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EVENTO 14.° Encontro da rede Valorpneu ATUALIDADE Calendário Pirelli 2017<br />
Ano VIII - 5 euros - revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
N.º <strong>41</strong><br />
Dez. ‘16<br />
Qualidade<br />
.<br />
Toyota Prius<br />
O híbrido mais conhecido do planeta<br />
atingiu o seu expoente máximo<br />
PUB<br />
BALANÇO 2016<br />
Encher<br />
as medidas<br />
Importância da tecnologia<br />
Tendências do mercado<br />
Opinião <strong>dos</strong> fabricantes premium<br />
EMPRESA<br />
AB Tyres<br />
Visitámos o terceiro maior<br />
distribuidor de pneus<br />
ENTREVISTA<br />
Rodrigues de Almeida<br />
À conversa com o antigo<br />
diretor-geral da SP <strong>Pneus</strong><br />
www.yokohamaiberia.com
Editorial<br />
DIRETOR<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
Redação<br />
Bruno Castanheira<br />
bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />
Jorge Flores<br />
jorge.flores@apcomunicacao.com<br />
Diretor comercial<br />
Mário Carmo<br />
mario.carmo@apcomunicacao.com<br />
Gestores de clientes<br />
Paulo Franco<br />
paulo.franco@apcomunicacao.com<br />
Rodolfo Faustino<br />
rodolfo.faustino@apcomunicacao.com<br />
Imagem<br />
António Valente<br />
Multimédia<br />
Catarina Gomes<br />
Arte<br />
Hélio Falcão<br />
Serviços administrativos<br />
e contabilidade<br />
financeiro@apcomunicacao.com<br />
Periodicidade<br />
Bimestral<br />
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interdita a utilização ou a reprodução desta<br />
publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />
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DOS PNEUS<br />
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GPS: 38º45’51.12”n - 9º18’22.61”w<br />
“Time is money”<br />
Esta velha expressão é conhecida desde tempos<br />
imemoriais e está traduzida em to<strong>dos</strong> os idiomas do<br />
planeta. De facto, o tempo é um recurso universal e válido<br />
para qualquer cultura, através do qual se podem realizar<br />
atividades, atingir objetivos e criar riquezas<br />
Qualquer previsão do custo de um<br />
trabalho baseia-se no tempo que<br />
este demorará a ser efetuado. E<br />
qualquer preço, no fundo, também reflete o<br />
tempo que foi necessário para produzir um<br />
bem ou serviço.<br />
Os principais fatores que levam as pessoas a<br />
perderem tempo, são, principalmente, a falta de<br />
método e a falta de organização. A maior parte<br />
das distrações e das omissões resultam dessas<br />
carências, tornando as pessoas ineficazes. Depois,<br />
existe a falta de eficácia, isto é, o fracasso<br />
em definir objetivos que poderiam ser, facilmente,<br />
alcança<strong>dos</strong> e/ou perder de vista esses objetivos.<br />
Sem os meios e prioridades que garantam a<br />
eficiência e sem a eficácia que assegure os resulta<strong>dos</strong>,<br />
ninguém poderá ultrapassar a mediania.<br />
Isto se conseguir mesmo alcançá-la.<br />
Na atividade da reparação automóvel, a pressão<br />
da concorrência no mercado e da permanente<br />
subida <strong>dos</strong> custos, exige um nível alto de produtividade<br />
para dar a mais rápida resposta às<br />
solicitações e às oportunidades, bem como para<br />
assegurar uma margem de rentabilidade sustentável.<br />
Além <strong>dos</strong> instrumentos de trabalho,<br />
das tecnologias disponíveis e <strong>dos</strong> processos de<br />
reparação mais adequa<strong>dos</strong> e rentáveis, a correta<br />
gestão do tempo é indispensável para assegurar<br />
a máxima produtividade. Ao programar e ao organizar<br />
as atividades da oficina, estamos a falar<br />
de tempos de execução de tarefas e de custos<br />
de mão de obra, o que exige a programação do<br />
tempo. No entanto, nem sempre a programação<br />
do tempo coincide com a programação das tare-<br />
fas e das atividades, porque o tempo pode “estender-se”<br />
numas alturas e “encurtar-se” noutras.<br />
É este o verdadeiro paradoxo do tempo.<br />
Quem dirige uma oficina de reparação automóvel<br />
acaba por ser apanhado no “fogo cruzado”<br />
<strong>dos</strong> próprios colaboradores da empresa, <strong>dos</strong><br />
clientes e <strong>dos</strong> fornecedores, entre outros. De<br />
facto, quem está numa posição de chefia, é interrompido,<br />
geralmente, entre 60 a 80 vezes por<br />
dia, o que dá uma interrupção em cada seis a<br />
oito minutos, em média. Durante o dia, um chefe<br />
pode, facilmente, perder duas horas ou mais a<br />
dar respostas a diversas questões que lhe são colocadas.<br />
É preciso realmente ter um grande sentido<br />
de organização e das prioridades para não<br />
perder o controlo da situação. Este dado é suficientemente<br />
chocante para obrigar as pessoas<br />
a pensar numa aplicação mais eficiente e eficaz<br />
do seu tempo. Se queremos assumir o comando<br />
do nosso próprio tempo, temos de determinar,<br />
de forma exata, os nossos objetivos e mantê-los<br />
atualiza<strong>dos</strong>, em função <strong>dos</strong> acontecimentos e<br />
das nossas próprias expectativas.<br />
Nada que não seja prioritário deve ser transferido<br />
para outra hora ou data mais oportuna. Saber<br />
dizer não é uma virtude e não um defeito. Nunca<br />
se deve esquecer que mais vale um cliente contente<br />
do que dois insatisfeitos.<br />
João Vieira<br />
Diretor<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03
Produto estrela<br />
Michelin CrossClimate SUV<br />
Desempenho regular<br />
Com o CrossClimate, disponível, agora, também para SUV, a Michelin criou um<br />
pneu de verão com características de pneu de inverno. Tendo uma gama composta<br />
por 11 medidas, para jantes de 17” a 19”, este revolucionário produto destaca-se por<br />
anunciar um desempenho regular em todas as estações do ano<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Antes de mais, esclareça-se que o Michelin<br />
CrossClimate SUV não é um<br />
pneu “All Season” ou “All Weather”.<br />
Trata-se, em vez disso, do primeiro<br />
pneu de verão a obter certificação de pneu<br />
de inverno. Contudo, não ostenta o símbolo<br />
3PMSF (montanha de três picos com um floco<br />
de neve no interior) nem a inscrição M+S (Mud<br />
& Snow). Quer isto dizer, que o CrossClimate<br />
SUV também não é um pneu de inverno. Com<br />
este novo produto, a Michelin desenvolveu<br />
um pneu de verão para ser utilizado durante<br />
todo o ano, não sendo necessário dispor de<br />
dois jogos de pneus (um para verão, outro<br />
para inverno).<br />
Disponível em 11 medidas, para<br />
jantes de 17” a 19”, o CrossClimate<br />
SUV deve a sua eficácia,<br />
essencialmente, a três características.<br />
A primeira (e mais<br />
importante), é o composto<br />
de borracha que utiliza. A<br />
fórmula é muito idêntica à<br />
de um pneu de inverno e contém sílica de alta<br />
qualidade, que permite reduzir a temperatura<br />
que o pneu atinge ao rolar, diminuindo, assim,<br />
o coeficiente de resistência ao rolamento e,<br />
consequentemente, o consumo de combustível.Além<br />
disso, o composto de borracha<br />
tem estabilidade suficiente para se moldar às<br />
irregularidades do asfalto e conseguir maior<br />
aderência, independentemente da temperatura<br />
ambiente e do tipo de piso.<br />
A segunda, é a escultura do pneu. A Michelin<br />
desenvolveu um desenho combinado (transversal/diagonal)<br />
do piso, com o centro em<br />
forma de “V” e ângulo variável, que traz maior<br />
aderência e tração, tanto em linha reta como<br />
em curva, ao acelerar e ao travar em piso seco,<br />
em piso molhado e com neve.Este desenho<br />
é combinado com lâminas tridimensionais<br />
de espessura variável que, a partir do interior<br />
do taco, penetram com uma geometria em<br />
ziguezague e não plana. Os ângulos bisela<strong>dos</strong><br />
<strong>dos</strong> tacos também dão uma ajuda. Com este<br />
tipo de desenho, obtém-se melhor tração em<br />
neve e maior estabilidade e capacidade<br />
de travagem em piso seco.<br />
A terceira (e última) característica<br />
principal do Michelin CrossClimate<br />
SUV diz respeito à sua arquitetura,<br />
ou seja, à estrutura<br />
interna de capas e reforços<br />
nos flancos e na banda de<br />
rolamento que compõe a<br />
parte interior do pneu. ♦<br />
04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 05
Equipamento do mês<br />
HPA FAIP M 1032 Gold<br />
Versão dourada<br />
Comercializado pela Gonçalteam, o HPA FAIP M 1032 consiste num inovador<br />
desmonta pneus super-automático de acionamento hidráulico, para jantes<br />
de 13” a 32”. Na versão Gold, inclui sistema de enchimento Inflatron, elevador<br />
de roda e câmara de vídeo<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Anunciado como a solução ideal para os profissionais do setor,<br />
o M 1032 da HPA FAIP é recomendado pelos fabricantes de<br />
pneus premium para modelos Run Flat. Todas as características<br />
que integra colocam-no no nível máximo de excelência<br />
face ao que, hoje, existe no mercado nacional. O desmonta pneus<br />
super-automático M 1032 permite operar com a máxima segurança<br />
em qualquer tipo de roda para veículos de transporte ligeiro (jantes<br />
de 13” a 32”), sem nunca entrar em contacto com a jante.<br />
O movimento coordenado das ferramentas de trabalho e da roda<br />
reduzem, consideravelmente, as tensões no pneu.E a crescente utilização<br />
de jantes de liga leve, cromadas e repintadas, fazem com<br />
que este equipamento nunca esteja em contacto com a jante. Nem<br />
sequer com as proteções de plástico. A pré-seleção do diâmetro da<br />
jante, com o consequente posicionamento automático da roda em<br />
relação ao revolver automático, bem como o movimento coordenado<br />
entre o eixo da roda e o revolver, asseguram grande facilidade de<br />
trabalho e excelente precisão.<br />
Disponível em várias versões, o M 1032 inclui, na especificação Gold,<br />
além de elevador de roda, pressionador de talão e câmara de vídeo,<br />
um sistema de enchimento Inflatron. Este equipamento da italiana<br />
HPA FAIP não requer nenhum esforço físico por parte do operador,<br />
graças à tecnologia “Lever-Less” de que faz uso.<br />
Entre as características funcionais do M 1032 Gold, destacam-se os<br />
seguintes: autocentrante eletromecânico inteligente com movimento<br />
axial hidráulico (sistema patenteado no qual o eixo da roda se move<br />
em simultâneo com a ferramenta para assegurar precisão e eficácia);<br />
consola de coman<strong>dos</strong> móvel (pode ser colocada na posição mais ergonómica,<br />
dispondo de coman<strong>dos</strong> simples e intuitivos, sendo muito<br />
fácil de usar); ecrã tátil interativo (comandado por microprocessador,<br />
mostra as diferentes fases de trabalho); ferramenta revolver multifunção<br />
(inclui quatro ferramentas inovadoras); ferramenta do braço inferior<br />
reclinável; disco descolador inferior autónomo; quatro pedais (rotação<br />
autocentrante,bloqueio da roda, desbloqueio da roda e insuflação). ♦<br />
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS<br />
Diâmetro da jante 13” a 32”<br />
Binário de rotação<br />
1.200 Nm<br />
Velocidade de rotação<br />
7-18 rpm<br />
Diâmetro máximo do pneu 1.200 mm (47”)<br />
Largura máxima do pneu 400 mm (16”)<br />
Força de descolagem superior e inferior<br />
900 kg<br />
Pressão hidráulica de funcionamento<br />
120 bar<br />
Nível de ruído em serviço<br />
≤ 70 dB (A)<br />
Motor elétrico<br />
0.98 kW – 50/60 Hz<br />
Motor hidráulico<br />
0.80 kW – 50/60 Hz<br />
Alimentação elétrica<br />
1 Ph – 200/230 V<br />
Peso máximo da roda<br />
80 kg<br />
Peso da máquina (com elevador de roda)<br />
500 kg<br />
06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 07
Destaque Balanço 2016<br />
Um ano<br />
de encher as medidas<br />
O mercado de pneus em Portugal encheu as medidas em 2016. A maioria <strong>dos</strong><br />
fabricantes premium contacta<strong>dos</strong> pela <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> faz um balanço “muito<br />
positivo” do ano e acredita que a tendência continuará a ser de crescimento do<br />
mercado em vários segmentos<br />
Por: Jorge Flores<br />
08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
Contra algumas expectativas iniciais<br />
mais reservadas, o mercado de<br />
pneus em Portugal manteve uma<br />
forte tendência de crescimento em<br />
2016. Para a maioria <strong>dos</strong> fabricantes de prestígio<br />
contacta<strong>dos</strong> pela <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, o<br />
balanço do ano dificilmente poderia ser mais<br />
positivo. Uma tendência que se alarga aos<br />
vários segmentos disponíveis no mercado:<br />
premium, quality e budget.<br />
“Sabemos que, na prática, é muito difícil, pois<br />
quando a maior parte faz o contrário, os outros<br />
acabam por ter de seguir essa prática. Mas se<br />
to<strong>dos</strong> forem assim, qualquer dia, a margem<br />
libertada pelos pneus acabará por não gerar<br />
o cash flow que cada empresa necessita”, avisa.<br />
A seu favor, a Bridgestone Portugal conta<br />
w CAMINHADA POSITIVA<br />
André Bettencourt, diretor de marketing<br />
da Bridgestone Portugal, descreve como<br />
“muito positivo” o balanço para as marcas<br />
que representa nestas três categorias. No<br />
seu entender, tal justifica-se, em parte, com<br />
o “lançamento do novo DriveGuard, que apesar<br />
de ter começado como um produto de<br />
nicho, tem vindo a cimentar a sua posição no<br />
mercado com muito boa recetividade. Tanto<br />
por parte <strong>dos</strong> retalhistas, como pelo ‘Boss’<br />
(consumidor final), temos registado um forte<br />
incremento, em especial nos segmentos de<br />
jantes de maiores dimensões, fruto, é certo,<br />
também, da característica do mercado, com<br />
veículos que recorrem a medidas cada vez<br />
maiores, mas, também, pela tipologia <strong>dos</strong><br />
nossos clientes”, sublinha. “Ao contrário do<br />
que vamos percebendo da informação que<br />
vamos obtendo do mercado, o nosso sell-in e<br />
sell-out tem estado num sentido proporcional.<br />
Quando efetuamos estu<strong>dos</strong> de mercado junto<br />
<strong>dos</strong> nossos clientes, percebemos que um bom<br />
mês de sell-in tem sido proporcional a um<br />
bom mês de sell-out”, refere. “Como é óbvio”,<br />
acrescenta André Bettencourt, “em termos<br />
de sell-in, baseamo-nos sempre nos da<strong>dos</strong><br />
do Europool que obtemos cruzando-os com<br />
os que a Valorpneu também disponibiliza. E<br />
mesmo com todas as diferenças, conseguimos<br />
perceber que os nossos produtos são com-<br />
pra<strong>dos</strong> pelas oficinas e, mais cedo ou mais<br />
tarde, entram em comercialização, o que diz<br />
muito da boa aceitação no mercado nacional<br />
das marcas Bridgestone, Firestone, Dayton e<br />
Seiberling”, salienta o responsável.<br />
Olhando para 2017, André Bettencourt acredita<br />
que o mercado nacional de sell-in manterá<br />
o seu crescimento. “Poderemos discutir se<br />
o mesmo se deve à vitalidade do mercado<br />
doméstico ou às exportações, mas perante<br />
a forma de analisarmos o nosso trabalho em<br />
termos de quotas de mercado, o que se regista<br />
é um crescimento geral, tanto em ligeiros<br />
como em comerciais, mas uma queda em 4x4.<br />
Para 2017, queremos e vamos continuar a<br />
nossa caminhada positiva e não vemos motivos<br />
para não acreditar que a mesma não<br />
seja alcançada”, afirma.<br />
No seu entender, é fundamental para a saúde<br />
do mercado que se coloque o preço de venda<br />
na “rentabilidade” do negócio e não colocar um<br />
valor unitário em cima do preço de compra.<br />
com uma “rede de clientes sólida. Os mais<br />
fortes têm sido capazes de modernizar-se e<br />
de fazer face às dificuldades”. Além disso, “a<br />
rede First Stop cresce tanto em número como<br />
em qualidade, com mais serviços efetua<strong>dos</strong><br />
e maior envolvimento <strong>dos</strong> especialistas de<br />
pneus em áreas como a mecânica automóvel.<br />
Os nossos produtos têm sido reconheci<strong>dos</strong><br />
como produtos de eleição e o DriveGuard é,<br />
claramente, uma pedrada no charco, que, aos<br />
poucos, vai ganhando a sua posição. Por isso,<br />
estamos muito otimistas quanto ao nosso<br />
desempenho em 2017, mas cientes que temos<br />
uma concorrência com a mesma vontade e<br />
otimismo”, vaticina André Bettencourt.<br />
w CONSOLIDAR POSIÇÃO<br />
Pedro Teixeira, diretor-geral da Continental<br />
<strong>Pneus</strong> Portugal, também descreve 2016 como<br />
“um ano muito positivo”. De resto, “em linha<br />
com o que tem sido os últimos anos”. O responsável<br />
faz questão de recordar que, “em<br />
2013, alcançámos a liderança do mercado<br />
português de pneus ligeiros (segundo da<strong>dos</strong><br />
da ETRMA e do Departamento de Marketing<br />
Intelligence da Continental)”. E continua. “Em<br />
2015, alcançámos o melhor resultado de<br />
vendas de sempre, com um crescimento na<br />
ordem <strong>dos</strong> 10% face a 2014. Este ano, está<br />
a ser, sobretudo, um ano de consolidação<br />
da nossa estratégia de crescimento, em que<br />
nos propusemos reforçar a nossa posição no<br />
mercado de ligeiros e veículos industriais e<br />
um crescimento ambicioso no segmento de<br />
pesa<strong>dos</strong>”, sublinha.<br />
Para o responsável, não existem “fórmulas<br />
únicas” para o sucesso do negócio. “Na gene-<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09
Destaque Balanço 2016<br />
ralidade, olhando para a dimensão e competitividade<br />
do mercado, diria que a diversificação<br />
do negócio é indispensável. Mas, para tal,<br />
outros aspetos terão de ser prioriza<strong>dos</strong>. Começando<br />
pelo reconhecimento das necessidades<br />
da organização. Aqui, a formação é, de<br />
facto, essencial, permitindo aos proprietários<br />
adquirirem maiores competências para gerir<br />
o mesmo, em linha com os atuais e futuros<br />
desafios que o mercado nos coloca”, reforça<br />
Pedro Teixeira. E explica. “Há todo um conjunto<br />
de competências - gestão financeira,<br />
técnica, organizacional, de recursos humanos,<br />
atendimento ao cliente e comunicação – que,<br />
hoje, são fundamentais para concorrer num<br />
mercado onde o detalhe é o principal fator<br />
distintivo para dar resposta a um consumidor<br />
cada vez mais informado e exigente”.<br />
Outro fator essencial para a sustentabilidade<br />
do PDV no mercado, onde a Continental <strong>Pneus</strong><br />
Portugal tem investido, é na “associação em<br />
rede”. Para a mesma fonte, trata-se de uma<br />
“realidade incontornável”. Além disso, o “apoio<br />
em parceiros fortes, como é o caso da Continental,<br />
nomeadamente, através da rede<br />
ContiService, pode ser importante para obter<br />
alguns <strong>dos</strong> recursos necessários para garantir<br />
a viabilidade e o crescimento do negócio”.<br />
Para 2017, o objetivo será continuar a crescer,<br />
em to<strong>dos</strong> os segmentos, “consolidando<br />
a nossa liderança no mercado de ligeiros”,<br />
garante. Quanto ao sell-out, “queremos reforçar<br />
e aumentar a nossa notoriedade como<br />
marca de referência junto do consumidor final.<br />
Queremos, claramente, ser a marca número<br />
um no top of mind <strong>dos</strong> consumidores, mas<br />
queremos, sobretudo, ser reconheci<strong>dos</strong> pelo<br />
cliente final como uma marca que alia a segurança<br />
ao desenvolvimento tecnológico, para<br />
uma performance top, indo ao encontro das<br />
mais exigentes necessidades do mercado”,<br />
reforça o responsável.<br />
Para Pedro Teixeira, o ponto de venda continua<br />
a ter um “papel fundamental no processo de<br />
venda”. E é um <strong>dos</strong> principais pontos de contacto<br />
entre a nossa marca e o consumidor final.<br />
Este é e continuará a ser um <strong>dos</strong> principais<br />
desafios. Em termos de sell-in continuaremos<br />
a trabalhar para ser a marca de confiança e de<br />
referência <strong>dos</strong> nossos parceiros, ajudando-os<br />
a serem mais competitivos e a desenvolverem<br />
o seu negócio”, afirma.<br />
w MELHORIA DOS INDICADORES<br />
Da parte da Goodyear Dunlop, o mercado<br />
“continua a manifestar-se positivo”, tanto em<br />
sell-in como em sell-out. Segundo fonte oficial<br />
do grupo, o “crescimento deverá andar<br />
entre os 3 e os 5% e orientado pela melhoria<br />
<strong>dos</strong> indicadores, tanto económicos como do<br />
próprio setor, que serão positivos, ainda que<br />
cresçam a um ritmo mais lento”.<br />
As duas marcas consideram que, como fabri-<br />
10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11
Destaque Balanço 2016<br />
<strong>Pneus</strong> do futuro<br />
REVOLUÇÃO EM MARCHA<br />
O mercado <strong>dos</strong> pneus é um “veículo” em<br />
marcha rumo ao futuro. Não para a pretexto<br />
de nada. E o papel <strong>dos</strong> fabricantes é<br />
serem eles os protagonistas dessa evolução<br />
permanente. André Bettencourt, diretor de<br />
marketing da Bridgestone Portugal, acredita<br />
que o futuro <strong>dos</strong> pneus estará “sempre<br />
dependente da evolução do ramo automóvel<br />
e da legislação do setor”, afirma. “<strong>Pneus</strong><br />
mais largos, pneus mais estreitos, pneus às<br />
cores, com relevos, com mais ou menos<br />
rasgos, tudo isso será em função do que<br />
o mercado solicitar. Mas, na verdade, os<br />
pneus com qualidade real e percebida serão<br />
sempre aqueles que terão futuro”, explica.<br />
Segundo o mesmo responsável, em 2020,<br />
“vamos continuar a ter produtos revolucionários,<br />
como foi por exemplo o RFT e,<br />
agora, o DriveGuard, que, no fundo, é a<br />
tecnologia RFT para to<strong>dos</strong>. Sabemos que<br />
o futuro trará o pneu redondo por muitos<br />
mais anos, mas a dúvida será como é que<br />
o mesmo funcionará. São estes dilemas<br />
que temos, hoje, em fase de desenvolvimento,<br />
mas a curto prazo só as marcas<br />
com tecnologia para garantir qualidade<br />
e responderem às exigências das marcas<br />
de automóveis é que poderão sobreviver”,<br />
acrescenta. E conclui o seu raciocínio: “Se<br />
o futuro <strong>dos</strong> automóveis forem, realmente,<br />
os veículos movi<strong>dos</strong> a energia elétrica…<br />
então o Grupo Bridgestone está bem posicionado,<br />
pois foi o primeiro fabricante a<br />
fazê-lo, exclusivamente, para o primeiro<br />
veículo 100% elétrico da BMW: i3”.<br />
Pedro Teixeira, diretor-geral da Continental<br />
<strong>Pneus</strong> Portugal, prefere focar-se<br />
noutro prisma. “Numa sociedade onde<br />
conceitos como evolução, otimização,<br />
tecnologia, segurança, eficácia, satisfação<br />
do cliente, notoriedade, qualidade, sustentabilidade,<br />
performance e mobilidade<br />
alargada traduzem uma parte importante<br />
da realidade atual e futura, os pneus que<br />
melhor conseguirem integrar e traduzir<br />
estes conceitos serão os que o mercado vai<br />
procurar”, afirma. Mas, sem dúvida, “que<br />
o futuro <strong>dos</strong> pneus estará sempre intrinsecamente<br />
ligado ao desenvolvimento do<br />
setor automóvel”, reforça. E, nesse contexto,<br />
aponta para o segmento UHP (Ultra High<br />
Performance). “Insere-se nestes conceitos e<br />
é, certamente, um segmento a ter em conta<br />
no futuro pela força do seu crescimento.<br />
Outro segmento que, hoje, ainda tem ➞<br />
cantes de pneus, “é muito importante oferecer<br />
às oficinas numerosos benefícios, para que<br />
estes possam, por sua vez, disponibilizar um<br />
serviço distintivo aos seus clientes e assegurar<br />
a sua própria sustentabilidade e diferenciação<br />
face à concorrência”. De acordo com a mesma<br />
fonte, a principal preocupação da Goodyear<br />
Dunlop é apoiar os seus clientes em áreas como,<br />
por exemplo, “a gestão do negócio, numa<br />
formação contínua e presencial, adaptada às<br />
necessidades, criação de negócio através de<br />
ações promocionais a nível local ou nacional,<br />
apoio à implementação de atividades locais<br />
vinculadas à marca, rapidez e disponibilidade<br />
