Empresas do Vale_111_Abril_Maio

nº 111- Abril/ Maio - 2023 - ano 20
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&
20
COMPLEXO
TURÍSTICO
RELIGIOSO DE
APARECIDA-
SP

Taubaté Shopping
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Taubaté - Independência
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Í
ndice
Outras matérias:
Matsuda- pág 27
04
Basílica de Nossa Senhora
Aparecida - SP
28
Parque Nacional Serra da
Capivara - PI
36
Grupo de Atletas com
Mobilidade Reduzida
Expediente
Diretor responsável:
José Carlos Reis de Souza
Departamento Jurídico:
Dr. Luis Antonio Ravani
Jornalista Responsável:
Camões Filho - MTB 18411
Editoração:
Letícia Casoni Peres
Diretora de Fotografia:
Lourdes A. Antunes de Oliveira
Jornalista :
Simone Galib (colaboladora)
Tiragem: 5.000 exemplares
Distribuição gratuita e dirigida
Publicação Bimestral
Contato
Revista Empresas do Vale
CNPJ: 12.530.626/0001-99
Rua do Correa, 255
Bairro: Jardim Santa Cruz
Cep: 12080-290
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Dpto. Comercial
(12) 99787-6329
Editorial
José Carlos Reis de Souza
Diretor Responsável
Caro leitor!
Nesta edição mostramos
o Complexo Religioso de
Aparecida, local visitado
por milhões de romeiros
que vão para retribuir
graças alcançadas, além de
turistas e visitantes. Também
mostramos o destino turístico
Parque Nacional Serra da
Capivara, localizada no Estado
do Piauí. Além de uma matéria
sobre um grupo de atletas
com mobilidade reduzida.
Parceria:
Apoio:
As fotos de divulgação foram cedidas pelas
empresas e/ou pessoas mencionadas nos textos.
Não é permitida a reprodução sem autorização
expressa dos autores, por escrito. Os textos,
informações e anúncios publicitários são de inteira
e exclusiva responsabilidade dos autores e empresas
anunciantes.
03

Basílica Nacional de Aparecida.
Quando se fala em turismo religioso, um dos principais destinos turísticos mais procurados é o
“COMPLEXO TURÍSTICO RELIGIOSO” em “Aparecida (SP)”, localizado às margens da Rodovia Presidente
Dutra. Distante 170 km da capital paulista e 258 km do Rio de Janeiro. O local tem diversos atrativos,
seja de espiritualidade ou lazer. Destacamos a Basílica Nacional, Centro de Apoio ao Romeiro (CAR),
Memorial da Devoção, Museu de Cera, Cine Padroeira, Presépio Permanente, Caminho do Rosário,
Pedalinho, Devotos Mirins, Passeio de Balsa, Porto Itaguaçu, Trem do Devoto, Aquário, Bondinho
Aéreo e Morro do Cruzeiro.
04

COMPLEXO
TURÍSTICO
RELIGIOSO DE
APARECIDA
BASÍLICA NACIONAL DE
APARECIDA
No dia 10/09/1946 foi
lançada a pedra fundamental,
e a terraplanagem deram-se a
partir de 1952, com a construção
efetiva iniciada em 1955. Em
1982, aconteceu a transladação
da imagem original de Nossa
Senhora Aparecida que estava na
Basílica Velha para o Santuário
Nacional. Em 2017, foi celebrado
o grande jubileu dos 300 anos
de encontro da Imagem de
Aparecida, uma grande festa que
celebrou também a conclusão das
obras internas do Santuário.
A Basílica Nacional de Aparecida é a
segunda maior igreja do mundo, atrás
apenas da Basílica de São Pedro no
Vaticano. Sua arquitetura impressiona
pela sua beleza, com quase 72 mil m².
Foi edificada com 25 milhões de tijolos,
e mesclada pelos pavimentos inferior e
térreo, arcada e tribuna sul, cúpula central
e quatro capelas, além da Torre Brasília.
No térreo está localizado o altar central
com 25 mil m² de área e comporta 30
mil fiéis por missa. Acima dele, a cúpula
de 70 metros de altura abriga o mosaico
entregue em outubro de 2017. O painel,
que retrata a árvore-da-vida e pássaros da
fauna brasileira, é formado por cerca de 5
milhões de pastilhas instaladas em uma
área de 2 mil m².

ALTAR CENTRAL
Altar Central do Santuário de Aparecida.
O Altar Central é o centro físico e simbólico, o local mais importante da fé católica, onde é celebrado o grande
mistério da Eucaristia. Construído em pedra única simbolizando Jesus. As ondas do altar simbolizam a propagação da
vida nova de Jesus vivo e ressuscitado.
06
Altar Central do Santuário de Aparecida.
Altar Central do Santuário de Aparecida.

Sala dos Milagres.
SALA DAS PROMESSAS
A “Sala das Promessas”, também conhecida como “Sala dos Milagres”, está localizada
no subsolo do Santuário Nacional desde 1974.
Expõe uma variedade de objetos ofertados pelos devotos, são entregues diariamente pelos romeiros que
visitam o Santuário de Aparecida. Cada objeto deixado é a expressão do agradecimento ou súplica de um pedido,
representando algo do cotidiano do devoto, como uma situação de risco de vida, saúde, problemas familiares,
desemprego, conquistas, entre outros.
PORTA SANTA
A Porta Santa, é uma obra do artista sacro
Cláudio Pastro feito em bronze com detalhes em
ouro, pesando em torno de 4 toneladas, doada
pelos devotos. Foi confeccionada por ocasião do
Ano Santo da Misericórdia, instituído pelo Papa
Francisco e inaugurada no dia 13/12/2015. No lado
externo está representada a anunciação do Anjo
Gabriel à Virgem Maria, referente ao grande Mistério
da Encarnação. Nas mãos de Maria encontramos
sua resposta, FIAT (faça-se). Al alto, as letras alfa e
ômega representam o Cristo-porta e a figura do
Pai Misericordioso acolhendo o filho pródigo (à
esquerda). Ao alto, o Sol e a Lua recordam a presença
diária de Deus na nossa vida. Está localizado na ala
norte.
Porta Santa.

Cúpula Central da Basílica de Aparecida.
CÚPULA CENTRAL
A Cúpula Central está localizada a 72 metros de altura sobre o Altar Central com
34,40 metros de diâmetro, foi revestida com 5 milhões de pastilhas de vidro de dois
centímetros, sendo algumas banhadas a ouro.
O visitante pode conhecer de perto todos os detalhes da Cúpula Central, assim como entender, por meio de
uma série de 52 painéis, a simbologia dessa obra e todo o processo de construção e finalização dessa grande
coroa do Santuário de Aparecida, idealizada pelo artista sacro Cláudio Pastro, falecido em outubro de 2016. O
destaque desse espaço é a exposição dos 300 anos, destacando os principais acontecimentos dessa grande
celebração como, por exemplo, os mantos usados durante as visitas jubilares de Nossa Senhora Aparecida nos
estados brasileiros, o selo comemorativo, os frascos com as terras de todas as capitais, os frascos de água dos
principais rios do Brasil, o selo comemorativo, informações sobre os monumentos do tricentenário, memorial
dos construtores e o campanário, os paramentos litúrgicos usados nas celebrações especiais dos 300 anos,
as medalhas comemorativas e ainda, o manto usado na imagem de nossa Senhora Aparecida no dia 12 de
outubro e uma réplica da coroa jubilar, onde o devoto poderá ver de perto todos os detalhes desse presente
que contém um pouco de todos os brasileiros. Cerca de 100 objetos estão em exposição nesse espaço.
Detalhes da Cúpula:
No centro da Cúpula, está o pássaro que corresponde ao Espírito de Deus, que anima a criação e a vida do
universo. No seu entorno a arte traz o desenho de 42 pássaros de 12 espécies diferentes da fauna brasileira:
Pavão do Pará, Papagaio Real, Maritacas, Colhereiro, Guará, Beija-flor, Arara Canga, Arara do Planalto, Tucano,
Gavião da Roça, Arara Azul e Tuiuiú. Os pássaros representam todos os peregrinos que visitam o Santuário
Nacional e encontram na Casa da Mãe, um local para se refugiar, recuperar e renovar a fé e a força para a
caminhada da vida, assim como fazem os pássaros que buscam um refúgio na árvore e descanso.
08

