrida, tricípetes,<br />
peitorais, quadricípetes e isquiotibiais. Estes exercícios de força geral devem ser complementados<br />
com exercícios específicos como retas, fartelek ou séries para conseguirmos<br />
uma melhor adaptação ao treino.<br />
Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com • 95
96 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com<br />
Sup
lementos<br />
Alimentares<br />
Os suplementos alimentares são hoje uma realidade para a grande maioria dos<br />
atletas, mas com tanta oferta, a escolha é cada vez mais difícil. E, essa mesma<br />
escolha, deve ser feita tendo em conta os objetivos finais pretendidos.<br />
Saiba o que escolher...<br />
Pedro M. Silva, ColunistaDesporto&<strong>Esport</strong> Contato@desportoeesport.com<br />
Creatina - Diminua e/ou elimine as dores musculares<br />
O pior dos treinos de fitness e de musculação é<br />
as dores musculares nas horas e dias seguintes<br />
às sessões. Mas, a solução para este mal pode<br />
bem ser a creatina, já que ela, favorece a síntese<br />
proteica e ajuda a recuperar mais depressa. Deste<br />
modo, utilizar creatina como suplemento alimentar,<br />
possibilita treinos mais<br />
repetitivos e de força, com menores<br />
períodos de recuperação com<br />
o objetivo de ganhar energia<br />
anaeróbia e volume muscular.<br />
Cromo - Elimine gordura sentado<br />
no sofá da sua sala<br />
O cromo é um complemento alimentar<br />
mortífero contra a gordura<br />
e ainda ajuda a melhorar os níveis de<br />
colesterol. Num recentes estudo, publicado nos<br />
Estados Unidos da América, descobriu-se que<br />
o cromo pode ajudar a composição corporal e<br />
a aumentar a massa magra. O Cromo também<br />
é muito popular entre os atletas por sua acao<br />
sobre a producao de açúcar. Estimula a reserva<br />
de glicogênio nos músculos, aumenta a síntese de<br />
proteína e estimula a formação de gordura nos<br />
tecidos gordurosos.<br />
Caseína - Elimine a fome sem engordar<br />
A Caseína uma proteína do leite ideal para<br />
quem procura manter-se saciado e alimentado<br />
por várias horas e procure prolongar os períodos<br />
entre refeições. A grande diferença entre a<br />
Caseína e o soro de leite é a digestão mais lenta<br />
pelo organismo. Por fim, a caseína também pode<br />
ser misturada com whey protein<br />
para aumentar ainda mais os<br />
seus benefícios anabólicos.<br />
L-teanina - Descanse e durma<br />
como quando era criança<br />
A L-teanina é um aminoácido<br />
capaz de produzir uma sensação<br />
de relaxamento. Encontra-se no<br />
chá verde, preto e noutras variedades<br />
orientais.<br />
Óleo Ómega-3 - Melhore a coagulação do seu<br />
sangue<br />
O consumo em grandes quantidades aumenta<br />
consideravelmente o tempo de coagulação<br />
do sangue. Além de ainda melhorar o rendimento<br />
intelectual, os ácidos gordos permitem “saciar” o<br />
estomago por maiores períodos de tempo.<br />
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Ricardo Reis, ColunistaDesporto&<strong>Esport</strong> Contato@desportoeesport.com<br />
98 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com
?<br />
CURIOSIDADE E DICAS !<br />
A melhor forma de combater a depressão na meia-idade é<br />
através do exercício físico. Segundo um estudo da Universidade<br />
de California-Irvine, nos Estados Unidos, o exercício físico pode<br />
ajudar os mais idosos a livrarem-se de estados depressivos,<br />
seja através do aumento do fluxo sanguíneo ao cérebro, seja por<br />
afectarem directamente as células do sistema nervoso.<br />
Aparelhos de Monotorização<br />
de Ritmo Cardíaco – Positivo<br />
ou Negativo?<br />
N<br />
o começo, pouco mais é preciso que um<br />
parde ténis e uma roupa confortável, e<br />
excecionalmente dependendo da modalidade,<br />
mais algum equipamento extra, para<br />
