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ENTREVISTA Ralph Bernfeld, da Bridgestone<br />
EMPRESAS J. Alves e Tuga <strong>Pneus</strong><br />
A revista n.º 1<br />
<strong>dos</strong> profissionais<br />
revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
<strong>46</strong><br />
Outubro 2017<br />
ANO VIII | 5 euros<br />
Mercedes E 220d Station<br />
A variante mais familiar da Classe E<br />
analisada com sete lugares<br />
TÉCNICA<br />
CEPP da ACAP:<br />
danos e avarias<br />
Com o objetivo de apoiar<br />
os profissionais, a Comissão<br />
Especializada de Produtores<br />
de <strong>Pneus</strong> da associação<br />
lançou um autêntico manual<br />
MÁQUINA DO TEMPO<br />
Manuel Vivas<br />
84 anos idade e sete<br />
décadas dedicadas aos<br />
pneus. A VTS é a mais<br />
recente aposta deste<br />
histórico do setor<br />
SALÃO DE FRANKFURT<br />
Viagem ao futuro<br />
Novidades tecnológicas <strong>dos</strong> fabricantes animaram certame alemão
INSCREVA-SE<br />
ON-LINE<br />
em www.cip2017.com<br />
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de grupo<br />
preços especiais<br />
CONFERÊNCIA<br />
INTERNACIONAL<br />
DE PNEUS<br />
www.cip2017.com<br />
Centro de Congressos da FIL - Lisboa<br />
Evento parceiro do Salão Mecânica
Editorial<br />
Diretor<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
Editor executivo<br />
Bruno Castanheira<br />
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Redação<br />
Jorge Flores<br />
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Email: geral@apcomunicacao.com<br />
GPS: 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W<br />
Construção<br />
da confiança<br />
De entre todas as responsabilidades que recaem sobre o<br />
proprietário de uma oficina de pneus, nenhuma é mais<br />
pesada do que a responsabilidade de ganhar confiança.<br />
Esta aplica-se quer ao negócio, quer à sua reputação<br />
pessoal<br />
Os retalhistas de pneus, como empresários,<br />
acarretam uma considerável<br />
responsabilidade para com os seus<br />
negócios, as suas famílias, os seus funcionários,<br />
a sua comunidade e muitos outros. São<br />
responsáveis por um conjunto de valores e um<br />
código de ética, já para não falar na legislação<br />
ligada à atividade, que não pode ser ignorada.<br />
O proprietário de uma oficina de pneus, não<br />
pode permitir ser responsável por distrações<br />
capazes de provocar uma interrupção séria. A<br />
obtenção da confiança junto <strong>dos</strong> interessa<strong>dos</strong><br />
nos negócios da oficina não inclui só os participantes<br />
mais óbvios, funcionários e clientes,<br />
mas estende-se, também, à comunidade,<br />
vendedores, família e outros.<br />
A confiança é fundamental para o sucesso, já que<br />
está intimamente ligada ao ADN do proprietário.<br />
Um ponto de arranque seguro para gerir e controlar<br />
este fator consiste numa avaliação pessoal<br />
honesta, seguida de um plano para melhorar a<br />
confiança a to<strong>dos</strong> os níveis, todas as interações<br />
e to<strong>dos</strong> os interessa<strong>dos</strong>. Lidar de forma honesta<br />
com a verdade é muito importante.<br />
A construção da confiança numa oficina é propositada,<br />
planeada e surge de cima para baixo.<br />
Os esforços superficiais resultarão em melhorias<br />
temporárias e estão condenadas a falhar caso<br />
sejam aplicadas sem vigor e consistência. Convém<br />
ter em consideração este aspeto, porque<br />
as exigências <strong>dos</strong> clientes e a pressão da concorrência<br />
são cada vez maiores.<br />
Os consumidores desejam cada vez mais um<br />
serviço personalizado oferecido por pessoal de<br />
vendas conhecedor. Desejam valor e desejam<br />
compreender de que forma a proposta de valor<br />
lhes é aplicável de forma individual. Apesar de<br />
excelente a fornecer informações, a Internet<br />
é deficItária no que diz respeito ao contacto<br />
pessoal e, em muitos casos, não antecipa nem<br />
responde à proposta de valor ou ao desejo de<br />
um serviço personalizado. A confiança é construída<br />
com base no conhecimento do produto<br />
e em apresentações capazes.<br />
Não basta dizer “É um bom pneu,” sem qualquer<br />
tipo de informação adicional. Onde é que está<br />
o valor? Onde é que está a personalização?<br />
Onde é que está o conhecimento? O ingrediente<br />
mais importante da construção de confiança<br />
é você mesmo, o proprietário, o seu padrão. O<br />
tema fundamental da construção de confiança<br />
pertence ao proprietário. O seu toque pessoal,<br />
o toque de confiança, é obrigatório. Este não é<br />
um assunto secundário. A forma como você e a<br />
sua equipa oferecem este toque, é importante.<br />
Hoje, quando um automobilista vai à oficina<br />
para substituir os pneus da sua viatura, espera<br />
poder encontrar um conjunto de serviços que,<br />
para além de lhe darem satisfação, transmitam<br />
igualmente confiança. A oficina que cumprir<br />
convictamente este “mandamento”, poderá<br />
facilmente garantir a satisfação <strong>dos</strong> seus clientes<br />
e fidelizá-los.<br />
A construção da confiança acrescenta valor!<br />
João Vieira<br />
Diretor<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03
Produto estrela<br />
Pirelli Scorpion Zero All Season<br />
Signo escorpião<br />
Concebido para maximizar o desempenho em todas as estações do ano, qualquer<br />
que seja a situação de condução, mesmo em estradas com neve, o Pirelli Scorpion<br />
Zero All Season destina-se aos principais fabricantes de automóveis premium<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
As afirmações de Patricia Vieito,<br />
trade & consumer marketing para<br />
Portugal e Espanha da Pirelli, à<br />
edição de junho de 2017 da <strong>Revista</strong><br />
<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, a propósito <strong>dos</strong> pneus para<br />
todas as estações, foram bem elucidativas:<br />
“Os pneus All Season continuam a ser uma<br />
‘questão pendente’ na Península Ibérica,<br />
em geral, e em Portugal, em particular. A<br />
expressão deste tipo de produto ainda é<br />
pequena, mas tem uma abrangência e uma<br />
polivalência muito importante para os próximos<br />
anos. Para as marcas, será um grande<br />
desafio a nível de comunicação, já que as<br />
vantagens deste tipo de produto são, definitivamente,<br />
melhores do que as da gama<br />
summer e, especialmente, em condições<br />
invernais”. A responsável acrescentou que<br />
“os modelos All Season são idóneos para os<br />
automobilistas que optam por assegurar o<br />
melhor rendimento e compromisso em qual-<br />
quer condição meteorológica. Conscientes<br />
de que um pneu summer baixa, consideravelmente,<br />
de rendimento abaixo de 7° C<br />
e que as opções winter têm uma resposta<br />
mais limitada nessas condições. Os pneus<br />
para todas as estações oferecem o equilíbrio<br />
entre os ‘dois mun<strong>dos</strong>’ e asseguram a melhor<br />
tração em condições de neve ou gelo, com<br />
uma durabilidade superior à <strong>dos</strong> ‘tradicionais’<br />
pneus de verão ou de inverno”.<br />
Dos vários modelos que compõem a oferta<br />
da Pirelli nesta categoria, um há que se<br />
destaca <strong>dos</strong> restantes: o Scorpion Zero All<br />
Season. Este pneu UHP SUV foi concebido<br />
para os principais fabricantes de automóveis<br />
premium. Projetado para maximizar<br />
o seu desempenho em todas as estações<br />
do ano, qualquer que seja a situação de<br />
condução, mesmo em estradas com neve,<br />
o Scorpion Zero All Season está disponível<br />
para jantes de 18” a 22”, com larguras de<br />
235 a 295 mm, séries 35 a 60 e índices velocidade<br />
Y, T, V, W, H. Como pontos fortes,<br />
anuncia quatro. Primeiro: sulcos com maior<br />
densidade (mais 93% de sulcos comparativamente<br />
ao Scorpion Zero assimétrico<br />
assegura excelente aderência e tração no inverno,<br />
resultando num eficaz desempenho<br />
em caso de neve). Segundo: sulcos curvos<br />
(os blocos internos garantem melhor tração<br />
na neve, proporcionando maior segurança e<br />
controlo nesse tipo de superfícies). Terceiro:<br />
desenho do piso otimizado com novas<br />
ranhuras (vantagem assinalável na redução<br />
de ruído para melhorar o conforto de<br />
condução). Quarto: ranhuras longitudinais<br />
para excelente expulsão de água (a parte<br />
externa é mais pequena para incrementar a<br />
segurança em seco e a menor espessura do<br />
piso tem o objetivo de aumentar a eficácia<br />
da travagem em seco, sem comprometer<br />
a durabilidade). ♦<br />
04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
AF_IMPRENSA_PECAS_EUROREPAR_180X258_RP.indd 1<br />
9/22/17 11:06 AM
Equipamento do mês<br />
Ravaglioli RAV WS<br />
Italiano vero<br />
Lançado, este ano, no Salão Autopromotec, em Bolonha, o elevador com medidor de<br />
profundidade de pneus RAV WS da Ravaglioli, que está disponível em três versões<br />
(101, 102 e 103), entrou em produção no passado mês de setembro. Já pode ser<br />
requisitado no representante da marca em Portugal: Pinto da Costa & Costa (PC&C)<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Para quem não está recordado, a Ravaglioli<br />
S.p.A., sediada em Bolonha,<br />
Itália, é das maiores empresas do<br />
mundo no setor de equipamentos<br />
oficinais. Na Europa, afirma ser o primeiro<br />
construtor de elevadores e uma das maiores<br />
empresas na produção de equipamentos<br />
para o setor <strong>dos</strong> pneus, bem como para o<br />
diagnóstico de veículos (controlo de travagem<br />
e alinhamento de rodas). Fundada<br />
em 1958 para produzir equipamentos oficinais,<br />
a Ravaglioli continuou, ininterruptamente,<br />
a desenvolver to<strong>dos</strong> os aspetos<br />
respeitantes à “área da elevação”, tanto para<br />
automóveis como para veículos comerciais<br />
e industriais. Mais de 350.000 elevadores<br />
de duas colunas foram já distribuí<strong>dos</strong> em<br />
diferentes partes do mundo, o que atesta<br />
bem a especialização e a importância que<br />
tem a Ravaglioli.<br />
Lançado, este ano, no Salão Autopromotec,<br />
que se realizou, em Bolonha, no passado<br />
mês de maio, a marca italiana, que, em Portugal,<br />
é representada pela Pinto da Costa<br />
& Costa (PC&C), iniciou a produção deste<br />
elevador com medidor de profundidade<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Precisão de medida<br />
Largura máxima do pneu<br />
Velocidade máxima<br />
Alimentação<br />
Peso máximo por eixo<br />
Temperatura de utilização<br />
Grau de proteção<br />
de pneus em setembro último. O equipamento<br />
está disponível em três versões: RAV<br />
WS101 (apenas medidor de profundidade),<br />
RAV WS102 (idêntico à versão anterior mais<br />
jogo profiler e programa de gestão ligado à<br />
receção da oficina) e RAV WS103 (idêntico<br />
às versões anteriores mais kit de extensão<br />
para alinhamento de rodas e linhas ITV). ♦<br />
0.25 mm<br />
600 mm<br />
8 km/h<br />
100 a 230 VAC, 50 – 60 Hz, Fase-1<br />
4 toneladas<br />
0-40° C<br />
IP65<br />
06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
DESENVOLVIDOS NA PISTA<br />
APROVADOS NA ESTRADA<br />
O nosso modelo AZENIS FK510 do segmento Ultra-High-Performance convence<br />
pela sua elevada segurança, excecional dinâmica de condução e maior economia de<br />
combustível<br />
A Falken é fornecedora do Grupo VW em equipamento de<br />
origem para os modelos:<br />
VW Passat | Skoda Superb | Seat Ateca<br />
Representantes exclusivos para Portugal:<br />
Zona Industrial da Pedrulha, Lote 12 - Mealhada | 3050-183 Casal Comba<br />
Linha Telemarketing: 231 244 265 | sac.mealhada2@abtyres.pt<br />
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Destaque<br />
Cada vez<br />
menos<br />
redon<strong>dos</strong> e...<br />
pretos<br />
Com a ausência de 10 construtores de automóveis, a edição de 2017 do<br />
Salão de Frankfurt deu “prioridade” aos fabricantes de componentes e<br />
pneus. Entre estes últimos, foram vários os que estiveram presentes e<br />
mostraram como encaram o futuro do setor. A borracha preta e redonda<br />
ainda vai durar muitos anos, é certo, mas há vida para além dela<br />
Por: José Silva<br />
08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
<strong>Pneus</strong> no Salão de Frankfurt<br />
Air Free Concept, Bridgestone<br />
Por enquanto, os pneus continuam<br />
a ser redon<strong>dos</strong> e pretos. Tem sido<br />
assim ao longo de várias décadas.<br />
Apesar <strong>dos</strong> muitos protótipos mostra<strong>dos</strong><br />
nos últimos anos, ainda nenhum<br />
conseguiu destronar o material em que são<br />
produzi<strong>dos</strong> os pneus. Nem o formato. Mas, a<br />
pouco e pouco, o conceito de pneu do futuro<br />
parece estar cada vez mais perto. Basta olhar<br />
para os vários concepts (e não só) que foram<br />
exibi<strong>dos</strong>, este ano, no Salão de Frankfurt<br />
pelos fabricantes que fizeram questão em<br />
estar presentes. Mas os protótipos não foram,<br />
por si só, as estrelas. Os “tais” pneus reais<br />
também foram importantes para mostrar<br />
o poderio <strong>dos</strong> fabricantes, estando muitos<br />
deles prontos para ser comercializa<strong>dos</strong>.<br />
Das inúmeras marcas de pneus que existem,<br />
atualmente, no mercado, apenas as mais<br />
carismáticas e com orçamentos mais eleva<strong>dos</strong><br />
estiveram representadas no certame<br />
germânico, que não contou com a presença<br />
de 10 construtores de veículos. Mas nem<br />
por isso perdeu força. Não houve um único<br />
espaço sem animação. A quantidade de visitantes<br />
superou as expectativas e as marcas<br />
de pneus mais “famosas” fizeram questão de<br />
dizer presente na altura de mostrarem o que<br />
se faz num <strong>dos</strong> setores mais concorri<strong>dos</strong> do<br />
aftermarket e do OEM.<br />
Bridgestone<br />
Foi uma das marcas que não quis faltar ao<br />
certame e trouxe consigo a sua “segunda”<br />
marca: Firestone. Uma das grandes novidades<br />
em estreia mundial foi o novo pneu para<br />
automóveis ligeiros desenhado e fabricado<br />
na Europa: Turanza T005. Este produto foi<br />
desenhado para o dia a dia, em que se circula<br />
com vários tipos de piso e diversas condições<br />
meteorológicas, desde chuva a asfalto seco.<br />
Mas houve muito mais. A inovadora tecnologia<br />
“ologic”, do modelo Ecopia, também<br />
esteve em destaque, até pela eficiência de<br />
combustível que parece trazer aos veículos,<br />
sem comprometer a segurança e a aderência<br />
<strong>dos</strong> mesmos. Uma das tendências a seguir<br />
é a produção de pneus de maior diâmetro,<br />
como os utiliza<strong>dos</strong> pelo elétrico BMW i3.<br />
<strong>Pneus</strong> com estas características reduzem<br />
a resistência ao rolamento, enquanto a<br />
largura mais estreita diminui a resistência<br />
aerodinâmica. Resultado: menor consumo<br />
de combustível e, consequentemente, emissões<br />
de CO2 mais baixas.<br />
Entre as últimas novidades, o fabricante<br />
japonês incluiu os pneus sem ar “Air Free<br />
Concept” para bicicletas, que estão, também,<br />
disponíveis para automóveis. E ainda<br />
uma seleção de produtos da sua atual gama<br />
premium comercializada na Europa. Desde<br />
o DriveGuard ou DriveGuard Winter para<br />
veículos ligeiros até ao Dueller A/T 001 para<br />
4x4, passando pelos desportivos Potenza<br />
S007 e Potenza S001 com tecnologia Run Flat<br />
e pelo pneu de inverno Blizzak LM001 EVO.<br />
No mesmo espaço, ainda que numa zona<br />
menos destacada, estava presente a Firestone,<br />
aquela que é a segunda marca da Bridgestone<br />
e que já é icónica, até pelos anos de<br />
vida que completa. Surge, agora, revitalizada<br />
e fortalecida para encarar novos desafios no<br />
Velho Continente, passando a oferecer uma<br />
moderna e competitiva gama com preços<br />
de nível médio foca<strong>dos</strong> em consumidores<br />
de espírito jovem que procuram uma opção<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09
Destaque<br />
<strong>Pneus</strong> no Salão de Frankfurt<br />
inteligente quando precisam de comprar<br />
pneus. No IAA, a marca expôs os modelos<br />
Destination H/P, Multiseason e Roadhawk,<br />
tudo novidades com características equilibradas<br />
para o dia a dia.<br />
Continental<br />
O fabricante alemão de renome também<br />
teve uma presença vistosa no IAA 2017.<br />
Entre o sistema ContiConnect, de gestão<br />
de informação de pneus, a marca mostrou<br />
os novos Conti Efficient Pro e o Conti Light-<br />
Pro. Por fim, o Conti i Tyre, pneu inteligente<br />
montado de série, também foi estrela. Sob<br />
o lema “Tradição, Confiança e Transformação”,<br />
a marca deu a conhecer inovações<br />
para melhorar a segurança, a eficiência e a<br />
conectividade entre camiões e autocarros.<br />
Mas comecemos pela gama iTyre, uma solução<br />
mais cómoda para o controlo digital<br />
das “borrachas”. Os sensores ContiPressure<br />
Check, para a medição da pressão e da<br />
temperatura, são pré-instala<strong>dos</strong> durante a<br />
produção. Estes sensores poupam, não só,<br />
tempo de montagem aos operadores de<br />
frotas, evitando as instalações prematuras<br />
ou tardias, como asseguram, também, que<br />
os sensores estão corretamente monta<strong>dos</strong> e<br />
coloca<strong>dos</strong> no interior do pneu. Atualmente,<br />
22 das principais medidas de pneus, em especial<br />
das gamas Conti Hybrid e Conti Plus,<br />
estão disponíveis com pneus iTyre.<br />
Os da<strong>dos</strong> medi<strong>dos</strong> no interior do pneu são<br />
regista<strong>dos</strong> continuamente e mostra<strong>dos</strong> ao<br />
condutor num ecrã, permitindo solucionar<br />
uma anomalia com enorme rapidez. O<br />
ContiPressureCheck é compatível com uma<br />
grande quantidade de sistemas telemáticos,<br />
o que significa que os da<strong>dos</strong> podem<br />
ser visualiza<strong>dos</strong> num ecrã integrado e ser,<br />
posteriormente, transmiti<strong>dos</strong> a dispositivos<br />
externos. A gama de produtos iTyre vai<br />
crescendo a pouco e pouco. Os sensores<br />
ContiPressureCheck podem ser adquiri<strong>dos</strong><br />
em separado e monta<strong>dos</strong>, a posteriori, na<br />
rede de oficinas da marca. “Com este sistema,<br />
damos um grande passo na nossa evolução<br />
como fabricante de pneus premium e fornecedor<br />
de soluções. Enriquecemos a nossa<br />
experiência no setor, com os da<strong>dos</strong> cria<strong>dos</strong><br />
pelos sensores instala<strong>dos</strong> em pneus novos<br />
da nossa marca para camião e autocarro”,<br />
referiu Nikolai Setzer, membro da direção<br />
da Continental.<br />
Este sistema permite uma alteração na<br />
manutenção normal do pneu, que passa<br />
a ser monitorizada e totalmente orientada.<br />
O sistema pode ter múltiplas funções,<br />
como, por exemplo, ligar to<strong>dos</strong> os<br />
pneus de uma frota. Combinado com o<br />
desenho modular do dispositivo, a recolha<br />
de da<strong>dos</strong> é feita de forma simples.<br />
Tecnologia ContiSense e ContiAdapt, Continental<br />
A nova gama para eixos de direção e de<br />
tração foi desenhada, especificamente,<br />
para o transporte de longo curso. Graças à<br />
sua reduzida resistência ao rolamento, os<br />
pneus permitem alcançar uma poupança<br />
de combustível de até 0,64 l/100 km comparativamente<br />
aos ContiEcoPlus. Com uma<br />
quilometragem anual anunciada de 120 mil<br />
km, os Conti EfficientPro conseguem uma<br />
poupança de 750 litros de combustível por<br />
ano, reduzindo as emissões de CO2 em mais<br />
de duas toneladas anuais.<br />
Ainda com os pneus de pesa<strong>dos</strong> em destaque,<br />
a marca mostrou o Conti Light Pro, produto<br />
que oferece, pela primeira vez, um peso<br />
reduzido e que foi, especialmente, desenvolvido<br />
para utilização em camiões cisterna<br />
com reboque. Ainda no âmbito do camião,<br />
a marca exibiu, também, os primeiros pneus<br />
produzi<strong>dos</strong> com a inovadora e sustentável<br />
borracha com origem no dente de leão: os<br />
Conti EcoPlus HD3. Já fora <strong>dos</strong> pneus, mas<br />
dentro da borracha, no salão foi mostrado<br />
ainda um concept de apoio de motor que<br />
liga a transmissão ao chassis. Esta borracha<br />
isola o ruído do motor que se propaga pela<br />
estrutura, melhorando, consideravelmente, a<br />
qualidade do rolamento do veículo e a segurança<br />
da condução. Outro produto exibido<br />
foi o primeiro rolamento produzido num<br />
material chamado “taraxagum”, uma espécie<br />
de borracha mais reforçada que tem a<br />
função de isolar ruí<strong>dos</strong> e vibrações. Os testes<br />
com pneus para camiões de borracha de<br />
dente de leão e os elementos produzi<strong>dos</strong><br />
em “taraxagum” são muito prometedores,<br />
o que demonstra que são uma alternativa<br />
à borracha natural de origem tradicional,<br />
sendo perfeita para o setor <strong>dos</strong> veículos<br />
10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
Concepts Flexup, Hankook<br />
comerciais, já que cumpre as exigências<br />
mais rigorosas no campo <strong>dos</strong> transportes<br />
e mercadorias.<br />
Hankook<br />
O fabricante sul-coreano, que tem vindo a<br />
assumir-se, cada vez mais, como premium,<br />
conquistando espaço para ser OEM de várias<br />
marcas de automóveis, não deixou de ter<br />
o seu espaço no certame alemão. O lema<br />
“Future Now” coloca-o com um pé no futuro,<br />
onde aproveitou para mostrar as últimas<br />
tendências e desenvolvimentos. Assim, além<br />
de apresentar a gama para o segmento <strong>dos</strong><br />
pneus de verão, não esqueceu os de inverno,<br />
a série ecológica e a de altas prestações especialmente<br />
desenvolvida para as condições<br />
da Europa Central e de Leste.. Para satisfazer<br />
as necessidades destes merca<strong>dos</strong>, os pneus<br />
utilizam um composto de sílica especial.<br />
To<strong>dos</strong> os visitantes puderam descobrir e utilizar<br />
o conceito “Future Now” no simulador de<br />
condução “Next Driving Lab”. Cada visitante<br />
pôde realizar uma experiência de condução<br />
com o pneu futurista Ball Pin Tire, que foi<br />
apreciado num grande ecrã de visão interativa<br />
com rotação de 360°. Este pneu pode<br />
girar em círculos de 360°, transformando as<br />
curvas num ângulo reto ou num slalom. Para<br />
mostrar este “fenómeno”, a Hankook equipou<br />
um veículo com um giroscópio e três rodas<br />
multidirecionais. O giroscópio e o sensor de<br />
rotação medem e reconhecem o ângulo do<br />
veículo num espaço tridimensional para garantir<br />
o equilíbrio entre a carroçaria e o pneu.<br />
Durante a conferência de imprensa da<br />
marca, Ho Youl Pae, diretor executivo da<br />
Hankook Tire na Europa, afirmou que “podemos<br />
viver já hoje o futuro da condução.<br />
O Salão de Frankfurt é o lugar ideal para<br />
apresentar os mais recentes desenvolvimentos<br />
na área automobilística. Como<br />
fabricantes de pneus premium que somos,<br />
é uma grande oportunidade poder<br />
apresentar novidades técnicas <strong>dos</strong> nossos<br />
laboratórios e a vitalidade da empresa”.<br />
Ainda no stand, um escaparate mostrava<br />
os mais recentes concepts Flexup, Shifrac e<br />
Autobine, cria<strong>dos</strong> a partir de uma colaboração<br />
com os estudantes de design da Universidade<br />
de Cincinnati. Com estes pneus, as<br />
ideias para os produtos do futuro ganham<br />
forma: pneus que sobem escadas, mudam<br />
de faixa sem ser preciso mudar de direção<br />
ou que permitem que o próprio veículo<br />
aumente de tamanho caso transportem<br />
mais pessoas.<br />
Michelin<br />
A capacidade inovadora do Grupo Michelin<br />
assegura o seu sucesso e legitimidade desde<br />
há 125 anos, precisamente um <strong>dos</strong> marcos<br />
comemora<strong>dos</strong> em pleno Salão de Frankfurt<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11
Destaque<br />
<strong>Pneus</strong> no Salão de Frankfurt<br />
Visionary Concept, Michelin<br />
pelo fabricante francês. A Michelin pretende<br />
reforçar o seu estatuto como líder tecnológico,<br />
sem medo de assumir que a concorrência<br />
também faz produtos muito bons.<br />
Assim, o Salão de Frankfurt foi visto como<br />
uma grande oportunidade para apresentar a<br />
sua gama de experiências de mobilidade que<br />
a marca propõe aos automobilistas de todo<br />
o mundo. Mas, também, um canal influente<br />
para afirmar, vigorosamente, o desejo de<br />
manter os padrões de qualidade num patamar<br />
elevado, quer na conceção quer na<br />
produção <strong>dos</strong> seus produtos.<br />
Além de toda a gama, com destaque para os<br />
Pilot Sport 2 e Pilot Sport Cup, sem esquecer<br />
o recém-lançado Primacy 4, a marca francesa<br />
mostrou o seu conceito de pneu do futuro.<br />
Inspirado na natureza, o pneu funciona sem<br />
ar e adapta-se às circunstâncias. Pode ser reparado<br />
numa impressora 3D, comunica com<br />
o veículo e... não é preto. Chama-se Visionary<br />
Concept, recorre a uma estrutura em favo de<br />
