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15-28 - Universidade de Coimbra

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COLLEGIO MONDEGO<br />

Conversação franceza, ingleza e allema<br />

Miss Annie Browne Hamilton<br />

Piano, violino e orpheon<br />

D. Quintina Novaes, do Conservatorio<br />

Augusto Miranda<br />

Me<strong>de</strong>iros Franco<br />

Noticias <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> <strong>de</strong> II <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1911<br />

Desenho e pintura<br />

Dr. Serra da Motta, da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong><br />

Bellas Artes<br />

SEGÇAO FEMININA<br />

PATEO. DA INQUISIÇÃO, 14<br />

Lavores e Instrucção primaria<br />

D. Olivia Duque<br />

D. Grajiella Paes<br />

Instrucção secundaria e commercial<br />

Sousa Bergstrom<br />

Dr. Pereira da Silva<br />

Dr. Cesar <strong>de</strong> Sá<br />

Dr. Serra da Motta<br />

A. Novaes<br />

Diamantino Dinif Ferreira<br />

• v<br />

-V- - v<br />

DIRECTORES - Maria Isabel Ferreira Donato e Diamantino Diniz Ferreira<br />

Minha Irmã Maria<br />

<strong>de</strong> 12 annos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, soffria<br />

<strong>de</strong> rachitismo, e em tal<br />

estado que já ninguém<br />

contava que a vida se lhe<br />

prolongasse por muito<br />

tempo. Debal<strong>de</strong> empregava<br />

o meu tempo e dinheiro<br />

em busca <strong>de</strong> remedio para<br />

o seu mal. Ainda que tar<strong>de</strong>,<br />

comecei a ministrar-lhe a<br />

Emulsão <strong>de</strong> Scott, e o seu<br />

resultado foi-se accentuando<br />

á medida que ia tomando<br />

a Emulsão; e hôje<br />

encontra-se bôa, completamente<br />

curada, com bôas<br />

cores, e em nada transparece<br />

a doença que a<br />

torturava.<br />

Testemunho <strong>de</strong> D. ALEXANDRINA PAES DE<br />

CASTRO, da rua do Miradouro, 61, Porto, em 5 <strong>de</strong><br />

Aíosto<strong>de</strong> 1909.<br />

Taes curas são fáceis para o preparado<br />

<strong>de</strong> Scott. A tremenda energia dos ingredientes<br />

torna impossível um resultado<br />

nullo. Basta para prova a leitura das cartas<br />

recebidas dos paes ou dos doentes, e<br />

que são publicadas continuamente.<br />

Quem experimenta o<br />

PREPARADO DE<br />

SCOTT<br />

<strong>de</strong>pressa se convence <strong>de</strong> que é inteiramente<br />

differente <strong>de</strong> todas aquellas outras<br />

emulsões com que a procuram substituir.<br />

Resolvei-vos, quando for<strong>de</strong>s procurar o<br />

preparado <strong>de</strong> Scott, a não trazer para<br />

casa coisa que não seja o <strong>de</strong> Scott.<br />

NOTA: Apezar do Imposto <strong>de</strong> Sello <strong>de</strong> 50 reis por<br />

cada frasco, todas as Pharmacias e Drogarias<br />

ven<strong>de</strong>m a Emulsão <strong>de</strong> SCOTT aos preços antigos,<br />

a saber; SOO reis meio frasco e 900 reis frasco<br />

gran<strong>de</strong>.<br />

AMOSTRA gratuita, contra 200 rei» para franquia,<br />

obtem-se dos Snrs. James Casseis & Cia., Succs., Rua<br />

do Mousinho da Silveira, 85,1°, Porto.<br />

Exigir aempre a Emulsio com a marca — o homem<br />

do peixo — que significa o processo SCOTT.<br />

CAMARA MUNICIPAL<br />

Extracto dá sessão <strong>de</strong> ante hontem.<br />

Estavam presentes todos os vereadores,<br />

assumindo a presi<strong>de</strong>ncia o<br />

sr. Antonio Augusto Gonçalves.<br />

O sr. Albino Caetano <strong>de</strong>clarou<br />

ser a primeira vez que ia á Camara<br />

<strong>de</strong>pois da eleição <strong>de</strong> presi<strong>de</strong>nte e<br />

vice-presi<strong>de</strong>nte e que se achava plenamente<br />

satisfeito por essa eleição<br />

ter recaído respectivamente nos srs.<br />

Antonio Augusto Gonçalves e Rodrigues<br />

da Silva.<br />

— Em virtu<strong>de</strong> dum officio da<br />

administração do concelho, resolveu<br />

internar no Hospício duas creanças<br />

filhas <strong>de</strong> Maria da Silva, já falecida,<br />

e que ficavam ao abandono.<br />

— Lido um officio da sub-<strong>de</strong>lega-<br />

ção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, pedindo o auxilio<br />

dum fiscal <strong>de</strong> cantoneiros e dum zelador<br />

para as inspecções sanitarias a<br />

que se vae proce<strong>de</strong>r ao norte e sul<br />

do Mon<strong>de</strong>go. Como a lei <strong>de</strong>termina<br />

foi <strong>de</strong>ferido.<br />

— O sr. presi<strong>de</strong>nte informou que<br />

havia algumas petições para au<br />

gmento <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nado e para passes<br />

nos electricos, que ficavam para resolver<br />

opportunamente.<br />

— Deferido o pedido do sr. Alfredo<br />

d'Oliveira para a construcção<br />

dum kiosque, na Avenida Navarro,<br />

para venda <strong>de</strong> jornaes, tabacos, etc.,<br />

<strong>de</strong>vendo, poiém, indicar o logar<br />

on<strong>de</strong> preten<strong>de</strong> fazer a construcção.<br />

— In<strong>de</strong>ferido um requerimento<br />

para a construcção doutro kiosque<br />

na Praça 8 <strong>de</strong> Maio. O projecto<br />

foi approvado, po<strong>de</strong>ndo ser edificado<br />

noutro ponto.<br />

— Foram <strong>de</strong>feridos vários requerimentos<br />

para construcções, alinhamentos<br />

e apascentamento <strong>de</strong> rebanhos.<br />

— Por ter pedido <strong>de</strong>missão do<br />

logar <strong>de</strong> mestre da matança do Matadouro<br />

o sr. Antonio Marques Violante,<br />

foi nomeado para o substituir<br />

o sr. Bazilio dos Santos Raposo.<br />

— Resolvido que os concorrentes<br />

para o fornecimento <strong>de</strong> impressos<br />

apresentem o preço <strong>de</strong> cada mo<strong>de</strong>lo.<br />

— A Camara foi auctorisada a<br />

pagar um chéque na importancia <strong>de</strong><br />

6:429^700 réis á casa Thomson-<br />

Houston Ibérica.<br />

— Lido um officio da commissão<br />

dos habitantes da freguezia <strong>de</strong> S.<br />

Paulo <strong>de</strong> Fra<strong>de</strong>s, agra<strong>de</strong>cendo a<br />

fórma como foi recebida na ultima<br />

sessão camararia, e ainda pelos prometimentos<br />

que lhe foram feitos<br />

para tornar em melhores condições<br />

o caminho para aquella localida<strong>de</strong>,<br />

visto não po<strong>de</strong>r ser feita agora a<br />

construcção da estrada.<br />

— O sr. Ma<strong>de</strong>ira Júnior propoz<br />

que fossem convidados, por meio <strong>de</strong><br />

editaes, os indivíduos que estão em<br />

<strong>de</strong>bito á Camara, pelo <strong>de</strong>posito das<br />

urnas funerarias no jazigo municipal.<br />

Opiniões medicas sobre o<br />

Xarope Farnel<br />

Recebi na epocha a que v, s. se<br />

refere os frascos <strong>de</strong> «Xarope Farnel»<br />

que empreguei não só n'a minha clinica<br />

como também na minha própria<br />

família.<br />

Devo dizer a v. s. que o resultado<br />

em tosses <strong>de</strong> bronchite e <strong>de</strong> grippe<br />

foi maravilhoso.<br />

De V. S. Att.° e Obg.°<br />

Doutor Julio d Oliveira<br />

Pe<strong>de</strong>m-nos que chamemos a attenção<br />

da auctorida<strong>de</strong> competente<br />

para uns doze curraes mandados<br />

construir recentemente para suinos<br />

na la<strong>de</strong>ira das Alpenduradas.<br />

Não só esse local se torna encom<br />

modo pelo mau cheiro, mas também<br />

pelo grunhido dos animaes.<br />

* Os Agentes em Portugal<br />

REEMBOLSAM 0 DINHEIRO<br />

a quem não tiver tirado resultado<br />

DWOSITO Gr-RAL<br />

^R. dos Sapateiros, <strong>15</strong>,1/-LISBOA y<br />

Contra a greve<br />

Conta gran<strong>de</strong> numero d'assignaturas<br />

o seguinte protesto dirigido ao<br />

sr. governador civil <strong>de</strong>ste districto:<br />

Ex. mo Sr. Governador Civil.— Os abaixo<br />

assignados, como cidadãos portuguezes,<br />

vêem perante v. ex. a con<strong>de</strong>mnar com a<br />

mais formal indignação, esta inoportuna<br />

gréve ferro viaria, <strong>de</strong>certo maquinada e impellida<br />

pelos inimigos da Republica, no criminoso<br />

intuito <strong>de</strong> perturbar a tranquilida<strong>de</strong><br />

e normal gestão dos negocios públicos<br />

e ferir por todas as formas os mais sagrados<br />

e vitaes interesses do paiz.<br />

Os abaixo assignados protestam, pois,<br />

contra este attentado, que, na actual conjunctura,<br />

consi<strong>de</strong>ram como um verda<strong>de</strong>iro<br />

acto <strong>de</strong> perfídia e <strong>de</strong> traição á Patria.<br />

Digne-se v. ex.» traasmittir ao governo<br />

provisorio da Republica a expressão dos<br />

nossos sentimentos e a affirmação do nosso<br />

apoio <strong>de</strong>cidido e incondicional.<br />

Viva a Republica !<br />

Hontem á noite um numeroso<br />

grupo <strong>de</strong> populares percorreu as<br />

ruas da cida<strong>de</strong> em <strong>de</strong>monstração<br />

também <strong>de</strong> protesto contra a greve.<br />

Durante o trajecto foram levantados<br />

muitos vivas á Patria, á Republica<br />

e ao Governo provisorio.<br />

A Chave da Saú<strong>de</strong><br />

IA '0<br />

Muitas das pessoas, cuja saú<strong>de</strong><br />

causa inveja a quem isto lê, <strong>de</strong>vem<br />

o bom funccionamento do seu organismo<br />

e essa bella saú<strong>de</strong> florescente<br />

ao uso das Pilulas Pink. Logo<br />

que se sentem fatigadas, <strong>de</strong>primidas,<br />

abatidas, tomam as Pilulas<br />

Pink, durante alguns dias, e todos<br />

esses symptomas <strong>de</strong>sapparecem.<br />

Estas pilulas são eminentemente<br />

tónicas e <strong>de</strong>purativas. Fortificam e<br />

purificam.<br />

As Pilulas Pink dão forças, <strong>de</strong>senvolvem<br />

o appetite, facilitam as<br />

digestões, expulsam os humores e<br />

tonificam os nervos. Uma caixa <strong>de</strong><br />

Pilulas Pink representa muitos<br />

mezes <strong>de</strong> boa saú<strong>de</strong>.<br />

Pílulas Pink<br />

As Pilulas Pink foram oficialmente approvadas<br />

pela Junta Consultiva <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Estão<br />

á venda em todas as pharmacias pelo preço<br />

<strong>de</strong> 800 réis a caixa, 4 $ 400 réis as 6 caixas.<br />

Deposito geral: J. P. Bastos Sc C», Pharmacia<br />

e Drogaria Peninsular, rua Augusta, 39 a 45,<br />

Lisboa. — Sub-Agentes no Porto : Antonio<br />

Rodrigues da Costa & C\ 102, Largo <strong>de</strong><br />

S. Domingos, 103.<br />

Tracção electrica<br />

O rendimento da viação electrica<br />

nesta cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> 1 a 11 do corrente,<br />

foi o seguinte :<br />

Fm r 181 n6oo<br />

» 2 104^170<br />

» 3 893*3 5o<br />

» 4 8o®43o<br />

1 5 70^990<br />

1 6 90® 170<br />

» 7 69^970<br />

» 8 161 $01 o<br />

» 9 77»>f>8o<br />

1 10 72®53o<br />

» 63$75o-<br />

Representa uma media <strong>de</strong> g6®5i5<br />

réis por dia.<br />

#<br />

A'cerca da viação elecirica recebemos<br />

o seguinte bilhete postal para<br />

que <strong>de</strong>lle se possa aproveitar o que<br />

fôr possível. E' sempre bom lembrar<br />

alvitres.<br />

.. .Sr. Redactor<br />

Mais uma vez recorro ao seu prestimoso<br />

jornal para tratar dum as-<br />

sumpto que interessa á cida<strong>de</strong> e por<br />

isso v. .. <strong>de</strong>certo acolherá com bom<br />

grado.<br />

Trata se da tracção electrica que<br />

pa<strong>de</strong>ce <strong>de</strong> dois <strong>de</strong>feitos importantes:<br />

um o dos horários, outro o dos preços<br />

das zonas.<br />

Succe<strong>de</strong> que quem vier dos Olivaes,<br />

ou sitios proximos, para a<br />

Alta, tem <strong>de</strong> ficar na Praça da Republica<br />

esperando o carro.<br />

Sae <strong>de</strong> casa no electrico e fica<br />

sem elle no meio do caminho.<br />

Tudo isto se evitaria combinnndo<br />

um cruzamento do carro <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>n<br />

te dos Olivaes com outro ascen<strong>de</strong>nte<br />

para a <strong>Universida<strong>de</strong></strong>, na Praça da<br />

Republica.<br />

Com os carros da Estação Velha<br />

succe<strong>de</strong> outro tanto: não tem tras<br />

bordo na Praça 8 <strong>de</strong> Maio com os<br />

que seguem para a Alta.<br />

Afigura-se nos ser fácil dar remedio<br />

a estes inconvenientes que só<br />

fazem afastar os passageiros com<br />

prejuiso para o município.<br />

Actualmente os carros dos Oli<br />

vaes cruzam com os que vem da<br />

Alta !<br />

O <strong>de</strong>feito dos preços está no excesso<br />

a que foram elevados.<br />

Da Praça 8 <strong>de</strong> Maio, por exemplo,<br />

á <strong>Universida<strong>de</strong></strong> paga se 40 réis;<br />

do mesmo local á Praça da Republica,<br />

que é menos <strong>de</strong> meio caminho,<br />

paga se 3o réis.<br />

Ora o que estava naturalmente<br />

indicado era pagar-se .20 réis e outros<br />

da Praça da Republica á Alta.<br />

Continuando os preços como es<br />

tão afugentam os passageiros <strong>de</strong><br />

Santa Cruz.<br />

Pela publicação <strong>de</strong>stas linnas sou<br />

com toda a estima obrigado leitor<br />

assíduo<br />

Fortunato Novaes.<br />

Foi nomeada uma commissão para<br />

apreciar as reclamações sobre a<br />

posse tomada pelo governo dos bens<br />

das extinctas congregações religiosas.<br />

Banda d'inlantaria 23<br />

A banda d'infantaria 23, executa<br />

ámanhã, no coreto da Avenida Navarro,<br />

da i ás 3 horas da tar<strong>de</strong><br />

o seguinte programma :<br />

1.* PARTE<br />

Marcha.<br />

«Jubelo, ouverture, <strong>de</strong> Bach.<br />

«El Fúria», valsas, <strong>de</strong> Grenado.<br />

«Ronsalhis», rapsódia russa, <strong>de</strong><br />

Bernicat.<br />

2. a PARTE<br />

« Rosamun<strong>de</strong> », ouverture, <strong>de</strong><br />

Schubert.<br />

«Les Joyenses Comméres <strong>de</strong> Windsor»,<br />

<strong>de</strong> Nicolai.<br />

Hymno Nacional<br />

VERDADEIROS GRÃOS<br />

DE SAÚDE DO D FRANCK<br />

ICONTRA PRISÃO PT VENTRE J<br />

IhM US ANHO» DEXI3TSHC2A<br />

DECLARAÇÃO<br />

Antonio Rodrigues, i.° sargento<br />

d'infantaiia n.° a3, <strong>de</strong>clara, para fins<br />

convenientes, que <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser editor<br />

do jornal O Sargento <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

n.° 7, por este numero não ter sido<br />

submettido á sua apreciação antes<br />

da sua publicação, nem tão pouco<br />

ter sido consultado sobre alguns artigos<br />

que nelle se publicaram.<br />

<strong>Coimbra</strong>, 12 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1911.<br />

Antonio Rodrigues<br />

A' ULTIMA HORA<br />

A commissão dos grevistas ferroviários<br />

resolveu retomar hoje o serviço<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> garantido o augmento <strong>de</strong><br />

100 réis diários a todo o pessoal, regularisacâo<br />

<strong>de</strong> 9 a 12 horas <strong>de</strong> serviço<br />

e mantidas as disposições nas or<strong>de</strong>ns<br />

da direcção n. os 77 e 78.<br />

Esta resolução eslã pen<strong>de</strong>nte do<br />

conselho administrativo da Compa-<br />

Da Figueira da Foz foi nos hoje<br />

enviado pelo nosso correspon<strong>de</strong>nte,<br />

o seguinte telegramma :<br />

Redacção do Noticias <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>,<br />

<strong>Coimbra</strong>.<br />

Figueira da Fo14, ás 9 h. m.<br />

— Os grevistas da Companhia da<br />

Beira Alta só pe<strong>de</strong>m augmento <strong>de</strong><br />

10 contos e a <strong>de</strong>missão <strong>de</strong> 3 empre-<br />

: gados dos mais graduados.<br />

ANEMIA<br />

Rodrigues.<br />

Ai Gotas Concentradas <strong>de</strong><br />

FERRO ,<br />

BRAVAISI<br />

tit • rindli mb tfflaicutn<br />

I A M C M I A CHLOROSE<br />

A l i C I t I IA DEBILIDADE |<br />

CORES PALUBAS<br />

Tota PtvBiiiai 1 111, mi Uttpttl,<br />

PARIS. Prospecto grátis.<br />

[FAU^HgAJ^FORgA^I<br />

Movimento associativo<br />

Associação <strong>de</strong> Soccorros Mútuos Monte<br />

pio Conimbricense Martins <strong>de</strong><br />

Carvalho.<br />

AVISO<br />

Por or<strong>de</strong>m do ex. mo presi<strong>de</strong>nte da<br />

assembleia geral, são convidados os<br />

senhores associados a reunir no proximo<br />

domingo, i5 do corrente, pelas<br />

to horas da manhã, na sé<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste<br />

Monte-pio.<br />

Or<strong>de</strong>m do dia: — Resolver sobre<br />

í umas escusas enviadas por dois socios<br />

que foram eleitos para membros<br />

: da direcção.<br />

<strong>Coimbra</strong>, 7 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1911.<br />

O secretario da assembleia geral,<br />

Gonçalo Maria <strong>de</strong> Sá.<br />

A V I S O<br />

FiVam avisados os socios da Associação<br />

<strong>de</strong> Classe das Artes Graphicas,<br />

para se reunirem em assembleia<br />

geral no dia i5 do corrente, pelas<br />

10 horas da manhã, para proce<strong>de</strong>rem<br />

á eleição dos corpos gerentes.<br />

Se a reunião se não realisar por<br />

falta <strong>de</strong> numero, fica transferida para<br />

o dia 22, á mesma hora.<br />

<strong>Coimbra</strong>, 12 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1911.<br />

O secretario, Pedro Antunes Paulo<br />

CAIXEIRO<br />

Precisa se para ferro e ferragens.<br />

Rua do Viscon<strong>de</strong> da Luz, 11.<br />

O J l & J L<br />

Precisa se casa pequena ou andar,<br />

saúdavel, até taojpooo réis, não<br />

muito longe da baixa.<br />

Carta a esta redacção, ás iniciaes<br />

A. R.


EMPREGADO<br />

Offerece-se com alguma pratica<br />

coçnmercial, para escriptorio ou cobrança.<br />

Dá boas referencias e fiador.<br />

Para tratar: Tabacaria União —<br />

Sophia — <strong>Coimbra</strong>.<br />

PADARIA POPULAR<br />

(Antiga padaria do sr. Ignacio Miranda><br />

12 —Largo da Freiria—13<br />

Manuel Rodrigues da Bella<br />

t& Irmão, proprietários <strong>de</strong>sta<br />

acreditada e antiga padaria,<br />

previnem o publico e os<br />

seus estimados freguezes<br />

que no intuito <strong>de</strong> Item


ANNO IV QUARTA FEIRA, 18 DE JANEIRO DE 1911 NUMERO 341<br />

noticias <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />

Publica-se ás quartas feiras e sabbados FOLHA INDEPENDENTE Telephone n.° 331<br />

PREÇO DA ASSIGNATURA<br />

Anno, 2#>8OO ; Semestre, I #>400 ; Trimestre, 700.<br />

COM ESTAMPILHA : — Anno, 3Í>o6o; Semestre, ií&53o ;<br />

Trimestre, 765. COLONIAS PORTUGUEZAS :— Anno, 3#>o6o<br />

réis. BRAZII., 3#53o réis.<br />

AS GREVES<br />

3C<br />

No domingo <strong>de</strong> manhã o silvo<br />

da locomotiva annunciava á ci- j<br />

da<strong>de</strong> o termo da gréve ferro-via- j<br />

ria e o restabelecimento da cir- |<br />

culação dos comboios.<br />

A noticia, aguardada com justificada<br />

ancicda<strong>de</strong>, foi recebida i<br />

' ...<br />

Com o maior jubilo, dirigindo-se<br />

logo muitas pessoas á estação ;<br />

do caminho <strong>de</strong> ferro, umas para :<br />

se informarem do que havia sido<br />

resolvido e outras para seguirem<br />

viagem.<br />

O primeiro comboio que chegou<br />

a <strong>Coimbra</strong> foi o da Figueira,<br />

vindo mais tar<strong>de</strong> com algum<br />

atraso o su<strong>de</strong>xpress ascen<strong>de</strong>nte.<br />

A's 4 horas chegava o da Louzã.<br />

A's 7 da tar<strong>de</strong> era organisaJo j<br />

na estação da Pampilhosa um :<br />

comboio para Lisboa com material<br />

do sud-express, que ali se<br />

achava <strong>de</strong>morado, e isto em virtu<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> constar que o sud-express<br />

vindo do Porto <strong>de</strong>via trazer<br />

o atrazo dalgumas horas.<br />

E assim se foi restabelecendo j<br />

este serviço, que durante quatro<br />

dias — que foram como quatro j<br />

annos — fez paralysar a econo- j<br />

mia geral do paiz, causando prejuisos<br />

incalculáveis que attingi- j<br />

ram muita gente, sendo as pri- j<br />

meiras viçtimas as Companhias j<br />

e o Estado.<br />

Algumas das gréves téem merecido<br />

a sympathia do publico,<br />

mas esta pelo caracter grave que<br />

assumiu e inoportunida<strong>de</strong> que<br />

teve, ia alarmando o paiz em<br />

violentos protestos. E como esta,<br />

outras ha que não téem conseguido<br />

colher as boas graças do<br />

publico, que a final é também<br />

uma gran<strong>de</strong> victima <strong>de</strong>stes movimentos.<br />

Não preten<strong>de</strong>mos affirmar que<br />

os grévistas ferro-viarios não tenham<br />

razão nas suas reclamações;<br />

unicamente achamos ter<br />

sido mal escolhida a occasião<br />

para um movimento tão importante<br />

que affectou profundamente<br />

os mais legítimos interesses<br />

Não se comprehen<strong>de</strong> que tão<br />

alto se apregoe que se não <strong>de</strong>seja<br />

crear difíiculda<strong>de</strong>s ao governo,<br />

que carece <strong>de</strong> muita paz<br />

e da cooperação <strong>de</strong> todos para<br />

se consolidar, e que se succedam<br />

com tão gran<strong>de</strong> frequencia as<br />

Ministro das finanças<br />

Esteve no domingo nesta cida<strong>de</strong><br />

vindo <strong>de</strong> Con<strong>de</strong>ixa, on<strong>de</strong> foi visitar<br />

seu cunhado o sr. dr. Alberto Navarro,<br />

o sr. José Relvas, illustre<br />

ministro das finanças.<br />

S. ex. a regressou a Lisboa no sud<br />

express do mesmo dia.<br />

O sr. dr. Alberto Navarro encontra-se<br />

em estado muito grave.<br />

Penedo da Sauda<strong>de</strong><br />

No orçamento ordinário da Camara<br />

Municipal, que <strong>de</strong>ve achar-se<br />

em elaboração, não <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong><br />

atten<strong>de</strong>r-se ao bairro do Penedo da<br />

Sauda<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> se torna preciso ir<br />

concluindo a rua principal, para a<br />

Director e Administrador — JOÃO RIBEIRO ARROBAS O O O O O<br />

O O O O O O Proprietários — João Ribeiro Arrobas e João Henriques<br />

_<br />

REDACÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E TYPOGRAPHIA — Pateo da Inquisição, n.° 27.<br />

gréves <strong>de</strong> tantas classes, nas<br />

quaes tem sido preciso intervir<br />

o governo para auxiliar a sua<br />

solução.<br />

Em qualquer outra occasião<br />

po<strong>de</strong>ria ser justificada a opportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sses movimentos, mas<br />

a pouco tempo da mudança das<br />

instituições, para a qual é preciso<br />

um esforço gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> boa<br />

vonta<strong>de</strong>, <strong>de</strong> paz e <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>,<br />

é um erro indisculpavel<br />

E' por isto mesmo que a muita<br />

gente se afigura existir um<br />

proposito <strong>de</strong> crear dificulda<strong>de</strong>s<br />

ao governo para embaraça-lo na<br />

sua obra.<br />

A lei conce<strong>de</strong>u o direito á<br />

gréve, mas é preciso que ella não<br />

venha a ser um acto injustificado<br />

e abusivo, fóra dos preceitos mais<br />

regulamentares e justos.<br />

O governo fazendo essa concessão<br />

julgou que os interessados<br />

lhe agra<strong>de</strong>ceriam o beneficio,<br />

para afinal ser victima do favor<br />

que lhes dispensou.<br />

Oxalá que todos comprehendam<br />

a sua situação e que sejam<br />

rasoaveis nas suas pretensões,<br />

não exigindo <strong>de</strong>mais <strong>de</strong> parte a<br />

parte.<br />

E' indispensável que não falte<br />

o respeito pelo bem geral, respeito<br />

que assente nas bases dos<br />

<strong>de</strong>veres cívicos que a cada um<br />

compete.<br />

Fazemos os mais ar<strong>de</strong>ntes votos<br />

por que esteja terminado este<br />

movimento dos grévistas, que já<br />

ia creando uma profunda má<br />

vonta<strong>de</strong> por todo o paiz. Procurem-se<br />

outros meios para a solução<br />

<strong>de</strong>stes problemas sociaes<br />

— a arbitragem por exemplo —<br />

para que o publico, o governo,<br />

o proprio paiz, não venham a<br />

soffrer na sua economia e no seu<br />

bem estar.<br />

Não falte o concurso <strong>de</strong> todas<br />

as boas vonta<strong>de</strong>s para se resolverem<br />

d'ora ávante estes assumptos<br />

pelos meios mais conciliadores<br />

e suasorios.<br />

Estamos atravessando um período<br />

em que é precisa a cooperação<br />

<strong>de</strong> todos para levar a patria<br />

a bom caminho.<br />

Nada <strong>de</strong> crear difíiculda<strong>de</strong>s á<br />

vida do governo.<br />

pôr em estado <strong>de</strong> ser transitada por<br />

carros.<br />

Convém mandar arrancar umas<br />

quatro ou cinco oliveiras do talu<strong>de</strong><br />

da rotunda para ficar <strong>de</strong>safrontada<br />

a soberba paisagem que ali se disfructa;<br />

não permittir que se occupe<br />

ali terreno <strong>de</strong>masiado com o <strong>de</strong>posito<br />

<strong>de</strong> pedra, nem que se permittam<br />

ali barracas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> mau<br />

aspecto.<br />

Já que se quer ali fazer um bairro<br />

<strong>de</strong> luxo, é preciso que tudo satisfaça<br />

para esse fim.<br />

Está para breve a publicação do<br />

<strong>de</strong>creto referente á creação e distribuição<br />

da guarda nacional republi<br />

cana, por diversos pontos do paiz.<br />

Composto e impresso na typ. do NOTICIAS DE COIMBRA<br />

DR. JOSE FALCAO<br />

A MANIFESTAÇÃO DE DOMINGO<br />

O povo <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> lá foi no passado<br />

domingo em piedosa romagem<br />

ao cemiterio <strong>de</strong> Santo Antonio dos<br />

Oiivaes juncar <strong>de</strong> flores o mausoléu<br />

do dr. José Falcão, o gran<strong>de</strong> apostolo<br />

da <strong>de</strong>mocracia, prestando assim<br />

um justo preito <strong>de</strong> homenagem<br />

á sua inolvidável memoria.<br />

Organisado na Avenida Emygdio<br />

Navarro um extenso cortejo composto<br />

por todas as associações <strong>de</strong><br />

soccorros mutuos <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>, alumnos<br />

da Escola Agrícola, escolas<br />

primarias, auctorida<strong>de</strong>s civis e militares,<br />

corporações dos bombeiros<br />

voluntários e municipaes, banda <strong>de</strong><br />

infantaria 23, philarmonica «Conimbricense»,<br />

etc., <strong>de</strong>sfilou em direcção<br />

a Santo Antonio dos Oiivaes entre<br />

calorosos vivas á Republica e aos<br />

sons bellicos da «Portugueza».<br />

Quando o cortejo chegou a Cellas,<br />

foi inaugurada a lapi<strong>de</strong> commemorativa<br />

da rua do dr. José Manso<br />

Preto, fallando neste acto o intelligente<br />

académico, sr. Pedro Ferrão,<br />

correspon<strong>de</strong>nte d 'O Mundo, que<br />

num enihusiastico discurso enalteceu<br />

as qualida<strong>de</strong>s do saudoso morto,<br />

que tanto trabalhou pela Republica.<br />

Posto novamente o corte|o em<br />

marcha chegou a Santo Antonio<br />

dos Oiivaes, on<strong>de</strong> já era esperado<br />

por algumas centenas <strong>de</strong> pessoas.<br />

Junto ao tumulo do gran<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

mocrata e sábio professor, fallaram<br />

os académicos srs. Francisco Victor<br />

Duarte, pelo Centro Republicano<br />

<strong>de</strong> Santa Clara, que promoveu<br />

esta manifestação, agra<strong>de</strong>cendo<br />

ás auctorida<strong>de</strong>s, ás diversas corporações<br />

e ao povo que nella tomaram<br />

parte; Pedro Palma, pelo Centro<br />

Republicano Académico, e os srs.<br />

dr. Eduardo Vieira, em nome do<br />

Governo provisorio; Adriano do Nascimento,<br />

pela escola republicana <strong>de</strong><br />

Santo Antonio dos Oiivaes, <strong>de</strong> que<br />

é professor, e Antonio Carneiro, que<br />

pozeram em relevo as gran<strong>de</strong>s faculda<strong>de</strong>s<br />

do illustre extincto, o seu<br />

amor pela causa republicana, que<br />

tão <strong>de</strong>nodadamente <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u, referindo<br />

se também á sua obra que foi<br />

a Cartilha do Povo, que tantos benefícios<br />

prestou ao i<strong>de</strong>al que hoje<br />

nos governa.<br />

O sr. dr. Eduardo Vieira, no fim<br />

do seu discurso propoz ao povo, o<br />

que foi recebido com muitas acclamações,<br />

que se enviasse um telegramma<br />

ao sr. dr. Paulo Falcão, elogiando-o<br />

pela fórma como tem <strong>de</strong>sempenhado<br />

o elevado cargo <strong>de</strong> go<br />

vernador civil do Porto, e pedindo<br />

lhe ao mesmo tempo que continuasse<br />

a exercer esse cargo, para bem da<br />

Republica Portugueza.<br />

Todas as associações com os seus<br />

estandartes cobertos <strong>de</strong> crepes <strong>de</strong>sfilaram<br />

em frente do tumulo do dr.<br />

José Falcão, espargindo sobre elle<br />

flores <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>ira sauda<strong>de</strong>,sendo<br />

