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Revista Coamo - Novembro de 2018

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CREDICOAMO COMEMORA 29 ANOS DE BONS RESULTADOS PARA OS ASSOCIADOS<br />

www.coamo.com.br<br />

NOVEMBRO/<strong>2018</strong> ANO 44<br />

EDIÇÃO 486<br />

UNIDADES 40 ANOS<br />

Boa Esperança, Iretama,<br />

Palmas, Peabiru e<br />

Roncador estão <strong>de</strong><br />

aniversário<br />

Alceu e Alcion, <strong>de</strong> Roncador (PR).<br />

Filho e neto do fundador da<br />

<strong>Coamo</strong> Bruno Gehring<br />

ENERGIA<br />

FOTOVOLTAICA<br />

Cooperados investem<br />

na tecnologia para<br />

reduzir custos<br />

HERDEIROS DO<br />

COOPERATIVISMO<br />

Do sonho <strong>de</strong> 79 agricultores nasceu há 48 anos a maior<br />

cooperativa agrícola da América Latina. A <strong>Coamo</strong> surgiu da<br />

união <strong>de</strong> homens que buscavam o bem comum e o crescimento<br />

<strong>de</strong> todos. Filosofia que vem sendo repassada pelas gerações


EXPEDIENTE<br />

Órgão <strong>de</strong> divulgação da <strong>Coamo</strong><br />

Ano 44 | Edição 486 | <strong>Novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong><br />

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO COAMO<br />

Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos: iduarte@coamo.com.br<br />

Wilson Bibiano Lima: wblima@coamo.com.br<br />

Ana Paula Bento Pelissari: anapelissari@coamo.com.br<br />

Antonio Marcio dos Santos: amsantos@coamo.com.br<br />

Contato: (44) 3599-8126/3599-8129<br />

Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />

Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima,<br />

Ana Paula Bento Pelissari e Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />

Edição <strong>de</strong> fotografia: Antonio Marcio dos Santos e Wilson Bibiano Lima<br />

Colaboração: Gerência <strong>de</strong> Assistência Técnica, Entrepostos e Milena Luiz Corrêa<br />

Contato publicitário: Agromídia Desenvolvimento <strong>de</strong> Negócios Publicitários Ltda<br />

Contato: (11) 5092-3305 e Guerreiro Agromarketing Contato: (44) 3026-4457<br />

É permitida a reprodução <strong>de</strong> matérias, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que citada a fonte. Os artigos assinados<br />

ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />

COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA<br />

SEDE: Rua Fioravante João Ferri, 99 - Jardim Alvorada. CEP 87308-445. Campo Mourão - Paraná - Brasil. Telefone (44) 3599.8000 Fax (44) 3599.8001 - Caixa Postal, 460<br />

www.coamo.com.br - coamo@coamo.com.br<br />

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Presi<strong>de</strong>nte: Engº Agrº José Aroldo Gallassini, Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Engº Agrº Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, Diretor-Secretário: Engº Agrº<br />

Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari. MEMBROS VOGAIS: Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira, Joaquim Peres Montans, Anselmo Coutinho Machado, Wilson Pereira <strong>de</strong> Godoy, João Marco<br />

Nicaretta e Alessandro Gaspar Colombo.<br />

CONSELHO FISCAL: Halisson Claus Welz Lopes, Willian Ferreira Sehaber e Sidnei Hauenstein Fuchs (Efetivos). Jovelino Moreira, Diego Rogério Chitolina e Ven<strong>de</strong>lino Paulo<br />

Graf (Suplentes).<br />

SUPERINTENDENTES: Administrativo: Antonio Sérgio Gabriel; Comercial: Alcir José Goldoni; Industrial: Divaldo Corrêa; Logística e Operações : Airton Galinari;<br />

Técnico: Aquiles <strong>de</strong> Oliveira Dias.<br />

Extensão Territorial: 4,5 milhões <strong>de</strong> hectares. Capacida<strong>de</strong> Global <strong>de</strong> Armazenagem: 6,41 milhões <strong>de</strong> toneladas. Receita Global <strong>de</strong> 2017: R$ 11,07 bilhões. Tributos e taxas<br />

gerados e recolhidos em 2017: R$ 463,63 milhões.<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA<br />

3


SUMÁRIO<br />

24<br />

Credicoamo, 29 anos<br />

Com tantos motivos para comemorar, no dia 16 <strong>de</strong> novembro foram realizados em todas as agências da<br />

Credicoamo, eventos para comemorar os 29 anos da cooperativa <strong>de</strong> crédito dos associados da <strong>Coamo</strong><br />

4 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


SUMÁRIO<br />

Entrevista<br />

Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira é <strong>de</strong> família tradicional que chegou há mais <strong>de</strong> 100 anos na região <strong>de</strong><br />

Campo Mourão. É fundador número 48 da <strong>Coamo</strong> e presi<strong>de</strong>nte do Sindicato Rural <strong>de</strong> Campo Mourão<br />

<strong>Coamo</strong> visita Ana Maria Braga<br />

O superinten<strong>de</strong>nte Comercial, Alcir José Goldoni e a apresentadora Ana Maria Braga tiveram<br />

a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliar o sucesso da campanha institucional dos Alimentos <strong>Coamo</strong><br />

<strong>Coamo</strong> 48 anos<br />

Cooperados, diretoria e funcionários formam o tripé que impulsiona o <strong>de</strong>senvolvimento e o<br />

progresso <strong>de</strong> <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> municípios e comunida<strong>de</strong>s no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul<br />

08<br />

13<br />

14<br />

33<br />

Unida<strong>de</strong>s quarentenárias<br />

Entrepostos da cooperativa em Boa Esperança, Iretama, Palmas, Peabiru e<br />

Roncador, no Paraná, estão completando 40 anos <strong>de</strong> fundação em <strong>2018</strong><br />

Plantio da safra <strong>de</strong> verão<br />

A semeadura da safra <strong>de</strong> verão <strong>2018</strong>/19 foi ditada pelo clima. Na área <strong>de</strong> ação da <strong>Coamo</strong> alguns<br />

associados já estão nos tratos culturais enquanto que outros ainda finalizam o trabalho <strong>de</strong> plantio<br />

Cursos sociais<br />

44<br />

52<br />

A <strong>Coamo</strong> realiza mensalmente diversos eventos em toda a área <strong>de</strong> ação. Os cursos sociais são<br />

oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conhecimento, aprendizagem e integração para toda a família cooperada<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA<br />

5


EU SOU O PRODUTOR GOLD.<br />

EU CONTROLO A FERRUGEM.<br />

SEMPRE JUNTO EM TODAS AS APLICAÇÕES<br />

O MULTISSÍTIO MAIS USADO DO BRASIL<br />

HÁ 5 SAFRAS, INDISPENSÁVEL PARA O MANEJO DA RESISTÊNCIA<br />

MINHA SOJA É COMO O OURO:<br />

NÃO TEM FERRUGEM.<br />

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O FUNGICIDA<br />

MULTISSÍTIO<br />

DE VERDADE


EDITORIAL<br />

<strong>Coamo</strong> e Credicoamo, sinônimos<br />

<strong>de</strong> eficiência, soli<strong>de</strong>z e segurança<br />

Os associados da<br />

Credicoamo e da<br />

<strong>Coamo</strong> estão <strong>de</strong><br />

parabéns pelos aniversários,<br />

respectivamente, <strong>de</strong> 29 anos<br />

e 48 anos <strong>de</strong> suas cooperativas<br />

no mês <strong>de</strong> novembro.<br />

A Credicoamo Crédito<br />

Rural Cooperativa foi a primeira<br />

a celebrar ida<strong>de</strong> nova<br />

e reuniu seus associados em<br />

evento. Constituída em 17 <strong>de</strong><br />

novembro <strong>de</strong> 1989, portanto<br />

há 29 anos, por um grupo <strong>de</strong><br />

29 produtores.<br />

Em 28 <strong>de</strong> novembro,<br />

a <strong>Coamo</strong> comemorou seus<br />

48 anos <strong>de</strong> sucesso. De um<br />

sonho <strong>de</strong> 79 agricultores e<br />

<strong>de</strong> todo um trabalho que tive<br />

o privilégio <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nar no<br />

final da década <strong>de</strong> 1960, surgiu<br />

a <strong>Coamo</strong>.<br />

No início, o nome<br />

<strong>Coamo</strong> era apenas uma sigla<br />

da razão social “Cooperativa<br />

Agropecuária Mourãoense<br />

Ltda”, mas em 2003 a <strong>de</strong>nominação<br />

passou a ser <strong>Coamo</strong><br />

Agroindustrial Cooperativa.<br />

Comemoramos com<br />

alegria e orgulho os bons<br />

resultados das cooperativas<br />

<strong>Coamo</strong> e Credicoamo. Fruto<br />

<strong>de</strong> muita união, trabalho,<br />

suor e inspiração e, também,<br />

da profissionalização e participação<br />

expressiva dos associados,<br />

as cooperativas são<br />

referências nos segmentos<br />

Agropecuário e Crédito, no<br />

cooperativismo brasileiro.<br />

Do sonho dos fundadores,<br />

tanto a <strong>Coamo</strong> como<br />

a Credicoamo sempre estiveram<br />

voltadas para o atendimento<br />

das necessida<strong>de</strong>s<br />

dos associados, por meio <strong>de</strong><br />

serviços <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

Deste modo, as duas<br />

cooperativas estão cumprindo<br />

a sua missão e agregam<br />

valor às ativida<strong>de</strong>s do quadro<br />

social, e distribuem sobras à<br />

família cooperada como resultado<br />

da sua movimentação<br />

com as cooperativas.<br />

Esses números positivos<br />

são mensurados pela<br />

satisfação que vemos no<br />

semblante dos associados,<br />

que por sua vez, participam<br />

ativamente das suas cooperativas<br />

e confiam no trabalho<br />

<strong>de</strong>senvolvido pela diretoria<br />

e funcionários, sempre com<br />

uma administração profissional,<br />

segurança, soli<strong>de</strong>z e<br />

transparência em suas ações.<br />

Parabéns associados,<br />

juntos po<strong>de</strong>mos continuar<br />

avançando e prosperando,<br />

alavancando a<br />

ban<strong>de</strong>ira do cooperativismo<br />

e do agronegócio, e colaborando<br />

para a produção <strong>de</strong><br />

alimentos e o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do nosso país.<br />

"Do sonho dos<br />

fundadores, tanto<br />

a <strong>Coamo</strong> como a<br />

Credicoamo sempre<br />

estiveram voltadas para<br />

o atendimento das<br />

necessida<strong>de</strong>s dos seus<br />

associados, por meio <strong>de</strong><br />

serviços <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>."<br />

JOSÉ AROLDO GALLASSINI,<br />

Diretor-presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA<br />

7


ENTREVISTA: NELSON TEODORO DE OLIVEIRA<br />

“Das terras improdutivas com os 3 S's<br />

para uma das mais férteis do país”.<br />

Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira, presi<strong>de</strong>nte do Sindicato Rural <strong>de</strong> Campo<br />

Mourão, vice-presi<strong>de</strong>nte da Fe<strong>de</strong>ração da Agricultura do Estado do<br />

Paraná (Faep) e membro do Conselho <strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong><br />

cooperativismo como solução para<br />

resolver os problemas econômicos.<br />

Nelsinho comemora o sucesso do<br />

movimento que mudou a realida<strong>de</strong><br />

agrícola e econômica, inicialmente<br />

da região <strong>de</strong> Campo Mourão, e ao<br />

longo <strong>de</strong> várias décadas, <strong>de</strong> várias<br />

regiões do Paraná, Santa Catarina e<br />

Mato Grosso do Sul.<br />

Nelsinho lembra que,<br />

antes do surgimento da <strong>Coamo</strong>,<br />

foram cinco tentativas para fundação<br />

<strong>de</strong> uma cooperativa na região.<br />

“Fundava uma cooperativa, mas<br />

quem estava à frente não tinha<br />

experiência e nem credibilida<strong>de</strong><br />

para tomar a frente. Tudo começou<br />

a mudar com a chegada do<br />

Dr. Aroldo, então agrônomo da<br />

Acarpa, em 1968, que acima <strong>de</strong><br />

tudo é um i<strong>de</strong>alista e empreen<strong>de</strong>dor”,<br />

conta Nelsinho, que na época<br />

do nascimento da <strong>Coamo</strong>, era<br />

um jovem que trabalhava como<br />

avaliador do Banco do Brasil.<br />

O<br />

cooperado fundador da<br />

<strong>Coamo</strong> Nelson Teodoro<br />

<strong>de</strong> Oliveira, presi<strong>de</strong>nte<br />

do Sindicato Rural <strong>de</strong> Campo<br />

Mourão, vice-presi<strong>de</strong>nte da Fe<strong>de</strong>ração<br />

da Agricultura do Estado do<br />

Paraná (Faep) e membro do Conselho<br />

<strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong>,<br />

é o entrevistado <strong>de</strong>ste mês na<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />

Mourãoense, conhecido<br />

como “Nelsinho”, <strong>de</strong> família tradicional<br />

que chegou há mais <strong>de</strong> 100<br />

anos na região <strong>de</strong> Campo Mourão,<br />

é o cooperado fundador número<br />

48 da <strong>Coamo</strong>. Sua família chegou<br />

na região à procura <strong>de</strong> terras para<br />

o plantio <strong>de</strong> café. Com orgulho, ele<br />

conta da alegria <strong>de</strong> ter feito parte<br />

do movimento que culminou com<br />

o surgimento da Cooperativa Agropecuária<br />

Mourãoense Ltda., em 28<br />

<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1970. Nelsinho é<br />

um entusiasta, conhece e propaga o<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>: O Sindicato Rural<br />

