Revista Betão
Titulada pela APEB (Associação Portuguesa das Empresas de Betão pronto) e editada pela Companhia das Cores, a Revista Betão desde o seu primeiro número que se afirmou como um natural e relevante projecto de promoção do sector do betão pronto. Com uma periodicidade semestral e uma linha editorial única e de maior qualidade técnica, a BETÃO dirige-se a projectistas, Engenheiros, Arquitectos, produtores de Betão, Técnicos das Câmaras Municipais, Pre-fabricantes, Produtores de materiais (argamassas, cimentos, etc), Universidades, Escolas Superiores de Engenharia, Associações Congéneres e Associações Internacionais (FIHP, ERMCO, entre outras) assegurando uma distribuição com cobertura nacional, incluindo Açores e Madeira.
Titulada pela APEB (Associação Portuguesa das Empresas de Betão pronto) e editada pela Companhia das Cores, a Revista Betão desde o seu primeiro número que se afirmou como um natural e relevante projecto de promoção do sector do betão pronto. Com uma periodicidade semestral e uma linha editorial única e de maior qualidade técnica, a BETÃO dirige-se a projectistas, Engenheiros, Arquitectos, produtores de Betão, Técnicos das Câmaras Municipais, Pre-fabricantes, Produtores de materiais (argamassas, cimentos, etc), Universidades, Escolas Superiores de Engenharia, Associações Congéneres e Associações Internacionais (FIHP, ERMCO, entre outras) assegurando uma distribuição com cobertura nacional, incluindo Açores e Madeira.
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Nº50
Jun. 2024
Entrevista: Bettencourt Ribeiro, Diretor do Departamento de Materiais do LNEC
Notícia: APEB abre Laboratório de Ensaios no Algarve
Técnica: Revisão da EN 12390-4 para máquinas de ensaio à compressão
Obras: Edifício Phoenix (Lisboa) | Edifício Miramar Tower (Porto)
Chaminé em betão branco, Hospital Central do Alentejo
O PRIMEIRO BETÃO
NEUTRO EM CARBONO
DE PORTUGAL
O lançamento do primeiro betão neutro em carbono
de Portugal – O BETÃO VERDI ZERO – é um grande
passo na construção de um futuro mais verde, com
infraestruturas e edifícios mais duradouros e com menor
impacto no meio ambiente.
Teve como base uma inovação SECIL ao nível do desenvolvimento
de produto, complementando medidas internas de
eficiência e de utilização de energia renovável, garantindo, logo
desde o início, uma importante redução de emissões de CO₂.
Este lançamento foi mais um passo importante no caminho da
Descarbonização no Grupo SECIL, com o objetivo de alcançarmos a
neutralidade carbónica em 2050, em sintonia com os compromissos
assumidos para reduzir as emissões de CO₂ da nossa atividade.
CERTIFICADO COMO
PRODUTO CarbonNeutral®
UTILIZAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS
QUE PROMOVEM A ECONOMIA CIRCULAR
FACILITA A OBTENÇÃO DOS CERTIFICADOS
AMBIENTAIS LEED E BREEAM
secil.pt
O BETÃO VERDI ZERO é certificado como um produto CarbonNeutral®,
sendo a neutralidade de carbono alcançada através da compensação das
emissões remanescentes, nomeadamente em projetos de florestação, energia
eólica e solar, garantindo que, por cada tonelada de C0₂ emitida pelo BETÃO
VERDI ZERO, exista uma tonelada a menos na atmosfera.
Editorial
A Importância do Controlo da Qualidade
do Betão na Construção
Caros leitores,
Jorge Reis
Diretor Geral
Numa indústria onde a segurança, a durabilidade e a eficiência
são fundamentais, o controlo da qualidade do betão aplicado
em obra emerge como um pilar essencial para garantir a integridade
das estruturas e a excelência dos resultados finais. Em
Portugal, onde a construção em betão desempenha um papel
significativo na economia e na vida quotidiana das pessoas, a
qualidade do betão assume uma importância ainda maior, afetando
não apenas a segurança dos edifícios, mas também o
bem-estar e a confiança da sociedade como um todo.
O betão é o material mais utilizado na construção civil e, portanto,
a sua qualidade é crucial para assegurar a solidez e a estabilidade
das estruturas. Desde edifícios residenciais até infraestruturas
complexas, como pontes e túneis, o betão é o alicerce
sobre o qual o nosso ambiente construído é erguido. Por isso,
qualquer comprometimento na sua qualidade pode resultar em
consequências graves, colocando em risco vidas humanas e causando
danos materiais significativos.
O controlo da qualidade do betão não se limita apenas à sua
resistência mecânica, mas abrange uma série de características,
incluindo composição química, consistência, durabilidade
e capacidade de suportar cargas e condições ambientais adversas.
É essencial que este controlo seja realizado em todas as
fases do processo, desde a produção até à aplicação em obra,
garantindo que o betão atenda aos padrões e especificações
técnicas exigidos.
Além de garantir a segurança das estruturas, o controlo de qualidade
do betão também contribui para a eficiência e sustentabilidade
da construção. Betão que garanta o tempo de vida
útil especificado pelo projetista resulta em estruturas mais duradouras
e menos propensas a necessitar de reparações ou substituições
prematuras, o que se traduz em economia de recursos
e redução da pegada ecológica. Além disso, ao garantir a conformidade
com normas ambientais e de eficiência energética,
o controlo da qualidade do betão ajuda a minimizar o impacto
ambiental da construção.
Em suma, o controlo da qualidade do betão é uma prática
essencial que não pode ser negligenciada na indústria da construção.
Contudo, Portugal está ainda longe de ter um controlo
da qualidade do betão generalizado e eficiente, mas a APEB
está e estará sempre na linha da frente para que este objetivo
seja uma realidade.
junho 2024 05
ADJUVANTES INOVADORES E FEITOS À MEDIDA, QUE PERMITEM UMA
MAIOR SUBSITUIÇÃO DE CLINQUER E REDUÇÃO DE CO 2
A CHRYSO desenvolveu EnviroMix ® C-Clay, uma nova solução do portfolio EnviroMix ® dedicado a permitir
redução de CO 2 no betão, para o uso de cimentos baseados em Argilas Calcinadas
A nossa equipa de R&D investiu um esforço significativo na caracterização de numerosas argilas calcinadas de todo
o mundo, com metodologias patenteadas, para determinar a formulação EnviroMix ® C-Clay para cada configuração
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Os nossos especialistas desenvolveram uma gama de produtos que ultrapassam as dificuldades de performance no
betão com Argilas Calcinadas:
Maior demanda de água
Trabalhabilidade inicial ou tempo em fresco do betão
Resitência a baixas e altas idades
Reologia do betão
CHRYSO ADJUVANTES PORTUGAL, LDA
Rua do Cheinho 120 • 4435-654 Baguim do Monte • Portugal• www.chryso.pt • Tel.:+351 225 379 171
Sumário
Fotografia de capa: Edifício Phoenix, Mota-Engil Engenharia e Construção SA
Nº50
jun. 2024
08 Notícias
› Estatística Setorial Betão Pronto 2023
› APEB abre Laboratório de Ensaio de Betões no Algarve
› Evento Dia do Betão passa a bienal
12 Entrevista
António Bettencourt Ribeiro – Diretor do Departamento
de Materiais do LNEC
20 Vida Associativa
› Edilages, SA
› Entrevista João André
› Novo director Departamento Técnico da APEB
28 Obra
Edifício Phoenix
44 Obra
Edifício Miramar Tower no Porto
48 Técnica
Revisão da EN 12390-4 para máquinas de ensaio
à compressão
52 Obra
Chaminé em betão branco do Hospital Central do Alentejo
54 Ambiente e Sustentabilidade
BETÃO ECO 3R
70 Acervo Normativo Nacional
Sobre Betão e os seus Constituintes
38 Técnica
Aditivos químicos para a descarbonização do betão e do
cimento
Associados da APEB: ABB, Alves Ribeiro, Betão Liz, Betopar, Brivel, Concretope, Edilages, Ibera, Lenobetão, Marques Britas, Mota-Engil, Pragosa Betão, Restradas,
Secil Betão, SPintos, Sonangil Betão, Tconcrete, Tecnovia e Valgroubetão.
Membros Aderentes da APEB: Chryso Portugal, Gebomsa, Mapei, Master Builders Solutions, MC-Bauchemie e Sika Portugal.
Propriedade APEB – Associação Portuguesa das Empresas de Betão Pronto – Rua Vieira da Silva, nº 2, 2650-063 Amadora • T. 217 741 925 • geral@apeb.pt • apeb.pt
Diretor Luís Goucha | Coordenação Editorial Jorge Reis | Publicidade Ana Diniz geral@apeb.pt
Design e Paginação Companhia das Cores – Design e Comunicação Empresarial, Lda. – Campo Grande, 183, 2.º Andar – 1700-090 Lisboa
T. 213 825 610 • marketing@companhiadascores.pt • companhiadascores.pt
Os artigos assinados são da responsabilidade dos seus autores.
dezembro 2022 05
Notícias
Estatística Setorial Betão Pronto 2023
Os resultados preliminares da Estatística Setorial do
Betão Pronto em Portugal referentes a 2023, fornecem
uma visão importante sobre esta indústria e são
uma base sólida para análises e decisões futuras. Estes
resultados já foram compilados, aguardando-se agora
o relatório anual da ERMCO – European Ready Mixed
Concrete Organization, para que se possa realizar uma
análise comparativa entre os dados de Portugal e os
dados da Europa.
Durante o ano de 2023, a indústria do Betão Pronto
em Portugal alcançou uma produção de 7,3 milhões
de metros cúbicos de betão, valor este que revela um
crescimento relativamente a 2022 de cerca de 10%. Esta
estimativa baseou-se nos resultados obtidos através das
informações fornecidas pelos associados da APEB, o
mostrou-nos que a produção per capita em Portugal foi
de 0,7 metros cúbicos por habitante. A faturação estimada
do setor do betão pronto terá atingido cerca de
770 milhões de euros.
As classes de resistência mais produzidas foram a C25/30
e a C30/37, e as classes de abaixamento mais produzidas
foram as S2 e S3. A percentagem de betão bombeado
situou-se em torno de 52% do total produzido.
No que respeita à distribuição da utilização do betão
pronto, aproximadamente 65% destinaram-se à construção
de edifícios residenciais e não residenciais; 17%
foram produzidos para pavimentos, enquanto 13% foram
empregues em infraestruturas como pontes, barragens,
túneis e ferrovias.
O número de trabalhadores diretos e indiretos na indústria
do Betão Pronto ascendeu a cerca de 2.500, distribuídos
por 230 centros de produção. O setor operou com
uma frota composta por 1.300 camiões autobetoneira e
320 camiões autobomba (bomba lança betão).
A elaboração e a análise destas análises estatísticas é
essencial para que as empresas do setor de Betão Pronto
em Portugal se possam manter competitivas, adaptar-se
às mudanças do mercado e garantir o seu crescimento
sustentável a longo prazo.
Produção de Betão Pronto em Portugal (milhões de m 3 )
14
12
10
8
6
4
2
0
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
08
APEB abre Laboratório
de Ensaio de Betões
em Estói, Algarve
É com enorme satisfação que a APEB anuncia a abertura
do Laboratório de Ensaio de Betões no Algarve, situado
em Estói (Faro). Este laboratório começará a operar em
pleno a partir do próximo mês de agosto, representando
um investimento significativo que reforça o compromisso
contínuo em fornecer serviços de excelência a todos os
associados e clientes.
O novo laboratório estará equipado para realizar ensaios
de provetes de betão à compressão axial, garantindo
um controlo de qualidade mais eficiente e preciso. Estes
ensaios são fundamentais para garantir a qualidade do
betão utilizado nas construções, em conformidade com
as normas e o Decreto-Lei 90/2021.
A sua localização em Estói permitirá uma resposta mais
rápida às necessidades dos Associados e clientes na
região do Algarve, reduzindo significativamente distâncias
e melhorando a comunicação e o atendimento com
o mercado sul do país.
O laboratório funcionará todos os dias úteis, entre as
9:00h e as 17:30h, assegurando um serviço contínuo.
“Estamos entusiasmados com esta nova fase e confiantes
de que o novo laboratório da APEB trará benefícios
significativos para todos os nossos associados e clientes”,
afirma Jorge Reis, Diretor Geral da APEB.
dezembro 2023
09
Notícias
Evento Dia do Betão passa a bienal
O Dia do Betão, um evento que se traduz num enorme
sucesso a cada edição, passará a ser bienal.
A nova periodicidade permitirá um planeamento mais
estratégico e o desenvolvimento de um programa e conteúdos
com maior diversidade e relevância, possibilitando
assim abordar de forma mais abrangente os temas
estruturais e emergentes para o setor, e com isso, garantir
apresentações e debates com maior impacto. A previsão
é também que este intervalo de dois anos resulte
numa maior adesão e envolvimento dos profissionais do
setor, sejam empresas, académicos, especialistas e autoridades
reguladoras.
Esta alteração de periodicidade do Dia do Betão vem
acompanhada de um formato ampliado, passando a ter
a duração de um dia inteiro na perspetiva de proporcionar
mais tempo para networking, potenciando oportunidades
para a troca de experiências e para o estabelecimento
de parcerias.
A decisão de tornar o evento bienal e de ampliar a sua
duração reflete o compromisso da APEB em continuar a
promover a excelência na indústria do betão, proporcionando
um ambiente propício para a inovação e para o
crescimento sustentado do setor.
10
Entrevista
“Os temas onde o betão
é relevante são tão extensos como
a amplitude da sua aplicação”
António Bettencourt Ribeiro
Diretor do Departamento de Materiais do LNEC
Fotos: ©Pedro Bettencourt/Companhia das Cores
12
Num cenário em que é difícil imaginar uma sociedade sem infraestruturas de betão, a
necessidade de abordar as dimensões da sustentabilidade, qualidade e segurança de
forma estratégica e inovadora, tornou-se mais crucial do que nunca. Temas críticos
que moldam atualmente a industria do betão e que conduziram a entrevista com
António Bettencourt Ribeiro, Diretor do Departamento de Materiais do Laboratório
Nacional de Engenharia Civil – LNEC, na qual destaca a importância de colaboração
entre os vários intervenientes, inovação e regulamentação eficaz para enfrentar os
desafios emergentes e garantir o desenvolvimento sustentável do setor.
Por Companhia das Cores
Concorda que temas como a sustentabilidade,
qualidade e segurança
(neste caso relacionada com a
resistência do betão nas estruturas),
são atualmente os grandes desafios
da indústria do betão pronto?
Tal como para muitas industrias, esses
temas são seguramente tópicos que
a indústria do betão não pode deixar
de ter presentes na sua atividade.
O betão é um material que é produzido
para satisfazer necessidades dos
seres humanos, os quais se contam
atualmente em cerca de 8 mil milhões
em todo o mundo. Na sociedade
atual, só é possível assegurar condições
de vida minimamente dignas
para um tão elevado número de pessoas
através da utilização racional e
organizada dos recursos que existem
no planeta. A importância do betão
para a vivência em sociedade é bem
refletida pelo seu grau de utilização
nas infraestruturas existentes. É difícil
imaginar um planeta sem infraestruturas
de betão, e isso deve-se à
capacidade deste material responder
adequadamente às necessidades
dos seres humanos. Sempre se reconheceu
que a qualidade e a segurança
são temas importantes para o
ser humano, o primeiro porque assegura
em geral melhor desempenho e
eficiência e o segundo porque é inerente
à preservação da vida humana.
Refere, e bem, que a segurança, nas
estruturas, está relacionada com a
resistência à compressão do betão,
uma vez que o valor desta propriedade
é uma medida da coesão do
material que assegura a integridade
da construção. O controlo da resistência
à compressão do betão nas
estruturas assume, por isso, um papel
primordial na segurança e deve ser
efetuado com rigor e de forma sistemática.
A sustentabilidade é um tema
cuja importância cresceu nas últimas
décadas, porque se tornou mais evidente
que os recursos naturais são
finitos e que a sua utilização desregrada
pode ser incompatível com a
sobrevivência da espécie humana.
Em que é que se consubstancia cada
um destes desafios e, por consequência,
que medidas considera poderem
ser implementadas para que os vários
intervenientes contribuam para responder
a esses desafios?
Cada um desses desafios assume
aspetos particulares na indústria
de betão. Começando pela sustentabilidade,
é inegável a preocupação
atual de controlo da emissão
de CO2 associada à atividade
humana, assunto que somos confrontados
diariamente na comunicação
social e que a União Europeia
tomou como prioridade no âmbito
das alterações climáticas. A produção
de betão pode ser vista como
uma das grandes fontes causadores
de emissão de CO2, emissão associada
a vários fatores, mas onde a utilização
de cimento Portland assume
um papel relevante. Efetivamente,
frequentemente vemos publicado
que a indústria de cimento é responsável
por 6 a 8% das emissões globais
de CO2 e grande parte do cimento
é utilizado no fabrico do betão. Uma
das grandes componentes da emissão
do CO2 pela indústria cimenteira
é a relativa à produção do clínquer,
devido também ao combustível utilizado,
mas essencialmente associada
à descarbonatação do carbonato de
cálcio presente na matéria-prima. É
hoje consensual que a redução da
emissão de CO2 pela indústria do
betão passa pela utilização de cimentos
com menor teor de clínquer Portland
e pela maior eficiência do uso
desse clínquer. Isto implica que a
indústria de betão será confrontada,
por um lado, com a necessidade de
utilização de cimentos com características
diferentes e, por outro, com o
facto de ser um elemento da cadeia
envolvida no processo de incremento
do valor da unidade de clínquer consumida.
Qualquer um destes desafios
tem uma componente no âmbito da
sustentabilidade, mas também está
relacionado com a qualidade e com
a segurança, os outros temas aqui
colocados.
junho 2024
13
Entrevista
“A segurança,
que é fundamental
para todos nós,
só é implementada
adequadamente
se os intervenientes
estiverem cientes da
sua importância.”
Abordando então o tema da qualidade,
como se referiu ele é fundamental
quando se pretende aumentar
a eficiência, pelo que se torna
ainda mais relevante no atual contexto.
Não é possível produzir com
eficiência, não só no âmbito das
características intrínsecas do material,
mas também associada aos
fatores económicos, se a produção
estiver desligada do controlo
da qualidade do produto. À qualidade
associa-se obtenção de bom
desempenho e regularidade nesse
bom desempenho. Para estes objetivos
é necessário conhecimento
sobre as matérias envolvidas e verificações
regulares. Nas indústrias
competitivas, em sociedades evoluídas,
o custo adicional associado
à implementação dos requisitos de
qualidade vem largamente justificado
pelo retorno na satisfação do
cliente na durabilidade do edificado,
no prestígio da instituição e no
volume de vendas resultante. Portugal
está no caminho de se aproximar
dos países europeus mais evoluídos,
pelo que se antevê que o incremento
na qualidade dos seus produtos se
continue a desenvolver. Na indústria
do betão, o controlo da qualidade
das matérias-primas, o conhecimento
sobre as suas características e em que
medida elas afetam o desempenho
do betão, a responsabilidade, conhecimento
e experiência de quem está
envolvido nas formulações, e a formação
do pessoal dedicado ao fabrico,
transporte e controlo de qualidade,
são fatores que importa considerar
nas equipas que nas empresas desenvolvem
estas atividades. E as pessoas
são a primeira salvaguarda da segurança,
o outro tema mencionado.
Efetivamente, a segurança, que é fundamental
para todos nós, só é implementada
adequadamente se os intervenientes
estiverem cientes da sua
importância. Em muitas das atividades
humanas, um incremento no nível
de segurança implica um aumento de
custo, pelo que é normalmente necessária
uma ponderação entre o nível de
segurança que pretendemos e aquele
que estamos dispostos a pagar. Nas
infraestruturas de grande importância,
como são muitas das que são feitas
com betão, como edifícios, pontes
ou barragens, a falta de segurança
tem implicações sérias para a própria
vida humana, pelo que o nível de
segurança é objeto de regulação. No
entanto, para a regulação surtir efeito
é necessário que os intervenientes
a conheçam e que estejam mobilizados
para a cumprir. A indústria de
betão está envolvida quer na elaboração
da regulação quer no grau do seu
cumprimento, pelo que tem responsabilidades
importantes nesta matéria.