<strong>de</strong>posta também uma gran<strong>de</strong> corôa<br />

<strong>de</strong> flores naturaes, do Centro Republicano<br />

<strong>de</strong> Santa Clara.<br />

Por um grupo <strong>de</strong> socios do Cen<br />

tro Ramada Curto, foram distribuídos<br />

muitos exemplares da Cartilha<br />

do Povo.<br />

O cortejo dispersou, em seguida<br />

a este preito <strong>de</strong> homenagem pres<br />

tada ao glorioso propagandista da<br />

Republica Portugueza.<br />

Lei eleitoral<br />

Pelo projecto da nova lei eleitoral,<br />

todos os indivíduos maiores <strong>de</strong><br />

21 annos, que souberem ler e escrever,<br />

téem direito ao voto, bem como<br />

os que forem chefes <strong>de</strong> familia,<br />

vivendo <strong>de</strong> recursos proprios.<br />

Serão eligiveis todos os maiores<br />

que tiverem, pelo menos, exame <strong>de</strong><br />

instrucção primaria.<br />

Fóra dc Lisboa e Porto e no U1<br />

tramar, cada circulo elegerá 4 <strong>de</strong>putados,<br />

ficando 1 para a maioria.<br />

Lisboa e Porto, cada uma, dá 7.<br />

<strong>de</strong>putados, com representação proporcional.<br />

Pediu a <strong>de</strong>missão a Camara Municipal<br />

do Porto, tendo já sido feita<br />

a escolha dos indivíduos que a <strong>de</strong>vem<br />

constituir, e que terá por presi<strong>de</strong>nte<br />

o sr. Francisco Xavier Esteves,<br />

engenheiro.<br />

A escolha foi feita pelo governador<br />

civil sr. dr. Paulo Falcão, por<br />

<strong>de</strong>terminação do sr. ministro do interior.<br />

Foi já dada a posse.<br />

Transferencia<br />

Foi transferido para a Relação<br />

<strong>de</strong> Loanda, o juiz da Relação <strong>de</strong><br />

Lisboa sr. dr. Carlos Vellez Cal<strong>de</strong>ira<br />

por ter assignado vencido o accordam<br />

<strong>de</strong>sta Relação,, <strong>de</strong> 4 do corrente,<br />

fundamentando o seu voto na<br />

incompetência dos tribunaes communs<br />

para julgar os <strong>de</strong>lictos attribuidos<br />

ao sr. dr. Teixeira d'Abreu,<br />

como ministro <strong>de</strong> Estado.<br />

Créclie<br />

Foram ultimamente offericidos á<br />

Creche, pelos srs. dr. Augusto Barbosa<br />

e Antonio <strong>de</strong> Moura e Sá, 24<br />

metros <strong>de</strong> flanella e um cobertor <strong>de</strong><br />

papa.<br />

O sr. Daniel Baptista também<br />

affereceu a esta prestimosa institui<br />

ção a quantia <strong>de</strong> 5®ooo réis.<br />

Elei(ào<br />

Proce<strong>de</strong>u-se no domingo, no Centro<br />

dr. José Falcão, á eleição da<br />

commissão republicana municipal,<br />

em vista <strong>de</strong> ter recusado o seu mandato<br />

a que havia já sido eleita.<br />

A nova commissão ficou composta<br />

pelos seguintes srs.:<br />

Effectivos<br />

Dr. Eduardo da Silva Vieira<br />

Dr. Antonio Candido d'Almeida<br />

Leitão<br />

Dr. Augusto Lopes da Costa Pereira<br />

Candido Augusto Nazareth<br />

Gonçalo Nazareth<br />

João Augusto Machado<br />

Manuel José Telles.<br />

Substitutos<br />

José Augusto Pereira <strong>de</strong> Vasconcellos<br />

Francisco Maria da Fonseca<br />

Ricardo Pereira da Silva<br />

Cypriano <strong>de</strong> Castro Leão<br />

Manuel Nunes Ferreira<br />

Antonio Ribeiro das Neves Machado<br />

José Bastos dos Santos.<br />

O inverno<br />

O inverno este anno tem sido terrível<br />

pelo frio presistente que nos<br />

atormenta. Ha muitos annos, dizem<br />

os velhos, que não se lembram <strong>de</strong><br />

tão baixa temperatura como tem havido<br />

este anno.<br />

Em quasi toda a Hespanha tem<br />

havido gran<strong>de</strong>s nevadas, chegando<br />

a estar interrompida a ligação entre<br />

o norte e o centro <strong>de</strong> Hespanha.<br />

Paralysou ali o serviço dalguns<br />

comboios por causa da neve.<br />

O tempo conserva se sêco, com<br />

dias magníficos, mas não falta quem<br />

<strong>de</strong>seje a chuva para se modificar a<br />

temperatura que nos regela os ossos.<br />

Quando os novos se queixam,..<br />

PREÇO DAS PUBLICAÇÕES<br />

Annuncios por linha 3o réis. Repetições 20 réis.<br />

Communicados 5o réis a linha.<br />

Os srs. assignantes téem 5o por cento <strong>de</strong> abatimento.<br />

Editor: Alfredo Pessoa<br />

«Patria Nova»<br />

Deixou <strong>de</strong> ser impresso na typographia<br />

do Noticias <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> o<br />

semanario <strong>de</strong> estudantes monarchicos<br />

Patria Nova.<br />

A direcção da Associação Commercial<br />

<strong>de</strong> Braga reuniu-se para se<br />

occupar do <strong>de</strong>creto do <strong>de</strong>scanso semanal,<br />

concordando que elle satisfaz<br />

as justas aspirações do commercio<br />

das províncias, porque estabelece<br />

o principio do <strong>de</strong>scanso semanal,<br />

em regra ao domingo, <strong>de</strong> 24 horas<br />

seguidas, sem comtudo obrigar ao<br />

encerramento.<br />

Agra<strong>de</strong>cem ao ministro o <strong>de</strong>creto,<br />

o que tem sido feito também por<br />

outras corporações interessadas.<br />

UNIVERSIDADE<br />

Conferencias<br />

Com gran<strong>de</strong> assistência, que enchia<br />

quasi completamente a sala dos<br />

capellos, iniciou no domingo á noite<br />

a serie <strong>de</strong> conferencias sobre assumptos<br />

scientificos e pedagogicos, o<br />

illustre reitor sr. dr. Manuel <strong>de</strong><br />

Arriaga.<br />

Antes da conferencia fez s. ex. a<br />

a distribuição dos diplomas <strong>de</strong> prémios<br />

e accessits aos alumnos laureados<br />

no anno lectivo findo, principiando<br />

s. ex. a por fazer o elogio<br />

<strong>de</strong>sses alumnos.<br />

Terminada esta distribuição entrou<br />

o sr. dr. Arriaga na conferencia,<br />

que versou, principalmente, sobre<br />

a sciencia atravez dos tempos,<br />

dizendo que ella, a Razão, a Natureza<br />

e a Humanida<strong>de</strong> são os gran<strong>de</strong>s<br />

factores do edifício social.<br />

No principio do seu bello discurso<br />

accentuou s. ex. a o facto <strong>de</strong> não ter<br />

sido a nossa <strong>Universida<strong>de</strong></strong> nunca<br />

lembrada em testamentos para melhorar<br />

as suas condições <strong>de</strong> existência,<br />

o que é tão frequente ver no<br />

estrangeiro, e o esquecimento a que<br />

ella tem sido votada sempre pelos políticos,<br />

muitos dos quaes vieram receber<br />

nella os seus diplomas litterarios<br />

com que se honram na vida<br />

pratica.<br />

Terminou s. ex. a por dizer aos<br />

mestres que não recusem cousa alguma<br />

do que sabem aos seus alumnos,<br />

porque elles são a esperança<br />

do futuro e é com elles que a Patria<br />

tem <strong>de</strong> contar para os mais altos<br />

cargos.<br />

O sr. dr. Arriaga foi diversas vezes<br />

muito saudado com prolongadas<br />

salvas <strong>de</strong> palmas.<br />

A sala dos capellos tinha augmentada<br />

a sua illuminação e encontrava-se<br />

com as suas pare<strong>de</strong>s ornadas<br />

com colchas <strong>de</strong> <strong>de</strong>masco. Algumas<br />

tribunas estavam occupadas por senhoras.<br />

Sarau<br />

Promovido pelo Centro republicano<br />

Ramada Curto, realisa-se no<br />

dia 29 do corrente, no salão do Centro<br />

Fernan<strong>de</strong>s Costa, um sarau.<br />

Constará <strong>de</strong> números variados:<br />

musica, exercícios athleticos, versos<br />

e poesias, projecções luminosas e<br />

solo <strong>de</strong> violino, uma comedia — A<br />

Re<strong>de</strong>mpção,—do sr. Ernesto Donato,<br />

e discursos pelo6 srs. Botto Machado<br />

e dr. Ramada Curto.<br />

Como se vê, é um programma<br />

variado e attrahente.<br />

Contribuições<br />

Acha-se aberto, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia 2 até<br />

ao dia 3i do corrente mez o cofre,<br />

afim <strong>de</strong> receber todas as contribuições<br />

geraes do Estado, que po<strong>de</strong>m<br />

ser pagas em 2 prestações, menos a<br />

<strong>de</strong> juros que é paga por uma só<br />

vez.


Eléctricos<br />

E' preciso que a policia acabe<br />

com o abuso da rapasiada que se<br />

<strong>de</strong>pendura nas trazeiras dos carros<br />

eléctricos, quando andam em movimento.<br />

O diabo não quiz nada com rapazes,<br />

mas não se importe a policia<br />

com isso e evite esse espectáculo<br />

que nada tem <strong>de</strong> edificante.<br />

E' tomar conta da gaiatada que<br />

assim proce<strong>de</strong> e entrega-la na esquadra<br />

para ali dormir uma noite.<br />

Faça isto meia dúzia <strong>de</strong> vezes e<br />

verá que acaba o mau costume, que<br />

pô<strong>de</strong> originar algum <strong>de</strong>sastre.<br />

E <strong>de</strong>mais a mais os rapazes partem<br />

os vidros dos pharoes, riscam<br />

os carros, etc.<br />

Esquadra com a atrevida gaiatada.<br />

O rendimento dos electricos no<br />

domingo foi <strong>de</strong> 141,75000 réis, sendo<br />

a linha para Santo Antonio dos Olivaes<br />

a que teve maior concorren<br />

cia.<br />

O serviço dos eléctricos está assim<br />

organisado:<br />

Carreiras para a alta — <strong>de</strong> 16 em<br />

16 minutos;<br />

Carreiras para a estação velha —<br />

á hora dos comboios<br />

Carreira para os Olivaes <strong>de</strong> hora<br />

a hora.<br />

Os primeiros carros saiem ás 8<br />

horas da manhã e o ultimo para o<br />

bairro alto ás <strong>de</strong>z e meia da noite.<br />

Aos domingos ha carreiras extraordinarias.<br />

Péssima pratica<br />

Todas as segundas feiras as lava<strong>de</strong>iras<br />

acumulam montes <strong>de</strong> roupa<br />

suja ao principio da estrada da Beira<br />

e no largo <strong>de</strong> Miguel Bombarda.<br />

São mais <strong>de</strong> 5o ou 60 trouxas que<br />

ali permanecem durante algumas<br />

horas á espera que as conduzam<br />

aos seus <strong>de</strong>stinos.<br />

Muita <strong>de</strong>ssa roupa apresenta um<br />

aspecto nojento e vergonhoso.<br />

E' um quadro <strong>de</strong>primente que a<br />

<strong>de</strong>cencia exige que acabe, principalmente<br />

naquelle local, o mais concorrido<br />

e aprazível <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>.<br />

Estu<strong>de</strong>-se a maneira <strong>de</strong> pôr termo<br />

a essa pratica, que se não ve em<br />

outras terras.<br />

Como se pratica nesta cida<strong>de</strong>, é<br />

uma vergonha e um quadro repugnante,<br />

que <strong>de</strong>sacredita <strong>Coimbra</strong>.<br />

No sabbàdo á noite morreu instantaneamente<br />

no bairro <strong>de</strong> Santa<br />

'Clara, um< pobre homem que vivia<br />

<strong>de</strong> esmolas è era natural dos Ca<br />

saes do Gdmpo.<br />

Chamava-se José Villcla e foi colhido<br />

pelo áutomovel do sr. dr. Na<br />

varro, <strong>de</strong> Con<strong>de</strong>ixa.<br />

O cadaver foi conduzido para a<br />

morgue.<br />

Penitenciaria<br />

Consta nos que a alguns funccionarios<br />

da Penitenciaria <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />

foi facultado serem transferidos para<br />

a <strong>de</strong> Lisboa, caso queiram, e que<br />

serão transferidos dois ou trez.<br />

Pedimos ao sr. director da Penitenciaria<br />

<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> se digne pon<strong>de</strong>rar<br />

ao governo as difíiculda<strong>de</strong>s<br />

com que luctam alguns empregados<br />

do mesmo estabelecimento por falta<br />

Folhetim do NOTICIAS DE COIMBRA<br />

Duas revoltas <strong>de</strong> mulheres<br />

Com a auctorida<strong>de</strong> do fra<strong>de</strong> e<br />

com as explicações <strong>de</strong>lle serenaram<br />

um pouco os ânimos das revoltosas,<br />

que protestavam comtudo matarem<br />

o Lucena, se voltasse á cida<strong>de</strong>.<br />

O senado e o bispo do Porto D.<br />

João <strong>de</strong> Valladares, receiosos pelo<br />

futuro daquelle negocio, foram ter<br />

com o fugitivo e pedir lhe que tornasse<br />

ao Porto, affirmando-lhe que<br />

não correria perigo, porque as or<strong>de</strong>nanças<br />

e justiças estavam em armas<br />

e promptas a rechaçar as amotinadas,<br />

caso houvesse, o que não era<br />

provável, novo ataque. Debal<strong>de</strong> in<br />

sistiram. O homem assustadíssimo<br />

o que ambicionava era ver se fóra<br />

daquella camisa <strong>de</strong> onze varas, que<br />

a má sorte lhe andara tecendo com<br />

as malditas das maçarocas.<br />

Partiu pois logo para Madrid.<br />

Ali, ou fosse que a ancia da vingança<br />

lhe movia o animo, ou fosse<br />

dos seus-or<strong>de</strong>nados do mez findo,<br />

cuja folha não foi ainda processada.<br />

Quasi todos os empregados dali<br />

não téem outros recursos e vivem<br />

com os duros encargos <strong>de</strong> familia.<br />

E', portanto, uma boa obra apressar<br />

o pagamento dos vencimentos<br />

do mez findo.<br />

Ao sr. governador civil fazemos<br />

egual pedido certos <strong>de</strong> que seremos<br />

attendidos nesta justíssima pretenção.<br />

Interesses <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />

O sr. Antonio Juzarte Paschoal<br />

publicou e fez distribuir, sob o titulo<br />

Interesses <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, o officio<br />

que em 12 do corrente dirigiu ao<br />

sr. presi<strong>de</strong>nte da Camara Municipal.<br />

De tres assumptos principaes se<br />

occupa esse officio: Caminhos <strong>de</strong><br />

ferro—Eléctricos. — Dr. Fernan<strong>de</strong>s<br />

Costa — Carnes ver<strong>de</strong>s.<br />

Sobre o primeiro ponto opina que<br />

a cida<strong>de</strong> insista pela coostrucção da<br />

re<strong>de</strong>-ferro-viaria ao sul do Mon<strong>de</strong><br />

go, no sentido <strong>de</strong> centralisar em<br />

<strong>Coimbra</strong> o seu movimento.<br />

Com referencia aos electricos,<br />

presta homenagem ao sr. dr. Fernan<strong>de</strong>s<br />

Costa, que auxiliou muito a<br />

Camara e a animou para levar por<br />

<strong>de</strong>ante a municipalisaçáo <strong>de</strong>ste serviço.<br />

Refere se por ultimo ao <strong>de</strong>creto<br />

sobre carnes ver<strong>de</strong>s, terminando por<br />

apresentar o seguinte alvitre :<br />

a) A Camara <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

já <strong>de</strong>ve encetar negociações com a<br />

municipalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, no sentido<br />

do abastecimento, distribuído a<br />

todos os marchantes, na quarta parte<br />

do consumo, <strong>de</strong> carnes congeladas<br />

da especie lanígera.<br />

b) Organisar, <strong>de</strong> accorJo com a<br />

Camara <strong>de</strong> Lisboa, uma especie <strong>de</strong><br />

fe<strong>de</strong>ração, para o efteito, com as<br />

Camaras da Figueira, Aveiro, Porto<br />

e Vizeu, a fim <strong>de</strong> ser creado em<br />

cada uma <strong>de</strong>stas cidi<strong>de</strong>s, um boisim<br />

dos gados bovinos, lanígeros e<br />

caprinos, como existe em Lisboa,<br />

fixando semanalmente os preços, o<br />

mais uniforme possível, das varias<br />

espécies que concorrem ao mercado,<br />

fazendo-se a liquidação, ao agricultor,<br />

em harmonia com a tabella<br />

official. Este accordo <strong>de</strong>ve produzir<br />

eíYeitos seguros, pois abrange as<br />

regiões <strong>de</strong> noroeste-norte e nor<strong>de</strong>ste<br />

leste, d'on<strong>de</strong> se abastece, em geral,<br />

a marchanteria das cida<strong>de</strong>s acima<br />

referidas.<br />

c) Estabelecida a tabella <strong>de</strong> compra<br />

<strong>de</strong> gados, as mesmas entida<strong>de</strong>s<br />

organisariam a tabella <strong>de</strong> venda <strong>de</strong><br />

carnes, para evitar a exploração,<br />

tendo em conta, evi<strong>de</strong>ntemente, os<br />

legítimos interesses <strong>de</strong> todos os intervenientes<br />

cm tão importante ramo<br />

<strong>de</strong> commercio.<br />

Agra<strong>de</strong>cemos o exemplar que nos<br />

foi enviado.<br />

Thealro dos Bombeiros Voluntários<br />

Nesta casa <strong>de</strong> espectáculos que<br />

ultimamente tem passado por gran<strong>de</strong>s<br />

transformações, realisa-se no<br />

proximo domingo um espectáculo <strong>de</strong><br />

inauguração do Grupo dos Bombeiros<br />

Voluntários.<br />

Subirão á scena as peças O Canalha,<br />

em i acto, e O Filho da Republica,<br />

drama em 3 actos.<br />

que a phantasia lhe estava carregando<br />

o quadro com as côres que o<br />

medo empresta, narrou o succedido<br />

<strong>de</strong> modo que exacerbou o mais possível<br />

os ânimos da côrte hespanhola<br />

contra os habitantes do Porto.<br />

O tenue fio das maçarocas mudar-se-ia<br />

certamente em cordas <strong>de</strong><br />

forca se não fôra o presi<strong>de</strong>nte do<br />

conselho <strong>de</strong> estado, D. Carlos <strong>de</strong><br />

Aragão, e Mendo da Motta Valladares,<br />

irmão do bispo, que, interessados<br />

por este, pediram e afinal po<strong>de</strong>ram<br />

persuadir ao rei que perdoasse.<br />

Mal vae á casa on<strong>de</strong> a roca man<br />

da a espada, diz um provérbio nosso,<br />

quasi sempre verda<strong>de</strong>iro. Não<br />

sei se <strong>de</strong>sta vez mentiu o provérbio.<br />

Doze annos <strong>de</strong>pois sei que o faziam<br />

mentir aquellas duas gran<strong>de</strong>s mulheres,<br />

excepções admiraveis do seu<br />

sexo. que se chamaram D. Filippa<br />

<strong>de</strong> Vilhena e D. Luiz? <strong>de</strong> Gusmão.<br />

A outra revolta que me propuz<br />

<strong>de</strong>screvei, mais notável que a primeira<br />

e sem exemplo até então, foi<br />

a das freiras <strong>de</strong> Odivellas, no principio<br />

do reinado <strong>de</strong> D. João V,<br />

Noticias <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> <strong>de</strong> II <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1911<br />

Ponto para os actos<br />

.. .Sr. redactor<br />

Rogamos a v. .. o obsequio da<br />

publicação do que segue :<br />

No numero do seu jornal <strong>de</strong> sabbado,<br />

14 do corrente, lê-se no final<br />

da noticia epigraphada Reunião <strong>de</strong><br />

académicos, o seguinte: «Foi egualmente<br />

resolvido solicitar do governo<br />

que aos alumnos da <strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />

seja facultado o ponto para o acto<br />

como já foi permittido aos alumnos<br />

da Escola Polytechnica <strong>de</strong> Lisboa.»<br />

Ora isto não é expressão fiel do<br />

que se passou.<br />

Tal não foi resolvido, e somente<br />

quando se tratou da sujeição ao artigo<br />

2. 0 do <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> Outubro<br />

<strong>de</strong> 1910, foi pon<strong>de</strong>rada a <strong>de</strong>segualda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> situação entre os alu<br />

mnos militares da <strong>Universida<strong>de</strong></strong>, que<br />

concorrem á Escola do Exercito e<br />

os seus collegas da Escola Polyte<br />

clinica <strong>de</strong> Lisboa, havendo ponto<br />

para estes e não para aquelles.<br />

Mas como, segundo consta, o<br />

ponto nos exames foi promettido aos<br />

alumnos da Escola Polytechnica,<br />

mas ainda não <strong>de</strong>cretado, julgou se<br />

prematura qualquer reivindicação<br />

sobre tal assumpto.<br />

Agra<strong>de</strong>cendo somos <strong>de</strong> v. . . etc.<br />

<strong>Coimbra</strong>, i5 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1911.<br />

Pela commissão,<br />

Antonio <strong>de</strong> Lemos Vianna<br />

João Francisco Cavaco.<br />

Ima lei velha<br />

E' curiosa uma lei promulgada em<br />

França, em 1670, e que hoje, no<br />

século do luxo, em que se procura<br />

por' todas as formas aperfeiçoar os<br />

requintes da toilette, não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong><br />

ter opportunida<strong>de</strong> reproduzir, pelo<br />

menos este pequeno trecho, que exclusivamente<br />

se refere ás mulheres:<br />

«Qualquer que attrahir aos laços<br />

do casamento um súbdito masculino<br />

<strong>de</strong> sua magesta<strong>de</strong>, servindo se <strong>de</strong><br />

vermelhão ou al vaiado, <strong>de</strong> perfumes,<br />

<strong>de</strong> essencias, <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes e cabellos<br />

postiços, <strong>de</strong> algodão em rama, <strong>de</strong><br />

espartilhos <strong>de</strong> ferro, <strong>de</strong> marinaques,<br />

<strong>de</strong> sapatos <strong>de</strong> saltos muito altos, e<br />

<strong>de</strong> anquinhas, sofírerá a pena cor<br />

respon<strong>de</strong>nte á feiticeira, sendo tal<br />

casamento consi<strong>de</strong>rado nullo, e <strong>de</strong><br />

nenhum effeito.»<br />

Que seria das damas <strong>de</strong> hoje, se<br />

semelhante lei fosse adoptada?...<br />

Informa A Luctx que parece existir<br />

em Lisboa um syndicato, ou quer<br />

que seja, que se <strong>de</strong>dica a açambarcar<br />

os ovos para lhes fazer o preço.<br />

Se fossem só os ovos. ..<br />

Cá pela província também ha muita<br />

razão <strong>de</strong> queixa neste sentido.<br />

O governo brazileiro suspen<strong>de</strong>u<br />

por seis mezes os lentes da Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Medicina drs. Miguel Pereira<br />

e Augusto Brandão, o que foi<br />

mal recebido pelos membros da<br />

congregação.<br />

A situação na Faculda<strong>de</strong> tornouse<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> balbúrdia. Nenhuma<br />

banca <strong>de</strong> exames funccionou. De<br />

ram se vários pequenos inci<strong>de</strong>ntes,<br />

tendo também havido fortes assuadas.<br />

O governo resolveu mandar para<br />

A historia toma este facto como<br />

um dos meios <strong>de</strong> avaliar o <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nado<br />

estado <strong>de</strong> coisas daquelle tem<br />

po, e o agente francez Viganeno<br />

<strong>de</strong>lle dava expressamente conta ao<br />

governo, queixando se dos <strong>de</strong>scon<br />

certos que observava em Lisboa.<br />

Foi o caso no anno <strong>de</strong> 1713. No<br />

antece<strong>de</strong>nte uma freira <strong>de</strong> Odivellas,<br />

accusada <strong>de</strong> judaísmo, tinha si<br />

do presa por or<strong>de</strong>m do santo officio.<br />

Ao cabo <strong>de</strong> muitos mezes <strong>de</strong> martyrio,<br />

con<strong>de</strong>mnada a varias peniten<br />

cias e a comparecer no auto da fé<br />

que teve logar em to <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong><br />

1713, saiu a pobre senhora dos cárceres<br />

da inquisição e foi mandada<br />

para o seu convento. Recusaram se,<br />

porém, as outras freiras a recebe-lapretextando<br />

que a sua profissão es,<br />

tava nulla e que por isso a não po<br />

diam admittir na communjda<strong>de</strong>, da<br />

qual já não fazia parte. O car<strong>de</strong>al<br />

inquisidor propoz o caso a el rei, e<br />

<strong>de</strong>cidiu-se or<strong>de</strong>nar-lhes que a recebessem.<br />

Assim se fez, mas a or<strong>de</strong>m não<br />

foi cumprida e as freiras, que eram<br />

<strong>de</strong> antes quebrar que torcer, resol<br />

a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, uma companhia<br />

<strong>de</strong> guerra da força policial,<br />

cavallaria e infantaria, com or<strong>de</strong>ns<br />

severas, não só para manutenção<br />

da or<strong>de</strong>m como também para garantir<br />

os estudantes que quizerem<br />

fazer exames.<br />

Moção<br />

Na sessão ordinaria da segunda<br />

feira, da Junta <strong>de</strong> Parochia da freguezia<br />

da Sé Cathedral, o sr. Adriano<br />

do Nascimento apresentou a seguinte<br />

moção, que foi plenamente<br />

approvada:<br />

«Consi<strong>de</strong>rando que o partido re<br />

publicano foi sempre um partido <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>m e respeitador <strong>de</strong> todas as<br />

crenças religiosas e politicas;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que a Revolução <strong>de</strong><br />

5 <strong>de</strong> Outubro proclamando a Republica<br />

Portugueza, proclamou por<br />

consequência para todos os portuguezes<br />

honestos e que queiram o<br />

bem da sua Patria;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que o titulo <strong>de</strong><br />

adliesivos tão inconvenientemente<br />

lançado á publicida<strong>de</strong> contra aquelles<br />

que tendo sido monarchicos, resolveram<br />

adherir ás novas instituições,<br />

foi o principio <strong>de</strong> má politica,<br />

pois que todos os adherentea, sendo<br />

homens honrados, téem cabimento<br />

<strong>de</strong>ntro do partido republicano;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que o partido republicano<br />

tem a hombrida<strong>de</strong> precisa<br />

ppra expulsar todos os <strong>de</strong>shonestos<br />

e mal intencionados, sem fraquezas<br />

nem hesitações;<br />

A Junta <strong>de</strong> Parochia da Sé Cathedral,<br />

resolve:<br />

Repudiar o titulo <strong>de</strong> adliesivos tão<br />

levianamente espalhado por todo o<br />

paiz e proclamar a necessida<strong>de</strong> urgente<br />

da união <strong>de</strong> todos os cidadãos<br />

portuguezes para tratar dos altos<br />

interesses da Patria, fazendo tudo<br />

quanto couber nos seus mo<strong>de</strong>stos<br />

esforços para a realisação <strong>de</strong> tão indispensável<br />

obra».<br />

O vogal sr. Manuel Bernardo Ferreira<br />

propoz o seguinte aditamento:<br />

«Que esta moção seja profusamente<br />

espalhada pelo meio da publicação<br />

avulsa, assim como dar-lhe a<br />

maxima publicida<strong>de</strong> pela imprensa,<br />

e que a <strong>de</strong>speza seja paga por todos<br />

os membros da Junta»<br />

Estamos d'accordo.<br />

Conferencias<br />

O sr. dr. Caeiro da Matta não<br />

pou<strong>de</strong> hontem á noite fazer a sua<br />

conferencia na sala dos Capêllos.<br />

Hoje realisará uma o sr. dr. Alvaro<br />

Machado Villela sobre «Paz e<br />

Justiça».<br />

Doenças<br />

Está gravemente doente com uma<br />

meningite o filhinho querido do nosso<br />

antigo e prestimoso amigo sr.<br />

Manuel da Cruz Canellas, enfermeiro<br />

do posto medico dos concei<br />

fuados clínicos srs. drs. Cruz Amante,<br />

Luiz Rosette e Armando Gonçalves.<br />

Desejamos as melhoras da innocente<br />

creancinha.<br />

— Também tem estado doente a<br />

sr. a D,. Sophia Julia Dias, obtendo<br />

nestes últimos dias sensíveis melhoras,<br />

com o que muito nos regosijamos,<br />

<strong>de</strong>sejando-lhe o seu breve restabelecimento.<br />

veram ir em corporação representar<br />

a D. João V contra o car<strong>de</strong>al.<br />

Saíram pois do convento, caminho<br />

<strong>de</strong> Lisboa, cento e trinta e quatro<br />

madres <strong>de</strong> cruz alçada. Quando<br />

chegaram ao palacio da con<strong>de</strong>ssa do<br />

Rio, pediu lhes ella que <strong>de</strong>scanças<br />

sem ali, esperando provavelmente<br />

po<strong>de</strong>r dissoadi-las do estranho intento.<br />

Correu logo a nova em Lisboa e<br />

conhecida que foi do rei mandou<br />

alguma tropa <strong>de</strong> cavallaria para im<br />

pedir-lhes a marcha e faze las retirar.<br />

— Como não obe<strong>de</strong>cessem e os<br />

Conservassem dois dias no palacio<br />

da con<strong>de</strong>ssa, mandou-se <strong>de</strong> novo<br />

tropa com instrucções para as obrigar<br />

com força a recolher-se ao convento.<br />

Então mudaram as coisas <strong>de</strong> face<br />

O palacio cercado transformou se<br />

em fortaleza ; e as religiosas tractaram<br />

<strong>de</strong> se <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a todo transe.<br />