na entrega de pneus, condições comerciais<br />
específicas, ferramentas de financiamento<br />
para clientes finais, sistemas informáticos de<br />
gestão, acor<strong>dos</strong> com empresas de renting e<br />
grandes frotas, bem como suporte das marcas<br />
Goodyear Dunlop”, destacam.<br />
Segundo fonte oficial do grupo, “somos marcas<br />
de proximidade e o nosso êxito reside na<br />
atenção personalizada e cuidada ao cliente<br />
final. É a pensar nele, que tentamos fornecer<br />
às nossas oficinas as melhores ferramentas<br />
para gerar tráfego ao ponto de venda, bem<br />
como a formação adequada aos funcionários,<br />
com o objetivo de oferecer uma experiência<br />
o mais profissional possível ao nosso<br />
cliente, aliada a um serviço de assessoria e<br />
qualidade que supere as expectativas”. Para<br />
concluir, afirmam que, “num mercado em<br />
que estamos constantemente expostos a<br />
uma atividade promocional agressiva, que<br />
reduz os preços e diminui as margens, a solução<br />
passa por criar valor para o consumidor<br />
final, oferecendo um serviço personalizado,<br />
de confiança e com todas as garantias.<br />
Ainda que os serviços de pneus continuem a<br />
seguir a linha principal de negócio das oficinas,<br />
devemos continuar foca<strong>dos</strong> na diversificação<br />
de negócio, vinculando-nos, cada vez<br />
mais, a serviços de mecânica e oferecendo<br />
um serviço integral ao cliente”.<br />
w ANO DA CONFIRMAÇÃO<br />
Elena Ballista, country manager da Pirelli Portugal,<br />
por sua vez, considera 2016 como o “ano<br />
da confirmação, especificamente no segmento<br />
premium, onde a nossa marca está a ter uma<br />
12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
evolução muito acima da média do mercado”.<br />
Segundo afirma, o “aumento da Pirelli neste<br />
segmento de pneus está relacionado com a<br />
posição de liderança que ocupa como equipamento<br />
de origem para viaturas de gama<br />
alta, assim como é influenciado pela contínua<br />
alteração do parque automóvel, onde os veículos,<br />
mesmo os de cilindradas mais baixas<br />
e comuns, já vêm equipa<strong>dos</strong> com medidas<br />
de jantes maiores”. Quanto ao sell-out, “em<br />
2016, a Pirelli consolidou a sua presença nos<br />
pontos de venda como marca referência para<br />
o consumidor final, uma vez que a sua gama<br />
tem capacidade para dar resposta às múltiplas<br />
necessidades <strong>dos</strong> utilizadores”, esclarece<br />
a country manager da Pirelli Portugal à <strong>Revista</strong><br />
<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />
Para Elena Ballista, prioritário para assegurar a<br />
sustentabilidade <strong>dos</strong> pontos de venda é a “base<br />
do nosso programa, denominado Key Point,<br />
que apoia os melhores pontos de venda do<br />
mercado e através do qual, desde há uns anos,<br />
oferece uma proposta de valor ao apresentar<br />
um produto de excelência de acordo com as<br />
necessidades do cliente”. A política comercial<br />
da empresa, assegura, “está, essencialmente,<br />
focada em apoiar os pontos de venda, através<br />
de uma gama que se baseia numa proposta<br />
de produtos tecnologicamente avança<strong>dos</strong> e<br />
que respondam às necessidades de cada consumidor<br />
em termos de economia de consumo<br />
de combustível e segurança na condução, entre<br />
outros parâmetros”. Por outras palavras,<br />
“acreditamos que a nossa política comercial<br />
deve proporcionar uma margem comercial<br />
que permita a sustentabilidade económica<br />
do ponto de venda, uma vez que garante o<br />
posicionamento da marca”.<br />
Por fim, “consideramos que a excelência no<br />
serviço ao consumidor e a imagem do ponto<br />
de venda são outros aspetos importantes a ter<br />
em conta para uma correta sustentabilidade<br />
do negócio”, sublinha Elena Ballista.<br />
As expectativas para 2017? “No que concerne<br />
a sell-in, após alguns anos de crise e de retenção<br />
económica, em 2016, os indicadores revelam<br />
uma recuperação e maior estabilidade do<br />
mercado”, diz. “A nível do mercado nacional,<br />
as vendas <strong>dos</strong> principais fabricantes de pneus<br />
obtiveram um crescimento de, aproximadamente,<br />
6% face a 2015. Esta tendência positiva<br />
é particularmente evidente pelo aumento<br />
significativo das marcas budget, que quase<br />
triplicaram os valores face às marcas premium<br />
e quality. Existem muitas e diversas razões<br />
para acreditar que esta tendência se possa<br />
repetir em 2017. O mesmo está acontecer<br />
em sell-out, onde a estagnação <strong>dos</strong> últimos<br />
anos se inverteu e também esperamos que<br />
o novo ano se inicie com uma percentagem<br />
positiva”, conclui. ♦<br />
➞ pouca expressão, mas que, no futuro,<br />
vai crescer, são os produtos desenvolvi<strong>dos</strong><br />
especificamente para equipar os veículos<br />
elétricos e híbri<strong>dos</strong> e no qual a Continental<br />
já está a apostar com a gama Conti.eContact.<br />
Acreditamos que as marcas que tiverem<br />
capacidade para antecipar tendências<br />
e necessidades, bem como dar resposta a<br />
estes nichos de mercado, serão as que melhores<br />
desempenhos terão no futuro”.<br />
Já a Goodyear Dunlop, olha para o horizonte<br />
<strong>dos</strong> pneus e vê os RunOnFlat. “A<br />
tecnologia RunOnFlat, que desenvolvemos<br />
há décadas, põe em evidência a aposta do<br />
grupo na inovação. E o seu compromisso<br />
no fabrico de pneus seguros e eficientes.<br />
Graças, em parte, às suas laterais reforçadas,<br />
os RunOnFlat da Goodyear não se<br />
esvaziam nem afundam com o peso do<br />
automóvel quando se tem um furo e, por<br />
isso, permitem aos condutores manter o<br />
controlo do volante, mesmo que o pneu<br />
perca todo o ar”. Para a mesma fonte, com<br />
esta tecnologia de vanguarda, “muitos <strong>dos</strong><br />
perigos e inconvenientes associa<strong>dos</strong> a um<br />
furo, simplesmente, desaparecem. E mais:<br />
não é necessário transportar um pneu de<br />
substituição, algo que não acontece com<br />
outros sistemas similares que têm aparecido<br />
nos últimos tempos”, acrescenta.<br />
E qual é a visão de Elena Ballista, country<br />
manager da Pirelli Portugal? “To<strong>dos</strong> os<br />
pneus que não apresentam evolução e que<br />
não acompanham o desenvolvimento da<br />
indústria automóvel e das novas formas<br />
de mobilidade sustentável, não têm lugar<br />
no futuro”, começa por afirmar. Por isso,<br />
a “Pirelli acompanha toda esta tendência,<br />
por vezes, antecipando as necessidades<br />
<strong>dos</strong> construtores de automóveis e as preocupações<br />
da sociedade mundial referente<br />
ao meio ambiente e segurança. Através da<br />
nossa gama Cinturato, referência em termos<br />
de economia de consumo de combustível<br />
e segurança, do Run Flat ou da Seal<br />
Inside, tecnologia de fabrico que permite<br />
ao condutor continuar a conduzir mesmo<br />
em situação de perda de ar do pneu, ou<br />
PNCS, a ‘esponja’ que reduz o ruído no<br />
interior do habitáculo, pretendemos seguir<br />
no futuro como marcas referência do<br />
setor”, enfatiza Elena Ballista.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 13
Evento<br />
14.° Encontro Valorpneu<br />
Estado da nação<br />
Este ano, o Encontro da rede Valorpneu, o 14.° da sua história, realizou-se em<br />
Unhais da Serra, distrito de Castelo Branco. Nos dias 9 e 10 de novembro, houve<br />
animação, descontração, debateram-se os problemas do setor e fez-se o balanço<br />
da entidade gestora. Em suma, falou-se sobre o estado da nação<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
To<strong>dos</strong> os anos, a rede Valorpneu escolhe<br />
uma localização diferente para<br />
realizar os seus encontros. Em 2016,<br />
mais concretamente nos dias 9 e 10<br />
de novembro, o palco escolhido foi Unhais<br />
da Serra, no distrito de Castelo Branco. O primeiro<br />
dia foi de animação e descontração.<br />
Os parceiros da entidade gestora dividiram-<br />
-se entre uma “boleia” do piloto João Lopes,<br />
atual Campeão Nacional de Todo-o-Terreno,<br />
em Polaris RZR 1000, ou uma visita ao Centro<br />
de Moagem do Fundão. De regresso ao hotel,<br />
os convida<strong>dos</strong> usufruíram do Centro Termo-<br />
-Lúdico Aquadome do H2otel, seguindo-se<br />
um jantar com animação na Quinta da Hera.<br />
w PONTO ALTO<br />
Na manhã do dia seguinte, a animação e descontração<br />
deram lugar a um ambiente mais<br />
formal e pleno de concentração. A sessão de<br />
trabalho foi o ponto alto deste 14.° Encontro.<br />
Além do bom desempenho da Valorpneu<br />
durante o ano 2016, que continua, segundo<br />
os seus responsáveis, a ser um case study ao<br />
nível da eficiência de recursos no domínio <strong>dos</strong><br />
pneus usa<strong>dos</strong> e um exemplo a seguir por outras<br />
congéneres europeias, estiveram em cima da<br />
mesa alguns constrangimentos que requerem<br />
rápida resolução e que estão, neste momento,<br />
na posse da Secretaria de Estado do Ambiente.<br />
14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
A falta de enquadramento legal estável e ajustado,<br />
condicionando a atividade da Valorpneu<br />
e criando alguma instabilidade nos operadores,<br />
a alteração da meta de recauchutagem<br />
desajustada com a realidade, a abstenção na<br />
implementação de políticas que incentivem a<br />
utilização de pneus recauchuta<strong>dos</strong> e de materiais<br />
recicla<strong>dos</strong> de PU e ainda o investimento<br />
em novas aplicações de granulado e pó de<br />
borracha, foram os temas prioritários que estiveram<br />
em debate e que fizeram parte do<br />
discurso de abertura de Hélder Pedro, gerente<br />
da Valorpneu e secretário-geral da ACAP.<br />
A seguir, na sua intervenção, Climénia Silva,<br />
diretora-geral da Valorpneu, para além <strong>dos</strong><br />
pontos acima menciona<strong>dos</strong>, abordou ainda<br />
o trabalho desenvolvido ao longo de 2016<br />
pela entidade gestora e por to<strong>dos</strong> aqueles<br />
que operam no Sistema Integrado de Gestão<br />
de <strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong> (SGPU), contribuindo, a nível<br />
económico, com as suas atividades diretas e<br />
indiretas. As quais contribuem com cerca de<br />
78 milhões de euros para o Produto Interno<br />
Bruto (PIB) e evitam 45 milhões de importações<br />
liquidas. Além de permitirem criar, a nível social,<br />
2.000 postos de trabalho, <strong>dos</strong> quais 970 diretos.<br />
Além do aumento de produtores aderentes,<br />
que, este ano, cresceu 4% relativamente ao<br />
anterior, fixando-se nos 2.050, a grande preocupação<br />
da Valorpneu diz respeito à fidelização<br />
destas entidades. “Para isso, existe uma<br />
interação contínua com to<strong>dos</strong> os aderentes<br />
e um trabalho permanente na simplificação<br />
<strong>dos</strong> processos”, deu conta Climénia Silva.<br />
Palmiresíduos venceu Prémio de Desempenho<br />
CHEQUE DE €5.000 FOI ENTREGUE A PAULO FERREIRA<br />
A empresa Palmiresíduos foi a vencedora, em 2016, do prémio de Desempenho de Ponto de<br />
Recolha da rede Valorpneu, repetindo o feito alcançado em 2013. Esta escolha foi realizada quer<br />
com base em critérios pré-defini<strong>dos</strong> quer no desempenho obtido nos perío<strong>dos</strong> correspondentes<br />
ao segundo semestre de 2015 e primeiro semestre de 2016. Os resulta<strong>dos</strong> foram, depois, valida<strong>dos</strong><br />
pela empresa de auditoria Ernst & Young.<br />
Sediada em Alijó, no distrito de Vila Real, a Palmiresíduos pertence à rede Valorpneu desde o<br />
final de 2003 e desenvolve a sua atividade, essencialmente, na gestão global de resíduos, sendo,<br />
hoje, uma referência no mercado pela qualidade do serviço prestado. A sua atividade assenta<br />
num Sistema de Gestão Integrado de Qualidade e Ambiente, que se encontra certificado pela<br />
SGS. O prémio, no valor de €5.000, foi entregue ao representante da empresa, Paulo Ferreira,<br />
pela diretora do Departamento de Resíduos da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Ana<br />
Cristina Carrola, no âmbito do 14.° Encontro Valorpneu.<br />
w ORGANIZAÇÃO ESCAPE LIVRE<br />
Com o intuito de diversificar as aplicações de<br />
produtos inovadores deriva<strong>dos</strong> de pneus usa<strong>dos</strong>,<br />
a Valorpneu decidiu repensar o tradicional<br />
Prémio Inovação (Prémio Inov.Ação), com uma<br />
nova dinâmica e chegando mais perto das empresas.<br />
Até final 2016, será, por isso, divulgada<br />
a nova abordagem desta distinção. No 14.° Encontro,<br />
a sessão de trabalho foi enriquecida por<br />
Ana Cristina Carrola, diretora do departamento<br />
de Resíduos da APA, que fez uma apresentação<br />
sobre a importância da Economia Circular no<br />
mundo globalizado. Na sessão, foi, igualmente,<br />
entregue o Prémio de Desempenho de Ponto<br />
de Recolha 2016 (ver caixa).<br />
Sem esquecer a vertente de responsabilidade<br />
social e ambiental, todas as emissões<br />
geradas pela realização deste 14.° Encontro<br />
serão compensadas através da associação<br />
da Valorpneu à Quercus na continuidade do<br />
projeto LIFE-Taxus.<br />
O Encontro Anual da rede Valorpneu foi, este<br />
ano, organizado pelo Clube Escape Livre, naquela<br />
que foi a quarta vez que tal aconteceu,<br />
seguindo-se às edições de 2007, 2009 e 2013.<br />
Este evento reuniu to<strong>dos</strong> os parceiros da Valorpneu,<br />
nomeadamente, operadores de pontos<br />
de recolha, transportadores, valorizadores<br />
e outras entidades que se relacionam com o<br />
sistema. E foi, uma vez mais, um espaço de<br />
partilha de experiências e de debate sobre as<br />
mais recentes evoluções do Sistema Integrado<br />
de Gestão de <strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong> (SGPU).<br />
A terminar, aqui ficam alguns da<strong>dos</strong> forneci<strong>dos</strong><br />
por Climénia Silva, diretora-geral da<br />
Valorpneu: “Em 2016, estima-se que o total<br />
do mercado de pneus de substituição e de<br />
veículos cresça cerca de 5% face a 2015; prevê-<br />
-se que sejam recolhi<strong>dos</strong>, este ano, cerca de<br />
84 mil toneladas de pneus usa<strong>dos</strong> (o que,<br />
a confirmar-se, corresponderá a um ligeiro<br />
aumento face a 2015); os pneus recolhi<strong>dos</strong> em<br />
2016 são, maioritariamente, recicla<strong>dos</strong> (56%),<br />
sendo que, para recauchutagem e reutilização,<br />
registamos cerca de 16%, com os restantes<br />
28% a terem como finalidade a valorização<br />
energética; estima-se que, em 2016, os objetivos<br />
de gestão fixa<strong>dos</strong> na licença da Valorpneu<br />
para recolha e reciclagem <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong><br />
sejam novamente ultrapassa<strong>dos</strong>”. ♦<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15
Atualidade<br />
Sensibilidade e emoção<br />
No final de novembro, foi apresentado, em Paris, o Calendário Pirelli 2017, criado<br />
por Peter Lindbergh, um <strong>dos</strong> mais talentosos fotógrafos do mundo. A sua visão<br />
singular mostra pessoas no estado puro, “com toda a honestidade”<br />
Por: João Vieira<br />
Com a edição de 2017, o mestre alemão<br />
torna-se no único fotógrafo a<br />
ser chamado para realizar o calendário<br />
Pirelli pela terceira vez, após o de<br />
1996, fotografado na Califórnia, no deserto de<br />
El Mirage, e o de 2002, realizado no estúdio<br />
da Paramount Pictures, em Los Angeles.<br />
Quem explica o fio condutor do Calendário<br />
Pirelli 2017 é o próprio fotógrafo: “Numa época<br />
em que as mulheres são apresentadas pelos<br />
media e por toda parte como embaixadoras<br />
da perfeição e da beleza, pensei que seria<br />
importante lembrar a to<strong>dos</strong> que existe uma<br />
beleza diferente, mais real e autêntica, e não<br />
manipulada pela propaganda ou outra coisa<br />
qualquer. Uma beleza que fala da individualidade,<br />
da coragem de ser quem se é e da<br />
sensibilidade”.<br />
O título “Emocional”, escolhido por Lindbergh,<br />
enfatiza a intenção das suas fotos: “Criar um<br />
calendário que não seja sobre corpos perfeitos,<br />
mas sobre a sensibilidade e a emoção,<br />
‘desnudando’ a alma das protagonistas, que<br />
ficam mais nuas do que o nu”.<br />
Para apresentar a sua ideia de beleza natural<br />
e de feminilidade, Lindbergh fotografou 14<br />
atrizes com fama internacional: Jessica Chastain,<br />
Penélope Cruz, Nicole Kidman, Rooney<br />
Mara, Helen Mirren, Julianne Moore, Lupita<br />
Nyong’o, Charlotte Rampling , Lea Seydoux,<br />
Uma Thurman, Alicia Vikander, Kate Winslet,<br />
Robin Wright e Zhang Ziyi.<br />
“O objetivo”, refere Lindbergh, “era retratar as<br />
16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
Calendário Pirelli 2017<br />
mulheres de uma forma diferente: fiz isso chamando<br />
atrizes que tiveram um papel importante<br />
na minha vida e, ao fotografá-las, fui-me<br />
aproximando delas o máximo possível. Como<br />
artista, sinto a responsabilidade de libertar as<br />
mulheres da ideia de juventude e de perfeição<br />
eternas. O ideal de beleza perfeita promovido<br />
pela sociedade é uma meta inatingível”. As<br />
sessões fotográficas foram realizadas entre<br />
de fast food e hotéis decadentes.<br />
Mas não é somente o cinema que caracteriza<br />
os trabalhos de Lindbergh. O fotógrafo<br />
é famoso, também, pela sua capacidade de<br />
trazer para as fotos elementos liga<strong>dos</strong> ao<br />
ambiente industrial da sua infância. E é, por<br />
isso, que, com o objetivo inicial de transferir<br />
para o calendário aspetos relaciona<strong>dos</strong> com a<br />
tecnologia e a indústria, Lindbergh também<br />
Perfil Peter Lindbergh<br />
Considerado um pioneiro em fotografia, Lindbergh<br />
introduziu uma nova forma de realismo,<br />
redefinindo os padrões de beleza com imagens<br />
intemporais. A sua abordagem humanista e a<br />
idealização das mulheres distingue-o de outros<br />
fotógrafos, já que privilegia a alma e a personalidade.<br />
Em tempos de excessivos retoques,<br />
Lindbergh mudou, drasticamente, os padrões<br />
da fotografia de moda, acreditando que há algo<br />
que torna uma pessoa interessante para além da<br />
idade. E explica: “Esta deve ser a responsabilidade<br />
<strong>dos</strong> fotógrafos de hoje. Libertar as mulheres<br />
e toda a gente da mania de juventude e perfeição”.<br />
A sua visão singular mostra a pessoa no seu<br />
estado mais puro, “com toda a honestidade”, evitando<br />
qualquer estereótipo ao retocar um rosto<br />
com quase nenhuma maquiagem, sem disfarce,<br />
melhorando a autenticidade e a beleza natural<br />
das mulheres que fotografa.<br />
maio e junho de 2016, em cinco localidades<br />
diferentes: Berlim, Los Angeles, Nova York,<br />
Londres e na praia francesa de Le Touquet.<br />
O resultado traduz-se num calendário composto<br />
por 40 fotografias, incluindo retratos<br />
e ambientes tiradas, não só, no estúdio mas,<br />
também, em vários espaços metropolitanos<br />
e cenários ao ar livre, como ruas, restaurantes<br />
realizou, durante a operação, inúmeras fotos<br />
no polo industrial da Pirelli, em Settimo<br />
Torinese, a fábrica tecnologicamente mais<br />
avançada do grupo.<br />
A preparação, as histórias e os protagonistas<br />
do Calendário Pirelli 2017 nos bastidores,<br />
podem ser visualiza<strong>dos</strong> no site www.pirellicalendar.com,<br />
a plataforma renovada recentemente,<br />
que permite visualizar a história de<br />
mais de 50 anos de The Cal por intermédio<br />
de filmes, entrevistas, fotografias e textos<br />
inéditos. Um <strong>dos</strong> conteú<strong>dos</strong> exclusivos da<br />
nova edição, a secção Making of The Cal,<br />
narra o processo de conceção e de realização<br />
do trabalho artístico do grande fotógrafo e<br />
da sua equipa. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 17
Atualidade<br />
Euromaster<br />
Felicidade<br />
continua a rodar<br />
A segunda edição de “A Roda da Felicidade” continua a<br />
rolar no Natal de 2016. Quem comprar pneus Michelin<br />
num <strong>dos</strong> 400 centros Euromaster, transforma-os em<br />
prendas para as crianças portuguesas carenciadas<br />
É<br />
como uma espécie de magia. Transformar<br />
pneus em prendas continua a ser o<br />
lema da segunda edição da campanha<br />
de Natal da Euromaster designada “A<br />
Roda da Felicidade”. Nesta iniciativa, que arrancou<br />
no passado dia 14 de novembro e que<br />
decorrerá até ao próximo dia 23 de dezembro,<br />
cada operação de mudança de pneus da marca<br />
Michelin, realizada nos mais de 400 centros de<br />
serviço Euromaster, reparti<strong>dos</strong> entre Espanha<br />
e Portugal, será convertida num presente, a<br />
ser entregue pela Cruz Vermelha Portuguesa<br />
às crianças desfavorecidas em solo nacional,<br />
através das suas delegações espalhadas por<br />
todo o país.<br />
Para Miguel Santos, responsável da rede Euromaster<br />
em Portugal, trata-se de uma “causa<br />
nobre”. E fez questão de realçar a importância<br />
Por: Jorge Flores<br />
de contar com o apoio da Michelin, “parceira<br />
de viagem” em toda a ação benemérita. Este<br />
ano, a ação tem uma diferença em relação ao<br />
ano passado. Mesmo quem não necessitar de<br />
trocar de pneus poderá, também, participar<br />
na iniciativa e dar o seu contributo.<br />
w RETRIBUIR À SOCIEDADE<br />
A piloto Elisabete Jacinto é o rosto da campanha<br />
em Portugal. “Primeiro, porque é uma<br />
pessoa encantadora e que aceitou ser embaixadora<br />
da causa de uma forma graciosa”,<br />
explica Miguel Santos. Depois, porque “partilha<br />
uma série de valores”, acrescenta o mesmo<br />
responsável, durante a apresentação da ação<br />
à comunicação social.<br />
Para Elisabete Jacinto, esta é uma oportunidade<br />
de retribuir o “carinho” que sente, desde sempre,<br />
da sociedade. “Gosto bastante do que faço<br />
e tenho andado muito, dedicado de corpo e<br />
alma, mas é uma atividade que nunca poderia<br />
exercer se não tivesse o apoio das pessoas em<br />
geral, de algumas empresas e pessoas. Sou<br />
daquelas cidadãs que sente uma dívida de<br />
gratidão muito grande para com a sociedade”,<br />
adianta a piloto. “Em muitos momentos difíceis<br />
que vivi, sozinha no meio do deserto, superei-<br />
-os pelas palavrinhas de apoio que as pessoas<br />
me davam cá”, conta. “Por isso, é, também, de<br />
alguma forma, a minha contribuição para a<br />
sociedade em que vivo. Acho a iniciativa da<br />
Euromaster espetacular. Tem vários pontos que<br />
vale a pena salientar. Um deles, é o facto de<br />
oferecer prendas às crianças. Pensamos sempre<br />
na massa e no arroz, que fazem falta e to<strong>dos</strong><br />
compreendemos isso, mas achamos que os<br />
brinque<strong>dos</strong> são instrumentos muito importantes<br />
no desenvolvimento das crianças. Brincar<br />
faz parte do crescimento emocional, motor,<br />
social. É uma necessidade das crianças. Pode<br />
fazer crescer de forma mais correta”, sublinha<br />
Elisabete Jacinto.<br />
w ONE STOP SHOP<br />
Na primeira edição de “A Roda da Felicidade”,<br />
a campanha fez chegar brinque<strong>dos</strong> a mais<br />
de 3.400 crianças em Portugal, com idades<br />
compreendidas entre 1 e 12 anos, num total<br />
superior a 20.000 crianças na Península Ibérica.<br />
A grande novidade desta edição de “A Roda da<br />
Felicidade” é a possibilidade de serem realiza<strong>dos</strong><br />
donativos diretamente à Cruz Vermelha<br />
Portuguesa, através da página web da campanha.<br />
Assim, mesmo quem não compre pneus<br />
Michelin numa oficina Euromaster, poderá contribuir<br />
para “A Roda da Felicidade”. Através da<br />
web e da página de Facebook da Euromaster.<br />
Quem comprar pneus Michelin nestas casas,<br />
receberá um autocolante alusivo à ação.<br />
Em conversa com a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, Miguel<br />
Santos mostra-se orgulhoso da campanha. E<br />