que uma pessoa se comece a exercitar de<br />
forma regular e tire partido físico e psicológico da praticar do<br />
desporto. Mas, algum tempo volvido, o ímpeto de melhorar<br />
o treino e o gerir de forma mais eficaz é inevitável, e para<br />
isso nada melhor que recorrer à tecnologia. E neste campo,<br />
nenhum caso desperta tanta curiosidade e uso, como os<br />
Monitores de Ritmo Cardíaco (MRC).<br />
A frequência cardíaca é um dos melhores indicadores do<br />
condicionamento físico; quanto mais o corpo se exercita mais<br />
combustível (oxigénio) os músculos necessitam e assim mais<br />
rapidamente acontecerão os batimentos cardíacos. Assim, um<br />
dos principais modos de maximizar o treino, é a adequar a<br />
intensidade dos exercícios aos sinais imitidos pelo corpo. Um<br />
MRC permite um acompanhamento, na hora, das batidas do<br />
coração e de como ele reage ao exercício.<br />
Para atletas amadores ou com problemas de saúde como –<br />
hipertensão, diabetes ou colesterol, um MRC possibilitam<br />
uma orientação essencial para prevenir lesões ou maleitas.<br />
Benefícios por Modalidades:<br />
Corredores: Um MRC ajuda os corredores a treinar de forma<br />
mais perspicaz a sua zona em dias de treino intenso e permite<br />
manter a base aeróbica durante as sessões de treinos menos<br />
intensos. Pode também os corredores em caso de desidratação<br />
ou perto de um défice nutricional<br />
Ciclistas: O MRC controla o desempenho do treino, seja<br />
durante passeios ou treinos de resistência, tanto para o BTT<br />
ou para a estrada. Alguns modelos podem apresentar mais<br />
dados através de um sensor de cadência ou sensor de pé.<br />
Caminhantes e alpinistas: Permite de forma mais simples<br />
percecionar o esforço durante a caminhada para o pico, permitindo<br />
uma melhor gestão do esforço, principalmente em<br />
esforços de longa duração.<br />
Quem deseja perder peso: exercícios regulares e um regime<br />
alimentar sustentável são a base de qualquer programa de<br />
perda de peso bem sucedido. Neste caso, falamos muitas<br />
vezes de atletas amadores, e o MRC pode ser fundamental<br />
para adequar o exercício à sua forma. Para além de permitir<br />
indicar quantas calorias são perdidas com exatidão.<br />
Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com • 99
Antes dos Treinos:<br />
Prevenção das lesões nos pés<br />
Os pés são aqueles que mais sofrem<br />
(ou podem sofrer) na caminhada e por<br />
isso é preciso ter alguns cuidados! Para<br />
além de uma boa higiene e uma escolha<br />
de meias que permitam a transpiração<br />
do pé, o calçado é o mais importante!<br />
E, o calçado deve ser: forte e resistente<br />
- uma vez que tem que manter-se<br />
em bom estado durante toda a caminhada;<br />
deve ser impermeável, mas<br />
transpirável, de tal modo que isole os<br />
pés das condições adversas do tempo e<br />
do campo, mas permita uma adequada<br />
ventilação; a parte superior do calçado<br />
deve ser de pele, para que isole o<br />
pé mas permita a sua transpiração;<br />
sistema de cordões para que o calçado<br />
se possa adaptar ao pé; estabilizador<br />
do calcanhar para segurar bem o pé e o<br />
tornozelo; e sola de borracha ou outro<br />
material de alta resistência, com pitons<br />
no rasto da sola para conferir um andar<br />
mais confortável e maior aderência.<br />
C<br />
Caminhada vs. Corrida<br />
A<br />
mbas as atividades geram reiais ganhos cardiometabólicos, no entanto, o<br />
índice e probabilidade de incidências de lesão na caminhada é muito menor<br />
quando comparada com a corrida; isto acontece porque a intensidade do<br />
impacto dos pés no chão é 1,5 a 3 vezes menor na caminhada. Temos ainda que a<br />
rapidez e o movimento típico do trote da corrida castiga mais as articulações. Por<br />