Sobre os sitiantes, que buscavam<br />

forçar as portas trancadas, caía uma<br />

contun<strong>de</strong>nte e grossa chuva <strong>de</strong> pa<br />

nellas, <strong>de</strong> espelhos, <strong>de</strong> tachos, <strong>de</strong><br />

quadros, <strong>de</strong> todos os moveis emfim.<br />

LIVROS E REVISTAS<br />

O Palimiro, revista quinzenal,dirigida<br />

por J.K. Vieira<br />

<strong>de</strong> Mello, Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />

Dezembro <strong>de</strong> 1910.<br />

Já nos referimos a esta prestimosa e superior<br />

publicação que tão nobremenie honra<br />

o meio litterario brasileiro dirigida, pelo<br />

talentoso escriptor e jornalista J. R. Vieira<br />

<strong>de</strong> Mello, uma das mais assignaladas intelligencias<br />

do paiz irmão. O presente numero<br />

é dos melhores que nos tem visitado,<br />

não só sob o ponto <strong>de</strong> vista espiritual, mas<br />

também material. Vem profusamente illustrado<br />

com magnificas e nítidas gravuras.<br />

Oxalá que o nosso querido amigo Vieira<br />

<strong>de</strong> Mello consiga alcançar a primasia luterana<br />

para a sua bella e'popular revista.<br />

Histoire <strong>de</strong> la Litterature<br />

Latine, por Alfred Jeanroy<br />

et Aimê Pnech, Librarie<br />

Classique Paul Delaplane,<br />

Rue Mousieur - Le - Prince<br />

Paris. '<br />

Dois professores dos mais distinctos da<br />

faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> lettras da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Paris,<br />

Alfred Jeanroy e Aimê Pnech, acabam<br />

<strong>de</strong> dar ao mercado litterario europeu a nova<br />

edição, revista, augmentada, inteiramente<br />

recomposta do seu importante trabalho<br />

Histoire <strong>de</strong> la Litterature Latine. Motivo<br />

<strong>de</strong> orgulho para todos os seus compatriotas<br />

que veem tão bello livro justamente<br />

acclamado e contentamento para os estudiosos<br />

que encontram mais um tratado <strong>de</strong><br />

conhecimentos on<strong>de</strong>, com tranquilida<strong>de</strong> e<br />

firmesa, po<strong>de</strong>m tirar duvidas sobre os assumptos<br />

<strong>de</strong>batidos.<br />

Livro <strong>de</strong> folego, entremostrando nitidamente<br />

uma erudição ilimitada e intelligencia<br />

po<strong>de</strong>rosa, merece a apreciação dos mestres<br />

no genero e o manuseio' dos que se<br />

inclinam a apren<strong>de</strong>r. Porque todos os estudantes<br />

das escolas, os que não querem<br />

ter uma educação artificial, antes preten<strong>de</strong>m<br />

retemperar o espirito nas luctas por<br />

<strong>de</strong>sbravar assumptos meditos, todos elles,<br />

repita-se <strong>de</strong>vem compulsar este extraordinário<br />

trabalho que dignifica a seus auctores<br />

entre os que o possam comprehen<strong>de</strong>r<br />

e saudar.<br />

E' na verda<strong>de</strong> completo este importante<br />

e inesquecido tratado. Dividido em períodos<br />

largos esclarecidamente nos mostra o<br />

que foi a litteratura latina através dos tempos.<br />

No primeiro periodo, o archaico, estudam<br />

os primeiros documentos, em prosa<br />

e verso, que mais nos po<strong>de</strong>m assombrar<br />

pela bellesa e superiorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que eram<br />

revestidas taes primícias em eda<strong>de</strong> tão longínqua;<br />

no segundo, largamente analysa<br />

em especial a epopeia, a tragedia, a comedia,<br />

sendo no entanto notável o capitulo<br />

que nos refere a lucta heróica para a formação<br />

da poesia nacional; no terceiro período,<br />

<strong>de</strong>liciamo-nos com a <strong>de</strong>scripçáo e a<br />

critica do poesia, eloquencia, erudição, historia;<br />

no quarto, assombram-nos com os<br />

retratos precisos e as analyses perfeitas <strong>de</strong><br />

Virgilio, Horácio, Tito-Livio, os poetas ele<br />

giacos, etc.<br />

Como se vê por esta simples e humil<strong>de</strong><br />

resenha a Histoire <strong>de</strong> la Litterature Latine<br />

é um imprescindível trabalho e sobretudo<br />

um manifesto documento da alta capacida<strong>de</strong><br />

dos seus auctores, que são dos ornamentos<br />

mais avantajados da mo<strong>de</strong>rna critica<br />

e nos quaes a França po<strong>de</strong> pôr todo<br />

o seu orgulho e veneração.<br />

A edição do importantíssimo volume<br />

pertence á livraria Clássica Editora <strong>de</strong> Paul<br />

Delaplane, que tem a plena sympathia <strong>de</strong><br />

todo um publico agra<strong>de</strong>cido pelas esplendidas<br />

obras, que annualmente lhes dá para<br />

seu <strong>de</strong>leite e satisfação.<br />

Os proprietários das barbearias<br />

<strong>de</strong>vem reunir se ámanhã, pelas 8 horas<br />

da noite, na Associação dos Artistas,<br />

para tratar <strong>de</strong> assumptos relativos<br />

ao <strong>de</strong>scanso semanal.<br />

Camara Municipal<br />

Está publicada pela Camara Municipal<br />

um edital avisando os interessados,<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 3o dias, a pagar<br />

a importancia em <strong>de</strong>bito pelo<br />

<strong>de</strong>posito <strong>de</strong> cadaveres no jazigo<br />

municipal, sob pena <strong>de</strong> elles serem<br />

sepultados.<br />

Vencida pelo inimigo a primeira<br />

difficulda<strong>de</strong> do assalto e <strong>de</strong>ntro já<br />

do palacio a profiada luta continuava<br />

incarniçada. As madres, levantando<br />

pelas avenidas do seu improvisado<br />

Castello tranqueiras <strong>de</strong> mezas<br />

e contadores e <strong>de</strong> quanto achavam<br />

á mão, iam resistindo e continuando<br />

a <strong>de</strong>stroçar os moveis da con<strong>de</strong>ssa,<br />

que lhes serviam <strong>de</strong> reducto e também<br />

<strong>de</strong> projectis.<br />

Reduzidas já ao extremo, entrincheiravam<br />

se ainda nos quartos, vindo<br />

por fim tudo ás mãos com os<br />

sargentos (só com os sargentos) que<br />

esbofeteados, arranhados e mordidos<br />

as levavam, como podiam, até<br />

os coches em que regressaram ao<br />

convento prisioneiras.<br />

Assim acabou esta peleja, que<br />

<strong>de</strong>veu parecer se com o rapto das<br />

sabinas, á parte já se vê algumas,<br />

circumstancias. As sabinas eram esposas<br />

e filhas do século e as portuguezas<br />

eram do Senhor!<br />

A. PEREIRA FERRAZ JÚNIOR,


mmmmÊ<br />

Meu filho<br />

José Urbano, que em<br />

dois annos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> era<br />

fraco e rachitico, está<br />

hôje sáclio e robusto, e<br />

o remedio encontrou-o<br />

na Emulsão <strong>de</strong> Scott. E'<br />

pois com a alma cheia <strong>de</strong><br />

alegria ao ver a creança<br />

gorda, com bôas côres e<br />

<strong>de</strong>senvolvida, que lhes<br />

escrevo esta carta <strong>de</strong><br />

agra<strong>de</strong>cimento para lhes<br />

fazer saber mais uma,<br />

para juntar a tantas outras,<br />

das curas maravilhosas<br />

<strong>de</strong> tão prodigioso<br />

medicamento.<br />

Testemunho <strong>de</strong> D. MARIA DAMASO PEREIRA,<br />

Travessa <strong>de</strong> Anselmo Braamcamp, 6, Porto, 19 <strong>de</strong><br />

Afiosto <strong>de</strong> 1909.<br />

Esta alegre narração acha-se repetida<br />

constantemente em todo o mundo, on<strong>de</strong><br />

quer que se faça uso da Emulsão <strong>de</strong><br />

Scott. A energia invencível, inherente<br />

aos finíssimos ingredientes e robustecida<br />

pelo processo <strong>de</strong> fabrico único <strong>de</strong> Scott,<br />

garante um bom resultado, embora a<br />

doença esteja muito avançada.<br />

Desejando experimentar a<br />

EMULSÃO DE<br />

SCOTT<br />

em vosso filho, rejeitae as emulsões que<br />

não sejam <strong>de</strong> Scott, aliás per<strong>de</strong>eis a cura<br />

que sò a <strong>de</strong> Scott tem o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

effectuar.<br />

NOTA : Apezar do Imposto <strong>de</strong> Sello <strong>de</strong> S0 reis por<br />

cada (rasco, todas as Pharmacias e Drogarias<br />

ven<strong>de</strong>m a Emulsão <strong>de</strong> SCOTT aos preços antigos,<br />

a saber : 500 reis meio frasco e 900 reis frasco<br />

gran<strong>de</strong>.<br />

AMOSTRA gratuita, contra 200 reis para franquia,<br />

obtem-se dos Snrs. James Casseis tc Cia., Succs., Rua<br />

do Mousinho da Silveira, 85, I o , Porto.<br />

Exigir sempre a Emulsão com a marca — o homem<br />

do peixe — que significa o processo SCOTT.<br />

OBITUÁRIO<br />

Victimado por uma peneumonia,<br />

apenas em tres dias, finou-se hontem<br />

o distribuidor postal sr. Manuel<br />

Viegas, que ha muitos annos havia<br />

sido transferido <strong>de</strong> Montemor-o-Velho<br />

para <strong>Coimbra</strong>.<br />

Fazia a distribuição no districto<br />

<strong>de</strong> Mont'Arroio, a que pertence<br />

esta redacção.<br />

Dora avante não será sem pezir<br />

que notaremos a falta do pobre e<br />

infeliz Viegas, que era das primeiras<br />

visita*! que recebíamos todos os<br />

dias na nossa ofticina, no exercício<br />

do seu cargo.<br />

Pobre Viegas!<br />

«Annaes do Notariado Portuguez»<br />

Esta importante revista jurídica<br />

que tão largas tradições tem usufruído<br />

na sua travessia por entre o<br />

publicô acaba <strong>de</strong> fazer mais um anniversario.<br />

O numero presente <strong>de</strong>monstra<br />

bem, pela sua collaboração superior<br />

e pelo seu aspecto material, que esta<br />

revista é uma das que mais variada<br />

matéria jurídica apresenta, dando<br />

logar aos maiores encomios e sympathias.<br />

Para os que se entregam á boa<br />

interpretação das leis e aos traba<br />

lhos notariaes ella é imprescindível.<br />

Ao seu director-proprietario, sr.<br />

Domingos Curado, digno notário por-<br />

tuense, e ao seu director honorário,<br />

dr. Vladimiro Pappafava, os nossos<br />

parabéns por este anniversario fazendo<br />

votos para que elles se repitam<br />

illimitadamente.<br />

31 <strong>de</strong> Janeiro<br />

Continuam os preparativos para<br />

a excursão ao Porto no dia 3i do<br />

corrente, em comboio especial.<br />

Parece que a aca<strong>de</strong>mia se associará<br />

a esta granJe manifestação em<br />

homenagem aos mortos na revolução<br />

<strong>de</strong> 3i <strong>de</strong> Janeiro.<br />

O comboio constará <strong>de</strong> carruagens<br />

<strong>de</strong> 2." e 3. a classes.<br />

Estão marcadas para este trimestre<br />

duas audiências geraes: No dia<br />

24 para julgamento <strong>de</strong> Gabriel da<br />

Costa Braga, por ter disparado um<br />

tiro em Maria da Conceição e sua<br />

filha. No dia respon<strong>de</strong> José Po<br />

reira, da Maia, por maus tratos em<br />

sua filha, <strong>de</strong> 12 annos.<br />

Theatro Avenida<br />

Fez hontem a sua estreia em<br />

<strong>Coimbra</strong>, com a opera cómica O<br />

Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Luxemburgo, a companhia<br />

do Theatro Sá da Ban<strong>de</strong>ira,<br />

do Porto.<br />

Casa quasi cheia.<br />

A peça agradou, embora a musica,<br />

que é bella para os entendidos,<br />

não seja para agradar a todos.<br />

Hoje a Rainha da Laconia e amanhã<br />

a Princesa dos Dollars.<br />

Estrada para S. Paulo <strong>de</strong> Fra<strong>de</strong>s<br />

A' Commissão administractiva<br />

municipal foi dirigido o seguinte<br />

agra<strong>de</strong>cimento:<br />

Ex. ma Commissão Administrativa<br />

do concelho <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>.<br />

A commissão que no dia 5 do<br />

corrente mez <strong>de</strong> Janeiro teve a hen<br />

ra <strong>de</strong> <strong>de</strong>pôr nas mãos do Ex. ra " Pre<br />

si<strong>de</strong>nte da Commissão Administrativa<br />

do Município <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> a representação<br />

dos habitantes da fregrezia<br />

<strong>de</strong> S. Paulo <strong>de</strong> Fra<strong>de</strong>s, pedindo<br />

a construcção duma estrada<br />

<strong>de</strong> Coselhas até á sé<strong>de</strong> daquella freguezia,<br />

vem hoje penhorada, e no<br />

cumprimento dum <strong>de</strong>ver, apresentar<br />

a tão aistincta corporacão o testemunho<br />

in<strong>de</strong>level e cor<strong>de</strong>al ao seu<br />

reconhecimento pela maneira primorosa<br />

como a recebeu e as afirmações<br />

<strong>de</strong> tão alentadora esperança<br />

<strong>de</strong> que — atten<strong>de</strong>ndo as actuaes circumstancias<br />

financeiras do município,<br />

a reclamada estrada não seria<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> já feita, mas num futuro mais<br />

ou menos proximo, e que o actual<br />

caminho será provisória e convenientemente<br />

reparado.<br />

Saú<strong>de</strong> e Fraternida<strong>de</strong>.<br />

S. Paulo <strong>de</strong> Fra<strong>de</strong>s, 12 <strong>de</strong> Janeiro<br />

<strong>de</strong> 1911.<br />

Noticias <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> <strong>de</strong> II <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1911<br />

A commissão,<br />

José Fernan<strong>de</strong>s da Cru\<br />

Manuel Soares<br />

Antonio Ribeiro S. Miguel<br />

João Murta<br />

David Fernan<strong>de</strong>s da Cru{<br />

Antonio Ferreira,<br />

VERDADEIROS GRÃOS<br />

DE SAÚDE 00 D FRANCK<br />

| CONTRA PRISÃO PT VENTRE 1<br />

IMP liS ANHOS D'EXIST£NG2A HHMI<br />

Cemitério da Concitada<br />

Foram sepultados neste cemiterio<br />

os seguintes cadaveres :<br />

Maria da Conceição, filha <strong>de</strong> João José<br />

da Silva e Sousa e Candida da Silva e Sousa,<br />

<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, <strong>de</strong> i5 dias, sepultada no<br />

dia i.<br />

Maria Fortunata, filha <strong>de</strong> Antonio <strong>de</strong> Jesus<br />

Correia e Maria <strong>de</strong> Jesus Correia, <strong>de</strong><br />

<strong>Coimbra</strong>, <strong>de</strong> 43 annos, sepultada no dia 1.<br />

Sophia, filha <strong>de</strong> João Antunes dos Reis<br />

e Anna Rita, <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, <strong>de</strong> 2 annos, sepultada<br />

no dia 2.<br />

Maria da Luz, filha <strong>de</strong> Antonio Martins<br />

e Terêza Joaquina, <strong>de</strong> Semi<strong>de</strong>, <strong>de</strong> 83 annos,<br />

sepultnda no dia 3.<br />

Abilio Ribeiro, filho <strong>de</strong> José Daniel è Ma*<br />

ria do Nascimento, <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, <strong>de</strong> 49 andos.<br />

sepultado no dia 4.<br />

Anselmo Mesquita, filho <strong>de</strong> Antonio<br />

Fernan<strong>de</strong>s Mesquita e Rita Pereira <strong>de</strong> Miranda,<br />

da Figueira da Foz, <strong>de</strong> 65 annos,<br />

sepultado no dia 5.<br />

Maria Braz, filha <strong>de</strong> Manuel Braz e An»<br />

na do Rozario, <strong>de</strong> Penacova, <strong>de</strong> 10 annos,<br />

sepultada no dia 7.<br />

Bernardo Antonio d'01iveira, filho dc<br />

Antonio d'01iveira e Maria do Carmo, d?<br />

<strong>Coimbra</strong>, <strong>de</strong> 80 annos, sepultado no dia q.<br />

José Dias Carida<strong>de</strong>, filho <strong>de</strong> Antonio<br />

Dias Carida<strong>de</strong> e Maria do Rozario, <strong>de</strong> Con<strong>de</strong>ixa,<br />

<strong>de</strong> 88 annos, sepultado no dia 10.<br />

Maria d'Assumpção, filha <strong>de</strong> Joaquim<br />

Antunes Barreira è Maria Ritta <strong>de</strong> Jesus,<br />

<strong>de</strong> Semi<strong>de</strong>, <strong>de</strong> i3 annos, sepultada no dia<br />

i3.<br />

Daniel Duarte Areosa, filho <strong>de</strong> Manuel<br />

Duarte Areosa e Maria da Conceição Oliveira<br />

Areosa, <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, <strong>de</strong> 69 annos, sepultado<br />

no dia 14.<br />

Antonio Pedro, filho <strong>de</strong> Maria Candida<br />

dos Santos, <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, dc 2 mezes, sepultado<br />

no dia 14.<br />

Ciran<strong>de</strong> parada cvclista em <strong>Coimbra</strong><br />

Pelo Sport Grupo Conimbricense<br />

vae ser promovida brevemente uma<br />

parada cyclista nesta cida<strong>de</strong>.<br />

A direcção <strong>de</strong>sta collectivida<strong>de</strong> já<br />

nomeou uma commissão para fazer<br />

a <strong>de</strong>vida propaganda.<br />

As listas da inscripção dos con<br />

correntes á parada, vão ser distri<br />

buidas em diílerentes estabelecimen<br />

tos <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> e <strong>de</strong>mais terras do<br />

paiz.<br />

CARTA DA FIGUEIRA<br />

Figueira da Fo\, 77.<br />

Vimos informar os leitores do<br />

Noticias <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, dum caso <strong>de</strong><br />

que temos <strong>de</strong> reclamar até on<strong>de</strong><br />

seja preciso.<br />

Ha mesmo á entrada da'cida<strong>de</strong><br />

uns armazéns <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira para a<br />

exploração do negocio <strong>de</strong> pescado,<br />

que muito virão prejudicar o estado<br />

sanitario da cida<strong>de</strong>, não só por algum<br />

peixe em mau estado que muitas<br />

vezes ali será <strong>de</strong>positado, mas<br />

pelo mau cheiro dos animaes que<br />

ali pren<strong>de</strong>m, quando o sol ali coin<br />

ci<strong>de</strong>. Quem o paga serão os visinhos<br />

e os transeuntes.<br />

Pedimos provi<strong>de</strong>ncias a quem<br />

competir.<br />

Temos a cida<strong>de</strong> quasi toda minada<br />

<strong>de</strong> canos e alguns proprietários<br />

não se aproveitam da canalisação.<br />

E' um perfeito abuso.<br />

—No largo Tenente Valadim ain<br />

da estacionam carroças e cliarrets.<br />

Não temos zeladores, c se os ha<br />

passam e não fazem o <strong>de</strong>vido serviço.<br />

No principio da rua das Lamas,<br />

pela manhã, está quasi impedido o<br />

transito dos peões, <strong>de</strong>vido á gran<strong>de</strong><br />

quantida<strong>de</strong> d'asininos que a-li se<br />

agglomeram, não havendo o respeito<br />

pelo codigo das posturas municipaes.<br />

A' illustre commissão municipal<br />

fazemos este pedido, porque temos<br />

inteira certeza <strong>de</strong> que o não sabe.<br />

— A junta <strong>de</strong> parochia, em sua<br />

sessão ordinaria, que effectuou no<br />

dia <strong>15</strong>, <strong>de</strong>liberou telegraphar no governo<br />

contra as gréves por inoportunas,<br />

embaraçando a marcha do<br />

governo.<br />

Louvamos esta <strong>de</strong>liberação porque<br />

a achamos muita acertada.<br />

— A's 10 horas da manhã <strong>de</strong>vem<br />

seguir para o Carvalhal, freguezia<br />

<strong>de</strong>ste concelho, os materiaes para<br />

<strong>de</strong>sinfecção, <strong>de</strong>vido á gran<strong>de</strong> epi<strong>de</strong>mia<br />

<strong>de</strong> variola que ali graça.<br />

A commissão municipal mandou<br />

também alugar naquelle logar uma<br />

casa para servir <strong>de</strong> hospital emquanto<br />

ali durar tão terrível doença,<br />

que se pô<strong>de</strong> alastrar até á cida<strong>de</strong>.<br />

E' digna <strong>de</strong> elogio a commissão.<br />

— A gréve da Companhia da Beira<br />

ficou lograda <strong>de</strong>vido aos grevistas<br />

não a terem annunciado ao governo.<br />

Ouvimos dizer que se repete,<br />

fazendo o pessoal da Beira já o seu<br />

aviso.<br />

O pessoal dos escriptorios em<br />

boa amisa<strong>de</strong> com o chefe da exploração,<br />

foi bem gratificado e augmeritado<br />

no fim do anno, vindo agora o<br />

<strong>de</strong>legado da Companhia dizer no<br />

relatorio que áquelles que andam<br />

ao sol e á chuva, a Companhia não<br />

lhes podia augmentar o or<strong>de</strong>nado<br />

<strong>de</strong>vido ás circumstancias dos seus<br />

fundos.<br />

Lembra-nos o Solar dos Barrigas,<br />

que tem dois regedores, um<br />

para fatiar e outro para as pancadas.<br />

..<br />

O molho é para os tocadores.<br />

—No proximo domingo <strong>de</strong>ve rea<br />

lisar se no sumptuoso Casino Peninsular<br />

um espectáculo em favor<br />

da familia do <strong>de</strong>sventurado Ribeiro<br />

Couto.<br />

O programma é attrahente e <strong>de</strong>lle<br />

faz parte uma banda <strong>de</strong> musica composta<br />

por perto <strong>de</strong> too executantes.<br />

Aconselhamos a que não <strong>de</strong>ixem<br />

<strong>de</strong> ir ali ouvir a magestosa banda,<br />

TRADUCÇAO<br />

DO<br />

ENGLISH READING BOOK<br />

POR<br />

(giamantino Diniz (gerreiía<br />

3®C<br />

:PIR,:EÇ!0 SOO R É I S<br />

m i I S I S IBlgg 1 1 1 3 8 ! n<br />

porque <strong>de</strong>certo tar<strong>de</strong> se farão ouvir<br />

Os Devaneios das Musas, com a<br />

correcção como já ouvimos nos ensaios.<br />

— O tempo continua bom e segue<br />

a sua marcha até ao dia 22. O frio<br />

pela manhã e á noite é bastante,<br />

comquanto o termometro está a 10.<br />

No coração do dia apparece nos um<br />

sol quente que é muito bom para<br />

os velhos e trigaes.<br />

O barometro fica a 775.<br />

— Hoje affluiu ao mercado bas<br />

tante sardinha, regulando o seu<br />

preço por 180 réis o cento.<br />

Correspon<strong>de</strong>nte.<br />

A' ULTIMA HORA<br />

DESCANSO SEMASIL<br />

A Associação Commercial <strong>de</strong>sta<br />

cida<strong>de</strong> acaba <strong>de</strong> enviar ao sr. Minis<br />

tro do Interior o seguinte telegram<br />

ma:<br />

Ex. m0 Ministro do Interior, Lisboa<br />

— A Associação Commercial <strong>de</strong><br />

<strong>Coimbra</strong> felicita e agra<strong>de</strong>ce a v. ex. a<br />

a lei do <strong>de</strong>scanso <strong>de</strong> 24 horas seguidas,<br />

sem obrigação do encerramento<br />

que ao commercio da província<br />

muito prejudicava.<br />

Esta Associação espera ainda <strong>de</strong><br />

V. Ex. 4 a maxima consi<strong>de</strong>ração na<br />

regulamentação das horas do traba<br />

lho em atten<strong>de</strong>r a differença radical<br />

entre a vida e costumes das província<br />

e dos gran<strong>de</strong>s centros.<br />

O Presi<strong>de</strong>nte,<br />

Moura Marques.<br />

REPTO<br />

Tendo o sr. Rogério <strong>de</strong> Carvalho<br />

affirmado publicamente que entre<br />

mim e o sr. dr. Luiz Pereira da<br />

Costa houvera entendimentos políticos,<br />

venho por este meio convidado<br />

a que prove a veracida<strong>de</strong> das suas<br />

affirmações, sob pena <strong>de</strong> ficar tido<br />

como um <strong>de</strong>squalificado e calumniador.<br />

<strong>Coimbra</strong>, 17 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1911. j<br />

Adriano do Nascimento<br />

•<br />

QUINTA DA MALAPCSTA<br />

VEM)E-SE<br />

4 vinte minutos da estação<br />

do caminho <strong>de</strong> ferro da<br />

Pampilhosa, com 32 hectares<br />

<strong>de</strong> area, tem pinhaes, olivaes,<br />

horta e pomar, asa <strong>de</strong><br />

habitação e cocheira.<br />

Fôro, 4$800 réis.<br />

Quem preten<strong>de</strong>r, dirija-se<br />

a E. Pcny Vidal. Itua do Crucifixo,<br />

n.° 19, 2.°, Direito-<br />

Lisboa.<br />

Maria Delphina Ribeiro, Joaquim<br />

Ribeiro, Bernardo Ribeiro, Maria<br />

José Ribeiro, Anna Ribeiro e Abilio<br />

Ribeiro, agra<strong>de</strong>cem por esta forma,<br />

por lhe ser impossível faze-lo pessoalmente,<br />

a todas as pessoas que<br />

se interessaram pela doença <strong>de</strong> seu<br />

sempre chorado marido e pae, Abilio<br />

Ribeiro, bem como áquelles que<br />

o acompanharam á sua ultima morada.<br />

A todos o seu eterno reconhecimento.<br />

<strong>Coimbra</strong>, 17 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> igii.<br />

XAROPE FAMEL<br />

M TODAS AS PHARMACIAS 00 no DEPOSITO GERAL :<br />

<strong>15</strong>, RUA doa SAPATEIROS — LISBOA.<br />

FRANCO 01 PORTE COMPRANDO DOIS FRASCOS.<br />

Movimento associativo<br />

Associacào ile Soccorros Muliios Monte<br />

pio Conimbricense Martins <strong>de</strong><br />

Carvalho.<br />

2.° AVISO v<br />

Por or<strong>de</strong>m do ex. ra0 presi<strong>de</strong>nte da<br />

assembleia geral, são convidados os<br />

senhores associados a reunir no proximo<br />

domingo, 22 do corrente, pelas<br />

10 horas da manhã, na sé<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste<br />

Monte-pio.<br />

Or<strong>de</strong>m do dia: — Resolver sobre<br />

umas escusas enviadas por dois socios<br />

que foram eleitos para membros<br />

da direcção.<br />

<strong>Coimbra</strong>, 16 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1911.<br />

O secretario da assembleia geral,<br />

Gonçalo Maria <strong>de</strong> Sá.<br />

EXPEDIENTE<br />

Os preços das publicações feitas nesta<br />

folha são:<br />

Commnuicados 50 réis a linha.<br />

Reclames na V pagina 50 réis.<br />

Annuncios na 3. a e 4. a pagina 30 réis<br />

a primeira vez, e 20 réis as repetições.<br />

Os srs. assignantes téem 50 °/0 <strong>de</strong><br />

abatimento em todas as publicações.<br />

Annuncios permanentes contracto especial.<br />

Aos srs. annnnciantes pedimos a alta<br />

fineza <strong>de</strong> indicarem nos originaes o numero<br />

<strong>de</strong> publicações que <strong>de</strong>sejam.<br />

A ADMINISTRAÇÃO.<br />

As Gottai Concentradas da<br />

FERRO BR AVAIS<br />

são O remédio mais efficaz contra<br />

E,DEBILIDADE<br />

Cores Pallidas, etc.<br />

Em todas Pb" e Drog". Desconfiar dai Imitações j


, ARREMATAÇÃO<br />

annuncio)<br />

No dia 22 do corrente mez <strong>de</strong><br />

Janeiro pelas 11 horas da manhã,<br />

á porta do tribunal judicial<br />

<strong>de</strong>sta comarca e pelo processo<br />

<strong>de</strong> execução que Manuel Antonio,<br />

solteiro, proprietário, <strong>de</strong><br />

Bordallo, move contra Adriano<br />

Pama, casado, trabalhador, do<br />

logar da Povoa, freguezia <strong>de</strong><br />

São Martinho do Bispo, que<br />

corre seus termos pelo cartorio<br />

do escrivão do quinto officio,<br />

vae pela segunda vez á praça,<br />

por meta<strong>de</strong> do seu valor, e será<br />

entregue a quem maior lanço<br />

oíferecer a proprieda<strong>de</strong> seguinte:<br />

Uma morada <strong>de</strong> casas terreas,<br />

com cerrado e seu telheiro, curraes<br />

e nmis <strong>de</strong>pendências, sita na<br />

Senhora do Carmo, no logar da<br />

Povoa, freguezia <strong>de</strong> São Martinho<br />

do Bispo, avaliada em duzentos<br />

e cincoenta mil réis e vae<br />

á praça em cento e vinte c cinco<br />

mil réis.<br />

Pelo presente são citados<br />

quaesquer credores incertos.<br />

Verifiquei a exactidão.<br />

O juiz <strong>de</strong> direito,<br />

Oliveira Pires<br />

CARNAVAL<br />

Aviso aos srs. reven<strong>de</strong>dores<br />

para que não façam as suas<br />

compras sem verem o importante<br />

mostruário que recebeu o Pitta.<br />

Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>posito <strong>de</strong> confetti e<br />

serpentinas.<br />

!!! Ninguém ven<strong>de</strong> mais barato!!!<br />

Remettem se catalogos a quem os<br />

pedir a<br />

Alberto Pitta - COIMBRA<br />

(Po<strong>de</strong> ser chamado provisoriamente<br />

pelo telephne n.° 266).<br />

"norwich m\m„<br />

Companhia Ingleza<br />

<strong>de</strong> Seguros contra fogo.<br />

Estabelecida em Portugal em 1824<br />

ESTA Companhia é a mais<br />

antiga <strong>de</strong> Portugal, e <strong>de</strong>vido<br />

á sua pontualida<strong>de</strong> e honra<strong>de</strong>z<br />

é uma das que mais seguros possue<br />

em Inglaterra e em Lisboa.<br />

AGENTES EM PORTUGAL:<br />

Jamea Rawes & C. a<br />

Rua dos Capellistas, 35<br />

Correspon<strong>de</strong>nte em <strong>Coimbra</strong> —<br />

Antonio Fernan<strong>de</strong>s & Filho — Rua<br />

do Corvo.<br />

ESCOLA NACIONAL<br />

DE<br />

AGRICULTURA<br />

VENDA DE MADEIRA DE SALGDEIRO<br />

Faz se publico que no dia 3 <strong>de</strong><br />

Fevereiro proximo, pelas 12 horas<br />

do dia, será arrematada em hasta<br />

publica na secretaria da Escola Nacional<br />

d'Agricultura, a ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong><br />

salgueiro pertencente á mesma Escola,<br />

e existente nos talhões abaixo<br />

mencionados:<br />

Talhão n.° 7, base <strong>de</strong> licitação,<br />

1 ia>5oo réis.<br />

Talhão n.° i3, base <strong>de</strong> licitação,<br />

19^000 réis.<br />

Talhão n.° 14, base <strong>de</strong> licitação,<br />

43®5oo réis.<br />

Talhão n.° 1 5, base <strong>de</strong> licitação,<br />

6®ooo réis.<br />

' O corte da ma<strong>de</strong>ira é feito por<br />

conta do arrematante sob a fiscalisação<br />

da Escola, e o praso para o<br />

corte até iS do referido mez <strong>de</strong> Fevereiro.<br />

A ma<strong>de</strong>ira po<strong>de</strong> ser examinada<br />

todos os dias úteis.<br />

Escola Nacional d'Agricultura, 16<br />

<strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1911.<br />

O Director,<br />

Antonio Pliilippe da Silva<br />

• A , i<br />

—-JLJ<br />

COMPANHIA UE SEGUROS<br />

BONANÇA<br />

SÉDE EM LISBOA<br />

Esta Companhia é uma das mais<br />

antigas e acreditadas do paiz, recommendando-se<br />

pela escrupulosa<br />

serieda<strong>de</strong> que presi<strong>de</strong> a todos os<br />

contractos. Toma seguros contra<br />

i o risco <strong>de</strong> fogo sobre prédios, mo-<br />

! bilias, estabelecimentos e também<br />

sobre riscos marítimos,<br />

j Correspon<strong>de</strong>nte em <strong>Coimbra</strong>, dr.<br />

José Araujo <strong>de</strong> Sousa Nazareth, ou,<br />

na sua ausência, João Men<strong>de</strong>s, que<br />

presta todos os esclarecimentos na<br />

rua Ferreira Borges, n.°* 20 a 26.<br />

C< >IMBRA<br />

EMPREGADO<br />

Individuo, casado, com o 5.° anno<br />

dos lyceus, offerece-se para escriptorio<br />

ou outra collocação <strong>de</strong>cente,<br />

dando fiador. Não faz questão <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>nado.<br />