abelha, que lhe permite funcionar sem ar,<br />
fazendo a própria “jante” parte do pneu. Um<br />
design generativo (e colorido), como o define<br />
a Michelin, que pretende replicar o processo<br />
de crescimento natural <strong>dos</strong> mun<strong>dos</strong> vegetal,<br />
mineral e animal, neste produto. O piso do<br />
pneu, quando danificado ou desgastado,<br />
pode ser resposto, recorrendo à utilização de<br />
uma tecnologia da impressão 3D. Para isso,<br />
a Michelin antevê que, no futuro, bastará<br />
aos condutores que necessitem de reparar<br />
o seu pneu deslocarem-se até ao local onde<br />
exista uma impressora 3D, selecionarem uma<br />
opção no próprio veículo e o piso será refeito<br />
e aplicado no pneu pela própria máquina<br />
em tempo real. Para já, ainda está em fase<br />
inicial de desenvolvimento.<br />
A Michelin sublinha que a sua durabilidade<br />
do Visionary Concept está ainda por apurar.<br />
Mas, sendo composto por vários materiais<br />
biodegradáveis e totalmente reciclável no<br />
final do seu ciclo de vida, o objetivo é que<br />
dure, pelo menos, tanto quanto o veículo<br />
em que esteja instalado, graças à tal solução<br />
que permite imprimir as zonas do piso que<br />
precisem de ser substituídas. Enquanto outros<br />
construtores de pneus projetam a sua<br />
disponibilização para daqui a 10 ou 20 anos,<br />
a Michelin afirma que, dentro de apenas dois<br />
ou três anos, esta solução poderá estar já<br />
integrada em pneus destina<strong>dos</strong> a veículos<br />
de passageiros e comerciais ligeiros.<br />
Para o fim, ficou reservado o Flexible Wheel,<br />
uma nova tecnologia patenteada e desenvolvida<br />
pela Michelin e pela Maxion Wheels<br />
para o mercado de automóveis de passageiros,<br />
incorporando duas falanges de borracha<br />
flexíveis montadas num corpo de roda especial,<br />
para criar uma roda flexível que melhora<br />
o conforto e absorve, também, impactos. A<br />
nova roda é compatível com to<strong>dos</strong> os pneus<br />
no mercado e compreende uma jante de liga<br />
mais estreita do que o normal, duas falanges<br />
de borracha e uma inserção opcional<br />
para proteger a jante de liga leve. Além da<br />
redução de danos, segurança e mobilidade<br />
melhoradas, a Roda Flexível Maxion com<br />
tecnologia Michelin Acorus tem outros benefícios<br />
para o motorista, o que ajuda a superar<br />
outras deficiências associadas a pneus de<br />
perfil baixo com paredes laterais curtas. O<br />
nível de conforto e de ruído são melhora<strong>dos</strong><br />
devido à falange de borracha flexível, que<br />
fica entre a roda e o pneu. Existe, também,<br />
um benefício ambiental no uso da tecnologia<br />
Michelin Acorus: a Roda Flexível foi<br />
projetada para funcionar com qualquer tipo<br />
de pneu, incluindo de baixa resistência ao<br />
rolamento, significando menores emissões<br />
de CO 2<br />
e maior economia de combustível. u<br />
12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
Fiabilidade e confiança<br />
B01N<br />
Pá/Dumper<br />
B02N<br />
BDTS<br />
600 Direção/Reboque 755<br />
366<br />
Pá/Dumper<br />
Pá/Dumper<br />
Tração<br />
MWS+ Pá<br />
B03S Dumper B05N Grua Móvel<br />
396 Direção/Reboque 300 Direção/Reboque 700<br />
Direção/Reboque<br />
Tração<br />
Para mais informações ligue: 220 991 400<br />
Novo website: www.gripenwheels.pt<br />
Gripen Wheels Ibéria<br />
Centro de Negócios da Maia • Rua de Albino José Domingues, 74 • 2º AT • 4470-034 Maia • Portugal<br />
Telef. +351 220991400 • Fax +351 220931936 • info.iberia@gripenwheels.com • www.gripenwheels.pt
Técnica<br />
Danos e avarias em pneus<br />
Com o objetivo de apoiar os profissionais do setor <strong>dos</strong> pneus, com informação<br />
útil e relevante para a sua atividade, a Comissão Especializada de Produtores de<br />
<strong>Pneus</strong> (CEPP) da ACAP lançou, recentemente, um manual sobre danos e avarias<br />
em pneus, que publicamos ao longo das próximas páginas<br />
Cabe ao revendedor/ponto de venda<br />
receber as solicitações de garantia<br />
apresentadas pelo consumidor,<br />
devendo, para isso, recolher toda<br />
a informação que permita a identificação<br />
do utilizador, do veículo e das condições<br />
em que este se encontra, assim como do(s)<br />
pneu(s), servindo-se, para tal, de elementos<br />
de diagnóstico suplementares que podem<br />
ser solicita<strong>dos</strong> pela respetiva marca.<br />
O revendedor pode, através de conhecimentos<br />
que tenha e/ou através da utilização sumária<br />
deste manual, informar se o(s) pneu(s)<br />
não são passíveis de garantia. Todavia, é da<br />
responsabilidade do fabricante a determinação<br />
de garantia depois de devidamente<br />
analisa<strong>dos</strong>. Esta garantia é devidamente<br />
comunicada ao utilizador.<br />
w PROCEDIMENTOS DE GARANTIA<br />
DO UTILIZADOR<br />
1. Registo do pedido de garantia<br />
l Da<strong>dos</strong> do utilizador (nome, morada e<br />
contactos);<br />
l Da<strong>dos</strong> do veículo (marca, modelo, matrícula,<br />
ano e quilometragem);<br />
l Da<strong>dos</strong> do pneu (marca, modelo, dimensão,<br />
índice de carga, código de velocidade, DOT,<br />
posição de montagem e marcações);<br />
l Motivo do pedido de garantia.<br />
2. Recolha para análise e peritagem: feita<br />
no Centro de Inspeção Técnica.<br />
3. Veredito / Relatório técnico<br />
4. Indemnização: no caso de existir procedimento<br />
de garantia (contra reposição<br />
de produto/ modelo/ marca similar vs piso<br />
remanescente).<br />
14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
Colaboração<br />
Exceções:<br />
l Impactos;<br />
l Cortes;<br />
l Desgastes rápi<strong>dos</strong>;<br />
l Reparações;<br />
l Alterações das características<br />
originais do produto.<br />
w ELEMENTOS DE DIAGNÓSTICO<br />
SUPLEMENTARES<br />
Geometria do veículo<br />
O alinhamento afeta, sensivelmente, tanto<br />
a duração <strong>dos</strong> pneus como o consumo de<br />
combustível. Um alinhamento incorreto,<br />
gera desgaste irregular, assim como maior<br />
desgaste <strong>dos</strong> elementos mecânicos e o<br />
comportamento da viatura piora. Um alinhamento<br />
incorreto <strong>dos</strong> eixos afeta tanto<br />
o consumo de combustível como o rendimento<br />
<strong>dos</strong> pneus.<br />
DIMINUIÇÃO DA VIDA DE UM PNEU<br />
EM RELAÇÃO À FALTA DE PRESSÃO<br />
Percentagem de pressão baixa<br />
10%<br />
Percentagem de diminuição da vida do pneu<br />
5%<br />
20%<br />
16%<br />
33%<br />
30%<br />
40%<br />
57%<br />
50%<br />
78%<br />
Na perspetiva de obter o máximo de<br />
informação (mais da<strong>dos</strong> – melhores<br />
respostas), devemos recolher as<br />
seguintes informações e apresentar o<br />
respetivo registo aquando da análise da<br />
reclamação. Nessa recolha, deve constar:<br />
l Quilometragens efetuadas<br />
- Histórico de da<strong>dos</strong>;<br />
l Verificação de pressões;<br />
l Inspeção ao veículo “Alinhamento”;<br />
l Profundidade de piso – perfil de desgaste.<br />
l Desgaste mais pronunciado num <strong>dos</strong><br />
ombros;<br />
l Desgaste localizado por bloqueio de<br />
roda;<br />
l Desgaste em forma de dentes de serra;<br />
l Desgaste diagonal;<br />
l Desgaste rápido regular;<br />
l Rutura da carcaça por fadiga;<br />
l Arrancamentos na banda de rodagem<br />
ou rolamento;<br />
l Rutura localizada da carcaça por impacto;<br />
l Danos localiza<strong>dos</strong> – cortes;<br />
l Borracha gretada;<br />
l Talão danificado.<br />
TIPO DE DANO | DESGASTE CENTRAL<br />
Desgaste pronunciado, localizado no centro<br />
do piso.<br />
Inspeção à viatura<br />
l Um alinhamento deficiente pode aumentar<br />
a resistência ao rolamento até 80%.<br />
l Um erro de 2,5% no ajuste do eixo pode<br />
aumentar o consumo em 16%.<br />
l A vida útil <strong>dos</strong> pneus pode reduzir-se até<br />
80%.<br />
Depois de uma inspeção sumária, devemos<br />
verificar e registar a geometria do veículo:<br />
l Convergência;<br />
l Sopé;<br />
l Avanço;<br />
l Ângulo Impulso - Paralelismo entre eixos.<br />
Esta informação deve acompanhar, em<br />
forma de relatório, toda a documentação<br />
necessária ao processo de reclamação.<br />
Pressões<br />
Para além da geometria do veículo, não<br />
esquecer que problemas nos travões e,<br />
principalmente, na suspensão, também<br />
são causadores de desgastes anormais nos<br />
pneus, assim como as folgas mecânicas:<br />
Teste de travões<br />
Detetor de folgas<br />
Teste de amortecedores<br />
Teste de<br />
amortecedores<br />
CAUSAS:<br />
l Tipo de veículo (eixos de tração);<br />
l Pressão excessiva ou inadaptada<br />
para o tipo de utilização;<br />
l Jante inadequada (estreita);<br />
CONSELHOS:<br />
l Realizar a rotação <strong>dos</strong> pneus;<br />
l Vigiar e corrigir a pressão de insuflação,<br />
adaptar a pressão ao tipo de utilização;<br />
l Usar jantes corretas;<br />
TIPO DE DANO | DESGASTE<br />
ESCAMADO AO LONGO DO PISO<br />
Desgaste caracterizado pela existência de<br />
rebarbas ao longo da banda de rolamento<br />
ou rodagem, resultado do arrastamento<br />
lateral do pneu.<br />
A correta pressão de insuflação aumenta a<br />
segurança, o conforto e a duração <strong>dos</strong> pneus.<br />
Para além de que manter a correta pressão<br />
vai diminuir o consumo de combustível e<br />
aumentar o consequente benefício económico<br />
e ambiental.<br />
w TIPOS DE ANOMALIAS<br />
MAIS FREQUENTES NOS PNEUS<br />
l Desgaste central;<br />
l Desgaste escamado ao longo do piso;<br />
l Desgaste nos ombros;<br />
Convergência<br />
Divergência<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15
Técnica<br />
CAUSAS:<br />
l Cotas de alinhamento;<br />
l Paralelismo <strong>dos</strong> eixos.<br />
CONSELHOS:<br />
l Corrigir o alinhamento;<br />
l Verificar o sistema de direção e suspensão;<br />
l Efetuar rotação <strong>dos</strong> pneus periodicamente.<br />
TIPO DE DANO | DESGASTE NOS OMBROS<br />
Desgaste pronunciado, localizado nas extremidades<br />
da banda de rodagem ou rolamento.<br />
CONSELHOS:<br />
l Corrigir o alinhamento;<br />
l Verificar o sistema de<br />
direção e suspensão;<br />
l Efetuar rotação <strong>dos</strong> pneus periodicamente.<br />
TIPO DE DANO | DESGASTE LOCALIZADO<br />
POR BLOQUEIO DE RODA<br />
A banda de rolamento apresenta uma ou<br />
várias zonas de desgaste localizadas, produzidas<br />
por deslizamento do pneu sem rotação.<br />
TIPO DE DANO | DESGASTE DIAGONAL<br />
Desgaste em forma de ondas, de ombro a<br />
ombro, e de forma irregular.<br />
CAUSAS:<br />
l Desajuste ou folgas na suspensão<br />
ou elementos mecânicos.<br />
CONSELHOS:<br />
l Verificar a suspensão e/ou a direção.<br />
CAUSAS:<br />
l Baixa pressão de insuflação;<br />
l Pressão inadequada à carga<br />
do veículo (sobrecarga);<br />
l Jante inadequada (larga);<br />
CONSELHOS:<br />
l Adaptar a pressão de insuflação<br />
às condições de utilização;<br />
l Efetuar a rotação <strong>dos</strong> pneus;<br />
l Usar jantes adequadas ao pneu.<br />
TIPO DE DANO | DESGASTE MAIS<br />
PRONUNCIADO NUM DOS OMBROS<br />
A banda de rolamento ou rodagem apresenta<br />
um desgaste pronunciado num <strong>dos</strong><br />
la<strong>dos</strong>, provocado por um contacto irregular<br />
do pneu pronunciado, localizado nas<br />
extremidades da banda de rodagem ou<br />
rolamento.<br />
CAUSAS:<br />
l Bloqueio <strong>dos</strong> travões;<br />
l Arraste transversal sem rotação do pneu.<br />
CONSELHOS:<br />
l Evitar o bloqueio das rodas;<br />
l Verificar o sistema de travagem.<br />
TIPO DE DANO | DESGASTE EM<br />
FORMA DE DENTES DE SERRA<br />
Um <strong>dos</strong> la<strong>dos</strong> e as barras da rodagem gastam-se<br />
mais depressa do que o outro, em<br />
sentido circunferencial. O bordo do pneu<br />
assemelha-se a dentes de serra.<br />
TIPO DE DANO | DESGASTE<br />
RÁPIDO REGULAR<br />
O pneu apresenta um desgaste regular da<br />
banda de rolamento ou rodagem, mas o<br />
rendimento quilométrico do pneu é considerado<br />
baixo.<br />
CAUSAS:<br />
l Tipo de utilização inadequada<br />
ao tipo do pneu;<br />
l Estilo de condução;<br />
l Tipo de veículos;<br />
l Desalinhamento;<br />
l Tipo e condições de pavimento.<br />
CONSELHOS<br />
l Selecionar o pneu adequado<br />
para o tipo de utilização;<br />
l Efetuar a rotação <strong>dos</strong> pneus;<br />
l Verificar e corrigir o alinhamento.<br />
CAUSAS:<br />
l Baixa pressão de insuflação;<br />
l Pressão inadequada à carga<br />
do veículo (sobrecarga);<br />
l Jante inadequada (larga).<br />
CAUSAS:<br />
l Cotas de alinhamento;<br />
l Paralelismo <strong>dos</strong> eixos;<br />
l Tipo de condução.<br />
CONSELHOS<br />
l Adaptar a pressão de insuflação<br />
às condições de utilização;<br />
l Efetuar a rotação <strong>dos</strong> pneus;<br />
l Usar jantes corretas.<br />
16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
TIPO DE DANO | RUTURA DA CARCAÇA<br />
POR FADIGA<br />
O pneu apresenta, exteriormente, sinais de<br />
fadiga, gretas, desgaste excessivo na parede<br />
lateral ou rutura visível de forma circunferencial<br />
na carcaça.<br />
TIPO DE DANO | BORRACHA GRETADA<br />
O pneu apresenta gretas visíveis na superfície.<br />
CAUSAS:<br />
l Baixa pressão de insuflação;<br />
l Pressão de insuflação inadequada<br />
para a utilização.<br />
CONSELHOS<br />
l Substituir o pneu;<br />
l Adequar a pressão de insuflação<br />
à utilização do pneu;<br />
l Verificar a pressão de insuflação,<br />
no mínimo, uma vez por mês.<br />
TIPO DE DANO | ARRANCAMENTOS NA<br />
BANDA DE RODAGEM OU ROLAMENTO<br />
Arrancamento de borracha na banda de<br />
rolamento ou rodagem.<br />
CAUSAS:<br />
l Impacto ou flexão excessiva.<br />
CONSELHOS:<br />
l Substituir o pneu danificado;<br />
l Evitar impactos;<br />
l Verificar uma vez por mês<br />
o estado <strong>dos</strong> pneus.<br />
TIPO DE DANO | DANOS<br />
LOCALIZADOS – CORTES<br />
O pneu apresenta cortes localiza<strong>dos</strong>.<br />
CAUSAS:<br />
l Roçar e embater em obstáculos;<br />
l Objeto cortante.<br />
CAUSAS:<br />
l Armazenagem inadequada:<br />
pneus expostos à luz solar<br />
(ozono), a geradores ou a baterias;<br />
l Clima com elevadas<br />
concentrações de ozono;<br />
l Borracha envelhecida;<br />
l Aplicação de agentes contaminantes.<br />
CONSELHOS:<br />
l Consultar um especialista<br />
para verificar os pneus;<br />
l Armazenar os pneus adequadamente<br />
sem os expor a agentes atmosféricos.<br />
TIPO DE DANO | TALÃO DANIFICADO<br />
O pneu apresenta uma rutura total ou parcial<br />
no talão.<br />
CAUSAS:<br />
l Condução em zona de obras,<br />
caminhos e lugares com mau<br />
pavimento (fora de estrada).<br />
CONSELHOS:<br />
l Utilizar o pneu adequado às<br />
condições de utilização.<br />
TIPO DE DANO | RUTURA LOCALIZADA<br />
DA CARCAÇA POR IMPACTO<br />
A rutura da carcaça é provocada pela deformação<br />
excessiva por impacto. Podem<br />
aparecer sinais visíveis de imediato no pneu.<br />
CONSELHOS:<br />
l Examinar o pneu para determinar<br />
a extensão <strong>dos</strong> danos;<br />
l Seguir as normas de reparação;<br />
l Verificar uma vez por mês<br />
o estado <strong>dos</strong> pneus.<br />
CAUSAS:<br />
l Dano por montagem incorreta;<br />
l Dano devido à jante.<br />
CONSELHOS:<br />
l Substituir o pneu;<br />
l Assegurar a correta montagem<br />
e assentamento pneu/jante.<br />
Os danos mais usuais nos pneus, acima descritos,<br />
não traduzem defeitos de fabrico. Para<br />
tal, os pneus apresenta<strong>dos</strong> com algum tipo<br />
de danos como estes, ficam excluí<strong>dos</strong> de<br />
qualquer reclamação de garantia. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 17
Reportagem<br />
Veja o vídeo em www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
Matéria pesada<br />
A Hunter escolheu as instalações da Cometil para dar formação sobre veículos<br />
pesa<strong>dos</strong> à sua rede de distribuidores. Durante quatro dias, 52 profissionais,<br />
de 20 países, tiveram “aulas” junto do chassis de quatro eixos da empresa<br />
de S. Domingos de Rana<br />
A<br />
Hunter não facilita em matéria de<br />
formação. De forma regular, a sua<br />
rede de distribuidores atualiza os<br />
conhecimentos na sua área de<br />
especialização em ações, que, por norma,<br />
ocorrem nos EUA, país natal da marca.<br />
A grande novidade, desde ano, foi que o<br />
palco eleito para esta formação não foi a<br />
terra do Tio Sam, mas, antes, S. Domingos<br />
de Rana, onde se erguem as instalações<br />
Por: Jorge Flores<br />
da Cometil. Por outras palavras, os responsáveis<br />
da marca norte-americana ficaram<br />
rendi<strong>dos</strong> às condições da empresa especialista<br />
em equipamentos para o setor <strong>dos</strong><br />
pneus e optaram por ministrar a sua formação<br />
em veículos pesa<strong>dos</strong> em Portugal.<br />
Pela primeira vez na sua história, ao longo<br />
de quatro dias, passaram por este espaço<br />
mais de 52 responsáveis de empresas de<br />
distribuição da Hunter, mais cinco da própria<br />
marca, oriun<strong>dos</strong> de 52 países.<br />
A formação, a que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> teve<br />
oportunidade de assistir, pode ser considerada<br />
da “pesada”. Numa infraestrutura ampla<br />
como a da Cometil, com qualidade superior<br />
e com condições únicas para a ação, houve<br />
um grande protagonista, que muito contribuiu<br />
para a escolha deste palco de formação.<br />
Trata-se do chassis de quatro eixos (ver caixa,<br />
nestas páginas) que a Cometil disponibiliza<br />
18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
Formação Hunter<br />
Chassis de quatro eixos<br />
O LADO PRÁTICO<br />
A Cometil tem uma longa experiência em formação para pesa<strong>dos</strong>. E<br />
entre os vários equipamentos que disponibiliza para as suas ações,<br />
encontra-se, precisamente, o chassis de camião de quatro eixos<br />
(sendo dois deles direcionais), que serve de instrumento base para<br />
a realização <strong>dos</strong> cursos de formação sobre a geometria de rodas em<br />
veículos pesa<strong>dos</strong>. Um equipamento que garante aos forman<strong>dos</strong> a<br />
componente prática fundamental desta atividade. A empresa dispõe<br />
ainda de um chassis de veículos ligeiros para o mesmo fim didático<br />
<strong>dos</strong> seus profissionais e parceiros.<br />
outros distribuidores, se estávamos interessa<strong>dos</strong><br />
em participar. Dissemos que sim. É<br />
sempre bom estarmos atualiza<strong>dos</strong>”, adiantou<br />
o responsável. Aquilo com que Pedro<br />
de Jesus não contava, aconteceu depois.<br />
Os profissionais da Cometil já fazem esta<br />
formação há vários anos, recorrendo, precisamente,<br />
ao chassis de quatro eixos. Ora,<br />
à laia de piada, o responsável da Cometil<br />
desafiou a Hunter a visitar a sua empresa<br />
e a fazer a formação em sua casa. Não faltavam<br />
nem espaço, nem vontade. Nem<br />
o anfitrião desta formação, que costuma ser<br />
nos EUA”, gracejou o responsável da Cometil.<br />
w HUNTER SATISFEITA<br />
Durante o dia de formação a que a nossa<br />
revista assistiu, o feedback <strong>dos</strong> distribuidores<br />
da Hunter dificilmente poderia ter sido<br />
melhor. “Eles colocaram perguntas muito<br />
boas e penso que estão muito bem impressiona<strong>dos</strong><br />
com os novos sistemas. Têm<br />
sido dois dias muito bons aqui”, disse Don<br />
Glaser, gestor de produto da Hunter e um<br />
para demonstração e que foi alvo de todas<br />
as atenções <strong>dos</strong> muitos profissionais/forman<strong>dos</strong><br />
que estiveram presentes.<br />
w OCASIÃO ESPECIAL<br />
A forma como tudo se precipitou foi, no<br />
mínimo, curiosa, como contou Pedro de<br />
Jesus, administrador da Cometil. “Foi uma<br />
consulta que a Hunter começou por fazer<br />
aos distribuidores da Europa (não só, mas<br />
especialmente), sobre a necessidade de<br />
fazer uma formação em veículos pesa<strong>dos</strong><br />
ao nível do alinhamento de direções”, disse.<br />
“Perguntaram-nos, como perguntaram aos<br />
tão-pouco o “famoso” chassis de quatro<br />
eixos, que não se encontra em qualquer<br />
lugar. Para sua surpresa, a resposta foi perentoriamente<br />
positiva. “Eles aceitaram de<br />
imediato, porque mais nenhum distribuidor<br />
na Europa tem um chassis deste género de<br />
quatro eixos, sendo dois deles direcionais”,<br />
recordou Pedro de Jesus.<br />
A piada depressa se transformou num assunto<br />
sério. E a Hunter mandou um formador<br />
diretamente <strong>dos</strong> EUA. “Curioso Portugal ser<br />
<strong>dos</strong> formadores da ação. O responsável, defendeu<br />
ainda que Portugal foi uma escolha<br />
muito acertada. “O pessoal da Cometil tem<br />
uma excelente infraestrutura e dispõem até<br />
de um chassis de pesado para fazermos a<br />
demonstração. É, definitivamente, um dia<br />
importante para a Hunter. Esta foi uma boa<br />
altura para virmos à Europa mostrar aos<br />
nossos parceiros de distribuição como o<br />
equipamento funciona”, afirmou ainda o<br />
formador da empresa norte-americana.u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 19
Serviço<br />
Alidata EDIWheel<br />
Minimizar o trabalho e o erro<br />
A Alidata desenvolveu uma interface com EDIWheel – PRICAT que surgiu face à<br />
necessidade de minimizar o trabalho e o erro em tarefas administrativas recorrentes<br />
de atualização de informação importante do setor <strong>dos</strong> pneus<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
O<br />
desenvolvimento da interface<br />
com EDIWheel – PRICAT surgiu<br />
face à necessidade de minimizar<br />
o trabalho e o erro em tarefas administrativas<br />
recorrentes de atualização de<br />
informação importante do setor <strong>dos</strong> pneus,<br />
no qual a Alidata tem conquistado inúmeros<br />
clientes, dada a aposta na especialização e<br />
desenvolvimento de necessidades específicas<br />
do mundo <strong>dos</strong> pneus. Este software inclui um<br />
“price catalog”, ficheiro csv num formato EDI<br />
específico <strong>dos</strong> pneus, criado pelos principais<br />
fabricantes/marcas. A saber: Bridgestone;<br />
Continental; Cooper-Avon; Falken; Giti Tire;<br />
Goodyear-Dunlop; Hankook; Kumho; Marangoni;<br />
Maxxis; Michelin; Nokian; Pirelli; Toyo;<br />
Vredestein; Yokohama.<br />
w COMPÊNDIO DE INFORMAÇÃO<br />
A EDI (Electronic Data Interchange - troca<br />
eletrónica de da<strong>dos</strong>) consiste numa transmissão<br />
automática de da<strong>dos</strong>, conforme acordo<br />
entre parceiros comerciais. As mensagens<br />
eletrónicas são enviadas e processadas, automaticamente,<br />
pelas empresas envolvidas. No<br />
fundo, o processo de EDI reside na adoção de<br />
mensagens estruturadas que foram geradas<br />
e padronizadas com base nas necessidades<br />
de comunicação comercial, financeira e logística<br />
entre parceiros de negócio.<br />
O setor <strong>dos</strong> pneus tem cada vez mais legislação<br />
associada e há diversas informações que<br />
são mesmo obrigatórias em determina<strong>dos</strong><br />
documentos, como medidas e índices de<br />
velocidade, de ruído, de eficiência energética<br />
e de aderência, só para citarmos alguns<br />
exemplos. Na ficha de produto que consta no<br />
software Alidata, foi criado um separador específico<br />
para o tipo de produto - pneus, onde<br />
é possível aceder, à distância de um clique, a<br />
todas as informações e características de cada<br />
pneu. Através da interface com EDIWheel,<br />
to<strong>dos</strong> estes da<strong>dos</strong> são atualiza<strong>dos</strong> de forma<br />
automática. O software Alidata possibilita<br />
importar toda esta informação do PRICAT<br />
para as próprias fichas de produto ou para<br />
o preçário.<br />
As marcas enviam, mensalmente, para os distribuidores,<br />
oficinas ou outras um ficheiro<br />
com as características e preços de cada referência<br />
de pneu do fabricante. O projeto<br />
de desenvolvimento desta interface tem já<br />
a sua primeira fase concluída, permitindo a<br />
integração do PRICAT abrir a ficha de produto<br />
(caso ela não exista), atualizar preços<br />
de compra (e, consequentemente, de venda)<br />
<strong>dos</strong> pneus pela sua referência e atualizar, de<br />
forma automática, características técnicas<br />
de cada pneu/referência. Para uma segunda<br />
fase, já prevista no roadmap da Alidata, fica<br />
o desenvolvimento de mais ligações na interface,<br />
como a consulta de stock, o envio da<br />
encomenda e a receção da fatura. u<br />
20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K
Serviço<br />
VRC da TIPS 4Y<br />
Funcionalidade superior<br />
A solução de Orçamentação e Da<strong>dos</strong> Técnicos da TIPS 4Y está, agora, preparada<br />
para receber da<strong>dos</strong> de pneus. Esta nova funcionalidade permite selecionar,<br />
orçamentar e encomendar os componentes de borracha redon<strong>dos</strong> e pretos<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Antes de mais, refira-se que, hoje, já<br />
é possível elaborar um orçamento<br />
de manutenção ou reparação do<br />
