Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
5ª Feira · 20 de Setembro de 2007<br />
Última hora<br />
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII<br />
ASAE<br />
Preparaçãodeplano<br />
contrabioterrorismo<br />
A ASAE (Autoridade de Segurança<br />
Alimentar e Económica)<br />
está a elaborar um<br />
plano para fazer frente a<br />
eventuais situações de bioterrorismo.<br />
Embora esta<br />
ameaça não seja expectável,<br />
é preciso estar preparado,<br />
adiantouopresidenteda<br />
ASAE. Recorde-se que «o<br />
bioterrorismo tem uma<br />
abrangência muito grande,<br />
quepodeirdesdeacontaminação<br />
de alimentos até à<br />
própria água». É dentro deste<br />
âmbito que já existe «um<br />
grupodetrabalhoafazer<br />
um levantamento de todas<br />
as situações com alguma<br />
probabilidade de ocorrência<br />
e que tem a ver com o cabaz<br />
deconsumonoPaís»,explicou<br />
António Nunes. «Não<br />
fará sentido é estar a estudar<br />
a contaminação de produtos<br />
que não sejam usuais<br />
em Portugal», acrescentou.<br />
Além disto, já existem planos<br />
de controlo relativos a<br />
pesticidas e organismos geneticamente<br />
modificados.<br />
No final da conferência entre<br />
a ASAE e a Autoridade<br />
Europeia para a Segurança<br />
dos Alimentos, o ministro<br />
da Economia português,<br />
Manuel Pinho, considerou<br />
que «nunca como agora foi<br />
dada tanta importância à<br />
política de defesa dos consumidores».<br />
O <strong>Destak</strong> faz seis anos, no próximo<br />
dia 21, e estamos a preparar a festa.<br />
Lançamos-lhe o desafio: entre<br />
connosco nas celebrações e ponha<br />
«Portugal em <strong>Destak</strong>». Vale tudo,<br />
desde que com humor e bom gosto:<br />
uma “porta” de uma praça de touros,<br />
transfomada em símbolo do nosso<br />
jornal, o rosto de uma avó de lenço<br />
preto, o caos do trânsito, as ameias<br />
de um castelo, ou até um Galo de<br />
Barcelos como nunca ninguém o viu.<br />
As melhores serão publicadas ao<br />
longo das próximas semanas. Mas os<br />
vencedores terão outros fantásticos<br />
prémios.<br />
Pegue na máquina, fotografe e<br />
mande já para leitor@destak.pt<br />
JUSTIÇA O juiz do Tribunal Central de Instrução<br />
Criminal decidiu que o prazo de inquérito da<br />
“Operação Furacão” só conta a partir da entrada<br />
emvigordonovoCódigodoProcessoPenal,no<br />
passado sábado, dando novo fôlego à investigação.<br />
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII<br />
POLÍTICA<br />
Comissão Europeia<br />
nega favorecimento<br />
Na sequência de uma questão<br />
colocada por um eurodeputado<br />
belga, a Comissão Europeia (CE)<br />
negou que Durão Barroso tenha<br />
beneficiado a Somague. A CE esclareceu<br />
que a empresa não recebe<br />
fundos desde 1994/95.<br />
DESPORTO<br />
Vieira optimista para<br />
ofuturodoBenfica<br />
A derrota do Benfica em Milão<br />
não esmoreceu o optimismo<br />
de Luís Filipe Vieira, que afirmou<br />
que os encarnados estão «no<br />
bom caminho para estar sempre<br />
na Europa e, se possível, chegar<br />
ao título europeu». O presidente<br />
reiterou a ideia de ver Rui Costa<br />
como seu sucessor no clube.<br />
JUSTIÇA<br />
Demasiados presos<br />
preventivos é «mito»<br />
O Sindicato dos Magistrados<br />
do Ministério Público (SMMP)<br />
classificou ontem de «lamentável<br />
mito judiciário» a ideia de<br />
que «existem demasiados presos<br />
preventivos» em Portugal,<br />
indicando que apenas 22,7%<br />
do total de 12 803 detidos são<br />
presos preventivos. Um documento<br />
da direcção do SMMP,<br />
citando os dados mais recentes<br />
do ‘International Center<br />
for Prison Studies’, do King’s<br />
College of London, considera<br />
que a «percentagem de presos<br />
preventivos (em relação ao número<br />
total de presos) existente<br />
em Portugal é das melhores<br />
dos países ocidentais».<br />
Entretanto, a Direcção-Geral<br />
dos Serviços Prisionais (DGSP)<br />
anunciou que entre sábado e<br />
as 17 horas de ontem foram libertados<br />
135 presos preventivos.<br />
Além do termo de identidade<br />
e residência, a maioria<br />
dos indivíduos agora libertados<br />
ficaram sujeitos a outras<br />
medidas de coacção alternativas<br />
à prisão preventiva.<br />
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII<br />
OPINIÃO<br />
JOÃO CESAR DAS NEVES *<br />
A Ecolaridade<br />
A ministra da Educação anunciou o alargamento da escolaridade<br />
obrigatória para 12 anos em 2009. Será isto um<br />
avanço? Quem beneficia com esta imposição? A medida<br />
não terá naturalmente efeitos sobre os estudantes que, de<br />
qualquer maneira, desejavam já obter o ensino secundário,<br />
os que seguirem para a Universidade ou abandonarem a<br />
escola antes do 9.º ano. O único impacto será sobre aqueles<br />
que pretendiam apenas tirar o ensino básico e passarão a<br />
ser forçados a ficar mais três anos a estudar. Se esquecermos<br />
generalidades abstractas, como dizer que mais escola<br />
é sempre melhor, será que vale mesmo a pena impor esse<br />
acrescento? Aquilo que se estuda no secundário é de tal<br />
modo essencial que deve ser obrigatório? Será razoável<br />
forçar todos os cidadãos a estudar 12 anos, quer queiram<br />
quer não? Basta olhar para a lista de cadeiras e tópicos do<br />
secundário para ver que elas pouco adiantam à formação<br />
dos jovens. Os universitários terão de aprender tudo melhor,<br />
e os que saem antes não ganham muito em saber<br />
aquilo. A razão da medida é outra bem diferente.<br />
A proposta, como a maioria das decisões educativas, não<br />
tem como finalidade a sabedoria dos alunos mas o emprego<br />
dos professores. Esse é há anos o problema avassalador<br />
do Ministério da Educação. Os nossos jovens não vão ficar<br />
mais capazes para governar a sua vida e arranjar bons empregos<br />
com esses três anos a mais de escola. Mas haverá<br />
mais vagas para docentes se os 12 anos forem obrigatórios.<br />
Há décadas que as acções ministeriais são motivadas pelos<br />
interesses dos docentes, não dos estudantes.<br />
* Economista e Professor Universitário<br />
www. <strong>Destak</strong> .pt 29