fim exercícios leves e moderados aperfeiçoam a função das células de defesa diante<br />
de micróbios nocivos. Mas, após exercícios intensos, há diminuição do trabalho dos<br />
neutrófilos, unidades do sistema imunológico.<br />
100 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com
Está na moda,<br />
faz bem à saúde e<br />
é para todos!<br />
aminhada<br />
Diogo Sampaio, Director Desporto&<strong>Esport</strong><br />
d_sampaio@Desportoe<strong>Esport</strong>.com<br />
“P<br />
ower walking é a melhor forma para<br />
reforçar o tónus muscular nas pessoas<br />
sedentárias ou com lesões articulares.<br />
Irá favorecer a condição física reforçando<br />
músculos e articulações.” Estas palavras são<br />
de Serge Caetano, especialista em reabilitação<br />
física da US Elite Sports Agency, e vêm<br />
sublinhar uma vez mais a importância que a<br />
caminhada como exercício tem na saúde e no<br />
estado emocional dos praticantes. Para além<br />
dos benefícios nos processos de reabilitação.<br />
Com a particularidade de ser aconselhada para<br />
toda a população, independentemente do sexo,<br />
idade ou condição física.<br />
O Power Walking, ao ser realizado a uma velocidade<br />
submáxima, “promove o aumento da<br />
frequência cardíaca (FC), do débito cardíaco<br />
e, de forma secundária, a hipertrofia do músculo<br />
cardíaco (Coração), )”, continuou Serge<br />
Caetano. E seguiu, dizendo, que quando a<br />
caminhada quando comparada com a corrida,<br />
“a grande diferença reside na carga dinâmica<br />
exercida sobre os apoios (membros inferiores)<br />
que, de forma secundária, se irá manifestar<br />
ao nível das principais articulações corporais<br />
(tíbio-társica, femoro-tibial, coxo-femoral,<br />
coluna). Devido à inexistência de tempo de voo<br />
resultante da técnica de caminhar (diferente da<br />
técnica de corrida na qual o indivíduo tem uma<br />
fase aérea em que se encontra suspenso no ar),<br />
as forças de impacto são bastante inferiores e<br />
consequentemente os efeitos secundários negativos,<br />
daí resultantes, serão mais reduzidos.”<br />
A caminhada propicia ainda um melhor condicionamento<br />
cardiovascular e pode ajudar a<br />
reduzir as taxas de colesterol «mau» (LDL e<br />
o VLDL).<br />
Por fim, relativamente à intensidade da caminhada,<br />
Serge Caetano afirma que “deverá<br />
aumentar-se progressivamente até chegarmos<br />
a uma velocidade na qual nos sentimos mais<br />
confortáveis a correr, de forma lenta, do que<br />
a caminhar, de forma rápida. Nesta altura, o<br />
indivíduo poderá optar por intercalar intervalos<br />
de tempo nos quais se desloca em passo<br />
de corrida (lenta) e de caminhada vigorosa.<br />
De salientar que a velocidade será exatamente<br />
a mesma só variando a forma como a desenvolvemos<br />
(caminhar ou correr).”<br />
Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com • 101
Combate a depressão<br />
Durante a caminhada, o corpo libera uma maior quantidade de endorfina,<br />
hormona produzida pela hipófise, responsável pela sensação de relaxamento,<br />
aumentando o ânimo do praticante. Retendo também, que quando mais se<br />
exercita mais endorfinas o corpo cria, criando uma “rabo de pescadinha na<br />
boca”, que pode ser essencial para um tratamento contra a depressão, como<br />
diversos estudos o têm demonstrado.<br />
Correr - Porquê?:<br />
Está na moda, faz bem à saúde<br />
mas tem perigos - saiba quais!<br />
Correr está na moda! Para além do lado<br />
estético, a corrida é um dos desportos<br />
que mais beneficia o condicionamento<br />
cardiorrespiratório, auxiliandomais que<br />
no emagrecimento, no combate a diversas<br />
doenças; soma-se ainda, o melhoramento<br />
das condições físicas e atletas do praticante.<br />
Mas tem perigos e deve ter precauções,<br />
