Acta Nº 4 de 2006/09/29 - Câmara Municipal da Moita
Acta Nº 4 de 2006/09/29 - Câmara Municipal da Moita
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A S S E M B L E I A M U N I C I P A L D A M O I T A<br />
Aos vinte e nove dias do mês <strong>de</strong> Setembro do ano <strong>2006</strong>, pelas vinte e uma horas e trinta<br />
minutos, no Salão Nobre do Edifício Se<strong>de</strong> do Município, realizou-se uma Sessão<br />
Ordinária <strong>da</strong> Assembleia <strong>Municipal</strong>, a fim <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>libera<strong>da</strong> a seguinte Or<strong>de</strong>m do Dia:<br />
1 – Lançamento <strong>de</strong> Derrama;<br />
2 – Novo Regime do Arren<strong>da</strong>mento Urbano – Fixação <strong>de</strong> Taxas;<br />
3 – Regulamento <strong>de</strong> Urbanização e Edificação do Município <strong>da</strong> <strong>Moita</strong> (R.U.E.M.M);<br />
4 – Subscrição pela Assembleia <strong>Municipal</strong> <strong>da</strong> Declaração do 4.º Fórum Mundial <strong>da</strong><br />
Água;<br />
5 – Subscrição pela Assembleia <strong>Municipal</strong> <strong>da</strong> Declaração sobre a luta contra o<br />
tráfico <strong>de</strong> seres humanos;<br />
6 – Discussão dos Actos <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>.<br />
Verificação <strong>de</strong> ausências:<br />
Ana Sofia Soares Faria<br />
Andrea <strong>da</strong> Conceição Martins Plácido<br />
ACTA N.º 4.06<br />
<strong>29</strong>.<strong>09</strong>.06 IX Man<strong>da</strong>to<br />
Substituições verifica<strong>da</strong>s e presentes ao plenário <strong>da</strong> Assembleia <strong>Municipal</strong>:<br />
Susana <strong>de</strong> Morais Martins <strong>da</strong> Fonseca fez-se substituir temporariamente, na actual<br />
reunião, por Rui Monteiro <strong>de</strong> Afonseca Cunha.<br />
Heloísa Augusta Baião <strong>de</strong> Brito Apolónia fez-se substituir temporariamente, na actual<br />
reunião, por Leonel Borges Pais Esteves.<br />
Luís Miguel Marreiros Lopes Pereira fez-se substituir temporariamente, na actual<br />
reunião, por Hél<strong>de</strong>r Luís Branco Fernan<strong>de</strong>s.<br />
Maria Helena <strong>da</strong> Silva Lopes Luís fez-se substituir temporariamente, na actual reunião,<br />
por António Manuel Fernan<strong>de</strong>s <strong>da</strong> Costa.<br />
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António Fernando Miran<strong>da</strong> Monteiro fez-se substituir temporariamente, na actual<br />
reunião, por Edgar Manuel <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong> Cantante.<br />
Luís Miguel Miran<strong>da</strong> Latas fez-se substituir temporariamente, na actual reunião, por<br />
Fabrício António <strong>de</strong> Sousa Pereira.<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia do Gaio/Rosário fez-se substituir pelo Secretário Jorge<br />
Miguel Miran<strong>da</strong> Paulino.<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Sarilhos Pequenos fez-se substituir pelo Secretário<br />
Rui Manuel Fernan<strong>de</strong>s Dourado.<br />
Foram conferi<strong>da</strong>s as i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos elementos substitutos<br />
Proce<strong>de</strong>u-se à confirmação <strong>da</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> e legitimi<strong>da</strong><strong>de</strong> para o exercício do cargo dos<br />
Srs. Edgar Manuel <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong> Cantante e Fabrício António <strong>de</strong> Sousa Pereira.<br />
Estiveram presentes os seguintes Membros do Executivo Camarário:<br />
Sr. Vice Presi<strong>de</strong>nte Rui Garcia, Srs. Vereadores Vivina Nunes, Carlos Santos, Miguel<br />
Canudo, Vítor Cabral, José Guerra, Luís Nascimento e Joaquim Raminhos.<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Mesa informa que foi distribuí<strong>da</strong> uma Resolução do Conselho Geral <strong>da</strong><br />
Associação Nacional <strong>de</strong> Municípios Portugueses, na qual é marcado um Congresso<br />
Extraordinário para o dia 4 <strong>de</strong> Outubro. Em sessão anterior foi eleito o Sr. Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />
Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>da</strong> Baixa <strong>da</strong> Banheira, como representante dos Presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Juntas <strong>de</strong><br />
Freguesia ao Congresso <strong>da</strong> ANMP. Tem sido entendimento que essa eleição é váli<strong>da</strong> para<br />
os Congressos Extraordinários.<br />
Pergunta se <strong>da</strong> parte <strong>da</strong> Assembleia à alguma objecção.<br />
Não havendo, passou-se à continuação dos trabalhos.<br />
PERÍODO ANTERIOR À ORDEM DO DIA<br />
<strong>Acta</strong> N.º 2 <strong>de</strong> 27.04.06 – IX Man<strong>da</strong>to.<br />
Aprova<strong>da</strong> por maioria com 27 votos a favor, sendo 17 <strong>da</strong> CDU, 5 do PS, 2 do PSD, 3 do<br />
BE e 1 abstenção do PS.<br />
<strong>Acta</strong> N.º 3 <strong>de</strong> 30.06.06 – IX Man<strong>da</strong>to.<br />
Aprova<strong>da</strong> por maioria com 25 votos a favor, sendo 16 <strong>da</strong> CDU, 4 do PS, 2 do PSD, 3 do<br />
BE e 3 abstenções sendo 1 <strong>da</strong> CDU e 2 do PS.<br />
Pelos diversos partidos foi solicita<strong>da</strong> a apresentação <strong>de</strong> várias moções, ao que a Mesa<br />
ace<strong>de</strong>u.<br />
A Moção infra foi apresenta<strong>da</strong> pela CDU.<br />
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MOÇÃO<br />
Segurança Social – A <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> direitos é missão <strong>de</strong> todos os <strong>de</strong>mocratas<br />
“O processo <strong>de</strong> globalização capitalista tem originado um aumento <strong>da</strong>s <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
sociais conduzindo ao alastramento <strong>da</strong> pobreza.<br />
O fosso entre ricos e pobres aumenta e é facilmente explicado pela <strong>de</strong>tenção dos meios<br />
<strong>de</strong> produção o que <strong>de</strong>ixa fora <strong>da</strong> partilha <strong>da</strong> riqueza produzi<strong>da</strong> quem efectivamente a<br />
gera. A gran<strong>de</strong> maioria dos portugueses vive apenas do seu trabalho ou <strong>de</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
institucional garanti<strong>da</strong> pelo Sistema <strong>de</strong> Segurança Social, para po<strong>de</strong>r viver com<br />
digni<strong>da</strong><strong>de</strong>. No nosso país a estagnação económica e o consequente <strong>de</strong>semprego,<br />
conjuntamente com políticas que retiram o trabalho com direitos e que conduzem ao<br />
aumento <strong>da</strong> precarie<strong>da</strong><strong>de</strong> laboral, aumenta ain<strong>da</strong> mais as injustiças sociais e aponta num<br />
sentido claro, o <strong>da</strong> injusta redistribuição <strong>de</strong> riqueza. Perante estes <strong>da</strong>dos urge <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a<br />
Segurança Social Pública e Universal e se possível reforçar os laços <strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira<br />
soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> entre todos os portugueses. O artigo 63.º <strong>da</strong> Constituição <strong>da</strong> República<br />
garante a Segurança Social Pública como um direito universal, que nos acompanha<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o nascimento até à <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> nossa morte que nos garante apoio na doença e nos<br />
suporta condições dignas em situações difíceis como o <strong>de</strong>semprego, para além <strong>de</strong> nos<br />
garantir uma etapa final na vi<strong>da</strong> com digni<strong>da</strong><strong>de</strong> através <strong>da</strong> reforma.<br />
Estes direitos são hoje postos em causa. O governo do Partido Socialista preten<strong>de</strong><br />
reduzir o valor <strong>da</strong>s pensões a partir <strong>da</strong> introdução do chamado “factor <strong>de</strong><br />
sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong>” quando 85% dos reformados aufere ain<strong>da</strong> uma pensão <strong>de</strong> valor<br />
inferior ao salário mínimo nacional.<br />
O Governo Socialista quer impor ain<strong>da</strong> outros sacrifícios;<br />
Aos trabalhadores e reformados através <strong>da</strong> redução do valor <strong>da</strong>s pensões e do aumento<br />
<strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s reformas;<br />
Aos <strong>de</strong>sempregados limitando o acesso ao subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego e o tempo <strong>de</strong> apoio<br />
prestado;<br />
Aos pais com a redução do abono <strong>de</strong> família;<br />
Aos carenciados com a redução <strong>da</strong>s pensões <strong>de</strong> sobrevivência.<br />
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A Segurança Social Pública e Universal é assim posta em causa por estas intenções do<br />
governo do Partido Socialista. As suas funções <strong>de</strong> redistribuição <strong>de</strong> riqueza, <strong>de</strong> redução<br />
<strong>da</strong>s <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s sociais e garante <strong>de</strong> direitos <strong>de</strong> protecção social face ao curso natural<br />
<strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, às adversi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> e às situações <strong>de</strong> doença e risco estão a ser postas em<br />
causa.<br />
Na <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong> população do Concelho <strong>da</strong> <strong>Moita</strong> mas, com gran<strong>de</strong> confiança <strong>de</strong> que a<br />
população <strong>de</strong>ste Concelho, que sempre lutou pelos seus direitos, também intervirá em<br />
<strong>de</strong>fesa <strong>de</strong>ste direito universal consagrado na nossa Constituição <strong>da</strong> República, a<br />
Assembleia <strong>Municipal</strong> <strong>da</strong> <strong>Moita</strong> consi<strong>de</strong>ra que as medi<strong>da</strong>s necessárias para a<br />
consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Segurança Social no presente e no futuro serão<br />
assegura<strong>da</strong>s através <strong>de</strong>:<br />
a) Uma política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento económico que promova a produção, o<br />
emprego e o trabalho com direitos;<br />
b) Medi<strong>da</strong>s que aprofun<strong>de</strong>m a diversificação <strong>da</strong>s fontes <strong>de</strong> financiamento on<strong>de</strong> se<br />
<strong>de</strong>stacam:<br />
- Um eficaz combate à frau<strong>de</strong> fiscal e à evasão ao pagamento <strong>da</strong>s contribuições<br />
sociais;<br />
- Um efectivo reforço <strong>da</strong>s obrigações <strong>da</strong>s empresas para com a Segurança Social<br />
em função <strong>da</strong> riqueza produzi<strong>da</strong> (complementarmente às actuais contribuições<br />
em função do número <strong>de</strong> trabalhadores);<br />
- A responsabilização <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s financeiras para com o financiamento <strong>da</strong><br />
Segurança Social Pública, introduzindo por exemplo uma taxa sobre as<br />
movimentações em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Bolsa <strong>de</strong> Valores que reverteria para a Segurança<br />
Social;<br />
Face ao exposto, a Assembleia <strong>Municipal</strong> <strong>da</strong> <strong>Moita</strong> reuni<strong>da</strong> a <strong>29</strong> <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong><br />
<strong>2006</strong>, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> remeter a presente moção aos Órgãos <strong>de</strong> Soberania, à Associação<br />
Nacional <strong>de</strong> Municípios e divulgar junto <strong>da</strong> população o seu conteúdo”.<br />
.<br />
Posta a Moção à discussão intervieram:<br />
António Costa – Diz que concor<strong>da</strong> com o parágrafo que está na Moção e passa a lê-lo:<br />
“A gran<strong>de</strong> maioria dos portugueses vive apenas do seu trabalho ou <strong>de</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
institucional garanti<strong>da</strong> pelo Sistema <strong>de</strong> Segurança Social para po<strong>de</strong>r viver com<br />
digni<strong>da</strong><strong>de</strong>”, portanto é um <strong>da</strong>do adquirido que isto acontece neste país. Em relação ao<br />
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conteúdo <strong>da</strong> Moção não se pronuncia, mas apenas por aquilo que é sugestionado na<br />
Moção. Estranha que se peça um eficiente combate à frau<strong>de</strong> fiscal e ao pagamento <strong>da</strong>s<br />
