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ENTREVISTA
Evaldo Braz, pesquisador da EMBRAPA, trata da importância do manejo florestal
MORE THAN HALF A
CENTURY OF HISTORY
FIND OUT HOW THE ANT BAIT
CAME ABOUT IN BRAZIL
MAIS DE MEIO
SÉCULO DE HISTÓRIA
SAIBA COMO SURGIU
A ISCA FORMICIDA NO BRASIL
Período de chuva
não é brincadeira.
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DERYCK PANTOJA MARTINS
EVALDO MUÑOZ BRAZ
PAULO PUPO
RAFAEL MASON
Diretor Técnico da AIMEX
(Associação das Indústrias
Esportadoras de Madeira
do Estado do Pará)
Pesquisador da
EMBRAPA Florestas
Superintendente da Abimci
(Associação Brasileira da
Indústria de Madeira Processada
Mecanicamente)
Presidente da CIPEM
(Centro das Indústrias Produtoras
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Estado de Mato Grosso)
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SUMÁRIO
OUTUBRO 2022
08 Editorial
10 Cartas
12 Bastidores
14 Notas
28 Coluna Cipem
30 Frases
32 Entrevista
42 Coluna
44 Principal
50 Informe
52 Minuto Floresta
54 Especial
60 Manejo
62 Feira
74 Pesquisa
80 Agenda
82 Espaço Aberto
54
62
44
O DESENVOLVIMENTO
DA MARCA DE UMA
PIONEIRA
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO
11 Agroceres
07 Bayer
41 Beltz do Brasil
09 BKT
13 Carrocerias Bachiega
59 Codornada Florestal
75 D’Antonio Equipamentos
84 Denis Cimaf
02 Dinagro
21 DRV Ferramentas
39 Engeforest
73 Expoforest
37 Fex
23 Ihara
25 Ihara
77 J de Souza
79 Lion Equipamentos
83 Log Max
19 Lufer Forest
17 Manos Implementos
57 Mill Indústrias
53 Planflora
04 Prêmio REFERÊNCIA
15 Rotary-Ax
35 Rotor Equipamentos
31 Tecmater
27 Unibrás
33 Vantec
29 Watanabe
43 WDS Pneumática
06 www.referenciaflorestal.com.br
EDITORIAL
Para além do
que vemos
Quem trabalha no setor de base florestal sabe que o trabalho
realizado depende de ações que não poderiam vislumbrar com
clareza como seria o futuro. Ao plantar uma muda, não sabemos o
resultado que ela irá trazer, tudo fica entre o planejamento e a realização.
Pequenos detalhes, excesso ou falta de um elemento no solo,
efeito do clima e tantos outros fatores podem afetar o resultado do
plantio. O trabalho com a floresta é, em sua essência, um esforço
pensando no futuro, no que não se vê hoje, mas que certamente
produz resultados expressivos no futuro. Nesta edição o Leitor
confere a história da Dinagro, especialista na produção de iscas formicidas,
a cobertura Lignum Latin América 2022, os dados sobre a
presença do Ipê em nossas florestas e uma entrevista exclusiva com
o pesquisador da EMBRAPA Florestas, Evaldo Muñoz Braz, especialista
em manejo de floresta natural brasileira. Excelente leitura!
2
1
Na capa dessa edição
a Dinagro, tradicional
indústria de iscas
formicidas
A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product
www.referenciaflorestal.com.br
Ano XXIV • Nº245 • Outubro 2022
ENTREVISTA
Evaldo Braz, pesquisador da EMBRAPA, trata da importância do manejo florestal
MORE THAN HALF A
CENTURY OF HISTORY
FIND OUT HOW THE ANT BAIT
CAME ABOUT IN BRAZIL
MAIS DE MEIO
SÉCULO DE HISTÓRIA
SAIBA COMO SURGIU
A ISCA FORMICIDA NO BRASIL
BEYOND WHAT WE SEE
Those who work in the Forest-based Sector know that the work
done depends on actions that could not clearly envision what the
future would look like. When planting a seedling, we do not know
what the result will bring; everything depends on planning and realization.
Small details, excess or lack of an element in the soil, climate
effects, and so many other factors can affect the result of planting.
Working with the forest is, in essence, an effort to think about the
future, what is not seen today, but which can bring expressive results
in the future. In this issue, the reader learns a little about the history
of Dinagro, a specialist in the production of ant baits, coverage of
the Lignum Latin America 2022, data on the presence of Ipê in our
forests, a project for the use of drones for pest monitoring, and an
exclusive interview with Evaldo Muñoz Braz, a scientist at Embrapa
Florestas and a specialist in forest management. Pleasant reading!
Entrevista com
Evaldo Muñoz Braz
Importância da luva como
utensílio de EPI no trabalho
3
EXPEDIENTE
ANO XXIV - EDIÇÃO 245 - OUTUBRO 2022
Diretor Comercial / Commercial Director
Fábio Alexandre Machado
fabiomachado@revistareferencia.com.br
Diretor Executivo / Executive Director
Pedro Bartoski Jr
bartoski@revistareferencia.com.br
Redação / Writing
Vinicius Santos
jornalismo@revistareferencia.com.br
Colunista
Cipem
Gabriel Dalla Costa Berger
Depto. de Criação / Graphic Design
Fabiana Tokarski - Supervisão
Crislaine Briatori Ferreira
Me Hua Bernardi
criacao@revistareferencia.com.br
Midias Sociais / Social Media
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Cainan Lucas
Tradução / Translation
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Depto. Comercial / Sales Departament
Gerson Penkal - Carlos Felde
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Representante Comercial
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assinatura@revistareferencia.com.br
0800 600 2038
ASSINATURAS
0800 600 2038
Periodicidade Advertising
GARANTIDA GARANTEED
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A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos
direitos autorais, exceto para fins didáticos.
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication
directed at the producers and consumers of the good and services of the
lumberz industry, research institutions, university students, governmental
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself
responsible for the concepts contained in the material, articles or columns
signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,
themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage
under any form or means of the texts, photographs and other intellectual
property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited
without the written authorization of the holders of the authorial rights.
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CARTAS
A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product
ENTREVISTA Jose Mario Ferreira, novo presidente da ACR, assume missão na entidade catarinense
POTÊNCIA E
VERSATILIDADE
HARVESTER COM GUINCHO AUXILIAR
OFERECE MAIS ESTABILIDADE NA
OPERAÇÃO FLORESTAL
Capa da Edição 244 da
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,
mês de setembro de 2022
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Ano XXIV • Nº244 • Setembro 2022
POWER AND
VERSATILITY
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IN FORESTRY OPERATIONS
PRINCIPAL
Por Márcio Rossini, Campinas (SP)
Inovação é chave para o desenvolvimento do nosso setor e essas soluções
são muito importantes para fortalecer a indústria de base florestal.
ENTREVISTA
Foto: divulgação
Por Rosane Coutinho, Lages (SC)
O trabalho das associações é muito importante para mostrar para a
sociedade o potencial e a importância das florestas plantadas.
ESPECIAL
Por Mário Werner, Guaíba (RS)
Levar o conhecimento acadêmico para o mercado de trabalho é uma
combinação que só pode trazer bons frutos.
Foto: divulgacão
ACOMPANHE AS PUBLICAÇÕES DA REVISTA TAMBÉM EM NOSSAS REDES SOCIAIS
CURTA NOSSA PÁGINA
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Revista Referência Florestal
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E-mails, críticas e sugestões podem ser
enviados também para redação
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Altos níveis de resultados pós controle, com redução da infestação e dos danos
econômicos na área plantada.
Otimização das doses recomendadas e dos custos operacionais.
BASTIDORES
Revista
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PARCERIA
Durante a Lignum Latin America, a parceria com a Komatsu
Forest foi o maior sucesso. A grande marca mundial de
máquinas e equipamentos do setor florestal participou da
reportagem de capa da edição que circulou na feira. Na foto, o
diretor comercial da Revista REFERÊNCIA FLORESTAL, Fábio
Machado, junto com a marketing da Komatsu Forest, Rafaella
Bonatti, e com o diretor comercial da empresa, Carlos Borba.
FEIRA
Durante a feira ABTCP, em São Paulo (SP),
recebemos a visita da equipe DRV no stand
da Revista CELULOSE & PAPEL.
Foto: REFERÊNCIA
ALTA
OUTUBRO 2022
RECUPERAÇÃO FORTE
A SPE/ME (Secretaria de Política Econômica do Ministério
da Economia) elevou a estimativa de crescimento O número de pessoas ocupadas com alguma atividade
DESEMPREGO CAI
do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2022 de profissional, com ou sem registro em carteira de trabalho,
2% para 2,7%. No curto prazo, para o terceiro trimestre, avançou 7,5% em julho deste ano, na comparação com
a SPE estima um PIB de 0,4%. Para 2023, a estimativa o mesmo período de 2021. Esse grupo totaliza cerca de
permanece em 2,5%. De acordo com os documentos, a 100,2 milhões de trabalhadores, um recorde da série iniciada
em janeiro de 2012, segundo nota elaborada pelo
expectativa para a taxa de inflação IPCA (Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo) em 2022 recuou
IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a partir
de 7,2% para 6,3%. A previsão considera a inflação
da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
abaixo das estimativas nos últimos meses, que reflete Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
a redução dos preços dos itens monitorados – como
Estatística). A pesquisa divulgada recentemente aponta
os combustíveis – e uma estabilização da inflação de
em 8,9% a taxa de desemprego no mês de julho, uma
serviços e de alimentos. Segundo a SPE, a revisão de
queda de 3,9 pontos porcentuais em relação ao ano
alta para a atividade econômica se deve principalmente anterior, e a menor desde julho de 2015. Em julho de
ao resultado do PIB do segundo trimestre deste ano,
2021, a taxa de desemprego estava em 12,8%, segundo
que apresentou crescimento de 1,2% na margem e foi números do IPEA.
superior ao estimado anteriormente, além da tendência
positiva dos indicadores já divulgados para o
terceiro trimestre.
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NOTAS
Evento trade
A IV edição do Woodtrade Brazil reuniu
na sede da FIEP (Federação das Indústrias do
Estado do Paraná), em Curitiba (PR), empresários,
diretores, CEOs das empresas do segmento
madeireiro e florestal, representantes de
empresas logísticas, traders, entre outros. Eles
acompanharam as abordagens e avaliações
sobre o mercado madeireiro, as questões de
suprimento florestal, os entraves e desafios
logísticos, bem como, cenários econômicos
e políticos. O principal objetivo do evento,
dividido em quatro blocos, foi de estimular a
discussão sobre as condições de competitividade,
as perspectivas, o potencial e os desafios do mercado para os diversos produtos madeireiros e florestal. As abordagens foram
em torno da profunda mudança na dinâmica da logística marítima ao redor do mundo, em especial nos últimos 2 anos de pandemia,
com novos patamares sendo praticados nos valores dos fretes, congestionamentos em portos, falta de contêineres, concentração
de mercado, assim como, os custos extras, incidentes nos bookings, detention, demurrage, armazenagem e a operacionalização
e burocracia dos órgãos anuentes nos processos de exportações. Encerrando a programação do dia, o jornalista Augusto Nunes,
trouxe percepções econômicas e políticas, como o Brasil está situado junto a investimentos nacionais e internacionais, segurança
jurídica, o atual quadro político, entre outras abordagens de reflexão.
Foto: Malinosvski
Sustentabilidade recorde
Foto: divulgação
As emissões de papéis ligados a projetos
de sustentabilidade ou a metas de governança
ambiental e social bateram recorde no
Brasil. Segundo estimativas divulgadas pelo
BC (Banco Central), em 2020 e 2021 foram
lançados US$ 20 bilhões por meio desses
títulos sustentáveis. Os números constam de
um trecho do Relatório de Economia Bancária,
que será completamente divulgado nos
próximos dias. Na segunda, a autoridade
monetária divulgou apenas dados sobre as
emissões de títulos relacionados à sustentabilidade
por empresas brasileiras, no mercado
doméstico e internacional. O volume de
emissões foi estimado com base em dados da
empresa de consultoria NINT (Natural Intelligence),
que compila operações de crédito sustentáveis realizadas por empresas brasileiras. Com base nos dados da empresa,
o BC constatou que o crescimento é exponencial. De 2015 a 2019, a emissão de títulos sustentáveis somou cerca de US$ 6
bilhões, um terço do registrado nos 2 anos seguintes. De acordo com o Banco Central, o Brasil responde por pouco mais de
1% das emissões de títulos sustentáveis do mundo, que somaram US$ 1,6 trilhão em 2020 e 2021. Na América Latina, o país
está em segundo lugar no volume de títulos, atrás do Chile.
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NOTAS
Impostos reduzidos
Os produtores que plantarem florestas fora de áreas de preservação
permanente poderão ganhar deduções no imposto de renda, isenção do
IRT (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural) e taxas de juros diferenciadas,
é o que diz o projeto de lei que está pronto para ser votado
na comissão de assuntos econômicos. O autor da proposta, senador Acir
Gurgacz (PDT-RO), diz que a medida preenche uma lacuna do Código
Florestal, que previu a recomposição de áreas de preservação permanente
e de reserva legal, mas não contemplou o cultivo de florestas
como um mecanismo de preservação ambiental.
As florestas plantadas servem à indústria de papel e celulose e à
indústria moveleira, entre outras. E ainda colaboram para recuperar áreas
degradadas e manter a fertilidade dos solos. Os incentivos já foram
aprovados pela Comissão de Meio Ambiente, onde foram detalhados
pelo relator, Wellington Fagundes, do PL, de Mato Grosso.
Isenção do IRT sobre a área do mesmo imóvel rural equivalente ao
quádruplo da área explorada com florestas plantadas, além disso, há a
possibilidade de dedução da base de cálculo do Imposto de Renda, limitada
a 20% do valor devido e às taxas de juros e demais encargos financeiros
incidentes sobre os financiamentos serão diferenciados, de forma
a favorecer a expansão da preservação ambiental.