<strong>de</strong> Campo Mourão está completado<br />

50 anos. Como o senhor <strong>de</strong>fine<br />

esses 50 anos?<br />

Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira: Os<br />

Sindicatos Rurais são o braço político<br />

do produtor rural, juntamente<br />

com a Fe<strong>de</strong>ração da Agricultura<br />

e a Confe<strong>de</strong>ração Nacional da<br />

Agricultura, enquanto que o braço<br />

econômico são as cooperativas.<br />

Campo Mourão não tinha uma<br />

agricultura forte, era uma terra fraca,<br />

on<strong>de</strong> predominavam os 3S’s,<br />

8 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


saúva, sapé e samambaia. Não tinha<br />

gran<strong>de</strong>s empresas <strong>de</strong> cereais<br />

como tinha na época em Maringá,<br />

e apareciam uns “picaretas” que<br />

no começo da safra abriam as portas,<br />

recebiam a primeira carga e<br />

até pagavam, mas não ganhavam<br />

a confiança do produtor. Muitos<br />

iam embora e <strong>de</strong>ixavam os agricultores<br />

na mão.<br />

RC: O setor agrícola não tinha representação<br />

na época?<br />

Oliveira: Não tínhamos nenhuma<br />

organização para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o agricultor,<br />

tinha uma associação rural.<br />

Daí veio um agrônomo da Acarpa<br />

para cá (José Carlos Carvalho)<br />

que era o superior do engenheiro<br />

agrônomo José Aroldo Gallassini,<br />

que chegou com a missão <strong>de</strong><br />

fundar um sindicato, transformar<br />

a associação em sindicato. Ele me<br />

chamou e me disse que eu não iria<br />

entrar como interventor rural, mas<br />

fazer um sindicato. Eu topei e fundamos<br />

o Sindicato Rural em Campo<br />

Mourão.<br />

RC: Como nasceu a i<strong>de</strong>ia no mesmo<br />

período <strong>de</strong> fundar uma cooperativa?<br />

Oliveira: Logo em seguida <strong>de</strong>sse<br />

trabalho veio para Campo Mourão<br />

o Dr. Aroldo para ser o Regional<br />

da Acarpa, com a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> fundar<br />

uma cooperativa. A Acarpa não tinha<br />

dinheiro para pagar o aluguel,<br />

aí quem pagava o aluguel era a<br />

Associação Rural que foi transformada<br />

em sindicato.<br />

RC: O senhor acredita que o Sindicato<br />

Rural cumpriu sua função ao<br />

longo dos 50 anos?<br />

Oliveira: Só a fundação da <strong>Coamo</strong><br />

já cumpriu a função. Porque eu<br />

era trabalhador do Banco do Brasil,<br />

filho do ‘seo’ Joaquim Teodoro,<br />

que inclusive foi prefeito <strong>de</strong> Campo<br />

Mourão. Os agrônomos da<br />

Acarpa eram novos aqui, e houve<br />

cinco tentativas para fundar cooperativas,<br />

mas nenhuma <strong>de</strong>u certo<br />

pois ninguém acreditava. Daí surgiu<br />

o Dr. Aroldo com esse i<strong>de</strong>alismo<br />

fazendo reuniões para fundar<br />

uma cooperativa e <strong>de</strong>u certo.<br />

RC: Como era o Dr. Aroldo naquela<br />

época, com menos <strong>de</strong> 30 anos?<br />

Oliveira: Era um i<strong>de</strong>alista recém-<br />

-formado. Quando a <strong>Coamo</strong> nasceu<br />

não tinha nenhum patrimônio,<br />

e tinha que ter aval para comprar lá<br />

e quem autorizava era o meu pai.<br />

Muitas pessoas chegavam nele e<br />

diziam: “’Seo’ Joaquim, o senhor<br />

é louco <strong>de</strong> avalizar esse rapaz?<br />

Nem daqui ele é. Aí o ‘seo’ Ferri<br />

[Fioravante, primeiro presi<strong>de</strong>nte<br />

da <strong>Coamo</strong>] assumiu a presidência<br />

e conversou com ele, que aceitou<br />

ser gerente da cooperativa. Meu<br />

pai dizia: “Esse menino, Aroldo, é<br />

um menino bom, ele ajudou muito<br />

na fundação da <strong>Coamo</strong>.”<br />

RC: O senhor imaginava que 48<br />

anos <strong>de</strong>pois, a <strong>Coamo</strong> seria a cooperativa<br />

que é hoje?<br />

Oliveira: No começou ninguém<br />

acreditava. Mas, <strong>de</strong>u certo pela serieda<strong>de</strong><br />

e muito trabalho.<br />

RC: Com a serieda<strong>de</strong> e trabalho,<br />

caminhou junto a confiança?<br />

Oliveira: Sim, a confiança, porque<br />

é isso que o cooperativismo “ven<strong>de</strong>”:<br />

confiança. Se não tem confiança,<br />

ninguém entrega aqui, ninguém<br />

entra <strong>de</strong> sócio e ninguém<br />

compra ou movimenta com a cooperativa.<br />

Então para mim isso tudo<br />

"Os 79 agricultores<br />

estão na história e<br />

assinaram a ata. Eu sou<br />

um <strong>de</strong>les com o número<br />

48, <strong>de</strong>u certo pela<br />

sincerida<strong>de</strong> e confiança<br />

que o Dr. Aroldo<br />

inspirava."<br />

é motivo <strong>de</strong> orgulho. Posso dizer<br />

que o maior orgulho que tenho é<br />

a <strong>Coamo</strong>, pois <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o começo<br />

muitos não acreditavam, e entre<br />

os que tinham fé na i<strong>de</strong>ia estava<br />

eu e o Dr. Aroldo. Sou nascido<br />

aqui, filho <strong>de</strong> fundadores da cida<strong>de</strong><br />

e <strong>de</strong> ex-prefeito, fui vereador<br />

por um mandato e conheço muito<br />

a história do cooperativismo e da<br />

cida<strong>de</strong>, por isso afirmo: Campo<br />

Mourão se divi<strong>de</strong> em antes e <strong>de</strong>pois<br />

do presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong>.<br />

RC: O cooperativismo mudou o<br />

cenário e a história <strong>de</strong> Campo<br />

Mourão?<br />

Oliveira: Veja só pela história <strong>de</strong><br />

Campo Mourão, que cresceu graças<br />

a <strong>Coamo</strong> e ao Banco do Brasil,<br />

que financiou todas aquelas terras<br />

ruins. A <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong>u assistência<br />

técnica, recebeu a produção e pagou<br />

<strong>de</strong>vidamente o produtor, que<br />

<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> entregar para o cerea-<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA<br />

9


ENTREVISTA: NELSON TEODORO DE OLIVEIRA<br />

"EU VIVI AS DUAS FASES, ANTES E DEPOIS DA COAMO. POSSO<br />

DIZER QUE O COOPERATIVISMO É A MELHOR ESSÊNCIA QUE TEM."<br />

lista e per<strong>de</strong>r a meta<strong>de</strong> ou mais<br />

da meta<strong>de</strong> da produção. Então, a<br />

<strong>Coamo</strong> trouxe estrutura agrícola<br />

para a região, por isso afirmo que<br />

tenho o maior orgulho do cooperativismo<br />

e dizer que aju<strong>de</strong>i a fundar<br />

uma cooperativa <strong>de</strong> sucesso<br />

como a <strong>Coamo</strong>.<br />

RC: Trata-se <strong>de</strong> um movimento<br />

que transforma e faz a diferença<br />

nas comunida<strong>de</strong>s?<br />

Oliveira: Eu vivi as duas fases,<br />

antes e <strong>de</strong>pois da <strong>Coamo</strong>. Posso<br />

dizer que o cooperativismo é a<br />

melhor essência que tem. Um cidadão<br />

que me i<strong>de</strong>ntifico muito,<br />

é o Mangabeira Unger (Ministro<br />

<strong>de</strong> Assuntos Estratégicos e coor<strong>de</strong>nador<br />

do Programa Amazônia<br />

Sustentável). Ele é um dos gran<strong>de</strong>s<br />

pensantes que já conheci. Ele<br />

estudou em Harvard e um dia ele<br />

esteve na <strong>Coamo</strong> com o ministro<br />

da Agricultura Reinhold Stephanes<br />

(Imersão no cooperativismo<br />

paranaense em maio <strong>de</strong> 2009).<br />

Perguntei a ele qual a razão <strong>de</strong><br />

vir a Campo Mourão. Ele me disse<br />

“Sabe Nelson, eu fui professor<br />

<strong>de</strong> Harvard por 28 anos, pedi uma<br />

licença agora e vim para o Brasil,<br />

país que nasci. O presi<strong>de</strong>nte do<br />

Brasil me convidou para projetar<br />

o país para os próximos 50 anos.<br />

Temos aqui o maior patrimônio<br />

do mundo que é terra para produzir<br />

alimentos. Mostrei esse relatório<br />

para o presi<strong>de</strong>nte, comprovando<br />

que só vamos colher<br />

o benefício <strong>de</strong>sse trabalho por<br />

meio das cooperativas. Foi quando<br />

o presi<strong>de</strong>nte me pediu para<br />

falar com o ministro Reinhold. Fui<br />

e falei com ele e disse que o Paraná<br />

tinha um bom sistema cooperativista.<br />

Mas eu falei: ministro lá<br />

no Centro-Oeste tem muita gente<br />

exportando? Não, ninguém compra<br />

<strong>de</strong> um cidadão só. Temos que<br />

ter garantia <strong>de</strong> quem compramos<br />

e que amanhã será entregue para<br />

nós, não po<strong>de</strong>mos ficar nenhum<br />

dia sem comer e nem os nossos<br />

animais, e somente com as cooperativas<br />

teremos segurança para<br />

esse trabalho”. Foi então, que eu<br />

disse ao Mangabeira que o segredo<br />

para uma cooperativa é<br />

gestão, e a <strong>Coamo</strong> era o mo<strong>de</strong>lo<br />

certo.<br />

RC: A organização do setor produtivo<br />

é uma amostra da importância<br />

do agronegócio para o país?<br />

Oliveira: Sim, é preciso ter novas<br />

li<strong>de</strong>ranças e que os jovens se interessem<br />

pela política da agricultura,<br />

já que os lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> hoje, daqui<br />

alguns anos não estarão mais à<br />

frente das entida<strong>de</strong>s e serão substituídos.<br />

RC: Então o senhor teme por um<br />

futuro com falta <strong>de</strong> novas li<strong>de</strong>ranças?<br />

Oliveira: Sim temo muito, se as<br />

novas li<strong>de</strong>ranças não acordarem<br />

e dormirem por muito tempo,<br />

porque é muito fácil ficar só assistindo<br />

e ficar quieto, com falta <strong>de</strong><br />

participação. Muitos agricultores<br />

jovens pensam apenas no dinheiro<br />

no bolso que os pais <strong>de</strong>ixaram<br />

ou irão <strong>de</strong>ixar.<br />

Nelsinho Teodoro ao lado do Dr. Aroldo e autorida<strong>de</strong>s na inauguração do primeiro armazém da <strong>Coamo</strong>,<br />

em 1972. No discurso, João Palma Moreira, <strong>de</strong>legado do Ministério da Agricultura no Estado do Paraná<br />

RC: Quais motivos estão levando<br />

a <strong>Coamo</strong> ao sucesso?<br />

10 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


"O cooperativismo faz<br />

parte do meu dia a dia,<br />

acredito que a excelência<br />

na gestão, a qualida<strong>de</strong> nos<br />

serviços e a participação<br />

dos associados tem feito<br />

o sucesso da <strong>Coamo</strong> no<br />

cenário do cooperativismo<br />

e do agronegócio do país."<br />

Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira nas comemorações <strong>de</strong> 25 anos da <strong>Coamo</strong><br />

Oliveira: O cooperativismo faz<br />

parte do meu dia a dia, acredito<br />

que a excelência na gestão, a qualida<strong>de</strong><br />

nos serviços e a participação<br />

gran<strong>de</strong> dos associados tem feito o<br />

sucesso da <strong>Coamo</strong> no cenário do<br />

cooperativismo e do agronegócio<br />

do país. Na cooperativa as coisas<br />

são feitas corretamente com muita<br />

serieda<strong>de</strong>, trabalho e honestida<strong>de</strong>,<br />

e os associados têm a satisfação<br />

e a confiança necessária para<br />

avançar sempre. Na <strong>Coamo</strong> é assim,<br />

tudo é feito com o propósito<br />

<strong>de</strong> beneficiar os milhares <strong>de</strong> associados.<br />

para o produtor rural associado e<br />

a cooperativa.<br />

RC: Qual a mensagem para os leitores<br />

da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>?<br />

Oliveira: A mensagem que <strong>de</strong>ixo<br />

é uma mensagem <strong>de</strong> esperança<br />

pelos 48 anos da <strong>Coamo</strong>, a mesma<br />

mensagem <strong>de</strong> quando ela surgiu.<br />

Vamos acreditar em nós, no nosso<br />

futuro e acreditar nas nossas instituições.<br />

O futuro é muito bom, agora<br />

se nós ficarmos esperando que al-<br />

guém faça por nós não tem como<br />

dar certo. A <strong>Coamo</strong> realiza um trabalho<br />

sério e honesto, e <strong>de</strong>vemos<br />

ter muito orgulho <strong>de</strong> fazer parte da<br />

cooperativa, pois a cada dia ela prova<br />

para o Brasil que basta fazer um<br />

trabalho sério para ir em frente e<br />

alcançar o sucesso. Os cooperados<br />

valorizam a administração da diretoria<br />

e o trabalho que ela <strong>de</strong>senvolve.<br />

Parabenizo os cooperados, a<br />

diretoria e os funcionários por estes<br />

48 anos <strong>de</strong> sucesso.<br />

RC: Qual é na sua opinião o futuro<br />

da <strong>Coamo</strong>?<br />

Oliveira: O futuro da <strong>Coamo</strong> é o<br />

que estamos vendo hoje, fazendo<br />

os investimentos certos, avançando<br />

com os pés no chão e, com<br />

essa filosofia, o futuro é muito bom<br />

Nelsinho Teodoro integra o atual Conselho <strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong><br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 11


12 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


ALIMENTOS COAMO<br />

<strong>Coamo</strong> visita Ana Maria Braga<br />

O<br />

superinten<strong>de</strong>nte Comercial<br />

da <strong>Coamo</strong>, Alcir<br />

José Goldoni, visitou as<br />

instalações do Projac, centro <strong>de</strong><br />

produção das Organizações Globo,<br />

localizado no bairro <strong>de</strong> Jacarepaguá,<br />

na zona oeste do Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro, para um café da manhã<br />

com Ana Maria Braga. Goldoni e<br />

a apresentadora tiveram a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> avaliar o sucesso da<br />

campanha institucional dos Ali-<br />

mentos <strong>Coamo</strong>, on<strong>de</strong> foi reafirmado<br />

o compromisso da <strong>Coamo</strong><br />

<strong>de</strong> oferecer produtos com qualida<strong>de</strong><br />

e sabor com economia, em<br />

sintonia com a imagem <strong>de</strong> respeito<br />

ao consumidor construído por<br />

vários anos <strong>de</strong> atuação <strong>de</strong> ambas<br />

as partes, que é a consolidação<br />

<strong>de</strong>ssa gran<strong>de</strong> parceria e ainda<br />

discutir i<strong>de</strong>ias e possibilida<strong>de</strong>s<br />

para as marcas da <strong>Coamo</strong>. Tudo<br />

em um clima <strong>de</strong> muita <strong>de</strong>scontração<br />

e naturalida<strong>de</strong>. A campanha<br />

que está no ar é composta por<br />

filmes na TV, anúncios em revistas<br />

especializadas, re<strong>de</strong>s sociais<br />

e materiais impressos, aliou todo<br />

o carisma e simpatia da apresentadora,<br />

uma das personalida<strong>de</strong>s<br />

mais conhecidas da TV brasileira,<br />

à imagem da <strong>Coamo</strong>.<br />

Alcir José Goldoni, superinten<strong>de</strong>nte Comercial da<br />

<strong>Coamo</strong>, e a apresentadora Ana Maria Braga<br />

tiveram a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliar o sucesso da<br />

campanha institucional dos Alimentos <strong>Coamo</strong><br />

400 mil seguidores na fan page dos Alimentos <strong>Coamo</strong><br />

Há dois anos no ar, a fan<br />

page dos Alimentos <strong>Coamo</strong><br />

tem alcançado cada<br />

vez mais seguidores, completando<br />

no dia 17 <strong>de</strong> novembro a marca <strong>de</strong><br />

400 mil seguidores. As publicações<br />

<strong>de</strong> receitas são o gran<strong>de</strong> sucesso<br />

da página, e a recordista <strong>de</strong> <strong>2018</strong><br />

em visualizações, compartilhamentos,<br />

e impactos é a receita <strong>de</strong> Rosca<br />

<strong>de</strong> Frutas, que até hoje faz sucesso<br />

e já foi vista por mais <strong>de</strong> 880 mil<br />

pessoas em todo o Facebook, ultrapassando<br />

a barreira <strong>de</strong> fãs. Isso<br />

acontece pois quando um dos fãs<br />

dos Alimentos <strong>Coamo</strong> compartilha<br />

as postagens, todos os seus ami-<br />

gos também a visualizam. É o famoso<br />

‘boca-a-boca’, porém virtual.<br />

A fan page dos Alimentos<br />

<strong>Coamo</strong> criou um formato <strong>de</strong> comunicação<br />

direta com o consumidor.<br />

"As pessoas entram em contato para<br />

elogiar os Alimentos <strong>Coamo</strong>, agra<strong>de</strong>cer<br />

as receitas e esclarecer dúvidas<br />

sobre ingredientes", explica o<br />

superinten<strong>de</strong>nte Comercial da <strong>Coamo</strong>,<br />

Alcir José Goldoni.<br />

Para Goldoni, essa repercussão<br />

é o resultado <strong>de</strong> um trabalho<br />

sério e comprometido com o consumidor.<br />

"Os Alimentos <strong>Coamo</strong> têm<br />

origem, já que a matéria-prima é<br />

produzida pelos donos da <strong>Coamo</strong>. É<br />

um trabalho focado na produção da<br />

matéria-prima, no processo industrial<br />

e no cliente, para que chegue<br />

ao consumidor um produto diferenciado<br />

que é a nossa meta diária. O<br />

futuro da ativida<strong>de</strong> dos donos da<br />

<strong>Coamo</strong> está na satisfação diária dos<br />

consumidores", <strong>de</strong>staca.<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 13


