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Revista dos Pneus 41

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EVENTO 14.° Encontro da rede Valorpneu ATUALIDADE Calendário Pirelli 2017<br />

Ano VIII - 5 euros - revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

N.º <strong>41</strong><br />

Dez. ‘16<br />

Qualidade<br />

.<br />

Toyota Prius<br />

O híbrido mais conhecido do planeta<br />

atingiu o seu expoente máximo<br />

PUB<br />

BALANÇO 2016<br />

Encher<br />

as medidas<br />

Importância da tecnologia<br />

Tendências do mercado<br />

Opinião <strong>dos</strong> fabricantes premium<br />

EMPRESA<br />

AB Tyres<br />

Visitámos o terceiro maior<br />

distribuidor de pneus<br />

ENTREVISTA<br />

Rodrigues de Almeida<br />

À conversa com o antigo<br />

diretor-geral da SP <strong>Pneus</strong><br />

www.yokohamaiberia.com


Editorial<br />

DIRETOR<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

Redação<br />

Bruno Castanheira<br />

bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />

Jorge Flores<br />

jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

Diretor comercial<br />

Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

Gestores de clientes<br />

Paulo Franco<br />

paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

Rodolfo Faustino<br />

rodolfo.faustino@apcomunicacao.com<br />

Imagem<br />

António Valente<br />

Multimédia<br />

Catarina Gomes<br />

Arte<br />

Hélio Falcão<br />

Serviços administrativos<br />

e contabilidade<br />

financeiro@apcomunicacao.com<br />

Periodicidade<br />

Bimestral<br />

Assinaturas<br />

assinaturas@apcomunicacao.com<br />

© COPYRIGHT<br />

Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />

interdita a utilização ou a reprodução desta<br />

publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />

autorização prévia e por escrito da REVISTA<br />

DOS PNEUS<br />

IMPRESSÃO<br />

FIG, Indústrias Gráficas, S.A.<br />

Rua Adriano Lucas - 3020 - 265 Coimbra / Tel.:<br />

239 499 922 N.º de Registo no ERC: 124.782<br />

Depósito Legal n.º: 201.608/03<br />

TIRAGEM<br />

5.000 exemplares<br />

AP COMUNICAÇÃO<br />

Propriedade:<br />

João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda.<br />

Sede:<br />

Bela Vista Office, sala 2-29<br />

Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66a<br />

2735 - 336 Cacém - Portugal<br />

Tel.: +351 219 288 052/4<br />

Fax: +351 219 288 053<br />

Email: geral@apcomunicacao.com<br />

GPS: 38º45’51.12”n - 9º18’22.61”w<br />

“Time is money”<br />

Esta velha expressão é conhecida desde tempos<br />

imemoriais e está traduzida em to<strong>dos</strong> os idiomas do<br />

planeta. De facto, o tempo é um recurso universal e válido<br />

para qualquer cultura, através do qual se podem realizar<br />

atividades, atingir objetivos e criar riquezas<br />

Qualquer previsão do custo de um<br />

trabalho baseia-se no tempo que<br />

este demorará a ser efetuado. E<br />

qualquer preço, no fundo, também reflete o<br />

tempo que foi necessário para produzir um<br />

bem ou serviço.<br />

Os principais fatores que levam as pessoas a<br />

perderem tempo, são, principalmente, a falta de<br />

método e a falta de organização. A maior parte<br />

das distrações e das omissões resultam dessas<br />

carências, tornando as pessoas ineficazes. Depois,<br />

existe a falta de eficácia, isto é, o fracasso<br />

em definir objetivos que poderiam ser, facilmente,<br />

alcança<strong>dos</strong> e/ou perder de vista esses objetivos.<br />

Sem os meios e prioridades que garantam a<br />

eficiência e sem a eficácia que assegure os resulta<strong>dos</strong>,<br />

ninguém poderá ultrapassar a mediania.<br />

Isto se conseguir mesmo alcançá-la.<br />

Na atividade da reparação automóvel, a pressão<br />

da concorrência no mercado e da permanente<br />

subida <strong>dos</strong> custos, exige um nível alto de produtividade<br />

para dar a mais rápida resposta às<br />

solicitações e às oportunidades, bem como para<br />

assegurar uma margem de rentabilidade sustentável.<br />

Além <strong>dos</strong> instrumentos de trabalho,<br />

das tecnologias disponíveis e <strong>dos</strong> processos de<br />

reparação mais adequa<strong>dos</strong> e rentáveis, a correta<br />

gestão do tempo é indispensável para assegurar<br />

a máxima produtividade. Ao programar e ao organizar<br />

as atividades da oficina, estamos a falar<br />

de tempos de execução de tarefas e de custos<br />

de mão de obra, o que exige a programação do<br />

tempo. No entanto, nem sempre a programação<br />

do tempo coincide com a programação das tare-<br />

fas e das atividades, porque o tempo pode “estender-se”<br />

numas alturas e “encurtar-se” noutras.<br />

É este o verdadeiro paradoxo do tempo.<br />

Quem dirige uma oficina de reparação automóvel<br />

acaba por ser apanhado no “fogo cruzado”<br />

<strong>dos</strong> próprios colaboradores da empresa, <strong>dos</strong><br />

clientes e <strong>dos</strong> fornecedores, entre outros. De<br />

facto, quem está numa posição de chefia, é interrompido,<br />

geralmente, entre 60 a 80 vezes por<br />

dia, o que dá uma interrupção em cada seis a<br />

oito minutos, em média. Durante o dia, um chefe<br />

pode, facilmente, perder duas horas ou mais a<br />

dar respostas a diversas questões que lhe são colocadas.<br />

É preciso realmente ter um grande sentido<br />

de organização e das prioridades para não<br />

perder o controlo da situação. Este dado é suficientemente<br />

chocante para obrigar as pessoas<br />

a pensar numa aplicação mais eficiente e eficaz<br />

do seu tempo. Se queremos assumir o comando<br />

do nosso próprio tempo, temos de determinar,<br />

de forma exata, os nossos objetivos e mantê-los<br />

atualiza<strong>dos</strong>, em função <strong>dos</strong> acontecimentos e<br />

das nossas próprias expectativas.<br />

Nada que não seja prioritário deve ser transferido<br />

para outra hora ou data mais oportuna. Saber<br />

dizer não é uma virtude e não um defeito. Nunca<br />

se deve esquecer que mais vale um cliente contente<br />

do que dois insatisfeitos.<br />

João Vieira<br />

Diretor<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03


Produto estrela<br />

Michelin CrossClimate SUV<br />

Desempenho regular<br />

Com o CrossClimate, disponível, agora, também para SUV, a Michelin criou um<br />

pneu de verão com características de pneu de inverno. Tendo uma gama composta<br />

por 11 medidas, para jantes de 17” a 19”, este revolucionário produto destaca-se por<br />

anunciar um desempenho regular em todas as estações do ano<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Antes de mais, esclareça-se que o Michelin<br />

CrossClimate SUV não é um<br />

pneu “All Season” ou “All Weather”.<br />

Trata-se, em vez disso, do primeiro<br />

pneu de verão a obter certificação de pneu<br />

de inverno. Contudo, não ostenta o símbolo<br />

3PMSF (montanha de três picos com um floco<br />

de neve no interior) nem a inscrição M+S (Mud<br />

& Snow). Quer isto dizer, que o CrossClimate<br />

SUV também não é um pneu de inverno. Com<br />

este novo produto, a Michelin desenvolveu<br />

um pneu de verão para ser utilizado durante<br />

todo o ano, não sendo necessário dispor de<br />

dois jogos de pneus (um para verão, outro<br />

para inverno).<br />

Disponível em 11 medidas, para<br />

jantes de 17” a 19”, o CrossClimate<br />

SUV deve a sua eficácia,<br />

essencialmente, a três características.<br />

A primeira (e mais<br />

importante), é o composto<br />

de borracha que utiliza. A<br />

fórmula é muito idêntica à<br />

de um pneu de inverno e contém sílica de alta<br />

qualidade, que permite reduzir a temperatura<br />

que o pneu atinge ao rolar, diminuindo, assim,<br />

o coeficiente de resistência ao rolamento e,<br />

consequentemente, o consumo de combustível.Além<br />

disso, o composto de borracha<br />

tem estabilidade suficiente para se moldar às<br />

irregularidades do asfalto e conseguir maior<br />

aderência, independentemente da temperatura<br />

ambiente e do tipo de piso.<br />

A segunda, é a escultura do pneu. A Michelin<br />

desenvolveu um desenho combinado (transversal/diagonal)<br />

do piso, com o centro em<br />

forma de “V” e ângulo variável, que traz maior<br />

aderência e tração, tanto em linha reta como<br />

em curva, ao acelerar e ao travar em piso seco,<br />

em piso molhado e com neve.Este desenho<br />

é combinado com lâminas tridimensionais<br />

de espessura variável que, a partir do interior<br />

do taco, penetram com uma geometria em<br />

ziguezague e não plana. Os ângulos bisela<strong>dos</strong><br />

<strong>dos</strong> tacos também dão uma ajuda. Com este<br />

tipo de desenho, obtém-se melhor tração em<br />

neve e maior estabilidade e capacidade<br />

de travagem em piso seco.<br />

A terceira (e última) característica<br />

principal do Michelin CrossClimate<br />

SUV diz respeito à sua arquitetura,<br />

ou seja, à estrutura<br />

interna de capas e reforços<br />

nos flancos e na banda de<br />

rolamento que compõe a<br />

parte interior do pneu. ♦<br />

04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 05


Equipamento do mês<br />

HPA FAIP M 1032 Gold<br />

Versão dourada<br />

Comercializado pela Gonçalteam, o HPA FAIP M 1032 consiste num inovador<br />

desmonta pneus super-automático de acionamento hidráulico, para jantes<br />

de 13” a 32”. Na versão Gold, inclui sistema de enchimento Inflatron, elevador<br />

de roda e câmara de vídeo<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Anunciado como a solução ideal para os profissionais do setor,<br />

o M 1032 da HPA FAIP é recomendado pelos fabricantes de<br />

pneus premium para modelos Run Flat. Todas as características<br />

que integra colocam-no no nível máximo de excelência<br />

face ao que, hoje, existe no mercado nacional. O desmonta pneus<br />

super-automático M 1032 permite operar com a máxima segurança<br />

em qualquer tipo de roda para veículos de transporte ligeiro (jantes<br />

de 13” a 32”), sem nunca entrar em contacto com a jante.<br />

O movimento coordenado das ferramentas de trabalho e da roda<br />

reduzem, consideravelmente, as tensões no pneu.E a crescente utilização<br />

de jantes de liga leve, cromadas e repintadas, fazem com<br />

que este equipamento nunca esteja em contacto com a jante. Nem<br />

sequer com as proteções de plástico. A pré-seleção do diâmetro da<br />

jante, com o consequente posicionamento automático da roda em<br />

relação ao revolver automático, bem como o movimento coordenado<br />

entre o eixo da roda e o revolver, asseguram grande facilidade de<br />

trabalho e excelente precisão.<br />

Disponível em várias versões, o M 1032 inclui, na especificação Gold,<br />

além de elevador de roda, pressionador de talão e câmara de vídeo,<br />

um sistema de enchimento Inflatron. Este equipamento da italiana<br />

HPA FAIP não requer nenhum esforço físico por parte do operador,<br />

graças à tecnologia “Lever-Less” de que faz uso.<br />

Entre as características funcionais do M 1032 Gold, destacam-se os<br />

seguintes: autocentrante eletromecânico inteligente com movimento<br />

axial hidráulico (sistema patenteado no qual o eixo da roda se move<br />

em simultâneo com a ferramenta para assegurar precisão e eficácia);<br />

consola de coman<strong>dos</strong> móvel (pode ser colocada na posição mais ergonómica,<br />

dispondo de coman<strong>dos</strong> simples e intuitivos, sendo muito<br />

fácil de usar); ecrã tátil interativo (comandado por microprocessador,<br />

mostra as diferentes fases de trabalho); ferramenta revolver multifunção<br />

(inclui quatro ferramentas inovadoras); ferramenta do braço inferior<br />

reclinável; disco descolador inferior autónomo; quatro pedais (rotação<br />

autocentrante,bloqueio da roda, desbloqueio da roda e insuflação). ♦<br />

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS<br />

Diâmetro da jante 13” a 32”<br />

Binário de rotação<br />

1.200 Nm<br />

Velocidade de rotação<br />

7-18 rpm<br />

Diâmetro máximo do pneu 1.200 mm (47”)<br />

Largura máxima do pneu 400 mm (16”)<br />

Força de descolagem superior e inferior<br />

900 kg<br />

Pressão hidráulica de funcionamento<br />

120 bar<br />

Nível de ruído em serviço<br />

≤ 70 dB (A)<br />

Motor elétrico<br />

0.98 kW – 50/60 Hz<br />

Motor hidráulico<br />

0.80 kW – 50/60 Hz<br />

Alimentação elétrica<br />

1 Ph – 200/230 V<br />

Peso máximo da roda<br />

80 kg<br />

Peso da máquina (com elevador de roda)<br />

500 kg<br />

06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 07


Destaque Balanço 2016<br />

Um ano<br />

de encher as medidas<br />

O mercado de pneus em Portugal encheu as medidas em 2016. A maioria <strong>dos</strong><br />

fabricantes premium contacta<strong>dos</strong> pela <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> faz um balanço “muito<br />

positivo” do ano e acredita que a tendência continuará a ser de crescimento do<br />

mercado em vários segmentos<br />

Por: Jorge Flores<br />

08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


Contra algumas expectativas iniciais<br />

mais reservadas, o mercado de<br />

pneus em Portugal manteve uma<br />

forte tendência de crescimento em<br />

2016. Para a maioria <strong>dos</strong> fabricantes de prestígio<br />

contacta<strong>dos</strong> pela <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, o<br />

balanço do ano dificilmente poderia ser mais<br />

positivo. Uma tendência que se alarga aos<br />

vários segmentos disponíveis no mercado:<br />

premium, quality e budget.<br />

“Sabemos que, na prática, é muito difícil, pois<br />

quando a maior parte faz o contrário, os outros<br />

acabam por ter de seguir essa prática. Mas se<br />

to<strong>dos</strong> forem assim, qualquer dia, a margem<br />

libertada pelos pneus acabará por não gerar<br />

o cash flow que cada empresa necessita”, avisa.<br />

A seu favor, a Bridgestone Portugal conta<br />

w CAMINHADA POSITIVA<br />

André Bettencourt, diretor de marketing<br />

da Bridgestone Portugal, descreve como<br />

“muito positivo” o balanço para as marcas<br />

que representa nestas três categorias. No<br />

seu entender, tal justifica-se, em parte, com<br />

o “lançamento do novo DriveGuard, que apesar<br />

de ter começado como um produto de<br />

nicho, tem vindo a cimentar a sua posição no<br />

mercado com muito boa recetividade. Tanto<br />

por parte <strong>dos</strong> retalhistas, como pelo ‘Boss’<br />

(consumidor final), temos registado um forte<br />

incremento, em especial nos segmentos de<br />

jantes de maiores dimensões, fruto, é certo,<br />

também, da característica do mercado, com<br />

veículos que recorrem a medidas cada vez<br />

maiores, mas, também, pela tipologia <strong>dos</strong><br />

nossos clientes”, sublinha. “Ao contrário do<br />

que vamos percebendo da informação que<br />

vamos obtendo do mercado, o nosso sell-in e<br />

sell-out tem estado num sentido proporcional.<br />

Quando efetuamos estu<strong>dos</strong> de mercado junto<br />

<strong>dos</strong> nossos clientes, percebemos que um bom<br />

mês de sell-in tem sido proporcional a um<br />

bom mês de sell-out”, refere. “Como é óbvio”,<br />

acrescenta André Bettencourt, “em termos<br />

de sell-in, baseamo-nos sempre nos da<strong>dos</strong><br />

do Europool que obtemos cruzando-os com<br />

os que a Valorpneu também disponibiliza. E<br />

mesmo com todas as diferenças, conseguimos<br />

perceber que os nossos produtos são com-<br />

pra<strong>dos</strong> pelas oficinas e, mais cedo ou mais<br />

tarde, entram em comercialização, o que diz<br />

muito da boa aceitação no mercado nacional<br />

das marcas Bridgestone, Firestone, Dayton e<br />

Seiberling”, salienta o responsável.<br />

Olhando para 2017, André Bettencourt acredita<br />

que o mercado nacional de sell-in manterá<br />

o seu crescimento. “Poderemos discutir se<br />

o mesmo se deve à vitalidade do mercado<br />

doméstico ou às exportações, mas perante<br />

a forma de analisarmos o nosso trabalho em<br />

termos de quotas de mercado, o que se regista<br />

é um crescimento geral, tanto em ligeiros<br />

como em comerciais, mas uma queda em 4x4.<br />

Para 2017, queremos e vamos continuar a<br />

nossa caminhada positiva e não vemos motivos<br />

para não acreditar que a mesma não<br />

seja alcançada”, afirma.<br />

No seu entender, é fundamental para a saúde<br />

do mercado que se coloque o preço de venda<br />

na “rentabilidade” do negócio e não colocar um<br />

valor unitário em cima do preço de compra.<br />

com uma “rede de clientes sólida. Os mais<br />

fortes têm sido capazes de modernizar-se e<br />

de fazer face às dificuldades”. Além disso, “a<br />

rede First Stop cresce tanto em número como<br />

em qualidade, com mais serviços efetua<strong>dos</strong><br />

e maior envolvimento <strong>dos</strong> especialistas de<br />

pneus em áreas como a mecânica automóvel.<br />

Os nossos produtos têm sido reconheci<strong>dos</strong><br />

como produtos de eleição e o DriveGuard é,<br />

claramente, uma pedrada no charco, que, aos<br />

poucos, vai ganhando a sua posição. Por isso,<br />

estamos muito otimistas quanto ao nosso<br />

desempenho em 2017, mas cientes que temos<br />

uma concorrência com a mesma vontade e<br />

otimismo”, vaticina André Bettencourt.<br />

w CONSOLIDAR POSIÇÃO<br />

Pedro Teixeira, diretor-geral da Continental<br />

<strong>Pneus</strong> Portugal, também descreve 2016 como<br />

“um ano muito positivo”. De resto, “em linha<br />

com o que tem sido os últimos anos”. O responsável<br />

faz questão de recordar que, “em<br />

2013, alcançámos a liderança do mercado<br />

português de pneus ligeiros (segundo da<strong>dos</strong><br />

da ETRMA e do Departamento de Marketing<br />

Intelligence da Continental)”. E continua. “Em<br />

2015, alcançámos o melhor resultado de<br />

vendas de sempre, com um crescimento na<br />

ordem <strong>dos</strong> 10% face a 2014. Este ano, está<br />

a ser, sobretudo, um ano de consolidação<br />

da nossa estratégia de crescimento, em que<br />

nos propusemos reforçar a nossa posição no<br />

mercado de ligeiros e veículos industriais e<br />

um crescimento ambicioso no segmento de<br />

pesa<strong>dos</strong>”, sublinha.<br />

Para o responsável, não existem “fórmulas<br />

únicas” para o sucesso do negócio. “Na gene-<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09


Destaque Balanço 2016<br />

ralidade, olhando para a dimensão e competitividade<br />

do mercado, diria que a diversificação<br />

do negócio é indispensável. Mas, para tal,<br />

outros aspetos terão de ser prioriza<strong>dos</strong>. Começando<br />

pelo reconhecimento das necessidades<br />

da organização. Aqui, a formação é, de<br />

facto, essencial, permitindo aos proprietários<br />

adquirirem maiores competências para gerir<br />

o mesmo, em linha com os atuais e futuros<br />

desafios que o mercado nos coloca”, reforça<br />

Pedro Teixeira. E explica. “Há todo um conjunto<br />

de competências - gestão financeira,<br />

técnica, organizacional, de recursos humanos,<br />

atendimento ao cliente e comunicação – que,<br />

hoje, são fundamentais para concorrer num<br />

mercado onde o detalhe é o principal fator<br />

distintivo para dar resposta a um consumidor<br />

cada vez mais informado e exigente”.<br />

Outro fator essencial para a sustentabilidade<br />

do PDV no mercado, onde a Continental <strong>Pneus</strong><br />

Portugal tem investido, é na “associação em<br />

rede”. Para a mesma fonte, trata-se de uma<br />

“realidade incontornável”. Além disso, o “apoio<br />

em parceiros fortes, como é o caso da Continental,<br />

nomeadamente, através da rede<br />

ContiService, pode ser importante para obter<br />

alguns <strong>dos</strong> recursos necessários para garantir<br />

a viabilidade e o crescimento do negócio”.<br />

Para 2017, o objetivo será continuar a crescer,<br />

em to<strong>dos</strong> os segmentos, “consolidando<br />

a nossa liderança no mercado de ligeiros”,<br />

garante. Quanto ao sell-out, “queremos reforçar<br />

e aumentar a nossa notoriedade como<br />

marca de referência junto do consumidor final.<br />

Queremos, claramente, ser a marca número<br />

um no top of mind <strong>dos</strong> consumidores, mas<br />

queremos, sobretudo, ser reconheci<strong>dos</strong> pelo<br />

cliente final como uma marca que alia a segurança<br />

ao desenvolvimento tecnológico, para<br />

uma performance top, indo ao encontro das<br />

mais exigentes necessidades do mercado”,<br />

reforça o responsável.<br />

Para Pedro Teixeira, o ponto de venda continua<br />

a ter um “papel fundamental no processo de<br />

venda”. E é um <strong>dos</strong> principais pontos de contacto<br />

entre a nossa marca e o consumidor final.<br />

Este é e continuará a ser um <strong>dos</strong> principais<br />

desafios. Em termos de sell-in continuaremos<br />

a trabalhar para ser a marca de confiança e de<br />

referência <strong>dos</strong> nossos parceiros, ajudando-os<br />

a serem mais competitivos e a desenvolverem<br />

o seu negócio”, afirma.<br />

w MELHORIA DOS INDICADORES<br />

Da parte da Goodyear Dunlop, o mercado<br />

“continua a manifestar-se positivo”, tanto em<br />

sell-in como em sell-out. Segundo fonte oficial<br />

do grupo, o “crescimento deverá andar<br />

entre os 3 e os 5% e orientado pela melhoria<br />

<strong>dos</strong> indicadores, tanto económicos como do<br />

próprio setor, que serão positivos, ainda que<br />

cresçam a um ritmo mais lento”.<br />

As duas marcas consideram que, como fabri-<br />

10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11


Destaque Balanço 2016<br />

<strong>Pneus</strong> do futuro<br />

REVOLUÇÃO EM MARCHA<br />

O mercado <strong>dos</strong> pneus é um “veículo” em<br />

marcha rumo ao futuro. Não para a pretexto<br />

de nada. E o papel <strong>dos</strong> fabricantes é<br />

serem eles os protagonistas dessa evolução<br />

permanente. André Bettencourt, diretor de<br />

marketing da Bridgestone Portugal, acredita<br />

que o futuro <strong>dos</strong> pneus estará “sempre<br />

dependente da evolução do ramo automóvel<br />

e da legislação do setor”, afirma. “<strong>Pneus</strong><br />

mais largos, pneus mais estreitos, pneus às<br />

cores, com relevos, com mais ou menos<br />

rasgos, tudo isso será em função do que<br />

o mercado solicitar. Mas, na verdade, os<br />

pneus com qualidade real e percebida serão<br />

sempre aqueles que terão futuro”, explica.<br />

Segundo o mesmo responsável, em 2020,<br />

“vamos continuar a ter produtos revolucionários,<br />

como foi por exemplo o RFT e,<br />

agora, o DriveGuard, que, no fundo, é a<br />

tecnologia RFT para to<strong>dos</strong>. Sabemos que<br />

o futuro trará o pneu redondo por muitos<br />

mais anos, mas a dúvida será como é que<br />

o mesmo funcionará. São estes dilemas<br />

que temos, hoje, em fase de desenvolvimento,<br />

mas a curto prazo só as marcas<br />

com tecnologia para garantir qualidade<br />

e responderem às exigências das marcas<br />

de automóveis é que poderão sobreviver”,<br />

acrescenta. E conclui o seu raciocínio: “Se<br />

o futuro <strong>dos</strong> automóveis forem, realmente,<br />

os veículos movi<strong>dos</strong> a energia elétrica…<br />

então o Grupo Bridgestone está bem posicionado,<br />

pois foi o primeiro fabricante a<br />

fazê-lo, exclusivamente, para o primeiro<br />

veículo 100% elétrico da BMW: i3”.<br />

Pedro Teixeira, diretor-geral da Continental<br />

<strong>Pneus</strong> Portugal, prefere focar-se<br />

noutro prisma. “Numa sociedade onde<br />

conceitos como evolução, otimização,<br />

tecnologia, segurança, eficácia, satisfação<br />

do cliente, notoriedade, qualidade, sustentabilidade,<br />

performance e mobilidade<br />

alargada traduzem uma parte importante<br />

da realidade atual e futura, os pneus que<br />

melhor conseguirem integrar e traduzir<br />

estes conceitos serão os que o mercado vai<br />

procurar”, afirma. Mas, sem dúvida, “que<br />

o futuro <strong>dos</strong> pneus estará sempre intrinsecamente<br />

ligado ao desenvolvimento do<br />

setor automóvel”, reforça. E, nesse contexto,<br />

aponta para o segmento UHP (Ultra High<br />

Performance). “Insere-se nestes conceitos e<br />

é, certamente, um segmento a ter em conta<br />

no futuro pela força do seu crescimento.<br />

Outro segmento que, hoje, ainda tem ➞<br />

cantes de pneus, “é muito importante oferecer<br />

às oficinas numerosos benefícios, para que<br />

estes possam, por sua vez, disponibilizar um<br />

serviço distintivo aos seus clientes e assegurar<br />

a sua própria sustentabilidade e diferenciação<br />

face à concorrência”. De acordo com a mesma<br />

fonte, a principal preocupação da Goodyear<br />

Dunlop é apoiar os seus clientes em áreas como,<br />

por exemplo, “a gestão do negócio, numa<br />

formação contínua e presencial, adaptada às<br />

necessidades, criação de negócio através de<br />

ações promocionais a nível local ou nacional,<br />

apoio à implementação de atividades locais<br />

vinculadas à marca, rapidez e disponibilidade<br />

na entrega de pneus, condições comerciais<br />

específicas, ferramentas de financiamento<br />

para clientes finais, sistemas informáticos de<br />

gestão, acor<strong>dos</strong> com empresas de renting e<br />

grandes frotas, bem como suporte das marcas<br />

Goodyear Dunlop”, destacam.<br />

Segundo fonte oficial do grupo, “somos marcas<br />

de proximidade e o nosso êxito reside na<br />

atenção personalizada e cuidada ao cliente<br />

final. É a pensar nele, que tentamos fornecer<br />

às nossas oficinas as melhores ferramentas<br />

para gerar tráfego ao ponto de venda, bem<br />

como a formação adequada aos funcionários,<br />

com o objetivo de oferecer uma experiência<br />

o mais profissional possível ao nosso<br />

cliente, aliada a um serviço de assessoria e<br />

qualidade que supere as expectativas”. Para<br />

concluir, afirmam que, “num mercado em<br />

que estamos constantemente expostos a<br />

uma atividade promocional agressiva, que<br />

reduz os preços e diminui as margens, a solução<br />

passa por criar valor para o consumidor<br />

final, oferecendo um serviço personalizado,<br />

de confiança e com todas as garantias.<br />

Ainda que os serviços de pneus continuem a<br />

seguir a linha principal de negócio das oficinas,<br />

devemos continuar foca<strong>dos</strong> na diversificação<br />

de negócio, vinculando-nos, cada vez<br />

mais, a serviços de mecânica e oferecendo<br />

um serviço integral ao cliente”.<br />

w ANO DA CONFIRMAÇÃO<br />

Elena Ballista, country manager da Pirelli Portugal,<br />

por sua vez, considera 2016 como o “ano<br />

da confirmação, especificamente no segmento<br />

premium, onde a nossa marca está a ter uma<br />

12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


evolução muito acima da média do mercado”.<br />

Segundo afirma, o “aumento da Pirelli neste<br />

segmento de pneus está relacionado com a<br />

posição de liderança que ocupa como equipamento<br />

de origem para viaturas de gama<br />

alta, assim como é influenciado pela contínua<br />

alteração do parque automóvel, onde os veículos,<br />

mesmo os de cilindradas mais baixas<br />

e comuns, já vêm equipa<strong>dos</strong> com medidas<br />

de jantes maiores”. Quanto ao sell-out, “em<br />

2016, a Pirelli consolidou a sua presença nos<br />

pontos de venda como marca referência para<br />

o consumidor final, uma vez que a sua gama<br />

tem capacidade para dar resposta às múltiplas<br />

necessidades <strong>dos</strong> utilizadores”, esclarece<br />

a country manager da Pirelli Portugal à <strong>Revista</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