Foto: divulgação
16 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Madeira cadastrada
O LPF (Laboratório de Produtos Florestais) lança nova versão da chave eletrônica de Madeiras Comerciais do Brasil em
português e inglês com acesso livre. A versão anterior da chave rodava no programa Delta, que tinha que ser instalado em
cada máquina, e dispunha de 157 espécies. A nova chave é bilíngue (português e inglês) e possui 275 espécies cadastradas e
pode ser acessada de qualquer lugar pelo link https://keys.lucidcentral.org/keys/v4/madeiras_comerciais_do_brasil/
A ferramenta consiste em um aplicativo onde o usuário pode encontrar dados taxonômicos de 275 espécies de madeiras
tropicais, dentre as mais comercializadas e as mais ameaçadas do Brasil. A partir da seleção de certas características disponíveis
na chave, o programa irá filtrar apenas as espécies que se encaixam na descrição selecionada. Dessa forma, a partir da
observação de uma amostra de madeira usando uma lupa de mão com aumento de pelo menos 10 vezes, o usuário poderá
chegar até a espécie que está observando. Esse conjunto de informações visuais (imagens) e técnicas (caracterização anatômica
da madeira) é de extrema ajuda na tomada de decisão quando se quer saber de fato a qual espécie de árvore pertence
um pedaço de madeira.
O principal público alvo são agentes de controle e fiscalização da exploração, transporte e comércio de madeira, sendo
uma importante ajuda no combate ao desmatamento ilegal. Mas também é uma ferramenta muito útil para o setor madeireiro
legal, permitindo com que produtores, vendedores e compradores possam ter certeza a respeito da legalidade dos produtos
que movimentam. Além disso, fornece uma ótima fonte de informação para alunos e pesquisadores da área florestal.
Com o auxílio da chave, os agentes de fiscalização podem coibir crimes ambientais ao identificar espécies ameaçadas
sendo exploradas. Também permite que os fiscais observem inconsistências na identificação das espécies constantes na
documentação de produtos florestais, já que é muito comum os criminosos ambientais esquentarem madeiras ilegais com
documentos de outras madeiras.
Foto: divulgação
18 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Preservação
recompensada
Foto: divulgação
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) irá realizar
estudos para avaliar a viabilidade de um novo
modelo de concessão ambiental baseado na
remuneração para conservação e recuperação
de florestas públicas. A ideia é utilizar o
PSA (Pagamento por Serviços Ambientais) e o
mercado de créditos de carbono para tornar a
preservação uma atividade lucrativa, levando
investimentos aos territórios e garantindo alternativa
de renda para quem protege o meio
ambiente na Amazônia e em outros biomas.
Para a realização dos estudos, a instituição
financeira assinou um contrato com o Consórcio
PSA e Créditos de Carbono, liderado pela
Tauil e Chequer Sociedade de Advogados e
composto pela empresa Biofílica Ambipar Environmental
Investments. O consórcio foi selecionado
em um processo público que contou
com quatro participantes.
Segundo o BNDES, as concessões ambientais
existentes costumam se basear na
exploração turística ou no manejo sustentável
de produtos florestais. Os estudos irão avaliar
um modelo diferente, que deverá apresentar
soluções técnicas e jurídicas levando em conta
o arcabouço legal existente no Brasil. “Ele está
alinhado à missão ambiental do planejamento
estratégico do BNDES, que consiste em apoiar
o desenvolvimento dos mercados de carbono
e pagamentos de serviços ambientais”, informa
a instituição.
Com cada vez mais visibilidade na pauta
ambiental internacional, o PSA é um mecanismo
que vem sendo usado em diversos países
para remunerar empreendedores, produtores
rurais, agricultores familiares, assentados,
comunidades tradicionais e povos indígenas
pelos serviços de conservação que beneficiam
toda a sociedade, que vão desde a preservação
de florestas nativas até a restauração
de áreas degradadas. Na prática, trata-se de
um incentivo para as boas práticas no campo,
contribuindo também para o combate ao desmatamento
ilegal.
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NOTAS
Florestas Plantadas
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Em reunião realizada no mês de setembro, representante da SFA/PR (Superintendência Federal de Agricultura do
Estado do Paraná) e do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Cleverson Freitas, e a Diretora de Desenvolvimento
Florestal, do SFB (Serviço Florestal Brasileiro), Lizane Ferreira, estiveram na EMBRAPA Florestas (Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em Colombo (PR), para uma reunião com o chefe-geral da unidade, Erich Schaitza.
A reunião teve como objetivo discutir sobre as estratégias setoriais do Plano Nacional de Desenvolvimento das Florestas
Plantadas, que tem como grande meta nacional ampliar a área de florestas plantadas em 2 milhões de ha (hectares)
até 2030. Neste primeiro encontro, foram tratados os detalhes do TED (Termo de Execução Descentralizada) de cooperação
entre as instituições, com quatro metas: dimensionar a demanda por produtos florestais oriundos de florestas plantadas;
identificar potencial de mercado para os principais produtos florestais oriundos de florestas plantadas; disponibilizar
e disseminar tecnologias e práticas para plantio de florestas e beneficiamento de produtos para instituições, empresas
e sociedade, incluindo a produção de material técnico na forma de EAD (Educação à Distância) direcionado ao produtor
rural e definir estratégias para alcance dos Objetivos Nacionais Florestais.
O Chefe-Geral da EMBRAPA Florestas, Erich Schaitza, ressaltou: “A ideia é analisar as perspectivas de área florestal e
traçar caminhos para o futuro. Vamos analisar e discutir o Plano Nacional de Florestas Plantadas, de forma a permitir um
posicionamento assertivo da EMBRAPA, do MAPA e do SFB”, afirmou Erich.
Na ocasião, também foi discutida a possibilidade de novos projetos e parcerias entre as instituições. Cleverson Freitas,
considerou a visita à EMBRAPA Florestas uma excelente oportunidade para conhecer as pesquisas desenvolvidas pela
unidade, e também para estreitar as relações entre a EMBRAPA e a Superintendência do MAPA aqui no estado do Paraná,
visando futuras parcerias e novos projetos. “Um dos projetos discutidos foi a utilização de iscas com feromônios no Aeroporto
Internacional Afonso Pena, para monitorar a possível entrada de pragas que possam ser prejudiciais à agropecuária
e às florestas brasileiras”, destacou Cleverson.
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NOTAS
Conectada e protegida
A integração logística e de comunicação são fundamentais para o desenvolvimento e a proteção da região da Amazônia e
o 5G possibilitará ações no meio da floresta, fazendo com que a área deixe de ser um deserto digital. Essas são as principais
conclusões do painel do dia: A tecnologia como instrumento de proteção e desenvolvimento da nação; durante o seminário
5G.BR, promovido pelo MC (Ministério das Comunicações), na capital do Amazonas. Na conversa moderada pelo CEO da FS
Security, Alberto Leite, os painelistas destacaram que a tecnologia vai permitir vencer o desafio de atuar, de forma sustentável,
seja com tecnologia, seja com a agricultura, preservando o bioma e valorizando o território. O painel, teve participação
do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, do diretor de Produtos do CENSIPAM (Centro Gestor e Operacional do Sistema
de Proteção da Amazônia), Hélcio Vieira Júnior, e do comandante do 1º Batalhão de Comunicações e Guerra Eletrônica de
Selva (Comando da Amazônia), Walace Paysan Gomes.
Segundo o comandante, a tecnologia 5G vai complementar os meios de comunicação já existentes no monitoramento de
fronteiras, para aumentar a fiscalização e o combate aos ilícitos. “A possibilidade de trazer a informação na faixa de fronteira
com maior velocidade é uma enorme colaboração”, declarou Walace.
Segundo Vieira Júnior, do Censipam, a proteção da região amazônica e a promoção do desenvolvimento sustentável é
feita baseada em dados. E para tomar decisões é preciso que o tráfego de dados seja rápido. “Vamos poder tomar melhores
decisões com base em dados confiáveis, para prover a proteção da Amazônia”, afirmou.
O ministro Joaquim Leite lembrou que a tecnologia também pode contribuir no combate ao desmatamento e aos incêndios,
com possibilidade de atuação em tempo real.
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Foto: Emanuel Caldeira
O Prêmio REFERÊNCIA 2022 está chegando e conforme foi destacado na última edição, o último participante do
Painel Sustentabilidade desse ano foi confirmado. Esse novo painelista se junta a Rafael Mason, presidente do CIPEM
(Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso), Evaldo Muñoz Braz, pesquisador
da EMBRAPA Florestas (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e Deryck Pantoja Martins, diretor técnico
da AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará).
O integrante que completa o elenco do painel é Paulo Pupo, superintendente da Abimci (Associação Brasileira da
Indústria de Madeira Processada Mecanicamente). Paulo será responsável por apresentar o tema: Mercado e tendências
para a madeira processada. Além do cargo na Abimci, Paulo é vice-presidente da FIEP (Federação das Indústrias
do Estado do Paraná) e Coordenador do Comitê Brasileiro de Madeira ABNT-CB31 (Associação Brasileira de Normas
Técnicas). A presença de Paulo no painel reforça o papel do prêmio, que além de celebrar os grandes destaques do
setor, serve também como fonte de informação para vários focos de atuação no mercado, passando pela madeira
manejada, as exportações, a pesquisa e também a madeira de reflorestamento.
O Prêmio REFERÊNCIA 2022 é organizado pela JOTA EDITORA, responsável pelas revistas REFERÊNCIA FLORES-
TAL, REFERÊNCIA INDUSTRIAL DA MADEIRA, REFERÊNCIA CELULOSE&PAPEL, REFERÊNCIA PRODUTOS DE MADEIRA e
REFERÊNCIA BIOMAIS. A edição deste ano conta com os patrocínios de: ACIMDERJ, AIMEX, CIPEM , DRV FERRAMEN-
TAS, EFFISA, INOX CONEXÕES, MONTANA QUÍMICA, MSM QUÍMICA e REMSOFT. A premiação será realizada no dia
29 de novembro, a partir das 19h (horas), em Curitiba (PR). Além dos vencedores, e convidados, esse ano o evento é
aberto para o público geral. Estão disponíveis alguns ingressos de um lote limitado de convites para os interessados
em participar do evento que dará direito a participar de toda a programação da noite: Painel Sustentabilidade, Prêmio
REFERÊNCIA e do jantar que acontece logo após o término da cerimônia, com cardápio de massas especiais e bebidas
não alcoólicas liberadas.
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COLUNA
Foto: divulgação
CIPEM É ASSOCIADO
DA REDE MULHER
FLORESTAL
Por meio do apoio
técnico e financeiro
do CIPEM, nosso
objetivo é o de
romper com antigos e
errôneos paradigmas
relacionados com
a exploração legal
e sustentável de
madeira
https://cipem.org.br
Parceria nasce para fortalecer e valorizar as
mulheres que atuam no setor florestal
D
iante à crescente presença feminina nas diversas atividades
desenvolvidas no contexto do setor florestal, o CIPEM (Centro
das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira)
entende que a equidade de gênero é uma pauta muito importante
do tripé da sustentabilidade no quesito Social, que
deve ser amplamente discutida, com o fim de se promover significativas
transformações na sociedade brasileira.
Dessa forma, enquanto entidade representativa do setor de base florestal
do Estado de Mato Grosso e, por meio da associação à RMF (Rede
Mulher Florestal), o CIPEM reitera seu reconhecimento e apoio voluntário
à organização não-governamental e sem fins lucrativos dedicada à causa.
Fundada em Curitiba, em novembro de 2018, a RMF tem enquanto
missão a discussão sobre gênero, promovendo o respeito à diversidade e
igualdade de oportunidades para as mulheres no setor florestal.
CULTURA E FLORESTA
Em reunião realizada pela diretoria do CIPEM foi lançado o livro: Um
dia de Floresta – o magnífico manejo florestal, da professora Mariana Peres,
engenheira florestal. A autora participou da agenda e explanou sobre
a série literária, que tem como proposta promover ampla discussão em
torno dos benefícios proporcionados pelo manejo florestal sustentável no
contexto escolar.
“Por meio do apoio técnico e financeiro do CIPEM, nosso objetivo
é o de romper com antigos e errôneos paradigmas relacionados com a
exploração legal e sustentável de madeira”, esclareceu Rafael Mason, presidente
do CIPEM.
Durante a reunião também foi pautada a demanda existente por
alternativas de armazenamento e transporte de madeiras produzidas no
Estado. Essa pauta trouxe à discussão novos focos logísticos e como o Porto
Seco de Cuiabá, poderá servir como um facilitador dos processos burocráticos,
como vistoria do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis) e Receita Federal.
28 www.referenciaflorestal.com.br
FRASES
Foto: divulgação
Somos uma indústria que
tem o compromisso com o
desenvolvimento sustentável,
por meio de ações focadas
nas pessoas, no meio
ambiente e na prosperidade
das comunidades
Zaid Ahmad Nasser é presidente da APRE
(Associação Paranaense de Empresas de Base
Florestal), em artigo publicado no site da
associação
“O que precisamos agora é
trabalhar as demais atividades de
base florestal, dar importância
também à madeira sólida, à
produção de carvão vegetal,
estimular a indústria de MDF e
móveis, indústria da energia, de
fonte térmica, siderurgia, que são
grande geradores de empregos.
Então precisa de diversificação
industrial e que a árvore seja
seccionada em partes menores,
dando mais oportunidades para o
silvicultor”
“O Brasil tem uma
característica de aproveitar e
poder ser exportador desse
crédito. Então para nós foi
bastante importante a gente
começar a desenhar esse
mercado global”
Joaquim Leite, Ministro do Meio Ambiente, sobre
o mercado de créditos de carbono
Junior Ramires, presidente da REFLORE-MS
(Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores
e Consumidores de Florestas Plantadas) em
entrevista ao Correio do Estado
30 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA
O manejo é a
RESPOSTA
Forest management
is the answer
Foto: divulgação
ENTREVISTA
O
Brasil é um gigante em riquezas naturais
e quando se trata de espécies de árvores,
quase que diariamente surgem novas opções
comerciais de tipos de madeira. O potencial
de aproveitamento dessas espécies para a realização
de manejo florestal sustentável é o trabalho do pesquisador
Evaldo Muñoz Braz. Evaldo se dedica há mais de três décadas
no desenvolvimento e aplicação de adequadas práticas
de manejo florestal e comenta sobre a evolução do segmento,
a importância da pesquisa e as mudanças vistas na
atividade ao longo dos anos.