No âmbito da regulação relativa
às estruturas de betão, importa que
esta seja desenvolvida para que a sua
aplicação permita ter baixa probabilidade
de mau desempenho das estruturas
durante a sua vida útil e muito
baixa probabilidade de colapso nesse
período. Os códigos estruturais em
vigor são feitos com essa intenção, e
neles é exigido ao betão que satisfaça
14
um conjunto de características. Cabe
aos intervenientes na construção assegurar
que o betão aplicado é aquele
que foi considerado no projeto. A
indústria do betão não é responsável
pela aplicação do betão, mas o betão
aplicado só pode cumprir os requisitos
se o betão fornecido ao aplicador tiver
potencial para tal, sendo, portanto, um
ator fundamental no processo. Para
cumprir o seu papel na sociedade, é
importante que a indústria de betão
pronto tenha, na sua prática, um objetivo
de excelência nesta matéria, contribuindo
para evitar que se deixem
implantar no mercado intervenientes
menos escrupulosos num assunto
como este, vital para os seres humanos.
Neste contexto (de atuais exigências),
que atualizações se impõem
ao DL90/2021?
A experiência tem mostrado que a
preparação e a publicação de um
Decreto-Lei como o DL 90/2021 é um
processo demorado e que envolve a
participação de muitos intervenientes.
O DL 90/2021 substituiu o DL
301/2007, constatando-se, portanto,
que entre eles decorreu um período
de 14 anos. A discussão sobre a
necessidade de substituir o DL
301/2007 iniciou-se em 2012, tendo
a sua substituição efetiva decorrido
apenas 9 anos depois. Espera-se que
o processo para a substituição do DL
90/2021 decorra num período muito
menor, mas é importante considerar
que se trata de algo que leva algum
tempo e só deve ser implementado
quando se trata de fazer modificações
com algum impacto.
O DL 90/2021 é relativamente recente
e não terão ainda surgido factos suficientemente
importantes para se considerar
necessário iniciar um processo
de substituição. Para isso contribuem
as disposições no DL 90/2021 que
estabelecem que são aplicáveis erratas,
emendas, revisões, integrações ou
consolidações das normas NP EN 206
e NP EN 13670 editadas pelo IPQ, a
“Além da melhoria dos aspetos relativos à
durabilidade, a incorporação de novos materiais
e novas tecnologias na regulamentação é um
assunto que merece atenção.”
primeira norma relativa à especificação,
produção e controlo do betão e a
segunda norma dedicada à execução
das estruturas de betão. Desta forma,
é possível efetuar algumas alterações
às regras aplicáveis, através dos anexos
nacionais das normas, sem necessidade
de substituir o decreto-lei. Uma
parte importante dos anexos nacionais
é a referência às Especificações
LNEC, as quais adaptam ou complementam
aspetos da norma relevantes
para o nosso país.
No entanto, isso não implica que não
existam já matérias onde se poderiam
encontrar consensos para efetuar alterações
mais profundas que contribuíssem
para melhor ultrapassar os desafios
que se colocam no âmbito das
matérias abrangidas pelo DL 90/2021.
Fazendo um paralelo com o que se
passa no nosso país vizinho, a leitura
do Código Estrutural que entrou
em vigor em Espanha em 2021, pela
publicação do Real Decreto 470/2021,
permite verificar que existem vários
assuntos onde se pode melhorar a
regulação em Portugal, como por
exemplo a condensação num único
documento, apesar de extenso, dos
requisitos associados às estruturas de
betão, que torna mais fácil a leitura da
legislação aplicável, ou aspetos relacionados
com a qualificação do pessoal
envolvido.
Porém, mais do que a legislação
vigente, é importante saber o resultado
da sua aplicação. O desempenho
das nossas estruturas reflete esse
resultado, e, apesar de se poder dizer
que globalmente o cenário é positivo,
também devemos reconhecer que
poderíamos ter feito melhor, perante
os casos de degradação prematura
que vamos conhecendo.
Para além da melhoria dos aspetos
relativos à durabilidade, a incorporação
de novos materiais e novas tecnologias
na regulamentação é um
assunto que merece atenção. Sabe-
-se, porém, que o estabelecimento
de regras implica um conhecimento
consolidado, e que as inovações
só passam a fazer parte da regulamentação
após passarem por uma
fase de comprovação. Nessa fase,
em Portugal usa-se a homologação
como meio de permitir a utilização
de materiais ou métodos para os
junho 2024
15
Entrevista
quais não existe ainda regulamentação
ou normalização, sendo o LNEC
uma instituição que se dedica a essa
atividade. Deste modo, potencia-
-se o desenvolvimento, requisito
nos países avançados, minimizando
os riscos associados à aplicação de
novos conhecimentos.
De que forma podemos enquadrar
aqui o tema da nova geração dos
Eurocódigos e das futuras classes de
resistência à ação ambiental associadas
ao efeito da carbonatação e dos
cloretos, assunto que está a ser considerado
na revisão da NP EN 206?
Julgo que a nova geração dos Eurocódigos
estruturais incorpora de
forma mais adequada as características
do betão, particularmente no
que se refere à durabilidade. Neste
âmbito da durabilidade das estruturas
de betão armado face ao ataque
por carbonatação e por cloretos, a
possibilidade de especificação por
desempenho, atualmente já permitida
em Portugal pela utilização das
Especificações LNEC E 464 e E 465,
assume um papel primordial, relativamente
às anteriores disposições
de natureza prescritiva, muito ligadas
a limites para a razão água/cimento
e para a dosagem de cimento do
betão. A possibilidade de o produtor
de betão definir a sua formulação,
sem restrições de doseamento,
para atingir um desempenho relativamente
a um determinado ataque,
constitui, sem dúvida, um avanço
importante, com implicações no
consumo de cimento, e que vai ao
encontro dos objetivos de sustentabilidade,
durabilidade e segurança
que pretendemos. Na formulação
dos betões, atualmente, a resistência
à compressão é a variável mais
importante do betão endurecido
a considerar. Para além da consistência
do betão fresco, as composições
são normalmente estabelecidas
para atingir uma determinada
resistência à compressão alvo, que
permita satisfazer a classe de resistência
especificada. Com a definição
de classes de resistência à carbonatação
e aos cloretos, será necessário
também efetuar determinações
16
“Será útil que a discussão na indústria de
betão pronto inclua temas relacionados
com o desenvolvimento do produto”
no betão sobre estas propriedades.
A frequência de ensaios e os métodos
de avaliação da conformidade
ainda não estão estabelecidos, pelo
que é prematuro emitir opinião sobre
o impacto que isso terá na indústria
do betão pronto. Parece, porém, que
é um passo no caminho certo para a
consolidação do betão como material
incontornável na construção, que
contribui para a valorização do material
e que reduz o campo de manobra
de intervenientes menos competentes.
As vantagens resultam não
só para a indústria qualificada como
também para os utilizadores, na
medida em que a razão entre o benefício
obtido e o incremento de custo
é seguramente muito elevada.
Na sua opinião, que outros temas
associados ao fabrico e aplicação do
betão pronto deveriam ser objeto
de discussão, nomeadamente aqueles
que possam implicar alterações
significativas para a atividade da
indústria do betão, por exemplo no
âmbito da regulamentação ou da
relação entre intervenientes?
Os temas onde o betão é relevante
são tão extensos como a amplitude
da sua aplicação. Uma análise sobre o
volume de betão aplicado no mundo
e a miríade de aplicações, atuais e
potenciais, torna este material único
e insubstituível em muitas dos seus
atuais usos, sem prejuízo do papel
que outros materiais de construção
assumem no contributo para a sustentabilidade,
na função de todos em
assegurar as infraestruturas necessárias
para a vasta população mundial.
Considerando o betão como
um compósito resultante de um conjunto
de partículas de rocha aglomeradas
por um ligante à base de silicatos
de cálcio hidratados, existem
estudos arqueológicos que evidenciam
a possibilidade de já entre 8000
e 9000 anos antes de Cristo o Homem
ter utilizado esse material de construção.
Porém, a evolução que se assiste
nas últimas décadas não tem paralelo
na história do betão, fruto essencialmente
dos desenvolvimentos na área
dos ligantes e dos adjuvantes, o que
torna este material ainda mais competitivo
e capaz de vencer os novos
desafios que se lhe colocam. A parte
da indústria que não acompanhar
estes desenvolvimentos terá provavelmente
mais dificuldade em se manter
no mercado, tendo em conta também
a maior eficiência esperada com
a utilização de outros materiais que
sejam aperfeiçoados. Neste âmbito,
certamente será útil que a discussão
na indústria de betão pronto inclua
temas relacionados com o desenvolvimento
do produto para melhor resposta
às necessidades da população.
Uma melhor articulação entre a atividade
do projetista, na especificação
do betão, a atividade do empreiteiro,
na encomenda ao produtor de
betão e na aplicação do betão, e a atividade
do produtor de betão, contribuirá
para tirar o melhor partido das
potencialidades do betão e valorizar
o material e as estruturas feitas com
ele, certamente com benefícios para
toda esta indústria. Para este objetivo
poderá ser necessário implementação
de regulação específica
que potencie esta articulação, e atividades
de fiscalização que desmotivem
potenciais aplicações de betões
impróprios, eventualmente a baixo
custo, que não se adequam ao fim a
que se destinam.
junho 2024
17
SOLUÇÕES DE IMPERMEABILIZAÇÃO
Promo
Pedro Sousa
Arnaldo Sousa
ADJUVANTE CRISTALIZANTE
PARA BETÕES IMPERMEÁVEIS
A PERMEABILIDADE CONSISTE NA CAPACIDADE DO BETÃO DE RESISTIR
À PENETRAÇÃO DE ÁGUA E SUBSTÂNCIAS NELA DISSOLVIDAS.
A impermeabilidade é uma das
principais características exigidas
às estruturas de betão. Esta
propriedade não só protege os
elementos da penetração de
água, como também aumenta a
durabilidade da construção. Da
mesma forma, permite o aumento
do seu tempo de vida útil e
respetivo desempenho e reduz
ainda os impactos ambientais
associados à sua manutenção e
possíveis substituições de elementos
com patologias.
A permeabilidade pode ser
definida como “a quantidade de
migração de água na estrutura
de betão” ou mesmo como “a
capacidade do betão de resistir
à penetração de água e substâncias
nela dissolvidas”.
Esta permeabilidade é um tema
de grande importância, pois está
diretamente relacionada à penetração
de agentes agressivos no
betão que, sob certas condições,
podem gerar a degradação rápida
ou progressiva da estrutura.
Assim, quando o betão é permeável,
a água, ar, gases ou outros
agentes agressivos podem
atacar a estrutura e provocar
efeitos negativos como a carbonatação,
eflorescências e/ou corrosão
das armaduras por ataques
de sulfatos, cloretos, etc.
Para medir a permeabilidade,
existem métodos diretos (ensaios
Laboratório de Betões – Mapei Portugal, Cantanhede.
de penetração de água sob pressão e/ou
absorção capilar ou ainda o coeficiente K
da lei de Darcy) e métodos indiretos (por
exemplo, penetração de iões cloreto),
embora estas últimas técnicas não sejam
consideradas tão precisas ao medir a
carga elétrica que atravessa o betão e não
estritamente a sua permeabilidade.
É importante assinalar que o betão é mais
ou menos permeável em função da sua
estrutura porosa (formada por capilares
0,4
0,45
0,5
0,55
0,6
0,7
Tempo de cura recomendado em função da relação
água/cimento no betão.
TEMPO Tempo DE de CURA cu ra
3 dias
7 dias
14 dias
28 dias
180 dias
365 dias
FIGURA 1. Relação entre a porosidade
capilar e a permeabilidade do betão.
e poros com diâmetro superior
a 100 mícron – fenómenos que
ocorrem devido ao ar aprisionado
e/ou ocluído), fissurações
por efeitos de retração, cargas,
degradações por agentes agressivos,
etc.
Portanto, a permeabilidade do
betão dependerá de como está
distribuída a porosidade total e
isso depende de vários fatores:
características da pasta ligante,
compacidade, agregados, etc.
Além disso, tratando-se de
dimensões físicas diferentes, a
permeabilidade e a porosidade
estão correlacionadas (Figura 1)
porque a porosidade é diretamente
proporcional à permeabilidade.
Neste sentido, é também necessário
destacar a importância da
cura do betão para se obter uma
matriz cimentícia com coeficiente
de permeabilidade K de 1x10-11
(Tabela 1).
Para reduzir a permeabilidade
do betão, as estratégias mais
comuns são a redução da relação
água/cimento através do uso de
superplastificantes apropriados, a utilização
de adjuvantes hidrófugos e adjuvantes
que proporcionam a cristalização dos
poros.
Sabendo que o fundamental é tentar
reduzir, na medida do possível, a relação
água/cimento no betão, a adição de
IDROCRETE KR 1000 permite aumentar
ainda mais o seu grau de impermeabilidade.
IDOCRETE KR 1000: adjuvante
cristalizante para betão
impermeável
IDROCRETE KR 1000 é um adjuvante em
pó, à base de componentes hidrofílicos
especiais, que quando adicionado ao
betão fresco reduz a sua permeabilidade
no estado endurecido. Este adjuvante
cristalizante é composto por uma mistura
de componentes ativos que, na presença
de água, transformam os subprodutos da
hidratação do cimento em cristais, reduzindo
a porosidade e a microfissuração do
betão.
Estes cristais crescem nos poros capilares
do betão, reduzindo a sua porosidade e
passando a fazer parte da sua massa.
IDROCRETE KR 1000 também
fornece matéria para a geração
destes cristais. As sementes cristalinas
dão origem à formação
de cristais de carbonato e silicato
que não são solúveis em água.
O crescimento destes cristais
nos poros capilares e nas microfissuras
reduz a porosidade e a
permeabilidade do betão.
Ensaios de laboratório (Figura
2) mostram que a utilização do
IDROCRETE KR 1000 aumenta a
capacidade de resistência do betão
submetido a pressões hidrostáticas
de água, quando comparado
ao betão de referência.
Além disso, a capacidade de
ponte de fissuras do IDROCRETE
KR 1000 permite a cicatrização
de microfissuras até 0,4 mm
de espessura. Por fim, é importante
destacar que IDROCRETE
KR 1000 não afeta a resistência
mecânica do betão, melhorando
inclusivamente o seu aspeto
estético por ser um produto em
pó de finura semelhante ao grão
de cimento.
FIGURA 2. IDROCRETE KR 1000 aumenta a capacidade de resistência do
betão submetido a pressões hidrostáticas de água, quando comparado ao
betão de referência.
Arnaldo Sousa
Especialista da linha de Produto ADM/UTT
a.sousa@mapei.pt
Pedro Sousa
Especialista da linha de Produto ADM/UTT
p.sousa@mapei.pt
Relação água/cimento
Referência
IDROCRETE KR 1000
Vida Associativa
EDILAGES, SA
Há 30 Anos a Construir o Futuro
Construção do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (1952)
Betões e argamassas
A Empresa
A Edilages, fundada em 1990 adotou uma política de
formação contínua dos seus colaboradores, garantindo,
deste modo, a sua aptidão para o desenvolvimento
das suas competências face à constante evolução
dos mercados. O planeamento estratégico é uma
prática de gestão que está na origem do sucesso das
organizações, sendo a vantagem competitiva de um
projeto constituída pela diferença.
Possui uma abordagem centrada no cliente e os projetos
são estruturados de acordo com as necessidades
específicas de cada cliente. Assim, desde a análise
da viabilidade económico-financeira do projeto a
desenvolver, passando pela negociação com as entidades
financiadoras ou investidoras, conceção e a execução
técnica, a construção e reabilitação, o arranque
efetivo do projeto, tudo passa pela equipa de trabalho
com recurso, sempre que necessário, a parcerias estrategicamente
estabelecidas para que todo o processo
reúna os meios necessários para alcançar o sucesso.
A oferta de todos estes serviços, concentrados na
mesma entidade, proporciona sinergias únicas, que
serão utilizadas em benefício dos clientes, traduzindo-
-se, assim, no seu sucesso continuado e na satisfação
contínua dos clientes.
Do seu objeto social, fazem parte essencialmente
cinco ramos de negócio distintos, se bem que complementares.
São eles:
• Construção Civil de raiz e reabilitação;
• Extração, produção e comercialização de derivados
de granito; Produção e comercialização de Betão
Pronto;
• Produção e comercialização de Misturas Betuminosas;
• Metalomecânica e carpintaria;
• Infraestruturas e vias de comunicação;
A excelência dos agregados produzidos pela Edilages,
faz dela uma empresa de referência na qualidade da
20
Centro de Interpretação do Românico
Pavilhão logístico
Massas betuminosas
Betões e argamassas
controlo rigoroso de todos os
seus produtos. As atividades aqui
desenvolvidas são certificadas em
qualidade NP EN ISO 9001 e os
seus produtos possuem a marcação
CE segundo as normas de
produto aplicáveis.
rocha granítica, que permite elevados níveis de qualidade,
para além de uma localização privilegiada ao
mercado regional.
A Edilages está licenciada para a receção e valorização
de resíduos de construção e demolição.
Dispondo de laboratório próprio, a empresa analisa
de forma sistemática e programada toda a gama dos
agregados produzidos, assegurando desta forma um
Efetua a produção das suas massas
betuminosas a quente e a frio
de forma muito criteriosa e exigente oferecendo produtos
de alta qualidade para aplicação em pavimentos
rodoviários, dispondo de 2 centrais descontínuas.
As composições das misturas betuminosas resultam
de estudos de composição, efetuados em laboratório
totalmente equipado com o controlo sistemático da
matéria-prima, assim determinam a qualidade e durabilidade
dos produtos fabricados.
junho 2024
21
Vida Associativa
Extração de agregados
Extração de agregados
A Edilages tem implementado um Sistema do Controlo
da Produção em Fábrica de Misturas Betuminosas, de
acordo com o Regulamento EU nº 305/2011 e segundo
a EN 13108-21, para avaliar a conformidade das diversas
misturas betuminosas produzidas pelas suas Centrais
de Massas, de modo a cumprir com o definido no
Decreto-Lei n.º 130/2013 de 10 de setembro.
A Edilages tem experiência em Betão Pronto há mais
de 25 anos, com três pontos a marcar o reconhecimento
pelos seus clientes ao longo do tempo, sendo
eles, qualidade, capacidade e competitividade. Com
uma política de investimento sustentada tem vindo a
verificar um crescimento contínuo ano após ano, dispondo
de uma frota própria de 38 autobetoneiras e 8
bombas de betão de modo a agilizar o fornecimento
de betão e com 3 centrais de betão no Polo industrial
de Penafiel.
O Controlo de Conformidade dos betões é efetuado
de forma a dar cumprimento ao definido em
Betões e argamassas
NP EN206-1, das Normas Portuguesas e
Especificações do LNEC aplicáveis, possuindo
um laboratório dotado de equipamentos
de vanguarda para dar resposta
a todas as solicitações dos clientes
e efetuar um controlo rigoroso de todo o betão produzido
e fornecido.
Os betões e argamassas representam uma vertente
muito especial nas áreas de negócio desenvolvidas pelo
grupo. Pela constante aferição do produto e meios logísticos
e técnicos envolvidos, esta é, sem dúvida, uma área
que requer um constante desafio por parte de todos.
A central de betão está situada a 800 m dos acessos da
autoestrada A4 (Penafiel Sul), que permite utilizar uma
área de comercialização mais abrangente, sem comprometer
os prazos de entrega.
Existe neste momento a capacidade de produção e
fornecimento de betão fresco, apoiada numa moderna
frota de oito camiões de transporte de betão e de duas
bombas de lançamento.
O laboratório de apoio monitoriza constantemente
todas as etapas do produto, com os seus componentes
devidamente calibrados e aferidos por laboratórios
oficiais.
22
Empresa Multinacional com uma vasta experiência na
Prestação de Serviço de Bombagem de Betão, sediada na
zona de Sintra, prestamos serviço por diversas zonas do Pais.
Temos para lhe oferecer Serviço de Bombagem de Betão com
recurso a Bomba Estática e camião Autobomba.
Temos soluções para todos os tipos de serviço de bombagem
de betão.
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Vida Associativa
João André
“Ao longo destas décadas,
vi a APEB evoluir e adaptar-se
a mudanças tecnológicas
e de mercado, sinto-me orgulhoso
de ter participado nesse crescimento”
Com um percurso de 32 anos dedicado às áreas do Betão e Materiais Constituintes,
João André despede-se agora da APEB onde assumiu a Direção Técnica. Ao longo de
sua carreira testemunhou e contribuiu para inúmeras transformações no setor, sempre
com um compromisso inabalável com a qualidade e a inovação. Em entrevista à Betão,
destaca com enorme orgulho a sua participação no crescimento sustentável da APEB,
uma “marca” que ajudou a consolidar.