Pisos do Santuário de Aparecida.
Pisos do Santuário de Aparecida.
PISOS DO SANTUÁRIO
Os pisos do Santuário são todos em granitos brasileiros, em diversas partes eles estão em forma de água em
movimento, fazendo referência ao sacramento do Batismo, momento em que somos mergulhados em Cristo, e
ao rio Paraíba do Sul, onde foi encontrada a imagem da Virgem. A partir do Altar Central, linhas em zigue-zague
representam o movimento das águas: o símbolo remete ao profeta Ezequiel, que falava da água que corre do altar
para fecundar toda a terra.
MOSAICO DA
FACHADA NORTE
O projeto artístico é assinado
pelo padre Marko Ivan Rupnik, da
Eslovênia, que faz parte do Centro
de Arte Espiritual Aletti de Roma,
na Itália, no qual, desde 1955, o
religioso é diretor. O sacerdote tem
mais de 200 obras em mosaico pelo
mundo todo. Entre elas: santuários
marianos de Fátima (Portugal),
Lourdes (França) e na Igreja de
São Pio de Pietrelcina, em San
Giovanni Rotondo, na Itália. Esse é
primeiro dos quatro mosaicos que
serão revestidos nas fachadas do
Santuário com cenas bíblicas. As
pedras usadas no mosaico são do
Brasil, França, Grécia e Afeganistão,
além de granito e mármore foram
usados o mosaico veneziano feito
artesanalmente. O trabalho contou
com 27 mosaicistas de diversas
nacionalidades, ligados ao Centro
Aletti, de Roma, na Itália.
Visão do mosaico gigante na fachada norte da Basílica.
O mosaico gigante da fachada norte da Basílica,
com cerca de 50 metros de altura, inaugurado no dia
19/03/2022, começou a ser montado em 2019 e inspirado
no “Livro de Êxodo” da bíblia, que narra à história de Moisés
e da libertação do povo hebreu do Egito e a ação de Deus na
vida dos fiéis.

Baldaquino.
BALDAQUINO
Possui mais de 40 metros de altura, e cada um dos quatro paredões do baldaquino
representa uma das estações do ano, através dos Ipês que são símbolos do Brasil. Os anjos
brancos, negros, caboclo e índio representam a formação do povo brasileiro.
O Baldaquino é uma obra, iniciada em 2012, por meio da Campanha dos Devotos, e inaugurada em março de
2017. O projeto é de autoria do artista plástico Cláudio Pastro, falecido em 19/10/2016, e traz a representação da
fauna, flora, os biomas da Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal, e o ser humano em diversas fases de
desenvolvimento. Os quatro arcos do Baldaquino, no tom azul, fazem alusão aos quatro rios do Brasil: Amazonas,
Tocantins, São Francisco e rio Paraná. Está localizando no entorno do Altar Central, com as grandes colunas que
sustentam a Cúpula Central da Basílica, como sinal da presença de Deus, que sustenta a todos os cristãos.
CAPELA DE SÃO JOSÉ
10
Ao adentrar a Capela de São José, uma grade
em ferro batido representa a entrada do jardim,
com lírios em ouro e encimado pela frase “Dominus
Domum Joseph Concredidit” que significa “O
Senhor confiou a José a sua casa”. Atrás do altar, um
painel de azulejos do artista plástico Cláudio Pastro
mostra São José deitado no momento em que o
anjo aparece a ele, em sonho, para dizer, José, filho
de Davi, não tenhas medo de acolher Maria como tua
esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito
Santo. Mais atrás, dois relevos do artista Adélio Sarro
têm como tema a Sagrada Família e a apresentação
do Menino Jesus no templo, diante do velho Simeão
e profetiza Ana. O piso tem desenho de lírios, que se
abrem e simbolizam a pureza e a sabedoria. Estrelas
de Davi, pintadas no corredor central e na parte
superior do painel principal, lembra que São José é
descendente de Rei Davi. A capela está localizada na
confluência das naves sul e leste da Basílica.
Capela de São José.
O piso tem desenho de lírios, que se abrem e
simbolizam a pureza e a sabedoria. Estrelas de Davi,
pintadas no corredor central e na parte superior do
painel principal, lembra que São José é descendente
de Rei Davi.

Altar da Capela Nossa Senhora da Conceição.
CAPELA DAS VELAS
Construído na década de 1970, a Capela das
Velas é o segundo local mais visitado no Santuário
Nacional de Aparecida (SP). A decoração da capela
remete à passagem bíblica da Sarça Ardente, que
está no livro do Êxodo. Segundo a narrativa, Moisés
cuidava do rebanho de seu sogro, quando o levou
para o Monte Sinai. A bíblia diz que lá o Anjo do
Senhor apareceu a Moisés numa chama de fogo
no meio de uma sarça, que era um tipo de arbusto.
Quando Moisés olhou, percebeu que ela ardia,
mas não se consumia. Ele então se aproximou para
contemplar de perto a sarça ardente e Deus, do meio
da sarça, o chamou pelo nome e lhe ordenou que
fosse ao Egito e libertasse o povo da escravidão. É
nesse local que milhares de romeiros fazem pedidos
e agradecimentos para a Santa Padroeira do Brasil
todos os anos. A queima das velas gera em torno
de até 10 toneladas de resíduos por final de semana.
Sendo que a maioria das velas é vendida no próprio
santuário, com tamanhos e formatos diferentes e
podem chegar a dois metros de altura. Dos sete dias
da semana, em cinco deles é feito o derretimento
da cera das velas que descem para o subsolo da
Capela das velas.
capela, onde o resíduo é condicionado em um poço até
secar. O processo leva em média de cinco a seis horas.
Em seguida, essa parafina é quebrada com picaretas,
ensacada, pesada e separada para reciclagem.
CAPELA DO SANTÍSSIMO
Capela do Santíssimo.
O retábulo da Capela do Santíssimo é
composto por cinco mosaicos italianos,
presente do Papa João Paulo II quando
de sua primeira visita ao Brasil.
Iniciadas em 2006, as obras da parte interna da
cúpula da Capela do Santíssimo foram concluídas
no início do mês de maio de 2008. A cúpula foi toda
revestida de pastilhas de porcelana banhadas a
ouro, com um barrado de dois metros de altura. Na
entrada da capela o visitante encontra em um gradil
a frase: “Panis Algelorum Cibus Viatorum” (O pão dos
anjos é o alimento dos viajantes) que remete a Jesus
presente em espécie no pão e no vinho. O retábulo da
Capela do Santíssimo é composto por cinco mosaicos
italianos, presente do Papa João Paulo II quando de sua
primeira visita ao Brasil. Confeccionados em mármores,
esmaltes vítreos e outras pedras duras, onde estão
às representações dos quatro evangelistas: Mateus,
Marcos, Lucas e João, e no centro, o Cordeiro Pascal.
Presente do Papa João Paulo II em sua primeira visita
ao Brasil, em 1980. As paredes ao fundo são adornadas
por dois relevos do artista brasileiro Adélio Sarro. O
da esquerda mostra Jesus lavando o pé de um dos
apóstolos, uma representação do “Lava pés” e o da
direita, o encontro de Jesus com os dois discípulos no
caminho de Emaús. O piso de granito é modulado em
quadriculados, com peixes duplos; uma ala ou tapete
central, desde a entrada até o altar, representa a água,
símbolo do Espírito, da vida e da graça. A capela está
localizada na confluência das naves sul e oeste da
Basílica.