SEMENTE PLANTADA<br />

para a colheita <strong>de</strong> gerações<br />

Em quase cinco décadas <strong>de</strong> fundação, <strong>Coamo</strong> garante soli<strong>de</strong>z e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

à milhares <strong>de</strong> famílias, sendo exemplo <strong>de</strong> administração cooperativista<br />

14 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


COAMO 48 ANOS<br />

Ermindo Appelt, <strong>de</strong> Mamborê (PR), é o cooperado número 08 da <strong>Coamo</strong>. Ele enaltece o trabalho do<br />

presi<strong>de</strong>nte José Aroldo Gallassini e o <strong>de</strong>senvolvimento proporcionado pela cooperativa em toda região<br />

Do sonho <strong>de</strong> 79 agricultores<br />

nasceu a maior cooperativa<br />

da América Latina.<br />

Fundada no dia 28 <strong>de</strong> novembro<br />

<strong>de</strong> 1970, a cooperativa surgiu da<br />

união <strong>de</strong> homens que buscavam<br />

o bem comum e o crescimento<br />

<strong>de</strong> todos. Alicerçada na soli<strong>de</strong>z, a<br />

<strong>Coamo</strong> enfrentou <strong>de</strong>safios e crises<br />

econômicas ao longo <strong>de</strong> quase<br />

cinco décadas <strong>de</strong> história, mantendo<br />

sempre a estabilida<strong>de</strong> econômica.<br />

Com 48 anos, cooperados,<br />

diretoria e funcionários formam o<br />

tripé que impulsiona o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e o progresso <strong>de</strong> <strong>de</strong>zenas<br />

<strong>de</strong> municípios e comunida<strong>de</strong>s nos<br />

Estados do Paraná, Santa Catarina<br />

e Mato Grosso do Sul, resultando<br />

em benefício direto para 120 mil<br />

pessoas.<br />

Expoente do movimento<br />

cooperativista paranaense e brasileiro,<br />

o engenheiro agrônomo<br />

José Aroldo Gallassini li<strong>de</strong>rou<br />

esse movimento implantado em<br />

Campo Mourão. Uma semente do<br />

cooperativismo, que é exemplo<br />

para todo o país e garante a sucessão<br />

no campo <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> famílias.<br />

Entusiasta pelo movimento,<br />

o i<strong>de</strong>alizador e presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong><br />

acredita que “o cooperativismo<br />

é a solução para os problemas<br />

e, também, para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da agricultura, motivados pela<br />

organização, união e participação<br />

dos cooperados.”<br />

Tanto é verda<strong>de</strong>ira a afirmação<br />

do i<strong>de</strong>alizador da <strong>Coamo</strong>,<br />

que cooperados pioneiros contam<br />

a mudança na trajetória <strong>de</strong><br />

suas vidas <strong>de</strong>pois da fundação da<br />

cooperativa. Um <strong>de</strong>les é Ermindo<br />

Appelt, <strong>de</strong> Mamborê (Centro-Oeste<br />

do Paraná). Ele tem 94 anos <strong>de</strong><br />

ida<strong>de</strong> e está aposentado. Com a<br />

memória mais afiada do que nunca,<br />

ele lembra como era o trabalho<br />

no campo antes da fundação<br />

da <strong>Coamo</strong> e como ficou <strong>de</strong>pois.<br />

“Com oito anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> eu já estava<br />

na roça. Antes era tudo muito<br />

difícil, com o serviço totalmente<br />

braçal. Depois, com a <strong>Coamo</strong> tudo<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 15


COAMO 48 ANOS<br />

ALICERÇADA NA SOLIDEZ, A COAMO ENFRENTOU DESAFIOS E CRISES ECONÔMICAS AO LONGO<br />

DE QUASE CINCO DÉCADAS DE HISTÓRIA, MANTENDO SEMPRE A ESTABILIDADE ECONÔMICA<br />

foi melhorando. A nossa união<br />

permitiu o nosso crescimento.”<br />

Gaúcho <strong>de</strong> Passo Fundo,<br />

Ermindo Appelt, chegou em<br />

Mamborê em 1953 e um ano <strong>de</strong>pois,<br />

montou um moinho <strong>de</strong> milho<br />

e, mais tar<strong>de</strong> um <strong>de</strong> trigo. Ele<br />

conta que tudo era muito difícil e<br />

não imaginava que anos mais tar<strong>de</strong><br />

essa realida<strong>de</strong> fosse ser alterada<br />

com a chegada <strong>de</strong> tecnologias.<br />

“Se não fosse a tecnologia a gente<br />

tinha até hoje só taquara e samambaia.<br />

Veio o calcário, a assistência<br />

técnica e as nossas terras começaram<br />

a produzir e muito bem”.<br />

Ao lembrar da trajetória da<br />

<strong>Coamo</strong>, ‘seo’ Ermindo, se enche<br />

<strong>de</strong> orgulho. “Nossa cooperativa é<br />

uma gran<strong>de</strong> coisa para nós. O Dr.<br />

Aroldo já me visitava por meio da<br />

assistência técnica que ele prestava<br />

como extensionista da Acarpa.<br />

Conversávamos muito sobre a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> se fundar uma cooperativa.<br />

Sempre fomos muito amigos.<br />

Não imaginávamos que nossa<br />

cooperativa iria chegar até aqui e<br />

ser a maior da América Latina.”<br />

Assim, da semente da<br />

cooperação plantada em 1970,<br />

‘seo’ Ermindo conseguiu garantir<br />

o sustento da família e a formação<br />

dos filhos. “Meus filhos continuaram<br />

na agricultura, e graças a<br />

Deus nunca nos faltou nada. Por<br />

isso, o cooperativismo representa<br />

muita coisa para mim. Posso dizer<br />

que foi e é um dos alicerces da minha<br />

vida. Sem contar, que é muito<br />

bom trabalhar com o mesmo presi<strong>de</strong>nte<br />

há tantos anos.”<br />

Ermindo Appelt ainda guarda as pedras do<br />

moinho <strong>de</strong> milho e <strong>de</strong> trigo montado por ele<br />

logo que chegou em Mamborê, em 1953<br />

16 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


COAMO 48 ANOS<br />

Propagador da cooperação<br />

Quando ficou <strong>de</strong>cidido fundar a <strong>Coamo</strong>, ‘seo’ Joaldo recebeu a função <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nador do Conselho Fiscal<br />

“Sentado na área da minha<br />

casa e tomando um cafezinho,<br />

o Dr. Aroldo me disse: vamos criar<br />

uma cooperativa em Campo Mourão”,<br />

essa foi a primeira lembrança<br />

do fundador Joaldo Saran quando<br />

perguntando sobre o início da história<br />

da <strong>Coamo</strong>. Na época ele era<br />

cafeicultor, e recebia assistência<br />

técnica <strong>de</strong> José Aroldo Gallassini,<br />

então extensionista da Acarpa.<br />

Quando ficou <strong>de</strong>cidido<br />

fundar a <strong>Coamo</strong>, ‘seo’ Joaldo recebeu<br />

a função <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nador<br />

do Conselho Fiscal e o doutor<br />

Aroldo, gerente geral. Ele ainda<br />

teve significativa participação na<br />

divulgação da cooperativa, trazendo<br />

sempre novos cooperados.<br />

“Por quatro anos o presi<strong>de</strong>nte da<br />

<strong>Coamo</strong>, foi o Fioravante, <strong>de</strong>pois<br />

ele faleceu e nós elegemos o Dr.<br />

Aroldo como presi<strong>de</strong>nte. Graças<br />

a Deus e a ele que a cooperativa<br />

está <strong>de</strong>sse tamanho. Acreditamos<br />

na administração <strong>de</strong>le e não erramos.”<br />

‘Seo’ Joaldo também foi<br />

um dos primeiros agricultores a<br />

adotar o plantio direto, sempre<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo o cooperativismo<br />

como o meio do homem do campo<br />

evoluir. “Nesses anos o cooperativismo<br />

trouxe para nós uma<br />

vasta difusão <strong>de</strong> tecnologias que<br />

permitiu nosso incremento <strong>de</strong><br />

produtivida<strong>de</strong>s. Sempre li muito<br />

sobre o sistema cooperativista e<br />

sempre digo aos meus amigos<br />

sem hesitar, se for pesquisar, a<br />

<strong>Coamo</strong> é a maior cooperativa singular<br />

do mundo e a nossa união<br />

garantiu o crescimento <strong>de</strong> todo o<br />

quadro social”, comemora.<br />

O cooperado Joaldo Saran,<br />

está aposentado há <strong>de</strong>z anos,<br />

mas ressalta que o trabalho no<br />

campo e o cooperativismo lhe garantiram<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Apesar<br />

da sauda<strong>de</strong> que ainda tem do<br />

campo, ele está tranquilo, pois<br />

participou <strong>de</strong> um dos maiores<br />

movimentos da história do Brasil.<br />

“Já formei meus três filhos, dois<br />

médicos e um advogado. Chegou<br />

a hora <strong>de</strong> <strong>de</strong>scansar e curtir a<br />

família. Estou realizado, afinal <strong>de</strong><br />

contas, fundamos a gran<strong>de</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />

Isso é um império.”<br />

Joaldo Saran é o cooperado nº 02 da <strong>Coamo</strong>. Ele está aposentado há <strong>de</strong>z anos, mas<br />

ressalta que o trabalho no campo e o cooperativismo lhe garantiram qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 17


COAMO 48 ANOS<br />

DNA<br />

cooperativista<br />

<strong>Coamo</strong> está presente na<br />

árvore genealógica da<br />

família Ferri, que conta com<br />

quatro fundadores e já tem a<br />

sucessão no campo garantida<br />

Fundador da <strong>Coamo</strong> Moacir Ferri com os<br />

filhos Moacir Juliano e João Luiz<br />

18 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


COAMO 48 ANOS<br />

I<strong>de</strong>lfonso Cesar Ferri (em memória), cooperado nº29<br />

pai <strong>de</strong> Benito I<strong>de</strong>lfonso Ferri (em memória), nº30 e<br />

Moacir José Ferri, nº31, <strong>de</strong> Campo Mourão (Centro-<br />

-Oeste do Paraná), estão entre os 79 fundadores da<br />

<strong>Coamo</strong>. Uma história que teve continuida<strong>de</strong> com os<br />

filhos frutos da família formada por cada irmão. Marcia<br />

e Mariângela são filhas <strong>de</strong> Benito e associadas, assim<br />

como seu irmão Benito Marcelo Ferri. Já Moacir Juliano<br />

e João Luiz são associados e filhos <strong>de</strong> Moacir Ferri.<br />

Mas, os laços cooperativistas dos Ferri não param por<br />

aí. I<strong>de</strong>lfonso era irmão <strong>de</strong> Fioravante João Ferri (em<br />

memória), que foi o primeiro presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong> e<br />

também um dos fundadores.<br />

‘Seo’ Moacir lembra que um filme passa em<br />

sua memória ao ver o memorial dos pioneiros – homenagem<br />

instalada na Se<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2000.<br />

“Quando começamos a <strong>Coamo</strong>, jamais imaginávamos<br />

que iriamos chegar a esse ponto. Nossa i<strong>de</strong>ia era criar<br />

uma cooperativa, para nos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r das empresas<br />

que estavam nos explorando tanto na venda quanto<br />

na compra dos nossos produtos. Como a i<strong>de</strong>ia era<br />

boa, muita gente se uniu a nós e acabamos criando<br />

uma empresa respeitada em todo o mundo.”<br />

O fundador ainda revela que outro aspecto<br />

que impulsionou a criação da cooperativa foi a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolver tecnologias. “Há 48 anos não<br />

sabíamos o que era um herbicida, um fungicida e tantas<br />

outras tecnologias que hoje fazem parte do nosso dia a<br />

dia. A <strong>Coamo</strong> então cumpre esse papel <strong>de</strong> nos orientar<br />

e trazer conhecimento em campo. Sem contar que ela<br />

nos traz tudo isso em primeira mão”, comemora Moacir.<br />

Para o associado, o cooperativismo é indispensável.<br />

“Quando houver cooperação. Quando um ser humano<br />

pensar em conjunto com outro, só po<strong>de</strong> ir para<br />

a frente. Não tem como dar errado. Des<strong>de</strong> o momento<br />

que penso pelo bem <strong>de</strong> uma pessoa e essa pessoa pensa<br />

no meu bem, mesmo que não nos conheçamos, só<br />

po<strong>de</strong> dar certo. Não existe outra maneira melhor. É um<br />

conjunto <strong>de</strong> esforços visando o bem comum.”<br />

Ele ainda ressalta o que fez a diferença na<br />

construção <strong>de</strong>ssa história. “A <strong>Coamo</strong> tem sucesso,<br />

em primeiro lugar <strong>de</strong>vido a serieda<strong>de</strong> das pessoas<br />

que a administram. Se não houver pessoas com alto<br />

nível <strong>de</strong> serieda<strong>de</strong> e consciência nada vai para frente.<br />

Hoje, existe muita gente que só quer levar vantagem,<br />

e isso não po<strong>de</strong> existir. Tem que ter cooperação,<br />

dignida<strong>de</strong> e respeito.”<br />

Seguindo a tradição do pai<br />

O engenheiro agrônomo João Luiz Ferri é<br />

um dos filhos do associado pioneiro Moacir José<br />

Ferri. Ele tem orgulho dos agricultores que assinaram<br />

a ata da fundação em 28 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong><br />

1970. “Quando vejo este monumento aos Pioneiros<br />

sinto muito orgulho, porque o pessoal acreditou<br />

numa i<strong>de</strong>ia, num sonho que virou realida<strong>de</strong><br />

após muito trabalho, <strong>de</strong>dicação e parceria.”<br />

Ele é associado há 20 anos e está suce<strong>de</strong>ndo<br />

o pai na ativida<strong>de</strong>. "O assunto 'agricultura' sempre<br />

esteve no cardápio do café da manhã, almoço e<br />

jantar da casa. Vi a <strong>Coamo</strong> crescer, pois ela faz parte<br />

do meu dia a dia.” Completando 48 anos <strong>de</strong> fundação,<br />

para o associado, a cooperativa chega muito<br />

forte e prestando bons serviços para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

dos produtores. “A <strong>Coamo</strong> tem projetos e<br />

i<strong>de</strong>ias interessantes, uma parceria forte com os associados,<br />

que tem uma participação direta nas <strong>de</strong>cisões.<br />

Os funcionários são <strong>de</strong>dicados e fazem tudo<br />

muito bem feito. A diretoria faz uma administração<br />

profissional e os associados estão firmes diariamente.<br />

Então, todo mundo puxa do mesmo lado e este<br />

sucesso é consequência”, analisa.<br />

Moacir Juliano Ferri enaltece a estrutura<br />

da <strong>Coamo</strong>, sendo referência para o país. “Tudo<br />

começou na comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Campina do Amoral,<br />

atual distrito <strong>de</strong> Luiziana. Passa um filme, foi uma<br />

coisa muito bonita e dá um orgulho danado. A<br />

<strong>Coamo</strong> está estruturada e projetada para o futuro<br />

como uma empresa sólida que só tem tendência<br />

para crescer, com o propósito <strong>de</strong> repassar sempre<br />

novas tecnologias para que possamos produzir<br />

sempre mais e melhor”, conta o associado.<br />

Monumento aos pioneiros, inaugurado em comemoração aos 30 anos da <strong>Coamo</strong><br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 19