traça um cenário de crescimento para a rede<br />
Euromaster em Portugal. “Hoje, contamos com<br />
68 pontos de venda a nível nacional. E continuamos<br />
a trabalhar no sentido de expandir a<br />
rede”. Uma das apostas da rede passa, atualmente,<br />
pela loja online. “Mais uma forma de<br />
entrada para os centros Euromaster”, diz. Outro<br />
<strong>dos</strong> investimentos da rede reside na área <strong>dos</strong><br />
pesa<strong>dos</strong>. “Através da empresa OK24 Horas,<br />
conseguimos chegar, de forma mais rápida,<br />
junto <strong>dos</strong> camiões”. A ideia, explica, é garantir<br />
uma “one stop shop”. Ou seja, “cada cliente pode<br />
encontrar resposta para as suas necessidades<br />
com o veículo. É para onde caminhamos”, sublinha<br />
Miguel Santos.u<br />
18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 19
Salão<br />
6.ª edição da MECÂNICA<br />
<strong>Pneus</strong>, não faltaram<br />
Sendo parte integrante do aftermarket, uma vez que é sobre eles que o mercado<br />
rola, os pneus não podiam faltar no Salão MECÂNICA. Contudo, na edição de 2016,<br />
estes componentes estiveram presentes em número inferior face a 2015<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
A<br />
6.ª edição da MECÂNICA, que decorreu<br />
entre os dias 10 e 13 de novembro,<br />
foi a última que se realizou na<br />
Batalha. O anúncio foi feito por José<br />
Frazão, administrador da ExpoSalão, ainda a<br />
edição de 2016 não tinha fechado as suas portas.<br />
O próximo Salão de Equipamento Oficinal,<br />
Peças, Mecânica, Lubrificantes, Componentes<br />
e Acessórios para veículos ligeiros e pesa<strong>dos</strong>,<br />
realizar-se-á, de 24 a 26 de novembro de 2017,<br />
na FIL, em Lisboa, a par da EXPOTRANSPORTE<br />
- Salão Ibérico de Veículos Pesa<strong>dos</strong> e Ligeiros<br />
de Mercadorias e de Passageiros e Logística.<br />
De acordo com a ExpoSalão, “o objetivo passa<br />
por acompanhar o mercado em franca expansão<br />
e transpor a feira para a capital <strong>dos</strong> transportes,<br />
da logística e do aftermarket. Com a<br />
missão de potenciar o número de expositores<br />
e visitantes a nível ibérico e fazer do evento<br />
o grande ponto de encontro para to<strong>dos</strong> os<br />
profissionais que se movimentam neste setor<br />
tão dinâmico”, pôde ler-se em comunicado.<br />
No final <strong>dos</strong> quatro dias, segundo da<strong>dos</strong> da<br />
organização, estiveram na MECÂNICA, que se<br />
realizou, em simultâneo, com o Salão do Automóvel<br />
– Feira de Viaturas Novas e Semi-Novas,<br />
mais de 100 expositores e 25.600 visitantes. Ou<br />
seja, face à edição de 2015, a feira deste ano<br />
teve menos expositores mas mais visitantes.<br />
PNEURAMA<br />
Vizinha da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> na Batalha, a<br />
Pneurama, que considera o Salão MECÂNICA<br />
de extrema importância no panorama do setor<br />
em Portugal (pois faz a ligação entre os clientes<br />
de Lisboa – os principais da empresa – e os da<br />
região norte), exibiu um pouco da sua gama.<br />
Com particular ênfase para as marcas Lassa<br />
20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
e Avon, que trouxeram como novidades os<br />
modelos Transway 2 e ZV7, respetivamente. A<br />
empresa de José Azevedo da Mota aproveitou<br />
o certame da região centro para estar em contacto<br />
com os clientes. E para dar a conhecer a<br />
primeira loja Lassa existente em Portugal: Quim<br />
<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>. Inaugurada no dia 2 de julho, a loja<br />
de Joaquim da Silva Car<strong>dos</strong>o Pinto está localizada<br />
no alto da Portela, em Armamar, a sul do<br />
vale do Douro, no distrito de Viseu. Numa área<br />
de 22 m 2 , Quim <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> também comercializa<br />
outras soluções relacionadas com pneus<br />
de automóveis. Sendo o sétimo fabricante de<br />
pneus na Europa, a Brisa lançou a primeira loja<br />
Lassa em Portugal com o objetivo de expandir<br />
a presença da marca em todo o país.<br />
PNEUS DO ALCAIDE<br />
A participação da <strong>Pneus</strong> do Alcaide na 6.ª edição<br />
da MECÂNICA pautou-se pela exibição de<br />
alguns <strong>dos</strong> seus produtos, entre os quais os<br />
pneus recauchuta<strong>dos</strong>. Recorde-se que a empresa<br />
foi fundada, em 1981, por Augusto Francisco<br />
Domingos Laureano, tendo começado<br />
a sua atividade através da revenda de pneus<br />
ligeiros e pesa<strong>dos</strong>, prestando assistência aos<br />
seus clientes num pequeno posto situado em<br />
Porto de Mós. Com o crescimento do negócio<br />
e na procura de satisfazer sempre as necessidades<br />
<strong>dos</strong> clientes, a empresa alargou as suas<br />
instalações na Tremoceira, onde ainda hoje<br />
se encontra sediada. Em 1991, expandiu-se<br />
para um novo mercado: o da recauchutagem<br />
de pneus. Entrou, assim, neste novo ramo de<br />
negócio como Recauchutador Oficial da Goodyear,<br />
passando a fazer parte de um grupo<br />
restrito de empresas europeias da Rede de<br />
Recauchutadores Autoriza<strong>dos</strong> da Goodyear/<br />
Dunlop (Next Tread). A <strong>Pneus</strong> do Alcaide dispõe,<br />
também, de uma rede de assistência, quer<br />
através <strong>dos</strong> seus postos (Tremoceira, Santeira,<br />
Benedita, Marinha da Mendiga e Maia), quer<br />
através de uma rede móvel.<br />
SOBRALPNEUS<br />
Apesar de ter tido outro evento a decorrer em<br />
simultâneo, o Grupo Sobralpneus não quis deixar<br />
de marcar presença na feira da Batalha.<br />
Porque, segundo disse Eduardo Rodrigues, o<br />
seu diretor-geral, “o evento tem potencial” e<br />
“a organização está de parabéns porque tem<br />
conseguido criar um certame apelativo”. No<br />
entanto, na opinião do responsável do Grupo<br />
Sobralpneus, o evento foi “um bocadinho mais<br />
fraco do que o do ano anterior”. Contudo, “o balanço<br />
acaba por ser sempre positivo”. De acordo<br />
ainda com Eduardo Rodrigues, “é importante<br />
estarmos presentes para damos a conhecer os<br />
produtos que temos no nosso portefólio, bem<br />
como os novos lançamentos”. A marca Marshal,<br />
que a empresa comercializa em exclusivo, foi<br />
lançada há pouquíssimo tempo, tendo sido<br />
uma das novidades do Grupo Sobralpneus na<br />
MECÂNICA. Tal como os inovadores sistemas<br />
TPMS e as soluções anti-furo OKO que disponibiliza.<br />
Sem esquecer, claro está, as jantes<br />
em alumínio forjado ALCOA concebidas para<br />
camiões e a marca Starmaxx, que conta com<br />
assistência 24 horas.<br />
TIRSO PNEUS<br />
No espaço reservado à Tirso <strong>Pneus</strong>, Paulo Santos,<br />
o seu diretor-geral, revelou que a empresa<br />
veio apresentar à 6.ª edição da MECÂNICA o<br />
Hankook HD31, na nova medida 385/65R22,5,<br />
modelo que é escolhido pela MAN como equipamento<br />
de origem. Isto no caso <strong>dos</strong> pneus<br />
pesa<strong>dos</strong>. Na categoria <strong>dos</strong> ligeiros, o destaque<br />
AP Comunicação em força na Batalha<br />
ESPAÇO CONTOU COM<br />
A PRESENÇA DA ATEC<br />
Com um stand de 80 m 2 , onde o tema de<br />
destaque foi a Campanha Mecatrónico Automóvel,<br />
a AP Comunicação contou com a<br />
parceria da ATEC e voltou, uma vez mais,<br />
a primar pela inovação. Exatamente no<br />
mesmo local do ano passado. A empresa<br />
detentora <strong>dos</strong> títulos Jornal das Oficinas,<br />
<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, revista TOP 100 - As<br />
Maiores Empresas do Aftermarket em<br />
Portugal e revista PME – As Melhores<br />
Empresas do Aftermarket em Portugal,<br />
marcou presença no Salão MECÂNICA.<br />
Pelo sexto ano consecutivo. Na edição de<br />
2016, substituiu as três oliveiras por dois<br />
modelos da Volkswagen. E por esquemas<br />
técnicos da ATEC, academia de formação<br />
localizada em Palmela, que esteve, constantemente,<br />
a esclarecer os visitantes e<br />
a explicar a importância da profissão de<br />
mecatrónico automóvel. No âmbito do<br />
concurso “Melhor Mecatrónico 2016”, que<br />
a AP Comunicação promoveu ao longo do<br />
ano que agora finda.<br />
foi dado ao Hankook Ventus Prime 3, que substitui<br />
o Ventus Prime 2 e que já se encontra à<br />
venda. Empresa juridicamente portuguesa com<br />
capitais espanhóis, a Tirso <strong>Pneus</strong>, que está presente<br />
no nosso país desde 1999, é uma filial do<br />
Grupo Soledad. A sua principal atividade é a importação<br />
e exportação de pneus, assim como<br />
a comercialização de produtos para veículos e<br />
da marca própria Confortauto. Representante<br />
oficial da Hankook no mercado português e<br />
detentora de marcas próprias e exclusivas (Rodatec,<br />
Confortauto e Insa Turbo), a Tirso <strong>Pneus</strong><br />
fortalece a sua presença no mercado português<br />
criando diferenciação nestas marcas. E oferece<br />
um grande número de modelos, assim como<br />
medidas de diversas categorias. ♦<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 21
Entrevista<br />
Rodrigues de Almeida<br />
“A amizade é das coisas mais<br />
Personalidade ímpar do setor <strong>dos</strong> pneus, Rodrigues de Almeida, agora com 82<br />
anos de idade, é o mais antigo gestor do negócio de pneus em Portugal. Nesta<br />
entrevista, ficamos a conhecer o seu percurso profissional e a sua opinião sobre o<br />
estado atual do mercado<br />
Por: João Vieira<br />
Trabalhou durante 48 anos no setor <strong>dos</strong><br />
pneus. Cinco com retalhistas, cinco na<br />
Dunlop Portuguese Selling Company<br />
e 38 anos na Garland/SP <strong>Pneus</strong> Lda.<br />
Fale-nos um pouco da sua infância, adolescência<br />
e do seu primeiro emprego?<br />
Fui criado num bairro – Ajuda – e, até ao<br />
curso comercial, sempre frequentei escolas<br />
públicas: Sporting Clube de Rio Seco e Escola<br />
Comercial Ferreira Borges.<br />
Nunca fui bom de bola mas era um ás com as bicicletas.<br />
De tal modo, que perdi um ano e disse<br />
ao meu pai que queria era trabalhar. O meu<br />
pai fez-me a vontade e arranjou-me emprego,<br />
mas obrigou-me a estudar à noite. Trabalhei<br />
poucos meses, na Sena Sugar Estates. Com 16<br />
anos, ganhava três mil escu<strong>dos</strong> por mês e só<br />
tinha de carregar num botão. Despedi-me. Na<br />
minha cabeça só havia automóveis e consegui<br />
um emprego de aprendiz de mecânica no J.J.<br />
Gonçalves Suc. – Austin. Entretanto, acabei o<br />
curso e, pouco depois, chegou o serviço militar.<br />
Rapidamente: Companhia de Saúde, na Graça;<br />
Hospital Militar da Estrela; curso de enfermagem<br />
e “convite” para umas “férias” de três anos<br />
em Goa. Os três anos no ex-Estado português<br />
da Índia, foram decisivos. Foi lá que decidi o<br />
que queria fazer – vendas! Primeiro, tentei os<br />
automóveis - Simca - e, depois, os pneus -<br />
Joaquim José Barbosa Júnior & Irmãos, Recaucutagem<br />
Triunfo (hoje Pneuvita), Morgado &<br />
Filhos <strong>Pneus</strong>, pneus e... mais pneus. No pri-<br />
22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
Antigo diretor-geral da SP <strong>Pneus</strong><br />
importantes da vida”<br />
meiro, com Franklin Barbosa, aprendi a vender.<br />
No segundo, com Miguel Freitas, o que era um<br />
pneu por dentro e por fora. No terceiro, que a<br />
amizade é das coisas mais importantes da vida.<br />
Qual o melhor momento que viveu no decorrer<br />
da sua atividade profissional?<br />
Foram vários, mas o mais marcante foi em<br />
1996, quando a SP <strong>Pneus</strong> foi nomeada como<br />
o maior distribuidor privado, da Dunlop, no<br />
mundo.<br />
E o menos agradável?<br />
Quando me anunciaram que a Dunlop ia ser<br />
vendida a uma marca concorrente.<br />
De que forma analisa a evolução do grau<br />
de profissionalismo e ética do negócio, na<br />
relação fabricante/agente?<br />
Muito mal. E pergunto: ainda existe relação<br />
fabricante/distribuidor com o agente? Antes,<br />
os agentes tinham nomes. Hoje, são apenas<br />
um número e as relações são online.<br />
Como analisa o fenómeno das deslocalizações<br />
<strong>dos</strong> centros logísticos e <strong>dos</strong> centros de<br />
poder, no plano ibérico?<br />
Nunca percebi. Os custos em Portugal eram<br />
(e são) mais baixos do que em Espanha. Acho<br />
que só estão a poupar com os diretores. Antes,<br />
havia um em cada país. Hoje, têm os chama<strong>dos</strong><br />
ibéricos.<br />
Que balanço faz da evolução <strong>dos</strong> canais de<br />
distribuição de pneus?<br />
Aposentei-me em dezembro de 2000. O que<br />
sei já é de ler e ouvir, mas sei que as lojas virtuais<br />
foram funestas para o comércio retalhista de<br />
pneus. Todavia, temos excelentes grossistas/<br />
distribuidores, que podem ombrear com os<br />
melhores da Europa.<br />
Como analisa o estado atual do comércio de<br />
pneus em Portugal e de que forma a crise<br />
global tem afetado o mercado?<br />
Aqui, temos dois tipos de situação. Por um<br />
lado, a crise global fez baixar o patamar de<br />
exigência <strong>dos</strong> portugueses. Por outro, alguns<br />
retalhistas enveredaram por uma política de<br />
salve-se quem puder, utilizando, para isso, os<br />
chama<strong>dos</strong> pneus da CEE.<br />
Qual a sua opinião em relação à venda de<br />
pneus usa<strong>dos</strong>?<br />
Sou totalmente contra. Poucos perceberam<br />
que é uma faca de dois gumes. Mas, aqui, os<br />
governos são os culpa<strong>dos</strong>, por não terem legislado.<br />
Por ignorância, claro. Quem é que de entre<br />
os políticos que nos têm governado percebe<br />
alguma coisa da matéria? A ACAP, claro que<br />
sim, mas o que é que fez?<br />
Quais os maiores desafios e ameaças para o<br />
setor do comércio de pneus na atualidade?<br />
A minha opinião é que são os fabricantes que<br />
estão a ‘enterrar’ os retalhistas, esquecendo-se<br />
que foram eles os bons parceiros do início. A<br />
primeira machadada foi permitir que as marcas<br />
de veículos estendessem a sua atividade aos<br />
pneus. Quando, em 1975, o governo decretou<br />
a sobretaxa de 30% para os pneus com menos<br />
de 70 kg - e eu disse ao Dr. Alípio Dias que, se os<br />
importadores deixassem de importar to<strong>dos</strong> os<br />
pneus que não eram fabrica<strong>dos</strong> em Portugal,<br />
de engenharia civil, trator e motocultivadores,<br />
este país pararia -, ele deu um murro na mesa<br />
e disse: “Isto aqui não é o Chile”. Ah! O que<br />
fez a ACAP? Nada, mas a mesa de grossistas<br />
de pneus conseguiu acabar com a sobretaxa.<br />
Se voltasse ao setor <strong>dos</strong> pneus, que experiências<br />
vividas noutras áreas traria para<br />
este mercado?<br />
Não tenho experiências de outros setores, a<br />
minha vida foram os pneus e tenho um enorme<br />
orgulho em ter começado como vendedor e<br />
ter chegado a diretor-geral e a administrador.<br />
Mas, sim, se voltasse, iria lutar com todas as<br />
minhas forças para fazer uma associação independente,<br />
de fabricantes, recauchutadores,<br />
importadores/distribuidores/grossistas<br />
e retalhistas.<br />
Que pessoas ou entidades gostaria de destacar?<br />
Fez bons amigos para a vida?<br />
Relativamente às entidades, destaco o facto<br />
de nas reuniões haver, por vezes, enormes diferen<strong>dos</strong><br />
entre Dunlop – Goodyear – Firestone<br />
– Pirelli – Michelin - Uniroyal. Mas, depois, íamos<br />
to<strong>dos</strong> almoçar à Mó, na Praça da Figueira. Cada<br />
um tentava arrecadar a maior fatia possível do<br />
bolo. Alguns através de “processos noturnos”,<br />
outros com viagens de incentivo às vendas.<br />
Perfil de Rodrigues de Almeida<br />
Estu<strong>dos</strong>: Curso comercial, de marketing e<br />
de técnica diferenciada de pneus<br />
Idiomas: Inglês<br />
Clube de futebol: Os Belenenses<br />
Hobbies: Ler e escrever<br />
Desporto preferido: Futebol<br />
Em jovem queria ser: Ciclista<br />
Automóvel atual: Mercedes-Benz<br />
Pneu(s) da sua vida: Dunlop SP73<br />
Oficina de confiança: C. Santos V.P.<br />
Uma cidade: Londres<br />
Um país: Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> da América<br />
Férias de verão: Brasil/Baía, República<br />
Dominicana/LaRomana e Cuba/Varadero<br />
Um livro: Mandingo<br />
Um filme: Casablanca<br />
Um género musical: Fado<br />
Prato preferido: Peixe assado<br />
Bebida preferida: Gin tónico (à inglesa)<br />
O que o faz rir: O riso <strong>dos</strong> meus netos<br />
O que mais teme na vida: Viver<br />
Qual a primeira coisa que vê numa<br />
mulher: Os olhos<br />
O melhor do seu carácter: Lealdade<br />
E o menos bom: Não conseguir aceitar a<br />
ingratidão<br />
Quanto às pessoas, chegava a haver guerra<br />
de comunica<strong>dos</strong>/circulares, mas, no fim, perdurava<br />
a amizade.<br />
José Mário Branco (RIP), Inácio Ribeiro, Ralph<br />
Bernfeld e José Veiga, só para citar alguns.<br />
Ainda hoje, continuamos amigos.<br />
Que atividades tem desenvolvido desde<br />
que abandonou o setor <strong>dos</strong> pneus?<br />
Profissionalmente, nada. Depois de aposentar-me,<br />
ainda recebi dois convites para voltar<br />
ao ativo, mas recusei ambos. Num, porque não<br />
acreditei no projeto. No outro – Lusitano Pneu<br />
- porque “só tinha chefes mas não tinha índios”.<br />
Assim, leio, escrevo, convivo com muita gente<br />
<strong>dos</strong> pneus (ouço) e tiro as minhas conclusões. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23
Notícias<br />
Mercado<br />
Bridgestone aumenta<br />
preços em toda a gama<br />
A Bridgestone Europe anunciou, no dia 1 de dezembro,<br />
a intenção de subir os preços <strong>dos</strong> seus pneus<br />
para ligeiros, comerciais, 4x4 e de motos, em cerca<br />
de 3%, e <strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong>, em 1%. Estes aumentos<br />
são um reflexo do crescente investimento em<br />
colaboradores, tecnologia e novos produtos, para<br />
todas as gamas e marcas do Grupo Bridgestone. Estes<br />
incluem o novo Bridgestone DriveGuard, o Turanza<br />
T001 Evo e o Dueler A/T001. Na Firestone, incluem-se<br />
os Roadhawk e Vanhawk 2 e, na categoria pesa<strong>dos</strong>,<br />
a apresentação da nova gama On/Off nas marcas<br />
Bridgestone e Firestone, assim como o lançamento<br />
da gama Bridgestone Nordic-Drive.<br />
Os novos preços para pneus pesa<strong>dos</strong> entraram, assim,<br />
em vigor no dia 1 de dezembro. No caso <strong>dos</strong> pneus<br />
ligeiros, comerciais, 4x4 e motos, os novos preços<br />
serão pratica<strong>dos</strong> a partir do dia 1 de janeiro de 2017.<br />
Speedline Truck com nova gama<br />
de acessórios para jantes<br />
A marca Speedline Truck é famosa pelas suas jantes de alumínio forjadas de alta<br />
qualidade para camiões, autocarros e reboques. Mas, além disso, a insígnia oferece,<br />
também, uma variedade de acessórios apropria<strong>dos</strong> para veículos utilitários.<br />
Entre estes, encontram-se porcas de haste e tampas para porcas, assim como válvulas<br />
e extensões de válvulas.<br />
Para o aftermarket de todas as jantes de alumínio, entre 17,5” e 22,5 “, a empresa<br />
apresenta uma oferta extensiva de porcas de haste. To<strong>dos</strong> os produtos estão dota<strong>dos</strong><br />
do revestimento “Delta-Protekt“, ecológico e homologado pela TÜV. No caso<br />
das jantes de 22,5”, as tampas para porcas em plástico cromado e aço especial de<br />
alta qualidade complementam a gama de acessórios.<br />
Adicionalmente, oferece uma série exclusiva de válvulas produzidas, especificamente,<br />
para jantes de alumínio de veículos utilitários. As válvulas Speedline Truck<br />
são fabricadas em latão, recebendo um acabamento especial de liga de níquel.<br />
Dispõem de uma proteção anticorrosiva adicional, dado que não há contacto<br />
entre os componentes metálicos e, também, um baixo binário de aperto para fixação<br />
e diminuição das forças no orifício da válvula. Graças à exatidão da construção,<br />
as válvulas são fáceis de montar.<br />
Vipal Borrachas tem<br />
nova gestão comercial na Europa<br />
Novas medidas<br />
<strong>dos</strong> pneus Mitas CHO<br />
A Mitas, empresa do Grupo Trelleborg, está a<br />
ampliar a sua gama de pneus Cyclic Harvesting<br />
Operation (CHO) ao apresentar novas medidas. Os<br />
pneus Mitas CHO estão desenha<strong>dos</strong> para<br />
debulhadoras, veículos de transporte<br />
de grão e implementos similares. A<br />
sua construção única utiliza tecnologia<br />
de núcleo hexagonal,<br />
cintas de aço e flancos flexíveis,<br />
que permite proteger o solo de<br />
grandes cargas com pressões<br />
menores. Os pneus Mitas CHO<br />
são os preferi<strong>dos</strong> entre os principais<br />
produtores de maquinaria<br />
agrícola.<br />
O comprometimento com a vitória é um <strong>dos</strong> valores da Vipal Borrachas, envolvendo<br />
a preocupação em atender, cada vez melhor, os seus clientes distribuí<strong>dos</strong><br />
pelo mundo. Desta forma, Frederico Schmidt, até agora na filial da Vipal nos<br />
EUA, passa a ser o novo gerente comercial da filial europeia. “Contamos com a<br />
experiência de Frederico para aprimorar o nosso trabalho no mercado externo<br />
e desejamos-lhe muito sucesso neste<br />
novo desafio, tendo em mente que é<br />
um profissional de total confiança e<br />
altamente capacitado para tal”, destaca<br />
Leandro Rigon, diretor de Negócios<br />
Internacionais da Vipal Borrachas.Na<br />
Vipal há 15 anos, Schmidt iniciou a sua<br />
carreira na sede da empresa, localizada<br />
no Brasil, tendo sido, de seguida,<br />
transferido para os EUA. Com formação<br />
em Química Industrial, durante 11<br />
anos foi responsável pelos merca<strong>dos</strong><br />
norte-americano e Caribe, onde exerceu<br />
funções de coordenador técnico<br />
e, posteriormente, de gerente comercial<br />
da região.<br />
24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
DISTRIBUIÇÃO de PNEUS<br />
APORTAMOS VALOR ACRESCENTADO À DISTRIBUIÇÃO<br />
Porque queremos ser o seu parceiro de negócio. Porque queremos construir relações a longo prazo.<br />
Porque a nossa filosofia se baseia na proximidade, no serviço, na confiança mútua e na fiabilidade.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 25
Notícias<br />
Guia Michelin<br />
Espanha & Portugal 2017<br />
Personalidade, criatividade e inegável talento nos fogões! A gastronomia<br />
de Espanha e Portugal está no auge, o que se traduz<br />
numa seleção com nove restaurantes de três estrelas, 28 de duas<br />
estrelas e 166 na categoria de uma estrela. Nesta edição, assistimos<br />
ao nascimento de um Guia Michelin mais visual, mais intuitivo, mais<br />
moderno… e, sobretudo, mais gastronómico do que nunca, pois<br />
agora são os restaurantes os protagonistas. O Guia Michelin Espanha<br />
& Portugal 2017 apresenta uma seleção de estabelecimentos com a<br />
cozinha de melhor qualidade avaliada em ambos os países, que são<br />
classifica<strong>dos</strong> com as conhecidas “estrelas da boa mesa”.<br />
Na secção de duas estrelas, encontramos dois chefes merecedores da<br />
distinção: Benoît Sinthon, à frente do Il Gallo d’Oro, e Ricardo Costa,<br />
no The Yeatman, destacando-se o primeiro pelas incríveis notas de<br />
autor que proporciona à cozinha clássica e internacional, e o segundo<br />
pela sua personalidade criativa, sempre construída com umas magníficas<br />
abordagens.<br />
Na categoria de uma estrela, com 166 estabelecimentos, é onde descobrimos<br />
mais novidades, concretamente 15 em Espanha e sete em<br />
Portugal. Relativamente a Portugal, o aumento de restaurantes reconheci<strong>dos</strong><br />
com esta distinção também foi excecional, pois passou-se<br />
de uma novidade em 2016 ao incrível número de sete nesta última, o<br />
que, por si só, diz muito de como está a crescer o nível gastronómico<br />
no nosso país e o apoio que este setor está a sentir pela maior parte<br />
da população. Os novos estabelecimentos distingui<strong>dos</strong> são: Casa de<br />
Chá da Boa Nova em Leça da Palmeira, com o Atlântico e os seus produtos<br />