Capela do Batismo.
CAPELA DO BATISMO
A Capela do Batismo está localizada na área externa do Santuário, na extremidade direita da colunata dos
Apóstolos. Na porta da Capela está a árvore-da-vida, com a inscrição “O Cristo, novo Adão, abre-nos as portas do
Paraíso”. O piso forma um Sol e contém a palavra “Pax”, saudação do Ressuscitado. A Cúpula simboliza o Céu, que
faz o batizado ser luz do mundo. No barrado está à procissão de cordeiros. No centro do batistério, em mármore
branco, está a fonte batismal. Ao meio, uma cruz e, abaixo de uma pomba, a figura de Cristo, que corresponde
ao batizado. Na frente, a frase “Tu és meu filho, eu hoje te terei”, referente ao batismo de Jesus. Na parede traseira
estão penduradas três ânforas que contém os óleos dos catecúmenos, dos enfermos e da crisma, abençoados
durante a missa crismal, na Semana Santa.
Capela da Ressurreição.
CAPELA DA RESSURREIÇÃO
A Capela da Ressurreição está na área externa do Santuário, na extremidade esquerda da colunata dos Apóstolos.
No local estão sepultados os arcebispos de Aparecida e onde são lembrados os fiéis, amigos e familiares falecidos.
Voltada para a porta de entrada há uma imagem do Cristo Bom Pastor, como sinal de que ele é o caminho, a
verdade e a vida. Dentro da Capela estão os túmulos com os restos mortais de Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos
Motta, Dom Antônio Ferreira de Macedo, Dom Geraldo de Morais Penido e Dom Aloísio Lorscheider, Arcebispos
de Aparecida. Um Memorial dos Devotos relembra todos os colaboradores da Campanha dos Devotos que já se
foram para a Casa do Pai.
12

TORRE BRASÍLIA
Localizada no complexo do Santuário
Nacional, a Torre Brasília foi Inaugurada no
ano de 1961. Com 109 metros de altura, 18
andares e 440 degraus. Foram utilizados
em torno de 1,5 milhão de quilo e 12 mil
sacas de cimento. A construção foi um
presente do então presidente Juscelino
Kubitscheck, que em 1958 esteve na Basílica
para comemorar o próprio aniversário,
e doou, a pedido do arcebispo Carlos
Carmelo de Vasconcelos Motta, a estrutura
metálica da torre. Ela comporta a maioria
dos setores administrativos do Santuário,
além do Museu Nossa Senhora Aparecida
e o Mirante. No topo da torre estão uma
cruz e uma relíquia (um pedaço de madeira
da cruz em que, segundo a Igreja, Jesus foi
crucificado). Também está no local uma
medalha de Nossa Senhora Aparecida e a
medalha “Agnus Daí” feita de cera de círio
pascal e abençoada pelo Papa.

As cadeiras utilizadas pelos Papas Francisco, Bento XVI e João XIII.
Coleção Santa Gertrudes de Imagens Paulistas do Século XVII.
MUSEU NOSSA SENHORA APARECIDA
O Museu está localizado no 2º andar da Torre Brasília, onde o visitante vai encontrar centenas de imagens de
culto privado e coletivo em diversos tamanhos. Além das cinco coroas finalistas do concurso confeccionadas por
profissionais, as cadeiras utilizadas pelos Papas Francisco, Bento XVI e João XIII, entre outros.
Peças sacras em tamanho natural.
Diversas peças diferenciadas.
MIRANTE
O Mirante está localizado no 18º andar da
Torre Brasília e possui 324 metros quadrados. Do
Mirante o visitante tem o privilégio de visualizar
em 360º grande parte do Vale do Paraíba, como
Rio Paraíba e a Rodovia Presidente Dutra que corta
a cidade de Aparecida. Pessoas acima dos 60 anos,
estudante com carteirinha e crianças de seis a 12
anos, pagam 50% do valor da entrada. Crianças
abaixo de cinco anos não pagam.
Mirante da Torre Brasília.
Aberto: segunda a sexta-feira das 09h às 16h30
/ sábado das 07:00h às 18:00h.
Domingo das 07:00h às 15:30h / Feriados das
08:00h às 16:30h
14

CAMPANÁRIO
O Campanário do Santuário Nacional
de Aparecida foi um dos últimos projetos
do consagrado arquiteto brasileiro Oscar
Niemeyer, um dos projetistas de Brasília. A
estrutura metálica tem 97 toneladas e 37,5
metros de altura, equivalente a um prédio
de 12 andares e comporta treze sinos. Cada
um dos sinos que compõe o conjunto é
dedicado a cada apóstolo de Jesus, sendo
o maior deles consagrado à Virgem Maria
e a São José. Homenageando também a
Família Campanha dos Devotos.

Passarela da Fé.
PASSARELA
A passarela, que liga a basílica nova à velha, foi patrocinada pelo governo do então presidente da República,
Emílio Garrastazu Médici e inaugurada em dezembro de 1971. Com, 392 metros de comprimento e 5,8 metros
de largura, ela é sustentada por 11 pilares, com seu ponto mais alto a 35,5 metros do chão. Principal acesso da
Basílica para a Igreja Velha.
Visão da entrada do Memorial da Devoção Nossa Senhora Aparecida.
MEMORIAL DA DEVOÇÃO NOSSA SENHORA APARECIDA
Inaugurado no dia 22/03/2016, o Memorial da Devoção é um complexo turístico anexo ao Santuário Nacional.
No local o visitante poderá visitar o Museu de Cera e o Cine Padroeiro, uma experiência sensorial única pela
história da Padroeira do Brasil, desde seu encontro nas águas do Rio Paraíba até os fatos mais recentes dessa
trajetória, como a construção da Basílica Nacional e uma loja de artigos religiosos.
16

Os três pescadores.
Papa João Paulo II (Karol Józef Wojtyla).
MUSEU DE CERA
O Museu de Cera Nossa Senhora Aparecida foi inaugurado em 22/03/2016. Em seu interior, o visitante vai
poder conhecer mais de 70 estátuas realistas de cera expostas em 20 cenários, que representam as figuras de
papas, bispos, padres, personalidades, nobres, políticos e devotos que participaram da história de devoção a
Nossa Senhora Aparecida.
Aberto: segunda a sexta: 09:00h às 18:00h / sábados: 09:00h às 18:00h / domingos e feriados: 08:00h às 17:00h
O milagre das velas.
Cavaleiro que, em desafio, tentou entrar na
Igreja de N. S. Aparecida, mas foi impedido
quando a pata do animal ficou cravada na
pedra.
Conde D’eu e Princesa Isabel.
Pe. José Vilella foi o primeiro religioso a documentar os relatos
relacionados ao encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida.
Pe. Victor, Nhá Chica e Frei Galvão.

CINE PADROEIRA
Localizado dentro do Santuário Nacional em Aparecida (SP), com capacidade para 150 pessoas, utiliza cinco
telas para projeção de um filme de curta-metragem de 15 minutos sobre a história de Nossa Senhora Aparecida.
Cine Padroeira.
CAMINHO DO ROSÁRIO
O totem anuncia os Mistérios Dolorosos.
Coroação de Espinhos de Jesus Cristo.
18
Inaugurado em 14/10/2018, o “Caminho do Rosário” está localizado no complexo da Cidade do Romeiro. É
uma das grandes atrações que fica próximo ao Hotel Rainha do Brasil, com trilha de 1.300 metros que margeia o
rio Paraíba do Sul, entre a Basílica de Aparecida ao Porto de Itaguaçu, onde a imagem de Nossa Senhora Aparecida
foi encontrada em 1717, por pescadores nas águas do Rio Paraíba do Sul. Ao longo do percurso existem 20
cenários montados que retratam desde a Anunciação à crucificação de Jesus, apresentando os quatro Mistérios
do Rosário com simbologia diferente de flores e cores. Ao longo do percurso totalmente plano, o visitante vai se
deslumbrando com as 128 esculturas em tamanho natural, criadas pelos artistas paraguaios Blas Servin e Angela
Servin. Além das esculturas, o caminho conta com 90 espécies de plantas significativas na Bíblia como: acácias,
ipês, jacarandás, manacás, tamareiras, oliveiras, romãs, entre outras. O Caminho do Rosário é um convite para que
o turista ou romeiro percorra o trajeto rezando o rosário, ou refletindo sobre o Novo Testamento, ou seja, a vida de
Jesus e da Sagrada Família. O percurso conta com banheiros, bancos para descanso, quiosques com água potável
e sorvetes, câmeras de segurança e acessibilidade as pessoas com necessidades especiais, por meio de piso tátil
(direcional e alerta) nas áreas dos bancos, em frente às estações dos mistérios. É muito importante que o turista ou
romeiro, esteja com roupas e calçado confortável para caminhada e protetor solar e repelente.
Aberto: diariamente, das 05:00h às 19:00h - entrada gratuita

Estação Cidade.
Trem do Devoto.
TREM DO DEVOTO
Localizado no complexo da Cidade do Romeiro, o sistema de trilhos elétricos funciona com duas composições,
com capacidade para 60 pessoas cada uma. Percorrem os trilhos elétricos ao lado do Caminho do Rosário, com
vista panorâmica. Uma opção para o romeiro programar a sua peregrinação num percurso a pé e outro de trem,
na ida ou na volta.
Espaço Devotos Mirins.
ESPAÇO DEVOTOS MIRINS
Cantinho dos Devotos Mirins faz parte do complexo turístico Memorial da Devoção Nossa Senhora Aparecida.
Conta com três cenários em tamanho real e sete estátuas em resina, que conta com parte dos personagens das
histórias em quadrinhos das mascotes da Campanha Família dos Devotos. Os cenários representam os conceitos
educativos trabalhados com as crianças no projeto infantil do Santuário Nacional, a qual é a importância da oração,
do estudo e da leitura, além é claro do universo lúdico das brincadeiras infantis. No local as famílias podem tirar
fotos com Mãezinha, Tijolinho, Silvana, João, Domingos, Cidinha e o cão Pingo, como se estivessem numa das
aventuras da Turminha.
Aberto: segunda a sexta-feira, das 09:00h às 17:00h / sábado das 08:00h às 19:00h / domingo e feriado das
07:00h às 18:00h. Contato: (12) 3104-3536.

