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ESPECIAL
Sistema de drones surge como grande aliado no combate a incêndios florestais
PESOS PESADOS
IMPLEMENTOS ALIAM
FORÇA E ALTO RENDIMENTO
PARA ÁREAS FLORESTAIS
HEAVY WEIGHTS
IMPLEMENTS COMBINE STRENGTH AN
HIGH PERFORMANCE FOR FOREST AREAS
SUMÁRIO
44
TRABALHO
PESADO, SOLUÇÕES
PERSONALIZADAS
ABRIL 2022
06 Editorial
08 Cartas
10 Bastidores
12 Notas
30 Coluna Cipem
32 Frases
34 Entrevista
42 Coluna
44 Principal
50 Economia
54 Espécie
58 Meio ambiente
62 Especial
68 Colheita
72 Gestão
76 Pesquisa
80 Agenda
82 Espaço Aberto
54
62
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO
29 ABC Agropecuária
39 ArborGen
05 Bayer
07 BKT
11 Carrocerias Bachiega
67 D’Antonio Equipamentos
84 Denis Cimaf
02 Dinagro
21 DRV Ferramentas
31 Engeforest
43 Feldermann
79 Fischer Máquinas
13 Francio Soluções Florestais
71 Generiparts
37 GF Pneus
61 Lion Equipamentos
83 Log Max
41 Mill Indústrias
33 Planflora
57 Prêmio REFERÊNCIA
15 Rotary-Ax
17 Rotor Equipamentos
65 Shopping da Indústria
53 Show Florestal
09 Syngenta
19 Tecmater
23 Unibrás
25 Watanabe
27 WDS Pneumática
04 www.referenciaflorestal.com.br
EDITORIAL
Nosso
maior bem
As árvores são o tema central desta publicação e de todo o
setor de base florestal. Sejam árvores nativas ou de reflorestamento,
é através delas que a indústria florestal se move e cresce a cada
dia, fortalecendo nossa economia, gerando empregos e garantindo
um futuro sustentável e ecologicamente saudável para as próximas
gerações. Cada ciclo florestal que termina nos dá a oportunidade
de aprendizado para que o novo tenha resultados ainda melhores.
Nesta edição o leitor conhecerá o trabalho da Feldermann Forest,
que desenvolve e fabrica implementos florestais destinados a
limpeza de área e preparação do solo, a tecnologia europeia para
prevenção e combate a incêndios, os planos do governo para proteger
nossas florestas e ainda uma entrevista exclusiva com Daniel
Vinicius Netto, presidente do IMA (Instituto do Meio Ambiente),
de Santa Catarina, falando sobre as principais ações da instituição
e planos para o futuro. Ótima leitura!
OUR GREATEST ASSET
Trees and the entire Forest-Based Sector are the central themes
of this publication. Whether native trees or reforestation, it is
through them that the forestry industry functions and grows every
day, strengthening our economy, generating jobs, and ensuring
a sustainable and ecologically healthy future for the next generations.
Each forest cycle that ends allows us to learn so that the
new one has better results. In this issue, the reader gets to know
Feldermann Forest, which develops and manufactures forest implements
for area clearing and soil preparation, as well as European
technology for predicting and fighting fires, Government plans to
protect our forests, and an exclusive interview with Daniel Vinicius
Netto, President of the Environment Institute of Santa Catarina,
talking about the main actions of the institution and plans for the
future. Pleasant Reading!
2
Entrevista com
Daniel Vinicius Netto,
presidente do IMA (SC)
1
Na capa desta edição
a Lâmina V-Shear, da
Feldermann Forest, ideal
para limpeza de área
Meio ambiente - chave para o combate
ao desmatamento ilegal no país
A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product
www.referenciaflorestal.com.br
Ano XXIV • N°239 • Abril 2022
ESPECIAL
Sistema de drones surge como grande aliado no combate a incêndios florestais
PESOS PESADOS
IMPLEMENTOS ALIAM
FORÇA E ALTO RENDIMENTO
PARA ÁREAS FLORESTAIS
HEAVY WEIGHTS
IMPLEMENTS COMBINE STRENGTH AN
HIGH PERFORMANCE FOR FOREST AREAS
3
EXPEDIENTE
ANO XXIV - EDIÇÃO 239 - ABRIL 2022
Diretor Comercial / Commercial Director
Fábio Alexandre Machado
fabiomachado@revistareferencia.com.br
Diretor Executivo / Executive Director
Pedro Bartoski Jr
bartoski@revistareferencia.com.br
Redação / Writing
Vinicius Santos
jornalismo@revistareferencia.com.br
Colunista
Cipem
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Depto. de Criação / Graphic Design
Fabiana Tokarski - Supervisão
Crislaine Briatori Ferreira
Gabriela Bogoni
Larissa Purkotte
criacao@revistareferencia.com.br
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dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos
direitos autorais, exceto para fins didáticos.
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication
directed at the producers and consumers of the good and services of the
lumberz industry, research institutions, university students, governmental
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself
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themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage
under any form or means of the texts, photographs and other intellectual
property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited
without the written authorization of the holders of the authorial rights.
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A LONG WAY
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Por mais difíceis que sejam as suas necessidades, FS 216 é o seu melhor aliado para
todas as operações com autocarregadoras e máquinas de arrasto. Este pneu silvicultura
com cintos em aramida tem um desenho robusto das barras com angulação otimizada
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uma resistência excelente aos cortes e aos rasgos, bem como a máxima proteção contra
possíveis danos em qualquer momento.
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mais críticas.
Chetan Ghodture
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Email: chetang@bkt-tires.com
Mobile: +917021000031
CARTAS
A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product
ENTREVISTA Zaid A. Nasser, novo presidente da APRE, revela os planos e desafios para a gestão
PODER QUE TRANSFORMA
TRITURADORA ROBUSTA E POTENTE É
SOLUÇÃO IDEAL PARA LIMPEZA DE ÁREAS
Capa da Edição 238 da
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,
mês de março de 2022
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Ano XXIV • N°238 • Março 2022
POWER THAT TRANSFORMS
ROBUST AND POWERFUL SHREDDER IS IDEAL
SOLUTION FOR CLEANING AREAS
CAPA
Por Hamilton Moura – Contagem (MG)
Muito interessante ver uma empresa com tanta história trazer a sua
experiência para o setor florestal. Quanto mais qualidade tivermos, melhores
serão nossos resultados.
ENTREVISTA
Foto: Emanoel Caldeira
Por Bruno Souza – Londrina (PR)
Muita expectativa para a nova gestão APRE. É muito importante para as
empresas de nosso Estado uma liderança forte que valorize o setor de
base florestal.
TRANSPORTE
Por Mario Vargas – Sinop (MT)
Quanto mais e melhores possibilidades para o transporte da madeira e outros
produtos, melhor para a economia, pois gera empregos e agiliza processos.
Foto: divulgacão
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REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL
PARTICIPANDO DA FIMMA
REVISTA PRODUTOS DE MADEIRA
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E-mails, críticas e sugestões podem ser
enviados também para redação
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Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL
ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.
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absorção e uso sequencial
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Eliminar as plantas daninhas na
fase inicial de desenvolvimento
da floresta é essencial – e a
solução precisa contar com rápida
absorção, além de não causar
injúria às mudas de eucalipto.
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sistêmico que atende a essas
necessidades, protegendo a cultura
do eucalipto.
Para restrição de uso nos Estados, consulte a bula.
BASTIDORES
Revista
Foto: Emanoel Caldeira
PRODUÇÃO DA CAPA
Nossa equipe durante a produção da
reportagem de capa desta edição em Içara (SC),
na sede da Feldermann Forest. Na foto nosso
repórter Vinicius Santos, os sócios da empresa
Felipe Sepulveda e Ronan Chiodellli, e ao fundo
a Lâmina V-Shear da Feldermann Forest.
Foto: REFERÊNCIA
PARCEIROS
O diretor comercial da Revista REFERÊNCIA, Fabio
Machado, recebeu os novos parceiros da Revista
BIOMAIS na sede da JOTA EDITORA, os diretores Justin
Zhang e Dalclis Azevedo, da Jsic Comex/Rotexmaster.
ALTA
ABRIL 2022
DÓLAR DESPENCA
Diante de um cenário que era tido como desfavorável
por vários analistas, a moeda brasileira
vem recuperando seu valor significativamente no
primeiro trimestre. O dólar voltou a ficar abaixo
da casa dos R$ 4,80. A moeda americana operava
neste valor há 2 anos e passou os últimos 24
meses praticamente sempre acima de R$ 5. Essa
desvalorização se dá pela grande insegurança gerada
pelas movimentações da Guerra na Ucrânia.
Muitos investidores saíram da Rússia e voltaram
parte de suas verbas para o país, aliado ao alto
valor de commodities e a aversão a risco do Brasil
na visão dos investidores internacionais. O mundo
está de olho no Brasil.
DIESEL DISPAROU
A Petrobrás passou por uma recente troca em sua
presidência, mas a gestão anterior deixou um legado
de aumento contínuo no valor do combustível utilizado
para transporte de cargas no Brasil. Sob o comando
do presidente Joaquim Silva e Luna, o diesel
subiu em menos de 12 meses de R$ 4,20 para R$
6,50, um aumento de 56%, segundo dados da ANP.
A política de preços adotada para o reajuste dos
combustíveis busca seguir o PPI (Preço de Paridade
de Importação) para evitar que a estatal tenha
prejuízos, considerando indicadores como o valor
do barril do petróleo no mercado internacional e a
variação do dólar e a alta do dólar, principalmente
nos últimos dois anos, elevou o valor do diesel de
maneira exponencial.
BAIXA
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NOTAS
Concessão no Pará
O SFB (Serviço Florestal Brasileiro) publicou o edital de
concessão florestal da Florestal Nacional do Amana, localizada
nos municípios de Itaituba e Jacareacanga, no Estado
do Pará. A concessão permite a prática de manejo florestal
sustentável para a exploração de produtos florestais madeireiros
e não madeireiros. O edital é composto por um
lote com três unidades de manejo florestal, totalizando
229.317 ha (hectares), com produção estimada de 120 mil
m³ (metros cúbicos) de madeira em tora por ano e arrecadação
anual de, no mínimo, R$ 4,1 milhões. A minuta de
edital foi submetida a amplo processo de consulta pública,
que incluiu a realização de duas audiências públicas em
formato híbrido, consulta via site do SFB, apresentação da
proposta de edital em reuniões do Conselho Consultivo da
FLONA (Floresta Nacional) do Amana e da CGFLOP (Comissão
de Gestão de Florestas Públicas). Os envelopes de documentação de habilitação e das propostas técnica e de preço devem
ser entregues até o dia 30 de maio de 2022. A sessão de abertura dos envelopes contendo as propostas técnicas acontecerá no
dia 31 de maio de 2022. Entre 2019 e 2021, as concessões florestais federais arrecadaram R$ 73,3 milhões e produziram 787,85
mil m³ (metros cúbicos) de madeira em tora, o que corresponde a 47% da produção florestal nas concessões florestais federais,
desde o início da operação em campo, em 2010.
Foto: divulgação
Fiscalização ativa
Foto: divulgação
O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis) finalizou, no
final de fevereiro, a primeira fase da Operação Retaguarda
2022 - que verificou a legalidade das exportações
de madeiras realizadas no estado do Amazonas.
O porto de Manaus é um importante local de saída
de madeiras de espécies nativas do Brasil, motivo
pelo qual foi escolhido como local de realização da
1ª fase da operação. Nos dois primeiros meses do
ano 165 cargas, totalizando 3,7 mil m³ (metros cúbicos)
de 34 espécies distintas, estiveram sujeitas à
anuência de exportação pelo IBAMA, com destino
para 10 países distintos (dados do Painel Analítico
do DOF Exportação). Ano passado (2021), o IBAMA
realizou quatro fases da Operação Retaguarda em portos diferentes: Paranaguá (PR), Santos (SP), Barcarena (PA) e Porto Velho
(RO). As madeiras exportadas têm como principais destinos a Europa, EUA (Estados Unidos da América) e a China. Além das vistorias
rotineiras para anuência das exportações, o objetivo da operação é padronizar os novos procedimentos de exportação de
madeira nativa e averiguar a legitimidade das mesmas. A conferência das cargas pelas equipes do IBAMA é rigorosa: além de
tecnologia especializada em identificação das cargas para inspeção, combinando dados do DOF/GF Exportação e da Plataforma
PAU Brasil, os agentes trabalham equipados com lupas e estiletes para a coleta e análise de amostras visando a identificação
das espécies da madeira, comparando suas características físicas com aquelas cadastradas na “Chave interativa de identificação
de madeiras”, aplicação mobile desenvolvida pelo LPF/SFB (Laboratório de Produtos Florestais do Serviço Florestal Brasileiro).
12 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Sucesso internacional
Imagem: reprodução
As buscas por pesquisas e aprimoramento
técnico do manejo florestal sustentável na
Amazônia têm crescido exponencialmente a
cada ano na plataforma online do IFT (Instituto
Floresta Tropical). Segundo um levantamento
do setor de comunicação da entidade, em 2019
foram registradas 9.600 consultas no acervo
digital. Em 2020, esse número chegou a 10.270
visualizações. Ano passado, a plataforma registrou
12.676 visualizações. A pesquisa também
mostrou que 130 países diferentes tiveram
acesso ao acervo pelo menos uma vez ao longo
de 2021. Além do Brasil, que lidera o ranking
de views, países como EUA (Estados Unidos da
América), China e Moçambique também têm
apresentado uma procura significativa pelas
publicações da plataforma. O levantamento
revelou ainda que as visualizações e os downloads
dos conteúdos são registrados nos cinco continentes do mundo, com destaque para a África que contabilizou acesso em
27 países. Referência nacional em disseminação e aprimoramento do manejo florestal sustentável na Amazônia Brasileira, o
IFT disponibiliza de forma gratuita um acervo digital com 104 publicações técnicas. São artigos, cartilhas, manuais, boletins
técnicos, revistas e diversos estudos de pesquisadores sobre desenvolvimento, planejamento e conservação das florestas
brasileiras. Todo o acervo está disponível para download no site do IFT.