Evaldo
Muñoz Braz
B
razil is a giant in natural riches, and when
it comes to tree species, new commercial
options for timber types appear almost daily.
However, the potential to use these species
for Sustainable Forest Management is the work of scientist
Evaldo Muñoz Braz. He has dedicated more than three
decades to developing and applying appropriate Forest
Management practices and comments on the evolution of
the segment, the importance of research, and the changes
seen in the activity over the years.
ATIVIDADE/ ACTIVITY:
Mestre e doutor em engenharia florestal pela UFSM
(Universidade Federal de Santa Maria), já participou de
levantamentos florestais nos Estados do Amazonas, Acre
e Roraima. Suas principais experiências são nas áreas de
recursos florestais e engenharia florestal, com ênfase no
manejo de florestas naturais na Floresta Amazônica.
Graduate, Masters, and Doctorate Degrees in Forestry
Engineering from the Federal University of Santa Maria
(UFSM). He has participated in forest surveys in the States
of Amazonas, Acre, and Roraima. His main experiences are
in forest resources and forest engineering, emphasizing
natural Forest Management in the Amazon Forest.
32 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA
>> Como surgiu seu interesse pela engenharia florestal?
Desde jovem tenho interesse pelo conhecimento sobre
florestas. Em uma visita de divulgação do então curso
científico, que antecederam às faculdades, houve a divulgação
do curso de engenharia florestal em Santa Maria
(RS). Essa divulgação foi feita por um dos fundadores do
curso na cidade, o professor José Sales Mariano da Rocha.
Através da apresentação, o interesse que já tinha aumentou
e tomei a decisão de seguir na área.
>> Quais suas principais áreas de pesquisa?
Há muitos anos me dedico a pesquisa de manejo de florestas
naturais. No início trabalhei com a pesquisa em
exploração florestal, que hoje é chamado de colheita
florestal. Atuei no Acre, na EMBRAPA (Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária), junto ao pesquisador Marcos
Vinicius para realizar o planejamento de redes de estradas
no Estado. Além disso, trabalhei por muito tempo com inventários
florestais. Hoje, posso dizer que minha área de
pesquisa está muito fortalecida, principalmente pela parceria
com a doutora Patrícia Póvoa de Matos, especialista
em dendrocronologia. Essa parceria ajudou a desenvolver
mais conceitos de manejo de florestas naturais e interpretar
melhor os dados colhidos na floresta.
>> Com foi sua experiência lecionando em Moçambique?
Extremamente interessante. Antes de lecionar, trabalhei
em uma empresa florestal do país, identificando as áreas
para exploração florestal, que me ajudou a conhecer a
realidade de Moçambique. Quando lecionei, pude ajudar
na formação do curso de engenharia florestal em Moçambique.
Eventualmente recebemos visitantes na EMBRAPA
e há algum tempo tive a surpresa de receber um engenheiro
florestal moçambicano formado na Universidade
Eduardo Mondlane e que tinha sido meu aluno. É extremamente
gratificante poder passar informações e ajudar
na formação de profissionais de países que passam por
algumas dificuldades.
>> Conte-nos sobre a realização dos levantamentos florestais
no Acre e Roraima?
Essa experiência me ajudou a ter uma visão mais geral
sobre a Floresta Amazônica. Trabalhei no inventário da
BR 364, no Estado do Acre, junto a FUNTAC (Fundação de
Tecnologia do Estado do Acre), onde fizemos um levantamento
ao longo de todo o caminho das subtipologias
florestais, que lá existiam. As informações levantadas
no trabalho foram publicadas ainda no ano de 1994. Em
Roraima, foi feito um levantamento ao longo de um dos
maiores rios do Estado. Esses levantamentos deram embasamento
para o que faço até hoje, muito conhecimento
sobre a floresta e aumentou ainda mais o desejo de trabalhar
nas florestas naturais brasileiras.
>> Qual a importância do manejo sustentável para as
florestas e para a economia?
How did you become interested in Forest Engineering?
Ever since I was young, I’ve been interested in forest
knowledge. On a visit to the then-scientific courses,
which preceded the forest departments, there was the
announcement of the forestry engineering course in
Santa Maria (RS). This disclosure was made by Professor
José Sales Mariano da Rocha, one of the founders of the
course. From his presentation, my interest increased,
and I decided to follow in the area.
What are your main areas of research?
For many years, I have been dedicated to research in the
Forest Management of natural forests. In the beginning,
I worked with research in forest exploration, which today
is called forest harvesting. Then, I worked in the State
of Acre, at the Brazilian Agricultural Research Company
(Embrapa), with scientist Marcos Vinicius to plan road
networks in the State. In addition, I worked for a long
time with forest inventories. Today, I can say that my
research area is very much influenced by the partnership
with Dr. Patricia Póvoa de Matos, a specialist in
dendrochronology. This partnership helped to develop
more concepts of natural Forest Management and better
interpret the data collected in the forest.
You taught in Mozambique. What was your experience
like?
Extremely interesting. Before teaching, I worked for a
forestry company in the Country, identifying the areas
for forest exploration, which helped me to know the
reality of Mozambique. Then, when I taught, I was able
to help in creating the forest engineering course in Mozambique.
Later, we received visitors at Embrapa. Some
time ago, I had the surprise visit of a Mozambican forest
engineer who had graduated from Eduardo Mondlane
University and had been my student. It is very gratifying
to have been able to pass on knowledge and help train
professionals from countries that are going through
difficulties.
Can you tell us about the forest surveys in the States of
Acre and Roraima?
BRAZ: This experience helped me to get a more general
view of the Amazon Rainforest. I worked in the inventory
along BR 364, in the State of Acre, with the Acre
Technology Foundation (Funtac), where we conducted a
survey along the entire highway for each forest subtype.
The information gathered in the survey was published in
1994. In Roraima, a survey was carried out along one of
the largest rivers in the State. These surveys supported
what I do today, collecting further knowledge about the
forest and increasing my desire to work with Brazilian
natural forests.
What is the importance of sustainable Forest Management
for forests and the economy?
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ENTREVISTA
O manejo tem grande importância para os Estados que
pertencem à Floresta Amazônica. Para economias microrregionais
dentro desses Estados como gerador de renda
para os municípios e é um grande gerador de emprego
também. Mas acima de tudo, o manejo florestal é o único
uso do solo que mantém a cobertura florestal praticamente
intacta e a única proposta de uso econômico, que
mantém a floresta em pé. É o único uso plenamente sustentável
para o bioma.
>> Como a pesquisa florestal pode trazer novas soluções
para o setor florestal?
A pesquisa sobre o manejo florestal contribui de forma
essencial. Atualmente temos uma legislação que permite
uma taxa padrão de extração para todos os diferentes locais
na Região Amazônia. A Amazônia é gigantesca e tem
diferentes potencialidades, dependendo das condições
locais ou distribuição das espécies. A pesquisa surge como
uma possibilidade de desenvolver novos procedimentos
para manejar espécies. Primeiro, conhecendo melhor as
espécies, pois quanto mais informações temos sobre a árvore,
melhor a forma de usufruir da madeira e preservar
a continuidade daquela espécie. Por isso, a pesquisa serve
para informar sobre as árvores de cada região, sobre a
maturidade dos indivíduos ali presentes, isso faz com que
a intervenção nessa floresta seja muito mais assertiva e
produtiva. Utilizar uma mesma norma geral é um empecilho
para o desenvolvimento do trabalho do manejo, pois
as espécies apresentam comportamentos, ciclos e resultados
diferentes. A pesquisa sobre manejo abre as possibilidades
para que a legislação possa ser alterada e aplicada
da melhor maneira possível.
>> Como mostrar a importância do manejo sustentável
da floresta para a sociedade?
Na verdade existe uma grande confusão entre manejo,
exploração florestal e desmatamento. A grande mídia
também acaba fazendo confusão entre os termos e isso
prejudica a visão da sociedade sobre manejo. O manejo
precisa ser mais divulgado, mais explicado para sociedade
civil, para que a importância e seriedade do manejo
Forest Management is essential for States making up
the Amazon Forest. For microregional economies within
these States, the forest is an income generator for municipalities
and a significant generator of employment.
But above all, Forest Management is the only land use
that keeps forest cover virtually intact and the only proposal
for economic use that keeps the forest standing. It
is the only fully sustainable use for the biome.
How can forest research lead to new solutions for the
Forestry Sector?
Research on Forest Management is essential to forest
well-being. Currently, the legislation calls for a standard
harvest rate for all locations in the Amazon Region.
The Region is gigantic and has different potentialities
depending on local conditions or species distribution.
Research emerges as a possibility to develop new procedures
for handling species. Knowing the species better
because the more information we have about the tree,
the better is the way to enjoy the forest products and
preserve the continuity of that species. Therefore, research
informs us about the trees in each region and the
maturity of the individuals present there. This helps the
intervention in this forest be much more assertive and
productive. Using the same general standard hinders
the development of Forest Management work because
the species have different behaviors, cycles, and results.
Forest Management research allows legislation to be
amended and applied in the best possible way.
How can you show the importance of Sustainable Forest
Management for society?
There is much confusion between Forest Management,
forest exploitation, and deforestation. The mainstream
media also creates this confusion between the terms,
undermining society’s view of Forest Management.
Forest Management needs to be more disseminated and
better explained to civil society so that the importance
and seriousness of Forest Management can be understood.
Forest Management respects the forest, has standards
to be followed, and preserves local fauna and flora
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ENTREVISTA
possam ser entendidas. O manejo respeita a floresta, tem
padrões para ser realizado e preserva fauna e flora local
como nenhuma outra atividade. O manejo é uma garantia
de preservação para a floresta. É importante mostrar
para a sociedade e para produtores rurais, que tenham
interesse, que o manejo é a única atividade que não altera
ambiente, pois remove algumas árvores e mantém a
maioria intacta.
>> O manejo é a chave para manter a floresta em pé?
O manejo é a chave para manter a floresta em pé para
sempre. Perenemente, porque o princípio do manejo é
só cortar árvores depois que ela atingir um determinado
ponto de maturação e toda parte estrutural de baixo mais
jovem, mais saudável, fica em pé. Ou seja, após a remoção
das árvores mais velhas, só podemos voltar na mesma
área em 25 ou 30 anos. Assim, teremos novas árvores
para realizar um novo corte, mas a estrutura da floresta
fica mantida.
>> Qual a importância da EMBRAPA Florestas para a pesquisa
e desenvolvimento das culturas florestais e manejo
no Brasil?
A EMBRAPA foi criada para aliar a questão ambiental e
produtiva, temos essa pegada de produção florestal como
um norte no trabalho. Trabalhamos com florestas nativas
e também nas melhorias para o desenvolvimento de
espécies de reflorestamento. Na minha área, de manejo
de espécies nativas, temos nossa maior área de pesquisa
no Mato Grosso, onde existem grandes áreas de manejo
sendo exploradas. Nossa área de pesquisa, por exemplo,
da EMBRAPA Florestas é no Mato Grosso. Temos parceria,
também com a EMBRAPA do Acre e buscamos, como pesquisadores,
oferecer soluções melhores para a produção.
>> Existem parcerias público privadas no desenvolvimento
das pesquisas?
A EMBRAPA têm várias parcerias. No manejo trabalhamos
junto com o CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e
Exportadoras de Madeira do Estado do Mato Grosso) e
com o SINDUSMAD/Norte (Sindicato da Indústria Madei-
like no other activity. Forest Management is a guarantee
of the preservation of the forest. It is essential to show
this to society and rural producers who are interested
that Forest Management is the only activity that does
not alter the environment, as it removes some trees and
keeps the majority intact.
Is Forest Management the key to maintaining the
forest standing?
Forest Management is the key to maintaining the forest
standing forever. Perennially, the Forest Management
principle is only to cut down trees after they reach a certain
maturation point. Thus, the younger, healthier trees
remain standing in every part of the forest structure.
That is, after the removal of the older trees, we can only
return to the same area in 25 or 30 years. Thus, we will
have new trees to make new cuts, and therefore, the
structure of the forest is maintained.
What is the importance of Embrapa Florestas for the
research and development of planted forests and Forest
Management in Brazil?
Embrapa was created to study the environmental
and productive issues combined. We have this forest
production footprint as an objective of our work. We
work with native forests, species improvements, and the
development of reforestation. In my area, native species
Forest Management, we have our largest research area
in Mato Grosso, where many Forest Management areas
are being explored. Our Embrapa research area, for
example, is in Mato Grosso. We also have a partnership
with Embrapa in Acre and seek, as scientists, to offer
better solutions for production.
Are there Public Private Partnerships in the development
of research?
Embrapa has several partnerships. In the Forest Management
area, we work with the State of Mato Grosso
Center of Wood Producing and Exporting Industries (CI-
PEM) and the North of the State of Mato Grosso Timber
Industry Union (Sindusmad/Norte). These partnerships
A pesquisa sobre manejo abre as possibilidades para
que a legislação possa ser alterada e aplicada da
melhor maneira
38 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA
reira do Norte do Estado do Mato Grosso). Essas pesquisas
funcionam em uma rota de mão dupla. As associações
nos apoiam e em contrapartida recebem informações de
interesse para suas atividades. Trabalhamos para expandir
essas parcerias em outros Estados e atividades.
>> O Brasil pode ser uma potência no manejo e exportação
de madeira nativa?