Para tratar nesta redaccão.<br />

COMPANHIA DE SEGUROS<br />

FIDELIDADE<br />

Fundada em 1835—Sé<strong>de</strong> em Lisboa<br />

Capital: 1.8M:000$000 — Fundo <strong>de</strong> reserva: 505:211$041<br />

Fundo <strong>de</strong> reserva <strong>de</strong> garantia, <strong>de</strong>positado na caixa geral <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos<br />

80:000^000<br />

Noticias <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> <strong>de</strong> II <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1911<br />

Total réis... S85;2H#041<br />

- In<strong>de</strong>mnisaçôes por prejuízos pagos até 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1009<br />

3 . 9 4 7 : 1 6 2 1 0 1 1<br />

Esta companhia a mais antiga e a mais po<strong>de</strong>rosa <strong>de</strong> Portugal,<br />

toma seguros contra o risco <strong>de</strong> fogo, sobre prédios, mobílias, estabelecimentos<br />

e riscos marítimos.<br />

® e ® ® 9<br />

Correspon<strong>de</strong>nte em <strong>Coimbra</strong>: Basilio Xavier d'Andra<strong>de</strong>, Snccessor<br />

Rua do Corpo <strong>de</strong> Deus, n.° 38.<br />

t7Tm?m?T?T??T?Tmm?m????T???????T??Tmm??<br />

9®<br />

cr»<br />

e»<br />

T3<br />

TAGUS<br />

©<br />

2> 1877—LISBOA 0<br />

• II • Ml I • ! IIIMIB—I•<br />

Sé<strong>de</strong> em Lisboa — Rua da Alfan<br />

<strong>de</strong>ga, 160-1. 0<br />

Effectua seguros terrestres sobre<br />

prédios, mobílias, estabelecimentos<br />

e fabricas.<br />

Correspon<strong>de</strong>nte em <strong>Coimbra</strong><br />

José Joaquim da Silva Pereira<br />

Praça do Commrcio,14, 1.°<br />

AGUA Di) BARREIRO<br />

( B E I R A A L T A )<br />

Estimula fortemente o appetíte;<br />

cura radicalmente a anemia e chlorose,<br />

as doenças do estomago facilitando<br />

ao mesmo tempo a digestão;<br />

purifica o sangue e, no período catamenial,<br />

é infallivel reguladora das<br />

funeções <strong>de</strong>licadas das senhoras.<br />

Deposito em <strong>Coimbra</strong>.<br />

Manuel Fernan<strong>de</strong>s dAzevedo k Comp. a<br />

Praça 8 <strong>de</strong> Maio e Praça da Republica<br />

MARÇANO<br />

Precisa se sem pratica, que tenha<br />

i3 a 14 annos.<br />

Nesta redacção se diz.<br />

EMPREGADO<br />

OfFerece se com alguma pratica<br />

commercial, para escriptorio ou co<br />

branca. Dá boas referencias e fiador.<br />

Para tratar: Tabacaria União —<br />

Sophia — <strong>Coimbra</strong>.<br />

PADARIA POPULAR<br />

(Antiga padaria do sr. Ignacio Miranda,<br />

12 — Largo da Freiria —13<br />

Manuel Rodrigues da Bella<br />

«& Irmão, proprietários <strong>de</strong>sta<br />

acreditada e antiga padaria,<br />

previnem o publico e os<br />

seus estimados freguezes<br />

que no intuito <strong>de</strong> liem os<br />

servir tem na referida padaria<br />

pão <strong>de</strong> boui fabrico e <strong>de</strong><br />

todas as especies, taes corno:<br />

Pão abiscoitado, bolacha.<br />

Pão d'agua, hespanhol, para<br />

todos os preços.<br />

Pão <strong>de</strong> SO e »« réis o kilo.<br />

Todo este pão é fabricado<br />

com agua filtrada.<br />

O estabelecimento po<strong>de</strong><br />

ser visitado por todas as pessoas<br />

que assim o <strong>de</strong>sejarem<br />

vendo mesmo o fabrico do<br />

pão.<br />

Pão quente, <strong>de</strong> manhã, das<br />

6 horas ao meio dia; e <strong>de</strong><br />

tar<strong>de</strong> das 8 em <strong>de</strong>anfe.<br />

COMPRA DE CASA<br />

Compra-se uma casa, que tenha<br />

quintal. Não se <strong>de</strong>seja muito gran<strong>de</strong>,<br />

mas em bom local.<br />

Carta fechada para esta redacção,<br />

com as iniciaes J. G.<br />

Empregado para escriptorio<br />

Admitte-se um com alguma pratica.<br />

Nesta redaccão se diz.<br />

TRIPA<br />

Deposito da casa Anjos e C. a<br />

Jofio Vieira da Silva Lima<br />

VENDE-SE<br />

Um piano horisontal, em muito<br />

bom estado <strong>de</strong> conservação, proprio<br />

para estudo.<br />

Para ver e tratar na rua da Mathematica,<br />

3i.<br />

to<br />

DE<br />

MAIA, SIMOES & C. A<br />

SUCCESSORES DE<br />

Manuel Marques dos Santos<br />

27, Rua da Mathematica, 29 A<br />

COIMBRA<br />

Os actuacs proprietários<br />

<strong>de</strong>sta accrcditada e antiga<br />

padaria, participam aos seus<br />

amigos e freguezes, e ao publico<br />

em geral, que uo intuito<br />

<strong>de</strong> bem servir uo fabrico<br />

do pão, com todos os preceitos<br />

da higiene, fizeram<br />

acquisição <strong>de</strong> um (Filtro<br />

Ilalier Prucelauod',%miaute,<br />

systema Pasteur) único systema<br />

qme ganhou o maior<br />

premio na Hxposição Franceza<br />

<strong>de</strong> l»OG, que filtra SãO<br />

litros <strong>de</strong> agua por dia.<br />

Frabicam pão <strong>de</strong> toda a<br />

qualida<strong>de</strong> e para todos os<br />

preços, segundo o regulamento<br />

dos Productos Agrícolas,<br />

sendo o fabrico feito<br />

com farinhas <strong>de</strong> a. a qualida<strong>de</strong>.<br />

Pão quente a toda a hora.<br />

Este estabelecimento cstã<br />

bem montado, e com todas<br />

as condições hygienicas exigidas<br />

pelo regulamento dos<br />

Productos Agrícolas.<br />

Po<strong>de</strong> ser visitado por<br />

qualquer pessoa e a qualquer<br />

hora.<br />

Quinta das sete fontes<br />

Ven<strong>de</strong>-se esta magnifica quinta<br />

que se compõe <strong>de</strong> casas nobres<br />

com bastantes acommodações e commodida<strong>de</strong>s,<br />

cocheira, selleiros, cavallariça,<br />

curraes, jardins, terras <strong>de</strong><br />

semeadura, pomares <strong>de</strong> espinho e<br />

caroço, tanques e muita abundancia<br />

<strong>de</strong> agua, situada proximo a Cellas,<br />

e a 5 minutos <strong>de</strong> caminho no electrico.<br />

Trata se com J. A. Gabriel e<br />

Mello, rua da Sophia, g3—<strong>Coimbra</strong>.<br />

TRESPASSE<br />

Em virtu<strong>de</strong> da dissolução da socieda<strong>de</strong><br />

d'alquilaria que nesta cida<strong>de</strong><br />

grava sob a firma Soares & Garcia,<br />

trespassa-se a antiga e acreditada<br />

alquilaria Soares, sita á Avenida Navarro,<br />

pelo seu proprietário Manuel<br />

José da Costa Soares Júnior, não<br />

po<strong>de</strong>r estar á testa do mesmo estabelecimento.<br />

Trata-se nesta cida<strong>de</strong>, com o proprietário<br />

ou com o solicitador Francisco<br />

Men<strong>de</strong>s Pimentel.<br />

QUINTA DAS FONTES<br />

NA<br />

MEALHADA<br />

Ven<strong>de</strong>-se esta quinta que comprehen<strong>de</strong><br />

cerca <strong>de</strong> 320:000 metros quadrados<br />

<strong>de</strong> terreno com gran<strong>de</strong> oli<br />

vai, pomar, terra <strong>de</strong> horta, pinhaes<br />

e casa gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> habitação e cocheira.<br />

Para informações, na Mealhada,<br />

Alvaro Rodrigues Breda.<br />

Em <strong>Coimbra</strong>, José Augusto Pereira<br />

<strong>de</strong> Vasconcellos, no cartoiio<br />

do dr. Vieira, rua da Sophia, 53.<br />

Aos agricultores<br />

£oâo fieira da (Silva féima<br />

Rua Paço do Con<strong>de</strong> — COIMBRA<br />

Enxofres e sulfato <strong>de</strong> cobre<br />

Chegaram os adubos chimicos<br />

compostos para todas as culturas,<br />

assim como os elementares, Nitrato<br />

<strong>de</strong> sodlo, Sulfato d ammonio,<br />

Chloreto <strong>de</strong> potássio,<br />

Sulfato <strong>de</strong> potássio,<br />

Phosphato Thomaz e outros.<br />

Armazém <strong>de</strong> azeite, farinhas, mer<br />

cearia e muitos outros generos, o<br />

aue tudo ven<strong>de</strong> a preços muito re<br />

duzidos.<br />

REFINAÇÃO DASSUCAR<br />

"Collegio Portugaez,,<br />

Praça da Republica<br />

(Aniigo Largo D. Lui{, n." 32)<br />

COIMBRA<br />

Recebem-se, a partir <strong>de</strong> i <strong>de</strong> Janeiro<br />

<strong>de</strong> 1911, educandas internas,<br />

semi internas e externas.<br />

TERRENOS<br />

Ven<strong>de</strong>m-se em muito bom local e<br />

com lindas vistas, alguns lotes <strong>de</strong><br />

terreno com 10 metros <strong>de</strong> frente no<br />

bairro <strong>de</strong> Cellas, proximo á entrada<br />

<strong>de</strong> Santo Antonio dos Oiivaes. Não<br />

tem escavações a fazer e são servidos<br />

pela linha electrica.<br />

Para tratar com Antonio Nunes<br />

Correia, Praça 8 <strong>de</strong> Maio, 33 a 37.<br />

VENOEM-SE<br />

Ven<strong>de</strong>m se as portas interiores <strong>de</strong><br />

5 janellas <strong>de</strong> sacadas, novas, <strong>de</strong> pinho-<br />

Preço muito resumido. Tratase<br />

na rua <strong>de</strong> S. Pedro, n.° 4.<br />

ARMAZÉM<br />

Arrenda-se um gran<strong>de</strong> armazém<br />

nos baixos do Collegio Mon<strong>de</strong>go, no<br />

Pateo da Inquisição.<br />

Me<strong>de</strong> 3bo metros quadrados.<br />

Para tratar: Diamantino Diniz Ferreira.<br />

CASA<br />

Arrenda-se uma casa, nova, com<br />

um andar, aguas furtadas e quintal,<br />

em Montes Claros.<br />

Tem 10 divisões e uma varanda<br />

para o quintal.<br />

Trata-se com José Ribeiro, na<br />

mesma casa.<br />

José Antnnes (filho)<br />

Professor da orquestra do extincto<br />

Real Theatro <strong>de</strong> S. João d'Opera<br />

Lyrica, do Porto, sócio e musico<br />

da Associação <strong>de</strong> Lisboa dos Músicos<br />

Portugueses e professor <strong>de</strong> musica<br />

no Collegio Ursulino, lecciona<br />

sulfejo, rudimentos, bandolim, banjolim,<br />

violão, violino, (rabeca), banjo,<br />

piano, violoncello, contra-basso, etc.<br />

Toma parte em tudo que diga<br />

respeito á musica. Gran<strong>de</strong> archivo<br />

<strong>de</strong> sexteto e orquestra. Compram-se<br />

pianos.<br />

Dourador e prateador.<br />

Galvanisação pelos mais<br />

mo<strong>de</strong>rnos processos.<br />

Rua da Manutenção militar, n. oí<br />

9 e 11 — <strong>Coimbra</strong>.<br />

LEI DO INQUILINATO<br />

Joaquim Aibino Gabriel e Mello,<br />

antigo solicitador encartado, encarrega-se<br />

da administração <strong>de</strong> prédios,<br />

fazendo arrendamentos, recebendo<br />

rendas e dar mensalmente para as<br />

repartições <strong>de</strong> fazenda as respectivas<br />

relações para evitar multas aos<br />

senhorios, segundo a nova lei do<br />

inquilinato.<br />

A sua longa pratica <strong>de</strong> solicitador<br />

e <strong>de</strong> serviços fazendarios, são prova<br />

da sua competência. Agencia muito<br />

resumida.<br />

Escriptorio, rua da Sophia, 93,<br />

i.°, <strong>Coimbra</strong>.<br />

CASA<br />

Ven<strong>de</strong>-se uma em Santo Antonio<br />

dos Oiivaes, com agua canalisada.<br />

Passagem d'electricos á porta.<br />

Nesta redacção se diz.<br />

V E N D E - S E<br />

Trez potes <strong>de</strong> lata para azeite, <strong>de</strong><br />

diversos tamanhos, comportando o<br />

maior 1:200 litros.<br />

Um fogão <strong>de</strong> ferro, para sala;<br />

uma balança <strong>de</strong> braços, em bom estado,<br />

po<strong>de</strong>ndo pezar 200 kilos.<br />

Uma mobilia <strong>de</strong> sala, <strong>de</strong> mogno,<br />

em bom uso.<br />

Uma escrivaninha <strong>de</strong> nogueira.<br />

Um piano horisontal, em muito<br />

bom estado, proprio para estudo.<br />

Para ver e tratar na rua da Mathematica,<br />

n.° 3i.


ANNO<br />

noticias<br />

IV SABBADO,<br />

<strong>de</strong><br />

21 DE JANEIRO DE<br />

<strong>Coimbra</strong><br />

1911 NUMERO 348<br />

Pnblica-se ás quartas feiras e sabbados P O L U A IlsriDEFElsrnDElSrTE Teleplione n.° 351<br />

PREÇO DA ASSIGNATURA<br />

Anno, 2#>8OO ; Semestre, i #400; Trimestre, 700.<br />

COM ESTAMPII.HA : — Anno, 3iS>o6o; Semestre, i#>53o;<br />

Trimestre, 765. COLONIAS PORTUGUEZAS :—Anno, 3#o6o<br />

réis. BRAZII., 3#530 réis.<br />

HAJA MUITA PRUDÊNCIA<br />

Estamos atravessando um regimen<br />

transitorio para que é preciso<br />

trabalhar muito e bem.<br />

Carece o paiz do concurso <strong>de</strong><br />

todas as boas vonta<strong>de</strong>s para levar<br />

por <strong>de</strong>ante a sua obra <strong>de</strong><br />

regeneração. Nada <strong>de</strong> crear attri-<br />

Ctos nem difficulda<strong>de</strong>s. Nada <strong>de</strong><br />

preparar mal a opinião duns contra<br />

os outros <strong>de</strong>ntro da gran<strong>de</strong> e<br />

generosa família portugueza.<br />

Ainda ha pouco reproduzimos<br />

um brilhante artigo da Lucta,<br />

em, que se aíflrmava que a Republica<br />

precisa do apoio <strong>de</strong> todos<br />

os portuguezes que, com as<br />

melhores intenções, se alistam no<br />

partido <strong>de</strong>mocrático.<br />

E assim é.<br />

Ha muita gente que foi sempre<br />

monarchica e outra indifferente<br />

aos manejos da politica.<br />

Reconheciam que a governação<br />

publica corria <strong>de</strong> mal a peor e<br />

que o credito do paiz andava<br />

profundamente abalado no estrangeiro.<br />

Anceavam, como bons patriotas,<br />

que uma gran<strong>de</strong> transformação<br />

se operasse nos nossos costumes<br />

políticos para levar a Patria<br />

a melhores dias. Queriam<br />

ver Portugal voltar aos seus áureos<br />

tempos <strong>de</strong> paz e felicida<strong>de</strong>,<br />

embora lhes perturbasse um pouco<br />

o espirito o receio da transição<br />

do regimen.<br />

Essa transformação operou-se<br />

no dia 5 <strong>de</strong> Outubro e, felizmente,<br />

sem essas gran<strong>de</strong>s ondas<br />

<strong>de</strong> sangue que muitos receavam.<br />

Implantado o novo regimen, o<br />

paiz recebeu-o sem <strong>de</strong>sgosto, antes<br />

pelo contrario com o applauso<br />

que téem sempre as i<strong>de</strong>ias<br />

novas e esperançosas.<br />

Muitos dos a<strong>de</strong>ptos da monarchia<br />

e dos taes indifferentes foram<br />

os primeiros a acceitar sem<br />

reluctancia e até com agrado a<br />

gran<strong>de</strong> mudança politica com a<br />

esperança <strong>de</strong> ver a sua patria<br />

entrar em melhores dias <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong><br />

pela paz, pela or<strong>de</strong>m, pela<br />

liberda<strong>de</strong>, pela justiça e pela boa<br />

administração publica<br />

Erradamente, porém, pensam<br />

alguns que esses monarchicos <strong>de</strong><br />

hontem, embora bons patriotas<br />

e sinceramente <strong>de</strong>dicados á nova<br />

causa, <strong>de</strong>vem ser hostilisados<br />

num accentuado movimento <strong>de</strong><br />

repulsão<br />

Não é assim que se captivam<br />

a<strong>de</strong>ptos nem se ganham sympathias.<br />

Ao proprio governo não<br />

agrada esta orientação <strong>de</strong>sacer-<br />

Quintanistas <strong>de</strong> direito<br />

Os quintanistas <strong>de</strong> direito <strong>de</strong>sistiram<br />

<strong>de</strong> levar a effeito a recita <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>spedida, por faltarem em Coim<br />

bra alguns académicos que <strong>de</strong>viam<br />

entrar no espectáculo.<br />

Talvez realisem uma excursão á<br />

Batalha.<br />

O sr. Antonio da Fonseca e Costa<br />

Júnior, atirador classificado da carreira<br />

<strong>de</strong> tiro <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, actual-<br />

3C-<br />

Director e Administrador — JOÃO RIBEIRO ARROBAS O O O O O<br />

O O O O O O Proprietários — João Ribeiro Arrobas e João Henriques<br />

•<br />

tada que alguns acceitam e seguem<br />

como boa.<br />

Num regimen <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong> justiça não faz bom sentido<br />

envolver o paiz em discórdias<br />

para não termos <strong>de</strong> supportar<br />

uma lucta civil, que seria o peor<br />

<strong>de</strong> todos os males.<br />

Comprehen<strong>de</strong>-se que haja excepção<br />

para os que, pelos seus<br />

actos e pela propaganda das suas<br />

afirmações publicas se mostram<br />

contrários ao novo regimen. Sejam<br />

estes afastados dos que sentem<br />

verda<strong>de</strong>iro amor pela causa<br />

republicana; mas envolver tudo<br />

e todos no mesmo numero para<br />

consi<strong>de</strong>ra-los inimigos irreconciliáveis<br />

das novas instituições, é<br />

um erro in<strong>de</strong>sculpável que pô<strong>de</strong><br />

originar consequências terríveis.<br />

Ha tempo um pequeno grupo<br />

<strong>de</strong> indivíduos entrou na egreja<br />

do Loreto, em Lisboa, e praticou<br />

ali um <strong>de</strong>sacato <strong>de</strong> tal or<strong>de</strong>m que<br />

mereceu a justa reprovação <strong>de</strong><br />

toda a gente sensata. Como essa<br />

egreja pertence aos italianos, foi<br />

pedida a intervenção do respectivo<br />

ministro, que ali compareceu<br />

com o sr. ministro da justiça.<br />

Apreciados os factos e trocadas<br />

as explicações <strong>de</strong>vidas, julgou-se<br />

o caso resolvido, sem outras<br />

consequências; mas não<br />

aconteceu assim. A noticia <strong>de</strong>ssa<br />

lamentavel occorrencia saiu as<br />

fronteiras <strong>de</strong> Portugal e correu<br />

mundo, augmentada, como sempre,<br />

por excessos <strong>de</strong> reportagem.<br />

O governo italiano or<strong>de</strong>nou<br />

agora a vinda do couraçado Roma<br />

para proteger os seus súbditos<br />

em Portugal.<br />

Deu-se importancia <strong>de</strong> mais<br />

ao facto e a tal ponto que aquelle<br />

governo tomou aquella resolução,<br />

que se evitaria se tudo e<br />

todos se mantivessem em boa<br />

paz e boa or<strong>de</strong>m sem crear attrictos<br />

<strong>de</strong> especie alguma ao governo<br />

da Republica.<br />

Por parte da imprensa republicana<br />

tem-se abordado ultimamente<br />

este assumpto. Vae-se<br />

assim modificando a opinião<br />

publica, no que se presta um<br />

gran<strong>de</strong> serviço ao novo regimen<br />

e ao bem estar do paiz.<br />

Filhos todos da patria portugueza,<br />

vivamos todos em boa<br />

paz e tranquilamente, sem resentimentos<br />

nem agravos duns para<br />

os outros.<br />

E' isto que o bom senso aconselha. <br />

mente soldado em infantaria 23, vae<br />

ter baixa do serviço activo do exercito<br />

logo que complete 100 dias <strong>de</strong><br />

alistamento, por se encontrar ao<br />

abrigo das faculda<strong>de</strong>s que a lei confere<br />

aos atiradores civis classificados.<br />

Notas falsas<br />

Dizem que andam por ahi notas<br />

falsas <strong>de</strong> 203&000 réis.<br />

Cuidado com ellas.<br />

REDACÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E TYPOGRAPHIA — Pateo da Inquisição, n.° 27.<br />

Composto e impresso na typ. do NOTICIAS DE COIMBRA<br />

DR. FERNANDES COSTA<br />

A SUA DESPEDIDA<br />

Chegou na quarta feira á noite a<br />

esta cida<strong>de</strong> o sr. dr. Fernan<strong>de</strong>s<br />

Costa, que foi esperado na estação<br />

do caminho <strong>de</strong> ferro por gran<strong>de</strong> numero<br />

<strong>de</strong> amigos e admiradores que<br />

lhe fizeram uma recepção muito af<br />

fectuosa.<br />

No tribunal<br />

O sr. dr. Fernan<strong>de</strong>s Costa foi<br />

hontem ao tribunal para a <strong>de</strong>feza<br />

duma causa commercial e aprovei<br />

tou este ensejo para fazer as suas<br />

<strong>de</strong>spedidas <strong>de</strong>ste tribunal, on<strong>de</strong> s.<br />

ex. a fez a sua estieia e do qual leva<br />

as mais gratas recordações.<br />

Tendo <strong>de</strong> se ausentar do reino<br />

não se esquecerá nunca nem dos<br />

funccionarios do tribunal <strong>de</strong>sta comarca,<br />

a quem presta a sua homenagem<br />

<strong>de</strong> reconhecimento, nem <strong>de</strong>sta<br />

terra muito sua, pois aqui viveu largos<br />

annos e aqui conta muitas relações<br />

pessoaes.<br />

O meritissimo juiz do tribunal e<br />

os advogados srs. drs. José Alberto<br />

dos Reis e Antonio Garrido referiram<br />

se ao sr. dr. Ferna<strong>de</strong>s Costa,<br />

elogiando-o pelo seu talento e caracter.<br />

A sessão solemne<br />

Foi brilhantíssima a sessão solemne<br />

promovida pela direcção do<br />

Centro dr. Fernan<strong>de</strong>s Costa em<br />

honra do seu illustre patrono, que<br />

por algum tempo se vae afastar do<br />

seu paiz tão querido para exercer a<br />

alta e espinhosa missão <strong>de</strong> cônsul<br />

geral <strong>de</strong> Portugal no Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

A vasta sala <strong>de</strong>ste Centro estava<br />

completamente cheia, vendo-se representadas<br />

todas as classes sociaes<br />

por quem o vulto eminente do sr.<br />

dr. Fernan<strong>de</strong>s Costa é tão querido.<br />

Presidiu a esta festa o sr. dr.<br />

Cerqueira <strong>Coimbra</strong>, illustre chefe<br />

<strong>de</strong>ste districto, secretariado pelos<br />

srs. Francisco Villaça da Fonseca e<br />

Francisco Antonio dos Santos, membro<br />

do centro.<br />

O sr. dr. Cerqueira <strong>Coimbra</strong> <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> ter agra<strong>de</strong>cido o ser escolhido<br />

para presidir a esta festa em<br />

honra dum dos seus maiores amigos,<br />

abriu a sessão, discursando os<br />

srs. dr. Antonio Leitão, dr. Eduardo<br />

Vieira, Gualberto Mello,'dr. Angelo<br />

da Fonseca, dr. Luiz Rosette e<br />

Marques Gue<strong>de</strong>s, que tiveram para<br />

o sr. dr. Fernan<strong>de</strong>s Costa palavras<br />

as mais elogiosas, pondo em relevo<br />

as suas brilhantes qualida<strong>de</strong>s, o seu<br />

amor pela Republica, por que tanto<br />

se tem sacrificado, e quanto estre<br />

mece <strong>Coimbra</strong>, que consi<strong>de</strong>ra como<br />

sua terra natal.<br />

Alguns oradores foram entusiasticamente<br />

acclamados e os seus<br />

discursos foram por vezes interrompidos<br />

com palmas e successivos vivas.<br />

Depois <strong>de</strong> tantas palavras amigas<br />

e justas referencias dirigidas ,ao sr.<br />

dr. Fernan<strong>de</strong>s Costa, disse s. ex. a<br />

que, no intuito <strong>de</strong> bem servir o seu<br />

paiz, o vae abandonar, assim como<br />

sua familia e os seus amigos, que<br />

tanto o estremecem, mas que fiquem<br />

certos que lá fóra saberá levantar a<br />

patria portugueza, e fazer <strong>de</strong>sapparecer<br />

a má impressão que a maior<br />

parte dos nossos compatriotas possue<br />

ainda, <strong>de</strong> que as actuaes instituições<br />

são <strong>de</strong> <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m e immoralida<strong>de</strong>.<br />

Elie ali está para agra<strong>de</strong>cer<br />

a gran<strong>de</strong> prova <strong>de</strong> sympathia e amiza<strong>de</strong><br />

que o povo <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> lhe<br />

está prestando.<br />

A apresentação do sr. dr. Fernan<strong>de</strong>s<br />

Costa provocou em toda a numerosa<br />

assistência a mais ruidosa e<br />

vibrante manifestação.<br />

Agra<strong>de</strong>ceu muito Commovido a<br />

sincera homenagem que o povo <strong>de</strong><br />

<strong>Coimbra</strong> lhe estava prestando, a<br />

quem é tão grato e está ligado pelos<br />

mais affectuosos laços.<br />

Cada conimbricense, disse s. ex. 4 ,<br />

tem em mim um verda<strong>de</strong>iro amigo,<br />

e <strong>de</strong>ntro ou fora do meu paiz po<strong>de</strong>rá<br />

contar com o seu auxilio, em<br />

bora insignificante.<br />

Estima muito <strong>Coimbra</strong>, pois foi<br />

aqui que apren<strong>de</strong>u a ser homem,<br />

on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolveu a sua intelligencia,<br />

e foi com os republicanos <strong>de</strong><br />

<strong>Coimbra</strong> que apren<strong>de</strong>u a ser soldado<br />

da Republica e a ter por ella o<br />

amor que hoje está entranhado no<br />

seu espirito.<br />

De todos se <strong>de</strong>spedia muito reconhecido,<br />

com um saudoso e frater<br />

nal abraço, porque sempre nesta<br />

terra recebeu provas <strong>de</strong> estima, con<br />

si<strong>de</strong>ração e pura amisa<strong>de</strong> que sem<br />

pre o acompanharão.<br />

As palavras do sr. dr. Fernan<strong>de</strong>s<br />

Costa foram coroadas com vibrantes<br />

salvas <strong>de</strong> palmas e freneticos<br />

vivas á Patria, ao Governo Provisorio,<br />

á Republica, etc., terminando<br />

assim a <strong>de</strong>spedida aftectuosa do sr.<br />

dr. Fernan<strong>de</strong>s Costa, á qual nos associamos<br />

também<br />

O orpheon feminino do Collegio<br />

Mon<strong>de</strong>go, que abriu esta simpathica<br />

festa, foi muito applaudido <strong>de</strong>vido á<br />

correcção como as creanças executaram<br />

alguns números, entre elles a<br />

Sementeira, que foi ouvida com<br />

gran<strong>de</strong> empenho por não ser ainda<br />

ouvida nesta cida<strong>de</strong>.<br />

As nossas felicitações ao regente<br />

e ensaiador, o académico sr. Me<strong>de</strong>iros<br />

Franco, assim como ao nosso<br />

amigo sr. Diamantino Diniz Ferreira,<br />

que com todos os seus alumnos se<br />

associou também á sessão <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<br />

pedida dum dos gran<strong>de</strong>s amigos <strong>de</strong><br />

<strong>Coimbra</strong>.<br />

A' sessão, entre outros, assistiram<br />

os srs. coronel Rego Chagas, major<br />

Ban<strong>de</strong>ira, capitão Brito d°AImeida e<br />

tenente Costa Cabral.<br />

Os srs. João Correia Ayres <strong>de</strong><br />

'-Campos e dr. Sidonio Paes, que não<br />

pu<strong>de</strong>ram assistir á sessão solemne,<br />

aquelle por motivo <strong>de</strong> doença, enviaram<br />

cartas ao sr. presi<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong>clarando<br />

associarem-se sinceramente<br />

á homenagem em honra do sr.<br />

dr. Fernan<strong>de</strong>s Costa.<br />

*<br />

O sr. dr. Ferna<strong>de</strong>s Co$


Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Defeza e<br />

Propaganda <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />

Sessão ordinaria, em 16 <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Presentes : dr. Carlos d'Oliveira,<br />

dr. Rodrigo Araujo, Pedro Fian<strong>de</strong>ira,<br />

José Antonio dos Santos e Albino<br />

Caetano da Silva.<br />

Lida e approvada a acta antece<br />

<strong>de</strong>nte.<br />

— Leitura do expediente: Convite<br />

da Socieda<strong>de</strong> Thomson Houston<br />

Ibérica para assistir á inauguração<br />

da tração electrica em <strong>Coimbra</strong>.<br />

Resolveu-se agra<strong>de</strong>cer e dizer que,<br />

pela ausência <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> nessa<br />

occasião do presi<strong>de</strong>nte e vice presi<br />

<strong>de</strong>nte, não pou<strong>de</strong> a socieda<strong>de</strong> fazerse<br />

representar como era seu <strong>de</strong>sejo.<br />

— Officios da Associação <strong>de</strong> Soccorros<br />

Mutuos Monte Pio Conimbricense<br />

M irtins <strong>de</strong> Carvalho, da Associação<br />

<strong>de</strong> Soccorros Mutuos dos<br />

Artistas <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, da Camara<br />

Municipal <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, do <strong>Coimbra</strong><br />

