2º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero - CNPq
2º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero - CNPq
2º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero - CNPq
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>2º</strong> PRÊMIO CONSTRUINDO A IGUALDADE DE GÊNERO<br />
e com outrem para que impere o bem-estar não <strong>de</strong> uma minoria ou maioria, mas geral, pois<br />
isso é igualda<strong>de</strong>.<br />
A EDUCAÇÃO como princípio <strong>de</strong> tudo <strong>de</strong>ve ser melhorada em si, mas também com a<br />
inserção da ética e direitos humanos como disciplinas, pois somente assim se formarão seres<br />
cônscios <strong>de</strong> seus atos. Por outro lado, o RESPEITO tem que ser recíproco, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> sexo,<br />
cor, classe social, ida<strong>de</strong>, cultura, religião etc. Há <strong>de</strong> se pensar que não raças, senão a humana, e<br />
que se há diferenças entre eu e meu próximo é porque temos algo a oferecer um ao outro.<br />
Portanto, a equiparação dos gêneros constitui enxergar no próximo o reflexo <strong>de</strong> si próprio,<br />
<strong>de</strong> alguém que merece atenção e respeito, on<strong>de</strong> as várias faces <strong>de</strong>ste país tornem-se símiles,<br />
unidas na construção da fraternida<strong>de</strong> universal.<br />
Somos ou não todos e todas iguais?<br />
Mytalle Vieira Cavalcante - EEFM Dep. Joaquim <strong>de</strong> Figueiredo Correia - CE<br />
“Matemática é último reduto masculino”. Foi a partir <strong>de</strong>sta frase, transcrita da Folha Online<br />
<strong>de</strong> vinte e cinco <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> dois mil e seis, que recebemos o estímulo que faltava para<br />
participar <strong>de</strong>ste concurso literário e, assim, <strong>de</strong>bater a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gêneros, especificamente<br />
na questão do ensino/aprendizagem. Não tememos afirmar que estamos tendo todo o apoio<br />
<strong>de</strong> nossa professora <strong>de</strong> Português, bem como dos gestores da nossa Escola, numa orientação<br />
fundamental quanto à forma <strong>de</strong> expressar nossas opiniões a respeito <strong>de</strong> um tema tão polêmico<br />
e que interessa a todas e a todos que se preocupam com esta questão. Nosso propósito, ao<br />
final <strong>de</strong>sta reflexão, quando estaremos falando do cotidiano da nossa escola e da nossa própria<br />
experiência <strong>de</strong> vida, enquanto menina e adolescente, é principalmente questionar as avaliações<br />
<strong>de</strong> sistema (Sistema <strong>de</strong> Avaliação da Educação Básica e Sistema Permanente <strong>de</strong> Avaliação da<br />
Educação do Ceará) quando apontam o baixo <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> alunas em matemática e uma<br />
significativa superiorida<strong>de</strong> masculina neste aspecto. Ao mesmo tempo se faz necessário refletir<br />
a nossa realida<strong>de</strong> em casa, junto à família, na igreja, em fim junto à socieda<strong>de</strong>; e ainda é nossa<br />
obrigação tentar apontar os caminhos, na nossa visão, para uma socieda<strong>de</strong> mais justa, na<br />
qual a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero e raça não seja sempre analisada como uma problemática para<br />
este país, mas vista como uma forma <strong>de</strong> enriquecimento da nossa cultura e quanto isso po<strong>de</strong><br />
contribuir para nossas perspectivas <strong>de</strong> futuro.<br />
“Não há área <strong>de</strong> ensino no Brasil em que as meninas não estejam dominando - ou muito<br />
próximas disso. Elas são maioria no ensino superior, têm taxas <strong>de</strong> evasão e reprovação menores<br />
no ensino médio e se saem melhor do que os meninos em quase todos os testes que avaliam<br />
aprendizado no ensino fundamental. Mas um setor resiste a essa supremacia: o aprendizado<br />
<strong>de</strong> matemática...” Esta afirmação do jornalista Vinicius Abbate, da Folha Online, constatada<br />
através do exame da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico que<br />
analisou o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> alunos e alunas em países, tanto nos <strong>de</strong>ixou otimista quanto<br />
ao presente e ao futuro <strong>de</strong> nós mulheres, quanto também nos <strong>de</strong>ixou pensativas, fazendo com<br />
que passássemos a levantar um profundo questionamento: Será que somos realmente todos<br />
e todas iguais? Será que biologicamente, nós mulheres, nascemos para apren<strong>de</strong>r menos? Ou<br />
será que estes dados são a mais pura certeza <strong>de</strong> que por todo o mundo as mulheres têm sido<br />
“podadas” na sua liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão e manifestação, no seu direito <strong>de</strong> errar e/ou se<br />
isso traduz a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que nós mulheres vivemos sufocadas pelo jugo masculino em todo<br />
o planeta? A leitura <strong>de</strong>sta matéria nos <strong>de</strong>u forças para realizar este trabalho, pela razão <strong>de</strong><br />
gostarmos <strong>de</strong> matemática, também por termos participado com sucesso da Olimpíada Brasileira<br />
<strong>de</strong> Matemática, inclusive <strong>de</strong> outras etapas do processo, êxito não alcançado por outros colegas<br />
do sexo masculino, e também, mesmo sendo mulher, por nos emocionarmos com a resolução<br />
<strong>de</strong> uma equação, <strong>de</strong> um problema <strong>de</strong> aritmética ou na nossa alegria quando passamos a<br />
enten<strong>de</strong>r um fenômeno da natureza. Por compreen<strong>de</strong>rmos que esse pensamento, que meninas<br />
apren<strong>de</strong>m menos, é compartilhado inclusive por nossos pais, alguns colegas e até professores,<br />
que nitidamente fazem predileção por este ou aquele aluno; sempre propondo <strong>de</strong>safios para os<br />
meninos e para nós parecem querer apontar um caminho mais fácil, como se a nós não fosse