veículo em apenas quatro cliques.<br />
Como? Graças à plataforma VRC (Vehicle Running<br />
Costs) da TIPS 4Y. Esta solução permite<br />
identificar a viatura através da matrícula ou<br />
VIN e inclui o cálculo inteligente da “Próxima<br />
Revisão”, de acordo com a idade da viatura ou<br />
distância percorrida. O orçamento é feito integralmente<br />
com preços, referências de peças<br />
e serviços OE. A integração com o catálogo<br />
TecDoc permite converter as referências OE<br />
do orçamento em referências de marcas de<br />
qualidade equivalente. O VRC inclui ainda<br />
manuais de reparação e da<strong>dos</strong> técnicos da<br />
viatura. Dispõe de licenças anuais e as suas<br />
atualizações são automáticas.<br />
w MÓDULO DE PNEUS<br />
Destinado, inicialmente, ao setor da reparação,<br />
o VRC ampliou o seu âmbito para<br />
distribuidores, retalhistas e lojas de pneus,<br />
uma vez que passou a incluir um módulo<br />
específico para estes componentes de borracha<br />
redon<strong>dos</strong> e pretos na solução de Orçamentação<br />
e Da<strong>dos</strong> Técnicos. Assim, já é<br />
possível orçamentar e encomendar pneus<br />
no VRC. Esta nova funcionalidade junta-se<br />
às restantes características base do produto:<br />
identificação da viatura por matrícula ou VIN;<br />
cálculo inteligente da “Próxima Revisão” de<br />
acordo com a idade da viatura ou distância<br />
percorrida; orçamentação com preços OE;<br />
pesquisa de da<strong>dos</strong> técnicos (plano de manutenção<br />
e manuais de reparação, entre outros).<br />
A TIPS 4Y é um player ativo da terceira plataforma<br />
tecnológica e um acelerador da<br />
mudança e da inovação nas empresas que<br />
operam para o pós-venda automóvel. Existe<br />
para potenciar o negócio <strong>dos</strong> clientes, desenvolvendo<br />
e disponibilizando sistemas de<br />
informação que permitem criar uma proposição<br />
de valor nas empresas, através de três vetores<br />
essenciais: aumentar a receita, diminuir<br />
o custo e melhorar a eficiência <strong>dos</strong> serviços. A<br />
TIPS 4Y está empenhada em desenvolver um<br />
elevado nível de especialização que permita<br />
corresponder e antecipar as necessidades de<br />
informação do pós-venda automóvel, sendo<br />
uma referência no mercado onde atua pela<br />
qualidade <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>, produtos e serviços que<br />
disponibiliza. Uma em cada cinco entidades<br />
do pós-venda automóvel utilizará um sistema<br />
de informação comercializado pela TIPS 4Y. u<br />
22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
evista <strong>dos</strong> pneus MAR17.pdf 1 31/03/2017 10:10:55<br />
O piso do pneu AS2+ foi pensado para oferecer uma melhor<br />
performance em termos de drenagem.<br />
Foi concebido para proporcionar uma condução segura em to<strong>dos</strong> os tipos de condições climatéricas,<br />
oferecendo ao mesmo tempo uma elevada durabilidade.<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K
Evento<br />
Projetar<br />
o futuro<br />
Faltam poucos dias para a realização da 1.ª Conferência Internacional de<br />
<strong>Pneus</strong>, um evento organizado pela <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> que vai promover um<br />
amplo debate sobre o presente e o futuro do setor, tendo como principais<br />
protagonistas oradores especialistas em diversas áreas, que irão mostrar os seus<br />
pontos de vista sobre cada um <strong>dos</strong> temas em análise<br />
Por: João Vieira<br />
O<br />
lema da conferência, “Futuro<br />
em Movimento”, evidencia o<br />
propósito do evento, que pretende<br />
mostrar as tendências do<br />
comércio de pneus nas diversas vertentes<br />
do negócio: distribuição, retalho e oficinas.<br />
O objetivo desta conferência é criar um<br />
espaço comum onde os oradores e participantes<br />
possam discutir os seus interesses<br />
mútuos, conhecer as tendências e partilhar<br />
as experiências pessoais com outros profissionais<br />
presentes.<br />
Para os participantes, esta é uma oportunidade<br />
única para aprofundar os conhecimentos<br />
sobre o presente e o futuro do comércio<br />
de pneus na Europa e no mundo, bem como<br />
as ferramentas que podem ser utilizadas<br />
para garantir o futuro das organizações.<br />
Os oradores da conferência irão disponibilizar<br />
informação de qualidade, que permitirá<br />
aos participantes conhecer os desafios de<br />
negócio que se colocam às suas empresas.<br />
Os temas das apresentações cobrirão as áreas<br />
que mais preocupam os operadores do setor.<br />
A 1.ª Conferência Internacional de <strong>Pneus</strong> vai<br />
ser o maior evento deste ano dedicado ao<br />
setor <strong>dos</strong> pneus. Terá a duração de um dia<br />
e contará com a presença de 10 oradores.<br />
Nunca o negócio do comércio de pneus<br />
foi tão exigente a nível do conhecimento<br />
técnico, de gestão e de criatividade. Num<br />
mercado cada vez mais competitivo, as empresas<br />
têm de fazer mais com menos e saber<br />
responder às novas necessidades <strong>dos</strong> clientes.<br />
É, pois, com este cenário, que a <strong>Revista</strong><br />
<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> realiza, no dia 25 de novembro,<br />
no Auditório da FIL, no Parque das Nações, a<br />
1.ª Conferência Internacional de <strong>Pneus</strong>, onde<br />
vão ser discuti<strong>dos</strong> os principais desafios que<br />
se colocam às organizações, nomeadamente<br />
no que diz respeito à criação de uma cadeia<br />
de valor acrescentado mais eficiente. u<br />
24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
Conferência Internacional de <strong>Pneus</strong> 2017<br />
Inscrição na Conferência Internacional de <strong>Pneus</strong><br />
A participação nesta conferência é aberta a<br />
to<strong>dos</strong> os profissionais do setor <strong>dos</strong> pneus,<br />
interessa<strong>dos</strong> em saber mais sobre o futuro<br />
deste mercado. A inscrição fica sujeita ao<br />
pagamento de uma taxa no valor de €100<br />
+ IVA.<br />
As empresas que optarem por inscrever um<br />
número igual ou superior a cinco pessoas,<br />
terão um desconto de 20% em todas as<br />
inscrições. A inscrição de cada colaborador<br />
passa, assim, a ter um custo unitário<br />
de €80 + IVA.<br />
O registo da inscrição deverá ser feito através<br />
do formulário online que consta no site<br />
da conferência, em www.cip2017.com. A<br />
inscrição só será considerada válida após<br />
confirmação por parte da AP Comunicação.<br />
O número de inscrições está limitado<br />
à lotação do Auditório da FIL, no Parque<br />
das Nações, em Lisboa.<br />
O pagamento deve ser realizado com a inscrição<br />
na conferência e representa um <strong>dos</strong><br />
requisitos para a validação das mesmas. O<br />
pagamento poderá ser efetuado por cartão<br />
de crédito ou transferência bancária.<br />
Para mais informações, pode contactar diretamente<br />
a organização, através do telefone<br />
219 288 052.<br />
Programa<br />
Conferência Internacional de <strong>Pneus</strong> 2017<br />
“Futuro em Movimento”<br />
Auditório da FIL, Parque das Nações, 25 de novembro<br />
MANHÃ<br />
08h30 | 09h00 Acreditação<br />
09h00 | 11h00 Showroom e networking<br />
11h00 | 11h15 Discurso de boasvindas<br />
por João Vieira, diretor da<br />
<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />
11h15 | 11h30<br />
1.º Painel | A contribuição do<br />
pneu para o desenvolvimento<br />
económico do país, por José Vital<br />
Morgado, assessor do conselho de<br />
administração da AICEP<br />
11h30 | 12h00<br />
2.º Painel | Análise do comércio de<br />
pneus em Portugal, por Pedro Teixeira,<br />
diretor-geral da Continental <strong>Pneus</strong><br />
Portugal<br />
12h00 | 12h30<br />
3.º Painel | Análise do mercado<br />
internacional de pneus, por Jorge<br />
Reis, Division manager na GfK<br />
PortugalDivision manager na GfK<br />
12h30 | 13h00<br />
4.º Painel | Tendências do mercado<br />
Internacional de <strong>Pneus</strong>, por Emil Nakov,<br />
business development manager da Nokian<br />
Tyres<br />
13h00 | 15h00 – Almoço e networking<br />
TARDE<br />
15h00 | 15h15<br />
Apresentação do Patrocinador Diamante<br />
15h15 | 15h45<br />
5.º Painel | Marketing digital para<br />
distribuidores e retalhistas de pneus, por<br />
José Ribeiro, CEO da Trigger<br />
15h45 | 16h30<br />
6.º Painel | <strong>Pneus</strong> de pesa<strong>dos</strong> -<br />
economia sobre rodas, por Joaquim Vítor<br />
Soares, responsável Michelin Solutions<br />
España e Portugal; Carlos Oliveira,<br />
CVT marketing e sales manager da<br />
Continental <strong>Pneus</strong>; Jorge Costa, diretor<br />
de manutenção da LASO Transportes;<br />
Jorge Lemos, CEO da Transportes Lemos<br />
16h30 | 18h00<br />
7.º Painel | Transformar empresas<br />
desmotivadas em histórias de sucesso,<br />
por José Luis Tejon<br />
18h00 | Encerramento da conferência<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 25
Evento<br />
Conferência Internacional de <strong>Pneus</strong> 2017<br />
José Vital Morgado<br />
Oradores da 1.ª Conferência<br />
Internacional de <strong>Pneus</strong><br />
A Conferência conta com um leque de oradores<br />
especialistas em diversas áreas, que irão debater, em<br />
conjunto, os grandes temas comuns da atualidade, nas<br />
diversas vertentes do negócio: distribuição, retalho e<br />
oficinas de pneus<br />
Jorge Reis<br />
Orador 3.º Painel<br />
“Análise do mercado<br />
internacional de pneus”<br />
Division manager na GfK Portugal na divisão<br />
do painel retalhista, acumula, também, a<br />
responsabilidade, entre outros, do painel<br />
de automotive. Licenciado em Marketing<br />
pela Escola Superior de Comunicação Social<br />
de Lisboa e com uma Pós-Graduação em<br />
Empreendedorismo & Criação de Empresas<br />
pelo ISCTE, conta com mais de 18 anos de<br />
experiência profissional na GfK Portugal.<br />
Orador 1.º Painel<br />
“A contribuição do pneus para<br />
o desenvolvimento económico<br />
do país”<br />
Assessor do conselho de administração da<br />
AICEP desde abril de 2017, é responsável<br />
pela Direção de Promoção e Gestão de<br />
Eventos, Informação Nacional, Informação<br />
Internacional, Programa INOV Contacto,<br />
Programa INOV Export e visitas de Estado.<br />
Foi vogal executivo do conselho de administração<br />
da ICEP Portugal e Delegado em<br />
Madrid e em Nova Iorque. É licenciado em<br />
Engenharia Civil pelo Instituto Superior<br />
Técnico (IST).<br />
Pedro Teixeira<br />
Orador 2.º Painel<br />
“Análise do comércio<br />
de pneus em Portugal”<br />
Diretor-geral da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal,<br />
é licenciado em Gestão de Empresas<br />
pela Faculdade de Economia do Porto (FEP).<br />
Iniciou o seu percurso profissional na Efacec.Em<br />
2001, integrou o departamento de<br />
Crédito e Controlling da Continental <strong>Pneus</strong><br />
Portugal (CPP). Em 2005, foi nomeado diretor<br />
comercial de <strong>Pneus</strong> Pesa<strong>dos</strong> e Industriais.<br />
Em 2012, integrou a rede de retalho da empresa<br />
em Espanha, a ContiTrade, na qualidade<br />
de director-geral.Em julho de 2015,<br />
foi nomeado diretor-geral da CPP.<br />
Emil Nakov<br />
Orador 4.º Painel<br />
“Tendências do mercado<br />
internacional de pneus”<br />
Business development manager da Nokian<br />
Tyres, Emil Nakov tem um vasto conhecimento<br />
do comércio internacional de pneus,<br />
sendo o responsável de vendas da marca<br />
para os principais merca<strong>dos</strong> mundiais. A<br />
Nokian Tyres é uma empresa finlandesa<br />
que produz pneus para ligeiros, 4x4, máquinas<br />
agrícolas e industriais. Emprega 4.400<br />
trabalhadores e alcançou, no exercício de<br />
2016, vendas no valor de 1,4 mil milhões de<br />
euros, sendo cotada na bolsa de Helsínquia.<br />
26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
José Ribeiro<br />
Orador 5.º Painel<br />
“Marketing digital para<br />
Distribuidores e Retalhistas de<br />
<strong>Pneus</strong>”<br />
Licenciado em Ciências da Comunicação e<br />
pós-graduado em Gestão da Diversidade e<br />
Comunidades de Prática, José Ribeiro trabalhou<br />
como jornalista, coordenador de projetos<br />
sociais e na área da educação de adultos<br />
antes de frequentar, em 2013, a 1.ª edição<br />
da Academia de Marketing Digital da Flag,<br />
em Lisboa. Fundou e é CEO da Trigger, uma<br />
agência de Marketing Digital 360º sediada<br />
no Parque Tecnológico de Óbi<strong>dos</strong>.<br />
Carlos Oliveira<br />
Orador 6.º Painel<br />
“<strong>Pneus</strong> de pesa<strong>dos</strong><br />
– economia sobre rodas”<br />
Licenciado em Gestão pela FEP, conta com<br />
uma experiência consolidada em consultoria<br />
de gestão e uma vasta experiência na gestão<br />
de empresas ligadas ao retalho automóvel. É,<br />
desde 2013, CVT marketing e sales manager<br />
na Continental <strong>Pneus</strong>. Com o Conti360º Fleet<br />
Services, a Continental oferece um serviço<br />
completo para os frotistas, que passa pela<br />
correta seleção de pneus, monitorização<br />
contínua, inspeções regulares à frota, assistência<br />
em caso de avaria e gestão total<br />
das carcaças.<br />
Jorge Lemos<br />
Orador 6.º Painel<br />
“<strong>Pneus</strong> de pesa<strong>dos</strong><br />
– economia sobre rodas”<br />
CEO da empresa Transportes Lemos, conta<br />
com uma experiência profissional na área <strong>dos</strong><br />
transportes com mais de 30 anos. Faz parte<br />
<strong>dos</strong> órgãos de direção da ANTRAM da região<br />
centro há vários anos. Já participou em vários<br />
seminários e palestras sobre a atividade <strong>dos</strong><br />
transportes. A componente ambiental é uma<br />
das suas preocupações. E para demonstrar o<br />
seu empenho na defesa do meio ambiente, a<br />
empresa planta uma árvore por cada serviço<br />
de transporte efetuado (vem daí a folha que<br />
se vê desenhada nos camiões da empresa).<br />
Joaquim Vítor Soares<br />
Orador 6.º Painel<br />
“<strong>Pneus</strong> de pesa<strong>dos</strong><br />
– economia sobre rodas”<br />
Formado em Marketing pelo Institut Supérieur<br />
du Marketing de Paris, é, atualmente,<br />
responsável da Michelin Solutions España<br />
e Portugal, empresa do Grupo Michelin especializada<br />
na gestão de pneus de frotas<br />
de pesa<strong>dos</strong>, que dirige as frotas de veículos<br />
pesa<strong>dos</strong>, autocarros e engenharia civil.<br />
Concebe e comercializa soluções inovadoras<br />
de eficiência, produtividade e mobilidade,<br />
como, por exemplo, a gestão externa de<br />
oficinas de pneus, a assistência de avarias,<br />
o aumento da produtividade <strong>dos</strong> veículos,<br />
o aconselhamento na gestão ou a redução<br />
do consumo de combustível.<br />
Jorge Filipe Bernardo Costa<br />
Orador 6.º Painel<br />
“<strong>Pneus</strong> de pesa<strong>dos</strong> – economia<br />
sobre rodas”<br />
Licenciado em Engenharia Mecânica no<br />
Ramo de Termodinâmica Aplicada no Instituto<br />
Superior Técnico, é, atualmente, diretor<br />
de manutenção da LASO Transportes, sendo<br />
responsável pela coordenação e gestão das<br />
equipas e processos de manutenção da frota<br />
de viaturas e equipamentos. A LASO opera<br />
no segmento do Transporte Excecional,<br />
com uma frota de mais de 1.000 veículos.<br />
A empresa está no top 3 do segmento a nível<br />
ibérico e no top 10 a nível europeu.<br />
José Luis Tejon<br />
Orador 7.º Painel<br />
“Transformar empresas<br />
desmotivadas em histórias<br />
de sucesso”<br />
Mestre em Educação, Arte e Cultura. Tem pós-<br />
-graduações em Marketing (Pace University<br />
e Harvard Business School), New Media (MIT)<br />
e Liderança (INSEAD). José Luiz Tejon é um<br />
exemplo de superação. Ficou órfão aos quatro<br />
anos de idade. Um acidente doméstico queimou-lhe<br />
o rosto, deixando-o com sequelas.<br />
Andou 14 anos por diversos hospitais e travou<br />
uma batalha com a vida para tornar-se num<br />
profissional de sucesso. É autor de 33 livros.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 27
Máquinadotempo<br />
Veja o vídeo em www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
“Cheguei a vender quatro<br />
pneus a um padre que não<br />
tinha automóvel”<br />
Com 84 anos, Manuel Vivas<br />
está ativo no negócio <strong>dos</strong><br />
pneus há sete décadas. Viu o<br />
setor crescer e modificar-se,<br />
mas mantém intactos os<br />
seus valores tradicionais e<br />
a ousadia profissional. No<br />
ano passado, ajudou a criar<br />
a VTS, representante da<br />
Nokian Tyres em Portugal<br />
Por: Jorge Flores<br />
o mundo <strong>dos</strong> negócios,<br />
não faltará quem reclame,<br />
para si, o estatuto<br />
de melhor vendedor da<br />
sua área. No mercado <strong>dos</strong><br />
pneus, não será muito diferente. Mas não haverá,<br />
seguramente, registo de alguém que<br />
tenha conseguido a proeza de Manuel Vivas,<br />
há muitos, muitos anos: vender um jogo de<br />
quatro pneus a um padre... que não tinha,<br />
tão-pouco, automóvel onde os pudesse colocar.<br />
Arte pura. Com 84 anos de vida e sete<br />
décadas de experiência dedica<strong>dos</strong> à indústria<br />
<strong>dos</strong> pneus, o protagonista da Máquina<br />
do Tempo desta edição pode contar esta e<br />
muitas outras histórias, pela simples razão<br />
de que as viveu na primeira pessoa.<br />
A idade é um pormenor na vida de Manuel Vivas,<br />
autêntica bíblia humana de um mercado<br />
que (quase) viu nascer em Portugal. Mantém<br />
intactos o brilho e a memória, contando, ao<br />
pormenor, os detalhes da sua longa e bem-<br />
-sucedida carreira. Como prova da sua juventude<br />
e ousadia empresarial, basta recordar<br />
que ainda no ano passado aceitou o repto<br />
para investir e fazer parte de uma sociedade<br />
(onde é maioritário) na VTS, representante<br />
da Nokian Tyres, situada em S. Mamede de<br />
Infesta. A marca finlandesa precisava de uma<br />
casa que não dividisse as atenções com nenhuma<br />
outra e que a dinamizasse no nosso<br />
país. Manuel Vivas, com é seu timbre, encarou<br />
o desafio com frontalidade. Não era a primeira<br />
casa que fundava ou ajudara a fundar. Em 70<br />
anos de atividade no ramo, a primeira empresa,<br />
Vivas & Irmão, foi já há meio século.<br />
Contudo, não foi aí que iniciou a sua carreira.<br />
Será preciso recuar ainda mais e encontrar<br />
um jovem que nasceu numa pequena aldeia<br />
28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
Manuel Vivas<br />
nortenha, onde a lavoura era a atividade local<br />
e onde depressa aprendeu a admirar o<br />
respeito que a população dedicava ao seu<br />
pai, Francisquinho Azevedo, apelidando-o<br />
de “mestre”.<br />
w PNEUS AOS OMBROS<br />
Na tarde em que recebeu a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />
<strong>Pneus</strong>, Manuel Vivas não deixou de sugerir<br />
enquadramentos para a sessão fotográfica.<br />
E quando questionado sobre se ainda se recordava<br />
de como tudo começou, percorreu<br />
a sala com o olhar, procurando o melhor fio<br />
à meada. “Lembro-me muito bem e tenho<br />
muitas histórias”, disparou. Caberia ao jornalista<br />
em questão a árdua tarefa de não<br />
estragar a riqueza de histórias com a sua<br />
escrita e a inevitável limitação de espaço.<br />
Por onde começar?<br />
Talvez pelos seis anos que esteve na legião<br />
portuguesa, “Cheguei a chefe de cantina.<br />
Primeiro, lavei panelas e tachos do meu<br />
tamanho. Depois, fui subindo”, revela.<br />
Ou pelo período em que trabalhou como<br />
empregado de armazém da Michelin, tinha<br />
então 16 anos. “Um dia, pediram quatro<br />
pneus. Sabe como eles chegavam? Nas costas<br />
do empregado. Dois em cada mão e outros<br />
dois aos ombros. E lá ia eu, pela cidade fora,<br />
levar os pneus a uma firma chamada Joaquim<br />
Marques Nogueira, uma empresa que comprava<br />
pneus Michelin”, recordou Manuel Vivas.<br />
A Michelin ainda não estava diretamente<br />
em Portugal. Tinha um importador, uma empresa<br />
chamada CID (Comercial, Importação<br />
e Distribuição) que fazia chegar a marca ao<br />
nosso país. “A gerência era do senhor Nuno<br />
Ferreira, que, para to<strong>dos</strong> os efeitos, era o<br />
responsável da Michelin no Porto e em Lisboa”,<br />
recorda Manuel Vivas, cujo ordenado,<br />
à época ascendia a 800 escu<strong>dos</strong>.<br />
A dedicação que emprestava ao trabalho<br />
dava nas vistas aos seus superiores. E come-<br />
çou a ser “assediado”. Depois de seis anos na<br />
CID, apareceu no horizonte luso a Goodyear<br />
Portugal. “Já cá existia e era importada por<br />
uma firma que havia na Rua Sá da Bandeira,<br />
a Arco Portuguesa”, cujos pneus eram fabrica<strong>dos</strong>,<br />
em grande escala, na Mabor.<br />
“Ofereceram-me 1.000 escu<strong>dos</strong> e acertámos<br />
as agulhas”, conta. “Mandaram-me logo a<br />
Lisboa buscar uma carrinha nova, uma VW<br />
HE-37-91”, regista, com rigor cirúrgico.<br />
Ainda teve uma contraproposta da anterior<br />
empresa, mas a sua decisão estava tomada.<br />
Não voltaria atrás, nem com a promessa de<br />
que a Michelin viria de armas e bagagens<br />
para Portugal e de que havia um lugar reservado<br />
para si na estrutura. E durante 10<br />
anos, Manuel Vivas deu provas do seu profissionalismo<br />
na Arco Portuguesa, empresa<br />
que contava com mais de 80 trabalhadores<br />
e que importava não apenas os pneus da<br />
Goodyear, como, também, eletrodomésticos.<br />
“Havia avarias de máquinas e veículos e eu<br />
dava um jeito. Comecei a saber daquilo. Em<br />
pouco tempo, já era o técnico. Não tinha<br />
horário e deram-me uma carrinha. No final,<br />
quando faliu ainda fiquei dois anos a fazer<br />
assistência às máquinas. Pagavam-me aquilo<br />
que eu dissesse”, recorda.<br />
w ESPÍRITO INDOMÁVEL<br />
Além da casa de pneus que criou há 60 anos<br />
(e que ainda hoje existe), pelo meio da sua<br />
carreira, Manuel Vivas foi colecionando ofícios<br />
e competências. Como a de condutor<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 29
Máquina do Tempo<br />
Manuel Vivas<br />
de pesa<strong>dos</strong>. “Conduzi o primeiro camião da<br />
Mercedes-Benz em Portugal”, adianta. “Foi<br />
com o Gil Andrade e Silva, que era irmão<br />
do bispo do Porto. Nessa altura, já estava<br />
nos pneus”. Mas nem tudo correu da melhor<br />
maneira. Certo dia, numa das muitas<br />
viagens que fazia, apareceu no porta-luvas<br />
um maço cheio de notas do empreiteiro.<br />
Manuel Vivas cumpriu escrupulosamente a<br />
missão e devolveu o camião intacto e com<br />
o dinheiro imaculado. E logo tratou de dizer<br />
ao responsável que estava de saída. “Não<br />
queria. Disse que eu era maluco por ir embora.<br />
Porque era um grande profissional,<br />
<strong>dos</strong> poucos que não danificava os veículos<br />
e que me dava os melhores serviços. Mas eu<br />
respondi-lhe que não! Disse-lhe que aquilo<br />
que ele me tinha feito era deixado o dinheiro<br />
no porta-luvas para ver se eu lhe deitava<br />
mão. Para me experimentar. E eu sou um<br />
homem sério!”. Era o ponto final, sempre<br />
de cabeça erguida, nesta relação laboral.<br />
Enquanto trabalha na Arco Portuguesa, conseguiu<br />
arranjar maneira de conciliar esta<br />
tarefa com a de taxista. “Saía da empresa,<br />
metia-me no 20, que partia da Batalha e aí<br />
tinha logo o táxi do meu colega à minha<br />
espera. Pegava nele até às 3h ou 4h da manhã.<br />
Mas às 9h já estava na Arco Portuguesa,<br />
pronto para trabalhar”, assegura.<br />
w VALORES TRADICIONAIS<br />
Em 70 anos, o mercado de pneus mudou<br />
muito. Manuel Vivas conheceu várias fases<br />
deste ramo. Quase todas. Recorda, a propósito,<br />
como funcionava o negócio nos tempos<br />
em que trabalhava na CID. “Chegava à Michelin<br />
ao pé <strong>dos</strong> vendedores e afirmava ‘Isto vai<br />
dar um salto. A tabela amanhã terá 20% em<br />
cima’. Era assim. Eu chegava a comprar aos<br />
3.000 pneus de uma só vez. Depois, começou<br />
a mudar”. Os descontos passaram a ser “uma<br />
vergonha”. Mais. “Ainda hoje o são”, sublinha.<br />
“Se as companhias diziam que davam mais<br />
5%, os meus colegas pegavam nesses 5% e<br />
iam logo levar ao cliente para vender mais<br />
alguma coisa. Eu não fazia isso. Se eles me<br />
davam os 5%, esses eram para mim. Claro<br />
que negociava. Mas era outra vida”, refere.<br />
“Foi nesse período que o pneu convencional<br />
passou para radial. O cliente comprava um automóvel<br />
novo, com quatro lonas, que não era<br />
radial. E queria trocar. Era esse o grande negócio.<br />
Dava uma côdea por aqueles e metia-lhe<br />
quatro pneus radiais”, explica Manuel Vivas,<br />
que considera que o negócio, antigamente,<br />
tinha “mais alma”. E, já agora, mais sabedoria.<br />
“Hoje, existem muitos ‘paraquedistas’ que<br />
não sabem nada. O pior é para os clientes”,<br />
lamenta o nosso entrevistado.<br />
Quando olha para a VTS, da qual detém<br />
60%, sente que a casa tem futuro. Tem uma<br />
sociedade e uma equipa “conhecedora e<br />
trabalhadora”. E o balanço de um ano de<br />