contribuições sociais, se faça referência a um efectivo reforço <strong>da</strong>s obrigações <strong>da</strong>s<br />
empresas, isto não é mais nem menos do que o actual governo está a fazer pensa que<br />
todos concor<strong>da</strong>m, que já há muitos anos que nenhum governo mexia tanto no sistema<br />
com o sentido <strong>de</strong> fazer com que o futuro esteja garantido. Outra estranheza que encontra<br />
nesta Moção é não ver nenhuma referência àquele que é o sistema proposto pelo PSD.<br />
Por tudo isto que disse e pela diferença que não existe entre o que está escrito na Moção e<br />
aquilo que são os actos do actual governo não po<strong>de</strong> votar a favor.<br />
Não havendo mais intervenções foi a Moção submeti<strong>da</strong> à votação <strong>de</strong> que resultam a sua<br />
aprovação por maioria com 20 votos a favor sendo 17 <strong>da</strong> CDU e 3 do BE, 7 votos contra<br />
do PS e 3 abstenções sendo 1 do PS e 2 do PSD<br />
Segui<strong>da</strong>mente foi apresenta<strong>da</strong> pela CDU a Moção sobre a revisão <strong>da</strong>s Finanças Locais:<br />
MOÇÃO<br />
Sobre a Revisão <strong>da</strong>s Finanças Locais<br />
“Consi<strong>de</strong>rando que a Constituição <strong>da</strong> República <strong>de</strong>termina no seu artigo 238.º que o<br />
regime <strong>da</strong>s Finanças Locais visará a justa repartição dos recursos públicos pelo Estado e<br />
pelas Autarquias e a necessária correcção <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />
Consi<strong>de</strong>rando também que a Constituição <strong>da</strong> República dispõe no seu artigo 6.º que o<br />
Estado é unitário e respeita na sua organização e funcionamento o regime autonómico<br />
insular e os princípios <strong>da</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>da</strong> autonomia <strong>da</strong>s autarquias locais e <strong>da</strong><br />
<strong>de</strong>scentralização <strong>de</strong>mocrática <strong>da</strong> administração pública;<br />
Consi<strong>de</strong>rando que a Proposta <strong>de</strong> Lei do Governo <strong>de</strong> Revisão <strong>da</strong>s Finanças Locais<br />
apresenta<strong>da</strong> à Assembleia <strong>da</strong> República não respeita os princípios constitucionais<br />
relativos à autonomia do Po<strong>de</strong>r Local e o sistema <strong>de</strong> distribuição dos recursos públicos;<br />
Consi<strong>de</strong>rando que as autarquias são, constitucionalmente, formas autónomas <strong>de</strong><br />
organização <strong>da</strong>s populações locais para <strong>da</strong>r seguimento aos interesses próprios <strong>da</strong>s suas<br />
populações e integra<strong>da</strong>s na organização <strong>de</strong>mocrática do Estado, pelo que não são<br />
<strong>de</strong>partamentos <strong>da</strong> Administração Central, nem instrumentos <strong>de</strong> execução <strong>da</strong>s políticas<br />
<strong>de</strong> qualquer Governo;<br />
Consi<strong>de</strong>rando que vão ser os ci<strong>da</strong>dãos <strong>da</strong>s Freguesias e dos Concelhos os principais<br />
prejudicados quer ao nível <strong>da</strong>s condições <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> quer ao nível dos serviços prestados;<br />
Consi<strong>de</strong>rando ain<strong>da</strong> as posições assumi<strong>da</strong>s e os esforços encetados pela Associação<br />
Nacional <strong>de</strong> Municípios Portugueses na <strong>de</strong>fesa do <strong>de</strong>senvolvimento local, <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s populações e do Po<strong>de</strong>r Local Democrático instituído pela Revolução<br />
libertadora <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1974;<br />
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A Assembleia <strong>Municipal</strong> <strong>da</strong> <strong>Moita</strong> reuni<strong>da</strong> no dia <strong>29</strong> <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> <strong>2006</strong> <strong>de</strong>libera:<br />
1) Repudiar a redução, pelo segundo ano consecutivo para os municípios e agora<br />
também para as freguesias, do volume global dos recursos postos à sua disposição em<br />