Centro, da Cooperativa <strong>de</strong> Pão «A<br />

Conimbricense», da Junta <strong>de</strong> Paro<br />

chia da Sé Cathedral, do Grémio<br />

Littcrario e Recreativo, da Junta <strong>de</strong><br />

Parochia da Sé Velha, d i Associação<br />

Commercial, do Atheiuu Commercial,<br />

da Associação <strong>de</strong> Classe<br />

dos Officiaes <strong>de</strong> Barbeiro e Cabel<br />

leireiro, da Fe<strong>de</strong>ração das Associações<br />

Operarias, da Associação <strong>de</strong><br />

Classe dos Carpinteiros Civis e da<br />

Junta <strong>de</strong> Parochia <strong>de</strong> S. Bartholo<br />

meu dando parte da nomeação dos<br />

<strong>de</strong>legados que representarão essas<br />

colectivida<strong>de</strong>s na reunião que a Socida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Defeza e Propaganda <strong>de</strong><br />

<strong>Coimbra</strong> tenciona realisar para as<br />

ouvir sobre os interesses <strong>de</strong> Coim<br />

bra.<br />

Faltando ainda receber resposta a<br />

24 dos officios enviados a outras<br />

associações, no mesmo sentido, <strong>de</strong><br />

liberou-se solicitar <strong>de</strong> novo resposta<br />

<strong>de</strong>ssas entida<strong>de</strong>s.<br />

— Pelo sr. Albino Caetano da<br />

Silva foi dito que estava já em preparação<br />

o n.° 6 da <strong>Coimbra</strong> Pittoresca,<br />

o qual po<strong>de</strong>ria ser publicado<br />

muito brevemente.<br />

— Pelo thesoureiro foi apresentado<br />

o balancete relativo ao semestre<br />

findo em 3i <strong>de</strong> Dezembro, o qual<br />

accusa um saldo em caixa <strong>de</strong> réis<br />

53&68o.<br />

— Pelo vice-presi<strong>de</strong>nte foi communicado<br />

que elle e o sr. Antonio<br />

Augusto Gonçalves como presi<strong>de</strong>nte<br />

da socieda<strong>de</strong>, dr. Fernan<strong>de</strong>s Costa,<br />

se tinham avistado com os ex. m< "<br />

ministros da Justiça, Interior, Fomento<br />

e Estrangeiros, aos quaes entregaram<br />

a representação assignada<br />

pela direcção da Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Defeza<br />

e Propaganda <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, Secção<br />

<strong>de</strong> Archeologia do Instituto e<br />

Escola Livre das Artes <strong>de</strong> Desenho,<br />

em que se pedia ao governo que fossem<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> )á confiados á guarda da<br />

Secção <strong>de</strong> Archeologia do Instituto<br />

<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> os objectos <strong>de</strong> arte que<br />

se encontram dispensos pelos extin<br />

ctos conventos <strong>de</strong>sta região, emquanto<br />

não houvesse installação<br />

apropriada para a creação <strong>de</strong> um<br />

museu em <strong>Coimbra</strong>.<br />

Que os ex. m "' ministros a quem<br />

se dirigiram tinham manifestado opinião<br />

inteiramente favoravel á repre<br />

sentação, promettendo tratar immediatamente<br />

do assumpto em conselho<br />

<strong>de</strong> ministros, on<strong>de</strong> apoiariam o<br />

pedido feito na representação.<br />

Que com o ex. in0 ministro da Justiça<br />

tinha já ficado assente quaes os<br />

membros que constituiriam uma commissão<br />

encarregada <strong>de</strong> escolher os<br />

objectos que merecem figurar no<br />

futuro museu.<br />

Nada mais havendo a tratar foi<br />

encerrada a sessão.<br />

A representação enviada ao Governo,<br />

é a seguinte:<br />

Ao governo da Republica.<br />

1<br />

Ex. mo Sr.<br />

Na tarefa immensa da reorganisação<br />

da socieda<strong>de</strong> portugueza, que<br />

o governo da Republica se impõe,<br />

figura a restauração da Arte, que<br />

na civilisação actual, na evolução<br />

mental e na vida economica dos<br />

povos cultos <strong>de</strong>sempenha uma funcção<br />

prepon<strong>de</strong>rante.<br />

Em Portugal o abandono <strong>de</strong>ste<br />

complexo e difficil problema, sempre<br />

<strong>de</strong>scurado e incomprehendido,<br />

produziu as nefastas consequências<br />

que, sob multiformes aspectos, tem<br />

Causado e aggravado a nossa <strong>de</strong>pressão<br />

e a nossa ruina.<br />

isto é um logar commum, repeti-<br />

do milhares <strong>de</strong> vezes, mas que, nem<br />

assim, conseguiu impressionar as<br />

capacida<strong>de</strong>s dirigentes do velho regimen<br />

duma maneira efficaz.<br />

O esforço governativo para a educação<br />

do critério publico em matéria<br />

<strong>de</strong> arte foi <strong>de</strong> facto nullo, porque<br />

até o pouco, que apparece nos<br />

programmas officiaes das escolas, é<br />

simples e anodyna mystificação.<br />

A verda<strong>de</strong> é que falta tudo. E<br />

faltam principalmente escolas bem<br />

organisadas, museus e incentivos á<br />

estimação dos monumentos <strong>de</strong> arte,<br />

on<strong>de</strong> todas as classes sociaes encon<br />

trem, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a eda<strong>de</strong> infantil, noções<br />

intuitivas, que a lição das bellas cousas<br />

<strong>de</strong>sperta, para a purificação do<br />

sentimento e elementos e suggestões<br />

úteis para a vitalida<strong>de</strong> da producção<br />

manufactora.<br />

A creação, pois, <strong>de</strong> museus regionaes<br />

ou provinciaes não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar<br />

<strong>de</strong> ter cabimento, como um dos<br />

mais instantes e fecundos factores<br />

<strong>de</strong> progresso e aperfeiçoamento moral,<br />

no plano da educação geral e<br />

da regeneração e valorisação do trabalho<br />

na vida portugueza.<br />

Em <strong>Coimbra</strong> existe, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> muitos<br />

annos, -— O Museu cie antiguida<strong>de</strong>s<br />

do Instituto, que -— não obstante<br />

parecer ignorado — é um núcleo<br />

importante Dara futuros <strong>de</strong>senvolvimentos;<br />

é um testemunho energico<br />

e eloquente <strong>de</strong> quanto po<strong>de</strong> a tena<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sinteressada e a convicção<br />

duma boa obra, embora <strong>de</strong>sajudada<br />

dos favores officiaes, talvez mesmo<br />

muitas vezes hostilisada pelos <strong>de</strong>speitos<br />

da burocracia formalista.<br />

Seria uma injustiça e um erro,<br />

que o governo da Republica engeitasse<br />

esse fructo do trabalho e <strong>de</strong>dicação<br />

<strong>de</strong> alguns poucos a<strong>de</strong>ptos,<br />

que pacientemente e sem alar<strong>de</strong>s,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> longe, accumularam esse mo<strong>de</strong>sto<br />

pecúlio <strong>de</strong> cousas valiosas e<br />

instructivas.<br />

O que é preciso, porém, é que<br />

esses museus a crear sejam installados<br />

em alojamentos apropriados e<br />

condignos.<br />

Ora esta difficulda<strong>de</strong>, em Coim<br />

bra, afigura-se que po<strong>de</strong>rá ser satisfactoriamente<br />

resolvida pelo apro<br />

veitamento <strong>de</strong> algum estabelecimento,<br />

que porventura o governo tenha<br />

em mente supprimir, ou pela modificação<br />

judiciosa do projecto <strong>de</strong> algum<br />

edifício em construcção.<br />

Nesta or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias, seja-nos<br />

licito formular o nosso pedido, cujo<br />

alcance submettemos á illustrada pon<strong>de</strong>ração<br />

<strong>de</strong> v. ex. a , e que <strong>de</strong>certo<br />

não po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> merecer rápido<br />

<strong>de</strong>ferimento, como <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong><br />

interesse social e <strong>de</strong> melhoramento<br />

inadiavel para a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>.<br />

Nas casas occupadas pelas associações<br />

religiosas, ultimamente expulsas,<br />

ha objectos d'arte, que aqui<br />

<strong>de</strong>vem permanecer e que seria uma<br />

<strong>de</strong>fraudação e uma iniquida<strong>de</strong>, offensiva<br />

dos direitos e brios da cida<strong>de</strong>,<br />

se fossem augmentar as collecções<br />

doutras localida<strong>de</strong>s.<br />

Pedimos, portanto, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já,<br />

a titulo <strong>de</strong> <strong>de</strong>posito provisorio, sob<br />

as vistas e amparo do Govecno, sejam<br />

confiados á guarda e vigilância<br />

da Secção <strong>de</strong> Archeologia do Instituto<br />

<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, a cuja provada so<br />

licitu<strong>de</strong> está entregue o Museu <strong>de</strong><br />

Antiguida<strong>de</strong>s, — publico, como <strong>de</strong>poimentos<br />

das phases históricas da<br />

nossa arte nacional.<br />

E justificamos a urgência <strong>de</strong>sta<br />

<strong>de</strong>liberação, sendo certo que. taes<br />

como se acham, esses objectos, mal<br />

guardados, sem fiscalisação permanente,<br />

e em péssimas condições <strong>de</strong><br />

conservação; sujeitos a infinitas e<br />

inevitáveis contingências e <strong>de</strong>sastres,<br />

facilmente serão <strong>de</strong>teriorados nas<br />

condições <strong>de</strong> accumulação e <strong>de</strong>samparo<br />

em que se encontram.<br />

Tal é, sr. Ministro, rapidamente<br />

exposto, o pedido, que em nome e<br />

no interesse <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> confiadamente<br />

dirigimos a V. Ex. a ; e que,<br />

estamos certos, será acolhido com<br />

complacência benevolente pelo Governo<br />

da Republica.<br />

Porque confiamos na justiça que<br />

nos assiste e na sympathia qu


LIVROS E REVISTAS<br />

Peregrinações, por Sousa Ban<strong>de</strong>ira,<br />

da Aca<strong>de</strong>mia Brazileira, edição<br />

da Livraria Chardron.<strong>de</strong> Lello<br />

& Irmão, rua dos Carmelitas,<br />

Porto.<br />

Lello & Irmão, afamados editores portuenses<br />

que, diga-se <strong>de</strong> passagem por constituir<br />

justiça e verda<strong>de</strong>, são os que mais<br />

honram o meio litterario portuguez apresentando<br />

obras do mais fino quilate, entregaram-se<br />

á louvável tarefa <strong>de</strong> nos favorecerem<br />

com a leitura das mais acclamadas<br />

producções br-azileiras.<br />

Hoje vamos referenciar um livro admiravel,<br />

pela forma litteraria e pela i<strong>de</strong>ia<br />

scintillante, — reunião das mais privilegiadas<br />

composições do emerito escriptor sr.<br />

Sousa Ban<strong>de</strong>ira, membro eminente da Aca<strong>de</strong>mia<br />

do seu paiz.<br />

Peregrinações se intitula a distinguida<br />

producção inteilectual e nella encontramos,<br />

<strong>de</strong>scriptas por um pincel <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iro<br />

e completo artista, passagens dum<br />

colorido exquesito, novas para a nossa<br />

apreciação.<br />

São paginas escriptas com toda a singeleza<br />

e tranquillida<strong>de</strong> ao passar por os logares<br />

que visitou e que a sua rotina abrangeu<br />

e impressionou; mas por serem assim<br />

elaboradas nem por isso <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> ter um<br />

fino sabor litterario e por vezes até um<br />

modo <strong>de</strong> ver originalíssimo que nos faz<br />

enthusiasmar. E assim entre os que mais<br />

nos pren<strong>de</strong>ram a attenção pela maravilha<br />

da prosa e pelo cnlor das suas hossanas<br />

levantadas á natureza, não po<strong>de</strong>mos encobrir<br />

a nossa calida admiração p. lns <strong>de</strong>scripções<br />

do lago <strong>de</strong> Genebra ou do monte<br />

Gervino, que nos <strong>de</strong>liciaram em extremo e<br />

o nosso mais puro e acrisolado affecto pelo<br />

artista que tão eloquentemente soube levantar<br />

o seu pulso e a sua alma para a<br />

perfeitíssima creação d'essas verda<strong>de</strong>iramente<br />

inimitáveis paginas Em Bayrenth,<br />

A cida<strong>de</strong> do Sonho, A casa <strong>de</strong> Dante, O<br />

Carvalho <strong>de</strong> Tasso, A poesia da Bruma,<br />

Em ('intra, sufficientes, por si só, <strong>de</strong> consagrar<br />

duma vez e para sempre um litterato.<br />

Peregrinações é um livro soberbo que<br />

bem dignifica a arte brazileira, po<strong>de</strong>ndo-o<br />

esta apresentar como amostra das melhormente<br />

lavradas filigranas esthetiças da sua<br />

litteratura. Sousa Ban<strong>de</strong>ira, o primoroso<br />

cultor das lettras, pô<strong>de</strong> á vonta<strong>de</strong> orgulhar-se<br />

com a sua obra, que apesar <strong>de</strong> pequena<br />

em paginas, é das maiores em relevo<br />

inteilectual.<br />

Opiniões medicas sobre o<br />

Xarope Farnel<br />

Augusto José Ramos,<br />

Medico e director do Banco Eborense<br />

Agra<strong>de</strong>ce a sua remessa do seu<br />

magnifico cXarope Farnel o que lhe<br />

<strong>de</strong>u optimos resultados na experiencia<br />

que fez numa pessoa <strong>de</strong> sua família.<br />

Descanso semanal<br />

Évora.<br />

Reuniram-se na quinta feira os<br />

proprietários <strong>de</strong> barbearias para tratar<br />

do <strong>de</strong>scanso semanal.<br />

Foi resolvido convocar uma reunião<br />

para a qual serão convidados<br />

os officiaes <strong>de</strong> batbeiro, a fim <strong>de</strong><br />

ser combinado entre todos qual <strong>de</strong>ve<br />

ser o dia do <strong>de</strong>scanso para essa<br />

classe.<br />

Dum ppteo em Santa Clara foram<br />

ante-hontem furtados um cavallo e<br />

um burro pertencentes á companhia<br />

gymnastica e <strong>de</strong> feras que trabalha<br />

num salão da Estrada da Beira.<br />

Passaportes<br />

Durante o anno findo foram re<br />

quisitados no governo civil <strong>de</strong>ste districto,<br />

3:009 passaportes para o Brazil<br />

e 53 para outros paizes e 27 bilhetes<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>.<br />

Caiu na noite passada em <strong>Coimbra</strong><br />

a maior camada <strong>de</strong> geada <strong>de</strong>ste<br />

inverno.<br />

Os telhado?, campos e algumas<br />

ruas, ao meio dia, ainda se viam<br />

cobertos <strong>de</strong> geada.<br />

Recitas<br />

A companhia <strong>de</strong> opera cómica <strong>de</strong><br />

Alfredo Mendonça, do Porto, <strong>de</strong>u<br />

na quinta feira a ultima recita com<br />

a peça Princesa dos Dollars, que é<br />

a que teve aqui melhor <strong>de</strong>sempenho.<br />

O scenario, guarda roupa e musica<br />

bons.<br />

A'manhã realisa-se no Theatro<br />

dos Bombeiros Voluntários o espectáculo<br />

<strong>de</strong> inauguração pelo grupo<br />

dramatico da mesma corporação.<br />

Toma parte a distincta amadora<br />

Laura Rodrigues e representam se<br />

as peças O Çdnalha e O Filho da<br />

Republica,<br />

Meu filho Alvaro<br />

<strong>de</strong> 8 annos <strong>de</strong> eda<strong>de</strong>, era<br />

muito escrofuloso. SofFria<br />

horrivelmente, andava<br />

fraco e abatido, parecendo<br />

mesmo rachitico.<br />

E' pois com gran<strong>de</strong> satisfação<br />

que lhes participo<br />

que meu filhinho se<br />

encontra perfeitamente<br />

restabelecido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />

tomou com optimos resultados<br />

a Emulsão <strong>de</strong> Scott.<br />

Testemunho <strong>de</strong> D. ANNA LOPES, da rua<br />

Barão <strong>de</strong> S. Cosme, <strong>28</strong>6, Porto, em 4 <strong>de</strong><br />

Agosto <strong>de</strong> 1909.<br />

O leitor não consentiria, não é verda<strong>de</strong> ?<br />

que seu filhinho continuasse a soffrer,<br />

po<strong>de</strong>ndo evital-o. De certo que não. Pois<br />

bem, a Emulsão <strong>de</strong> Scott, segundo provas<br />

colhidas por milhares <strong>de</strong> médicos, parteiras<br />

e paes, é um remedio infallivel para a<br />

escrófula e para o rachitismo.<br />

Noticias <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> <strong>de</strong> II <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1911<br />

U L S Ã O D E<br />

COTT<br />

Eis o remedio para os pa<strong>de</strong>cimentos <strong>de</strong><br />

seu filho ; cabelhe a obrigação <strong>de</strong> lh'o<br />

applicar.<br />

Quando procurar o preparado <strong>de</strong> Scott,<br />

que não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> curar, recuse terminantemente<br />

acceitar outras emulsões<br />

que não po<strong>de</strong>m curar.<br />

NOTA : Apezar do Imposto <strong>de</strong> Sello dc 50 reis por<br />

cada frasco, todas as Pharmacias e J)roí;. rias<br />

ven<strong>de</strong>m a Emulsão <strong>de</strong> SCOTT aos preços antigos,<br />

a saber: 500 reis meio frasco e 900 reis frasco<br />

gran<strong>de</strong>, 0<br />

AMOSTRA 6ra'ui'a, contra 200 reis para franquia,<br />

obtem-se dos Snrs. James Casseis Sc Cia., Succs., Rua<br />

do Mousinho da Silveira. 85, 1", Porto.<br />

Exigir sempre a Emulsão com a marca — o homem<br />

do peixe — que significa o processo SCOTT.<br />

c<<br />

EXPLICAÇAO<br />

Sobre a promulgação da lei do<br />

<strong>de</strong>scanso semanal, expedi a s. ex. 4<br />

o sr. ministro do interior um telegramma,<br />

que foi publicado neste<br />

mesmo jornal, agra<strong>de</strong>cendo e felicitando<br />

o pela publicação da referida<br />

lei <strong>de</strong>terminando 24 horas seguidas<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso sem obrigação <strong>de</strong> encerramento<br />

dos estabelecimentos.<br />

A'cerca <strong>de</strong>ste telegramma téemse<br />

feito e estão se fazendo vários<br />

commentarios, havendo até um grupo<br />

<strong>de</strong> socios da Associação Commercial,<br />

que nos termos dos seus<br />

estatutos, requereu a convocação<br />

duma assembleia geral para apreciação<br />

daquelle telegramma.<br />

Nestes termos, venho a publico<br />

dizer da minha justiça, antecipandome<br />

a dar as explicações <strong>de</strong>vidas,<br />

como é proprio do meu caracter.<br />

Publicada a lei do <strong>de</strong>scanso, e<br />

tendo feito <strong>de</strong>lia uma leitura rapida,<br />

fiquei convencido <strong>de</strong> que o <strong>de</strong>scanso<br />

ao pessoal era obrigatorio, <strong>de</strong>ixando,<br />

no entanto, a faculda<strong>de</strong> aos patrões<br />

<strong>de</strong> abrirem ou fecharem os<br />

seus estabelecimentos, visto que por<br />

esta forma era garantido o <strong>de</strong>scanso<br />

ao pessoal e ao mesmo tempo garantida<br />

0 liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> commercio<br />

aos patrões.<br />

Conciliavam-se assim os interesses<br />

<strong>de</strong> todos, por uma forma justa<br />

e liberal. Porém, <strong>de</strong>pois da publicação<br />

do meu telegramma neste jornal,<br />

alguém chamou a minha atten-<br />

ção para o facto <strong>de</strong> eu não ter interpretado<br />

bem a lei, mostrando me<br />

que ella <strong>de</strong>termina que o encerramento<br />

aos domingos seja obrigatorio,<br />

com as excepções na mesma lei<br />

indicadas.<br />

f|Fiquei surprehendido, por isso que<br />

era convicção minha que tinha dado<br />

a verda<strong>de</strong>ira interpretação á lei. Dc<br />

boa fé fiz um JUÍZO que agora vejo<br />

era errado. Equivoquei-me, mas com<br />

a mesma boa fé com que assim procedi,<br />

egualmente venho, com toda a<br />

lealda<strong>de</strong>, como é proprio <strong>de</strong> quem<br />

tem o máximo respeito pela verda<br />

<strong>de</strong>, <strong>de</strong>clarar, sem falsa modéstia, o<br />

meu erro e a minha má interpretação.<br />

De resto, quem ha que não se<br />

engane ? E muito mais quem, como<br />

eu, não está habituado a lidar com<br />

leis. Errar é fácil e proprio dos homens,<br />

mas o que todos não fazem<br />

é confessar e emendar o erro quando<br />

<strong>de</strong>ste são conhecidos.<br />

Acresce, que nesta questão, não<br />

fui só eu que errei; muita gente <strong>de</strong>u<br />

á lei a mesma interpretação que eu<br />

lhe <strong>de</strong>i e a própria Associação Commercial<br />

<strong>de</strong> Braga assim o enten<strong>de</strong>u<br />

também, pelo que enviou ao sr. ministro<br />

do interior um telegramma<br />

<strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimento e felicitações concebido<br />

pouco mais ou menos nos<br />

mesmos termos daquelle que eu expedi.<br />

O erro, pois, não foi só meu, e<br />

isto mostra que em assumptos <strong>de</strong>sta<br />

or<strong>de</strong>m é fácil o equivoco. Tenho a<br />

consciência tranquilla <strong>de</strong> ter procedido<br />

<strong>de</strong> boa fé e da mesma forma<br />

aqui <strong>de</strong>ixo estas explicações leaes e<br />

sinceras, para elucidação dc todos.<br />

<strong>Coimbra</strong>, 21 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1911.<br />

João Rodrigues <strong>de</strong> Moura Marques.<br />

Acção commercial<br />

Foi hontem julgada uma acção<br />

commercial do sr. Fructuoso da<br />

Costa Alemão, contra o sr. dr. Francisco<br />

Afra <strong>de</strong> Sousa Vasconcellos e<br />

sua mulher D. Maria da Luz Pimentel<br />

Osorio, por dividas por letras no<br />

valor <strong>de</strong> 9:80036000 réis.<br />

Foi advogado do auctor o sr. dr.<br />

Fernan<strong>de</strong>s Costa e dos réus os srs.<br />

drs. Antonio Garrido e José Alberto<br />

dos Reis.<br />

A acção foi dada a favor do auctor.<br />

Mercados<br />

Os generos no mercado <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>,<br />

correm pelos seguintes preços,<br />

(compra):<br />

Trigo branco (i3,i6 litros) . . . 56o<br />

ooo e 3#ioo.<br />

Libras, 4Í&820: ouro graúdo, 6 */2 ouro °/o!<br />

meudo, 5 %•<br />

EXPEDIENTE<br />

Os preços das publicações feitas nesta<br />

folha são:<br />

Commnnicados 50 réis a linha.<br />

Reclames na V pagina 50 réis.<br />

Annuncios na 3. a e 4. a pagina 30 réiá<br />

a primeira vez, e 20 réis as repetições.<br />

Os srs. assignantes téem 50 °/0 <strong>de</strong><br />

abatimento em todas as publicações.<br />

Annuncios permanentes contracto especial.<br />

Âos srs. annunciantes pedimos a alta<br />

fineza <strong>de</strong> indicarem nos originaes o numero<br />

<strong>de</strong> publicações que <strong>de</strong>sejam.<br />

A ADMINISTRAÇÃO.<br />

ALVIÇARAS<br />

Dão-se alviçaras a quem entregar<br />

nesta redacção uma pequena chave<br />

<strong>de</strong> ouro que adornava um broche e<br />

que foi perdida no domingo <strong>de</strong> Santo<br />

Antonio dos Olivaes a Cellas.<br />

TRADUCÇAO<br />

DO<br />

ENGLISH READING BOOK<br />

POR<br />

diamantino Diniz (gerreua<br />

-0»C-<br />

P R E Ç O 5 0 0 R É I S<br />

Não comprem a olhos fechados<br />

— • —<br />

Não comprem a olhos fechados o medicamento<br />

com que <strong>de</strong>sejam curar-se. Se ha<br />

um caminho em que nunca se <strong>de</strong>va andar<br />

ás apalpa<strong>de</strong>llas, é O caminho da saú<strong>de</strong>.<br />

Abram bem os olhos, abram. Informemse,<br />

perguntem se o medicamento que téem<br />

tenção <strong>de</strong> tomar, cura, e principalmente<br />

se tem dado provas <strong>de</strong> curas. Se não obtiverem<br />

os bons esclarecimentos <strong>de</strong>sejados,<br />

se não lhes forem dadas provas evi<strong>de</strong>ntes,<br />

tomem as Pilulas Pink. Essas sim, que todos<br />

os dias estão dando provas das suas<br />

curas. Consultem os jornaes da semana ou<br />

do mez e encontrarão na maior parte dos<br />

números do seu jornal attestados das curas<br />

realisadas pelas Pilulas Pink, em bons<br />

e valiosos documentos, não assignados com<br />

as iniciaes X, Y, Z, mas com os nomes,<br />

appellidos e moradas completas das pessoas<br />

curadas, como este que vamos dar<br />

em seguida.<br />

O sr. Antonio Luiz, <strong>de</strong> S Martinho do<br />

Porto, acaba <strong>de</strong> nos escrever esta carta:<br />

«Uma terrível dyspepsia me fazia soffrer<br />

immenso do estomago, e isto ha muitíssimo<br />

tempo já. Nenhum dos remedios a que<br />

tinha recorrido, com o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> me curar,<br />

ou <strong>de</strong> encontrar, pelo menos, um allivio,<br />

me <strong>de</strong>ra resultado, Soffria sem <strong>de</strong>scanco.<br />

As minhas digestões eram sempre<br />

do mesmo modo penosas, e <strong>de</strong> dia para<br />

dia ia enfraquecendo cada vez mais. Foi<br />

então que comecei a tomar as Pilulas<br />

Pink, as quaes me <strong>de</strong>ram logo um gran<strong>de</strong><br />

allivio e por fim me curaram completamente.<br />

Nunca me cançarei <strong>de</strong> recommendar<br />

este excellente remedio a todos áquelles<br />

que soffrem do estomago.»<br />

As Pilulas Pink activam as digestões, ao<br />

mesmo tempo que tonificam, fortalecem e<br />

purificam o estomago, até que este orgão<br />

tenha recuperado o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar<br />

as suas funcçóes, sem outro auxilio qualquer.<br />

Os effeitos das Pilulas Pink são rápidos,<br />

certos e duradouros. A cura, uma vez<br />

obtida, é permanente. Estas Pilulas dão<br />

resultados notáveis, mesmo quando a doença<br />

tenha resistido a todos os outros tratamentos.<br />

As Pilulas Pink estão a venda em todas<br />

as pharmacias pelo preço <strong>de</strong> 800 réis a caixa,<br />

4#>400 réis as 6 caixas. Deposito geral:<br />

J. P. Bastos & C. a Pharmacia e Drogaria<br />

Peninsular, rua Augusta, 39 a 45, Lisboa.<br />

— Sub agentes no Porto: Antonio Rodrigues<br />

da Costa & C.", 102, Largo <strong>de</strong> S. Domingos,<br />

io3.<br />

QUINTA SA MALAPCSTA<br />

V E M D E - S E<br />

4 \inle minutos da estação<br />

do caminho <strong>de</strong> ferro da<br />

Pampilhosa, com 32 hectares<br />

<strong>de</strong> area, tem pinhaes, olivaes,<br />

horta e pomar, casa <strong>de</strong><br />

habitação e cocheira.<br />

Fôro, WM réis.<br />

Quem preten<strong>de</strong>r, dirija-se<br />

a t Perry Vidal. Ilua do Crucifixo,<br />

n. 19, 2.°, Direito-<br />

Os Agentes em Portugal<br />

REEMBOLSAM 0 DINHEIRO<br />

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a quem não tiver tirado resultado<br />

DEPOSITO G HAl.<br />

dos Sapateiros, IS, 1, -LIáBOA y<br />

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Ven<strong>de</strong>m-se dois com algumas musicas.<br />

Preço: 6.»ooo réis e io®ooo<br />

réis. Rua da Manutenção Militar,<br />

N.° 9 e II, <strong>Coimbra</strong>.<br />

VENDE-SE<br />

Na Praça da Republica, n.° <strong>28</strong>,<br />

antigo Largo D. Luiz.<br />

Magnifico prédio <strong>de</strong> construcção<br />

mo<strong>de</strong>rna que se compõe <strong>de</strong> rez dochão,<br />

2 andares e aguas furtadas.<br />

E' situado no melhor local do<br />

Bairro <strong>de</strong> Santa Cruz, e tem electrico<br />

á porta.<br />

Tem poço com agua nativa, gaz<br />

e agua canalisada, pateo, jardim e<br />

quintal.<br />

Para tractar com seu dono no<br />

mesmo prédio, ou com Joaquim Maria<br />

Martins, successores, na rua do<br />

Viscon<strong>de</strong> da Luz.<br />

Facilita-se o pagamento.<br />

TYP0GRAPH0<br />

Precisa-se <strong>de</strong> meio oflicial na typographia<br />

d'A Comarca <strong>de</strong> Arsa-<br />

«//-ARGANIL. *<br />

OE EDUCAÇÃO E<br />

PARA MENINAS<br />

26 — Pateo da Inquisição — 26<br />

Instrucção primaria, bordados, musica,<br />

piano, línguas, admissão á Escola<br />

Normal.<br />

E<br />

DIRECTORA —Beatriz Julia _<br />

rofessora diplomada e legalmente haililada<br />

para o magistério,


QUINTA DAS FONTES<br />

NA<br />

MEALHADA<br />

Ven<strong>de</strong>-se esta quinta que comprehen<strong>de</strong><br />

cerca <strong>de</strong> 32o:ooo metros quadrados<br />

<strong>de</strong> teireno com gran<strong>de</strong> oli<br />

vai, pomar, terra <strong>de</strong> horta, pinhaes<br />

e casa gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> habitação e cocheira.<br />