Menos burocracia
O IEF (Instituto Estadual de Florestas) de Minas
Gerais lançou neste mês de março uma nova funcionalidade
no Portal Ecossistemas. Pessoas físicas ou
jurídicas que precisarem atualizar os dados cadastrais,
após a efetivação do seu registro inicial, poderão fazê-lo
diretamente no Módulo de Serviços de Cadastro
e Registro do Portal Ecossistemas. O Portal Ecossistemas
reúne os serviços prestados pelo SISEMA (Sistema
Estadual de Meio Ambiente), incluindo aqueles
do IEF. O Módulo de Serviços de Cadastro e Registro
no Portal Ecossistemas foi disponibilizado no ano de
2020 e cumpre as obrigações de cadastro e registro
trazidas pelas leis de motosserra, da fauna aquática
e florestal. O sistema tem por premissa a agilidade, a
desburocratização e a eficiência no atendimento aos
empreendedores. As etapas necessárias à obtenção
do registro obrigatório são totalmente online, ficando a cargo do empreendedor a inserção das informações e dos documentos
exigidos para a emissão do certificado. O certificado de registro na atividade exercida pelo empreendedor é documento exigido
pela fiscalização ambiental do Estado e identifica a regularidade do empreendedor e do empreendimento junto ao IEF.
Foto: Evandro Rodney
14 www.referenciaflorestal.com.br
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rotaryaxoficial
NOTAS
Curso vespa-da-madeira
Estão abertas as inscrições para o curso online e gratuito sobre
Medidas de Prevenção, monitoramento e controle da vespa-da-madeira,
promovido pela EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)
Florestas.O curso tem como objetivo capacitar o público interessado a
identificar a vespa-da-madeira (Sirex noctilio), seus sintomas de ataque e
os danos causados, bem como conhecer as medidas de prevenção, monitoramento
e controle desta praga que afeta anualmente plantios de pinus
no país. O conteúdo do curso é estruturado em cinco módulos, com carga
horária total de 50h (horas) e será oferecido de forma contínua na plataforma
e-Campo. O curso é autoinstrucional e os inscritos podem assistir as
aulas nos horários mais adequados ao seu dia a dia. A matrícula pode ser
feita através do site da EMBRAPA, no endereço: https://www.embrapa.
br/e-campo/controle-da-vespa-da-madeira. Mais informações sobre os
módulos podem ser solicitadas pelo e-mail: cnpf.ead@embrapa.br. O curso
conta com apoio do FUNCEMA (Fundo Nacional de Controle de Pragas
Florestais), APRE (Associação Paranaense de Base Florestal), ACR (Associação
Catarinense de Empresas Florestais) e AGEFLOR (Associação Gaúcha
de Empresas Florestais).
Imagem: reprodução
Projeto premiado
Foto: divulgação
O projeto de implementação da RPPN
(Reserva Particular do Patrimônio Natural) no
Parque Florestal São Marcelo, desenvolvido
pelo IPA (Instituto de Pesquisas Ambientais) em
conjunto com a empresa Sylvamo foi um dos 19
contemplados no 28º Prêmio Expressão de Ecologia,
um dos mais importantes e antigos reconhecimentos
ambientais do país. O trabalho sobre
a reserva, que está localizada em Mogi-Guaçu
(SP), foi inscrito na categoria Manejo Florestal
Sustentável e receberá o Troféu Onda Verde. A
RPPN, criada em 2002, tem 240 ha (hectares)
restaurados com mais de 100 espécies nativas
e é exemplo internacional: foi reconhecida pela
FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura
e Alimentação), em 2010, como referência
em manejo florestal sustentável na América
Latina pelas práticas de sustentabilidade realizadas localmente. Entre os benefícios da reserva, destacam-se a vegetação
favorecida pelo plantio com alta diversidade de espécies nativas e a influência da fauna como agente dispersor não apenas na
reserva, mas também no seu entorno. O trabalho foi desenvolvido pelo diretor do Departamento de Gestão do Conhecimento
do IPA, Luiz Mauro Barbosa, incluindo equipe e estudantes de pós-graduação, e executado pela Sylvamo, com quem o Instituto
possui parceria há mais de 20 anos, ainda quando se chamava Instituto de Botânica. Ainda no dossiê, foram considerados
31 artigos científicos, produzidos pelo IPA, e que deram sustentação para políticas públicas de restauração ecológica.
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NOTAS
Créditos de carbono em pauta
Foto: divulgação
O MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)
abriu consulta pública para receber contribuição da sociedade
para estabelecer critérios para a produção, contabilização e
comercialização de carbono verde de forma voluntária, seguindo
diretrizes da Política Nacional de Carbono Verde na Agropecuária.
O objetivo é estimular o desenvolvimento de um mercado
voluntário de créditos de carbono verdes no Brasil com critérios
referendados para as peculiaridades da produção agropecuária
nacional. Serão publicadas normas técnicas a partir de metodologias
e princípios descarbonizantes validados nacionalmente,
como os definidos pelo Plano ABC+. A coordenadora-geral de
Produção Animal do Mapa, Marcella Teixeira, explica que o que
existe hoje é uma proliferação de marcas conceito a exemplo de
carbono zero, baixo carbono, carbono neutro, sem critérios mínimos
para o uso destes produtos que já estão no mercado e não
têm uma regulamentação que garanta ao consumidor que, de
fato, ele está pagando um pouco a mais por um produto com características que sejam de mitigação de gases de efeito estufa.
“Essa é uma preocupação e por isso essas portarias vêm com a ideia de estabelecer critérios mínimos para atender essa demanda
e para atender a demanda de comercialização de créditos de carbono no mercado voluntário”, expos Marcella. O crédito de
carbono é um instrumento que permite remunerar iniciativas de descarbonização da economia, como projetos de restauração
florestal e uso de energia limpa entre outras medidas para reduzir emissões de gases do efeito estufa na atmosfera. Esses créditos
podem ser transformados em títulos e comercializados para outros agentes que emitem mais gases poluentes do que o permitido,
por exemplo. Agentes voluntários também podem comprar os créditos para ter acesso a fontes de financiamento verdes
ou por outra decisão estratégica.
Situação crítica
O MMA (Ministério do Meio Ambiente) declarou estado
de emergência ambiental em Mato Grosso do Sul entre
os meses de maio e dezembro de 2022, conforme Portaria
assinada pelo ministro Joaquim Leite e publicada no Diário
Oficial da União. De acordo com o coordenador da Defesa
Civil Estadual, tenente-coronel Fábio Catarineli, a Portaria faz
parte do plano de combate a incêndios florestais no Estado,
já que favorece a contratação de brigadistas que vão atuar
pelo PREVFOGO (Centro Nacional de Prevenção e Combate
aos Incêndios Florestais) no Pantanal, em áreas de difícil
acesso e em terras indígenas. “Temos observado que esses
meses (de maio a dezembro) são os mais críticos em relação
aos incêndios florestais. Então, a contratação dos brigadistas,
feita pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis), é baseada na tendência das
questões meteorológicas”, explicou o coronel Catarineli. O Governo do Estado também tem atuado na prevenção e combate aos
incêndios florestais em Mato Grosso do Sul, já que as mudanças climáticas têm favorecido o surgimento de queimadas. Mais de
R$ 56 milhões foram investidos em ações e equipamentos do Corpo de Bombeiros, fortalecendo a estruturação da Corporação,
com aeronaves, embarcações e viaturas.
Foto: divulgação
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NOTAS
Direto na fonte
A IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), realiza um movimento
inédito em 2022 e lança uma série de pequenas
entrevistas com professores, pesquisadores e ecólogos que
explicarão de maneira didática qual o papel das árvores
cultivadas para a natureza, no combate às mudanças do
clima e para a sociedade. Chamada: Especialista Explica;
a série terá quatro episódios. Cada vídeo contará com
um entrevistado e terá 3 minutos de duração. As entrevistas
serão disponibilizadas via youtube, o que facilitará
o compartilhamento dos fatos que envolvem as árvores
cultivadas em redes sociais e aplicativos de mensagens.
O primeiro episódio é com Mauro Schumacher, professor
da Universidade Federal de Santa Maria. Nele, o acadêmico
destaca os benefícios das árvores cultivadas para a
conservação de florestas, combate às mudanças climáticas
e cuidado com a água.Os vídeos estão disponíveis no site e
no canal do youtube da IBÁ, através do links: www.iba.org
e www.youtube.com/c/IndústriaBrasileiradeÁrvores/
Foto: REFERÊNCIA
Manejo em Minas
Foto: REFERÊNCIA
Os planos de manejo do Parque Estadual
Sete Salões e do Monumento Natural Estadual
Pico do Ibituruna foram aprovados na 70ª reunião
da CPB (Câmara de Proteção a Biodiversidade
e Áreas Protegidas do Copam) do COPAM
(Conselho Estadual de Política Ambiental). O Plano
de Manejo é o principal documento para subsidiar
o planejamento e a gestão eficaz de uma
UC (Universidade de Conservação), devendo
priorizar a manutenção dos modos de vida tradicionais
relevantes à conservação e à utilização
sustentável da diversidade biológica, por meio
da participação das comunidades locais. É um
documento obrigatório para todas as categorias
de Unidades de Conservação, conforme disposto
na Lei do SNUC (Sistema Nacional de Unidades
de Conservação). Para a elaboração dos Planos
de Manejo, o IEF (Instituto Estadual de Florestas), que administra as duas UCs, adotou a nova abordagem metodológica, adaptada
pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) ao contexto brasileiro, baseada no Foundation
Document, do NPS (Serviço de Parques Nacionais Norte-Americanos, em inglês). Essa estratégia permite integrar e coordenar
todos os tipos e níveis de planos e decisões a partir de um entendimento comum daquilo que é essencial para a Unidade de
Conservação. Ambas as unidades de conservação tiveram dinâmicas semelhantes na elaboração do plano.
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PROPÓSITO: FORNECER
FACAS DE ALTA
PERFORMANCE PARA A
MAIOR ATIVIDADE
PRODUTIVA DO BRASIL -
O AGRONEGÓCIO.
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS
NOTAS
Inovação e tecnologia
Foto: divulgação
Estão abertas as inscrições para a etapa brasileira
do Blue Sky Young Researchers and Innovation
Awards 2022-2023, premiação promovida pelo
ICFPA (International Council for Forest and Paper
Associations ), para pesquisadores, estudantes e profissionais
dos vários países e regiões membros da entidade.
O objetivo do prêmio é selecionar jovens de
até 30 anos e projetos inovadores que possam contribuir
para o desenvolvimento da indústria de base
florestal mundial sob a ótica de pesquisa e desenvolvimento,
inovação e melhorias de processos para
a cadeia produtiva. A edição deste ano tem como
tema: Construindo uma Economia de Baixo Carbono
com Florestas e Produtos Florestais Positivos para o
Clima. A premiação está dividida em duas etapas: a
brasileira, conduzida pela IBÁ (Indústria Brasileira de
Árvores). Haverá uma banca composta por 5 professores(as) de diferentes universidades que fará a avaliação dos projetos. Após
a etapa regional, o projeto ainda pode seguir para a etapa internacional. Autores dos três melhores projetos mundiais terão a
oportunidade de apresentar o trabalho aos presidentes de empresas globais do setor de base florestal, em país a ser definido. A
passagem e a hospedagem serão concedidas pelo ICPFA. A pessoa com o projeto mais inovador ganhará um prêmio no valor de
R$ 8 mil. O orientador ou a orientadora do projeto também receberá premiação do valor de R$ 5 mil. Candidatos e candidatas
deverão submeter o projeto em inglês ou português. As inscrições para a etapa regional se encerram em 31 de maio de 2022.
Mais informações sobre elegibilidade, temas e áreas de interesse e como submeter o projeto estão disponíveis no edital publicado
no site da IBÁ.
Investimento alto
O MMA (Ministério do Meio Ambiente) foi responsável
pela gestão de mais de R$ 767 milhões em
2021. O total equivale a 98,5% do orçamento previsto
para o ano destinado à pasta e às suas autarquias,
que incluem IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis), ICMBio
(Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)
e JBRJ (Jardim Botânico do Rio de Janeiro), de
acordo com informações divulgadas pelo ministério.
Conforme o ministro Joaquim Leite, a maior parte do
valor foi aplicada em tecnologia. “O MMA recebeu
uma verba suplementar de R$ 270 milhões em
julho e nós conseguimos aplicar isso em inovação
de sistema de informática, trazendo ferramentas de
gestão para dentro do ministério”, destacou Joaquim.
IBAMA e ICMBio foram equipados com câmeras de
ação, laptops, viaturas, helicópteros, embarcações,
drones, caminhões-bombeiros e outros bens.
Foto: divulgação
22 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Cadastros em crescimento
O Brasil vem avançando na implementação do CFB (Código
Florestal Brasileiro). A comprovação disso está nos números
do CAR (Cadastro Ambiental Rural), a principal ferramenta
do Governo Federal para cumprir a legislação ambiental.
Até 31 de dezembro do ano passado, o país contabilizou
6,48 milhões de cadastros, incluindo áreas de imóveis rurais,
territórios tradicionais de povos e comunidades tradicionais,
além de assentamentos da reforma agrária. Esses cadastros
equivalem a 616,3 milhões de ha (hectares). Os dados foram
divulgados pelo SFB (Serviço Florestal Brasileiro), órgão
responsável por monitorar as atividades de manejo florestal
executadas em áreas sob concessão florestal federal, ligado
ao MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
Segundo João Francisco Adrien, diretor de Regularização
Ambiental do SFB, o CAR é o principal instrumento, hoje, de
implementação do Código Florestal. É esse registro onde os
produtores rurais, que fizeram sua adesão, vão ter todo o
processo da sua regularização ambiental sintetizada. “É, certamente,
a maior ferramenta que o Brasil tem hoje de gestão
territorial e de acompanhamento da regularidade ambiental
das propriedades rurais”, ressalta João.
Foto: divulgação
Verba ampliada
Foto: divulgação
O ME (Ministério da Economia) publicou no final de 2021
a autorização para a abertura de concurso público para preenchimento
de 739 vagas para cargos efetivos distribuídas
entre o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis) e o ICMBio (Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade), ambos vinculados
ao MMA (Ministério do Meio Ambiente). Com a medida,
o Governo Federal visa reforçar as ações voltadas à fiscalização
ambiental, em especial nas áreas que compreendem a
Amazônia Legal. A contratação desses 739 novos servidores
vai ao encontro da determinação do presidente Bolsonaro de
fortalecimento dos órgãos de fiscalização ambiental. Com esta
ação, reiteramos o compromisso do Governo Federal em trabalhar
de maneira integrada para eliminar o desmatamento
ilegal, com a plena e pronta aplicação do nosso Código Florestal.
O impacto anual dessas contratações para o Governo Federal
será de cerca de R$ 72 milhões. Os novos servidores irão
atuar em ações relativas ao licenciamento ambiental, ao controle
de qualidade ambiental, à autorização de uso dos recursos
naturais e, principalmente, à fiscalização, monitoramento
e controle ambiental, especialmente na Amazônia Legal.