montante pelo menos igual ao <strong>da</strong> inflação e lamentar que o Governo insista em apeli<strong>da</strong>r<br />
<strong>de</strong> “neutra” uma medi<strong>da</strong> <strong>de</strong>ste tipo;<br />
2) Con<strong>de</strong>nar a introdução <strong>de</strong> critérios e princípios - como o do financiamento através <strong>de</strong><br />
uma parcela do IRS cobrado no território – que enriquecem as mais ricas e empobrecem<br />
as mais pobres <strong>da</strong>s autarquias locais (municípios e freguesias) diminuindo fortemente os<br />
laços <strong>de</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> e os seus efeitos na coesão territorial e tornando insustentáveis<br />
mais <strong>de</strong> 1/3 dos municípios e muitas centenas <strong>de</strong> freguesia;<br />
3) Rejeitar novas atribuições sem o necessário e a<strong>de</strong>quado financiamento,<br />
nomea<strong>da</strong>mente a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> pelos Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, transporte <strong>de</strong> doentes, certas<br />
prestações sociais e outras que, encapota<strong>da</strong>mente e à margem do instituto legal<br />
correspon<strong>de</strong>nte, a proposta <strong>de</strong> lei do Governo visa transferir sem contraparti<strong>da</strong>s para as<br />
autarquias;<br />
4) Manifestar o seu profundo <strong>de</strong>sacordo com os objectivos e soluções <strong>da</strong> Proposta <strong>de</strong><br />
Lei do Governo sobre as Finanças Locais por serem ofensivas do Po<strong>de</strong>r Local<br />
Democrático inscrito na Constituição <strong>da</strong> República Portuguesa e muito prejudiciais para<br />
a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s populações;<br />
5) Subscrever a Resolução do Conselho Geral <strong>da</strong> Associação Nacional <strong>de</strong> Municípios<br />
Portugueses, aprova<strong>da</strong> na reunião plenária realiza<strong>da</strong> no passado dia 20 <strong>de</strong> Setembro,<br />
partilhando preocupações, inquietações e propostas expressas, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente a<br />
realização <strong>de</strong> um Congresso Extraordinário;<br />
6) Consi<strong>de</strong>rar imperativo que uma revisão <strong>da</strong> Lei <strong>da</strong>s Finanças Locais <strong>de</strong>ve ter como<br />
objectivos:<br />
a) O reforço efectivo <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> financeira <strong>da</strong>s autarquias <strong>de</strong> freguesia e<br />
municipais;<br />
b) Garantir a estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> financeira;<br />
c) Reforçar a coesão nacional com o combate às assimetrias nacionais e garantir o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento local e regional”.<br />
Posta a Moção à discussão e não havendo pedidos <strong>de</strong> intervenção foi a mesma aprova<strong>da</strong><br />
por maioria com 20 votos a favor sendo 17 <strong>da</strong> CDU e 3 do BE, 4 votos contra do PS e 6<br />
abstenções sendo 4 do PS e 2 do PSD.<br />
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Pelo BE foram apresenta<strong>da</strong>s as moções infra transcritas:<br />
MOÇÃO<br />
SOBRE A PROPOSTA DO GOVERNO DA LEI DAS FINANÇAS LOCAIS<br />
“ No ano em que se comemoram 30 anos <strong>de</strong> Po<strong>de</strong>r Local Democrático, consi<strong>de</strong>ramos<br />
que as alterações ao sistema <strong>de</strong> financiamento autárquico em vigor, <strong>de</strong>vem ser<br />
efectua<strong>da</strong>s no sentido <strong>de</strong> torná-lo mais actual, justo, solidário, <strong>de</strong>scentralizador e<br />
promotor <strong>de</strong> um <strong>de</strong>senvolvimento equilibrado e harmonioso do país.<br />
Assim, consi<strong>de</strong>rando que uma nova proposta <strong>de</strong> Lei <strong>da</strong>s Finanças Locais <strong>de</strong>veria:<br />
Diminuir a <strong>de</strong>pendência financeira <strong>da</strong>s autarquias dos impostos associados à nova<br />
construção, premiando, pelo contrário, políticas <strong>de</strong> reabilitação, <strong>de</strong> valorização do<br />
património histórico e ecológico e <strong>da</strong> promoção <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> dos respectivos<br />