Pedalinho Devoto Mirins.
PEDALINHO DEVOTOS MIRINS
O Pedalinho Devotos Mirins é outra atração para as crianças. Conta com 12 pedalinhos, seis em
formato de caravela e outros seis em formato de cisne. O primeiro tem capacidade para quatro pessoas
e o segundo pode receber duas pessoas.
Porto Itaguaçu.
Passeio pelo rio Paraíba do Sul.
PORTO ITAGUAÇU
O Porto Itaguaçu, em tupi-guarani, quer dizer “Pedra Grande”, um dos pontos turísticos que causam maior
comoção entre os visitantes, porque foi nessa altura do Rio Paraíba do Sul que os pescadores encontraram a
imagem de Nossa Senhora Aparecida, em 1717. É para esse local que turistas e fiéis se deslocam para conhecer
o lugar onde foi encontrada a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Lá está o monumento “Os Três Pescadores”,
esculpido pelo renomado artista Chico Santeiro em 1970. A recepção turística ainda possui iluminação, sanitários,
água potável, estrutura para acender velas e segurança 24 horas. É possível chegar ao local em um agradável
passeio de charrete e também curtir um inesquecível passeio de balsa pelo Rio Paraíba do Sul.
Aberto: segunda a sexta: 06:00h às 18:00h / sábado e domingo: 06:00h às 18:00h
20

CENTRO DE APOIO AO
ROMEIRO
O Centro de Apoio ao Romeiro
é um espaço localizado dentro do
Santuário Nacional que oferece
uma infraestrutura completa para
receber romeiros e turistas. O local
possui fraldário, ambulatório, médico,
socorro mecânico, caixas eletrônicos
24h, cadeira de rodas, bombeiro,
ponto de energia para a recarga dos
celulares, farmácia, duas praças de
alimentação, estacionamento, duas
praças de alimentação e mais de
300 lojas, com uma variedade de
produtos para presente e recordação
do passeio à Aparecida.
Visão aérea do Centro de Apoio ao Romeiro.
Capela do Santíssimo (Basílica Velha de Aparecida).
CAPELA DO SANTÍSSIMO
Na lateral direita da Basílica Velha está a Capela do Santíssimo

BASÍLICA VELHA DE NOSSA
SENHORA APARECIDA
22
A Matriz Basílica de Nossa Senhora Aparecida,
carinhosamente chamada de Basílica Velha
de Aparecida, foi a primeira igreja do Brasil a
receber o título de basílica. O título de “Basílica
Menor” é uma honraria concedida pelo Vaticano
em 1908 por um decreto do Papa Pio X.
A primeira capela em honra a Nossa Senhora
Aparecida foi construída de taipa de pilão no Morro
dos Coqueiros, e inaugurada em 26/07/1745. O padre
José Alves Vilella (vigário paroquial na Igreja de Santo
Antônio de Guaratinguetá), abençoou a imagem da Mãe
Aparecida e celebrou a primeira missa. Com o passar
dos anos, foi sendo melhorada e ampliada. No começo
do século XIX, mostrava-se muito acanhada diante da
importância que a devoção a Nossa Senhora Aparecida
tinha. Em 1844, com o aumento constante no número
de romeiros, que visitavam a pequena capela, a mesa
dirigente da capela, após várias consultas, decidiu, em
vez de uma nova reforma e ampliação, demolir a antiga
capela e construir uma nova igreja, desta vez maior e
mais ampla. Assim, em 1845, foram demolidas as partes
da estrutura e iniciada a construção da nova igreja, em
estilo arquitetônico barroco do período colonial, sobre
o local onde antes havia sido construída a antiga capela.
Em 1888 foi inaugurada para o culto de Nossa Senhora
Aparecida. A Basílica Velha pode ser considerada o último
exemplar com linhas barrocas no estado. Sua fachada
em cantaria é de primorosa execução, com o frontão
retilíneo que lembra as igrejas jesuíticas. O interior da
Basílica Velha de Aparecida é ricamente decorado com
detalhes. O altar-mor e o retábulo foram esculpidos em
mármore de Carrara, na Itália. As figuras, também em
mármore, que encimam o altar representam as virtudes.
Além dos púlpitos e as talhas ornamentadas que foram
esculpidos em cedro da Bahia, encomendados por Frei
Monte Carmelo, bem como as seis imagens que se
acham nos nichos da nave central. Na cornija do teto
da nave central estão pintadas as obras dos elementos
artísticos, executadas pelo pintor alemão, Thomas
Georg Driendl, entre 1884 e 1888, com representações
dos milagres de Nossa Senhora (pesca milagrosa, velas
acesas, escravo Zacarias, menina cega, caçador que
escapou de uma onça, menino Marcelino). As paredes
laterais possuem seis nichos que abrigam imagens
religiosas trazidas da Bahia. A imagem original de Nossa
Senhora Aparecida ficou até 1982, quando foi transferida
para a Basílica Nova. E nesse mesmo ano, a Basílica Velha
foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio
Histórico, Arquitetônico, Artístico e Turístico do Estado
de São Paulo (CONDEPHAAT).
Fachada posterior da Basílica Velha.
Capela-mor da Basílica Velha.
Púlpitos laterais da Basílica Velha de Aparecida.
O altar-mor e o retábulo foram esculpidos
em mármore, de Carrara, na Itália. As figuras,
também em mármore, que encimam o altar,
representam as virtudes.

O teto da nave central possui pinturas que trazem representações dos milagres de Nossa Senhora Aparecida

ALTAR-MOR DA BASÍLICA VELHA
O altar-mor da Basílica Velha de Nossa Senhora Aparecida, guarda algumas relíquias de São Vicente Mártir,
santo espanhol martirizado no século IV, (um relicário com um fragmento de osso do santo e um pedaço de pedra
manchado com sangue derramado no momento de seu martírio). As relíquias encontram-se na Igreja desde 1910,
sendo enviadas pela Santa Sé devido à concessão do título de elevação à Basílica Menor, que ocorreu em 1908,
a primeira Igreja no Brasil a receber tal reconhecimento. A concessão deste título honorífico manifesta o valor de
um templo e de sua história cultural e religiosa e o fortalecimento do vínculo da Igreja com a Santa Sé e o Papa.
Imagem de São Vicente Mártir, e a pedra onde foi derramado o sangue.
ONDE COMER EM
APARECIDA (SP)
Quem viaja à Aparecida para
visitar o Santuário Nacional encontra
uma estrutura completa com
diversas opções de lazer, além de
uma completa área de alimentação.
O que pouca gente sabe é haver
boas opções de locais onde comer
fora do Santuário Nacional.
Para quem pretende passar o
dia inteiro curtindo a Basílica e as
atrações que a rodeia, o ideal é
almoçar por ali mesmo, mas a noite
você precisará de um lugar para sair
e curtir, foi o que eu fiz em minha
última viagem à capital mariana do
país. Se você busca dicas de locais
onde comer em Aparecida, tenho
algumas dicas valiosas, incluindo
um ótimo barzinho e uma pizza
espetacular.
Praça de alimentação.
24