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NOTAS
Sob nova direção
Foto: divulgação
Em assembleia online foi realizada a cerimônia de transição
da gestão do FUNCEMA (Fundo Nacional de Controle de Pragas
Florestais). O FUNCEMA, que até então era gerido pela AGEFLOR
(Associação Gaúcha de Empresas Florestais), agora será presidido
pela ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais). Mauro
Murara Junior, diretor executivo do FUNCEMA explicou que muito
do trabalho está relacionado ao planejamento para o futuro, parcerias
e o fortalecimento dos trabalhos de pesquisa para prevenção
e combate à vespa-da-madeira e formiga cortadeira. “No Rio
Grande do Sul, existem restrições para uso de moléculas específicas
no combate a pragas florestais e esta é uma oportunidade para
criarmos frentes de pesquisa e, junto com as empresas, buscarmos
soluções alternativas”, expôs Mauro. Criado em 1989, o FUNCEMA
tem entre os principais objetivos preservar a sanidade vegetal da
silvicultura em território nacional. A gestão que ficará com a responsabilidade
durante o período de 2022 a 2024 terá a seguinte
formação: Alex Welington dos Santos (ACR) como presidente,
Ailson A. Loper (APRE) vice-presidente, Eduardo Garcia (ACR) como
tesoureiro e Mauro Murara Junior (ACR) como diretor-executivo.
Sinal amarelo
O IAT (Instituto Água e Terra) do Paraná emitiu um
comunicado sobre o SERFLOR (Sistema Obrigatório
Estadual de Reposição Florestal). O prazo para apresentar
o certificado do registro atualizado ao instituto
venceu no final do mês de março, mas o IAT vai aceitar
o boleto de renovação e o comprovante de pagamento
emitido pela instituição bancária. A orientação é para
guardar esses documentos. O ajuste acontece porque
uma falha no sistema impediu o acesso ao certificado
do registro atualizado. Ele é exigido de pessoas físicas
e jurídicas, especialmente produtores e empresas, que
consomem ou comercializam matéria-prima, produto
ou subproduto de origem florestal, conforme o Decreto
Estadual nº 1940/1996. O Paraná possui cerca de 10
milhões de registros no SERFLOR e que necessitam da
emissão do certificado todos os anos para regularização
no órgão ambiental. Essa medida é importante para se
ter um controle do consumo da matéria-prima florestal
do Estado. O cadastro foi instituído no início da década
de 1990, com a instauração do órgão ambiental.
Foto: divulgação
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NOTAS
Ajuda para a Mata Atlântica
O Estado do Rio de Janeiro integra agora o
programa Floresta Viva do BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico Social). Conforme
acordo assinado nesta quinta-feira entre a Secretaria
de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e o
banco, as iniciativas para reflorestamento da Mata
Atlântica vão receber doações de R$ 200 milhões
do BNDES e outros R$ 70 milhões da Companhia
Estadual de Água e Esgoto. O Floresta Viva estimula
o apoio privado a projetos de restauração florestal
com espécies nativas e com sistemas agroflorestais
nos vários biomas do território brasileiro por meio
de aportes complementares por parte do Banco. O
objetivo é o reflorestamento da Mata Atlântica por
meio do plantio de mudas de espécies endêmicas
do bioma nos territórios fluminenses. As empresas,
instituições e governos estaduais participantes do
projeto devem investir até 250 milhões de reais no
Floresta Viva pelos próximos sete anos. Outros R$
250 milhões serão destinados pelo próprio BNDES.
Foto: divulgação
Cuidado especial
Foto: divulgação
No início de março, instrutores do PREVFOGO (Centro Nacional
de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) deram
início aos cursos de formação de brigadas voluntárias nas
TI (Terras Indígenas Rio das Cobras e Mangueirinha. Ao todo,
foram realizados três cursos com formação de 75 brigadistas
indígenas das etnias Guarani e Kaingang, que estão sendo
capacitados para atuarem nas ações de prevenção e combate
aos incêndios florestais naqueles territórios. A TI Rio das
Cobras é a maior área indígena do Paraná, com aproximadamente
19 mil ha (hectares) e 780 famílias, o que corresponde
a 4 mil Kaingangs e Guaranis. A TI Mangueirinha é a segunda
maior: ela abarca, em seus 16 mil ha, 789 indígenas das duas
etnias. É uma das áreas do Bioma Mata Atlântica mais preservada
no Estado do Paraná, abrigando uma das maiores reservas
de araucárias do mundo. Os indígenas estão tendo instrução
sobre o comportamento do fogo, sobre organização e
segurança, utilização de ferramentas e EPI’s (Equipamentos de
Proteção Individual), sobre os métodos e técnicas de prevenção
e combate aos incêndios florestais, além de aprenderem
a lidar com as normas de conduta, tudo utilizando atividades
práticas relacionadas ao conteúdo das aulas.
28 www.referenciaflorestal.com.br
COLUNA
Definindo
diretrizes
Alteração de IN, PSS e estudo
do Ipê norteiam debate durante
segunda reunião de diretoria
Os participantes do
grupo de trabalho
avaliaram que
esta alteração
deverá facilitar
o entendimento
e otimizar a
operacionalização
https://cipem.org.br
N
o início do mês de
março, o CIPEM
realizou de forma
remota, a Segunda
Reunião de
Diretoria de 2022 com o intuito
de debater os principais assuntos
relacionados ao Setor de Base
Florestal tais como: os informes
de agendas externas com a
SEMA/MT (Secretaria de Estado de Meio Ambiente), a respeito do PSS (Plano
de Suprimento Sustentável) e Sisflora 2.0; informes jurídicos, dentre outros.
A priori, abordou-se as tratativas com a SEMA/MT referentes ao Sistema
Sisflora 2.0, ainda em processo de conclusão. Rafael Mason, presidente do CI-
PEM, destacou que em consonância ao que foi tratado, o cronograma se manterá
o mesmo, com previsão de implantação até o fim do período proibitivo e,
complementou que a base teste será disponibilizada pela SEMA/MT a demais
usuários externos durante as primeiras semanas de abril, com o objetivo de
identificar e sanar possíveis falhas, de modo que, assim, até o final de abril o
Sistema Estadual estará integrado ao Sistema Nacional – DOF rastreabilidade e
em funcionamento.
Com relação ao PSS, foi compartilhado com a diretoria do CIPEM a atualização
feita pela SEMA/MT, Famato, CIPEM e demais instituições na normativa
do PSS, com a diferenciação da forma de apresentação do plano para os novos
empreendimentos e para aqueles já em funcionamento, com a reformulação
da Instrução Normativa e dos Termos de Referência Padrão. Os participantes
do grupo de trabalho avaliaram que esta alteração deverá facilitar o entendimento
e otimizar a operacionalização.
Outro assunto pautado consistiu no Estudo do Ipê, conduzido pela Embrapa
Florestas Colombo. De acordo com Mason, houve significativo avanço e o
levantamento deverá ser concluído e apresentado até o final de abril e, posteriormente,
ao Ibama e Jardim Botânico, que analisará o material produzido e
irá deliberar sobre a situação da espécie no país.
Nesse sentido, um dos principais objetivos do referido estudo é o de fornecer
informações dos estoques florestais, as quais estejam atualizadas, uma
vez que foi constatado que os dados existentes referente ao material constante
nos herbários datam de mais de 30 anos.
Ao final, foi dedicado espaço para as principais reivindicações dos Sindicatos
e para os informes jurídicos, com a Dra. Renata Viviane que, com base em
consultas realizadas nos processos em curso no Ibama, apresentou providências
que podem ser tomadas pela própria defesa do associado.
Em sessão extraordinária, Valdinei Bento dos Santos, diretor-executivo
do CIPEM abordou os encaminhamentos de uma agenda com a SEFAZ/MT
(Secretaria de Fazenda) para tratar da lavratura incorreta de TADS (Termos de
Apreensão e Depósito) realizados por agentes no Posto Fiscal Correntes na
divisa com Mato Grosso do Sul. As apreensões se deram pela interpretação
incorreta da legislação prevendo que o recolhimento do ICMS (Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços) deveria ser recolhido antecipadamente,
mesmo para empreendimentos dos regimes tributários: Simples Nacional e
Lucro Presumido, os quais dispõem de regulamentações próprias. Após a devida
análise dos documentos apresentados, a Secretaria informou que os TADs
serão cancelados por ofício.
Integraram a videoconferência, os presidentes e representantes do SIN-
DUSMAD, SINDINORTE, SIMENORTE, SIMNO, SIMAS, SIMAVA, SINDIFLORA
E DO CIPEM.
Imagem: reprodução
30 www.referenciaflorestal.com.br
FRASES
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O mais importante desta
operação é que estamos
integrando os sistemas de
informação, a inteligência
de combate aos crimes,
especialmente ao crime
organizado, o que inclui os
ilícitos ambientais. Quando
cruzamos as informações sobre
os crimes ambientais com as do
crime organizado, conseguimos
ser muito mais eficientes
Joaquim Leite, Ministro do Meio Ambiente
durante o lançamento dos programas
Guardiões do Bioma e Guardiões do Bioma
Desmatamento
“O licenciamento ambiental é um
dos processos administrativos
de maior relevância, pois é por
meio dele que o Estado concede
direitos para instalar, ampliar
e operar empreendimentos
que, de alguma forma, utilizam
recursos ambientais em maior ou
menor grau, regulando assim os
potenciais riscos de poluição e
degradação ambiental”
Mauro O’de Almeida, secretário de Meio Ambiente
e Sustentabilidade do Pará sobre o programa:
Juntos pelo Desenvolvimento Sustentável; parceria
nacional de Secretarias de Meio Ambiente
“O mundo olha para a floresta
hoje e não vê que, em meio
às arvores, existem pessoas
reais vivendo aqui. É como
se, apenas aqui no Brasil,
38 milhões de cidadãos
simplesmente não existissem.
Aos olhos do mundo, hoje,
somos 38 milhões de pessoas
invisíveis”
Wilson Lima,
Governador do Amazonas
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ENTREVISTA
Proteção,
Foto: Antonio Carlos Mafalda
planejamento
E MEIO
AMBIENTE
Protection, planning,
and environment
ENTREVISTA
O
setor florestal trabalha alinhado com as pautas
ambientais e precisa seguir a legislação e os
padrões estabelecidos para exercer os efeitos
benéficos que a atividade traz para a sociedade.
Para mostrar a importância das pautas ambientais e sua
importância para o setor de base florestal, Daniel Vinicius Netto,
presidente do IMA (Instituto do Meio Ambiente) de Santa
Catarina, comenta sobre as atividadea da entidade, as regras
de licenciamento ambiental no Estado do sul, além de planos
para o futuro.
Daniel
Vinicius Netto
T
he Forest-Based Sector works in line with environmental
guidelines and needs to follow the
legislation and standards established to exert the
beneficial effects that the activity brings to society.
Daniel Vinicius Netto, President of the State of Santa Catarina
Environment Institute (IMA), comments on the Institute’s activities,
environmental licensing rules, and plans for the future
to show the importance of the environmental agenda and its
importance for the Forest-Based Sector.
ATIVIDADE/ ACTIVITY:
Graduado em Gestão Ambiental pela Unisul e Universidade
Leonardo da Vince; Gestão do Serviço público pela
Fundação Getúlio Vargas. Planejamento estratégico pela
faculdade Borges de Mendonça. Teve destacada atuação
técnica durante 16 anos na ex-Fatma, ocupou vários cargos
de Gerência e Direção no órgão que hoje é o IMA (Instituto
do Meio Ambiente), de Santa Catarina.
Graduate of Environmental Management, Unisul and Leonardo
da Vinci University; Management of the Public Service,
Getúlio Vargas Foundation; Strategic Planning, Borges de
Mendonça College. 16 years of technical experience with
the former Fatma, holding many Management and Director
positions in the body, now the State of Santa Catarina Institute
of the Environment (IMA).
34 www.referenciaflorestal.com.br
O nosso maior legado
é a contribuição com o
momento de crescimento
do IMA para acompanhar
as metas e propósitos
definidos pelo governo do
Estado de Santa Catarina
>> Como foi sua trajetória à presidência do IMA?
Fui nomeado como presidente do IMA (Instituto do
Meio Ambiente) de Santa Catarina pelo governador
Carlos Moisés, em fevereiro de 2021. De lá pra cá, imprimimos
um novo ritmo ao órgão ambiental que está
em constante desenvolvimento, implementando novas
tecnologias, investindo em infraestrutura, e também,
na capacitação dos servidores, para bem atender à
população catarinense, principalmente, em relação às
atribuições principais que são o licenciamento ambiental,
a fiscalização e proteção dos ecossistemas.
>> Como funcionam as comissões de licenciamento
ambiental?
As comissões desenvolvem um trabalho técnico primordial
para que possamos garantir a conservação da biodiversidade,
o controle ambiental e o desenvolvimento
sustentável do nosso Estado. O IMA possui a CCLA
(Comissão Central de Licenciamento Ambiental) e demais
comissões específicas para analisar os processos
de licenciamento nas 16 CODAMs (Coordenadorias de
Desenvolvimento Ambiental) do IMA espalhadas pelo
Estado, e também, na sede do órgão, em Florianópolis
(SC). Na capital, a CCLA tem como finalidade o julgamento
dos processos de maior impacto ambiental que
necessitam de EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental
e Relatório de Impacto Ambiental), de EAS (Estudo Ambiental
Simplificado) de porte G, além de atividades de
produção de energia acima de 1,0 MW (Megawatts) e
de autorização para corte e manejo de vegetação para
área superior a 50 ha (hectares). Existem, portanto, as
comissões Regionais CRLA e a Central CCLA. Os processos
mais complexos são discutidos por técnicos e gerente
na CRLA e na CCLA, os processos sujeitos ao EAS porte
G e EIA/RIMA, são discutidos pelos gerentes da sede,
How did you become IMA President?
I was appointed as State of Santa Catarina IMA
President by Governor Carlos Moisés in February
2021. Since then, we have stamped a new rhythm to
the environmental agency that is constantly developing,
implementing new technologies, and investing
in infrastructure and employee training to serve the
population of Santa Catarina, especially concerning
the main attributions of environmental licensing,
supervision, and protection of ecosystems.
How do the environmental licensing commissions
work?