munícipes;<br />
Reforçar a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> financeira <strong>da</strong>s autarquias, dotando-as dos meios para fazerem<br />
face às novas atribuições e competências que têm vindo a assumir;<br />
Aprofun<strong>da</strong>r o rigor e a transparência nas finanças locais, salvaguar<strong>da</strong>ndo sempre a<br />
autonomia do Po<strong>de</strong>r Local;<br />
Contribuir para o atenuar <strong>da</strong>s assimetrias regionais.<br />
A proposta <strong>de</strong> Lei apresenta<strong>da</strong> pelo Governo, não obstante alguns aspectos<br />
absolutamente essenciais no que respeita ao maior rigor no endivi<strong>da</strong>mento autárquico,<br />
no essencial, não dá resposta a estas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, agravando mesmo, nalgumas áreas,<br />
a situação hoje existente.<br />
Assim, consi<strong>de</strong>rando que:<br />
Apesar do Fundo <strong>de</strong> Coesão <strong>Municipal</strong> aumentar globalmente <strong>de</strong> valor, após a alteração<br />
profun<strong>da</strong> <strong>de</strong> todos os critérios <strong>de</strong> distribuição, constata-se que os pequenos e médios<br />
municípios são os mais prejudicados caso fosse aplica<strong>da</strong> a proposta do Governo;<br />
As receitas municipais não são reforça<strong>da</strong>s e, pelo contrário, através <strong>de</strong> mecanismos<br />
sancionatórios drásticos, associados aos limites <strong>de</strong> endivi<strong>da</strong>mento, a maioria dos<br />
municípios po<strong>de</strong> ver o seu funcionamento reduzido dramaticamente, com graves<br />
consequências aos níveis social e do <strong>de</strong>senvolvimento local;<br />
São cria<strong>da</strong>s novas limitações e constrangimentos à autonomia do Po<strong>de</strong>r Local,<br />
aumentando o centralismo e a rigi<strong>de</strong>z na gestão autárquica – em caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>claração <strong>de</strong><br />
“situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sequilíbrio financeiro”, um município po<strong>de</strong>rá mesmo ficar sujeito a<br />
mecanismos <strong>de</strong> tutela directa do Governo, o que é inaceitável.<br />
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Mantém-se o peso significativo dos “impostos do betão” no financiamento <strong>da</strong>s<br />
autarquias, sendo esta situação tanto mais agrava<strong>da</strong> quanto maior for o estrangulamento<br />
financeiro dos municípios por via <strong>da</strong> redução <strong>de</strong> transferências dos fundos centrais.<br />
A presente proposta do Governo não foi construí<strong>da</strong> em diálogo construtivo com os<br />
municípios e a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em geral: o ante-projecto foi elaborado por um grupo <strong>de</strong><br />
trabalho fechado, composto por académicos pouco conhecedores <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s<br />
autarquias; a ANMP queixa-se que as <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> horas <strong>de</strong> reunião havi<strong>da</strong>s não tiveram<br />
qualquer repercussão em termos do conteúdo <strong>da</strong> proposta; em todo o processo foi<br />
significativo o comportamento autista do Governo, imputando às autarquias, <strong>de</strong> forma<br />
falaciosa, a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> pelo aumento <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas públicas e o <strong>de</strong>scontrole<br />
orçamental do país.<br />
Face ao exposto, a Assembleia <strong>Municipal</strong> <strong>da</strong> <strong>Moita</strong>, reuni<strong>da</strong> no dia <strong>29</strong> <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong><br />
<strong>2006</strong>, <strong>de</strong>libera:<br />
Consi<strong>de</strong>rar inaceitável a nova proposta <strong>de</strong> Lei <strong>de</strong> Finanças Locais apresenta<strong>da</strong> pelo<br />
Governo, apelando para que a Assembleia <strong>da</strong> República a rejeite, <strong>da</strong>ndo início a uma<br />
mais aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong> reflexão e participação na construção <strong>de</strong> uma Lei absolutamente<br />