MEMORIAL REDENTORISTA
O Memorial Redentorista, inaugurado no dia 10/10/1998, está localizado no pátio interno do antigo Convento
dos Padres Redentoristas, ao lado da Basílica Histórica, conhecida carinhosamente como “Basílica Velha”. Neste
local há duas Capelas, uma em estilo gótico, construída em 1926, que abriga o túmulo do padre Vitor Coelho de
Almeida, o “Apóstolo da Rádio”, que faleceu em 1987, cujo processo de beatificação foi introduzido em 12/10/1998
e atrai inúmeros devotos e peregrinos. Nas outras salas estão expostos objetos pessoais do Servo de Deus, como:
a Imagem de Nossa Senhora Aparecida, que ele levou para as missões, a batina, o microfone, os óculos, o guardachuva,
livros, quadros, entre outros objetos. A outra capela dedicada a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, onde
se encontra as 103 urnas com os restos mortais dos padres e irmãos redentoristas falecidos desde 1898. No dia
05/08/2022, o Vaticano, através do Papa Francisco, assinou o decreto que proclama como venerável o padre Vitor
Coelho de Almeida, reconhecendo as virtudes heroicas do missionário redentorista. O reconhecimento representa
mais um passo para a Beatificação do sacerdote, considerado “Apóstolo de Aparecida”, que passa a ser Servo de
Deus. O local aberto ao público é um ambiente de muita tranquilidade e paz, que induz o visitante à oração e
contemplação.
Endereço Praça Nossa Senhora Aparecida, 273 - Centro - Aparecida (SP).
Aberto: terça a sexta-feira: 08:30h às 11:00 / das 13:30h às 16:30 / sábado e domingo: 08:30h às 11:00h / das 13:00
às 16:30 / segunda-feira fechado.
Parreira plantada em 1913 pelo padre Vitor Coelho de Almeida.
Monumento ao padre Vitor Coelho de Almeida.
Túmulo do padre Vitor Coelho de Almeida.
Visão interna da Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

TELEFÉRICO
Os 47 bondinhos aéreos de
Aparecida (SP), construídos com
tecnologia suíça e operados pela
Bontur, é um dos principais atrativos
turísticos do Santuário de Nossa
Senhora Aparecida, inaugurado
no dia 25/06/2014. Percorrem uma
distância de 1.100 km de extensão, a
uma altura de aproximadamente 120
metros. Cada cabine tem capacidade
para seis pessoas e possibilita aos
visitantes viver uma experiência única,
com conforto, segurança e uma vista
privilegiada do Santuário e da cidade
de Aparecida. Faz a ligação entre a
Basílica e o Morro do cruzeiro.
Funcionamento: segunda a sextafeira,
das 09:00h às 16:00h / sábados,
das 08:00h às 17:00h / domingo, das
08:00h às 16:30h
Bondinhos do Santuário de Aparecida.
MORRO DO CRUZEIRO
O Morro do Cruzeiro é um ponto de peregrinação desde 1948. Com uma área de 2.210 m², possui 685 m de
altitude e 900 m de extensão. A primeira cruz do local foi fixada em 1925 no alto do morro. Todo o percurso
conta com painéis em cimento, representando as 14 estações da Via Sacra, que recordam os passos da Paixão
de Cristo. Todo esse trabalho foi elaborado pelo artista, pintor e escultor Adélio Sarro. Ao chegar o visitante se
depara com uma escultura de mãos postas em oração e na Torre do Mirante se encontra uma cruz de 23 m e 25
toneladas, idealizado pelo artista sacro Cláudio Pastro, marco comemorativo dos 500 anos de evangelização no
Brasil. O acesso pode ser a pé ou pelos bondinhos aéreos que partem do Santuário Nacional.
Escultura Mãos Postas, obra do artista, pintor e escultor Adélio Sarro.
26
Início da Via Sacra (Morro do Cruzeiro).
Torre do Mirante no Morro do Cruzeiro.

“AQUI, SÓ MELHORES DO
QUE EU”
Por: Luiz Marins
O verdadeiro líder é apoiado e suportado por um grupo de pessoas
competentes e comprometidas. O verdadeiro líder faz questão de ter em
seu grupo sempre pessoas melhores que ele próprio. Uma vez conheci um
empresário de grande sucesso que me disse: “Aqui, só melhores que eu!”
Uma das principais razões do sucesso dos líderes
é que eles contratam e chamam para trabalhar
somente pessoas melhores que eles próprios. Não
têm medo de pessoas competentes. Não enxerga,
em seus subordinados, um concorrente, mas um
aliado que os ajudará a levar a empresa adiante e
sempre para o sucesso.
A ilusão de contratar pessoas medíocres
que serão sempre subservientes, submissas,
obedientes, etc. faz com que muitas empresas
experimentem o fracasso. O “chefe” (sempre todopoderoso)
tem a falsa impressão de ser um líder
autêntico. Mas de que adianta liderar um grupo
com baixo desempenho? Qual o valor de ser
um líder de pessoas pouco competentes, pouco
comprometidas, pouco eficientes?
O verdadeiro líder é apoiado e suportado por um
grupo de pessoas competentes e comprometidas.
O verdadeiro líder faz questão de ter em seu grupo
sempre pessoas melhores que ele próprio. Uma vez
conheci um empresário de grande sucesso que me
disse: “Aqui, só melhores que eu!” E, analisando a
razão do seu sucesso, todos concordavam que ela
estava na qualidade da equipe que ele conseguira
reunir sob sua liderança – um melhor que o outro!
Assim, você que está numa posição de liderança,
perca totalmente o medo de contratar pessoas
melhores que você. Com autoconfiança e espírito
aberto, você conseguirá reunir pessoas que farão a
diferença para você e sua empresa. Essas pessoas
reconhecerão a sua liderança, apoiarão você e
todos sairão ganhando.
Pense nisso. Contrate só os melhores! Melhores
que você! Sucesso!
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Símbolo do Parque Nacional Serra da Capivara.
PARQUE NACIONAL
Serra da Capivara (PI)
Por: José Carlos Reis de Souza
CONHEÇA A REGIÃO QUE ABRIGA O SÍTIO ARQUEOLÓGICO MAIS IMPORTANTEDO BRASIL
O parque Nacional Serra da Capivara abarca uma
série de importantes sítios arqueológicos da préhistória
brasileira. Em 1973, a equipe franco-brasileira,
sob a direção da arqueóloga Niède Guidon, iniciava
as pesquisas na região de São Raimundo Nonato,
pequena cidade perdida no sertão, uma das mais
pobres regiões do Brasil. Nessa primeira missão foram
descobertos 55
sítios com arte
rupestre, pinturas
e gravuras, cacos
de cerâmica e
objetos de pedra
lascada e polida
que abundavam
o solo. Em 1978
foi solicitada ao
governo do Brasil
a criação de um
Parque Nacional
de modo a criar
as condições de
Mapa Esquemático PN - Serra da Capivara
(PI).
proteção total
para os sítios
arqueológicos
e para a
natureza, então
exuberantes. Em junho de 1979, era criado o Parque
Nacional Serra da Capivara para preservar vestígios
arqueológicos da mais remota presença humana há
mais de 50.000 anos na América do Sul. O Parque
ocupa uma área de 130 mil hectares no Estado do
Piauí, abrangendo os municípios de São Raimundo
Nonato, Canto do Buriti, Coronel José Dias, São João
do Piauí e João Costa. Sua demarcação foi concluída
em 1990 e o Parque é subordinado ao Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Por sua importância, a UNESCO o inscreveu na Lista
do Patrimônio Mundial em 13/12/1991, e também
na Lista Indicativa brasileira como patrimônio
misto. Em 1993 passou a constar do Livro de Tombo
Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, do IPHAN.
O Parque Nacional da Serra da Capivara é um
museu ao ar livre, um verdadeiro santuário cultural
de épocas pré-históricas e a preservação de seus
sítios arqueológicos e de todo bioma da caatinga
é compromisso e orgulho de todo brasileiro. Niède
Guidon foi presidente da Fundação Museu do
Homem Americano (FUMDHAM), responsável pelo
manejo e pesquisas do parque, hoje presidente
emérita da instituição.
Até o ano de 2018, foram registrados mais de
mil sítios com pinturas e gravuras rupestres préhistóricas
de grande valor estético e arqueológico,