Por Companhia das Cores
24
PERFIL
Natural da zona de Castelo Branco mas
atualmente a viver em Pêra, Almada, João
André licenciou-se em Engenharia Civil no
Instituto Superior Técnico de Lisboa e fez
uma pós-graduação em Gestão Ambiental
e Auditorias Ambientais em Empresas
Industriais no International Society
for Computational Social Science (ISCSS).
Assumiu durante 32 anos a Direção Técnica
da APEB, tendo sido responsável
pelo Sistema de Gestão dos Laboratório
da APEB, pelo Laboratório de Ensaios e
pela área da Formação e Consultadoria.
Que balanço faz dos 32 anos na APEB?
O balanço que faço é extremamente
positivo. São 32 anos de um projeto
coletivo dedicado às áreas do betão
e materiais constituintes onde o
compromisso firme entre os colaboradores
e os parceiros dos Laboratórios
APEB esteve sempre presente.
Procurámos sempre reforçar a qualidade,
o rigor e a isenção de uma atividade
laboratorial e formativa indispensável
para assegurar um nível de
qualidade e segurança desejável
às edificações, pois a qualidade de
uma obra não deve ser avaliada unicamente
através do controlo da qualidade
dos materiais de acabamento
e da sua aplicação.
Ao longo destas décadas, vi a APEB
evoluir e adaptar-se a mudanças tecnológicas
e de mercado, e sinto-me
orgulhoso de ter participado nesse
crescimento. São 32 anos preenchidos
por aprendizagem, realizações
e momentos memoráveis que enriqueceram
tanto a minha vida profissional,
quanto a pessoal. Desenvolvi
muitas competências, enfrentei
desafios que me fortaleceram e estabeleci
relações profissionais valiosas
que levo para a vida.
Dos desafios e sucessos que viveu
neste período, há algum que o
tenha marcado?
Negativamente, em 2012, quando a
variação anual do emprego no setor
da construção registou uma queda
de cerca de 20%. Situação que afetou
todo o setor. Foram tempos difíceis,
mas que o coletivo conseguiu
ultrapassar. Outro aspeto negativo
teve a ver com o encerramento dos
serviços laboratoriais da APEB localizados
no norte.
Os sucessos são muitos, nomeadamente
a participação no congresso
ERMCO 98 realizado em Portugal, a
criação do Laboratório de Metrologia
e a participação no projeto das
novas instalações da APEB. Na nossa
atividade o sucesso nunca pode ser
individual pelo que englobo, acima
de tudo, todos os profissionais que
estão e os que passaram pela APEB.
Do que mais se orgulha no seu percurso
profissional na APEB?
Genericamente, a oportunidade de
crescer e aprender continuamente,
de colaborar com colegas talentosos
e dedicados, e de contribuir para
projetos significativos que fizeram a
diferença na vida de muitas pessoas
e empresas do setor. Além disso, a
“Desenvolvi muitas competências,
enfrentei desafios que
me fortaleceram e estabeleci
relações profissionais valiosas
que levo para a vida.”
cultura de inovação e o ambiente de
apoio sempre foram uma motivação
para mim ao longo destes anos.
Acrescento ainda o enorme orgulho
em ter ajudado muitos dos meus
colegas a desenvolverem novas competências;
de ter participado na criação
do Laboratório de Metrologia
que veio aumentar a gama de serviços
prestados aos nossos Associados
e clientes externos; de ter contribuído
para manter e engrandecer a “marca”
APEB da qual os Laboratórios são
parte integrante, pelo que a sua gestão
implica a implementação de muitas
medidas preventivas de forma a
não “beliscar” a Associação e os seus
Associados.
Em forma de resumo, orgulho-me
acima de tudo da capacidade de ter
contribuído para o crescimento e
sucesso sustentável da APEB.
Enquanto diretor técnico dos Laboratórios
da APEB, quais foram as
mudanças mais marcantes que testemunhou?
Já referi anteriormente a criação do
Laboratório de Metrologia e acrescento
a participação no projeto das
novas instalações da APEB. O Laboratório
de Metrologia veio proporcionar
uma qualidade de serviços idóneos,
competentes e livres de conflitos de
interesses, garantidos pelo seu Chefe
de Laboratório, o Rui Simões. Também
a adaptação ao modelo de gestão
da APEB, por diferentes intervenientes
como Santos Pato, João
Duarte e Jorge Reis, ao longo destes
anos implicou sempre um desafio
à adequação que a mudança de gestão
exige.
junho 2024
25
Vida Associativa
“A cultura de inovação
e o ambiente de apoio
sempre foram uma
motivação para mim ao
longo destes anos.”
Foi também um colaborador assíduo
da Revista Betão com a produção
de artigos técnicos. Quais
foram para si os temas mais relevantes
sobre os quais teve oportunidade
de partilhar com os Associados
e restantes leitores?
Tentei enquadrar sempre a vertente
da formação e do ensino nos vários
artigos publicados ao longo destes
anos. O feedback que sempre fui
tendo dos nossos leitores contribuíam
grandemente para uma melhoria contínua
nos artigos seguintes.
Como preparou a passagem de testemunho?
A passagem de testemunho para o
Eng.º Frederico Rodrigues foi feita
através de uma abordagem estruturada
e cuidadosa para garantir uma
transição suave e eficaz. Numa primeira
fase, a aquisição de competências
para a realização dos ensaios.
Atividade acompanhada de formação
contínua e acompanhamento
diário sobre todas as
áreas adstritas ao funcionamento
do Laboratório
de Ensaios.
Como gostaria de ser recordado
nesta sua passagem pela APEB?
Em termos da APEB, como um técnico
que contribuiu ao longo de 32
anos para consolidar a marca APEB.
Quer em termos de recursos humanos,
quer em termos de sustentabilidade
organizacional.
Para o setor da construção, como um
técnico que contribuiu significativamente
para a inovação e sustentabilidade,
nomeadamente no setor do
betão. Alguém que promoveu práticas
no sentido de melhorar o setor
da construção, e do betão em particular,
complementada com a formação
de técnicos competentes e capazes,
quer a nível nacional quer a nível
internacional.
Quais são seus planos ou aspirações
nesta nova fase da sua vida?
Penso abraçar novos projetos que
me permitam enfrentar novos desafios.
Consubstanciar o meu gosto
O LADO B
DE JOÃO ANDRÉ
Pai de dois filhos, é o neto com 10 anos
que exalta o lado mais emocional de João
André. Porque um homem não vive só de
betão, ao longo da sua vida desenvolveu
alguns hobbies nomeadamente em atividades
desportivas, com um grande enfoque
no voleibol, onde foi praticante e treinador.
A música, outra grande paixão,
também esteve sempre presente e expressou-a
de forma muito singular ao integrar
grupos musicais como baterista. Assume
ainda ter um gosto especial por trabalhos
manuais como a pirogravura, estando o
cinema, a leitura e o teatro também na
sua lista de preferências.
pela formação e consultadoria nesta
área na qual já levo décadas de
experiência. Também planeio dedicar
mais tempo à família e a alguns
hobbies.
Estaria disponível para continuar a
colaborar com a Revista Betão?
A Revista Betão tem sido, ao longo
destes anos, um projeto de que
me orgulho imenso em participar.
A coordenação editorial da Revista
Betão desde a sua génese até
2014, em parceria com o Diretor da
Revista, Santos Pato, veio consolidar
uma nova perspetiva e ensinamento
que trazia da constituição de
um outro projeto desenvolvido no
GDINE (Grupo Desportivo do Instituto
Nacional de Estatística). Nestes
anos da Revista Betão não posso
deixar de referir a excelente contribuição
que a Dr.ª Aurora Gonçalves
da Companhia das Cores tem prestado
a este projeto.
Gostaria de deixar um repto a todos
os técnicos do nosso sector: se
não souberem, perguntem… não
inventem.
26
Vida Associativa
Departamento Técnico da APEB
tem novo director
Frederico Rodrigues acaba de assumir
a Direção do Departamento Técnico da
APEB após um ano enquanto Diretor Técnico
Assistente.
Formado em Engenharia Civil, com especialização
em Construção pelo Instituto
Superior Técnico de Lisboa, a sua experiência
profissional inclui uma passagem
pela Tecnovia – Sociedade de Empreitadas,
S.A, no Departamento Técnico Comercial
e no Departamento de Produção onde
participou em projetos significativos como
o Prolongamento do Quebra-mar Exterior
e Acessibilidades Marítimas do Porto de Leixões.
“É com enorme satisfação que assumo este cargo mas
também com grande sentido de responsabilidade que
esta transição acarreta, nomeadamente na continuidade
da excelência técnica do Departamento Técnico, e pelo
compromisso renovado com a inovação e qualidade que
“É com enorme satisfação que assumo
este cargo mas também com grande
sentido de responsabilidade que esta
transição acarreta, nomeadamente na
continuidade da excelência técnica,
e pelo compromisso renovado com
a inovação e qualidade que sempre
definiram a APEB.”
sempre definiram a APEB”, afirma Frederico Rodrigues.
“Gostaria de agradecer ao engenheiro João André
pelos seus anos de dedicação e damos as boas-vindas
ao engenheiro Frederico Rodrigues nesta nova e
desafiante etapa da sua carreira”, refere Jorge Reis,
Diretor Geral da APEB.
27
Obra
Edifício Phoenix
Por Mota-Engil Engenharia e Construção SA
A MOTA-ENGIL ENGENHARIA e
CONSTRUÇÃO SA tem em curso
a construção do Edifício Phoenix
- Empreitada Geral da Parcela C
da Operação Integrada de Entrecampos
e dos respetivos espaços
públicos envolventes, adjudicada
pela FIDELIDADE PROPERTY
EUROPE, S.A.
Localização e Prazo de
Empreitada
A empreitada em curso contempla
a execução de um Empreendimento
situado num terreno de
geometria trapezoidal, enquadrado
a Sul pela linha férrea de
Sintra/Azambuja/Sul, a Nascente
pelo eixo viário da Avenida Álvaro
Pais, a Norte pela rua Sousa Lopes
e Poente pela rotunda que liga ao
túnel do Rego, com um prazo de
27 meses.
Base Arquitetónica
A base arquitetónica do edifício
consiste na conjugação de dois
módulos diferentes, os três pisos
térreos que são constituídos por
dois edifícios prismáticos “BAR”
e um modulo em formato de
“Donut” do piso um ao sete:
BAR `DONUT´ HYBRID
28
Os Pisos térreos destinam-se à
zona de circulação, comercio e
lobby de entrada, enquanto os
pisos superiores destinam-se
essencialmente a escritórios com
iluminação no interior do edifício.
Os três pisos enterrados destinam-se
à zona de estacionamento
e zonas técnicas.
O presente projeto de arquitetura
é desenvolvido para que nos pisos
térreos exista um espaço livre de
circulação de pessoas, sendo uma
área ampla sem elementos verticais,
consistindo num vão livre de
elementos verticais de 60 metros,
que se desenvolve desde a Avenida
Álvaro Pais a Nordeste até ao
alçado Sudoeste.
Figura 1. Identificação dos Pisos
Azul-Pisos enterrados; Rosa-Pisos Térreos, Laranja-Pisos Superiores e Cobertura
Sustentabilidade
Trata-se de um empreendimento com preocupações
de sustentabilidade, nomeadamente:
• Edifício energeticamente mais eficiente, com certificação
da classe energética de A e NZET e certificação
de LEED e Well Gold;
• Eficiência energética e de gestão de recursos em
infraestruturas e espaços públicos;
• Sistemas de iluminação pública de baixo consumo;
produção de energia renovável a partir de geotermia
e de sistemas localmente instalados de captação
de energia fotovoltaica, nomeadamente na
cobertura;
• Promoção de um grande estacionamento para
300 bicicletas integrada na rede ciclável existente
e provida de instalações de balneários associados;
• Promoção da mobilidade elétrica, com a oferta de
pontos de carregamento de veículos elétricos;
• Para aquecimento e arrefecimento optou-se pela
solução de Geotermia que é usada para explorar
o calor terrestre, onde o fluido geotérmico, usualmente
a água, serve de veículo de transporte do
calor gerado no interior da terra para a superfície.
Permitindo desta forma a redução de gasto
de energia.
junho 2024
29
Obra
Descrição dos pisos
O edifício de nova geração, desenvolve-se em 13
pisos, 7 acima do solo, 3 semienterrados, com áreas
de vazados correspondentes a zonas de triplo pé-
-direito sobre átrios e auditório, e 3 pisos em cave
dedicados a estacionamento mais um piso dedicado
a áreas técnicas, com uma área de construção total
de 68.120m 2 .
Os pisos em cave têm funções de estacionamento,
arrumos e áreas técnicas, assim com as áreas de
acesso funcional das mesmas aos átrios de acesso às
restantes funções do empreendimento.
Os pisos -1 baixo, -1 e 0 têm uma função de articulação
com o espaço público destinado às entradas
e áreas públicas do empreendimento com as diversas
cotas exteriores, com pisos intermédios, pisos de
dupla altura, acomodação de áreas de auditório e de
exposições.
Os pisos superiores, do piso 1 ao 5, dedicados aos
escritórios, são pisos eminentemente de “planta livre”,
infraestruturados a partir dos núcleos verticais distribuídos
em três quadrantes, livres de elementos estruturais
em quase toda a sua periferia até à fachada exterior,
desenvolvendo-se à volta de um grande “vazio”
interior, em forma troco-piramidal invertida, que promove
a luz natural para pisos de dimensão variável.
Os pisos 6 e 7, são os pisos do topo que albergam,
para além das áreas de escritórios num piso executivo
(piso 6) e áreas de salas de reuniões mais formais,
uma grande varanda e pequenos terraços em todo o
redor do perímetro do edifício, com um terraço exterior
voltado a Sul e sobre a vista da cidade com zona
de eventos, bar e áreas de refeições. Toda a periferia
do conjunto é encerrada no piso 7 com um sistema de
cobertura em tudo semelhante ao do sombreamento
da fachada, que se simplifica progressivamente sobre
as áreas técnicas, dando suporte à colocação de painéis
fotovoltaicos e conferindo, de todos os ângulos,
uma imagem consistente ao conjunto.
Figura 2. Alçado Norte
Figura 3. Alçado Sudeste
30
Engenharia – Soluções Estruturais
Nos pisos enterrados foram adotados vãos correntes,
em geral, de 8.4mx8.4m, no entanto, em algumas
zonas os vãos estendem-se até 8.4mx11.2m.
A solução estrutural consiste numa laje fungiforme
de 0.22m de espessura, com capitéis de 0.37m de
espessura e dimensões em planta de 3m x 3m, para
garantir a resistência ao punçoamento da laje e controlar
eficazmente a deformação global da laje. Nos
vãos superiores, adotou-se uma banda maciça com
a mesma espessura dos capitéis de 0.37m a interligar
os pilares e com pré-esforço para controlar eficazmente
a deformação da laje. O pré-esforço é
constituído por monocordões para permitir efetuar
o puxe dos cabos no desnível de 0.15m que existe
entre o capitel e a laje.
Nos pisos térreos, a solução adotada será, em geral,
uma laje com 0.25m de espessura e com bandas ou
capitéis de 0.45m e 0.60m. A localização dos pilares
nos pisos térreos foi pensada para privilegiar
a zona da entrada, que é ao nível da cota +76. A
laje da cobertura do auditório tem cerca de 17m de
vão, sendo maciça com 0.30m de espessura e bandas
pré-esforçadas com 0.60m de espessura. Para as
zonas de cargas e descargas, com vãos semelhantes
ao auditório, mas armadas em ambas as direções,
optou-se por uma solução de laje pré-esforçada aligeirada
com moldes recuperáveis.
Nos pisos elevados 1 a 7 e cobertura as lajes encontram-se
apoiadas em pilares que por vezes suspendem
as cargas até às estruturas de transição na
cobertura e nos núcleos de betão armado.
Os pisos elevados são constituídos por uma laje aligeirada
de betão armado com 0.35m de espessura,
com pré-esforço nos alinhamentos dos pilares para
vãos superiores a 10m. Os aligeiramentos da laje
junho 2024 31
Obra
são do tipo Cobiax e o pré-esforço foi dimensionado
para vencer vãos entre 11m e 13m. O número de
cabos de pré-esforço em cada banda varia consoante
o vão a vencer e as condições de apoio da mesma
(simplesmente apoiada ou com continuidade).
Na periferia das lajes dos pisos elevados é adotada
uma banda invertida com 0.45m de espessura e 2.1m
de largura para resolução das questões relacionadas
com o punçoamento excêntrico. Na fachada Poente
essa banda será pré-esforçada pois existem dois
pilares, nos alinhamentos BB e BE que são interrompidos
ao nível da cota +72 e +80, respetivamente.
As vigas de suspensão estão localizadas na cobertura
numa zona reservada a equipamentos técnicos.
Existem diversas vigas de suspensão, cuja geometria
depende da localização dos pilares a suspender
e do vão a vencer.
Os pilares da estrutura têm, em geral, 0.60m ou
0.90m de diâmetro, em função do nível de carga
a que estão sujeitos. Nos pisos enterrados e consoante
as tensões a que estão sujeitos, efetuaram-se
pilares alongados, mantendo a largura de 0.60m, de
modo a evitar interferência com os lugares de estacionamento
adjacentes. No caso dos núcleos estão
previstas paredes que, em geral, apresentam 0.30m
de espessura. Nas zonas onde assentam as vigas de
suspensão da cobertura, foi necessário adotar paredes
com 0.60m ou 0.90m de espessura, de modo a
garantir a continuidade entre a estrutura das vigas e
os elementos verticais e acomodar o necessário pré-
-esforço vertical.
Resumidamente, tendo em conta a conceção arquitetónica
originou várias soluções estruturais, de
acordo com os vãos entre pilares existentes:
32
Tabela 1- Quadro resumo solução estrutural
Localização
Piso
Vãos máximos
entre pilares
Solução estrutural
PISOS
ENTERRADOS
• Estacionamento
Piso Técnico
Piso -4
Piso -3
Piso -2
8,4 m x 8,4 m
8,4m x 11,5 m
• Lajes fungiformes de betão
armado (esp 0.23m) e Capiteis
(0.37m esp e 3mx3 m em
planta)
• Bandas pré-esforçadas nos
alinhamentos dos pilares
PISOS TÉRREOS
• Lobby
• Circulação
• Zona comercial
Piso -1
Piso -1 baixo
Piso 0
Piso -1
Piso -1 baixo
Piso 0
Estruturas de transição:
• Treliça na fachada em betão
armado e pré-esforçado
• Vigas de suspensão
PISOS
ELEVADOS
• Escritórios
PISO 1
a
PISO 7
Cobertura
8.4m x 13m
Lajes aligeiradas (Cobiax) e
pré-esforçadas
Estruturas de Transição:
• Treliça na fachada em betão
armado e pré-esforçado
• Vigas de suspensão
A base arquitetónica do edifício dá origem a uma
estrutura atípica, tendo como maior desafio de
engenharia na construção de sete pisos de escritórios
que são suspensos sobre um vão máximo de 60
metros com 14 metros de altura.
Apesar da complexidade estrutural, a solução de
engenharia aliou-se de forma harmoniosa com a
própria arquitetura dinâmica do edifício, focando
na conceção de transição de cargas por:
Treliça na fachada, localizada na fachada Nascente,
executada em betão armado de alta resistência
com classe C60/75 e pré-esforçado. O pré-esforço
nos pilares diagonais têm como finalidade reduzir a
deformação global e uniformizar tensões de compressão
nas diversas diagonais.
Figura 4. Treliça na fachada
junho 2024 33
Obra
Vigas de Suspensão, localizada na cobertura, as mesmas
garantem um caminho simples da carga, pelo
que se recorreu ao princípio básico do funicular e
do anti funicular das cargas de modo a privilegiar
a transmissão de cargas por esforço axial em alternativa
a transmissões recorrendo a efeitos de flexão
que são, usualmente, menos rígidos e, consequentemente,
menos eficientes.