principalmente para iniciantes.<br />
Saiba mais em: https://www.yumpu.com/pt/document/view/52866501/desportoampesport-ed7-versao-plus/86<br />
Perfil:<br />
Personalidade dos atletas<br />
Profissionais e de topo<br />
Maresh e colegas, pelas suas pesquisas, afirmam:<br />
“atletas eram mais introvertidos, pensativos<br />
e tinham níveis inferiores de raiva<br />
em relação aos não-atletas... “ e concluem<br />
ainda “... que os atletas possuíam melhor<br />
perfil iceberg,..<br />
Saiba mais em: https://www.yumpu.com/pt/document/<br />
view/39102634/desportoampesport-ed-6/49<br />
Rejuvenesce o cérebro<br />
Recentemente um novo estudo da Universidade de Illinois, nos Estados<br />
Unidos, deu que falar, quando demostrou que a caminhada tem um efeito<br />
real anti envelhecimento para além do corpo, também em relação ao cérebro,<br />
ao aumentar seus circuitos e reduzir os riscos de problemas de memória e de<br />
atenção. Segundo o estudo referido, durante o dá-se o aumento da coordenação,<br />
o que por sua vez, espicaça o cérebro a responder a mais estímulos,<br />
sejam eles visuais, táteis, sonoros ou olfativos.<br />
Evidências<br />
científicas dos benefícios<br />
da caminhada<br />
Melhora a circulação sanguínea<br />
Um estudo da faculdade brasileira USP, de Ribeirão Preto, provou que<br />
caminhar durante aproximadamente 40 minutos reduz a pressão arterial<br />
durante 24 horas após o término do exercício. Isso acontece porque durante a<br />
prática do exercício, o fluxo de sangue aumenta, levando os vasos sanguíneos<br />
dilatarem, diminuindo a pressão.<br />
Melhora o sistema respiratório e o pulmão<br />
O sistema respiratório e mais concretamente o pulmão também sai muito<br />
beneficiado com o exercício proporcionado pela caminhada. Segundo<br />
especialistas, como por exemplo Paulo Correia fisiologista da Unifesp em<br />
trabalho publicado na imprensa, as trocas gasosas que ocorrem no pulmão<br />
passem a ser mais poderosas quando a caminhada é feita com frequência. Isso<br />
faz com que uma quantidade maior de impurezas saia do pulmão, deixando-o<br />
mais livre de catarros e poeiras.<br />
Combate à osteoporose<br />
Têm-se verificado que o impacto dos pés com o chão tem efeito benéfico<br />
aos ossos. A compressão dos ossos da perna, e a movimentação de todo o<br />
esqueleto durante uma caminhada faz com que haja uma maior quantidade<br />
estímulos elétricos nos ossos, chamados de piezelétrico. Esse estímulo facilita<br />
a absorção de cálcio, deixando os ossos mais resistentes e menos propensos<br />
a sofrerem com a osteoporose.<br />
102 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com
Curiosidades & Sabia que:<br />
CARNE CRUA – BOM OU MAU?<br />
A<br />
principal premissa que comer carne e/ou peixe cru, é que se acredita<br />
que alimentos não cozinhados guardam nutrientes e enzimas que de outro<br />
homem seriam destruídas durante o cozimento. A grande falha nesta lógica<br />
é que as enzimas não vão sobreviver ácidos do estômago liberados durante a<br />
digestão; e, enquanto o calor pode de facto diminuir o teor nutricional de alguns<br />
produtos, também pode aumentar a sua absorção. Assim, não existem evidências<br />
científicas que comer alimentos crus seja mais benéfico que come-los<br />
cozinhados!<br />
Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com • 103
Teqball<br />
O Teqball não é um concorrente do futebol. Aparece inclusive como um excelente<br />
suporte para os futebolistas para melhorar as suas habilidades com a<br />
bola no ar e na tomada de decisões mais céleres...<br />
Teqball é ainda uma modalidade desconhecida do grande público mas tem um potencial incrível e promete<br />
conquistar rapidamente milhões de adeptos um pouco por todo o sítio onde o futebol é o desporto rei.<br />