como inequívocos protagonistas; os restaurantes Alma e Loco<br />
em Lisboa, que, graças à sua criatividade e savoir-faire, deram novos<br />
brios à gastronomia da capital; os elegantes restaurantes William (Madeira/Funchal);<br />
L’And Vineyards (Montemor-o-Novo); Antiqvvm (Porto);<br />
Lab by Sergi Arola, em Sintra, restaurante de carácter intimista<br />
que emana personalidade e sofisticação.<br />
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26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
Pirelli fornece pneus à Polícia Municipal espanhola até 2018<br />
A Pirelli venceu o concurso público de fornecimento e montagem de pneus para a polícia<br />
municipal espanhola, nos exercícios de 2017 e 2018.O compromisso assegura a cobertura de<br />
mais de 10 mil veículos do corpo desta autoridade. Depois do primeiro acordo assinado em<br />
2015, os pneus Pirelli continuaram a somar quilómetros monta<strong>dos</strong> nos ligeiros, todo-o-terreno,<br />
motos, camiões e furgões que são propriedade da Polícia Municipal.Este compromisso inclui<br />
ainda o serviço de montagem <strong>dos</strong> pneus. Para isso, a Pirelli colocou à disposição da polícia<br />
nacional a rede de oficinas da Driver Center em Espanha, que conta com 170 pontos reparti<strong>dos</strong><br />
por toda a geografia nacional. O acordo reforça a confiança da Polícia Municipal espanhola na<br />
Pirelli, uma marca comprometida em oferecer produtos de máxima qualidade e que garantam<br />
o melhor rendimento durante um número de quilómetros superior.<br />
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<strong>Revista</strong> Time nomeia Goodyear<br />
com uma das invenções do ano<br />
Em cada ano, os editores de tecnologia<br />
da revista Time elaboram uma lista com<br />
as “melhores invenções que contribuíram<br />
para tornar o mundo melhor, mais inteligente<br />
e, em alguns casos, um pouco mais<br />
divertido”. A lista deste ano contém 25 invenções,<br />
incluindo o pneu Eagle-360 da<br />
Goodyear e outras criações, como um capacete<br />
de realidade virtual, sapatos que<br />
se apertam sozinhos, um telhado solar<br />
resultado da colaboração entre a Tesla e<br />
a SolarCity e o veículo elétrico Chevrolet<br />
Bolt. “A redução gradual da interação e intervenção<br />
do condutor nos veículos autónomos<br />
aumenta a importância <strong>dos</strong> pneus<br />
como principal elo de ligação à estrada”,<br />
refere Joe Zekoski, diretor técnico da Goodyear.<br />
“Os protótipos da Goodyear desempenham<br />
uma função dual no futuro, quer<br />
como plataformas criativas para superar os<br />
limites <strong>dos</strong> projetos, quer como bancos de<br />
ensaios para as tecnologias de nova geração”,<br />
acrescenta.O Eagle-360 da Goodyear<br />
consiste num protótipo, de forma esférica,<br />
que proporciona aos veículos autónomos<br />
máxima capacidade de manobra, conectividade<br />
e biomimetismo para aumentar a<br />
segurança.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 27
Notícias<br />
Dunlop lança SportSmart2 Max<br />
A Dunlop anunciou o lançamento do seu último pneu<br />
para a gama Hypersport. Desenvolvido para melhorar, não<br />
só, o rendimento em estrada mas, também, a capacidade<br />
nos circuitos, o novo Dunlop SportSmart2 Max combina<br />
as aprendizagens obtidas no programa de provas do<br />
Campeonato do Mundo de Endurance com a<br />
experiência no desenvolvimento do revolucionário<br />
pneu RoadSmart III da gama<br />
Sport Touring. Fazendo uso <strong>dos</strong> bons<br />
resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> com este pneu, a<br />
Dunlop reconstruiu, radicalmente,<br />
o pneu dianteiro, com o objetivo<br />
de conseguir um rendimento constante<br />
com tempo de aquecimento<br />
reduzido.Esta construção reduz a<br />
deformação do pneu, causada pelas<br />
forças centrífugas a alta velocidade,<br />
especialmente em ângulos de inclinação,<br />
e demonstrou melhorar a durabilidade<br />
<strong>dos</strong> pneus dianteiros em 25%.<br />
Para melhorar o rendimento em piso molhado<br />
sem afetar a aderência em seco, a Dunlop desenvolveu um<br />
composto inovador, capaz de expandir a zona de contacto<br />
para proporcionar a máxima aderência em condições de<br />
piso molhado e baixas temperaturas. Comparado com o<br />
seu antecessor, a aderência em piso molhado melhorou 4%.<br />
Tuga_meiapagina.pdf 1 05/12/16 19:32<br />
Continental tem novo diretor<br />
de marketing em Portugal<br />
Licenciado em Marketing e Publicidade, com um MBA em Gestão de Empresas,<br />
Marco Silva é o novo diretor de marketing da Continental em Portugal.<br />
Conta com uma experiência de mais de 15 anos no setor automóvel,<br />
tendo passado pela Salvador Caetano e por diferentes empresas do Grupo<br />
Nors. Marco Silva iniciou o seu percurso profissional como gestor de produto<br />
Toyota na Salvador Caetano, passando para gestor de marketing pós-venda<br />
na Volvo Truck & Buses, no ano de 2005. Em 2011, na AS Parts (Grupo Nors),<br />
liderou a implementação da rede de oficinas TOPCAR, assumindo, em 2015, a<br />
função de gestor de importador do pós-venda da Renault Trucks e da Galius<br />
Veículos, também no Grupo Nors. Pedro Teixeira, diretor-geral da Continental<br />
<strong>Pneus</strong> Portugal, destaca a experiência e o know-how no setor do novo diretor<br />
de marketing, fundamental para enfrentar os desafios que o mercado coloca.<br />
“No contexto extremamente desafiante em que o setor e o mercado se encontram,<br />
a direção de marketing é estratégica no interior da organização,<br />
tendo em vista os objetivos defini<strong>dos</strong> para Portugal”, referiu.<br />
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28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
Heft 12/2015<br />
Im Test: 52 Reifen<br />
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02/2016<br />
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Notícias<br />
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Goodyear lança divisão de negócio<br />
para gestão de frotas<br />
Máquina desmontar S45GP, agora com<br />
NOVA unha patenteada EXCLUSIVA SICE<br />
NEW!<br />
A Goodyear anunciou o lançamento de uma nova divisão de<br />
negócio para a Europa, denominada Goodyear Proactive Solutions,<br />
que oferece um conjunto de soluções para gestão de operações de<br />
frotas de veículos, com telemática avançada e tecnologia analítica<br />
preditiva. A Proactive Solutions dá às frotas ferramentas para monitorizarem<br />
os seus veículos e pneus em tempo real, permitindo-<br />
-lhes uma vantagem competitiva, ao mesmo tempo que ajuda a<br />
aumentar a rentabilidade.<br />
A nova divisão de negócio da Goodyear oferece dois tipos de serviços<br />
para permitir uma mobilidade inteligente, segura e sustentável.<br />
A saber:<strong>Pneus</strong> Proactive (oferece uma ampla gama de serviços,<br />
incluindo monitorização de pressão <strong>dos</strong> pneus, temperatura e<br />
profundidade do piso. Estas soluções, completamente automatizadas<br />
e conectadas, permitem às frotas maximizar o desempenho<br />
<strong>dos</strong> pneus e agendar a manutenção de forma proativa); Frotas<br />
Proactive, que inclui duas opções (“Driver Behaviour” e “Track &<br />
Trace””, que ajudam as frotas a reduzir o consumo de combustível e<br />
tempo de viagem, ao mesmo tempo que aumentam a segurança).<br />
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Dunlop renovou site para motos<br />
O mercado das motos está mais diversificado do que nunca.<br />
Das Scooters às Superbikes, das Custom ao Motocross, a variedade<br />
de motos à disposição complica muito a tarefa de escolher<br />
o pneu mais adequado. Para resolver este problema, a Dunlop<br />
concebeu um novo site, que inclui várias características inovadoras,<br />
que permitem aos motociclistas dispor de um aconselhamento<br />
especializado em pouco tempo.<br />
O novo site de moto, disponível em www.dunlop.pt, já está ativo<br />
e apresenta uma nova abordagem no sentido de ajudar os motociclistas<br />
a escolherem entre 700 pneus Dunlop de diferentes<br />
tamanhos e modelos.<br />
Neste novo espaço cibernauta, os utilizadores podem tirar partido<br />
<strong>dos</strong> filtros avança<strong>dos</strong>, que lhes permitem encontrar o pneu que<br />
melhor se adapta às suas necessidades de forma rápida e fácil. A<br />
pesquisa pode ser feita através de três filtros: tamanho do pneu,<br />
tipo de moto ou estilo de condução.<br />
30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
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Notícias<br />
António Félix da Costa<br />
elogia pneus Pirelli<br />
A Pirelli não poderia ter tido melhor estreia no<br />
Grande Prémio de Macau, a prova mais prestigiada<br />
do calendário internacional de Fórmula 3, que<br />
decorreu no circuito urbano da Guia com a vitória<br />
de António Félix da Costa. O piloto luso, que<br />
logrou a sua segunda vitória na prova, elogiou<br />
o rendimento <strong>dos</strong> pneus Pirelli P Zero DM que<br />
se estrearam na competição. Tanto o vencedor<br />
como os restantes 28 inscritos nesta importante<br />
prova do automobilismo internacional, estiveram<br />
equipa<strong>dos</strong> com pneus P Zero DM, uma referência<br />
nas categorias inferiores de monolugares. A Pirelli<br />
apenas formalizou o acordo como fornecedor<br />
exclusivo sete semanas antes, o que obrigou à<br />
realização de um trabalho contra o tempo e muito<br />
intenso, pelas particularidades do circuito.No<br />
final da prova, as palavras de Félix da Costa atestaram<br />
o excelente trabalho realizado: “Os pneus são<br />
realmente bons. Mas acrescentam mais um desafio<br />
a Macau, já que têm um pico de rendimento<br />
mais elevado quando são novos e degradam-se<br />
pouco. O que contribui para melhorar o espetáculo<br />
em pista, o que é preciso em competições<br />
deste género”.<br />
Goodyear apresentou<br />
FUELMAX T “High Load”<br />
Goodyear apresentou uma versão “High Load” da sua gama de pneus de atrelado<br />
de baixo consumo para camiões, FUELMAX T, com o nível “A” da etiqueta<br />
A<br />
da União Europeia referente a eficiência de combustível. O novo pneu Goodyear<br />
FUELMAX T HL 385/65R22.5 foi concebido para cargas por eixo, que podem chegar<br />
até 10 toneladas, satisfazendo a crescente procura destes pneus dado o aumento do<br />
número de países europeus que aceitam pesos mais eleva<strong>dos</strong> nos veículos.Quase<br />
80% <strong>dos</strong> países europeus alargaram as regulamentações que permitem cargas<br />
por eixo superiores às atuais 40 toneladas em veículos articula<strong>dos</strong> de cinco eixos.<br />
São já 32 os países europeus que autorizam pesos totais acima das 44 toneladas.<br />
O novo pneu da Goodyear foi desenvolvido para satisfazer a procura por parte<br />
<strong>dos</strong> operadores de frotas de pneus de atrelado de elevada carga, que possibilitem<br />
pesos totais acima das 40 toneladas.<br />
Bridgestone escolhida<br />
para equipar SUV da Maserati<br />
Maserati escolheu a Bridgestone para equipar o novo Levante, o primeiro SUV<br />
A da marca italiana. O SUV de tração integral começou a ser distribuído a partir<br />
da unidade fabril de Miraflori, perto de Turim, em maio de 2016, equipado com<br />
pneus Bridgestone Dueler H/P Sport, na medida 255/60 R18 108W. A Bridgestone<br />
desenvolveu o pneu Dueler H/P Sport especificamente a pensar nos SUV de elevado<br />
desempenho. Com um design de piso inspirado no padrão do pneu desportivo<br />
Potenza, a Bridgestone possibilita aos condutores a resposta a uma direção de<br />
alto nível, controlo em piso molhado e um conforto expectável apenas nos mais<br />
luxuosos SUV. Os pneus contarão com a marca “MGT”, que indicam a aprovação da<br />
Maserati para equipamento original <strong>dos</strong> seus veículos. O contrato da Bridgestone<br />
com o Levante dá continuidade a uma relação histórica do grupo com a Maserati,<br />
que começou com o desenvolvimento inovador de um pneu de 18” com tecnologia<br />
Run Flat (RFT) para o Maserati Quattroporte V, no início do ano 2000.<br />
32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
Frotanimar é a nova casa de pneus em Loures<br />
Loja Pneucity123.com prepara inverno<br />
A época de chuvas não apanhará desprevenida a Pneucity123.<br />
com. A loja online, exclusiva da Delticom AG, acaba de incluir<br />
novos pneus de inverno, passando a cobrir, deste modo, todas as<br />
estações do ano, através das marcas exclusivas Viking, Nankang e<br />
Goodride. “Tanto a nível de pneus de inverno como de pneus para<br />
todas as estações – com as marcas exclusivas da Pneucity123.com,<br />
nomeadamente, Viking, Goodride, Nankang, ou, também, com<br />
os pneus de topo de gama - oferece-se aos comerciantes claras<br />
perspetivas de venda e margens de lucro apelativas”, adianta<br />
Andreas Faulstich, gerente B2B da loja online germânica. “Nestes<br />
modelos, combina-se boa qualidade com bons preços. Por isso,<br />
são uma excelente opção para clientes exigentes e atentos aos<br />
preços”, sublinha. A Pneucity123.com dispõe de novas funções<br />
que facilitam a compra aos clientes comerciantes. Entre as novidades,<br />
destaque para as opções de pesquisa por matchcode ou<br />
por intermédio do modelo do automóvel de passageiros. Além<br />
disso, todas as avaliações <strong>dos</strong> clientes da plataforma de teste<br />
de pneus da Delticom, a Testedepneus.com, passam, agora, a<br />
estar, também, disponíveis nas respetivas páginas de produtos<br />
da Pneucity123.com. Uma ajuda adicional no aconselhamento<br />
aos clientes na decisão da compra.<br />
Situada em Loures, mais precisamente na Rua Alfredo Caldeira, 24B,<br />
Pintéus, a Frotanimar surge no mercado aliando qualidade superior a<br />
preços competitivos. Tendo como lema “Confiança, Qualidade, Segurança”,<br />
a Frotanimar, Lda. é a nova casa de pneus do concelho de Loures.<br />
Comercializa pneus novos e seminovos de qualquer marca e medida,<br />
a um preço bastante acessível. Devido aos contactos estabeleci<strong>dos</strong> ao<br />
longo de uma carreira com mais de 15 anos de experiência, o diretor<br />
da empresa consegue praticar os preços mais baixos do concelho de<br />
Loures. Ao colocar a segurança<br />
<strong>dos</strong> clientes e a qualidade <strong>dos</strong><br />
produtos no topo das prioridades,<br />
a Frotanimar, Lda. pretende<br />
ser o espelho da confiança<br />
no comércio de pneus.<br />
Eusébio Bettencourt, diretor<br />
da Frotanimar, Lda., revelou à<br />
<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> que, ao longo<br />
da última década, se tem<br />
dedicado, exclusivamente, ao<br />
networking nesta indústria,<br />
bem como ao comércio de pneus. “Alcancei muitos objetivos. Inclusive<br />
abri uma casa na ilha Graciosa, Açores, que é a minha terra-natal. Mas,<br />
com esta nova casa, em Pintéus, Loures, espero dar a conhecer o meu<br />
profissionalismo e expandir o meu negócio”, afirma o responsável.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 33
Notícias<br />
Altaroda fez roadshow no<br />
Kartódromo da Batalha<br />
Foi nos passa<strong>dos</strong> dias 12 e 13 de novembro<br />
que a Altaroda levou a cabo mais um<br />
evento. Num ambiente aberto ao convívio e<br />
que incluiu uma corrida de kart, o roadshow<br />
da Altaroda levou cerca de 200 pessoas<br />
ao Kartódromo da Batalha – Euroindy. Na<br />
ocasião, a Altaroda apresentou vários equipamentos,<br />
com técnicos especializa<strong>dos</strong>, nomeadamente<br />
do fabricante Mondolfo Ferro,<br />
que surpreenderam os vários convida<strong>dos</strong><br />
com o manuseamento das máquinas. Na<br />
corrida, o primeiro lugar foi para a J. Vilar<br />
<strong>Pneus</strong>, Lda. (Amadora), que ganhou uma<br />
máquina de impacto. Em segundo lugar,<br />
terminou a Vítor Padeiro Neto (Santiago <strong>dos</strong><br />
Velhos), que ganhou uma lanterna de 25<br />
LED. O terceiro posto coube à Carfiga (Rio<br />
de Mouro), que teve direito a uma lanterna<br />
de bolso. A Altaroda agradece a to<strong>dos</strong> os<br />
participantes, colaboradores, parceiros,<br />
amigos e a toda a equipa envolvente, que<br />
proporcionou um evento de sucesso e memorável<br />
para to<strong>dos</strong>.<br />
BKT apresentou leque de novidades<br />
no Salão EIMA<br />
Na edição de 2016 do Salão EIMA, que<br />
se realizou de 9 a 13 de novembro, em<br />
Bolonha, Itália, a BKT apresentou o seu pneu<br />
topo de gama, mas também outros produtos<br />
do seu leque de opções.<br />
Aqui fica o rol de novidades:<br />
Agrimax Force: Graças à tecnologia “IF”,<br />
revisitada pela BKT, este pneu dispõe de<br />
maior capacidade de carga com pressões<br />
de enchimento inferiores quando compara<strong>dos</strong><br />
com os padrões de medida igual,<br />
com total vantagem para o terreno, que<br />
sofre uma compactação consideravelmente<br />
inferior. Além disso, na passagem entre<br />
a utilização em estrada e no campo, o Agrimax<br />
Force permite rolar até aos 65 km/h<br />
sem mudar a pressão de enchimento.<br />
Agrimax Sirio: Para tratores de altas prestações,<br />
este pneu foi devidamente estudado<br />
para ser utilizado com reboques e cargas<br />
pesadas. Apesar das altas velocidades<br />
que pode alcançar (até 70 km/h, mesmo<br />
com cargas elevadas) e com índice de velocidade<br />
E, mostra-se muito respeitador<br />
do ambiente, graças à resistência reduzida<br />
ao rolamento, que ajuda a poupar combustível<br />
e a poluir menos.<br />
Agrimax Spargo: Permite uma maior capacidade<br />
de carga quando comparado<br />
com um pneu padrão da mesma medida<br />
e com o mesmo enchimento, graças à tecnologia<br />
VF reinterpretada pela BKT.<br />
Agrimax RT 600: É o pneu ideal pela sua<br />
grande capacidade de flutuação, elevada<br />
capacidade de carga, excelente estabilidade<br />
e ótima tração.<br />
Multimax MP 522: É um pneu radial com<br />
talão reforçado e cintos de aço, que garante<br />
uma excelente adesão, uma ótima resistência<br />
às perfurações, uma extraordinária<br />
capacidade de carga e uma grande estabilidade,<br />
dotes essenciais nas operações de<br />
escavação e carregamento.<br />
Con Star: Dispõe de grande estabilidade<br />
vertical e lateral, bem como qualidade<br />
precisa para as operações de levantamento.<br />
As barras amplas aumentam a área de<br />
contacto e permitem ao pneu aguentar<br />
cargas elevadas. O seu composto de borracha<br />
especial reduz os riscos de cortes.<br />
Uniroyal alarga gama<br />
de pneus para pesa<strong>dos</strong><br />
Uniroyal anunciou o aumento da sua gama de pneus para camiões e autocarros. To<strong>dos</strong><br />
A os eixos foram contempla<strong>dos</strong> com as novas medidas e passam a estar disponíveis para<br />
os eixos de direção, tração e reboque. Os pneus FH 40 e DH 40 para eixos de direção e tração<br />
vão ser agora comercializa<strong>dos</strong> nas medidas 315/70 R 22.5, ao passo que os pneus para eixo<br />
de reboque (TH 40), estão a ser vendi<strong>dos</strong> nas medidas 385/55 R 22.5 e 385/65 R 22.5. Foca<strong>dos</strong><br />
no transporte regional e de longo curso, proporcionam uma maior quilometragem, melhor<br />
manobrabilidade e mais tração, tanto em piso seco como em piso molhado.Tal é obtido a partir<br />
do desenho do piso, que se adequa à tradição da marca. Estas prestações garantem ao FH 40<br />
a classificação B na etiqueta europeia, bem como a marca M+S. O DH 40 acrescenta o símbolo<br />
3PMSF graças às suas lamelas especiais.<br />
34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
Continental desvenda<br />
PremiumContact 6<br />
Com o novo PremiumContact 6, a Continental<br />
conseguiu preencher a lacuna existente entre<br />
um pneu de conforto e um pneu desportivo.<br />
Isto só foi possível graças ao desenvolvimento<br />
de novas soluções para segurança máxima,<br />
altos níveis de conforto e um design desportivo<br />
que garante um desempenho superior.<br />
Tal como os seus antecessores, ContiSport-<br />
Contact 5 e ContiPremiumContact 5, o novo<br />
PremiumContact 6 oferece performance de<br />
topo em travagem, especialmente em<br />
piso molhado.<br />
Os especialistas da Continental<br />
no desenvolvimento de<br />
compostos apresentaram<br />
uma solução que assegura<br />
melhorias significativas<br />
noutros parâmetros sem<br />
comprometer a garantia de<br />
elevada segurança do pneu.<br />
A inovação inclui um novo<br />
composto de sílica, especialmente indicado<br />
para pequenas distâncias de travagem em<br />
piso molhado, para todo o segmento de veículos.<br />
Na etiqueta de pneus da UE, o novo PremiumContact<br />
6 alcançou a classificação “A” na<br />
aderência em piso molhado. Este novo pneu<br />
da Continental reúne, num único produto,<br />
conforto, uma resposta precisa da direção,<br />
máxima segurança e boas características ambientais.<br />
Para tal, os engenheiros responsáveis<br />
pelo desenvolvimento<br />
criaram novos compostos,<br />
um design inovador que<br />
também é usado no SportContact<br />
6 e um padrão<br />
do piso que proporciona<br />
uma condução confortável.<br />
O resultado deu origem<br />
a um produto que, em<br />
comparação com o modelo<br />
antecessor, proporciona melhorias na ordem<br />
<strong>dos</strong> 15% no desempenho em termos de manobras,<br />
resistência ao rolamento, quilometragem<br />
e conforto, ao mesmo tempo que o ruído<br />
interior e exterior diminuiu cerca de 10%.A<br />
partir do início do novo ano, o PremiumContact<br />
6 estará disponível em várias dimensões.<br />
Com este novo pneu de verão, a Continental<br />
preenche, com sucesso, a lacuna existente entre<br />
os veículos de gama média e os SUV com<br />
elevado conforto na condução.<br />
O novo PremiumContact 6, o segundo produto<br />
da marca alemã a deixar cair o prefixo “Conti”<br />
antes da designação do modelo do pneu<br />
(o primeiro a estrear esta nova nomenclatura<br />
foi o SportContact 6), será fabricado em 70 dimensões,<br />
para jantes de 16” a 21”.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 35
Notícias<br />
First Stop abriu nova<br />
loja no centro de Lisboa<br />
Goodyear apresenta EfficientGrip Cargo<br />
Goodyear, um <strong>dos</strong> maiores fabricantes<br />
A mundiais de pneus, anunciou o lançamento<br />
do pneu EfficientGrip Cargo nos merca<strong>dos</strong> da<br />
Europa, Médio Oriente e África (EMEA). Tendo<br />
em conta a importância crescente da economia<br />
de combustível e a necessidade de maior quilometragem<br />
para condutores e frotas, a Goodyear<br />
apresentou um pneu para comerciais ligeiros<br />
que satisfaz estas exigências, graças ao seu novo<br />
composto de sílica e à melhoria no desgaste do<br />
piso. Para proporcionar maior quilometragem,<br />
o EfficientGrip Cargo recorre a duas inovações.<br />
Por um lado, a introdução de um novo composto<br />
de sílica no piso, que aumenta a resistência do<br />
pneu ao desgaste e otimiza a aderência em caso<br />
de pavimento molhado. Por outro lado, o padrão<br />
de piso reformulado melhora a rigidez do pneu<br />
e distribui a pressão mais uniforme para colocar<br />
mais borracha na estrada. Com estas inovações,<br />
o pneu permite percorrer até 10.000 km a mais.<br />
Utilizando um composto de base mais rígido e<br />
criando uma espécie de almofada fria, o pneu<br />
produz menos calor do que o seu antecessor,<br />
o que origina uma resistência ao rolamento<br />
18% inferior. As temperaturas mais baixas e a<br />
construção otimizada melhoram a resistência<br />
do pneu ao rolamento até 18% em comparação<br />
com o seu antecessor.<br />
A rede de oficinas First Stop, da Bridgestone,<br />
abriu a T&A Drive, uma nova<br />
oficina no centro de Lisboa, localizada<br />
na Rua de Dona Estefânia. Este novo<br />
espaço vem reforçar a oferta <strong>dos</strong> serviços<br />
que a rede First Stop preconiza<br />
nesta região, nomeadamente pneus,<br />
revisão oficial sem perder a garantia<br />
do fabricante e serviços rápi<strong>dos</strong>, entre<br />
outros. A aposta na abertura de novos<br />