Figura 5- Vigas de Suspensão- Esquema transmissão Cargas
(Elemento Pré-esforçados: Vigas, Pilares, Núcleos Pré-esforçados)
34
Particularidade do processo
construtivo nos pisos térreos
Com a particularidade da necessidade de descontinuidade
de pilares nos pisos térreos com uma altura
de 14 metros, altura entre o piso térreo inferior e
o piso 1, a metodologia mais económica e recorrendo
a recursos a tecnologia construtiva disponível,
encontram-se executados 22 elementos verticais
provisórios em betão armado que serão removidos
após a conclusão de toda a estrutura de betão
armado incluído toda a estrutura de transição. Em
fase de construção, cada elemento vertical provisório
encontra-se a ser monitorizados com aparelhos
de apoio e que monitorizam os movimentos verticais
ao longo da construção da estrutura até à sua conclusão
para verificação da suspensão de toda a laje
de maior vão localizada nos Pisos Térreos.
De forma muito resumida, os trabalhos a executar são:
• Fundações
• Superestrutura
• Fachadas incluindo fachada envolvente
de ensombramento em UHPC
• Acabamentos interiores
• Sistemas mecânicos de transporte
• Hidráulica
• Aquecimento, ventilação e ar condicionado
• Proteção e segurança contra incêndios
• Instalações elétricas
• Comunicações
• Segurança eletrónica e contra intrusão
• Automação integrada
• Arranjos exteriores
Principais quantidades:
• Betão 35.435 M 3
• Cofragem 123.507 M 2
• Pré-esforço 396.659 Kg
• Aço 4.917.000 Kg
• Fachadas Alumínio 13.582 M 2
• Fachadas Ensombramento em UHPC 11.696 M 2
INTERVENIENTES
› Dono de obra: Fidelidade Property
› Gestor de projeto: Rockbuilding e Bovis
› Lead consultant: Gensler
› Arquitetura e Paisagismo: Promontorio
› Estruturas: JSJ, JET
› Sustentabilidade: Greenlab
› Incêndios: ETU
› Rede Viária e Tráfego: ENGIMIND
› Elétrica, Mecânica: PROM&E CONSULTING
› Hidráulica: Betar
› Acústica: INNCOUSTICS
› Iluminação: FILAMENTO
› Elevadores: ACCEO
› A/V: Audium
› Resíduos Sólidos: LAQRE
› Gestor BIM: LIMSEN
› Fiscalização: Teixeira Trigo
› Empreiteiro: Mota-Engil Engenharia e
Construção SA
MEMÓRIAS DESCRITIVAS DE
PROJECTO:
› ARQUITECTURA:
ECC-LSN-XX-XX-RP-Q-5001 (Out/2022)
› ESTRUTURAS:
EST-MDJ-ESTRUTURA E FUNDAÇÕES
(Nov/2021)
junho 2024 35
MasterCO 2
re
Inovadora tecnologia ICS (Intelligent Cluster System)
para fabrico de betão com cimentos de baixo
conteúdo de clínquer.
A chave mestra para a descarbonização eficiente
e economicamente viável do betão
MasterCO 2
re: Uma nova era para o betão sustentável
O MasterCO 2
re é uma tecnologia inovadora desenvolvida
pela Master Builders Solutions, uma empresa líder
em soluções de construção sustentável. Trata-se de um
aditivo para betão altamente eficaz que permite reduzir
significativamente o conteúdo de clínker, o componente
principal do cimento Portland, sem comprometer as propriedades
do betão.
O clínker é responsável por aproximadamente 80 % das
emissões de CO 2
de betão e mais de 6 % das emissões
globais. Ao reduzir o clínker no betão, o MasterCO 2
re contribui
para uma menor pegada de carbono na indústria
da construção.
A tecnologia MasterCO 2
re baseia-se num sistema de nano-
-clusters inteligentes (tecnología ICS – Intelligent Cluster
System) que proporciona os seus efeitos de maneira precisa
quando são necessários. Essas nano-clusters são ativadas
na presença de água e cálcio, melhorando a fluidez
e reologia do betão, mesmo com altas temperaturas,
com materiais absorventes e condições de grande necessidade
de água em geral.
Essa tecnologia permite utilizar maiores proporções de
materiais alternativos ao clínker, como filer calcário, pozolanas
naturais, cinzas volantes e escórias de alto-forno,
sem afetar a resistência, durabilidade e trabalhabilidade
do betão. Isso resulta num betão mais sustentável e com
menor impacto ambiental, mas de uma forma economicamente
rentável para o produtor de betão.
O MasterCO 2
re é uma solução ideal para aplicações de
betão pronto, betão pré-fabricado e obra civil. Sua versatilidade
é adequada para uma ampla gama de projetos de
construção, desde edifícios comerciais e residenciais até
infraestruturas de transporte e obras de engenharia civil.
A tecnologia MasterCO 2
re representa um avanço significativo
na produção de betão sustentável e contribui para
os objetivos de redução de emissões de CO 2
na indústria
da construção. Ao combinar a sua eficácia com a sua versatilidade,
o MasterCO 2
re posiciona-se como uma solução
chave para um futuro mais sustentável na construção.
A química do MasterCO 2
re
O MasterCO 2
re é um aditivo para betão que atua na matriz
cimentícia, formando uma rede de nano-clusters inteligentes.
Essas nanoclusters são formadas por uma matriz
inorgânica que bloqueia as unidades aditivas poliméricas
e as liberta de forma controlada ao longo do tempo. Com
esta tecnologia é possível exercer um controlo sem precedentes
do efeito dispersante em condições de grande
necessidade de água.
O tecnología MasterCO 2
re oferece uma série de vantagens
em relação aos aditivos para betão convencionais,
incluindo:
• Permite reduzir significativamente o conteúdo de clínker
no betão, sem comprometer as propriedades do betão
no estado fresco e endurecido;
• É mais eficaz do que os aditivos convencionais para
melhorar a fluidez e reologia do betão, especialmente
em condições de grande necessidade de água;
• Proporciona a manutenção prolongada da fluidez do
betão mesmo em condições adversas (materiais absor-
Promo
ventes, baixa relação água/cimento, cimentos de alta
finura) sem sacrificar a resistência inicial, mesmo em baixas
temperaturas;
• Reduz a absorção de água pelo betão, proporcionando
melhor robustez de misturas de betão fresco;
• Aumenta a resistência mecânica do betão;
• Reduz a permeabilidade do betão e melhora a sua durabilidade,
aumentando a sua resistência à corrosão e ao
ataque químico.
O MasterCO 2
re pode ser utilizado em uma ampla gama
de aplicações de betão, incluindo:
• Betão pronto;
• Betão pré-fabricado;
• Betão estrutural;
• Betão para pavimentos;
• Betão para obra.
Em Espanha e Portugal, MasterCO 2
re acompanha a transição
dos cimentos CEM II/A para os cimentos do tipo CEM
II/B, que acabarão por ser o cimento de referência para
betão pronto nos próximos anos. E na Alemanha, a MasterCO
2
re está a facilitar a introdução de cimentos ainda
mais sustentáveis, como o CEM II/C.
O MasterCO 2
re é uma tecnologia inovadora que tem o
potencial de revolucionar a indústria da construção. A tecnologia
permite reduzir significativamente as emissões de
CO 2
do betão, contribuindo para um futuro mais sustentável
e para a mitigação das mudanças climáticas.
Conclusão
A tecnologia MasterCO 2
re já é uma realidade no mercado.
Começou a ser introduzida na Europa em 2023 com
o impulso das mudanças que a indústria cimenteira está
a aplicar nos seus produtos, em linha com as exigências
climáticas que exigem a sua descarbonização progressiva
até 2050 e com um primeiro objetivo em 2030.
Técnica
Aditivos químicos para
a descarbonização do betão
e do cimento
Por Pere Borralleras Mas – Master Builders Solutions
Resumo
Para alcançar o objetivo da plena
descarbonização do setor do
cimento e, consequentemente,
também do betão, a transição para
cimentos com menor conteúdo de
clínquer é imprescindível. A substituição
dos tipos de cimento atualmente
em uso pelos que têm menor
pegada de carbono conduzirá inevitavelmente
a um ajuste no betão. No
entanto, existe tecnologia de aditivos
suficiente para permitir esta transição
salvaguardando os obstáculos
técnicos que esta transição representa.
Geralmente, esta tecnologia
consiste no controlo da viscosidade
e da necessidade de água (e a conservação
da consistência com a passagem
do tempo) e o desenvolvimento
de resistências iniciais para
permitir a desmoldagem, especialmente
no inverno.
Introdução
O progresso da sociedade para um
modelo mais sustentável aponta
diretamente para os setores industriais
e, em especial, para aqueles
com maior responsabilidade nas
emissões de gases com efeito de
estufa. A figura 1 mostra que 7% das
emissões totais de CO 2 [1] se devem
ao setor do cimento, e, portanto,
este setor não está isento da necessidade
de implementação de melhorias
para a redução da pegada de
carbono.
Há vários anos que o setor cimenteiro
está a fazer grandes esforços
para reduzir o seu impacto ambiental,
maioritariamente com foco na
melhoria produtiva, na eficiência e na
revalorização. Contudo, para alcançar
efetivamente a total descarbonização
do cimento, não há outra
forma que não seja minimizar o seu
conteúdo de clínquer.
A substituição dos tipos de cimento
usados atualmente de forma maioritária
é um dos objetivos contemplados
no roteiro do setor, que tem
como meta a total descarbonização
em 2050 [2] . Para alcançar este objetivo
é obrigatória uma transição
para o uso de cimentos com menor
conteúdo de clínquer, uma vez que
o fabrico de clínquer é responsável
pela maior parte das emissões
de CO 2
resultantes da produção de
cimento [3] .
No entanto, focar explicitamente a
indústria do cimento na perspetiva
Figura 1. Distribuição das emissões
de CO 2
por setores industriais [1]
desta responsabilidade pode ser precipitado.
Se considerarmos que mais
de 70% do cimento produzido tem
como destino a produção de betão [4]
e que este é o material, por natureza,
utilizado na construção de estruturas,
parece apropriado atribuir responsabilidades
de forma partilhada
(desde os projetistas até aos construtores
e utilizadores finais, incluindo,
é claro, o cimento e o betão propriamente
ditos).
Aproximadamente 80% das emissões
de CO 2
associadas ao betão
provêm diretamente do cimento [5] .
Deste modo, o caminho para a descarbonização
implica poder-se fabricar
betões com cimentos de menor
conteúdo de clínquer comparativamente
aos atualmente utilizados [6] .
Esta transição deve dar-se sem com-
38
Figura 2. Tipos de cimento de acordo com a sua pegada
de carbono (definida pelo conteúdo de clínquer)
prometer o desempenho mecânico
e de durabilidade das estruturas, e,
é claro, de uma forma economicamente
viável para todas as partes
envolvidas.
Fabrico de betão com
cimentos de fator clínquer
otimizado para reduzir a
pegada de CO 2
Os tipos de cimento usualmente utilizados
para fabrico de betão são o
CEM I (no betão pré-fabricado) e,
sobretudo, o CEM II/A (no betão
pronto). Como pode observar-se na
figura 2, estes cimentos são os de
maior pegada de carbono, porque
contêm maior proporção de clínquer.
Daí a necessidade de sermos capazes
de implementar novos cimentos
no fabrico de betão de forma sustentável
para todas as partes envolvidas
e avançar para a descarbonização,
não só do cimento, mas também da
construção com estruturas de betão
em geral.
dos da argamassa normalizada, mas
antes de avaliar que propriedades ou
comportamentos podem ser corregidos
posteriormente no betão muito
mais facilmente do que no cimento e,
assim, agir em conformidade.
Uma prática habitual consiste em
utilizar aditivos de moagem do tipo
melhoradores de desempenho, o
que, porém, não dispensa a aplicação
de correções na finura do cimento.
Geralmente, para cumprir os requisitos
do betão, os cimentos com alto
conteúdo de adição devem ter uma
maior finura do que os cimentos mais
ricos em clínquer. Esta é uma consequência
necessária para compensar
a menor reatividade das adições que
substituem o clínquer.
O objetivo principal é não comprometer
as resistências do cimento a
28 dias (fator essencial), dado que
isto não se pode corrigir no betão
de forma eficiente nem economicamente
viável. Em particular, a correção
de finura pretende garantir que
a finura da fração do clínquer não
seja inferior à do cimento de referência.
Na figura 3 ilustra-se esta situação,
para o caso de uma substituição de
CEM II/A-L por CEM II/B-L. Apresentam-se
as curvas granulométricas
do cimento de referência CEM
II/A-L e de duas versões do respetivo
cimento otimizado CEM II/B-L.
Tendências no fabrico
de novos cimentos
No fabrico do próprio cimento é
muito conveniente aplicar certas
ações/correções para minimizar os
efeitos da redução de clínquer no
desempenho do cimento (consequência
direta da substituição de
clínquer por adições com menor reatividade)
e assim facilitar “o encaixe”
no betão.
Estas correções deveriam estar orientadas
tendo o betão como protagonista.
Por outras palavras, não se
trata tanto de equilibrar os resulta-
Figura 3. Curvas granulométricas de um cimento CEM II/A-L (referência)
e da otimização para CEM II/B-L com e sem correção de finura
junho 2024
39
Técnica
Quando se substitui clínquer por um
material de menor dureza (calcário,
por exemplo), é conveniente que o
cimento final apresente valores mais
elevados de finura (Blaine). Caso
contrário, é muito provável que a fração
de clínquer fique mais espessa,
o que afeta notavelmente as resistências
do cimento (e, consequentemente,
as do betão), tanto iniciais
como, especialmente, finais. Este
comportamento acentua-se quanto
maior for a diferença de dureza entre
o clínquer e o calcário utilizado.
Na figura 3 pode observar-se que o
valor de Blaine do cimento de referência
e do CEM II/B-L sem correção
de finura são comparáveis, porém a
posição do pico máximo da curva
deste último (atribuído ao clínquer)
abrange tamanhos maiores. Isto
implica perdas de resistência muito
dificilmente compensáveis no betão.
A consequência direta do aumento
de finura é o aumento da necessidade
de água do cimento (observável
na água de consistência normal),
mas este seria um dos parâmetros
“a sacrificar” no cimento, dado que
pode resolver-se de forma eficiente
no betão.
Em suma, para que os novos cimentos
mais sustentáveis cumpram as
exigências do betão, será preciso
aumentar a sua finura (e em particular
a finura da fração clínquer), e
assumir as consequências adversas
derivadas desta ação como corrigíveis
no betão.
No entanto, é mais complexo equilibrar
o desenvolvimento da resistência
do cimento com pouca idade
com aumentos de finura, mesmo
até com o uso adequado de aditivos
melhoradores de desempenho.
Alargando a perspetiva ao binómio
cimento- betão, a resistência inicial
(a 24 horas) será outro parâmetro a
sacrificar, porque poderá ser corrigido
em boa medida no betão.
Para efeitos práticos, os desafios
técnicos mais relevantes e frequentes
que devem resolver-se na implementação
de cimentos mais sustentáveis
na produção de betão são os
seguintes:
• Aumento da necessidade de água
e limitações de conservação da
consistência com a passagem do
tempo
• Controlo da reologia e da viscosidade
do betão
• Menor desenvolvimento de resistências
a 24 horas (especialmente
no inverno)
Poderia afirmar-se que, por mais
que se façam esforços no fabrico do
cimento a fim de minimizar as alterações
de comportamento, os ajustes
nas fábricas de betão são inevitáveis,
embora menores.
Aditivos químicos para
betão: a chave mestra
Os aditivos químicos revolucionaram
a tecnologia do betão dos últimos
50 anos. O seu desenvolvimento
deu origem a novos betões, tal como
o betão de alta resistência ou o auto-
EM BREVE NO
ALGARVE
LABORATÓRIOS
ACREDITADOS
Ensaios de Betão,
Agregados e Ligantes
Calibração de máquinas
de compressão, peneiros,
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e estufas.
www.apeb.pt
40
compactavel, abrindo novas oportunidades
para o desenho e a construção
de estruturas anteriormente
impossíveis. Além disso, desde o seu
aparecimento, contribuíram sempre
para a redução da pegada de CO 2
do betão.
Enquanto o espectro de melhoria
dos aditivos para cimento tem certas
limitações (assume-se que perante
reduções de clínquer superiores a ≈5
pontos não é possível compensar a
100% o desempenho com aditivos
melhoradores de desempenho), a
versatilidade e as possibilidades com
os aditivos para betão (plastificantes
e superplastificantes) são muito mais
abrangentes.
A química dos aditivos superplastificantes
continuou a avançar até ao
ponto de poder afirmar que existe
tecnologia suficiente para solucionar
os desafios técnicos que a implementação
de cimentos mais sustentáveis
no betão apresenta. Desta forma, os
aditivos químicos permitirão encaixar
os novos cimentos nos betões do
dia a dia, solucionando as problemáticas
previstas e sem comprometer a
viabilidade técnica e económica do
betão. E para as questões que ainda
possam ficar por resolver, em breve
existirá nova tecnologia que solucionará
e ampliará os limites atuais.
O aumento da viscosidade
e as limitações na manutenção
da consistência do betão
solucionam-se com aditivos
químicos
As correções de finura explicadas
anteriormente implicam, na maioria
dos casos, um aumento da fração
mais fina (aprox. < 5 µm) no cimento.
Isto tem consequências diretas no
betão, provocando um aumento da
necessidade de água e da viscosidade
plástica (que dificulta o bombagem
e a colocação na obra em
geral). Além disso, pode promover
a perda prematura da consistência
com a passagem do tempo (que
limita o transporte na obra e a execução
do betão fresco). Esta problemática
acentua-se quando for
necessário ajustar por defeito a relação
água/cimento do betão (prática
habitual nestas situações para equilibrar
a resistência final do betão).
As consequências não desejadas
derivadas da acumulação de finos
no cimento podem assumir-se, dado
que existe tecnologia de aditivos (de
betão) para corrigi-las. Em particular,
nestas situações é preciso utilizar um
aditivo superplastificante com controlo
da reologia (MasterEase ou
MasterSure, da Master Builders Solutions)
que, ao contrário dos tipos
convencionais, reduza o impacto
do aumento da fração mais fina do
cimento sobre a viscosidade plástica
do betão, permitindo a bombagem
do betão a pressões normais.
Na figura 4a apresentam-se os valores
de viscosidade plástica de um
betão imediatamente após a amassadura
e passados 90 minutos, comparando
um cimento de referência
CEM II/A-L e um cimento CEM II/B-
-L com a correção de finura e utilizando
aditivos superplastificantes
(SP) convencionais e um superplastificante
da gama MasterEase com
controlo reológico. Pode observar-
-se como a viscosidade plástica do
betão aumenta ao mudar o tipo de
cimento, tanto inicial como especialmente
a 90 minutos, e como
esta adversidade é corrigida ao utilizar
um aditivo superplastificante
tipo MasterEase, à base de polímeros
PAE que reduzem o impacto do
aumento da fração fina do cimento
sobre a viscosidade do betão.
Figura 4. Impacto sobre a viscosidade plástica (4a) e a manutenção da consistência (4b) de betões fabricados com CEM
II/A-L (referência) e CEM II/B-L com correção de finura, utilizando um aditivo superplastificante convencional base PCE e um
aditivo superplastificante com controlo de reologia à base de polímeros PAE
dezembro junho 2024 2023
41
Técnica
Com as mesmas variáveis, a figura
4b apresenta a evolução da conservação
da consistência do betão com
a passagem do tempo. Fica patente
que ao mudar o tipo de cimento para
outro com menor conteúdo de clínquer
e com maior proporção de fração
fina (fruto da correção de finura),
a manutenção do Slump é penalizada,
mas isto pode corrigir-se facilmente
utilizando um aditivo superplastificante
adequado para estas
situações.
As perdas de resistência inicial
solucionam-se com mais eficiência
na fábrica de betão do
que no próprio cimento
Em betões fabricados com cimentos
em que o clínquer é substituído
por altos conteúdos de cinza ou
pozolana (CEM IV, CEM V e também
CEM II/B) ou escórias (CEM III, CEM
V e CEM VI), o maior desafio técnico
reside em minimizar a perda de resistências
a 24 horas (rotina habitual
para a desmoldagem em obra) e em
especial em condições de inverno.
Isto também se aplica à substituição
do clínquer por calcário.
Mesmo com as correções de finura
indicadas anteriormente e o uso adequado
de aditivos melhoradores de
desempenho no cimento, é muito
complicado equilibrar o desenvolvimento
inicial de resistências nestes
casos.