Tendo como base o futebol, como mostram a imagem, junta também as regras do ténis de mesa (vulgo “pingpong”)<br />
e usa uma mesa curvada para baixo, que foi cientificamente desenvolvida, levando em conta a matemática e<br />
a física e passando por testes empíricos para “re-verificar” se os cálculos batiam certo. Estas medições todas foram<br />
consideradas para que a bola, sempre que bata na mesa, esteja ao alcance dos jogadores – caso contrário este novo<br />
desporto seria impraticável. Foram necessários dois anos para que a mesa estivesse pronta.<br />
Esta nova modalidade, apesar de querer vingar por si própria, é um excelente recurso para os futebolistas aprimorarem<br />
a sua técnica.<br />
Visite o website oficial do Teqball e obtenha mais informações: www.teqball.com<br />
104 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com
Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com • 105
A lesão do menisco<br />
é uma das<br />
lesões desportivas<br />
mais comuns,<br />
especialmente no<br />
futebol, com uma<br />
taxa de insucesso<br />
de operações que<br />
pode chegar até aos<br />
45%, o que implica<br />
que, mais tarde, os<br />
pacientes tenham<br />
de voltara sofrer<br />
intervenções<br />
cirúrgicas.<br />
106 • Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com
Lesões no Menisco – células<br />
estaminais criopreservadas!<br />
As células mesenquimais<br />
do tecido<br />
do cordão umbilical<br />
apresentam várias<br />
vantagens para a<br />
reparação de lesões<br />
da cartilagem, do<br />
joelho e ancas!<br />
Tiago Dinis , Colunista<br />
Desporto&<strong>Esport</strong><br />
Contato@desportoeesport.com<br />
U<br />
ma única injeção de células<br />
estaminais após uma<br />
cirurgia ao menisco, pode<br />
ajudar a aliviar a dor e a<br />
acelerar a regeneração desta cartilagem;<br />
isto segundo um estudo desenvolvido<br />
pela American Academy of<br />
Orthopaedic Surgeons.<br />
“A investigação envolveu 55 pacientes<br />
com idades compreendidas entre<br />
os 18 e 60 anos submetidos a uma<br />
intervenção cirúrgica de remoção<br />
total ou parcial de um menisco rasgado.<br />
Os pacientes foram divididos<br />
em três grupos: o grupo A recebeu<br />
um dose de 50 milhões de de células<br />
estaminais mesenquimais após uma<br />
semana da operação; o grupo B<br />
recebeu uma dose de 100 milhões; e<br />
o Grupo de Controlorecebeu apenas<br />
hialuronato de sódio. Os resultados<br />
finais demonstraram que o grupo A<br />
e B obteve um aumento significativo<br />
do volume do menisco durante<br />
o primeiro ano mas, em oposição,<br />
nenhum dos pacientes do grupo<br />
decontrolo chegou sequer ao limiar<br />
de 15% no aumento do volume.<br />
Os pacientes do grupo A e B que<br />
sofriam com osteoartrite também<br />
sentiram uma redução na dor, ao<br />
contrário do grupo de controlo.”<br />
Como vantagens deste tratamento<br />
destaca-se o facto de se obterem<br />
através de uma colheita não invasiva<br />
e de apresentarem disponibilidade<br />
imediata, acrescendo ainda<br />
que são células mais primitivas,<br />
com elevada taxa de proliferação<br />
celular in vitro, e com maior tolerancia<br />
em transplantes alogénicos<br />
(em que dador e paciente são pessoas<br />
diferentes). Relembre-se que<br />
as lesões no menisco são extremamente<br />
frequentes no desporto moderno,<br />
nomeadamente no futebol, e<br />
que este no tratamento pode prevenir<br />
abandonos prematuras da competição<br />
e evitar paragens prolongadas.<br />
Human Umbilical Cord Wharton’s Jelly Stem Cells Undergo<br />
Enhanced Chondrogenic Differentiation when Grown on<br />
Nanofibrous Scaffolds and in a Sequential Two-stage Culture<br />
Medium Environment. Fong CY, Subramanian A, Gauthaman<br />
K, Venugopal J, Biswas A, Ramakrishna S, Bongso A. Stem<br />