Para Elena Ballista, prioritário para assegurar a<br />

sustentabilidade <strong>dos</strong> pontos de venda é a “base<br />

do nosso programa, denominado Key Point,<br />

que apoia os melhores pontos de venda do<br />

mercado e através do qual, desde há uns anos,<br />

oferece uma proposta de valor ao apresentar<br />

um produto de excelência de acordo com as<br />

necessidades do cliente”. A política comercial<br />

da empresa, assegura, “está, essencialmente,<br />

focada em apoiar os pontos de venda, através<br />

de uma gama que se baseia numa proposta<br />

de produtos tecnologicamente avança<strong>dos</strong> e<br />

que respondam às necessidades de cada consumidor<br />

em termos de economia de consumo<br />

de combustível e segurança na condução, entre<br />

outros parâmetros”. Por outras palavras,<br />

“acreditamos que a nossa política comercial<br />

deve proporcionar uma margem comercial<br />

que permita a sustentabilidade económica<br />

do ponto de venda, uma vez que garante o<br />

posicionamento da marca”.<br />

Por fim, “consideramos que a excelência no<br />

serviço ao consumidor e a imagem do ponto<br />

de venda são outros aspetos importantes a ter<br />

em conta para uma correta sustentabilidade<br />

do negócio”, sublinha Elena Ballista.<br />

As expectativas para 2017? “No que concerne<br />

a sell-in, após alguns anos de crise e de retenção<br />

económica, em 2016, os indicadores revelam<br />

uma recuperação e maior estabilidade do<br />

mercado”, diz. “A nível do mercado nacional,<br />

as vendas <strong>dos</strong> principais fabricantes de pneus<br />

obtiveram um crescimento de, aproximadamente,<br />

6% face a 2015. Esta tendência positiva<br />

é particularmente evidente pelo aumento<br />

significativo das marcas budget, que quase<br />

triplicaram os valores face às marcas premium<br />

e quality. Existem muitas e diversas razões<br />

para acreditar que esta tendência se possa<br />

repetir em 2017. O mesmo está acontecer<br />

em sell-out, onde a estagnação <strong>dos</strong> últimos<br />

anos se inverteu e também esperamos que<br />

o novo ano se inicie com uma percentagem<br />

positiva”, conclui. ♦<br />

➞ pouca expressão, mas que, no futuro,<br />

vai crescer, são os produtos desenvolvi<strong>dos</strong><br />

especificamente para equipar os veículos<br />

elétricos e híbri<strong>dos</strong> e no qual a Continental<br />

já está a apostar com a gama Conti.eContact.<br />

Acreditamos que as marcas que tiverem<br />

capacidade para antecipar tendências<br />

e necessidades, bem como dar resposta a<br />

estes nichos de mercado, serão as que melhores<br />

desempenhos terão no futuro”.<br />

Já a Goodyear Dunlop, olha para o horizonte<br />

<strong>dos</strong> pneus e vê os RunOnFlat. “A<br />

tecnologia RunOnFlat, que desenvolvemos<br />

há décadas, põe em evidência a aposta do<br />

grupo na inovação. E o seu compromisso<br />

no fabrico de pneus seguros e eficientes.<br />

Graças, em parte, às suas laterais reforçadas,<br />

os RunOnFlat da Goodyear não se<br />

esvaziam nem afundam com o peso do<br />

automóvel quando se tem um furo e, por<br />

isso, permitem aos condutores manter o<br />

controlo do volante, mesmo que o pneu<br />

perca todo o ar”. Para a mesma fonte, com<br />

esta tecnologia de vanguarda, “muitos <strong>dos</strong><br />

perigos e inconvenientes associa<strong>dos</strong> a um<br />

furo, simplesmente, desaparecem. E mais:<br />

não é necessário transportar um pneu de<br />

substituição, algo que não acontece com<br />

outros sistemas similares que têm aparecido<br />

nos últimos tempos”, acrescenta.<br />

E qual é a visão de Elena Ballista, country<br />

manager da Pirelli Portugal? “To<strong>dos</strong> os<br />

pneus que não apresentam evolução e que<br />

não acompanham o desenvolvimento da<br />

indústria automóvel e das novas formas<br />

de mobilidade sustentável, não têm lugar<br />

no futuro”, começa por afirmar. Por isso,<br />

a “Pirelli acompanha toda esta tendência,<br />

por vezes, antecipando as necessidades<br />

<strong>dos</strong> construtores de automóveis e as preocupações<br />

da sociedade mundial referente<br />

ao meio ambiente e segurança. Através da<br />

nossa gama Cinturato, referência em termos<br />

de economia de consumo de combustível<br />

e segurança, do Run Flat ou da Seal<br />

Inside, tecnologia de fabrico que permite<br />

ao condutor continuar a conduzir mesmo<br />

em situação de perda de ar do pneu, ou<br />

PNCS, a ‘esponja’ que reduz o ruído no<br />

interior do habitáculo, pretendemos seguir<br />

no futuro como marcas referência do<br />

setor”, enfatiza Elena Ballista.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 13


Evento<br />

14.° Encontro Valorpneu<br />

Estado da nação<br />

Este ano, o Encontro da rede Valorpneu, o 14.° da sua história, realizou-se em<br />

Unhais da Serra, distrito de Castelo Branco. Nos dias 9 e 10 de novembro, houve<br />

animação, descontração, debateram-se os problemas do setor e fez-se o balanço<br />

da entidade gestora. Em suma, falou-se sobre o estado da nação<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

To<strong>dos</strong> os anos, a rede Valorpneu escolhe<br />

uma localização diferente para<br />

realizar os seus encontros. Em 2016,<br />

mais concretamente nos dias 9 e 10<br />

de novembro, o palco escolhido foi Unhais<br />

da Serra, no distrito de Castelo Branco. O primeiro<br />

dia foi de animação e descontração.<br />

Os parceiros da entidade gestora dividiram-<br />

-se entre uma “boleia” do piloto João Lopes,<br />

atual Campeão Nacional de Todo-o-Terreno,<br />

em Polaris RZR 1000, ou uma visita ao Centro<br />

de Moagem do Fundão. De regresso ao hotel,<br />

os convida<strong>dos</strong> usufruíram do Centro Termo-<br />

-Lúdico Aquadome do H2otel, seguindo-se<br />

um jantar com animação na Quinta da Hera.<br />

w PONTO ALTO<br />

Na manhã do dia seguinte, a animação e descontração<br />

deram lugar a um ambiente mais<br />

formal e pleno de concentração. A sessão de<br />

trabalho foi o ponto alto deste 14.° Encontro.<br />

Além do bom desempenho da Valorpneu<br />

durante o ano 2016, que continua, segundo<br />

os seus responsáveis, a ser um case study ao<br />

nível da eficiência de recursos no domínio <strong>dos</strong><br />

pneus usa<strong>dos</strong> e um exemplo a seguir por outras<br />

congéneres europeias, estiveram em cima da<br />

mesa alguns constrangimentos que requerem<br />

rápida resolução e que estão, neste momento,<br />

na posse da Secretaria de Estado do Ambiente.<br />

14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


A falta de enquadramento legal estável e ajustado,<br />

condicionando a atividade da Valorpneu<br />

e criando alguma instabilidade nos operadores,<br />

a alteração da meta de recauchutagem<br />

desajustada com a realidade, a abstenção na<br />

implementação de políticas que incentivem a<br />

utilização de pneus recauchuta<strong>dos</strong> e de materiais<br />

recicla<strong>dos</strong> de PU e ainda o investimento<br />

em novas aplicações de granulado e pó de<br />

borracha, foram os temas prioritários que estiveram<br />

em debate e que fizeram parte do<br />

discurso de abertura de Hélder Pedro, gerente<br />

da Valorpneu e secretário-geral da ACAP.<br />

A seguir, na sua intervenção, Climénia Silva,<br />

diretora-geral da Valorpneu, para além <strong>dos</strong><br />

pontos acima menciona<strong>dos</strong>, abordou ainda<br />

o trabalho desenvolvido ao longo de 2016<br />

pela entidade gestora e por to<strong>dos</strong> aqueles<br />

que operam no Sistema Integrado de Gestão<br />

de <strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong> (SGPU), contribuindo, a nível<br />

económico, com as suas atividades diretas e<br />

indiretas. As quais contribuem com cerca de<br />

78 milhões de euros para o Produto Interno<br />

Bruto (PIB) e evitam 45 milhões de importações<br />

liquidas. Além de permitirem criar, a nível social,<br />

2.000 postos de trabalho, <strong>dos</strong> quais 970 diretos.<br />

Além do aumento de produtores aderentes,<br />

que, este ano, cresceu 4% relativamente ao<br />

anterior, fixando-se nos 2.050, a grande preocupação<br />

da Valorpneu diz respeito à fidelização<br />

destas entidades. “Para isso, existe uma<br />

interação contínua com to<strong>dos</strong> os aderentes<br />

e um trabalho permanente na simplificação<br />

<strong>dos</strong> processos”, deu conta Climénia Silva.<br />

Palmiresíduos venceu Prémio de Desempenho<br />

CHEQUE DE €5.000 FOI ENTREGUE A PAULO FERREIRA<br />

A empresa Palmiresíduos foi a vencedora, em 2016, do prémio de Desempenho de Ponto de<br />

Recolha da rede Valorpneu, repetindo o feito alcançado em 2013. Esta escolha foi realizada quer<br />

com base em critérios pré-defini<strong>dos</strong> quer no desempenho obtido nos perío<strong>dos</strong> correspondentes<br />

ao segundo semestre de 2015 e primeiro semestre de 2016. Os resulta<strong>dos</strong> foram, depois, valida<strong>dos</strong><br />

pela empresa de auditoria Ernst & Young.<br />

Sediada em Alijó, no distrito de Vila Real, a Palmiresíduos pertence à rede Valorpneu desde o<br />

final de 2003 e desenvolve a sua atividade, essencialmente, na gestão global de resíduos, sendo,<br />

hoje, uma referência no mercado pela qualidade do serviço prestado. A sua atividade assenta<br />

num Sistema de Gestão Integrado de Qualidade e Ambiente, que se encontra certificado pela<br />

SGS. O prémio, no valor de €5.000, foi entregue ao representante da empresa, Paulo Ferreira,<br />

pela diretora do Departamento de Resíduos da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Ana<br />

Cristina Carrola, no âmbito do 14.° Encontro Valorpneu.<br />

w ORGANIZAÇÃO ESCAPE LIVRE<br />

Com o intuito de diversificar as aplicações de<br />

produtos inovadores deriva<strong>dos</strong> de pneus usa<strong>dos</strong>,<br />

a Valorpneu decidiu repensar o tradicional<br />

Prémio Inovação (Prémio Inov.Ação), com uma<br />

nova dinâmica e chegando mais perto das empresas.<br />

Até final 2016, será, por isso, divulgada<br />

a nova abordagem desta distinção. No 14.° Encontro,<br />

a sessão de trabalho foi enriquecida por<br />

Ana Cristina Carrola, diretora do departamento<br />

de Resíduos da APA, que fez uma apresentação<br />

sobre a importância da Economia Circular no<br />

mundo globalizado. Na sessão, foi, igualmente,<br />

entregue o Prémio de Desempenho de Ponto<br />

de Recolha 2016 (ver caixa).<br />

Sem esquecer a vertente de responsabilidade<br />

social e ambiental, todas as emissões<br />

geradas pela realização deste 14.° Encontro<br />

serão compensadas através da associação<br />

da Valorpneu à Quercus na continuidade do<br />

projeto LIFE-Taxus.<br />

O Encontro Anual da rede Valorpneu foi, este<br />

ano, organizado pelo Clube Escape Livre, naquela<br />

que foi a quarta vez que tal aconteceu,<br />

seguindo-se às edições de 2007, 2009 e 2013.<br />

Este evento reuniu to<strong>dos</strong> os parceiros da Valorpneu,<br />

nomeadamente, operadores de pontos<br />

de recolha, transportadores, valorizadores<br />

e outras entidades que se relacionam com o<br />

sistema. E foi, uma vez mais, um espaço de<br />

partilha de experiências e de debate sobre as<br />

mais recentes evoluções do Sistema Integrado<br />

de Gestão de <strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong> (SGPU).<br />

A terminar, aqui ficam alguns da<strong>dos</strong> forneci<strong>dos</strong><br />

por Climénia Silva, diretora-geral da<br />

Valorpneu: “Em 2016, estima-se que o total<br />

do mercado de pneus de substituição e de<br />

veículos cresça cerca de 5% face a 2015; prevê-<br />

-se que sejam recolhi<strong>dos</strong>, este ano, cerca de<br />

84 mil toneladas de pneus usa<strong>dos</strong> (o que,<br />

a confirmar-se, corresponderá a um ligeiro<br />

aumento face a 2015); os pneus recolhi<strong>dos</strong> em<br />

2016 são, maioritariamente, recicla<strong>dos</strong> (56%),<br />

sendo que, para recauchutagem e reutilização,<br />

registamos cerca de 16%, com os restantes<br />

28% a terem como finalidade a valorização<br />

energética; estima-se que, em 2016, os objetivos<br />

de gestão fixa<strong>dos</strong> na licença da Valorpneu<br />

para recolha e reciclagem <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong><br />

sejam novamente ultrapassa<strong>dos</strong>”. ♦<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15


Atualidade<br />

Sensibilidade e emoção<br />

No final de novembro, foi apresentado, em Paris, o Calendário Pirelli 2017, criado<br />

por Peter Lindbergh, um <strong>dos</strong> mais talentosos fotógrafos do mundo. A sua visão<br />

singular mostra pessoas no estado puro, “com toda a honestidade”<br />

Por: João Vieira<br />

Com a edição de 2017, o mestre alemão<br />

torna-se no único fotógrafo a<br />

ser chamado para realizar o calendário<br />

Pirelli pela terceira vez, após o de<br />

1996, fotografado na Califórnia, no deserto de<br />

El Mirage, e o de 2002, realizado no estúdio<br />

da Paramount Pictures, em Los Angeles.<br />

Quem explica o fio condutor do Calendário<br />

Pirelli 2017 é o próprio fotógrafo: “Numa época<br />

em que as mulheres são apresentadas pelos<br />

media e por toda parte como embaixadoras<br />

da perfeição e da beleza, pensei que seria<br />

importante lembrar a to<strong>dos</strong> que existe uma<br />

beleza diferente, mais real e autêntica, e não<br />

manipulada pela propaganda ou outra coisa<br />

qualquer. Uma beleza que fala da individualidade,<br />

da coragem de ser quem se é e da<br />

sensibilidade”.<br />

O título “Emocional”, escolhido por Lindbergh,<br />

enfatiza a intenção das suas fotos: “Criar um<br />

calendário que não seja sobre corpos perfeitos,<br />

mas sobre a sensibilidade e a emoção,<br />

‘desnudando’ a alma das protagonistas, que<br />

ficam mais nuas do que o nu”.<br />

Para apresentar a sua ideia de beleza natural<br />

e de feminilidade, Lindbergh fotografou 14<br />

atrizes com fama internacional: Jessica Chastain,<br />

Penélope Cruz, Nicole Kidman, Rooney<br />

Mara, Helen Mirren, Julianne Moore, Lupita<br />

Nyong’o, Charlotte Rampling , Lea Seydoux,<br />

Uma Thurman, Alicia Vikander, Kate Winslet,<br />

Robin Wright e Zhang Ziyi.<br />

“O objetivo”, refere Lindbergh, “era retratar as<br />

16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


Calendário Pirelli 2017<br />

mulheres de uma forma diferente: fiz isso chamando<br />

atrizes que tiveram um papel importante<br />

na minha vida e, ao fotografá-las, fui-me<br />

aproximando delas o máximo possível. Como<br />

artista, sinto a responsabilidade de libertar as<br />

mulheres da ideia de juventude e de perfeição<br />

eternas. O ideal de beleza perfeita promovido<br />

pela sociedade é uma meta inatingível”. As<br />

sessões fotográficas foram realizadas entre<br />

de fast food e hotéis decadentes.<br />

Mas não é somente o cinema que caracteriza<br />

os trabalhos de Lindbergh. O fotógrafo<br />

é famoso, também, pela sua capacidade de<br />

trazer para as fotos elementos liga<strong>dos</strong> ao<br />

ambiente industrial da sua infância. E é, por<br />

isso, que, com o objetivo inicial de transferir<br />

para o calendário aspetos relaciona<strong>dos</strong> com a<br />

tecnologia e a indústria, Lindbergh também<br />

Perfil Peter Lindbergh<br />

Considerado um pioneiro em fotografia, Lindbergh<br />

introduziu uma nova forma de realismo,<br />

redefinindo os padrões de beleza com imagens<br />

intemporais. A sua abordagem humanista e a<br />

idealização das mulheres distingue-o de outros<br />

fotógrafos, já que privilegia a alma e a personalidade.<br />

Em tempos de excessivos retoques,<br />

Lindbergh mudou, drasticamente, os padrões<br />

da fotografia de moda, acreditando que há algo<br />

que torna uma pessoa interessante para além da<br />

idade. E explica: “Esta deve ser a responsabilidade<br />

<strong>dos</strong> fotógrafos de hoje. Libertar as mulheres<br />

e toda a gente da mania de juventude e perfeição”.<br />

A sua visão singular mostra a pessoa no seu<br />

estado mais puro, “com toda a honestidade”, evitando<br />

qualquer estereótipo ao retocar um rosto<br />

com quase nenhuma maquiagem, sem disfarce,<br />

melhorando a autenticidade e a beleza natural<br />

das mulheres que fotografa.<br />

maio e junho de 2016, em cinco localidades<br />

diferentes: Berlim, Los Angeles, Nova York,<br />

Londres e na praia francesa de Le Touquet.<br />

O resultado traduz-se num calendário composto<br />

por 40 fotografias, incluindo retratos<br />

e ambientes tiradas, não só, no estúdio mas,<br />

também, em vários espaços metropolitanos<br />

e cenários ao ar livre, como ruas, restaurantes<br />

realizou, durante a operação, inúmeras fotos<br />

no polo industrial da Pirelli, em Settimo<br />

Torinese, a fábrica tecnologicamente mais<br />

avançada do grupo.<br />

A preparação, as histórias e os protagonistas<br />

do Calendário Pirelli 2017 nos bastidores,<br />

podem ser visualiza<strong>dos</strong> no site www.pirellicalendar.com,<br />

a plataforma renovada recentemente,<br />

que permite visualizar a história de<br />

mais de 50 anos de The Cal por intermédio<br />

de filmes, entrevistas, fotografias e textos<br />

inéditos. Um <strong>dos</strong> conteú<strong>dos</strong> exclusivos da<br />

nova edição, a secção Making of The Cal,<br />

narra o processo de conceção e de realização<br />

do trabalho artístico do grande fotógrafo e<br />

da sua equipa. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 17


Atualidade<br />

Euromaster<br />

Felicidade<br />

continua a rodar<br />

A segunda edição de “A Roda da Felicidade” continua a<br />

rolar no Natal de 2016. Quem comprar pneus Michelin<br />

num <strong>dos</strong> 400 centros Euromaster, transforma-os em<br />

prendas para as crianças portuguesas carenciadas<br />

É<br />

como uma espécie de magia. Transformar<br />

pneus em prendas continua a ser o<br />

lema da segunda edição da campanha<br />

de Natal da Euromaster designada “A<br />

Roda da Felicidade”. Nesta iniciativa, que arrancou<br />

no passado dia 14 de novembro e que<br />

decorrerá até ao próximo dia 23 de dezembro,<br />

cada operação de mudança de pneus da marca<br />

Michelin, realizada nos mais de 400 centros de<br />

serviço Euromaster, reparti<strong>dos</strong> entre Espanha<br />

e Portugal, será convertida num presente, a<br />

ser entregue pela Cruz Vermelha Portuguesa<br />

às crianças desfavorecidas em solo nacional,<br />

através das suas delegações espalhadas por<br />

todo o país.<br />

Para Miguel Santos, responsável da rede Euromaster<br />

em Portugal, trata-se de uma “causa<br />

nobre”. E fez questão de realçar a importância<br />

Por: Jorge Flores<br />

de contar com o apoio da Michelin, “parceira<br />

de viagem” em toda a ação benemérita. Este<br />

ano, a ação tem uma diferença em relação ao<br />

ano passado. Mesmo quem não necessitar de<br />

trocar de pneus poderá, também, participar<br />

na iniciativa e dar o seu contributo.<br />

w RETRIBUIR À SOCIEDADE<br />

A piloto Elisabete Jacinto é o rosto da campanha<br />

em Portugal. “Primeiro, porque é uma<br />

pessoa encantadora e que aceitou ser embaixadora<br />

da causa de uma forma graciosa”,<br />

explica Miguel Santos. Depois, porque “partilha<br />

uma série de valores”, acrescenta o mesmo<br />

responsável, durante a apresentação da ação<br />

à comunicação social.<br />

Para Elisabete Jacinto, esta é uma oportunidade<br />

de retribuir o “carinho” que sente, desde sempre,<br />

da sociedade. “Gosto bastante do que faço<br />

e tenho andado muito, dedicado de corpo e<br />

alma, mas é uma atividade que nunca poderia<br />

exercer se não tivesse o apoio das pessoas em<br />

geral, de algumas empresas e pessoas. Sou<br />

daquelas cidadãs que sente uma dívida de<br />

gratidão muito grande para com a sociedade”,<br />

adianta a piloto. “Em muitos momentos difíceis<br />

que vivi, sozinha no meio do deserto, superei-<br />

-os pelas palavrinhas de apoio que as pessoas<br />

me davam cá”, conta. “Por isso, é, também, de<br />

alguma forma, a minha contribuição para a<br />

sociedade em que vivo. Acho a iniciativa da<br />

Euromaster espetacular. Tem vários pontos que<br />

vale a pena salientar. Um deles, é o facto de<br />

oferecer prendas às crianças. Pensamos sempre<br />

na massa e no arroz, que fazem falta e to<strong>dos</strong><br />

compreendemos isso, mas achamos que os<br />

brinque<strong>dos</strong> são instrumentos muito importantes<br />

no desenvolvimento das crianças. Brincar<br />

faz parte do crescimento emocional, motor,<br />

social. É uma necessidade das crianças. Pode<br />

fazer crescer de forma mais correta”, sublinha<br />

Elisabete Jacinto.<br />

w ONE STOP SHOP<br />

Na primeira edição de “A Roda da Felicidade”,<br />

a campanha fez chegar brinque<strong>dos</strong> a mais<br />

de 3.400 crianças em Portugal, com idades<br />

compreendidas entre 1 e 12 anos, num total<br />

superior a 20.000 crianças na Península Ibérica.<br />

A grande novidade desta edição de “A Roda da<br />

Felicidade” é a possibilidade de serem realiza<strong>dos</strong><br />

donativos diretamente à Cruz Vermelha<br />

Portuguesa, através da página web da campanha.<br />

Assim, mesmo quem não compre pneus<br />

Michelin numa oficina Euromaster, poderá contribuir<br />

para “A Roda da Felicidade”. Através da<br />

web e da página de Facebook da Euromaster.<br />

Quem comprar pneus Michelin nestas casas,<br />

receberá um autocolante alusivo à ação.<br />

Em conversa com a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, Miguel<br />