<strong>Coamo</strong>.<br />

Desejamos muitos anos <strong>de</strong> vida. E no que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r<br />

da Mosaic, eles vão ser bastante produtivos.<br />

A Mosaic se orgulha <strong>de</strong>, com nosso portfólio <strong>de</strong> produtos premium, contribuir<br />

para 20 que REVISTA os aniversários <strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong><br />

da <strong>Coamo</strong> sejam cada vez mais produtivos.<br />

www.mosaicco.com.br


COAMO 48 ANOS<br />

União que vem do berço<br />

Marcia e Mariângela Ferri,<br />

também <strong>de</strong> Campo Mourão, filhas<br />

do fundador Benito I<strong>de</strong>lfonso Ferri,<br />

se orgulham <strong>de</strong> ter no sangue,<br />

os genes da cooperação. Des<strong>de</strong><br />

crianças lembram do pai falando<br />

com entusiasmo sobre a <strong>Coamo</strong>.<br />

“Meu pai era um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>fensor<br />

da <strong>Coamo</strong>. Não é à toa que nos<br />

mantemos nela. Ele acreditava que<br />

essa era a única forma <strong>de</strong> crescer,<br />

e dizia para ficarmos todos juntos,<br />

pois juntos seriamos mais forte. A<br />

mesma i<strong>de</strong>ia que ele tinha <strong>de</strong> família,<br />

ele tinha para a <strong>Coamo</strong> e,<br />

verda<strong>de</strong>iramente, vemos a <strong>Coamo</strong><br />

como família, pois acabamos nos<br />

tornando mais fortes juntos.”<br />

Cooperando <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

casa e vendo a extensão da família<br />

na sua cooperativa, as irmãs<br />

Ferri sentem-se honradas ao ver<br />

o nome do pai registrado na história.<br />

“Tudo que nossa família é e<br />

tudo que participamos vindo com<br />

nossos pais aqui <strong>de</strong>s<strong>de</strong> criança, representam<br />

um histórico e conjunto<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias que se formaram lá no<br />

início e que agora se mantém, e<br />

sabemos que terá continuida<strong>de</strong>”,<br />

afirma Marcia Ferri.<br />

Para Mariângela, o senti-<br />

Mariângela e Marcia Ferri, filhas do fundador Benito I<strong>de</strong>lfonso Ferri, se orgulham <strong>de</strong> ter no sangue, os genes<br />

da cooperação<br />

Benito I<strong>de</strong>lfonso Ferri durante evento <strong>de</strong><br />

comemoração dos 25 anos da <strong>Coamo</strong><br />

mento é o mesmo, ao ver a <strong>Coamo</strong><br />

completando 48 anos <strong>de</strong> fundação,<br />

com soli<strong>de</strong>z. “Me sinto gratificada<br />

<strong>de</strong> estar aqui por mais um ano comemorando<br />

a fundação da <strong>Coamo</strong>.<br />

Esperamos que a nossa cooperativa<br />

se perpetue na história.”<br />

Com verda<strong>de</strong>iro amor pela<br />

cooperativa, Marcia abandonou<br />

a profissão <strong>de</strong> psicóloga para ser<br />

agricultora. “Acaba sendo a história<br />

da gente. A história da <strong>Coamo</strong><br />

se mistura com a nossa. Eu mesmo<br />

não sendo do ramo, vendo o exemplo<br />

do meu pai, acabei optando<br />

por continuar essa história. Estou<br />

muito feliz com minha escolha. O<br />

cooperativismo é um ótimo mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> gestão. É a forma <strong>de</strong> fazer todos<br />

pensarem em todos e, por isso,<br />

escolhi continuar o que nosso pai<br />

ajudou a começar.”<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 21


Família Gehring, <strong>de</strong> Roncador (PR), já está na terceira<br />

geração <strong>de</strong> sucessão no campo e <strong>de</strong> associados à <strong>Coamo</strong>.<br />

Na imagem, o cooperado Alceu com o filho Alcion<br />

Presente e futuro<br />

LADO A LADO<br />

A<br />

<strong>Coamo</strong> é uma cooperativa<br />

que valoriza o trabalho<br />

em família e, sobretudo,<br />

a continuida<strong>de</strong> na sucessão dos<br />

negócios e dos valores preconizados<br />

pela filosofia cooperativista. É<br />

cada vez maior o número <strong>de</strong> jovens<br />

que assumem o comando das proprieda<strong>de</strong>s<br />

rurais, reforçando a tradição<br />

que é passada por diversas<br />

gerações. Para isso, um dos fatores<br />

que contribuem, é a rotina <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>ntro da proprieda<strong>de</strong>,<br />

que constitui os melhores e <strong>de</strong>cisivos<br />

exemplos para a formação da<br />

carreira <strong>de</strong>stes jovens produtores<br />

rurais. Fatores que ajudam na construção<br />

até da personalida<strong>de</strong> dos<br />

sucessores, mantendo o cordão<br />

umbilical sempre ligado às origens<br />

familiares.<br />

É o que ocorre na família<br />

Gehring, <strong>de</strong> Roncador (Centro<br />

do Paraná), que já está na terceira<br />

geração <strong>de</strong> sucessão. Des<strong>de</strong> muito<br />

cedo, todos têm um forte contato<br />

com o trabalho no campo. Alcion,<br />

filho <strong>de</strong> Alceu e neto <strong>de</strong> Bruno<br />

Gehring (já falecido), cooperado nº<br />

21, um dos fundadores da <strong>Coamo</strong><br />

e tradicional cooperado daquela<br />

região, é a bola da vez na linha sucessora<br />

da família. Aos 40 anos <strong>de</strong><br />

ida<strong>de</strong> ele é hoje o braço direito do<br />

pai e se orgulha ao lembrar-se do<br />

exemplo e o legado <strong>de</strong>ixado pelo<br />

avô, sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> valorizar os<br />

ensinamentos do patriarca. “Para<br />

mim é motivo <strong>de</strong> muito orgulho,<br />

até porque meu avô participou<br />

da fundação da cooperativa e<br />

essa história teve uma sequência<br />

com meu pai e, agora, comigo. A<br />

<strong>Coamo</strong> fez uma diferença muita<br />

gran<strong>de</strong> na história <strong>de</strong> toda família,<br />

transformando as dificulda<strong>de</strong>s do<br />

começo em tranquilida<strong>de</strong> nos dias<br />

22 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


COAMO 48 ANOS<br />

<strong>de</strong> hoje. Então, graças a <strong>Coamo</strong>, ao trabalho do meu<br />

avô e do meu pai, a nossa geração está pegando tudo<br />

mais pronto, mas, vamos continuar trabalhando para<br />

melhorar mais”, valoriza Alcion.<br />

Com as lembranças do avô ainda muito vivas<br />

na memória, o cooperado agra<strong>de</strong>ce o aprendizado proporcionado<br />

pela família ao longo da vida. “Aprendi muito.<br />

Posso não ter convivido tanto no trabalho junto com<br />

ele [avô], mas nas nossas conversas e reuniões <strong>de</strong> família<br />

aprendi, e ainda aprendo com as lições que meu pai repassa.<br />

Uma <strong>de</strong>ssas lições <strong>de</strong>ixadas é que sem o trabalho,<br />

sem muito esforço, não vamos colher nada fácil”, lembra.<br />

Para Alcion, a <strong>Coamo</strong> foi fundamental no processo<br />

<strong>de</strong> crescimento dos cooperados. “Sem a cooperativa<br />

não seriamos nada. Aqui em Roncador ela está<br />

completando 40 anos, justamente a minha ida<strong>de</strong>, e<br />

cresceu junto com a gente. Posso afirmar que a <strong>Coamo</strong><br />

trouxe muito <strong>de</strong>senvolvimento para todos a sua<br />

volta em todas as regiões que atua”, afirma.<br />

A história dos Gehring reafirma que, as lições<br />

recebidas dos pais, pelos filhos, é a base para o sucesso<br />

<strong>de</strong> uma boa sucessão familiar. Na opinião do gerente<br />

da unida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> em Roncador, Marlon Costa,<br />

quanto mais cedo houver esta interação, melhor será a<br />

gestão dos negócios pelo sucessor da família. “É uma<br />

filosofia que se mantém <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fundação da cooperativa,<br />

<strong>de</strong> geração em geração, na maioria das famílias<br />

associadas à <strong>Coamo</strong>. Este espírito e valores do cooperativismo<br />

até hoje são muito fortes, e isso faz com que<br />

tanto o cooperado como a cooperativa cresçam juntos<br />

com soli<strong>de</strong>z”, observa.<br />

São muitos os exemplos na área <strong>de</strong> ação da<br />

<strong>Coamo</strong> nesses 48 anos <strong>de</strong> bons serviços prestados ao<br />

quadro social, alicerçados pela confiança, parceria, honestida<strong>de</strong><br />

e profissionalismo. A cooperativa participa<br />

direta e indiretamente, na formação e construção <strong>de</strong><br />

produtores e sucessores, preparados para alimentar o<br />

mundo, disponibilizando estrutura, tecnologia, assistência<br />

técnica e crédito, <strong>de</strong>ntre outros serviços importantes<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento no campo.<br />

Bruno Gehring (em memória), fundador nº 21, nas comemorações <strong>de</strong> 25 anos da <strong>Coamo</strong><br />

Marlon Costa, gerente em Roncador, Alceu e Alcion Gehring, cooperados,<br />

e Danilo Rodrigues Alvez, engenheiro agrônomo da <strong>Coamo</strong><br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 23


CREDICOAMO<br />

Diretoria, cooperados e funcionários da Credicoamo participaram <strong>de</strong> um evento alusivo ao aniversário da cooperativa <strong>de</strong> créditos dos associados da <strong>Coamo</strong><br />

29 anos <strong>de</strong> apoio creditício<br />

Credicoamo comemora mais um aniversário com bons resultados para o quadro social<br />

Des<strong>de</strong> o dia 17 <strong>de</strong> novembro<br />

<strong>de</strong> 1989, a Credicoamo<br />

é referência no<br />

segmento e está entre as mais importantes<br />

cooperativas <strong>de</strong> crédito<br />

do país. Do grupo <strong>de</strong> 29 produtores<br />

rurais fundadores, hoje são<br />

mais <strong>de</strong> 19 mil cooperados distribuídos<br />

nos Estados do Paraná,<br />

Santa Catarina e Mato Grosso do<br />

Sul. A Credicoamo aten<strong>de</strong> a necessida<strong>de</strong><br />

do homem do campo,<br />

por meio <strong>de</strong> linhas exclusivas <strong>de</strong><br />

produtos e serviços, assim como,<br />

disponibiliza assistência financeira<br />

com o propósito <strong>de</strong> fomentar a<br />

produção, a produtivida<strong>de</strong> e a comercialização.<br />

Com tantos motivos para<br />

comemorar, no dia 16 <strong>de</strong> novembro<br />

foram realizados em todas as<br />

agências da cooperativa, eventos<br />

para comemorar os 29 anos da<br />

cooperativa <strong>de</strong> crédito dos associados<br />

da <strong>Coamo</strong>. Em Campo<br />

Mourão, o evento contou com a<br />

presença da diretoria da Credicoamo<br />

e <strong>de</strong> alguns dos sócios fundadores.<br />

Para os associados, a Credicoamo<br />

tem sido um importante<br />

apoio na hora <strong>de</strong> realizar transações<br />

financeiras. Heitor Homiak,<br />

<strong>de</strong> Campo Mourão, está contente<br />

com o trabalho da cooperativa<br />

<strong>de</strong> crédito. “É uma gran<strong>de</strong> alegria<br />

participar e ser sócio da Credicoamo.<br />

Inclusive, participar <strong>de</strong> um<br />

momento <strong>de</strong> comemoração como<br />

esse é satisfatório, pois temos uma<br />

cooperativa preocupada em dar<br />

todo o suporte que o homem do<br />

campo precisa.”<br />

Outro cooperado que estava<br />

presente no evento em Campo<br />

Mourão, é Rogério <strong>de</strong> Mello Barth.<br />

Para ele, o fato da Credicoamo ser<br />

uma cooperativa <strong>de</strong> crédito dos associados<br />

da <strong>Coamo</strong> facilita muito o<br />

dia a dia. “Ficamos em casa. Isso faz<br />

toda a diferença na hora <strong>de</strong> aprovar<br />

um projeto agronômico, por<br />

exemplo, pois não tem burocracia.<br />

Sem contar que as taxas são menores<br />

e temos tudo que um banco<br />

po<strong>de</strong> oferecer”, ressalta.<br />

Entre as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque<br />

promovidas em <strong>2018</strong> estão<br />

as instalações <strong>de</strong> cinco novas<br />

agências em Itaporã e Sidrolândia,<br />

no Mato Grosso do Sul, e Brasilândia<br />

do Sul, Cândido <strong>de</strong> Abreu e<br />

Dez <strong>de</strong> Maio, no Paraná. Além disso,<br />

neste ano, os associados passaram<br />

a usufruir dos benefícios do<br />

Internet Banking, que representa<br />

mais inovação tecnológica. O<br />

gerente Administrativo José Luiz<br />

Conrado, <strong>de</strong>staca os benefícios<br />

24 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


CREDICOAMO<br />

José Aroldo Gallassini, presi<strong>de</strong>nte da Credicoamo: “É o quadro social que faz que a Credicoamo seja cada vez mais forte, sólida e admirada."<br />

<strong>de</strong>sta ferramenta. "Os associados<br />

por meio <strong>de</strong> aplicativo <strong>de</strong><br />

celular ou do site da Credicoamo,<br />

estão realizando transações<br />

financeiras <strong>de</strong> um jeito mais simples,<br />

prático e seguro."<br />

Segundo Dilmar Peri,<br />

gerente <strong>de</strong> Produção, no ano<br />

passado a Credicoamo contratou<br />

mais <strong>de</strong> 10% da área agrícola<br />

<strong>de</strong> soja no Brasil, possibilitando<br />

acesso dos cooperados<br />

aos recursos da subvenção<br />

ao prêmio do seguro agrícola.<br />

"No Paraná, a Credicoamo<br />

respon<strong>de</strong> por cerca <strong>de</strong> 25% da<br />

área segurada, em Santa Catarina<br />

por mais <strong>de</strong> 17% e no Mato<br />

Grosso do Sul por mais <strong>de</strong> 16%<br />

da área segurada. Com agilida<strong>de</strong><br />

no atendimento às <strong>de</strong>mandas<br />

<strong>de</strong> custeio, na safra<br />

<strong>2018</strong>/2019, mais <strong>de</strong> 95% dos<br />

recursos foram contratados e<br />

liberados até 30/09/<strong>2018</strong>, com<br />

simplificação e <strong>de</strong>sburocratização<br />

nas ativida<strong>de</strong>s."<br />

Para o presi<strong>de</strong>nte da<br />

Credicoamo, José Aroldo Gallassini,<br />

esses resultados são frutos<br />

da participação dos associados.<br />

“É o quadro social que faz<br />

que a Credicoamo seja cada vez<br />

mais forte, sólida e admirada.<br />

Com agilida<strong>de</strong> nas transações,<br />

taxas acessíveis e sem burocracia<br />

é a melhor opção para<br />

o associado da <strong>Coamo</strong> realizar<br />

operações financeiras", informa<br />

Gallassini.<br />

Gallassini ainda comemora<br />

ressaltando que, "A Credicoamo<br />

é referência e está<br />

entre as mais importantes do<br />

país. Des<strong>de</strong> sua fundação em<br />

1989, ela vem cumprindo seus<br />

objetivos e disponibilizando diversos<br />

produtos e serviços para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento dos seus<br />

cooperados. A Credicoamo é a<br />

principal instituição financiadora<br />

<strong>de</strong> custeios e investimentos e<br />

está entre as 20 maiores instituições<br />

financeiras operadoras do<br />

crédito rural no Brasil, conforme<br />

ranking do Banco Central.”<br />

Rogério Barth diz que o fato da Credicoamo<br />

ser uma cooperativa <strong>de</strong> crédito dos associados<br />

da <strong>Coamo</strong> facilita muito o dia a dia<br />

Heitor Homiak: “É uma gran<strong>de</strong> alegria<br />

participar e ser sócio da Credicoamo."<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 25