Tentar resolver esta limitação no próprio
cimento exigiria aumentos de
finura que gerariam outras problemáticas
técnicas, além de originar custos
de produção mais elevados e, provavelmente,
apenas sucessos parciais.
No entanto, existe uma certa margem
de manobra na produção de betão
para resolver as limitações de resistência
inicial de forma satisfatória.
Para o fabrico da maior parte dos
betões convencionais utilizam-se
dois tipos de aditivos redutores de
água de forma simultânea: aditivo
plastificante (para a conservação da
consistência com a passagem do
tempo) e aditivo superplastificante
(que confere fluidez ao betão).
Quando se utilizam cimentos com
alto conteúdo de adição é necessário
rever as dosagens de aditivo plastificante
e aditivo superplastificante
para reduzir o caráter retardador da
combinação de aditivos. Por exemplo,
ao substituir um cimento CEM
II/A por CEM IV, CEM V ou inclusive
por CEM II/B (assumindo dosagem
de cimento por m 3 equivalente), a
forma mais eficiente de minimizar a
perda de resistência inicial consiste
em reduzir a dosagem de aditivo
plastificante em 40-60% e compensar
a fluidez aumentando o aditivo
superplastificante.
A figura 5 apresenta o impacto das
diferentes combinações plastificante-
superplastificante num betão
convencional preparado na fábrica
de betão quando sesubstitui o tipo
de cimento habitual (CEM II/A) por
outros cimentos com menor pegada
de carbono.
Observa-se a perda de resistência
inicial à medida que o fator clínquer
do cimento diminui, mas também
como se compensa em grande
medida quando se reajustam as
dosagens dos aditivos de betão.
No entanto, tal como se constata,
as resistências finais a 28 dias não
devem ser uma limitação se se aplicaram
as correções de finura adequadas
e se ajustou (se for necessário)
a relação água/cimento do betão
convenientemente.
Figura 5. Evolução das resistências de betões C25/S3 fabricados com diferentes tipos de cimento e diferentes combinações
entre aditivo plastificante e aditivo superplastificante.
42
As modificações de dosagem plastificante-superplastificante
são uma
prática habitual no fabrico de betão
e ajustam-se em função das condições
de temperatura ou dos requisitos
de cada aplicação. Quando
se usam cimentos com alto conteúdo
de adição, esta correção tem
de levar-se mais ao extremo, até ao
ponto de considerar inclusive suprimir
totalmente o aditivo plastificante
e utilizar apenas superplastificante
durante os meses mais frios.
Cimentos com alto conteúdo
de escória podem comprometer
a robustez do betão que
se resolve com uma adequada
seleção do aditivo superplastificante
Quando se fabrica betão com cimentos
com alto conteúdo de escórias,
por vezes pode observar-se que o
ajuste da consistência é mais complicado.
O nível de fluidez fica mais
sensível perante ligeiras variações do
conteúdo de água (humidade das
areias, por exemplo), e a resposta
do aditivo redutor de água também
fica mais abrupta (alterações ligeiras
de dosagem produzem grandes alterações
na fluidez do betão, inclusive
com risco de desagregação).
A perda de robustez costuma observar-se
quando se utilizam cinzas
pouco reativas e mais frequentemente
com o uso crescente de escórias
(especialmente com escórias
com alto grau de vitrificação).
Tudo isto adiciona complexidade à
produção diária de betão e, é claro,
não é algo desejado. A melhor solução
perante o problema referido é
considerar a substituição do aditivo
superplastificante atualmente
em uso por um mais adequado para
esta situação. Existe suficiente versatilidade
na tecnologia para ajustar o
comportamento dos aditivos redutores
de água a estas situações. O
desenvolvimento da engenharia de
polímeros permitiu estabelecer correlações
claras entre estrutura polimérica
e comportamento do aditivo,
e com isso a possibilidade de dispor
de um amplo leque de soluções para
otimizar a compatibilidade cimento-
-aditivo.
Em síntese, trata-se de reequilibrar
a afinidade de adsorção do aditivo
com a capacidade de adsorção
das adições utilizadas. Portanto,
uma primeira ação corretora consistiria
em ajustar a dosagem de aditivo
superplastificante por defeito.
Em várias ocasiões isto proporciona
uma melhoria apenas parcial, mas
notável.
À margem da adequada seleção
do aditivo superplastificante, a possível
perda de robustez pode parcialmente
mitigar-se utilizando filler
calcário no betão ou areias que forneçam
mais finos. Fruto disto, pode
afirmar-se que os problemas de
perda de robustez se tornam mais
visíveis quando se utilizam areias
lavadas com poucos finos e pouco
absorventes do que no caso de
areias calcárias britadas absorventes
e com alto conteúdo de finos.
Conclusões
Os aditivos químicos são a chave
mestra que impulsionará a substituição
dos cimentos que se usam maioritariamente
(CEM I e CEM II/A) por
outros com menor pegada de CO2
(CEM II/B, CEM II/C, CEM III, CEM IV,
CEM V e CEM VI).
Com o uso adequado dos aditivos
de cimento e graças às novas tecnologias
de aditivos superplastificantes,
a indústria do betão será capaz
de solucionar os desafios técnicos
que a transição para cimentos com
menor pegada de carbono apresenta,
sem penalizar os desempenhos
nem ter um impacto relevante
nos custos.
A descarbonização do cimento
representa um efeito em cascata
para descarbonizar, em geral, a construção
de estruturas com betão. Este
esforço é imprescindível e deve dar-
-se num curto espaço de tempo.
Caso contrário, o betão como material
de construção irá perdendo relevância
face a outros materiais mais
competitivos do ponto de vista
ambiental. Por isso, e apesar de o
processo começar com o cimento, é
necessário envolver todas as partes
da cadeia de valor do setor (projetistas,
cimento, betão e construtores).
Bibliografia
[1] E. Dunford, R. Niven, C. Neidl,
“Deploying Low Carbon Public Procurement
to Accelerate Carbon Removal”,
Frontiers in Climate, Sept. 2021,
3:686787.
[2] M. A. Sanjuán, P. Mora, A. Zaragoza,
“Spain’s cement sector: carbon
neutrality by 2050”, 2021, International
Cement Review.
[3] L. Rodgers, “La enorme fuente de
emisiones de CO2 que está por todas
partes y que quizás no conocías”, Dec.
2018, BBC News.
[4] Varios, “Informe: Sector cemento”,
Publicaciones Alimarket, Alimarket-
Construcción, Nov.-Dec. 2022, 86-103.
[5] D. Wimpenny, “Low Carbon Concrete
- Options for the Next Generation
of Infrastructure”, Jan. 2009, Concrete
Solutions 09, Paper 4a-1.
[6] UN Environment; Scrivener, K.L.;
John, V.M.; Gartner, E.M. Eco-efficient
cements: Potential economically viable
solutions for a low-CO2 cement-based
materials industry. Cement and Concrete
Research 2018, 114, 2–26.
junho 2024
43
Obra
Edifício Miramar Tower no Porto
Por Betão Liz, S.A. Grupo Cimpor
© Metropolitano de Lisboa
O Miramar Tower ergue-se majestosamente
como uma torre residencial
de 16 pisos, situada num
condomínio de luxo na Rua Diogo
Botelho, nas proximidades da Foz
do Douro, no Porto. Este empreendimento
é fruto da promoção da
Burgo Sublime, integrante do
grupo KNJ Investment Limited,
liderado por Kevin Ho, também
acionista da Global Media. O projeto
arquitetónico foi concebido
pela OODA, conceituado e premiado
gabinete de arquitetura
localizado na cidade do Porto.
Este imponente edifício é construído
em betão armado e destaca-se
pelas amplas varandas
panorâmicas presentes em todos
os seus apartamentos, proporcionando
uma conexão harmoniosa
entre os espaços internos e externos.
As vistas espetaculares sobre
a Foz do Douro, o mar e a cidade
do Porto são elementos irresistíveis
que agregam valor e atratividade
ao investimento neste local.
Os apartamentos, que variam de T1
a T4, apresentam áreas brutas que
oscilam entre 152 e 613 metros quadrados,
oferecem uma diversidade
de opções para diferentes estilos
de vida.
A empresa responsável pela construção
deste empreendimento é
a Edinorte Edificações Nortenhas,
S.A., cujos trabalhos tiveram início
em setembro de 2021 e têm previsão
de conclusão para este ano de
2024.
O design, desenvolvimento e fornecimento
do betão necessário
para este projeto foram confiados
à Betão Liz, S.A., uma empresa pertencente
ao Grupo Cimpor, reconhecida
pela sua excelência e qualidade
no setor, bem como por ter
44
sido a primeira empresa de betão
pronto a operar em Portugal.
Em relação à produção e fornecimento
de betão, a Betão Liz, S.A.
forneceu aproximadamente 7.000
metros cúbicos de betão, provenientes
do Centro de Produção
situado na Rua de Sistelo, em Rio
Tinto, contando com o suporte
do Centro de Produção de Gaia.
Ambos os centros de produção
possuem Sistemas de Gestão da
Qualidade certificados de acordo
com a norma NP EN ISO 9001, conforme
estabelecido pelo Decreto-
-Lei nº 90/2021 de 5 de novembro.
junho 2024
45
Obra
Além disso, para atender às exigências das obras em
curso, possuem também o Controlo da Produção de
Betão certificado pela norma NP EN 206-1.
O betão fornecido foi cuidadosamente estudado e
desenvolvido pelo Laboratório Central da Betão Liz,
de forma a garantir assim as especificações do projeto
e a conformidade com a regulamentação em vigor.
Entre os diferentes tipos de betão utilizados, destacam-
-se aqueles cujo desempenho é otimizado para resistir
às condições ambientais, às especificações do projeto
e às características específicas da obra, como a
presença de elementos estruturais esbeltos e uma alta
densidade de armadura. Dentre os tipos mais utilizados,
destacam-se o Betão C45/55.S5.XS1(P).D16.Cl0,20
(CPF), representando 30% do volume total fornecido, e
o Betão C40/50.S4.XS1(P).D16.Cl0,20 (CPF), com 43%.
Os restantes 27% foram destinados a betões convencionais,
como o betão "C30/37".
O controle da qualidade do betão foi assegurado pelo
Laboratório da Betão Liz, localizado em Rio Tinto. Para
garantir a conformidade do betão na receção, foram
realizadas aproximadamente 360 amostras, correspondendo
a 2515 provetes cúbicos de betão, de acordo
com as diretrizes estabelecidas pelo projeto. A estreita
colaboração entre a Edinorte Edificações Nortenhas,
S.A. e a Betão Liz S.A. durante todo o processo de execução
da obra foi fundamental para garantir o cumprimento
dos padrões de excelência e qualidade que este
projeto exigiu.
Ficha técnica
› Obra: Miramar Tower – Rua Diogo Botelho,
Porto
› Promotor: Burgo Sublime, Grupo KNJ
Investiment Limited, de Kevin Ho.
› Projecto: OODA
› Construtor: Edinorte Edificações Nortenhas,
S.A.
› Fornecedor de betão: Betão Liz, S.A., Grupo
Cimpor
› Volume de betão fornecido: 7.000 m 3
46
▪ FILLER (BRANCO) E
FILLER BLACK
▪ CARBONATOS DE
CÁLCIO
▪ BRITAS
▪ AREIAS SILICIOSAS
▪ SEIXO LAVADO
▪ CAULINOS
▪ FARINHAS DE SÍLICA
▪ AREIAS SILICIOSAS
Filler Black com Marcação CE, a melhor alternativa às cinzas volantes
Estrada Principal IC2, nº21
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2040-078 – Rio Maior, Portugal
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Técnica
Revisão da EN 12390-4
para máquinas de ensaio
à compressão
Por Rui Simões, Chefe do Laboratório de Metrologia da APEB e João André, Ex-Diretor Técnico da APEB
Deu início, em março de 2023, os
trabalhos de revisão da norma EN
12390-4 na sua versão publicada em
2019, estando previsto que este processo
de revisão fique terminado
ainda este ano.
No panorama normativo aplicável
a máquinas de ensaio à compressão,
parece difícil reunir consensos
quanto à extensão dos requisitos a
cumprir, uma vez que na sua primeira
versão editada no ano 2000, o seu
texto remetia, para cada país, a decisão
quanto ao cumprimento ou não
de determinados aspetos construtivos,
nomeadamente os requisitos
que se aplicam ao ensaio que avalia
a forma como a força é transferida
para o provete.
Na altura, caso tivesse vingado a
obrigatoriedade de se cumprir todos
os aspetos construtivos, isto teria
implicado a inaptidão de um grande
número de máquinas, e o impacto
48
económico teria sido enorme em
toda a indústria do betão pronto no
espaço da UE.
Consequentemente, as máquinas
foram sendo substituídas de forma
gradual, pelo que, hoje em dia, dificilmente
algum fabricante se arriscará
a colocar no mercado um equipamento
que não satisfaça os requisitos
da norma. Assistimos também a
uma maior oferta de máquinas, produzidas
por fabricantes europeus,
ou oriundas de economias emergentes.
Registou-se numa primeira
fase a substituição dos dispositivos
de leitura analógicos pelos dispositivos
digitais, com as vantagens que
daí advém como:
• Maior facilidade de leitura e descarga
de dados para softwares
de gestão de amostras laboratoriais;
• Facilidade de configuração de
parâmetros críticos da máquina
ao nível do utilizador;
• Maior facilidade em ajustar, i.e,
reduzir o erro sistemático das
medições obtidas, entre outras
facilidades.
Há, no entanto, também alguns
aspetos menos positivos que merecem
ser referidos, como:
• Menor robustez às condições de
utilização (por exemplo: grande
número de componentes eletrónicos);
• Possibilidade de criar maior
dependência aos fornecedores
das máquinas (por exemplo: a
necessidade de recorrer mais frequentemente
a upgrades dos softwares
de controlo das máquinas);
A par destas evoluções, temos vindo
a observar-se também que a capacidade
nominal das máquinas diminuiu
desde que se implementou a
redução das dimensões dos prove-
Table 1 – Characteristic values of the force-measuring systema
Class
of machine
range
Maximum permissible value (%)
Relative error of
Indication Repeatability Reversibility a Zero
Relative
resolution
1 ± 1,0 1,0 ± 1,5 ± 0,1 0,5
2 ± 2,0 2,0 ± 3,0 ± 0,2 1,0
a The relative reversibility error is only determined when required
Fig. A - Quadros 1 da prEN 12390-4: 2023
tes a ensaiar, pelo que, atualmente,
comercializam-se máquinas de capacidades
de 50 a 70 % das capacidades
que se utilizavam há 30 anos na indústria
do betão.
Assim, de forma resumida e transcrevendo
parte do texto da prEN
12390-4:2023, as principais alterações
resumem-se a:
• Referência à conformidade com
a norma EN ISO 7500-1;
• Inserção do quadro 2 da norma
EN ISO 7500-1
• Criação de duas classes de
máquinas;
Estas duas classes de máquina (A
e B, referidas na norma), são basicamente
os critérios definidos para
as Classes 1 e 2 da norma EN ISO
7500-1, respetivamente (ver Fig. A).
Porém, verifica-se que a novidade
introduzida abrange os critérios de
aceitação do ensaio de transferência
da força, mantendo as mesmas tolerâncias
da anterior versão de 2019
para a Classe A, mas aumentando
essas mesmas tolerâncias para a
nova Classe B (ver Fig. B).
Embora não especificado na norma,
que remete uma vez mais para
as disposições nacionais definir o
âmbito em que se aplicará a atribuição
de cada uma destas classes, não
será surpresa que se atribua a recomendação
de Classe A aos laboratórios
acreditados, e a Classe B aos
laboratórios de controlo da qualidade
da produção.
Merece igualmente nota que alguns
requisitos outrora referidos deixam
de ser considerados, nomeadamente
a necessidade do sistema
Pub
junho 2024
49
Técnica
Table 3 — Limits for proving procedure for compression testing class B machine (see Annex A)
Requirements to the test machine
Requirements to the test machine
Limits for
Limits for
Load
levels
kN
Alignment
of machine
components.
Maximum
permissible
mean strain
ratio
R n
Self-alignment
of upper
machine
platen.
Maximum
permissible
difference in
the strain ratio
ΔRn
Restraint on
movement of
upper platen.
Maximum
permissible
strain ratio
per mm of
displacement
W ac
or W bd
Load
levels
kN
Alignment
of machine
components.
Maximum
permissible
mean strain
ratio
R n
Self-alignment
of upper
machine
platen.
Maximum
permissible
difference in
the strain ratio
ΔRn
Restraint on
movement of
upper platen.
Maximum
permissible
strain ratio
per mm of
displacement
W ac
or W bd
200 ±0,15 0,15 0,06
200 ±0,25 0,25 0,06
400
(optional)
0,05
400
(optional)
0,05
800
1 600
(optional)
±0,10 0,10
0,04
800
1 600
(optional)
±0,15
0,15
0,04
2 000 a
2 000 a
a Or the maximum of the range of use of the machine if lower
than 2 000 kN.
a Or the maximum of the range of use of the machine if lower
than 2 000 kN.
Fig. B – Quadros 2 e 3 da prEN 12390-4: 2023
medição de força trabalhar com
“variações na tensão de alimentação
entre –14 % e +10 %”, que são disposições
relacionadas com as condições
ambientais em que a máquina
funciona. As condições ambientais
podem e devem ser monitorizadas,
mas de nada servirá se não se
implementar disposições que permitam
alcançar as condições ambientais
pretendidas. Se no caso da temperatura
e humidade esse controlo
parece fácil de atingir em edificações
correntes, quer pela ventilação
do espaço, ou um isolamento térmico
eficaz da envolvente, já a condição
de estabilização de corrente
elétrica dentro das tolerâncias indicadas
poderia acarretar um investimento
desmesurado face ao resultado
pretendido.
Assim, a nova norma parece estabelecer
disposições que se ajustam às
características de muitas das máquinas
ainda a uso na indústria bem
como às condições reais em que são
utilizadas, não obstante continuar a
remeter para disposições nacionais
a decisão quanto ao âmbito de aplicação
das duas novas classes: A e B.
Continua, porém, a ser omissa
quanto a recomendações ou decisões
que devem decorrer do não
cumprimento de alguns aspetos
construtivos, embora se possa de
forma simplista concluir que a não
verificação destes requisitos resultará
em prejuízo nos resultados
dos ensaios. Tal omissão pode-nos
levar a refletir se existirá fundamentação
técnica relevante que não é
transmitida (ou inexistente…), ou
se tais requisitos são determinados
somente pelo que a indústria tem
disponível ao alcance para fabricar
os seus equipamentos.
Outro aspeto que continua a não ser
referido, mas que noutros organismos
de normalização faz menção,
como é o caso da ASTM (American
Society for Testing and Materials), é
a forma como a incerteza da medição
é contabilizada na atribuição
das classes das máquinas.
Em conclusão, continuará a ser um
desafio para os fabricantes oferecer
produtos com qualidade construtiva
que permita o bom desempenho
das máquinas de ensaio, que assegurem
a confiabilidade nos resultados
obtidos, pelo que os requisitos
especificados devem ser evidenciados
e reavaliados ao longo da vida
útil da máquina.
Referências
[1] NP EN 12390-4:2021- Ensaios do betão endurecido Parte 4: Resistência à compressão. Características das máquinas de
ensaio.
[2] pr EN 12390-4:2023- Part 4: Compressive strength – Specification for testing machines.
[3] ASTM E4- 21 Standard Practices for Force Calibration and Verification of Testing Machines
50
Possuímos uma abordagem centrada no cliente
e estruturamos os nossos projetos de acordo
com as necessidades específicas dos nossos
clientes.
A Edilages nasceu em 1990 e adoptou uma
política de formação contínua dos seus
colaboradores, garantindo, deste modo, a sua
aptidão para o desenvolvimento das suas
competências face à constante evolução dos
mercados. O planeamento estratégico é uma
prática de gestão que está na origem do
sucesso das organizações, sendo a vantagem
competitiva de um projeto constituída pela
diferença.
Os três pontos a marcar o reconhecimento pelos
seus clientes ao longo do tempo, são a
qualidade, capacidade e competitividade. Com
uma política de investimento sustentada tem
vindo a verificar um crescimento contínuo ano
após ano, dispondo de uma frota própria de 38
autobetoneiras e 8 bombas de betão de modo
a agilizar o fornecimento de betão e com 3
centrais de betão no Polo industrial de Penafiel.