Acredito que sim. Vemos alguns trabalhos que consideram
que não, que não seria sustentável para suprir uma
demanda mundial. Entretanto são poucas áreas até agora
que estão sendo destinadas ao manejo florestal e nessa
lacuna temos um potencial enorme, com a Floresta Amazônica,
mas também se tivermos expansão para outras
florestas nacionais. Precisamos trabalhar para diminuir o
preconceito com o manejo e mostrar que quanto mais florestas
manejadas, mais florestas teremos em pé e menos
áreas serão destinadas à culturas que afetem o bioma de
forma mais pesada.
>> Quais as principais mudanças que observa em relação
ao manejo realizado quando começou nessa área de
atualmente?
Antigamente o manejo era feito de exploração sem o adequado
planejamento. Havia muita destruição da floresta
que permanecia e isso afetava também a regeneração da
área de manejo. A legislação e as pesquisas foram grandes
aliadas no desenvolvimento do manejo florestal. A
evolução da exploração madeireira saiu de um extrativismo
simples, onde a pessoa ia lá e tirava a árvore, para um
sistema planejado, onde toda extração é controlada pelos
órgãos fiscalizadores. Hoje há um controle muito maior
sobre a atividade, sistemas de rastreamento da madeira
desde seu corte, até o destino final do produto.
>> Qual é seu maior objetivo como pesquisador?
O objetivo como pesquisador é dar respostas para a sociedade.
Respostas que contribuam para a sociedade e,
especificamente para mim, é diminuir o preconceito que
existe em relação ao manejo e contribuir para que a legislação
e os métodos de manejo se aperfeiçoem.
work both ways. The associations support us; on the other
hand, they receive information of interest regarding
their activities. We work to expand these partnerships in
other states and actions.
Can Brazil participate significantly in the Forest Management
and export of native timber?
I believe so. We see some publications where people
don’t think so, that it would not be sustainable to meet
global demand. However, up to now, there is only a minimal
area destined for Forest Management. Therefore,
we have enormous potential with the Amazon Forest,
but also if we expand to other national forests. We need
to work to reduce prejudice against Forest Management
and show that the more Forest Management forests, the
more forests we will have standing, and the fewer areas
will be destined for other crops that negatively impact
the biome.
What are the main changes observed concerning how
Forest Management is being carried out from when it
started in the Amazon area and now?
In the past, Forest Management was carried out by
exploitation without proper planning. There was a lot of
destruction of the remaining forest, which also affected
the Forest Management area’s regeneration. Legislation
and research were significant allies in the development
of Forest Management. Forest harvesting evolved from a
simple extraction, where the person went into the forest
and took a tree, to a planned system, where inspection
agencies monitor all extractions. Today, there is much
greater control over the activity, and timber tracking
systems from its cutting, to the final destination of the
product.
What is your primary goal as a scientist?
My objective as a scientist is to give answers to society.
For me, it is to find solutions that contribute to society
and reduce the prejudice concerning Forest Management,
contribute to the legislation, and improve Forest
Management methods.
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O importante é fazer uso de uma luva adequada que atenda as
necessidades e que tenha o CA (Certificado de Aprovação)
O
trabalho com motosserras é potencialmente
muito perigoso e exige uma série de cuidados por
parte dos envolvidos na atividade, principalmente
o operador da máquina. Queda de árvore em
função de um mal planejamento, bem como, um
ferimento resultante do contato do conjunto de corte no corpo
do operador, são apenas dois exemplos.
Para mitigar, e diminuir drasticamente qualquer evento que
possa trazer algum prejuízo físico e danos à saúde do operador é
muito importante que se faça um correto planejamento das atividades
que serão executadas para que a partir desse momento se
estabeleça as medidas de proteção do trabalho. E dentro dessas
medidas tem-se o uso dos equipamentos de proteção individual,
o qual a luva de proteção das mãos é indispensável.
A luva para a atividade de corte florestal é fundamental, pois
é ela que vai proteger a mão do contato em qualquer objeto e
proporcionar a pega adequada tanto no cabo dianteiro, quanto
no cabo traseiro, mantendo assim, a motosserra estável e firme
junto ao corpo.
De 10% a 15% dos ferimentos no corpo do operador ocorrem
nas mãos. Posso afirmar que a maioria ocorre em função do não
uso das luvas, e quase todos os danos poderiam ser minimizados
se o operador estivesse fazendo uso do EPI.
Os ferimentos mais comuns nas mãos dos operador são:
- corte ocasionado pelo conjunto de corte no momento da
atividade;
- corte e queimaduras no momento da manutenção da máquina,
afiação, por exemplo, e silenciador quente;
- espinhos e picadas de animais.
Existem no mercado vários tipos de luvas para trabalho
com motosserras, onde predomina luvas de cinco dedos. Nesta
configuração tem-se um modelo que apresenta uma proteção
anticorte no dorso da mão. Dessa forma a atividade se torna mais
segura ainda, principalmente quando vai ocorrer o travamento da
corrente pela mão esquerda do operador.
Outro modelo muito bacana é a luva de gato ou de 3 dedos.
Essa luva em questão é específica para a atividade com motosserra,
e ela tem como característica na mão direita a facilidade em
usar o acelerador com o dedo indicador na atividade de seccionamento
ou desgalhamento, bem como, o uso do polegar quando
da atividade de supressão da árvore.
Independente do modelo a ser utilizado, o importante é fazer
uso de uma luva adequada que atenda as necessidades e que tenha
o CA (certificado de aprovação).
É importante sempre dar preferência para que a palma da
luva seja constituída de vaqueta ao invés de raspa, pelo motivo de
ser mais maleável ao usar, principalmente se molhar. Outro ponto
a ser levado em consideração é que o dorso da mão seja constituído
de um material que ajude na transpiração, seja resistente
ao rasgo e absorva o suor durante a execução da atividade. Toda e
qualquer luva deve ainda ser resistente a abrasão e escoriação.
De 10% a 15% dos ferimentos
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Indústria de iscas formicidas
celebra sua tradição de
vanguarda tecnológica,
alto padrão de qualidade e
reconhecimento dos clientes
Ao final da década de 1960 a industrialização do
mundo pós-guerra havia dado ao Brasil, então
integrante do grupo de países chamado terceiro
mundo, uma melhor condição de crescimento e
iniciava-se um ciclo de desenvolvimento inédito. O
cenário desse período foi caracterizado pela entrada de capital
estrangeiro, motivado pelo crescimento das exportações e por
investimentos internos.
O Brasil vinha desenvolvendo técnicas aplicadas em todas
as formas de cultivo, visando mais produtividade e colaborando
para o incremento dos números da economia nacional. Das
ameaças existentes nas lavouras desse imenso Brasil, a formiga
representava um grande problema ainda sem soluções eficazes.
Foi nesse contexto que a Dinagro iniciou suas atividades no
comércio de inseticidas e produtos pecuários. Em 1969, Izidro
Pedro de Freitas e Salvatore Romano fundavam a primeira fábrica
de iscas formicidas do Brasil, no interior, em Ribeirão Preto (SP).
O pioneirismo da Dinagro rapidamente gerou frutos e logo outros
brasileiros também perceberam que poderiam fabricar iscas
formicidas, que até então eram importadas.
Naquela época, uma das tarefas mais difíceis enfrentadas pelos
agricultores era o controle das pragas. A visão empreendedora
da Dinagro atuou com foco nessa dificuldade que se apresentava
silenciosa e quase invisível, mas de consequências desastrosas
para o produtor rural. Foi dessa maneira que a Isca Formicida se
tornou uma forte aliada do agronegócio nacional, contribuindo
substancialmente para que a agricultura brasileira pudesse ter a
sua primeira grande alavancagem.
É fato que sem o controle desta praga e muitas outras, o
Brasil não seria hoje a promessa de celeiro do mundo. O olhar
disruptivo dos fundadores da Dinagro em nacionalizar esta tecnologia,
é considerado um marco de grande feito para o setor do
agronegócio do nosso país.
The Growth of a
Pioneering Brand
An ant bait producer celebrates its
tradition of cutting-edge technology,
high-quality standards, and
customer recognition
B
y the end of the 1960s, the industrialization of
the post-war world led Brazil, then a member
of the group of countries known as the third
world, to better growth conditions, and an
unprecedented development cycle began.
This period was characterized by the entry of foreign capital,
motivated by the growth of exports and internal investments.
Brazil had been developing techniques applied in all forms
of crop cultivation, aiming at more productivity and contributing
to the increase in domestic economy numbers. However,
of the threats existing in the crops of this immense Brazil,
the ant represented a significant problem still without great
effective solutions.
It was in this context that Dinagro began its activities in the
sale of insecticides and livestock products. In 1969, Izidro Pedro
de Freitas and Salvatore Romano (in Memorium) founded the
first ant bait factory in Brazil, in the interior, in Ribeirão Preto
(SP). Dinagro’s pioneering role quickly produced fruit, and soon
other Brazilians also realized that they could manufacture ant
baits, which up to then had been imported.
At that time, rural producers faced one of the most challenging
tasks, pest control. Dinagro’s entrepreneurial vision
focused on this silent and almost invisible difficulty, but with
disastrous consequences for the rural producer. In this way,
ant baits became a strong ally of domestic agribusiness, contributing
substantially so Brazilian agriculture could achieve
its first significant leverage.
It is a fact that without controlling this plague and many
others, Brazil would not be the promise of the world’s food silo
today. Therefore, the Dinagro founders’ groundbreaking look in
domesticating this technology is considered a milestone and an
outstanding achievement for the Agribusiness Sector in Brazil.
Outubro 2022
45
PRINCIPAL
O PRESENTE TEXTO É UM CONVITE A
CONHECER CADA ETAPA DESSA HISTÓRIA, E
MAIS DO QUE O REGISTRO DE UMA TRAJETÓRIA
EMPRESARIAL, PRETENDE SER UMA FONTE DE
INSPIRAÇÃO PARA NOVOS EMPREENDIMENTOS,
PARA NOVOS VISIONÁRIOS E NOVAS HISTÓRIAS
DE SUCESSO. ADENTRAMOS UMA CASA DE
FAMÍLIA, A FAMÍLIA DINAGRO.
THIS TEXT IS AN INVITATION TO GET TO
KNOW EACH STAGE OF THE COMPANY’S
HISTORY. MORE THAN THE RECORD OF A
BUSINESS TRAJECTORY, THE COMPANY AIMS
TO BE A SOURCE OF INSPIRATION FOR NEW
VENTURES, NEW VISIONARIES, AND NEW
SUCCESS STORIES. WE’VE ENTERED A FAMILY
HOME, THE DINAGRO FAMILY.
COMO TUDO COMEÇOU
Atrás de um balcão, o visionário Izidro Pedro de Freitas enxergou
o horizonte intocado das iscas formicidas no Brasil e, junto do
seu amigo e sócio Salvatore Romano (in memorian), deu início a
um empreendimento de sucesso. Dessa união nasceu a Dinagro
– Distribuidora Nacional Agropecuária, em 13 de agosto de 1968.
Durante essa década, a isca era um produto recém importado
dos EUA (Estados Unidos da América) pela Secretaria do Estado
da Agricultura em quantidades reduzidas. Então, Izidro com seu
espírito empreendedor e sua paixão pela agropecuária, resolveu
desenvolver uma isca similar, testando sozinho e sem grandes
conhecimentos, uma maneira de fabricá-la.
Primeiro providenciou um atrativo para as formigas, algo que
fizesse com que elas trocassem as folhas pela isca. Na região de
Ribeirão Preto, o setor cítrico estava em expansão, implementando
grandes fábricas de suco com vistas à exportação. O bagaço
da laranja, que era despejado por essas indústrias, logo foi descoberto
por Izidro como uma ótima matéria-prima para uso em
sua isca formicida.
No início de 1969, a polpa cítrica já estava regulamentada
para o formicida e agora restava encontrar um princípio ativo.
Izidro testou vários compostos, como Aldrim e outros clorados
até, finalmente, chegar ao Dodecacloro. Assim, em junho do
HOW IT ALL STARTED
Behind a counter, the visionary Izidro de Freitas saw the
new horizon for baits in Brazil and began a successful venture
with his friend and partner, Salvatore Romano. From this
union, Dinagro (Distribuidora Nacional Agropecuária) was
born on August 13, 1968. During this decade, ant bait was a
product imported from the U.S. by the Secretary of State for
Agriculture in reduced quantities. So, Izidro de Freitas, with
his entrepreneurial spirit and passion for animal farming,
decided to develop a similar bait, testing, and, without much
knowledge, a way to manufacture it.
First, an attraction for the ants was found, something that
would make them exchange the leaves for the bait. In the Ribeirão
Preto Region, the Citrus Sector was expanding, installing
large juicing factories with a view to export. Izidro de Freitas
soon discovered that the orange bagasse waste from these
factories was an excellent raw material source for his ant bait.
By the beginning of 1969, the citrus pulp was already regulated
for use in ant baits, and now an active ingredient was left
to be found. Izidro de Freitas tested several compounds, such
as aldrin and other chlorinated material, until finally deciding
upon dodecachlor. Thus, in June of the same year, Dinagro
made its first sale of a domestically produced ant bait. Sales
SEDE DA FÁBRICA
DA DINAGRO
EQUIPE REUNIDA NA
DINAGRO AGROPECUÁRIA
IZIDRO E SALVATORE
INSPECIONAM PRODUÇÃO NA
FÁBRICA EM JURUCÊ
INSTALAÇÃO DE REATOR
VITRIFICADO DA FÁBRICA DO ÁCIDO
PERFLUOROOCTANO SULFÔNICO
46 www.referenciaflorestal.com.br
mesmo ano, a Dinagro fez sua primeira venda de Isca Formicida
Nacional. As vendas cresceram e a produção passou a ser em
escala industrial/artesanal.