indicando uma das maiores concentrações de sítios
pré-históricos do mundo por quilômetro quadrado.
A região do Parque Nacional Serra da Capivara está
a 530 km de Teresinha (PI), um lugar de rara beleza
na paisagem árida do sertão piauiense. Com a
vegetação densa da caatinga convivem cânions
gigantescos, ilhas de florestas e cerrados, morros
de mármore cinza e negro, além de lagoas e fontes
naturais. A fauna e flora são ricas e representativas
da região. Jaguatiricas, tatus, mocós, seriemas, onças,
gatos-do-mato, serpentes e morcegos convivem
com mandacarus, xiquexiques, juazeiros e aroeiras.
Os registros rupestres são evidência tangível da
riqueza das culturas dos povos do passado précolonial
brasileiro. A área faz parte de um dos 63
Parques nacionais do Brasil e está entre as dez que
protege a caatinga, sendo constituída de quase 40%
da caatinga protegida no país. A melhor época para
visitar o Parque Nacional Serra da Capivara é no
clima mais seco, que vai de maio a outubro. O clima
quente se mantém durante a maioria do ano e as
temperaturas ficam entre os 30°C, com um refresco
à noite.
Parque Nacional Serra da Capivara (PI) - Pedra furada.
SÍTIO ARQUEOLÓGICO TOCA
DO BOQUEIRÃO DA PEDRA
FURADA
O sítio encontra-se no Estado do Piauí, em plena
caatinga, mas ainda no Vale do São Francisco.
Começou a ser escavado em 1978, durante a missão
franco-brasileira iniciada em 1973 no município de
São Raimundo Nonato liderada pela arqueóloga
Niède Guidon, e surpreende pela singular amplitude
cronológica que abrange: encontrado há 19 metros
da base do vale, há uma estratigrafia de, no mínimo,
60.000 ou até 100.000 anos de ocupação humana,
além de vestígios de animais como os tigres-dentede-sabre
e preguiças-gigantes. Durante os 10 anos
de escavação inicial do sítio, foram encontrados
diversos artefatos líticos (pontas de lança,
Arte rupestre (Beijo).

machadinhos, meia-lua, lâminas de pedra lascada,
etc.), fogueiras estruturadas, coprólitos, pinturas
rupestres e diversas marcas de ocupação humana.
Durante trabalhos no pedestal do Boqueirão da
Pedra Furada e no local ao ar livre próximo do Vale
da Pedra Furada têm produzido mais evidências para
a ocupação humana que se estende por mais de
20.000 anos, argumento apoiado por uma série de
datações por C-14 (carbono-14) entre os anos de 1640
e 1730 de nossa era (Beta 156408 e Beta 154636) e
OSL (luminescência estimulada opticamente), e pela
análise técnica do conjunto de ferramentas de pedra.
Numerosas pinturas rupestres se encontram na área.
A cor “ocre vermelho” utilizado para desenhar nas
rochas foi encontrado em camadas com datações
de entre 17.000 e 25.000 anos AP. O maior atrativo
cultural do Parque são os registros rupestres préhistóricos,
pintados ou gravados sobre as paredes
e os afloramentos rochosos, consideradas formas
gráficas de comunicação utilizadas pelos grupos préhistóricos
que habitaram a região, e abordam uma
grande variedade de formas, cores e temas. Foram
registrados sob rocha pintados com cenas de caça,
sexo, guerra e diversos aspectos da vida cotidiana e
do universo simbólico dos seus autores.
Arte rupestre (Prática de punições).
Arte rupestre (Uma família de capivaras).
Arte rupestre.
30

Fundação Museu do Homem Americano (foto arquivo FUMDHAM).
Visitantes assistindo a uma visualização da evolução dos hominídeos
e a apresentação das teorias de povoamento da América (foto arquivo
FUMDHAM)
MUSEU DO HOMEM AMERICANO
A Fundação Museu do Homem Americano (FUMDHAM) foi criada em 1986 pelos pesquisadores
da cooperação científica binacional (França-Brasil), em São Raimundo Nonato. Trata-se de uma
entidade científica, filantrópica, sociedade civil, sem fins lucrativos, declarada de utilidade pública
estadual e federal e cadastrada no Conselho Nacional de Assistência Social. Uma das principais
metas da FUMDHAM era ter um lugar especialmente construído para abrigar os resultados das
pesquisas arqueológicas na região do Parque Nacional Serra da Capivara.
Situado na sede da FUMDHAM, o museu foi criado para divulgar a importância do patrimônio cultural
deixado pelos povos pré-históricos na região. A exposição mostra os resultados de mais de quatro décadas
de pesquisas realizadas na região do Parque. Seu acervo é constituído com base nas descobertas feitas pelas
investigações interdisciplinares na região, buscando recuperar as condições e os modos de vida em épocas
pré-históricas. A exposição permanente se inicia com uma introdução às origens da espécie humana, através
da evolução dos hominídeos e a representação das teorias de povoamento da América, seguida da vida do
Homo sapiens na região durante o Pleistoceno e o Holoceno. Continuando o percurso, o visitante conhece a
história da escavação arqueológica do sítio Boqueirão da Pedra Furada, que demonstrou a presença humana
na região desde o Pleistoceno, por de pinturas e gravuras rupestres, que funcionam como registro gráfico da
pré-história do nordeste do Brasil. No mezanino, estão expostos instrumentos pré-históricos, urnas funerárias e
esqueletos. Nas últimas salas, são apresentados os ossos, as imagens desenhadas e a descrição da megafauna
que viveu na região. A exposição encerra com amostras da biodiversidade atual.
Aberto: quarta-feira, sexta-feira e sábado, das 13:00h às 19:00h / quinta-feira e domingo, das 1000h às
19:00h / fechamento da bilheteria às 18:00h
Urna funerária com esqueleto.
Sala com diversas peças arqueológicas (foto arquivo FUMDHAM).

MUSEU DA NATUREZA (PI)
O Museu da Natureza, inaugurado no dia
18/12/2018, com mais de quatro mil m² de área
construída no entorno da Serra da Capivara, na
zona rural do município de Coronel José Dias, sul do
Estado do Piauí, é o primeiro edifício circular e em
espiral completamente planejado com estrutura
metálica no Brasil. Como um troco de mandacaru, as
salas do local formam uma grande rampa helicoidal
(forma de hélice, em caracol) para representar, no
sentido ascendente, a evolução das mudanças
geológicas e paleontológicas do planeta. O Museu
da Natureza mantém uma exposição de 1600 m²,
divididos em 12 salas dispostas em espiral, onde
o visitante desfruta do conhecimento de todo
o processo histórico da natureza da região, do
surgimento do universo, passando pela era do gelo,
fósseis de animais gigantes e a vegetação local. Além
de um espaço com um simulador de asa delta e
óculos de realidades virtuais para que você sobrevoe
por toda a natureza do Parque Nacional da Serra da
Capivara. O espaço também conta com restaurante,
loja, sala de administração e auditório. A ideia dessa
obra foi da grande arqueóloga Niède Guidon, com
projeto desenvolvido pela Fundação do Museu do
Homem Americano (Fumdham). Conheça toda a
sensação e experiência que só esse ponto turístico e
essa região única no mundo todo, que só existe no
Piauí, oferecem para você.
Espaço dos dinossauros.
Museu da Natureza.
Aberto: quarta-feira a domingo das 13:00h às
19:00h / sábado: das 13:00h às 18:00h
Segunda e terça-feira: fechado / com visita guiada
/ contato: (89) 3582-1612
O espaço também conta com restaurante,
loja, sala de administração e auditório. A
ideia dessa obra foi da grande arqueóloga
Niède Guidon, com projeto desenvolvido pela
Fundação do Museu do Homem Americano
(Fumdham).
Rampa helicoidal do Museu da Natureza.
32
Sala da biodiversidade.
Espaço que abriga fósseis da megafauna brasileira. Ao fundo projeção
mostra ilustrações de como eram essas espécies.