postos na capital é fundamental para<br />
o plano de expansão que a rede tem<br />
prevista para o território nacional.<br />
Para Mário Mendes, coordenador<br />
da rede First Stop em Portugal, “esta<br />
abertura é mais uma demonstração<br />
de que o ‘pacote’ que a First Stop<br />
oferece aos seus agentes é bastante<br />
atrativo e completo, o que lhes permite<br />
sentirem-se apoia<strong>dos</strong> dentro de um<br />
mercado cada vez mais competitivo”.<br />
Michelin Power RS<br />
estará à venda em janeiro<br />
novo pneu para motos sport de estrada, Michelin Power RS,<br />
O foi apresentado durante a celebração do Grande Prémio da<br />
Austrália de Motociclismo, como mostra da sua importância. Esta<br />
nova gama vai estar à venda a partir de janeiro de 2017. Aderência<br />
em piso seco, manobrabilidade, estabilidade e um comportamento<br />
de topo fazem do Michelin Power RS a nova referência para motos<br />
desportivas de estrada destinada aos motociclistas mais exigentes.<br />
Para reunir tantas performances num único pneu, a Michelin<br />
emprega todo o seu savoir-faire, os conhecimentos obti<strong>dos</strong> em<br />
competição e a diversidade das suas fontes de inovação. Os novos<br />
compostos de borracha, alguns deles deriva<strong>dos</strong> da competição,<br />
bem como a sua nova carcaça, permitem obter sensações e um<br />
nível de aderência em piso seco incomparáveis. O pneu traseiro<br />
renova-se com uma carcaça patenteada que beneficia da tecnologia<br />
Michelin ACT+, que garante uma estabilidade irrepreensível, tanto<br />
em curva como em reta.<br />
36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
o seu parceiro em Portugal<br />
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Notícias<br />
Goodyear Portugal<br />
premeia condutor com viagem única<br />
No verão passado, a Goodyear Portugal lançou o desafio aos clientes<br />
para estes trocarem de pneus antes de viajarem, para que pudessem<br />
desfrutar das suas férias da melhor forma, sem terem de preocupar-se com<br />
o desgaste <strong>dos</strong> pneus do seu veículo. To<strong>dos</strong> os condutores que adquiriram<br />
pneus Goodyear nas oficinas aderentes, de 24 de junho a 31 de julho, e<br />
mostraram que conseguiram facilmente mudar e montar os pneus da<br />
marca, tiveram a oportunidade de ganhar prémios únicos. Depois de adquirirem<br />
os pneus, os clientes foram desafia<strong>dos</strong> a tentar mudar dois pneus<br />
de jantes de 16” ou superiores. Com isso, ganharam, automaticamente,<br />
uns óculos de sol exclusivos ou um smartwatch. Além destes prémios,<br />
os clientes Goodyear tiveram ainda a possibilidade de participar num<br />
concurso mais alargado, com o objetivo de ganhar uma viagem. Para<br />
tal, só necessitavam de ir ao site www.<br />
goodyear.pt e fazer upload da sua fatura de compra<br />
e de uma fotografia do seu destino ideal de férias, com base<br />
na filosofia #MadetoFeelGood de Goodyear. Manuela Freitas<br />
foi a vencedora deste concurso, ao submeter uma fotografia,<br />
acompanhada de uma rima, onde mostra a importância <strong>dos</strong><br />
pneus Goodyear para as suas férias de verão. Manuela Freitas<br />
vai agora poder desfrutar de uma viagem única.<br />
Iberequipe representa em<br />
exclusivo Bartec Auto ID<br />
A Iberequipe comercializa, em exclusivo<br />
para o mercado português, a<br />
marca Bartec Auto ID, especialista em<br />
sistemas de diagnóstico TPMS (Tyre<br />
Pressure Monitoring System) para o aftermarket,<br />
nomeadamente para oficinas<br />
especializadas em pneus e, também,<br />
para fabricantes de veículos. Com esta<br />
nova representação da Bartec, os clientes<br />
passam a contar com um excelente<br />
produto de diagnóstico TPMS com cobertura<br />
abrangente para todas as principais<br />
marcas de sensores universais OE<br />
e programáveis.Para mais informações,<br />
pode ser visitado o site www.iberequipe.<br />
com ou ser contactada a empresa pelo<br />
telefone 212 940 793.<br />
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A Nex Tyres, importante empresa multinacional<br />
grossista de pneus recruta para o desenvolvimento<br />
da sua actividade em Portugal<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
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COMERCIAL SECTOR PNEUS (M/F)<br />
Reportando ao director da área, terá como principais responsabilidades:<br />
Fazer a prospeção comercial da zona atribuída para aumentar a carteira de clientes<br />
e atingir os objectivos preconiza<strong>dos</strong>.<br />
Gerir comercialmente de forma integral a área atribuída: gestão da conta,<br />
cobranças, incidências comerciais e logísticas, etc.<br />
Analisar e conhecer a concorrência, propor as acções comerciais e estratégias que<br />
permitam atingir os objectivos delinea<strong>dos</strong>.<br />
Pretende-se:<br />
Experiência mínima de 3 anos em posição semelhante.<br />
Conhecimento técnico do produto, tanto em pneus ligeiros como pesa<strong>dos</strong> e<br />
agro-industrial (este dois últimos como factor preferencial).<br />
Conhecimentos de informática na óptica do utilizador, principalmente em<br />
ambiente Microsoft Office.<br />
Empatia comercial, boas capacidades de comunicação e capacidade negocial.<br />
Pessoa com excelente apresentação e postura, activa e autónoma, habituada a<br />
trabalhar em equipa.<br />
Residência na zona centro do país (factor preferencial)<br />
Oferece-se:<br />
Entrada imediata num projecto de referência no mercado<br />
Integração numa equipa de profissionais altamente qualifica<strong>dos</strong>.<br />
Interessante pack remuneratório<br />
Se cumpre com os requisitos menciona<strong>dos</strong>, envie o seu CV<br />
actualizado e detalhado para amachado@nextyres.pt<br />
Mitas participou na EIMA<br />
com várias novidades<br />
Na feira EIMA, a Mitas, empresa que pertence ao Grupo Trelleborg,<br />
mostrou os produtos mais destaca<strong>dos</strong> da sua gama agrícola,<br />
incluindo pneus flutuantes Agriterra, pneus VF HC 2000 para tratores<br />
de elevada potência e pneus para utilização municipal. Uma das<br />
principais vantagens <strong>dos</strong> pneus de flutuação Agriterra reside no seu<br />
menor custo operacional, com um impacto positivo no consumo de<br />
combustível. As novas cintas de aço asseguram capacidades de carga<br />
superiores, estabilidade a velocidades acima <strong>dos</strong> 30 km/h e uma<br />
resistência aos furos superior. A banda de rolamento do pneu apresenta<br />
sulcos largos, melhorando a função de autolimpeza. Graças<br />
ao desenho do piso, o pneus de flutuação Mitas tem mais 11% de<br />
borracha no chão.Também na EIMA, a Mitas apresentou uma nova<br />
aplicação móvel para dispositivos Android e iOS, bem como para<br />
Windows. A nova aplicação vai permitir aos agricultores encontrar<br />
facilmente a pressão correta para os seus pneus, de forma a conseguirem<br />
os melhores resulta<strong>dos</strong> no campo e na estrada.<br />
38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
Trelleborg tem nova app<br />
de realidade virtual<br />
A Trelleborg lançou uma nova aplicação de realidade<br />
virtual relacionada com os seus pneus agrícolas<br />
mais importantes. A nova aplicação funciona<br />
em sistemas operativos iOS e Android, a partir de<br />
inovadores auriculares de realidade virtual.Com<br />
vídeos de 360º desenvolvi<strong>dos</strong> com a ajuda <strong>dos</strong> principais<br />
fabricantes de tratores, Massey Fergunson e<br />
CLAAS, a aplicação, que se chama “Realidad-V”, vai<br />
permitir aos profissionais agrícolas uma experiência<br />
visual única, bem como ver as melhores soluções<br />
de pneus agrícolas Trelleborg em ação como nunca<br />
se viu antes. Os utilizadores vão poder visualizar no<br />
seu smartphone o conteúdo VR através do Google<br />
Carboard ou outros capacetes de realidade virtual<br />
compatíveis em 3D ou 2D com um único dispositivo<br />
em mãos. A app vai estar disponível para<br />
ser descarregada no Google Play ou na App Store.<br />
ContiService promoveu<br />
primeira Convenção da rede<br />
Durante três dias, a rede ContiService<br />
reuniu 24 agentes agentes em Baião,<br />
para a primeira convenção ContiService.<br />
Sob o slogan “Juntos, somos mais fortes”,<br />
o plano de trabalhos passou por temas<br />
como o balanço de 2016, o plano estratégico<br />
de crescimento e expectativas para<br />
os próximos anos, a evolução do mercado<br />
e do modelo de negócio, entre outros. A<br />
estratégia para o futuro da rede passa por<br />
manter um forte dinamismo na área da<br />
comunicação, pelo reforço e diversificação<br />
<strong>dos</strong> serviços presta<strong>dos</strong>, pelo estreitamento<br />
de relações entre os consultores e os parceiros<br />
e a Continental, pela continuidade<br />
na aposta nas formações técnica e humana.Cerca<br />
de 18 meses depois da sua<br />
chegada ao mercado, a rede ContiService<br />
continua o seu processo de expansão e<br />
crescimento, contando, atualmente, com<br />
29 agentes – members e partners - estrategicamente<br />
localiza<strong>dos</strong>.Ao longo destes<br />
meses, tem sido feita, também, uma<br />
aposta muito consistente na diversificação<br />
<strong>dos</strong> serviços presta<strong>dos</strong> pelos agentes, de<br />
forma a dotar os parceiros de ferramentas<br />
e instrumentos que lhes permitam ajustar<br />
a sua oferta às necessidades do mercado.<br />
PUB<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 39
Notícias<br />
Norauto lança<br />
2.ª Academia de trainees<br />
Presente em Portugal desde 1996, a Norauto conta,<br />
atualmente, com 25 centros auto distribuí<strong>dos</strong> por<br />
todo o país. A empresa encontra-se a lançar a 2.ª<br />
Academia Norauto. O processo de recrutamento e<br />
seleção irá decorrer entre novembro e dezembro de<br />
2016 e o início da Academia será em janeiro 2017. O<br />
objetivo deste projeto é permitir o crescimento da sua<br />
insígnia no mercado português, através da formação<br />
<strong>dos</strong> perfis deseja<strong>dos</strong> para o seu plano de expansão.<br />
A empresa procura candidatos com formação superior<br />
ou em fase de conclusão, preferencialmente nas<br />
áreas da Gestão, Marketing, Distribuição e Logística<br />
e Engenharia Automóvel ou Mecânica, com idades<br />
até 30 anos e que se identifiquem com a realidade<br />
do retalho. Nesta fase, sente a necessidade de apostar<br />
em perfis jovens. Dar-lhes a oportunidade de<br />
ingressarem numa multinacional, na área do retalho<br />
especializado, através de um percurso formativo com<br />
uma forte componente on job, conjugada com um<br />
plano de formação teórico-prática que lhes permitirá<br />
um conhecimento transversal das quatro áreas do<br />
negócio, é uma oportunidade única. Este percurso<br />
irá dotar os seus trainees de um vasto conjunto de<br />
skills, com uma visão abrangente do negócio e com<br />
um mindset que fará a diferença.<br />
Pirelli é campeã nacional de Ralis<br />
José Pedro Fontes revalidou o título de<br />
Campeão Nacional de Ralis ao impor-<br />
-se na penúltima prova, no rali Casino<br />
de Espinho. Ao volante de um Citroën<br />
DS3 R5 equipado com pneus Pirelli e co-<br />
-pilotado por Inês Grancha, somou quatro<br />
vitórias no disputado campeonato<br />
e esteve sempre presente no pódio na<br />
totalidade da temporada. O Rali Casino<br />
de Espinho decidiu, matematicamente, o<br />
título nacional de ralis, numa prova que<br />
apenas metade <strong>dos</strong> inscritos logrou chegar<br />
ao fim. José Pedro Fontes revalidou<br />
o título graças ao mérito da sua vitória,<br />
combinado com o abandono do seu rival<br />
mais próximo, Pedro Meireles. José<br />
Pedro Fontes celebra o seu segundo<br />
título neste exigente campeonato, que<br />
combina provas de terra e asfalto. O novo<br />
campeão apenas regista um abandono e<br />
presença em to<strong>dos</strong> os pódios da época,<br />
com vitórias em Serras de Fafe, Vidreiro,<br />
Madeira e Casino de Espinho, segunda<br />
posição em Castelo Branco e Mortágua<br />
e um terceiro lugar nos Açores.Ao longo<br />
de toda a temporada, o piloto e a sua<br />
equipa confiaram nos pneus Pirelli para<br />
alcançar o tão desejado título. A marca<br />
proporcionou à equipa do novo campeão<br />
as referências P Zero RK5, RK7,<br />
RK9 e RKS para asfalto com piso seco<br />
e RKW7 para piso molhado, na medida<br />
235/40R18. Nos ralis disputa<strong>dos</strong> em terra,<br />
o DS3 R5 foi equipado com pneus Pirelli<br />
Scorpion K4, K6, KM4 e KM6, nas medidas<br />
205/65R15.O campeonato despediu-se<br />
de 2016 nos dias 12, 13 e 14 de novembro,<br />
com o Rali Casinos do Algarve.<br />
Euromaster Portugal realizou convenção<br />
Sob o lema “Imparáveis”, a Euromaster aproveitou a ocasião para partilhar com to<strong>dos</strong> os seus<br />
franquia<strong>dos</strong> a visão que tem do futuro próximo, num mercado que se apresenta repleto de<br />
novos desafios. Esta convenção foi organizada tendo por base três workshops de trabalho, sendo<br />
cada um deles dedicado a um tema específico, onde se apresentaram os principais desafios que<br />
influenciarão a atividade.Um <strong>dos</strong> temas aborda<strong>dos</strong> foi a “Evolução do Entorno”. Em foco, esteve o<br />
panorama das novas realidades e da digitalização. Como os hábitos de consumo estão a mudar<br />
e o impacto que essas mudanças têm no dia a dia. Paralelamente, demonstrar as iniciativas que a<br />
Euromaster está a desenvolver, de forma a preparar o futuro, não só para o processo de adaptação,<br />
como, também, para se tirar o melhor partido desta evolução.Outro <strong>dos</strong> temas apresenta<strong>dos</strong> foi a<br />
“Satisfação do Cliente” , como as expectativas do consumidor se têm modificado e, mais importante,<br />
como têm aumentado face ao que as empresas oferecem. Este workshop contou com a presença<br />
<strong>dos</strong> conheci<strong>dos</strong> atores e comediantes Eduardo Madeira e Manuel Marques, uma colaboração<br />
externa preciosa para caricaturar como um atendimento de excelência é aquele que proporciona<br />
ao cliente uma experiência positiva e memorável.<br />
40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | <strong>41</strong>
Empresa<br />
Sobralpneus<br />
Horizonte<br />
alargado<br />
A Sobralpneus garantiu, em 2016, a distribuição<br />
exclusiva <strong>dos</strong> pneus coreanos Marshal. Uma aquisição<br />
que alarga o horizonte da empresa e que equilibra<br />
o binómio qualidade/preço<br />
Por: Jorge Flores<br />
dadas, produto tecnológico e com desenvolvimento<br />
contínuo”, afirma. Na sua opinião, a<br />
Marshal é, muito simplesmente, “uma das melhores<br />
soluções do mercado em qualidade e<br />
preço”, acrescenta. Refira-se, a propósito, que a<br />
gama da Marshal é bastante ampla e abrange<br />
os segmentos de ligeiros, comerciais, 4x4, camiões<br />
médios e pesa<strong>dos</strong>.<br />
w RESPOSTAS LOCALIZADAS<br />
António Eduardo Rodrigues esclarece que a<br />
comercialização <strong>dos</strong> pneus Marshal respeitará<br />
a política da empresa. Significa isto que a Sobralpneus<br />
tentará sempre “adaptar” a sua estratégia<br />
comercial às “necessidades locais”. No<br />
entanto, “estaremos sempre muito foca<strong>dos</strong> em<br />
deixar espaço para cada agente trabalhar sem<br />
Para encontrarmos as origens do Grupo<br />
Sobralpneus, teremos de recuar a 1972.<br />
A criação de uma pequena oficina de<br />
reparações elétricas para automóvel<br />
aconteceu nesse ano. Volvidas mais de quatro<br />
décadas sobre a sua fundação, muito mudou<br />
na estrutura da empresa.<br />
Diversificou-se, internacionalizou-se e profissionalizou<br />
a sua atividade. Quase nada ficou igual.<br />
Ainda assim, de acordo com os responsáveis da<br />
Sobralpneus, os seus “princípios intemporais”<br />
mantêm-se inaltera<strong>dos</strong>. Valores como a “força<br />
empreendedora, a inovação permanente, a<br />
visão estratégica de longo prazo, a solidez, o<br />
rigor da gestão corrente e a eficiente utilização<br />
<strong>dos</strong> recursos, com ênfase para a valorização<br />
<strong>dos</strong> recursos humanos”.<br />
Atualmente, o Grupo Sobralpneus detém um<br />
posicionamento entre as maiores empresas do<br />
setor <strong>dos</strong> pneus e serviços elétricos, atividades<br />
que constituem, ainda hoje, o seu core business,<br />
apesar da diversificação <strong>dos</strong> negócios para as<br />
áreas da mecânica, chapa, pintura, lavagem,<br />
assistência 24 horas, gestão de postos e distribuição<br />
de combustíveis, lubrificantes e transportes<br />
de mercadorias perigosas, entre outras.<br />
w REPRESENTANTE MARSHAL<br />
Desde outubro de 2016 que a Sobralpneus<br />
assumiu a distribuição exclusiva da marca<br />
Marshal em Portugal. Uma aquisição essencial<br />
para a atividade da casa. António Eduardo<br />
Rodrigues, diretor-geral da empresa, deixa bem<br />
patente, à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, a importância de<br />
reforçar o portefólio com esta gama de pneus<br />
coreanos, uma “marca reconhecida, com provas<br />
dar azo a guerras ou instabilidades”, garante.<br />
O apoio aos clientes, em matéria de formação<br />
técnica e de marketing, será alvo de atenções<br />
e uma das áreas a desenvolver, “sem dúvida”.<br />
Porém, acrescenta, “estamos ainda a criar, em<br />
conjunto com a Marshal, a melhor estratégia<br />
para apoiar a nossa rede”.<br />
A empresa assegura entregas de 24 horas e,<br />
dentro em breve, “teremos, em alguns pontos<br />
do país, entregas bi-diárias”, promete António<br />
Eduardo Rodrigues. De resto, “o stock mínimo<br />
efetivo, bem como uma metodologia de aprovisionamento<br />
ajustada, evitará as roturas e os<br />
perío<strong>dos</strong> largos de reposição”, refere. Com a<br />
Marshal em catálogo, a Sobralpneus encara o<br />
próximo ano com expectativa. Prioridade, será<br />
a “obtenção de uma rede com capacidade de<br />
cobertura <strong>dos</strong> principais distritos”. ♦<br />
Sobralpneus<br />
Diretor-geral António Eduardo Rodrigues | Sede E. N. 1, km 30,5, Ponte da Couraça, 2584 - 957 Carregado<br />
| Telefone 263 854 868 | Fax 263 852 037 | Email tecnisalsa@sobralpneus.pt | Site www.sobralpneus.pt<br />
42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
V i a t u r a s o f i c i n a<br />
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Mais do que um fornecedor, um parceiro!<br />
Visite o nosso website em www.cometil.pt<br />
E-mail: geral@cometil.pt<br />
Tel.: 219 379 550<br />
Estamos presentes nas redes sociais:<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43
Empresa<br />
AB Tyres<br />
Dimensão internacional<br />
É o terceiro maior distribuidor de pneus em Portugal. Com 10% de quota de mercado,<br />
a AB Tyres comercializa, por ano, mais de 400.000 unidades, número que inclui as<br />
operações de exportação. Dispondo de um stock superior a 100.000 pneus, a<br />
empresa fechará o ano de 2016 com cerca de 30 milhões de euros de faturação<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Inserida no Grupo Alves Bandeira, a AB Tyres<br />
encontra-se numa curva ascendente. E a<br />
atingir o seu ponto de equilíbrio em termos<br />
de dimensão. As perspetivas, essas,<br />
são animadoras: apontam para um ritmo de<br />
crescimento em Portugal acima <strong>dos</strong> dois dígitos<br />
até 2018. Tratando-se do terceiro maior<br />
distribuidor de pneus no nosso país, a AB Tyres<br />
cresceu, face a 2015, 25% em termos de volume<br />
e 22% no que diz respeito a faturação. O que<br />
lhe permitirá fechar o ano de 2016 com cerca<br />
de 30 milhões de euros. Este gigante da distribuição<br />
não pretende ser o número um. Antes<br />
tem como objetivo consolidar o seu negócio,<br />
através de relações de parceria, da capacidade<br />
de satisfazer as necessidades do cliente e da<br />
racionalização da própria atividade, de modo<br />
a permitir-lhe ter stocks acerta<strong>dos</strong> para chegar<br />
ao mercado.<br />
w DOIS POLOS LOGÍSTICOS<br />
Ainda que pertença a um grupo, a AB Tyres<br />
faz questão de separar o mercado nacional do<br />
internacional. Como refere, aliás, César Branco,<br />
diretor-geral: “A nossa estrutura encontra-<br />
-se bem dividida, de forma a dispormos de<br />
sinergias internas. Mas não confundimos os<br />
merca<strong>dos</strong>. O nosso negócio de exportação<br />
internacional tem, digamos, o seu braço comercial<br />
sediado no Dubai”. E aprofunda: “Dispomos<br />
de uma estrutura em Portugal que dá apoio<br />
(administrativo, financeiro, jurídico, logístico) a<br />
toda a organização internacional. Muitos pneus<br />
saem do nosso país para os merca<strong>dos</strong> além-<br />
-fronteiras. Mas existe um negócio próprio,<br />
que é da área internacional e que não passa<br />
sequer por Portugal”.<br />
A AB Tyres é uma organização que, em conjunto<br />
com a AB International, ultrapassa os<br />
600.000 pneus vendi<strong>dos</strong> por ano (volume total<br />
do negócio de pneus a nível mundial do Grupo<br />
Alves Bandeira). Dos quais mais de 400.000 em<br />
Portugal, número que inclui as operações de<br />
exportação. A AB Tyres é, hoje, uma empresa à<br />
escala global. Não olha apenas para o mercado<br />
português. No final de 2016, faturará cerca de<br />
30 milhões de euros, que se inserem nos 400<br />
milhões que o grupo fatura por ano com a sua<br />
atividade. Número que, por si só, é bastante<br />
elucidativo.<br />
Em declarações à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, César<br />
Branco dá conta que “a AB Tyres está apostada<br />
em ganhar escala, embora tenha uma<br />
visão mundial, porque não opera apenas em<br />
Portugal”. Para, depois, acrescentar: “Dentro do<br />
grupo, temos áreas de negócio complementares,<br />
como os lubrificantes, os combustíveis<br />
e o cartão de frota. Nesta combinação, temos<br />
44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
Parceria com a Garland<br />
UM ANO DE SUCESSO<br />
A parceria estabelecida com a Garland, que<br />
já fez um ano, permitiu à AB Tyres ganhar,<br />
acima de tudo, competência logística e capacidade<br />
de estar mais perto do mercado<br />
que regista o maior consumo: o de Lisboa.<br />
Para tal, alugou à Garland o polo da Abóboda.<br />
Sendo um operador logístico, a Garland<br />
tem precisamente na logística o seu<br />
core business. E a AB Tyres tem nos pneus<br />
o centro do seu negócio. “Esta parceria foi<br />
como que uma troca. A AB Tyres ficou<br />
com o negócio de pneus que a Garland<br />
tinha e que não era essencial no seu negócio.<br />
A Garland ficou com a competência<br />
logística que a AB Tyres não tinha e que<br />
não era o principal foco da sua atividade.<br />
A Garland passou a ser o nosso parceiro<br />
logístico, que nos faz a chamada gestão in<br />
house (armazém). No fundo, ambas as empresas<br />
concentraram-se naquilo que era a<br />
sua especialidade. Deixaram de despender<br />
recursos em áreas onde não eram especialistas”,<br />
explica César Branco.<br />
o chamado cross selling que podemos fazer<br />
junto <strong>dos</strong> clientes. Foi por isso que demos<br />
um passo importante ao entrarmos na área<br />
das especialidades (pneus pesa<strong>dos</strong>, agrícolas,<br />
florestais, industriais e de minas). Ao termos no<br />
grupo clientes frotistas, liga<strong>dos</strong> à construção,<br />
à madeira e à indústria que nos compram lubrificantes<br />
e combustíveis, podem, também,<br />
comprar-nos pneus”.<br />
Com mais de 100.000 pneus em stock permanente,<br />
dividi<strong>dos</strong> pelos polos logísticos da<br />
Mealhada e da Abóboda, a AB Tyres, que é<br />
constituída por 24 colaboradores, dispõe de<br />
uma equipa comercial empenhada e dedicada,<br />
com um elevado grau de conhecimento do<br />
mercado, <strong>dos</strong> clientes e do produto. “Aliado<br />
a estas competências”, refere César Branco,<br />
“temos a qualidade do serviço e a disponibilidade<br />
da oferta. Assim como uma organização<br />
financeiramente sólida, com estruturas logísticas<br />