The commissions develop primordial technical work so
that we can ensure biodiversity conservation, environmental
control, and sustainable development of our
State. IMA has the Central Commission for Environmental
Licensing (CCLA) and other specific commissions
to analyze the licensing processes in the 16 IMA
Environmental Development Coordinating Agencies
(CODAMs) throughout the State and at the agency’s
headquarters in Florianópolis. In the capital, the CCLA
aims to appraise the most significant environmental
impact processes that require an Environmental Impact
Study and an Environmental Impact Report (EIA/
RIMA) or a large-sized Simplified Environmental Study
(EAS). In addition, energy generation activities above
1.0 MW and authorization for harvesting and managing
vegetation for an area greater than 50 ha are
appraised. Therefore, there are Regional and Central
CRLA commissions. The most complex processes are
discussed by technicians and managers at CRLA and
CCLA. The processes subject to large-sized EAS and
EIA/RIMA are discussed by the head office managers,
director of the Environmental Regularization Board
(DIRA), and Legal Coordinator. These are guidelines for
the decision-making of the Environmental Authority
for the issuance or rejection of permits.
What is the Deforestation Monitoring and Alert
System (SIMAD)?
SIMAD is an unprecedented program developed and
launched by the State Government through IMA and
one of the most innovative in the Country. Using
high-resolution orbital images, the System identifies
the difference in vegetation cover throughout the
State. Mosaics with up to 4.7 centimeters of spatial
resolution provided by the NICFI program are evaluated
in partnership with the Government of Norway. For
example, if the vegetation is cleared or being cleared,
the System itself checks whether that clearing has
harvesting permission or whether it is clandestine.
The alert is generated through open-source comput-
Abril 2022
35
ENTREVISTA
Partnerships with private initiatives are part of the
IMA processes. What actions are being taken to
attract investments? What are the main results?
The partnerships aim to expand and formalize support
for the maintenance, preservation, and improvement
of the State’s conservation units and natural resources.
Attracting investment is carried out by approximatdiretor
da DIRA (Diretoria de Regularização Ambiental)
e Coordenador Jurídico. São orientações para a tomada
de decisão da Autoridade Ambiental para a emissão ou
indeferimento das licenças.
>> Como foi a implementação do SIMAD (Sistema de
Monitoramento e Alertas de Desmatamento)?
O SIMAD é um programa inédito desenvolvido e lançado
pelo Governo do Estado através do IMA, sendo um
dos mais inovadores do país. O sistema identifica por
meio de imagens orbitais de alta resolução, a diferença
de cobertura vegetal ocorrida mensalmente em todo
território catarinense. São avaliados mosaicos com
até 4,7 cm (centímetros) de resolução espacial disponibilizados
pelo programa NICFI, em parceria com o
governo da Noruega. Se há supressão de vegetação, por
exemplo, o próprio sistema verifica se aquela supressão
possui autorização de corte ou se foi clandestina. O
alerta é gerado por meio de programas computacionais
de código aberto e portanto sem custos para o Estado.
O SIMAD é o único monitoramento deste gênero disponível
em Santa Catarina, que realiza o cruzamento automatizado
com outros sistemas, como de licenciamento,
autos de infração, CAR (Cadastro Ambiental Rural) e
espaços territoriais especialmente protegidos (APP,
Reserva Legal, unidades de conservação), entre outras
camadas.
>> Quais cursos e como funciona a Academia do Meio
Ambiente?
A Academia do Meio Ambiente foi criada com a finalidade
de gerar um ambiente virtual de produção do conhecimento
para realizar, promover e organizar cursos,
seminários, congressos, simpósios, pesquisas, atividades,
estudos e publicações, visando o aprimoramento
profissional e cultural dos membros do IMA, sempre visando
a melhor execução dos serviços e racionalização
de seus recursos materiais.
>> Como funciona o sistema de licenciamento ambiental
para o manejo de florestas?
Lei nº 6938/81 em seu Artigo 2º preconiza que: A
Política Nacional de Meio Ambiente tem por objetivo
a preservação, melhoria e recuperação da qualidade
ambiental propícia à vida, visando assegurar, no país,
condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade
da vida humana; atendendo os princípios de
recuperação de áreas degradadas e proteção de áreas
ameaçadas de degradação. O Licenciamento Ambiental
para Recuperação de Áreas Degradadas, portanto,
atende a legislação vigente e as normas administrativas
reguladoras.
er programs and, therefore, is free of charge to the
State. SIMAD is the only monitoring system of this kind
available in the State of Santa Catarina. In addition,
the System performs automated cross-linking with
other systems, such as licensing, infringement notices,
Rural Environmental Registry (CAR), and specially protected
territorial spaces (APP, Legal Reserve, Conservation
Units), among others.
What courses and how does the Academy of the
Environment work?
The Academy of the Environment was created to
generate a virtual environment of knowledge to
conduct, promote and organize courses, seminars,
congresses, symposia, research, activities, studies, and
publications, aiming at the professional and cultural
improvement of IMA members, always aiming at the
better execution of services and rationalization of their
material resources.
How does the environmental licensing system for
forest management work?
Law No. 6938/81 in Article 2 states that “The National
Environment Policy aims at preserving, improving, and
recovering the environmental quality conducive to life,
aiming to ensure, conditions for socio-economic development,
the interests of national security, and the
protection of the dignity of human life in the Country”.
The objective is to meet the principles of recovery of
degraded areas and protection of threatened areas of
degradation. Therefore, the Environmental Licensing
for the Recovery of Degraded Areas complies with
current legislation and regulatory and administrative
standards.
What is IMA doing to preserve and recover rivers
and springs?
This issue involves joint effort with other entities,
especially the municipalities that are closer to the
areas. The IMA already practices the preservation
and recovery of these areas by granting thousands of
licenses imposing environmental programs and controls,
remembering that preservation is an obligation
of society.
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ENTREVISTA
>> Qual o trabalho do IMA para a preservação e recuperação
de rios e nascentes?
Essa é uma questão que envolve esforço conjunto com
outros entes, principalmente, as prefeituras as quais
estão mais próximas dos ambientes, quanto ao IMA, o
mesmo já pratica a preservação e a recuperação desses
ambientes nas milhares de licenças que emite impondo
programas e controles ambientais, lembrando que preservação
é uma obrigação de toda a sociedade.
>> As parcerias com a iniciativa privada fazem parte
dos processos do IMA. Quais ações para atrair investimentos?
Quais os principais resultados?
As parcerias visam ampliar e formalizar o apoio para a
manutenção, preservação e aprimoramento das Unidades
de Conservação Estaduais e dos recursos naturais
do estado. A atração de investimento se faz por meio
da aproximação de empresas no entorno das Unidades
de Conservação, reuniões com entidades públicas ou
privadas que possam apoiar o desenvolvimento das
parcerias, trabalho de divulgação entre outras ações.
O IMA juntamente com o PPI/SC (Programa de Parcerias
e Investimentos de Santa Catarina), e o BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social) também trabalha na implementação do Projeto
Parques Naturais SC que tem o objetivo de estruturar
concessões de serviços turísticos em algumas unidades
de conservação com foco na preservação ambiental, no
turismo sustentável e na geração de renda e desenvolvimento
regional. Entre as ações que as concessionárias
deverão implementar e que farão parte do programa
destacam-se os investimentos em estruturas como centro
de visitantes, estacionamentos, banheiros, lanchonetes/restaurantes,
hospedagens, campings, glampings,
mirantes, equipamentos de esportes de aventura (p.ex.
tirolesa, arvorismo), estruturação de trilhas, além da
operação dos serviços a serem oferecidos aos visitantes.
Os projetos incluem também encargos à concessionária
relativos à integração com o entorno por meio
do fomento ao empreendedorismo, apoio à pesquisa,
apoio ao programa de voluntariado, educação e conservação
ambiental.
>> Como funciona o programa de proteção e recuperação
ambiental?
A proteção e a recuperação ambiental são os pilares
que norteiam nosso trabalho, principalmente, dentro
do rito de licenciamento ambiental, cujo objetivo é contribuir
com o desenvolvimento econômico e sustentável
em Santa Catarina, sem deixar de priorizar o controle
ambiental no Estado.
ing companies around the Conservation Units, meetings
with public or private entities that can support
the development of partnerships and dissemination,
among other actions. Together with the Program of
Partnerships and Investments in the State of Santa
Catarina (PPI/SC), IMA and the National Bank for
Economic and Social Development (BNDES) also work
on implementing the Santa Catarina Natural Parks
Project. The Project aims to structure tourism service
concessions in some conservation units focused on
environmental preservation, sustainable tourism,
income generation, and regional development. Among
the actions that the concessionaires must implement
as part of the program are investments in structures
such as visitor centers, parking lots, washrooms,
snack bars/restaurants, lodgings, camping, glamping,
lookouts, adventure sports equipment (e.g., zipline,
tree rope park), structuring of trails, in addition to the
operation of services to be offered to visitors. The projects
also include concessionaire obligations related to
integration with the environment through entrepreneurship
promotion, research support, and support for
the volunteer program, education, and environmental
conservation.
A proteção e a
recuperação
ambiental são os
pilares que norteiam
nosso trabalho,
principalmente, dentro
do rito de licenciamento
ambiental
>> Como o IMA atua em relação a pesquisas em Unidades
de conservação?
A Autorização de Pesquisa emitida pelo IMA é necessá-
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ENTREVISTA
ria nos casos em que a pesquisa científica for realizada
em unidade de conservação estadual, administrada
pelo IMA ou quando envolver espécie da flora ou da
fauna ameaçada de extinção ou ainda espécie exótica
invasora, mesmo quando fora de unidade de conservação.
A solicitação deve seguir as instruções constantes
na Instrução Normativa - IN nº 67.
>> Como funciona a escolha dos vencedores do Prêmio
Fritz Müller?
A escolha dos projetos vencedores é realizada por meio
de uma comissão julgadora formada por servidores do
IMA. Os critérios de julgamento levam em consideração
o enquadramento do projeto nas categorias propostas
pelo Prêmio, o histórico e o passivo ambiental das organizações
inscritas, bem como, seu engajamento com
o desenvolvimento sustentável. Também é avaliada a
sinergia do projeto inscrito com os objetivos de uma
economia circular, os ODS (Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável) e os critérios ASG (Ambiental, Social
e Governança).
>> Qual será o maior legado de sua gestão à frente do
IMA?
Durante este pouco mais de 1 ano de gestão trabalhamos
no projeto de reestruturação do órgão, realizamos
investimentos estruturais; aquisição de novas tecnologias,
equipamentos, técnicas de aprimoramento do
licenciamento ambiental; da fiscalização, de comunicação
e do atendimento on-line para vários serviços, e,
principalmente, buscamos a valorização dos servidores,
portanto, o nosso maior legado é a contribuição com o
momento de crescimento do IMA para acompanhar as
metas e propósitos definidos pelo governo do Estado
de Santa Catarina na área ambiental para tornar o IMA
um órgão moderno e eficiente.
Se há supressão de vegetação,
por exemplo, o próprio sistema
verifica se aquela supressão
possui autorização de corte ou
se foi clandestina
How does the environmental protection and recovery
program work?
Environmental protection and recovery are the pillars
that guide our work, mainly within the environmental
licensing procedure, whose objective is to contribute
to economic and sustainable development in Santa
Catarina without failing to prioritize environmental
control in the State.
How does the IMA work concerning research in Conservation
Units?
IMA’s Research Authorization is necessary when scientific
research is carried out in a State Conservation
Unit administered by IMA or when it involves species
of endangered flora or fauna or even invasive alien
species, even when outside the conservation unit.
The request must follow the instructions in Normative
Instruction - IN No. 67.
How does the choice of the Fritz Müller Award winners
work?
The choice of the winning projects is carried out by a
Judging Committee composed of IMA staff members.
The judging criteria consider the project framework
in the categories proposed by the Award, the history
and environmental liabilities of the organizations
registered, and their engagement with Sustainable
Development. In addition, the synergy of the entered
project with the objectives of a circular economy,
the Sustainable Development Goals (SDGs), and the
Environmental, Social, and Governance (ESG) criteria
is also evaluated.
What will be the most incredible legacy of your management
as head of IMA?
During this little more than 1 year as head of IMA,
we have worked on the Institute’s restructuring
project, making structural investments; acquiring
new technologies, equipment, techniques to improve
environmental licensing; supervising, communicating,
and providing various online services, mainly seeking
more value for the staff members; therefore, our most
significant legacy is the contribution to the growth of
IMA in accompanying the goals and purposes defined
by the Government of the State of Santa Catarina in
the environmental area to make the IMA a modern
and efficient body.
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Riscos envolvidos
na atividade
florestal
Acidentes e doenças ocupacionais podem ser
evitados com a capacitação
O
setor florestal brasileiro é reconhecido mundialmente
como um dos mais tecnificados e
robustos visto a sua expertise e importância
frente a produção de madeira bruta e seus
subprodutos como flores, frutos, galhos, cascas
e resina tanto para o mercado interno, quanto para o
mercado externo.
De acordo com o IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores,
2020) no ano de 2019 as florestas plantadas representaram
1,2% do PIB Nacional e receita bruta total de R$ 97,4
bilhões. A indústria de base florestal fechou com US$ 10,3
bilhões de saldo na balança comercial, o segundo melhor resultado
dos últimos 10 anos. As exportações somaram cerca
de US$ 11,3 bilhões, o equivalente a 4,3% das exportações
brasileiras, onde 46% do volume é destinado para a indústria
de celulose e papel.
Para atingir esses números há muito trabalho sendo
realizado em campo, onde um conjunto de máquinas são
utilizadas para o corte e processamento das árvores, seja
ela em atividade semimecanizada ou mecanizada. Aqui podemos
citar a motosserra e o harvester entre as máquinas
amplamente utilizadas na colheita florestal. Na colheita mecanizada
realizada pelo harvester temos um maior índice de
produção somado a uma maior segurança para a execução
de todo o processo de trabalho.
Já o uso da motosserra de maneira contínua ou equivocada
causa malefícios a saúde do operador devido a
diversos fatores, entre os principais, o peso da máquina e a
resistência da madeira ao corte.
Nesse sentido é muito importante que as empresas florestais,
prestadores de serviços e o trabalhador estejam em
um ambiente seguro e com uma máquina adequada para a
realização do serviço.
A higiene ocupacional tem um papel importante, pois é
através dela que identificamos e controlamos os riscos ocupacionais
no ambiente de trabalho. O ruído, a vibração, calor,
poeiras, gases, estresse, queda de galhos, condição psicossocial
e ergonomia são alguns dos riscos que interferem
na operação da máquina agindo como fatores estimulantes
e estressores podendo causar acidentes.
O ruído e a vibração podem causar desvio de atenção
durante o trabalho, síndrome de Raynauld (dedos brancos) e
ainda perda de audição ao longo do tempo.
Gabriel Dalla Costa Berger
Eng. Florestal e Seg. do Trabalho
Doutorando em Eng. Agrícola
gabrielberger.com.br
gabriel@gabrielberger.com.br
O calor das partes móveis da motosserra são responsáveis
por queimaduras, e temos o calor e desconforto da própria
atividade, muito relacionada as condições ambientais
do local.