Santos mostra-se orgulhoso da campanha. E<br />

traça um cenário de crescimento para a rede<br />

Euromaster em Portugal. “Hoje, contamos com<br />

68 pontos de venda a nível nacional. E continuamos<br />

a trabalhar no sentido de expandir a<br />

rede”. Uma das apostas da rede passa, atualmente,<br />

pela loja online. “Mais uma forma de<br />

entrada para os centros Euromaster”, diz. Outro<br />

<strong>dos</strong> investimentos da rede reside na área <strong>dos</strong><br />

pesa<strong>dos</strong>. “Através da empresa OK24 Horas,<br />

conseguimos chegar, de forma mais rápida,<br />

junto <strong>dos</strong> camiões”. A ideia, explica, é garantir<br />

uma “one stop shop”. Ou seja, “cada cliente pode<br />

encontrar resposta para as suas necessidades<br />

com o veículo. É para onde caminhamos”, sublinha<br />

Miguel Santos.u<br />

18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 19


Salão<br />

6.ª edição da MECÂNICA<br />

<strong>Pneus</strong>, não faltaram<br />

Sendo parte integrante do aftermarket, uma vez que é sobre eles que o mercado<br />

rola, os pneus não podiam faltar no Salão MECÂNICA. Contudo, na edição de 2016,<br />

estes componentes estiveram presentes em número inferior face a 2015<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

A<br />

6.ª edição da MECÂNICA, que decorreu<br />

entre os dias 10 e 13 de novembro,<br />

foi a última que se realizou na<br />

Batalha. O anúncio foi feito por José<br />

Frazão, administrador da ExpoSalão, ainda a<br />

edição de 2016 não tinha fechado as suas portas.<br />

O próximo Salão de Equipamento Oficinal,<br />

Peças, Mecânica, Lubrificantes, Componentes<br />

e Acessórios para veículos ligeiros e pesa<strong>dos</strong>,<br />

realizar-se-á, de 24 a 26 de novembro de 2017,<br />

na FIL, em Lisboa, a par da EXPOTRANSPORTE<br />

- Salão Ibérico de Veículos Pesa<strong>dos</strong> e Ligeiros<br />

de Mercadorias e de Passageiros e Logística.<br />

De acordo com a ExpoSalão, “o objetivo passa<br />

por acompanhar o mercado em franca expansão<br />

e transpor a feira para a capital <strong>dos</strong> transportes,<br />

da logística e do aftermarket. Com a<br />

missão de potenciar o número de expositores<br />

e visitantes a nível ibérico e fazer do evento<br />

o grande ponto de encontro para to<strong>dos</strong> os<br />

profissionais que se movimentam neste setor<br />

tão dinâmico”, pôde ler-se em comunicado.<br />

No final <strong>dos</strong> quatro dias, segundo da<strong>dos</strong> da<br />

organização, estiveram na MECÂNICA, que se<br />

realizou, em simultâneo, com o Salão do Automóvel<br />

– Feira de Viaturas Novas e Semi-Novas,<br />

mais de 100 expositores e 25.600 visitantes. Ou<br />

seja, face à edição de 2015, a feira deste ano<br />

teve menos expositores mas mais visitantes.<br />

PNEURAMA<br />

Vizinha da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> na Batalha, a<br />

Pneurama, que considera o Salão MECÂNICA<br />

de extrema importância no panorama do setor<br />

em Portugal (pois faz a ligação entre os clientes<br />

de Lisboa – os principais da empresa – e os da<br />

região norte), exibiu um pouco da sua gama.<br />

Com particular ênfase para as marcas Lassa<br />

20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


e Avon, que trouxeram como novidades os<br />

modelos Transway 2 e ZV7, respetivamente. A<br />

empresa de José Azevedo da Mota aproveitou<br />

o certame da região centro para estar em contacto<br />

com os clientes. E para dar a conhecer a<br />

primeira loja Lassa existente em Portugal: Quim<br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>. Inaugurada no dia 2 de julho, a loja<br />

de Joaquim da Silva Car<strong>dos</strong>o Pinto está localizada<br />

no alto da Portela, em Armamar, a sul do<br />

vale do Douro, no distrito de Viseu. Numa área<br />

de 22 m 2 , Quim <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> também comercializa<br />

outras soluções relacionadas com pneus<br />

de automóveis. Sendo o sétimo fabricante de<br />

pneus na Europa, a Brisa lançou a primeira loja<br />

Lassa em Portugal com o objetivo de expandir<br />

a presença da marca em todo o país.<br />

PNEUS DO ALCAIDE<br />

A participação da <strong>Pneus</strong> do Alcaide na 6.ª edição<br />

da MECÂNICA pautou-se pela exibição de<br />

alguns <strong>dos</strong> seus produtos, entre os quais os<br />

pneus recauchuta<strong>dos</strong>. Recorde-se que a empresa<br />

foi fundada, em 1981, por Augusto Francisco<br />

Domingos Laureano, tendo começado<br />

a sua atividade através da revenda de pneus<br />

ligeiros e pesa<strong>dos</strong>, prestando assistência aos<br />

seus clientes num pequeno posto situado em<br />

Porto de Mós. Com o crescimento do negócio<br />

e na procura de satisfazer sempre as necessidades<br />

<strong>dos</strong> clientes, a empresa alargou as suas<br />

instalações na Tremoceira, onde ainda hoje<br />

se encontra sediada. Em 1991, expandiu-se<br />

para um novo mercado: o da recauchutagem<br />

de pneus. Entrou, assim, neste novo ramo de<br />

negócio como Recauchutador Oficial da Goodyear,<br />

passando a fazer parte de um grupo<br />

restrito de empresas europeias da Rede de<br />

Recauchutadores Autoriza<strong>dos</strong> da Goodyear/<br />

Dunlop (Next Tread). A <strong>Pneus</strong> do Alcaide dispõe,<br />

também, de uma rede de assistência, quer<br />

através <strong>dos</strong> seus postos (Tremoceira, Santeira,<br />

Benedita, Marinha da Mendiga e Maia), quer<br />

através de uma rede móvel.<br />

SOBRALPNEUS<br />

Apesar de ter tido outro evento a decorrer em<br />

simultâneo, o Grupo Sobralpneus não quis deixar<br />

de marcar presença na feira da Batalha.<br />

Porque, segundo disse Eduardo Rodrigues, o<br />

seu diretor-geral, “o evento tem potencial” e<br />

“a organização está de parabéns porque tem<br />

conseguido criar um certame apelativo”. No<br />

entanto, na opinião do responsável do Grupo<br />

Sobralpneus, o evento foi “um bocadinho mais<br />

fraco do que o do ano anterior”. Contudo, “o balanço<br />

acaba por ser sempre positivo”. De acordo<br />

ainda com Eduardo Rodrigues, “é importante<br />

estarmos presentes para damos a conhecer os<br />

produtos que temos no nosso portefólio, bem<br />

como os novos lançamentos”. A marca Marshal,<br />

que a empresa comercializa em exclusivo, foi<br />

lançada há pouquíssimo tempo, tendo sido<br />

uma das novidades do Grupo Sobralpneus na<br />

MECÂNICA. Tal como os inovadores sistemas<br />

TPMS e as soluções anti-furo OKO que disponibiliza.<br />

Sem esquecer, claro está, as jantes<br />

em alumínio forjado ALCOA concebidas para<br />

camiões e a marca Starmaxx, que conta com<br />

assistência 24 horas.<br />

TIRSO PNEUS<br />

No espaço reservado à Tirso <strong>Pneus</strong>, Paulo Santos,<br />

o seu diretor-geral, revelou que a empresa<br />

veio apresentar à 6.ª edição da MECÂNICA o<br />

Hankook HD31, na nova medida 385/65R22,5,<br />

modelo que é escolhido pela MAN como equipamento<br />

de origem. Isto no caso <strong>dos</strong> pneus<br />

pesa<strong>dos</strong>. Na categoria <strong>dos</strong> ligeiros, o destaque<br />

AP Comunicação em força na Batalha<br />

ESPAÇO CONTOU COM<br />

A PRESENÇA DA ATEC<br />

Com um stand de 80 m 2 , onde o tema de<br />

destaque foi a Campanha Mecatrónico Automóvel,<br />

a AP Comunicação contou com a<br />

parceria da ATEC e voltou, uma vez mais,<br />

a primar pela inovação. Exatamente no<br />

mesmo local do ano passado. A empresa<br />

detentora <strong>dos</strong> títulos Jornal das Oficinas,<br />

<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, revista TOP 100 - As<br />

Maiores Empresas do Aftermarket em<br />

Portugal e revista PME – As Melhores<br />

Empresas do Aftermarket em Portugal,<br />

marcou presença no Salão MECÂNICA.<br />

Pelo sexto ano consecutivo. Na edição de<br />

2016, substituiu as três oliveiras por dois<br />

modelos da Volkswagen. E por esquemas<br />

técnicos da ATEC, academia de formação<br />

localizada em Palmela, que esteve, constantemente,<br />

a esclarecer os visitantes e<br />

a explicar a importância da profissão de<br />

mecatrónico automóvel. No âmbito do<br />

concurso “Melhor Mecatrónico 2016”, que<br />

a AP Comunicação promoveu ao longo do<br />

ano que agora finda.<br />

foi dado ao Hankook Ventus Prime 3, que substitui<br />

o Ventus Prime 2 e que já se encontra à<br />

venda. Empresa juridicamente portuguesa com<br />

capitais espanhóis, a Tirso <strong>Pneus</strong>, que está presente<br />

no nosso país desde 1999, é uma filial do<br />

Grupo Soledad. A sua principal atividade é a importação<br />

e exportação de pneus, assim como<br />

a comercialização de produtos para veículos e<br />

da marca própria Confortauto. Representante<br />

oficial da Hankook no mercado português e<br />

detentora de marcas próprias e exclusivas (Rodatec,<br />

Confortauto e Insa Turbo), a Tirso <strong>Pneus</strong><br />

fortalece a sua presença no mercado português<br />

criando diferenciação nestas marcas. E oferece<br />

um grande número de modelos, assim como<br />

medidas de diversas categorias. ♦<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 21


Entrevista<br />

Rodrigues de Almeida<br />

“A amizade é das coisas mais<br />

Personalidade ímpar do setor <strong>dos</strong> pneus, Rodrigues de Almeida, agora com 82<br />

anos de idade, é o mais antigo gestor do negócio de pneus em Portugal. Nesta<br />

entrevista, ficamos a conhecer o seu percurso profissional e a sua opinião sobre o<br />

estado atual do mercado<br />

Por: João Vieira<br />

Trabalhou durante 48 anos no setor <strong>dos</strong><br />

pneus. Cinco com retalhistas, cinco na<br />

Dunlop Portuguese Selling Company<br />

e 38 anos na Garland/SP <strong>Pneus</strong> Lda.<br />

Fale-nos um pouco da sua infância, adolescência<br />

e do seu primeiro emprego?<br />

Fui criado num bairro – Ajuda – e, até ao<br />

curso comercial, sempre frequentei escolas<br />

públicas: Sporting Clube de Rio Seco e Escola<br />

Comercial Ferreira Borges.<br />

Nunca fui bom de bola mas era um ás com as bicicletas.<br />

De tal modo, que perdi um ano e disse<br />

ao meu pai que queria era trabalhar. O meu<br />

pai fez-me a vontade e arranjou-me emprego,<br />

mas obrigou-me a estudar à noite. Trabalhei<br />

poucos meses, na Sena Sugar Estates. Com 16<br />

anos, ganhava três mil escu<strong>dos</strong> por mês e só<br />

tinha de carregar num botão. Despedi-me. Na<br />

minha cabeça só havia automóveis e consegui<br />

um emprego de aprendiz de mecânica no J.J.<br />

Gonçalves Suc. – Austin. Entretanto, acabei o<br />

curso e, pouco depois, chegou o serviço militar.<br />

Rapidamente: Companhia de Saúde, na Graça;<br />

Hospital Militar da Estrela; curso de enfermagem<br />

e “convite” para umas “férias” de três anos<br />

em Goa. Os três anos no ex-Estado português<br />

da Índia, foram decisivos. Foi lá que decidi o<br />

que queria fazer – vendas! Primeiro, tentei os<br />

automóveis - Simca - e, depois, os pneus -<br />

Joaquim José Barbosa Júnior & Irmãos, Recaucutagem<br />

Triunfo (hoje Pneuvita), Morgado &<br />

Filhos <strong>Pneus</strong>, pneus e... mais pneus. No pri-<br />

22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


Antigo diretor-geral da SP <strong>Pneus</strong><br />

importantes da vida”<br />

meiro, com Franklin Barbosa, aprendi a vender.<br />

No segundo, com Miguel Freitas, o que era um<br />

pneu por dentro e por fora. No terceiro, que a<br />

amizade é das coisas mais importantes da vida.<br />

Qual o melhor momento que viveu no decorrer<br />

da sua atividade profissional?<br />

Foram vários, mas o mais marcante foi em<br />

1996, quando a SP <strong>Pneus</strong> foi nomeada como<br />

o maior distribuidor privado, da Dunlop, no<br />

mundo.<br />

E o menos agradável?<br />

Quando me anunciaram que a Dunlop ia ser<br />

vendida a uma marca concorrente.<br />

De que forma analisa a evolução do grau<br />

de profissionalismo e ética do negócio, na<br />

relação fabricante/agente?<br />

Muito mal. E pergunto: ainda existe relação<br />

fabricante/distribuidor com o agente? Antes,<br />

os agentes tinham nomes. Hoje, são apenas<br />

um número e as relações são online.<br />

Como analisa o fenómeno das deslocalizações<br />

<strong>dos</strong> centros logísticos e <strong>dos</strong> centros de<br />

poder, no plano ibérico?<br />

Nunca percebi. Os custos em Portugal eram<br />

(e são) mais baixos do que em Espanha. Acho<br />

que só estão a poupar com os diretores. Antes,<br />

havia um em cada país. Hoje, têm os chama<strong>dos</strong><br />

ibéricos.<br />

Que balanço faz da evolução <strong>dos</strong> canais de<br />

distribuição de pneus?<br />

Aposentei-me em dezembro de 2000. O que<br />

sei já é de ler e ouvir, mas sei que as lojas virtuais<br />

foram funestas para o comércio retalhista de<br />

pneus. Todavia, temos excelentes grossistas/<br />

distribuidores, que podem ombrear com os<br />

melhores da Europa.<br />

Como analisa o estado atual do comércio de<br />

pneus em Portugal e de que forma a crise<br />

global tem afetado o mercado?<br />

Aqui, temos dois tipos de situação. Por um<br />

lado, a crise global fez baixar o patamar de<br />

exigência <strong>dos</strong> portugueses. Por outro, alguns<br />

retalhistas enveredaram por uma política de<br />

salve-se quem puder, utilizando, para isso, os<br />

chama<strong>dos</strong> pneus da CEE.<br />

Qual a sua opinião em relação à venda de<br />

pneus usa<strong>dos</strong>?<br />

Sou totalmente contra. Poucos perceberam<br />

que é uma faca de dois gumes. Mas, aqui, os<br />

governos são os culpa<strong>dos</strong>, por não terem legislado.<br />

Por ignorância, claro. Quem é que de entre<br />

os políticos que nos têm governado percebe<br />

alguma coisa da matéria? A ACAP, claro que<br />

sim, mas o que é que fez?<br />

Quais os maiores desafios e ameaças para o<br />

setor do comércio de pneus na atualidade?<br />

A minha opinião é que são os fabricantes que<br />

estão a ‘enterrar’ os retalhistas, esquecendo-se<br />

que foram eles os bons parceiros do início. A<br />

primeira machadada foi permitir que as marcas<br />

de veículos estendessem a sua atividade aos<br />

pneus. Quando, em 1975, o governo decretou<br />

a sobretaxa de 30% para os pneus com menos<br />

de 70 kg - e eu disse ao Dr. Alípio Dias que, se os<br />

importadores deixassem de importar to<strong>dos</strong> os<br />

pneus que não eram fabrica<strong>dos</strong> em Portugal,<br />

de engenharia civil, trator e motocultivadores,<br />

este país pararia -, ele deu um murro na mesa<br />

e disse: “Isto aqui não é o Chile”. Ah! O que<br />

fez a ACAP? Nada, mas a mesa de grossistas<br />

de pneus conseguiu acabar com a sobretaxa.<br />

Se voltasse ao setor <strong>dos</strong> pneus, que experiências<br />

vividas noutras áreas traria para<br />

este mercado?<br />

Não tenho experiências de outros setores, a<br />

minha vida foram os pneus e tenho um enorme<br />

orgulho em ter começado como vendedor e<br />

ter chegado a diretor-geral e a administrador.<br />

Mas, sim, se voltasse, iria lutar com todas as<br />

minhas forças para fazer uma associação independente,<br />

de fabricantes, recauchutadores,<br />

importadores/distribuidores/grossistas<br />

e retalhistas.<br />

Que pessoas ou entidades gostaria de destacar?<br />

Fez bons amigos para a vida?<br />

Relativamente às entidades, destaco o facto<br />

de nas reuniões haver, por vezes, enormes diferen<strong>dos</strong><br />

entre Dunlop – Goodyear – Firestone<br />

– Pirelli – Michelin - Uniroyal. Mas, depois, íamos<br />

to<strong>dos</strong> almoçar à Mó, na Praça da Figueira. Cada<br />

um tentava arrecadar a maior fatia possível do<br />

bolo. Alguns através de “processos noturnos”,<br />

outros com viagens de incentivo às vendas.<br />

Perfil de Rodrigues de Almeida<br />

Estu<strong>dos</strong>: Curso comercial, de marketing e<br />

de técnica diferenciada de pneus<br />

Idiomas: Inglês<br />

Clube de futebol: Os Belenenses<br />

Hobbies: Ler e escrever<br />

Desporto preferido: Futebol<br />

Em jovem queria ser: Ciclista<br />

Automóvel atual: Mercedes-Benz<br />

Pneu(s) da sua vida: Dunlop SP73<br />

Oficina de confiança: C. Santos V.P.<br />

Uma cidade: Londres<br />

Um país: Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> da América<br />

Férias de verão: Brasil/Baía, República<br />

Dominicana/LaRomana e Cuba/Varadero<br />

Um livro: Mandingo<br />

Um filme: Casablanca<br />

Um género musical: Fado<br />

Prato preferido: Peixe assado<br />

Bebida preferida: Gin tónico (à inglesa)<br />

O que o faz rir: O riso <strong>dos</strong> meus netos<br />

O que mais teme na vida: Viver<br />

Qual a primeira coisa que vê numa<br />

mulher: Os olhos<br />

O melhor do seu carácter: Lealdade<br />

E o menos bom: Não conseguir aceitar a<br />

ingratidão<br />

Quanto às pessoas, chegava a haver guerra<br />

de comunica<strong>dos</strong>/circulares, mas, no fim, perdurava<br />

a amizade.<br />

José Mário Branco (RIP), Inácio Ribeiro, Ralph<br />

Bernfeld e José Veiga, só para citar alguns.<br />

Ainda hoje, continuamos amigos.<br />

Que atividades tem desenvolvido desde<br />

que abandonou o setor <strong>dos</strong> pneus?<br />

Profissionalmente, nada. Depois de aposentar-me,<br />

ainda recebi dois convites para voltar<br />

ao ativo, mas recusei ambos. Num, porque não<br />

acreditei no projeto. No outro – Lusitano Pneu<br />

- porque “só tinha chefes mas não tinha índios”.<br />

Assim, leio, escrevo, convivo com muita gente<br />

<strong>dos</strong> pneus (ouço) e tiro as minhas conclusões. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23


Notícias<br />

Mercado<br />

Bridgestone aumenta<br />

preços em toda a gama<br />

A Bridgestone Europe anunciou, no dia 1 de dezembro,<br />

a intenção de subir os preços <strong>dos</strong> seus pneus<br />

para ligeiros, comerciais, 4x4 e de motos, em cerca<br />

de 3%, e <strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong>, em 1%. Estes aumentos<br />

são um reflexo do crescente investimento em<br />

colaboradores, tecnologia e novos produtos, para<br />

todas as gamas e marcas do Grupo Bridgestone. Estes<br />

incluem o novo Bridgestone DriveGuard, o Turanza<br />

T001 Evo e o Dueler A/T001. Na Firestone, incluem-se<br />

os Roadhawk e Vanhawk 2 e, na categoria pesa<strong>dos</strong>,<br />

a apresentação da nova gama On/Off nas marcas<br />

Bridgestone e Firestone, assim como o lançamento<br />

da gama Bridgestone Nordic-Drive.<br />

Os novos preços para pneus pesa<strong>dos</strong> entraram, assim,<br />

em vigor no dia 1 de dezembro. No caso <strong>dos</strong> pneus<br />

ligeiros, comerciais, 4x4 e motos, os novos preços<br />

serão pratica<strong>dos</strong> a partir do dia 1 de janeiro de 2017.<br />

Speedline Truck com nova gama<br />

de acessórios para jantes<br />

A marca Speedline Truck é famosa pelas suas jantes de alumínio forjadas de alta<br />

qualidade para camiões, autocarros e reboques. Mas, além disso, a insígnia oferece,<br />

também, uma variedade de acessórios apropria<strong>dos</strong> para veículos utilitários.<br />

Entre estes, encontram-se porcas de haste e tampas para porcas, assim como válvulas<br />

e extensões de válvulas.<br />

Para o aftermarket de todas as jantes de alumínio, entre 17,5” e 22,5 “, a empresa<br />

apresenta uma oferta extensiva de porcas de haste. To<strong>dos</strong> os produtos estão dota<strong>dos</strong><br />

do revestimento “Delta-Protekt“, ecológico e homologado pela TÜV. No caso<br />

das jantes de 22,5”, as tampas para porcas em plástico cromado e aço especial de<br />

alta qualidade complementam a gama de acessórios.<br />

Adicionalmente, oferece uma série exclusiva de válvulas produzidas, especificamente,<br />

para jantes de alumínio de veículos utilitários. As válvulas Speedline Truck<br />

são fabricadas em latão, recebendo um acabamento especial de liga de níquel.<br />

Dispõem de uma proteção anticorrosiva adicional, dado que não há contacto<br />

entre os componentes metálicos e, também, um baixo binário de aperto para fixação<br />

e diminuição das forças no orifício da válvula. Graças à exatidão da construção,<br />

as válvulas são fáceis de montar.<br />

Vipal Borrachas tem<br />

nova gestão comercial na Europa<br />

Novas medidas<br />

<strong>dos</strong> pneus Mitas CHO<br />

A Mitas, empresa do Grupo Trelleborg, está a<br />

ampliar a sua gama de pneus Cyclic Harvesting<br />

Operation (CHO) ao apresentar novas medidas. Os<br />

pneus Mitas CHO estão desenha<strong>dos</strong> para<br />

debulhadoras, veículos de transporte<br />

de grão e implementos similares. A<br />

sua construção única utiliza tecnologia<br />

de núcleo hexagonal,<br />

cintas de aço e flancos flexíveis,<br />

que permite proteger o solo de<br />

grandes cargas com pressões<br />

menores. Os pneus Mitas CHO<br />

são os preferi<strong>dos</strong> entre os principais<br />

produtores de maquinaria<br />

agrícola.<br />

O comprometimento com a vitória é um <strong>dos</strong> valores da Vipal Borrachas, envolvendo<br />

a preocupação em atender, cada vez melhor, os seus clientes distribuí<strong>dos</strong><br />

pelo mundo. Desta forma, Frederico Schmidt, até agora na filial da Vipal nos<br />

EUA, passa a ser o novo gerente comercial da filial europeia. “Contamos com a<br />

experiência de Frederico para aprimorar o nosso trabalho no mercado externo<br />

e desejamos-lhe muito sucesso neste<br />

novo desafio, tendo em mente que é<br />

um profissional de total confiança e<br />

altamente capacitado para tal”, destaca<br />

Leandro Rigon, diretor de Negócios<br />

Internacionais da Vipal Borrachas.Na<br />

Vipal há 15 anos, Schmidt iniciou a sua<br />

carreira na sede da empresa, localizada<br />

no Brasil, tendo sido, de seguida,<br />

transferido para os EUA. Com formação<br />

em Química Industrial, durante 11<br />

anos foi responsável pelos merca<strong>dos</strong><br />

norte-americano e Caribe, onde exerceu<br />

funções de coordenador técnico<br />

e, posteriormente, de gerente comercial<br />

da região.<br />

24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


DISTRIBUIÇÃO de PNEUS<br />

APORTAMOS VALOR ACRESCENTADO À DISTRIBUIÇÃO<br />

Porque queremos ser o seu parceiro de negócio. Porque queremos construir relações a longo prazo.<br />

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rentabilidade da sua empresa, comprometemo-nos a assegurar de forma permanente<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 25


Notícias<br />

Guia Michelin<br />

Espanha & Portugal 2017<br />

Personalidade, criatividade e inegável talento nos fogões! A gastronomia<br />

de Espanha e Portugal está no auge, o que se traduz<br />

numa seleção com nove restaurantes de três estrelas, 28 de duas<br />

estrelas e 166 na categoria de uma estrela. Nesta edição, assistimos<br />

ao nascimento de um Guia Michelin mais visual, mais intuitivo, mais<br />

moderno… e, sobretudo, mais gastronómico do que nunca, pois<br />

agora são os restaurantes os protagonistas. O Guia Michelin Espanha<br />

& Portugal 2017 apresenta uma seleção de estabelecimentos com a<br />

cozinha de melhor qualidade avaliada em ambos os países, que são<br />

classifica<strong>dos</strong> com as conhecidas “estrelas da boa mesa”.<br />

Na secção de duas estrelas, encontramos dois chefes merecedores da<br />

distinção: Benoît Sinthon, à frente do Il Gallo d’Oro, e Ricardo Costa,<br />

no The Yeatman, destacando-se o primeiro pelas incríveis notas de<br />

autor que proporciona à cozinha clássica e internacional, e o segundo<br />

pela sua personalidade criativa, sempre construída com umas magníficas<br />

abordagens.<br />

Na categoria de uma estrela, com 166 estabelecimentos, é onde descobrimos<br />

mais novidades, concretamente 15 em Espanha e sete em<br />

Portugal. Relativamente a Portugal, o aumento de restaurantes reconheci<strong>dos</strong><br />

com esta distinção também foi excecional, pois passou-se<br />

de uma novidade em 2016 ao incrível número de sete nesta última, o<br />

que, por si só, diz muito de como está a crescer o nível gastronómico<br />

no nosso país e o apoio que este setor está a sentir pela maior parte<br />

da população. Os novos estabelecimentos distingui<strong>dos</strong> são: Casa de<br />