ao serviço do mercado”. Por isso, “estamos,<br />
claramente, foca<strong>dos</strong> em gerir as nossas marcas<br />
e crescer com elas, ajudando, também, os nossos<br />
parceiros a evoluir. Temos uma lógica de<br />
parceria com fabricantes e clientes. Só assim<br />
podemos prestar o melhor serviço aos retalhistas<br />
para que eles vendam os pneus que<br />
temos ao cliente final”, enfatiza o responsável.<br />
w ESTRATÉGIA UHP<br />
Com um portefólio de marcas extremamente<br />
equilibrado (em 2014, eram 69; hoje, são 20), a<br />
AB Tyres cumpre as três exigências do mercado:<br />
produto (tem vasto stock); competitividade<br />
(pratica preços ajusta<strong>dos</strong>); serviço (está perto<br />
do mercado e faz entregas de acordo com as<br />
A AB TYRES<br />
EM (ALGUNS) NÚMEROS<br />
10%<br />
quota de mercado em<br />
Portugal<br />
22%<br />
crescimento<br />
em faturação<br />
face a 2015<br />
30<br />
milhões de euros<br />
de faturação em 2016<br />
(valor aproximado)<br />
400.000<br />
pneus vendi<strong>dos</strong> anualmente<br />
no nosso país (inclui exportação)<br />
24<br />
20<br />
marcas que<br />
fazem parte do<br />
colaboradores seu portefólio<br />
7.500 m 2<br />
armazenagem total<br />
5.000 m 2 (Mealhada) + 2.500 m 2 (Abóboda)<br />
25%<br />
crescimento<br />
em volume<br />
face a 2015<br />
100.000<br />
pneus em stock<br />
no conjunto <strong>dos</strong> dois polos logísticos<br />
2.000<br />
clientes ativos (número aproximado)<br />
30%<br />
vendas<br />
em marcas<br />
premium<br />
70%<br />
vendas de marcas<br />
não Europool<br />
3.950.000<br />
mercado total de reposição<br />
em Portugal, segundo a AB Tyres<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 45
Empresa<br />
AB Tyres<br />
necessidades do cliente). É com base nestas<br />
premissas que se estabelece a escolha de um<br />
parceiro na área da distribuição de pneus. E o<br />
que é, hoje, um distribuidor de pneus em Portugal?<br />
César Branco tem a resposta: “Não é mais<br />
do que um agente que serve de contrabalanço<br />
à falta de stock sazonal que os fabricantes têm<br />
e à necessidade de responder ao mercado a<br />
tempo e horas, assumindo as responsabilidades<br />
na cadeia de valor. Ou seja, to<strong>dos</strong> os custos<br />
logísticos, de armazenagem e de comercialização<br />
junto do retalhista. Assim como to<strong>dos</strong><br />
os custos financeiros que resultam do facto<br />
de estar perto do retalhista são assumi<strong>dos</strong><br />
pelo distribuidor, servindo de ‘amortecedor’<br />
perante o fabricante”.<br />
Em 2016, a oferta da AB Tyres cresceu em<br />
relação a 2015, graças à inclusão das marcas<br />
Primewell, Uniroyal e Runway nos ligeiros,<br />
da marca Primewell nos pesa<strong>dos</strong> e da Mitas<br />
na área das especialidades (pneus agrícolas,<br />
florestais, industriais e de minas). A empresa<br />
está a negociar ter uma marca budget na área<br />
das especialidades, que será lançada em 2017.<br />
Mas no início do novo ano, lançará os Sumitomo<br />
Tyres para o segmento budget de ligeiros,<br />
marca do Grupo Sumitomo, o sexto fabricante<br />
mundial de pneus, proprietário da Falken. Para<br />
2017, fica, também, “uma nova plataforma de<br />
gestão comercial, com uma vertente online<br />
muito mais adaptada às necessidades de mercado,<br />
com critérios mais rápi<strong>dos</strong> e atualiza<strong>dos</strong>”,<br />
revela César Branco. Que completa: “Deixaremos<br />
de ter duas plataformas que comunicam<br />
entre si para passar a ter apenas uma, onde<br />
os da<strong>dos</strong> estarão agrega<strong>dos</strong>, com o online a<br />
trabalhar diretamente na plataforma de gestão<br />
comercial”.<br />
Em desenvolvimento está, também, uma<br />
área estratégica, que diz respeito a pneus de<br />
grandes dimensões no segmento UHP para<br />
jantes mais elevadas. “Podemos armazenar,<br />
permanentemente, as medidas que são mais<br />
difíceis de encontrar no mercado nacional”.<br />
Significa isto, portanto, que está a ser desenvolvida<br />
“uma área especial para pneus UHP<br />
(jantes de 17” a 22”), com o objetivo de servir<br />
sempre os pneus onde há maior dificuldade<br />
em ter stock”, acrescenta. “E, isto, consolidado<br />
com a parte logística de serviço, com a nossa<br />
entrada na área das especialidades, com a<br />
oferta que temos e com a estrutura de que<br />
dispomos, aponta o caminho do nosso crescimento”,<br />
resume César Branco.<br />
Se existe coisa que a AB Tyres não faz, é vender<br />
pneus a clientes que não tenham equipamento<br />
de montagem. Mesmo no caso <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>. Só<br />
vende a frotas de camiões que tenham máquinas<br />
para montar pneus. Esta política faz parte<br />
da sua atuação no mercado: não vender pneus<br />
Falken é a marca âncora<br />
250 PARCEIROS ATÉ FINAL<br />
DE 2017<br />
A Falken, que se posiciona no topo do<br />
segmento quality e na base do segmento<br />
premium, tem registado um crescimento<br />
interessante e continuará a evoluir. Portugal<br />
é, aliás, o país europeu onde a marca<br />
alcança o maior crescimento. Tal deve-se<br />
ao trabalho que a AB Tyres tem vindo a desenvolver<br />
com a Falken, criando uma rede<br />
de parceiros nacionais. Estes, por sua vez,<br />
estabelecem uma relação comercial com<br />
a empresa, baseada, não só, no compromisso<br />
que a AB Tyres assumiu em ter stock<br />
para responder às necessidades do cliente,<br />
como, também, na confiança e na proteção<br />
que a AB Tyres dá ao negócio. “Não é nossa<br />
política vender pneus em todo o lado nem<br />
criar guerras de preços no mercado. Queremos,<br />
de alguma forma, ser um fator de estabilização<br />
e de sustentação do negócio <strong>dos</strong><br />
mais de 150 parceiros que, hoje, apostam<br />
na Falken em Portugal”, frisa César Branco.<br />
A Falken é, de resto, uma das marcas mais<br />
importantes do portefólio da AB Tyres em<br />
termos de crescimento. Mais: é a marca de<br />
referência da empresa e um <strong>dos</strong> pilares da<br />
sua estratégia. A relação da AB Tyres com<br />
a Falken iniciou-se em 2014, quando, no<br />
segundo semestre desse ano, a empresa começou<br />
a representar a marca no nosso país.<br />
Desde então, a AB Tyres importa e distribui,<br />
em exclusivo, a Falken para Portugal,<br />
sendo <strong>dos</strong> melhores parceiros que a marca<br />
da Sumitomo Rubber Industries Ltd. tem a<br />
nível europeu. “Com a Falken, a AB Tyres<br />
tem 100% de disponibilidade de stock em<br />
todas as medidas que se vendem em Portugal.<br />
Esperamos ter 250 parceiros Falken até<br />
final de 2017”, revela César Branco.<br />
a clientes particulares nem a operadores que<br />
não disponham de máquinas de montagem<br />
para o cliente final. “Somos um operador que<br />
está, verdadeiramente, integrado na cadeia de<br />
distribuição. Utilizamos uma plataforma B2B<br />
para os nossos clientes. 75% das encomendas<br />
são feitas diretamente na nossa plataforma<br />
eletrónica, ficando os restantes 25% a cargo<br />
das relações de negócios. Ou seja, onde existe<br />
intervenção direta de um <strong>dos</strong> sete delega<strong>dos</strong><br />
comerciais que temos”, conclui César Branco. ♦<br />
AB Tyres<br />
Diretor-geral César Branco | Morada Zona Industrial da Pedrulha, Lote 12, Mealhada, 3050 –183 Casal<br />
Comba | Telefone 231 244 200 – 963 227 393 (armazém da Abóboda) | Fax 231 244 201<br />
Email sac.lisboa@abtyres.pt (armazém da Abóboda) | Site www.abtyres.pt<br />
46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
Gripenwheels_pagina.pdf 1 11/10/16 21:47<br />
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Empresa<br />
Tiremaster<br />
Prova de força<br />
Há sete anos que a Tiremaster nasceu fruto de uma união de investidores espanhóis,<br />
que resolveu “agarrar” na antiga Bompneu e “atacar” o mercado nacional.<br />
A distribuição exclusiva da Z Tyre para ligeiros é uma prova de força<br />
Por: Jorge Flores<br />
A<br />
Tiremaster nasceu, há quase sete anos,<br />
pelas mãos de um grupo de investidores<br />
espanhóis, que considerou “interessante”<br />
apostar num parceiro no mercado de<br />
pneus em Portugal, adquirindo os meios e as<br />
instalações da Bompneu, em Leça da Palmeira.<br />
Inicialmente, a antiga casa serviu de “ponto de<br />
referência”. Mas, com o passar do tempo, quis ter a<br />
sua “própria identidade, mantendo, por isso, única<br />
e exclusivamente, o nome Tiremaster”, explica José<br />
Ramón Vázquez, diretor financeiro da empresa.<br />
Segundo o responsável, a Tiremaster tem três<br />
eixos distintivos. O primeiro de to<strong>dos</strong>? “O posto<br />
de venda ao público, no qual prestamos o serviço<br />
a veículos ligeiros, comerciais, 4x4, pesa<strong>dos</strong><br />
e de engenharia civil, desde o tratamento de<br />
toda a parte <strong>dos</strong> pneus, a serviços rápi<strong>dos</strong> e<br />
manutenção de automóveis ligeiros”, adianta.<br />
O segundo é a “assistência a frotas de camiões<br />
24 horas, 365 dias por ano, dispondo, para esse<br />
efeito, de duas carrinhas e um camião-grua”,<br />
bem como uma “equipa de técnicos com mais<br />
de 15 anos de experiência”. Além disso, reforça<br />
José Ramón Vázquez, “a Tiremaster pertence a<br />
uma rede líder de assistência 24 horas a pneus<br />
da Península Ibérica (SEAS 24 Horas S.L.), que,<br />
por sua vez, integra o grupo europeu TEN, o<br />
que nos possibilita dar assistência noturna aos<br />
nossos clientes, desde o Algarve até Berlim,<br />
passando pelo Norte de África”, sustenta.<br />
O terceiro eixo? “A revenda, assentando numa<br />
estratégia clara de multimarca/multiproduto”,<br />
refere. Para José Ramón Vázquez, “tendo,<br />
em sete anos, uma carteira considerável de<br />
clientes, continuamos, diariamente, através<br />
da nossa área comercial, tanto direta como<br />
por intermédio do nosso call center, à procura<br />
de novos clientes e parceiros estratégicos, a<br />
fim de expandirmos o nosso negócio”, explica<br />
a mesma fonte. Adiantando que, por “felicidade”,<br />
têm sido “contacta<strong>dos</strong> por diferentes<br />
tipos de casas de pneus para trabalharmos<br />
com eles”, algo revelador de que “estamos no<br />
caminho correto”, sublinha. De realçar ainda<br />
o facto de a Tiremaster disponibilizar serviços<br />
de entrega diários e bi-diários para todo o país,<br />
comercializando pneus de turismo, comerciais,<br />
4x4 e pesa<strong>dos</strong>. Mas não só. “Temos crescido,<br />
também, na área <strong>dos</strong> consumíveis para oficinas,<br />
como nas válvulas, pesos de colar e pastas de<br />
montagem”, diz.<br />
48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
w DISTRIBUIÇÃO DA Z TYRE<br />
A Tiremaster dispõe de uma oferta de pneus<br />
considerável. “Normalmente, em serviço imediato,<br />
temos mais de 4.000 pneus, alcançando<br />
o nosso stock disponível mais de 35.000 pneus”,<br />
adianta. Dado importante é que a empresa trabalha<br />
com marcas tão díspares como “Hankook,<br />
Continental, Michelin, Bridgestone e Pirelli,<br />
entre tantas outras, desde premium, quality e<br />
budget. No entanto, temos duas marcas que<br />
se destacam, claramente, no nosso portefólio”.<br />
Quais? “A Hankook, marca muito conceituada<br />
no mercado. Temos uma capacidade de entrega<br />
e disponibilidade de produto muito vasta,<br />
o que nos diferencia <strong>dos</strong> demais, oferecendo a<br />
gama completa aos nossos clientes e parceiros.<br />
Recentemente, conseguimos a distribuição<br />
exclusiva da Z Tyre para Portugal, marca que<br />
tem dado grandes alegrias. Em breve, começaremos<br />
a comercializar esta marca para veículos<br />
pesa<strong>dos</strong>”, revela.<br />
“Com a vasta oferta de marcas de que dispomos,<br />
conseguimos servir os nossos clientes,<br />
Parceria com a Westlake<br />
NOVOS “MIÚDOS DO BAIRRO”<br />
A parceria com a Westlake é um trunfo da<br />
Tiremaster. “O mundo <strong>dos</strong> pneumáticos<br />
está em mudança. A liderança <strong>dos</strong> “The<br />
Big Three (Michelin, Goodyear e Bridgestone)<br />
está a chegar ao fim”, preconiza José<br />
Ramón Vázquez. “Agora, existem novos<br />
‘miú<strong>dos</strong> no bairro’, que estão a ganhar músculo,<br />
inteligência, potência e qualidade. O<br />
Grupo Zenises/Westlake é um desses ‘novos<br />
miú<strong>dos</strong>’ que, em breve, se converterá<br />
num ‘adulto’, da mesma forma que o fez a<br />
Hankook, por exemplo”. De acordo com<br />
o mesmo responsável, “os grandes fabricantes<br />
europeus reagiram a esta ameaça<br />
tentando fechar o mercado, através de rotulagem<br />
e da compra de oficinas, de modo<br />
a restringir o acesso dessas novas marcas<br />
ao mercado”.<br />
w NAVEGAR NA TEMPESTADE<br />
Com 2016 a caminhar para o fim, José Ramón<br />
Vázquez faz um balanço positivo da atividade<br />
da Tiremaster. “Apesar das enormes dificuldades<br />
do mercado e graças ao excelente resultado<br />
que estamos a conseguir nos pneus Z<br />
Tyre e Westlake, esperamos encerrar o ano com<br />
melhores resulta<strong>dos</strong> face a 2015. Beneficiámos,<br />
também, do reforço <strong>dos</strong> nossos meios de trabalho<br />
e a introdução <strong>dos</strong> serviços de mecânica<br />
rápida na nossa oficina”, afirma.<br />
José Ramón Vázquez gostaria, no futuro, de<br />
estar, mais vezes, junto <strong>dos</strong> clientes. Sabemos e<br />
sentimos que as novas tecnologias e serviços,<br />
como o B2B, entre outros, vieram ajudar-nos<br />
a prestar um serviço rápido e eficaz. Contudo,<br />
continuamos a sentir que a nossa presença faz a<br />
diferença. As relações interpessoais são fundamentais<br />
para alcançar a excelência”, acrescenta.<br />
Para 2017, a ambição é a mesma, ainda que<br />
o diretor financeiro tenha a noção de que<br />
será um ano “muito complicado”, temendo a<br />
influência de fatores exteriores, como a “eleidesde<br />
os produtos de turismo até aos de<br />
engenharia civil, passando por pneus de camião,<br />
moto e agrícolas, entre outros”, reforça<br />
a mesma fonte.<br />
ção de Trump e o efeito Brexit”, entre outros,<br />
na zona euro e na economia nacional. Para<br />
mais, na sua opinião, o mercado encontra-se<br />
algo “saturado” e com uma “oferta excessiva de<br />
distribuidores”, o que poderá gerar a “tempestade<br />
perfeita”. Mas, ainda assim, as expectativas<br />
continuam elevadas. “Exploraremos o nosso<br />
crescimento com as marcas Z Tyre e Westlake,<br />
com o lançamento da nossa loja de peças e<br />
com a renovação completa do nosso portal<br />
B2B”. Marcaremos presença na expoMECÂNICA,<br />
procurando estar próximos das necessidades<br />
<strong>dos</strong> nossos clientes”, conclui. ♦<br />
De resto, para José Ramón Vázquez, “nem<br />
to<strong>dos</strong> os produtos fabrica<strong>dos</strong> na China<br />
são de baixa qualidade. Há players que<br />
têm investido em tecnologia e qualidade.<br />
E, claramente, a Westlake é um deles! Não<br />
procura volume, mas posicionamento e<br />
reconhecimento no mercado como um<br />
produto que combina qualidade e preço”,<br />
explica. No setor <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>, onde a Tiremaster<br />
tem concentrado os seus esforços,<br />
os rendimentos <strong>dos</strong> pneus da marca, por<br />
quilómetros percorri<strong>dos</strong>, têm sido “muito<br />
encorajadores”, enfatiza José Ramón Vázquez,<br />
recordando ainda o facto de a China<br />
ser, atualmente, “líder mundial em baterias<br />
elétricas, em robótica e em inteligência artificial,<br />
bem como fabricante de to<strong>dos</strong> os<br />
‘iPhones’ extravagantes que vemos na rua.<br />
E, em breve, fabricantes também de pneus<br />
com bom desempenho e produtividade”.<br />
Por tudo isto, adianta o responsável, “o<br />
nosso compromisso com a Westlake é uma<br />
aposta no futuro do mercado de pneus novos”,<br />
assegura. Futuro esse que “já chegou”.<br />
E a Tiremaster “faz parte dessa transformação<br />
do mercado”, concretiza.<br />
Tiremaster<br />
Diretor financeiro José Ramón Vázquez | Morada Rua de Almeiriga, 550, Leça da Palmeira, 4450 - 608 Matosinhos | Telefone 229 997<br />
890 | Fax 229 997 899 | Email geral@tiremaster.pt | Site www.tiremaster.pt<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 49
Empresa<br />
Pneubase<br />
Centro de mobilidade<br />
Com mais de quatro décadas de história, a Pneubase é, desde 2005, um centro<br />
de mobilidade, fazendo, hoje, parte da rede Euromaster. Especialista em pneus<br />
e mecânica rápida, dispõe de quatro lojas e inclui um posto de GPL portátil<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Não existirão muitas casas de pneus em<br />
Portugal com a bagagem e a visão<br />
estratégica da Pneubase, que nasceu,<br />
em julho de 2005, fruto de um projeto<br />
criado por Paulo Cristovão, pela esposa, Maria<br />
João, e pela cunhada, Dora Costa. Apesar de<br />
ser uma empresa familiar, a Pneubase, graças a<br />
diversas influências de ordem teórica e prática,<br />
tem uma visão global do negócio. A começar,<br />
desde logo, pela formação académica de Paulo<br />
Cristovão e pelos conhecimentos que detém.<br />
As origens da Pneubase remontam a 1973,<br />
quando António da Silva Costa, sogro de Paulo<br />
Cristovão, abriu a A.S. Costa, em Fervença. Foi<br />
o início de um percurso recheado de sucessos,<br />
acontecimentos e peripécias, como recorda<br />
o atual administrador à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>: “A<br />
empresa nasceu há mais de 43 anos e passou<br />
por três grandes fases. A primeira, foi o crescimento<br />
da casa A.S. Costa. A segunda, quando se<br />
juntou a um sócio para formar o Grupo Sobral<br />
& Costa. A terceira, quando a crise, aliada a uma<br />
sucessão mal programada dentro do grupo,<br />
levou à separação <strong>dos</strong> sócios Sobral e Costa. Foi<br />
então que apareceu o Grupo Pneubase”. Paulo<br />
Cristovão entrara para o negócio do sogro no<br />
ano 2000, quando se encontrava a tirar uma<br />
pós-graduação em gestão de empresas, na<br />
vertente oficinal. “Nos tempos áureos (início<br />
<strong>dos</strong> anos 90)”, frisa o administrador, “o Grupo<br />
Sobral & Costa chegou a ter 12 casas, crescendo<br />
de forma exponencial”.<br />
w PNEUS SÃO A BASE<br />
Olhando para a Pneubase, uma pergunta<br />
impõe-se: a que se deve o nome? “Bem, pode<br />
dizer-se que a dois aspetos”, afirma Paulo<br />
Cristovão. “Por um lado, o facto de, naquela<br />
altura, como hoje, a base do nosso negócio<br />
ser pneus. Por outro, a particularidade de estarmos<br />
perto da Base Aérea n.° 1, com quem<br />
trabalhávamos”. Certo, certo, é que quando a<br />
Pneubase apareceu, estava muito à frente do<br />
seu tempo, graças ao conceito que apresentava,<br />
ao modelo de gestão de que dispunha e até<br />
mesmo à organização e limpeza do espaço.<br />
“Estávamos foca<strong>dos</strong> em nichos de mercado<br />
que não eram muito comuns na altura”, refere<br />
o administrador. E sustenta: “A base do nosso<br />
negócio são pneus, mas o futuro é a mobilidade,<br />
a manutenção automóvel como um todo. A<br />
empresa está pensada, desde o início, para uma<br />
diversificação do negócio. Na altura, foi quase<br />
uma ‘revolução’ ter criado uma casa onde o<br />
cliente pudesse estar a ver o seu veículo a ser<br />
intervencionado, onde não existissem pneus<br />
à vista em prateleiras ou amontoa<strong>dos</strong> no chão<br />
e onde todas as áreas estivessem limpas e definidas”.<br />
O Grupo Pneubase tem, hoje, quatro casas (Pneubase<br />
Sintra, em Vila Verde; Pneubase Oeste, em<br />
Torres Vedras; Pneubase Oriente, em Lisboa; A.S.<br />
Costa, em Fervença). No espaço de Sintra, ope-<br />
50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
am 14 <strong>dos</strong> 25 colaboradores do grupo. Com<br />
2.000 m2 de área coberta, na sede da Pneubase<br />
executam-se todas as tarefas relacionadas com<br />
pneus, faz-se mecânica rápida, existe uma loja<br />
(jantes; acessórios; produtos de limpeza) e encontra-se<br />
um posto de GPL portátil (ver caixa). A<br />
Pneubase tem um grande foco no cliente, desde<br />
particulares (os que asseguram a maior fatia do<br />
negócio) até frotistas, passando por empresas.<br />
“A base do nosso negócio são pneus, mas tem<br />
havido um grande esforço de diversificação”,<br />
explica Paulo Cristovão. Que acrescenta: “A mecânica<br />
rápida tem já um peso significativo. Reúne<br />
entre 15 a 20% da nossa faturação”.<br />
O forte da Pneubase são os pneus ligeiros, 4x4,<br />
comerciais e de motos. “Estamos, também, a<br />
‘ressuscitar’ o negócio <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong> e a recuperar<br />
esse nicho de mercado”, revela o administrador.<br />
O Grupo Pneubase dispõe de um stock<br />
que dá resposta às necessidades do mercado.<br />
“Temos em casa as medidas mais vendidas, mas<br />
com três e quatro entregas diárias, deixou de<br />
ser prioritário fazer grandes stocks. Hoje, no<br />
negócio <strong>dos</strong> pneus, o vigor da ‘quantidade’ foi<br />
substituído pelo rigor da ‘qualidade’”, assegura.<br />
w DEPOIS, VEIO A EUROMASTER<br />
Em 2012, a Pneubase aderiu à Euromaster. Porquê<br />
esta rede do Grupo Michelin e não outra? A<br />
explicação do nosso interlocutor é elucidativa:<br />
“Nós, no negócio, identificamo-nos sempre<br />
mais com umas marcas do que com outras. A<br />
forma de trabalharem e de estarem no mercado<br />
tem, como é óbvio, bastante influência”.<br />
E recorda um curioso episódio da sua infância:<br />
“Sempre senti especial apreço pela Michelin.<br />
E tendo vivido em França... Quando ia para a<br />
escola, havia na aldeia onde morava uma oficina<br />
que tinha um enorme Bibendum à porta. O<br />
boneco tinha uma expressão simpática e eu<br />
‘cumprimentava-o’ sempre quando regressava<br />
da escola”, afirma, entre risos, Paulo Cristovão.<br />
Depois, já mais a sério, desabafa: “Por vezes,<br />
existem ligações afetivas com as marcas. Sempre<br />
apreciei a Michelin pela sua forma de trabalhar<br />
e pelo facto de ser uma empresa que está,<br />
não diria a anos-luz mas a meses-luz, à frente em<br />
termos de organização e de pensamento”. Antes<br />
da Euromaster, existia a Vialider, com quem a<br />
Pneubase já trabalhava, identificando-se com<br />
metodologias utilizadas e ideias delineadas. Na<br />
Euromaster, existe uma estratégia de futuro.<br />
Convidado a pronunciar-se sobre se existe<br />
maior pressão para vender pneus do Grupo<br />
Michelin, Paulo Cristovão responde que acredita<br />
“nos produtos Michelin”, mas também “vende<br />
outras marcas de renome”. A força da Pneubase<br />
provém <strong>dos</strong> benefícios dessas várias parcerias.<br />
E complementa o seu raciocínio: “Quando aderimos<br />
a uma rede, é óbvio que outras marcas<br />
ficam para trás. Contudo, corremos o risco de<br />
perder o cliente se nos fecharmos apenas sobre<br />
o grupo. A Euromaster faz, ela própria, negócios<br />
com outras marcas. Mas a verdade é que a<br />
Pneubase também tem ajudado a Euromaster.<br />
O programa de faturação que temos (Alidata),<br />
foi adotado pela rede do Grupo Michelin”.<br />
E o futuro, à Pneubase pertence? “Estamos a<br />
ponderar criar novos projetos, à medida da<br />
nossa dimensão e da realidade do mercado<br />
nacional. Gostava que o espaço que temos livre<br />
nas instalações de Sintra fosse preenchido com<br />
áreas de negócio relacionadas com o automóvel,<br />
como, por exemplo, uma zona de lavagens<br />
e instalar a parte de camiões que temos na<br />
casa de Fervença”, revela o administrador. “Mas<br />
ainda estamos numa fase de consolidação de<br />
alguns conceitos. A começar pela nossa relação<br />
com a Euromaster, que nos tem trazido mais-<br />
-valias. Acredito na diversificação do negócio<br />
como meio de chegar à mobilidade. Contudo, é<br />
preciso termos cuidado para não haver diluição.<br />
Se quisermos fazer tudo, corremos o risco de<br />
não conseguirmos fazer nada”, conclui Paulo<br />
Cristovão. ♦<br />