Cell Rev. 2011 Jun 14.<br />
Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com • 107
1<br />
3<br />
2<br />
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Linguagem Corporal<br />
Técnicas de publicidade<br />
com Cristiano Ronaldo<br />
É através de imagens e uso de pessoas personagem que muita da publicidade chega ao<br />
consumidor, e os publicitários usam técnicas de Linguagem Corporal para “enganar o seu<br />
cérebro” e assim fazê-lo perceber os produtos de forma diferente.<br />
Alexandre Monteiro, Especialista em Decifrar Pessoas | sou@pessoab.pt linguagemcorporal.blogs.sapo.pt<br />
Olhar<br />
Como a personagem faz o contacto ocular<br />
ou não, com o consumidor, define se<br />
ele lhe está a fazer um pedido ou uma<br />
oferta/oportunidade. (1)<br />
Se a personagem olha, olhos nos<br />
olhos do leitor,irá ser precedido<br />
como um pedido.<br />
É como se, a personagem exigisse<br />
ou esperasse algo ou alguma acção<br />
do consumidor, parece pedir com<br />
benevolência para que o consumidor<br />
compre e além disso o texto<br />
escrito fortalece o pedido em tom de<br />
“ameaça”: “O último que comprar...;<br />
Faça como...!;Compre já!; Aproveite<br />
já, ...”. (2)<br />
Se a personagem não olha para o<br />
consumidor, serve para fazer uma<br />
oferta ou dar-lhe a “oportunidade” de<br />
ser como a personagem.<br />
Neste caso, o intuito não é aproximação,<br />
antes pelo contrário,é um<br />
distanciamento, é para colocar a personagem<br />
numa posição que não a<br />
mesma do consumidor e seduzi-lo a<br />
adquirir o produto para alcançar ou<br />
estar na mesma posição da personagem.<br />
“ Quero ser como o Cristiano<br />
Ronaldo! Logo tenho de comprar<br />
...” (3)<br />
Distância<br />
O tipo de corte, da parte do corpo utilizado na fotografia, determina a distância social entre a personagem<br />
e o consumidor.<br />
Desta forma, se o plano for aberto ou geral, exibindo o corpo inteiro da personagem, podese<br />
dizer que a distância que se estabelece entre a personagem e o consumidor é máxima,<br />
conferindo um carácter de impessoalidade, ou seja, a personagem e o consumidor não se<br />
conhecem, a personagem parece estar distante e muitas vezes não olha para o consumidor<br />
para que este assuma somente a postura de um mero observador.<br />
“ Uaauuu! Olha o que ele usa! “ (4)<br />
Se apresenta um plano médio, ou seja, corte pela cintura da personagem, pode dizer-se<br />
que a distância social estabelecida é intermediária, nem máxima, nem mínima. Assim, a<br />
personagem apresenta-se ao consumidor como alguém conhecido, em quem pode confiar.<br />
Não é nenhum desconhecido, mas, ao mesmo tempo, não é nenhum amigo íntimo. (5)<br />
Se o plano é somente dos ombros para cima e onde a cara é a parte com maior destaque, serve para<br />
ser percebido como amigo intimo e em quem confia, e é aquele de quem ouve conselhos sobre os<br />
produtos que deve usar.<br />
Poderá ter também a intenção de demonstrar a eficácia dos efeitos que pode obter com o uso de<br />
determinado produto, quando se trata de produtos de beleza. (6)<br />
Relação “Poder” com o consumidor<br />
A perspetiva em que a personagem é colocada ajuda a dar ou retirar “poder” e/ou autoridade ao<br />
consumidor, porque quando reconhecemos autoridade temos tendência a seguir ordens sem pensar<br />
muito nisso.<br />
Quando a personagem está representada a olhar para cima, é o consumidor que controla e que se<br />
encontra em posição de poder e decidir o que quer. “Preciso de ti”. (7)<br />
Quando a personagem olha olhos nos olhos do consumidor, existe igualdade de poder entre os dois<br />
(8). “ Tu és como eu!” Quando a personagem olha para baixo, acaba por colocar o consumidor em<br />
situação de inferioridade ou elevar o estatuto da personagem. “ Eu sei e respeito o que diz” ou<br />