Apesar de diversificar-se durante alguns anos em outras atividades,
como produção e comércio de sementes, produção de
fertilizantes foliares e orgânicos, é na produção de iscas formicidas
de alto padrão que a Dinagro solidificou a sua marca. Dessa forma,
em 1972 a Dinagro adquiriu uma máquina suíça, rápida, eficiente
e inovadora. Ela possibilitava um novo modo de fazer o produto,
de granulado para peletizado. A máquina peletizadora dobrou
a produção e deu início à famosa marca do Formicida Dinagro.
A PROVA DE FOGO
Inesperadamente em 1992, o governo brasileiro, em conformidade
com resoluções internacionais de saúde, anunciou a
proibição do princípio ativo mais comum na produção de formicida
até então, o Dodecacloro. Além disso, tornava obrigatório
o registro de qualquer novo princípio ativo que fosse utilizado.
Foi necessária a aprovação de inúmeros testes que comprovavam
a eficiência, a qualidade, a toxicidade, e vários outros
itens dos princípios ativos, sendo a Sulfluramida o composto de
melhor desempenho para essa substituição. Assim, o processo de
registro se deu com a apresentação dos dados ao Ministério da
grew, and production became industrial/artisanal.
Despite diversifying for a few years into other activities,
such as seed and foliar and organic fertilizer production and
sales, it is in the production of high-standard formicide baits
that Dinagro has solidified its name. Thus, in 1972, Dinagro acquired
a Swiss machine that was fast, efficient, and innovative.
As a result, it became possible to create a new way of making
the product, going from granulated to pellets. The pelletizing
machine doubled production, and so began the famous Dinagro
brand of ant baits.
FIREPROOF
Unexpectedly in 1992, the Brazilian Government, following
international health resolutions, announced a ban on the
most common active ingredient in the production of ant bait,
dodecachlor. In addition, it made it mandatory to register any
new active ingredient to be used.
It was necessary to approve numerous tests that proved
the efficiency, quality, clarity, and several other items of the
active ingredients, and Sulfluramide was the best performing
compound for this substitution. Thus, the registration process
took place with the presentation of the data to the Ministry
of Agriculture, the Brazilian Institute of the Environment and
FOLDER DE 1996, ÉPOCA EM
QUE COMEÇOU A VENDA
DO DINAGRO-S, JÁ COM
SULFLURAMIDA
TRABALHO
EM CAMPO
PRODUÇÃO DAS ISCAS
FORMICIDAS NA FÁBRICA
DEMONSTRAÇÃO DA
EFICIÊNCIA DA ISCA
Outubro 2022
47
PRINCIPAL
Agricultura, ao IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis) e a ANVISA (Agência Nacional
de Vigilância Sanitária), para posterior aprovação.
Apenas em 1996 a documentação foi aprovada e finalmente
com o registro do Ministério da Agricultura em mãos, a Dinagro
passou a produzir a Isca com o princípio ativo Sulfluramida. Depois
do longo processo do registro do novo princípio ativo a produção
se restabeleceu e iniciou-se o planejamento para investir nas
vendas do setor florestal.
UMA PEDRA NO SAPATO
No final de 1997, adquirir a matéria-prima para a fabricação
da Sulfluramida ficou mais complicada. Foi então que, em uma das
reuniões decisivas da empresa a administração tomou mais uma
importante decisão, sintetizar a própria Sulfluramida. De posse de
um grande espírito empreendedor, a Dinagro seria a primeira e a
única no Brasil, a fabricar a Sulfluramida de maneira verticalizada,
não dependendo da matéria-prima original. A Dinagro se orgulha
de ser portadora desse processo e de levar, com sua iniciativa, o
nome do Brasil para o mundo.
Em 1999 surgiu a parceria com a multinacional Basf, uma
associação que foi de grande importância para ambas empresas.
Renewable Natural Resources (Ibama), and the National Health
Surveillance Agency (Anvisa) for approval.
Only in 1996 was the documentation approved, and, finally,
with the registration of the Ministry of Agriculture in hand,
Dinagro began to produce a bait with the active ingredient
Sulfluramide. After the long process of registering the new
active ingredient, production was reestablished, and plans to
invest in Forestry Sector sales began.
A PEBBLE IN THE SHOE
At the end of 1997, acquiring the raw material for the
manufacture of Sulfluramide became more complicated. It
was then that, in one of the decisive management meetings
of the Company, another critical decision was made, synthesizing
the Sulfluramide itself. Possessed by a tremendous
entrepreneurial spirit, Dinagro would be the first and only one
in Brazil to manufacture Sulfluramide from the start, no longer
depending on the original raw material. Dinagro is proud to
be the holder of this process and to take Brazil’s name to the
world with its initiative.
In 1999, a partnership was created with the multinational
Basf, an association that became important to both companies.
48 www.referenciaflorestal.com.br
Foi dessa maneira que a Isca Formicida se tornou uma
forte aliada do agronegócio nacional, contribuindo
fortemente para que a agricultura brasileira pudesse
ter a sua primeira grande alavancagem
A DINAGRO DO TERCEIRO MILÊNIO
Em 2005, a Dinagro deu mais um passo para o futuro. Contactados
por uma empresa chinesa os atuais diretores, filhos de
Izidro e Salvatore, Luiz Eugênio (atual Diretor Presidente) e Maurício
Romano (atual Diretor Comercial) decidiram ir pessoalmente
conhecer esse novo mundo.
Lá conheceram o Matrine, um inseticida-acaricida de origem
natural, extrato de planta, que foi registrado e que está se apresentando
como excelente ferramenta de manejo de pragas no Brasil,
tendo obtido extensão de uso para 56 culturas e 13 pragas, entre
elas a cultura do eucalipto para controle da Glena bipennaria.
Acreditando no apoio ao desenvolvimento das aplicações de
isca formicida, a Dinagro é a única empresa do mercado que investiu
no desenvolvimento da aplicação mecanizada das microembalagens
biodegradáveis, o Mebio – T. No novo formato, os sachês
que antes só eram usados no controle manual, ganharam também
o uso mecanizado, que garante alto rendimento da operação.
Nos últimos 2 anos a Dinagro investiu nas suas instalações,
ampliando a fábrica de Sulfluramida e da Isca Resistente a umidade,
esta última um velho sonho do mercado. Uma Isca que pode
ser aplicada em período chuvoso ou em locais de alta umidade. A
Isca Dinagro – S Resistente oferece uma tecnologia disruptiva que
rompe com o modelo anteriormente definido e propõe algo nunca
visto: o controle de formigas em condições de solos molhados,
dias chuvosos ou com prenúncio de chuvas.
Luiz Eugênio, assume hoje o cargo de presidência da ABRAIS-
CA (Associação Brasileira das Empresas Fabricantes de Iscas
Inseticidas), que defende o uso dos produtos de suas associadas
em consonância com a legislação vigente e com as melhores
tecnologias disponíveis. Assim como, a presidência da AENDA
(Associação Brasileira dos Defensivos Genéricos), que trata de
questões regulatórias de registro de defensivos agrícolas no Brasil.
Há 54 anos, a Dinagro é líder absoluta no mercado de iscas
formicidas, investe constantemente em tecnologia para oferecer
aos produtores de todo o país soluções únicas e eficientes no
controle de pragas.
DINAGRO IN THE THIRD MILLENNIUM
In 2005, Dinagro took another step toward the future.
Contacted by a Chinese company, the current directors, sons
of de Izidro de Freitas and Salvatore Romano, Luiz Eugênio
(current Managing Director) and Maurício Romano (current
Sales Director), decided personally to enter this new world.
They met Matrine, a natural origin insecticide-acaricide, a
plant extract patented. It presented itself as an excellent pest
management tool in Brazil, used for 56 crops and 13 pests,
including for Glena bipinnaria control in eucalyptus planted
forests.
Believing in supporting the development of ant bait applications,
Dinagro is the only company in the market that has
invested in developing the mechanized application of biodegradable
micro-packaging, Mebio-T. In the new format, the
sachets previously only used in manual control have also gained
mechanized use that guarantees high operating performance.
In the last two years, Dinagro has invested in its facilities,
expanding the sulfluramide and the Moisture Resistant Bait
plants, the latter an old market dream, where an ant bait can
be applied in the rainy season or in high humidity locations.
The Dinagro Isca-S Resistente offers a disruptive technology
that breaks with the previously defined model and proposes
something never seen before: the control of ants in wet soil
conditions, rainy days, or with forecasted rains.
Today, Luiz de Freitas is the president of the Brazilian Association
of Insecticide Bait Manufacturers (Abraisca), which
advocates using member products in line with current legislation
and the best available technologies. He is also president
of the Brazilian Association of Generic Pesticides (Aenda),
which deals with regulatory issues of agricultural pesticide
registration in Brazil.
For 54 years, Dinagro has been an absolute leader in the
ant bait market, constantly investing in technology to offer
unique and efficient pest control solutions throughout Brazil.
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49
INFORME
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
NO CONTROLE DE
PLANTAS DANINHAS
Foto: divulgação
Asilvicultura é uma indústria a céu aberto e, portanto,
está exposta as mais variadas condições
ambientais que podem comprometer a viabilidade
da atividade.
Os diversos fatores que podem afetar a produtividade
estão assim classificados: Fatores Determinantes, aqueles
inerentes a espécie, clone cultivado, qualidade do solo, stand de
plantio; Fatores Indutores, aqueles que podem incrementar o
potencial produtivo como fertilizantes, irrigação e; Fatores Redutores,
aqueles relacionados a pragas, doenças e plantas daninhas
que podem comprometer o potencial de produção do cultivo. O
bom manejo cultural atua de forma ativa sobre estes três fatores
buscando a máxima produtividade, entretanto para isso são necessárias
ferramentas especificamente desenvolvidas para atender
cada necessidade.
Um sistema de produção é como uma máquina em que
aportamos insumos e após o seu processamento colhemos o
produto desejado, mas também colhemos resíduos indesejáveis
do processo. O grande desafio é engenhar sistemas de produção
cada vez mais eficientes que possam reduzir os impactos negativos
(resíduos) e aumentar a produção desejada. No sistema de
produção florestal, especialmente na etapa de implantação, um
produto indesejável presente são as plantas daninhas em níveis
populacionais crescentes e apresentando resistência à alguns
herbicidas.
Como a Silvicultura não contava com muitas opções para o
controle de plantas daninhas, herbicidas de ação pós emergente
sempre foram as opções mais utilizadas e nesta modalidade se
permite o aumento do banco de sementes, devido a possibilidade
das plantas presentes, entrarem em fase reprodutiva antes de
serem controladas. Além disso o uso de agroquímicos de curto
residual associado a inúmeras aplicações aumentam a pressão
de seleção e o risco de resistência, tornando o manejo cada vez
mais caro e ineficiente.
50 www.referenciaflorestal.com.br
Este problema já tem os dias contados, já que através da
parceria entre indústria florestal e IHARA, foi possível desenvolver
ferramentas que poderão suprir a demanda de controle de
plantas daninhas durante a implantação, com um número 50%
menor de aplicações e uma eficiência de controle acima de 90%.
Esta parceria, traz para o sistema florestal, herbicidas de ação
pré-emergente no controle das principais plantas daninhas presentes
na produção florestal com uma boa seletividade de posição
para o eucalipto e um período de controle que pode variar
de 90 a 120 dias. Esta inovação substitui 4 operações de controle
de plantas daninhas por apenas duas e mantém a cultura em
condições de crescimento e expressão de seu máximo potencial
produtivo.
A inovação tecnológica desenvolvida partiu do envolvimento
com pesquisadores e consultores atuantes na área florestal e os
setores de pesquisa e desenvolvimento das empresas produtoras
de Eucalipto no Brasil. A partir da identificação do problema da
falta de alternativas para o controle das plantas daninhas, iniciou-se
uma intensa etapa de pesquisa para avaliar a dosagem
adequada, época de aplicação mais favorável, principais plantas
controladas e seletividade a cultura. Os resultados foram catalogados,
analisados cuidadosamente para se obter uma conclusão
do posicionamento de manejo de plantas daninhas. Através do
ingrediente ativo Pyroxasulfone para o controle pré-emergente
das plantas daninhas, ocorrerá, gradativamente, uma diminuição
no banco de sementes do solo e reduzirá a pressão de seleção e
o surgimento de espécies resistentes, além de assegurar uma floresta
sem mato-competição e com menores riscos de incêndio,
portanto mais competitividade.
Assim a produção continuará dando passos consistentes
na questão de competitividade internacional e no equilíbrio
ambiental.
“Acreditamos que através de uma conduta ética,
humilde e engajada podemos superar e surpreender as
expectativas das partes interessadas”
Rodrigo Naime Salvador, Consultor de Desenvolvimento de Produto
Outubro 2022
51
MINUTO FLORESTA
Estação Experimental Da
ENVIRONMENTAL
SCIENCE
Centro de pesquisa centraliza o
desenvolvimento de soluções de
herbicidas específicos para o setor
florestal
AEnvironmental Science possui instalações exclusivas
de pesquisa e desenvolvimento para florestas
plantadas, nativas e manejo de vegetação não
agrícolas. O Centro de Pesquisa da Bayer está localizado
estrategicamente em Paulínia (SP), sendo
uma das quatro unidades de Pesquisa e Desenvolvimento da
Environmental Science no mundo dedicada à inovação e pesquisa
de defensivos agrícolas. Dispõe de uma estrutura tecnológica de
70 ha (hectares) de áreas experimentais e 20 ha de escritórios,
estufas, laboratórios e áreas restauradas que são credenciadas
pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
Neste site são conduzidos protocolos de pesquisa para atividades
iniciais de desenvolvimento de um produto, podendo ser fungicidas,
inseticidas, adjuvantes, herbicidas e herbicidas não agrícolas,
sob a responsabilidade do time de Solution Development.
Para trazer uma solução inovadora para o mercado, é necessário
entender a demanda florestal através das necessidades
dos clientes, que é entendida a partir de um estudo de mercado,
realizado pelo nosso time de marketing, que está em nossa linha
de frente com o cliente.