Para informações, na Mealhada,<br />

Alvaro Rodrigues Breda.<br />

Em <strong>Coimbra</strong>, Jo*é Augusto Pereira<br />

<strong>de</strong> Vasconcellos, no cartoiio<br />

do dr. Vieira, rua da Sophia, 53.<br />

''Collegio Portuguez n<br />

Praça da Republica<br />

(Antigo Largo D. Lui\, n.° 32)<br />

COIMBRA<br />

Recebem-se, a partir <strong>de</strong> i <strong>de</strong> Janeiro<br />

<strong>de</strong> 1911, educandas internas,<br />

semi internas e externas.<br />

TERRENOS<br />

Ven<strong>de</strong>m-se em muito bom local e<br />

com lindas vistas, alguns lotes <strong>de</strong><br />

terreno com 10 metros <strong>de</strong> frente no<br />

bairro <strong>de</strong> Cellas, proximo,á entrada<br />

<strong>de</strong> Santo Antonio dos Olivaes. Não<br />

tem escavações a fazer e são servidos<br />

pela linha electrica.<br />

Para tratar com Antonio Nunes<br />

Correia, Praça 8 <strong>de</strong> Maio, 33 a 37.<br />

Aos agricultores<br />

goâo fieira da (Silva &ima<br />

Rua Paço do Con<strong>de</strong> COIMBRA<br />

Enxofres e sulfato <strong>de</strong> cobre<br />

Chegaram os adubos chimicos<br />

compostos para todas as culturas,<br />

assim como os elementares, citrato<br />

<strong>de</strong> sodio, Sulfato d'ammonlo,<br />

Chloreto <strong>de</strong> potássio,<br />

Sulfato <strong>de</strong> potássio,<br />

Phosphato Thomaz e outros.<br />

Armazém <strong>de</strong> azeite, farinhas, mercearia<br />

e muitos outros generos, o<br />

3ue tudo ven<strong>de</strong> a preços muito re<br />

uzidos.<br />

REFINAÇÃO D ASSUCAR<br />

DE<br />

MAIA, SIMOES & C. A<br />

SUCCESSORES DE<br />

Manuel Marques dos Santos<br />

27, Rua da Mathematica, 29 A<br />

COIMBRA<br />

Os actuaes proprietários<br />

<strong>de</strong>sta aecreditada e autiga<br />

padaria, participam aos seus<br />

amigos e freguezes, e ao publico<br />

em geral, que no intuito<br />

<strong>de</strong> bem servir no fabrico<br />

do pão, com todos os preceitos<br />

da higiene, fizeram<br />

acquisição <strong>de</strong> 11 in (Filtro<br />

Slalier Prucelanod'Ainiante,<br />

systema Pasteur) único systema<br />

qme ganhou o maior<br />

premio na Exposição Francesa<br />

<strong>de</strong> 1900, que filtra «50<br />

litros <strong>de</strong> agua por dia.<br />

Frabicam pão <strong>de</strong> toda a<br />

qualida<strong>de</strong> e para todos os<br />

preços, segundo o regulamento<br />

dos Producios Agrícolas,<br />

sendo o fabrico feito<br />

com farinhas <strong>de</strong> i. a qualida<strong>de</strong>.<br />

a*áo quente a toda a hora.<br />

liste estabelecimento está<br />

bem montado, e com todas<br />

as condições hjgieuicas exigidas<br />

pelo regulamento dos<br />

Productos Agrícolas.<br />

Po<strong>de</strong> ser visitado por<br />

qualquer pessoa e a qualquer<br />

hora.<br />

VENDEM-SE<br />

Ven<strong>de</strong>m-se as portas interiores <strong>de</strong><br />

5 janellas <strong>de</strong> sacadas, novas, <strong>de</strong> pinho-<br />

Preço muito resumido. Trata<br />

eç na rua <strong>de</strong> S. Pedro, n.° 4.<br />

Vejam a importante casa<br />

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artigos quasi <strong>de</strong> graça.<br />

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Noticias <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> <strong>de</strong> II <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1911<br />

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Todo este pão é fabricado<br />

com agua filtrada.<br />

O estabelecimento po<strong>de</strong><br />

ser visitado por todas as pessoas<br />

que assim o <strong>de</strong>sejarem<br />

vendo mesmo o fabrico do<br />

pão.<br />

Pão quente, <strong>de</strong> manhã, das<br />

6 horas ao melo dia; e <strong>de</strong><br />

tar<strong>de</strong> das s em <strong>de</strong>ante.<br />

EMPREGADO<br />

Offerece se com alguma pratica<br />

commercial, para escriptorio ou cobrança.<br />

Dá boas referencias e fiador.<br />

Para^tratar: Tabacaria União —•<br />

Sophia — <strong>Coimbra</strong>.<br />

TRESPASSE<br />

Em virtu<strong>de</strong> da dissolução da socieda<strong>de</strong><br />

d'alquilaria que nesta cida<strong>de</strong><br />

grava sob a firma Soares & Garcia,<br />

trespassa-se a antiga e acreditada<br />

alquilaria Soares, sita á Avenida Navarro,<br />

pelo seu proprietário Manuel<br />

José da Costa Soares Júnior, não<br />

po<strong>de</strong>r estar á testa do mesmo estabelecimento.<br />

Trata-se nesta cida<strong>de</strong>, com o proprietário<br />

ou com o solicitador Francisco<br />

Men<strong>de</strong>s Pimentel*<br />

rilto DE<br />

DE BACALHAU<br />

TERRA MOVA<br />

Importador directo, João P. A. Ferreira<br />

Rua dos Bacalhoeiros<br />

L I S B O A<br />

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Este oleo, o mais puro no seu genero,<br />

recebido directamente da «Terra<br />

Nova i e <strong>de</strong> inarca registada, é<br />

vendido em garrafas <strong>de</strong> meio litrooitavo,<br />

capsulas e avulso, aos pie,<br />

cos <strong>de</strong> Lisboa.<br />

Descontos convidativos para pharmacias<br />

e drogarias.<br />

Deposito em <strong>Coimbra</strong> :<br />

Antonio Fernan<strong>de</strong>s & Filho<br />

RUA DO OORVO<br />

ARREMATAÇÃO<br />

(2." annuncio)<br />

No dia 22 do corrente mez <strong>de</strong><br />

Janeiro pelas i i horas da manhã,<br />

á porta do tribunal judicial<br />

<strong>de</strong>sta comarca e pelo processo<br />

<strong>de</strong> execução que Manuel Antonio,<br />

solteiro, proprietário, <strong>de</strong><br />

Bordado, move contra Adriano<br />

Pama, casado, trabalhador, do<br />

logar da Povoa, freguezia <strong>de</strong><br />

São Martinho do Bispo, que<br />

corre seus termos pelo cartorio<br />

do escrivão do quinto officio,<br />

vae pela segunda vez á praça,<br />

por meta<strong>de</strong> do seu valor, e será<br />

entregue a quem maior lanço<br />

offerecer a proprieda<strong>de</strong> seguinte:<br />

Uma morada <strong>de</strong> casas terreas,<br />

com cerrado e seu telheiro, curraes<br />

e mais <strong>de</strong>pcn<strong>de</strong>ncias, sita na<br />

Senhora do Carmo, no logar da<br />

Povoa, freguezia <strong>de</strong> São Martinho<br />

do Bispo, avaliada em duzentos<br />

e cincoenta mil réis e vae<br />

á praça em cento e vinte e cinco<br />

mil réis.<br />

Verifiquei a exactidão.<br />

®<br />

O juiz <strong>de</strong> direito,<br />

Oliveira Pires<br />

TAGUS<br />

1877—LISBOA Q<br />

Sé<strong>de</strong> em Lisboa<br />

, 160-1. 1<br />

E3<br />

(3b<br />

Rua da Allan<br />

Efectua seguros terrestres sobre<br />

prédios, mobílias, estabelecimentos<br />

e fabricas.<br />

Correspon<strong>de</strong>nte em <strong>Coimbra</strong><br />

José Joaquim da Silva Pereira<br />

Praça do Oommroio,14, 1.°<br />

AGUA DO BARREIRO<br />

( B E I R A A I T A )<br />

Estimula fortemente o appetíte;<br />

cura radicalmente a anemia e chlorose,<br />

as doenças do estomago facilitando<br />

ao mesmo tempo a digestão;<br />

purifica o sangue e., no período catamenial,<br />

é infallivel reguladora das<br />

funcções <strong>de</strong>licadas das senhoras.<br />

Deposito em <strong>Coimbra</strong>.<br />

Manuel Fernan<strong>de</strong>s d Azevedo &. Comp. a<br />

Praça 8 <strong>de</strong> Maio e Praça da Republica<br />

ARMAZÉM<br />

Arrenda-se um gran<strong>de</strong> armazém<br />

nos baixos do Collegio Mon<strong>de</strong>go, no<br />

Pateo da Inquisição.<br />

Me<strong>de</strong> 3bo metros quadrados.<br />

Para tratar: Diamantino Diniz Ferreira.<br />

José Antunes (filho)<br />

Professor da orquestra do extincto<br />

Real Theatro <strong>de</strong> S. João d'Opera<br />

Lyrica, do Porto, socio e musico<br />

da Associação <strong>de</strong> Lisboa dos Músicos<br />

Portugueses e professor <strong>de</strong> musica<br />

no Collegio Ursulino, lecciona<br />

sulfejo, rudimentos, bandolim, banjolim,<br />

violão, violino, (rabeca), banjo,<br />

piano, violoncello, contra basso, etc.<br />

Toma parte em tudo que diga<br />

respeito d musica. Gran<strong>de</strong> archivo<br />

<strong>de</strong> sexteto e orquestra. Compram-se<br />

pianos.<br />

Ikoiirador c prateador.<br />

t.alvnniwação pelos mais<br />

mo<strong>de</strong>rnos processos.<br />

Rua da Manutenção militar, n. u "<br />

9 e 11 — <strong>Coimbra</strong>.<br />

EMPREGADO<br />

Individuo, casado, com o 5.° anno<br />

dos lyceus, olíerece-se para escriptorio<br />

ou outra collocação <strong>de</strong>cente,<br />

dando fiador. Não faz questão <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>nado.<br />

Para tratar nesta redacção.<br />

TRIPA<br />

Deposito da casa Anjos e C. 4<br />

João Vieira da Silva Lima<br />

LEI 00 INQUILINATO<br />

Joaquim Albino Gabriel e Mello,<br />

antigo solicitador encartado, encarrega<br />

se da administração <strong>de</strong> prédios,<br />

fazendo arrendamentos, recebendo<br />

rendas e dar mensalmente para as<br />

repartições <strong>de</strong> fazenda as respectivas<br />

relações para evitar multas aos<br />

senhorios, segundo a nova lei do<br />

inquilinato.<br />

A sua longa pratica <strong>de</strong> solicitador<br />

e <strong>de</strong> serviços fazendarios, são prova<br />

da sua competencia. Agencia muito<br />

resumida.<br />

Escriptorio, rua da Sophia, g3,<br />

i.°, <strong>Coimbra</strong>.<br />

CARNAVAL<br />

Aviso aos srs. reven<strong>de</strong>dores<br />

para que não façam as suas<br />

compras sem verem o importante<br />

mostruário que recebeu o Pitta.<br />

Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>posito <strong>de</strong> confetti e<br />

serpentinas. -<br />

I!! Ninguém ven<strong>de</strong> mais barato!!!<br />

Remettem se catalogos a quem os<br />

pedir a<br />

Alberto Pitta - COIMBRA<br />

(Po<strong>de</strong> ser chamado provisoriamente<br />

pelo telephne n.° 266).<br />

VENDE-SE<br />

Um -piano horisontal, em muito<br />

bom estado <strong>de</strong> conservação, proprio<br />

para estudo.<br />

Para ver e tratar na rua da Mathematica,<br />

3i.<br />

COMPRA DE CASA<br />

Compra-se uma casa, que tenha<br />

quintal. Não se <strong>de</strong>seja muito gran<strong>de</strong>,<br />

mas em bom local.<br />

Carta fechada para esta redacção,<br />

com as iniciaes J. G.<br />

P<br />

OSTAES ILLUSTRADOS-O que ha<br />

<strong>de</strong> melhor e mais bonito, só tem a Tabacaria<br />

União, Rua da Sophia, <strong>Coimbra</strong><br />

"NORWICH INI0N,,<br />

Companhia Ingleza<br />

<strong>de</strong> Seguros oontra fogo.<br />

Estabelecida em Portugal em 1824<br />

ESTA Companhia é a mais<br />

antiga <strong>de</strong> Portugal, e <strong>de</strong>vido<br />

á sua pontualida<strong>de</strong> e honra<strong>de</strong>z<br />

é uma das que mais seguros possue<br />

em Inglaterra e em Lisboa.<br />

AGENTES EM PORTUGAL :<br />

J a m e s Rawes A C.*<br />

Rua dos Capellistas, 35<br />

Correspon<strong>de</strong>nte em <strong>Coimbra</strong> —<br />

Antonio Fernan<strong>de</strong>s & Filho — Rua<br />

o Corvo.


ANNO IV QUARTA. FEIRA 25 DE JANEIRO DE 1911 NUMÉRO 549<br />

iíoticias <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />

Publica-se ás quartas feiras e sabbados F O L H L A - I I X T Z D I B Z P E I I X R I D E I S R T E Telephone n.° 351<br />

PREÇO DA ASSIGNATURA<br />

Anno, 2$>8oo ; Semestre, i #400 ; Trimestre, 700.<br />

COM ESTAMPILHA : — Anno, 3#o6o ; Semestre, i#53o ;<br />

Trimestre, 765. COLONIAS PORTUGUEZAS :—Anno, 3#o6o<br />

réis. BRAZII., 3#53o réis.<br />

PROTECÇÃO ÁS GREANCAS<br />

E' pouco tudo quanto se faça<br />

em beneficio das creanças, quer<br />

ellas se encontrem abandonadas<br />

por falta <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong> familia<br />

que as sustentem e vigiem, quer<br />

ellas sejam lançadas no caminho<br />

que muitas vezes as leva ao vicio<br />

e á perdição pelos proprios paes.<br />

Em qualquer dos casos é sempre<br />

triste, <strong>de</strong>plorável, a situação<br />

dos menores <strong>de</strong>sprotegidos da<br />

sorte.<br />

Não pô<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar<br />

em todos os corações bem formados<br />

um sentimento <strong>de</strong> dôr, a<br />

sorte <strong>de</strong>sses pequenos seres que<br />

vagueiam por essas ruas esten<strong>de</strong>ndo<br />

as mãos á carida<strong>de</strong><br />

publica.<br />

Quem ha que se não condôa,<br />

nestas noites frias <strong>de</strong> inverno<br />

rigoroso que vamos atravessando,<br />

ao ver as creanças mal agasalhadas,<br />

esqualidas, <strong>de</strong>scalsas,<br />

com o rosto a <strong>de</strong>nunciar a fome e<br />

a miséria que existem em suas<br />

casas!<br />

O quadro é dos mais tristes e<br />

<strong>de</strong>soladores e daquelles que mais<br />

<strong>de</strong>vem merecer a consi<strong>de</strong>ração<br />

das almas boas e generosas.<br />

E' certo que não falta ao nosso<br />

povo o sentimento da carida<strong>de</strong><br />

e que alguma cousa se tem feito<br />

cm Portugal ácerca da assistência<br />

publica.<br />

Em <strong>Coimbra</strong>, por exemplo, temos<br />

a Misericórdia e asylos para<br />

velhos, enfermos e creanças pobres,<br />

mas não chegam para tão<br />

gran<strong>de</strong> numero <strong>de</strong> infelizes que<br />

<strong>de</strong>viam ser ali recebidos.<br />

Sc houvesse casas <strong>de</strong> beneficência<br />

bastantes, <strong>de</strong>sappareceriam<br />

das ruas da cida<strong>de</strong> esses<br />

bandos <strong>de</strong> creanças que, principalmente<br />

<strong>de</strong> noite, vagueiam por<br />

ahi no peditorio compungido e<br />

impertinente, Umas vezes porque<br />

lhes falta em casa com que mitigar<br />

a fome, e outras porque alguém<br />

preten<strong>de</strong> explora-las,<br />

aguardando todos os dias que<br />

ellas lhe entrem em casa com o<br />

<strong>de</strong>sejado obulo.<br />

Alguns jornaes noticiaram ha<br />

dias terem ficado orphãs umas<br />

pobres creanças a quem a cólera<br />

do Funchal arrebatou os paes,<br />

que eram pobres.<br />

Foi o bastante para apparecerem<br />

logo bemfcitores, expontaneamente,<br />

a offerecer o seu obulo<br />

em favor <strong>de</strong>ssas infelizes. Quer<br />

isto dizer que o bom povo portuguez<br />

não é indifferente á sõrte<br />

cruel que flagella os que mais<br />

precisam.<br />

Mas é sempre mau esperar<br />

pelo dia d'ámanhã para dar remedio<br />

a tanta <strong>de</strong>sgraça. Deseja-<br />

Iocendio e morte<br />

Na loja n.° 36 da Couraça dos<br />

Apostolos, manifestou-se no domingo<br />

<strong>de</strong> tar<strong>de</strong> incêndio. Achavam-se<br />

ali então uma pobre velha, cega,<br />

Gestru<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Jesus, e seu neto Manuel,<br />

<strong>de</strong> 3 annos, filho <strong>de</strong> Antonio<br />

M«ria><br />

X<br />

Director e Administrador — JOÃO RIBEIRO ARROBAS O O O o o<br />

O O O O O O Proprietários — João Ribeiro Arrobas e João Henriques<br />

•<br />

ríamos ver creados asylos bastantes<br />

para receber os menores<br />

que luctam com a miséria, e que<br />

nem sequer comprehen<strong>de</strong>m a penosa<br />

situação em que se encontram.<br />

Quereríamos que a assistência<br />

publica não esquecesse as creanças<br />

para não lhes faltar com o<br />

pão e roupas nem com os cuidados<br />

<strong>de</strong> educação, para <strong>de</strong>lias<br />

se po<strong>de</strong>rem fazer cidadãos prestáveis<br />

e úteis.<br />

Uma creança acostumada a<br />

esmolar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> tenra eda<strong>de</strong>, adquire<br />

facilmente o horror ao trabalho,<br />

tornando-se viciosa e incorrigível.<br />

A auctorida<strong>de</strong> prestaria um<br />

gran<strong>de</strong> serviço procurando indagar<br />

se todas essas creanças que<br />

andam por ahi esten<strong>de</strong>ndo as<br />

mãos á carida<strong>de</strong> publica precisam<br />

effectivamente <strong>de</strong> usar <strong>de</strong>ste<br />

meio para mitigar a fome e para<br />

não lhes faltar o agasalho, ou se<br />

algumas, como é voz corrente,<br />

exercem esse mister obrigadas<br />

pelos paes ou pelas mães, a quem<br />

não faltam as condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

para ganhar os meios <strong>de</strong> subsistência.<br />

Será isto uma gran<strong>de</strong> obra <strong>de</strong><br />

saneamento moral.<br />

Infelizmente ha muita pobreza<br />

em <strong>Coimbra</strong> e dalguns casos temos<br />

nós conhecimento que nos<br />

inspiram a mais pungente comiseração.<br />

Ainda hontem soubemos<br />

que bem perto <strong>de</strong> nós se<br />

<strong>de</strong>bate no leito com uma doença<br />

terrível e incurável um chefe <strong>de</strong><br />

familia que tem em volta <strong>de</strong> si a<br />

viuva e tres filhos para os quaes<br />

não pô<strong>de</strong> obter já os meios para<br />

a sua parca alimentação. Mas<br />

nenhuma <strong>de</strong>ssas creanças se apresenta<br />

nas ruas a implorar uma<br />

esmola. Vale a essa <strong>de</strong>sgraçada<br />

familia o favor dos visinhos, que,<br />

ainda que pouco e mesmo os que<br />

mais precisam, a soccorrem todos<br />

os dias.<br />

E' uma situação <strong>de</strong>plorável e<br />

insustentável. E' um quadro aterrador.<br />

Mas emquanto estes vão tendo<br />

quem lhes vá minorando a<br />

sorte, quantos ha por ahi que<br />

estão a <strong>de</strong>bater-se com a miséria<br />

que lhes arruina a existência e<br />

lhes rouba a alegria do lar!<br />

Não se esqueçam das creanças<br />

aquelles a quem compete a<br />

solução <strong>de</strong>ste problema social e<br />

os que pó<strong>de</strong>m dar-lhes protecção.<br />

Abram-lhes as portas dos asylos<br />

e dê-se-lhes pão, conforto e<br />

luz para o espirito.<br />

E' uma gran<strong>de</strong> obra <strong>de</strong> cârida<strong>de</strong><br />

e beneficência.<br />

A pobre creança ficou muito queimada,<br />

tendo sido levada para o hospital,<br />

on<strong>de</strong> falleceu no dia seguinte.<br />

A infeliz cega também ficou com<br />

as mãos muito queimadas, sendo<br />

curada por alguns bombeiros.<br />

A infeliz creança entretinha-se a<br />

acen<strong>de</strong>r phosphoros quando se lançou<br />

fogo á roupa da cama.<br />

REDACÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E TVPOGRAPHIA — Pateo da Inquisição, n.° 27.<br />

Composto e impresso na typ. do NOTICIAS DE COIMBRA<br />

D. Rosa Martins <strong>de</strong> Carvalho<br />

Fez no ultimo domingo 5 annos<br />

que falleceu nesta cida<strong>de</strong> a sr. 4 D.<br />

Rosa Miranda Pinto Martins <strong>de</strong> Carvalho,<br />

esposa amantíssima do illustre<br />

general sr. Francisco Augusto<br />

Martins <strong>de</strong> Caivalho.<br />

Commemorando esta triste data,<br />

<strong>de</strong>sfolhamos sobre o seu ataú<strong>de</strong> uma<br />

sauda<strong>de</strong> orvalhada <strong>de</strong> sentidas lagrimas,<br />

no cumprimento dum <strong>de</strong>ver<br />

<strong>de</strong> gratidão para com a memoria<br />

<strong>de</strong>ssa virtuosa senhora.<br />

Dr. Angelo da Fonseca<br />

Foi nomeado director geral <strong>de</strong><br />

instrucção superior o sr. dr. Angelo<br />

da Fonseca, administrador dos hospitaes<br />

da <strong>Universida<strong>de</strong></strong>.<br />

Congratulamo-nos com a nomeação<br />

<strong>de</strong> s. ex. 1 para tão elevado<br />

cargo.<br />

Os inimigos da <strong>Universida<strong>de</strong></strong>, os<br />

que dizem que nella até faltam professores<br />

competentes, não hão <strong>de</strong><br />

gostar que venham escolher no corpo<br />

docente <strong>de</strong>sse instituto funccionarios<br />

para exercerem cargos dos<br />

mais importantes, como é o <strong>de</strong> director<br />

geral <strong>de</strong> instrucção superior.<br />

E' mais uma prova da injustiça<br />

com que os inimigos da <strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />

apreciam os professores <strong>de</strong>ste<br />

estabelecimento scientifico.<br />

Decretos<br />

O Diário do Governo publicou<br />

os dois seguintes <strong>de</strong>cretos relativos<br />

á <strong>Universida<strong>de</strong></strong>:<br />

0 Governo Provisorio da Republica<br />

Portugueza faz saber que<br />

em nome da Republica, se <strong>de</strong>cretou<br />

para valer como lei o seguinte :<br />

Artigo i.° E' supprimido o exame<br />

<strong>de</strong> licenceatura na <strong>Universida<strong>de</strong></strong>,<br />

bem como o exame <strong>de</strong> conclusões<br />

magnas, mais conhecido pela <strong>de</strong>feza<br />

<strong>de</strong> these na sala dos capellos.<br />

Art. 2. 0 O exame para se obter o<br />

grau <strong>de</strong> doutor estará sujeito, no<br />

emtanto, ás seguintes provas :<br />

1 De uma dissertação impressa<br />

sobre um ponto importante para a<br />

sciencia da escolha do candidato;<br />

2.* De um argumento <strong>de</strong> meia<br />

hora sobre tres assumptos funda<br />

mentaes para a respectiva sciencia,<br />

sendo um <strong>de</strong>lles da escolha do candidato,<br />

<strong>de</strong> entre tres propostos pela<br />

Faculda<strong>de</strong>.<br />

Art. 3.° Os candidatos que já tenham<br />

grau <strong>de</strong> licenciado apenas ficarão<br />

sujeitos á <strong>de</strong>feza da dissertação<br />

e á <strong>de</strong> uma matéria por elles<br />

escolhida entre tres que lhes serão<br />

apresentadas na própria occasião do<br />

acto.<br />

§ único. As trez matérias a que se<br />

refere este artigo, e das quaes o candidato<br />

terá <strong>de</strong> escolher uma no acto<br />

do exame, serão tiradas <strong>de</strong> quinze<br />

que estarão expostas na Secretaria<br />

e Geraes da <strong>Universida<strong>de</strong></strong>, com<br />

quinze dias <strong>de</strong> antece<strong>de</strong>ncia.<br />

Art. 4. 0 Fica revogada a legislação<br />

em contrario.<br />

Determina-se, portanto, que a to<br />

das as auctorida<strong>de</strong>s a quem o conhecimento<br />

e execução do presente<br />

<strong>de</strong>creto com força <strong>de</strong> lei pertencer,<br />

o cumpram e façam cumprir e guardar,<br />

tão inteiramente como nelle se<br />

contém.<br />

•<br />

O Governo Provisorio da Republica<br />

Portugueza faz saber que<br />

em nome da Republica, se <strong>de</strong>cretou<br />

para valer comó lei o seguinte:<br />

Art. i. B E' extincto o culto religioso<br />

na capella da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Coimbra</strong>.<br />

Art. 3.® Ao pessoal effectivo da<br />

mesma capella são mantidos os seus<br />

actuaes vencimentos e regalias, conforme<br />

as condições expressas no<br />

presente <strong>de</strong>creto.<br />

Art. 3." O edifício da Capella c<br />

consi<strong>de</strong>rado monumento nacional e<br />

nelle se installará um «museu <strong>de</strong><br />

arte», ao qual ficarão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já pertencendo<br />

os objectos do thesouro<br />

da mesma capella.<br />

Art. 4. 0 A direcção <strong>de</strong>sse museu<br />

ficará a cargo do director do archivo<br />

da <strong>Universida<strong>de</strong></strong>, sem direito a qualquer<br />

remuneração por esse serviço.<br />

Art. 5.° O serviço da secretaria<br />

do museu será confiado ao actual<br />

capellão thesoureiro, com o venci<br />

mento que ora percebe <strong>de</strong> 200$000<br />

réis.<br />

Art. 6.° O actual moço do orgão<br />

ficará encarregado da guarda e limpeza<br />

do museu, aula <strong>de</strong> musica e archivo,<br />

com o vencimento annual <strong>de</strong><br />

i38.»ooo réis<br />

Art. 7. 0 Aos actuaes copellães<br />

alumnos são mantidas todas as dispensas<br />

<strong>de</strong> propinas e sellos, que lhes<br />

estavam garantidas pelo <strong>de</strong>creto <strong>de</strong><br />

i5 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1845.<br />

Art. 8." E' mantida a aula <strong>de</strong> musica,<br />

que continuará a ser regida<br />

pelo actual professor, com o vencimento<br />

annual <strong>de</strong> 3ooaf>ooo réis.<br />

Art. 9. 0 No orçamento privativo<br />

da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> será incluída a verba<br />

indispensável para as <strong>de</strong>spezas<br />

<strong>de</strong> installação do museu o expediente<br />

do mesmo.<br />

Art. 1 o.° Fica revogada a legislação<br />

em contrario.<br />

Determina-se, portanto, que todas<br />

as auctorida<strong>de</strong>s, a quem o conhecimento<br />

e execução do presente <strong>de</strong>creto<br />

com força <strong>de</strong> lei pertencer, o<br />

cumpram e façam cumprir e guardar<br />

tão inteiramente como nelle se<br />

contém.<br />

UNIVERSIDADE<br />

Conferencias<br />

O sr. dr. Costa Lobo, distincto<br />

lente da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Mathematica,<br />

realisou no domingo á noite uma<br />

conferencia na sala dos capellos,<br />

que tinha numerosa assistência.<br />

Presidiu o sr. reitor dr. Manuel<br />

d'Arriaga.<br />

O illustre professor principiou por<br />

agra<strong>de</strong>cer a s. ex. a ter-se lembrado<br />

<strong>de</strong>lle para conferente, manifestando<br />

também o seu reconhecimento a todos<br />

que ali se achavam para o ouvir.<br />

A i<strong>de</strong>ia das conferencias por pro<br />

fessores e alumnos da <strong>Universida<strong>de</strong></strong><br />

tivera-a elle também, congratulando-se<br />

em ser este também o <strong>de</strong>sejo<br />

do illustre reitor. Quando estiver<br />

concluído o palacio para o Club<br />

Académico, po<strong>de</strong> o salão nobre, <strong>de</strong>ssa<br />

casa ser <strong>de</strong>stinado a essas conferencias.<br />

Referindo-se ás accusações que<br />

se fazem á <strong>Universida<strong>de</strong></strong>, diz serem<br />

falsas. Elle tem tido occasião <strong>de</strong><br />

conversar com muitos professores<br />

<strong>de</strong> escolas superiores <strong>de</strong> Lisboa e<br />

Porto, e sempre lhes ouviu dizer<br />

que os alumnos da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> vão<br />

daqui bem preparados. Agra<strong>de</strong>ceu<br />

ao sr. dr. Julio Henriques, um dos<br />

professores mais consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong>ste<br />

instituto, o seu brilhante artigo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>feza da <strong>Universida<strong>de</strong></strong>, muito especialmente<br />

da sua faculda<strong>de</strong>.<br />

Entrando <strong>de</strong>pois na conferencia,<br />

disse que o objecto <strong>de</strong>lia era o Sol.<br />

Sobre este interessante assumpto<br />

se <strong>de</strong>morou s. ex. à quasi uma hora,<br />

fallando dos pontos essenciaes que<br />

mais téem merecido o estudo e<br />

observações dos astronomos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

os tempos primitivos dos cal<strong>de</strong>us,<br />

gregos, egypcios, índios e chinezes<br />

que fizeram estudos muito apreciáveis<br />

e <strong>de</strong> largo alcance para essas<br />

épocas.<br />

Referiu-se muito ao que se conseguiu<br />

dos sábios no século 17. 0 sobre<br />

distancia, <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e reconhecimento<br />

das manchas solares, eclipses, etc.;<br />

as importantes observações feitas na<br />

índia em 1868, riscas observadas no<br />

PREÇO DAS PUBLICAÇÕES<br />

Annuncios por linha 3o réis. Repetições 20 réis.<br />

Communicados 5o réis a linha.<br />

Os srs. assignantes téem 5o por cento <strong>de</strong> abatimento.<br />

Editor: Alfredo Pessoa<br />

espectro solar; a influencia do sol<br />

sobre a terra e sua acção biologica,<br />

phisica e até moral e intellectual na<br />

humanida<strong>de</strong>; fallou do culto <strong>de</strong> certos<br />

povos pelo Sol e dos resultados dos<br />

congressos <strong>de</strong> astronomia solar que<br />

téem sido realisados annualmente.<br />

O sr. dr. Costa Lobo, que foi<br />

saudado com uma gran<strong>de</strong> salva <strong>de</strong><br />

palmas, não pou<strong>de</strong> apresentar algumas<br />

projecções luminosas, por <strong>de</strong>sarranjo<br />

na machina respectiva.<br />

Hontem 5. a conferencia, ás 7 4 /í<br />

horas da noite. Conferente o sr. João<br />

Marques Ferreira da Costa, alumno<br />

<strong>de</strong> direito.<br />

Thema: Direitos políticos da mulher.<br />

O conferente <strong>de</strong> hontem tratou o<br />

assumpto com elevação e muitos<br />

conhecimentos, merecendo as mais<br />

lisongeiras referencias e justos applausos.<br />

Principiando por <strong>de</strong>screver a Verda<strong>de</strong>,<br />

fallou da educação feminina,<br />

dizendo que a mulher caminha para<br />

a liberda<strong>de</strong>, missão nobre e bella;<br />

dá conta dalguns dados estatísticos<br />

da baixa nupcial em alguns paizes<br />

mais a<strong>de</strong>antados, o que attribuí á<br />

differença <strong>de</strong> castas, ao falso conceito<br />

que muitos fazem do casamento,<br />

ao sentimento religioso, etc.<br />

Existe uma gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>sproporção<br />

antre a população masculina e feminina.<br />

Em Portugal, por exemplo,<br />

por cada 1:000 homens ha 1:091<br />

mulheres.<br />

A mulher caminha a par do homem<br />

e em alguns paizes algumas<br />

até se lhe tem avantajado, como<br />

acontece nos Estados Unidos.<br />

Citou dados estatísticos para mostrar<br />

o gran<strong>de</strong> numero <strong>de</strong> mulheres<br />

que em França exercem empregos<br />

públicos com magníficos resultados,<br />

fazendo neste ponto a apologia da<br />

mulher para o exercício das funeções<br />

politicas.<br />

A mulher portugueza sabe soffrer<br />

e amar — são estes os dois gran<strong>de</strong>s<br />

sentimentos que a dominam. Pena<br />

é que os nossos políticos se tenham<br />

esquecido tanto do sexo feminino,<br />

para o qual muito pouco ha legislado.<br />

No gran<strong>de</strong> numero d'analphabetos<br />

em Portugal contam se mais <strong>de</strong><br />

2 milhões <strong>de</strong> mulheres. Ha portanto<br />

uma gran<strong>de</strong> falta <strong>de</strong>lias nas escolas<br />

e a razão é também notar-se a falta<br />

<strong>de</strong>stas para ellas.<br />

Nos paizes mais a<strong>de</strong>antados, na<br />

França, Bélgica, Suissa e até no Japão,<br />

existem escolas profissíonaes<br />

só para mulheres.<br />

Fazendo referencia a uma phrase<br />

dum escriptor allemão em 1834, fez<br />

uma bella invocação ás damas, aos<br />

mestres e alumnos, para que trabalhem<br />

todos pelo resurgimento da<br />

Patria.<br />

O académico sr. Marques da Costa<br />

foi muito feliz na sua conferencia.<br />

A 6.® conferencia é no dia 27.<br />

Conferente o sr. dr. José áe Mattos<br />

Sobral Cid.<br />

Thema: A Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Reforma Pombalina até<br />