atividade contribui para esse sentimento<br />
positivo. O importante é cuidar da gestão<br />
da empresa. Regras tradicionais de vida que<br />
aprendeu com a passagem <strong>dos</strong> anos. Vivi<br />
muitos problemas, muitas peripécias com<br />
os fornecedores e com os próprios clientes.<br />
Por vezes, é complicado. Mas sempre soube<br />
gerir a empresa”, afirma. Um <strong>dos</strong> seus princípios<br />
básicos de gestão? “O dinheiro custa<br />
muito a ganhar. Nunca fazia nada de forma<br />
aérea. Sempre fui muito alinhadinho. Mas<br />
não me deixava enganar”. Quem não pagava<br />
depois de umas cartas de aviso, bem podia<br />
esperar pela ação em tribunal, pois o sucesso<br />
empresarial nunca se fez de pulsos fracos.<br />
“Quando dizem que sou rico, respondo que<br />
não sou”. Mas acrescenta sempre, para memória<br />
futura: “Duvido muito é que tenham<br />
trabalhado aquilo que eu trabalhei”. u<br />
30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
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O pneu premium UHP para a excecional performance<br />
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Entrevista<br />
Ralph Bernfeld<br />
Veja o vídeo em www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
“Historicamente, a sucursal<br />
portuguesa tem uma das maiores<br />
quotas de mercado da europa”<br />
O responsável da sucursal<br />
portuguesa da Bridgestone<br />
Europe acredita que o<br />
mercado nacional está<br />
maduro e que a empresa<br />
continuará a crescer, em<br />
2017, tal como acontece há<br />
27 anos. O fabricante aposta<br />
forte em dois produtos:<br />
DriveGuard e Turanza T005<br />
Por: Jorge Flores<br />
ascido no Peru, filho<br />
de pai austríaco e de<br />
mãe alemã, Ralph Bernfeld,<br />
diretor-geral da<br />
sucursal portuguesa<br />
da Bridgestone Europe,<br />
está na indústria<br />
<strong>dos</strong> pneus há 40<br />
anos (completa em novembro). A Portugal,<br />
chegou há 27 anos, com uma missão muito<br />
complicada na bagagem. A Bridgestone<br />
acabara de comprar a Firestone e cabia-lhe<br />
a responsabilidade de fechar a fábrica da<br />
marca em Alcochete e de colocar os primeiros<br />
pilares da fundação da Bridgestone no<br />
nosso país. “Começámos como Bridgestone<br />
Firestone Portuguesa (antes era Firestone<br />
Portuguesa). Com o tempo, passámos a ser<br />
Bridgestone Portuguesa, depois Bridgestone<br />
Portugal Unipessoal e, este ano, passámos a<br />
ser sucursal da Bridgestone Europe”, recordou.<br />
Hoje, o responsável congratula-se com o<br />
sucesso e o reconhecimento além-fronteiras<br />
da casa que dirige.<br />
Em entrevista à nossa revista, sempre temperada<br />
pela sua boa disposição, garantiu<br />
que a relação familiar com os clientes nunca<br />
passará de moda e que a Bridgestone está de<br />
boa “saúde” no maduro mercado nacional de<br />
pneus, fazendo um balanco da atividade da<br />
empresa, com especial foco nos PC4: pneus<br />
ligeiros de passageiros, ligeiros comerciais,<br />
4x4 e SUV.<br />
Como está a Bridgestone em Portugal? De<br />
boa saúde?<br />
O mercado, em si, está com uma ligeira<br />
queda, segundo da<strong>dos</strong> de julho: entre 4 a<br />
5%. A Bridgestone tem sido uma empresa<br />
que, em Portugal, ao longo <strong>dos</strong> 27 anos, não<br />
me lembro de um em que não tivesse um<br />
crescimento, quer do número de unidades<br />
quer da quota do mercado.<br />
32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
Diretor-Geral da sucursal portuguesa da Bridgestone Europe<br />
O ano de 2016, para nós, foi espetacular. Um<br />
recorde de vendas! E estamos, neste momento,<br />
com o fecho de setembro de 2017, a<br />
vender ao nível do ano passado. Mais do que<br />
o mercado. O mercado está a cair e a nossa<br />
quota, até aos últimos da<strong>dos</strong> que temos até<br />
julho, tem mostrado aumentos em todas as<br />
categorias de produtos. É uma tendência<br />
positiva. Pode dizer-se que a Bridgestone<br />
se recomenda. Porquê? Temos uma longa<br />
história no mercado, não unicamente com a<br />
Bridgestone, mas, também, com a Firestone,<br />
duas marcas com resulta<strong>dos</strong> muito positivos.<br />
Mas uma coisa que foi muito importante para<br />
nós, no ano passado, foi, finalmente, conseguirmos<br />
avançar com uma marca budget,<br />
com um preço interessante.<br />
Uma gama de ataque?<br />
Sim, uma gama de ataque. Temos de ter a<br />
noção: o que quer o cliente? Vender o que<br />
é mais fácil vender. O preço é uma ilusão. A<br />
qualidade fica para segundo lugar. É mau<br />
para o cliente final e, também, para quem<br />
vende. Lançámos esse produto e, com isso,<br />
conseguimos tapar as linhas premium, quality<br />
e budget. Isso ajudou-nos muito a acabar com<br />
uma ilusão de vendas que tínhamos das marcas<br />
orientais ou de marcas baratas. Obviamente,<br />
que ninguém gosta de ir a um cliente e dizer<br />
que apenas vai comprar produtos baratos.<br />
Também é preciso que comprem produtos<br />
de maior qualidade. Tenho uma boa gama<br />
de produtos. Não tínhamos como tratar isso.<br />
Tínhamos os clientes que nos compravam<br />
Bridgestone e Firestone, mas perdíamos esse<br />
segmento baixo – que colocavam em risco,<br />
também, algumas vendas destas duas. É uma<br />
porta de entrada. Se a venda é feita corretamente,<br />
oferecemos de tudo. Mas temos de<br />
explicar a diferença.<br />
E importa, também, conhecer o cliente. Para<br />
um cliente que tenha uma viatura com 15 ou<br />
20 anos, não vou dar um Potenza, porventura.<br />
Não vale a pena. Não precisa disso. Precisa,<br />
sim, de uma gama média ou baixa. Por outro<br />
lado, se entra alguém com um Mercedes-AMG,<br />
novinho em folha, não proponho um pneu<br />
chinês (risos). Esta linha budget ajudou-nos<br />
muito num mercado altamente competitivo.<br />
E a recuperar muitos clientes perdi<strong>dos</strong>. O ano<br />
passado correu muito bem. Este ano vamos<br />
cumprir e mesmo ultrapassar os objetivos<br />
previstos pela empresa.<br />
Qual a expressão da Bridgestone em Portugal,<br />
comparativamente com a Europa?<br />
Vamos colocar em perspetiva. No mercado<br />
português, como empresa, estamos entre as<br />
Top 100. Somos grandes! Mas a nível da Europa,<br />
temos de relativizar. Em Portugal, somos<br />
uma empresa, não apenas a nível <strong>dos</strong> pneus,<br />
mas em geral, que fatura 60 milhões. Somos<br />
grandes aqui no país. Agora, relativizando:<br />
a filial portuguesa tem, historicamente, das<br />
maiores quotas de mercado na Europa. Estamos<br />
inseri<strong>dos</strong> na região sudoeste (Portugal e<br />
Espanha). O contexto é ibérico, mas mantemos<br />
uma independência operacional. Mas estamos<br />
muito liga<strong>dos</strong> a Madrid. Estrategicamente, tudo<br />
começa na sede, depois é filtrado, em Bruxelas,<br />
a nível da região, e, por fim, adaptado às características<br />
de cada mercado. Podemos dizer<br />
que há muitas semelhanças entre Portugal e<br />
Espanha, mas também há muitas diferenças.<br />
Temos de estar conscientes dessas diferenças<br />
para saber o tipo de atenção e de serviço que<br />
o mercado português necessita face às suas<br />
características. Isso tem contribuído para que<br />
tenhamos muito sucesso. Não é fazer copy/<br />
paste da estratégia de outros países. Isso era<br />
um erro grave.<br />
Quais têm sido as vossas grandes apostas<br />
comerciais? E quais as grandes apostas<br />
de futuro?<br />
Temos apostado na introdução de produtos<br />
de alta tecnologia, que fazem a diferença no<br />
mercado. Nos últimos tempos, os mais importantes<br />
têm sido dois produtos. O DriveGuard<br />
é um produto único, que está disponível para<br />
qualquer viatura ligeira com sistema TPMS,<br />
que, em caso de furo, permite avisar o condutor,<br />
sendo que o mesmo é equipamento de<br />
origem obrigatório nos veículos produzi<strong>dos</strong><br />
a partir de novembro de 2014. Ao lançarmos<br />
o DriveGuard, “democratizámos” a tecnologia<br />
Run Flat. E foi um produto muito bem aceite.<br />
Em termos de produtos novos, acabámos de<br />
introduzir o Turanza T005 – será lançado em<br />
Portugal em janeiro de 2018. Muito importante,<br />
porque foi o primeiro produto realmente<br />
desenvolvido tendo em consideração as opi-<br />
niões do consumidor, a que nós chamamos<br />
de boss. Produto de qualidade. Com muita<br />
segurança em piso molhado e na travagem.<br />
Este é um pneu de topo, classificado pelos<br />
testes independentes da TÜV.<br />
Como fazem para fidelizar a clientela?<br />
Vamos falar de clientela, ou seja, daqueles<br />
com quem temos contacto no dia a dia e a<br />
pessoa que vende ao boss - neste caso, o distribuidor<br />
ou agente. A arma mais importante<br />
que temos é o nosso canal de família: a rede<br />
First Stop. É a extensão da própria Bridgestone.<br />
São to<strong>dos</strong> clientes independentes, mas que<br />
decidiram aderir ao programa pelas suas<br />
vantagens. Obviamente, que temos outros<br />
clientes, muito bons, mas que, por algum<br />
motivo, não estão na rede. Mas poderão vir<br />
a estar no futuro. É por aí o caminho. Quando<br />
temos a fidelização de um canal como o First<br />
Stop, obviamente que também temos uma<br />
participação, dentro <strong>dos</strong> seus estabelecimentos,<br />
relativamente alto. A proposta da<br />
casa poderá ser uma recomendação para<br />
comprar um pneu Bridgestone ou Firestone.<br />
Como têm sido adaptação às novas tecnologias?<br />
Muito boa. A Bridgestone, há uns anos, tomou<br />
uma decisão: sair da Fórmula 1! Porquê?<br />
Foi explicado, de forma muito clara. Com o<br />
dinheiro que estávamos a investir na Fórmula<br />
1 iríamos investir nas novas tecnologias. Nas<br />
tecnologias mais eco-friendly e no desenvolvimento<br />
de pneus para o futuro. E o futuro qual<br />
é? Elétrico! <strong>Pneus</strong> sem ar! Já apresentámos<br />
o protótipo no Salão de Frankfurt. Ou seja,<br />
produtos futuristas. A Bridgestone tem três<br />
grandes centros de pesquisa tecnológica no<br />
mundo: Japão, Roma e EUA, de onde saem<br />
produtos novos to<strong>dos</strong> os dias. Muitas não<br />
passam do papel à realidade, mas é como<br />
uma incubadora de ideias novas, to<strong>dos</strong> os<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 33
Entrevista<br />
Ralph Bernfeld<br />
dias. Pela dimensão que tem, a Bridgestone<br />
está na vanguarda a nível tecnológico e a<br />
acompanhar as tendências, não de hoje, mas<br />
para daqui a cinco, 10, 15 ou 20 anos. Para<br />
o futuro.<br />
Olhando para o futuro do mercado português,<br />
qual será a tendência? Vai reduzir-se<br />
aos poucos?<br />
O mercado de pneus, não só em Portugal,<br />
mas na Europa, é um mercado maduro.<br />
Com os prós e os contras dessa maturidade...<br />
Exatamente. A vantagem do pneu é que é um<br />
produto básico. Desde que existam viaturas,<br />
haverá sempre pneus. Serão sempre necessários.<br />
Como o meio de transporte mais popular<br />
em Portugal continua a ser o automóvel, o<br />
mercado vai acompanhando essa dimensão.<br />
Obviamente, há uma tendência positiva, nos<br />
últimos anos, da venda de automóveis novos.<br />
O que vai refletir-se, positivamente, daqui a<br />
alguns anos, no mercado de substituição. É<br />
um mercado maduro com um crescimento<br />
que, a acontecer, não excederá muito os 2%.<br />
Não pode haver uma explosão, porque é<br />
um mercado maduro. Explosão aconteceu<br />
na China e na Índia, onde uma em cada 100<br />
pessoas tem viatura. Aqui, quase todas as<br />
pessoas têm uma.<br />
Há oficinas de mecânica pura a abrir a atividade<br />
aos pneus. E casas de pneus a aderirem<br />
aos serviços rápi<strong>dos</strong>. Como será a evolução<br />
<strong>dos</strong> canais de venda?<br />
Para nós, não é nenhuma surpresa. Temos<br />
falado disto há anos. Os puros comerciantes<br />
de pneus não vão conseguir sobreviver num<br />
mercado como o atual. Temos incentivado<br />
a que modernizem as suas casas. Um <strong>dos</strong><br />
pontos fortes da rede First Stop é o estímulo<br />
que damos a que desenvolvam mais e mais os<br />
serviços de mecânica. Caso contrário, ficam<br />
para trás. Não podem. Se o comerciante de<br />
pneus conseguir, também, ter uma mecânica<br />
razoavelmente boa, não “apenas” vai ganhar<br />
esse serviço, como manterá o cliente <strong>dos</strong><br />
pneus. Porque eles são melhores do que os<br />
generalistas. Eles sabem. Os outros fazem<br />
de tudo, mas não são especialistas em nada.<br />
O profissional de pneus sabe muito de pneus<br />
e de tudo sobre a suspensão do automóvel.<br />
E basta ele estender isso e começar a fazer<br />
um pouco de mecânica. É importante para<br />
a rentabilidade do negócio. A competição<br />
é muito grande e as margens que existiam<br />
antes já não existem hoje. Tem de haver um<br />
complemento para não depender absolutamente<br />
<strong>dos</strong> pneus. Mas há anos que batemos<br />
nesta tecla e as pessoas têm dado ouvi<strong>dos</strong>.<br />
Depois, em Portugal, há pontos de venda como<br />
não existem muito na Europa. Temos aberto<br />
postos da rede First Stop que não existem<br />
noutros países europeus, tanto em matéria<br />
de dimensão, de equipamento, de visual e<br />
da própria formação do pessoal.<br />
De que forma o aumento da matéria-prima<br />
está a afetar o vosso negócio?<br />
Afeta bastante. Mas o importante é observar<br />
a forma diferente como afeta cada<br />
fabricante. A matéria-prima subiu muito,<br />
estabilizou e começou a descer um pouco.<br />
E, obviamente, que os fabricantes tiveram de<br />
refletir isso no aumento de preços. Não há<br />
outra forma. Mas é interessante: quando há<br />
aumentos de matéria-prima violentos, os que<br />
mais sofrem são os produtores orientais. São<br />
os chineses. Não tanto uma empresa como a<br />
Bridgestone, Michelin ou Goodyear. Porquê?<br />
Porque o nosso custo de mão de obra já é alto.<br />
Hipoteticamente, para nós, 50% é custo de<br />
mão de obra e o resto é matéria-prima. Para<br />
eles, 85% é matéria-prima e o resto é mão de<br />
obra. Então eles têm de ajustar violentamente<br />
os preços.<br />
Há diferenças muito grandes em termos de<br />
qualidade <strong>dos</strong> produtos. Não compararia,<br />
neste momento, a qualidade de nenhum<br />
pneu chinês com nenhuma marca consensual<br />
na Europa. Não é comparável. Estão anos<br />
atrasa<strong>dos</strong>. Não quer dizer que não tenham<br />
competências para alterar esta situação, tal<br />
como o fizeram no Japão. Um dia, o made in<br />
China poderá ter qualidade. Ainda não é assim.<br />
Falando do segmento de pesa<strong>dos</strong>, muitos<br />
fabricantes têm produzido os seus próprios<br />
sistemas de gestão de frotas. Qual a sua<br />
perspetiva?<br />
Uma frota bem gerida, cada vez mais, exige<br />
isso. Porque, com a concorrência que há, em<br />
termos do custo de transportes de carga, é<br />
necessário poupar em algum lado. O maior<br />
gasto é em combustível, pneus, lubrificantes.<br />
Tudo isso são gastos muito eleva<strong>dos</strong> e impõe-<br />
-se baixá-los para para poderem manter os<br />
preços competitivos. Temos sistemas com-<br />
“No mercado português,<br />
como empresa, estamos no<br />
Top 100. Somos grandes. Ao<br />
nível da Europa, temos das<br />
maiores quotas de mercado”<br />
pletos de manutenção e uma divisão própria,<br />
a Bridgestone Solutions Business, indicada<br />
para o acompanhamento, recomendação<br />
e gestão das frotas. Existe em muitos países<br />
e em Portugal também. É uma exigência do<br />
mercado, para que o cliente possa tirar o<br />
maior proveito do produto.<br />
Que novos modelos de negócio poderão<br />
surgir?<br />
Em Portugal, já existe franchising. A única<br />
coisa que não existe e talvez possa surgir, um<br />
dia, são as lojas próprias das empresas. Em<br />
Espanha e noutros países, estas já existem.<br />
Se vierem a aparecer, terão de ser encaradas<br />
como mais um concorrente no mercado.<br />
Muitas marcas fazem-no apenas como uma<br />
loja-piloto para experimentar determinadas<br />
áreas. Quase como um centro de formação. u<br />
34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
Solução Global<br />
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Estamos presentes nas redes sociais:
Entrevista<br />
Marcos Fernández<br />
A Cooper Tire é, hoje, um<br />
player de renome no mundo<br />
<strong>dos</strong> pneus, muito graças à<br />
qualidade <strong>dos</strong> seus produtos<br />
e ao estatuto premium que<br />
conquistou por direito próprio.<br />
Em entrevista à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />
<strong>Pneus</strong>, Marcos Fernández,<br />
diretor-geral da marca para<br />
Espanha e Portugal, frisou que<br />
“o setor sofre da incapacidade<br />
de comunicar os seus pontos<br />
fortes”<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
“O setor sofre da<br />
incapacidade de comunicar<br />
os seus pontos fortes”<br />
36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
Diretor-Geral para Espanha e Portugal da Cooper Tire<br />
Com mais de um século<br />
de existência, a Cooper<br />
Tire tem as suas origens<br />
em 1914, quando, em<br />
Akron, no estado norte-americano do Ohio,<br />
os cunha<strong>dos</strong> John F. Schaefer e Claude E.<br />
Hart formaram uma empresa para produzir<br />
remen<strong>dos</strong> de pneus e kits de reparação. Mais<br />
tarde, adquiriram a The Giant Tire & Rubber<br />
Company e, logo depois, transferiram o seu<br />
negócio para Findlay, também no Ohio.<br />
Hoje, a Cooper Tire é um <strong>dos</strong> mais conceitua<strong>dos</strong><br />
fabricantes de pneus à escala global. A<br />
qualidade <strong>dos</strong> seus produtos é colocada à<br />
prova em diversas categorias do desporto<br />
automóvel e o estatuto de premium que conquistou<br />
não foi por acaso. Disso mesmo nos<br />
deu conta Marcos Fernández, diretor-geral<br />
para Espanha e Portugal da Cooper Tire, numa<br />
entrevista que publicamos na íntegra.<br />
Antes de mais, quer fazer-nos uma breve<br />
descrição da história recente da Cooper<br />
Tire no mercado ibérico?<br />
Desde que chegámos à Península Ibérica,<br />
conseguimos fortalecer a empresa entre os<br />
consumidores através de uma imagem de<br />
marca premium e de excelentes serviços e<br />
produtos, que respondem às necessidades <strong>dos</strong><br />
automobilistas, sempre com uma extraordinária<br />
relação qualidade/preço. Paralelamente<br />
ao prestígio mundial da nossa gama 4x4,<br />
conseguimos colocar as restantes gamas<br />
de que dispomos num elevado patamar de<br />
reconhecimento no merca<strong>dos</strong> de Espanha<br />
e Portugal.<br />
Em sua opinião, como está o mercado de<br />
pneus (ligeiros e pesa<strong>dos</strong>) na Península<br />
Ibérica?<br />
Com a dureza da longa crise que temos<br />
vivido em toda a Europa, especialmente<br />
em Espanha e Portugal, as vendas de pneus<br />
caíram para níveis nunca antes vistos. A recuperação<br />
do mercado tem sido tão lenta<br />
quanto a saída da crise. Este ano, as vendas<br />
começaram a crescer em ritmos anteriores à<br />
crise. No entanto, recentemente, o mercado<br />
evidenciou uma certa desaceleração devido<br />
a diversas causas, como o aumento do preço<br />
das matérias-primas, a libertação de stock ou<br />
as várias incertezas políticas.<br />
Como descreve a atual gama de pneus para<br />
veículos leves e pesa<strong>dos</strong> da Cooper Tire?<br />
A Cooper Tire oferece uma gama completa<br />
de pneus para automóveis de passageiros,<br />
4x4 e van. Os nossos pneus oferecem elevado<br />
desempenho, que tem sido reconhecido<br />
por testes de entidades independentes<br />
ou revistas profissionais, ainda maiores do<br />
que as de outros grandes fabricantes.<br />
Da qualidade de nossos produtos, fruto de<br />
um enorme trabalho de pesquisa e desenvolvimento,<br />
podemos citar a presença de<br />
campeões tão prestigia<strong>dos</strong> como Xavi Foj e<br />
David Coulthard, embaixadores das nossas<br />
gamas 4x4 e turismo, respetivamente. Ambos<br />
estão, também, bastante envolvi<strong>dos</strong> no desenvolvimento<br />
de novos produtos. Desta forma,<br />
os consumidores podem encontrar nas nossas<br />
gamas o pneu que se adapta perfeitamente<br />
às suas necessidades.<br />
Em termos gerais, quais são os fatores<br />
que mais condicionam (positivamente e<br />
negativamente) o mercado de pneus na<br />
Península Ibérica?<br />
Como referi anteriormente, o aumento do<br />
preço das matérias-primas, a libertação de<br />
stock e as incertezas políticas, afetaram negativamente<br />
o mercado. Positivamente, a renovação<br />
do parque automóvel, proporcionada<br />
pelo fim da crise, e a maior disponibilidade<br />
financeira das famílias, bem como as campanhas<br />
de ajuste de preços e as promoções que<br />
realizamos com os fabricantes, geram maior<br />
consciência sobre a importância <strong>dos</strong> pneus<br />
na segurança rodoviária.<br />
As marcas premium investem na qualidade<br />
e no desempenho <strong>dos</strong> pneus, mas o cliente<br />
final procura preço e, na maioria das vezes,<br />
não valoriza a qualidade do produto. O que<br />
podem os fabricantes premium fazer para<br />
inverter esta mentalidade?<br />
É obrigação do fabricante dar ênfase a importância<br />
de ter um produto de gama alta para<br />
garantir a máxima segurança rodoviária. Isso<br />
é fundamental. Mas, também, é necessário<br />
que o consumidor conheça e compreenda<br />
que o pneu é um tipo de produto altamente<br />
especializado. O setor sofre da incapacidade<br />
de comunicar os seus pontos fortes. Isso sempre<br />
aconteceu e devemos corrigi-lo. Para tal,<br />
é necessário contar com o envolvimento de<br />
to<strong>dos</strong> os players do setor: desde o fabricante ao<br />
canal de distribuição, passando pelo ponto de<br />
venda e pelas administrações públicas. Quanto<br />
ao preço, as margens já estão severamente<br />
ajustadas, pelo que não existe muito espaço<br />
de manobra para os reduzirmos ainda mais.<br />
A que se deve a entrada de tantos pneus<br />
chineses no mercado ibérico? Como pode<br />
esta situação ser alterada?<br />
Sem dúvida. Esta situação saiu reforçada pela<br />
guerra de preços desencadeada na sequência<br />
da crise económica. Situação esta que abriu<br />
a porta à chegada massiva de produtos mais<br />
baratos. Mas também convém não esquecer<br />
que com muito menor qualidade e menos<br />
eficazes. Além disso, a imposição de tarifas<br />
impostas pelos EUA sobre a importação desses<br />
pneus do sudeste asiático, que desviaram o<br />
seu destino para merca<strong>dos</strong> norte-americanos<br />
menos intervencionistas, também tem a sua<br />
quota-parte de influência. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 37
Notícias<br />
Empresas<br />
Tiresur Portugal realizou<br />
Convenção Anual Center’s Auto<br />
Nos dias 23 e 24 de setembro 2017, teve lugar, no Hotel Gaw rça Real & Spa (Meãs do<br />
Campo, Montemor-o-Velho), a Convenção Anual do Grupo Center’s Auto. A rede pertence à<br />
Tiresur e tem a GT Radial como principal marca no seu portefólio. Atualmente, em Portugal,<br />
a rede é formada por 33 associa<strong>dos</strong>, que compõem um total de 41 oficinas espalhadas<br />
por todo o território nacional.<br />
O evento, que contou com a presença de mais de 60 pessoas, iniciou-se no sábado de<br />
manhã com um welcome coffee, seguido de uma reunião de trabalho, que se prolongou<br />
até à hora de almoço. Durante a reunião, debateram-se várias questões de interesse para o<br />
grupo, tendo a Tiresur aproveitado para apresentar uma série de novidades aos seus associa<strong>dos</strong>.<br />
De entre as várias, destacaram-se a apresentação e o lançamento do novo modelo<br />
SportActive SUV da marca GT Radial, o lançamento da nova página de Internet oficial do<br />
grupo (www.grupocentersauto.pt), o lançamento da marca Austone para permitir ao grupo<br />
posicionar-se competitivamente no segmento super budget e ainda a comunicação oficial<br />
de que, a partir de outubro, a Tiresur passa a comercializar em Portugal a marca Uniroyal<br />
(Grupo Continental) em pneus de camião. Na parte da tarde, teve lugar uma espetacular<br />
e divertida atividade de grupo, nomeadamente o 1.º Rally Paper Center’s Auto Portugal.<br />
A boa disposição imperou durante todo evento.<br />
Davanti aumentou presença<br />
no Salão da China<br />
Depois de um ano de sucesso e de grande ambição,<br />
a Davanti tornou-se parceiro oficial do Everton Footbal<br />
Club e recebeu uma menção honrosa da TÜV pelos testes<br />
realiza<strong>dos</strong> ao pneu DX390 PCR. A marca teve enorme sucesso<br />
com a presença no Salão Internacional de <strong>Pneus</strong> da<br />
China, que decorreu em Xangai, onde foi alvo de enorme<br />
interesse, tanto <strong>dos</strong> visitantes como de vários países um<br />
pouco por todo o mundo. O responsável da Davanti, Peter<br />
Cross, referiu que “a Davanti continua um crescimento<br />