Chá da Boa Nova em Leça da Palmeira, com o Atlântico e os seus produtos<br />

como inequívocos protagonistas; os restaurantes Alma e Loco<br />

em Lisboa, que, graças à sua criatividade e savoir-faire, deram novos<br />

brios à gastronomia da capital; os elegantes restaurantes William (Madeira/Funchal);<br />

L’And Vineyards (Montemor-o-Novo); Antiqvvm (Porto);<br />

Lab by Sergi Arola, em Sintra, restaurante de carácter intimista<br />

que emana personalidade e sofisticação.<br />

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26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


Pirelli fornece pneus à Polícia Municipal espanhola até 2018<br />

A Pirelli venceu o concurso público de fornecimento e montagem de pneus para a polícia<br />

municipal espanhola, nos exercícios de 2017 e 2018.O compromisso assegura a cobertura de<br />

mais de 10 mil veículos do corpo desta autoridade. Depois do primeiro acordo assinado em<br />

2015, os pneus Pirelli continuaram a somar quilómetros monta<strong>dos</strong> nos ligeiros, todo-o-terreno,<br />

motos, camiões e furgões que são propriedade da Polícia Municipal.Este compromisso inclui<br />

ainda o serviço de montagem <strong>dos</strong> pneus. Para isso, a Pirelli colocou à disposição da polícia<br />

nacional a rede de oficinas da Driver Center em Espanha, que conta com 170 pontos reparti<strong>dos</strong><br />

por toda a geografia nacional. O acordo reforça a confiança da Polícia Municipal espanhola na<br />

Pirelli, uma marca comprometida em oferecer produtos de máxima qualidade e que garantam<br />

o melhor rendimento durante um número de quilómetros superior.<br />

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<strong>Revista</strong> Time nomeia Goodyear<br />

com uma das invenções do ano<br />

Em cada ano, os editores de tecnologia<br />

da revista Time elaboram uma lista com<br />

as “melhores invenções que contribuíram<br />

para tornar o mundo melhor, mais inteligente<br />

e, em alguns casos, um pouco mais<br />

divertido”. A lista deste ano contém 25 invenções,<br />

incluindo o pneu Eagle-360 da<br />

Goodyear e outras criações, como um capacete<br />

de realidade virtual, sapatos que<br />

se apertam sozinhos, um telhado solar<br />

resultado da colaboração entre a Tesla e<br />

a SolarCity e o veículo elétrico Chevrolet<br />

Bolt. “A redução gradual da interação e intervenção<br />

do condutor nos veículos autónomos<br />

aumenta a importância <strong>dos</strong> pneus<br />

como principal elo de ligação à estrada”,<br />

refere Joe Zekoski, diretor técnico da Goodyear.<br />

“Os protótipos da Goodyear desempenham<br />

uma função dual no futuro, quer<br />

como plataformas criativas para superar os<br />

limites <strong>dos</strong> projetos, quer como bancos de<br />

ensaios para as tecnologias de nova geração”,<br />

acrescenta.O Eagle-360 da Goodyear<br />

consiste num protótipo, de forma esférica,<br />

que proporciona aos veículos autónomos<br />

máxima capacidade de manobra, conectividade<br />

e biomimetismo para aumentar a<br />

segurança.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 27


Notícias<br />

Dunlop lança SportSmart2 Max<br />

A Dunlop anunciou o lançamento do seu último pneu<br />

para a gama Hypersport. Desenvolvido para melhorar, não<br />

só, o rendimento em estrada mas, também, a capacidade<br />

nos circuitos, o novo Dunlop SportSmart2 Max combina<br />

as aprendizagens obtidas no programa de provas do<br />

Campeonato do Mundo de Endurance com a<br />

experiência no desenvolvimento do revolucionário<br />

pneu RoadSmart III da gama<br />

Sport Touring. Fazendo uso <strong>dos</strong> bons<br />

resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> com este pneu, a<br />

Dunlop reconstruiu, radicalmente,<br />

o pneu dianteiro, com o objetivo<br />

de conseguir um rendimento constante<br />

com tempo de aquecimento<br />

reduzido.Esta construção reduz a<br />

deformação do pneu, causada pelas<br />

forças centrífugas a alta velocidade,<br />

especialmente em ângulos de inclinação,<br />

e demonstrou melhorar a durabilidade<br />

<strong>dos</strong> pneus dianteiros em 25%.<br />

Para melhorar o rendimento em piso molhado<br />

sem afetar a aderência em seco, a Dunlop desenvolveu um<br />

composto inovador, capaz de expandir a zona de contacto<br />

para proporcionar a máxima aderência em condições de<br />

piso molhado e baixas temperaturas. Comparado com o<br />

seu antecessor, a aderência em piso molhado melhorou 4%.<br />

Tuga_meiapagina.pdf 1 05/12/16 19:32<br />

Continental tem novo diretor<br />

de marketing em Portugal<br />

Licenciado em Marketing e Publicidade, com um MBA em Gestão de Empresas,<br />

Marco Silva é o novo diretor de marketing da Continental em Portugal.<br />

Conta com uma experiência de mais de 15 anos no setor automóvel,<br />

tendo passado pela Salvador Caetano e por diferentes empresas do Grupo<br />

Nors. Marco Silva iniciou o seu percurso profissional como gestor de produto<br />

Toyota na Salvador Caetano, passando para gestor de marketing pós-venda<br />

na Volvo Truck & Buses, no ano de 2005. Em 2011, na AS Parts (Grupo Nors),<br />

liderou a implementação da rede de oficinas TOPCAR, assumindo, em 2015, a<br />

função de gestor de importador do pós-venda da Renault Trucks e da Galius<br />

Veículos, também no Grupo Nors. Pedro Teixeira, diretor-geral da Continental<br />

<strong>Pneus</strong> Portugal, destaca a experiência e o know-how no setor do novo diretor<br />

de marketing, fundamental para enfrentar os desafios que o mercado coloca.<br />

“No contexto extremamente desafiante em que o setor e o mercado se encontram,<br />

a direção de marketing é estratégica no interior da organização,<br />

tendo em vista os objetivos defini<strong>dos</strong> para Portugal”, referiu.<br />

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28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


Heft 12/2015<br />

Im Test: 52 Reifen<br />

10 Sommerreifen – 195/65 R 15<br />

02/2016<br />

DESLOCA-TE<br />

COM ESTILO<br />

2015<br />

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Getestete Reifengröße<br />

185/60 R 15 84H<br />

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Vencedor<br />

do teste<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 29


Notícias<br />

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Goodyear lança divisão de negócio<br />

para gestão de frotas<br />

Máquina desmontar S45GP, agora com<br />

NOVA unha patenteada EXCLUSIVA SICE<br />

NEW!<br />

A Goodyear anunciou o lançamento de uma nova divisão de<br />

negócio para a Europa, denominada Goodyear Proactive Solutions,<br />

que oferece um conjunto de soluções para gestão de operações de<br />

frotas de veículos, com telemática avançada e tecnologia analítica<br />

preditiva. A Proactive Solutions dá às frotas ferramentas para monitorizarem<br />

os seus veículos e pneus em tempo real, permitindo-<br />

-lhes uma vantagem competitiva, ao mesmo tempo que ajuda a<br />

aumentar a rentabilidade.<br />

A nova divisão de negócio da Goodyear oferece dois tipos de serviços<br />

para permitir uma mobilidade inteligente, segura e sustentável.<br />

A saber:<strong>Pneus</strong> Proactive (oferece uma ampla gama de serviços,<br />

incluindo monitorização de pressão <strong>dos</strong> pneus, temperatura e<br />

profundidade do piso. Estas soluções, completamente automatizadas<br />

e conectadas, permitem às frotas maximizar o desempenho<br />

<strong>dos</strong> pneus e agendar a manutenção de forma proativa); Frotas<br />

Proactive, que inclui duas opções (“Driver Behaviour” e “Track &<br />

Trace””, que ajudam as frotas a reduzir o consumo de combustível e<br />

tempo de viagem, ao mesmo tempo que aumentam a segurança).<br />

Braço com deslocameno lateral<br />

- Economia de espaço<br />

Motor inverter<br />

Abertura do prato passo a passo<br />

ou contínua de 11-25´´<br />

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Dunlop renovou site para motos<br />

O mercado das motos está mais diversificado do que nunca.<br />

Das Scooters às Superbikes, das Custom ao Motocross, a variedade<br />

de motos à disposição complica muito a tarefa de escolher<br />

o pneu mais adequado. Para resolver este problema, a Dunlop<br />

concebeu um novo site, que inclui várias características inovadoras,<br />

que permitem aos motociclistas dispor de um aconselhamento<br />

especializado em pouco tempo.<br />

O novo site de moto, disponível em www.dunlop.pt, já está ativo<br />

e apresenta uma nova abordagem no sentido de ajudar os motociclistas<br />

a escolherem entre 700 pneus Dunlop de diferentes<br />

tamanhos e modelos.<br />

Neste novo espaço cibernauta, os utilizadores podem tirar partido<br />

<strong>dos</strong> filtros avança<strong>dos</strong>, que lhes permitem encontrar o pneu que<br />

melhor se adapta às suas necessidades de forma rápida e fácil. A<br />

pesquisa pode ser feita através de três filtros: tamanho do pneu,<br />

tipo de moto ou estilo de condução.<br />

30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


Importador Oficial<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 31


Notícias<br />

António Félix da Costa<br />

elogia pneus Pirelli<br />

A Pirelli não poderia ter tido melhor estreia no<br />

Grande Prémio de Macau, a prova mais prestigiada<br />

do calendário internacional de Fórmula 3, que<br />

decorreu no circuito urbano da Guia com a vitória<br />

de António Félix da Costa. O piloto luso, que<br />

logrou a sua segunda vitória na prova, elogiou<br />

o rendimento <strong>dos</strong> pneus Pirelli P Zero DM que<br />

se estrearam na competição. Tanto o vencedor<br />

como os restantes 28 inscritos nesta importante<br />

prova do automobilismo internacional, estiveram<br />

equipa<strong>dos</strong> com pneus P Zero DM, uma referência<br />

nas categorias inferiores de monolugares. A Pirelli<br />

apenas formalizou o acordo como fornecedor<br />

exclusivo sete semanas antes, o que obrigou à<br />

realização de um trabalho contra o tempo e muito<br />

intenso, pelas particularidades do circuito.No<br />

final da prova, as palavras de Félix da Costa atestaram<br />

o excelente trabalho realizado: “Os pneus são<br />

realmente bons. Mas acrescentam mais um desafio<br />

a Macau, já que têm um pico de rendimento<br />

mais elevado quando são novos e degradam-se<br />

pouco. O que contribui para melhorar o espetáculo<br />

em pista, o que é preciso em competições<br />

deste género”.<br />

Goodyear apresentou<br />

FUELMAX T “High Load”<br />

Goodyear apresentou uma versão “High Load” da sua gama de pneus de atrelado<br />

de baixo consumo para camiões, FUELMAX T, com o nível “A” da etiqueta<br />

A<br />

da União Europeia referente a eficiência de combustível. O novo pneu Goodyear<br />

FUELMAX T HL 385/65R22.5 foi concebido para cargas por eixo, que podem chegar<br />

até 10 toneladas, satisfazendo a crescente procura destes pneus dado o aumento do<br />

número de países europeus que aceitam pesos mais eleva<strong>dos</strong> nos veículos.Quase<br />

80% <strong>dos</strong> países europeus alargaram as regulamentações que permitem cargas<br />

por eixo superiores às atuais 40 toneladas em veículos articula<strong>dos</strong> de cinco eixos.<br />

São já 32 os países europeus que autorizam pesos totais acima das 44 toneladas.<br />

O novo pneu da Goodyear foi desenvolvido para satisfazer a procura por parte<br />

<strong>dos</strong> operadores de frotas de pneus de atrelado de elevada carga, que possibilitem<br />

pesos totais acima das 40 toneladas.<br />

Bridgestone escolhida<br />

para equipar SUV da Maserati<br />

Maserati escolheu a Bridgestone para equipar o novo Levante, o primeiro SUV<br />

A da marca italiana. O SUV de tração integral começou a ser distribuído a partir<br />

da unidade fabril de Miraflori, perto de Turim, em maio de 2016, equipado com<br />

pneus Bridgestone Dueler H/P Sport, na medida 255/60 R18 108W. A Bridgestone<br />

desenvolveu o pneu Dueler H/P Sport especificamente a pensar nos SUV de elevado<br />

desempenho. Com um design de piso inspirado no padrão do pneu desportivo<br />

Potenza, a Bridgestone possibilita aos condutores a resposta a uma direção de<br />

alto nível, controlo em piso molhado e um conforto expectável apenas nos mais<br />

luxuosos SUV. Os pneus contarão com a marca “MGT”, que indicam a aprovação da<br />

Maserati para equipamento original <strong>dos</strong> seus veículos. O contrato da Bridgestone<br />

com o Levante dá continuidade a uma relação histórica do grupo com a Maserati,<br />

que começou com o desenvolvimento inovador de um pneu de 18” com tecnologia<br />

Run Flat (RFT) para o Maserati Quattroporte V, no início do ano 2000.<br />

32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


Frotanimar é a nova casa de pneus em Loures<br />

Loja Pneucity123.com prepara inverno<br />

A época de chuvas não apanhará desprevenida a Pneucity123.<br />

com. A loja online, exclusiva da Delticom AG, acaba de incluir<br />

novos pneus de inverno, passando a cobrir, deste modo, todas as<br />

estações do ano, através das marcas exclusivas Viking, Nankang e<br />

Goodride. “Tanto a nível de pneus de inverno como de pneus para<br />

todas as estações – com as marcas exclusivas da Pneucity123.com,<br />

nomeadamente, Viking, Goodride, Nankang, ou, também, com<br />

os pneus de topo de gama - oferece-se aos comerciantes claras<br />

perspetivas de venda e margens de lucro apelativas”, adianta<br />

Andreas Faulstich, gerente B2B da loja online germânica. “Nestes<br />

modelos, combina-se boa qualidade com bons preços. Por isso,<br />

são uma excelente opção para clientes exigentes e atentos aos<br />

preços”, sublinha. A Pneucity123.com dispõe de novas funções<br />

que facilitam a compra aos clientes comerciantes. Entre as novidades,<br />

destaque para as opções de pesquisa por matchcode ou<br />

por intermédio do modelo do automóvel de passageiros. Além<br />

disso, todas as avaliações <strong>dos</strong> clientes da plataforma de teste<br />

de pneus da Delticom, a Testedepneus.com, passam, agora, a<br />

estar, também, disponíveis nas respetivas páginas de produtos<br />

da Pneucity123.com. Uma ajuda adicional no aconselhamento<br />

aos clientes na decisão da compra.<br />

Situada em Loures, mais precisamente na Rua Alfredo Caldeira, 24B,<br />

Pintéus, a Frotanimar surge no mercado aliando qualidade superior a<br />

preços competitivos. Tendo como lema “Confiança, Qualidade, Segurança”,<br />

a Frotanimar, Lda. é a nova casa de pneus do concelho de Loures.<br />

Comercializa pneus novos e seminovos de qualquer marca e medida,<br />

a um preço bastante acessível. Devido aos contactos estabeleci<strong>dos</strong> ao<br />

longo de uma carreira com mais de 15 anos de experiência, o diretor<br />

da empresa consegue praticar os preços mais baixos do concelho de<br />

Loures. Ao colocar a segurança<br />

<strong>dos</strong> clientes e a qualidade <strong>dos</strong><br />

produtos no topo das prioridades,<br />

a Frotanimar, Lda. pretende<br />

ser o espelho da confiança<br />

no comércio de pneus.<br />

Eusébio Bettencourt, diretor<br />

da Frotanimar, Lda., revelou à<br />

<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> que, ao longo<br />

da última década, se tem<br />

dedicado, exclusivamente, ao<br />

networking nesta indústria,<br />

bem como ao comércio de pneus. “Alcancei muitos objetivos. Inclusive<br />

abri uma casa na ilha Graciosa, Açores, que é a minha terra-natal. Mas,<br />

com esta nova casa, em Pintéus, Loures, espero dar a conhecer o meu<br />

profissionalismo e expandir o meu negócio”, afirma o responsável.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 33


Notícias<br />

Altaroda fez roadshow no<br />

Kartódromo da Batalha<br />

Foi nos passa<strong>dos</strong> dias 12 e 13 de novembro<br />

que a Altaroda levou a cabo mais um<br />

evento. Num ambiente aberto ao convívio e<br />

que incluiu uma corrida de kart, o roadshow<br />

da Altaroda levou cerca de 200 pessoas<br />

ao Kartódromo da Batalha – Euroindy. Na<br />

ocasião, a Altaroda apresentou vários equipamentos,<br />

com técnicos especializa<strong>dos</strong>, nomeadamente<br />

do fabricante Mondolfo Ferro,<br />

que surpreenderam os vários convida<strong>dos</strong><br />

com o manuseamento das máquinas. Na<br />

corrida, o primeiro lugar foi para a J. Vilar<br />

<strong>Pneus</strong>, Lda. (Amadora), que ganhou uma<br />

máquina de impacto. Em segundo lugar,<br />

terminou a Vítor Padeiro Neto (Santiago <strong>dos</strong><br />

Velhos), que ganhou uma lanterna de 25<br />

LED. O terceiro posto coube à Carfiga (Rio<br />

de Mouro), que teve direito a uma lanterna<br />

de bolso. A Altaroda agradece a to<strong>dos</strong> os<br />

participantes, colaboradores, parceiros,<br />

amigos e a toda a equipa envolvente, que<br />

proporcionou um evento de sucesso e memorável<br />

para to<strong>dos</strong>.<br />

BKT apresentou leque de novidades<br />

no Salão EIMA<br />

Na edição de 2016 do Salão EIMA, que<br />

se realizou de 9 a 13 de novembro, em<br />

Bolonha, Itália, a BKT apresentou o seu pneu<br />

topo de gama, mas também outros produtos<br />

do seu leque de opções.<br />

Aqui fica o rol de novidades:<br />

Agrimax Force: Graças à tecnologia “IF”,<br />

revisitada pela BKT, este pneu dispõe de<br />

maior capacidade de carga com pressões<br />

de enchimento inferiores quando compara<strong>dos</strong><br />

com os padrões de medida igual,<br />

com total vantagem para o terreno, que<br />

sofre uma compactação consideravelmente<br />

inferior. Além disso, na passagem entre<br />

a utilização em estrada e no campo, o Agrimax<br />

Force permite rolar até aos 65 km/h<br />

sem mudar a pressão de enchimento.<br />

Agrimax Sirio: Para tratores de altas prestações,<br />

este pneu foi devidamente estudado<br />

para ser utilizado com reboques e cargas<br />

pesadas. Apesar das altas velocidades<br />

que pode alcançar (até 70 km/h, mesmo<br />

com cargas elevadas) e com índice de velocidade<br />

E, mostra-se muito respeitador<br />

do ambiente, graças à resistência reduzida<br />

ao rolamento, que ajuda a poupar combustível<br />

e a poluir menos.<br />

Agrimax Spargo: Permite uma maior capacidade<br />

de carga quando comparado<br />

com um pneu padrão da mesma medida<br />

e com o mesmo enchimento, graças à tecnologia<br />

VF reinterpretada pela BKT.<br />

Agrimax RT 600: É o pneu ideal pela sua<br />

grande capacidade de flutuação, elevada<br />

capacidade de carga, excelente estabilidade<br />

e ótima tração.<br />

Multimax MP 522: É um pneu radial com<br />

talão reforçado e cintos de aço, que garante<br />

uma excelente adesão, uma ótima resistência<br />

às perfurações, uma extraordinária<br />

capacidade de carga e uma grande estabilidade,<br />

dotes essenciais nas operações de<br />

escavação e carregamento.<br />

Con Star: Dispõe de grande estabilidade<br />

vertical e lateral, bem como qualidade<br />

precisa para as operações de levantamento.<br />

As barras amplas aumentam a área de<br />

contacto e permitem ao pneu aguentar<br />

cargas elevadas. O seu composto de borracha<br />

especial reduz os riscos de cortes.<br />

Uniroyal alarga gama<br />

de pneus para pesa<strong>dos</strong><br />

Uniroyal anunciou o aumento da sua gama de pneus para camiões e autocarros. To<strong>dos</strong><br />

A os eixos foram contempla<strong>dos</strong> com as novas medidas e passam a estar disponíveis para<br />

os eixos de direção, tração e reboque. Os pneus FH 40 e DH 40 para eixos de direção e tração<br />

vão ser agora comercializa<strong>dos</strong> nas medidas 315/70 R 22.5, ao passo que os pneus para eixo<br />

de reboque (TH 40), estão a ser vendi<strong>dos</strong> nas medidas 385/55 R 22.5 e 385/65 R 22.5. Foca<strong>dos</strong><br />

no transporte regional e de longo curso, proporcionam uma maior quilometragem, melhor<br />

manobrabilidade e mais tração, tanto em piso seco como em piso molhado.Tal é obtido a partir<br />

do desenho do piso, que se adequa à tradição da marca. Estas prestações garantem ao FH 40<br />

a classificação B na etiqueta europeia, bem como a marca M+S. O DH 40 acrescenta o símbolo<br />

3PMSF graças às suas lamelas especiais.<br />

34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


Continental desvenda<br />

PremiumContact 6<br />

Com o novo PremiumContact 6, a Continental<br />

conseguiu preencher a lacuna existente entre<br />

um pneu de conforto e um pneu desportivo.<br />

Isto só foi possível graças ao desenvolvimento<br />

de novas soluções para segurança máxima,<br />

altos níveis de conforto e um design desportivo<br />

que garante um desempenho superior.<br />

Tal como os seus antecessores, ContiSport-<br />

Contact 5 e ContiPremiumContact 5, o novo<br />

PremiumContact 6 oferece performance de<br />

topo em travagem, especialmente em<br />

piso molhado.<br />

Os especialistas da Continental<br />

no desenvolvimento de<br />

compostos apresentaram<br />

uma solução que assegura<br />

melhorias significativas<br />

noutros parâmetros sem<br />

comprometer a garantia de<br />

elevada segurança do pneu.<br />

A inovação inclui um novo<br />

composto de sílica, especialmente indicado<br />

para pequenas distâncias de travagem em<br />

piso molhado, para todo o segmento de veículos.<br />

Na etiqueta de pneus da UE, o novo PremiumContact<br />

6 alcançou a classificação “A” na<br />

aderência em piso molhado. Este novo pneu<br />

da Continental reúne, num único produto,<br />

conforto, uma resposta precisa da direção,<br />

máxima segurança e boas características ambientais.<br />

Para tal, os engenheiros responsáveis<br />

pelo desenvolvimento<br />

criaram novos compostos,<br />

um design inovador que<br />

também é usado no SportContact<br />

6 e um padrão<br />

do piso que proporciona<br />

uma condução confortável.<br />

O resultado deu origem<br />

a um produto que, em<br />

comparação com o modelo<br />

antecessor, proporciona melhorias na ordem<br />

<strong>dos</strong> 15% no desempenho em termos de manobras,<br />

resistência ao rolamento, quilometragem<br />

e conforto, ao mesmo tempo que o ruído<br />

interior e exterior diminuiu cerca de 10%.A<br />

partir do início do novo ano, o PremiumContact<br />

6 estará disponível em várias dimensões.<br />

Com este novo pneu de verão, a Continental<br />

preenche, com sucesso, a lacuna existente entre<br />

os veículos de gama média e os SUV com<br />

elevado conforto na condução.<br />

O novo PremiumContact 6, o segundo produto<br />

da marca alemã a deixar cair o prefixo “Conti”<br />

antes da designação do modelo do pneu<br />

(o primeiro a estrear esta nova nomenclatura<br />

foi o SportContact 6), será fabricado em 70 dimensões,<br />

para jantes de 16” a 21”.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 35


Notícias<br />

First Stop abriu nova<br />

loja no centro de Lisboa<br />

Goodyear apresenta EfficientGrip Cargo<br />

Goodyear, um <strong>dos</strong> maiores fabricantes<br />

A mundiais de pneus, anunciou o lançamento<br />

do pneu EfficientGrip Cargo nos merca<strong>dos</strong> da<br />

Europa, Médio Oriente e África (EMEA). Tendo<br />

em conta a importância crescente da economia<br />

de combustível e a necessidade de maior quilometragem<br />

para condutores e frotas, a Goodyear<br />

apresentou um pneu para comerciais ligeiros<br />

que satisfaz estas exigências, graças ao seu novo<br />

composto de sílica e à melhoria no desgaste do<br />

piso. Para proporcionar maior quilometragem,<br />

o EfficientGrip Cargo recorre a duas inovações.<br />

Por um lado, a introdução de um novo composto<br />

de sílica no piso, que aumenta a resistência do<br />

pneu ao desgaste e otimiza a aderência em caso<br />

de pavimento molhado. Por outro lado, o padrão<br />

de piso reformulado melhora a rigidez do pneu<br />

e distribui a pressão mais uniforme para colocar<br />

mais borracha na estrada. Com estas inovações,<br />

o pneu permite percorrer até 10.000 km a mais.<br />

Utilizando um composto de base mais rígido e<br />

criando uma espécie de almofada fria, o pneu<br />

produz menos calor do que o seu antecessor,<br />

o que origina uma resistência ao rolamento<br />

18% inferior. As temperaturas mais baixas e a<br />

construção otimizada melhoram a resistência<br />

do pneu ao rolamento até 18% em comparação<br />

com o seu antecessor.<br />

A rede de oficinas First Stop, da Bridgestone,<br />

abriu a T&A Drive, uma nova<br />

oficina no centro de Lisboa, localizada<br />

na Rua de Dona Estefânia. Este novo<br />

espaço vem reforçar a oferta <strong>dos</strong> serviços<br />

que a rede First Stop preconiza<br />

nesta região, nomeadamente pneus,<br />

revisão oficial sem perder a garantia<br />

do fabricante e serviços rápi<strong>dos</strong>, entre<br />

outros. A aposta na abertura de novos<br />

postos na capital é fundamental para<br />

o plano de expansão que a rede tem<br />

prevista para o território nacional.<br />

Para Mário Mendes, coordenador<br />

da rede First Stop em Portugal, “esta<br />

abertura é mais uma demonstração<br />

de que o ‘pacote’ que a First Stop<br />

oferece aos seus agentes é bastante<br />

atrativo e completo, o que lhes permite<br />

sentirem-se apoia<strong>dos</strong> dentro de um<br />

mercado cada vez mais competitivo”.<br />

Michelin Power RS<br />

estará à venda em janeiro<br />

novo pneu para motos sport de estrada, Michelin Power RS,<br />

O foi apresentado durante a celebração do Grande Prémio da<br />

Austrália de Motociclismo, como mostra da sua importância. Esta<br />

nova gama vai estar à venda a partir de janeiro de 2017. Aderência<br />

em piso seco, manobrabilidade, estabilidade e um comportamento<br />

de topo fazem do Michelin Power RS a nova referência para motos<br />

desportivas de estrada destinada aos motociclistas mais exigentes.<br />

Para reunir tantas performances num único pneu, a Michelin<br />

emprega todo o seu savoir-faire, os conhecimentos obti<strong>dos</strong> em<br />

competição e a diversidade das suas fontes de inovação. Os novos<br />

compostos de borracha, alguns deles deriva<strong>dos</strong> da competição,<br />

bem como a sua nova carcaça, permitem obter sensações e um<br />

nível de aderência em piso seco incomparáveis. O pneu traseiro<br />

renova-se com uma carcaça patenteada que beneficia da tecnologia<br />

Michelin ACT+, que garante uma estabilidade irrepreensível, tanto<br />

em curva como em reta.<br />

36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


o seu parceiro em Portugal<br />

Especialistas 4X4<br />

Especialistas motocicleta<br />

Comercial: António Grilo 913 65 44 62<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 37