O processo de desenvolvimento inicial de um produto, inicia-se
em nosso laboratório de Monheim, Alemanha. Mais de
100 mil ingredientes ativos e novas formulações são testados
em pequenas escalas para a escolha de uma potencial molécula,
a qual é apresentada para o time de Solution Development, que
fica responsável por desenvolver o produto na casa de vegetação
e nas condições de campo.
Além de novos produtos com moléculas e formulações inovadoras,
há também um processo de geração contínua de soluções,
que suprem a continuidade do negócio atrelado sempre as necessidades
do cliente. E, para isso, os estudos iniciais e avançados
são realizados a partir da criação de protocolos, com o objetivo
de elaborar ensaios para analisar o comportamento da molécula
no ambiente e verificar a sua eficácia, seletividade, validar seu
melhor posicionamento, momento de aplicação e doses.
Para a execução destes ensaios, a área experimental é preparada
de maneira convencional para se assimilar ao manejo de
campo. Os tratamentos listados no protocolo são dispostos em
blocos ao acaso, com o intuito de mitigar possíveis fatores externos.
Na aplicação, que é feita em pequenos volumes, realiza-se
um check-list da calibração do equipamento e checa-se também as
condições climáticas, para além de simular a situação real de campo
e garantir uma aplicação de boa qualidade. Durante o período
que o ensaio será conduzido, deve se ter um acompanhamento
frequente e realizar avaliações que auxiliem no entendimento da
eficácia e seletividade do produto.
Com a posterior análise de dados, é possível entender se é um
produto eficaz e seguro para a necessidade do cliente mapeada
inicialmente. O entendimento do produto deve ser feito de forma
interna e através de ensaios de desenvolvimento avançados
em áreas externas semi-operacional. Entendendo a viabilidade
do produto, são gerados laudos, que suportam a construção do
parecer técnico, que será submetido para as autoridades, para
posteriormente obter o registro para comercialização.
O tempo para a descoberta de um ingrediente ativo até o
lançamento do produto levam-se alguns anos. Sua disponibilização
no mercado é fruto de iniciativas e colaborações entre times,
práticas sustentáveis, tecnologias inovadoras, juntando a estratégia
comercial e o entendimento técnico do produto para melhor
posicioná-lo. Hoje temos um portifólio completo de soluções para
o manejo de plantas daninhas, controle de pragas e doenças para
as culturas de eucalipto, pinus, nativas e áreas não agrícolas, que
permitirá ao cliente final atingir altas taxas de produtividade, ao
mesmo tempo em que reduz o impacto ambiental.
Foto: divulgação
52 www.referenciaflorestal.com.br
+tecnologia
+genética
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NA PRODUÇÃO DE MUDAS
A Planflora Mudas Florestais está permanentemente
empenhada em buscar inovações tecnológicas e
desenvolver mudas com desempenho genético
diferenciado para cada finalidade de uso do
florestamento.
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ESPECIAL
IPÊ EM FOCO
O estudo mostra que os ipês estão protegidos
de extinção e ressalta a importância do
manejo sustentável das florestas
Fotos: divulgação
54 www.referenciaflorestal.com.br
Outubro 2022 55
ESPECIAL
E
xtenso estudo, realizado em áreas florestais sob
manejo sustentável nos Estados do Acre e de
Mato Grosso, mapeou mais de 40 milhões de
árvores adultas das espécies Handroanthus serratifolius
(ipê amarelo) e Handroanthus impetiginosus
(ipê roxo). A ampla incidência registrada mostra que os
ipês estão protegidos de extinção e ressalta a importância do
manejo sustentável das florestas.
Os resultados estão apresentados na publicação: Ocorrência
e crescimento de Handroanthus spp. na Amazônia como
subsídio para a elaboração de normativas de manejo florestal
e avaliação de risco de extinção. A obra traz dados e informações
fundamentais que colaboram em recentes debates no
setor florestal sobre a inserção dos ipês na lista de espécies
da flora ameaçadas de extinção.
Durante o ano de 2020, os pesquisadores estiveram em
campo em áreas de florestas nativas remanescentes, onde já
desenvolvem outros projetos de pesquisa sobre manejo florestal
sustentável, com o objetivo de levantar a atual situação
de ocorrência e crescimento do ipê.
Além do trabalho de campo, a pesquisa fez também comparações
da estrutura das florestas entre amostragens atuais
e de registros antigos do Radam (Radar da Amazônia) Brasil
(base do conhecimento de florestas brasileiras, implementada
na década de 1970), buscando levantar o número de árvores
e conhecer a estrutura total da floresta.
No Acre, foram avaliados 41 mil ha (hectares) e, em Mato
Grosso, 54 mil ha; todas as áreas submetidas a planos de
manejo florestal. Nelas, foram realizados o mapeamento da
ocorrência das espécies, a identificação, a descrição das árvores
e a avaliação do crescimento de seus diâmetros. “Quando
extrapolamos a representação de ipê encontrada na pesquisa
para as áreas disponíveis para manejo nesses Estados, é possível
assegurar sua ampla ocorrência”, afirma Braz.
Somente no Acre, dados do MMA (Ministério do Meio
Ambiente) e da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) de 2020
apontam 8,8 milhões de ha de áreas passíveis de manejo dentro
dos 12,5 milhões de ha de florestas nativas. Isso sem contar
com o que está protegido em 3,5 milhões de ha em reservas
indígenas, Unidades de Conservação de Proteção Integral,
e também excluindo as áreas de preservação permanente.
Já em Mato Grosso, dados de 2019 registram 17,6 milhões
de ha em áreas passíveis de manejo dos 25 milhões de
ha de Floresta Amazônica no Estado e com áreas protegidas
em mais 8 milhões de ha em reservas indígenas e Unidades
de Conservação de Proteção Integral.
NOVA METODOLOGIA
A metodologia utilizada para a realização desse trabalho
envolve cruzamento e estudo de diferentes informações e
pesquisas de campo. Os cientistas reuniram diversos bancos
de dados florestais e da literatura especializada, buscando
abranger, de forma representativa, todas as subtipologias do
bioma Amazônia presentes na região pesquisada e identificar
sua ocorrência. O conjunto de dados foi composto por
inventários florestais de PMFS (Planos de Manejo Florestal
Sustentável) aprovados e fornecidos pelo IMAC-AC (Instituto
de Meio Ambiente do Acre) e pela SEMA-MT (Secretaria de
Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso).
Entre os inventários, estavam os do tipo censo, que
incluem os dados de todas as árvores com DAP (diâmetro
à altura do peito) maior que 35 cm (centímetros). Nessa
categoria, foram registradas mais de 20 mil árvores de Handroanthus
spp. em uma área de aproximadamente 100 mil ha
inventariados.
O estudo também foi a campo para realizar um inventário
diagnóstico que, de forma amostral, identificou o número de
árvores com DAP igual ou maior que 10 cm. Os pesquisadores
mediram os diâmetros e as alturas, o que permitiu a inclusão
de árvores com estrutura das classes diamétricas inferiores às
do censo e, assim, conhecer a estrutura total da floresta.
Outra parte do trabalho analisou dados de crescimento
das espécies, por meio do estudo dos anéis de crescimento
dos ipês das áreas amostradas. Com a informação da maturidade
reprodutiva das espécies, obtida em literatura científica,
foi possível avaliar que o ciclo reprodutivo das árvores sob
PMFS está assegurado, garantindo a conservação da floresta.
56 www.referenciaflorestal.com.br
ESPECIAL
Patrícia Póvoa de Mattos, pesquisadora envolvida no projeto,
comenta que o trabalho consistiu em avaliar essa estrutura
da floresta, de forma exaustiva. As conclusões do estudo
são de que a estrutura das florestas com ipê, em áreas que
estão sob manejo, não sofreu alteração no tempo, ou seja,
nas áreas em regime de manejo, observamos que a estrutura
da espécie permanece similar quando comparamos com as
florestas primárias registradas no Radam Brasil e com outros
mapeamentos que utilizamos, isso se verificou mesmo em
áreas que já foram legalmente exploradas. “Entretanto, áreas
que foram destinadas para outros usos do solo perderam a
sua estrutura original, biodiversidade, sustentabilidade etc.”,
relata Patrícia. Além disso, ainda é importante contabilizar as
árvores que estão em áreas de proteção integral, ou seja, que
estão intocadas.
IMPORTÂNCIA DO IPÊ
O ipê é uma espécie que figura entre as principais fontes
de madeira nobre, um produto muito valorizado no exterior
– mercado com exigência crescente de origem certificada e
autorizada por órgãos ambientais. No Brasil, dados do IBAMA
(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais)
indicam que a cadeia madeireira do ipê movimenta cerca
de R$ 70 milhões por ano, sendo um dos principais produtos
da economia de estados como Mato Grosso, Acre e Rondônia.
Uma eventual inclusão do ipê na lista de espécies vulneráveis
poderia ocasionar receio aos compradores internacionais
e, como consequência, a suspensão de compra dessa madeira
e de outras espécies que estejam em situação semelhante.
Para Erich Schaitza, chefe geral EMBRAPA Florestas (Empresa
Brasileira de pesquisa Agropecuária), esse trabalho veio em
boa hora para elucidar essa questão, uma vez que, quando a
espécie é colocada na lista de espécies ameaçadas, ela não é
mais comercializada no mercado de exportação. “Isso seria
impactante para muitos municípios que atuam dentro da legislação
e de critérios técnicos, têm a madeira como principal
produto e dependem deste tipo de atividade, pois estabeleceram
cadeias de produção, transformação, indústria e exploração
especializadas, além de enorme geração de empregos”,
explica Erich.
As discussões sobre a inserção do ipê na lista de espécies
da flora ameaçadas de extinção se baseiam na confusão entre
desmatamentos, que promovem o corte total das florestas,
com o manejo florestal. Segundo o RAD (Relatório Anual de
Desmatamento no Brasil) 2021, do MapBiomas, 98% das
áreas desmatadas são decorrentes de atividades ligadas à
agricultura ou à pecuária. Para esses fins, toda a floresta é
retirada, sendo que, muitas vezes, a queimada precede o desmatamento.
Já sob manejo florestal sustentável, a exploração
do ipê, e de outras espécies, para uso da madeira ocorre de
maneira planejada, segundo critérios técnicos, e tem gerado
renda e conservação da espécie.
Segundo o IBAMA, 98% da madeira de ipê explorada é
exportada e sua origem advém de madeireiras legalizadas,
que utilizam madeira vindas de planos de manejo florestal,
com áreas obrigatoriamente 100% amostradas e fiscalizadas.
Para executar o PMFS, é necessário realizar e registrar junto a
órgãos fiscalizadores o planejamento silvicultural de manejo
e corte, além de satisfazer outras exigências que garantem a
permanência da floresta.
Quando extrapolamos
a representação de ipê
encontrada na pesquisa para
as áreas disponíveis para
manejo nesses Estados,
é possível assegurar sua
ampla ocorrência
58 www.referenciaflorestal.com.br
MANEJO
Certificação
ACESSÍVEL
Pequenos e médios produtores têm possibilidade
de regulamentação de produção facilitada
Fotos: divulgação
O
FSC (Forest Stewardship Council ou Conselho
de Manejo Florestal) é uma organização
internacional sem fins lucrativos criada em
1994 com o objetivo de diferenciar os produtos
de origem florestal que são produzidos
com as melhores práticas socioambientais existentes. Para
definir quais são essas melhores práticas, o FSC reúne empresas,
comunidades, pesquisadores, sociedade civil, entre
outros diversos atores de todos os continentes do globo, em
um sistema de governança com ampla participação.
As práticas que caracterizam o bom manejo florestal,
identificadas por esses atores, deram origem aos padrões de
certificação FSC®, um conjunto de princípios, critérios e indicadores
que determinam o que deve ser implementado por
uma organização que maneja florestas para ser reconhecida
mundialmente pelo seu alto desempenho socioambiental.
Esse reconhecimento se dá através de um certificado emitido
por uma certificadora de terceira parte acreditada ao
FSC, com código único e que permite que a organização possa
utilizar a marca FSC em seus produtos.
A certificação é um processo voluntário no qual a organização
manejadora de floresta opta por seguir os padrões de
certificação e passar por uma auditoria para avaliar sua aderência
aos princípios e critérios. A adequação aos protocolos
do FSC exige a destinação de tempo e recurso significativo
por parte da organização, já que é frequente a necessidade
de ajustes no sistema de gestão operacional e administrativo.
O FSC reconhece que todo o processo, desde a adequação
interna da organização até as auditorias de certificação,
possui um custo que pode até inviabilizar a certificação para
pequenas organizações. Uma organização que possui uma
área de 100 ha (hectares), por exemplo, pode ter um custo
maior proporcionalmente por hectare se comparada com
outra que possua milhares de ha.
Pensando em reduzir os custos da certificação e tornar o
processo acessível para organizações de pequeno porte e de
60 www.referenciaflorestal.com.br
aixa intensidade de manejo, o FSC criou o padrão de certificação
SLIMF (Floresta de Pequena Escala ou de Manejo de
Baixa Intensidade, em inglês), que apresenta indicadores e
processos de auditoria mais simplificados. Produtores florestais
com área de efetivo plantio de até 480 ha são elegíveis
para o padrão SLIMF. A organização de pequenos produtores
florestais em grupos de certificação também permite o rateio
dos custos do processo e da responsabilidade em gerar
e gerenciar evidências que comprovem o seu desempenho
durante as auditorias.
O Procedimento de Melhoria Contínua (FSC-
-PRO-30-011) é uma outra ferramenta recentemente lançada
pelo FSC e que tem como objetivo facilitar ainda mais o
acesso dos pequenos e médios produtores florestais ao processo
de Certificação Florestal. Esse procedimento permite
que pequenos produtores e comunidades, caracterizados
como SLIMF, possam ser certificados sem que o seu manejo
florestal atenda a todos os requisitos do padrão de certificação
SLIMF em um primeiro momento. Para obter essa certificação
é suficiente ter iniciado e implementado medidas
cruciais (definidas pelo procedimento) e se comprometer
a melhorar continuamente as práticas de manejo florestal
para atender a todos os requisitos do padrão SLIMF FSC®
dentro de um prazo de 5 anos.