global e progressivo como marca líder no setor <strong>dos</strong> pneus<br />
em vários merca<strong>dos</strong>. Com a presença na feira, foi mais uma<br />
oportunidade para que nós mantivéssemos o sucesso<br />
corporativo”. Ao mesmo tempo, a Davanti estabeleceu<br />
algumas oportunidades para a distribuição do futuro, que<br />
serão conhecidas a breve trecho.<br />
Vulco aposta forte<br />
na profissionalização da rede<br />
A Vulco, rede de oficinas abandeirada pela Goodyear Dunlop, especializada em<br />
pneus e mecânica rápida, aposta na melhoria da competitividade e da profissionalização<br />
<strong>dos</strong> seus associa<strong>dos</strong>, através de uma poderosa oferta formativa que aplica<br />
a todas as oficinas da sua rede. Ao abrigo do seu completo programa, a Vulco oferece<br />
aos seus associa<strong>dos</strong> a possibilidade de melhorarem a gestão da sua atividade<br />
em termos de processos, com o intuito de<br />
prestar ao utilizador final um melhor serviço<br />
e aconselhamento, bem como os maiores<br />
índices de satisfação. Deste modo, a rede de<br />
oficinas promove o desenvolvimento profissional<br />
como “vantagem competitiva” para a<br />
geração sustentável de negócio, apostando<br />
num modelo formativo que combina teoria<br />
e prática e que pode ser ministrado de forma<br />
presencial ou à distância. Cursos de Geometria<br />
e Alinhamento de Direção, Sistemas de<br />
Travagem, TPMS, Revisão Oficial Vulco ou Gases<br />
Fluora<strong>dos</strong> são só alguns <strong>dos</strong> exemplos que compõem a oferta em Portugal e<br />
que se somam a um programa ainda mais amplo em Espanha, onde se ministram,<br />
entre outros, cursos de iniciação a veículos híbri<strong>dos</strong>, de gestão de oficina ou relativos<br />
a diferentes processos de pós-venda. Tudo para as suas oficinas sejam as<br />
melhores.<br />
Zenises lançou<br />
nova campanha de publicidade<br />
A Zenises prestou, desde sempre, muita atenção<br />
às campanhas publicitárias direcionadas para os seus<br />
clientes. Utilizando uma série de mensagens que definem<br />
a oferta da sua marca ao longo <strong>dos</strong> anos, estas<br />
campanhas vencedoras de prémios têm como objetivo<br />
“agarrar” a atenção da indústria de pneus, ao mesmo<br />
tempo que expressa temas e mensagens importantes.<br />
O ano de 2017 não é exceção e a última campanha da empresa<br />
pretende ser uma das mais impactantes de sempre.<br />
Baseada no conceito “Disruptive Thinking”, o que numa<br />
tradução literal quererá dizer “Pensamento Disruptivo”, a<br />
empresa vai lançar uma série de criações abstratas nos<br />
próximos meses, que foram desenhadas para “provocar” a<br />
audiência e fazê-la pensar de forma mais premente como se<br />
podem relacionar com o negócio do amanhã. É um tributo<br />
à criatividade e à inovação. Esta campanha esteve a ser<br />
preparada durante vários meses e já teve vários designs<br />
de acordo com as várias unidades de negócio da empresa.<br />
38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
Tecniverca inaugurou filial no Porto<br />
Com a inauguração de uma filial no Porto, a<br />
Tecniverca expande o seu negócio na zona<br />
norte do país e aumenta a proximidade aos<br />
clientes. Localizada na Zona Industrial do Porto,<br />
perto <strong>dos</strong> principais concessionários de<br />
automóveis (Rua Eng.° Ferreira Dias, n.º 444,<br />
Armazém 4), a nova filial dispõe de 2.000 m 2<br />
de área, que incluem um show room, receção,<br />
armazém e serviços técnicos. “Sendo o mercado<br />
do Porto muito forte para a Tecniverca,<br />
sentimos necessidade de estar mais perto<br />
<strong>dos</strong> clientes. Hoje, as entregas são feitas no<br />
próprio dia e só estando presente com instalações<br />
próprias conseguimos ter o stock e<br />
o atendimento necessários para satisfazer os<br />
pedi<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> clientes”, afirmou Alexandre Corricas,<br />
gerente da Tecniverca.<br />
Para oferecer o mesmo nível de serviço que<br />
tem nas zonas centro e sul, a empresa contratou<br />
dois técnicos para a filial do Porto. Agora,<br />
todas as reparações e operações de manutenção<br />
são realizadas por técnicos próprios, que<br />
garantem um serviço mais rápido e eficiente.<br />
No amplo show room, os clientes podem ver<br />
e experimentar os equipamentos e ferramentas,<br />
assim como conhecer novos produtos. No<br />
dia da inauguração, foi apresentada uma nova<br />
marca de geradores, de origem norte americana,<br />
denominada Champion, concebida<br />
para o setor das oficinas de automóveis, assim<br />
como novos acessórios da Laser, nomeadamente<br />
novos bujões de óleo descartáveis e<br />
kits de reparação de tubos de gasolina.<br />
A marca própria de equipamentos Hyprel,<br />
também está bem representada com vários<br />
macacos hidráulicos e máquinas de limpeza<br />
de peças. A boa relação preço/qualidade tem<br />
contribuído para a grande procura destes<br />
equipamentos, cuja produção vai aumentar,<br />
assim como diversificar a gama.<br />
A filial do Porto comercializa todas as marcas<br />
e linhas de produto que a Tecniverca tem na<br />
sua sede, localizada na Moita. “Toda a gama<br />
de produtos que temos na sede encontra-se<br />
também na filial do Porto. Mas ainda estamos<br />
numa fase de conhecimento do mercado e<br />
das suas necessidades. Neste momento, 70%<br />
do portefólio de produtos está em stock e as<br />
faltas são colmatadas de um dia para o outro”,<br />
referiu Alexandre Corricas.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 39
Notícias<br />
Empresas<br />
Pneucity123.com reforça estratégia<br />
de vendas no outono<br />
Para as oficinas e comerciantes, a época de mudança de pneus no outono é <strong>dos</strong><br />
perío<strong>dos</strong> do ano com o maior volume de negócios. Quem oferecer agora um serviço<br />
bom e rápido, não consegue apenas garantir a fidelidade <strong>dos</strong> seus clientes<br />
habituais, como, também, consegue idealmente angariar novos. A Pneucity123.<br />
com, loja online B2B do maior comerciante de pneus da Europa através da Internet,<br />
a Delticom, presta, neste sentido, auxílio aos seus clientes comerciantes. A<br />
Pneucity123.com abrange todo o mercado através da sua vasta oferta de marcas<br />
e modelos, desde pneus de qualidade<br />
acessíveis até produtos topo de gama.<br />
A vantagem para os comerciantes de<br />
pneus e as oficinas, é estes conseguirem<br />
reagir de forma flexível à procura <strong>dos</strong><br />
seus clientes. Através <strong>dos</strong> seus próprios<br />
armazéns, a Pneucity123.com também<br />
assegura uma excelente disponibilidade<br />
<strong>dos</strong> produtos. Isto faz com que os seus<br />
clientes comerciantes consigam oferecer<br />
produtos para to<strong>dos</strong> os grupos de pessoas,<br />
sem os manter em stock. Assim, é<br />
possível dar resposta a to<strong>dos</strong> os pedi<strong>dos</strong> e economizar ao mesmo tempo espaço.<br />
Desta forma, também não há a necessidade de imobilizar capital.<br />
A Pneucity123.com cria o seu modelo comercial baseado em parcerias sobre condições<br />
justas: não se aplicam custos nem quantidades mínimas de encomenda e<br />
as opções de pagamento e de devolução são muito versáteis.<br />
<strong>Pneus</strong> ATHOS chegaram<br />
ao milhão de encomendas<br />
A Hämmerling Tyre Company, um <strong>dos</strong> maiores revendedores<br />
de pneus na Europa, distribuidor da marca ATHOS<br />
para camiões, celebrou, recentemente, uma cifra especial:<br />
o centro da empresa, em Paderborn, na Alemanha, recebeu<br />
a nota de encomenda um milhão para a ATHOS. A encomenda<br />
foi feita por um distribuidor na Escandinávia. Uma<br />
década depois do primeiro pneu ATHOS sair do armazém<br />
da Hämmerling Tyre Company, foi registada a encomenda<br />
do um milhão.<br />
A ideia de desenvolver um pneu de camião próprio e de<br />
dar-lhe o nome ATHOS aconteceu no final <strong>dos</strong> anos 90.<br />
Tendo por base um extenso conhecimento do negócio,<br />
mas, também, na produção de pneus para camião, o responsável<br />
máximo da Hämmerling Tyre Company, Ralf<br />
Hämmerling, começou, de forma intensiva, a pensar na<br />
produção de um pneu próprios para camiões. Uma das<br />
razões foi o aumento da procura de pneus para reboques<br />
e semirreboques.<br />
A primeira entrega de um pneu ATHOS aconteceu no<br />
ano de 2007 e, em 2009, foram acrescenta<strong>dos</strong> à gama<br />
novas dimensões e modelos. Atualmente, a gama é mais<br />
personalizada mas sempre dedicada a veículos comerciais<br />
e pesa<strong>dos</strong>. Inclui clientes como Krone, Fliegl, Kögel,<br />
Ackermann e Wielton.<br />
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40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
BKT é patrocinadora oficial<br />
do desafio Xtractor<br />
Pela segunda vez, o trator agrícola torna-se<br />
protagonista da aventura televisiva Xtractor. A BKT<br />
é patrocinadora de uma expedição em direção a<br />
uma meta ainda secreta à descoberta de paisagens<br />
e culturas desconhecidas, evidenciando um setor –<br />
como o agrícola – de importância primordial para<br />
todo o planeta. Viagem, agricultura e tecnologia<br />
são os ingredientes desta aventura, que vê uma<br />
equipa à frente de uma caravana de quatro tratores<br />
de última geração, assina<strong>dos</strong> McCormick, prontos<br />
para enfrentar os imprevistos mais varia<strong>dos</strong> que<br />
irão apresentar-se ao longo do percurso deste<br />
documentário.<br />
Goodyear produz pneus<br />
com borracha de óleo de soja<br />
A Goodyear está a semear inovação, ao apostar numa nova tecnologia de pneus, com<br />
o apoio da United Soybean Board (USB). A primeira utilização comercial de um novo<br />
composto de borracha à base de óleo de soja está a ajudar a Goodyear a melhorar a<br />
performance <strong>dos</strong> pneus em piso seco e molhado e em condições invernais. Uma equipa<br />
de cientistas e engenheiros da Goodyear criou um novo composto (ou fórmula) para<br />
a banda de rolamento, utilizando óleo de soja, um composto natural, rentável, neutro<br />
em termos de carbono e renovável. Com a utilização de óleo de soja nos pneus, a Goodyear<br />
encontrou uma nova forma de ajudar a manter o composto de borracha flexível<br />
perante as mudanças de temperaturas, um elemento decisivo para manter e melhorar<br />
a aderência do veículo sobre a superfície da estrada. Os testes da Goodyear demostraram<br />
que a borracha produzida com óleo de soja se mistura mais facilmente com os<br />
compostos reforça<strong>dos</strong> com sílica utiliza<strong>dos</strong> no fabrico de determina<strong>dos</strong> pneus. Desta forma,<br />
também é melhorada a eficiência de produção e reduzido o consumo de energia.<br />
A comercialização do óleo de soja em pneus, como último avanço tecnológico da Goodyear,<br />
soma-se a outras inovações recentes da empresa, como o uso de sílica derivada de<br />
cinzas de casca de arroz, outro componente utilizado pelo fabricante em determina<strong>dos</strong><br />
pneus para turismo.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 41
Notícias<br />
Empresas<br />
Semperit lançou Worker D2<br />
para maior eficácia<br />
A Semperit está a começar a renovar a sua gama de produtos<br />
para utilização combinada em estrada e fora dela, trazendo<br />
para o mercado um pneu para o eixo do motriz de grande<br />
qualidade, na forma do novo Worker D2 315/80 R 22.5. Nos<br />
estaleiros de construção, espera-se que homens e máquinas<br />
trabalhem incansavelmente to<strong>dos</strong> os dias. Por isso, é da maior<br />
importância que os pneus <strong>dos</strong> veículos sejam fiáveis e satisfaçam<br />
os mais eleva<strong>dos</strong> padrões.<br />
“Nos estaleiros, cortes, fendas e outros danos nos pneus são<br />
acontecimentos diários”, disse Daniel Gainza, diretor de marketing<br />
na Continental Truck Tires para a região EMEA (Europa,<br />
Médio Oriente e África). “O novo Semperit Worker D2 - 318/80<br />
R 22.5 é a nossa resposta às elevadas exigências <strong>dos</strong> clientes<br />
associadas a estas condições de trabalho desafiantes. Ao selecionarmos<br />
os compostos para os materiais do Worker D2, demos,<br />
por isso, particular ênfase à excelente durabilidade”, frisou.<br />
Seja no asfalto, entulho, areia ou até lama, o Worker D2 tem um<br />
desempenho brilhante em qualquer piso e o seu design com um<br />
padrão de cinco blocos oferece uma melhoria impressionante<br />
em termos de aderência. O desenho especial do piso oferece<br />
uma proteção particularmente boa contra desgaste. Com estas<br />
características combinadas no Worker D2, a Semperit está a<br />
oferecer precisamente os elementos que são necessários num<br />
estaleiro: fiabilidade, durabilidade e segurança.<br />
Valorpneu arrancou com nova fase<br />
do Prémio Inov.Ação<br />
A Valorpneu encetou uma nova fase de comunicação do Prémio Inov.Ação com a<br />
sua presença no “The Pitch Market Lisboa”, um evento que mostra o talento nacional<br />
em inovação e design, que teve lugar no Terreiro do Paço, de 21 a 24 de setembro.<br />
Neste evento, várias centenas de pessoas ficaram a conhecer o prémio e tiveram<br />
oportunidade de observar alguns <strong>dos</strong> trabalhos vencedores de edições anteriores.<br />
A marcar também esta nova etapa, o Jornal de Negócios tornou-se media partner<br />
da iniciativa. Uma aposta com vista a levar o Prémio Inov.Ação ao meio empresarial<br />
e a despertar o interesse do setor para que, efetivamente, os projetos apresenta<strong>dos</strong><br />
possam tornar-se soluções reais de mercado. Estão previstos editoriais neste meio<br />
de comunicação para apresentar os candidatos e projetos que se vão registando no<br />
portal do prémio, com especial incidência para aqueles que já o fizeram ou que o<br />
farão em breve. Desde o seu lançamento, em dezembro de 2016, o Prémio Inov.Ação<br />
da Valorpneu tem sido divulgado em larga escala, sendo a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> um <strong>dos</strong><br />
melhores exemplos. Além de vários artigos publica<strong>dos</strong> na imprensa especializada e<br />
generalista, o prémio foi apresentado em exposições e sessões presenciais em instituições<br />
de Ensino Superior, tendo chegado a um vasto número de alunos. Até final<br />
de dezembro, serão realizadas novas sessões, nas quais se perspetiva que venham a<br />
surgir novos e interessantes projetos. Atualmente, já estão candidatos regista<strong>dos</strong> nesta<br />
iniciativa e foram lançadas várias ideias que podem servir como mote a interessa<strong>dos</strong><br />
que as queiram desenvolver.<br />
Kenda Group adquire Starco Europe<br />
O Kenda Group continua a sua expansão global e anunciou<br />
a aquisição da Starco Europe, empresa que comercializa jantes<br />
e pneus para veículos. Além de uma excelente organização<br />
cultural e estratégica, ambas as empresas veem excelentes<br />
oportunidades de negócio a longo prazo. O Kenda Group tem<br />
sido fornecedor da Starco desde 1982 e, desde então, a relação<br />
entre as duas marcas tem sido reforçada. Nos últimos 12 meses,<br />
uma série de reuniões fizeram com que as duas empresas<br />
elevassem a sua parceria a outro nível. A Starco vai continuar<br />
a operar nos mesmos segmentos e merca<strong>dos</strong> como faz atualmente,<br />
planeando manter a mesma base de fornecimento e a<br />
mesma gama de produtos.<br />
Zenises celebrou dia <strong>dos</strong> parceiros italianos<br />
Um número crescente de parceiros italianos foram bem-vin<strong>dos</strong> no dia que a Zenises<br />
levou a cabo uma ação especial, que, este ano, foi celebrado na cidade medieval de<br />
Gubbio, no coração de Itália. Depois de um salão Autopromotec em crescimento, a<br />
Zenises continua a aproximação a novos parceiros e colaboradores. Um total de 40<br />
pessoas assistiram ao evento e receberam novidades da Zenises em primeira mão. A<br />
marca anunciou que pretende fazer crescer o negócio em 2018, não apenas no mercado<br />
de pneus, mas, também, em produtos, como lubrificantes e baterias. A empresa<br />
partilhou ainda novidades na área <strong>dos</strong> lubrificantes e das baterias. O evento decorreu<br />
durante vários dias e deu lugar a muitas discussões e seminários.<br />
42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
Hankook Tire mantém-se<br />
no DISI World<br />
PUB<br />
A Hankook Tire, fabricante de pneus premium, anunciou a sua<br />
inclusão, pelo segundo ano consecutivo, no Dow Jones Sustainability<br />
Index World (DISI World), reforçando a posição como uma das<br />
empresas de pneus mais sustentáveis do mundo. O DISI, lançado<br />
em 1999 como produto conjunto da S&P Dow Jones Indices e RobecoSAM,<br />
é o primeiro índice global que rastreia a influência económica,<br />
do meio ambiente e social das 2.500 principais empresas<br />
mundiais. O DISI inclui os líderes em sustentabilidade de cada grupo<br />
industrial, identifica<strong>dos</strong> mediante uma avaliação de sustentabilidade<br />
corporativa. Graças ao esforços contínuos da Hankook Tire<br />
para melhorar a sustentabilidade, a empresa foi incluída no DISI.<br />
No final de 2016, fixou-se o plano CRS Vision 2020 da Hankook<br />
Tire, o qual inclui objetivos a médio e longo prazos com o intuito<br />
de superar, a cada ano, o estabelecimento e a implementação<br />
de objetivos a curto prazo. Este plano apresenta, passo a passo, a<br />
implementação anual de objetivos para melhorar a viabilidade.<br />
Novos cargos de liderança na Goodyear<br />
A Goodyear Tire & Rubber Company nomeou novos líderes para<br />
duas das suas unidades de negócio estratégicas. Chris Delaney foi eleito<br />
presidente da Goodyear para a unidade de negócio na Europa, Médio<br />
Oriente e África (EMEA). Foi presidente da unidade de negócio na região<br />
Ásia-Pacífico desde que se juntou à empresa, em 2015. To<strong>dos</strong> as novas<br />
nomeações entraram já em vigor e coincidiram com o anúncio de que<br />
Jean-Claude Kihn se retiraria do seu cargo de presidente da EMEA da<br />
Goodyear, um ano volvido sobre a sua nomeação. Kihn desenvolveu a<br />
sua distinta carreira na Goodyear durante 30 anos, ocupando lugares<br />
chave no âmbito da tecnologia e do negócio, como o de diretor técnico,<br />
presidente da Goodyear Brasil e presidente da Goodyear América Latina.<br />
Espírito Desportivo<br />
em ação<br />
Novo GT Radial SportActive:<br />
Prestações desportivas para<br />
uma condução única.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43
Notícias<br />
Produto<br />
Michelin Scorcher para novas Harley<br />
A Michelin apresentou o pneu Scorcher, especialmente desenhado para equipar as Harley Davidson<br />
Fat Boy, Low Rider e Breakout (versões 2018) apresentadas recentemente. Estes novos modelos,<br />
desenvolvi<strong>dos</strong>, em conjunto, pela Michelin e Harley Davidson, são propostos como equipamento<br />
original para uma seleção de modelos da gama Softail 2018. O pneu Scorcher 31 apresenta<br />
um estilo tradicional cruiser, enquanto o Scorcher 11 dispõe de um desenho mais desportivo. Os<br />
compostos seleciona<strong>dos</strong> para a banda de rolamento asseguram uma motricidade superior a baixa<br />
temperatura, assim como em pisos molha<strong>dos</strong> ou muito molha<strong>dos</strong>, além de uma duração melhorada.<br />
A Michelin trabalha há alguns anos com a Harley Davidson na tentativa de desenvolver estes<br />
pneus. Graças à utilização de sistemas avança<strong>dos</strong> de design de modelos, os técnicos de ambas as<br />
empresas puderam aproveitar as sinergias entre os seus centros de investigação para desenhar<br />
estes pneus e ajustá-los às especificações desejadas, como as motos, por exemplo.<br />
PUB<br />
Goodyear desenvolve<br />
pneu para reboque<br />
A relação de 30 anos do transportador de<br />
veículos ECM com a Goodyear e os seus serviços<br />
FleetFirst resultou, não só, num tempo<br />
de inatividade mínimo para os seus camiões,<br />
numa menor carga administrativa e em custos<br />
de propriedade mais baixos, mas, também, no<br />
desenvolvimento de pneus exclusivos, feitos<br />
sob medida para as suas operações. O último<br />
destes pneus entrou recentemente ao serviço.<br />
Até há, aproximadamente, cinco anos, os engenheiros<br />
da Goodyear no Luxemburgo já tinham<br />
produzido um pneu específico para trailers de<br />
transporte de automóveis para a ECM. Tratava-<br />
-se de um pneu Goodyear LHT II, na medida<br />
275/70R22.5 152J, para um novo reboque.<br />
O pneu que a Goodyear apresentou este ano<br />
para dar resposta às novas necessidades da<br />
ECM, na medida 295/60R22.5 152J, consiste<br />
numa evolução do Goodyear RHS enquanto<br />
pneu específico de reboque. O pneu conta com<br />
maiores índice de carga/velocidade e um composto<br />
específico da banda de rolamento que<br />
permite rolar a frio. Após um estudo de campo,<br />
provou-se que o novo pneu de reboque funcionava<br />
corretamente sob as condições do trailer<br />
de transporte de automóveis e, consequentemente,<br />
foi marcado FRT (Free Rolling Tire).<br />
44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
<strong>Pneus</strong> pesa<strong>dos</strong> HILO consolidam<br />
presença no mercado ibérico<br />
Após oito anos de consolidação da Gripen<br />
Wheels Iberia, enquanto marca e centro de<br />
competências ao serviço da sua rede de agentes,<br />
2017 fica marcado pela expansão das<br />
áreas estratégicas de negócios da subsidiária<br />
ibérica do grupo Gripen Wheels.<br />
A Gripen Wheels começou por marcar a diferença<br />
nos merca<strong>dos</strong> escandinavos (Suécia,<br />
Finlândia, Dinamarca e Noruega), pela sua<br />
vasta e competitiva oferta de produtos destina<strong>dos</strong><br />
ao segmento de mercado <strong>dos</strong> pneus<br />
para uso profissional. Chegou a hora da Gripen<br />
Wheels Iberia seguir os passos estratégicos<br />
das suas congéneres escandinavas e pôr<br />
em prática um ambicioso plano de expansão<br />
da sua oferta de produtos.<br />
A partir de outubro, a Gripen Wheels Iberia<br />
ampliará, de forma considerável, a comercialização<br />
da gama de pneus pesa<strong>dos</strong> da marca<br />
HILO. Luís Martins, general market manager<br />
da Gripen Wheels Iberia, explicou: “Mantemos<br />
uma relação de longos anos de parceria com<br />
este fabricante, que nos dá todas as garantias<br />
relativamente à qualidade do produto,<br />
competitividade comercial e, não menos<br />
importante, a qualidade e rapidez do<br />
serviço pós-venda. Com os pneus pesa<strong>dos</strong><br />
HILO, passámos a disponibilizar ao mercado<br />
um produto de qualidade superior, que comparamos<br />
com as mais prestigiadas marcas<br />
económicas a nível mundial, mas, também,<br />
através <strong>dos</strong> nossos parceiros distribuidores, a<br />
oferecer o melhor serviço do mercado. É uma<br />
tripla parceria entre fabricante, distribuidores<br />
e utilizador final”.<br />
Produzi<strong>dos</strong> pelo Xinguyuan Group, cuja capacidade<br />
de produção ascende a mais de<br />
5.800.000 pneus pesa<strong>dos</strong> radiais, 200.000<br />
pneus OTR e 12.000.000 de pneus de turismo<br />
por ano, os pneus Pesa<strong>dos</strong> HILO caracterizam-<br />
-se pelos mais eleva<strong>dos</strong> padrões de qualidade,<br />
preço competitivo e serviço pós-venda da<br />
máxima rapidez e fiabilidade.<br />
Com todas as certificações das diferentes organizações<br />
mundiais, como DOT, ECE, REACH,<br />
CCC, GCC, SNI, BIS, ISO 9001 e ISO 14001, os<br />
seus produtos são comercializa<strong>dos</strong> em mais<br />
de 100 países e em to<strong>dos</strong> os continentes. Disponíveis<br />
na mais completa gama do mercado,<br />
que cobre 18 séries, 160 medidas e 200 tipos<br />
de pisos para diferentes condições de utilização,<br />
climas e regiões do globo.<br />
Até final do ano, a gama de produtos da Gripen<br />
Wheels Iberia passará a contar com a<br />
mais completa gama de pneus OTR, pneus<br />
pesa<strong>dos</strong>, jantes para pneus pesa<strong>dos</strong>, pneus<br />
industriais (giratórias, escavadoras, retro-escavadoras,<br />
bob cat), pneus agroflorestais, pneus<br />
florestais, pneus agrícolas, câmaras-de-ar, jantes<br />
agrícolas e pneus para equipamentos de<br />
movimentação de cargas (empilhadores e outros<br />
equipamentos).<br />
Com origem na Suécia e um volume de faturação<br />
superior a 80 milhões de euros, a Gripen<br />
Wheels lidera o mercado europeu <strong>dos</strong> pneus<br />
de engenharia civil e jantes OTR.<br />
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www.sjosepneus.com<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 45
Notícias<br />
Produto<br />
Hankook equipa Opel Insignia<br />
com pneus “sound absorber”<br />
A Hankook é fornecedora de pneus para o novo Opel Insignia, tanto<br />
para a carroçaria Grand Sport como para a variante Sports Tourer.<br />
Uma das opções de fábrica é o pneu de altas prestações Ventus S1<br />
evo2 na medida 245/45 R18, que já conta com a tecnologia “sound<br />