Peças de cerâmica esmaltadas para venda.
Peças de cerâmica.
CERÂMICA SERRA DA CAPIVARA
No povoado de Barreirinho, uma das regiões mais pobres do país, nasceu o projeto
“Cerâmica Serra da Capivara”, que alia empreendedorismo, preservação ambiental e
inclusão social. Essa história, no entanto, não é feita só de flores e argila. Somente em
1973, quando a arqueóloga Niède Guidon natural da cidade de Jaú (SP) chegou à Serra
da Capivara, é que seu inestimável patrimônio arqueológico foi reconhecido.
A Cerâmica Serra da Capivara fundada em 1992 para fixar, gerar emprego e renda para os homens da
região que tinham que migrar para outros estados em busca de trabalho, foi uma iniciativa da arqueóloga
Niède Guidon que levou para o local um ceramista descendente de japonês, para ensinar aos moradores do
povoado todas as técnicas dos trabalhos com argila e outro de origem italiana, que ensinou as técnicas da
pintura esmaltada, na produção de cerâmica de alta temperatura, na Escola da Fundação Museu do Homem
Americano (FUMDHAM). As cerâmicas produzidas possuem certificações do meio ambiente, pois seu manejo
é consciente, não havendo prática de escavação do solo. Além disso, o processo de queima das peças é feito
a gás e não a lenha. Ao lado, existe uma lojinha que vende os produtos com 20% de desconto em relação aos
preços praticados no parque nacional. A Cerâmica Serra da Capivara é responsável por mostrar ao mundo, nos
desenhos reproduzidos em suas peças, os registros dos sítios arqueológicos. Cada artesão fica responsável por
alguma das etapas, como na confecção das peças, que podem ser feitas à mão com a ajuda do torno ou em
formas. Após moldadas, as peças ganham desenhos em baixo e alto-relevo das artes rupestre encontradas nos
sítios pré-históricos do parque. São produzidas mais de 12 mil peças por ano, contribuindo para desenvolver
a economia local, dando sustento a diversas famílias em uma das áreas mais carentes do país, enquanto ajuda
a difundir a arte pré-histórica pelo Brasil e pelo mundo. Para entender todo o processo de produção, basta
agendar uma visita e ter a oportunidade de conhecer a seleção e preparação da argila, retirada de forma
sustentável de lagoas das proximidades, o processo de todas as etapas de fabricação e acabamento de cada
peça, e também de adquiri-las.
Lojinha de Cerâmica. Peça de cerâmica ganhando gravuras
rupestres.
Artesãos do projeto Cerâmica Serra da
Capivara.

Arqueóloga Niède Guidon, durante escavações arqueológicas na Serra da Capivara (foto arquivo FUMDHAM).
A vinda da arqueóloga Niéde Guidon para a região da Serra da Capivara revolucionou tudo o que se
sabia até então sobre a presença humana nas Américas. Acreditava-se que o homem havia chegado ao
continente há cerca de 17 mil anos. As descobertas da brasileira, nascida em Jaú (SP), mostraram que
essa saga pré-histórica começou muito antes, há mais de cem mil anos. Niède Guidon também criou
a Fundação Museu do Homem Americano (FUMDHAM), que administra o parque em parceria com o
ICMBio, e dois museus: o Museu do Homem Americano e o Museu da Natureza, este em 2018. Tudo isso
ajudou a mudar a realidade das comunidades do entorno do parque, com oferta de empregos para
os moradores locais, o que valeu a ela até mesmo ameaças de morte de “coronéis” que exploravam
trabalho semiescravidão.
34
Trabalhando no Museu do Ipiranga, Niède Guidono organizou em abril de 1963 uma exposição sobre
arte rupestre no próprio museu. Na ocasião, o prefeito de Petrolina viu a exposição e pediu para falar com a
responsável e a chamaram. O prefeito falou que perto de Petrolina, no Piauí, tinha esses desenhos e mostrou
diversas fotos, e logo percebeu que se tratava de algo completamente diferente dos desenhos da região
de Lagoa Santa, nos arredores de Belo Horizonte (MG). Dezembro do mesmo ano, ela estava de férias e
tentou visitar o Piauí, porém, havia chovido muito e uma ponte do rio São Francisco tinha caído, não dando a
possibilidade de passar e voltou para São Paulo. No ano de 1964 era da Universidade de São Paulo (USP), mas
precisou ir embora para a França. Em 1970 voltou ao Brasil em uma missão francesa, fizeram um trabalho em
Goiás e quando terminou foi para o sertão do Piauí com uma colega que também vivia na França. Durante
os dias que permaneceu por lá, visitou 55 sítios, fotografou tudo e levou para França, onde estava morando
na época. Com esse material (fotos) conseguiu que o governo francês financiasse uma missão permanente
no Piauí, dela e de alguns de seus alunos numa universidade francesa, por dois meses, na Serra da Capivara.
O resultado agradou tanto que a missão passou a ser permanente no Piauí. A partir disso, todo ano Niède
Guidon vinha para o Brasil nas férias de verão da Europa. Passava os meses de julho e agosto com seus alunos
fazendo escavações. Na primeira missão, durante escavação, encontrou carvão (resquício possivelmente de
uma fogueira humana) e levou para França para datar. Niède Guidon teve uma grande surpresa quando saiu o
resultado da datação. A chefe do laboratório disse: ‘deve ter havido algum engano, esse carvão não pode ser
da América’, porque deu mais de 17 mil anos, visto, que até então só tinha datação de 17 mil anos na América.
E assim foi levando material e obtendo as datações mais antigas de 110 mil anos. Na Serra da Capivara, além de
resquícios de fogueiras e sinais da presença humana de milhares de anos, Niède Guidon também colecionou
muitas controvérsias e alguns narizes torcidos. É que com a datação do material encontrado por lá, muita
coisa na principal teoria para o povoamento das Américas foi questionada. Ela foi chefe da missão até a sua
aposentadoria como professora da École des Hautes Études en Sciences Sociales. Atualmente, um colega
de Paris continua a missão e vem todos os anos com os alunos pesquisar na região. Niède Guidon passou a
residir desde 1990, em São Raimundo Nonato após se aposentar na universidade francesa em que trabalhava.
E foram tantos trabalhos, tantas escavações, os quais são Raimundo Nonato ganhou dois museus de primeira
grandeza. O mais novo deles é justamente o Museu da Natureza, inaugurado no final de 2018. Localizado no
município de Coronel José Dias, cidade vizinha de São Raimundo Nonato, O MuNa já registrou a presença de
milhares de visitantes.

Cânions (Serra da Capivara).
Toca do Inferno.
CÂNIONS E DESFILADEIROS
A vista de quem visita à Serra da Capivara é de tirar o fôlego, com destaque para os cânions que chegam
a 200 m de altura, eles são um dos cartões-postais que chamam atenção para a região. Não é à toa que ela
é conhecida também como a Capadócia brasileira, pelas diversas formações rochosas. Entre os pontos que
mais atraem visitantes na Serra da Capivara podemos citar a Toca do Inferno, uma gruta que impressiona pelo
visual, especialmente com a incidência de luz pelas fendas. Além disso, também vale à pena conhecer outros
pontos, como o Baixão das Andorinhas e o Grotão da Esperança. Inclusive, para ter uma visão ainda mais
privilegiada e panorâmica de alguns pontos, como o Alto da Chapada Boqueirão Borges, existe uma escada
com 60 m e 114 degraus. A escada foi um dos aspectos citados pelo The New York Times ao falar sobre a Serra
da Capivara.
Entre os pontos que mais atraem visitantes na Serra da Capivara podemos citar
a Toca do Inferno, uma gruta que impressiona pelo visual, especialmente com a
incidência de luz pelas fendas.
Desfiladeiro para chegar a Toca do Inferno.
Escada com 60 metros de altura e 114 degraus, localizada
no Alto da Chapada Boqueirão Borges.