Poeiras e gases são responsáveis pela ocorrência de
doenças respiratórias, dores de cabeça e irritação nos olhos,
que são ocasionados geralmente pela falta de manutenção
da máquina, principalmente da mistura gasolina e óleo 2T
(tempos). A condição psicossocial do operador também interfere
na atividade. O mesmo tem que estar bem de saúde,
100% atento a atividade. Condição de estresse e carga emocional
elevada contribuem para acidentes.
Posições do operador durante o corte e o transporte da
motosserra durante a atividade podem comprometer a saúde
durante a atividade, muitas vezes associadas a repetição
da atividade e peso da máquina.
Por último citamos os riscos de acidentes, que são aqueles
inerentes a própria operação e manuseio da máquina.
Ferimentos do conjunto de corte, queda de árvores e efeito
rebote, são apenas alguns dos acidentes, que em muitos
casos, podem ser fatais.
Dessa forma é importante a compreensão e identificação
dos riscos que estão associados ao manuseio da máquina,
com o objetivo de entender a interação entre o operador
e a motosserra, e de que forma esses agentes podem ser
controlados durante o uso da máquina. Para isso é importante
estarmos capacitados para a atividade de acordo com
as normas regulamentadoras, termos em mãos uma máquina
compatível e segura para cada atividade a ser exercida.
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P
reparar o terreno para o plantio de um novo
ciclo florestal é um trabalho essencial para o
desenvolvimento das mudas. A retirada de
tocos e raízes permite que as novas plantas
tenham espaço necessário para o crescimento.
Essa limpeza de área é um trabalho pesado e a utilização das
ferramentas certas é chave para o resultado esperado ao final
do ciclo. O planejamento e as ações realizadas no presente
farão do futuro do reflorestamento um grande sucesso.
Para que os produtores e prestadores de serviço consigam
limpar e preparar suas áreas de plantio da melhor
maneira, a Feldermann Forest, empresa fundada em 2016,
na cidade de Içara (SC), oferece uma linha completa de implementos.
A empresa tem em seu DNA uma visão técnica e de
alta precisão para seus equipamentos. Essas características
foram implementadas por seus sócios, que são engenheiros
mecânicos de formação, e há 6 anos tomaram a iniciativa de
produzir implementos para o setor agrícola e florestal, mas
foi no florestal que a empresa encontrou o seu lugar.
Ronan Chiodelli, sócio e diretor de engenharia da Feldermann
Forest, explica que os primeiros projetos no setor
florestal ofereceram desafios muito diferentes do que a
empresa havia encontrado na produção de implementos
agrícolas. “O setor agrícola exige muito menos do implemento,
principalmente em relação ao trabalho e também à
resistência que a máquina precisa ter para garantir durabilidade
e eficiência”, expõe Ronan.
Felipe Sepulveda, sócio e diretor comercial da Feldermann
Forest, comenta que cada equipamento produzido pela
empresa tem como objetivo atender de maneira personalizada
as necessidades de seus clientes. “Vamos até o cliente,
entendemos sua necessidade, trazemos para nossa equipe
de engenharia e realizamos o projeto para suprir todas as
expectativas do cliente”, garante Felipe.
DOSE DUPLA
A Feldermann Forest tem dois equipamentos projetados
para trabalhar em conjunto e facilitar o processo da limpeza
de área: a Lâmina frontal V-Shear e o Subsolador S600. A
Lâmina Frontal V-Shear foi desenvolvida exclusivamente para
o trabalho em tratores de esteira. Sua estrutura robusta e
resistente feita em aço carbono e lâminas em Hardox, de
1” (polegada) e 2” para lâmina frontal e lâminas laterais,
respectivamente, garantem resultados de alto nível após o
trabalho. Suas mais de cinco toneladas exigem que o trator
em que ela será instalada tenha pelo menos 205 cv (cavalos)
de potência.
O Subsolador S600 é responsável pela segunda parte
do processo de preparo de solo da área. Também projetado
para tratores de esteira e com potência mínima de 205 cv,
seu peso vazio é de 4,8 toneladas e trabalha com disco de
corte frontal de 45”. O Subsolador trabalha com dois discos
traseiros e tem a pressão de trabalho regulada através de
pistões hidráulicos. Os discos traseiros côncavos têm 36” e o
cliente pode escolher ainda por um disco liso opcional de 42”.
O Subsolador pode trabalhar com profundidades de 400 mm
a 800 mm (milímetros), com o mesmo padrão de resultados.
P
roper land preparation for planting a new forest
cycle is essential for seedling development.
Stump and root removal provides the necessary
space for new plants to grow. Area cleanup for
this activity is a heavy job, and using the proper
implements is key to a fruitful result at the end of the cycle.
Planning and actions carried out in the present lead to the
future of reforestation being a great success.
So that producers and service providers can clean and
prepare the planting areas in the best way, Feldermann
Forest, a company founded in 2016 in Içara, Santa Catarina,
offers a complete line of implements. The Company has a
technical and high-precision vision for its equipment in its
DNA. The partners, trained mechanical engineers, implemented
these characteristics six years ago when they took
the initiative to produce implements for the Agricultural and
Forestry Sectors. However, it was in forestry that the Company
found its place.
Ronan Chiodelli, Partner and Director of Engineering,
explains that the first designs for the Forestry Sector offered
very different challenges than the Company had encountered
in the production of agricultural implements. “The Agricultural
Sector requires much less from the implement especially
concerning work and machine resistance to ensure durability
and efficiency,” explains the Engineering Director.
Felipe Sepulveda, Partner and Director of Sales, comments
that each implement produced by the Company aims
to meet the needs of its customers in a personalized way.
“We go to the customer, understand their needs, bring in our
engineering team, and carry out a design to meet all customer
expectations,” describes the Sales Director.
Vamos até o cliente,
entendemos sua
necessidade, trazemos
para nossa equipe de
engenharia e realizamos o
projeto para suprir todas
as expectativas do cliente
Abril 2022
45
PRINCIPAL
Esses dois implementos trabalham de maneira complementar
e também garantem o equilíbrio do trator durante
a operação, visto que o peso semelhante garante que o
trator não se incline. “Eles foram projetados em conjunto
e atuam de maneira mais efetiva quando estão operando
simultaneamente”, destaca Ronan.
Ronan Chiodelli, indica que as escolhas de tamanhos
de disco e também do tipo de disco que será utilizado, liso
ou côncavo, pode ser adaptada de acordo com a escolha
do cliente. “Recentemente tivemos um pedido que cada
gerente de operação de uma empresa tinha preferência por
um tipo de disco, por isso, adaptamos o subsolador para que
atendesse tanto com discos lisos, quanto com discos côncavos”,
descreve Ronan, sobre a possibilidade de adaptação
dos implementos.
DOUBLE DOSE
Feldermann Forest has two implements designed to work
together and facilitate the area cleaning process: the V-Shear
front blade and the S600 Subsolor. The V-Shear Front Blade
has been developed exclusively for work on tractors with
tracks. Its robust and sturdy structure is made of carbon
hardox steel blades, 1 inch for the front blade and 2 inches
for the side blades, ensuring high-level results. The more
than five-ton weight requires that the tractor on which it is
installed has at least 205 hp of power.
The Subsolor S600 is responsible for the second part of
the area soil preparation process. Also designed for tractors
with tracks and a minimum of 205 hp power, its tare weight
is 4.8 tons and works with a 45-inch front cutting disc. The
Subsolor S600 also works with two rear discs with the working
46 www.referenciaflorestal.com.br
Os implementos foram
projetados em conjunto
e atuam de maneira mais
efetiva quando estão
operando simultaneamente
ATENDIMENTO DE QUALIDADE
A Feldermann mantém a disposição de seus clientes
peças de reposição e uma equipe pronta para a realização
de manutenção e ajustes caso sejam necessários. Todo
implemento vendido pela empresa passa por uma entrega
técnica, onde os operadores das máquinas têm acesso aos
funcionários da Feldermann e às principais informações de
cada máquina. Esse, segundo os sócios, é um dos fatores
mais importantes para os clientes.
É o caso de Antônio Reno Cardoso Júnior, coordenador de
silvicultura da Klabin. Segundo Antônio, a empresa trabalha
pressure regulated through hydraulic pistons. The concave
rear discs are a standard 36-inch or the customer can choose
optional 42-inch flat discs. The Subsolor can work at depths
of 400 to 800 mm, with the same standard of results.
These two implements work in a complementary manner.
Tractor balance is also ensured during operation, as the similar
weight ensures that the tractor does not tilt. “They are
designed together and act more effectively when operating
simultaneously,” says Engineering Director Ronan.
He also indicates that the choices of disk sizes and the
type of disc, flat or concave, can be adapted according to
the customer’s need. “We recently had a request that each
operation manager of a company had a preference for a
type of disk, so we adapted the subsolar to meet both flat
and concave discs,” says the Engineering Director about the
possibility of adapting the implements.
QUALITY SERVICE
Feldermann maintains spare parts and a team ready
to perform maintenance and adjustments if necessary. In
addition, every implement sold by the Company undergoes a
pre-delivery technical check, where machine operators have
access to Feldermann employees and the primary information
of each machine. This, according to the partners, is one of
the most critical factors for customers.
For Antônio Reno Cardoso Júnior, Forestry Coordinator
Abril 2022
47
PRINCIPAL
há 2 anos com equipamentos da Feldermann para limpeza
de solos e distribuição de insumos e vê na customização dos
projetos um ponto que fortalece o trabalho em conjunto. “Temos
um relacionamento de parceria para desenvolvimento
e implementação de soluções com foco em mecanização”,
salienta Antônio.
Vinicius Duque, engenheiro especialista da Dexco, trabalha
há mais de 3 anos com implementos da Feldermann.
Para o engenheiro, os processos de constante inovação da
Feldermann trazem ainda mais confiança para os clientes.
“Os equipamentos passam por várias melhorias após o seu
protótipo inicial e a qualidade da engenharia na construção é
excelente, fazendo os equipamentos compactos e robustos”,
aponta Vinicius. O representante da Dexco ainda destaca o
atendimento oferecido pela empresa no pós-venda. “Felipe
sempre esteve presente em nossas demandas, sugestões
de melhorias, o que nos proporcionou muita agilidade em
tudo que precisávamos e demonstrou muita velocidade de
evolução da Feldermann”, salienta Vinicius.
Julio Cesar Agiado, gerente da Plantar, destaca a qualidade
dos equipamentos utilizados na empresa, a lâmina
V-Shear e o Subsolador. “A nossa atividade exige muito dos
equipamentos, devido ao grau de dificuldade gerado por
tocos, inclinação e resíduos, e os equipamentos mantêm um
alto índice de horas trabalhadas”, enaltece Julio. O gerente
também vê no pós-venda da Feldermann um dos grandes
destaques da empresa e a presença de Felipe e Ronan em
todos os processos chamou atenção de Julio. “A equipe
for Klabin, his company has been working with Feldermann
equipment for soil cleaning and fertilizer, seed, and insecticide
distribution for two years and sees the design customization
as a point that strengthens working together. “We have a
working relationship to develop and implement solutions
focused on mechanization,” he points out.
Vinicius Duque, an Engineering Specialist for Dexco, reports
that his company has been working with Feldermann
implements for more than 3 years. For the Dexco Engineer,
Feldermann’s constant innovation processes provide much
confidence for customers. “The equipment undergoes several
improvements after the initial prototype, and the quality
of engineering in the construction is excellent, leading to
compact and robust equipment,” he points out. The Dexco
Engineer also highlights after-sales the service offered by
the Company. “Feldermann Engineering Director Ronan
has always been present to help meet our demands and
suggestions for improvements, which gave us much agility in
everything we needed and demonstrated the Company’s swift
compromise in evolving its product,” completes Engineering
Specialist Duque.
Julio Cesar Agiado, Managing Director of Plantar,
highlights the quality of the equipment used by his Company:
the V-Shear blade and the subsolar. “Our activity requires
much equipment due to the degree of difficulty generated
by stumps, land inclination, and residues, and the equipment
maintains a high rate of hours worked,” reveals Agiado. The
Manager also sees Feldermann’s after-sales as one of the
48
www.referenciaflorestal.com.br
Foto: Emanoel Caldeira
Foto: Emanoel Caldeira
Feldermann esteve acompanhando todos os detalhes na
montagem e manteve contato direto com nossa equipe para
obtenção de feedback do equipamento e a identificação de
uma possibilidade de melhoria. O mais importante, essa
participação partiu deles, não precisamos fazer nenhum tipo
de solicitação, demonstrando grande interesse em atender
nossa empresa”, exalta Julio.
PRESENTE E FUTURO
A Feldermann está em constante expansão e ainda este
ano pretende dobrar a área de produção, com objetivo de
também duplicar a capacidade produtiva. Felipe Sepulveda
apresenta quais serão os próximos investimentos da empresa
para essa expansão. “Pretendemos instalar mais uma
bancada de solda, mais um torno e também uma mesa de
corte de plasma, para facilitar a produção dos equipamentos
e máquinas”, anuncia Felipe.
Ronan Chiodelli comenta sobre alguns dos novos projetos
que logo poderão entrar no catálogo da empresa. “Estamos
sempre inovando, realizando parcerias e buscando oferecer
as melhores tecnologias para nossos clientes”, valoriza Ronan.
Felipe vê na expansão do setor florestal uma grande
oportunidade de crescimento para a Feldermann, pois a
empresa oferece uma linha completa para o setor da silvicultura.
“Temos a lâmina, os subsoladores, adubadeiras,
coveadores mecanizados e estamos testando uma enxada
rotativa e iniciando o desenvolvimento de uma plantadeira
mecanizada que esperamos disponibilizar em breve para o
mercado”, relata Felipe.
great highlights of the Company, and the presence of the
Partners Ronon and Chiodelli in all processes caught the Managing
Director’s attention. “The Feldermann team follows all
the details in the assembly and maintains direct contact with
our team to obtain feedback from the equipment and identify
any possibilities for improvement. And most importantly, this
participation comes from them. Therefore, we don’t need
to make any requests, as they show their interest in our
company,” finishes the Plantar Managing Director Agiado.
PRESENT AND FUTURE
Feldermann is constantly expanding and intends to
double its production area and, later this year, double its
production capacity. Sales Director Sepulveda describes the
Company’s next investment for this expansion. “We intend to
install another welding bench, one more lathe, and a plasma
cutting table to facilitate the production of equipment and
machines,” Sepulveda announces.
Engineering Director Chiodelli comments on some of the
new designs that could soon enter the Company’s catalog.