26 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


CREDICOAMO<br />

Comemoração dos 29 anos<br />

da Credicoamo em imagens<br />

Ivaiporã (PR) Mamborê (PR) Bragantina (PR)<br />

Boa Esperança (PR)<br />

Laguna Carapã (MS)<br />

Palmas (PR)<br />

Goioerê (PR)<br />

Nova Santa Rosa (PR)<br />

Itaporã (MS)<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 27


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<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


CREDICOAMO<br />

Atuação das associadas é<br />

focada na gestão dos negócios<br />

A<br />

associada e empreen<strong>de</strong>dora Cristiane<br />

Aparecida dos Santos Manosso,<br />

em Mangueirinha, no Sudoeste do<br />

Paraná, é associada na Credicoamo <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2008, <strong>de</strong> uma família tradicional no cooperativismo,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a chegada da <strong>Coamo</strong> há 39<br />

anos na região, no início <strong>de</strong> 1979. Ela é associada<br />

ao lado do pai Antonio Clóvis, da mãe<br />

Gessi e <strong>de</strong> dois irmãos.<br />

Com novo foco na sua experiência administrativa<br />

– atuava na administração <strong>de</strong> um<br />

supermercado na cida<strong>de</strong>, ela está mais perto<br />

dos seus negócios e administra uma área<br />

<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 500 hectares <strong>de</strong> terras. “Esta nova<br />

fase da minha vida está bastante interessante,<br />

sai da ativida<strong>de</strong> comercial e agora estou<br />

na ativida<strong>de</strong> agrícola. Estou apren<strong>de</strong>ndo bastante,<br />

muitas coisas novas. Vejo que cada vez<br />

mais precisamos usar tecnologia mo<strong>de</strong>rna<br />

para produzir melhor.”<br />

"O papel da mulher no ambiente<br />

agropecuário está mais do lado da gestão da<br />

proprieda<strong>de</strong>, tenho visto que tem aumentado<br />

muito a participação <strong>de</strong> associadas na administração<br />

dos negócios”, diz a associada.<br />

Cristiane está satisfeita com os serviços<br />

oferecidos pela cooperativa <strong>de</strong> crédito<br />

dos associados da <strong>Coamo</strong>, on<strong>de</strong> usufruí <strong>de</strong><br />

financiamentos, custeios, seguro agrícola, seguro<br />

<strong>de</strong> bens, e usa a conta corrente por meio<br />

do Internet Banking ou Mobile para realizar<br />

movimentações financeiras com mais segurança<br />

e comodida<strong>de</strong>.<br />

“A Credicoamo está evoluindo sempre<br />

e tudo está ficando mais fácil para nós. Po<strong>de</strong>mos<br />

fazer os nossos negócios <strong>de</strong> casa, pelo<br />

smartphone e computador. O Internet Banking<br />

era o que estava faltando. Estava porque chegou<br />

em boa hora e po<strong>de</strong>mos fazer os nossos<br />

negócios em qualquer hora do dia ou da noite,<br />

na cida<strong>de</strong> ou na lavoura.”<br />

Para a associada o cooperativismo traz<br />

muitos benefícios não só para os associados,<br />

mas para a comunida<strong>de</strong> também. “A <strong>Coamo</strong><br />

e a Credicoamo estão fazendo investimentos<br />

para melhorar o atendimento das nossas necessida<strong>de</strong>s<br />

e os associados respon<strong>de</strong>m com<br />

maiores volumes e participação. Se a cooperativa<br />

vai bem, o cooperado vai bem e a economia<br />

das cida<strong>de</strong>s muito bem também.”<br />

Cristiane Manosso faz um convite às<br />

colegas associadas e esposas <strong>de</strong> associados.<br />

“A nossa participação faz a diferença, é muito<br />

bom ver a mulher participando mais <strong>de</strong>sse<br />

processo do cooperativismo. Ela é muito importante<br />

e <strong>de</strong>ve participar cada vez mais.”<br />

Cristiane Manosso, com o gerente da Agência da<br />

Credicoamo em Mangueirinha, Cleu<strong>de</strong>mar dos Santos<br />

Para a associada o cooperativismo traz muitos benefícios<br />

não só para os associados, mas para a comunida<strong>de</strong> também<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 29


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30 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


CREDICOAMO<br />

INTERNET BANKING/MOBILE<br />

traz comodida<strong>de</strong> e segurança aos cooperados<br />

A<br />

presença da associada Judite Griss<br />

no dia da dia da <strong>Coamo</strong> em São<br />

Domingos, Santa Catarina, reflete<br />

uma mistura <strong>de</strong> sauda<strong>de</strong> e felicida<strong>de</strong>. Isto<br />

porque ela se lembra do pai Agostinho e<br />

do tio Germano, que edificaram o primeiro<br />

armazém e silo no mesmo local on<strong>de</strong> hoje<br />

está o entreposto da <strong>Coamo</strong>. “Realmente,<br />

este ambiente traz muitas recordações,<br />

eles eram associados há muitos anos e<br />

essa tradição foi passada para os filhos.<br />

Meu pai e meu tio eram empreen<strong>de</strong>dores<br />

e tinham visão. Depois, ven<strong>de</strong>ram as instalações<br />

para a cooperativa Cooperal, que<br />

mais tar<strong>de</strong> atravessou problemas e foi em<br />

1984 incorporada pela <strong>Coamo</strong>”, conta a<br />

associada.<br />

Judite, que exerce também a<br />

profissão <strong>de</strong> advogada, há poucos anos<br />

passou a olhar a agricultura com amor e<br />

<strong>de</strong>dicação. Ela faz questão <strong>de</strong> elogiar o trabalho<br />

da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo. “É uma<br />

gran<strong>de</strong> satisfação ser associada <strong>de</strong>ssas<br />

duas cooperativas e ser muito bem atendida<br />

em um mesmo lugar, por meio <strong>de</strong> bons<br />

serviços."<br />

A associada é usuária do aplicativo<br />

Internet Banking/Mobile, uma das novida<strong>de</strong>s<br />

da Credicoamo em <strong>2018</strong> para seus associados<br />

e lembra que seu irmão Gilberto<br />

Griss foi um dos primeiros a experimentar<br />

a tecnologia. “Este programa é uma gran<strong>de</strong><br />

ferramenta, um avanço e nos permite<br />

fazer várias operações <strong>de</strong> qualquer lugar<br />

on<strong>de</strong> estivermos, da nossa casa ou da nossa<br />

lavoura. Ele facilita e agiliza a nossa vida,<br />

com economia <strong>de</strong> tempo e hoje tempo é<br />

ouro, sem contar a liberda<strong>de</strong> e a flexibilida<strong>de</strong><br />

que temos. Veio agregar muito, é<br />

bem fácil <strong>de</strong> usar e po<strong>de</strong> ser apreendido<br />

facilmente. Po<strong>de</strong>mos com tranquilida<strong>de</strong><br />

realizar consultas e transações com segurança,<br />

facilida<strong>de</strong>, tudo <strong>de</strong> maneira bem,<br />

prática", avalia a cooperada.<br />

A agência da Credicoamo foi instalada<br />

em São Domingos em 2010 e segundo<br />

a associada veio facilitar e muito a<br />

vida dos cooperados. “A Credicoamo é um<br />

avanço. Representa a tecnologia, e todos<br />

nós ganhamos. Percebemos que ela busca<br />

inovação e entrega para nós o que há <strong>de</strong><br />

melhor e <strong>de</strong> mais mo<strong>de</strong>rno com benefícios<br />

para que tenhamos lucro e satisfação.”<br />

Associada Judite Griss é usuária do aplicativo Internet<br />

Banking, uma das novida<strong>de</strong>s da Credicoamo em <strong>2018</strong><br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 31


32 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


ENTREPOSTOS 40 ANOS<br />

Unida<strong>de</strong>s <strong>Coamo</strong><br />

QUARENTENÁRIAS<br />

Entrepostos da cooperativa em Boa Esperança, Iretama, Palmas, Peabiru<br />

e Roncador, no Paraná, estão completando em <strong>2018</strong>, 40 anos <strong>de</strong> fundação<br />

Cinco Unida<strong>de</strong>s da <strong>Coamo</strong><br />

estão completando 40<br />

anos <strong>de</strong> fundação. Boa Esperança,<br />

Iretama, Palmas, Peabiru<br />

e Roncador foram implantadas em<br />

1978. Um importante período da<br />

cooperativa, on<strong>de</strong> foram realizados<br />

novos investimentos e expansão<br />

na região <strong>de</strong> Campo Mourão<br />

e no Sul do Paraná, com o objetivo<br />

<strong>de</strong> produzir sementes.<br />

Com a filosofia do cooperativismo<br />

<strong>de</strong> resultado da <strong>Coamo</strong>,<br />

os associados se <strong>de</strong>senvolveram,<br />

a cooperativa evoluiu e se consolidou<br />

com importante ferramenta<br />

para a difusão da tecnologia melhorando<br />

o sistema produtivo e<br />

aumentando a produção a cada<br />

ano. O associado João Pietrowski,<br />

<strong>de</strong> Boa Esperança (Centro-Oeste<br />

do Paraná), chegou no município<br />

em 1952 e já é cooperado há mais<br />

<strong>de</strong> 40 anos, antes mesmo da instalação<br />

na cida<strong>de</strong>. “Trabalhava com<br />

a <strong>Coamo</strong> ainda quando estava em<br />

Campo Mourão. Era um período<br />

bem diferente e a agricultura era<br />

na base da fase da lua e da superstição,<br />

seguindo almanaques.”<br />

Da criação <strong>de</strong> suínos, passando<br />

pelas culturas do café, arroz,<br />

amendoim, feijão, algodão, extração<br />

<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras e, atualmente, o<br />

cultivo <strong>de</strong> grãos, como soja, trigo<br />

e milho, os agricultores <strong>de</strong>monstraram<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> absorção <strong>de</strong><br />

tecnologia. “A <strong>Coamo</strong> começou a<br />

trazer novida<strong>de</strong>s e vimos que esse<br />

Associado João Pietrowski, <strong>de</strong> Boa Esperança,<br />

chegou no município em 1952 e<br />

já é cooperado há mais <strong>de</strong> 40 anos, antes<br />

mesmo da instalação na cida<strong>de</strong><br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 33


ENTREPOSTOS 40 ANOS<br />

COAMO AJUDOU A DESENVOLVER A REGIÃO E OS AGRICULTORES PASSARAM A<br />

TER TECNOLOGIAS E SISTEMAS QUE IMPULSIONARAM A PRODUÇÃO AGRÍCOLA<br />

era o caminho, sem falar que passamos<br />

a ter segurança para comercializar<br />

a nossa produção.”<br />

Pietrowski recorda que a<br />

cooperativa começou em Boa Esperança<br />

em uma estrutura acanhada<br />

e que ano a ano o entreposto<br />

foi recebendo investimento e evoluindo<br />

no atendimento. Com 82<br />

anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, ele passou a administração<br />

dos negócios para filhos<br />

e netos. “Foi um período <strong>de</strong> muita<br />

<strong>de</strong>dicação, <strong>de</strong> <strong>de</strong>stocas para abrir<br />

as áreas, erosão no solo, lavouras<br />

cheias <strong>de</strong> matos e sem muitas opções<br />

<strong>de</strong> controle. Na época colhíamos<br />

<strong>de</strong> 80 a 100 sacas <strong>de</strong> soja.<br />

Hoje a produtivida<strong>de</strong> chega a 190<br />

sacas e temos mais comodida<strong>de</strong><br />

para trabalhar. Sou cooperativista,<br />

minha família e o povo <strong>de</strong> Boa Esperança<br />

tem muito a agra<strong>de</strong>cer à<br />

diretoria da <strong>Coamo</strong>.”<br />

Mais do que a filosofia<br />

cooperativista, a <strong>Coamo</strong> levou<br />

Vista aérea da Unida<strong>de</strong> da<br />

<strong>Coamo</strong>, em Boa Esperança<br />

para Boa Esperança instalações<br />

físicas constituídas por máquinas<br />

e armazéns, assistência técnica,<br />

administrativa e financeira.<br />

A presença cooperativa em Boa<br />

Esperança <strong>de</strong>u-se no ano <strong>de</strong><br />

1978 com a aquisição do Entreposto<br />

junto à Coagel. Na época,<br />

a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenagem<br />

era <strong>de</strong> 500 mil sacas <strong>de</strong> produtos<br />

a granel e um pequeno escritório<br />

administrativo. Foram<br />

investidos gran<strong>de</strong>s volumes <strong>de</strong><br />

recursos na estrutura física da<br />

unida<strong>de</strong> e chegou a implantação<br />

<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> máquinas<br />

com cinco <strong>de</strong>scaroçadores<br />

<strong>de</strong> algodão com capacida<strong>de</strong><br />

para produzir 90 fardos por dia,<br />

a qual só foi <strong>de</strong>sativada em face<br />

da política <strong>de</strong> importação <strong>de</strong><br />

matéria-prima têxtil implantada<br />

pelos ministros da Agricultura, e<br />

Indústria e Comércio da época.<br />

Iretama: evolução sentida no campo<br />

Entreposto em Iretama está passando por reformas,<br />

com um novo escritório e lojas <strong>de</strong> peças<br />

Des<strong>de</strong> a instalação da<br />

<strong>Coamo</strong> em Iretama (Centro-Oeste<br />

do Paraná), em 1978, os produtores<br />

rurais contam com um sistema<br />

cooperativista sólido promovendo<br />

o bem-estar <strong>de</strong> associados e<br />

proporcionando uma assistência<br />

técnica agronômica e veterinária<br />

<strong>de</strong> alta tecnologia. Durante essas<br />

quatro décadas, a cooperativa jamais<br />

abandonou os cooperados<br />

em todos os ciclos da agricultura<br />

34 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


ENTREPOSTOS 40 ANOS<br />

Associado Carlos Luiz Oliva acompanhou<br />

toda a evolução da cooperativa no município.<br />

<strong>de</strong> região.<br />

Do café ao soja e milho mecanizados,<br />

passando pelo algodão, amendoim,<br />

arroz e feijão. A <strong>Coamo</strong> recebeu algodão<br />

<strong>de</strong> 1978 a 2008, sendo o maior recebimento<br />

na safra 84/85 com 651.800 arrobas<br />

e tinha no município uma máquina <strong>de</strong><br />

beneficiamento <strong>de</strong> algodão. As primeiras<br />

instalações foram em um armazém <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira<br />

alugado, na Avenida Pio XII, ao lado<br />

da Igreja. A cooperativa chegou a receber<br />

algodão em carro <strong>de</strong> boi e pesado em balança<br />

manual.<br />

Atualmente, a agricultura está<br />

consolidada com a produção <strong>de</strong> soja, milho<br />

e trigo. O associado Carlos Luiz Oliva<br />

acompanhou toda a evolução da cooperativa<br />

no município. Ele é cooperado há 30<br />

anos, mas trabalha com a <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

chegada no município, já que antes atuava<br />

com o pai que se associou logo após a<br />

instalação. “A <strong>Coamo</strong> significa muito para<br />

nós. Oferece tudo o que precisamos <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

o plantio até a colheita. A cooperativa<br />

ajudou a <strong>de</strong>senvolver a região, trazendo<br />

novas tecnologias e segurança para comercializar<br />

a nossa produção.”<br />

O pai <strong>de</strong>le Luiz Oliva, veio <strong>de</strong> Santa<br />

Catarina para Iretama em 1953, para trabalhar<br />

com café. Na época, levava a produção<br />

para Maringá. “A situação começou a melhorar<br />

após a chegada da <strong>Coamo</strong>. A assistência<br />

técnica foi importante na difusão <strong>de</strong> novas<br />

tecnologias. Antes, cada um fazia <strong>de</strong> um jeito<br />

sem muito conhecimento para plantar e<br />

colher. A produtivida<strong>de</strong> que era <strong>de</strong> 70 a 80<br />

sacas hoje chega a 150 e 160 sacas.”<br />

Está sendo construído em Iretama<br />

um novo escritório administrativo e<br />

uma loja <strong>de</strong> peças. “É um presente que<br />

estamos recebendo. Com a nova loja não<br />

precisaremos ficar correndo atrás <strong>de</strong> peças<br />

em outras cida<strong>de</strong>s. Teremos tudo em<br />

um só local. Já é tradição irmos sempre na<br />

<strong>Coamo</strong> nem que seja para tomar um café e<br />

conversar com os colegas. Agora teremos<br />

ainda mais comodida<strong>de</strong>.”<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 35


