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boletim 3741 - Câmara Municipal do Porto

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28 de Dezembro de 2007 Reunião Privada da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong><br />

2263<br />

De facto, a questão <strong>do</strong> financiamento da FDZHP é, em última<br />

análise, uma falsa questão. A Fundação foi criada para desenvolver<br />

fins de interesse público, articulan<strong>do</strong> a reabilitação física <strong>do</strong> Centro<br />

Histórico <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> com o seu desenvolvimento social. Em face <strong>do</strong>s<br />

seus fins públicos parece natural que a <strong>do</strong>tação orçamental fosse<br />

assegurada, quer pelo Município, quer pelo Esta<strong>do</strong> português.<br />

A FDZHP é uma instituição capaz de canalizar verbas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />

português para o <strong>Porto</strong>, operação orçamental que o PS tem sempre<br />

considera<strong>do</strong> essencial ao desenvolvimento de uma política de<br />

recuperação da Cidade.<br />

Acresce que a Fundação perdeu oportunidades de acesso aos fun<strong>do</strong>s<br />

comunitários devi<strong>do</strong> a opções e omissões <strong>do</strong> seu Conselho de<br />

Administração, maioritariamente nomea<strong>do</strong> pela actual maioria da<br />

<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Parece óbvio que se tratou de uma acção<br />

premeditada.<br />

Se estes são os factos em relação ao financiamento, o que se passa<br />

relativamente ao objecto é ainda mais significativo.<br />

A maioria PSD/PP persiste, cada vez mais sozinha, em acreditar<br />

que a reabilitação da Baixa <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e <strong>do</strong> seu Centro Histórico será<br />

possível apenas pela via <strong>do</strong> investimento imobiliário. Mas os factos e<br />

a realidade no terreno desmentem em absoluto essa visão neo-liberal.<br />

Muitos <strong>do</strong>s processos de reabilitação <strong>do</strong>s quarteirões,<br />

designadamente no Bairro da Sé, estão a chegar à fase em que será<br />

necessário promover o realojamento – temporário ou definitivo – de<br />

famílias que habitam algumas casas. Algumas dessas famílias vivem<br />

com recursos muito escassos e são absolutamente insolventes, no<br />

senti<strong>do</strong> de que nunca terão meios para ter sucesso no merca<strong>do</strong> de<br />

aluguer de habitações pós-intervenção.<br />

Resulta aqui claro que o objecto da FDZHP mantém absoluta<br />

actualidade e utilidade. Na nossa visão, partilhada aliás por muitos<br />

<strong>do</strong>s técnicos liga<strong>do</strong>s à SRU, ela seria mesmo o instrumento necessário

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