“We are always innovating, creating partnerships, and
seeking to offer the best technologies to our customers,”
says Chiodelli. In addition, the Engineering Director sees the
expansion of the Forestry Sector as a tremendous growth
opportunity for Feldermann, as the Company offers a full line
for the Sector. “We have saw blades, subsoilers, fertilizers,
and mechanized seed drills. In addition, we are testing a
rotating hoe and starting the development of a mechanized
planter that we hope to make soon available to the market,”
concludes Chiodelli.
Abril 2022
49
ECONOMIA
Mercado
DO FUTURO
Fotos: divulgação
50 www.referenciaflorestal.com.br
Primeira compra de créditos de carbono do BNDES
será um marco para a economia verde do país
Abril 2022
51
ECONOMIA
O
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) aprovou operação-
-piloto para aquisição de até R$ 10 milhões
em créditos de carbono. As compras serão
voltadas, em um primeiro momento para
títulos predominantemente de origem REDD+ (Redução de
Emissões Provenientes de Desmatamento e Degradação
Florestal), Reflorestamento e Energia. Com esta iniciativa,
o BNDES pretende apoiar o desenvolvimento de um mercado
voluntário para comercialização destes títulos, além
de chancelar padrões de qualidade para condução de projetos
de descarbonização da economia a partir de 2022.
Créditos de carbono representam a não emissão de gases
do efeito estufa na atmosfera, contribuindo para a preservação
do meio ambiente.
A compra destes créditos pelo BNDES ocorrerá através
de Chamada Pública para seleção de projetos de origem
REDD+, Reflorestamento e Energia. A estratégia do Banco
é estimular a demanda para estes desenvolvedores, donos
de terra com potencial para projetos ambientais e demais
participantes do mercado. A operação também aposta
na publicização e transparência da iniciativa, de modo a
tornar os atributos de negociação dos créditos acessíveis
ao mercado. Por fim, vale ressaltar que a inciativa piloto é
propícia para busca de melhorias e revisão de processos
com vistas à consolidação da prática já a partir de 2022.
Para o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, mercado
de carbono é uma tendência global, em que o Brasil
está vocacionado a ser referência e cabe ao BNDES criar a
estrutura para que o país possa se beneficiar desta grande
oportunidade e se tornar um dos maiores exportadores
também desta commodity. “Em consequência, teremos
nossas florestas preservadas, levaremos renda à população
que vive dela ou no entorno dela e criaremos uma economia
verde pujante”, explica Gustavo.
Bruno Lakowsky, diretor de Participações, Mercado de
Capitais e Crédito Indireto do BNDES, comenta que o mercado
de crédito de carbono cresce à medida que as empresas
se tornam mais conscientes sobre suas responsabilidades
ambientais e o BNDES possui papel fundamental para
trazer clareza sobre fatores como precificação, tratamento
administrativo, contábil e jurídico, além de aprofundar
debates sobre novas soluções dentro deste mercado. “Esta
operação introdutória vai nos propiciar maior amadurecimento
técnico em preparação à operação de aquisição de
créditos planejada para 2022”, acrescenta Bruno.
PROJETO CARBONO
A equipe do Projeto Carbono, grupo de trabalho com a
participação de diversas áreas do BNDES, já interagiu com
algumas empresas compradoras e vendedoras de créditos
e vem analisando instrumentos financeiros e institucionais
para atuação do Banco no mercado voluntário de carbono.
O mercado destes créditos se divide em regulados, aquele
nos quais os agentes emissores são obrigados a comprar
créditos para a compensação de suas emissões por uma
exigência regulatória, e voluntários. Neste último, as
motivações para a aquisição podem ser diversas, como o
acesso a fontes de financiamentos verdes ou estratégia de
posicionamento institucional.
A estimativa é que o mercado voluntário precise crescer
mais de 15 vezes até 2030 para cumprir as metas do
Acordo de Paris, que pressupõe o atingimento do equilíbrio
entre emissão e remoção dos gases causadores do
efeito estufa até o ano de 2050. Nesse contexto, a negociação
dos créditos de carbono é uma maneira das empresas
e países alcançarem suas metas de descarbonização.
Em consequência, teremos nossas
florestas preservadas, levaremos
renda à população que vive dela ou
no entorno dela e criaremos uma
economia verde pujante
52 www.referenciaflorestal.com.br
A Feira da Indústria
do Eucalipto
A capital mundial da celulose
voltará a ser palco da
indústria florestal brasileira.
O Show Florestal 2022 reunirá
de forma inovadora as
principais marcas e atores do
segmento em três dias de muita
tecnologia, networking e
geração de negócios.
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Tecnologias Florestais
DIA 23
DE MAIO
24 e 25
DE MAIO
Programação completa:
showflorestal.com.br
ORGANIZAÇÃO
APOIO MASTER
ESPÉCIE
Jequitibá-
ROSA
Fotos: Mauro Halpern on Visualhunt
Um gigante brasileiro de ciclo
longo, madeira de alta qualidade
e elegância no acabamento
54 www.referenciaflorestal.com.br
O
Brasil é o país com a maior diversidade
de árvores em todo o mundo, são
mais de 8,7 mil espécies catalogadas,
que correspondem a 14% de todas
as espécies conhecidas em todo o
mundo. Dentre elas está o Jequitibá-Rosa, da família
Lecythidaceae, que se destaca pelo porte grande e
durabilidade. Seu nome é uma adaptação da língua
Tupi para gigante da floresta e seus mais de 40m
(metros) de altura e até 4m de diâmetro de tronco,
quando adulta.
O Jequitibá-Rosa (Cariniana legalis) pode viver
centenas de anos. O Parque Estadual do Vassununga,
em Santa Rita do Passa Quatro (SP), possui um
exemplar com cerca de 3 mil anos, sendo a árvore
mais velha do Brasil. Especialistas estimam que,
sozinho, o jequitibá tenha sequestrado mais de 132t
(toneladas) de CO2 (Gás Carbônico) ao longo de sua
vida.
A árvore pode ser encontrada no nordeste, sudeste
e até no norte do Paraná, na região sul. Sua
copa é grande e volumosa, com formato de guar-
Abril 2022
55
ESPÉCIE
da-chuva. Sua folhagem é densa e brilhante, seus
ramos crescem horizontalmente e suportam outras
plantas como orquídeas. Tem folhagem densa e brilhante,
com ramos horizontais, suportando muitas
orquídeas e bromélias.
Seu ciclo é de no mínimo 40 anos para serraria,
quando pode produzir até 400m³ (metros cúbicos)
de madeira por hectare. A madeira do Jequitibá-Rosa
se destaca por sua beleza e facilidade nos acabamentos.
O tom de rosa acastanhado, que batiza a
árvore, gera resultados incríveis no acabamento dos
produtos feitos com a madeira. Sua superfície lisa e
efeito matte, dão ar de sofisticação aos móveis feitos
com a sua madeira. Um dos maiores diferenciais
do Jequitibá-Rosa é sua durabilidade. Por ser uma
árvore que pode viver milhares de anos, a madeira
retirada dela, com o tratamento e cuidados corretos,
podem se tornar móveis ou objetos centenários.
Além do mercado moveleiro, o Jequetibá-Rosa
pode atender o setor de pisos, com assoalhos de
alta qualidade, limpeza fácil e acabamento que valoriza
o ambiente. Sua resistência às variações de
clima, como temperatura e umidade, abre a possibilidade
do uso em portas internas e externas, que
combinadas com vidro apresentam visual rústico e
sofisticado. Além destes, a combinação de resistência
e baixa densidade, faz do Jequetibá-Rosa uma
excelente matéria-prima para a produção de barcos,
seja para a produção de cascos, assoalhos e até mesmo
o forro das embarcações.
A Família do Jequitibá-Rosa tem outras árvores
de madeira nobre que podem ser utilizadas no mercado
de móveis e decoração, como o Jequetibá-Rei e
o Jequetibá-Açu. O Jequitibá-Rei é maior que o Rosa
e pode ser utilizado no reflorestamento de áreas
degradas. O Jequetibá-Açú tem como maior diferencial
seu ciclo ainda mais longo, levando 70 anos para
atingir a idade adulta.
A madeira do Jequitibá-Rosa se destaca por
sua beleza e facilidade nos acabamentos
56 www.referenciaflorestal.com.br
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MEIO AMBIENTE
União
VERDE
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Integração de órgãos
federais e estaduais
e implementação de
políticas públicas é
chave para o combate
ao desmatamento
ilegal no país
Fotos: divulgação
As ações do MMA (Ministério do Meio Ambiente)
para combate ao desmatamento ilegal
e incêndios florestais em todo o território
nacional foram apresentadas em audiência
pública realizada na Comissão de Meio Ambiente
do Senado. A secretária da Amazônia e Serviços
Ambientais do MMA, Marta Gianninchi, falou sobre temas
prioritários da pasta que envolvem ações em campo para
combater crimes ambientais e o desenvolvimento de políticas
de REED+ (Pagamento por Serviços Ambientais e de
Redução de Emissão de Desmatamento e Degradação).
A secretária citou as duas políticas como forma de
garantir emprego e renda a 25 milhões de brasileiros que
hoje vivem em centros urbanos, terras indígenas e áreas
remotas da Amazônia. Segundo ela, as ações ostensivas
precisam estar alinhadas com políticas de geração de emprego
e renda e precisam avançar como mecanismo de
valorização da floresta em pé, pois precisamos garantir
alternativas quando se faz uma ação de combate ao desmatamento,
principalmente em áreas que são dependentes da
ilegalidade. “Para isso, temos o programa Floresta+ aqui no
Ministério do Meio Ambiente, que trabalha para fortalecer
a agenda de pagamento por serviços ambientais, e que se
tornou lei”, explicou Marta.
Para coibir o crime ambiental, a secretária da Amazônia
e Serviços Ambientais destacou a assinatura de um acordo
de cooperação com o Ministério da Justiça e Segurança
Pública, no final do ano passado, que prevê uma integração
de agências de inteligência com a presença da Força Nacional,
Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal junto aos
agentes do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis) e ICMBio (Instituto
Chico Mendes de Biodiversidade), em operações na região
norte do país. “Porque o desmatamento ilegal é a ponta do
Abril 2022
59
MEIO AMBIENTE
iceberg. Na verdade, há uma rede de crime organizado que
está por trás dessa cadeia, que envolve não só o crime ambiental,
como outros crimes também. Então precisamos do
poder de polícia nessa agenda”, sublinhou Marta.
Estratégia pontuada também por Samuel Vieira de Souza,
diretor de Proteção Ambiental do Ibama, que também
participou da audiência. Segundo ele, o desmatamento ilegal
envolve muitos recursos e é preciso cortar essa cadeia.
Samuel citou o exemplo de uma operação realizada em
2021 em que foram presas dez pessoas que estavam realizando
a preparação de um desmatamento numa área pública
não destinada e cada uma delas recebia R$ 250 para
a realização dessa atividade. “Ou seja, é uma atividade que
envolve muito recurso e muito dinheiro. De onde vem esse
dinheiro? Quem está pagando? Quem são os financiadores?”,
questionou Samuel, sobre o valor que ele considera
muito acima da média para um trabalhador brasileiro e que
leva essas pessoas para a ilegalidade.
Durante a audiência pública, os representantes do
MMA reforçaram a necessidade de apoio dos Estados para
o combate ao desmatamento ilegal. Os dois lembraram que
é de responsabilidade das unidades federativas a realização
de ações em áreas privadas e em terras estaduais. O diretor
Samuel Souza afirmou que o IBAMA notifica os Estados e
muitos realizam ações, enquanto outros não conseguem
atuar. “Acreditamos que podemos implementar um sistema
de integração de esforços, que poderá neste ano, nos render
sucesso num combate mais efetivo, tempestivo e mais
forte em cima daqueles que promovem essas ações de desmatamento
ilegal”, completou Samuel.
AÇÕES DE COMBATE
A secretária Marta Gianninchi, afirmou durante a audiência
no Senado que o trabalho em campo, em 2022, será
intensificado com a integração dos agentes de fiscalização.
Desde agosto do ano passado, 700 homens da Força
Nacional estão presentes em 23 municípios da região norte
que registraram os maiores índices de desmatamento. De
acordo com Gianninchi, neste ano, a previsão é que mais
1,2 mil soldados se juntem a esse grupo. “Precisamos de
efetivo no chão e de gente combatendo o desmatamento
com presença ostensiva. É assim que a gente vai conseguir,
de fato, reduzir esses números”, ressaltou Marta.
Reforço que também foi destacado pelo diretor de Proteção
Ambiental do IBAMA, Samuel Vieira de Souza, que
falou do número de fiscalizações em 2021. Ao todo, foram
595 operações de fiscalização realizadas em todo o território
nacional. Segundo ele, para ampliar esse trabalho é
preciso ampliar o número de agentes em campo. “Em 2005,
nós tínhamos uma força de trabalho com mais de mil agentes
em campo. Hoje, temos apenas 248 agentes. Isso é resultado
de 10 anos sem concurso público e 10 anos da força
de trabalho do IBAMA sendo retirada por aposentadoria e
outras considerações”, pontuou Samuel.
O diretor afirmou que um concurso público está em
andamento para entrada de 595 novos servidores no órgão.
Além disso, ele ressaltou a necessidade da integração com
outros órgãos para compensar essa presença em campo e,
Precisamos de efetivo no
chão e de gente combatendo
o desmatamento com
presença ostensiva
60 www.referenciaflorestal.com.br
de fato, coibir o crime ambiental. “Porque sabemos que a
presença no local, em campo, inibe e é uma ação dissuasória”,
afirmou Samuel.
COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
Outra ação importante e que deve ser intensificada é
a operação Guardiões do Bioma, mais uma parceria com
os Ministérios da Justiça e do Desenvolvimento Regional,
além de bombeiros estaduais, IBAMA e ICMBio. A ação
envolveu, em 2021, 8 mil profissionais, equipamentos, aeronaves,
embarcações, caminhões e mais 3 mil brigadistas
foram treinados e capacitados para proteger 800 mil ha
(hectares) de área. A operação de combate a incêndios
florestais resultou em uma queda de 16% no número de
focos de calor, em comparação com o ano de 2020, com
destaque para uma redução de 27% no bioma Amazônia,
67% no Pantanal e 52% na Caatinga. Foram 16 mil focos de
incêndios combatidos em 11 Estados.
Para 2022, a Operação Guardiões do Bioma deve ser
aperfeiçoada com a integração dos Ministérios da Justiça e
da Defesa para atuação imediata na prevenção logo no início
da temporada do fogo e dos incêndios. “Já temos uma
ideia de onde o fogo vai aparecer. Podemos já estar preparados
para inibir e coibir o incêndio florestal no seu início”,
destacou Samuel Duarte.