Notícias<br />

Goodyear Portugal<br />

premeia condutor com viagem única<br />

No verão passado, a Goodyear Portugal lançou o desafio aos clientes<br />

para estes trocarem de pneus antes de viajarem, para que pudessem<br />

desfrutar das suas férias da melhor forma, sem terem de preocupar-se com<br />

o desgaste <strong>dos</strong> pneus do seu veículo. To<strong>dos</strong> os condutores que adquiriram<br />

pneus Goodyear nas oficinas aderentes, de 24 de junho a 31 de julho, e<br />

mostraram que conseguiram facilmente mudar e montar os pneus da<br />

marca, tiveram a oportunidade de ganhar prémios únicos. Depois de adquirirem<br />

os pneus, os clientes foram desafia<strong>dos</strong> a tentar mudar dois pneus<br />

de jantes de 16” ou superiores. Com isso, ganharam, automaticamente,<br />

uns óculos de sol exclusivos ou um smartwatch. Além destes prémios,<br />

os clientes Goodyear tiveram ainda a possibilidade de participar num<br />

concurso mais alargado, com o objetivo de ganhar uma viagem. Para<br />

tal, só necessitavam de ir ao site www.<br />

goodyear.pt e fazer upload da sua fatura de compra<br />

e de uma fotografia do seu destino ideal de férias, com base<br />

na filosofia #MadetoFeelGood de Goodyear. Manuela Freitas<br />

foi a vencedora deste concurso, ao submeter uma fotografia,<br />

acompanhada de uma rima, onde mostra a importância <strong>dos</strong><br />

pneus Goodyear para as suas férias de verão. Manuela Freitas<br />

vai agora poder desfrutar de uma viagem única.<br />

Iberequipe representa em<br />

exclusivo Bartec Auto ID<br />

A Iberequipe comercializa, em exclusivo<br />

para o mercado português, a<br />

marca Bartec Auto ID, especialista em<br />

sistemas de diagnóstico TPMS (Tyre<br />

Pressure Monitoring System) para o aftermarket,<br />

nomeadamente para oficinas<br />

especializadas em pneus e, também,<br />

para fabricantes de veículos. Com esta<br />

nova representação da Bartec, os clientes<br />

passam a contar com um excelente<br />

produto de diagnóstico TPMS com cobertura<br />

abrangente para todas as principais<br />

marcas de sensores universais OE<br />

e programáveis.Para mais informações,<br />

pode ser visitado o site www.iberequipe.<br />

com ou ser contactada a empresa pelo<br />

telefone 212 940 793.<br />

Nex_quarto.pdf 1 29/11/16 12:15<br />

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A Nex Tyres, importante empresa multinacional<br />

grossista de pneus recruta para o desenvolvimento<br />

da sua actividade em Portugal<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

COMERCIAL SECTOR PNEUS (M/F)<br />

Reportando ao director da área, terá como principais responsabilidades:<br />

Fazer a prospeção comercial da zona atribuída para aumentar a carteira de clientes<br />

e atingir os objectivos preconiza<strong>dos</strong>.<br />

Gerir comercialmente de forma integral a área atribuída: gestão da conta,<br />

cobranças, incidências comerciais e logísticas, etc.<br />

Analisar e conhecer a concorrência, propor as acções comerciais e estratégias que<br />

permitam atingir os objectivos delinea<strong>dos</strong>.<br />

Pretende-se:<br />

Experiência mínima de 3 anos em posição semelhante.<br />

Conhecimento técnico do produto, tanto em pneus ligeiros como pesa<strong>dos</strong> e<br />

agro-industrial (este dois últimos como factor preferencial).<br />

Conhecimentos de informática na óptica do utilizador, principalmente em<br />

ambiente Microsoft Office.<br />

Empatia comercial, boas capacidades de comunicação e capacidade negocial.<br />

Pessoa com excelente apresentação e postura, activa e autónoma, habituada a<br />

trabalhar em equipa.<br />

Residência na zona centro do país (factor preferencial)<br />

Oferece-se:<br />

Entrada imediata num projecto de referência no mercado<br />

Integração numa equipa de profissionais altamente qualifica<strong>dos</strong>.<br />

Interessante pack remuneratório<br />

Se cumpre com os requisitos menciona<strong>dos</strong>, envie o seu CV<br />

actualizado e detalhado para amachado@nextyres.pt<br />

Mitas participou na EIMA<br />

com várias novidades<br />

Na feira EIMA, a Mitas, empresa que pertence ao Grupo Trelleborg,<br />

mostrou os produtos mais destaca<strong>dos</strong> da sua gama agrícola,<br />

incluindo pneus flutuantes Agriterra, pneus VF HC 2000 para tratores<br />

de elevada potência e pneus para utilização municipal. Uma das<br />

principais vantagens <strong>dos</strong> pneus de flutuação Agriterra reside no seu<br />

menor custo operacional, com um impacto positivo no consumo de<br />

combustível. As novas cintas de aço asseguram capacidades de carga<br />

superiores, estabilidade a velocidades acima <strong>dos</strong> 30 km/h e uma<br />

resistência aos furos superior. A banda de rolamento do pneu apresenta<br />

sulcos largos, melhorando a função de autolimpeza. Graças<br />

ao desenho do piso, o pneus de flutuação Mitas tem mais 11% de<br />

borracha no chão.Também na EIMA, a Mitas apresentou uma nova<br />

aplicação móvel para dispositivos Android e iOS, bem como para<br />

Windows. A nova aplicação vai permitir aos agricultores encontrar<br />

facilmente a pressão correta para os seus pneus, de forma a conseguirem<br />

os melhores resulta<strong>dos</strong> no campo e na estrada.<br />

38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


Trelleborg tem nova app<br />

de realidade virtual<br />

A Trelleborg lançou uma nova aplicação de realidade<br />

virtual relacionada com os seus pneus agrícolas<br />

mais importantes. A nova aplicação funciona<br />

em sistemas operativos iOS e Android, a partir de<br />

inovadores auriculares de realidade virtual.Com<br />

vídeos de 360º desenvolvi<strong>dos</strong> com a ajuda <strong>dos</strong> principais<br />

fabricantes de tratores, Massey Fergunson e<br />

CLAAS, a aplicação, que se chama “Realidad-V”, vai<br />

permitir aos profissionais agrícolas uma experiência<br />

visual única, bem como ver as melhores soluções<br />

de pneus agrícolas Trelleborg em ação como nunca<br />

se viu antes. Os utilizadores vão poder visualizar no<br />

seu smartphone o conteúdo VR através do Google<br />

Carboard ou outros capacetes de realidade virtual<br />

compatíveis em 3D ou 2D com um único dispositivo<br />

em mãos. A app vai estar disponível para<br />

ser descarregada no Google Play ou na App Store.<br />

ContiService promoveu<br />

primeira Convenção da rede<br />

Durante três dias, a rede ContiService<br />

reuniu 24 agentes agentes em Baião,<br />

para a primeira convenção ContiService.<br />

Sob o slogan “Juntos, somos mais fortes”,<br />

o plano de trabalhos passou por temas<br />

como o balanço de 2016, o plano estratégico<br />

de crescimento e expectativas para<br />

os próximos anos, a evolução do mercado<br />

e do modelo de negócio, entre outros. A<br />

estratégia para o futuro da rede passa por<br />

manter um forte dinamismo na área da<br />

comunicação, pelo reforço e diversificação<br />

<strong>dos</strong> serviços presta<strong>dos</strong>, pelo estreitamento<br />

de relações entre os consultores e os parceiros<br />

e a Continental, pela continuidade<br />

na aposta nas formações técnica e humana.Cerca<br />

de 18 meses depois da sua<br />

chegada ao mercado, a rede ContiService<br />

continua o seu processo de expansão e<br />

crescimento, contando, atualmente, com<br />

29 agentes – members e partners - estrategicamente<br />

localiza<strong>dos</strong>.Ao longo destes<br />

meses, tem sido feita, também, uma<br />

aposta muito consistente na diversificação<br />

<strong>dos</strong> serviços presta<strong>dos</strong> pelos agentes, de<br />

forma a dotar os parceiros de ferramentas<br />

e instrumentos que lhes permitam ajustar<br />

a sua oferta às necessidades do mercado.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 39


Notícias<br />

Norauto lança<br />

2.ª Academia de trainees<br />

Presente em Portugal desde 1996, a Norauto conta,<br />

atualmente, com 25 centros auto distribuí<strong>dos</strong> por<br />

todo o país. A empresa encontra-se a lançar a 2.ª<br />

Academia Norauto. O processo de recrutamento e<br />

seleção irá decorrer entre novembro e dezembro de<br />

2016 e o início da Academia será em janeiro 2017. O<br />

objetivo deste projeto é permitir o crescimento da sua<br />

insígnia no mercado português, através da formação<br />

<strong>dos</strong> perfis deseja<strong>dos</strong> para o seu plano de expansão.<br />

A empresa procura candidatos com formação superior<br />

ou em fase de conclusão, preferencialmente nas<br />

áreas da Gestão, Marketing, Distribuição e Logística<br />

e Engenharia Automóvel ou Mecânica, com idades<br />

até 30 anos e que se identifiquem com a realidade<br />

do retalho. Nesta fase, sente a necessidade de apostar<br />

em perfis jovens. Dar-lhes a oportunidade de<br />

ingressarem numa multinacional, na área do retalho<br />

especializado, através de um percurso formativo com<br />

uma forte componente on job, conjugada com um<br />

plano de formação teórico-prática que lhes permitirá<br />

um conhecimento transversal das quatro áreas do<br />

negócio, é uma oportunidade única. Este percurso<br />

irá dotar os seus trainees de um vasto conjunto de<br />

skills, com uma visão abrangente do negócio e com<br />

um mindset que fará a diferença.<br />

Pirelli é campeã nacional de Ralis<br />

José Pedro Fontes revalidou o título de<br />

Campeão Nacional de Ralis ao impor-<br />

-se na penúltima prova, no rali Casino<br />

de Espinho. Ao volante de um Citroën<br />

DS3 R5 equipado com pneus Pirelli e co-<br />

-pilotado por Inês Grancha, somou quatro<br />

vitórias no disputado campeonato<br />

e esteve sempre presente no pódio na<br />

totalidade da temporada. O Rali Casino<br />

de Espinho decidiu, matematicamente, o<br />

título nacional de ralis, numa prova que<br />

apenas metade <strong>dos</strong> inscritos logrou chegar<br />

ao fim. José Pedro Fontes revalidou<br />

o título graças ao mérito da sua vitória,<br />

combinado com o abandono do seu rival<br />

mais próximo, Pedro Meireles. José<br />

Pedro Fontes celebra o seu segundo<br />

título neste exigente campeonato, que<br />

combina provas de terra e asfalto. O novo<br />

campeão apenas regista um abandono e<br />

presença em to<strong>dos</strong> os pódios da época,<br />

com vitórias em Serras de Fafe, Vidreiro,<br />

Madeira e Casino de Espinho, segunda<br />

posição em Castelo Branco e Mortágua<br />

e um terceiro lugar nos Açores.Ao longo<br />

de toda a temporada, o piloto e a sua<br />

equipa confiaram nos pneus Pirelli para<br />

alcançar o tão desejado título. A marca<br />

proporcionou à equipa do novo campeão<br />

as referências P Zero RK5, RK7,<br />

RK9 e RKS para asfalto com piso seco<br />

e RKW7 para piso molhado, na medida<br />

235/40R18. Nos ralis disputa<strong>dos</strong> em terra,<br />

o DS3 R5 foi equipado com pneus Pirelli<br />

Scorpion K4, K6, KM4 e KM6, nas medidas<br />

205/65R15.O campeonato despediu-se<br />

de 2016 nos dias 12, 13 e 14 de novembro,<br />

com o Rali Casinos do Algarve.<br />

Euromaster Portugal realizou convenção<br />

Sob o lema “Imparáveis”, a Euromaster aproveitou a ocasião para partilhar com to<strong>dos</strong> os seus<br />

franquia<strong>dos</strong> a visão que tem do futuro próximo, num mercado que se apresenta repleto de<br />

novos desafios. Esta convenção foi organizada tendo por base três workshops de trabalho, sendo<br />

cada um deles dedicado a um tema específico, onde se apresentaram os principais desafios que<br />

influenciarão a atividade.Um <strong>dos</strong> temas aborda<strong>dos</strong> foi a “Evolução do Entorno”. Em foco, esteve o<br />

panorama das novas realidades e da digitalização. Como os hábitos de consumo estão a mudar<br />

e o impacto que essas mudanças têm no dia a dia. Paralelamente, demonstrar as iniciativas que a<br />

Euromaster está a desenvolver, de forma a preparar o futuro, não só para o processo de adaptação,<br />

como, também, para se tirar o melhor partido desta evolução.Outro <strong>dos</strong> temas apresenta<strong>dos</strong> foi a<br />

“Satisfação do Cliente” , como as expectativas do consumidor se têm modificado e, mais importante,<br />

como têm aumentado face ao que as empresas oferecem. Este workshop contou com a presença<br />

<strong>dos</strong> conheci<strong>dos</strong> atores e comediantes Eduardo Madeira e Manuel Marques, uma colaboração<br />

externa preciosa para caricaturar como um atendimento de excelência é aquele que proporciona<br />

ao cliente uma experiência positiva e memorável.<br />

40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | <strong>41</strong>


Empresa<br />

Sobralpneus<br />

Horizonte<br />

alargado<br />

A Sobralpneus garantiu, em 2016, a distribuição<br />

exclusiva <strong>dos</strong> pneus coreanos Marshal. Uma aquisição<br />

que alarga o horizonte da empresa e que equilibra<br />

o binómio qualidade/preço<br />

Por: Jorge Flores<br />

dadas, produto tecnológico e com desenvolvimento<br />

contínuo”, afirma. Na sua opinião, a<br />

Marshal é, muito simplesmente, “uma das melhores<br />

soluções do mercado em qualidade e<br />

preço”, acrescenta. Refira-se, a propósito, que a<br />

gama da Marshal é bastante ampla e abrange<br />

os segmentos de ligeiros, comerciais, 4x4, camiões<br />

médios e pesa<strong>dos</strong>.<br />

w RESPOSTAS LOCALIZADAS<br />

António Eduardo Rodrigues esclarece que a<br />

comercialização <strong>dos</strong> pneus Marshal respeitará<br />

a política da empresa. Significa isto que a Sobralpneus<br />

tentará sempre “adaptar” a sua estratégia<br />

comercial às “necessidades locais”. No<br />

entanto, “estaremos sempre muito foca<strong>dos</strong> em<br />

deixar espaço para cada agente trabalhar sem<br />

Para encontrarmos as origens do Grupo<br />

Sobralpneus, teremos de recuar a 1972.<br />

A criação de uma pequena oficina de<br />

reparações elétricas para automóvel<br />

aconteceu nesse ano. Volvidas mais de quatro<br />

décadas sobre a sua fundação, muito mudou<br />

na estrutura da empresa.<br />

Diversificou-se, internacionalizou-se e profissionalizou<br />

a sua atividade. Quase nada ficou igual.<br />

Ainda assim, de acordo com os responsáveis da<br />

Sobralpneus, os seus “princípios intemporais”<br />

mantêm-se inaltera<strong>dos</strong>. Valores como a “força<br />

empreendedora, a inovação permanente, a<br />

visão estratégica de longo prazo, a solidez, o<br />

rigor da gestão corrente e a eficiente utilização<br />

<strong>dos</strong> recursos, com ênfase para a valorização<br />

<strong>dos</strong> recursos humanos”.<br />

Atualmente, o Grupo Sobralpneus detém um<br />

posicionamento entre as maiores empresas do<br />

setor <strong>dos</strong> pneus e serviços elétricos, atividades<br />

que constituem, ainda hoje, o seu core business,<br />

apesar da diversificação <strong>dos</strong> negócios para as<br />

áreas da mecânica, chapa, pintura, lavagem,<br />

assistência 24 horas, gestão de postos e distribuição<br />

de combustíveis, lubrificantes e transportes<br />

de mercadorias perigosas, entre outras.<br />

w REPRESENTANTE MARSHAL<br />

Desde outubro de 2016 que a Sobralpneus<br />

assumiu a distribuição exclusiva da marca<br />

Marshal em Portugal. Uma aquisição essencial<br />

para a atividade da casa. António Eduardo<br />

Rodrigues, diretor-geral da empresa, deixa bem<br />

patente, à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, a importância de<br />

reforçar o portefólio com esta gama de pneus<br />

coreanos, uma “marca reconhecida, com provas<br />

dar azo a guerras ou instabilidades”, garante.<br />

O apoio aos clientes, em matéria de formação<br />

técnica e de marketing, será alvo de atenções<br />

e uma das áreas a desenvolver, “sem dúvida”.<br />

Porém, acrescenta, “estamos ainda a criar, em<br />

conjunto com a Marshal, a melhor estratégia<br />

para apoiar a nossa rede”.<br />

A empresa assegura entregas de 24 horas e,<br />

dentro em breve, “teremos, em alguns pontos<br />

do país, entregas bi-diárias”, promete António<br />

Eduardo Rodrigues. De resto, “o stock mínimo<br />

efetivo, bem como uma metodologia de aprovisionamento<br />

ajustada, evitará as roturas e os<br />

perío<strong>dos</strong> largos de reposição”, refere. Com a<br />

Marshal em catálogo, a Sobralpneus encara o<br />

próximo ano com expectativa. Prioridade, será<br />

a “obtenção de uma rede com capacidade de<br />

cobertura <strong>dos</strong> principais distritos”. ♦<br />

Sobralpneus<br />

Diretor-geral António Eduardo Rodrigues | Sede E. N. 1, km 30,5, Ponte da Couraça, 2584 - 957 Carregado<br />

| Telefone 263 854 868 | Fax 263 852 037 | Email tecnisalsa@sobralpneus.pt | Site www.sobralpneus.pt<br />

42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


V i a t u r a s o f i c i n a<br />

p a r a s e r v i ç o s d e r e p a r a ç ã o r á p i d a<br />

l i g e i r o s e p e s a d o s<br />

Equilíbrio de rodas<br />

(Des)montagem de pneus<br />

Alinhamento de direções<br />

Ferramenta manuais<br />

Mais do que um fornecedor, um parceiro!<br />

Visite o nosso website em www.cometil.pt<br />

E-mail: geral@cometil.pt<br />

Tel.: 219 379 550<br />

Estamos presentes nas redes sociais:<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43


Empresa<br />

AB Tyres<br />

Dimensão internacional<br />

É o terceiro maior distribuidor de pneus em Portugal. Com 10% de quota de mercado,<br />

a AB Tyres comercializa, por ano, mais de 400.000 unidades, número que inclui as<br />

operações de exportação. Dispondo de um stock superior a 100.000 pneus, a<br />

empresa fechará o ano de 2016 com cerca de 30 milhões de euros de faturação<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Inserida no Grupo Alves Bandeira, a AB Tyres<br />

encontra-se numa curva ascendente. E a<br />

atingir o seu ponto de equilíbrio em termos<br />

de dimensão. As perspetivas, essas,<br />

são animadoras: apontam para um ritmo de<br />

crescimento em Portugal acima <strong>dos</strong> dois dígitos<br />

até 2018. Tratando-se do terceiro maior<br />

distribuidor de pneus no nosso país, a AB Tyres<br />

cresceu, face a 2015, 25% em termos de volume<br />

e 22% no que diz respeito a faturação. O que<br />

lhe permitirá fechar o ano de 2016 com cerca<br />

de 30 milhões de euros. Este gigante da distribuição<br />

não pretende ser o número um. Antes<br />

tem como objetivo consolidar o seu negócio,<br />

através de relações de parceria, da capacidade<br />

de satisfazer as necessidades do cliente e da<br />

racionalização da própria atividade, de modo<br />

a permitir-lhe ter stocks acerta<strong>dos</strong> para chegar<br />

ao mercado.<br />

w DOIS POLOS LOGÍSTICOS<br />

Ainda que pertença a um grupo, a AB Tyres<br />

faz questão de separar o mercado nacional do<br />

internacional. Como refere, aliás, César Branco,<br />

diretor-geral: “A nossa estrutura encontra-<br />

-se bem dividida, de forma a dispormos de<br />

sinergias internas. Mas não confundimos os<br />

merca<strong>dos</strong>. O nosso negócio de exportação<br />

internacional tem, digamos, o seu braço comercial<br />

sediado no Dubai”. E aprofunda: “Dispomos<br />

de uma estrutura em Portugal que dá apoio<br />

(administrativo, financeiro, jurídico, logístico) a<br />

toda a organização internacional. Muitos pneus<br />

saem do nosso país para os merca<strong>dos</strong> além-<br />

-fronteiras. Mas existe um negócio próprio,<br />

que é da área internacional e que não passa<br />

sequer por Portugal”.<br />

A AB Tyres é uma organização que, em conjunto<br />

com a AB International, ultrapassa os<br />

600.000 pneus vendi<strong>dos</strong> por ano (volume total<br />

do negócio de pneus a nível mundial do Grupo<br />

Alves Bandeira). Dos quais mais de 400.000 em<br />

Portugal, número que inclui as operações de<br />

exportação. A AB Tyres é, hoje, uma empresa à<br />

escala global. Não olha apenas para o mercado<br />

português. No final de 2016, faturará cerca de<br />

30 milhões de euros, que se inserem nos 400<br />

milhões que o grupo fatura por ano com a sua<br />

atividade. Número que, por si só, é bastante<br />

elucidativo.<br />

Em declarações à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, César<br />

Branco dá conta que “a AB Tyres está apostada<br />

em ganhar escala, embora tenha uma<br />

visão mundial, porque não opera apenas em<br />

Portugal”. Para, depois, acrescentar: “Dentro do<br />

grupo, temos áreas de negócio complementares,<br />

como os lubrificantes, os combustíveis<br />

e o cartão de frota. Nesta combinação, temos<br />

44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


Parceria com a Garland<br />

UM ANO DE SUCESSO<br />

A parceria estabelecida com a Garland, que<br />

já fez um ano, permitiu à AB Tyres ganhar,<br />

acima de tudo, competência logística e capacidade<br />

de estar mais perto do mercado<br />

que regista o maior consumo: o de Lisboa.<br />

Para tal, alugou à Garland o polo da Abóboda.<br />

Sendo um operador logístico, a Garland<br />

tem precisamente na logística o seu<br />

core business. E a AB Tyres tem nos pneus<br />

o centro do seu negócio. “Esta parceria foi<br />

como que uma troca. A AB Tyres ficou<br />

com o negócio de pneus que a Garland<br />

tinha e que não era essencial no seu negócio.<br />

A Garland ficou com a competência<br />

logística que a AB Tyres não tinha e que<br />

não era o principal foco da sua atividade.<br />

A Garland passou a ser o nosso parceiro<br />

logístico, que nos faz a chamada gestão in<br />

house (armazém). No fundo, ambas as empresas<br />

concentraram-se naquilo que era a<br />

sua especialidade. Deixaram de despender<br />

recursos em áreas onde não eram especialistas”,<br />

explica César Branco.<br />

o chamado cross selling que podemos fazer<br />

junto <strong>dos</strong> clientes. Foi por isso que demos<br />

um passo importante ao entrarmos na área<br />

das especialidades (pneus pesa<strong>dos</strong>, agrícolas,<br />

florestais, industriais e de minas). Ao termos no<br />

grupo clientes frotistas, liga<strong>dos</strong> à construção,<br />

à madeira e à indústria que nos compram lubrificantes<br />

e combustíveis, podem, também,<br />

comprar-nos pneus”.<br />

Com mais de 100.000 pneus em stock permanente,<br />

dividi<strong>dos</strong> pelos polos logísticos da<br />

Mealhada e da Abóboda, a AB Tyres, que é<br />

constituída por 24 colaboradores, dispõe de<br />

uma equipa comercial empenhada e dedicada,<br />

com um elevado grau de conhecimento do<br />

mercado, <strong>dos</strong> clientes e do produto. “Aliado<br />

a estas competências”, refere César Branco,<br />

“temos a qualidade do serviço e a disponibilidade<br />

da oferta. Assim como uma organização<br />

financeiramente sólida, com estruturas logísticas<br />

ao serviço do mercado”. Por isso, “estamos,<br />

claramente, foca<strong>dos</strong> em gerir as nossas marcas<br />

e crescer com elas, ajudando, também, os nossos<br />

parceiros a evoluir. Temos uma lógica de<br />

parceria com fabricantes e clientes. Só assim<br />

podemos prestar o melhor serviço aos retalhistas<br />

para que eles vendam os pneus que<br />

temos ao cliente final”, enfatiza o responsável.<br />

w ESTRATÉGIA UHP<br />

Com um portefólio de marcas extremamente<br />

equilibrado (em 2014, eram 69; hoje, são 20), a<br />

AB Tyres cumpre as três exigências do mercado:<br />

produto (tem vasto stock); competitividade<br />

(pratica preços ajusta<strong>dos</strong>); serviço (está perto<br />

do mercado e faz entregas de acordo com as<br />

A AB TYRES<br />

EM (ALGUNS) NÚMEROS<br />

10%<br />

quota de mercado em<br />

Portugal<br />

22%<br />

crescimento<br />

em faturação<br />

face a 2015<br />

30<br />

milhões de euros<br />

de faturação em 2016<br />

(valor aproximado)<br />

400.000<br />

pneus vendi<strong>dos</strong> anualmente<br />

no nosso país (inclui exportação)<br />

24<br />

20<br />

marcas que<br />

fazem parte do<br />

colaboradores seu portefólio<br />

7.500 m 2<br />

armazenagem total<br />

5.000 m 2 (Mealhada) + 2.500 m 2 (Abóboda)<br />

25%<br />

crescimento<br />

em volume<br />

face a 2015<br />

100.000<br />

pneus em stock<br />

no conjunto <strong>dos</strong> dois polos logísticos<br />

2.000<br />

clientes ativos (número aproximado)<br />

30%<br />

vendas<br />

em marcas<br />

premium<br />

70%<br />

vendas de marcas<br />

não Europool<br />

3.950.000<br />

mercado total de reposição<br />

em Portugal, segundo a AB Tyres<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 45