ENTREPOSTOS 40 ANOS<br />

Família Pernlochner: <strong>Coamo</strong> transformou<br />

a região <strong>de</strong> Palmas nesses 40 anos<br />

Irmãos José e Paul Pernlochner com o gerente em Palmas, Evandro Câmara<br />

A família Pernlochner é uma das primeiras da<br />

região <strong>de</strong> Palmas (Sudoeste do Paraná), que se associou<br />

logo após a <strong>Coamo</strong> incorporar a Copalma, em<br />

1978. José foi o primeiro dos quatro irmãos a se associar.<br />

Pela or<strong>de</strong>m, <strong>de</strong>pois vieram Rosa Maria em 1981,<br />

Paul em 1988 e Sigmundo em 1999.<br />

José conta que chegou em Palmas dois anos<br />

antes da chegada da <strong>Coamo</strong>. “Vim da catarinense<br />

Treze Tílias e já realizei 42 safras em Palmas, sempre<br />

mexendo com a agricultura. No início tudo era mais<br />

difícil, hoje está tudo mais fácil. Lembro bem que o<br />

plantio direto foi uma gran<strong>de</strong> coisa que aconteceu<br />

para nós produtores.”<br />

Um dos irmãos do ‘seo’ José é o Paul, conhecido<br />

como Paulo, associado há 30 anos em Palmas. Ele recorda<br />

o sucesso que os agricultores tiveram com o apoio da<br />

<strong>Coamo</strong>. “Quando entrei a <strong>Coamo</strong> tinha <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> Palmas.<br />

Ela é orgulho para nós, pois ajudou muito na nossa<br />

evolução. É uma satisfação participar <strong>de</strong>sse progresso.”<br />

Para Paul, são vários os motivos para o<br />

sucesso da cooperativa, entre eles a forma como a<br />

<strong>Coamo</strong> trata os associados. “É muito boa a assistência<br />

técnica que a <strong>Coamo</strong> faz, tem também a transparência<br />

e a segurança. Os associados são tratados<br />

da mesma maneira, com igualda<strong>de</strong>, não havendo<br />

distinção entre pequeno, médio ou gran<strong>de</strong>.”<br />

Para o agricultor, a <strong>Coamo</strong> chega muito<br />

bem aos 48 anos <strong>de</strong> fundação e quatro décadas<br />

em Palmas. “A <strong>Coamo</strong> está focada no melhor atendimento<br />

para nós. Sem o associado não existe a<br />

cooperativa, e sem a cooperativa não existe o associado,<br />

por isso é muito bom ter a <strong>Coamo</strong> como<br />

Irmãos Pernlochner participaram <strong>de</strong><br />

forma ativa na <strong>Coamo</strong> nesses 40 anos<br />

36 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


ENTREPOSTOS 40 ANOS<br />

uma cooperativa forte e estruturada.<br />

Tenho certeza que se o<br />

Brasil fosse uma cooperativa<br />

com princípios e valores, seria<br />

muito melhor.”<br />

A <strong>Coamo</strong> se instalou<br />

em Palmas por meio <strong>de</strong> incorporação<br />

da então Cooperativa Mista<br />

Agropecuária Palmense Ltda.<br />

- Copalma, em 15 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong><br />

1978. O objetivo era aproveitar o<br />

potencial do município para produção<br />

<strong>de</strong> semente <strong>de</strong> soja, tendo<br />

em vista estar localizado em uma<br />

região on<strong>de</strong> o clima favorece o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssa oleaginosa<br />

para a produção <strong>de</strong> grãos com<br />

excelente vigor germinativo. Na<br />

época haviam poucos produtores<br />

<strong>de</strong> soja em Palmas, mas na região<br />

havia produção <strong>de</strong> semente <strong>de</strong>ssa<br />

oleaginosa.<br />

Vista aérea da <strong>Coamo</strong> em Palmas<br />

Peabiru em prosa e verso<br />

“Fizeram por merecer, por<br />

isso eu vou agra<strong>de</strong>cer aos amigos<br />

da <strong>Coamo</strong>. Porque eu estou contigo<br />

e eles estão comigo, e juntos<br />

nós lutamos. Com tanta dificulda<strong>de</strong>,<br />

mas com força e vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vencer nós estamos. Eu me sinto<br />

Vista parcial da <strong>Coamo</strong> em Peabiru<br />

muito honrado, por isso eu digo<br />

obrigado a quem dirige a <strong>Coamo</strong>.”<br />

O trecho é <strong>de</strong> uma música em homenagem<br />

à <strong>Coamo</strong> escrita pelo<br />

cooperado Osmar Manfrim, <strong>de</strong><br />

Peabiru (Centro-Oeste do Paraná).<br />

A letra retrata a gratidão, parceria e<br />

orgulho <strong>de</strong>le em ser cooperativista<br />

e integrar a cooperativa que conhece<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, antes mesmo<br />

<strong>de</strong> se instalar no município.<br />

Ele recorda que as primeiras<br />

safras eram levadas para Engenheiro<br />

Beltrão. “Ficávamos até<br />

dois dias na fila esperando para<br />

<strong>de</strong>scarregar o caminho. Mas, isso<br />

era normal para a época, pois os<br />

caminhões eram <strong>de</strong>scarregados<br />

no rodo. Depois que a <strong>Coamo</strong> se<br />

instalou em Peabiru po<strong>de</strong>mos dizer<br />

que ficou no quintal <strong>de</strong> casa.<br />

Melhorou em todos os sentidos<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a agilida<strong>de</strong> na entrega da<br />

produção até a retirada <strong>de</strong> insumos<br />

para o plantio”, comenta.<br />

Na visão do associado,<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 37


ENTREPOSTOS 40 ANOS<br />

HISTÓRIAS E RELATOS DOS COOPERADOS MOSTRAM A FORÇA E A IMPORTÂNCIA<br />

DO COOPERATIVISMO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CAMPO E DAS FAMÍLIAS<br />

Irineu com o tio 'seo' Osmar Manfrim.<br />

Família trabalha com a <strong>Coamo</strong> há<br />

mais <strong>de</strong> quatro décadas<br />

a <strong>Coamo</strong> ajudou a impulsionar a<br />

agricultura no município, disponibilizando<br />

novas tecnologias, crédito<br />

e assistência técnica para todos os<br />

agricultores, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

do tamanho. “A cooperativa sempre<br />

prestou um trabalho diferenciado e<br />

ficou do lado dos associados. Para<br />

quem é pequeno, principalmente, o<br />

cooperativismo é a melhor solução”,<br />

assinala Manfrim, que sempre realizou<br />

o trabalho em família.<br />

Irineu é sobrinho do ‘seo’<br />

Osmar e faz parte da terceira geração<br />

<strong>de</strong> cooperativistas da família<br />

Manfrim. Ele acompanhou boa<br />

parte da evolução da <strong>Coamo</strong> no<br />

município e diz que o cooperativismo<br />

é um importante agente<br />

para repasse <strong>de</strong> novas tecnologias<br />

e melhorias no sistema produtivo.<br />

“A <strong>Coamo</strong> tem sido uma<br />

gran<strong>de</strong> parceira da nossa família.<br />

Sinto honrado <strong>de</strong> trabalhar com<br />

a cooperativa e <strong>de</strong> ter o meu pai<br />

e o meu tio do lado, que foram<br />

pioneiros <strong>de</strong> Peabiru e da <strong>Coamo</strong>.<br />

Des<strong>de</strong> criança eu os acompanho<br />

na agricultura e sei da importância<br />

que dão para o cooperativismo.<br />

Com essa parceria e união da família<br />

fica mais fácil os trabalhos do<br />

dia a dia.”<br />

Roncador: do recebimento <strong>de</strong> algodão<br />

em praça pública à mo<strong>de</strong>rna Unida<strong>de</strong><br />

A realida<strong>de</strong> hoje em Roncador<br />

(Centro-Oeste do Paraná) é<br />

bem diferente do que a vivida há<br />

40 anos, quando a <strong>Coamo</strong> se instalou<br />

no município. A cooperativa<br />

iniciou as ativida<strong>de</strong>s recebendo<br />

feijão e milho. Depois passou para<br />

o algodão, soja e trigo em instalações<br />

precárias. O algodão era<br />

recebido na praça pública. Foi um<br />

ato <strong>de</strong> coragem e <strong>de</strong>sprendimento,<br />

mas sempre acreditando na<br />

38 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


ENTREPOSTOS 40 ANOS<br />

'Seo' Zeno Iora evoluiu junto<br />

com a <strong>Coamo</strong> em Roncador<br />

força do trabalho dos agricultores<br />

locais. Produtores rurais como o<br />

‘seo’ Zeno Luiz Iora que é associado<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1981. A história da família<br />

começou com o pai, João Iora<br />

Filho, que veio do Rio Gran<strong>de</strong> do<br />

Sul para o município em 1980.<br />

Assim como a <strong>Coamo</strong>,<br />

‘seo’ Zeno também evoluiu. Ele<br />

começou plantando em dois alqueires<br />

<strong>de</strong> terra arrendados do<br />

pai. Atualmente, conta com 186<br />

alqueires, sendo 125 <strong>de</strong> plantio<br />

e 11 <strong>de</strong> pasto. “A cooperativa foi<br />

crescendo, sempre nos incentivou<br />

e <strong>de</strong>u condições <strong>de</strong> crescermos<br />

juntos. Olhando para trás, a gente<br />

vê que valeu a pena ter se associado.<br />

A <strong>Coamo</strong> oferece tudo o que<br />

precisamos para plantar, colher e<br />

comercializar. Temos ainda a Credicoamo,<br />

que é a nossa cooperativa<br />

<strong>de</strong> crédito”, comenta.<br />

O cooperado lembra do<br />

tempo em que o trabalho era<br />

realizado <strong>de</strong> forma manual e a família<br />

tinha apenas um tratorzinho<br />

que era utilizado entre os irmãos.<br />

“A <strong>Coamo</strong> mudou a realida<strong>de</strong> da<br />

nossa região. Logo que chegou<br />

se formavam longas filas para receber<br />

a produção. Tinham agricultores<br />

a cavalo, com charretes<br />

e trator. A cooperativa foi melhorando<br />

a estrutura e hoje não esperamos<br />

mais do que 20 minutos<br />

para <strong>de</strong>scarregar e já voltar para a<br />

lavoura.”<br />

Outro ponto <strong>de</strong>stacado<br />

pelo cooperado é o trabalho da<br />

assistência técnica da <strong>Coamo</strong> que<br />

ajudou na evolução da produtivida<strong>de</strong>.<br />

“Naquela época, 70 a 80<br />

sacas <strong>de</strong> soja era para quem colhia<br />

bem. Hoje, a produtivida<strong>de</strong> chega<br />

em 200 sacas. A cooperativa sempre<br />

trouxe inovação e mostrou<br />

qual o melhor caminho a ser seguido.<br />

A <strong>Coamo</strong> vive uma evolução<br />

constante porque trabalha com serieda<strong>de</strong><br />

e responsabilida<strong>de</strong>.”<br />

Vista aérea da <strong>Coamo</strong> em Roncador<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 39


O HÍBRIDO CERTO<br />

PARA A SUA REGIÃO<br />

FS450<br />

PW<br />

2B210<br />

PW<br />

2B512<br />

PW<br />

POWERCORE é uma tecnologia <strong>de</strong>senvolvida pela Dow AgroSciences e Monsanto. POWERCORE é marca registrada da Monsanto LLC.<br />

40 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


ENERGIA FOTOVOLTAICA<br />

Energia que vem do céu<br />

Cooperados estão investindo na produção <strong>de</strong> energia fotovoltaica. A <strong>Coamo</strong> está ofertando a<br />

tecnologia e auxiliando na elaboração, e a Credicoamo, com linha específica <strong>de</strong> financiamento<br />

Fonte limpa, assim como a eólica, a energia<br />

fotovoltaica é uma das formas <strong>de</strong> produção<br />

que mais cresce no mundo na atualida<strong>de</strong>.<br />

Proveniente da luz do sol e obtida por meio <strong>de</strong><br />

placas solares, a energia fotovoltaica têm como<br />

Lairton <strong>de</strong> Gouvea, <strong>de</strong> Ivaiporã (PR), instalou a tecnologia na proprieda<strong>de</strong> rural<br />

função captar a energia luminosa e transformá-la em<br />

energia térmica ou elétrica. Uma tecnologia capaz <strong>de</strong><br />

baixar, e muito, os custos <strong>de</strong> residências, comércios e<br />

proprieda<strong>de</strong>s rurais.<br />

A novida<strong>de</strong> já chegou ao sítio Todos os Santos,<br />

localizado na região conhecida como Palmeirinha do<br />

Campo Novo, em Ivaiporã (Centro-Norte do Paraná),<br />

<strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> do cooperado Lairton <strong>de</strong> Gouvea. Ele<br />

está acreditando na inovação e, por isso, investiu para<br />

diminuir os custos com energia elétrica na pequena<br />

proprieda<strong>de</strong>, que além da moradia computa gastos<br />

com o barracão <strong>de</strong> máquinas e a área <strong>de</strong> lazer,<br />

composta por piscina aquecida. “Instalamos no sítio<br />

e no apartamento na cida<strong>de</strong>, com o objeto <strong>de</strong> reduzir<br />

ao máximo o valor da conta <strong>de</strong> energia. É um sistema<br />

bastante mo<strong>de</strong>rno que certamente nos trará muitos<br />

benefícios econômicos”, acredita o cooperado,<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 41