Para iniciar o processo de certificação, saber se a organização
se enquadra nas regras para ser caracterizada
como SLIMF e, assim, aplicar o procedimento de melhoria
contínua, basta entrar em contato com a certificadora. Junia
Karst, Auditora da Neocert e membro do GT do FSC Internacional
para procedimento SLIMF, explica que o processo
de adaptação nacional deverá ser feito com a criação de um
grupo de trabalho brasileiro, com participação do escritório
do FSC Brasil e amplo processo de consulta pública. “Esse
processo é particularmente importante para o Brasil, um
país de dimensão continental onde a definição de pequeno
produtor difere significativamente de países da Europa”,
afirma Junia.
Atualmente, as regras de elegibilidade SLIMF estão em
revisão e empresas como a Neocert participam ativamente
do grupo de trabalho do FSC internacional, responsável por
esse processo, levando o contexto brasileiro para a discussão
internacional.
Na nova versão das regras de elegibilidade SLIMF, cada
país poderá desenvolver seus próprios critérios de limite de
tamanho de área para que uma operação seja considerada
de pequeno porte. Isso é particularmente importante para
o Brasil, um país de dimensão continental onde a definição
de pequeno produtor difere significativamente de países da
Europa, por exemplo. As definições desenvolvidas pelo grupo
de trabalho brasileiro devem ser apresentadas para o FSC
internacional para aprovação, para então serem colocadas
em prática pelas certificadoras.
Esse processo é
particularmente importante
para o Brasil, um país de
dimensão continental onde a
definição de pequeno produtor
difere significativamente de
países da Europa
Outubro 2022
61
FEIRA
LIGNUM
2022
Feira da indústria florestal reuniu
importantes nomes do mercado
Fotos: divulgação
62 www.referenciaflorestal.com.br
ALignum Latin America, que não acontecia
desde 2019, devido à pandemia, voltou com
força. Realizada em Curitiba (PR), durante a
Semana Internacional da Madeira, em meados
de setembro, o evento teve boa presença
de público e negócios. Segundo a organização, essa foi a
maior edição do evento, tanto em número de expositores,
como de visitantes. Ainda segundo dados da organização,
aproximadamente 60% do participantes ocupavam cargos
de gerência e diretoria.
Entre as novidades deste ano para a Semana Internacional
da Madeira, estava a quinta edição do ENCAPP (Encontro
da Cadeia Produtiva da Porta), realizada dentro da
Lignum Latin America. O evento reuniu empresas fabricantes
e fornecedoras para o segmento de portas. Durante os
três dias da feira passaram pelos corredores profissionais
de 20 Estados da federação e de outros 14 países: Argentina,
Bahamas, Bélgica, Canadá, Chile, Colômbia, Dinamarca,
EUA (Estados Unidos da América), Finlândia, Itália, Japão,
Paraguai, Portugal e Uruguai.
Outubro 2022
63
FEIRA
DRV
“Somos de Curitiba, essa é nossa feira”, exaltou Liliane
Cordeiro, diretora da DRV. A indústria de lâminas e máquinas
levou para a feira a nova linha CNC Flex, ideal para
atender empresas que utilizam facas menores de serraria
e facas de plaina. Diego Vieira, diretor da empresa, comentou
que esse foi um ano de grande crescimento, que
abriu um novo parque fabril no começo do ano e os resultados
são ótimos. “A fábrica de facas e peças de desgaste
de picador já está a todo vapor e com a nova fábrica de
máquinas temos capacidade total para fabricar as nossas
afiadoras e retíficas CNC de facas”, enalteceu Diego.
DRYTECH
A DryTech, especializada em equipamentos para secagem,
expôs na Lignum toda a sua expertise no setor, que é
baseada em alta qualidade e soluções personalizadas para
seus clientes. Gabriel Marques, CEO da DryTech, comentou
que o setor estava congelado pelo período sem feiras e o
retorno da Lignum ajudou a reaquecer o mercado. “Eventos
como esse ajudam a consolidar a marca e conversar
pessoalmente com amigos, colegas e clientes do setor florestal
é sempre uma oportunidade a mais para nos aproximar
dos clientes”, apontou Gabriel.
FEX
A Fex, especialista em implementos para transporte e
corte de madeira, apresentou na feira sua linha completa
de produtos, com destaque para o sistema de catraca
pneumática, que oferece mais segurança para o motorista
do caminhão no transporte da carga. Thais Ribas, diretora
de marketing da Fex, valorizou a organização do evento,
que, segundo ela, superou as expectativas. “É nossa
primeira participação na Lignum, e tudo estava perfeito
e organizado, isso facilitou muito o contato com nossos
clientes”, apontou Thais.
64 www.referenciaflorestal.com.br
J DE SOUZA
“A Lignum já faz parte do calendário da J de Souza,
é um evento muito importante”, destacou Anderson de
Souza, diretor da empresa. Quem visitou o estande da
empresa pôde conferir de perto equipamentos dedicados
para o setor florestal, como um subsolador com adubador
integrado, um ancinho para remoção de galhada e aproveitamento
de biomassa e o CDJ, cabeçote de disco para
escavadeiras de 30 toneladas ou mais. “Trouxemos equipamentos
específicos que sabemos que podem atender o
setor com eficiência e qualidade”, apontou Anderson.
Segundo a organização, essa foi a maior edição de todos os tempos da
feira reunindo um público altamente qualificado e bateu recordes, tanto
em número de expositores, 120, quanto de visitantes, 8.298
JOHN DEERE
“A Lignum é uma feira importante no segmento não
apenas para o Paraná, mas para toda a região sul”, apontou
Rodrigo Barbosa, gerente de marketing da empresa.
Para a Lignum a John Deere focou na valorização do
atendimento e pós-venda, com ênfase na experiência na
aquisição dos equipamentos, e o sistema Timber Skills,
ferramenta de capacitação e treinamento para operadores
e mecânicos. “É ideal para o desenvolvimento e aprimoramento
das habilidades de operação e manutenção das
máquinas”, destacou Rodrigo.
Outubro 2022
65
FEIRA
KOMATSU
A Komatsu, que foi capa da edição da Revista REFE-
RÊNCIA circulada durante a feira com o harvester 931XC e
guincho auxiliar, apresentou todo repertório no seu estande,
que chamava muita atenção na parte externa do pavilhão.
Carlos Borba, gerente de Marketing da Komatsu, destacou
que além do equipamento, a empresa levou o CEO
(Centro de Excelência Operacional) para a feira, apresentando
a solução tecnológica com softwares que facilitam a
operação florestal. “Ele oferece uma gestão completa das
máquinas no campo, trabalhando para reduzir os custos
operacionais dos nossos clientes e apresentando um panorama
da máquina em tempo real”, valorizou Carlos.
LIEBHERR
A Liehberr expôs na Ligum equipamentos que já são
sucesso no mercado brasileiro e teve como foco fortalecer
sua marca e reencontrar clientes e amigos. Marcos Claret,
gerente comercial da Liebherr, destacou a importância do
evento para a realização de negócios e abertura de novos
clientes em potencial. “Hoje temos muitas opções de mídias
sociais e maneiras de se fazer reuniões e vendas, mas
estar aqui, presentes e próximos dos clientes é muito melhor
para incrementar relacionamentos”, valorizou Marcos.
LION
A Lion apresentou na Lignum um novo serviço de personalização
de máquinas para atender a necessidade de
seus clientes de maneira específica. “Primeiro buscamos
entender a necessidade do cliente, para daí desenvolver o
projeto, e garantir que todo o pós-venda seja com o mais
alto padrão, que podemos oferecer”, explica Rafael Milarch,
gerente de marketing da Lion. A empresa oferece mais
de 20 características, que podem ser customizadas, de
detalhes simples, até os mais complexos.
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LOGMAX
“Nossa ideia é ter essa aproximação com o mercado
e tivemos um fluxo muito grande de clientes”, apontou
Rodrigo Contesini, diretor da Logmax. Os cabeçotes da empresa
estavam presentes no stand da Logmax e também
de alguns parceiros, estratégia da empresa para apresentar
os modelos 6000V, 6000 e 7000. “Acreditamos na proximidade
com o cliente e na Lignum reforçamos esse conceito
junto ao mercado, de unir produtos já estabelecidos no
mercado e um atendimento de alto padrão”, completou
Rodrigo.
LUFER
A Lufer, especializada em peças de reposição para máquinas
florestais, marcou presença na Lignum expondo peças
da empresa como demonstração do portfólio de fabricação,
seus modelos de rotatores 100% nacionais, além de
informações completas sobre os serviços oferecidos para
o setor. Joicy Vidotto, gerente comercial da Lufer, destacou
a qualidade do público presente que favoreceu muito os
negócios durante a feira. “Depois de 3 anos sem o evento,
é muito importante se fazer presente, aumentar a visibilidade
da nossa marca, visto por um público tão qualificado
como o da Lignum”, ressaltou Joicy.
MILL
“Vimos uma grande procura por parte dos clientes
e isso é reflexo da falta de um evento como esse para o
setor”, afirmou Arno Murara, gerente comercial da Mill. A
empresa que já se estabeleceu como uma das referências
do setor levou seus equipamentos de ponta para a feira.
Marcelo Gobbi, gerente de negócios da Mill, destacou a
modernização da empresa, que tem trazido novidades
tecnológicas para atender os clientes. “Nosso parque fabril
está sendo modernizado para ampliarmos a variedade de
produtos oferecidos e também elevar nossa produção em
quase 50%”, exaltou Marcelo.
Outubro 2022
67
FEIRA
MINUSA
“Trouxemos para esse evento o primeiro cabeçote
produzido genuinamente no Brasil e o primeiro produzido
100% pela Minusa”, valorizou Erivon Cascaes, gerente
comercial da Minusa. O equipamento que ficou em destaque
no stand da empresa é um marco para o mercado de
cabeçotes, e, segundo o gerente, era de suma importância
estar na Lignum. “Estar participando desse evento é como
a gente estar participando da Copa do Mundo, ou seja,
ninguém quer ficar de fora”, comparou Erivon.
Realizada durante a semana internacional da madeira,
entre os dias 14 e 16 de setembro, o evento teve boa
presença de público e negócios
OURO VERDE
A edição 2022 da Lignum foi a primeira participação
da Ouro Verde, empresa do setor de locação e gestão de
caminhões e máquinas, como patrocinadora com o pé
direito. Isso de acordo com o Head Comercial de pesados
da empresa, Marluz Cariani. Para ele, a feira foi uma grande
oportunidade de contato com clientes e valorização
da marca para um mercado com muito potencial. “Aproveitamos
a feira para apresentar um modelo de negócio
altamente rentável, no qual o cliente não compromete
recursos, consegue manter a sua operação ativa e com
equipamentos de alto desempenho, ampliando resultados
e diminuindo custos”, salientou Marluz.
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PLANALTO
Com mais de 20 anos de tradição no mercado de picadores
de madeira, a Planalto trouxe seu carro chefe para a
feira. Geri Mecabô, gerente comercial, explicou que a feira
tem um valor muito grande em relação ao contato com os
clientes, que podem conhecer a empresa e ter um contato
melhor do que um e-mail ou ligação. “Fechar negócios
durante a feira as vezes é difícil, mas o contato realizado
durante o evento abre muitas expectativas para o futuro”,
apontou Geri.
ROTARY-AX
Especialista na fabricação de conjuntos de corte florestal
mecanizado, a Rotary-Ax é uma das mais tradicionais
marcas do setor e levou uma série de produtos de alta tecnologia
para a feira Lignum 2022. Victor Hugo Shinohara,
diretor industrial, apresentou um novo conceito denominado
Hidroclamp para os sabres da linha 3/4”, utilizadas
em garras traçadoras, desenvolvido pela Rotary-Ax em
conjunto com um de seus parceiros. “O maior destaque
para esse conceito é a sua facilidade de instalação e remoção,
tornando-se mais eficaz, pois não utiliza os parafusos
de fixação da placa que outros modelos exigem”, exaltou
Victor Hugo.
VANTEC
“Nesse evento temos grandes investidores da madeira
no Brasil e Curitiba tem se tornado a capital da madeira
no Brasil”, destacou Adriano Vanzin, diretor da Vantec.
Adriano comentou que o retorno da Lignum foi muito importante
para a empresa fortalecer sua marca e apresentar
os equipamentos para um público qualificado. “Trouxemos
para a feira uma máquina revolucionária, o torno laminador
para indústria 4.0, onde todo o trabalho realizado
pela máquina é transformado em um relatório acessível
em qualquer lugar diretamente do celular ou computador
cadastrado”, descreveu Adriano.
Outubro 2022
69
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Os melhores momentos da Lignum 2022!
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Outubro 2022 71
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PESQUISA
MANEJO NO
CULTIVO DE PINUS
Fotos: divulgação
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conforme modelo ou amostra,
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utilização de até 20
ferramentas, conforme
diâmetro externo do disco;
Caldeiraria
• Diâmetro externo e encaixe
central de acordo com
padrão do cabeçote;
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Detalhe de encaixe para
ferramentas de 4 lados
Soldagem
Prestamos serviços de usinagem, caldeiraria e soldagem em peças e equipamentos conforme
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PESQUISA
RESUMO
O
estágio curricular obrigatório foi realizado
na empresa São João Madeireira
Ltda, em Canoinhas (SC). O objetivo
deste trabalho foi vivenciar as atividades
de uma empresa preponderantemente
rural, com atuação em vários segmentos deste setor.
Nossa atividade principal foi acompanhar o gerente operacional
da empresa na execução de suas tarefas diárias.