O Controlo de Conformidade dos betões é
efetuado de forma a dar cumprimento ao
definido em NP EN206-1, das Normas
Portuguesas e Especificações do LNEC aplicáveis
de forma a garantir a resposta de todas as
solicitações dos clientes e efetuar um controlo
rigoroso de todo o betão produzido e fornecido.
Rua Pedreira das Lages 4560-144 Guilhufe, Penafiel geral@edilages.com 255 215 300
Obra
Hospital Central
do Alentejo
Chaminé em betão branco
Por Secil Betão
O novo Hospital Central do Alentejo (HCA) vai servir
150 mil habitantes no Distrito de Évora, e cerca de 440
mil em todo o Alentejo, em articulação com os hospitais
de Beja, Portalegre, Elvas e Litoral Alentejano, e resulta
num investimento de 210 milhões de Euros.
Com mais de 30 especialidades e as mais recentes
tecnologias de diagnóstico e tratamento, o HCA vai dispor
de 457 camas de internamento, 11 salas operatórias
e 43 postos de recobro.
O HCA está a ser construído num terreno pertencente
ao Estado Português, com uma área total de 75 hectares,
sendo a área do lote do Hospital de 25 hectares e a
área bruta de construção aproximadamente 100.000 m².
O projeto da conceção desenvolve-se por 10 pisos diferentes,
abaixo e acima do solo.
A área circundante do hospital será adaptada com a
construção de duas novas estradas, vias pedonais e
ciclovias, a fim de ligar o hospital às vias de circulação
mais próximas.
O novo hospital de Évora representa um avanço importante
na redução das emissões de CO 2
, pois para alem
de permitir aos doentes receber tratamento localmente,
limitando assim os tempos de viagem e as distâncias
percorridas, “as emissões serão ainda mais reduzidas
graças a uma frota de ambulâncias com zero emissões
e à conceção extremamente avançada do edifício, que
incluirá fontes de energia renováveis para produzir água
quente, equipamento médico com baixo consumo de
energia e a utilização de equipamentos de monitorização
do ar condicionado para otimizar a sua eficiência
energética”.
O dono de obra é a Administração Regional de Saúde
do Alentejo, I.P, com projeto de arquitetura a cargo de
Souto Moura Arquitectos, SA | Pinearq S-L.U.P | Manuela
Abreu | RRJ Arquitectura, e construção por parte da
empresa Acciona Construcción.
O projeto exigente de cerca de 97.000m² de área bruta
conduziu a uma solução de fragmentação do edifício
52
em 8 corpos estruturais independentes uns dos outros,
com uma forma em que o corpo principal do bloco de
9 andares apoia-se perpendicularmente nos restantes
blocos. A solução do projeto também inclui o tratamento
de 170.266m² de espaços exteriores, que incluem
parque de estacionamento para 1.605 lugares.
A responsabilidade pela conceção, fabrico e logística
para a distribuição do fornecimento de betão para toda
a obra ficaram a cargo das empresas Ibera e Secil Betão.
Durante a empreitada, a Secil Betão é responsável pelo
fornecimento de todo o betão branco para a obra.
O projeto de construção inclui uma chaminé em betão
branco para exaustão de gases dos sistemas de AVAC e
refrigeração e que assume um distinto carácter arquitetónico.
Consiste numa chaminé de secção circular com
um diâmetro interior nominal de 5,60 m e uma espessura
de parede de 0,30 m, sendo a altura de 34,06 m.
A estrutura foi erigida com recurso a um processo de
cofragem deslizante e betonagem contínua durante 8
dias com fornecimentos de 2m 3 , espaçados de aproximadamente
2 horas, o que exigiu um esforço logístico
e de produção por parte da Secil Betão para garantir
este ritmo. Estes requisitos foram atingidos, fruto de
Viaduto da Ribeira de Freixo – Carris
uma elevada coordenação entre a obra e a Secil Betão,
no sentido de garantir o fornecimento de betão para o
ritmo de deslize da estrutura previsto de 4,8 m/24 horas.
O betão branco utilizado foi o UniBranco ® C40/50 XC4/
XA1(P) cl0,4 D12,5 S4, já a ser utilizado noutros elementos
da obra, fornecido a partir da central da Secil Betão
de Évora. Foram produzidos 228 m 3 deste betão, especificamente
para a chaminé.
O Departamento Técnico da Secil Betão, procedeu à
elaboração dos estudos de composição dos diferentes
tipos de betão branco a aplicar na obra, conforme as
especificações do caderno de encargos, normalização
em vigor, durabilidade do projeto e de forma a também
responder aos requisitos estéticos e arquitetónicos por
parte da equipa de projeto, recorrendo também à execução
de protótipos.
No caso específico da chaminé e previamente aos fornecimentos,
foram efetuados in situ diversos ensaios
industriais, de forma a aferir a composição, nomeadamente
quantidades de aditivos, no sentido de garantir
o ritmo de deslize necessário e a garantia de qualidade
de acabamento das superfícies de betão branco.
junho 2024 53
Ambiente e Sustentabilidade
BETÃO ECO 3R
– O betão que agrega valoR
Por Grupo PRAGOSA
O grupo PRAGOSA obteve recentemente
o Documento de Aplicação
de betão com agregado
reciclado, em parceria com o Laboratório
de Engenharia Civil (LNEC):
DA 143 | AGR 6,3/12, sendo o primeiro
em Portugal a desenvolvê-lo.
Com a emissão deste documento, o
LNEC pretende fornecer garantias
ao mercado da construção, levando
a cabo estudos que demonstrem
que determinado produto apresenta
um desempenho adequado à
aplicação declarada.
A PRAGOSA atua na construção
desde 1974 – um percurso de quase
meio século que lhe confere um
aprofundado conhecimento de obra,
materiais, processos e atividades
complementares. Tendo como missão
construir um futuro melhor e sustentável,
o grupo aposta na área do
Ambiente, há cerca de duas décadas
e, formalmente, desde 2012 com a
criação da Eco Impact. A empresa é
especializada na recolha, tratamento
e valorização de resíduos de diversas
naturezas e proveniências, desempenha
um papel fulcral na circularidade
das atividades e matérias usadas por
empresas clientes e todas as empresas
do grupo.
A Génese do
Betão ECO 3R
À medida que as atividades do
grupo foram crescendo, foi crescendo
o comprometimento com
a inovação e com a busca de soluções
que permitam construir hoje,
sem comprometer o amanhã. Uma
estratégia de grupo que olha para o
Resíduo como um bem a Reciclar e
a Reincorporar (3R), e que se alicerça
no respeito pelas Pessoas, pelos Parceiros
e pelo Planeta.
Fazendo uma gestão eficiente das
sinergias de grupo e das parcerias
internas que se consolidam
em torno de equipas multidisciplinares,
a PRAGOSA apresenta hoje
produtos diferenciadores no mer-
Figura 1. AGR (6,3/12,5)
cado, com certificação. Exemplo
disso é o BETÃO ECO 3R, by PRA-
GOSA, que nasceu fruto da junção
das atividades das empresas Eco
Impact e Pragosa Betão. A primeira
dedicada à recolha, gestão e valorização
de RCD’s com que produz os
agregados reciclados; a segunda,
fabricante e fornecedora de betão
com incorporação de agregados
reciclados.
54
Documento de aplicação – DA 143
O Documento de Aplicação DA 143 veio definir as características
e estabelecer as condições de produção e de
aplicação no fabrico de betões para elementos de betão
simples ou armado, com agregado reciclado produzido
pela Eco Impact, no complexo industrial de Alenquer
(sito na Carapinha).
O agregado reciclado foi caracterizado, de acordo com
os requisitos da norma portuguesa NP EN 12620+A1 e
da especificação LNEC 471. Os resultados dessa caracterização
são apresentados no Quadro 1, do DA 143, e
tiveram parecer técnico favorável por parte do LNEC.
As características do agregado grosso reciclado apresentam-se
viáveis para a sua incorporação, parcial ou total,
nas composições do grupo PRAGOSA, nomeadamente
no Betão ECO 3R.
Figura 2. Certificado Marcação CE
dA 143
CI/SfB
q4:p9 (Ajv)
Cdu 691.327:691.322.004.8
ISSn 1646-3595
Certificação CE e Documento
de Aplicação do Betão ECO 3R
Presentemente, dispomos de sete produtos com marcação
CE, aplicáveis às normas harmonizadas EN 12620
e EN 13043. Especificamente para a incorporação no
betão, dispomos de um total de três agregados: dois
agregados grossos - AGR (6,3/12,5) e AGR (6/20) - e um
agregado fino - AFR (0/6).
O foco na inovação e desenvolvimento de novos produtos,
consolida a nossa relação com parceiros especializados
como o Laboratório de Engenharia Civil (LNEC).
O seu know-how, valor e apoio técnico são fundamentais
para o desenvolvimento dos estudos que suportam
o Documento de Aplicação (DA). Deste modo, o Betão
ECO 3R pode ser produzido incorporando agregados
reciclados (AGR), enquadrados no âmbito da NP EN
12620 “Agregados para Betão”, respondendo aos standards
reconhecidos pela indústria da construção, e do
Betão em particular.
eCo IMpACt, S.A.
estrada do tojal, km 1
2480-188 porto de MÓS
tel.: (+351) 24 448 01 20
e-e: geral@ecoimpact.pt
ARG 6,3/12,5
AgregAdoS reCIClAdoS groSSoS
AgregAdoS pArA Betão
AggregAteS for ConCrete
grAnulAtS pour Béton
feVereIro de 2024
A situação de validade deste documento de Aplicação deve ser verificada no portal do lneC (www.lnec.pt).
o presente documento de Aplicação, de carácter voluntário, define as características e estabelece as condições de produção e de
aplicação, no fabrico de betões para elementos de betão simples ou armado, do agregado reciclado Arg 6,3/12,5. este agregado é
constituído por resíduos de construção e demolição e produzido pela empresa eCo IMpACt, S.A.
o laboratório nacional de engenharia Civil (lneC) emite um parecer técnico favorável relativamente ao produto Arg 6,3/12,5
descrito na secção 1 deste documento de Aplicação, sujeito à verificação das seguintes condições:
• o campo de aplicação do produto Arg 6,3/12,5 respeita as regras descritas na secção 2;
• a empresa eCo IMpACt, S.A. assegura a constância das condições de produção que permitem a aposição da marcação Ce ao
produto, nomeadamente através do adequado controlo da produção em fábrica, sintetizado na secção 3.
A utilização do produto Arg 6,3/12,5, em aplicações de betão simples ou betão armado, fica ainda condicionada pelas disposições
aplicáveis da regulamentação e da documentação normativa em vigor.
este documento de Aplicação é válido até 28 de fevereiro de 2027, podendo ser renovado mediante solicitação atempada ao lneC.
o lneC reserva-se o direito de proceder à suspensão ou ao cancelamento deste documento de Aplicação caso ocorram situações
que o justifiquem, nomeadamente perante qualquer facto que ponha em dúvida a constância da qualidade do produto Arg 6,3/12,5.
lisboa e laboratório nacional de engenharia Civil, em fevereiro de 2024.
o ConSelHo dIretIVo
laura Caldeira
presidente
lneC departamento de Materiais
AV do BrASIl 101 • 1700-066 lISBoA • portugAl
lnec@lnec.pt www.lnec.pt
“AGR6,3/12,5 – AGREGADOS RECICLADOS GROSSOS”
junho 2024
55
Ambiente e Sustentabilidade
RCD
RCD
Resíduo de Construção e
Resíduo de Construção Demolição e (LER 17 01 07)
Demolição (LER 17 01 07)
TRIAGEM
TRIAGEM
Processo de separação e seleção
Processo de separação do RCD. e seleção
do RCD.
BRITAGEM
BRITAGEM
Processo mecânico de produção do
Processo mecânico AGR. de produção do
AGR.
BETÃO ECO 3R
BETÃO ECO 3R Betão produzido com AGR
Betão produzido com AGR
PRODUTO
AGR*
CLASSIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
Classificação do AGR
Classificação do AGR
PRODUTO
AGR*
*Agregado reciclado de RCD
*Agregado reciclado de RCD
Figura 3 . Fluxograma do processo
O papel da Eco
Impact na obtenção
do Documento de
Aplicação
A ECO IMPACT é responsável pela
receção e armazenagem inicial dos
resíduos de construção e demolição
que são sujeitos a operações de
separação e triagem. Após triagem,
os resíduos são sujeitos a operações
de britagem e crivagem, com
recurso a britador móvel, crivos e
telas transportadoras, sendo posteriormente
depositados em pilhas.
Desde logo, as condições de fabrico
dos produtos, o controlo de produção
em fábrica e as condições de
armazenagem foram validados e
apreciados pelo LNEC. Essas condições
são mantidas estáveis ao
longo do tempo e de todas as atividades,
por forma a assegurar a
constância das características do
produto - objeto do Documento de
Aplicação.
Que estudos foram
desenvolvidos para
determinação das
dosagens do
Betão ECO 3R?
No âmbito do estudo do desempenho
dos betões, foram considerados
dois tipos de betão com incorporação
de agregado AGR 6,3/12,5, avaliando-se
o efeito da utilização deste
agregado reciclado em substituição
do agregado grosso B1.
Para a avaliação do comportamento
da incorporação do desempenho
do agregado reciclado nos betões,
foram consideradas diferentes taxas
de incorporação - desde os 20% aos
100% - para dosagens de cimento de
250 kg a 380 kg.
Com base nos resultados dos
ensaios realizados no âmbito do
estudo feito pelo LNEC, considerou-se
que estava estabelecida a
aptidão ao uso do agregado grosso
reciclado da Eco Impact, como constituinte
do Betão ECO 3R nas condições
apresentadas no documento de
Aplicação DA 143.
À semelhança do desenvolvimento
do DA 143, o grupo PRAGOSA
desenvolveu, também, um Documento
de Aplicação para agregados
reciclados de granulometria extensa,
para aplicação em camadas não ligadas,
o DA 141 | AGER (0/31,5).
56
Rua Ribeira da Calva, N 4, Lt 5 R/C B,
Freiria de Cima – Apartado 46
2440-057 Batalha
Telf.: +351 244 480 120
E-mail: comercial@pragosa.pt
www.pragosa.pt
Membros Aderentes
CHRYSO ADJUVANTES PORTUGAL
R. do Cheinho, 120
4435-654 BAGUIM DO MONTE
T. 225 379 171
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Business Parque Tejo XXI EN 1,
Km 29 – Gelfas
2600-659 CASTANHEIRA DO RIBATEJO
T. 263 860 360 • F. 263 860 369
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MC-BAUCHEMIE PORTUGAL, LDA.
Rua Pinhal dos Morros, 6
2120-064 FOROS DE SALVATERRA
T. 263 509 080 • F. 263 509 089
geral@mc-bauchemie.pt
www.mc-bauchemie.pt
GEBOMSA PORTUGAL, S.A.
Estrada da Sesmaria Limpa
10C – Porto Alto
2135-402 SAMORA CORREIA
T. 263 650 060 • F. 263 650 061
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Edifício Neopark – Avenida Tomás Ribeiro,
Nº43 Bloco 2A 3ºG
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Rua de Santarém, 113
4400-292 VILA NOVA DE GAIA
T. 223 776 900 • F. 223 776 966
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Associação Portuguesa das
Empresas de Betão Pronto
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junho 2023 51
Associados
Alexandre Barbosa Borges, S.A.
Rua do Labriosque, 70
Martim
4755-307 BARCELOS
Brivel – Britas e Betões
de Vila Real, S.A.
S. Cosme, S. Tomé do Castelo
5000-371 VILA REAL
Lenobetão, S.A.
PC Santa Catarina da Serra
Apt. 1004
2496-907 SANTA CATARINA DA SERRA
Alves Ribeiro, S.A.
Rua Sanches Coelho, n.º 3F
1649-029 LISBOA
Concretope – Fábrica de Betão
Pronto, S.A.
Estrada Nacional 10/1
Qta. dos Porfírios
2819-501 SOBREDA
Marques Britas, S.A.
Rua Joaquim Marques, 34
9600-049 Ribeira Grande, AÇORES
Betão Liz, S.A.
Avenida José Malhoa
n.º 22, pisos 6 a 11
1099-020 LISBOA
Edilages, S.A.
Rua Pedreira das Lages – Guilhufe
4560-155 PENAFIEL
Mota-Engil – Engenharia
e Construção, S.A.
Casa da Calçada
Largo do Paço, nº 06 – Cepelos
4600-017 AMARANTE
BETOPAR – Indústrias
e Participações, S.A.
Av. do Movimento
das Forças Armadas, 10 R/C Dtº
2710-431 SINTRA
Ibera – Indústria de Betão, S.A.
Quinta da Madeira
EN 114, Km 185
7000-172 ÉVORA
Pragosa Betão, S.A.
Rua Ribeira da Calva,
N 4, Lt 5 R/C B,
Freiria de Cima – Apartado 46
2440-057 BATALHA
Restradas – Revitalização
de Estradas do Norte, Lda.
Rua da Pedreira, 2
4560-221 MARECOS - PENAFIEL
60
Secil Betão
Unibetão – Indústrias
de Betão Preparado, S.A.
Av. Duarte Pacheco, n.º 19 – 7.º
1070-100 LISBOA
SPintos – Engenharia
e Construção, S.A.
Rua Fernando Silva
Nogueira Pinto, 187
4585-645 Recarei – PAREDES
Tecnovia – Sociedade
Empreitadas, S.A.
Rua António Variações, N.º 5
2740-315 PORTO SALVO
Sonangil Betão – Fabricação
de Produtos de Betão
para a Construção, Lda.
Loteamento da Parcela
e Monte Feio, Lote 9
7520-064 SINES
TCONCRETE, S.A.
Rua de Pitancinhos,
Apartado 208, Palmeira
4711-911 BRAGA
Valgroubetão – Sociedade
de Betão Pronto, Lda.
Z. I. Vale do Grou, R. Sta. Bárbara
2525-791 ATOUGUIA DA BALEIA
Segurança | Qualidade | Respeito pelo Ambiente
Extracção e comercialização de Agregados
Central de triagem de resíduos e exploração de aterro de resíduos inertes
Marcação CE de Agregados segundo as normas NP EN 12620:2002+A1(2010),
NP EN 13043 e NP EN 13139
Av.ª Quinta de Valadares, Quinta de Valadares, 2855-516 Corroios
Tel: 218 493 278 – 218 428 714 – 218 439 029 | Fax: 218 481 763 | E-mail: comercial@soarvamil.pt
Estaleiro Vale Milhaços – Tel: 212 973 421 Fax: 212 979 461 | E-mail: qualidade@soarvamil.pt
Associados
Alves Ribeiro, S.A.
Capital Social
113.200.000,00 euros
Sede Social
Rua Sanches Coelho, n.º 3 - F
1649-029 LISBOA
Telefone: 217 917 200
Fax: 217 932 549
E-mail: mail@alvesribeiro.pt
Website: www.alvesribeiro.pt
CENTROS DE PRODUÇÃO
LOCAL RESPONSÁVEL CONTACTO
Camarate
Jorge Galvão
217 917 291
jorge.galvao@alvesribeiro.pt
Porto Salvo
Jorge Galvão
217 917 291
jorge.galvao@alvesribeiro.pt
Betopar – Indústrias e Participações, S.A.