Empresa<br />

AB Tyres<br />

necessidades do cliente). É com base nestas<br />

premissas que se estabelece a escolha de um<br />

parceiro na área da distribuição de pneus. E o<br />

que é, hoje, um distribuidor de pneus em Portugal?<br />

César Branco tem a resposta: “Não é mais<br />

do que um agente que serve de contrabalanço<br />

à falta de stock sazonal que os fabricantes têm<br />

e à necessidade de responder ao mercado a<br />

tempo e horas, assumindo as responsabilidades<br />

na cadeia de valor. Ou seja, to<strong>dos</strong> os custos<br />

logísticos, de armazenagem e de comercialização<br />

junto do retalhista. Assim como to<strong>dos</strong><br />

os custos financeiros que resultam do facto<br />

de estar perto do retalhista são assumi<strong>dos</strong><br />

pelo distribuidor, servindo de ‘amortecedor’<br />

perante o fabricante”.<br />

Em 2016, a oferta da AB Tyres cresceu em<br />

relação a 2015, graças à inclusão das marcas<br />

Primewell, Uniroyal e Runway nos ligeiros,<br />

da marca Primewell nos pesa<strong>dos</strong> e da Mitas<br />

na área das especialidades (pneus agrícolas,<br />

florestais, industriais e de minas). A empresa<br />

está a negociar ter uma marca budget na área<br />

das especialidades, que será lançada em 2017.<br />

Mas no início do novo ano, lançará os Sumitomo<br />

Tyres para o segmento budget de ligeiros,<br />

marca do Grupo Sumitomo, o sexto fabricante<br />

mundial de pneus, proprietário da Falken. Para<br />

2017, fica, também, “uma nova plataforma de<br />

gestão comercial, com uma vertente online<br />

muito mais adaptada às necessidades de mercado,<br />

com critérios mais rápi<strong>dos</strong> e atualiza<strong>dos</strong>”,<br />

revela César Branco. Que completa: “Deixaremos<br />

de ter duas plataformas que comunicam<br />

entre si para passar a ter apenas uma, onde<br />

os da<strong>dos</strong> estarão agrega<strong>dos</strong>, com o online a<br />

trabalhar diretamente na plataforma de gestão<br />

comercial”.<br />

Em desenvolvimento está, também, uma<br />

área estratégica, que diz respeito a pneus de<br />

grandes dimensões no segmento UHP para<br />

jantes mais elevadas. “Podemos armazenar,<br />

permanentemente, as medidas que são mais<br />

difíceis de encontrar no mercado nacional”.<br />

Significa isto, portanto, que está a ser desenvolvida<br />

“uma área especial para pneus UHP<br />

(jantes de 17” a 22”), com o objetivo de servir<br />

sempre os pneus onde há maior dificuldade<br />

em ter stock”, acrescenta. “E, isto, consolidado<br />

com a parte logística de serviço, com a nossa<br />

entrada na área das especialidades, com a<br />

oferta que temos e com a estrutura de que<br />

dispomos, aponta o caminho do nosso crescimento”,<br />

resume César Branco.<br />

Se existe coisa que a AB Tyres não faz, é vender<br />

pneus a clientes que não tenham equipamento<br />

de montagem. Mesmo no caso <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>. Só<br />

vende a frotas de camiões que tenham máquinas<br />

para montar pneus. Esta política faz parte<br />

da sua atuação no mercado: não vender pneus<br />

Falken é a marca âncora<br />

250 PARCEIROS ATÉ FINAL<br />

DE 2017<br />

A Falken, que se posiciona no topo do<br />

segmento quality e na base do segmento<br />

premium, tem registado um crescimento<br />

interessante e continuará a evoluir. Portugal<br />

é, aliás, o país europeu onde a marca<br />

alcança o maior crescimento. Tal deve-se<br />

ao trabalho que a AB Tyres tem vindo a desenvolver<br />

com a Falken, criando uma rede<br />

de parceiros nacionais. Estes, por sua vez,<br />

estabelecem uma relação comercial com<br />

a empresa, baseada, não só, no compromisso<br />

que a AB Tyres assumiu em ter stock<br />

para responder às necessidades do cliente,<br />

como, também, na confiança e na proteção<br />

que a AB Tyres dá ao negócio. “Não é nossa<br />

política vender pneus em todo o lado nem<br />

criar guerras de preços no mercado. Queremos,<br />

de alguma forma, ser um fator de estabilização<br />

e de sustentação do negócio <strong>dos</strong><br />

mais de 150 parceiros que, hoje, apostam<br />

na Falken em Portugal”, frisa César Branco.<br />

A Falken é, de resto, uma das marcas mais<br />

importantes do portefólio da AB Tyres em<br />

termos de crescimento. Mais: é a marca de<br />

referência da empresa e um <strong>dos</strong> pilares da<br />

sua estratégia. A relação da AB Tyres com<br />

a Falken iniciou-se em 2014, quando, no<br />

segundo semestre desse ano, a empresa começou<br />

a representar a marca no nosso país.<br />

Desde então, a AB Tyres importa e distribui,<br />

em exclusivo, a Falken para Portugal,<br />

sendo <strong>dos</strong> melhores parceiros que a marca<br />

da Sumitomo Rubber Industries Ltd. tem a<br />

nível europeu. “Com a Falken, a AB Tyres<br />

tem 100% de disponibilidade de stock em<br />

todas as medidas que se vendem em Portugal.<br />

Esperamos ter 250 parceiros Falken até<br />

final de 2017”, revela César Branco.<br />

a clientes particulares nem a operadores que<br />

não disponham de máquinas de montagem<br />

para o cliente final. “Somos um operador que<br />

está, verdadeiramente, integrado na cadeia de<br />

distribuição. Utilizamos uma plataforma B2B<br />

para os nossos clientes. 75% das encomendas<br />

são feitas diretamente na nossa plataforma<br />

eletrónica, ficando os restantes 25% a cargo<br />

das relações de negócios. Ou seja, onde existe<br />

intervenção direta de um <strong>dos</strong> sete delega<strong>dos</strong><br />

comerciais que temos”, conclui César Branco. ♦<br />

AB Tyres<br />

Diretor-geral César Branco | Morada Zona Industrial da Pedrulha, Lote 12, Mealhada, 3050 –183 Casal<br />

Comba | Telefone 231 244 200 – 963 227 393 (armazém da Abóboda) | Fax 231 244 201<br />

Email sac.lisboa@abtyres.pt (armazém da Abóboda) | Site www.abtyres.pt<br />

46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


Gripenwheels_pagina.pdf 1 11/10/16 21:47<br />

Fiabilidade e confiança<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

Garantia GRIPEN WHEELS - Fiablilidade e Confiança. PNEUS PESADOS HILO – QUILÓMETROS DE ECONOMIA.<br />

K<br />

600 STEER 786 ALL POSITION 786 STEER/TRAILER<br />

STEER/TRAILER<br />

STEER/TRAILER<br />

396<br />

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Empresa<br />

Tiremaster<br />

Prova de força<br />

Há sete anos que a Tiremaster nasceu fruto de uma união de investidores espanhóis,<br />

que resolveu “agarrar” na antiga Bompneu e “atacar” o mercado nacional.<br />

A distribuição exclusiva da Z Tyre para ligeiros é uma prova de força<br />

Por: Jorge Flores<br />

A<br />

Tiremaster nasceu, há quase sete anos,<br />

pelas mãos de um grupo de investidores<br />

espanhóis, que considerou “interessante”<br />

apostar num parceiro no mercado de<br />

pneus em Portugal, adquirindo os meios e as<br />

instalações da Bompneu, em Leça da Palmeira.<br />

Inicialmente, a antiga casa serviu de “ponto de<br />

referência”. Mas, com o passar do tempo, quis ter a<br />

sua “própria identidade, mantendo, por isso, única<br />

e exclusivamente, o nome Tiremaster”, explica José<br />

Ramón Vázquez, diretor financeiro da empresa.<br />

Segundo o responsável, a Tiremaster tem três<br />

eixos distintivos. O primeiro de to<strong>dos</strong>? “O posto<br />

de venda ao público, no qual prestamos o serviço<br />

a veículos ligeiros, comerciais, 4x4, pesa<strong>dos</strong><br />

e de engenharia civil, desde o tratamento de<br />

toda a parte <strong>dos</strong> pneus, a serviços rápi<strong>dos</strong> e<br />

manutenção de automóveis ligeiros”, adianta.<br />

O segundo é a “assistência a frotas de camiões<br />

24 horas, 365 dias por ano, dispondo, para esse<br />

efeito, de duas carrinhas e um camião-grua”,<br />

bem como uma “equipa de técnicos com mais<br />

de 15 anos de experiência”. Além disso, reforça<br />

José Ramón Vázquez, “a Tiremaster pertence a<br />

uma rede líder de assistência 24 horas a pneus<br />

da Península Ibérica (SEAS 24 Horas S.L.), que,<br />

por sua vez, integra o grupo europeu TEN, o<br />

que nos possibilita dar assistência noturna aos<br />

nossos clientes, desde o Algarve até Berlim,<br />

passando pelo Norte de África”, sustenta.<br />

O terceiro eixo? “A revenda, assentando numa<br />

estratégia clara de multimarca/multiproduto”,<br />

refere. Para José Ramón Vázquez, “tendo,<br />

em sete anos, uma carteira considerável de<br />

clientes, continuamos, diariamente, através<br />

da nossa área comercial, tanto direta como<br />

por intermédio do nosso call center, à procura<br />

de novos clientes e parceiros estratégicos, a<br />

fim de expandirmos o nosso negócio”, explica<br />

a mesma fonte. Adiantando que, por “felicidade”,<br />

têm sido “contacta<strong>dos</strong> por diferentes<br />

tipos de casas de pneus para trabalharmos<br />

com eles”, algo revelador de que “estamos no<br />

caminho correto”, sublinha. De realçar ainda<br />

o facto de a Tiremaster disponibilizar serviços<br />

de entrega diários e bi-diários para todo o país,<br />

comercializando pneus de turismo, comerciais,<br />

4x4 e pesa<strong>dos</strong>. Mas não só. “Temos crescido,<br />

também, na área <strong>dos</strong> consumíveis para oficinas,<br />

como nas válvulas, pesos de colar e pastas de<br />

montagem”, diz.<br />

48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


w DISTRIBUIÇÃO DA Z TYRE<br />

A Tiremaster dispõe de uma oferta de pneus<br />

considerável. “Normalmente, em serviço imediato,<br />

temos mais de 4.000 pneus, alcançando<br />

o nosso stock disponível mais de 35.000 pneus”,<br />

adianta. Dado importante é que a empresa trabalha<br />

com marcas tão díspares como “Hankook,<br />

Continental, Michelin, Bridgestone e Pirelli,<br />

entre tantas outras, desde premium, quality e<br />

budget. No entanto, temos duas marcas que<br />

se destacam, claramente, no nosso portefólio”.<br />

Quais? “A Hankook, marca muito conceituada<br />

no mercado. Temos uma capacidade de entrega<br />

e disponibilidade de produto muito vasta,<br />

o que nos diferencia <strong>dos</strong> demais, oferecendo a<br />

gama completa aos nossos clientes e parceiros.<br />

Recentemente, conseguimos a distribuição<br />

exclusiva da Z Tyre para Portugal, marca que<br />

tem dado grandes alegrias. Em breve, começaremos<br />

a comercializar esta marca para veículos<br />

pesa<strong>dos</strong>”, revela.<br />

“Com a vasta oferta de marcas de que dispomos,<br />

conseguimos servir os nossos clientes,<br />

Parceria com a Westlake<br />

NOVOS “MIÚDOS DO BAIRRO”<br />

A parceria com a Westlake é um trunfo da<br />

Tiremaster. “O mundo <strong>dos</strong> pneumáticos<br />

está em mudança. A liderança <strong>dos</strong> “The<br />

Big Three (Michelin, Goodyear e Bridgestone)<br />

está a chegar ao fim”, preconiza José<br />

Ramón Vázquez. “Agora, existem novos<br />

‘miú<strong>dos</strong> no bairro’, que estão a ganhar músculo,<br />

inteligência, potência e qualidade. O<br />

Grupo Zenises/Westlake é um desses ‘novos<br />

miú<strong>dos</strong>’ que, em breve, se converterá<br />

num ‘adulto’, da mesma forma que o fez a<br />

Hankook, por exemplo”. De acordo com<br />

o mesmo responsável, “os grandes fabricantes<br />

europeus reagiram a esta ameaça<br />

tentando fechar o mercado, através de rotulagem<br />

e da compra de oficinas, de modo<br />

a restringir o acesso dessas novas marcas<br />

ao mercado”.<br />

w NAVEGAR NA TEMPESTADE<br />

Com 2016 a caminhar para o fim, José Ramón<br />

Vázquez faz um balanço positivo da atividade<br />

da Tiremaster. “Apesar das enormes dificuldades<br />

do mercado e graças ao excelente resultado<br />

que estamos a conseguir nos pneus Z<br />

Tyre e Westlake, esperamos encerrar o ano com<br />

melhores resulta<strong>dos</strong> face a 2015. Beneficiámos,<br />

também, do reforço <strong>dos</strong> nossos meios de trabalho<br />

e a introdução <strong>dos</strong> serviços de mecânica<br />

rápida na nossa oficina”, afirma.<br />

José Ramón Vázquez gostaria, no futuro, de<br />

estar, mais vezes, junto <strong>dos</strong> clientes. Sabemos e<br />

sentimos que as novas tecnologias e serviços,<br />

como o B2B, entre outros, vieram ajudar-nos<br />

a prestar um serviço rápido e eficaz. Contudo,<br />

continuamos a sentir que a nossa presença faz a<br />

diferença. As relações interpessoais são fundamentais<br />

para alcançar a excelência”, acrescenta.<br />

Para 2017, a ambição é a mesma, ainda que<br />

o diretor financeiro tenha a noção de que<br />

será um ano “muito complicado”, temendo a<br />

influência de fatores exteriores, como a “eleidesde<br />

os produtos de turismo até aos de<br />

engenharia civil, passando por pneus de camião,<br />

moto e agrícolas, entre outros”, reforça<br />

a mesma fonte.<br />

ção de Trump e o efeito Brexit”, entre outros,<br />

na zona euro e na economia nacional. Para<br />

mais, na sua opinião, o mercado encontra-se<br />

algo “saturado” e com uma “oferta excessiva de<br />

distribuidores”, o que poderá gerar a “tempestade<br />

perfeita”. Mas, ainda assim, as expectativas<br />

continuam elevadas. “Exploraremos o nosso<br />

crescimento com as marcas Z Tyre e Westlake,<br />

com o lançamento da nossa loja de peças e<br />

com a renovação completa do nosso portal<br />

B2B”. Marcaremos presença na expoMECÂNICA,<br />

procurando estar próximos das necessidades<br />

<strong>dos</strong> nossos clientes”, conclui. ♦<br />

De resto, para José Ramón Vázquez, “nem<br />

to<strong>dos</strong> os produtos fabrica<strong>dos</strong> na China<br />

são de baixa qualidade. Há players que<br />

têm investido em tecnologia e qualidade.<br />

E, claramente, a Westlake é um deles! Não<br />

procura volume, mas posicionamento e<br />

reconhecimento no mercado como um<br />

produto que combina qualidade e preço”,<br />

explica. No setor <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>, onde a Tiremaster<br />

tem concentrado os seus esforços,<br />

os rendimentos <strong>dos</strong> pneus da marca, por<br />

quilómetros percorri<strong>dos</strong>, têm sido “muito<br />

encorajadores”, enfatiza José Ramón Vázquez,<br />

recordando ainda o facto de a China<br />

ser, atualmente, “líder mundial em baterias<br />

elétricas, em robótica e em inteligência artificial,<br />

bem como fabricante de to<strong>dos</strong> os<br />

‘iPhones’ extravagantes que vemos na rua.<br />

E, em breve, fabricantes também de pneus<br />

com bom desempenho e produtividade”.<br />

Por tudo isto, adianta o responsável, “o<br />

nosso compromisso com a Westlake é uma<br />

aposta no futuro do mercado de pneus novos”,<br />

assegura. Futuro esse que “já chegou”.<br />

E a Tiremaster “faz parte dessa transformação<br />

do mercado”, concretiza.<br />

Tiremaster<br />

Diretor financeiro José Ramón Vázquez | Morada Rua de Almeiriga, 550, Leça da Palmeira, 4450 - 608 Matosinhos | Telefone 229 997<br />

890 | Fax 229 997 899 | Email geral@tiremaster.pt | Site www.tiremaster.pt<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 49


Empresa<br />

Pneubase<br />

Centro de mobilidade<br />

Com mais de quatro décadas de história, a Pneubase é, desde 2005, um centro<br />

de mobilidade, fazendo, hoje, parte da rede Euromaster. Especialista em pneus<br />

e mecânica rápida, dispõe de quatro lojas e inclui um posto de GPL portátil<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Não existirão muitas casas de pneus em<br />

Portugal com a bagagem e a visão<br />

estratégica da Pneubase, que nasceu,<br />

em julho de 2005, fruto de um projeto<br />

criado por Paulo Cristovão, pela esposa, Maria<br />

João, e pela cunhada, Dora Costa. Apesar de<br />

ser uma empresa familiar, a Pneubase, graças a<br />

diversas influências de ordem teórica e prática,<br />

tem uma visão global do negócio. A começar,<br />

desde logo, pela formação académica de Paulo<br />

Cristovão e pelos conhecimentos que detém.<br />

As origens da Pneubase remontam a 1973,<br />

quando António da Silva Costa, sogro de Paulo<br />

Cristovão, abriu a A.S. Costa, em Fervença. Foi<br />

o início de um percurso recheado de sucessos,<br />

acontecimentos e peripécias, como recorda<br />

o atual administrador à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>: “A<br />

empresa nasceu há mais de 43 anos e passou<br />

por três grandes fases. A primeira, foi o crescimento<br />

da casa A.S. Costa. A segunda, quando se<br />

juntou a um sócio para formar o Grupo Sobral<br />

& Costa. A terceira, quando a crise, aliada a uma<br />

sucessão mal programada dentro do grupo,<br />

levou à separação <strong>dos</strong> sócios Sobral e Costa. Foi<br />

então que apareceu o Grupo Pneubase”. Paulo<br />

Cristovão entrara para o negócio do sogro no<br />

ano 2000, quando se encontrava a tirar uma<br />

pós-graduação em gestão de empresas, na<br />

vertente oficinal. “Nos tempos áureos (início<br />

<strong>dos</strong> anos 90)”, frisa o administrador, “o Grupo<br />

Sobral & Costa chegou a ter 12 casas, crescendo<br />

de forma exponencial”.<br />

w PNEUS SÃO A BASE<br />

Olhando para a Pneubase, uma pergunta<br />

impõe-se: a que se deve o nome? “Bem, pode<br />

dizer-se que a dois aspetos”, afirma Paulo<br />

Cristovão. “Por um lado, o facto de, naquela<br />

altura, como hoje, a base do nosso negócio<br />

ser pneus. Por outro, a particularidade de estarmos<br />

perto da Base Aérea n.° 1, com quem<br />

trabalhávamos”. Certo, certo, é que quando a<br />

Pneubase apareceu, estava muito à frente do<br />

seu tempo, graças ao conceito que apresentava,<br />

ao modelo de gestão de que dispunha e até<br />

mesmo à organização e limpeza do espaço.<br />

“Estávamos foca<strong>dos</strong> em nichos de mercado<br />

que não eram muito comuns na altura”, refere<br />

o administrador. E sustenta: “A base do nosso<br />

negócio são pneus, mas o futuro é a mobilidade,<br />

a manutenção automóvel como um todo. A<br />

empresa está pensada, desde o início, para uma<br />

diversificação do negócio. Na altura, foi quase<br />

uma ‘revolução’ ter criado uma casa onde o<br />

cliente pudesse estar a ver o seu veículo a ser<br />

intervencionado, onde não existissem pneus<br />

à vista em prateleiras ou amontoa<strong>dos</strong> no chão<br />

e onde todas as áreas estivessem limpas e definidas”.<br />

O Grupo Pneubase tem, hoje, quatro casas (Pneubase<br />

Sintra, em Vila Verde; Pneubase Oeste, em<br />

Torres Vedras; Pneubase Oriente, em Lisboa; A.S.<br />

Costa, em Fervença). No espaço de Sintra, ope-<br />

50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


am 14 <strong>dos</strong> 25 colaboradores do grupo. Com<br />

2.000 m2 de área coberta, na sede da Pneubase<br />

executam-se todas as tarefas relacionadas com<br />

pneus, faz-se mecânica rápida, existe uma loja<br />

(jantes; acessórios; produtos de limpeza) e encontra-se<br />

um posto de GPL portátil (ver caixa). A<br />

Pneubase tem um grande foco no cliente, desde<br />

particulares (os que asseguram a maior fatia do<br />

negócio) até frotistas, passando por empresas.<br />

“A base do nosso negócio são pneus, mas tem<br />

havido um grande esforço de diversificação”,<br />

explica Paulo Cristovão. Que acrescenta: “A mecânica<br />

rápida tem já um peso significativo. Reúne<br />

entre 15 a 20% da nossa faturação”.<br />

O forte da Pneubase são os pneus ligeiros, 4x4,<br />

comerciais e de motos. “Estamos, também, a<br />

‘ressuscitar’ o negócio <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong> e a recuperar<br />

esse nicho de mercado”, revela o administrador.<br />

O Grupo Pneubase dispõe de um stock<br />

que dá resposta às necessidades do mercado.<br />

“Temos em casa as medidas mais vendidas, mas<br />

com três e quatro entregas diárias, deixou de<br />

ser prioritário fazer grandes stocks. Hoje, no<br />

negócio <strong>dos</strong> pneus, o vigor da ‘quantidade’ foi<br />

substituído pelo rigor da ‘qualidade’”, assegura.<br />

w DEPOIS, VEIO A EUROMASTER<br />

Em 2012, a Pneubase aderiu à Euromaster. Porquê<br />

esta rede do Grupo Michelin e não outra? A<br />

explicação do nosso interlocutor é elucidativa:<br />

“Nós, no negócio, identificamo-nos sempre<br />

mais com umas marcas do que com outras. A<br />

forma de trabalharem e de estarem no mercado<br />

tem, como é óbvio, bastante influência”.<br />

E recorda um curioso episódio da sua infância:<br />

“Sempre senti especial apreço pela Michelin.<br />

E tendo vivido em França... Quando ia para a<br />

escola, havia na aldeia onde morava uma oficina<br />

que tinha um enorme Bibendum à porta. O<br />

boneco tinha uma expressão simpática e eu<br />

‘cumprimentava-o’ sempre quando regressava<br />

da escola”, afirma, entre risos, Paulo Cristovão.<br />

Depois, já mais a sério, desabafa: “Por vezes,<br />

existem ligações afetivas com as marcas. Sempre<br />

apreciei a Michelin pela sua forma de trabalhar<br />

e pelo facto de ser uma empresa que está,<br />

não diria a anos-luz mas a meses-luz, à frente em<br />

termos de organização e de pensamento”. Antes<br />

da Euromaster, existia a Vialider, com quem a<br />

Pneubase já trabalhava, identificando-se com<br />

metodologias utilizadas e ideias delineadas. Na<br />

Euromaster, existe uma estratégia de futuro.<br />

Convidado a pronunciar-se sobre se existe<br />

maior pressão para vender pneus do Grupo<br />

Michelin, Paulo Cristovão responde que acredita<br />

“nos produtos Michelin”, mas também “vende<br />

outras marcas de renome”. A força da Pneubase<br />

provém <strong>dos</strong> benefícios dessas várias parcerias.<br />

E complementa o seu raciocínio: “Quando aderimos<br />

a uma rede, é óbvio que outras marcas<br />

ficam para trás. Contudo, corremos o risco de<br />

perder o cliente se nos fecharmos apenas sobre<br />

o grupo. A Euromaster faz, ela própria, negócios<br />

com outras marcas. Mas a verdade é que a<br />

Pneubase também tem ajudado a Euromaster.<br />

O programa de faturação que temos (Alidata),<br />

foi adotado pela rede do Grupo Michelin”.<br />

E o futuro, à Pneubase pertence? “Estamos a<br />

ponderar criar novos projetos, à medida da<br />

nossa dimensão e da realidade do mercado<br />

nacional. Gostava que o espaço que temos livre<br />

nas instalações de Sintra fosse preenchido com<br />

áreas de negócio relacionadas com o automóvel,<br />

como, por exemplo, uma zona de lavagens<br />

e instalar a parte de camiões que temos na<br />

casa de Fervença”, revela o administrador. “Mas<br />

ainda estamos numa fase de consolidação de<br />

alguns conceitos. A começar pela nossa relação<br />

com a Euromaster, que nos tem trazido mais-<br />

-valias. Acredito na diversificação do negócio<br />

como meio de chegar à mobilidade. Contudo, é<br />

preciso termos cuidado para não haver diluição.<br />

Se quisermos fazer tudo, corremos o risco de<br />

não conseguirmos fazer nada”, conclui Paulo<br />

Cristovão. ♦<br />

Parceria com a OZ Energia<br />

POSTO DE GPL PORTÁTIL<br />

Demorou três anos a desenvolver. Este projeto-piloto,<br />

que resulta de uma parceria estabelecida<br />

com a OZ Energia, consiste num<br />

posto de abastecimento portátil de GPL.<br />

Único em Portugal, mais não é do que um<br />

contentor que integra tudo: o posto público<br />

e o sistema informático. Apresenta como<br />

principal vantagem o facto de se poder pegar<br />

nele e transportá-lo para qualquer lado.<br />

“Na Pneubase, além de gostarmos de estar<br />

na vanguarda, uma vez que este projeto é<br />

aliciante, trata-se de uma nova vertente do<br />

nosso negócio, que encaixa precisamente<br />

na ideia inicial da criação da empresa: ser<br />

um centro de mobilidade. O cliente chega<br />

à nossa casa e tem tudo. Não precisa de<br />

se deslocar a mais lado nenhum”, dá conta<br />

Paulo Cristovão. Sendo proprietária do<br />

contentor, a OZ Energia planeia desenvolver<br />

este projeto a nível nacional. Este<br />

primeiro posto portátil de GPL começou<br />

a funcionar em junho de 2016. “Ultrapassámos<br />

muitas burocracias para chegar até<br />

aqui. O posto ainda não apresenta grande<br />

expressão económica, visto ser muito recente,<br />

mas a nível de tecnologia, é uma<br />

mais-valia para nós e faz com que alarguemos<br />

a vertente do nosso negócio”, enfatiza<br />

o administrador da Pneubase.<br />

Pneubase<br />

Administrador Paulo Cristovão | Morada Rua da Aviação Portuguesa, 110, Vila Verde, 2705 – 845 Terrugem<br />