absorber”. O topo de gama da marca alemã, com motores até 260 cv<br />
de potência, é “dono” de uma condução desportiva sem descurar o<br />
conforto. Para encaixar nesta nova desportividade, os engenheiros<br />
da Hankook desenvolveram um pneu adaptado à características do<br />
veículo em to<strong>dos</strong> os aspetos. O composto otimizado da banda de<br />
rolamento de sílica de grande aderência garante menor resistência<br />
ao rolamento e menor pegada acológica. O desenho de três camadas<br />
inspirado no DTM favorece a durabilidade e a dinâmica do pneu.<br />
Michelin lançou nova geração<br />
de pneus para dumpers<br />
A nova gama Michelin X TRA LOAD permitirá maximizar a produtividade<br />
e a continuidade das operações, independentemente das condições<br />
de utilização. Além do aumento da capacidade de carga, a gama X TRA<br />
LOAD beneficia de uma melhoria na duração <strong>dos</strong> pneus e de um grande<br />
aumento do TKPH, de maneira que as cargas mais pesadas se podem<br />
deslocar mais longe, no mesmo tempo. A capacidade de carga é fundamental<br />
para todas as máquinas de movimentação de terras e a nova<br />
carcaça reforçada do Michelin X TRA LOAD tornam-no, efetivamente,<br />
no primeiro pneu 24.00 R35 do mercado classificado com “3 estrelas”.<br />
Esta distinção premeia um design otimizado, que melhora a distribuição<br />
de forças no interior do pneu. Em concreto, equivale a um aumento da<br />
carga útil de 8% ou a uma carga de capacidade de nove toneladas adicionais<br />
por máquina. Multiplicado pelo número de ciclos diários, representa<br />
um enorme aumento da produtividade. O novo pneu X TRA LOAD<br />
da Michelin está disponível em duas versões, concebidas para as duas<br />
principais utilizações de dumpers rígi<strong>dos</strong>.<br />
<strong>Pneus</strong> vanguardistas da Goodyear<br />
equipam Discovery SVX<br />
A Goodyear desenhou um protótipo de um pneu vanguardista<br />
para a antevisão da versão de produção do novo Land Rover Discovery<br />
SVX, que foi apresentada no Salão de Frankfurt. A marca desenvolveu<br />
um conceito de pneu sob medida para cumprir com as exigências<br />
específicas do fabricante deste evoluído todo-o-terreno de topo, apto<br />
a chegar a qualquer local e destinado ao segmento <strong>dos</strong> SUV/4x4 de<br />
luxo. A banda de rolamento e a parede lateral do pneu expressam a<br />
filosofia de design do veículo. O pneu tem impresso o nome Discovery<br />
no flanco, integrando-se os raios das jantes na perfeição com o<br />
seu desenho. A banda de rolamento, com os seus sulcos profun<strong>dos</strong>,<br />
garante uma excelente aderência nas mais exigentes condições no<br />
fora de estrada. Além do mais, as letras “X” do logótipo do Discovery<br />
SVX, incluídas no desenho da banda de rolamento, reforçam a identidade<br />
deste protótipo.<br />
Bridgestone Turanza T005<br />
chega em janeiro de 2018<br />
A Bridgestone apresentou o novo pneu premium Turanza T005 num<br />
evento pan-europeu na Grécia, de 19 a 23 de setembro de 2017. Desenvolvido<br />
e produzido na Europa, o Bridgestone Turanza T005 proporciona<br />
um desempenho em piso molhado superior e uma maior poupança<br />
de combustível, além de elevada quilometragem, permitindo o controlo<br />
total da condução nas situações mais difíceis do dia a dia, especialmente<br />
em condições de chuva. O novo modelo estará disponível a partir<br />
de janeiro de 2018 no mercado europeu de pneus sobressalentes, numa<br />
gama variada, e irá substituir o atual T001 EVO. A gama de tamanhos do<br />
Turanza T005 irá assegurar a cobertura de quase todas as medidas de<br />
pneus até 2019, com mais de 140 dimensões para jantes de 14’’ a 21’’.<br />
Paralelamente, a Bridgestone vai simplificar a sua gama de pneus, com<br />
o Turanza T005 e o DriveGuard a abranger, na totalidade, o segmento de<br />
pneus de turismo.<br />
<strong>46</strong> | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
UMA GRANDE VARIEDADE DE PNEUS DE TURISMO,<br />
COMERCIAIS, 4X4, PESADOS E TAMBÉM JANTES<br />
• 2.5 MILHÕES DE PNEUS EM STOCK MARCAS PRÓPRIAS<br />
E MARCAS PREMIUM.<br />
• GAMA COMPLETA EM TURISMO, COMERCIAL,<br />
4X4, PESADOS.<br />
• MARCA EXCLUSIVA TYFOON PARA PORTUGAL.<br />
• PNEUS TYFOON MARCA FABRICADA PELO GRUPO<br />
CONTINENTAL.<br />
• MAIOR ARMAZÉM DE JANTES DA EUROPA.<br />
• ENCOMENDAS EM COMBINAÇÃO - JANTES/PNEUS.<br />
• 24H/7D E-COMMERCE PNEUS E JANTES COM UM<br />
CONFIGURADOR DE VEÍCULOS ACTUALIZADO.<br />
• JANTES DE ALTA QUALIDADE, MODELOS RECENTES E<br />
EQUIPAMENTO ORIGINAL.<br />
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• TODO O TIPO DE MATERIAL DE MONTAGEM E<br />
CALIBRAGEM DE JANTES.<br />
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R
Notícias<br />
Produto<br />
AB Tyres comercializa Dunlop<br />
Sport Classic<br />
A AB Tyres é o distribuidor responsável pela comercialização<br />
em Portugal <strong>dos</strong> pneus “Dunlop Sport Classic” para<br />
veículos clássicos. Esta gama permite aos proprietários<br />
de veículos clássicos apreciar o melhor de dois mun<strong>dos</strong>:<br />
um desenho clássico combinado com a<br />
manobrabilidade e capacidade de<br />
travagem de última geração da<br />
Dunlop. O alto desenvolvimento<br />
<strong>dos</strong> seus compostos e tecnologias<br />
oferece excelente aderência,<br />
estabilidade e precisão na<br />
direção, tanto em piso seco<br />
como molhado. Além disso, o<br />
desenho da sua banda de rodagem<br />
mantém o aspeto autêntico<br />
tão apreciado pelos proprietários<br />
de clássicos. A AB Tyres é especialista<br />
na comercialização, armazenamento<br />
e distribuição de todo o<br />
tipo de pneus, marcas e segmentos<br />
(premium, quality e budget), tanto a nível<br />
nacional como internacional. A sua vasta oferta, direcionada<br />
a clientes profissionais, serve to<strong>dos</strong> os veículos, desde<br />
ligeiros e comerciais, a todo-o-terreno e pesa<strong>dos</strong>, bem<br />
como industriais e agrícolas.<br />
Pirelli acrescentou 110 novas<br />
homologações ao catálogo<br />
Agosto foi um mês recorde para a Pirelli. A marca registou 110 novas homologações,<br />
correspondentes a três categorias de pneus: os invernais Scorpion Winter e<br />
Sottozero, os de máximas prestações P Zero e P Zero Corsa e a família Cinturato P7<br />
e All Season, destinada a automóveis de média cilindrada. Muitas das novidades<br />
do recente Salão de Frankfurt elegeram a Pirelli como equipamento original. Uma<br />
delas, foi o novo Bentley Continental GT, onde os engenheiros da marca desenvolveram<br />
pneus de medidas diferentes para ambos os eixos, a fim de garantir as<br />
máximas prestações deste ícone de luxo na categoria de grande turismo. A Pirelli<br />
fornecerá pneus de 22” para este exclusivo bólide britânico, complementando a<br />
gama das já existentes medidas de 20” e 21”. Também na categoria grande turismo,<br />
o Audi RS 5 Coupé e o seu novo irmão de elevadas prestações, RS 4 Avant, que foi<br />
revelado, em primeira mão, no salão alemão, escolheram a Pirelli como equipamento<br />
original. A lista de novidades conflui na aposta pelos produtos de elevadas<br />
prestações e os pneus Pirelli, onde está o novo Porsche Cayenne, incluirão, no próximo<br />
inverno, o modelo Scorpion Winter.<br />
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By<br />
48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
Nexen Tire expande-se<br />
como fornecedor OE<br />
A Nexen Tire anunciou que vai expandir o fornecimento como<br />
equipamento de origem para o mercado automóvel europeu.<br />
O modelo N´blue HD Plus será equipamento de série de alguns<br />
construtores europeus, como Volkswagen, Seat ou Skoda. Em<br />
alguns testes realiza<strong>dos</strong> pelas prestigiadas revistas alemãs ADAC<br />
e Autobild, o N´blue HD Plus provou ser um pneu ideal para o<br />
verão com qualidades multifacetadas, registando excelentes resulta<strong>dos</strong><br />
em várias categorias, incluindo um excelente handling e<br />
travagem de topo em superfícies secas e molhadas. Este pneu, na<br />
medida 215/45 R17, vai equipar a nova geração do Polo, um <strong>dos</strong><br />
best sellers da Volkswagen. Os mesmos pneus, mas nas medidas<br />
205/60 R16 e 215/60 R16, serão equipamento do Volkswagen T-<br />
-Roc, SUV produzido em Portugal. A Nexen Tire vai fornecer ainda<br />
o N´blue HD Plus à Seat, mais precisamente ao modelo Ibiza, que<br />
será equipado com a medida 215/45 R17, enquanto o SUV Ateca<br />
vai ter o mesmo modelo, nas na medida 215/60 R16.<br />
Michelin XZL<br />
dá a volta ao mundo<br />
A Michelin embarcou no projeto Puyehue Travel, de Chema Huete, jornalista<br />
especializado em histórias de automóveis e viagens, e da etnógrafa<br />
Merce Durán, para dar a volta ao mundo guia<strong>dos</strong> apenas pela curiosidade<br />
e vontade de descobrir. Esta rota, de máxima exigência, percorrerá espaços<br />
muito diversos em climatologia, orografia, composição do terreno e altura,<br />
nos quais os pneus terão um papel fundamental. Deles vai depender a<br />
capacidade de mobilidade do veículo e a segurança <strong>dos</strong> seus ocupantes.<br />
Por isso, a Michelin, que tem no seu ADN o gosto pela aventura, quis participar<br />
neste desafio fornecendo o seu pneu XZL, na dimensão 255/100 R16,<br />
para equipar a autocaravana todo-o-terreno. O XZL é um pneu off-road da<br />
gama X Force desenvolvido para as utilizações mais extremas e é o melhor<br />
compromisso para o desafio e desenrolar com êxito o projeto Puyehue Travel.<br />
Este pneu oferece uma possibilidade de trabalhar a baixa pressão graças<br />
a uma estrutura muito flexível e robusta, ao mesmo tempo adaptada<br />
para suportar cargas durante milhares de quilómetros sem mostrar sinais<br />
de cansaço, contando com uma escultura concebida para oferecer motricidade<br />
em terrenos moles e uma resistência a cortes e agressões.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 49
Notícias<br />
Produto<br />
Pirelli inaugurou em Munique<br />
loja PZero World<br />
A Pirelli inaugurou, em Munique, o seu primeiro estabelecimento PZero<br />
World na Europa. Situado na Rua Hanauer Strasse, n.° 42, este moderno<br />
conceito de comércio junta-se ao já existente em Los Angeles, inaugurado<br />
no ano passado. Com isto, a Pirelli cumpre a promessa de trazer<br />
estes inovadores pontos de venda para a Europa no ano de 2017. A<br />
PZero World dedica-se, em particular, a clientes do segmento prestige<br />
que residem numa das capitais mundiais do setor automóvel, que é<br />
inclusive, sede de alguns<br />
<strong>dos</strong> mais importantes fabricantes,<br />
para os quais a<br />
Pirelli fornece tanto pneus<br />
de origem como de substituição,<br />
e é uma das zonas<br />
com maior concentração<br />
de automóveis premium<br />
e prestige do Velho Continente.<br />
A estratégia retail<br />
da Pirelli está patente nos estabelecimentos PZero World, que conjugam<br />
serviços, tecnologia, design e produtos inovadores, como o pneu P<br />
Zero Color Edition ou a plataforma Pirelli Connesso.<br />
To<strong>dos</strong> reuni<strong>dos</strong> num espaço com cerca de 1.000 m 2 , aberto para que os<br />
clientes usufruam de serviços especiais ou configurem os seus próximos<br />
pneus utilizando as tecnologias mais avançadas. No fundo, trata-se de<br />
aplicar a estratégia do “Perfect Fit” à rede de distribuição, a mesma que<br />
a nível de produção significa desenvolver pneus na medida exata <strong>dos</strong><br />
modelos <strong>dos</strong> mais prestigia<strong>dos</strong> fabricantes de automóveis. Em termos<br />
de serviço, significa acompanhar o cliente no momento da troca de<br />
pneus, aconselhando-o sobre o momento ideal para o fazer.<br />
Continental <strong>Pneus</strong> solidária com<br />
bombeiros portugueses<br />
A Continental fez saber que está solidária com a situação difícil que as corporações<br />
de bombeiros estão a atravessar. Por isso, ofereceu mais de três dezenas<br />
de pneus para equipar um total de oito viaturas. A colocação <strong>dos</strong> pneus ficou<br />
a cargo da empresa José Lourenço, Lda., parceiro da Continental, que, tendo<br />
em conta a longa relação de parceria e de tradição no apoio às corporações em<br />
causa, se disponibilizou, desde logo, para oferecer este serviço. “A Continental<br />
reconhece o trabalho exemplar e de grande mérito desempenhado desde o<br />
início do verão pelas várias corporações de bombeiros nacionais. Tem sido um<br />
ano especialmente complicado, nomeadamente na zona de Pedrogão Grande<br />
afetada pela tragédia, e sabemos que nem sempre os meios são os suficientes<br />
para socorrer todas as situações críticas”, referiram os responsáveis do Grupo<br />
Continental em Portugal. E acrescentaram que, “neste sentido, a Continental<br />
decidiu doar mais de três dezenas de pneus e equipar oito viaturas. Estas foram<br />
as necessidades manifestadas pelas corporações de Pedrogão Grande, Figueiró<br />
<strong>dos</strong> Vinhos e Castanheira de Pêra, às quais respondemos positivamente no sentido<br />
de conseguirmos proporcionar um ainda melhor trabalho e em melhores<br />
condições”, disse Marco Silva, diretor de marketing da CPP.<br />
Goodyear testa pneu inteligente para<br />
automóveis autónomos<br />
Wrangler Duratrac eleito pela Off-Road<br />
como melhor pneu TT<br />
Mais uma vez este ano, a Goodyear dá continuidade à sua história<br />
de sucesso na secção escolha <strong>dos</strong> leitores da revista “Off Road”. Pela<br />
quinta vez consecutiva, o Wrangler DuraTrac foi eleito como o melhor<br />
pneu fora de estrada. Os leitores da “Off Road” puderam escolher o<br />
seu pneu preferido entre 11 concorrentes. O Wrangler DuraTrac da<br />
Goodyear foi o vencedor, com 21,3% de votos a favor. Participaram<br />
mais de 20.000 leitores, elegendo o seu pneu off-road e o seu veículo de<br />
todo-o-terreno favoritos. O Goodyear Wrangler DuraTrac foi concebido,<br />
especialmente, para a condução extrema fora de estrada. Graças à sua<br />
durabilidade e versatilidade, os veículos podem enfrentar os terrenos<br />
mais desafiantes. Os prémios <strong>dos</strong> leitores da revista “Off Road” têm já<br />
uma longa tradição na eleição <strong>dos</strong> melhores veículos de todo-o-terreno.<br />
Remontam a 1982, com o prémio para os melhores pneus off-road a<br />
ser introduzido nos últimos cinco anos, uma categoria que a Goodyear<br />
tem vencido desde a sua criação.<br />
O grupo fabricante de pneus Goodyear Dunlop aposta na aplicação da experiência<br />
acumulada e da tecnologia mais vanguardista a uma frota de automóveis<br />
elétricos semi-autónomos. No início de janeiro, a Goodyear anunciou um acordo<br />
tecnológico com a Tesloop, serviço de mobilidade entre cidades que utiliza,<br />
exclusivamente, veículos elétricos Tesla. Agora, a Goodyear incorporou sensores<br />
wireless nos seus pneus para melhorar a respetiva gestão global e maximizar<br />
o tempo de atividade da frota em crescimento.<br />
Os sensores wireless medem e<br />
registam em permanência a temperatura<br />
e a pressão <strong>dos</strong> pneus, o que, combinado<br />
com outros da<strong>dos</strong> do veículo e ligado<br />
à informação armazenada na cloud da<br />
Goodyear, melhora as operações gerais<br />
da frota e prevê o momento em que os<br />
pneus necessitam de manutenção ou<br />
devem ser substituí<strong>dos</strong>.<br />
Como parte do programa com a Tesloop, a<br />
Goodyear está, também, a ampliar as suas soluções de mobilidade para veículos<br />
de passageiros, disponibilizando manutenção e reparando os pneus enquanto<br />
os veículos da Tesloop estão nas estações de carregamento, durante o tempo de<br />
inatividade planificado. A iniciativa da Goodyear com a Tesloop deriva do bem<br />
sucedido lançamento do Goodyear Proactive Solutions para frotas de camiões,<br />
que aproveita a telemática avançada e a tecnologia de análise preditiva para<br />
permitir aos gestores de frota otimizar a eficiência de combustível e identificar<br />
e resolver com precisão qualquer problema relacionado com os pneus.<br />
50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
Vipal tem pneus para autocarros<br />
urbanos com melhor rendimento<br />
A Vipal, um <strong>dos</strong> mais importantes fabricantes mundiais para a<br />
recauchutagem de pneus, divulgou os resulta<strong>dos</strong> de vários testes<br />
que realizou com autocarros urbanos em Espanha, que comprovam<br />
a superioridade das bandas DV-UM3 e VU100 em relação às principais<br />
marcas do mercado. Submetida a condições muito severas,<br />
devido a travagens e arranques constantes, a banda DV-UM3 foi<br />
aplicada em três modelos de autocarros urbanos: um Scania N230<br />
4x2, um articulado MAN NG323F 6x2 e um Volvo B270F 4x2. Em<br />
cada teste comparativo realizado, a banda DV-UM3 comprovou os<br />
seus excelentes resulta<strong>dos</strong>.<br />
Os testes realiza<strong>dos</strong> em perímetro<br />
urbano com o Volvo<br />
B270F abriu uma vantagem<br />
de 117% para a Vipal quando<br />
comparado com o principal<br />
concorrente do mercado no<br />
capítulo km/mm, com 11.294<br />
km quando utilizada a DV-<br />
-UM3 e 5.195 km da outra<br />
marca. No quilómetro inicial,<br />
a banda da Vipal foi 132% superior,<br />
registando 185.222 km contra 80.003 km da concorrente. No<br />
Scania N230, a DV-UM3 também obteve ótimos resulta<strong>dos</strong>: o km/<br />
mm obtido foi de 12.942 contra 9.677 de outra marca concorrente,<br />
um rendimento 34% superior no comparativo.<br />
Tiresur já vende<br />
pneu SUV UHP da GT Radial<br />
Já pode ser comprado o pneu SportActive SUV da GT Radial. Trata-se<br />
do último lançamento da GT Radial em Ultra Alta Performance para o<br />
segmento SUV. Depois do êxito que teve o modelo SportActive, o Grupo<br />
Giti Tire trabalhou, arduamente, no desenvolvimento de uma versão<br />
deste pneu para veículos SUV, um segmento em contínuo crescimento,<br />
que reclama pneus de qualidade a bom preço e que sejam capazes de<br />
satisfazer as necessidades mais exigentes. O SportActive SUV proporciona<br />
distâncias de travagem mais curtas tanto em piso seco como molhado,<br />
uma maior eficiência de combustível, uma menor resistência ao rolamento<br />
e uma melhor aderência lateral, reduzindo, consideravelmente, o risco<br />
de aquaplaning. Tudo isto, somado com a alta precisão que acrescenta à<br />
condução a altas velocidades, faz deste pneu a escolha segura, em que a<br />
alta performance e a satisfação estão absolutamente garantidas. O design<br />
especial <strong>dos</strong> blocos nos ombros, os compostos inovadores e a configuração<br />
de canais mais largos, são algumas das características destes pneus de<br />
alta tecnologia, que apresentam, também, uma rigidez melhorada para<br />
conseguir uma otimização na condução em curvas, com respostas mais<br />
rápidas e precisas. As medidas que a Tiresur disponibiliza são: 255/55R18<br />
98V, 235/50R18 97V, 235/60R18 107V, 235/55R19 105V, 255/50R19 107W,<br />
e 255/55R19 111V. Também estará disponível por encomenda a medida<br />
255/55R18 109W.<br />
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José Aniceto & Irmão, Lda.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 51
PN <strong>Pneus</strong><br />
Veja o vídeo em www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
FALKEN DESDE O INÍCIO<br />
Situada em Vila Real, a PN <strong>Pneus</strong> abraçou a Falken logo na fundação da casa,<br />
em 2014. A parceria com a AB Tyres tem sido frutífera e o negócio próspero<br />
A<br />
história da PN <strong>Pneus</strong> é recente.<br />
Fundada em 2014, pelas mãos de<br />
Pedro Nóbrega, que “empresta”<br />
as iniciais do seu nome próprio<br />
e apelido à empresa que administra, esta<br />
casa especializada em pneus está situada em<br />
Vila Real. Apesar de ter nascido em Lisboa,<br />
o responsável decidiu, em 1998, acompanhar<br />
os seus pais no seu regresso à terra<br />
natal. Cumprido o serviço militar, Pedro Nóbrega<br />
abraçou o negócio <strong>dos</strong> pneus para<br />
não mais o largar. Há três anos, depois de<br />
angariar experiência no ramo, optou pela<br />
criação de uma empresa própria. Começou<br />
sozinho, mas depressa o negócio justificou<br />
a contratação de mais funcionários. Hoje,<br />
a equipa é composta por quatro pessoas,<br />
dispondo de um espaço com 450 m2 e de<br />
um segundo pavilhão, nas imediações, com<br />
mais 350 m2, que alberga parte do stock de<br />
pneus. “Em termos de stock de pneus novos,<br />
conseguimos ter 900 unidades. A capacidade<br />
é mais ou menos essa. Comecei com<br />
80 pneus novos”, recorda.<br />
O sucesso da PN <strong>Pneus</strong>, de resto, é sustentado<br />
pelo crescimento do número<br />
de vendas destes componentes pretos<br />
de borracha: 2.500 (2015) e 3.100 (2016),<br />
acreditando o gerente que, em 2017, a casa<br />
conseguirá comercializar perto de 3.800<br />
unidades.<br />
A relação entre a PN <strong>Pneus</strong>, a AB Tyres e a<br />
Falken não podia ter começado mais cedo.<br />
Coincide quase com a criação da casa (ver<br />
caixa, nestas páginas) e tem sido bastante<br />
frutífera, como assegura a mesma fonte.<br />
“Apoiam-nos bastante. Quem trabalha a<br />
marca, deve fazer um bom papel para ela<br />
crescer também. Logo, se a marca cresce,<br />
nós também vamos crescer”, diz.<br />
A oferta da PN <strong>Pneus</strong> é abrangente. “<strong>Pneus</strong><br />
ligeiros, 4x4, comerciais e alguma coisa de<br />
pesa<strong>dos</strong>, porque não temos máquina, desmontamos<br />
estes à mão. Também temos só<br />
três ou quatro clientes de pesa<strong>dos</strong>. Não<br />
queremos muitos, mas bons”, refere. A carteira<br />
de clientes é ampla. “Vila Real, Lamego,<br />
Murça, Mirandela, Macedo de Cavaleiros...<br />
Chegam a vir pessoas de Montalegre, de<br />
Boticas e da Régua. Ao todo, serão cerca<br />
2.300 clientes. O negócio tem corrido muito<br />
bem. Queremos mantê-los porque, hoje,<br />
o mercado é complicado. Desses clientes,<br />
70% estão fideliza<strong>dos</strong>. Os outros 30%, não.<br />
52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
Publireportagem<br />
ATENDIMENTO PERSONALIZADO<br />
ACONSELHAMENTO<br />
AOS CLIENTES<br />
Quando surgiu a oportunidade de abraçar o<br />
projeto apresentado pela AB Tyres, de passar<br />
a representar a Falken, Pedro Nóbrega nem<br />
hesitou. Estava no arranque da empresa e era<br />
a altura propícia para investir em marcas com<br />
potencial. “Eu já conhecia a Falken desde 2003.<br />
Como não havia ninguém a vendê-la na zona,<br />
achei que era uma boa oportunidade”, explica.<br />
“Michelin e Goodyear, por exemplo, toda a gente<br />
vende. Temos de marcar a diferença”.<br />
O responsável gosta de aconselhar os clientes<br />
quando estes procuram um pneu Falken.<br />
“Primeiro, pergunto qual é a viatura a que se<br />
destina”. Quando considera que se enquadra,<br />
de forma excelente, como um produto de qualidade<br />
e de preço acessível, como, por exemplo,<br />
nas gamas baixas e em veículos de cariz comercial,<br />
trata de explicar aos interessa<strong>dos</strong> as várias<br />
competências da marca Falken.<br />
Mas tentamos agarrá-los e procurar outros”,<br />
conta Pedro Nóbrega.<br />
Serviços alarga<strong>dos</strong><br />
De forma a aumentar a sua rentabilidade,<br />
Pedro Nóbrega decidiu alargar a atividade<br />
aos serviços rápi<strong>dos</strong>, como, por exemplo, a<br />
mudança de discos e de óleo. O dinamismo<br />
é fundamental neste ramo. “Já que o cliente<br />
entra aqui, aproveitamos para fazer estes<br />
serviços. Como temos máquina de alinhamento<br />
de direção, basta ter uma ponteira,<br />
com folga, ou um casquilho, aproveitamos<br />
e alinhamos logo a direção para ficar tudo<br />
em condições”.<br />
Prova de que a decisão foi acertada é que esta<br />
área de atividade já representa, atualmente,<br />
20% do total do negócio da PN <strong>Pneus</strong>. “Em<br />
PN PNEUS<br />
Gerente Pedro Nóbrega<br />
Morada Lugar da Veiga, Bloco A3,<br />
5000 - 552 Vila Real<br />
Telefone 259 348 344<br />
Email geral@pnpneus.pt<br />
Site www.pnpneus.pt<br />
termos de margens, não tem nada a ver com<br />
os pneus”, acrescenta o responsável. Importante<br />
para a casa foi ainda a criação do SOS<br />
Furo, um serviço que “salva” os clientes, entre<br />
as 6h30 e as 23h, de uma situação inesperada,<br />
contando, para o efeito, com uma carrinha<br />
comercial devidamente equipada.<br />
Pedro Nóbrega orgulha-se de “ter começado<br />
praticamente do zero” e de estar a ver a PN<br />
<strong>Pneus</strong> prosperar. “Os clientes comentam que,<br />
nesta casa, o serviço e o aconselhamento<br />
é sempre de qualidade”, sublinha. Sobre as<br />
expectativas de futuro, o responsável é contido.<br />
Não pretendo muita euforia. Quero ter<br />
convívio com o cliente. Não quero montar<br />
os pneus apenas. Quero conhecer melhor<br />
os clientes e marcar a diferença, para que<br />
estes confiem sempre na PN <strong>Pneus</strong>”, conclui.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 53