Parceria com a OZ Energia<br />
POSTO DE GPL PORTÁTIL<br />
Demorou três anos a desenvolver. Este projeto-piloto,<br />
que resulta de uma parceria estabelecida<br />
com a OZ Energia, consiste num<br />
posto de abastecimento portátil de GPL.<br />
Único em Portugal, mais não é do que um<br />
contentor que integra tudo: o posto público<br />
e o sistema informático. Apresenta como<br />
principal vantagem o facto de se poder pegar<br />
nele e transportá-lo para qualquer lado.<br />
“Na Pneubase, além de gostarmos de estar<br />
na vanguarda, uma vez que este projeto é<br />
aliciante, trata-se de uma nova vertente do<br />
nosso negócio, que encaixa precisamente<br />
na ideia inicial da criação da empresa: ser<br />
um centro de mobilidade. O cliente chega<br />
à nossa casa e tem tudo. Não precisa de<br />
se deslocar a mais lado nenhum”, dá conta<br />
Paulo Cristovão. Sendo proprietária do<br />
contentor, a OZ Energia planeia desenvolver<br />
este projeto a nível nacional. Este<br />
primeiro posto portátil de GPL começou<br />
a funcionar em junho de 2016. “Ultrapassámos<br />
muitas burocracias para chegar até<br />
aqui. O posto ainda não apresenta grande<br />
expressão económica, visto ser muito recente,<br />
mas a nível de tecnologia, é uma<br />
mais-valia para nós e faz com que alarguemos<br />
a vertente do nosso negócio”, enfatiza<br />
o administrador da Pneubase.<br />
Pneubase<br />
Administrador Paulo Cristovão | Morada Rua da Aviação Portuguesa, 110, Vila Verde, 2705 – 845 Terrugem<br />
(Sintra) | Telefone 219 609 120 | Fax 219 609 129 | Email geral@pneubase.pt | Site www.pneubase.pt<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 51
Empresa<br />
Casa Marques<br />
Património do nome<br />
Há dois anos, a Casa Marques mudou-se para umas novas instalações,<br />
com 7.000 m 2 . Uma sequência lógica face ao crescimento da empresa.<br />
O nome de referência continua a ser o seu maior património<br />
Por: Jorge Flores<br />
O<br />
episódio aconteceu há três anos,<br />
mas ajuda a compreender o dinamismo<br />
que Luís Marques empresta<br />
à sua atividade no setor <strong>dos</strong> pneus,<br />
nomeadamente, desde que, em 1998, decidiu<br />
apoiar o seu sogro e colocar a Casa Marques<br />
num patamar mais elevado no mercado.<br />
“Homem do mundo”, como se descreve, chegou<br />
uma tarde e disse à sua mulher, sócia<br />
maioritária da empresa, que pretendia ir à<br />
China. Ainda lançou o repto ao sogro, mas<br />
este recusou. Embarcou sozinho. Não sem<br />
antes ter pedido um visto à embaixada. O<br />
único ponto de contacto era através de um<br />
amigo alemão, proprietário de uma das maiores<br />
cadeias de oficinas da Alemanha. “Meti-me<br />
no avião e lá fui eu”, conta. Quando aterrou<br />
em Xangai, para seu espanto, tinha mais de<br />
15 pessoas à sua espera, exibindo um cartaz<br />
com os dizeres: “Luís Marques, Casa Marques”.<br />
Ficou boquiaberto. A explicação era simples.<br />
Ao fazer o pedido ao consolado chinês, foi<br />
obrigado a explicar o motivo da viagem. “E<br />
eles transmitiram ao departamento comercial<br />
das fábricas locais que ia aterrar um potencial<br />
cliente. Foram to<strong>dos</strong> receber-me. Nunca vi<br />
coisa igual. Fiz muitos negócios. Para Angola,<br />
estou a comprar 100% de material à China.<br />
Estive lá três semanas”, recorda.<br />
w ATIVIDADE GLOBAL<br />
Recuando no tempo, numa história já com 18<br />
anos, refira-se que a Casa Marques começou<br />
por trabalhar, sobretudo, na importação de<br />
pneus de ocasião e novos. E na venda de jantes,<br />
negócio que fez ecoar o nome da casa. Mas<br />
muito mudou quando, por influência de um<br />
amigo germânico, Luís Marques começou, aos<br />
poucos, a abandonar a revenda e a apostar na<br />
montagem. O seu sonho, contudo, alimentado<br />
pelos tempos em que viveu na Suíça, onde<br />
“cresceu como homem” e teve sete anos de formação<br />
como mecânico, era alargar a atividade<br />
e os serviços da Casa Marques. Cumpriu esse<br />
desejo dentro da empresa: hoje, dispõe já de<br />
serviços abrangentes e de uma equipa de seis<br />
52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
profissionais. “Sou observador. Cada vez que<br />
vou à Alemanha, vejo como eles funcionam.<br />
É importante fidelizar o cliente, mas não através<br />
de cartões ou de pontos. Pela qualidade!”,<br />
sublinha o responsável.<br />
Passo importante no percurso da Casa Marques<br />
foi ainda a cartada angolana. Há 10 anos, Luís<br />
Marques decidiu que seria um bom investimento.<br />
Antes de muitos. E até previu as dificuldades<br />
que o futuro traria. E defendeu-se delas.<br />
A tempo. “Temos dois sócios fortíssimos em<br />
Angola. Desde 2006. Previ o que se está a passar<br />
agora há cinco anos. Hoje, temos três oficinas<br />
a funcionar. Mas montei um bom mecanismo<br />
para vender. E as coisas funcionam”, garante.<br />
w INSTALAÇÕES MODERNAS<br />
Mas o momento mais alto da Casa Marques foi<br />
há dois anos, com a mudança de instalações.<br />
“Passámos de um pequeno barracão de 300<br />
m 2 para uma casa com 7.000 m 2 ”, adianta Luís<br />
atividade entre a mecânica e os pneus, através<br />
de uma aposta assumida nos produtos novos.<br />
Porquê? “Porque é o futuro!”, explica. Hoje, 70%<br />
do negócio são serviços de mecânica e 30%<br />
são pneus. “Já foi ao contrário”, afirma.<br />
“Trabalhamos com marcas premium, quality e<br />
budget. Depende daquilo que o cliente pretende.<br />
Procuramos que seja sempre o melhor,<br />
porque o melhor nunca lhe dá problemas”, diz.<br />
“Fazemos de tudo. Desde diagnóstico, eletricidade,<br />
lavagem, mecânica e motores. Estamos<br />
a reconstruir um motor com 60 anos.”, reforça<br />
o responsável.<br />
w VALOR DA PALAVRA<br />
Luís Marques assume que se sente “realizado”.<br />
A empresa tem crescido to<strong>dos</strong> os meses e há<br />
clientes (particulares e não empresas) que vêm<br />
de muito longe para serem atendi<strong>dos</strong> por si e<br />
pela sua equipa. “O nome é muito importante.<br />
É o nosso maior património!”, enfatiza. Por falar<br />
marcas”, explica. Por tudo isto, o responsável<br />
nunca regateia preços quando algum cliente<br />
diz ter visto o mesmo pneu mais barato na<br />
concorrência. “Respondo que não lhe estou a<br />
vender um pneu, mas sim um serviço”.<br />
Não contem com Luís Marques para aderir<br />
a uma rede. Já foi aliciado nesse sentido. E<br />
até admite que o futuro do mercado seja<br />
esse. Mas, na sua perspetiva, em rede, fica-<br />
-se “preso a um sistema criado por alguém<br />
e não se pode desenvolver uma ideologia<br />
própria de trabalho”, confessa.<br />
Gosta de pensar pela sua própria cabeça. Já<br />
lhe disseram que o ideal para o negócio seria<br />
ter a Casa Marques situada em Lisboa e não<br />
perto de Cantanhede. Discorda. E recorre a<br />
um exemplo. Na Suíça, que ele bem conhece,<br />
a maior oficina fica a 30 quilómetros de Genebra<br />
e faz uma média de 600 viaturas por dia.<br />
“Tem filas de clientes com três quilómetros<br />
até à sua porta”, sublinha.<br />
Marques à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>. Um espaço “construído<br />
de raiz e dotado de um visual moderno,<br />
onde to<strong>dos</strong> os detalhes foram cuida<strong>dos</strong>. Ou<br />
não tenha o responsável acompanhado os<br />
trabalhos desde a colocação “da primeira até<br />
à última pedra”, conta Luís Marques.<br />
Na “nova vida”, a Casa Marques divide a sua<br />
em nomes, Casa Marques é herdado do seu<br />
avô, um homem que selava os acor<strong>dos</strong> com<br />
um aperto de mão. “Valia mais do que uma<br />
escritura! Hoje, as coisas não funcionam bem<br />
assim. Mas a palavra é tudo”, afirma.<br />
Aspeto crucial é ainda a transparência na relação<br />
com os clientes/amigos. “Os clientes devem<br />
saber de tudo. Acompanhar tudo. Faço um<br />
registo de cada viatura que aqui entra. E o dono<br />
sabe tudo o que está a ser feito ao seu veículo.<br />
Tenho registos com 10 anos. É como fazem as<br />
w MUDANÇA DE CICLO<br />
Para Luís Marques, Portugal, em geral, e o setor<br />
<strong>dos</strong> pneus, em particular, encontram-se<br />
perante uma “mudança de ciclo”. Conforme<br />
explica, “o mercado está a fazer uma purga” e<br />
aqueles que “aguentarem os próximos cinco<br />
anos” sobreviverão. “Mas é preciso apertar, conter<br />
os custos”. Para ilustrar a sua opinião, volta<br />
a recorrer ao exemplo germânico. “Existem,<br />
na Alemanha, cinco fornecedores de pneus.<br />
Em Portugal, são 27”, lamenta o responsável.♦<br />
Casa Marques<br />
Morada Zona Industrial de Febres, Lote 19, 3060 - 345 Febres | Telefone 231 469 976 | Fax 231 469 911<br />
| Email geral@casa-marques.com | Site www.casa-marques.com<br />
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Gestão<br />
Oficina limpa e organizada<br />
Confiança à primeira vista<br />
Uma oficina organizada e limpa não é apenas uma questão estética. Quer a limpeza<br />
quer o aspeto, dizem muito acerca da forma como é realizado o trabalho. Além do<br />
mais, é sinal de que estamos perante um serviço de confiança<br />
A<br />
implementação de um sistema adequado<br />
de ordem e limpeza deve<br />
basear-se em méto<strong>dos</strong> seguros de<br />
armazenamento, sinalização <strong>dos</strong><br />
corredores, arrumação das ferramentas, remoção<br />
sistemática de desperdícios/resíduos<br />
e limpeza de pisos. Em seguida, abordaremos,<br />
de forma mais aprofundada, to<strong>dos</strong> estes aspetos<br />
e revelaremos os segre<strong>dos</strong> para manter<br />
a oficina limpa e organizada, condições que<br />
serão sempre imprescindíveis para o correto<br />
desenvolvimento das tarefas.<br />
A Lei-Quadro de Segurança, Higiene e Saúde<br />
no Trabalho faz incidir sobre as entidades empregadoras<br />
a obrigatoriedade de manterem<br />
os locais de trabalho limpos e organiza<strong>dos</strong>. A<br />
Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, define,<br />
1 - Instalações: devem ser mantidas limpas e<br />
livres de riscos e obstáculos, como manchas de<br />
óleo e peças abandonadas. Devem cumprir a<br />
norma no que respeita a temperatura, iluminação<br />
e insonorização, bem como dispor de saídas<br />
de emergência dispostas adequadamente.<br />
A limpeza das instalações deve ser extensível<br />
a todas as áreas da oficina: área mecânica, área<br />
de chapa e pintura, sala de espera/atendimento<br />
ao cliente e casas de banho.<br />
2 - Materiais e equipamentos: é necessário<br />
seguir os programas de limpeza e manutenção<br />
específicos de cada ferramenta da oficina.<br />
3 - Resíduos: É imprescindível dispor de, pelo<br />
menos, um armazém onde guardar separadamente<br />
os resíduos perigosos. De igual modo,<br />
para armazenar e descartar os resíduos, é neno<br />
seu artigo 15.º, as obrigações gerais do empregador,<br />
em matéria de segurança e saúde<br />
no trabalho. O empregador deve, nomeadamente,<br />
assegurar ao trabalhador condições<br />
de segurança e saúde em to<strong>dos</strong> os aspetos<br />
do seu trabalho.<br />
O empregador deve, para tal, organizar os<br />
serviços adequa<strong>dos</strong>, internos ou externos à<br />
empresa, estabelecimento ou serviço, mobilizando<br />
os meios necessários, nomeadamente<br />
nos domínios das atividades de prevenção,<br />
da formação e da informação, bem como o<br />
equipamento de proteção a utilizar.<br />
w NORMAS BÁSICAS<br />
A limpeza da oficina deve apoiar-se em três<br />
grandes pilares:<br />
54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
cessário dispor de contentores adequa<strong>dos</strong> e<br />
garantir a sua correta eliminação, recorrendo<br />
a empresas especialistas na matéria.<br />
Estas normas pretendem garantir a organização<br />
e a limpeza da oficina e abrangem todas<br />
as dependências da mesma. No entanto, só<br />
serão bem-sucedidas se forem implementadas<br />
e fomentadas corretamente, desde a direção<br />
da oficina aos restantes funcionários.<br />
w MUDAR HÁBITOS E APROVEITAR MEIOS<br />
O ponto de partida para uma política correta<br />
de organização e limpeza começa com uma<br />
avaliação objetiva de to<strong>dos</strong> os elementos imprescindíveis<br />
para a oficina. Trata-se de eliminar<br />
o inútil e de identificar o necessário. Não é<br />
uma tarefa fácil. Inicialmente, será complicado<br />
distinguir o necessário do acessório e, mais<br />
ainda, remover certos elementos que sempre<br />
ocuparam uma determinada zona da oficina.<br />
Para o efeito, deveremos começar por uma<br />
campanha de seleção e discriminação <strong>dos</strong> elementos<br />
em função da sua utilidade, dispondo<br />
de contentores ou recipientes especiais para<br />
recolher o que é desnecessário. Inicialmente,<br />
será complicado distinguir o necessário do<br />
acessório e mais ainda remover certos elementos<br />
que sempre ocuparam uma determinada<br />
zona da oficina.<br />
Uma vez realizada a primeira seleção, o passo<br />
seguinte é classificar os elementos de acordo<br />
com o grau de utilidade e necessidade. Podemos<br />
guiar-nos por dois parâmetros importantes<br />
para determinar o grau de necessidade:<br />
l Frequência com a qual se utiliza o elemento:<br />
desta forma, podemos descartar o que é utilizado<br />
esporadicamente.<br />
l Quantidade de elementos necessária para<br />
o trabalho: podemos retirar do ambiente o<br />
excesso ou as sobras de material.<br />
Terminada esta primeira etapa, teremos conseguido<br />
o mais difícil: mudar hábitos de trabalho<br />
adquiri<strong>dos</strong> erradamente durante anos. O<br />
ponto seguinte a considerar neste processo,<br />
é o de acondicionar a oficina e aproveitar os<br />
meios disponíveis para guardar e localizar o<br />
material facilmente.<br />
Visto que já conseguimos eliminar o desnecessário<br />
no nosso dia a dia, o objetivo seguinte é<br />
organizar o que é útil, de modo a que todas as<br />
ferramentas estejam no respetivo sítio e exista<br />
um lugar específico para cada uma delas. É<br />
necessário definir, de forma clara, em que<br />
lugar deve estar cada utensílio, para que os<br />
funcionários da oficina saibam onde encontrar<br />
cada uma das ferramentas. Obviamente,<br />
é imprescindível que, depois de utilizadas,<br />
as ferramentas voltem a ser colocadas nas<br />
respetivas posições.<br />
Organizar o que é útil de modo a que todas<br />
as ferramentas estejam no respetivo sítio e<br />
exista um lugar específico para cada uma<br />
delas. A não implementação desta rotina,<br />
provoca desordem e reduz a produtividade,<br />
aumentando o tempo despendido na procura<br />
de elementos e o risco de acidentes devido<br />
a ferramentas mal colocadas.<br />
Para acondicionar corretamente as ferramentas<br />
da oficina, devemos guiar-nos por<br />
dois fatores:<br />
l Frequência de utilização: os elementos<br />
mais utiliza<strong>dos</strong> devem ser coloca<strong>dos</strong> perto<br />
do local de trabalho, ao passo que os que não<br />
são utiliza<strong>dos</strong> com tanta frequência devem<br />
ser dispostos em locais mais afasta<strong>dos</strong>. Isto<br />
evita perdas de tempo devido a deslocações<br />
desnecessárias.<br />
l Tipo de ferramenta: as ferramentas do<br />
mesmo tipo e com utilizações similares,<br />
devem ser colocadas juntas. Além do mais,<br />
para garantir a segurança <strong>dos</strong> funcionários e<br />
clientes, é necessário delimitar corretamente<br />
todas as áreas da oficina, bem como as zonas<br />
exclusivas <strong>dos</strong> funcionários e as zonas de<br />
passagem de clientes. A sinalização destas<br />
zonas deve ser delimitada por faixas alternadas<br />
amarelas e pretas com uma inclinação<br />
aproximada de 45º.<br />
w LIMPEZA E MANUTENÇÃO DE FERRAMENTAS<br />
No que se refere a ferramentas, materiais e<br />
equipamentos, é necessário seguir os programas<br />
de limpeza e manutenção específicos de<br />
cada ferramenta da oficina. Há equipamentos<br />
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Gestão<br />
Oficina limpa e organizada<br />
l Manter limpo o posto de trabalho, evitando<br />
a acumulação de sujidade, pó ou restos metálicos.<br />
Os pisos devem permanecer limpos<br />
e sem derrames para evitar escorregadelas.<br />
l Recolher, limpar e guardar nas zonas de<br />
armazenamento as ferramentas e utensílios<br />
de trabalho após a sua utilização.<br />
l Limpar e conservar corretamente as máquinas<br />
e equipamentos de trabalho, de acordo<br />
com os programas de manutenção estabeleci<strong>dos</strong>.<br />
l Reparar as ferramentas avariadas ou informar<br />
o supervisor sobre a avaria, evitando<br />
realizar testes caso não se disponha da autorização<br />
correspondente.<br />
l Não sobrecarregar estantes, recipientes e<br />
zonas de armazenamento.<br />
l Não deixar objetos esqueci<strong>dos</strong> no solo e<br />
evitar que sejam derrama<strong>dos</strong> líqui<strong>dos</strong>.<br />
l Colocar sempre os desperdícios e o lixo em<br />
contentores e recipientes adequa<strong>dos</strong>.<br />
l Disponibilizar os manuais de instruções<br />
e os utensílios gerais num local do posto de<br />
trabalho que seja facilmente acessível.<br />
l Manter sempre limpas, livres de obstáculos<br />
e devidamente sinalizadas, as escadas e zonas<br />
de passagem.<br />
l Não bloquear extintores, mangueiras e elementos<br />
de combate a incêndios com caixas<br />
ou mobiliário.<br />
l Utilizar caixas porta-ferramentas para<br />
transportá-las e quando não forem utilizadas,<br />
colocando-as em painéis ou bancadas<br />
que não precisam de manutenção ou muito<br />
básica, mas outras são mais complexas e<br />
requerem revisões periódicas, para que não<br />
ocorram atrasos ou falhas nas operações.<br />
As ferramentas manuais básicas, como martelos,<br />
serras e chaves inglesas, podem ser revistas<br />
com um simples olhar. É importante assegurar<br />
que não têm qualquer tipo de defeito e evitar<br />
que acumulem sujidade e corrosão. Para limpar<br />
este tipo de ferramentas que costumam<br />
ser de metal (ou conter partes metálicas), é<br />
recomendável usar um pano impregnado com<br />
um pouco de lubrificante. Para a sujidade mais<br />
difícil ou superfícies riscadas ou com imperfeições,<br />
também é possível utilizar papel de<br />
lixa fino ou médio. E para proteção contra a<br />
ferrugem, limpar com água e óleo sem áci<strong>dos</strong>.<br />
Dentro da oficina, também encontramos ou-<br />
PROCEDIMENTOS PARA MANTER A OFICINA LIMPA<br />
estabelecidas para o efeito. Usar carrinhos<br />
móveis para depositá-las enquanto estão a<br />
ser utilizadas.<br />
l Dispor de recipientes incombustíveis, de<br />
fecho automático e hermético, para depositar<br />
nos mesmos to<strong>dos</strong> os desperdícios inflamáveis,<br />
bem como trapos impregna<strong>dos</strong> de óleo<br />
ou lubrificante.<br />
l Colocar corrimões em redor do fosso de reparações,<br />
com uma altura não inferior a 0,90<br />
metros, e cobrir o fosso quando não estiver<br />
a ser utilizado, para evitar quedas. Limpar<br />
e recolher óleos, lubrificantes e líqui<strong>dos</strong> de<br />
travões do seu interior para evitar escorregadelas<br />
durante o trabalho.<br />
l Colocar avisos e sinais a proibir a passagem<br />
por baixo de cargas suspensas em caso de<br />
macacos ou gruas.<br />
l Implementar ‘ligação terra’ em toda a instalação<br />
elétrica. Utilizar tensão de segurança<br />
nas lâmpadas portáteis e utilizar enroladores<br />
com tomadas múltiplas.<br />
l Dispor de um bom sistema de ventilação<br />
em todo o espaço para facilitar a eliminação<br />
<strong>dos</strong> gases nocivos (dissolventes das pinturas<br />
e gasolina).<br />
l Formar, adequadamente, os profissionais<br />
da oficina sobre a necessidade de manter a<br />
mesma limpa e organizada. Por exemplo,<br />
através da realização de cursos internos de<br />
prevenção de riscos laborais, que costumam<br />
insistir nestes aspetos.<br />
tro tipo de equipamentos mais complexos e<br />
pesa<strong>dos</strong>, como as ferramentas para elevação<br />
de carga, macacos, gruas ou elevadores. Estes<br />
equipamentos devem ser submeti<strong>dos</strong> a uma<br />
revisão anual e a pessoa responsável pela dita<br />
revisão deverá estar capacitada por um título<br />
de qualificação para o efeito, sendo o responsável<br />
legal pela dita tarefa e pelos prejuízos<br />
que possam surgir como consequência de<br />
um teste mal efetuado, independentemente<br />
de se tratar de pessoal da oficina ou alheia<br />
à mesma.<br />
As ferramentas pneumáticas, como chaves ou<br />
pistolas de impacto, lixadoras, polidoras ou<br />
esmeriladoras, também requerem limpezas e<br />
revisões. Mantê-las limpas evita a acumulação<br />
de sujidade no bocal, na mangueira ou no<br />
corpo da ferramenta, situação que poderia<br />
dificultar a sua utilização. Através das revisões,<br />
é possível detetar fugas, desvios no canhão<br />
ou perdas de pressão nas ferramentas. Também<br />
é imprescindível rever o estado <strong>dos</strong><br />
compressores.<br />
Outro elemento imprescindível são os equipamentos<br />
de proteção individual (EPI), os quais<br />
devem ser adequa<strong>dos</strong> para cada trabalho e<br />
que, tal como as máquinas, têm de conter<br />
a marcação CE: luvas para evitar o contacto<br />
com os lubrificantes, detergentes, áci<strong>dos</strong>,<br />
dissolventes ou pinturas; proteção auditiva<br />
contra ruí<strong>dos</strong>; óculos ou máscara facial contra<br />
projeção de partículas; manguitos, avental e<br />
polainas para trabalhos de soldadura; máscara<br />
para proteção contra a exposição a contaminantes<br />
químicos.<br />
Cabe aos próprios trabalhadores recolher, limpar<br />
e guardar nas zonas de armazenamento<br />
as ferramentas e os utensílios de trabalho.<br />
Além do mais, tal como já referimos na epígrafe<br />
de normas básicas, é imprescindível<br />
reparar as ferramentas avariadas ou, como<br />
alternativa, informar a pessoa encarregada<br />
de rever as ferramentas e os equipamentos,<br />
para determinar se existe algum defeito que<br />
seja necessário solucionar. Cabe aos próprios<br />
trabalhadores recolher, limpar e guardar nas<br />
zonas de armazenamento as ferramentas e<br />
os utensílios de trabalho.<br />
Por último, é básico dispor de um inventário,<br />
através do qual possamos realizar um seguimento<br />
<strong>dos</strong> recursos utiliza<strong>dos</strong> e <strong>dos</strong> seus locais<br />
de armazenamento.<br />
w SINALIZAÇÃO:<br />
A sinalização da localização das ferramentas<br />
e equipamentos também é básica para agilizar<br />
os trabalhos e evitar perdas de tempo à<br />
56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
procura de ferramentas ou produtos.<br />
É importante que os funcionários da oficina<br />
respeitem a dita sinalização e guardem sempre<br />
as ferramentas no lugar correspondente. Isto é<br />
especialmente importante no que diz respeito<br />
a produtos tóxicos ou inflamáveis.<br />
No entanto, a sinalização na oficina, não se<br />
limitar, de forma alguma, a indicar onde se<br />
encontram as ferramentas ou equipamentos,<br />
é também muito importante para garantir a<br />
segurança, tanto de funcionários como de<br />
clientes. Por conseguinte, é básico contar com<br />
sinalização homologada para:<br />
l Determinar as zonas nas quais é proibida a<br />
passagem a clientes. Estas áreas devem estar<br />
delimitadas com faixas amarelas e pretas no<br />
solo e alguma sinalização vertical.<br />
l A marcação de perímetros em redor de elevadores<br />
e fossos, indicando, simultaneamente,<br />
os sinais de zonas de possíveis tropeções e<br />
quedas. É básico contar com sinalização homologada<br />
para determinar as zonas nas quais<br />
é proibida a passagem a clientes.<br />
l Delimitar as saídas de emergência com os correspondentes<br />
cartazes de cor verde e branca.<br />
l Sinalizar a localização <strong>dos</strong> extintores, bem<br />
w BOAS PRÁTICAS AMBIENTAIS<br />
Em primeiro lugar, é importante assinalar que<br />