“Quero ser como tu!”<br />
As pupilas aumentam quando gostamos de algo, por isso muitas vezes são manipuladas, aumentandoas<br />
para demonstrar esse mesmo gostar inconsciente por parte das personagem (9).<br />
“ Se ele gosta, eu também gosto”<br />
Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com • 109
Mourinho & Gestão:<br />
Implementar as filosofias mais<br />
modernas na relação humana das<br />
empresas no balneário do futebol.<br />
José Mourinho é indiscutivelmente um dos<br />
melhores treinadores do Mundo. Porventura<br />
até um dos melhores de sempre, e é como<br />
nenhum outro técnico, um CEO – Chief<br />
executiveofficer da forma como gera as equipas<br />
e clubes em que treina, e as metodilogias<br />
que usa.<br />
Saiba mais em: https://www.yumpu.com/pt/document/<br />
view/38360381/desportoampesport-ed-5-plus/18<br />
Florentino Perez:<br />
Entenda a gestão do “patrão máximo”<br />
do Real Madrid e dos Galáticos<br />
Perez enquanto presidente da equipa de<br />
Madrid, foi o que fez: contratou os melhores<br />
e maiores jogadores de futebol do mundo.<br />
Criou uma equipa de Galácticos. Pode até<br />
dizer-se que mudou o futebol, mas foi para<br />
melhor? Entenda mais...<br />
Saiba mais em: https://www.yumpu.com/pt/document/<br />
view/39102634/desportoampesport-ed-6/38<br />
Retratação<br />
Erro na legenda na 7 edição da revista Desporto&<strong>Esport</strong><br />
no artigo “Capoeira: Apontamentos sobre as origens de<br />
um património cultural da Humanidade”<br />
No artigo “Capoeira: Apontamentos sobre as origens de um património<br />
cultural da Humanidade” redigido pelo autor Ricardo<br />
Martins Porto Lussac foi adicionado uma legenda (na imagem<br />
acima que fazia acompanhar o texto) que afirmava “A música é<br />
um componente fun¬damental da capoeira. Foi introduzida como forma de<br />
ludibriar os escravizadores fazendo-os acreditar que os escravos estavam<br />
dançando e cantando, quando na verdade estavam desenvolvendo e treinando<br />
uma arte marcial para se defenderem”. Esta legenda foi da responsabilidade<br />
da equipa Desporto&<strong>Esport</strong>, e foi adicionada sem o conhecimento<br />
do autor, que não concorda com a asserção da legenda.<br />
Assumindo deste modo o erro, queremos desculpar-nos não só a Ricardo<br />
Lussac mas a todos os leitores que durante o período em que o erro não<br />
foi corrigido, obtiveram uma informação que vai contra as convicções do<br />
autor; convicções essas, que resultam de vários anos de estudo e pesquisa.<br />
.<br />
Diogo Sampaio, Director Desporto&<strong>Esport</strong><br />
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Imagens:<br />
Capa - thewallpapers.org; editorial - sig-lab.com; Top 500: Saiba quem acompanha Ronaldo com<br />
500 ou mais golos - independent.ie/sport, cmportugal.com, otempo.com.br, frodo.at, belgraviacentre.<br />
com, notablebiographies.com, goal.com, kicker.de/news; Entendendo o método Pilates – traineracademia.com.br,<br />
extremeacademia.com.br, thegate.org.uk, riopilates.blogspot.pt, www.ideiasedicas.com,<br />
aerofitdance.comunidades.net, liquidomooca.blog.com, fisiocenterpilates.com.br; Suplementos à base<br />
de nitratos aumentam performance desportiva - prestonrayfitness.com; Exercícios aeróbicos - porque<br />
são a pior opção se quer emagrecer - muscleandfitness.com, gympass.com;dietas ricas em hidratos de<br />
carbon: Vantagens e desvantagens - defeitosdesign.blogspot.pt; Vantagens Pepino - eritrosit.com; Top<br />
6 futebolistas recusados - huffingtonpost.de, superdesign2013.comunidades.net, serieaddicted.com, tim.<br />
sapo.mz; Geração Valente o futuro de Portugal – blueoverlap.blogspot.pt, sicnoticias.sapo.pt; Futebol:<br />
um problema de linha de espera - sportup.com, botafogoacademy.com, copa2010ieees.wikispaces.<br />