ENERGIA FOTOVOLTAICA<br />

ENERGIA FOTOVOLTAICA É A ENERGIA ELÉTRICA PRODUZIDA A PARTIR DE LUZ SOLAR,<br />

QUE PODE SER PRODUZIDA MESMO EM DIAS NUBLADOS OU CHUVOSOS<br />

mirando a autossuficiência em energia elétrica. “Se<br />

produzirmos um volume suficiente a i<strong>de</strong>ia é pagar<br />

somente a taxa mínima aqui na proprieda<strong>de</strong>, que<br />

custa na área rural apenas R$ 16,00”, informa.<br />

Os primeiros resultados ainda não foram<br />

computados pelo produtor, por conta da falta <strong>de</strong><br />

luminosida<strong>de</strong> nos dias posteriores a instalação do<br />

sistema, que ocorreu bem no período chuvoso do<br />

mês <strong>de</strong> outubro. “Esperamos a produção <strong>de</strong> muita<br />

energia nos próximos meses com a entrada do verão<br />

e o retorno do investimento a curto e médio prazo”,<br />

diz Lairton, que <strong>de</strong>sembolsou cerca <strong>de</strong> R$ 24 mil reais<br />

na instalação das placas <strong>de</strong> captação solar e contou<br />

com o apoio da <strong>Coamo</strong>, que auxilia os cooperados<br />

na execução do projeto <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> e montagem<br />

dos equipamentos, que é feito por empresa<br />

especializada.<br />

Conforme o gerente da unida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong><br />

em Ivaiporã, Domingos Carlos Fontana, a cooperativa<br />

não só oferta a tecnologia, como auxilia o cooperado<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a compra até a instalação do sistema. “Nós<br />

temos todos os estudos necessários para fazer o<br />

dimensionamento do equipamento <strong>de</strong> acordo com o<br />

consumo <strong>de</strong> cada proprieda<strong>de</strong>. Nossos funcionários<br />

estão preparados para aten<strong>de</strong>r nosso quadro social<br />

neste sentido”, garante.<br />

A energia solar é consi<strong>de</strong>rada uma fonte<br />

<strong>de</strong> energia renovável e inesgotável, e <strong>de</strong> acordo<br />

com estudos se mostra vantajosa em comparação<br />

a outras fontes renováveis, como a hidráulica, por<br />

requerer áreas menos extensas do que hidrelétricas.<br />

O incentivo à energia solar no Brasil é justificado pelo<br />

potencial do país, que possui gran<strong>de</strong>s áreas com<br />

radiação solar inci<strong>de</strong>nte e está próximo à linha do<br />

Equador.<br />

Projeto financiado pela Credicoamo<br />

A Credicoamo conta com uma linha <strong>de</strong><br />

financiamento específica para projetos <strong>de</strong> instalação<br />

da energia fotovoltaica. O cooperado Paulo Bortoluzzi,<br />

<strong>de</strong> Goioerê (Centro-Oeste do Paraná), aproveitou<br />

a oportunida<strong>de</strong> e foi o primeiro associado a fazer o<br />

financiamento. Ele construiu uma nova residência na<br />

42 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


ENERGIA FOTOVOLTAICA<br />

SAIBA MAIS!<br />

O que é energia solar fotovoltaica?<br />

É a energia elétrica produzida a partir <strong>de</strong> luz<br />

solar, que po<strong>de</strong> ser produzida mesmo em<br />

dias nublados ou chuvosos. Quanto maior<br />

for a radiação solar, maior será a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong> produzida. O processo <strong>de</strong><br />

conversão da energia solar utiliza células<br />

fotovoltaicas, normalmente feitas <strong>de</strong> silício<br />

ou outro material semicondutor. Quando a<br />

luz solar inci<strong>de</strong> sobre uma célula fotovoltaica,<br />

os elétrons do material semicondutor são<br />

postos em movimento, <strong>de</strong>sta forma gera-se<br />

eletricida<strong>de</strong>.<br />

Casal Paulo e Etelvina<br />

Bortoluzzi, <strong>de</strong> Goioerê (PR), foi o primeiro a financiar o projeto pela Credicoamo<br />

cida<strong>de</strong>, sonho da família, e espera<br />

que o investimento possa baixar<br />

consi<strong>de</strong>ravelmente a conta <strong>de</strong><br />

energia. “No primeiro momento,<br />

nossa i<strong>de</strong>ia era instalar um<br />

aquecedor solar. Porém teríamos<br />

apenas a água quente, o que já<br />

seria uma economia. Contudo,<br />

optamos por investir um pouco<br />

mais e colocar a energia solar”,<br />

assinala o cooperado.<br />

Bortoluzzi conta que<br />

conheceu a energia fotovoltaica<br />

em um evento em Cascavel<br />

e chegou a cotar com outras<br />

empresas antes da <strong>Coamo</strong> e<br />

a Credicoamo oferecerem os<br />

equipamentos e o financiamento.<br />

“Depois que ficamos sabendo<br />

que po<strong>de</strong>ríamos fazer o projeto e<br />

adquirir na <strong>Coamo</strong> não pensamos<br />

duas vezes”, frisa. O projeto do<br />

cooperado é para uma produção<br />

<strong>de</strong> 400 kWh/mês e a previsão<br />

<strong>de</strong> pagar o investimento em 60<br />

meses. “Partimos para a energia<br />

solar por dois motivos: o primeiro<br />

pensando na economia que<br />

teremos e o outro é que estamos<br />

produzindo uma energia limpa,<br />

sem danos ao meio ambiente”,<br />

completa o associado.<br />

Placas foram instaladas na nova casa do casal e <strong>de</strong>ve gerar 400 kWh/mês <strong>de</strong> energia elétrica<br />

Quais os benefícios <strong>de</strong> gerar minha<br />

própria energia?<br />

É um recurso totalmente renovável. Isso<br />

significa que mesmo quando não po<strong>de</strong>mos<br />

fazer uso <strong>de</strong> energia do sol, por causa da<br />

noite ou <strong>de</strong> dias nublados e chuvosos,<br />

po<strong>de</strong>mos sempre contar com o sol surgindo<br />

no dia seguinte como uma fonte <strong>de</strong> energia<br />

constante e consistente. Aliás, dos recursos<br />

renováveis, assim como energia eólica,<br />

energia hídrica e solar, a energia solar é a<br />

mais consistente e previsível.<br />

A manutenção é mínima.<br />

Não existem peças móveis em um painel<br />

fotovoltaico, ou seja, quase não há <strong>de</strong>sgaste<br />

mecânico. Os painéis fotovoltaicos duram mais<br />

<strong>de</strong> 30 anos, apenas com uma limpeza anual.<br />

Baixo custo da energia solar consi<strong>de</strong>rando<br />

a vida útil do sistema.<br />

Os painéis solares po<strong>de</strong>m parecer muito<br />

caros quando você <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> comprá-los, mas<br />

ao longo dos anos você vai economizar muito<br />

dinheiro. Afinal, a luz do sol é grátis! Se<br />

calcularmos todo o investimento <strong>de</strong> compra<br />

do sistema fotovoltaico somando à mínima<br />

manutenção que terá com ele ao longo <strong>de</strong><br />

toda a sua vida útil e dividirmos pela energia<br />

gerada ao longo <strong>de</strong>sses anos, veremos que<br />

a energia solar é muito mais barata do que a<br />

que compramos da distribuidora.<br />

Po<strong>de</strong> ser usada em áreas isoladas <strong>de</strong> re<strong>de</strong><br />

elétrica.<br />

A energia solar fotovoltaica é uma das<br />

melhores alternativas em regiões isoladas<br />

on<strong>de</strong> não se tem re<strong>de</strong> elétrica, muito mais<br />

barata que geradores a diesel ou óleo<br />

combustível.<br />

Eu quero! O que preciso fazer para<br />

instalar?<br />

Os geradores <strong>de</strong> energia solar fotovoltaica são<br />

dimensionados, conforme o consumo elétrico<br />

<strong>de</strong> cada cooperado. Diante <strong>de</strong> uma análise é<br />

possível saber quantos painéis solares serão<br />

necessários e a potência do inversor que este<br />

gerador precisa ter. A partir <strong>de</strong>sse ponto, o<br />

projeto <strong>de</strong> engenharia elétrica será realizado<br />

e apresentado para a análise e aprovação da<br />

distribuidora <strong>de</strong> energia local. Assim que o<br />

projeto for aprovado, a instalação do sistema<br />

fotovoltaico é realizada e a concessionária <strong>de</strong><br />

energia faz a conferência do gerador para dar<br />

início à sua operação.<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 43


SAFRA DE VERÃO<br />

Associado Paulo Ronaldo Salvador, <strong>de</strong> Guarapuava<br />

(PR), conta que os trabalhos transcorreram <strong>de</strong><br />

forma tranquila, aproveitando os dias sem chuva<br />

Plantio ditado pelo clima<br />

Na área <strong>de</strong> ação da <strong>Coamo</strong> alguns associados já estão nos<br />

tratos culturais enquanto que outros ainda finalizam o plantio<br />

Quem é do campo sabe<br />

como ninguém que cada<br />

safra é diferente. São vários<br />

fatores que po<strong>de</strong>m influenciar<br />

e o clima tem papel fundamental.<br />

Contudo, os cooperados vêm<br />

fazendo a sua parte. Na área <strong>de</strong><br />

ação da <strong>Coamo</strong> alguns associados<br />

já estão nos tratos culturais, como<br />

é o caso do Oeste do Paraná e<br />

Mato Grosso do Sul, por exemplo,<br />

enquanto que outros ainda finalizam<br />

o plantio, que são os agricultores<br />

das regiões Centro e Centro-<br />

-Sul do Paraná.<br />

Em Guarapuava, o associado<br />

Paulo Ronaldo Salvador<br />

terminou o plantio da soja no dia<br />

19 <strong>de</strong> novembro. Ele conta que os<br />

trabalhos transcorreram <strong>de</strong> forma<br />

tranquila, aproveitando os dias<br />

sem chuva. “Plantamos em um<br />

período bom e com varieda<strong>de</strong>s<br />

a<strong>de</strong>quadas para a época. Acredito<br />

44 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


SAFRA DE VERÃO<br />

Engenheiro agrônomo, Fernando Lago da Silva, acompanha distribuição<br />

das sementes <strong>de</strong> soja junto com o cooperado Paulo Ronaldo Salvador<br />

que teremos uma boa safra”, assinala.<br />

O município está a mais <strong>de</strong> 1.100 metros<br />

<strong>de</strong> altitu<strong>de</strong> e é um dos mais frios do Paraná. Portanto,<br />

é comum que o plantio da safra <strong>de</strong> verão<br />

ocorra em dias que mais parecem inverno, com os<br />

agricultores e operadores dos maquinários bem<br />

agasalhados. No dia que a equipe <strong>de</strong> reportagem<br />

da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong> esteve na proprieda<strong>de</strong> do associado<br />

Paulo Salvador, por exemplo, na primeira<br />

quinzena <strong>de</strong> novembro, encontrou um dia fechado<br />

e vento gelado.<br />

Salvador está utilizando o mesmo investimento<br />

<strong>de</strong> safras anteriores, pensando sempre<br />

em tirar do campo todo o potencial produtivo das<br />

plantas. “Procuramos sempre o que há <strong>de</strong> melhor.<br />

Usamos as sementes <strong>Coamo</strong> com TSI [Tratamento<br />

<strong>de</strong> Sementes Industrial], que dão uma boa resposta<br />

nos tratamentos. A produtivida<strong>de</strong> varia a cada<br />

ano, e é ditada pelo clima. Na safra passada, por<br />

exemplo, tivemos vários dias nublados o que acabou<br />

diminuindo um pouco a produção. Nossa expectativa<br />

é <strong>de</strong> que nessa safra saia tudo <strong>de</strong>ntro da<br />

normalida<strong>de</strong>.” O associado espera colher entre 20<br />

a 25 sacas a mais por alqueires, chegando a 160 e<br />

170 sacas <strong>de</strong> média.<br />

O engenheiro agrônomo Fernando Lago<br />

da Silva, da <strong>Coamo</strong> em Guarapuava, ressalta que,<br />

tradicionalmente, a região Centro-Sul do Paraná<br />

é que fecha o calendário <strong>de</strong> plantio da safra <strong>de</strong><br />

verão na área <strong>de</strong> ação da cooperativa. Ele <strong>de</strong>staca<br />

que as chuvas acabaram prejudicando a colheita<br />

<strong>de</strong> trigo, mas nada que possa atrapalhar o plantio<br />

das lavouras <strong>de</strong> soja. “Geralmente, o plantio<br />

se concentra no final <strong>de</strong> outubro, mas, neste ano,<br />

<strong>de</strong>vido ao excesso <strong>de</strong> chuva, ficou para o início<br />

<strong>de</strong> novembro. Temos varieda<strong>de</strong>s adaptadas para<br />

essa realida<strong>de</strong>. Sempre orientamos para que os<br />

cooperados façam um bom plantio. Se não fizer<br />

isso, ele po<strong>de</strong>rá não ter planta para pulverizar,<br />

para colher e nem para ven<strong>de</strong>r. O plantio é um<br />

momento muito especial e requer toda atenção e<br />

<strong>de</strong>dicação”, orienta.<br />

De acordo com o gerente <strong>de</strong> assistência<br />

Técnica da <strong>Coamo</strong>, engenheiro agrônomo Marcelo<br />

Sumiya, as chuvas acima da média para o<br />

período <strong>de</strong> implantação da safra <strong>de</strong> verão é que<br />

ditaram o ritmo do trabalho no campo. Ele observa<br />

que o escalonamento do plantio provocado<br />

pelas pancadas <strong>de</strong> chuva <strong>de</strong> certa forma contribui,<br />

mas por outro lado gera apreensão <strong>de</strong>vido<br />

a dificulda<strong>de</strong> para realização dos tratamentos<br />

culturais <strong>de</strong> pragas e doenças. “No Mato Grosso<br />

do Sul, Oeste do Paraná até na região <strong>de</strong> Campo<br />

Mourão, o plantio começou <strong>de</strong>ntro do esperado.<br />

Partindo mais para a região Sul do Paraná,<br />

as chuvas atrasaram a colheita do trigo e, consequentemente,<br />

interferiram na safra <strong>de</strong> verão.<br />

Plantando mais tar<strong>de</strong>, é preciso mais atenção<br />

com as lavouras para evitar perdas com pragas e<br />

doenças. Os tratos culturais <strong>de</strong>vem ser realizados<br />

com um bom planejamento, seguindo todas as<br />

recomendações técnicas”, pon<strong>de</strong>ra.<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 45


46 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


SAFRA DE VERÃO<br />

Preocupação com a Ferrugem Asiática<br />

Des<strong>de</strong> o primeiro<br />

foco registrado no dia 31 <strong>de</strong><br />

outubro, em Porto Men<strong>de</strong>s<br />

(PR), o número <strong>de</strong> focos <strong>de</strong><br />

ferrugem-asiática da soja<br />

em lavouras comerciais vem<br />

crescendo rapidamente e<br />

em pontos bem distribuídos.<br />

De acordo com a pesquisadora<br />

Cláudia Godoy,<br />

da Embrapa Soja, a maioria<br />

das lavouras com ferrugem<br />

foram semeadas no início<br />

<strong>de</strong> setembro e encontram-<br />

-se com o dossel fechado<br />

(12 lavouras estão em fase<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento R1 e<br />

uma em V8). “O problema<br />

é que as chuvas atrasaram<br />

as semeaduras e temos soja<br />

em várias fases <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e, em algumas regiões,<br />

ainda estão semeando<br />

soja. Por isso, é preciso<br />

atenção para não per<strong>de</strong>r<br />

o controle nessas primeiras<br />

áreas que po<strong>de</strong>m gerar<br />

gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inóculo<br />

para lavouras que ainda<br />

estão sendo semeadas”,<br />

alerta a pesquisadora.<br />

O ambiente tem<br />

sido favorável para a infecção<br />

do fungo, com presença<br />

<strong>de</strong> molhamento foliar. A<br />

orientação da pesquisadora<br />

da Embrapa Soja, Cláudia<br />

Godoy, é para que os produtores<br />

das regiões on<strong>de</strong><br />

há registro da ferrugem<br />

que apresentam lavouras<br />

em fase <strong>de</strong> fechamento, iniciem<br />

o controle para proteger<br />

as lavouras. “As chuvas<br />

frequentes que favorecem<br />

a doença, muitas vezes, impe<strong>de</strong>m<br />

a aplicação <strong>de</strong> fungicidas<br />

no momento i<strong>de</strong>al”,<br />

explica a pesquisadora da<br />

Embrapa. “E é importante<br />

manter a lavoura protegida,<br />

uma vez que a eficiência<br />

curativa dos fungicidas<br />

atualmente disponíveis é<br />

baixa”, alerta.<br />

Cláudia Godoy<br />

orienta os produtores a consultarem<br />

os resultados <strong>de</strong><br />

eficiência dos fungicidas<br />

para o controle da ferrugem<br />

e utilizar os multissítios para<br />

aumentar a eficiência <strong>de</strong><br />

controle. Fonte: Embrapa/Soja<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 47