á proclamação da Republica.<br />

7. 1 conferencia, no dia 29. Conferente<br />

o sr. dr. Anselmo Ferraz <strong>de</strong><br />

Carvalho.<br />

Thema : Constituição interior do<br />

Globo.<br />

No dia a <strong>de</strong> fevereiro, encerramento<br />

das conferencias e <strong>de</strong>spedida<br />

do actual reitor.<br />

A hora marcada para estas conferencias<br />

é ás 7 e meia da noite.<br />

Promovido pelos estudantes da<br />

<strong>Universida<strong>de</strong></strong> naturaes das ilhas portuguezas,<br />

vae realísar-se no Theatro<br />

Avenida um sarau em beneficio<br />

das creanças que no Funchal ficaram<br />

orphãs em virtu<strong>de</strong> dos paes<br />

lhes terem fallecido victimados pela<br />

cholera.<br />

Bem merece toda a protecção<br />

esta sympathica i<strong>de</strong>ia,


Dr. Fernan<strong>de</strong>s Gosta<br />

Realisou-se no sabbado no magnifico<br />

Hotel Avenida um jantar em<br />

honra do sr. dr. Fernan<strong>de</strong>s Costa,<br />

offerecido pelos magistrados, advogados,<br />

funccionarios judiciaes e solicitadores<br />

<strong>de</strong>sta comarca.<br />

O banquete foi <strong>de</strong> 32 talheres,<br />

sendo <strong>de</strong>slumbrante o aspecto da<br />

sala pela profusão <strong>de</strong> luzes e flores,<br />

<strong>de</strong>correndo no meio da maior animação<br />

e cor<strong>de</strong>alida<strong>de</strong>.<br />

O menu foi o seguinte:<br />

Potage creme Laitius<br />

Petits bouchés à la Diene<br />

Medaillon <strong>de</strong> poisson Beray<br />

Fileis <strong>de</strong> baeuj à la Doumont<br />

Noix <strong>de</strong> veait financière<br />

Galanline <strong>de</strong> chapon truffé<br />

Chouxfleurs au gralin<br />

Dindonneaux à la broche<br />

Napolitain à la creme<br />

Pàtisserie variée<br />

Vins varies<br />

Champagne et café<br />

Ao loast foram feitos muitos brin<br />

<strong>de</strong>s ao nosso actual cônsul geral<br />

no Brazil, sendo estes iniciados pelo<br />

sr. dr. Oliveira Pit es, juiz da comarca,<br />

que felicitou aquelle funccionario<br />

pela sua illustração, intelligen<br />

cia e honestida<strong>de</strong>, seguindo se na<br />

mesma or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias os srs. dr.<br />

Abilio d'Andra<strong>de</strong>, <strong>de</strong>leg ido do pro<br />

curador da Republica; dr. K luardo<br />

Vieira, como presi<strong>de</strong>nte da commissão<br />

municipal; dr. Sousa Bastos, co<br />

mo advogado presente mais antigo;<br />

dr. Gaspar <strong>de</strong> Mattos, dr. José Alberto<br />

dos Reis, dr. Antonio Leitão,<br />

dr. Macario da Silva e dr. Agapito<br />

Rodrigues, o escrivão Perdigão e o<br />

sollicitador Arnaldo Ferreira.<br />

O sr. dr. Fernan<strong>de</strong>s Costa agra<strong>de</strong>ceceu<br />

<strong>de</strong> forma enthusiastica e<br />

commovente.<br />

Houve também brin<strong>de</strong>s especiaes<br />

dirigidos aos srs. drs. Oliveira Pires,<br />

Eduardo Vieira, Alberto dos<br />

Reis e Sousa Bastos.<br />

Durante o jantar tocou um sextetto<br />

regido pelo sr. Luiz Macedo.<br />

Sob proposta do sr. dr. Eduardo<br />

Vieira, calorosamente apoiada, foi<br />

enviado um telegramma ao presi<strong>de</strong>nte<br />

do governo provisorio, felicitando-o<br />

pela acertadíssima escolha<br />

do sr. dr. Fernan<strong>de</strong>s Costa para o<br />

alto cargo <strong>de</strong> que foi recentemente<br />

investido.<br />

Caso triste<br />

No domingo falleceu repentina*<br />

mente em Cernache o sr. José Lucas<br />

e poucos minutos <strong>de</strong>pois morria<br />

também sua esposa, realisando-se o<br />

funeral dos dois no dia seguinte,«no<br />

mesmo cortejo, a que concorreu<br />

muita gente.<br />

Eram Casados ha muitos annos,<br />

<strong>de</strong>ixando um único filho.<br />

Gran<strong>de</strong> parada cyclista<br />

Já estão distribuídas por differentes<br />

estabelecimentos <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> as<br />

listas para a inscripção dos concorrentes<br />

á parada que se <strong>de</strong>ve realisar<br />

no dia 12 <strong>de</strong> Março proximo,<br />

Folhetim do NOTICIAS DE COIMBRA<br />

As pateadas d'outr'ora<br />

A celebre bernarda <strong>de</strong> calcanhar<br />

que ha dias fez andar em pulverosa<br />

muitas das mais respeitáveis capaci<br />

da<strong>de</strong>s lyricas <strong>de</strong>sta capital, sugeriume<br />

a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> dizer alguma coisa ao<br />

meu respeitável publico a respeito<br />

do que foram as pateadas em Lis<br />

boa, no tempo dos nossos paes.<br />

Julgam taivez os tenros rebentões<br />

da mo<strong>de</strong>rna geração, que os nossos<br />

avós eram sujeitos muito comedidos<br />

e tementes a Deus, incapazes <strong>de</strong><br />

arrancharem a uma troça qualquer,<br />

e fazerem andar em bolandas os<br />

empresários theatraes e os auctores<br />

dramaticos! Pois enganam se. Os<br />

nossos avós eram <strong>de</strong> peite do diabo!<br />

Querem saber o que era uma pateada<br />

em 1812?<br />

Ouçam a <strong>de</strong>scripção que <strong>de</strong>lia faz<br />

o sapientissimo e chistosissimo padre<br />

José Agostinho <strong>de</strong> Macedo, no<br />

seu magnifico folheto As pateadas no<br />

theatro, hoje raro:<br />

«Pateada, diz o padre, é um movimento<br />

espontâneo nos pés, bordões,<br />

ca<strong>de</strong>iras, taboas, assobios, feito<br />

na plateia pelos senhores espectadores;<br />

<strong>de</strong> que resulta uma assoada,<br />

promovida pelo Sport Grupo Conimbricense.<br />

Ha gran<strong>de</strong> enthusiasmo. Já estão<br />

muitos concorrentes inscriptos.<br />

No proximo domingo realisa-se a<br />

eleição dos corpos gerentes <strong>de</strong>sta<br />

collectivida<strong>de</strong>.<br />

FALLECIMENTOS<br />

Depois dè atroz soifrimento falleceu<br />

na noite <strong>de</strong> domingo o innocente<br />

Antonio, filhinho querido do<br />

nosso presado amigo sr. Manuel da<br />

Cruz Canellas, e da sr. a D. Rosa Augusta<br />

Canellas, estimados enfermeiros<br />

do posto medico dos srs. drs.<br />

Amante, Rosette e Armando.<br />

A infeliz creança foi victima <strong>de</strong><br />

uma meningite, que em 8 dias, e<br />

entre o maior soffrimento, poz termo<br />

d sua vida que para todos que o<br />

conheciam era tão querida.<br />

Tomando parte na dor que neste<br />

momento opprime o coração <strong>de</strong> seus<br />

paes amantíssimos pela perda do<br />

seu filhinho para quem fugiam todos<br />

os affectos e carinhos, enviamos lhes<br />

as nossas mais sinceras e sentidas<br />

condolências.<br />

O funeral da infeliz creança realisou-se<br />

na segunda feira, sendo uma<br />

verda<strong>de</strong>ira homenagem prestada ao<br />

sr. Manuel Canellas e a sua <strong>de</strong>dicada<br />

esposa, que contam nesta cida<strong>de</strong> as<br />

maiores sympathias, <strong>de</strong>vido não só<br />

ao modo affavel que possuem no<br />

<strong>de</strong>sempenho das suas funcçÕes, como<br />

pelas bellas qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> que<br />

são dotados.<br />

Sobre o pequeno athaú<strong>de</strong> foram<br />

<strong>de</strong>postas muitos bouquels e coroas,<br />

com as seguintes <strong>de</strong>dicatórias:<br />

«Ao nosso sempre lembrado Antonio<br />

— Ultimo beijo <strong>de</strong> teus paes.»<br />

«Ao menino Antonio Canellas.<br />

Virginia d'Assumpção.»<br />

«Ultima sauda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Maria Justa<br />

Vieira e Antonio Dias Vieira Machado<br />

— Ao innocente Antoninho.»<br />

«Ao Antoninho -- Um beijo da<br />

sua creada Josephina.»<br />

«Ao filhinho querido dos meus<br />

padrinhos. Um beijo do Manuel.»<br />

«Ultimo beijo da tua amiguinha<br />

Manuela Maria Barreto.»<br />

«Ao menino Antonio Canellas —<br />

De Maria <strong>de</strong> Almeida Martinho.»<br />

«De Joaquina Cruz e. seu filho<br />

Abrahão Coelho — Ao menino Antoninho.»<br />

«De Maria <strong>de</strong> Jesus Berarda —<br />

Ao Antoninho Canellas.»<br />

«Lagrimas e sauda<strong>de</strong>s — Das tuas<br />

amiguinhas Anna Machado, Conceição<br />

dos Santos, Ermelinda Branco<br />

e Maria José.»<br />

• «A' saudosa memoria do Antoninho<br />

— Os empregados do Theatro<br />

Avenida.»<br />

«Ao Antoninho—Ultimo beijo da<br />

ama Encarnação.»<br />

«Ultimo beijo ao meu Antoninho<br />

— De tua tia Maria da Cruz Canellas.»<br />

«Ao seu querido Antonio — Com<br />

profunda sauda<strong>de</strong> José Augusto e<br />

seus paes.»<br />

«Maria da Luz Barroso da Veiga<br />

açogaria, matinada e ingrezia confu<br />

sa dada nas bochechas aos comicos,<br />

para se lhes dizer, com toda a civi<br />

iida<strong>de</strong>, que o que estão representando,<br />

ou acabam <strong>de</strong> representar, é uma<br />

completa parvoíce, uma manifesta<br />

pouca vergonha, ou um solemne <strong>de</strong>stempero.»<br />

Que tal, ein? Que tal eram os ratões?<br />

E dizem que a humanida<strong>de</strong><br />

progri<strong>de</strong> ! Que gran<strong>de</strong> peta !! Po<strong>de</strong><br />

haver progresso, quando o nervo do<br />

enthusiasmo está cada vez mais<br />

frouxo e a troça bravia resona a<br />

bom resonar! Aquilio é que eram<br />

portuguezes!<br />

Havia por áquelles tempos, va<br />

rias castas <strong>de</strong> pateadas que já hoje<br />

se não conhecem. V. gr. A pateada<br />

comprada, da qual o padre Macedo<br />

nos falia assim:<br />

«E' verda<strong>de</strong> que eu ouvia fallar<br />

em pateada comprada... Stultus<br />

ego: Dizia comigo, a pateada<br />

dá-se, e se se dá como se compra t<br />

Achava contradição; mus o que é a<br />

imperícia e a ignorancia ! A politica<br />

<strong>de</strong> uma pateada Comprada escapou<br />

ás vistas calculantes <strong>de</strong> um Luchesini,<br />

<strong>de</strong> um barão <strong>de</strong> Thugut! Eu<br />

vou fallar <strong>de</strong>lia Com aquella bocarra<br />

redonda, <strong>de</strong> que as muzas fizeram<br />

presente aos gregos poetas e professores.»<br />

Depois conta-nos, o bom padre,<br />

o que eram as emulações artísticas<br />

naquellas saudosíssimas eras em<br />

Noticias <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> <strong>de</strong> II <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1911<br />

Leal Gonçalves— Offerece ao Antoninho.»<br />

«Ao meu Antonito — Ultimo beijo<br />

do teu amigo Custodio José Costa.»<br />

«Ultimo a<strong>de</strong>us do amigo Manuel<br />

Marques — Ao Antonio Canellas.»<br />

«Ao Antoninho em prova <strong>de</strong> muita<br />

sauda<strong>de</strong> —Offerecem Isaura Assumpção<br />

Carvalho Lobo e Marianna da<br />

Nativida<strong>de</strong> Lobo »<br />

«Um beijo ao seu Antonito — De<br />

Joaquim Cardoso Marques.»<br />

«Ao Antonito Canellas — De Alice<br />

Ferraz da Cruz Amante.»<br />

«Ao seu amigo Antoninho—Augusto<br />

Duarte da Cunha.»<br />

«O ultimo beijo dos seus amiguinhos<br />

Joaquina Cardosa Marques Pereira<br />

e José Marques Pereira.»<br />

«Ao seu nunca esquecido sobrinho<br />

e afilhado Antonito — Angelina<br />

Augusta Cabral »<br />

«Ultimo beijo—Ao meu Antonio,<br />

offerece Maria, Laura dos Reis.<br />

Dois ramos <strong>de</strong> flores <strong>de</strong> Maria<br />

Florinda da Costa. «Ao seu querido<br />

Antonito.»<br />

Uma rosa branca <strong>de</strong> Isabel Machado.<br />

Um amor perfeito. «Ao seu querido<br />

Antonito — Leonor Campos.»<br />

Palma <strong>de</strong> martyrios <strong>de</strong> Virginia<br />

<strong>de</strong> Carvalho.<br />

A chave do caixão foi levada pelo<br />

sr. José Marques Pereira.<br />

O cadaver que ficou <strong>de</strong>positado no<br />

jazigo <strong>de</strong> familia do sr. dr. Luiz<br />

Rosette, em Santo Antonio dos Olivaes,<br />

foi conduzido em, um coche<br />

dourado seguido <strong>de</strong> muitos trens<br />

com pessoas que acompanharam á<br />

ultima morada a saudosa creancinha.<br />

O funeral foi feito pelo sr. Jorge<br />

da Silveira Moraes.<br />

Também falleceu o menino Mário,<br />

dilecto filho do estimado typographo<br />

sr. Antonio Borges <strong>de</strong> Mello.<br />

Avaliando a sua gran<strong>de</strong> dor pela<br />

perda do seu filhinho querido, enviamos-lhe<br />

a expressão do nosso pezar.<br />

Espectáculo<br />

Com a inauguração dum novo grupo<br />

realisou-se no domingo no theatro<br />

dos Bombeiros Voluntários um<br />

espectáculo que <strong>de</strong>correu muito animado.<br />

subindo á scena o drama militar<br />

O filho da Republica, sendo os<br />

interpretes muito applaudidos, pois<br />

<strong>de</strong>sempenharam muito regularmente<br />

os seus papeis.<br />

Agra<strong>de</strong>cemos o convite.<br />

Exoneração<br />

A sr. a D. Izilda Affonso do Patrocínio<br />

requereu a exoneração <strong>de</strong><br />

professora ajudante da escola central<br />

<strong>de</strong> Santa Cruz.<br />

Principiaram já os ensaios para a<br />

recita dos quintanistas.<br />

A peça intitula-se Forte Venit e<br />

tem 3 actos.<br />

que duas actrizes rivaes se <strong>de</strong>scompunham<br />

e jogavam até o socco nas<br />

bochechas do contra-regra; resultando<br />

<strong>de</strong>ssas inqualificáveis Iuctas<br />

artístico dramaticos a pateada comprada!<br />

Nas noites <strong>de</strong> pateada com<br />

prada o salão <strong>de</strong> theatro apresentava<br />

o aspecto <strong>de</strong> um campo <strong>de</strong> batalha,<br />

ou da porta <strong>de</strong> uma egreja,<br />

em dia <strong>de</strong> eleições... Os chefes<br />

passavam revista aos seus subordi<br />

nados, que entravam <strong>de</strong>pois aos<br />

poucos e misturados para a plateia,<br />

e <strong>de</strong>pois os caudilhos iam observar<br />

a firmeza <strong>de</strong> suas tropas formadas<br />

em escalões ao longo dos bancos.<br />

O aspecto era medonho. Quando<br />

havia or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> carregar, a bomba<br />

rebentava e agora o verás! «A batalha<br />

<strong>de</strong> Trafalgar, diz o padre,<br />

<strong>de</strong>screvendo uma memorável pateada<br />

comprada, o bramido, das ondas,<br />

o berro dos canhões, a buzina <strong>de</strong><br />

Mozzarredo e o godéme dos bre<br />

tões, a explosão <strong>de</strong>i Médio mundo<br />

e <strong>de</strong> la Trinidad, a palavra ouverbo<br />

auxiliar a toda a hora prompto na<br />

bocca dos hespanhoes (hoje com<br />

efteito homens honrados!) os gritos<br />

da Maria Pinheira, que estava escrevendo<br />

em um beliche da ré a<br />

favor dos sebastianistas, tudo isto e<br />

o mais que a imaginação mais ar<strong>de</strong>nte<br />

se pô<strong>de</strong> fingir, foi menos que<br />

as primeiras <strong>de</strong>scargas dos dois espalhados<br />

batalhões numero tal e<br />

tal,<br />

Écos DA SOCIEDADE<br />

Foi visitado pelo sr. Bispo Con<strong>de</strong>, o reverendo<br />

parocho da freguezia <strong>de</strong> Santa<br />

Cruz, sr. José Men<strong>de</strong>s Saraiva, que conti<br />

nua doente.<br />

Acha-se enfermo, com doença <strong>de</strong> cuidado,<br />

o nosso amigo sr. Antonio Francisco<br />

do Valle, thesoureiro da Misericórdia.<br />

Também se acha gravemente doente o<br />

sr. Plinio Martins, ourives <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>.<br />

Tem obtido consi<strong>de</strong>ráveis melhoras o<br />

sr. dr. Alberto Navarro, <strong>de</strong> Con<strong>de</strong>ixa,<br />

cunhado do sr. ministro das finanças.<br />

Na egreja da Sé Velha foi celebrado o<br />

consorcio do sr. José das Neves Silva Carneiro,<br />

director superior da alfan<strong>de</strong>ga <strong>de</strong><br />

Lourenço Marques, com a sr." D. Maria <strong>de</strong><br />

La Salete Castro Neves e Silva, filha do<br />

antigo escrivão <strong>de</strong> direito <strong>de</strong>sta comarca,<br />

sr. José Norberto das Neves.<br />

Passa um pouco encommodado o meretissimo<br />

juiz <strong>de</strong>sta comarca sr. dr. Oliveira<br />

Pires.<br />

Acha-se em Lisboa, com pouca <strong>de</strong>mora,<br />

o sr. dr. Marnoco e Sousa.<br />

S. ex. a foi ali tratar da organisação dos<br />

pontos para o concurso para a vaga <strong>de</strong><br />

professor da ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Economia Politica,<br />

na Escola Polytechnica.<br />

O sr. dr. Marnoco e Sousa é um dos<br />

membros do jury.<br />

Descanso semanal<br />

Foi distribuído nesta cida<strong>de</strong> o seguinte<br />

aviso:<br />

Previne se o commercio <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> que as modificações feitas<br />

á lei do <strong>de</strong>scanso semanal só come<br />

çam a vigorar em <strong>Coimbra</strong> e nas<br />

<strong>de</strong>mais terras da província i5 dias<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter sido feita a regulamentação<br />

para Lisboa. (§ 6.° do art.<br />

7 do <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong><br />

1911).<br />

A regulamentação, não só para<br />

<strong>Coimbra</strong> como para as <strong>de</strong>mais terras<br />

da província, pertence ás Camaras<br />

municipaes, <strong>de</strong> accordo com as<br />

associações respectivas e ouvidos os<br />

presi<strong>de</strong>ntes das juntas <strong>de</strong> parochia,<br />

e será baseada tanto quanto possível<br />

no regulamento que para o concelho<br />

<strong>de</strong> Lisboa fôr elaborado. (Art.<br />

7 e § i.° do <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> Janeiro<br />

<strong>de</strong> 1911).<br />

Assim, pois, até que seja feita a<br />

nova regulamentação, continua em<br />

vigor a existente.<br />

<strong>Coimbra</strong>, 21 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1911.<br />

A commissão <strong>de</strong> vigilancia.<br />

#<br />

Telegramma<br />

Ao ex. m0 ministro do interior. —<br />

Lisboa.<br />

O pensamento do legislador estabelecendo<br />

a obrigatorieda<strong>de</strong> do encerramento<br />

dos estabelecimentos,<br />

embora não esteja expresso em ne-<br />

A balbúrdia foi tanta que o emprezario,<br />

mais morto que vivo, teve<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>itar a cabeça <strong>de</strong> fóra da gaiola<br />

do ponto e bradar: «Digam os senhores<br />

o que querem para se acabar<br />

o divertimento <strong>de</strong>sta infeliz noite<br />

? Ponham ahi o Tartufo, respon<strong>de</strong>u<br />

uma voz.»<br />

«Então a o:chestra mais <strong>de</strong>sassombrada,<br />

abrindo as caixas das<br />

sanfonas, tocou o minuete da embaixada,<br />

com que tudo se aquietou<br />

alguma coisa !»<br />

Ahi está o que era uma pateada<br />

comprada, no anno <strong>de</strong> 1812. Vejam<br />

e pasmem !<br />

Falla-nos tamberri o padre Lagosta—<br />

era assim a sua alcunha —<br />

da pateada real, a qual caiu com o<br />

absolutismo— pois o systema cons<br />

titucional não admitte pateadas<br />

reaes! e da pateada redonda, que<br />

era quasi a mesma coisa. «A paleada<br />

redonda, diz elle, é pachorrenta,<br />

espera a consumação da peça ;<br />

é terrível sim, nos seus symptomas,<br />

mas não é apressada a sua crise: a<br />

pateada real tem mais fogo e impaciência.<br />

Na proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />

pateada real, até caem sem ningtrem<br />

lhes mecher, os cartazes das<br />

esquinas, como envergonhados <strong>de</strong><br />

terem anmtnciado a peça. Dias antes,<br />

chega a levantar o papel moeda<br />

pela influencia dos que querem<br />

comprar bambús na fórma da lei.<br />

Começâ <strong>de</strong> ser objecto das mais se-<br />

nhum artigo da lei, <strong>de</strong>duz-se claramente<br />

da disposição do n.° 2 do §<br />

i.° do art. 2. 0 do <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> 9 do<br />

corrente, o que é justo, e assim os<br />

abaixo assignados, commerciantes<br />

<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, con<strong>de</strong>mnam os pedidos<br />

que em sentido contrario téem<br />

sido dirigidos a v. ex. a e pe<strong>de</strong>m que<br />

a lei seja modificada estabelecendo<br />

a obrigatorieda<strong>de</strong> do encerramento<br />

ao domingo em todo o paiz.<br />

A disposição que auctorisa as Camaras<br />

a permittir o encerramento<br />

em dias diversos, tem inconvenientes<br />

graves que o superior espirito<br />

<strong>de</strong> v. ex. a <strong>de</strong>ve pon<strong>de</strong>rar.<br />

Alberto Duarte Areosa<br />

Hermínio Bernardo Loureiro<br />

Abilio Lagoas<br />

Ricardo Pereira da Silva<br />

João Cerveira Nunes<br />

Francisco Villaça da Fonseca<br />

Antonio da Silva Braga<br />

Manuel Joaquim Villaça<br />

Viuva <strong>de</strong> Jeronymo José Pereira,<br />

Filho<br />

Manuel Paes da Silva<br />

Francisco Rodrigues da Cunha Lucas<br />

Manuel Neves Barata<br />

Antonio Augusto Neves<br />

José Sebastião d'Almeida<br />

Florêncio dos Santos Ribeiro<br />

Antonio Marques Seabra<br />

José Teixeira<br />

Antonio Francisco <strong>de</strong> Brito<br />

Bernardino Carvalho<br />

Pereira d'Almeida<br />

A<strong>de</strong>lino Ferreira Matheus<br />

Guimarães & Lobo<br />

Manuel Villaça da Fonseca<br />

Joaquim Maria Martins, successores<br />

Manuel Ferreira Matheus<br />

Dantas Guimafôes<br />

Joaquim Men<strong>de</strong>s Macedo<br />

Bento Carlos da Fonseca<br />

Francisco Borges<br />

José Barriga Cerveira<br />

José d'Almeidá Teixeira<br />

Luiz d'Almeida Júnior<br />

José Maria Teixeira Fânzeres<br />

Roque d'Almeida Mariano<br />

José das Neves Carneiro<br />

Manuel Simões<br />

Ventura Baptista d'Almeida<br />

Augusto dos Santos Gonçalves, successor<br />

José Henriques Pedro<br />

Luiz Augusto Teixeira<br />

Augusto d'Almeida<br />

Zacharias Neves<br />

João Men<strong>de</strong>s<br />

Joaquim Pessoa<br />

Ernesto Ferreira Lopes<br />

Ernesto Lopes <strong>de</strong> Moraes<br />

Antonio Marques da Silva Eloy<br />

Jayme Lopes Lobo<br />

Augusto da Silva Fonseca.<br />

Snllragios<br />

A sr. a D. Julia <strong>de</strong> Paiva Telles <strong>de</strong><br />

Vasconcellos mandou rezar na Capella<br />

da Tocha, em Monte São, no<br />

dia 23 do corrente, duas missas, uma<br />

suffragando a alma <strong>de</strong> sua saudosa<br />

prima e madrinha, a sr. 1 D. Maria<br />

da Pieda<strong>de</strong> Machado, e a outra por<br />

alma do seu inolvidável e chorado<br />

marido, o sr. Elisio Telles <strong>de</strong> Vasconcellos.<br />

rias conversações geraes pelos botequins.<br />

Pinta se com cores palidas<br />

a consternação e o assombro pelos<br />

focinhos dos comicos ; todos sabem,<br />

todos esperam o golpe da <strong>de</strong>sgraça<br />

imminente. Noites antes, os mesmos<br />

entes brutos e insensíveis do theatro<br />

dão funestos presagios do proximo<br />

terremoto; o cão do ponto<br />

uiva <strong>de</strong>sconformemente; não ha<br />

agua raz que baste a fazer pegar e<br />

acen<strong>de</strong>rem-se as velas <strong>de</strong> cebo, que,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s esmorramentos,<br />

dão uma luz sepulchral e moribunda.<br />

O poeta do theatro fica em casa<br />

iom repentinas câmaras. O carpinteiro<br />

machinista, atonito com os<br />

symptomas da futura conflagração<br />

geral, engana se e se ha <strong>de</strong> puchar<br />

um bastidor <strong>de</strong> vista, da fachada<br />

do mal cosinhado, pucha o bastidor<br />

dos tumulòs <strong>de</strong> Verona, e a primeira<br />

cantatriz, se ha <strong>de</strong> empurrar<br />

a cavatina <strong>de</strong> Mironton, engrola a<br />

ultima aria <strong>de</strong> Julieta a expirar nos<br />

braços <strong>de</strong> Romeo! Estes são, para<br />

fallar investigadoramente, os avancoureurs<br />

da pateada real, ultima<br />

<strong>de</strong>sgraça da empreza dramática, e<br />

que pelas suas complicadíssimas<br />

circumstancias, não entra na classe<br />

dos acontecimentos vulgares, na<br />

gran<strong>de</strong> historia do mundo!»<br />

(Continua).