(Sintra) | Telefone 219 609 120 | Fax 219 609 129 | Email geral@pneubase.pt | Site www.pneubase.pt<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 51


Empresa<br />

Casa Marques<br />

Património do nome<br />

Há dois anos, a Casa Marques mudou-se para umas novas instalações,<br />

com 7.000 m 2 . Uma sequência lógica face ao crescimento da empresa.<br />

O nome de referência continua a ser o seu maior património<br />

Por: Jorge Flores<br />

O<br />

episódio aconteceu há três anos,<br />

mas ajuda a compreender o dinamismo<br />

que Luís Marques empresta<br />

à sua atividade no setor <strong>dos</strong> pneus,<br />

nomeadamente, desde que, em 1998, decidiu<br />

apoiar o seu sogro e colocar a Casa Marques<br />

num patamar mais elevado no mercado.<br />

“Homem do mundo”, como se descreve, chegou<br />

uma tarde e disse à sua mulher, sócia<br />

maioritária da empresa, que pretendia ir à<br />

China. Ainda lançou o repto ao sogro, mas<br />

este recusou. Embarcou sozinho. Não sem<br />

antes ter pedido um visto à embaixada. O<br />

único ponto de contacto era através de um<br />

amigo alemão, proprietário de uma das maiores<br />

cadeias de oficinas da Alemanha. “Meti-me<br />

no avião e lá fui eu”, conta. Quando aterrou<br />

em Xangai, para seu espanto, tinha mais de<br />

15 pessoas à sua espera, exibindo um cartaz<br />

com os dizeres: “Luís Marques, Casa Marques”.<br />

Ficou boquiaberto. A explicação era simples.<br />

Ao fazer o pedido ao consolado chinês, foi<br />

obrigado a explicar o motivo da viagem. “E<br />

eles transmitiram ao departamento comercial<br />

das fábricas locais que ia aterrar um potencial<br />

cliente. Foram to<strong>dos</strong> receber-me. Nunca vi<br />

coisa igual. Fiz muitos negócios. Para Angola,<br />

estou a comprar 100% de material à China.<br />

Estive lá três semanas”, recorda.<br />

w ATIVIDADE GLOBAL<br />

Recuando no tempo, numa história já com 18<br />

anos, refira-se que a Casa Marques começou<br />

por trabalhar, sobretudo, na importação de<br />

pneus de ocasião e novos. E na venda de jantes,<br />

negócio que fez ecoar o nome da casa. Mas<br />

muito mudou quando, por influência de um<br />

amigo germânico, Luís Marques começou, aos<br />

poucos, a abandonar a revenda e a apostar na<br />

montagem. O seu sonho, contudo, alimentado<br />

pelos tempos em que viveu na Suíça, onde<br />

“cresceu como homem” e teve sete anos de formação<br />

como mecânico, era alargar a atividade<br />

e os serviços da Casa Marques. Cumpriu esse<br />

desejo dentro da empresa: hoje, dispõe já de<br />

serviços abrangentes e de uma equipa de seis<br />

52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


profissionais. “Sou observador. Cada vez que<br />

vou à Alemanha, vejo como eles funcionam.<br />

É importante fidelizar o cliente, mas não através<br />

de cartões ou de pontos. Pela qualidade!”,<br />

sublinha o responsável.<br />

Passo importante no percurso da Casa Marques<br />

foi ainda a cartada angolana. Há 10 anos, Luís<br />

Marques decidiu que seria um bom investimento.<br />

Antes de muitos. E até previu as dificuldades<br />

que o futuro traria. E defendeu-se delas.<br />

A tempo. “Temos dois sócios fortíssimos em<br />

Angola. Desde 2006. Previ o que se está a passar<br />

agora há cinco anos. Hoje, temos três oficinas<br />

a funcionar. Mas montei um bom mecanismo<br />

para vender. E as coisas funcionam”, garante.<br />

w INSTALAÇÕES MODERNAS<br />

Mas o momento mais alto da Casa Marques foi<br />

há dois anos, com a mudança de instalações.<br />

“Passámos de um pequeno barracão de 300<br />

m 2 para uma casa com 7.000 m 2 ”, adianta Luís<br />

atividade entre a mecânica e os pneus, através<br />

de uma aposta assumida nos produtos novos.<br />

Porquê? “Porque é o futuro!”, explica. Hoje, 70%<br />

do negócio são serviços de mecânica e 30%<br />

são pneus. “Já foi ao contrário”, afirma.<br />

“Trabalhamos com marcas premium, quality e<br />

budget. Depende daquilo que o cliente pretende.<br />

Procuramos que seja sempre o melhor,<br />

porque o melhor nunca lhe dá problemas”, diz.<br />

“Fazemos de tudo. Desde diagnóstico, eletricidade,<br />

lavagem, mecânica e motores. Estamos<br />

a reconstruir um motor com 60 anos.”, reforça<br />

o responsável.<br />

w VALOR DA PALAVRA<br />

Luís Marques assume que se sente “realizado”.<br />

A empresa tem crescido to<strong>dos</strong> os meses e há<br />

clientes (particulares e não empresas) que vêm<br />

de muito longe para serem atendi<strong>dos</strong> por si e<br />

pela sua equipa. “O nome é muito importante.<br />

É o nosso maior património!”, enfatiza. Por falar<br />

marcas”, explica. Por tudo isto, o responsável<br />

nunca regateia preços quando algum cliente<br />

diz ter visto o mesmo pneu mais barato na<br />

concorrência. “Respondo que não lhe estou a<br />

vender um pneu, mas sim um serviço”.<br />

Não contem com Luís Marques para aderir<br />

a uma rede. Já foi aliciado nesse sentido. E<br />

até admite que o futuro do mercado seja<br />

esse. Mas, na sua perspetiva, em rede, fica-<br />

-se “preso a um sistema criado por alguém<br />

e não se pode desenvolver uma ideologia<br />

própria de trabalho”, confessa.<br />

Gosta de pensar pela sua própria cabeça. Já<br />

lhe disseram que o ideal para o negócio seria<br />

ter a Casa Marques situada em Lisboa e não<br />

perto de Cantanhede. Discorda. E recorre a<br />

um exemplo. Na Suíça, que ele bem conhece,<br />

a maior oficina fica a 30 quilómetros de Genebra<br />

e faz uma média de 600 viaturas por dia.<br />

“Tem filas de clientes com três quilómetros<br />

até à sua porta”, sublinha.<br />

Marques à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>. Um espaço “construído<br />

de raiz e dotado de um visual moderno,<br />

onde to<strong>dos</strong> os detalhes foram cuida<strong>dos</strong>. Ou<br />

não tenha o responsável acompanhado os<br />

trabalhos desde a colocação “da primeira até<br />

à última pedra”, conta Luís Marques.<br />

Na “nova vida”, a Casa Marques divide a sua<br />

em nomes, Casa Marques é herdado do seu<br />

avô, um homem que selava os acor<strong>dos</strong> com<br />

um aperto de mão. “Valia mais do que uma<br />

escritura! Hoje, as coisas não funcionam bem<br />

assim. Mas a palavra é tudo”, afirma.<br />

Aspeto crucial é ainda a transparência na relação<br />

com os clientes/amigos. “Os clientes devem<br />

saber de tudo. Acompanhar tudo. Faço um<br />

registo de cada viatura que aqui entra. E o dono<br />

sabe tudo o que está a ser feito ao seu veículo.<br />

Tenho registos com 10 anos. É como fazem as<br />

w MUDANÇA DE CICLO<br />

Para Luís Marques, Portugal, em geral, e o setor<br />

<strong>dos</strong> pneus, em particular, encontram-se<br />

perante uma “mudança de ciclo”. Conforme<br />

explica, “o mercado está a fazer uma purga” e<br />

aqueles que “aguentarem os próximos cinco<br />

anos” sobreviverão. “Mas é preciso apertar, conter<br />

os custos”. Para ilustrar a sua opinião, volta<br />

a recorrer ao exemplo germânico. “Existem,<br />

na Alemanha, cinco fornecedores de pneus.<br />

Em Portugal, são 27”, lamenta o responsável.♦<br />

Casa Marques<br />

Morada Zona Industrial de Febres, Lote 19, 3060 - 345 Febres | Telefone 231 469 976 | Fax 231 469 911<br />

| Email geral@casa-marques.com | Site www.casa-marques.com<br />

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Gestão<br />

Oficina limpa e organizada<br />

Confiança à primeira vista<br />

Uma oficina organizada e limpa não é apenas uma questão estética. Quer a limpeza<br />

quer o aspeto, dizem muito acerca da forma como é realizado o trabalho. Além do<br />

mais, é sinal de que estamos perante um serviço de confiança<br />

A<br />

implementação de um sistema adequado<br />

de ordem e limpeza deve<br />

basear-se em méto<strong>dos</strong> seguros de<br />

armazenamento, sinalização <strong>dos</strong><br />

corredores, arrumação das ferramentas, remoção<br />

sistemática de desperdícios/resíduos<br />

e limpeza de pisos. Em seguida, abordaremos,<br />

de forma mais aprofundada, to<strong>dos</strong> estes aspetos<br />

e revelaremos os segre<strong>dos</strong> para manter<br />

a oficina limpa e organizada, condições que<br />

serão sempre imprescindíveis para o correto<br />

desenvolvimento das tarefas.<br />

A Lei-Quadro de Segurança, Higiene e Saúde<br />

no Trabalho faz incidir sobre as entidades empregadoras<br />

a obrigatoriedade de manterem<br />

os locais de trabalho limpos e organiza<strong>dos</strong>. A<br />

Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, define,<br />

1 - Instalações: devem ser mantidas limpas e<br />

livres de riscos e obstáculos, como manchas de<br />

óleo e peças abandonadas. Devem cumprir a<br />

norma no que respeita a temperatura, iluminação<br />

e insonorização, bem como dispor de saídas<br />

de emergência dispostas adequadamente.<br />

A limpeza das instalações deve ser extensível<br />

a todas as áreas da oficina: área mecânica, área<br />

de chapa e pintura, sala de espera/atendimento<br />

ao cliente e casas de banho.<br />

2 - Materiais e equipamentos: é necessário<br />

seguir os programas de limpeza e manutenção<br />

específicos de cada ferramenta da oficina.<br />

3 - Resíduos: É imprescindível dispor de, pelo<br />

menos, um armazém onde guardar separadamente<br />

os resíduos perigosos. De igual modo,<br />

para armazenar e descartar os resíduos, é neno<br />

seu artigo 15.º, as obrigações gerais do empregador,<br />

em matéria de segurança e saúde<br />

no trabalho. O empregador deve, nomeadamente,<br />

assegurar ao trabalhador condições<br />

de segurança e saúde em to<strong>dos</strong> os aspetos<br />

do seu trabalho.<br />

O empregador deve, para tal, organizar os<br />

serviços adequa<strong>dos</strong>, internos ou externos à<br />

empresa, estabelecimento ou serviço, mobilizando<br />

os meios necessários, nomeadamente<br />

nos domínios das atividades de prevenção,<br />

da formação e da informação, bem como o<br />

equipamento de proteção a utilizar.<br />

w NORMAS BÁSICAS<br />

A limpeza da oficina deve apoiar-se em três<br />

grandes pilares:<br />

54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


cessário dispor de contentores adequa<strong>dos</strong> e<br />

garantir a sua correta eliminação, recorrendo<br />

a empresas especialistas na matéria.<br />

Estas normas pretendem garantir a organização<br />

e a limpeza da oficina e abrangem todas<br />

as dependências da mesma. No entanto, só<br />

serão bem-sucedidas se forem implementadas<br />

e fomentadas corretamente, desde a direção<br />

da oficina aos restantes funcionários.<br />

w MUDAR HÁBITOS E APROVEITAR MEIOS<br />

O ponto de partida para uma política correta<br />

de organização e limpeza começa com uma<br />

avaliação objetiva de to<strong>dos</strong> os elementos imprescindíveis<br />

para a oficina. Trata-se de eliminar<br />

o inútil e de identificar o necessário. Não é<br />

uma tarefa fácil. Inicialmente, será complicado<br />

distinguir o necessário do acessório e, mais<br />

ainda, remover certos elementos que sempre<br />

ocuparam uma determinada zona da oficina.<br />

Para o efeito, deveremos começar por uma<br />

campanha de seleção e discriminação <strong>dos</strong> elementos<br />

em função da sua utilidade, dispondo<br />

de contentores ou recipientes especiais para<br />

recolher o que é desnecessário. Inicialmente,<br />

será complicado distinguir o necessário do<br />

acessório e mais ainda remover certos elementos<br />

que sempre ocuparam uma determinada<br />

zona da oficina.<br />

Uma vez realizada a primeira seleção, o passo<br />

seguinte é classificar os elementos de acordo<br />

com o grau de utilidade e necessidade. Podemos<br />

guiar-nos por dois parâmetros importantes<br />

para determinar o grau de necessidade:<br />

l Frequência com a qual se utiliza o elemento:<br />

desta forma, podemos descartar o que é utilizado<br />

esporadicamente.<br />

l Quantidade de elementos necessária para<br />

o trabalho: podemos retirar do ambiente o<br />

excesso ou as sobras de material.<br />

Terminada esta primeira etapa, teremos conseguido<br />

o mais difícil: mudar hábitos de trabalho<br />

adquiri<strong>dos</strong> erradamente durante anos. O<br />

ponto seguinte a considerar neste processo,<br />

é o de acondicionar a oficina e aproveitar os<br />

meios disponíveis para guardar e localizar o<br />

material facilmente.<br />

Visto que já conseguimos eliminar o desnecessário<br />

no nosso dia a dia, o objetivo seguinte é<br />

organizar o que é útil, de modo a que todas as<br />

ferramentas estejam no respetivo sítio e exista<br />

um lugar específico para cada uma delas. É<br />

necessário definir, de forma clara, em que<br />

lugar deve estar cada utensílio, para que os<br />

funcionários da oficina saibam onde encontrar<br />

cada uma das ferramentas. Obviamente,<br />

é imprescindível que, depois de utilizadas,<br />

as ferramentas voltem a ser colocadas nas<br />

respetivas posições.<br />

Organizar o que é útil de modo a que todas<br />

as ferramentas estejam no respetivo sítio e<br />

exista um lugar específico para cada uma<br />

delas. A não implementação desta rotina,<br />

provoca desordem e reduz a produtividade,<br />

aumentando o tempo despendido na procura<br />

de elementos e o risco de acidentes devido<br />

a ferramentas mal colocadas.<br />

Para acondicionar corretamente as ferramentas<br />

da oficina, devemos guiar-nos por<br />

dois fatores:<br />

l Frequência de utilização: os elementos<br />

mais utiliza<strong>dos</strong> devem ser coloca<strong>dos</strong> perto<br />

do local de trabalho, ao passo que os que não<br />

são utiliza<strong>dos</strong> com tanta frequência devem<br />

ser dispostos em locais mais afasta<strong>dos</strong>. Isto<br />

evita perdas de tempo devido a deslocações<br />

desnecessárias.<br />

l Tipo de ferramenta: as ferramentas do<br />

mesmo tipo e com utilizações similares,<br />

devem ser colocadas juntas. Além do mais,<br />

para garantir a segurança <strong>dos</strong> funcionários e<br />

clientes, é necessário delimitar corretamente<br />

todas as áreas da oficina, bem como as zonas<br />

exclusivas <strong>dos</strong> funcionários e as zonas de<br />

passagem de clientes. A sinalização destas<br />

zonas deve ser delimitada por faixas alternadas<br />

amarelas e pretas com uma inclinação<br />

aproximada de 45º.<br />

w LIMPEZA E MANUTENÇÃO DE FERRAMENTAS<br />

No que se refere a ferramentas, materiais e<br />

equipamentos, é necessário seguir os programas<br />

de limpeza e manutenção específicos de<br />

cada ferramenta da oficina. Há equipamentos<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 55


Gestão<br />

Oficina limpa e organizada<br />

l Manter limpo o posto de trabalho, evitando<br />

a acumulação de sujidade, pó ou restos metálicos.<br />

Os pisos devem permanecer limpos<br />

e sem derrames para evitar escorregadelas.<br />

l Recolher, limpar e guardar nas zonas de<br />

armazenamento as ferramentas e utensílios<br />

de trabalho após a sua utilização.<br />

l Limpar e conservar corretamente as máquinas<br />

e equipamentos de trabalho, de acordo<br />

com os programas de manutenção estabeleci<strong>dos</strong>.<br />

l Reparar as ferramentas avariadas ou informar<br />

o supervisor sobre a avaria, evitando<br />

realizar testes caso não se disponha da autorização<br />

correspondente.<br />

l Não sobrecarregar estantes, recipientes e<br />

zonas de armazenamento.<br />

l Não deixar objetos esqueci<strong>dos</strong> no solo e<br />

evitar que sejam derrama<strong>dos</strong> líqui<strong>dos</strong>.<br />

l Colocar sempre os desperdícios e o lixo em<br />

contentores e recipientes adequa<strong>dos</strong>.<br />

l Disponibilizar os manuais de instruções<br />

e os utensílios gerais num local do posto de<br />

trabalho que seja facilmente acessível.<br />

l Manter sempre limpas, livres de obstáculos<br />

e devidamente sinalizadas, as escadas e zonas<br />

de passagem.<br />

l Não bloquear extintores, mangueiras e elementos<br />

de combate a incêndios com caixas<br />

ou mobiliário.<br />

l Utilizar caixas porta-ferramentas para<br />

transportá-las e quando não forem utilizadas,<br />

colocando-as em painéis ou bancadas<br />

que não precisam de manutenção ou muito<br />

básica, mas outras são mais complexas e<br />

requerem revisões periódicas, para que não<br />

ocorram atrasos ou falhas nas operações.<br />

As ferramentas manuais básicas, como martelos,<br />

serras e chaves inglesas, podem ser revistas<br />

com um simples olhar. É importante assegurar<br />

que não têm qualquer tipo de defeito e evitar<br />

que acumulem sujidade e corrosão. Para limpar<br />

este tipo de ferramentas que costumam<br />

ser de metal (ou conter partes metálicas), é<br />

recomendável usar um pano impregnado com<br />

um pouco de lubrificante. Para a sujidade mais<br />

difícil ou superfícies riscadas ou com imperfeições,<br />

também é possível utilizar papel de<br />

lixa fino ou médio. E para proteção contra a<br />

ferrugem, limpar com água e óleo sem áci<strong>dos</strong>.<br />

Dentro da oficina, também encontramos ou-<br />

PROCEDIMENTOS PARA MANTER A OFICINA LIMPA<br />

estabelecidas para o efeito. Usar carrinhos<br />

móveis para depositá-las enquanto estão a<br />

ser utilizadas.<br />

l Dispor de recipientes incombustíveis, de<br />

fecho automático e hermético, para depositar<br />

nos mesmos to<strong>dos</strong> os desperdícios inflamáveis,<br />

bem como trapos impregna<strong>dos</strong> de óleo<br />

ou lubrificante.<br />

l Colocar corrimões em redor do fosso de reparações,<br />

com uma altura não inferior a 0,90<br />

metros, e cobrir o fosso quando não estiver<br />

a ser utilizado, para evitar quedas. Limpar<br />

e recolher óleos, lubrificantes e líqui<strong>dos</strong> de<br />

travões do seu interior para evitar escorregadelas<br />

durante o trabalho.<br />

l Colocar avisos e sinais a proibir a passagem<br />

por baixo de cargas suspensas em caso de<br />

macacos ou gruas.<br />

l Implementar ‘ligação terra’ em toda a instalação<br />

elétrica. Utilizar tensão de segurança<br />

nas lâmpadas portáteis e utilizar enroladores<br />

com tomadas múltiplas.<br />

l Dispor de um bom sistema de ventilação<br />

em todo o espaço para facilitar a eliminação<br />

<strong>dos</strong> gases nocivos (dissolventes das pinturas<br />

e gasolina).<br />

l Formar, adequadamente, os profissionais<br />

da oficina sobre a necessidade de manter a<br />

mesma limpa e organizada. Por exemplo,<br />

através da realização de cursos internos de<br />

prevenção de riscos laborais, que costumam<br />

insistir nestes aspetos.<br />

tro tipo de equipamentos mais complexos e<br />

pesa<strong>dos</strong>, como as ferramentas para elevação<br />

de carga, macacos, gruas ou elevadores. Estes<br />

equipamentos devem ser submeti<strong>dos</strong> a uma<br />

revisão anual e a pessoa responsável pela dita<br />

revisão deverá estar capacitada por um título<br />

de qualificação para o efeito, sendo o responsável<br />

legal pela dita tarefa e pelos prejuízos<br />

que possam surgir como consequência de<br />

um teste mal efetuado, independentemente<br />

de se tratar de pessoal da oficina ou alheia<br />

à mesma.<br />

As ferramentas pneumáticas, como chaves ou<br />

pistolas de impacto, lixadoras, polidoras ou<br />

esmeriladoras, também requerem limpezas e<br />

revisões. Mantê-las limpas evita a acumulação<br />

de sujidade no bocal, na mangueira ou no<br />

corpo da ferramenta, situação que poderia<br />

dificultar a sua utilização. Através das revisões,<br />

é possível detetar fugas, desvios no canhão<br />

ou perdas de pressão nas ferramentas. Também<br />

é imprescindível rever o estado <strong>dos</strong><br />

compressores.<br />

Outro elemento imprescindível são os equipamentos<br />

de proteção individual (EPI), os quais<br />

devem ser adequa<strong>dos</strong> para cada trabalho e<br />

que, tal como as máquinas, têm de conter<br />

a marcação CE: luvas para evitar o contacto<br />

com os lubrificantes, detergentes, áci<strong>dos</strong>,<br />

dissolventes ou pinturas; proteção auditiva<br />

contra ruí<strong>dos</strong>; óculos ou máscara facial contra<br />

projeção de partículas; manguitos, avental e<br />

polainas para trabalhos de soldadura; máscara<br />

para proteção contra a exposição a contaminantes<br />

químicos.<br />

Cabe aos próprios trabalhadores recolher, limpar<br />

e guardar nas zonas de armazenamento<br />

as ferramentas e os utensílios de trabalho.<br />

Além do mais, tal como já referimos na epígrafe<br />

de normas básicas, é imprescindível<br />

reparar as ferramentas avariadas ou, como<br />

alternativa, informar a pessoa encarregada<br />

de rever as ferramentas e os equipamentos,<br />

para determinar se existe algum defeito que<br />

seja necessário solucionar. Cabe aos próprios<br />

trabalhadores recolher, limpar e guardar nas<br />

zonas de armazenamento as ferramentas e<br />

os utensílios de trabalho.<br />

Por último, é básico dispor de um inventário,<br />

através do qual possamos realizar um seguimento<br />

<strong>dos</strong> recursos utiliza<strong>dos</strong> e <strong>dos</strong> seus locais<br />

de armazenamento.<br />

w SINALIZAÇÃO:<br />

A sinalização da localização das ferramentas<br />

e equipamentos também é básica para agilizar<br />

os trabalhos e evitar perdas de tempo à<br />

56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


procura de ferramentas ou produtos.<br />

É importante que os funcionários da oficina<br />

respeitem a dita sinalização e guardem sempre<br />

as ferramentas no lugar correspondente. Isto é<br />

especialmente importante no que diz respeito<br />

a produtos tóxicos ou inflamáveis.<br />

No entanto, a sinalização na oficina, não se<br />

limitar, de forma alguma, a indicar onde se<br />

encontram as ferramentas ou equipamentos,<br />

é também muito importante para garantir a<br />

segurança, tanto de funcionários como de<br />

clientes. Por conseguinte, é básico contar com<br />

sinalização homologada para:<br />

l Determinar as zonas nas quais é proibida a<br />

passagem a clientes. Estas áreas devem estar<br />

delimitadas com faixas amarelas e pretas no<br />

solo e alguma sinalização vertical.<br />

l A marcação de perímetros em redor de elevadores<br />

e fossos, indicando, simultaneamente,<br />

os sinais de zonas de possíveis tropeções e<br />

quedas. É básico contar com sinalização homologada<br />

para determinar as zonas nas quais<br />

é proibida a passagem a clientes.<br />

l Delimitar as saídas de emergência com os correspondentes<br />

cartazes de cor verde e branca.<br />

l Sinalizar a localização <strong>dos</strong> extintores, bem<br />

w BOAS PRÁTICAS AMBIENTAIS<br />

Em primeiro lugar, é importante assinalar que<br />

as oficinas produzem diversos resíduos que é<br />

necessário organizar e gerir para o seu correto<br />

armazenamento, manutenção e eliminação.<br />

O Decreto-Lei n.º 178/2006 , de 5 setembro,<br />

relativo aos resíduos e solos contamina<strong>dos</strong>,<br />

determina as obrigações das oficinas de veículos<br />

no que respeita a gestão de resíduos.<br />

l Resíduos perigosos: pinturas, baterias, óleo<br />

de motor usado e produtos químicos.<br />

l Resíduos não perigosos: vidros, pneus e<br />

ferramentas danificadas.<br />

l Resíduos urbanos: cartão, plástico, vidro.<br />

A opção mais comum é contratar os serviços<br />

de uma empresa especializada em Sistemas<br />

Integra<strong>dos</strong> de Gestão (SIG), embora a própria<br />

oficina também possa fazer essa gestão ou<br />

recorrer a serviços públicos ou priva<strong>dos</strong> de<br />

recolha de resíduos.<br />

A oficina também é um local de trabalho no<br />

qual se produz um elevado consumo energético<br />

(água, luz, combustíveis). Portanto, é<br />

indispensável adotar medidas para poupar<br />

energia e utilizá-la de forma mais eficiente. Por<br />

exemplo, é possível proceder a uma análise do<br />

ORGANIZAÇÃO<br />

E LIMPEZA SÃO<br />

PROCEDIMENTOS<br />

BÁSICOS<br />

Num local de trabalho, como uma oficina de<br />

veículos, onde os funcionários têm de manusear<br />

uma grande quantidade de ferramentas<br />

e produtos, assim como estão expostos<br />

a fumos, gases e acumulação de sujidade,<br />

a limpeza e a organização tornam-se ainda<br />

mais necessárias para garantir o bom funcionamento<br />

da empresa reparadora.<br />

Não são necessários grandes esforços para<br />

manter a oficina limpa e organizada. Trata-<br />

-se apenas de criar uma série de hábitos com<br />

vista a facilitar e simplificar a organização e<br />

melhorar a higiene na oficina. Não são necessárias<br />

muitas despesas nem serão precisas<br />

realizar tarefas árduas. Na verdade, manter a<br />

organização na oficina favorece a produtividade,<br />

o que se torna num bom investimento<br />

a médio e longo prazos.<br />

E o melhor de tudo é que, à medida que estes<br />

hábitos são implementa<strong>dos</strong>, vão sendo interioriza<strong>dos</strong>.<br />