ESPECIAL
Tecnologia
CONTRA INCÊNDIOS
Fotos: divulgação
62 www.referenciaflorestal.com.br
Drones dedicados a detecção de incêndios
surgem como solução automatizada e ideal
para prevenir danos às florestas
Abril 2022
63
ESPECIAL
AFinlândia está entre os líderes mundiais em
pesquisa de VANTs (Veículos Aéreos Não
Tripulados), popularmente chamados de
drones. As pesquisas mais recentes apontam
para o desenvolvimento e testes da utilização
de enxames de drones, coordenados e equipados
com IA (Inteligência Artificial) para detectar e prevenir
incêndios florestais.
As principais perguntas que os pesquisadores buscam
responder com esse trabalho e que guiam as pesquisas
são: como um incêndio florestal pode ser detectado com
antecedência suficiente? Como obter informações atualizadas
sobre o andamento do incêndio e uma previsão de
como ele se espalhará na próxima hora? Com essas respostas,
estão abertas as possibilidades para que os incêndios
florestais causem cada vez menos danos à natureza e
também a plantios florestais.
Os dados geoespaciais são cruciais na prevenção, monitoramento
e extinção de incêndios florestais. Informações
sobre incêndios florestais atuais já estão disponíveis
por meio de satélites, mas não existem métodos eficientes
para detectar rapidamente incêndios florestais pequenos,
recentes, e ainda monitorar o incêndio em tempo
real. O consórcio FireMan formado pelo IPGF (Instituto de
Pesquisa Geoespacial Finlandês), NLS (National Land Survey
of Finland), Universidade de Jyväskylä, a Universidade
de Oulu e os pesquisadores do Centro de Pesquisa Técnica
VTT da Finlândia aceitou o desafio para sanar estas dúvidas.
O projeto será executado de 2022 a 2024, financiado
pelo governo finlandês.
O professor Eija Honkavaara, da NLS, que lidera o
projeto explica a base do projeto e qual o foco principal
da pesquisa.“Estamos desenvolvendo uma nova tecnologia
de drone baseada em IA para detectar rapidamente
incêndios florestais e fornecer consciência situacional ao
extinguí-los”, descreve Eija.
Existe uma demanda global por soluções inovadoras
para a prevenção de incêndios florestais. Segundo as
estatísticas, mais de 400.000 ha (hectares) de floresta foram
queimados em 2019, que foi o pior ano de incêndios
florestais na Europa. Esse recorde sombrio foi quebrado
no ano passado: no final de outubro, meio milhão de hectares
de floresta já haviam sido queimados no continente.
Previsões apontam que os incêndios florestais aumentaram
devido ao aquecimento global. Para o governo e
pesquisadores da Finlândia a pesquisa tem grande importância
para o dia a dia de todos os cidadãos do país, pois
75% do território do país é coberto por florestas.
64 www.referenciaflorestal.com.br
DESAFIOS
No projeto: FireMan (bombeiro, em inglês); universidades
e centros de pesquisa estão desenvolvendo
soluções para controle de incêndios florestais e, simultaneamente,
realizando pesquisas científicas em voo autônomo,
modelagem digital e comunicação.
A tarefa do IFPG é desenvolver um sistema de apoio
à decisão baseado em gêmeos digitais para o controle de
incêndios florestais, ou seja, uma modelagem digital em
tempo real da área de incêndio florestal. Ele também oferece
dados precisos sobre como o fogo está progredindo.
Segundo o professor Eija, os drones podem nos ajudar
a fornecer informações em tempo real sobre como a frente
de incêndio está progredindo e quão altas e quentes
estão as chamas, por isso estamos desenvolvendo métodos
para localizar um enxame de drones e produzir dados
de sensoriamento remoto em tempo real. “Além disso,
estamos desenvolvendo uma tecnologia de sensores que
supera a capacidade do olho humano em termos de ver
através da fumaça”, afirma Eija.
O professor associado Ilkka, da Universidade de Jyväskylä,
está pesquisando modelos de previsão para progressão
de incêndios e maneiras de otimizar algoritmos
de IA em análises em tempo real sobre a progressão dos
incêndios florestais que pode ser modelada numerica-
Além disso, estamos
desenvolvendo uma
tecnologia de sensores
que supera a capacidade
do olho humano em
termos de ver através da
fumaça
Elétrico|Válvulas|Conexões | Hidráulico
Pneumático | Ferramentas | Correias e
Polias Gaxetas e Retentores | Rolamentos e
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Abril 2022
65
ESPECIAL
mente, considerando características topográficas, vegetação
e direção do vento. “Neste projeto, usamos modelos
de previsão para ensinar a IA para que ela possa avaliar a
progressão do fogo com base em dados de sensoriamento
remoto coletados em tempo real”, expõe Ilkka.
Tuomo Hänninen, da Universidade de Oulu, comenta
que os pesquisadores da universidade estão se concentrando
na comunicação de crise e determinando as
possibilidades das redes 5G e 6G. Segundo o professor,
os drones formarão uma nova categoria de dispositivos
no futuro e criarão novos requisitos para redes móveis,
exigindo alto desempenho da conexão de banda larga do
dispositivo à rede, será crucial. “As conexões também terão
que funcionar de forma confiável em áreas remotas e
em voos típicos altitudes”, descreve Tuomo.
TRABALHO EM EQUIPE
Os drones devem ser capazes de monitorar amplas
áreas florestais e reagir e agir de forma independente
conforme necessário em situações de incêndio. Para os
pesquisadores, é essencial que os drones operem como
um grupo em uma situação de incêndio.
No projeto FireMan, os pesquisadores testarão como
um enxame de drones cooperará em uma situação de incêndio
florestal. O Centro de Pesquisa Técnica VTT da Finlândia
é responsável por otimizar o enxame de drones em
situações de crise e desenvolver conceitos operacionais
em cooperação com várias partes interessadas.
Fabrice Saffre, pesquisador da VTT, é otimista sobre
o projeto e valoriza a união de várias frentes para o seu
66 www.referenciaflorestal.com.br
desenvolvimento. “O estudo do consórcio FireMan visa
combinar várias tecnologias de IA, desde modelos de previsão
autocorretivos até sistemas ciberfísicos autônomos”,
celebra Frabice.
Hannu Karvonen, líder do projeto de conceitos operacionais
da VTT, aponta que na prática, a pesquisa realizada
neste projeto foca na cooperação perfeita entre humanos
e sistemas autônomos, por isso ele destaca que é preciso
considerar todo o conhecimento existente, bem como, as
necessidades dos usuários. “Convidaremos todos os interessados
a desenvolver tudo isso em conjunto conosco”,
ressalta Hannu.
TESTE DE FOGO
No projeto FireMan, os pesquisadores vão testar os
drones na prática. O material é coletado durante a queima
prescrita pela Metsähallitus e pelo Centro Florestal
Finlandês. Os primeiros voos de drones ocorrerão já na
primavera de 2022.
Ao final do projeto será realizada uma demonstração
em que os drones estão operando em grupo na observação
e monitoramento de uma situação como um incêndio
florestal. O projeto FireMan irá aprimorar a pesquisa finlandesa
de drones, que já é uma das mais importantes da
Finlândia.
Neste projeto, usamos
modelos de previsão
para ensinar a IA para
que ela possa avaliar
a progressão do fogo
com base em dados de
sensoriamento remoto
coletados em tempo real
Disco de corte para Feller
Usinagem
• Disco de Corte para Feller
conforme modelo ou amostra,
fabricado em aço de alta
qualidade;
• Discos com encaixe para
utilização de até 20
ferramentas, conforme
diâmetro externo do disco;
Caldeiraria
• Diâmetro externo e encaixe
central de acordo com
padrão do cabeçote;
•Discos especiais;
Detalhe de encaixe para
ferramentas de 4 lados
Soldagem
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Abril 2022
67
COLHEITA
Informação
VALIOSA
Fotos: divulgação
68 www.referenciaflorestal.com.br
Sistema focado em pequenos produtores
oferece facilidade na identificação de
plantios de árvores exóticas
Abril 2022
69
COLHEITA
O
Sistema MG Florestas, que realiza a gestão
de florestas plantadas, passou a contar
com um novo módulo voltado para pequenos
produtores rurais e para a indústria de
base florestal: a comunicação de colheita.
A ferramenta, do IEF (Instituto Estadual de Florestas), passará
a aceitar dados oriundos de colheita de florestas plantadas
com espécies exóticas para uso in natura.
Antes, informações de plantio eram cadastradas por
meio do SEI (Sistema Eletrônico de Informações). Agora,
tudo será transferido de forma integral para o MG Florestas.
Por lá, o usuário poderá acessar o sistema para comunicar
a colheita da sua floresta. A ferramenta, neste caso,
já identifica o plantio, emite os DAEs (Documentos de Arrecadação
Estaduais) da Taxa Florestal, faz a identificação
do pagamento, emite comprovante e atualiza o cadastro
de plantio previamente cadastrado.
Para o diretor de Controle, Monitoramento e Geotecnologia
do IEF, Flávio Aquino, o lançamento do módulo de
Comunicação de Colheita é um avanço para a automação
dos procedimentos da indústria de base florestal e para
produtores rurais que desejam comercializar seu produto
in natura, que com este sistema, todo o fluxo ficará mais
ágil, dispensando a entrega de documentos no IEF. “Ganharemos
internamente também, pois poderemos direcionar
nossos esforços de trabalho para atividades que visem
a conservação de nossos ativos ambientais”, frisa Flávio.
As florestas plantadas, sejam elas de espécies nativas
do Brasil ou exóticas, são, em grande parte, voltadas para
a indústria da madeira e seus derivados, como papel e celulose,
ou para a produção de carvão. Entram na lista, por
exemplo, plantações de eucalipto e pinus, para utilização
como lenha, madeira para serraria ou celulose.
Ainda em 2022, deve ser lançado o módulo de DCF
(Declaração de Colheita Florestal e Produção de Carvão).
Quando todas as fases do Sistema MG Florestas estiverem
ativas, espera-se que todo o carvão originado de florestas
plantadas em território mineiro seja rastreável, o que vai
aumentar os padrões de desenvolvimento sustentável praticados
em Minas Gerais.
MG FLORESTAS
O MG Florestas realiza a gestão de florestas plantadas,
com controle da cadeia do carvão vegetal, ajudando na
proteção da vegetação nativa. O projeto é dividido em três
fases: origem, transporte e consumo do carvão.
Ele busca controlar 100% da cadeia do carvão, desde o
plantio até o consumo industrial, com a tecnologia blockchain,
capaz de encadear em um sistema de informação
digital de todas as etapas de produção para que seja assegurada
a rastreabilidade do produto, da origem até o consumo
final. O primeiro módulo deste sistema é o Cadastro
de Plantio, que está disponível desde o dia 10 de agosto
de 2021.
70 www.referenciaflorestal.com.br
A iniciativa, que conta com um financiamento de R$
2,4 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Social), é conjunta da SEMAD (Secretaria de Estado de
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), do IEF,
da SEPLAG-MG (Secretaria de Estado de Planejamento e
Gestão) e da PRODEMGE (Companhia de Tecnologia da
Informação do Estado de Minas Gerais).
Para a Natália Caroline Marçal, especialista em Políticas
Públicas e Gestão Governamental, que atua na Diretoria
Central de Governança de Tecnologia de Informação e
Comunicação da SEPLAG-MG, ver o sistema tomar forma
é extremamente gratificante para todos os envolvidos.
Segundo a especialista, o módulo representa a materialização
de uma realidade que irá transformar digitalmente
a rotina de todos aqueles que trabalham com a atividade
econômica tão relevante de Minas Gerais: a cadeia produtiva
do carvão e a gestão de produtos e subprodutos
florestais. “Cabe ainda destacar que o Estado dá mais um
passo na utilização do blockchain, uma nova tecnologia
que vem sendo amplamente utilizada no mundo em função
de seu potencial de melhorar a segurança e rastreabilidade
das transações realizadas em qualquer sistema”,
alerta Natália.
Ganharemos internamente
também, pois poderemos
direcionar nossos esforços
de trabalho para atividades
que visem a conservação de
nossos ativos ambientais
GESTÃO
Novos
RUMOS
Indústria florestal mineira tem novo Conselho
Deliberativo à frente da AMIF (Associação Mineira
da Indústria Florestal) nos próximos 4 anos
72 www.referenciaflorestal.com.br
Foto: divulgação
Abril 2022
73
GESTÃO
Anova gestão do Conselho Deliberativo da
AMIF assumiu em cerimônia oficial, em Belo
Horizonte (MG). O Conselho é formado por
líderes das empresas associadas que representam
os múltiplos segmentos do setor. O
diretor de operações da Aperam BioEnergia, Edimar de
Melo Cardoso, tomou posse como presidente do conselho,
sucedendo o diretor do Grupo Plantar, Ricardo Carvalho
de Moura, que continua na entidade ao lado de outros 11
conselheiros para a gestão 2022-2026. A atual presidente
executiva da AMIF, Adriana Maugeri, segue em atuação
no cargo. A cerimônia de posse contou com a participação
do ex-ministro da Agricultura e indicado ao Nobel da Paz,
Alysson Paolinelli, do presidente executivo da IBÁ (Indústria
Brasileira de Árvores), Paulo Hartung, do governador
do Estado de Minas Gerais, Romeu Zema, dentre outras
autoridades.
Edimar Melo Cardoso, novo presidente do conselho,
comentou que o setor está em constante evolução e aprimoramento
e o trabalho de entidades setoriais como a
AMIF é de extrema importância para integrar os múltiplos
esforços dos atores. “Diferentes visões de negócio, convergem
e compartilham o mesmo propósito de produzir,
de forma cada vez mais eficiente e sustentável, dentro dos
pilares ESG”, destacou Edimar.
Minas Gerais ocupa a primeira posição no ranking de
florestas plantadas do Brasil com 2,3 milhões de ha (hectares)
cultivados. A liderança dos plantios mineiros representa
24% de toda a base florestal do país e consolida o Esta-
Foto: AMIF
Foto: AMIF
74 www.referenciaflorestal.com.br
Foto: AMIF
do também como líder mundial em produção e consumo
de carvão vegetal, segundo levantamentos da AMIF, da IBÁ
e do SINDIFER (Sindicato da Indústria do Ferro no Estado
de Minas Gerais). As florestas plantadas fornecem madeira
para a produção industrial de forma renovável, sustentável
e em sua maior parte inclusive certificada em padrões nacionais
e internacionais de manejo, tais como Cerflor, FSC®
e Cadeia de Custódia.