com; Lebron James: Biomecânica dos campeões - sites.google.com, practicalidealist.net; Usain Bolt:<br />
Biomecânica dos campeões – fansshare.com, abc.net; CR7: Biomecânica dos campeões - sportyghost.<br />
com; Floyd Mayweather: Biomecânica dos campeões - dhszz.exclusiverewards.girn, comicvine.com;<br />
Ciclismo & sintomas urológicos - performancee.pt, desporto.sapo.pt, jornaldaregiaosudeste.com; peter<br />
sagan – campeão do Mundo - deviantart.com; Analise Alemanha Fifa 2014 - lighthouseinsights.in; O<br />
caminho do Sucesso - athletebrandmanagement.com, telegraph.co.uk, wgcoaching.com, seriezfutebol.<br />
com; Ciclismo & velocidade - bikemagazine.com; Ciclismo - passaporte biológico: Bom ou mau? -ultradownloads.com,<br />
aminhacorrida.com, exame.abril.com.br ; Teqball - techfaster.com; Lesões no menisco<br />
- clinicaartro.blogspot.pt; redemae.sapo.pt; treino visual - desporto.sapo.pt; Nanotecnologia - taringa.net,<br />
eltiodelmazo.com, jornaltorrejano.pt, ultradownloads.com; Treinadores liderança e comunicação - antoniocgomes.com;<br />
Caminhada - dicassobresaude.com; Cerebro humano: rendersartes.blogspot.pt; Related<br />
posts - unisinos.br, vidasustentavel.net, espn.uol.com, bikemagazine.com.br, cycling.conocimientos.com,<br />
desportogestao.blogspot.pt, vozpopuli.com, bocaonews.com.br, dicasdetreino.com.br,afachan.asia<br />
Desporto&<strong>Esport</strong><br />
Edição 8 • 2015<br />
Nuno Dias<br />
Geração Valente:<br />
O futuro da seleção<br />
de Portugal<br />
Campeões do Mundo<br />
A análise tática das duas últimas<br />
campeãs do mundo de futebol:<br />
Espanha e Alemanha<br />
Para os querem saber sempre mais...<br />
Lebron<br />
James<br />
Entenda a Biomecânica dos Super-Atletas de hoje<br />
e depare-se com o futuro do desporto<br />
e ainda:<br />
Floyd Mayweather<br />
Usain Bolt<br />
Michael Phelps<br />
e... Cristiano<br />
Ronaldo<br />
Super Especial Fitness e Corrida – Dicas, Alimentação e Ciência<br />
www.desportoeesport.com<br />
Cristiano Ronaldo &<br />
Técnicas de publicidade<br />
É através de imagens e uso de pessoas personagem<br />
que muita da publicidade chega ao consumidor, os<br />
publicitários usam técnicas de Linguagem Corporal<br />
para “enganar o seu cérebro”, entenda como!?<br />
Top 6<br />
Nem sempre o caminho do sucesso<br />
é fácil, e muitos dos melhores<br />
futebolistas do nosso tempo foram<br />
recusados, uma, duas e até três<br />
vezes… descubra quais.<br />
Fernando<br />
Santos<br />
A análise da liderança do<br />
selecionador de Portugal e da<br />
sua linguagem corporal<br />
António Fidalgo<br />
Descubra o caminho do sucesso<br />
com Coaching e PNL<br />
e muito mais...<br />
LIONEL MESSI:<br />
Já é o melhor jogador de<br />
todos os tempos?<br />
Já podemos dizer que Messi é o melhor futebolista<br />
de sempre? Descubra a resposta da<br />
ciência! E, saiba ainda qual é o “gene extra”<br />
no seu ADN que faz com que Ele seja Melhor<br />
que C. Ronaldo. Ou, como a sua doença<br />
de infância lhe pode ter ajudado a criar<br />
as bases para os seus dribles excecionais.<br />
E, por último a comparação entre Messi,<br />
Maradona e Pelé - quem vencerá?<br />
Saiba mais em: https://www.yumpu.com/pt/document/<br />
view/52866501/desportoampesport-ed7-versao-plus/20<br />
Cristiano Ronaldo:<br />
Conheça os SEGREDOS do MELHOR<br />
futebolista PORTUGUÊS de sempre<br />
CR7 é tão completo quanto um futebolista<br />
pode se: atlético, rápido, forte, poderoso e<br />
técnico. E, apesar do seu enorme talento,<br />
foi o trabalho e o seu duro regime de treino<br />
e nutricional que o tornaram por 3 vezes o<br />
melhor jogador de Mundo....<br />
Saiba mais em: https://www.yumpu.com/pt/document/<br />
view/39102634/desportoampesport-ed-6/24<br />
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