GRUPO DE ATLETAS COM
MOBILIDADE REDUZIDA
Por: José Carlos Reis de Souza
Grupo de atletas com mobilidade reduzida.
A empresa Gaioleiros por Natureza recebeu um grupo de atletas da Associação dos
Paraplégicos de Taubaté - APARTE com um café da roça. Em seguida foram levados e
posicionados em um caminhão adaptado com segurança para um tour rural. Após o
passeio foi servido um almoço. Depois, todos participaram de passeios com veículos
(gaiolas) apropriados dentro da propriedade.
A inclusão do esporte para deficientes físicos foi um
grande marco para humanidade. O esporte ajuda aliviar o
estresse e melhora o desempenho da saúde física e mental.
No âmbito físico, as atividades físicas ajudam a melhorar o
desempenho da saúde da pessoa, com agilidade, força,
condição cardiovascular, equilíbrio, coordenação motora,
entre outras. Já no âmbito mental, a prática de esportes
ajuda a aliviar o estresse, a ansiedade e consequentemente
possuem um efeito positivo na tristeza, desânimo ou
depressão que possa sentir ou que esteja nesse cenário.
Movimentar-se é a palavra de ordem. Não importa se o atleta
pretende jogar profissionalmente ou de forma amadora.
O importante é procurar uma modalidade esportiva
que se adapte as condições e limites. Aproveitamos esse
convívio de um dia com esses atletas e tomamos alguns
depoimentos sobre suas atividades esportivas.
36
Samuel da Silva Souza Rezende e José Carlos .
SAMUEL DA SILVA SOUZA REZENDE
Modalidades: dardo e peso
Sou tetraplégico desde o meu nascimento, e não sei a
causa, e sempre dependi da cadeira de rodas para me
movimentar. Em 2022 um membro da igreja me falou
a respeito da Associação dos Paraplégicos de Taubaté -
APARTE. No dia 08/03/22 fui até a associação e fiz a minha
inscrição. Depois foram feitas avaliações para saber das
minhas condições físicas para a prática do esporte. A
partir daí comecei a ter interesse pelas modalidades:
dardo e arremesso de peso. Adiante passei a competir
campeonatos nas modalidades de dardo e lançamento
de peso. Já consegui algumas medalhas durante algumas
competições, sendo: 2º lugar no arremesso peso, 1º lugar
no arremesso de dardo e 3ª lugar no arremesso de peso.
Denis Albert e José Carlos.
DENIS ALBERT
Atleta paraplégico: modalidade
basquete
Após um acidente ocorrido em 1994 que deixou
tetraplégico, ele entendeu que precisava cuidar da sua
saúde, tanto a parte física como a mental. Foi quando
passou a ter interesse pelo esporte. Atualmente faz parte
da equipe de “Basquete Sobre Rodas - Taubaté” e faz parte
do “Programa Esporte Para Todos”, onde participo de
outras modalidades, como: lançamento de peso e disco,
dardo, natação e academia de musculação. Segundo Denis
Albert, o esporte fez a diferença na sua vida, e pode fazer
a diferença para aqueles que têm mobilidades reduzidas.
O passeio realizado pelos Gaioleiros por Natureza foi
maravilhoso, além do passeio de gaiola.

João Vitor Monteiro Vieira, atleta (deficiente) e José Carlos.
JOÃO VITOR MONTEIRO VIEIRA
Atletismo e Karatê
João Vitor Monteiro Vieira nasceu com falta de oxigênio
no cérebro. Após sair do hospital, sua mãe passou a correr
atrás de médicos pediatras, pois, o menino não tinha os
movimentos do corpo. O caso foi encaminhado para o
Dr. Alexandre Serafim, que após uma série de exames foi
diagnosticado com várias deficiências. Começaram, então, as
sessões de fisioterapia, psicólogo, dentista, psicopedagoga
e nutricionista que duraram três anos. Em seguida foi para a
UNITAU fazer o tratamento de fisioterapia e na Madre Cecília
fazia o tratamento com equoterapia até os seis anos para
firmar o corpo. Quando entrou para o primeiro ano escolar,
João Vitor foi encaminhado para a Associação de Pais e
Amigos dos Excepcionais - APAE, onde foi diagnosticado a
dificuldade de aprender a ler, escrever e andar. O interesse
pelo esporte começou no dia 18/07/2018, quando entrou para
o Karatê. Em 27/11/2018 participou da sua primeira corrida,
com amigos da Aldeia. Atualmente faz parte da Associação
dos Paraplégicos de Taubaté - APARTE e continua participando
dos campeonatos de “Corrida de Rua e Karatê”.
Fabio Ribeiro dos Santos, ao lado do jornalista José Carlos.
FABIO RIBEIRO DOS SANTOS
Músico
Fabio (músico) sofreu um acidente no dia 01/12/2012
em Brasília, passou por dois hospitais e permaneceu
aproximadamente 30 dias na UTI. Após começar o desmame
da sedação foi transferido para a enfermaria. Após 20 dias
de ter recebido alta temporária, voltou a ser internado,
permanecendo por quatro meses entre cirurgias. Fabio ficou
com sequelas de “Afasia” (alteração na capacidade de falar, ler,
escrever e ouvir, ou seja, de se comunicar adequadamente).
Durante dois anos permaneceu em Brasília em companhia de
sua mãe. Em 2015 foi colocada uma válvula de compressão
com cateter para expelir o líquido da bexiga por seis meses.
Uma assistente social de Brasília deu uma documentação
para ser apresentado à diretoria do “Esporte para Todos” em
Taubaté. Os professores abraçaram a causa do Fabio, que foi
fundamental na sua recuperação. Hoje em dia Fabio Ribeiro
dos Santos é participante dos esportes: ping-pong, bocha e
corrida de rua.
José Carlos e Pedro Luan (deficiente visual e atleta).
PEDRO LUAN VIEIRA SERAFIM
Atleta com deficiência visual:
modalidade de arremesso de peso -
classificação F 11
Deficiente visual de nascença, cursando o 3º semestre de
Direito na UNITAU, passou a ter interesse pelo atletismo em
2020 na modalidade arremesso de peso. Em 2022 participou
do campeonato de atletismo paralímpico sub-20, sendo
medalha de ouro, com a marca, 05m e 32 cm na modalidade
de arremesso de peso.
Medalhas conquistadas por Fabio Ribeiro dos Santos.

José Carlos e Leandro Gonçalves Mendes (Coordenador do Programa
Esporte Para Todos de Taubaté).
LEADRO GONÇALVES MENDES
Coordenador do Programa Esporte
Para Todos
Graduado em Educação Física pela FAPI e Pós-Graduado
em Educação Física Adaptada à Inclusão. Também
tem cursos de Técnico Nível 2 do Comitê Paralímpico
Brasileiro para as modalidades de Atletismo e Natação.
Como coordenador de toda a parte de atendimento
social, ramificação do Programa Esporte Para Todos
que visa acolher a pessoa com deficiência e apresentar
a ela as oportunidades de praticar atividades esportivas
visando a saúde, o bem-estar e a socialização. Leandro
atua também como técnico multidisciplinar no
Programa Esporte Para Todos, trabalhando tanto com
paratletas de competição, como no atendimento social
à comunidade, na prática de esportes adaptados. A
proposta inicial do projeto foi de promover o acesso
à prática esportiva de pessoas com deficiência do
município. A primeira modalidade praticada foi o
Basquete em Cadeira de Rodas, mas logo o programa
se popularizou, e mais pessoas passaram a frequentar
as aulas. Logo outras modalidades começaram a ser
oferecidas, como o Atletismo Paralímpico, a Natação
Paralímpica e o Paraciclismo. Atualmente, o Programa
Esporte Para Todos engloba a prática de Atletismo,
Natação, Musculação, Halterofilismo, Bocha, Basquete
em Cadeira de Rodas, Tênis de Mesa, Goalball, Ciclismo,
Badminton, lançamento de disco e Tiro Esportivo.
José Carlos e William Paulo da Silva.
WILLIAM PAULO DA SILVA
No ano de 2002, durante uma tentativa de assalto para
roubar a sua moto, William Paulo da Silva levou um tiro que
atingiu o fígado, o pulmão e a medula, ficando tetraplégico.
Durante o tempo que permaneceu de cama em recuperação,
sofreu muito. Foi aí que ele resolveu decidir para sair dessa
depressão após o trauma causado pelo acidente ocorrido,
deixando-o de cadeira de rodas. Não adiantava ficar chorando,
fazendo mal a si mesmo e a família, aceitou a sua situação
de ser um cidadão cadeirante e resolveu procurar o esporte
que passou a fazer parte intensiva de sua vida. Atualmente
participa de campeonatos nas modalidades de atletismo:
dardo, disco e peso, na categoria F55, onde Já conquistou
mais de 50 medalhas no arremesso de disco. Para o futuro, seu
sonho é participar de uma Paraolimpíada.
William Paulo da Silva, sendo conduzido para o caminhão adaptado.
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