A madeira produzida pela indústria florestal viabiliza
produtos essenciais para a sociedade que estão presentes
na vida de todos os brasileiros, tais como: o papel e celulose,
painéis, chapas, pisos laminados, madeira serrada,
madeira tratada, o carvão vegetal amplamente utilizado
para a produção de aço, ferro gusa e ferroligas na indústria
metalúrgica, além dos novos produtos que chegam ao
mercado por meio de pesquisa aplicada, como a viscose
produzida com celulose solúvel.
A diversidade no uso da madeira envolve a produção
de mais de 5 mil bioprodutos nos segmentos de alimentação,
medicamentos, eletrônicos, cosméticos, biocombustíveis,
tecidos, etc. A indústria florestal brasileira também
contribui para a qualidade do ar que respiramos: são mais
de 4,5 bilhões de t (toneladas) de carbono equivalente
removidos da atmosfera, um volume três vezes superior
às emissões de toda a indústria brasileira em um ano. Os
dados indicam que esse setor segue à frente nas ações
mundiais para a redução das emissões de gases do efeito
estufa e a mitigação das mudanças climáticas.
Diferentes visões de negócio,
convergem e compartilham o
mesmo propósito de produzir,
de forma cada vez mais
eficiente e sustentável, dentro
dos pilares ESG
Adriana Maugeri, presidente executiva da AMIF, afirmou
que as florestas plantadas aliam tecnologia, manejo
inteligente e produtividade, integrando os diferenciais do
agronegócio e da indústria, em uma junção positiva para
a sociedade, fornecemos madeira, material nobre, renovável
e limpo para uma demanda crescente por escolhas
mais sustentáveis que estão moldando o futuro de nosso
planeta. “A AMIF possui um time diferenciado que forma
o seu conselho deliberativo, são líderes da indústria e do
agronegócio que direcionam os caminhos, cada vez mais
assertivos, que iremos trilhar daqui para frente”, destacou
Adriana.
Abril 2022
75
PESQUISA
INCLUSÃO DO ÍNDICE
DE ESPAÇAMENTO RELATIVO
NO DIAGRAMA DE MANEJO DA
DENSIDADE DO POVOAMENTO
Fotos: divulgação
76 www.referenciaflorestal.com.br
PAULO RENATO SCHNEIDER
UFSM (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA-RS)
PAULO SÉRGIO PIGATO SCHNEIDER
UFSM (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA-RS)
SOLON JONAS LONGHI
UFSM (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA-RS)
JUNIOR OLIVEIRA MENDES
UFSM (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA-RS)
EVANDRO ALCIR MEYER
UFSM (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA-RS)
Abril 2022
77
PESQUISA
RESUMO
E
ste estudo teve por objetivo estruturar a produção
em volume de povoamentos de Pinus
taeda L., através de diagrama de manejo,
tomando como base os parâmetros: densidade
populacional, altura dominante, diâmetro
médio de área basal e índice de espaçamento relativo. Os
dados utilizados são oriundos de 128 parcelas permanentes,
as quais foram medidas anualmente até os 18 anos de
idade e conduzidas em densidade completa, com espaçamentos
de 1,5m x 1m e 1,5m x 2m (metros). Concomitantemente,
foram utilizados dados de parcelas permanentes
submetidas a diferentes intensidades de desbaste, sendo
a densidade regulada pelo índice de espaçamento relativo.
O diagrama de manejo elaborado permitiu a prognose do
volume por hectare, do diâmetro médio de área basal e da
disponibilidade de espaço de crescimento, através do índice
de espaçamento relativo, a partir das variáveis altura
dominante e número de árvores com precisão e baixo erro
de estimativa.
INTRODUÇÃO
O controle populacional em povoamentos florestais
normalmente é realizado pelo manejo da densidade que,
a partir de um espaçamento inicial e posteriormente com
a realização de desbastes, permite ao manejador ou empreendimento
florestal alcançar os objetivos de produção
estabelecidos. Esse processo exige que se conheçam os limites
superior e inferior de estoque, sendo o primeiro utilizado
para se obter um nível aceitável de crescimento das
árvores e com vigor superior, enquanto que o último serve
para manter um nível aceitável de ocupação do local.
Do ponto de vista biológico, os níveis de estoque de
crescimento devem ser limitados dentro das densidades
de suporte, que correspondem ao limiar de autodesbaste
e fechamento do dossel (Dean; Baldwin, 1996). No entanto,
traduzir os objetivos específicos de manejo para os
níveis superior e inferior de estoque de crescimento é o
passo mais complexo na determinação de um regime de
manejo baseado na densidade (Davis, 1966).
Nesse sentido, buscando determinar a proporção
máxima do número de plantas em relação à massa média,
Yoda et al. (1963) formularam a lei de potência de -3/2, na
qual a mortalidade dos indivíduos é dependente da densidade.
A máxima densidade de plantas em relação à massa
média, em plantas e em escala logarítmica, tem idêntica
taxa de crescimento, para todos os locais, e o autodesbaste
deve ocorrer quando as árvores tiverem uma completa
ocupação do local. Esta lei da potência -3/2 é descrita por:
ln W = ln C - 3 2 x l n ( N )
em que:
N = densidade
W = massa média
C = constante de proporcionalidade
A teoria do autodesbaste foi estendida por Tang et al.
(1994) para povoamentos conduzidos em densidade completa
e subestocados. Segundo os autores, o autodesbaste
inicia antes que seja atingida a linha de máxima densidade
e a taxa de autodesbaste incrementa com a densidade.
Essa lei de autodesbaste tem sido objeto de estudo para
uso prático e de discussões acerca da sua eficiência no manejo
florestal, por vários pesquisadores, como: Westoby
(1981), Zeide (1987; 1991); Smith e Hann (1986); Del Rio et
al. (2001), entre outros.
Embora os experimentos de campo sejam a melhor
forma de determinar o momento da realização de desbastes
e os limites teóricos mencionados acima, eles possuem
duas sérias limitações: levam muitos anos para serem concluídos
e os resultados não podem ser utilizados com precisão
quando a qualidade do sítio e os objetivos de manejo
são diferentes dos preconizados no experimento (Dean;
Baldwin, 1993). Assim, buscando uma solução alternativa
têm-se os diagramas de manejo da densidade, que repre-
78 www.referenciaflorestal.com.br
sentam a média do nível de suporte e as relações entre a
produção e a densidade populacional, em diferentes estágios
do povoamento (Newton; Weetman, 1994).
O trabalho desenvolvido por Barrio-Anta et al. (2006)
formulou um modelo de manejo da densidade em povoamentos
de Pinus pinaster através de diagramas. O modelo
concebido incluiu informações de volume, biomassa acima
do solo, biomassa do povoamento e o estoque de carbono
e foi desenvolvido a partir de cinco equações, às quais foram
ajustadas de forma simultânea.
A primeira equação relacionou o diâmetro médio com
o número de árvores por hectare e altura dominante. Três
outras equações relacionaram o volume, a biomassa acima
do solo e biomassa do povoamento com o diâmetro médio,
o número de árvores e a altura dominante. A última
equação relacionou o estoque de carbono com a biomassa
acima do solo e a biomassa do povoamento (Barrio-Anta
et al., 2006).
O diagrama de manejo
elaborado permitiu a
prognose do volume por
hectare, do diâmetro
médio de área basal e da
disponibilidade de espaço
de crescimento
Esta é uma versão parcial deste artigo. O material
completo pode ser acessado através do link: https://
periodicos.ufsm.br/cienciaflorestal/article/view/27219
Abril 2022
79
AGENDA
AGENDA2022
Forst Live
Data: 29/04 a 1/05
Local: Offenburg (Alemanha)
www.forst-live.de/en
Wood Taiwan
Data: 28/04 a 12/05
Local: Taipei (Taiwan)
www.woodtaiwan.com/en/index.html
ABRIL
2022
ABRIL
2022
MAI
2022
SHOW FLORESTAL
A Show Florestal (MS) é a nova feira florestal nacional
que vem para impulsionar o crescimento do mercado
industrial de florestas plantadas, promover inovação e
gerar negócios. A feira vai acontecer em Três Lagoas (MS),
região estratégica para o desenvolvimento do eucalipto
como matéria-prima da indústria florestal e que abriga
renomadas indústrias de celulose. No cronograma da
feira estão previstos balcões de negócios, visitas técnicas
em empresas da região e no dia 23, como uma abertura
extraoficial da feira, o Congresso Florestal (MS).
Imagem: reprodução Imagem: reprodução
Show Florestal
Data: 24 a 26
Local: Três Lagoas (MS)
www.showflorestal.com.br/
MAIO
2022
JUN
2022
ELMIA WOOD
Considerada uma das maiores, se não a maior, feira
florestal do mundo, a Elmia Wood é dedicada para
proprietários florestais, empresários e funcionários
florestais. Nela os representantes do setor encontram-se
para discutir ideias, fazer contatos e realizar negócios.
É uma festa da indústria florestal, onde os participantes
podem ver e testar máquinas florestais, ferramentas e
tecnologia inovadora em seu ambiente natural. No local
você encontrará oportunidades e relacionamentos para
usar a floresta com novas tecnologias, conhecimento de
forma sustentável para proteger o valor da floresta.
80 www.referenciaflorestal.com.br
AGENDA2022
JUNHO
2022
Elmia Wood 2022
Data: 2 a 4
Local: Jönköping (Suécia)
www.elmia.se/en/wood
JUNHO
2022
ASSINE AS PRINCIPAIS
REVISTAS DO SETOR
E FIQUE POR DENTRO
DAS NOVIDADES!
WoodEX for Africa 2022
Data: 7 a 9
Local: Joanesburgo (África do Sul)
www.woodexforafrica.com
INFORMAÇÃO
A ALMA DO NEGÓCIO!
FLORESTAL
INDUSTRIAL
PRODUTOS
BIOMAIS
JUNHO
2022
CELULOSE
Galiforest
Data: 30/06 a 02/07
Local: Boqueixón (Espanha)
www.galiforest.com
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Abril 2022
81
ESPAÇO ABERTO
Foto: divulgação
Liderança
TRANSFORMACIONAL
Por Felipe Leonard,
CEO e presidente da S.I.N. Implant
System. Formado pela PUC-ARG, MBA em
administração na FGV e uma extensão
internacional em Realização de Negócios
na Universidade de Hong Kong
Passos práticos para que o
gestor consiga estimular o
melhor de seus funcionários
E
m 1978, o historiador americano James MacGregor Burns usou
o termo liderança transformacional para descrever um processo
no qual líderes e seguidores ajudam uns aos outros a avançar
para um nível mais alto de moral e motivação. Lá se vão quase
50 anos, mas é fundamental falarmos sobre este tema ainda
hoje, dada sua atualidade e urgência. De fato, a liderança transformacional
reúne características excepcionais. Para começar, seu motor é a paixão por
estimular as pessoas e criar soluções impactantes para os desafios que elas
enfrentam. No centro dessa filosofia está o entendimento de que inspirar
os colaboradores pode levar não apenas à transformação, mas também a
mudanças sociais. Logicamente, o processo nem sempre é fácil, pois demanda
tempo e energia, mas é extremamente gratificante.
É por meio de uma cultura baseada na confiança e positividade que os
líderes transformacionais motivam e auxiliam seus times no que concerne
a aflorar habilidades e talentos até mesmo desconhecidos. Eles incentivam
o crescimento pessoal e profissional de seus liderados e estabelecem bases
sólidas para a melhoria contínua, em um ambiente de trabalho que garanta
qualidade de vida para todos. É um estilo de liderança que abre espaço
para uma equipe mais criativa, com olhar no futuro e foco em encontrar
novas soluções para velhos problemas.
Em linhas gerais, este gestor é visionário, 100% centrado na força de
seu time, inspirador, inclusivo, emocionalmente inteligente e colaborativo.
Além disso, se esforça para colocar as pessoas antes de si mesmo, sem
nunca pensar em seu próprio poder ou em como suas ações o beneficiarão
individualmente. Existem estudos que estabelecem uma forte correlação
entre o ânimo e felicidade dos colaboradores e os resultados da organização.
Por isto que a liderança transformacional deve ser óbvia e prioritária
em organizações que pretendem melhorar seus resultados, embora em
muitas infelizmente este conceito não passe de belas frases grafadas na
Declaração de Princípios e Valores corporativos. Citando Richard Branson:
“Clientes não vêm primeiro. Os colaboradores vêm primeiro. Se cuidar de
seus colaboradores, eles cuidarão de seus clientes.”
E veja, a boa notícia é que não é difícil exercer este tipo de liderança.
Basicamente, seus alicerces estão baseados na empatia, bom senso e consciência
ética. Compartilho, a seguir, algumas dicas:
1) Demonstre paixão e positividade. Ninguém quer seguir um líder que
não se preocupa verdadeiramente com seus objetivos. Por isso, os gestores
transformacionais não estão focados exclusivamente em realizar suas tarefas,
mas também mostram entusiasmo e interesse genuínos pelo seu trabalho,
deixando evidente para as pessoas que o progresso delas é importante.
2) Incentive os membros da equipe a ter voz ativa. Os colaboradores
devem se sentir bem-vindos se quiserem compartilhar suas ideias. Ainda
que os líderes tenham a palavra final quando se trata de decisões, esse estímulo
oferece oportunidade para que cada um possa contribuir de maneira
efetiva no dia a dia da empresa.
3) Solicite feedbacks com regularidade. É preciso ter em mente que
quem está nas trincheiras tem uma boa visão sobre o que está funcionando
e também sobre tudo aquilo que não está sendo efetivo.
4) Personalize tarefas com base nas habilidades de sua equipe. Parte
de ser um líder transformacional é reconhecer os pontos fortes e fracos de
cada um. Se alguém está mostrando aptidão ou entusiasmo em uma determinada
área, vale recompensar com elogios e incentivos e responsabilidades
adicionais.
82 www.referenciaflorestal.com.br
Novo sistema de medição de
comprimento ainda mais preciso;
Novo projeto de chassis, mais
robusto, maior durabilidade;
Novos cilindros das facas de
desgalhe;
Pinos substituíveis do Link,
simplificando sua manutenção;
Novo acesso ao ponto para
lubrificação, mais segurança na
manutenção;
Nova geometria da caixa da serra,
que propicia um ciclo de corte mais
rápido com menor lasque da
madeira;
Anéis trava ajustáveis no conjunto
de medição do diâmetro, que
estendem a durabilidade dos
componentes.
Serviço: (41) 2102-2881
Cabeçote: (41) 2102-2811
Peças: (41) 2102-2881
(41) 9 8856.4302
Pinhais-PR: Rua Alto Paraná, 226 - Sala 02
(41) 9 9232.7625
Butiá-RS: Av. Perimetral Sargento Fermino Peixoto da Silva, 181
(41) 9 9219.3741 Caçador-SC: Rua Victor Meireles, 90 • NOVA SEDE
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