Empresa<br />
J. Alves<br />
Referência<br />
incontornável<br />
Embora esteja muito virada para o setor da manutenção e reparação automóvel, a<br />
J. Alves, referência incontornável na região norte do país, é, também, especialista em<br />
pneus, área que assegura, de resto, 11% do volume total de faturação da rede<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Guimarães, Penafiel, Santo Tirso,<br />
Felgueiras, Porto, Vila Nova de Famalicão,<br />
Vila Nova de Gaia, Aves,<br />
Bragança, Mirandela, Maia, Póvoa<br />
de Varzim e, de há cerca de três meses para<br />
cá, Paços de Ferreira. A J. Alves – Oficinas<br />
Auto, Lda. está presente em diversas cidades<br />
da região norte. São nada menos do que<br />
13 pontos onde os clientes encontram um<br />
atendimento sério, personalizado e competente.<br />
Ou não fosse a principal missão da<br />
estrutura criada por João Alves há 28 anos<br />
garantir a maior qualidade <strong>dos</strong> serviços e<br />
assegurar a segurança e satisfação de quem<br />
a procura. Em to<strong>dos</strong> os pontos da rede, são<br />
vários os denominadores comuns: imagem<br />
uniformizada, invejável nível de limpeza,<br />
equipamentos e peças topo de gama, equipa<br />
qualificada, preços competitivos.<br />
w 28 ANOS DE MERCADO<br />
As origens da J. Alves remontam a 1989,<br />
quando, em Nespereira, Guimarães, João<br />
Alves, com 27 anos de idade, abriu a Escapes<br />
J. Alves, criando, assim, o seu próprio<br />
negócio e deixando para trás um percurso<br />
efetuado na área da chapa e pintura. Natural<br />
de Santo Tirso, João Alves centrou o seu<br />
negócio, primeiro, nos escapes, tendo, mais<br />
tarde, alargado a sua área de intervenção a<br />
serviços de mecânica rápida. O negócio foi<br />
evoluindo e a abertura de mais oficinas foi<br />
acontecendo. “Hoje, somos uma rede séria<br />
que dispõe de 13 pontos na região norte.<br />
Criámos uma imagem própria e implementámos<br />
uma política que é seguida à risca<br />
54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
por todas as nossas oficinas. Somos uma<br />
empresa muito virada para o setor da manutenção<br />
e reparação automóvel, mesmo não<br />
tendo chapa e pintura”, explica João Alves.<br />
Que, a seguir, acrescenta: “E há mais de 12<br />
anos que trabalhamos pneus. 11% do nosso<br />
volume total de faturação é, de resto, assegurado<br />
por eles. Foi a última área a entrar<br />
para a nossa organização. Trabalhamos com<br />
todas as marcas de pneus e pertencemos à<br />
Pneuport em termos de compras”.<br />
Com uma estrutura composta por 60 colaboradores,<br />
a J. Alves foi, ao longo da sua<br />
história, capitalizando experiência, com<br />
a finalidade de melhor servir os clientes.<br />
Sempre com qualidade e transparência,<br />
apresentando <strong>dos</strong> preços mais baixos do<br />
mercado. A equipa de profissionais qualifica<strong>dos</strong><br />
de que dispõe permite-lhe prestar um<br />
serviço de elevada qualidade em diversas<br />
áreas: mecânica, eletricidade, pneus, escapes,<br />
amortecedores e catalisadores, só para<br />
citarmos algumas.<br />
w CAPITAL HUMANO<br />
Todas as oficinas J. Alves dispõem de um<br />
stock diversificado de produtos, como os<br />
pneus, para a maioria das marcas de automóveis.<br />
No entanto, o capital humano<br />
é o mais importante. “O negócio são as<br />
pessoas, como costumo dizer. O segredo<br />
do nosso negócio está na equipa coesa<br />
e qualificada de que dispomos, que está<br />
apta a resolver qualquer problema. Temos<br />
A oficina de Paços de Ferreira abriu há<br />
cerca de três meses. O layout foi decalcado<br />
das outras 12 que a J. Alves tem no norte,<br />
sempre com equipamentos e peças de topo<br />
por hábito fidelizar os clientes. E a maioria<br />
deles está fidelizada”, frisa João Alves. Onde<br />
faz esta rede a diferença? “Na imagem, na<br />
organização (que obedece a uma política<br />
interna), na limpeza, no atendimento e nos<br />
serviços presta<strong>dos</strong>. A formação garante-<br />
-nos qualificação e competência”, revela<br />
o responsável.<br />
O profissionalismo e o know-how asseguram<br />
um serviço de excelência, potenciado pelos<br />
melhores equipamentos de diagnóstico e<br />
por campanhas de desconto que permitem<br />
praticar os melhores preços. Tendo perfeita<br />
noção de que a segurança <strong>dos</strong> seus clientes<br />
depende da sua intervenção, os profissionais<br />
da J. Alves procuram as soluções adequadas,<br />
estabelecendo uma relação de confiança<br />
com o cliente, que perdura há mais de<br />
um quarto de século e que continua em<br />
expansão. A J. Alves é uma empresa que<br />
não se preocupa apenas com o bem-estar<br />
do cliente, mas, também, com o ambiente,<br />
cumprindo todas as regras no tratamento<br />
de resíduos produzi<strong>dos</strong>.<br />
Assumindo que a vertente online do negócio<br />
é, hoje, imprescindível, João Alves reconhece<br />
que há trabalho a fazer nesta área. “O nosso<br />
site ainda não está muito desenvolvido. É<br />
utilizado, essencialmente, para pedi<strong>dos</strong> de<br />
orçamento”. E quanto ao futuro? “Estamos a<br />
planear abrir mais duas oficinas: Lousada e<br />
Penafiel. Em princípio, só no início de 2018,<br />
uma vez que este ano já será difícil. Também<br />
estamos a equacionar alargar a nossa<br />
área de ação ao interior do país”, conclui o<br />
responsável. ♦<br />
J. Alves – Oficinas Auto, Lda.<br />
Administrador João Alves | Sede Estrada Nacional 105, n.° 2917, 4835 – 517 Nespereira (Guimarães) | Telefone 253 584 941<br />
Fax 253 567 102 | Email geral@jalves.pt | Site www.jalves.pt<br />
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Empresa<br />
Tuga <strong>Pneus</strong><br />
Orgulho<br />
nacional<br />
Sediada no Porto, a Tuga <strong>Pneus</strong>, liderada por Filipe Sereno, é um distribuidor de âmbito<br />
(e orgulho) nacional. A aposta nos pneus pesa<strong>dos</strong>, nos pneus de empilhadores e na<br />
mecânica rápida, fazem esquecer a má experiência vivida no mercado africano<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Aos 38 anos idade, Filipe Sereno<br />
já conta com quase 20 no setor<br />
do pneus. “Mal fiz 18 anos, tirei<br />
a carta de condução e comecei<br />
como motorista numa empresa do ramo”,<br />
revela o responsável da Tuga <strong>Pneus</strong>. “Quando<br />
comecei, em 1998”, recorda, “o mercado era<br />
muito diferente do que é hoje. Existiam poucos<br />
distribuidores. Eram cerca de cinco para<br />
o país inteiro. Praticavam-se outros preços.<br />
As margens eram elevadas e o prazo de entrega<br />
facilmente chegava aos quatro dias. Era<br />
fácil trabalhar e fazer dinheiro nessa altura”.<br />
A comparação com os dias de hoje, torna-<br />
-se, assim, inevitável. Atualmente, as casas<br />
de pneus não fazem stock. Não precisam.<br />
Têm empresas que fazem várias entregas<br />
por dia”, frisa Filipe Sereno.<br />
O responsável da Tuga <strong>Pneus</strong> não é pessoa<br />
de meias palavras. Por isso, refere, sem rodeios<br />
(e sem receios), que “os distribuidores<br />
têm a vida cada vez mais difícil”. Até porque<br />
“os nossos maiores concorrentes são os fabricantes<br />
de pneus. Chegam diretamente<br />
aos clientes, passando por cima de nós, em<br />
sentido figurado, claro está”, afirma o nosso<br />
interlocutor. E aponta a solução: “Quem tiver<br />
margens e método para trabalhar, sobreviverá.<br />
Mas avizinham-se tempos muito<br />
difíceis. O nosso mercado é pequeno para<br />
tantos distribuidores, que têm de estar mais<br />
atentos”. Para fazer face a esta realidade, a<br />
Tuga <strong>Pneus</strong> começou a procurar outros merca<strong>dos</strong><br />
e outros brokers na Europa. Além disso,<br />
estabeleceu parcerias com concessionários,<br />
introduziu novas linhas de produto e alargou<br />
a sua oferta de serviços.<br />
w PRONÚNCIA DO NORTE<br />
Jovem em idade mas experiente no ramo,<br />
Filipe Sereno montou o seu próprio negócio<br />
em 2007, quando criou uma empresa em<br />
nome individual. Três anos mais tarde, na<br />
Rua Serpa Pinto, n.° 161, no Porto, abriu a<br />
Tuga <strong>Pneus</strong>. A origem da denominação é,<br />
no mínimo, curiosa. “Como já trabalhava há<br />
vários anos neste ramo, conhecia (e conheço)<br />
muita gente na Europa. Já fiz muitas viagens<br />
e visitei muitos países. Principalmente em<br />
Espanha, algumas pessoas tratam-me por<br />
tuga. Expressões como ‘Então, tuga, estás<br />
56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
om?’ ou ‘Lá vem o tuga <strong>dos</strong> pneus’, são<br />
muito frequentes. Resolvi, por isso, chamar<br />
Tuga <strong>Pneus</strong> à empresa que fundei em 2010”,<br />
revela o administrador.<br />
Com uma equipa composta por 12 colaboradores,<br />
a empresa portuense tem um stock<br />
que se situa entre as 25.000 e as 30.000 rodas<br />
nos cerca de 5.000 m 2 que totalizam os dois<br />
espaços de que dispõe. E que espaços são<br />
esses? O primeiro, na Rua Serpa Pinto, inclui<br />
oficina (montagem de pneus e mecânica<br />
rápida), serviço de pesa<strong>dos</strong> e stock de pneus<br />
para pesa<strong>dos</strong>, empilhadores e veículos industriais.<br />
Em Alfena, instalações que foram<br />
inauguradas no dia 1 de agosto deste ano,<br />
está localizado o stock de ligeiros.<br />
No conjunto das duas instalações, a Tuga<br />
<strong>Pneus</strong> dispõe de cerca de 5.000 m 2 , que<br />
albergam um stock que se situa entre as<br />
25.000 e as 30.000 rodas<br />
diárias num raio de 30 km através da sua<br />
frota, composta por três viaturas. Se não<br />
tiver os pneus em stock ou caso receba um<br />
pedido especial, bastará ao cliente esperar<br />
24 horas. Igualmente relevante é o serviço<br />
específico para pneus de empilhadores. A<br />
empresa desloca-se à casa do cliente, traz os<br />
pneus maciços para, depois, voltar a entregá-<br />
-los, dispondo de uma viatura elétrica para<br />
este efeito.<br />
w AVENTURA AFRICANA<br />
Com uma carteira que ronda os 500 clientes<br />
a nível nacional, a Tuga <strong>Pneus</strong> é uma<br />
empresa familiar em dimensão mas grande<br />
em ambição. O que ajuda a explicar a decisão<br />
que tomou no final de 2015: entrar<br />
no mercado africano no ano seguinte. “Tivemos<br />
uma quebra em 2016 por causa da<br />
nossa aventura em África. Despendemos<br />
tempo e baixámos o nosso volume de faturação.<br />
No final do ano passado, fizemos<br />
uma inversão no nosso negócio. Abrimos<br />
um novo armazém, introduzimos serviços<br />
de mecânica rápida e passámos a dispor<br />
de pneus para pesa<strong>dos</strong> e empilhadores”,<br />
refere Filipe Sereno. Reconhecendo que a<br />
aposta em África foi um falhanço, o administrador<br />
da Tuga <strong>Pneus</strong>, no tom simpático<br />
que o caracteriza, revela ainda que “o sucesso<br />
registado nos pneus pesa<strong>dos</strong> surgiu<br />
mais rápido do que o previsto. Vamos ter de<br />
reorganizar as instalações do Porto, que vão<br />
ficar pequenas. Os pesa<strong>dos</strong> obrigam a ter<br />
um centro de logística muito forte”.<br />
Finda a má experiência vivida no mercado<br />
africano, a Tuga <strong>Pneus</strong> decidiu concentrar<br />
todas as suas forças no mercado português,<br />
aquele que conhece bem e onde se<br />
sente como “peixe na água”. O volume de<br />
faturação, esse, voltou a subir, muito graças<br />
ao facto de terem sido adiciona<strong>dos</strong> à<br />
oferta da empresa pneus para pesa<strong>dos</strong> e<br />
empilhadores. “2017 será o nosso melhor<br />
ano de sempre”, frisa o administrador, que<br />
está, também, ligado ao futebol. “Sou diretor<br />
de instalações e segurança do Estádio do<br />
Boavista F.C.”, revela. No início de 2018, a Tuga<br />
<strong>Pneus</strong> passará a dispor, também, de pneus<br />
agrícolas e industriais. E quanto à vertente<br />
online do negócio? “Temos um portal para<br />
as casas de pneus, que consultam o nosso<br />
stock e fazem encomendas. 70% das nossas<br />
vendas são feitas online”, conclui Filipe<br />
Sereno. ♦<br />
A Tuga <strong>Pneus</strong> é um distribuidor de âmbito<br />
nacional (continente e ilhas) que se dedica<br />
à revenda de pneus e serviços rápi<strong>dos</strong>, estando,<br />
contudo, mais vocacionado para a<br />
região norte, que assegura 70% do seu negócio.<br />
Marcas com as quais trabalha? Três<br />
provenientes da China para ligeiros (Kapsen;<br />
Constancy; Premme) e todas as premium.<br />
“Não temos contrato de exclusividade com<br />
ninguém. Trabalhamos diretamente com<br />
to<strong>dos</strong> os fabricantes. O nosso cliente está,<br />
contudo, mais vocacionado para as marcas<br />
premium”, refere Filipe Sereno. Revelando<br />
que 15% da sua faturação se deve a serviços<br />
oficinais, sendo a restante percentagem<br />
assegurada pela revenda de pneus, o<br />
administrador defende que o forte da Tuga<br />
<strong>Pneus</strong> é a revenda. E afirma que a empresa<br />
que lidera efetua uma ou duas entregas<br />
Tuga <strong>Pneus</strong><br />
Administrador Filipe Sereno | Sede Rua Serpa Pinto, n.° 161, 4050 – 585 Porto | Telefone 229 687 004 | Fax 229 686 427<br />
Email geral@tugapneus.pt | Site www.tugapneus.pt<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 57
Gestão<br />
Acabar com o<br />
triângulo do<br />
roubo<br />
No mundo <strong>dos</strong> negócios, existe algo<br />
conhecido como o “Triângulo do Roubo”.<br />
É um conceito muito fácil de explicar.<br />
Quando existe uma necessidade e pouco<br />
risco conjugado com oportunidade,<br />
a probabilidade de roubo aumenta<br />
Na verdade, na maioria <strong>dos</strong> casos,<br />
quando os três vértices do<br />
triângulo se encontram, o roubo<br />
ocorre. No “Triângulo do Roubo”,<br />
o único ponto que pode controlar é o risco.<br />
PODERIA ACONTECER NA SUA EMPRESA?<br />
Quase todas as oficinas de pneus têm um<br />
contentor para o lixo, normalmente nas traseiras<br />
do edifício. Num caso, um funcionário<br />
descontente (por exemplo, o “José” - nome<br />
fictício), decidiu que recebia pouco e resolveu<br />
fazer algo a esse respeito.<br />
Um amigo precisava de um conjunto de<br />
pneus e depois de descobrir que ele custava<br />
mais de €500, perguntou ao “José” se<br />
ele conseguia fazer uma oferta melhor. O<br />
“José” respondeu “Claro que sim.” No dia seguinte,<br />
depois de saber as dimensões, o “José”<br />
pega, despreocupadamente, em dois pneus<br />
com as dimensões pretendidas, leva-os para<br />
as traseiras da loja e deita-os no contentor.<br />
Ninguém está a prestar atenção e ele regressa<br />
rapidamente ao trabalho.<br />
Mais tarde, nessa noite, ele conduz o seu<br />
automóvel até à loja que já se encontra às<br />
escuras e tira os pneus do contentor. Repete o<br />
procedimento no dia seguinte e, de repente,<br />
já tem os quatro pneus para o amigo que em<br />
seguida os compra por €400, uma “verdadeira<br />
pechincha”.<br />
Pensa que isto não poderia acontecer na<br />
sua oficina? Pense novamente. Quando a<br />
necessidade existe (o funcionário acha que<br />
recebe pouco) e a oportunidade se apresenta<br />
(o contentor nas traseiras) envolvendo pouco<br />
risco, é muito provável que o roubo aconteça.<br />
MEDIDAS PARA IMPEDIR O ROUBO<br />
O que fazer para impedir roubos ou desvios<br />
de fun<strong>dos</strong> no seu negócio? Indicamos, em<br />
seguida, algumas medidas simples que pode<br />
implementar para se certificar que os seus<br />
funcionários se mantêm honestos.<br />
Inventário mensal<br />
Deverá realizar um inventário físico uma vez<br />
por mês, para se certificar que os seus pneus<br />
estão to<strong>dos</strong> contabiliza<strong>dos</strong>. Embora este procedimento<br />
seja um transtorno, o resultado<br />
final é um balanço muito mais preciso e uma<br />
prova de que os seus funcionários são honestos.<br />
Agende estas auditorias de inventário em<br />
momentos diferentes para que funcionários<br />
potencialmente desonestos permaneçam<br />
na incerteza.<br />
Registos de funcionários<br />
Certifique-se de que faz a verificação de antecedentes<br />
de to<strong>dos</strong> os funcionários — de<br />
to<strong>dos</strong> os níveis. Uma vez que a lei é muito<br />
sensível nesta área, os empregadores não<br />
podem revelar se despediram alguém por<br />
roubo ou qualquer outro tipo de indiscrição.<br />
Mas poderá colocar uma pergunta crucial<br />
para perceber se a pessoa saiu da empresa<br />
de forma amigável: “Voltaria a contratar esta<br />
pessoa?” A resposta a esta pergunta irá dizer-<br />
-lhe muito sobre se pretende ou não esta<br />
pessoa na sua equipa.<br />
Teste de drogas<br />
Terá de cumprir todas as leis e seguir as orientações<br />
do seu advogado ou profissional de<br />
recursos humanos caso pretenda testar os<br />
seus funcionários quanto ao consumo de<br />
drogas. É importante que mantenha a consistência<br />
na sua política, ou seja, to<strong>dos</strong> deverão<br />
58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
Como manter os funcionários honestos<br />
ser sujeitos aos testes, desde os gerentes e<br />
pessoal de vendas aos técnicos, sem exceção.<br />
Envolvimento <strong>dos</strong> funcionários<br />
Peça aos seus funcionários que estejam atentos<br />
a roubos. Caso esteja a ser alvo de roubo<br />
por parte de um funcionário, esse mesmo<br />
funcionário estará, também, a roubar os<br />
outros, prejudicando os seus benefícios e<br />
bónus. Poderá dar o seu número de telefone<br />
e, simplesmente, pedir aos funcionários que<br />
liguem de forma anónima e avisem sobre<br />
quem está a roubar. Apanhar o responsável<br />
em flagrante será fácil depois de saber onde<br />
procurar.<br />
Reembolsos em numerário<br />
Esteja alerta relativamente a créditos no registo<br />
diário de caixa inseri<strong>dos</strong> pelo mesmo<br />
funcionário. Poderá estar a inserir créditos<br />
falsos e a retirar dinheiro da caixa registadora.<br />
Auditorias surpresa<br />
Verifique a sua caixa registadora quanto a<br />
cheques pré-data<strong>dos</strong> para confirmar se algum<br />
<strong>dos</strong> seus funcionários usou fun<strong>dos</strong> “empresta<strong>dos</strong>”<br />
com a intenção de restitui-los através<br />
do lembrete de cheques. Adicionalmente,<br />
execute um registo de faturas a meio do dia<br />
para verificar os sal<strong>dos</strong> de caixa.<br />
Câmaras de segurança<br />
Este é um bom investimento para se certificar<br />
que a “honestidade é a política que vigora” no<br />
seu negócio. Também é uma ajuda caso um<br />
cliente alegue que o seu veículo foi danificado<br />
enquanto estava nas suas instalações.<br />
Contentores<br />
Coloque luzes junto aos contentores para<br />
que, durante a noite, se torne mais arriscado<br />
tentar recuperar pneus escondi<strong>dos</strong>.<br />
Recibos manuais<br />
Esta opção nunca é boa ideia, especialmente<br />
tendo em conta a vasta seleção de pontos<br />
de venda computoriza<strong>dos</strong> disponível no<br />
mercado. Um sistema escrito à mão é um<br />
convite à fraude. O seu funcionário poderá<br />
estar a trabalhar com um <strong>dos</strong> seus clientes,<br />
reparar o automóvel e, em seguida, deitar<br />
fora o recibo manual.<br />
Entregas urgentes<br />
Certifique-se que todas as peças encomendadas<br />
ao seu fornecedor incluem a respetiva<br />
ordem de compra especificada na fatura<br />
do fornecedor. Confirme que as ordens de<br />
compra e os números da fatura do fornecedor<br />
correspondem às faturas de cliente,<br />
para assegurar que as peças são faturadas<br />
corretamente.<br />
Abertura de correio<br />
Os contabilistas não devem abrir o correio.<br />
Caso receba notificações referentes a impostos<br />
e alertas relativos a pagamentos venci<strong>dos</strong>,<br />
a pessoa que abre o correio poderá eliminar<br />
Até as pequenas empresas<br />
podem acumular<br />
grandes perdas quando<br />
a necessidade e a<br />
oportunidade se aliam a<br />
riscos reduzi<strong>dos</strong><br />
Necessidade<br />
Triângulo do Roubo<br />
Pouco risco<br />
Oportunidade<br />
A probabilidade de roubo no seu negócio<br />
aumenta quando existe uma necessidade,<br />
pouco risco e oportunidade<br />
estes documentos importantes a manter a<br />
fraude oculta. O contabilista não deve ter<br />
acesso a este tipo de informação.<br />
Depósitos bancários<br />
Caso receba cheques <strong>dos</strong> seus clientes, outra<br />
pessoa que não o seu contabilista deverá<br />
registar o montante total <strong>dos</strong> cheques, utilizando<br />
uma calculadora com rolo de papel e<br />
passar essa informação impressa ao proprietário.<br />
Em seguida, essa pessoa deverá certificar-se<br />
que, to<strong>dos</strong> os dias, a quantidade de<br />
depósitos de cheques corresponde ao valor<br />
desse dia registado no papel da calculadora<br />
de rolo. Há conhecimento de vários casos nos<br />
quais os contabilistas roubaram cheques das<br />
suas empresas para depositarem os mesmos<br />
em contas pessoais que abriram em separado.<br />
Extratos bancários<br />
Certifique-se sempre que o extrato bancário<br />
da empresa é enviado para a casa do proprietário.<br />
Em seguida, o proprietário deverá<br />
rever to<strong>dos</strong> os cheques passa<strong>dos</strong> durante o<br />
mês. Há conhecimento de vários casos nos<br />
quais os contabilistas passaram cheques para<br />
aquisição de bens pessoais ou em nome próprio<br />
e a única forma de descobrir que isto<br />
acontece é verificar cada um <strong>dos</strong> cheques<br />
valida<strong>dos</strong> pelo banco.<br />
Extratos de cartão de crédito<br />
Estes também devem ser envia<strong>dos</strong> para a casa<br />
do proprietário e todas as compras devem<br />
ser analisadas.<br />
Embora os tribunais possam exigir indemnizações<br />
em caso de condenação por desvio<br />
de fun<strong>dos</strong>, os pequenos furtos diários podem<br />
afetar os resulta<strong>dos</strong> da sua empresa. Algo tão<br />
pequeno quanto “pedir emprestado” um selo<br />
postal para enviar uma carta pessoal pode<br />
ter impacto nos resulta<strong>dos</strong> da sua empresa.<br />
Ou algo tão simples como os funcionários<br />
tirarem latas de refrigerante da máquina pode<br />
representar custos. Se a sua empresa está a ter<br />
uma receita líquida de 5% consulte a Tabela<br />
1 publicada neste artigo, para perceber que<br />
valor em vendas é necessário para contrabalançar<br />
estes pequenos furtos.<br />
NEM TODOS SÃO DESONESTOS<br />
O “José” tem família e quer melhorar a sua<br />
vida mas você está a impedi-lo. Ele pode estar<br />
convencido que você lhe “deve” algo, por conseguinte<br />
a oportunidade de vender alguns<br />
pneus à socapa não lhe parece desonesto.<br />
O amigo do “José” está sempre a dizer-lhe que<br />
ele é estúpido por não ficar com uma parte<br />
mais justa <strong>dos</strong> lucros. Você é um comerciante<br />
de pneus bem-sucedido que ganha imenso<br />
dinheiro, não vai dar por falta de alguns pneus<br />
aqui e ali.<br />
O sucesso da sua empresa depende da<br />
equipa de funcionários que tem à sua volta.<br />
Cabe-lhe a si mantê-los motiva<strong>dos</strong>, garantir<br />
que recebem formação adequada e assegurar<br />
que se mantêm concentra<strong>dos</strong> nas suas tarefas<br />
diárias. Também é da sua responsabilidade<br />
mantê-los honestos. Assim como remunerá-<br />
-los condignamente.<br />
O seu dinheiro é fruto de muito trabalho. Não<br />
o ofereça de “mão beijada”. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 59
Passatempo<br />
Teste os seus<br />
conhecimentos<br />
Desafiamo-lo a testar os seus<br />
conhecimentos sobre pneus respondendo<br />
às perguntas simples deste questionário.<br />
Faça o teste individualmente ou em grupo<br />
e veja no final quantas perguntas acertou<br />
1 / 9<br />
Em condições de inverno, para uma<br />
tração otimizada em estrada devo:<br />
A Equipar pneus de inverno apenas no eixo<br />
motriz para melhorar o desempenho no<br />
arranque<br />
B Executar verificações gerais aos pneus (por<br />
exemplo, pressão de ar, profundidade do<br />
piso) e assegurar que foram concebi<strong>dos</strong><br />
para utilização em todas as condições<br />
meteorológicas<br />
C Equipar o meu veículo com quatro<br />
pneus de inverno para assegurar uma<br />
estabilidade adequada<br />
D Equipar pneus de inverno no eixo traseiro<br />
apenas para melhorar o desempenho e o<br />
comportamento em curva<br />
2 / 9<br />
Qual a melhor opção ao instalar um par<br />
de pneus novos num veículo?<br />
A Na frente para uma melhor reação em caso<br />
de travagem urgente<br />
B Na traseira para manter um melhor<br />
controlo do automóvel e para maximizar a<br />
aderência na traseira<br />
C Basta substituir os dois pneus mais usa<strong>dos</strong><br />
ou mais gastos<br />
D Um na dianteira e outro na traseira<br />
3 / 9<br />
Os condutores devem verificar sempre a<br />
profundidade do piso <strong>dos</strong> pneus.<br />
A Verdadeiro<br />
B Falso<br />
4 / 9<br />
Os condutores devem verificar a pressão<br />