As principais atividades foram o acompanhamento da
produtividade e assertividade do trabalho das turmas
de: corte de árvores (Pinus taeda e Pinus elliottii), desramas,
transporte de toras, manutenção de estradas,
roçadas, avaliação de resultado de arrendamento de
áreas produtivas e avaliação de áreas para entrada em
produção. Deste modo foi possível conhecer as diversas
tarefas exigidas de um administrador de uma empresa
rural do setor madeireiro.
INTRODUÇÃO
A São João Madeireira é uma empresa familiar do
ramo madeireiro, concentrando sua atuação atualmente
na produção e venda de toras de Pinus spp. Utiliza de
forma intensiva a terceirização das atividades necessárias
ao seu objetivo. Algumas atividades que já foram
relevantes no passado ainda são mantidas, mas com
pouca ênfase. Nesta situação, pode-se citar a produção
de caixas de madeira para acondicionamento de produtos
agrícolas, basicamente batata semente e abacaxi.
Também apresenta pouca ênfase na venda de peças e
equipamentos para tratores, através da coligada Mavequip
Ltda.
A escolha do local do estágio objetivou aprofundar
o conhecimento prático das atividades florestais
envolvidas, considerando a meta profissional do aluno
e a ampla experiência da São João Madeireira Ltda na
76 www.referenciaflorestal.com.br
produção de florestas de Pinus ssp por mais de 40 anos,
sendo superior a um milhão o número de árvores de
propriedade da empresa.
A possibilidade de acompanhar as tarefas diárias do
gerente florestal trouxe a necessária proximidade com
a prática do exercício profissional. Foi possível acompanhar
os imprevistos da produção e o encaminhamento
de sua solução. A visita diária aos vários lotes de produção
trouxe às claras as consequências de episódios
corriqueiros que causam atraso de produção, como
máquinas que quebram, ausências de funcionários, falta
de insumos, reparação de estradas e aceiros, e até um
episódio de incêndio florestal em propriedade vizinha,
com reflexos na propriedade da empresa.
A possibilidade de acompanhar
as tarefas diárias do gerente
florestal trouxe a necessária
proximidade com a prática do
exercício profissional
MEIO FÍSICO E SOCIOECONÔMICO DA REGIÃO
O planalto norte catarinense se caracteriza pela
pujança de sua produção agrícola, sendo relevante a
produção florestal, além de grãos, erva-mate e fumo. O
início da colonização da região foi baseado no extrativismo
da floresta nativa, nos primórdios do século XX.
Esta exploração extrativa foi sucedida pela utilização das
CABEÇOTE DE CORTE
MULTIFUNCIONAL
EFICIÊNCIA QUE IRÁ
REVOLUCIONAR SEU NEGÓCIO
4 FUNÇÕES EM
1 EQUIPAMENTO
Corte de árvores
Traçamento de feixes
Carregamento de toras
Movimentação de feixes
(Shovel Logging)
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J de Souza Indústria Metalúrgica LTDA
BR 116 - Nº 5828, KM 247
Área Industrial
+55 49 3226 0511 I +55 49 3226 0722
Lages - Santa Catarina - Brasil
UNIDADE 01
SETE LAGOAS - MG
Av. Prefeito Alberto Moura, Nº 2051A - Vale das Palmeiras
UNIDADE 02
IMPERATRIZ - MA
Av. Moacir Campos Milhomem, Nº 12 - Colina Park
UNIDADE 03
LAGES - SC
BR 116 - S/Nº, KM 247 - Área Industrial
CENTRO DE DESENVOLVIMENTO
E TESTES
SÃO JOSÉ DO CERRITO - SC
Localidade de Bom Jesus
EM BREVE
UNIDADE CENTRO-OESTE
PESQUISA
áreas abertas como lavouras agrícolas, criação pecuária
ou produção florestal. Devido ao clima da região, é alta
a produtividade das florestas de pinus (31,5 m³/ha.ano)
ultrapassando em muito a produtividade em seus locais
de origem (12 m³/ha.ano). Isto fez também instalar-se
na região, já em 1966, uma empresa multinacional de
produção de polpa de celulose de fibra longa (Rigesa
S.A., mais tarde adquirida pelo grupo WestRock), tornando-se
o grande incentivador da plantação de pinus e
um grande consumidor de toras de bitolas menores. Na
sequência, instalaram-se também empresas consumidoras
de cavacos de madeira, quer seja para produção de
energia, quer para a produção de laminados de madeira
aglomerada e, ainda, laminadoras e exportadoras de
madeira serrada. De acordo com o Relatório Anual do
IBA (Instituto Brasileiro de Árvores) de 2020, o setor de
florestas plantadas representou, em 2019, 1,2% do PIB
(Produto Interno Bruto) brasileiro, com 97,4 bilhões de
reais. Deste total, 46,5% foi representado por fabricação
Nossa atividade principal foi
acompanhar o gerente operacional
da empresa na execução de suas
tarefas diárias
78 www.referenciaflorestal.com.br
de celulose, papel e produtos de papel, 36,2% por produção
florestal e 17,3% em fabricação de produtos de
madeira.
Canoinhas dista 180 km de Curitiba (PR), e 360 km
de Florianópolis (SC). Possui 53.969 habitantes e uma
área de 1.145 km² (quilômetros quadtrados), apresentando
um IDH de 0,780, considerado médio. Sua produção
exportável é escoada pelo porto de Itajaí que dista
270 km por vias asfaltadas. A classificação climática da
região, segundo Koeppen é Cfb - clima temperado quente,
com verões frescos, sem estação seca definida, geadas
frequentes e a precipitação anual média encontra-se
entre 1600 mm (milímetros) e 1700 mm. O Boletim n°
46, à página 189, (EMBRAPA, 2004) classifica o solo da
região como: Latossolo Bruno/Vermelho-escuro, Álico A
húmico, textura muito argilosa; LBEa3 e LBEa4 (EMBRA-
PA, 2004). As florestas da região são predominantemente
do tipo subtropical perenifólia.
Essa é uma versão parcial do conteúdo, o material completo pode ser acessado em:
https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/249087
AGENDA
AGENDA2022
V Cbctem
Data: 19 a 21
Local: Goiania (GO)
https://vcbctem.cbctem.com.br/
Simpos2022 -
Simpósio Brasileiro de Pós-Graduação
em Ciências Florestais
Data: 8 a 11
Local: Curitiba (PR)
https://simpos2022.galoa.com.br
Simpósio Florestas e Bem-Estar Humano
Data: 8 a 10
Local: Piracicaba (SP)
www.ipef.br/eventos/evento.aspx?id=523
OUTUBRO
2022
NOVEMBRO
2022
NOVEMBRO
2022
NOV
2022
SIMPOS 2022
O SIMPOS 2022 (Simpósio Brasileiro de Pós-Graduação em
Ciências Florestais 2022) é um evento promovido pelas
instituições de ensino que atuam nas áreas de Recursos
Florestais e Engenharia Florestal, sendo o mais importante
evento de divulgação de pesquisas e discussão da pós-graduação
no Brasil. Trata-se de um evento itinerante realizado
bianualmente, cuja primeira edição ocorreu em 2002, e a
partir de 2004, passou a acontecer em intervalos de dois
anos. O objetivo geral deste simpósio é criar a oportunidade
de discussão sobre a pós-graduação nas áreas das
Ciências Florestais; divulgação de pesquisas; atualização
dos conhecimentos e troca de experiências entre estudantes,
professores, pesquisadores e profissionais das diversas
regiões do Brasil.
DEZ
2022
XV CODORNADA FLORESTAL
A Codornada Florestal iniciou como uma confraternização
de final de ano, com eventos sociais para as
crianças carentes. Já alavancou milhões em negócios
fechados e foi palco de lançamentos de máquinas e
novas tecnologias. Sua localização é privilegiada, onde
se concentram grandes empresas produtoras florestais
e cidades onde mais de 90% da economia é proveniente
do setor. É um evento que proporciona a experiência de
ver as máquinas em funcionamento, com área dinâmica
envolvendo o ciclo da madeira.
Imagem: reprodução Imagem: reprodução
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AGENDA2022
NOVEMBRO
2022
CBH (Congresso Brasileiro de Heveicultura)
Data: 10 a 12
Local: Piracicaba(SP)
https://www.congressodeborracha.com.br
NOVEMBRO
2022
ASSINE AS PRINCIPAIS
REVISTAS DO SETOR
E FIQUE POR DENTRO
DAS NOVIDADES!
Expocorma
Data: 23 a 25
Local: Santiago(Chile)
www.expocorma.cl
INFORMAÇÃO
A ALMA DO NEGÓCIO!
FLORESTAL
INDUSTRIAL
PRODUTOS
BIOMAIS
DEZEMBRO
2022
CELULOSE
XV Codornada Florestal
Data: 7 e 8
Local: Curitibanos (SC)
https://codornadaflorestal.com/
LIGUE AGORA PARA NOSSA
CENTRAL DE ATENDIMENTO
0800 600 2038
Pagamento nos Cartões de Crédito em até 3X sem juros
Outubro 2022
81
ESPAÇO ABERTO
Foto: divulgação
ESG é
REALIDADE
Por Henrique Ludgero Casagrande,
Account Manager da Prosperi, uma das companhias
parceiras da Microsoft mais premiadas em toda a
América Latina. Possui experiência com análise e
gestão de investimentos em grandes empresas,
incluindo sistematização e digitalização de processos.
Atua na realização de projetos para os principais
grupos empresariais brasileiros, com diversificação
nas verticais de negócio de petróleo, construção civil,
manufatura e mineração
Práticas já fazem parte de uma
nova realidade empresarial
e as empresas devem se
esforçar para se adaptar ao
novo formato de gestão
O
termo ESG (Environmental, Social and Governance) ou
ASG (Ambiental, Social e Governança, em português), está
cada vez mais presente em nossas vidas. Se ainda não ouviu
falar, em breve vai ouvir e saber a importância dessas
letrinhas. As empresas têm prestado mais atenção a este
tema e procurado adaptar suas ações de forma a ficarem cada vez mais
adequadas as questões de sustentabilidade. Para se ter uma ideia, boa
parte dos investidores e fundos de investimentos têm procurado aportar
seus recursos em empresas que tenham essa política em sua cultura.
Um relatório divulgado pela consultoria PwC mostra que na Europa,
até 2025, 57% dos ativos de fundos mútuos estão em investimentos que
consideram os critérios de ESG – o que representa no total US$ 8,9 trilhões.
Outro ponto importante é que 77% dos investidores institucionais
informaram que planejam parar de comprar produtos não ESG nos próximos
2 anos. O processo manual, burocrático e muitas vezes desconectado
do planejamento de projetos de capital é uma dor comum às empresas
no processo de Capex (investimentos em bens de capital). Agora, com as
iniciativas do ESG, há uma nova camada de aprovações que precisa ser
considerada. Ou seja, projetos com potencial impacto ambiental ou compromissos
de ESG devem ser sinalizados e encaminhados para revisão,
avaliação e aprovação do comitê interno decisor de cada organização.
Um verdadeiro sistema de fluxo de trabalho de aprovação precisa
ser dinâmico e permitir diferentes rotas para que seja possível abrigar
um modelo de governança corporativa que flexibilize a racionalização de
projetos, custos, documentos de suporte e informações financeiras. No
caso de projetos de ESG, pode-se exigir estimativas específicas de impacto
ambiental e custos econômicos. Todos esses dados, em um formato
consistente, significam que a liderança pode comparar e avaliar projetos
em igualdade de condições e garantir que o dinheiro seja alocado para os
projetos certos de acordo com o momento da empresa.
Antes da avaliação dos investimentos na prática, as empresas necessitam
compreender o que é mais relevante dentro das métricas ESG. Nesse
sentido, as companhias têm criado matrizes de materialidade de definição
de metas, que auxiliam na hora de priorizar projetos. Trata-se de um processo
novo em que ainda estão sendo debatidos critérios para definir os
compromissos que uma companhia necessita ter para adotar as práticas
ESG. No entanto, a eficácia das mensurações já tem apresentado resultados
assertivos em grandes corporações, especialmente na tomada de
decisões. A verdade é que, nos tempos atuais, as empresas de diferentes
setores da economia precisam ser sustentáveis, e mais: são cobradas pela
sociedade e até por investidores a apresentar cifras e números que comprovam
o impacto de suas iniciativas. É por essa razão que o ESG veio para
ficar! É preciso medir, de fato, o quanto uma companhia está realmente
envolvida em prol do meio ambiente.
Para contribuir com essa transparência, recentemente foi criado no
Brasil o CBPS (Comitê Brasileiro de Pronunciamentos de Sustentabilidade),
cujo objetivo será normatizar, através de pronunciamentos técnicos, a divulgação
das práticas de sustentabilidade empresarial. O CBPS vai interagir
com o ISSB (International Sustainability Standards Board), criado pela Fundação
IFRS na COP26 com o objetivo de emitir normas técnicas a serem
aplicadas ao redor do mundo. O CBPS, por sua vez, será o normatizador
brasileiro - responsável justamente por incorporar as normas globais no
ordenamento pátrio.
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Novo sistema de medição de
comprimento ainda mais preciso;
Novo projeto de chassis, mais
robusto, maior durabilidade;
Novos cilindros das facas de
desgalhe;
Pinos substituíveis do Link,
simplificando sua manutenção;
Novo acesso ao ponto para
lubrificação, mais segurança na
manutenção;
Nova geometria da caixa da serra,
que propicia um ciclo de corte mais
rápido com menor lasque da
madeira;
Anéis trava ajustáveis no conjunto
de medição do diâmetro, que
estendem a durabilidade dos
componentes.
Serviço: (41) 2102-2881
Cabeçote: (41) 2102-2811
Peças: (41) 2102-2881
(41) 9 8856.4302
Pinhais-PR: Rua Alto Paraná, 226 - Sala 02
(41) 9 9232.7625
Butiá-RS: Av. Perimetral Sargento Fermino Peixoto da Silva, 181
(41) 9 9219.3741 Caçador-SC: Rua Victor Meireles, 90 • NOVA SEDE
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