as oficinas produzem diversos resíduos que é<br />
necessário organizar e gerir para o seu correto<br />
armazenamento, manutenção e eliminação.<br />
O Decreto-Lei n.º 178/2006 , de 5 setembro,<br />
relativo aos resíduos e solos contamina<strong>dos</strong>,<br />
determina as obrigações das oficinas de veículos<br />
no que respeita a gestão de resíduos.<br />
l Resíduos perigosos: pinturas, baterias, óleo<br />
de motor usado e produtos químicos.<br />
l Resíduos não perigosos: vidros, pneus e<br />
ferramentas danificadas.<br />
l Resíduos urbanos: cartão, plástico, vidro.<br />
A opção mais comum é contratar os serviços<br />
de uma empresa especializada em Sistemas<br />
Integra<strong>dos</strong> de Gestão (SIG), embora a própria<br />
oficina também possa fazer essa gestão ou<br />
recorrer a serviços públicos ou priva<strong>dos</strong> de<br />
recolha de resíduos.<br />
A oficina também é um local de trabalho no<br />
qual se produz um elevado consumo energético<br />
(água, luz, combustíveis). Portanto, é<br />
indispensável adotar medidas para poupar<br />
energia e utilizá-la de forma mais eficiente. Por<br />
exemplo, é possível proceder a uma análise do<br />
ORGANIZAÇÃO<br />
E LIMPEZA SÃO<br />
PROCEDIMENTOS<br />
BÁSICOS<br />
Num local de trabalho, como uma oficina de<br />
veículos, onde os funcionários têm de manusear<br />
uma grande quantidade de ferramentas<br />
e produtos, assim como estão expostos<br />
a fumos, gases e acumulação de sujidade,<br />
a limpeza e a organização tornam-se ainda<br />
mais necessárias para garantir o bom funcionamento<br />
da empresa reparadora.<br />
Não são necessários grandes esforços para<br />
manter a oficina limpa e organizada. Trata-<br />
-se apenas de criar uma série de hábitos com<br />
vista a facilitar e simplificar a organização e<br />
melhorar a higiene na oficina. Não são necessárias<br />
muitas despesas nem serão precisas<br />
realizar tarefas árduas. Na verdade, manter a<br />
organização na oficina favorece a produtividade,<br />
o que se torna num bom investimento<br />
a médio e longo prazos.<br />
E o melhor de tudo é que, à medida que estes<br />
hábitos são implementa<strong>dos</strong>, vão sendo interioriza<strong>dos</strong>.<br />
De tal forma que manter a oficina<br />
limpa e organizada, será cada vez mais fácil<br />
e passará a fazer parte da rotina. E esse é,<br />
realmente, o principal objetivo.<br />
como os tipos de incêndio para os quais são<br />
indica<strong>dos</strong> (sóli<strong>dos</strong>, líqui<strong>dos</strong>, gases ou metais).<br />
l Indicar, através de triângulos de advertência<br />
ou outros sinais, a existência de água ou de<br />
outro líquido no solo.<br />
Naturalmente que todas as ferramentas devem<br />
ter corretamente assinala<strong>dos</strong> os aspetos<br />
importantes relativamente ao seu uso.<br />
Por exemplo, no caso das esmeriladoras, será<br />
necessário assinalar, de forma clara e visível,<br />
que os óculos protetores são indispensáveis<br />
para serem utiliza<strong>dos</strong>.<br />
consumo energético por zonas e tomar medidas<br />
para elevar a eficácia, como substituir<br />
equipamentos velhos e obsoletos por outros<br />
mais atuais. O objetivo é ordenar e organizar<br />
também o consumo energético.<br />
O armazém é outro <strong>dos</strong> pontos críticos da<br />
oficina no que respeita ao meio ambiente. O<br />
ideal é ter diferentes armazéns onde dispor<br />
<strong>dos</strong> diferentes tipos de ferramentas e produtos<br />
de forma segura e organizada. Os contentores<br />
devem estar adapta<strong>dos</strong> em forma, tamanho<br />
e cor ao tipo de resíduos que albergam, para<br />
facilitar a sua identificação. Mas para que um<br />
armazém esteja corretamente organizado, é<br />
necessário ter em conta outros fatores:<br />
l Deve estar limpo e organizado.<br />
l Os resíduos devem estar ordena<strong>dos</strong> por tipos.<br />
l Os bidões com produtos perigosos devem<br />
ser sela<strong>dos</strong> hermeticamente.<br />
l Os contentores devem estar espaça<strong>dos</strong> o<br />
suficiente para evitar o contacto entre si, de<br />
modo a que seja mais fácil aceder aos mesmos.<br />
l Os produtos perigosos devem estar isola<strong>dos</strong><br />
do restante material.<br />
l Manter o armazém em condições de temperatura<br />
e ventilação adequadas.<br />
Por isso, os contentores, como já mencionado,<br />
devem estar adapta<strong>dos</strong> em forma, tamanho e<br />
cor ao tipo de resíduos que albergam. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 57
Avaliação obrigatória<br />
Toyota Prius Luxury<br />
Reflexo condicionado<br />
É o híbrido mais conhecido do planeta. Nesta nova geração, o Toyota Prius atingiu<br />
o expoente máximo em termos de conforto, insonorização, suavidade e tecnologia.<br />
No entanto, o seu reflexo continua condicionado. Por uma invejável performance<br />
ambiental. Na versão Luxury, a mais equipada, custa nada menos do que €34.540<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Se os veículos híbri<strong>dos</strong> gozam, hoje, um<br />
elevado estatuto, muito devem-no à<br />
Toyota, que, em 1997, apresentou ao<br />
mundo o primeiro Prius. Foi o início de<br />
uma ofensiva sem precedentes ao serviço de<br />
uma tecnologia, que, anos mais tarde, veio a<br />
ser “democratizada”. A tal ponto que, nos dias<br />
que correm, poucos são os construtores que<br />
não incluem na sua oferta, pelo menos, um<br />
veículo equipado com dois motores: um de<br />
combustão (gasolina ou Diesel); outro elétrico.<br />
O rasto ecológico (e tecnológico) do Prius,<br />
há muito que ficou desenhado na história<br />
do planeta, graças à redução de milhões de<br />
toneladas de CO 2<br />
. Agora, com a nova geração,<br />
a Toyota vai mais longe. Sempre em defesa do<br />
planeta, entenda-se. Mais confortável, melhor<br />
insonorizado, mais suave e mais refinado, o<br />
novo Prius atingiu o expoente máximo. Razão<br />
mais do que suficiente para que tivéssemos<br />
ensaiado a versão de topo, a Luxury, que custa<br />
nada menos do que €34.540.<br />
w VISUAL FUTURISTA<br />
Há quem goste e quem ache horrível. Visualmente<br />
falando, entenda-se. Depende,<br />
em certa medida, da cor. A da unidade que<br />
nos foi cedida para teste, não é, de facto, das<br />
mais “felizes”. Sem ser propriamente um hino<br />
ao design, o novo Prius faz jus ao seu conceito<br />
inovador e apresenta-se, nesta geração, com<br />
um novo figurino. Nova grelha, novos para-<br />
-choques, jantes de nova conceção e grupos<br />
óticos mais arroja<strong>dos</strong>. Na secção lateral e na<br />
58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
traseira, não podiam faltar os característicos<br />
letterings pratea<strong>dos</strong> Hybrid. Na versão Luxury,<br />
as jantes são de 17” e dispõem de duas tonalidades.<br />
Para aceder quer ao habitáculo quer à bagageira,<br />
assim como para ligar o motor, não é<br />
necessário utilizar a chave, graças ao sistema<br />
“Smart Entry & Start”. Uma das muitas ”mordomias”<br />
com as quais o novo Prius nos brinda. À<br />
qual se pode juntar o opcional Toyota Touch 2<br />
com Go+ (sistema de navegação; otimização<br />
das capacidades do Bluetooth; ligação USB<br />
citarmos alguns exemplos.<br />
Funcional e espaçoso, o habitáculo do novo<br />
Prius faz-se valer ainda de um posto de condução<br />
ergonómico, de uma qualidade convincente<br />
e de uma bagageira ampla (502 litros).<br />
Nesta proposta ambiental, destaque merece,<br />
também, o esquema que mostra o funcionamento<br />
do sistema híbrido que a move.<br />
w TEORIA HÍBRIDA<br />
Mais confortável, melhor insonorizado e com<br />
uma caixa automática de variação contínua<br />
-i de 98 cv e 142 Nm), baterias de hidreto<br />
metálico-níquel alojadas sob o banco traseiro<br />
e um motor elétrico de 53 kW (72 cv), resultando<br />
numa potência máxima combinada de<br />
122 cv, que é transmitida às rodas dianteiras<br />
por intermédio de uma caixa automática de<br />
variação contínua (e-CVT).<br />
O motor foi completamente redesenhado<br />
de modo a alcançar uma economia de combustível<br />
significativamente melhor. O fluxo<br />
da gasolina, a combustão, a refrigeração e<br />
o controlo de detonação, foram alvo de melhoramento,<br />
passando ainda a ser feita uma<br />
utilização muito mais eficaz da recirculação<br />
<strong>dos</strong> gases de escape.Além disso, a Toyota desenvolveu<br />
um sistema de recuperação de calor<br />
que utiliza os gases de escape para acelerar<br />
o aquecimento do líquido de arrefecimento<br />
Linhas arrojadas,<br />
painel de<br />
instrumentos digital,<br />
seletor curto da<br />
caixa de velocidades<br />
e vários mo<strong>dos</strong> de<br />
condução, incluindo<br />
um 100% elétrico<br />
avançada; compatibilidade com aplicações<br />
externas, requerendo esta telemóvel e partilha<br />
de Internet compatíveis), o carregador<br />
wireless de smartphone, o ar condicionado<br />
automático “dual zone”, os sensores de luz e<br />
chuva, o retrovisor interior eletrocromático,<br />
o cruise control adaptativo, o visor head up,<br />
a câmara auxiliar de estacionamento, as tomadas<br />
de 12V, USB e Aux, os bancos em pele<br />
natural com aquecimento nos dianteiros e o<br />
painel de instrumentos digital de 4,2”, só para<br />
(CVT) aprimorada, o novo Prius exibe um desempenho<br />
dinâmico seguro, previsível e fácil<br />
de conduzir. Para mais, não tendo o pedal do<br />
travão aquele tato tão estranho como nas<br />
anteriores gerações, estando a direção mais<br />
assertiva e a suspensão mais eficaz. Contudo,<br />
é na teoria híbrida que este modelo continua<br />
a “apostar todas as suas fichas”. O novo sistema<br />
híbrido é, por isso, o seu ex-líbris. Contempla<br />
um motor de quatro cilindros a gasolina, que<br />
funciona segundo o ciclo Atkinson (1.8 VVTdo<br />
motor. Significa isto que é possível poupar<br />
combustível porque o sistema híbrido<br />
é capaz de parar o motor mais cedo e com<br />
maior frequência quando não é necessário<br />
deslocar o veículo.<br />
Tal como nos Prius das anteriores gerações (e<br />
como qualquer veículo full hybrid), o funcionamento<br />
<strong>dos</strong> dois motores (gasolina e elétrico) é<br />
gerido por uma unidade de controlo. O motor<br />
a gasolina envia movimento para as rodas e,<br />
ao mesmo tempo, faz atuar um gerador<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 59
Avaliação obrigatória<br />
Toyota Prius Luxury<br />
Toyo Nano Energy R<strong>41</strong><br />
Equipamento de origem<br />
w O Toyota Prius que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> testou vinha equipado<br />
com Toyo Nano Energy R<strong>41</strong>. Sendo equipamento de origem do mais<br />
recente modelo híbrido do construtor japonês de automóveis, este<br />
pneu privilegia a economia de combustível em detrimento de uma<br />
postura mais aguerrida. Contudo, não se pense que o Nano Energy<br />
R<strong>41</strong>, de medida 215/45R17 87W, não seja capaz de cumprir bem a<br />
sua função se for chamado a dar cartas em condução mais desportiva.<br />
Com um nível de ruído fixado nos 68 dB, o Nano Energy R<strong>41</strong><br />
(não deixa de ser curiosa a associação Toyo a Toyota, uma vez que<br />
as primeiras quatro letras são comuns a ambos os fabricantes – o de<br />
pneus e o de veículos), exibe a classificação de etiquetagem europeia<br />
“C”, quer no que diz respeito a consumo de combustível, quer em<br />
matéria de desempenho em piso molhado.<br />
elétrico, cuja energia aciona o motor elétrico<br />
ou é armazenada na bateria. Sempre que<br />
se liga o veículo (desde que as baterias não se<br />
encontrem abaixo de um nível pré-definido),<br />
quando se arranca (desde que suavemente)<br />
ou em descidas longas e pouco acentuadas,<br />
é apenas o motor elétrico que desloca o novo<br />
Prius. Em situações normais, ambos os motores<br />
estão em funcionamento e ambos movem<br />
o veículo, sendo parte da energia utilizada<br />
para o efeito e outra parte direcionada para<br />
recarregar as baterias. Em aceleração, ambos<br />
os motores estão em funcionamento, sendo,<br />
para além disso, retirada energia das baterias<br />
para fazer mover o motor elétrico com mais<br />
Espaçoso, futurista,<br />
funcional e bem<br />
equipado. As<br />
aplicações em branco<br />
lacado são, contudo,<br />
de gosto discutível<br />
força. Nas desacelerações e nas travagens<br />
(existe, também, um sistema regenerativo<br />
nos travões), o motor elétrico funciona como<br />
gerador, transformando a energia cinética das<br />
rodas em energia elétrica que é armazenada<br />
nas baterias. Sempre que o novo Prius para,<br />
como, por exemplo, num semáforo vermelho,<br />
MOTOR DE COMBUSTÃO<br />
Tipo<br />
4 cil. em linha, transv., dianteiro<br />
Cilindrada (cc) 1798<br />
Diâmetro x curso (mm)<br />
80,5x88,3<br />
Taxa de compressão 13,0:1<br />
Potência máxima (cv/rpm) 98/5200<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 142/3600<br />
Distribuição<br />
2 v.e.c./VVT-i, 16 válvulas<br />
Alimentação<br />
injeção eletrónica multiponto<br />
MOTOR ELÉTRICO<br />
Tipo<br />
síncrono de magneto permanente<br />
Voltagem máxima (V) 600<br />
Potência máx./binário máx. (kW/Nm) 53/163<br />
RENDIMENTO COMBINADO<br />
Potência máxima combinada (cv/rpm) 122/n.d.<br />
BATERIA<br />
Tipo<br />
hidretos metálico-níquel<br />
Voltagem nominal (V) 201,6<br />
Capacidade nominal (Ah/horas) 6,5<br />
Número de módulos 28<br />
TRANSMISSÃO<br />
Tração<br />
dianteira com VSC<br />
Caixa de velocidades<br />
aut. de variação contínua (e-CVT)<br />
DIREÇÃO<br />
Tipo<br />
pinhão e cremalheira<br />
Assistência<br />
sim (elétrica)<br />
Diâmetro de viragem (m) 10,8<br />
TRAVÕES<br />
Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (255)<br />
Traseiros (ø mm) discos maciços (259)<br />
ABS<br />
sim, com EBD+BAS+HAC<br />
SUSPENSÕES<br />
Dianteira<br />
McPherson<br />
Traseira<br />
Triângulos sobrepostos<br />
Barra estabilizadora dianteira/traseira sim/sim<br />
PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />
Velocidade máxima (km/h) 180<br />
0-100 km/h (s) 10,6<br />
CONSUMOS (l/100 km)<br />
Extra-urbano/combinado/urbano 3,3/3,3/3,3<br />
Emissões de CO2 (g/km) 76<br />
Nível de emissões Euro 6<br />
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />
Cx 0,24<br />
Comprimento/largura/altura (mm) 4540/1760/1470<br />
Distância entre eixos (mm) 2700<br />
Vias frente/trás (mm) 1510/1525<br />
Capacidade do depósito (l) 43<br />
Capacidade da mala (l) 502<br />
Peso (kg) 1475<br />
Relação peso/potência comb. (kg/cv) 12,09<br />
Jantes de série<br />
7Jx17”<br />
<strong>Pneus</strong> de série 215/45R17<br />
PNEUS TESTE<br />
Toyo Nano Energy R<strong>41</strong><br />
215/45R17 87W<br />
PREÇO (s/ despesas) €34.540<br />
Unidade testada €34.540<br />
Imposto Único Circulação (IUC) €191,62<br />
o motor a gasolina é desligado, ligando-se<br />
depois de o veículo ter arrancado em modo<br />
elétrico. A terminar, refira-se que o novo Prius<br />
dispõe de vários mo<strong>dos</strong> de condução e que<br />
continua a recorrer à obsoleta solução de ter<br />
um pequeno pedal para ativar e desativar o<br />
travão de estacionamento. ♦<br />
60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
Em estrada<br />
Por: Jorge Por: Flores<br />
smart forfour BRABUS<br />
Boneco de luxo<br />
w Com o Natal à espreita, a terceira geração do smart forfour<br />
BRABUS revela-se como uma prenda atraente, mais potente.<br />
Trata-se, por isso, de um “boneco” que está melhor do que<br />
nunca. Mas de luxo. A vários níveis. Nem tanto pelo preço<br />
a que é comercializado em Portugal, €19.570, já de si capaz<br />
de afastar alguns adeptos menos abona<strong>dos</strong> em termos meramente<br />
económicos. Mas mais pelos consumos que este<br />
modelo, equipado com um ainda mais pequeno motor de três<br />
cilindros, é capaz de registar. Ligeiramente assustadores para a<br />
sua dimensão, mesmo. Os valores anuncia<strong>dos</strong> são de 4,6 l/100<br />
km em regime combinado. Porém, uma condução um pouco<br />
mais empenhada é suficiente para catapultar este registo. Em<br />
tudo o resto, o smart forfour BRABUS convence. Desde logo,<br />
pela jovialidade e energia do motor de 109 cv às 5750 rpm e<br />
170 Nm às 2000 rpm. A sua disponibilidade é empolgante. E<br />
não fossem os gastos de gasolina, até apeteceria fazer sempre<br />
jus à sua vertente “desportiva”. Basta ver que acelera <strong>dos</strong> 0-100<br />
km/h em 10,5 segun<strong>dos</strong> e alcança uma velocidade máxima de<br />
180 km/h. Depois, pela elegância<br />
das suas linhas, neste caso,<br />
com a carroçaria pintada a duas<br />
cores. Capaz de fazer boa figura<br />
no sapatinho de alguém. Se a<br />
tudo isto juntarmos a opcional<br />
linha Xclusive, está encontrada<br />
a irreverência que caracteriza<br />
o maior smart da atualidade.<br />
Renault Mégane Sports Tourer GT<br />
Azul elétrico<br />
w Atraente, confortável, espaçosa e potente. Não faltam predica<strong>dos</strong><br />
à carrinha Renault Mégane ST GT. Equipada com o<br />
motor TCe, desenvolvido pela Renault Sport, trata-se de um<br />
autêntico desportivo com ares familiares. O motor a gasolina<br />
de 1,6 litros com 205 cv, que traz acoplada caixa automática de<br />
dupla embraiagem com sete relações, faz jus a essa classificação.<br />
A que se junta, depois, o sistema de quatro rodas direcionais<br />
(4Control). Argumentos que tornam muito fácil extrair grandes<br />
momentos de diversão ao volante. Tudo assenta como uma luva<br />
a esta carrinha. Até o azul quase elétrico que dá cor à versão<br />
ensaiada combina com a sua estética. No exterior, destaca-se<br />
pelas vistosas jantes de 18’’ e pela expressiva grelha dianteira.<br />
Na traseira, exibe duas saídas de escape, a recordar-nos a sua<br />
natureza guerreira e a assinatura luminosa full-LED com efeito 3D<br />
(tecnologia Pure Vision). No interior, são vários os apontamentos<br />
característicos desta variante GT: pedais em alumínio, soleiras das<br />
portas cromadas, volante de três raios com base plana, costuras<br />
azuis nos bancos, nos apoios de braços, no volante, no travão de<br />
mão e no punho e fole do comando da caixa de velocidades. Para<br />
compor o visual do habitáculo,<br />
registe-se ainda os frisos azuis<br />
de tablier e portas, o ecrã tátil<br />
de 8,7” e as patilhas da caixa EDC<br />
situadas atrás do volante, para<br />
quem quiser sentir-se piloto. As<br />
performances? Fulgurantes. Os<br />
consumos? Mais eleva<strong>dos</strong> do<br />
que o desejável.<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
3 cil. linha, transv. tras.<br />
Cilindrada (cc) 898<br />
Potência máxima (cv/rpm) 109/5750<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 170/2000<br />
Velocidade máxima (km/h) 180<br />
0-100 km/h (s) 10,5<br />
Consumo combinado (l/100 km) 4,6<br />
Emissões de CO2 (g/km) 104<br />
Preço €19.570<br />
IUC €91,36<br />
<strong>Pneus</strong> teste – fr./tr. Yokohama BluEarth - A, 185/45R17 78H – 205/40R17 80H<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
4 cil. linha, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1618<br />
Potência máxima (cv/rpm) 205/6000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 280/2400<br />
Velocidade máxima (km/h) 230<br />
0-100 km/h (s) 7,4<br />
Consumo combinado (l/100 km) 6,0<br />
Emissões de CO2 (g/km) 134<br />
Preço €33.100<br />
IUC €153,83<br />
<strong>Pneus</strong> teste – Continental ContiSportContact 5, 225/40R18 92Y XL<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 61
Em estrada<br />
Honda HR-V 1.6 i-DTEC Elegance<br />
À medida do mercado<br />
w Sabendo que os consumidores são particularmente apreciadores<br />
de SUV, bastando, para tal, analisar o crescimento exponencial<br />
que este segmento tem alcançado em to<strong>dos</strong> os países europeus, a<br />
Honda decidiu recriar o HR-V, posicionando-o abaixo do CR-V. E em<br />
boa hora o fez. Isto porque na versão Diesel intermédia da gama,<br />
a 1.6 i-DTEC de 120 cv, que, aqui, surge em análise, este modelo<br />
está perfeitamente adaptado à medida do mercado nacional.<br />
Desde logo, por ser comercializado por um preço convidativo<br />
(€28.890). Depois, por estar equipado com um motor Diesel que<br />
oferece prestações bastante interessantes com níveis de consumo<br />
reduzi<strong>dos</strong>. Dotado de caixa manual de seis velocidades, tração<br />
dianteira e diversos dispositivos<br />
de assistência à condução,<br />
este pequeno SUV oferece um<br />
desempenho dinâmico muito<br />
competente, pese embora a<br />
suspensão pudesse controlar<br />
melhor os movimentos da carroçaria.<br />
O posto de condução,<br />
esse, é ergonómico. Já o nível<br />
de equipamento, é expressivo.<br />
E a qualidade de construção pauta-se pelo muito razoável. O design,<br />
quer exterior quer interior, é outro <strong>dos</strong> pontos fortes deste<br />
Honda. E pontos fracos? Também existem, claro: a capacidade<br />
limitada da bagageira, o espaço pouco amplo para ocupantes<br />
e os locais de arrumação presentes em número reduzido. Não<br />
há bela sem senão.<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Suzuki Baleno 1.0 BoosterJet GLX<br />
Japonês suave<br />
w A Suzuki fez renascer o Baleno para o segmento <strong>dos</strong> familiares<br />
compactos. Já disponível em Portugal, em cinco versões, todas com<br />
motores a gasolina, uma das mais interessantes dá pelo nome de<br />
1.0 BoosterJet GLX. Desde logo, por estar equipada com um bloco<br />
de três cilindros com apenas 998 cc, que chega aos 111 cv e 170<br />
Nm graças à adoção de injeção direta e de um pequeno turbocompressor.<br />
Longe de exibir as vibrações e o som característico<br />
<strong>dos</strong> motores Diesel, este modelo japonês tem na suavidade de<br />
funcionamento a sua nota mais positiva. Mesmo não sendo um<br />
modelo que oferece prestações entusiasmantes, o Baleno pauta-se<br />
pela grande competência com que aborda a estrada, ainda que a<br />
suspensão pudesse ser mais firme e o comando da caixa de cinco<br />
velocidades evidencie alguma<br />
falta de precisão. Os consumos,<br />
desde que não se abuse<br />
do pedal da direita, são deveras<br />
atrativos. Tal como o preço<br />
a que é comercializado este<br />
modelo no nível de equipamento<br />
mais recheado: GLX.<br />
Depois, além do posto de<br />
condução correto, o espaço<br />
bastante razoável para ocupantes e bagagem, o design jovial e a<br />
qualidade de construção mediana completam o rol de características<br />
principais deste japonês suave, que disponibiliza, em opção,<br />
uma caixa automática de seis relações.<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1597<br />
Potência máxima (cv/rpm) 120/4000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 300/2000<br />
Velocidade máxima (km/h) 192<br />
0-100 km/h (s) 10,1<br />
Consumo combinado (l/100 km) 4,0<br />
Emissões de CO2 (g/km) 104<br />
Preço €28.890<br />
IUC €124,90<br />
<strong>Pneus</strong> teste – Michelin Energy Saver, 215/60R16 95H<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
3 cil. linha, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 998<br />
Potência máxima (cv/rpm) 111/5500<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 170/2000-3500<br />
Velocidade máxima (km/h) 190<br />
0-100 km/h (s) 11,0<br />
Consumo combinado (l/100 km) 4,7<br />
Emissões de CO2 (g/km) 109<br />
Preço €16.019<br />
IUC €91,36<br />
<strong>Pneus</strong> teste – Bridgestone Ecopia EP150, 185/55R16 83V<br />
62 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 63
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O pneu premium UHP para a excecional performance<br />
Através <strong>dos</strong> blocos triplos em camadas e do seus<br />
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SINTA A CONEXÃO<br />
64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016<br />
Hankook España, S.A.<br />
Avda. de la Industria, 4, Edificio 3, 2-D, Parque Empresarial Natea. 28108 – Alcobendas, Madrid. Spain.<br />
Tel: +34 91 490 50 88 Fax: +34 91 662 98 02