estrutural para o <strong>de</strong>senvolvimento do país e <strong>da</strong> <strong>de</strong>mocracia.<br />
Posta a Moção à discussão e não havendo pedidos <strong>de</strong> intervenção foi submeti<strong>da</strong> à<br />
votação, tendo sido aprova<strong>da</strong> por maioria com 20 votos a favor sendo 17 <strong>da</strong> CDU e 3 do<br />
BE, 4 votos contra do PS e 6 abstenções sendo 4 do PS e 2 do PSD.<br />
MOÇÃO<br />
SOLIDARIEDADE COM OS TRABALHADORES DA GESTNAVE<br />
“Consi<strong>de</strong>rando que:<br />
a) Os trabalhadores <strong>da</strong> Gestnave foram confrontados com a <strong>de</strong>cisão do Governo <strong>de</strong><br />
extinguir a empresa em Dezembro <strong>de</strong> 2007.<br />
b) Para cumprir esta <strong>de</strong>cisão, o Governo fez saber aos trabalhadores que, aqueles<br />
que não estão enquadrados no Plano <strong>de</strong> pré-reformas (cerca <strong>de</strong> 300), terão duas<br />
opções: ou assinam as chama<strong>da</strong>s “rescisões voluntárias” ou serão alvo <strong>de</strong> um<br />
<strong>de</strong>spedimento colectivo!<br />
Consi<strong>de</strong>rando ain<strong>da</strong> que:<br />
c) O Governo e o Estado assinaram em 1997 um protocolo com o Grupo Mello,<br />
on<strong>de</strong> está consignado que o quadro <strong>de</strong> trabalhadores <strong>da</strong> Lisnave <strong>de</strong>veria ter<br />
1339 trabalhadores.<br />
d) Actualmente, a Lisnave tem cerca <strong>de</strong> 400 trabalhadores.<br />
e) Que muitos dos Trabalhadores <strong>da</strong> Gestnave são moradores no nosso concelho.<br />
A Assembleia <strong>Municipal</strong> <strong>da</strong> <strong>Moita</strong>, reuni<strong>da</strong> em <strong>29</strong> <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> <strong>2006</strong>, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>:<br />
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- Manifestar a sua mais profun<strong>da</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> para com os trabalhadores <strong>da</strong><br />
Gestnave que têm os seus postos <strong>de</strong> trabalho em causa.<br />
- Protestar veementemente contra mais esta <strong>de</strong>cisão do Governo, reclamando que<br />
ao invés <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir pelo <strong>de</strong>spedimento dos trabalhadores, imponha a aplicação do<br />
Protocolo assinado em 1997”.<br />
(Caso seja aprova<strong>da</strong>, enviar cópia <strong>da</strong> moção para a CT <strong>da</strong> Gestnave e para os<br />
órgãos <strong>da</strong> Comunicação Social)<br />
Não havendo pedidos <strong>de</strong> intervenção foi a Moção aprova<strong>da</strong> por maioria com 20 votos<br />
a favor sendo 17 <strong>da</strong> CDU, 3 do BE e 10 abstenções sendo 8 do PS e 2 do PSD.<br />
MOÇÃO<br />
DEFESA DAS EMBARCAÇÕES TRADICIONAIS DO RIO TEJO<br />
“ As embarcações tradicionais do rio Tejo e do rio Sado constituem um importante<br />
património cultural e turístico <strong>de</strong> Portugal, em especial para as populações resi<strong>de</strong>ntes no<br />
Distrito <strong>de</strong> Setúbal, on<strong>de</strong>, nos seus vários concelhos ribeirinhos existem várias<br />
associações que pugnam pela manutenção e valorização <strong>de</strong> belíssimas embarcações<br />
que ain<strong>da</strong> hoje navegam pelos rios Tejo e Sado.<br />
Embarcações como a Fragata, a Canoa, o Catraio, o Varino, a Falua com ou sem vela à<br />
Latina, o Batel do Tejo, o Cangueiro, o Bote Cacilheiro, o Culé ou a Muleta do Seixal<br />
algumas <strong>de</strong>las navegando ain<strong>da</strong> hoje no Tejo, dão um colorido único a este tão mal<br />
tratado mas importante curso <strong>de</strong> água e constituem atracções turísticas <strong>de</strong> inegável<br />
interesse estratégico que urgem preservar.<br />
O mesmo se diga para o Iate ou Hiate, para o Laitau ou para o Galeão do Sado que<br />
enriquecem a belíssima paisagem do rio Sado.<br />
No caso concreto do nosso concelho o Bloco <strong>de</strong> Esquer<strong>da</strong> reconhece que algo tem sido<br />
feito pela autarquia para a preservação <strong>de</strong> algumas <strong>de</strong>stas embarcações, mas é<br />
insuficiente, por isso:<br />