Capital Social
1.000.000,00 euros
Sede Social
Av. do Movimento das Forças
Armadas, 10 R/C Dtº
2710-431 SINTRA
Telefone: 219 106 042
E-mail: geral@betopar.pt
Website: www.betopar.pt
CENTRO DE PRODUÇÃO
LOCAL
Loures
DEPARTAMENTO
COMERCIAL
Luis Rocha
producao.loures@betopar.pt
CONTACTO
926 704 420
Sintra-Cascais
Manuel Rocha
producao.sintra@betopar.pt
969 248 640
62
Capital Social
22.000.000,00 euros
Sede Social
Avenida José Malhoa
n.º 22, pisos 6 a 11
1099-020 LISBOA
Telefone: 213 118 100
Fax: 213 118 821
E-mail: betaoliz@cimpor.com
Website: www.cimpor.com
CENTROS DE PRODUÇÃO
CENTROS DE PRODUÇÃO
LOCAL CONTACTO E-MAIL
LOCAL CONTACTO E-MAIL
Valença 962 525 295 btz.valenca@cimpor.com
Guarda 928 500 485 btz.guarda@cimpor.com
RESPONSÁVEL/DIRECTOR DE MERCADO
Pedro Alves
Jorge Santos
Anibal Ferreira
P. de Lima 962 983 510 btz.plima@cimpor.com
Guimarães 961 932 459 btz.guimaraes@cimpor.com
Felgueiras 962 375 979 btz.felgueiras@cimpor.com
Mirandela 962 536 169 btz.mirandela@cimpor.com
Vila Real 969 292 041 btz.vilareal@cimpor.com
Rio Tinto 962 374 398 btz.riotinto@cimpor.com
Gaia 962 605 336 btz.gaia@cimpor.com
Esmoriz 962 374 165 btz.esmoriz@cimpor.com
Aveiro 962 738 182 btz.aveiro@cimpor.com
Viseu 962 983 508 btz.viseu@cimpor.com
Mangualde 962 738 620 btz.mangualde@cimpor.com
Tábua 928 500 486 btz.tabua@cimpor.com
Coimbra 962 373 861 btz.coimbra@cimpor.com
V. N. Poiares 962 373 861 btz.vnpoiares@cimpor.com
Figueira Foz 961 559 379 btz.ffoz@cimpor.com
RESPONSÁVEL/DIRECTOR DE MERCADO
Mário Jorge Neto
Rui Seabra
António
Barradas
Covilhã 968 122 133 btz.covilha@cimpor.com
Pombal 964 242 856 btz.pombal@cimpor.com
Leiria 962 714 627 btz.leiria@cimpor.com
Entroncamento 962 721 916 btz.entroncamento@cimpor.com
Rio Maior 969 292 044 btz.rmaior@cimpor.com
Óbidos 962 374 401 btz.obidos@cimpor.com
Alhandra 962 723 522 btz.alhandra@cimpor.com
Loures 962 738 181 btz.loures@cimpor.com
Frielas 962 738 181 btz.loures@cimpor.com
Alfragide 962 723 524 btz.alfragide@cimpor.com
Portela Sintra 962 723 525 btz.psintra@cimpor.com
Almada 962 738 184 btz.almada@cimpor.com
Alcochete 918 798 830 btz.alcochete@cimpor.com
Setúbal 962 980 776 btz.setubal@cimpor.com
Esteveira 962 993 409 btz.esteveira@cimpor.com
José Carlos
Ferreira
Alcantarilha 962 406 198 btz.alcantarilha@cimpor.com
Loulé 962 723 184 btz.loule@cimpor.com
Tavira 915 404 456 btz.tavira@cimpor.com
junho 2024 63
Associados
Brivel – Britas e Betões de Vila Real, S.A.
Capital Social
400.000,00 euros
Sede Social
S. Cosme – S. Tomé do Castelo
5000-371 VILA REAL
Telefone: 259 302 630
Fax: 259 356 538
E-mail: geral@brivel.pt
CENTROS DE PRODUÇÃO
LOCAL
RESPONSÁVEL/DIRETOR
DE MERCADO
CONTACTO
Vila Real
Eng.º Bruno Costa
259 302 630
939 201 020
brunocosta@brivel.pt
Concretope – Fábrica de Betão Pronto, S.A.
Sede Social
Estrada Nacional 10/1
Quinta dos Porfírios
2819-501 SOBREDA
Telefone/Fax: 212 587 540
E-mail: geral@concretope.pt
CENTROS DE PRODUÇÃO
LOCAL
Almada
Lagos
S. Brás de Alportel
RESPONSÁVEL/DIRETOR
DE MERCADO
CONTACTO
Pedro Silva 968 647 712
64
Edilages, S.A.
Capital Social
553.000,00 euros
Sede Social
Rua Pedreira das Lages – Guilhufe
4560-155 PENAFIEL
Telefone: 255 215 300
E-mail: geral@edilages.com
Website: www.edilages.com
CENTRAIS DE BETÃO
LOCAL RESPONSÁVEL CONTACTO
Direcção Produção
/ Direcção Comercial
Adao Ferreira
933 051 730
adao.ferreira@edilages.com
Penafiel
Expedição
Tatiana Soares
tatiana.soares@edilages.com
933 051 725
Laboratório
Pedro Monteiro
pedro.monteiro@edilages.com
933 051 753
Ibera – Indústria de Betão, S.A.
Capital Social
2.000.000,00 euros
Sede Social
Quinta da Madeira
EN 114, Km 185
7000 -172 ÉVORA
Telefone: 266 758 500
Fax: 266 758 511
Website: www.ibera.pt
CENTROS DE PRODUÇÃO
LOCAL
Évora
RESPONSÁVEL/DIRETOR
DE MERCADO
CONTACTO
939 707 217
Borba Eng.º Ricardo Matias 937 640 431
rmatias@cimpor.com
Reguengos
de Monsaraz
939 707 217
Sines
Eng.º Ricardo Matias
937 585 002
Beja
rmatias@cimpor.com
969 604 858
junho 2024 65
Associados
Lenobetão, S.A.
Capital Social
2.000.000,00 euros
Sede Social
Rua de Tomar, 80
2495-185 SANTA CATARINA DA SERRA
Telefone: 244 749 766
E-mail: geral@lenobetao.pt
Website: www.novindustria.pt
ISO 9001
BUREAU VERITAS
Certification
CENTRAIS DE BETÃO
LOCAL
Fátima
RESPONSÁVEL/DIRETOR
DE MERCADO
Vitor Antunes vitor.m.antunes@lenobetao.pt
Henrique Coelho henrique.m.coelho@lenobetao.pt
CONTACTO
962 108 192
962 108 188
Castelo Branco Nuno Eusébio nuno.m.eusebio@lenobetao.pt 962 108 195
Portalegre Vitor Antunes vitor.m.antunes@lenobetao.pt 962 108 192
Montijo
Luís Ramiro luis.b.ramiro@lenobetao.pt
Carlos Alberto Martins carlos.a.martins@lenobetao.pt
962 108 207
962 108 036
Sintra Luís Ramiro luis.b.ramiro@lenobetao.pt 962 108 207
Marques Britas, S.A.
Capital Social
6.000.000 euros
Sede Social
Rua Joaquim Marques, 34
9600-049 RIBEIRA GRANDE, AÇORES
Telefone: 296 205 800
E-mail: comercialmb@grupomarques.org
CENTROS DE PRODUÇÃO
LOCAL RESPONSÁVEL PRODUÇÃO CONTACTO
Terceira
S.Miguel
Eng.ª Judith Tavares
judith.tavares@grupomarques.org
916 180 729
LOCAL RESPONSÁVEL SECTOR CONTACTO
Terceira
S.Miguel
Eng.º Jorge Santos
jorge.santos@grupomarques.org
913 575 367
66
Mota-Engil – Engenharia e Construção, S.A.
Capital Social
100.000.000,00 euros
Sede Social
Casa da Calçada
Largo do Paço, nº 06 – Cepelos
4600-017 AMARANTE
Telefone: 220 914 820
Fax: 220 914 830
ÁREA COMERCIAL NACIONAL
RESPONSÁVEL
/DIRETOR DE MERCADO
CONTACTO
*Centrais com capacidade para fornecer
betão para Classe de Inspeção 3.
LOCAL
Paredes
Canelas
Famalicão
Trofa*
Santa Iria da Azóia
Carnide
Melides
Eng.ª Daniela Maia
CENTROS DE PRODUÇÃO
RESPONSÁVEL
PRODUÇÃO
Eng.ª Marta
Durães
Eng.ª Margarida
Morgado
Eng.ª Fernanda
Moreira
912 504 080
comercialbet@mota-engil.pt
CONTACTO
919 448 593
913 642 133
918 541 754
Pragosa Betão, S.A.
Sede Social
Rua Ribeira da Calva, N 4, Lt 5 R/C B,
Freiria de Cima – Apartado 46
2440-057 BATALHA
Telefone: 244 480 120
Fax: 244 481 049
E-mail: betao@pragosa.pt
Website: www.pragosa.pt
LOCAL
Batalha
Alenquer
CENTROS DE PRODUÇÃO
RESPONSÁVEL/DIRETOR
DO MERCADO
CONTACTO
Torres Vedras
Montemor-o-Novo
Gualter Costa 966 597 839
Caldas da Rainha
Alcácer do Sal
junho 2024 67
Associados
Restradas – Revitalização
de Estradas do Norte, Lda.
Capital Social
1.2000.000,0 euros
Sede Social
Rua da Pedreira, n.º 2
4560-221 MARECOS – PENAFIEL
Telefone: 255 710 670
E-mail: info@restradas.com
CENTROS DE PRODUÇÃO
LOCAL
RESPONSÁVEL
PRODUÇÃO
CONTACTO
Penafiel
(Marecos)
Eng.º Luís Ribeiro
967 269 128
luisribeiro@restradas.com
LOCAL
RESPONSÁVEL
COMERCIAL
CONTACTO
Penafiel
(Marecos)
Arménio Soares
967 567 036
armenio.soares@restradas.com
Sonangil Betão – Fabricação de Produtos de Betão
para a Construção, Lda.
Capital Social
10.000,00 euros
Sede Social
Loteamento da Parcela e Monte Feio, Lote 9
7520-064 SINES
Telefone: 212 952 990
Fax: 212 952 989
E-mail: geral@sonangilbetao.pt
Website: www.sonangil.pt
CENTROS DE PRODUÇÃO
LOCAL
RESPONSÁVEL/DIRETOR
DO MERCADO
CONTACTO
Almada
Fernando Mendes
914 398 108
Sines 969 151 546
68
Secil Betão, S.A.
Capital Social
12.000.000,00 euros
Sede Social
Outão – Setúbal
Serviços Centrais
Av. Eng.º Duarte Pacheco, n.º19 – 7.º
1070-100 LISBOA
Telefone: 217 927 100
Telefax: 217 936 200
E-mail: apoiocliente.betao@secil.pt
Website: www.secil.pt
Portal Secil Betão: https://betao.secil.pt/
CENTROS DE PRODUÇÃO
CENTROS DE PRODUÇÃO
ZONA NORTE – COM CENTRO LOGÍSTICO
Responsável Comercial Alain Cunha
LOCAL CONTACTO LOCALIZAÇÃO
Centro Logístico 935 011 766
Escritório 229 871 490
V. N. Gaia 935 011 766 41.0958333, 8.6102778
Maia 938 977 507 41.2268056, 8.6569444
Viana do Castelo 938 970 006 41.6680917, 8.8091611
Braga 938 977 493 41.5094361, 8.45
Penafiel 938 977 473 41.2007694, 8.3065583
Vila Real 938 977 487 41.2739167, 7.7052889
Feira 938 977 478 40.9441667, 8.5361111
Albergaria 938 977 483 40.7122222, 8.4888889
ZONA GRANDE LISBOA – COM CENTRO LOGÍSTICO
Responsável Comercial Mariana Ribeiro
LOCAL CONTACTO LOCALIZAÇÃO
Centro Logístico 935 556 111
Escritório 219 898 640
Frielas 935 556 111 38.8074972, 9.1510917
Linhó 935 556 111 38.7604028, 9.3758528
V. F. Xira 938 977 568 38.9976861, 8.9662583
Torres Vedras 938 977 466 39.1139167, 9.2414667
Setúbal 938 977 589 38.5406056, 8.8359139
Casal do Marco 938 484 893 38.6045417, 9.0923222
Queluz 935 556 111 38.442699, 9.152686
Alcochete 935 556 111 38.444437, 8.563719
Escritório 244 843 171
ALENTEJO
ZONA CENTRO
Responsável Comercial Fernando Neto
Pombal 938 977 625 39.9757667, 8.6275722
Leiria 938 977 626 39.7701, 8.7739778
Caldas da Rainha 918 683 938 39.4208417, 9.1706139
Santarém 932 589 601 39.2801111, 8.7050444
Abrantes 938 977 561 39.4613417, 8.1640306
Portalegre 938 977 625 39.2684111, 7.4297861
Coimbra 938 977 441 40.1833333, 8.4833333
Tondela 938 977 525 40.4837806, 8.8356722
Guarda 271 211 559 40.5247528, 7.229375
ZONA SUL
Responsável Comercial Rodolfo Oliveira
Évora 938 977 612 38.5351417, 7.9516583
Alcácer do Sal 938 977 611 38.3906333, 8.5053389
Sines 917 621 138 37.9555028, 8.8455167
Beja 919 703 652 38.0237306, 7.8530472
ALGARVE
Escritório 289 571 371
Ferreiras 938 977 602 37.1236111, 8.2441667
Olhão 938 977 603 37.0375, 7.8616667
Castelo Branco 938 984 867 39.8969528, 7.4802972
Portimão 938 977 604 37.1619444, 8.6305556
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Acervo Normativo Nacional Sobre Betão e os seus Constituintes
O presente documento resume o acervo normativo aplicável ou com interesse para o setor do betão pronto, nomeadamente o referente ao
betão e seus materiais constituintes. Além das normas portuguesas são igualmente referidas as Especificações LNEC e outros documentos
normativos europeus, tais como Relatórios Técnicos (TR) e Especificações Técnicas (TS).
Esta informação corresponde à situação verificada em 23 de maio de 2024, pelo que, após esta data, deverá ser periodicamente atualizada,
face à anulação, substituição ou publicação de novos documentos normativos.
Normas
NP 1385:2023
NP 1387:2015
NP EN 206-1:2007
Emenda 2:2007
Emenda 1:2008
Emenda 2:2010
NP EN 206-9:2010 1
NP EN 206:2013
+A2:2021
Errata 1:2022 2
NP EN 12350-1:2022
NP EN 12350-2:2022
NP EN 12350-3:2019
NP EN 12350-4:2019
NP EN 12350-5:2019
NP EN 12350-6:2019
NP EN 12350-7:2022
NP EN 12350-8:2023
BETÃO
Betões. Determinação da composição do betão fresco.
Betão. Determinação dos tempos de presa.
Betão. Parte 1: Especificação, desempenho, produção e conformidade.
Betão. Parte 9: Regras adicionais para betão autocompactável (BAC).
Betão. Especificação, desempenho, produção e conformidade.
Ensaios do betão fresco. Parte 1: Amostragem.
Ensaios do betão fresco. Parte 2: Ensaio de abaixamento.
Testing fresh concrete. Part 3: Vebe test.
Testing fresh concrete. Part 4: Degree of compactability.
Testing fresh concrete. Part 5: Flow table test.
Testing fresh concrete. Part 6: Density.
Ensaios do betão fresco. Parte 7: Teor de ar – Métodos pressiométricos
Ensaios do betão fresco - Parte 8: Betão autocompactável - Ensaio de espalhamento.
NP EN 12350-9:2010 Ensaios do betão fresco. Parte 9: Betão autocompactável. Ensaio de escoamento no funil V.
NP EN 12350-10:2010 Ensaios do betão fresco. Parte 10: Betão autocompactável. Ensaio de escoamento na caixa L.
NP EN 12350-11:2010
Errata 1: 2012
Ensaios do betão fresco. Parte 11: Betão autocompactável. Ensaio de segregação no peneiro.
NP EN 12350-12:2010 Ensaios do betão fresco. Parte 12: Betão autocompactável. Ensaio de espalhamento no anel J.
NP EN 12390-1:2022
NP EN 12390-2:2021
NP EN 12390-3:2021
NP EN 12390-4:2021
NP EN 12390-5:2023
NP EN 12390-6:2023
Ensaios do betão endurecido. Parte 1: Forma, dimensões e outros requisitos para os provetes e para os moldes.
Ensaios do betão endurecido. Parte 2: Execução e cura dos provetes para ensaios de resistência mecânica.
Ensaios do betão endurecido. Parte 3: Resistência à compressão de provetes.
Ensaios do betão endurecido. Parte 4: Resistência à compressão – Características das máquinas de ensaio.
Ensaios do betão endurecido - Parte 5: Resistência à flexão de provetes
Testing hardened concrete - Part 6: Tensile splitting strength of test specimens
NP EN 12390-7:2019 Testing hardened concrete. Part 7: Density of hardened concrete (includes Corrigendum: 2020).
NP EN 12390-8:2019
NP EN 12390-10:2019
NP EN 12390-11:2017
NP EN 12390-12:2022
NP EN 12390-13:2023
NP EN 12390-14:2019
NP EN 12390-15:2020
NP EN 12390-16:2022
NP EN 12390-17:2022
NP EN 12390-18:2021
NP EN 12390-19:2023
NP EN 12504-1: 2022
EN 12504-2:2021
NP EN 12504-3:2007
EN 12504-4:2021
NP ENV 13670-1:2007
Emenda 1:2008 1
NP EN 13670:2011 2
Emenda 2:2021 2
Errata 1:2022 2
NP EN 13791:2019
NP EN 14487-1:2022
NP EN 14487-2:2008
Testing hardened concrete. Part 8: Depth of penetration of water under pressure.
Ensaios do betão endurecido. Parte 10: Determinação da resistência à carbonatação do betão sob níveis atmosféricos
de dióxido de carbono.
Ensaios do betão endurecido. Parte 11: Determinação da resistência do betão à penetração dos cloretos por difusão unidirectional.
Ensaios do betão endurecido. Parte 12: Determinação da resistência à carbonatação do betão – Método da carbonatação acelarada.
Ensaios do betão endurecido - Parte 13: Determinação do módulo de elasticidade secante à compressão
Ensaios do betão endurecido. Parte 14: Método semiadiabático para a determinação do calor libertado pelo betão
durante o seu processo de endurecimento.
Ensaios do betão endurecido. Parte 15: Método adiabático para a determinação do calor de hidratação do betão.
Ensaios do betão endurecido. Parte 16: Determinação da retração do betão.
Ensaios do betão endurecido. Parte 17: Determinação da fluência do betão em compressão.
Testing hardened concrete. Part 18: Determination of the chloride migration coefficient.
Testing of hardened concrete – Determination of electrical resistivity
Ensaios do betão nas estruturas. Parte 1: Carotes – Extração, exame e ensaio à compressão
Testing concrete in structures. Part 2: Non-destructive testing. Determination of rebound number.
Ensaio de betão nas estruturas. Parte 3: Determinação da força de arranque.
Testing concrete in structures. Part 4: Determination of ultrasonic pulse velocity.
Execução de estruturas em betão. Parte 1: Regras gerais.
Execução de estruturas de betão.
Avaliação da resistência à compressão in-situ do betão em estruturas e elementos pré-fabricados.
Sprayed concrete. Part 1: Definitions, specifications and conformity
Betão projetado. Parte 2: Execução.
1
Estas normas podem ainda ser aplicadas por imposição do Decreto-Lei n.º 301/2007 de 23 de agosto.
2
Estas normas são aplicadas por imposição do Decreto-Lei n.º 90/2021 de 5 de novembro.
Suplemento normativo – 23-05-2024
NP EN 14488-1:2008
NP EN 14488-2:2008
NP EN 14488-3:2008
NP EN 14488-4:2005
+A1: 2008
NP EN 14488-5:2008
NP EN 14488-6:2008
NP EN 14488-7:2008
NP EN 14845-1:2008
NP EN 14845-2:2008
NP EN 14889-1:2008
Errata 1: 2020
NP EN 14889-2:2008
BETÃO (cont.)
Ensaios de betão projetado. Parte 1: Amostragem do betão fresco e endurecido.
Ensaios de betão projetado. Parte 2: Resistência à compressão do betão projetado jovem.
Ensaios de betão projetado. Parte 3: Resistência à flexão (máxima, última e residual) de vigas reforçadas com fibras.
Ensaios de betão projetado. Parte 4: Resistência de aderência em carotes à tração simples.
Ensaios de betão projetado. Parte 5: Determinação da capacidade de absorção de energia de provetes de lajes reforçadas com fibras.
Ensaios de betão projetado. Parte 6: Espessura de betão sobre um substrato.
Ensaios de betão projetado. Parte 7: Dosagem de fibras no betão reforçado com fibras.
Métodos de ensaio de fibras no betão. Parte 1: Betões de referência.
Métodos de ensaio de fibras no betão. Parte 2: Influência sobre a resistência.
Fibras para betão. Parte 1: Fibras de aço. Definições, especificações e conformidade.
Fibras para betão. Parte 2: Fibras poliméricas. Definições, especificações e conformidade.
Especificações LNEC
E 383:1993
E 387:1993
E 388:1993
E 389:1993
E 390:1993
E 391:1993
E 392:2019
E 393:1993
E 394:1993
E 395:1993
E 396:1993
E 397:1993
E 398:1993
E 399:1993
E 413:1993
E 454:1999
E 461:2021
E 463:2004
E 464:2007
E 465:2007
E 475:2007
Betões. Determinação da resistência à penetração de cloretos. Método da célula de difusão.