48 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


SAÚDE<br />

HOMEM,<br />

<strong>de</strong> novembro a novembro,<br />

CUIDE DA SUA SAÚDE<br />

O<br />

câncer é uma das principais causas <strong>de</strong> morte<br />

no Brasil. Entre os homens, o segundo mais<br />

frequente é o <strong>de</strong> próstata. Trata-se <strong>de</strong> uma<br />

doença comum, mas que por medo ou <strong>de</strong>sconhecimento,<br />

muitos homens evitam conversar sobre ela. E a melhor<br />

maneira <strong>de</strong> se prevenir em relação ao câncer bem como<br />

quanto a outras doenças, é tomar atitu<strong>de</strong>s saudáveis que<br />

fazem bem para a vida.<br />

SINTOMAS DO CÂNCER DE PRÓSTATA<br />

O autoconhecimento e autocuidado são importantes para i<strong>de</strong>ntificar sinais<br />

e sintomas da doença:<br />

• Dor óssea<br />

• Dor ao urinar<br />

• Vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> urinar com frequência<br />

• Sangue na urina e/ou no sêmen<br />

PREVENIR, DESDE A INFÂNCIA ATÉ A VELHICE<br />

1. Tenha uma<br />

alimentação saudável<br />

Frutas frescas, legumes,<br />

verduras e cereais<br />

integrais protegem<br />

contra o câncer. Faça <strong>de</strong><br />

produtos naturais a base<br />

<strong>de</strong> sua alimentação.<br />

Reduza a ingestão <strong>de</strong><br />

gordura, sal e açúcar.<br />

2. Pratique ativida<strong>de</strong> física<br />

Faça pelo menos 30<br />

minutos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física<br />

diariamente. Caminhe,<br />

dance, troque o elevador<br />

pela escada, aproveite a<br />

bicicleta... Ativida<strong>de</strong> física<br />

reduz o estresse, controla<br />

o peso, reduz o risco da<br />

pressão alta e do câncer.<br />

3. Reduza o consumo<br />

<strong>de</strong> bebidas alcoólicas<br />

Exce<strong>de</strong>r no consumo<br />

aumenta as chances <strong>de</strong><br />

câncer, doenças do fígado<br />

e coração, aumento da<br />

pressão arterial, bem<br />

como aci<strong>de</strong>ntes, lesões,<br />

violência, problemas<br />

legais e sociais.<br />

4. Evite fumar<br />

Fumar provoca<br />

câncer <strong>de</strong> pulmão,<br />

boca, laringe,<br />

faringe e esôfago.<br />

São mais <strong>de</strong> 4700<br />

substâncias tóxicas<br />

inaladas por quem<br />

fuma e pelos<br />

fumantes passivos.<br />

5. Faça sexo seguro<br />

Use preservativo. Assim se<br />

evitam o câncer <strong>de</strong> colo <strong>de</strong><br />

útero e <strong>de</strong> pênis, relacionados<br />

ao HPV e outras doenças<br />

sexualmente transmissíveis.<br />

Faça testes <strong>de</strong> HIV, Sífilis e<br />

Hepatites. A higiene íntima<br />

masculina previne doenças e<br />

melhora a vida sexual.<br />

6. Busque orientação<br />

médica<br />

Frequente a Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> mais próxima com<br />

regularida<strong>de</strong>, solicite<br />

os exames preventivos<br />

<strong>de</strong> rotina e realize suas<br />

vacinas, conforme<br />

orientação da equipe <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>.<br />

HOMEM,<br />

FAÇA AINDA MAIS<br />

POR VOCÊ<br />

Cuidar da saú<strong>de</strong> não é apenas se prevenir em relação ao câncer <strong>de</strong> próstata e outras<br />

doenças. É também buscar qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, <strong>de</strong>senvolvendo a espiritualida<strong>de</strong>, dizendo<br />

não ao preconceito e à violência, praticando a direção <strong>de</strong>fensiva no trânsito. E o mais<br />

importante: a paternida<strong>de</strong> responsável.<br />

Participe ativa e conscientemente do planejamento reprodutivo, incluindo a gestação, o<br />

parto, o pós-parto e os cuidados com os filhos. Sua participação melhora as condições <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> da mãe, do bebê e a sua também.<br />

Fonte: Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Paraná<br />

FATORES DE RISCO<br />

A ida<strong>de</strong> é o principal fator <strong>de</strong> risco para o câncer<br />

<strong>de</strong> próstata. Mais da meta<strong>de</strong> dos casos ocorre<br />

a partir dos 65 anos. Mas se você já passou<br />

dos 50 anos ou se tiver histórico familiar <strong>de</strong><br />

câncer <strong>de</strong> próstata, é hora <strong>de</strong> cuidar <strong>de</strong> sua<br />

saú<strong>de</strong>. Procure orientação médica. Outros<br />

fatores <strong>de</strong> risco para a doença são a obesida<strong>de</strong>,<br />

alimentação ina<strong>de</strong>quada, tabagismo, etilismo,<br />

se<strong>de</strong>ntarismo e raça. A incidência é maior em<br />

homens da raça negra.<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA<br />

49


50 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


DICA DO CAMPO<br />

Apren<strong>de</strong>ndo mais sobre...<br />

BETERRABA<br />

A<br />

beterraba é uma raiz tuberosa, originária da Europa,<br />

pertencente à família Quenopodiácea, assim como a<br />

acelga e o espinafre verda<strong>de</strong>iro. Existem três tipos <strong>de</strong><br />

beterraba: a beterraba açucareira, usada para produção <strong>de</strong> açúcar; a<br />

beterraba forrageira, usada para alimentação animal; e aquela cujas<br />

raízes são consumidas como hortaliça, sendo a mais conhecida no<br />

Brasil. A beterraba é rica em açúcares. Destaca-se como uma das<br />

hortaliças mais ricas em ferro, tanto na raiz quanto nas folhas.<br />

Época <strong>de</strong> plantio: abril a julho. Em regiões <strong>de</strong> verão ameno, o<br />

ano todo.<br />

Semeadura: feita no local <strong>de</strong>finitivo, em pequenas covas<br />

distanciadas <strong>de</strong> 20 a 25 cm e com profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1 cm. Colocamse<br />

2 ou 3 sementes por cova. Cada grama contém 50 a 60 sementes.<br />

As mudas também po<strong>de</strong>m ser formadas em sementeiras.<br />

Raleação: ralear quando as plantas estiverem com 5 a 10 cm <strong>de</strong><br />

altura, <strong>de</strong>ixando a mais vigorosa. As mudas arrancadas po<strong>de</strong>m ser<br />

transplantadas no mesmo espaçamento.<br />

Adubação em cobertura: após o <strong>de</strong>sbaste aplicar sulfato <strong>de</strong><br />

amônio ou nitro cálcio na base <strong>de</strong> 30 a 50 g, ou ureia entre 15 e 30<br />

g por metro quadrado.<br />

Irrigação: regas diárias.<br />

Colheita: 70 a 90 dias após a semeadura po<strong>de</strong>-se iniciar a colheita.<br />

COMO COMPRAR<br />

As raízes <strong>de</strong>vem ser firmes, sem sintomas <strong>de</strong> murcha, com cor<br />

vermelho intenso, sem rachaduras, sem sinais <strong>de</strong> brotação e<br />

com o mínimo <strong>de</strong> cortiça (tecido escuro) no ombro. As raízes <strong>de</strong><br />

maior valor comercial têm 200-300 g e diâmetro entre 8 e 10 cm.<br />

Entretanto, raízes <strong>de</strong> tamanho fora <strong>de</strong>sta faixa po<strong>de</strong>m ser boas<br />

para consumo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que estejam firmes e tenras. Raízes muito<br />

gran<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m ter sido colhidas tardiamente e apresentarem-se<br />

fibrosas. A beterraba também po<strong>de</strong> ser comercializada já picada<br />

ou ralada, embalada em sacos <strong>de</strong> plástico ou ban<strong>de</strong>jas recobertas<br />

por filmes <strong>de</strong> plástico. É fundamental que esse produto esteja<br />

exposto em gôndolas refrigeradas para garantir a sua a<strong>de</strong>quada<br />

conservação, pois quando mantido em condição ambiente<br />

<strong>de</strong>teriora-se rapidamente.<br />

COMO CONSERVAR<br />

Em condição natural, a beterraba se conserva por até uma semana, se<br />

mantida em local fresco e sombreado. Em gela<strong>de</strong>ira, po<strong>de</strong> ser mantida<br />

por até 15 dias, embalada em saco <strong>de</strong> plástico perfurado. Quando<br />

guardadas já <strong>de</strong>scascadas, raladas ou picadas, sua durabilida<strong>de</strong> será<br />

reduzida a 3 ou 4 dias, <strong>de</strong>vendo, obrigatoriamente, ser conservadas em<br />

gela<strong>de</strong>ira, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> saco ou vasilha <strong>de</strong> plástico. Para congelamento,<br />

escolha raízes pequenas. Cozinhe-as inteiras até que fiquem macias.<br />

Em seguida, coloque-as em vasilha com água e gelo até que esfriem<br />

completamente. Descasque-as e corte-as em fatias ou cubos, coloque<br />

em saco <strong>de</strong> plástico, retire o ar com uma bombinha <strong>de</strong> vácuo e feche<br />

o saco. No congelador po<strong>de</strong> ser mantida por até 8 meses. A beterraba<br />

ralada não <strong>de</strong>ve ser congelada, pois per<strong>de</strong> cor e sabor.<br />

COMO CONSUMIR<br />

A raiz <strong>de</strong>ve ser preferencialmente consumida crua e ralada, na<br />

forma <strong>de</strong> salada. Neste caso não é preciso <strong>de</strong>scascá-la, mas somente<br />

raspá-la com uma faca. Também po<strong>de</strong> ser consumida cozida, em<br />

sopas, em sucos e no preparo <strong>de</strong> bolos e suflês. Deve-se evitar<br />

cozinhá-la em excesso para evitar perda <strong>de</strong> nutrientes. Para usar a<br />

beterraba congelada <strong>de</strong>ixe-a na parte inferior da gela<strong>de</strong>ira, até que<br />

se <strong>de</strong>scongele. As folhas po<strong>de</strong>m ser consumidas refogadas ou em<br />

omeletes e bolinhos.<br />

Fonte: Embrapa Hortaliças<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 51


CURSO SOCIAL<br />

Mulheres cooperativistas reunidas no aprendizado<br />

Se o convite é para apren<strong>de</strong>r e se reunir,<br />

o público feminino da <strong>Coamo</strong> não<br />

pensa duas vezes para dizer sim. Cooperadas,<br />

esposas e filhas <strong>de</strong> cooperados não<br />

per<strong>de</strong>m tempo quando têm um curso social<br />

na unida<strong>de</strong>, seja <strong>de</strong> culinária, artesanato ou<br />

<strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> limpeza. Todo mês são diversos<br />

os eventos promovidos em toda a área <strong>de</strong><br />

ação da cooperativa. Confira os últimos eventos<br />

realizados na <strong>Coamo</strong>.<br />

Receitas sem glúten, em Aral Moreira (Sudoeste do Mato Grosso do Sul)<br />

Tortas geladas, em Boa Esperança (Centro-Oeste do Paraná)<br />

Chocolate artístico, em Boa Ventura <strong>de</strong> São Roque (Centro do Paraná)<br />

Receitas natalinas, em Ipuaçu (Oeste <strong>de</strong> Santa Catarina)<br />

Tortas finas, em Ivaiporã (Centro-Norte do Paraná)<br />

Docinhos para festa, em Janiópolis (Centro-Oeste do Paraná)<br />

52 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong>


CURSO SOCIAL<br />

Cozinhando na panela <strong>de</strong> pressão, em Laguna Carapã (Sudoeste do Mato Grosso do Sul)<br />

Bolos <strong>de</strong>corados e recheios, em Luiziana (Centro-Oeste do Paraná)<br />

Panificação, em Mamborê (Centro-Oeste do Paraná)<br />

Delícias <strong>de</strong> Natal, em Maracaju (Sudoeste do Mato Grosso do Sul)<br />

Aproveitamento <strong>de</strong> alimentos, em Pitanga (Centro do Paraná)<br />

Delícias com Café <strong>Coamo</strong>, em Roncador (Centro-Oeste do Paraná)<br />

Curso <strong>de</strong> culinária, em São Domingos (Oeste <strong>de</strong> Santa Catarina)<br />

Receitas sem glúten e sem lactose, em Vila Nova (Oeste do Paraná)<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 53


Torta <strong>de</strong><br />

Caramelo<br />

com Café<br />

Ingredientes<br />

- 100g <strong>de</strong> Margarina <strong>Coamo</strong> Família em temperatura ambiente<br />

- 4 colheres (sopa) <strong>de</strong> açúcar<br />

- 1 xícara <strong>de</strong> Farinha <strong>de</strong> Trigo Anniela<br />

- 1 colher (sopa) <strong>de</strong> fermento em pó<br />

- 3 colheres (sopa) <strong>de</strong> chocolate em pó<br />

Cobertura<br />

- 50g <strong>de</strong> Margarina <strong>Coamo</strong> Família<br />

- ½ xícara <strong>de</strong> açúcar<br />

- 2 latas <strong>de</strong> leite con<strong>de</strong>nsado<br />

- ½ xícara <strong>de</strong> Café Sollus Extra Forte preparado bem forte<br />

Complemento<br />

- 300g <strong>de</strong> chocolate ao leite picado e <strong>de</strong>rretido<br />

- 200g <strong>de</strong> creme <strong>de</strong> leite<br />

Modo <strong>de</strong> preparo<br />

Massa<br />

Misture todos os ingredientes, a farinha <strong>de</strong> trigo só no final.<br />

Forre uma forma <strong>de</strong> 26 cm com fundo removível, usando a massa,<br />

aperte com as pontas dos <strong>de</strong>dos. Asse no forno preaquecido, em<br />

temperatura média/baixa, por aproximadamente 25 minutos.<br />

Retire do forno e <strong>de</strong>ixe esfriar.<br />

Cobertura<br />

Em uma panela, misture a margarina e o açúcar, leve ao fogo para<br />

caramelizar e dourar, adicione o leite con<strong>de</strong>nsado e café e continue<br />

mexendo até ficar em ponto <strong>de</strong> briga<strong>de</strong>iro mole. Despeje a mistura<br />

sobre a massa assada. Misture o chocolate e o creme <strong>de</strong> leite, cubra<br />

a torta e leve à gela<strong>de</strong>ira. Desenforme fria.<br />

54 REVISTA<br />

<strong>Novembro</strong>/<strong>2018</strong><br />

Para mais receitas acesse:<br />

www.facebook.com/alimentoscoamo<br />

www.alimentoscoamo.com.br

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