<strong>dos</strong> pneus?<br />
A Não, o especialista de pneus vai verificar<br />
a pressão quando o veículo for à<br />
manutenção<br />
B Apenas antes de viagens longas e se o<br />
automóvel tiver excesso de peso<br />
C Sim, os pneus devem ser verifica<strong>dos</strong>,<br />
pelo menos, uma vez por mês quando<br />
estiverem frios<br />
D Nunca, porque o meu automóvel está<br />
equipado com TPMS<br />
5 / 9<br />
Quais são as consequências de conduzir<br />
com pneus com pressão insuficiente?<br />
Marque todas as opções que se aplicam.<br />
A Aumento do consumo de combustível<br />
B Redução da longevidade <strong>dos</strong> pneus<br />
C Menor estabilidade e aderência à estrada<br />
D Não há consequências, apenas pneus<br />
com pressão excessiva podem afetar,<br />
negativamente, o comportamento e<br />
provocar falhas perigosas nos pneus<br />
E O automóvel vai emitir um ruído estranho<br />
6 / 9<br />
Como fazer para descobrir a pressão<br />
correta <strong>dos</strong> pneus?<br />
A Consultando as informações do fabricante<br />
no manual do veículo, na porta do<br />
60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
Questionário sobre pneus<br />
automóvel, na tampa do depósito de<br />
combustível e/ou no porta-luvas<br />
B Perguntando ao meu vizinho ou ao meu<br />
pai<br />
C Pesquisando na Internet pela pressão<br />
recomendada para os meus pneus<br />
D Observando cuida<strong>dos</strong>amente o<br />
manómetro de pressão <strong>dos</strong> pneus, o qual<br />
me irá indicar o nível de pressão certo<br />
7 / 9<br />
Que devo fazer para verificar a pressão<br />
<strong>dos</strong> pneus? Marque todas as opções que<br />
se aplicam.<br />
A Conduzir até um posto de abastecimento<br />
ou concessionário<br />
B Realizar uma inspeção visual <strong>dos</strong> pneus<br />
C Utilizar um manómetro de pressão de<br />
pneus para medir a pressão e adicionar ar<br />
conforme necessário<br />
D Dar um pontapé ao pneu<br />
8 / 9<br />
É útil verificar a pressão do pneu<br />
sobresselente?<br />
A Não, depois de aplicada a pressão certa<br />
não é necessário verificar antes de utilizar<br />
B Sim, um pneu perde pressão de forma<br />
natural ao longo do tempo, tal como um<br />
balão<br />
C Não tenho um pneu sobresselente<br />
D Os pneus sobresselentes não são<br />
importantes<br />
9 / 9<br />
Quais das seguintes condições não se<br />
aplicam a um armazenamento de pneus<br />
adequado?<br />
A Armazenar sob uma luz artificial fraca<br />
B Armazenar em condições secas<br />
C Manter sob temperaturas extremamente<br />
quentes ou frias<br />
D Armazenar os pneus monta<strong>dos</strong> numa<br />
posição vertical, livre de qualquer tensão<br />
Respostas certas<br />
1/9<br />
C Em condições de inverno, deverá equipar<br />
sempre o seu veículo com quatro pneus de<br />
inverno para assegurar uma estabilidade adequada.<br />
Se os pneus de inverno forem equipa<strong>dos</strong><br />
apenas no eixo dianteiro, poderá sentir<br />
falta de aderência nos pneus traseiros. Por<br />
conseguinte, de forma a maximizar o desempenho<br />
e a segurança, em condições de inverno<br />
o seu veículo deverá ser equipado com<br />
quatro pneus de inverno.<br />
2/9<br />
B Os pneus novos devem ser instala<strong>dos</strong> na<br />
traseira do automóvel. Em caso de travagem<br />
urgente, a aderência na traseira é essencial<br />
para manter o controlo do veículo. Além do<br />
mais, os condutores devem verificar, regularmente,<br />
a pressão <strong>dos</strong> pneus de acordo com<br />
as recomendações específicas do fabricante<br />
do veículo.<br />
3/9<br />
A Os pneus são o único elemento que liga o<br />
seu veículo à estrada. Por conseguinte, é crucial<br />
que se mantenham em boas condições.<br />
Um pneu em boas condições com suficiente<br />
profundidade de piso consegue cumprir os<br />
respetivos requisitos de desempenho em<br />
curva, em reta e na condução em estradas<br />
com piso molhado. O limite legal da UE<br />
no que respeita ao piso <strong>dos</strong> pneus de automóveis<br />
de passageiros é de 1,6 mm. Para<br />
medir a profundidade do piso, o condutor<br />
pode consultar as marcas e os indicadores<br />
de profundidade de piso visíveis, em cerca<br />
de seis zonas diferentes no pneu. A profundidade<br />
do piso também pode ser verificada<br />
com uma moeda de um euro.<br />
4/9<br />
C A pressão <strong>dos</strong> pneus deve ser verificada<br />
e ajustada antes de qualquer viagem ou em<br />
qualquer altura em que a mudança de temperatura<br />
seja superior a 15 °C. Os pneus devem<br />
ser verifica<strong>dos</strong> quando estiverem frios,<br />
uma vez que a temperatura do ar muda rapidamente<br />
durante a condução. Isto significa<br />
que só deverá verificar pneus que tenham<br />
estado estacionários durante, pelo menos,<br />
duas a três horas. Ou que não tenham sido<br />
utiliza<strong>dos</strong> durante mais de 2 km. Os pneus<br />
perdem pressão em climas mais frios, pelo<br />
que é importante verificar a pressão ao longo<br />
do ano. Após verificar a pressão, certifique-se<br />
que a válvula não está a perder ar e que está<br />
montada corretamente. Os condutores devem<br />
verificar a pressão de ar em to<strong>dos</strong> os pneus<br />
mensalmente, com vista a melhorar o comportamento<br />
do veículo, o consumo de combustível<br />
e a segurança.<br />
5/9<br />
C Conduzir com pneus com uma pressão<br />
20% abaixo do nível recomendado poderá reduzir<br />
a vida útil <strong>dos</strong> pneus até 30%. Pressão<br />
insuficiente é uma das principais causas de<br />
desgaste prematuro nos pneus. Esta condição<br />
pode ser agravada por cargas excessivas ou<br />
por curvas realizadas com velocidade excessiva.<br />
<strong>Pneus</strong> com pressão incorreta podem dar<br />
origem a um comportamento inadequado do<br />
veículo, reduzir a estabilidade na travagem,<br />
reduzir a aderência e provocar um desgaste<br />
desigual. A condução com pneus com pressão<br />
insuficiente afeta a estabilidade geral do veículo<br />
e aumenta quer o consumo de combustível<br />
quer o risco de acidentes.<br />
6/9<br />
A Para verificar o nível de pressão recomendado<br />
para os pneus do seu veículo, consulte<br />
as informações do fabricante. Estas encontram-se<br />
no manual do veículo, numa etiqueta<br />
ou numa placa no interior da porta do condutor,<br />
no interior do porta-luvas ou no interior<br />
da tampa do depósito de combustível. Alternativamente,<br />
os condutores podem encontrar<br />
a informação num posto de abastecimento,<br />
na bomba de ar ou numa oficina de pneus. A<br />
pressão deverá ser definida de acordo com os<br />
requisitos máximos para o veículo.<br />
7/9<br />
C Devemos utilizar um manómetro de pressão<br />
de pneus para verificar a pressão. O manómetro<br />
pode ser adquirido em qualquer loja<br />
de revenda de acessórios de automóveis e é<br />
disponibilizado em três formatos: formato de<br />
caneta, mostrador analógico ou digital. É recomendável<br />
que os condutores escolham um<br />
modelo com indicação em bar e psi. Os postos<br />
de abastecimento também disponibilizam<br />
manómetros de pressão. A verificação visual do<br />
pneu irá alertar apenas para a necessidade de<br />
testar e corrigir a pressão.<br />
8/9<br />
B Um pneu pode perder cerca de 10 kPA por<br />
mês, o que pode resultar numa perda de controlo<br />
e num aumento da tendência para desvio<br />
de trajetória do veículo. Ao verificar a pressão<br />
<strong>dos</strong> pneus de um veículo, é necessário verificar<br />
sempre o pneu sobresselente, para garantir<br />
o desempenho ideal do mesmo em caso<br />
de utilização.<br />
9/9<br />
C Os pneus devem ser manti<strong>dos</strong> a uma temperatura<br />
ambiente constante. A integridade do<br />
pneu será seriamente comprometida caso o<br />
armazenamento seja feito em condições com<br />
muito calor ou muito frio.<br />
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Avaliação obrigatória<br />
Mercedes-Benz E 220d Station<br />
Dama de honor<br />
É das melhores (e maiores) carrinhas do mercado. Na versão 220d, esta dama de honor<br />
seduz pela qualidade, espaço, conforto, segurança, prestações e desempenho dinâmico.<br />
Como se tudo isto não bastasse, os fãs da Mercedes-Benz ainda têm outro argumento:<br />
o benefício fiscal para famílias numerosas que é dado pela Autoridade Tributária e<br />
Aduaneira (AT), uma vez que esta versão dispõe de sete lugares<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Limousine, Station, Coupé ou Cabriolet.<br />
A nova Classe E da Mercedes-Benz<br />
adapta-se a todas as personalidades<br />
e aos mais varia<strong>dos</strong> estilos de vida,<br />
assumindo diferentes figurinos em função<br />
das necessidades de mobilidade individuais<br />
ou coletivas. A carroçaria que tem a vocação<br />
mais familiar da gama é a que ensaiamos<br />
na presente edição da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />
Para mais, dispõe de sete lugares, graças a<br />
uma terceira fila de bancos (adequada apenas<br />
para crianças) instalada na bagageira.<br />
Funcionalidade que é, de resto, tradição<br />
neste modelo, uma vez que as anteriores<br />
gerações já a disponibilizavam. A nota mais<br />
relevante desta característica reside no benefício<br />
fiscal para famílias numerosas que é<br />
dado pela Autoridade Tributária e Aduaneira<br />
(AT), permitindo a este modelo usufruir de<br />
uma redução de ISV. É caso para dizer que<br />
este, sim, é um verdadeiro incentivo para<br />
fazer subir a taxa de natalidade...<br />
w CLASSE DISTINTA<br />
Face à limousine, a station é mais elegante e,<br />
sobretudo, mais consensual. Sem perder um<br />
certo “traço nipónico” que caracteriza esta<br />
nova geração, a carrinha consegue despertar<br />
muita curiosidade e reunir bastante admiração.<br />
Essencialmente, por dois motivos.<br />
Primeiro: um Mercedes-Benz é sempre um<br />
Mercedes-Benz, estando, por isso, a sua imagem<br />
associada a estatuto elevado e classe<br />
distinta. Segundo: a linha de design AMG,<br />
62 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
Bem mais elegante e consensual do que<br />
a limousine, a nova Classe E Station seduz<br />
em to<strong>dos</strong> os domínios (preço incluído)<br />
que, ao incluir jantes de 19” com cinco raios<br />
duplos e para-choques mais desportivos,<br />
tem bastante influência no resultado final. O<br />
sistema de luzes inteligente de LED, as barras<br />
no tejadilho, os vidros traseiros escureci<strong>dos</strong><br />
(óculo posterior incluído) e a dupla saída<br />
de escape retangular, são elementos que<br />
resultam bem, tal como a pintura metalizada<br />
cinzento “Iridium” (outro extra) que reveste<br />
a carroçaria.<br />
Por dentro, dificilmente a E 220d Station<br />
podia agradar mais. Também no habitáculo,<br />
a presença da linha de design AMG se faz<br />
sentir: relógio analógico, pack luz ambiente<br />
premium, tablier em pele, tapetes, acabamentos<br />
em alumínio e forro do tejadilho. O<br />
posto de condução é simplesmente ótimo.<br />
O volante oferece uma pega muito boa,<br />
to<strong>dos</strong> os coman<strong>dos</strong> estão bem localiza<strong>dos</strong><br />
e são de fácil leitura, o banco dispõe de múltiplas<br />
regulações e proporciona um apoio<br />
lateral e lombar de grande nível. A qualidade<br />
merece não menos do que a nota máxima,<br />
tal como o amplo espaço para ocupantes<br />
e bagagem (sem esquecer que a lotação<br />
máxima é de sete lugares) e a segurança. Já<br />
no que ao equipamento diz respeito, embora<br />
bem apetrechada, esta unidade eleva ainda<br />
mais a fasquia ao incluir os opcionais packs<br />
Premium e Tecnológico.<br />
EFICÁCIA ELEVADA<br />
Equipada com opcional suspensão pneumática<br />
(Airmatic), também opcionais jantes de<br />
19” montadas em larguíssimos pneus Pirelli<br />
Cinturato P7 (de medida 245/40 R 19 98Y<br />
XL no eixo dianteiro e 275/35 R 19 100Y XL<br />
no eixo traseiro), direção comunicativa, rápida<br />
caixa automática de nove velocidades<br />
(9G-Tronic), travões potentes e cinco mo<strong>dos</strong><br />
de condução (“Eco”, “Comfort”, “Sport”,<br />
“Sport+” e “Individual”), a E 220d Station<br />
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Avaliação obrigatória<br />
Mercedes-Benz E 220d Station<br />
Pirelli Cinturato P7<br />
Harmonia perfeita<br />
w Os Pirelli Cinturato P7, de medida 245/40 R 19 98Y XL no eixo dianteiro<br />
e 275/35 R 19 100Y XL no eixo traseiro, que equipavam a Mercedes-Benz<br />
E 220d Station que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> ensaiou, oferecem, segundo o seu<br />
fabricante, a combinação perfeita entre resistência ao rolamento, conforto<br />
acústico e boa quilometragem, garantindo performances de manobrabilidade<br />
e travagem. As suas principais características técnicas são: piso<br />
da banda de rodagem com sequência de blocos específica (redução da<br />
resistência ao rolamento); blocos centrais compactos e área externa sólida<br />
(resposta na direção e controlo na curva); quatro largos canais longitudinais<br />
(segurança e controlo excelentes em possíveis situações de aquaplaning);<br />
materiais inovadores e híbri<strong>dos</strong> (desgaste uniforme). Na prática,<br />
estes pneus “assentam que nem uma luva” nesta carrinha. A avaliar pelo<br />
desempenho dinâmico de elevado gabarito desta carrinha...<br />
São nada menos<br />
do que nove<br />
velocidades. A caixa<br />
automática, que<br />
surge acoplada ao<br />
motor Diesel de 2,0<br />
litros com 194 cv, é<br />
um must<br />
MOTOR<br />
Tipo<br />
4 cilindros em linha Diesel,<br />
longitudinal, dianteiro<br />
Cilindrada (cc) 1950<br />
Diâmetro x curso (mm)<br />
82,0x92,3<br />
Taxa de compressão 15,5:1<br />
Potência máxima (cv/rpm) 194/3800<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 400/1600-2800<br />
Distribuição<br />
2 v.e.c., 16 válvulas<br />
Alimentação<br />
injeção common rail<br />
Sobrealimentação<br />
turbocompressor + intercooler<br />
TRANSMISSÃO<br />
Tração<br />
Caixa de velocidades<br />
traseira com ESP<br />
automática de 9+ma<br />
DIREÇÃO<br />
Tipo<br />
pinhão e cremalheira<br />
Assistência<br />
sim (eletromecânica)<br />
Diâmetro de viragem (m) 11,6<br />
TRAVÕES<br />
Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (305)<br />
Traseiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (300)<br />
ABS<br />
sim, com EBD+BAS<br />
SUSPENSÕES<br />
Dianteira<br />
Traseira<br />
Barra estabilizadora frente/trás<br />
Multilink<br />
Multilink<br />
sim/sim<br />
PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />
Velocidade máxima (km/h) 235<br />
0-100 km/h (s) 7,7<br />
CONSUMOS (L/100 KM)<br />
Extraurbano/Combinado/Urbano 3,9/4,2/4,5<br />
Emissões de CO2 (g/km) 109<br />
Nível de emissões Euro 6<br />
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />
Cx 0,29<br />
Comprimento/largura/altura (mm) 4933/1852/1475<br />
Distância entre eixos (mm) 2939<br />
Largura de vias frente/trás (mm) 1600/1609<br />
Capacidade do depósito (l) 50<br />
Capacidade da mala (l) 640 a 1820<br />
Peso (kg) 1780<br />
Relação peso/potência (kg/cv) 9,17<br />
Jantes de série<br />
7 1/2Jx17”<br />
<strong>Pneus</strong> de série 225/55R17<br />
PNEUS DE TESTE (ft./tr.)<br />
Pirelli Cinturato P7<br />
Imposto Único de Circulação (IUC) €192,99<br />
Preço (s/ despesas) €56.834<br />
Unidade testada €68.094<br />
245/40 R 19 98Y XL<br />
275/35 R 19 100Y XL<br />
prima pela elevada eficácia dinâmica que<br />
proporciona. Tudo com um invejável nível<br />
de conforto. Mesmo no modo mais “agressivo”,<br />
segurança, facilidade e homogeneidade<br />
são as palavras de ordem numa carrinha que<br />
eleva a condução a outro patamar. Exibindo<br />
um pisar sólido e uma estabilidade acima da<br />
média, transmite a sensação de que nada<br />
(nem ninguém) a pode afetar.<br />
Apesar <strong>dos</strong> seus 1.780 kg de peso e 4,9 metros<br />
de comprimento, as prestações alcançadas<br />
pelo motor 2.0 de quatro cilindros com<br />
194 cv e 400 Nm são como muitos. Como,<br />
aliás, disso fazem prova os 235 km/h de<br />
velocidade máxima e os 7,7 segun<strong>dos</strong> que<br />
são necessários para cumprir o arranque<br />
<strong>dos</strong> 0 aos 100 km/h (da<strong>dos</strong> anuncia<strong>dos</strong>).<br />
Os consumos de gasóleo situam-se em níveis<br />
perfeitamente apelativos. Para o final,<br />
outra boa notícia: o preço. Graças à Lei n.°<br />
22-A/2017, de 29 de junho, que introduziu<br />
alterações ao Código do Imposto Sobre Veículos<br />
(ISV), designadamente a aplicação de<br />
uma taxa intermédia correspondente a 50%<br />
do imposto, resultante da tabela A, conforme<br />
o disposto no Artigo 8.°, alínea b), a E 220d<br />
Station de sete lugares custa (sem extras)<br />
não €61.900, mas, antes, €56.834, o que é<br />
de, sem dúvida, um valor extremamente<br />
apelativo. ♦<br />
64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
Em estrada<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Honda Jazz 1.3 i-VTEC Elegance<br />
Ritmo urbano<br />
Dacia Logan MCV Stepway<br />
Trilho alternativo<br />
w Depois de Sandero e Lodgy, eis o Logan MCV. A Dacia tem-<br />
-se dado bem com este seu lado mais “trialeiro”. Os números<br />
falam por si. Em Portugal, mais de 60% das vendas do utilitário<br />
Sandero e mais de 50% das do monovolume Lodgy têm por<br />
base a versão mais radical e aventureira da marca romena<br />
do Grupo Renault. O que, por si só, justificam, plenamente, a<br />
inclusão do conceito Stepway no Logan MCV, a carrinha do<br />
segmento B com dimensões de segmento C. Além do azul<br />
que reveste a carroçaria, cor<br />
que, manifestamente, resulta<br />
bem, o Logan MCV Stepway<br />
distingue-se da versão “normal”<br />
pela altura ao solo 50<br />
mm superior. O suficiente<br />
para enveredar por trilhos<br />
alternativos fora do asfalto,<br />
até pela ajuda suplementar<br />
conferida pelas proteções<br />
dianteira e traseira em cromado acetinado e pelas inserções<br />
laterais em plástico. No interior, a filosofia aventureira permanece,<br />
embora em menor escala. A qualidade fica-se pelo<br />
razoável, tal como o posto de condução e o equipamento de<br />
série. Bem melhor é, sem dúvida, o espaço para ocupantes e<br />
bagagem. No que à condução diz respeito, fica-se com um<br />
sabor agridoce. O motor Diesel de 90 cv, que traz acoplada<br />
caixa manual de cinco velocidades até oferece umas prestações<br />
interessantes, mas a envolvência dinâmica está próxima do<br />
zero. O preço é, porventura, o maior argumento desta proposta.<br />
w Pequeno no tamanho, grande na atitude. O novo Jazz, que<br />
a Honda concebeu para dançar ao ritmo urbano, é um utilitário<br />
cheio de confiança. E tem razões para isso. Desde logo,<br />
pelo nível de equipamento recheado (Elegance), que conjuga<br />
tudo o que faz falta com algumas mordomias, como o sistema<br />
Connect e a navegação. Depois, pelos inúmeros dispositivos<br />
de segurança instala<strong>dos</strong> a bordo, como, por exemplo, o alerta<br />
de colisão frontal. Equipado com o motor 1.3 i-VTEC de 102<br />
cv, que traz acoplada caixa manual de seis velocidades e que<br />
se serve de um sistema start/stop para baixar consumos e<br />
emissões, as prestações não são grande coisa. Com relações<br />
de caixa longas e uma certa preguiça em subir de regime, o<br />
novo Jazz não foi, de facto, “talhado” para proporcionar uma<br />
condução entusiasmante.<br />
Prefere, antes, dar ênfase a<br />
outros aspetos, porventura<br />
mais indispensável num veículo<br />
com esta tipologia, como<br />
o amplo espaço interior e a boa<br />
funcionalidade. Ainda que<br />
evidencie reações honestas e<br />
um desempenho previsível, o<br />
Jazz não deixa saudades em<br />
termos dinâmicos. Quanto aos restantes domínios, desde o<br />
design ao interior, passando qualidade mediana <strong>dos</strong> materiais<br />
utiliza<strong>dos</strong>, este pequeno Honda marca pontos. O preço, não<br />
sendo propriamente de arromba, ajusta-se face a tudo aquilo<br />
que é proposto.<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1<strong>46</strong>1<br />
Potência máxima (cv/rpm) 90/4000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 220/1750<br />
Velocidade máxima (km/h) 170<br />
0-100 km/h (s) 13,0<br />
Consumo combinado (l/100 km) 3,9<br />
Emissões de CO 2<br />
(g/km) 100<br />
Preço €17.450<br />
IUC €125,81<br />
<strong>Pneus</strong> teste Continental ContiEcoContact 5<br />
205/55 R16 91H<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
4 cil. linha transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1318<br />
Potência máxima (cv/rpm) 102/6000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 123/5000<br />
Velocidade máxima (km/h) 190<br />
0-100 km/h (s) 11,4<br />
Consumo combinado (l/100 km) 5,1<br />
Emissões de CO 2<br />
(g/km) 120<br />
Preço €20.730<br />
IUC €125,81<br />
<strong>Pneus</strong> teste<br />
Bridgestone Turanza ER370<br />
185/55 R16 83H<br />
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Em estrada<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Škoda Octavia 1.6 TDI Style<br />
Escolha racional<br />
Hyundai i30 SW 1.0 T-GDi Comfort + Navi<br />
Subida de forma<br />
w A Hyundai tem sabido, como poucas, melhorar, consideravelmente,<br />
cada novo modelo que lança no mercado comparativamente<br />
às anteriores gerações. Um <strong>dos</strong> mais recentes exemplos<br />
dá pelo nome de i30 SW, a variante mais familiar do modelo com<br />
o qual a marca sul-coreana compete no concorrido segmento C.<br />
Exibindo um estilo desportivo, que tem na grelha a sua secção<br />
mais apelativa, bem construída, espaçosa, recheada de equipamento<br />
e dinamicamente competente, esta carrinha tem tudo o<br />
que um pai de família pode ambicionar. Para mais, dispõe de um<br />
motor de três cilindros a gasolina de 120 cv, que traz acoplada<br />
caixa manual de seis velocidades, tornando a condução bem mais<br />
suave e interessante face às<br />
versões Diesel que proliferam<br />
na gama. Não sendo campeã<br />
de consumos, nem de prestações,<br />
a conjugação destes<br />
dois fatores revela grande<br />
equilíbrio. Até porque o pisar<br />
sólido e a homogeneidade<br />
do conjunto traduzem<br />
a competência do chassis. O<br />
conforto, esse, é sempre elevado<br />
em to<strong>dos</strong> os tipos de piso. O facto de dispor de jantes de<br />
contidas dimensões (16”), ajuda. O preço a que é comercializada<br />
esta carrinha, €23.200, é outro <strong>dos</strong> argumentos de peso. Tal como<br />
a tripla garantia de cinco anos. E se o consumidor tiver a sorte de<br />
beneficiar de qualquer campanha, então será ouro sobre azul.<br />
w Espaçoso, competente, bem equipado e com qualidade<br />
acima da média. O novo Octavia é das propostas mais racionais<br />
que se podem tomar. No seu formato de berlina de<br />
cinco portas, pode não exibir o visual apelativo da carrinha,<br />
mas não é por isso que deixa de ser interessante. Bem pelo<br />
contrário. O habitáculo acomoda facilmente cinco adultos.<br />
A bagageira cumpre os requisitos de uma utilização familiar.<br />
O posto de condução é ótimo. O restyling de que foi alvo<br />
aprimorou o sistema de infoentretenimento e trouxe uma<br />
imagem mais moderna ao tablier, tal como os mostradores<br />
do painel de instrumentos. No nível Style, não faltam<br />
várias mordomias. A segurança também está lá toda. Tal<br />
como a elevada competência<br />
dinâmica, o bom nível de<br />
conforto e as prestações deveras<br />
competentes do motor<br />
1.6 TDI de 115 cv. O que<br />
falta a esta proposta para se<br />
impor mais? O argumento<br />
de sempre: uma imagem de<br />
marca com maior estatuto.<br />
Para o final, deixámos o preço. €30.151 pedi<strong>dos</strong> para esta<br />
versão são mais do que justos. Sobretudo, se tivermos em<br />
conta os itens que compõem a lista de equipamento de<br />
série. Citemos apenas alguns: jantes “Trius” de 17”, TPMS,<br />
Apple Connectivity, Climatronic, cruise control, sistema<br />
XDS+, volante multifunções...<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
3 cil. linha, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 998<br />
Potência máxima (cv/rpm) 120/6000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 171/1500-4000<br />
Velocidade máxima (km/h) 188<br />
0-100 km/h (s) 11,4<br />
Consumo combinado (l/100 km) 5,2<br />
Emissões de CO 2<br />
(g/km) 120<br />
Preço €23.200<br />
IUC €92,05<br />
<strong>Pneus</strong> teste<br />
Hankook Kinergy Eco2<br />
205/55 R16 91H<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1598<br />
Potência máxima (cv/rpm) 115/3250-4000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 250/1500-3200<br />
Velocidade máxima (km/h) 203<br />
0-100 km/h (s) 10,1<br />
Consumo combinado (l/100 km) 4,0<br />
Emissões de CO 2<br />
(g/km) 106<br />
Preço €30.151<br />
IUC €125,81<br />
<strong>Pneus</strong> teste<br />
Bridgestone Turanza T001<br />
225/45 R17 91W<br />
66 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2017
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