Betões. Caracterização de vazios por método microscópico.
Betões. Análise macro e micro-estrutural. Exame petrográfico.
Betões. Preparação de lâminas delgadas para análise micro-estrutural.
Betões. Determinação da resistência à penetração de cloretos. Ensaio de imersão.
Betões. Determinação da resistência à carbonatação.
Betões. Determinação da permeabilidade ao oxigénio.
Betões. Determinação da absorção de água por capilaridade.
Betões. Determinação da absorção de água por imersão. Ensaio à pressão atmosférica.
Betões. Determinação da absorção de água por imersão. Ensaio no vácuo.
Betões. Determinação da resistência à abrasão.
Betões. Determinação do módulo de elasticidade em compressão.
Betões. Determinação da retração e da expansão.
Betões. Determinação da fluência em compressão.
Betões. Determinação da permeabilidade ao ar e à água. Método de Figg.
Betões de cimento branco. Recomendações para a escolha dos constituintes.
Betões. Metodologias para prevenir reações expansivas internas.
Betões. Determinação do coeficiente de difusão dos cloretos por ensaio de migração em regime não estacionário.
Betões. Metodologia prescritiva para uma vida útil de projeto de 50 e de 100 anos face às ações ambientais.
Betões. Metodologia para estimar as propriedades de desempenho do betão que permitem satisfazer a vida útil de projeto
de estruturas de betão armado ou pré-esforçado sob as exposições ambientais XC e XS.
Betões. Determinação da permeabilidade à água. Método GWT.
E 477:2007 Guia para especificação do betão de ligantes hidráulicos conforme com a NP EN 206-1.
Outros documentos
CR 1901:2000
TS 12390-9:2016
CR 12793:2001
CR 13901:2000
CR 13902:2000
TR 15177:2006
TR 15678:2008
TR 15868:2018
Regional specifications and recommendations for the avoidance of damaging alkali silica reactions in concrete.
Testing hardened concrete – Part 9: Freeze-thaw resistance with de-icing salts – Scaling.
Measurement of the carbonation depth of hardened concrete.
The use of the concept of concrete families for the production and conformity control of concrete.
Test methods for determining the water/cement ratio of fresh concrete.
Testing the freeze-thaw resistance of concrete – Internal structural damage.
Concrete – Release of regulated dangerous substances into soil, groundwater and surface water – Test method for new or unapproved
constituents of concrete and for production concretes.
Survey of national requirements used in conjunction with the European concrete standard and developing practice.
TR 15868:2009 Survey of national requirements used in conjunction with EN 206-1:2000.
TR 16142: 2011
TR 16349: 2012
TR 16369: 2012
TR 16563:2013
TR 16639:2014
TR 17172:2022
TR 17310:2019
Concrete – A study of the characteristic leaching behavior of hardened concrete for use in the natural environment.
Framework for a specification on the avoidance of a damaging Alkali-Silica Reaction (ASR) in concrete.
Use of control charts in the production of concrete.
Principles of the equivalent durability procedure.
Use of k-value concept, equivalent concrete performance concept and equivalent performance of combinations concept.
Validation testing program on chloride penetration and carbonation standardized test methods.
Carbonation and CO 2
uptake in concrete.
Normas
NP 4435:2004
NP EN 196-1:2017
NP EN 196-2:2014
NP EN 196-3:2017
NP EN 196-5:2011
CIMENTOS
Cimentos. Condições de fornecimento e receção.
Métodos de ensaio de cimentos. Parte 1: Determinação das resistências mecânicas.
Métodos de ensaio de cimentos. Parte 2: Análise química dos cimentos.
Métodos de ensaio de cimentos. Parte 3: Determinação dos tempos de presa e da expansibilidade.
Métodos de ensaio de cimentos. Parte 5: Ensaio de pozolanicidade dos cimentos pozolânicos.
Suplemento normativo – 23-05-2024
NP EN 196-6:2019
NP EN 196-7:2008
NP EN 196-8:2010
NP EN 196-9:2010
NP EN 196-10:2017
NP EN 196-11:2020
NP EN 197-1:2012
NP EN 197-2: 2022
NP EN 197-5: 2021
NP EN 197-6:2023
NP EN 413-1:2011
NP EN 413-2:2016
NP EN 13282-1:2014
NP EN 13282-2:2015
NP EN 13282-3:2015
NP EN 14216:2015
NP EN 14647:2010
NP EN 15743:2010
+A1:2015
CIMENTOS (cont.)
Métodos de ensaio de cimentos. Parte 6: Determinação da finura.
Métodos de ensaio de cimentos. Parte 7: Métodos de colheita e de preparação de amostras de cimento.
Métodos de ensaio de cimentos. Parte 8: Calor de hidratação. Método da dissolução.
Métodos de ensaio de cimentos. Parte 9: Calor de hidratação. Método semi-adiabático.
Métodos de ensaio de cimentos. Parte 10: Determinação do teor em crómio (VI) solúvel em água do cimento.
Métodos de ensaio de cimentos. Parte 11: Calor de hidratação. Método da condução isotérmica.
Cimento. Parte 1: Composição, especificações e critérios de conformidade para cimentos correntes.
Cimento. Parte 2: Avaliação e verificação da regularidade no desempenho.
Cimento. Parte 5: Cimento composto Portland CEM II/C-M e cimento composto CEM VI.
Cement – Part 6: Cement with recycled building materials.
Cimento de alvenaria. Parte 1: Composição, especificações e critérios de conformidade.
Masonry cement. Part 2: Test methods.
Ligantes hidráulicos para estradas. Parte 1: Ligantes hidráulicos de endurecimento rápido para estradas – Composição, especificações
e critérios de conformidade.
Ligantes hidráulicos para estradas. Parte 2: Ligantes hidráulicos de endurecimento normal para estradas – Composição, especificações
e critérios de conformidade.
Ligantes hidráulicos para estradas. Parte 3: Avaliação da conformidade.
Cimento. Composição, especificações e critérios de conformidade para cimentos especiais de muito baixo calor de hidratação.
Cimento de aluminato de cálcio. Composição, especificações e critérios de conformidade.
Cimento supersulfatado. Composição, especificações e critérios de conformidade.
Especificações LNEC
E 64:1979
E 357:1995
E 462:2004
E 476:2007
Cimentos. Determinação da massa volúmica.
Cimentos brancos. Determinação da brancura (fator de refletância luminosa).
Cimentos. Resistência dos cimentos ao ataque por sulfatos.
Pastas de cimento. Determinação da retração autogénea.
Outros documentos
PD CEN/TR
196-4:2007
CR 13933:2000
TR 14245:2020
TR 15697:2008
TR 16632:2014
TR 17365:2019
Métodos de ensaio de cimentos. Parte 4: Determinação quantitativa dos constituintes.
Masonry cement – Testing for workability (cohesivity).
Cement. Guidelines for the application of EN 197-2: Assessment and verification of constancy of performance.
Cement. Performance testing for sulfate resistance – State of the art report.
Determinação do calor de hidratação do cimento por calorimetria de condução isotérmica: Estado do conhecimento e recomendações.
Method for the determination of C3A in the clinker from cement analysis.
Normas
NP 957:1973
NP 1039:1974
NP 1380:1976
NP 1382:1976
NP EN 932-1:2002
NP EN 932-2:2002
NP EN 932-3:2022
NP EN 932-5:2014
NP EN 932-6:2002
NP EN 933-1:2014
NP EN 933-2:2021
NP EN 933-3:2014
EN 933-4:2008
NP EN 933-5:2022
NP EN 933-6:2022
NP EN 933-7:2002
NP EN 933-8:2012
+A1:2017
NP EN 933-9:2022
EN 933-10:2009
NP EN 933-11:2011
NP EN 1097-1:2012
AGREGADOS
Inertes para argamassas e betões. Determinação do teor em água superficial de areias.
Inertes para argamassas e betões. Determinação da resistência ao esmagamento.
Inertes para argamassas e betões. Determinação do teor em partículas friáveis.
Inertes para argamassas e betões. Determinação do teor de álcalis solúveis. Processo por espectrofotometria de chama.
Ensaios das propriedades gerais dos agregados. Parte 1: Métodos de amostragem.
Ensaios das propriedades gerais dos agregados. Parte 2: Métodos de redução de amostras laboratoriais.
Tests for general properties of aggregates Procedure and terminology for simplified petrographic description
Ensaios das propriedades gerais dos agregados. Parte 5: Equipamento comum e calibração.
Ensaios das propriedades gerais dos agregados. Parte 6: Definições de repetibilidade e reprodutibilidade.
Ensaios das propriedades geométricas dos agregados. Parte 1: Análise granulométrica – Método da peneiração.
Ensaios para determinação das características geométricas dos agregados. Parte 2: Determinação da distribuição granulométrica –
Peneiros de ensaio, dimensão nominal das aberturas.
Ensaios das propriedades geométricas dos agregados. Parte 3: Determinação da forma das partículas – Índice de achatamento.
Tests for geometrical properties of aggregates. Part 4: Determination of particle shape – Shape index.
Tests for geometrical properties of aggregates - Part 5: Determination of percentage of crushed particles in coarse and all-in natural
aggregates
Tests for geometrical properties of aggregates. Part 6: Assessment of surface characteristics. Flow coefficient of aggregates.
Ensaios das propriedades geométricas dos agregados. Parte 7: Determinação do teor de conchas. Percentagem de conchas
nos agregados grossos.
Ensaios das propriedades geométricas dos agregados. Parte 8: Avaliação dos finos – Ensaio do equivalente de areia.
Ensaios das propriedades geométricas dos agregados. Parte 9: Avaliação dos finos – Ensaio do azul de metileno.
Tests for geometrical properties of aggregates. Part 10: Assessment of fines – Grading of filler aggregates (air jet sieving).
Ensaios das propriedades geométricas dos agregados. Parte 11: Ensaio para classificação dos constituintes de agregados grossos
reciclados.
Ensaios das propriedades mecânicas e físicas dos agregados. Parte 1: Determinação da resistência ao desgaste (micro-Deval).
Suplemento normativo – 23-05-2024
EN 1097-2:2020
NP EN 1097-3:2002
NP EN 1097-4:2012
NP EN 1097-5:2011
NP EN 1097-6:2022
NP EN 1097-7:2012
NP EN 1097-8:2020
NP EN 1097-9:2014
NP EN 1097-10:2014
EN 1097-11:2013
EN 1367-1:2007
NP EN 1367-2:2013
NP EN 1367-3:2005
AC:2011
NP EN 1367-4:2011
NP EN 1367-5:2016
EN 1367-6:2008
EN 1367-7:2014
NP EN 1367-8:2021
NP EN 1744-1:2009
+A1:2014
NP EN 1744-3:2005
NP EN 1744-4:2021
NP EN 1744-5:2011
NP EN 1744-6:2011
EN 1744-7:2012
EN 1744-8:2012
NP EN 12620:2002
+A1:2010
NP EN 13055:2016
NP EN 13139:2005
AC:2010
AGREGADOS (cont.)
Tests for mechanical and physical properties of aggregates. Methods for the determination of resistance to fragmentation.
Ensaios das propriedades mecânicas e físicas dos agregados. Parte 3: Determinação da baridade e do volume de vazios.
Ensaios das propriedades mecânicas e físicas dos agregados. Parte 4: Determinação dos vazios do fíler seco compactado.
Ensaios das propriedades mecânicas e físicas dos agregados. Parte 5: Determinação do teor de água por secagem em estufa ventilada.
Ensaios das propriedades mecânicas e físicas dos agregados; Parte 6: Determinação da massa volúmica e da absorção de água.
Ensaios das propriedades mecânicas e físicas dos agregados. Parte 7: Determinação da massa volúmica do fíler. Método do picnómetro.
Tests for mechanical and physical properties of aggregates. Part 8: Determination of the polished stone value.
Tests for mechanical and physical properties of aggregates. Part 9: Determination of the resistance to wear by abrasion
from studded tyres – Nordic test.
Tests for mechanical and physical properties of aggregates. Part 10: Determination of water suction height.
Tests for mechanical and physical properties of aggregates. Part 11: Determination of compressibility and confined
compressive strength of lightweight aggregates.
Tests for thermal and weathering properties of aggregates. Part 1: Determination of resistance to freezing and thawing.
Ensaios das propriedades térmicas e de meteorização dos agregados. Parte 2: Ensaio do sulfato de magnésio.
Ensaios das propriedades térmicas e de meteorização dos agregados. Parte 3: Ensaio de ebulição para basaltos “Sonnenbrand”.
Ensaios das propriedades térmicas e de meteorização dos agregados. Parte 4: Determinação da retração por secagem.
Ensaios das propriedades térmicas e de meteorização dos agregados. Parte 5: Determinação da resistência ao choque térmico.
Tests for thermal and weathering properties of aggregates. Part 6: Determination of resistance to freezing and thawing
in the presence of salt (NaCl).
Tests for thermal and weathering properties of aggregates. Part 7: Determination of resistance to freezing and thawing
of Lightweight aggregates.
Ensaios das propriedades térmicas e de meteorização dos agregados. Parte 8: Determinação da resistência à desintegração
de agregados leves.
Ensaios para determinação das propriedades químicas dos agregados. Parte 1: Análise química.
Ensaios das propriedades químicas dos agregados. Parte 3: Preparação de eluatos por lexiviação dos agregados.
Tests for chemical properties of aggregates. Part 4: Determination of water susceptibility of fillers for bituminous mixtures.
Ensaios das propriedades químicas dos agregados. Parte 5: Determinação de sais de cloreto solúveis em ácido.
Ensaios das propriedades químicas dos agregados. Parte 6: Determinação da influência do extrato de agregados reciclados
no tempo de início de presa do cimento.
Tests for chemical properties of aggregates. Part 7: Determination of loss of ignition of Municipal Incinerator
Bottom Ash Aggregate (MIBA Aggregate).
Tests for chemical properties of aggregates. Part 8: Sorting test to determine metal content of Municipal Incinerator
Bottom Ash (MIBA) Aggregates.
Agregados para betão.
Lightweight aggregates.
Agregados para argamassas.
Especificações LNEC
E 222:1968
E 251:1985
E 415:2021
E 467:2006
E 471:2009
Agregados. Determinação do teor em partículas moles.
Inertes para argamassas e betões. Ensaio de reatividade com os sulfatos em presença de hidróxido de cálcio.
Inertes para argamassas e betões. Determinação da reatividade potencial com os álcalis. Análise petrográfica.
Guia para a utilização de agregados em betões de ligantes hidráulicos.
Guia para a utilização de agregados reciclados grossos em betões de ligantes hidráulicos.
Normas
NP 4220:2015
NP EN 450-1:2012
NP EN 450-2:2006
NP EN 451-1:2018
NP EN 451-2:2018
NP EN 13263-1:2005
+A1: 2009
NP EN 13263-2:2005
+A1: 2009
NP EN 15167-1:2008
NP EN 15167-2:2008
ADIÇÕES
Pozolanas para betão, argamassa e caldas. Definições, requisitos e verificação da conformidade.
Cinzas volantes para betão. Parte 1: Definição, especificações e critérios de conformidade.
Cinzas volantes para betão. Parte 2: Avaliação da conformidade.
Métodos de ensaio das cinzas volantes. Parte 1: Determinação do teor de óxido de cálcio livre.
Métodos de ensaio das cinzas volantes. Parte 2: Determinação da finura por peneiração húmida.
Sílica de fumo para betão. Parte 1: Definições, requisitos e critérios de conformidade.
Sílica de fumo para betão. Parte 2: Avaliação da conformidade.
Escória granulada de alto-forno moída para betão, argamassa e caldas de injeção. Parte 1: Definições, especificações
e critérios de conformidade.
Escória granulada de alto-forno moída para betão, argamassa e caldas de injecção. Parte 2: Avaliação da conformidade.
Especificações LNEC
E 384:1993 Escória granulada de alto-forno moída para betões. Determinação do teor de material vítreo por difração de raios X.
E 386:1993
Fíler calcário para betões. Determinação do teor de carbono orgânico total (TOC).
E 412:1993
Materiais em pó. Determinação da superfície específica. Método B.E.T.
E 466:2005
Fíleres calcários para ligantes hidráulicos.
Suplemento normativo – 23-05-2024
ADIÇÕES (cont.)
Outros documentos
TR 15677:2008 Fly ash obtained from co-combustion – A report on the situation in Europe.
TR 15840:2009 Evaluation of conformity of fly ash for concrete – Guidelines for the application of EN 450-2.
TR 16443:2013 Backgrounds to the revision of EN 450-1:2005+A1:2007 – Fly ash for concrete.
Normas
NP EN 480-1:2023
NP EN 480-2:2007
NP EN 480-4:2007
NP EN 480-5:2007
NP EN 480-6:2007
NP EN 480-8:2012
NP EN 480-10:2009
NP EN 480-11:2007
NP EN 480-12:2007
NP EN 480-13:2015
NP EN 480-14:2007
NP EN 480-15:2013
NP EN 934-1:2008
NP EN 934-2:2009
+A1:2012
NP EN 934-3:2009
+A1:2012
NP EN 934-4:2009
NP EN 934-5:2008
Errata 1: 2012
NP EN 934-6:2019
ADJUVANTES
Admixtures for concrete, mortar and grout - Test methods - Part 1: Reference concrete and reference mortar for testing.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Métodos de ensaio. Parte 2: Determinação do tempo de presa.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Métodos de ensaio. Parte 4: Determinação da exsudação do betão.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Métodos de ensaio. Parte 5: Determinação da absorção capilar.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Métodos de ensaio. Parte 6: Análise por espectrofotometria de infravermelhos.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Métodos de ensaio. Parte 8: Determinação do teor de resíduo seco.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Métodos de ensaio. Parte 10: Determinação do teor de cloretos solúveis em água.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Métodos de ensaio. Parte 11: Determinação das características dos vazios do
betão endurecido com ar introduzido.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Métodos de ensaio. Parte 12: Determinação do teor de álcalis dos adjuvantes.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Métodos de ensaio. Parte 13: Argamassa de alvenaria de referência para o
ensaio de adjuvantes para argamassa.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Métodos de ensaio. Parte 14: Medição da suscetibilidade à corrosão do aço
em betão armado pelo ensaio eletroquímico potenciostático.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Métodos de ensaio. Parte 15: Betão de referência e método de ensaio de
adjuvantes modificadores da viscosidade.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Parte 1: Requisitos gerais.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Parte 2: Adjuvantes para betão. Definições, requisitos, conformidade, marcação
e etiquetagem.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Parte 3: Adjuvantes para argamassa de alvenaria. Definições, requisitos,
conformidade, marcação e etiquetagem.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Parte 4: Adjuvantes para caldas de injeção para bainhas de pré-esforço.
Definições, requisitos, conformidade, marcação e etiquetagem.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas de injeção. Parte 5: Adjuvantes para betão projetado. Definições, requisitos, conformidade,
marcação e etiquetagem.
Adjuvantes para betão, argamassa e caldas. Parte 6: Amostragem, avaliação e verificação da regularidade do desempenho.
Especificações LNEC
E 416:1993 Adjuvantes para argamassas e betões. Avaliação da corrosão das armaduras. Métodos eletroquímicos.
Normas
NP EN 1008:2003
NP EN 13577:2008
ÁGUA
Água de amassadura para betão. Especificações para a amostragem, ensaio e avaliação da aptidão da água, incluindo água recuperada
nos processos da indústria de betão, para o fabrico de betão.
Ataque químico do betão. Determinação da concentração de dióxido de carbono agressivo da água.
Normas
NP EN 445:2008
NP EN 446:2008
NP EN 447:2008
Errata: Jan 2011
CALDAS DE INJEÇÃO
Caldas de injeção para armaduras de pré-esforço. Métodos de ensaio.
Caldas de injeção para armaduras de pré-esforço. Procedimentos de injeção.
Caldas de injeção para armaduras de pré-esforço. Requisitos básicos.
Fontes de informação disponíveis em: www.ipq.pt | www.lnec.pt | www.cen.eu
Esta lista de documentos normativos é validada periodicamente atendendo a que está em permanente atualização.
As referências das normas, NP, EN e NP EN, e respetivas designações são as referidas como em vigor no sítio do IPQ em 23/05/2024.
Suplemento normativo – 23-05-2024