De tal forma que manter a oficina<br />

limpa e organizada, será cada vez mais fácil<br />

e passará a fazer parte da rotina. E esse é,<br />

realmente, o principal objetivo.<br />

como os tipos de incêndio para os quais são<br />

indica<strong>dos</strong> (sóli<strong>dos</strong>, líqui<strong>dos</strong>, gases ou metais).<br />

l Indicar, através de triângulos de advertência<br />

ou outros sinais, a existência de água ou de<br />

outro líquido no solo.<br />

Naturalmente que todas as ferramentas devem<br />

ter corretamente assinala<strong>dos</strong> os aspetos<br />

importantes relativamente ao seu uso.<br />

Por exemplo, no caso das esmeriladoras, será<br />

necessário assinalar, de forma clara e visível,<br />

que os óculos protetores são indispensáveis<br />

para serem utiliza<strong>dos</strong>.<br />

consumo energético por zonas e tomar medidas<br />

para elevar a eficácia, como substituir<br />

equipamentos velhos e obsoletos por outros<br />

mais atuais. O objetivo é ordenar e organizar<br />

também o consumo energético.<br />

O armazém é outro <strong>dos</strong> pontos críticos da<br />

oficina no que respeita ao meio ambiente. O<br />

ideal é ter diferentes armazéns onde dispor<br />

<strong>dos</strong> diferentes tipos de ferramentas e produtos<br />

de forma segura e organizada. Os contentores<br />

devem estar adapta<strong>dos</strong> em forma, tamanho<br />

e cor ao tipo de resíduos que albergam, para<br />

facilitar a sua identificação. Mas para que um<br />

armazém esteja corretamente organizado, é<br />

necessário ter em conta outros fatores:<br />

l Deve estar limpo e organizado.<br />

l Os resíduos devem estar ordena<strong>dos</strong> por tipos.<br />

l Os bidões com produtos perigosos devem<br />

ser sela<strong>dos</strong> hermeticamente.<br />

l Os contentores devem estar espaça<strong>dos</strong> o<br />

suficiente para evitar o contacto entre si, de<br />

modo a que seja mais fácil aceder aos mesmos.<br />

l Os produtos perigosos devem estar isola<strong>dos</strong><br />

do restante material.<br />

l Manter o armazém em condições de temperatura<br />

e ventilação adequadas.<br />

Por isso, os contentores, como já mencionado,<br />

devem estar adapta<strong>dos</strong> em forma, tamanho e<br />

cor ao tipo de resíduos que albergam. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 57


Avaliação obrigatória<br />

Toyota Prius Luxury<br />

Reflexo condicionado<br />

É o híbrido mais conhecido do planeta. Nesta nova geração, o Toyota Prius atingiu<br />

o expoente máximo em termos de conforto, insonorização, suavidade e tecnologia.<br />

No entanto, o seu reflexo continua condicionado. Por uma invejável performance<br />

ambiental. Na versão Luxury, a mais equipada, custa nada menos do que €34.540<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Se os veículos híbri<strong>dos</strong> gozam, hoje, um<br />

elevado estatuto, muito devem-no à<br />

Toyota, que, em 1997, apresentou ao<br />

mundo o primeiro Prius. Foi o início de<br />

uma ofensiva sem precedentes ao serviço de<br />

uma tecnologia, que, anos mais tarde, veio a<br />

ser “democratizada”. A tal ponto que, nos dias<br />

que correm, poucos são os construtores que<br />

não incluem na sua oferta, pelo menos, um<br />

veículo equipado com dois motores: um de<br />

combustão (gasolina ou Diesel); outro elétrico.<br />

O rasto ecológico (e tecnológico) do Prius,<br />

há muito que ficou desenhado na história<br />

do planeta, graças à redução de milhões de<br />

toneladas de CO 2<br />

. Agora, com a nova geração,<br />

a Toyota vai mais longe. Sempre em defesa do<br />

planeta, entenda-se. Mais confortável, melhor<br />

insonorizado, mais suave e mais refinado, o<br />

novo Prius atingiu o expoente máximo. Razão<br />

mais do que suficiente para que tivéssemos<br />

ensaiado a versão de topo, a Luxury, que custa<br />

nada menos do que €34.540.<br />

w VISUAL FUTURISTA<br />

Há quem goste e quem ache horrível. Visualmente<br />

falando, entenda-se. Depende,<br />

em certa medida, da cor. A da unidade que<br />

nos foi cedida para teste, não é, de facto, das<br />

mais “felizes”. Sem ser propriamente um hino<br />

ao design, o novo Prius faz jus ao seu conceito<br />

inovador e apresenta-se, nesta geração, com<br />

um novo figurino. Nova grelha, novos para-<br />

-choques, jantes de nova conceção e grupos<br />

óticos mais arroja<strong>dos</strong>. Na secção lateral e na<br />

58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


traseira, não podiam faltar os característicos<br />

letterings pratea<strong>dos</strong> Hybrid. Na versão Luxury,<br />

as jantes são de 17” e dispõem de duas tonalidades.<br />

Para aceder quer ao habitáculo quer à bagageira,<br />

assim como para ligar o motor, não é<br />

necessário utilizar a chave, graças ao sistema<br />

“Smart Entry & Start”. Uma das muitas ”mordomias”<br />

com as quais o novo Prius nos brinda. À<br />

qual se pode juntar o opcional Toyota Touch 2<br />

com Go+ (sistema de navegação; otimização<br />

das capacidades do Bluetooth; ligação USB<br />

citarmos alguns exemplos.<br />

Funcional e espaçoso, o habitáculo do novo<br />

Prius faz-se valer ainda de um posto de condução<br />

ergonómico, de uma qualidade convincente<br />

e de uma bagageira ampla (502 litros).<br />

Nesta proposta ambiental, destaque merece,<br />

também, o esquema que mostra o funcionamento<br />

do sistema híbrido que a move.<br />

w TEORIA HÍBRIDA<br />

Mais confortável, melhor insonorizado e com<br />

uma caixa automática de variação contínua<br />

-i de 98 cv e 142 Nm), baterias de hidreto<br />

metálico-níquel alojadas sob o banco traseiro<br />

e um motor elétrico de 53 kW (72 cv), resultando<br />

numa potência máxima combinada de<br />

122 cv, que é transmitida às rodas dianteiras<br />

por intermédio de uma caixa automática de<br />

variação contínua (e-CVT).<br />

O motor foi completamente redesenhado<br />

de modo a alcançar uma economia de combustível<br />

significativamente melhor. O fluxo<br />

da gasolina, a combustão, a refrigeração e<br />

o controlo de detonação, foram alvo de melhoramento,<br />

passando ainda a ser feita uma<br />

utilização muito mais eficaz da recirculação<br />

<strong>dos</strong> gases de escape.Além disso, a Toyota desenvolveu<br />

um sistema de recuperação de calor<br />

que utiliza os gases de escape para acelerar<br />

o aquecimento do líquido de arrefecimento<br />

Linhas arrojadas,<br />

painel de<br />

instrumentos digital,<br />

seletor curto da<br />

caixa de velocidades<br />

e vários mo<strong>dos</strong> de<br />

condução, incluindo<br />

um 100% elétrico<br />

avançada; compatibilidade com aplicações<br />

externas, requerendo esta telemóvel e partilha<br />

de Internet compatíveis), o carregador<br />

wireless de smartphone, o ar condicionado<br />

automático “dual zone”, os sensores de luz e<br />

chuva, o retrovisor interior eletrocromático,<br />

o cruise control adaptativo, o visor head up,<br />

a câmara auxiliar de estacionamento, as tomadas<br />

de 12V, USB e Aux, os bancos em pele<br />

natural com aquecimento nos dianteiros e o<br />

painel de instrumentos digital de 4,2”, só para<br />

(CVT) aprimorada, o novo Prius exibe um desempenho<br />

dinâmico seguro, previsível e fácil<br />

de conduzir. Para mais, não tendo o pedal do<br />

travão aquele tato tão estranho como nas<br />

anteriores gerações, estando a direção mais<br />

assertiva e a suspensão mais eficaz. Contudo,<br />

é na teoria híbrida que este modelo continua<br />

a “apostar todas as suas fichas”. O novo sistema<br />

híbrido é, por isso, o seu ex-líbris. Contempla<br />

um motor de quatro cilindros a gasolina, que<br />

funciona segundo o ciclo Atkinson (1.8 VVTdo<br />

motor. Significa isto que é possível poupar<br />

combustível porque o sistema híbrido<br />

é capaz de parar o motor mais cedo e com<br />

maior frequência quando não é necessário<br />

deslocar o veículo.<br />

Tal como nos Prius das anteriores gerações (e<br />

como qualquer veículo full hybrid), o funcionamento<br />

<strong>dos</strong> dois motores (gasolina e elétrico) é<br />

gerido por uma unidade de controlo. O motor<br />

a gasolina envia movimento para as rodas e,<br />

ao mesmo tempo, faz atuar um gerador<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 59


Avaliação obrigatória<br />

Toyota Prius Luxury<br />

Toyo Nano Energy R<strong>41</strong><br />

Equipamento de origem<br />

w O Toyota Prius que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> testou vinha equipado<br />

com Toyo Nano Energy R<strong>41</strong>. Sendo equipamento de origem do mais<br />

recente modelo híbrido do construtor japonês de automóveis, este<br />

pneu privilegia a economia de combustível em detrimento de uma<br />

postura mais aguerrida. Contudo, não se pense que o Nano Energy<br />

R<strong>41</strong>, de medida 215/45R17 87W, não seja capaz de cumprir bem a<br />

sua função se for chamado a dar cartas em condução mais desportiva.<br />

Com um nível de ruído fixado nos 68 dB, o Nano Energy R<strong>41</strong><br />

(não deixa de ser curiosa a associação Toyo a Toyota, uma vez que<br />

as primeiras quatro letras são comuns a ambos os fabricantes – o de<br />

pneus e o de veículos), exibe a classificação de etiquetagem europeia<br />

“C”, quer no que diz respeito a consumo de combustível, quer em<br />

matéria de desempenho em piso molhado.<br />

elétrico, cuja energia aciona o motor elétrico<br />

ou é armazenada na bateria. Sempre que<br />

se liga o veículo (desde que as baterias não se<br />

encontrem abaixo de um nível pré-definido),<br />

quando se arranca (desde que suavemente)<br />

ou em descidas longas e pouco acentuadas,<br />

é apenas o motor elétrico que desloca o novo<br />

Prius. Em situações normais, ambos os motores<br />

estão em funcionamento e ambos movem<br />

o veículo, sendo parte da energia utilizada<br />

para o efeito e outra parte direcionada para<br />

recarregar as baterias. Em aceleração, ambos<br />

os motores estão em funcionamento, sendo,<br />

para além disso, retirada energia das baterias<br />

para fazer mover o motor elétrico com mais<br />

Espaçoso, futurista,<br />

funcional e bem<br />

equipado. As<br />

aplicações em branco<br />

lacado são, contudo,<br />

de gosto discutível<br />

força. Nas desacelerações e nas travagens<br />

(existe, também, um sistema regenerativo<br />

nos travões), o motor elétrico funciona como<br />

gerador, transformando a energia cinética das<br />

rodas em energia elétrica que é armazenada<br />

nas baterias. Sempre que o novo Prius para,<br />

como, por exemplo, num semáforo vermelho,<br />

MOTOR DE COMBUSTÃO<br />

Tipo<br />

4 cil. em linha, transv., dianteiro<br />

Cilindrada (cc) 1798<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

80,5x88,3<br />

Taxa de compressão 13,0:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 98/5200<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 142/3600<br />

Distribuição<br />

2 v.e.c./VVT-i, 16 válvulas<br />

Alimentação<br />

injeção eletrónica multiponto<br />

MOTOR ELÉTRICO<br />

Tipo<br />

síncrono de magneto permanente<br />

Voltagem máxima (V) 600<br />

Potência máx./binário máx. (kW/Nm) 53/163<br />

RENDIMENTO COMBINADO<br />

Potência máxima combinada (cv/rpm) 122/n.d.<br />

BATERIA<br />

Tipo<br />

hidretos metálico-níquel<br />

Voltagem nominal (V) 201,6<br />

Capacidade nominal (Ah/horas) 6,5<br />

Número de módulos 28<br />

TRANSMISSÃO<br />

Tração<br />

dianteira com VSC<br />

Caixa de velocidades<br />

aut. de variação contínua (e-CVT)<br />

DIREÇÃO<br />

Tipo<br />

pinhão e cremalheira<br />

Assistência<br />

sim (elétrica)<br />

Diâmetro de viragem (m) 10,8<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (255)<br />

Traseiros (ø mm) discos maciços (259)<br />

ABS<br />

sim, com EBD+BAS+HAC<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

McPherson<br />

Traseira<br />

Triângulos sobrepostos<br />

Barra estabilizadora dianteira/traseira sim/sim<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 180<br />

0-100 km/h (s) 10,6<br />

CONSUMOS (l/100 km)<br />

Extra-urbano/combinado/urbano 3,3/3,3/3,3<br />

Emissões de CO2 (g/km) 76<br />

Nível de emissões Euro 6<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Cx 0,24<br />

Comprimento/largura/altura (mm) 4540/1760/1470<br />

Distância entre eixos (mm) 2700<br />

Vias frente/trás (mm) 1510/1525<br />

Capacidade do depósito (l) 43<br />

Capacidade da mala (l) 502<br />

Peso (kg) 1475<br />

Relação peso/potência comb. (kg/cv) 12,09<br />

Jantes de série<br />

7Jx17”<br />

<strong>Pneus</strong> de série 215/45R17<br />

PNEUS TESTE<br />

Toyo Nano Energy R<strong>41</strong><br />

215/45R17 87W<br />

PREÇO (s/ despesas) €34.540<br />

Unidade testada €34.540<br />

Imposto Único Circulação (IUC) €191,62<br />

o motor a gasolina é desligado, ligando-se<br />

depois de o veículo ter arrancado em modo<br />

elétrico. A terminar, refira-se que o novo Prius<br />

dispõe de vários mo<strong>dos</strong> de condução e que<br />

continua a recorrer à obsoleta solução de ter<br />

um pequeno pedal para ativar e desativar o<br />

travão de estacionamento. ♦<br />

60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


Em estrada<br />

Por: Jorge Por: Flores<br />

smart forfour BRABUS<br />

Boneco de luxo<br />

w Com o Natal à espreita, a terceira geração do smart forfour<br />

BRABUS revela-se como uma prenda atraente, mais potente.<br />

Trata-se, por isso, de um “boneco” que está melhor do que<br />

nunca. Mas de luxo. A vários níveis. Nem tanto pelo preço<br />

a que é comercializado em Portugal, €19.570, já de si capaz<br />

de afastar alguns adeptos menos abona<strong>dos</strong> em termos meramente<br />

económicos. Mas mais pelos consumos que este<br />

modelo, equipado com um ainda mais pequeno motor de três<br />

cilindros, é capaz de registar. Ligeiramente assustadores para a<br />

sua dimensão, mesmo. Os valores anuncia<strong>dos</strong> são de 4,6 l/100<br />

km em regime combinado. Porém, uma condução um pouco<br />

mais empenhada é suficiente para catapultar este registo. Em<br />

tudo o resto, o smart forfour BRABUS convence. Desde logo,<br />

pela jovialidade e energia do motor de 109 cv às 5750 rpm e<br />

170 Nm às 2000 rpm. A sua disponibilidade é empolgante. E<br />

não fossem os gastos de gasolina, até apeteceria fazer sempre<br />

jus à sua vertente “desportiva”. Basta ver que acelera <strong>dos</strong> 0-100<br />

km/h em 10,5 segun<strong>dos</strong> e alcança uma velocidade máxima de<br />

180 km/h. Depois, pela elegância<br />

das suas linhas, neste caso,<br />

com a carroçaria pintada a duas<br />

cores. Capaz de fazer boa figura<br />

no sapatinho de alguém. Se a<br />

tudo isto juntarmos a opcional<br />

linha Xclusive, está encontrada<br />

a irreverência que caracteriza<br />

o maior smart da atualidade.<br />

Renault Mégane Sports Tourer GT<br />

Azul elétrico<br />

w Atraente, confortável, espaçosa e potente. Não faltam predica<strong>dos</strong><br />

à carrinha Renault Mégane ST GT. Equipada com o<br />

motor TCe, desenvolvido pela Renault Sport, trata-se de um<br />

autêntico desportivo com ares familiares. O motor a gasolina<br />

de 1,6 litros com 205 cv, que traz acoplada caixa automática de<br />

dupla embraiagem com sete relações, faz jus a essa classificação.<br />

A que se junta, depois, o sistema de quatro rodas direcionais<br />

(4Control). Argumentos que tornam muito fácil extrair grandes<br />

momentos de diversão ao volante. Tudo assenta como uma luva<br />

a esta carrinha. Até o azul quase elétrico que dá cor à versão<br />

ensaiada combina com a sua estética. No exterior, destaca-se<br />

pelas vistosas jantes de 18’’ e pela expressiva grelha dianteira.<br />

Na traseira, exibe duas saídas de escape, a recordar-nos a sua<br />

natureza guerreira e a assinatura luminosa full-LED com efeito 3D<br />

(tecnologia Pure Vision). No interior, são vários os apontamentos<br />

característicos desta variante GT: pedais em alumínio, soleiras das<br />

portas cromadas, volante de três raios com base plana, costuras<br />

azuis nos bancos, nos apoios de braços, no volante, no travão de<br />

mão e no punho e fole do comando da caixa de velocidades. Para<br />

compor o visual do habitáculo,<br />

registe-se ainda os frisos azuis<br />

de tablier e portas, o ecrã tátil<br />

de 8,7” e as patilhas da caixa EDC<br />

situadas atrás do volante, para<br />

quem quiser sentir-se piloto. As<br />

performances? Fulgurantes. Os<br />

consumos? Mais eleva<strong>dos</strong> do<br />

que o desejável.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

3 cil. linha, transv. tras.<br />

Cilindrada (cc) 898<br />

Potência máxima (cv/rpm) 109/5750<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 170/2000<br />

Velocidade máxima (km/h) 180<br />

0-100 km/h (s) 10,5<br />

Consumo combinado (l/100 km) 4,6<br />

Emissões de CO2 (g/km) 104<br />

Preço €19.570<br />

IUC €91,36<br />

<strong>Pneus</strong> teste – fr./tr. Yokohama BluEarth - A, 185/45R17 78H – 205/40R17 80H<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1618<br />

Potência máxima (cv/rpm) 205/6000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 280/2400<br />

Velocidade máxima (km/h) 230<br />

0-100 km/h (s) 7,4<br />

Consumo combinado (l/100 km) 6,0<br />

Emissões de CO2 (g/km) 134<br />

Preço €33.100<br />

IUC €153,83<br />

<strong>Pneus</strong> teste – Continental ContiSportContact 5, 225/40R18 92Y XL<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 61


Em estrada<br />

Honda HR-V 1.6 i-DTEC Elegance<br />

À medida do mercado<br />

w Sabendo que os consumidores são particularmente apreciadores<br />

de SUV, bastando, para tal, analisar o crescimento exponencial<br />

que este segmento tem alcançado em to<strong>dos</strong> os países europeus, a<br />

Honda decidiu recriar o HR-V, posicionando-o abaixo do CR-V. E em<br />

boa hora o fez. Isto porque na versão Diesel intermédia da gama,<br />

a 1.6 i-DTEC de 120 cv, que, aqui, surge em análise, este modelo<br />

está perfeitamente adaptado à medida do mercado nacional.<br />

Desde logo, por ser comercializado por um preço convidativo<br />

(€28.890). Depois, por estar equipado com um motor Diesel que<br />

oferece prestações bastante interessantes com níveis de consumo<br />

reduzi<strong>dos</strong>. Dotado de caixa manual de seis velocidades, tração<br />

dianteira e diversos dispositivos<br />

de assistência à condução,<br />

este pequeno SUV oferece um<br />

desempenho dinâmico muito<br />

competente, pese embora a<br />

suspensão pudesse controlar<br />

melhor os movimentos da carroçaria.<br />

O posto de condução,<br />

esse, é ergonómico. Já o nível<br />

de equipamento, é expressivo.<br />

E a qualidade de construção pauta-se pelo muito razoável. O design,<br />

quer exterior quer interior, é outro <strong>dos</strong> pontos fortes deste<br />

Honda. E pontos fracos? Também existem, claro: a capacidade<br />

limitada da bagageira, o espaço pouco amplo para ocupantes<br />

e os locais de arrumação presentes em número reduzido. Não<br />

há bela sem senão.<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Suzuki Baleno 1.0 BoosterJet GLX<br />

Japonês suave<br />

w A Suzuki fez renascer o Baleno para o segmento <strong>dos</strong> familiares<br />

compactos. Já disponível em Portugal, em cinco versões, todas com<br />

motores a gasolina, uma das mais interessantes dá pelo nome de<br />

1.0 BoosterJet GLX. Desde logo, por estar equipada com um bloco<br />

de três cilindros com apenas 998 cc, que chega aos 111 cv e 170<br />

Nm graças à adoção de injeção direta e de um pequeno turbocompressor.<br />

Longe de exibir as vibrações e o som característico<br />

<strong>dos</strong> motores Diesel, este modelo japonês tem na suavidade de<br />

funcionamento a sua nota mais positiva. Mesmo não sendo um<br />

modelo que oferece prestações entusiasmantes, o Baleno pauta-se<br />

pela grande competência com que aborda a estrada, ainda que a<br />

suspensão pudesse ser mais firme e o comando da caixa de cinco<br />

velocidades evidencie alguma<br />

falta de precisão. Os consumos,<br />

desde que não se abuse<br />

do pedal da direita, são deveras<br />

atrativos. Tal como o preço<br />

a que é comercializado este<br />

modelo no nível de equipamento<br />

mais recheado: GLX.<br />

Depois, além do posto de<br />

condução correto, o espaço<br />

bastante razoável para ocupantes e bagagem, o design jovial e a<br />

qualidade de construção mediana completam o rol de características<br />

principais deste japonês suave, que disponibiliza, em opção,<br />

uma caixa automática de seis relações.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1597<br />

Potência máxima (cv/rpm) 120/4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 300/2000<br />

Velocidade máxima (km/h) 192<br />

0-100 km/h (s) 10,1<br />

Consumo combinado (l/100 km) 4,0<br />

Emissões de CO2 (g/km) 104<br />

Preço €28.890<br />

IUC €124,90<br />

<strong>Pneus</strong> teste – Michelin Energy Saver, 215/60R16 95H<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

3 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 998<br />

Potência máxima (cv/rpm) 111/5500<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 170/2000-3500<br />

Velocidade máxima (km/h) 190<br />

0-100 km/h (s) 11,0<br />

Consumo combinado (l/100 km) 4,7<br />

Emissões de CO2 (g/km) 109<br />

Preço €16.019<br />

IUC €91,36<br />

<strong>Pneus</strong> teste – Bridgestone Ecopia EP150, 185/55R16 83V<br />

62 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2016


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64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016<br />

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