Estudantes <strong>de</strong> medicina<br />

.. .Sr. redactor<br />

O Avante, semanario <strong>de</strong> Estudantes<br />

Portuguezes, com sé<strong>de</strong> em<br />

Lisboa, publicou em o n.° 7 um artigo<br />

meu, em resposta a outro que,<br />

sob o titulo — O protesto dos Estudantes<br />

da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina<br />

<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, já tinha publicado em<br />

2 5 <strong>de</strong> Dezembro proximo passado.<br />

Ora como a referida prosa vem<br />

publicada com ligeiras modificações<br />

que lhe alteram o sentido, e truncada<br />

em phrases que eu reputo fundamentaes<br />

para a justa apreciação<br />

do meu pensamento, peço a v...<br />

um logar mo<strong>de</strong>sto no seu apreciado<br />

jornal, para a publicação do referido<br />

artigo, tal qual o escrevi.<br />

De v... etc.<br />

José da Silva Neves<br />

0 protesto dos estudantes da<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong><br />

<strong>Coimbra</strong><br />

E' sempre <strong>de</strong>veras penoso <strong>de</strong>fron<br />

tar companheiros <strong>de</strong> lucta pela mes<br />

ma causa, sobretudo quando, como<br />

no actual momento, essa causa<br />

grandiosa e unanimemente sympathica—o<br />

aperfeiçoamento da instrucção.<br />

Constrange-nos por isso vir a<br />

publico anaíysar e retutar a apreciação<br />

feita, no jornal A 'vante, ao<br />

protesto convite que os alumnos da<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina lançaram aos<br />

seus collegas <strong>de</strong> Lisboa e Porto.<br />

Antes <strong>de</strong> tudo, é profusamente<br />

lamentavel que o Avante, fundado<br />

e arvorado em <strong>de</strong>fensor do aperfeiçoamento<br />

do ensino em Portugal,<br />

tomasse para nós, collaboradores no<br />

seu i<strong>de</strong>al, uma attitu<strong>de</strong> hostil tratando<br />

em estylo chocarreiro, e repassado<br />

d'ironia, um assumpto d'im<br />

portancia capital.<br />

Parece-nos que o caminho mais<br />

sensato a trilhar nestas questões é o<br />

da maxima correcção e gran<strong>de</strong> au<br />

ctorida<strong>de</strong>, a par da verda<strong>de</strong> absoluta<br />

produzindo convicções.<br />

A moção aprovada pelos alumnos<br />

da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, nem <strong>de</strong><br />

fen<strong>de</strong> os seus mestres, nem preconisa<br />

a superiorida<strong>de</strong> da escola <strong>de</strong><br />

<strong>Coimbra</strong>.<br />

Protesta, sim, contra as accusações<br />

abstractas feitas ao seu ensino,<br />

e convida os que se arvoram em<br />

juizes, a conhecerem o corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

íicto para <strong>de</strong>pois imparcialmente ou<br />

absolverem ou con<strong>de</strong>mnarem mas<br />

com conhecimento <strong>de</strong> causa. Foi<br />

isto e nada mais que se teve em<br />

mira, porque insinuar, accusar vagamente<br />

nada ha mais fácil.<br />

Quando, <strong>de</strong> quê e on<strong>de</strong> é que os<br />

estudantes da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina<br />

accusaram os seus collegas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Lisboa e Porto ?<br />

Ainda bem que o A 'vante, classificando<br />

<strong>de</strong> injustas essas imaginarias<br />

accusações, <strong>de</strong>clara não ter procuração<br />

dos estudantes <strong>de</strong> Lisboa para<br />

os <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r; e ainda bem, porque<br />

seria absurdo e até contraproducente,<br />

quererem <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o ensino medico<br />

da Escola <strong>de</strong> Lisboa com a<br />

existencia <strong>de</strong> laboratórios, clinicas e<br />

Consultorios que nada tem que ver<br />

com a educação profissional que o<br />

estado tem o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> ministrar.<br />

Pois o que se <strong>de</strong>bate actualmente?<br />

E' ou não o ensino official, as suas<br />

condições, insufficiencia, orientação<br />

e competencia do professorado?<br />

Doutra maneira, levados pelo raciocínio,<br />

nada ha a exigir em favor<br />

do ensino medico em Portugal, por<br />

quanto os que quizerem apren<strong>de</strong>r,<br />

aproveitam ainda mais que em Lisboa,<br />

frequentando as clinicas <strong>de</strong><br />

Pozzi, Bier, Albarran, Lejars, Faure,<br />

Eiselsberg e tantos outros. E'<br />

uma questão <strong>de</strong> dinheiro e boa vonta<strong>de</strong>.<br />

E' o que se <strong>de</strong>prehen<strong>de</strong> da<br />

Erosa que vimos analysando. E em<br />

isboa assim é<br />

Não faltam ahi especialida<strong>de</strong>s e<br />

clinicas particulares. Já assim o dizia<br />

o governo no Diário «pondo emfim<br />

termo á velha pobreza <strong>de</strong> um<br />

estabelecimento que se via tão mal<br />

dotado <strong>de</strong> apetrechamento necessário<br />

para a technica didactica<br />

«Por um esforço espontâneo da<br />

Classe medica se introduziram ha<br />

muito entre nós essas especialida<strong>de</strong>s,<br />

algumas das quaes se indivi-<br />

dualisaram já nos serviços hospita<br />

lares.<br />

Importa agora que se integrem<br />

abertamente no ensino official, <strong>de</strong><br />

modo a preencher a lacuna tantas<br />

vezes notada na habilitação geral <strong>de</strong><br />

um clinico, e que por outro lado<br />

sirvam <strong>de</strong> aljofre nacional a futuros<br />

especialistas.»<br />

De resto, a <strong>de</strong>ficiencia do ensino<br />

official é gran<strong>de</strong> nas tres escolas.<br />

«Se <strong>Coimbra</strong> tem difíiculda<strong>de</strong>s<br />

hospitalares, Lisboa está hoje pouco<br />

mais ou menos nas mesmas condições<br />

em que ha vinte annos se encontrava<br />

o Porto<br />

A escola daquella cida<strong>de</strong> (Porto)<br />

pa<strong>de</strong>cia <strong>de</strong> mal tão grave e tão fun<br />

do que se dizia incurável<br />

Mas o que importa ser aqui apre<br />

ciado é a situação difficil em que a<br />

escola se encontra hoje para o seu<br />

ensino clinico. Tendo junto a si um<br />

hospital com centenas <strong>de</strong> doentes,<br />

vê-se a todo o momento a braços<br />

com dificulda<strong>de</strong>s.<br />

Já aqui alguma coisa dissemos<br />

<strong>de</strong>sta situação <strong>de</strong>plorável.<br />

O remedio procura-o a escola, em<br />

caminho parecido com o que a fa<br />

culda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> parece <strong>de</strong>sejar,<br />

e consegui lo ha, porque entre satisfação<br />

duma necessida<strong>de</strong> publica<br />

e o voluntarioso querer duma auctorida<strong>de</strong><br />

não ha espirito imparcial que<br />

possa hesitar. Ultimamente as coi<br />

sas ainda se aggravaram. Já não é<br />

só o doente, é também o cadaver....<br />

O caso é que a escola <strong>de</strong> Lisboa<br />

atravessa uma verda<strong>de</strong>ira crise e o<br />

seu futuro está cheio d'ameaças. As<br />

coisas apparecem como se uma vasta<br />

re<strong>de</strong> se estivesse lançando sobre<br />

ella. Nem doentes nem cadaveres,<br />

ou antes, para a verda<strong>de</strong> Iitteral,<br />

doentes poucos, difficeis d'aprovei<br />

tar, cadaveres pouquíssimos, ainda<br />

mais difficeis <strong>de</strong> arrancar.<br />

Para o futuro ainda peor. Está se<br />

fazendo, annexo ao hospital, um<br />

instituto anatomo pathologico, que,<br />

nas circunstancias actuaes, tem uma<br />

tal ou qual apparencia <strong>de</strong> escola<br />

medica rival. O que será da que<br />

hoje existe quando a sua competidora<br />

entrar na activida<strong>de</strong> aspiratoria<br />

dos cadaveres do hospital? Terá <strong>de</strong><br />

fechar as portas ou que ensinar anatomia<br />

e clinica em bonecos <strong>de</strong> pasta.<br />

A Escola Medica <strong>de</strong> Lisboa arrazada!<br />

Talvez um i<strong>de</strong>al!...<br />

Ora esperemos que antes disso<br />

venha algum terramoto que faça arrasamento<br />

menos damnoso».<br />

Assim se exprimiu o saudoso professor<br />

Bombarda no editorial da<br />

Medicina Contemporânea <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong><br />

Abril proximo passado, sobre a Escola<br />

<strong>de</strong> Lisboa.<br />

Felizmente para nós todos, as esperanças<br />

do insigne mestre realisaram-se<br />

na manhã <strong>de</strong> 5 d'Outubro.<br />

Liqui<strong>de</strong>m-se, pois, uma vez para<br />

sempre as questões suscitadas, promova-se<br />

a confraternisação das escolas<br />

do paiz e teremos assim conseguido<br />

uma obra altamente moralisadora.<br />

José da Silva Neves<br />

Alumno do 4.° anno medico em <strong>Coimbra</strong><br />

Conferencia<br />

A convite do director do Collegio<br />

Mon<strong>de</strong>go, efíectua em 5 <strong>de</strong> Fevereiro<br />

neste estabelecimento uma conferencia<br />

o illustre pedagogista sr.<br />

dr. João <strong>de</strong> Deus Ramos, subordinada<br />

ao thema: A tradição jesuítica<br />

em Portugal. Vantagens da inicia<br />

tiva particular.<br />

Partido republicano<br />

Sempre se realisa no dia 3i do<br />

corrente a excursão dos republicanos<br />

<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> ao Porto.<br />

O Centro académico republicano<br />

resolveu já tomar parte nessa mani<br />

festação politica e convidar para ella<br />

o reitor e lentes republicanos.<br />

O mesmo Centro vae publicar um<br />

manifesto ao paiz e mandar fazer<br />

uma ban<strong>de</strong>ira.<br />

Mais resolveu protestar contra a<br />

nomeação dos monarchicos srs. Arthur<br />

Fevereiro e Cardoso <strong>de</strong> Menezes<br />

para o Tribunal Administrativo<br />

e contra a con<strong>de</strong>mnação do professor<br />

japonez Kotoku, sua mulher e<br />

mais <strong>de</strong>z anarchistas, que hontem<br />

foram justiçados em Tockio por tentarem<br />

contra a vida do imperador<br />

do Japão.<br />

Noticias <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> <strong>de</strong> II <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1911<br />

Minha filha 1<br />

Albertina, <strong>de</strong> 6 annos <strong>de</strong><br />

eda<strong>de</strong>, soffria <strong>de</strong> lymphatismo.<br />

Não vendo allivio<br />

algum para a sua moléstia<br />

nos outros preparados<br />

que lhe ministrei,<br />

resolvi-me, por conselho<br />

<strong>de</strong> um medico distincto a<br />

dar-lhe a Emulsão <strong>de</strong><br />

Scott, e esta, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

poucos mezes <strong>de</strong>u tão<br />

magníficos resultados que<br />

ella se encontra completamente<br />

restabelecida.<br />

Testemunho <strong>de</strong> MANOEL AUGUSTO PINTO, da rua<br />

Rocha Pereira, 24,Villa Nova <strong>de</strong> Gaia, em 13 <strong>de</strong> Agosto<br />

<strong>de</strong> 1909.<br />

Porque é que os médicos mais eminentes<br />

persistem em receitar a Emulsão <strong>de</strong> Scott<br />

para o tratamento do lymphatismo ? Porque<br />

a expenencia, em casos repetidos,<br />

tem mostrado que a Emulsão <strong>de</strong> Scott<br />

sempre cura o lymphaúsmo, e porque<br />

sabem que esta virtu<strong>de</strong> i;;fa!livel é <strong>de</strong>vida<br />

aos ingredientes po<strong>de</strong>rosíssimos empregados<br />

sempre no fabrico<br />

EMULSÃO DE<br />

COTT<br />

pelo processo especial <strong>de</strong> Scott.<br />

Quando pedir<strong>de</strong>s o preparado <strong>de</strong> Scott,<br />

não acceiteis emulsão alguma que não seja<br />

a d: Scott. As outras são fracas e inteiramente<br />

inúteis para acuradolymphatismo.<br />

NOTA : Apezar do Imposto <strong>de</strong> Sello <strong>de</strong> 50 reis po<br />

cada frasco, todas as Pharmacias e Drogarias<br />

ven<strong>de</strong>m a Kinulsão <strong>de</strong> SCOTT aos preços antigos,<br />

a sajei' : 500 reis meio frasco e 900 reis frasco<br />

granic.<br />

AMOJTKA. (ratuita, contra 200 reis para franquia,<br />

obtem-st! dos Snrs James Casseis & Cia., Succs., Rua<br />

do Mousinho da Silveira, 85, 1°, Porto.<br />

Exibir sempre a Emulsão com a marca — o homem<br />

do peixe — que significa o processo Scott,<br />

"0 Académico„<br />

e os ex-seminaristas<br />

Quem ler um artigo publicado no<br />

n.° 2 d 'O Académico intitulado I<strong>de</strong>ias<br />

dos Seminaristas ficará, talvez convencido<br />

<strong>de</strong> que é verda<strong>de</strong> tudo<br />

quanto nelle se diz.<br />

E' por isso que eu, ex-seminarista,<br />

venho publicamente <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os<br />

meus collegas e a mim proprio, das<br />

falsas accusações que nos são dirigidas<br />

nesse artigo, por gente, que,<br />

sem critério e sem conhecer a orga<br />

nisação do ensino nos seminários,<br />

preten<strong>de</strong> aviltar-nos simplesmente<br />

porque queremos que se nos faça<br />

justiça.<br />

Noção <strong>de</strong> justiça não tem quem<br />

diz que a pretensão <strong>de</strong> revalidação<br />

do nosso curso por que ha tempo<br />

vimos luctando é injusta, allegando<br />

falsamente a insufficiencia dos nossos<br />

conhecimentos litterarios, para<br />

comprovar a sua affirmação. E' a<br />

isto que visa o alludido artigo ; e é<br />

para provar a falsida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta affirmação<br />

que eu roubo aos leitores do<br />

Noticias <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> um bocadinho<br />

<strong>de</strong> espaço.<br />

Depois <strong>de</strong> varias affirmaçÕes referentes<br />

aos seminaristas, vem com<br />

esta o auctor do citado artigo: Patria<br />

?! Não a tinham! Nem téem!<br />

Já viram maior insulto ? Isto não<br />

merece uma resposta. Comtudo direi<br />

ao auctor do artigo já que elle<br />

mostra conhecer a biblia: Bem aventurados<br />

os pobres <strong>de</strong> espirito...<br />

Mas, pondo <strong>de</strong> parte esta e ou-<br />

TRADUGÇAO<br />

DO<br />

ENGLISH READING BOOK<br />

POR<br />

(Diamantino §iniz $erreua<br />

-3®C-<br />

^ i ^ E Ç J O B O O ZEÒIÉXS<br />

tras calumnias do mesmo calibre,<br />

vamos ao ponto culminante do artigo.<br />

Diz assim: «Homens que conti<br />

nuadamente estão encerrados nos<br />

seminários, educados segundo uma<br />

crença don<strong>de</strong> não po<strong>de</strong>m fugir, co<br />

mo se pô<strong>de</strong> comprehen<strong>de</strong>r que tenham<br />

uma educação litteraria sufficiente<br />

para se compararem aos alu<br />

mnos do 7. 0 anno dos Lyceus ? Só<br />

estudam por livros que pó<strong>de</strong>m expli<br />

car os factos, segundo uma maneira<br />

religiosa, mas muito longe da verda<strong>de</strong>,<br />

como é costume».<br />

Ora vejam que argumento! Affirmar,<br />

mentir e nada mais. E chama<br />

nos hypocritas e sotainas! Isto é que<br />

é hypocrisia ; isto é que é <strong>de</strong> sotaina.<br />

Diz o auctor do artigo que nos só<br />

estudamos por livros que pó<strong>de</strong>m explicar<br />

os factos duma maneira re<br />

ligiosa muito longe da verda<strong>de</strong>.<br />

Pois olhe, meu caro amigo, no<br />

Seminário <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, que frequentei<br />

durante 7 annos, estudava<br />

se: Na ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> portuguez a<br />

grammatica <strong>de</strong> Vasconcelloz e a selecta<br />

<strong>de</strong> J. Brandão; na <strong>de</strong> francez<br />

a grammatica <strong>de</strong> C. Cabral e a selecta<br />

<strong>de</strong> Teixeira Botelho; na <strong>de</strong><br />

sciencias naturaes a phisica <strong>de</strong> Ri<br />

beiro Nobre, chimica <strong>de</strong> Sousa Gomez,<br />

zoologia <strong>de</strong> Bernardo Ayres,<br />

botanica <strong>de</strong> Pereira Coutinho e geologia<br />

<strong>de</strong> G. Guimarães, e assim em<br />

todas as outras ca<strong>de</strong>iras, á excepção<br />

das <strong>de</strong> philosohphia, historia e<br />

geographia em que não eram adoptados<br />

os mesmos livros que nos<br />

íyceus. Mas, á excepção <strong>de</strong>stas tres<br />

em todas as outras se davam os<br />

mesmos livros que nos lyceus. Ora,<br />

isto o que quer dizer? Quer dizer<br />

que O Académico mente <strong>de</strong>scaradamente.<br />

Então, senhor Académico, os livros<br />

citados e outros que po<strong>de</strong>ria<br />

citar são os livros que só pó<strong>de</strong>m ex<br />

plicar os factos duma maneira religiosa<br />

muito longe da verda<strong>de</strong> ?<br />

Mas, s. ex.\ estuda por elles, e<br />

comtudo s. ex. A não explica os factos<br />

duma maneira religiosa muito<br />

longe da verda<strong>de</strong>!<br />

Oh sempre a mentira ! E nós é<br />

que somos sotainas!<br />

Pelo que respeita á nossa educa<br />

ção litteraria, eu e os meus collegas<br />

com o curso preparatório completo,<br />

não temos receio algum <strong>de</strong> nos su<br />

geitarmos a uma prova publica da<br />

nossa competencia. Mas, dir-se ha,<br />

então porque não querem sugeitarse<br />

a ella, e pe<strong>de</strong>m a revalidação do<br />

seu curso ? A resposta é simples. E'<br />

porque não sendo, como julgo ter<br />

<strong>de</strong>monstrado, a nossa educação litteraria<br />

inferior á do nosso Académico,<br />

não é justo que se nos negue<br />

o que pedimos, e mesmo s. ex. a não<br />

acharia justo que passando <strong>de</strong>ste<br />

para outro Lyceu, ahi lhe exigissem<br />

provas publicas <strong>de</strong> matérias <strong>de</strong> que<br />

apresentava documentos arranjados<br />

como cada um quer pensar.<br />

E, finalmente, porque a maior<br />

parte dos ex seminaristas <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

terem gasto centenas <strong>de</strong> mil réis<br />

para tirar o curso preparatório dos<br />

seminários, não pô<strong>de</strong> gastar outro<br />

tanto para tirar o dos lyceus.<br />

Basta. Mas creia o meu amigo que<br />

me encontrará sempre prompto a<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a minha dignida<strong>de</strong> e a dos<br />

meus collegas, quando ella for injusta<br />

e mentirosamente rebaixada<br />

por falsas accusações como estas.<br />

Que os leitores do Noticias <strong>de</strong><br />

<strong>Coimbra</strong> me perdoem esta <strong>de</strong>safronta,<br />

mas a minha dignida<strong>de</strong> e o<br />

meu caracter não me permittiam<br />

que me calasse á vista <strong>de</strong> semelhante<br />

accusação.<br />

Um ex seminarista.<br />

Contribuições<br />

Í O sr. presi<strong>de</strong>nte da Associação<br />

| Commercial entregou hoje ao illustre<br />

governador civil <strong>de</strong>ste districto<br />

uma petição para que seja prorogado<br />

até ao fim <strong>de</strong> Março o prazo para<br />

o pagamento voluntário das contribuições<br />

do Estado.<br />

Achamos <strong>de</strong> toda a justiça a annuencia<br />

a este pedido, que é fundamentado<br />

em consi<strong>de</strong>rações dignas<br />

<strong>de</strong> ser attendivel.<br />

As Gottas Concentrada» <strong>de</strong><br />

FERRO BRAVAIS<br />

• ao o remedio mais «facas contra<br />

Em todas Ph" e Drofi". Desconfiar das imitações<br />

Foi absolvido o tenente Djalme<br />

hontem submettido a novo julgamento<br />

em Pare<strong>de</strong>s.<br />

Está em cobrança a côngrua parochial<br />

da freguezia <strong>de</strong> Santa Cruz.<br />

—•<br />

Declarou se em gréve todo o pessoal<br />

menor das fabricas <strong>de</strong> lanifícios<br />

da Covilhã.<br />

EXPEDIENTE<br />

Os preços das publicações feitas nesta<br />

folha sào:<br />

Commnnicados 50 réis a linha.<br />

Reclames na V pagina 50 réis.<br />

Annuncios na 3. a e pagina 30 réis<br />

a primeira yez, e 20 réis as repetições.<br />

Os srs. asslgnantes téem 50 °/0 <strong>de</strong><br />

abatimento em todas as publicações.<br />

Annuncios permanentes contracto es-<br />

Aos srs. annnnciantes pedimos a alta<br />

fineza <strong>de</strong> indicarem nos originaes o numero<br />

<strong>de</strong> publicações que <strong>de</strong>sejam.<br />

A ADMINISTRAÇÃO.<br />

XAROPE FAMEL<br />

eu TODAS Al PHARMACIAS ou no OCKIITO flf/ML í<br />

16, RUA doa SAPATEIROS — LISBOA.<br />

MANCO DI POBTI COMPRANDO DOIS NUtCO«<br />

Fonographos-Pathé<br />

Ven<strong>de</strong>m-se dois com algumas musicas.<br />

Preço: 6®>ooo réis e io»ooo<br />

réis. Rua da Manutenção Militar,<br />

n.° 9 e u, <strong>Coimbra</strong>.<br />

DINHEIRO<br />

Empresta-se a juro sobre hypotheca<br />

i :6oo.J>ooo réis, preferindo no<br />

concelho <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>. Nests redacção<br />

se dão informações.


José Antunes (filho)<br />

Professor da orquestra do extincto<br />

Real Theatro <strong>de</strong> S. João d'Opera<br />

Lyrica, do Porto, socio e musico<br />

da Associação <strong>de</strong> Lisboa dos Músicos<br />

Portugueses e professor <strong>de</strong> musica<br />

no Collegio Ursulino, lecciona<br />

sulfejo, rudimentos, bandolim, banjolim,<br />

violão, violino, (rabéca), banjo,<br />

piano, violoncello, contra basso, etc.<br />

Toma parte em tudo que diga<br />

respeito á musica. Gran<strong>de</strong> archivo<br />

<strong>de</strong> sexteto e orquestra. Compram-se<br />

pianos.<br />

Donrador e prateador.<br />

Galvanização pelos uials<br />

mo<strong>de</strong>rnos processos.<br />

Rua da Manutenção militar, n. 08<br />

9 e 11 — <strong>Coimbra</strong>.<br />

CARNAVAL<br />

Aviso aos srs. reven<strong>de</strong>dores<br />

para que não façam as suas<br />

compras sem verem o importante<br />

mostruário que recebeu o Pitta.<br />

Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>posito <strong>de</strong> confetti e<br />

ser pentinas.<br />

!!! Ninguém ven<strong>de</strong> mais hanlo!!!<br />

Remettem se catalogos a quem os<br />

pedir a<br />

Alberto Pitta - COIMBRA<br />

(Po<strong>de</strong> ser chamado provisoriamente<br />

pelo telephne n." 266).<br />

V E N D E - S E<br />

Um piano horisontal, cm muito<br />

bom estado <strong>de</strong> conservação, proprio<br />

para estudo.<br />

Para ver e tratar na rua da Mathematica,<br />

3 1.<br />

COMPRA DE CASA<br />

Compra-se uma casa, que tenha<br />

quintal. Não se <strong>de</strong>seja muito gran<strong>de</strong>,<br />

mas em bom local.<br />

Carta fechada para esta redacção,<br />

com as iniciaes J. G.<br />

OLEO PURO M FÍGADO<br />

M BACALHAU<br />

TERRA MOVA<br />

Importador directo, João P. A. Ferreira<br />

Rua dos Bacalhoeiros<br />

L I S B O A<br />

, Este oleo, o mais puro no seu genero,<br />

recebido directamente da «Terra<br />

Nova » e <strong>de</strong> marca registada, é<br />

vendido em garrafas <strong>de</strong> meio litrooitavo,<br />

capsulas e avulso, aos pre,<br />

ços <strong>de</strong> Lisboa.<br />

Descontos convidativos para pharmacias<br />

e drogarias.<br />

Deposito em <strong>Coimbra</strong>:<br />

Antonio Fernan<strong>de</strong>s & Filho<br />

RUA DO OORVO<br />

QUITA DAS FONTES<br />

NA<br />

M E A L H A D A<br />

Ven<strong>de</strong>-se esta quinta que comprehen<strong>de</strong><br />

cerca <strong>de</strong> 320:000 metros quadrados<br />

<strong>de</strong> terreno com gran<strong>de</strong> olival,<br />

pomar, terra <strong>de</strong> horta, pinhaes<br />

e casa gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> habitação e cocheira.<br />

Para informações, na Mealhada,<br />

Alvaro Rodrigues Breda.<br />

Em <strong>Coimbra</strong>, José Augusto Pereira<br />

<strong>de</strong> Vasconcellos, no cartotio<br />

do dr. Vieira, rua da Sophia, 53.<br />

"TRESPASSE<br />

Em virtu<strong>de</strong> da dissolução da socieda<strong>de</strong><br />

d'alquilaria que nesta cida<strong>de</strong><br />

grava sob a firma Soares & Garcia,<br />

trespassa-se a antiga e acreditada<br />

alquilaria Soares, sita á Avenida Navarro,<br />

pelo seu proprietário Manuel<br />

José da Costa Soares Júnior, não<br />

po<strong>de</strong>r estar á testa do mesmo estabelecimento.<br />

Trata-se nesta cida<strong>de</strong>, com o proprietário<br />

ou com o solicitador Françisco<br />

Men<strong>de</strong>s Pimentel.j<br />

Noticias <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> <strong>de</strong> II <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1911<br />

AGUA DO BARREIRO»* M * k W i t W j & i W é t è í W è<br />

(BEIRA ALTA)<br />

Estimula fortemente o appetíte;<br />

cura radicalmente a anemia e chlorose,<br />

as doenças do estomago facilitando<br />

ao mesmo tempo a digestão;<br />

purifica o sangue e., no periodo catamenial,<br />

é infallivel reguladora das<br />

funcçôes <strong>de</strong>licadas das senhoras.<br />

Deposito em <strong>Coimbra</strong>.<br />

Manuel Fernan<strong>de</strong>s d Azevedo & Comp. a<br />

Praça 8 <strong>de</strong> Maio e Praça da Republica<br />

PADARIA POPULAR<br />

(Antiga padaria do sr. Ignacio Miranda;<br />

12 —Largo da Freiria—13<br />

Manuel Rodrigues da Bella<br />

«fc Irmão, proprietários <strong>de</strong>sta<br />

acreditada e antiga padaria,<br />

previnem o publico e os<br />

seus estimados fregueses<br />

que no iutuito <strong>de</strong> l»cm o*<br />

servir tem ua referida padaria<br />

pão <strong>de</strong> Imiui fabrico c <strong>de</strong><br />

todas as especies, taes como:<br />

l*ão abiscoitado, holaelia.<br />

I»fu> «Paglia. Iiewpauhul, para<br />

todos os preços.<br />

l»ão <strong>de</strong> NO e «O réis o kilo.<br />

Todo este pão é fabricado<br />

com agua Qltrada.<br />

O estabelecimento po<strong>de</strong><br />

ser visitado por todas as pessoas<br />

que assim o <strong>de</strong>sejarem<br />

veodo mesmo o fabrico do<br />

pão.<br />

Pão queute, <strong>de</strong> mauliâ, das<br />

B horas ao melo dia; e <strong>de</strong><br />

tar<strong>de</strong> das » em <strong>de</strong>anle.<br />

"Collegio Portaguez,,<br />

Praça da Republica<br />

(Antigo Largo D. Lui\, n.° 32)<br />

COIMBRA<br />

Recebem-se, a partir <strong>de</strong> i <strong>de</strong> Janeiro<br />

<strong>de</strong> 1911, educandas internas,<br />

semi-internas e externas.<br />

LEI DO INQUILINATO<br />

Joaquim Albino Gabriel e Mello,<br />

antigo solicitador encartado, encar<br />

rega-se da administração <strong>de</strong> prédios,<br />

fazendo arrendamentos, recebendo<br />

rendas e dar mensalmente para as<br />

repartições <strong>de</strong> fazenda as respecti<br />

vas relações para evitar multas aos<br />

senhorios, segundo a nova lei do<br />

inquilinato.<br />

A sua longa pratica <strong>de</strong> solicitador<br />

e <strong>de</strong> serviços fazendarios, são prova<br />

da sua competencia. Agencia muito<br />

resumida.<br />

Escriptorio, rua da Sophia, g3,<br />

i.°, <strong>Coimbra</strong>.<br />

EMPREGADO<br />

Individuo, casado, com o 5.° anno<br />

dos lyceus, offerece-se para escriptorio<br />

ou outra collocação <strong>de</strong>cente,<br />

dando fiador. Não faz questão <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>nado.<br />

Para tratar nesta redacção.<br />

TRIPA<br />

Deposito da casa Anjos e C. 4<br />

Jofio Vieira da Silva Lima<br />

IS 1)0 NOTICIAS DE COIMBRA<br />

PATEO DA INQUISIÇÃO<br />

C O I M B R A<br />

Nesta typographia executam-se com perfeição e<br />

rapi<strong>de</strong>z todos os trabalhos typographicos, taes como:<br />

Memoriaes, memoranduns, circulares, prospectos,<br />

programmas, recibos, facturas, bilhetes para estabelecimentos,<br />

talões, mappas, papel timbrado, enveloppes,<br />

livros <strong>de</strong> quotas, avisos, relatorios, etc.<br />

Composição e impressão <strong>de</strong> Jornaes.<br />

Bilhetes <strong>de</strong> visita Participações <strong>de</strong> casamento<br />

. PREÇOS COMMODOS<br />

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<strong>de</strong> mais d» 100:000 ç<br />

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na Europa é a arando<br />

oasa Freire-Gravador.<br />

premiada cara 3 medalhas <strong>de</strong> ouro<br />

no-Brazil,eom fabrica <strong>de</strong> chapa?<br />

d lettras esmaltadas, ofDefbas<br />

- graphicas, etc., etc. Peçam eatalo-<br />

lÉELZaJlS? P^Us eom preoos Ozoa e <strong>de</strong>»<br />

IfflSSSr lhos <strong>de</strong> todo. R. Ouro. tSS * registadas <strong>de</strong> Freire<br />

Gravador, as quão»<br />

l duram toda a rida, aílanldo-se<br />

sempre qne seja<br />

reclso e por isso bara-<br />

Rsslmas, em aço superior,<br />

especial para esta<br />

casa, fazendo a barba em'<br />

t minutos sem perigo nenhum.<br />

Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>posito <strong>de</strong> todos estes artl-,<br />

gos, o metros quadrados.<br />

Para tratar: Diamantino Diniz Ferreira.

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