Consi<strong>de</strong>rando que as embarcações tradicionais do Tejo constituem um importante<br />
património cultural e turístico <strong>de</strong> Portugal e em especial para as populações resi<strong>de</strong>ntes<br />
no concelho.<br />
Consi<strong>de</strong>rando que as embarcações típicas <strong>de</strong>sta terra são por isso únicas em todo o<br />
mundo e carecem <strong>de</strong> protecção a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> para a preservação e conhecimento <strong>da</strong>s<br />
gerações vindouras.<br />
Consi<strong>de</strong>rando que as associações existentes no concelho, não dispõem <strong>de</strong> meios<br />
logísticos nem financeiros que permitam um apoio aos proprietários <strong>de</strong> tais<br />
embarcações.<br />
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A Assembleia <strong>Municipal</strong> <strong>da</strong> <strong>Moita</strong>, reuni<strong>da</strong> em <strong>29</strong> <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> <strong>2006</strong> <strong>de</strong>libera:<br />
Que a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>da</strong> <strong>Moita</strong>, no âmbito <strong>da</strong> Associação <strong>de</strong> Municípios do Distrito<br />
<strong>de</strong> Setúbal, <strong>de</strong>senvolva todos os esforços que pressionem o Governo Central, para que<br />
sejam criados um conjunto <strong>de</strong> incentivos que, <strong>da</strong><strong>da</strong> a actual situação, certamente, se<br />
revelariam <strong>de</strong> extrema utili<strong>da</strong><strong>de</strong> na <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong>ste género <strong>de</strong> embarcações. Um <strong>de</strong>sses<br />
incentivos <strong>de</strong> extrema importância seria classificar estas embarcações como<br />
constituindo património cultural <strong>de</strong> Portugal, passando <strong>de</strong>pois pelas consequentes, e<br />
também necessárias, isenções ao nível <strong>de</strong> taxas e licenças, assim como a aprovação <strong>de</strong><br />
um pacote financeiro para que as diferentes associações navais pu<strong>de</strong>ssem efectuar obras<br />
<strong>de</strong> restauro e conservação nas embarcações mais carencia<strong>da</strong>s <strong>da</strong>quele tipo <strong>de</strong><br />
intervenção, bem como a isenção do pagamento <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> aluguer <strong>de</strong> terrenos do<br />
domínio público marítimo sobre a alça<strong>da</strong> <strong>da</strong> Administração do Porto <strong>de</strong> Lisboa (APL).”<br />
Posta a Moção à discussão intervieram:<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Mesa – No que se refere ao Galeão do Sado po<strong>de</strong> informar que nas suas<br />
competências <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Assembleia Distrital <strong>de</strong> Setúbal e do Museu<br />
Arqueológico Distrital, foi elaborado um protocolo com a Administração dos Portos <strong>de</strong><br />
Setúbal e Sesimbra no sentido <strong>de</strong> estu<strong>da</strong>r o Galeão do Sado. Há dois meses atrás foi<br />
feita uma exposição sobre o Galeão do Sado on<strong>de</strong> intervieram o porto <strong>de</strong> Setúbal,<br />
Sesimbra e agentes culturais e económicos do Distrito.<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>da</strong> <strong>Moita</strong> – Diz que está <strong>de</strong> acordo com a Moção<br />
mas faz uma sugestão especialmente no que concerne ao parágrafo que antece<strong>de</strong> a<br />
resolução (cita esse mesmo parágrafo) mas diz que também é ver<strong>da</strong><strong>de</strong> que essas<br />
mesmas associações, entre as quais o Centro Naútico Moitense, outras associações do<br />
Concelho, associações populares e to<strong>da</strong> a margem ribeirinha do Tejo são penaliza<strong>da</strong>s<br />
pela Administração do Porto <strong>de</strong> Lisboa, pelo Governo porque inclusive há clubes como<br />
o Clube Náutico <strong>de</strong> Cascais ou outros clubes <strong>da</strong> margem Norte, junto a Lisboa que não<br />
pagam qualquer aluguer do terrado e os clubes <strong>da</strong> nossa terra pagam ren<strong>da</strong>s<br />
exorbitantes ao Porto <strong>de</strong> Lisboa.<br />
É uma situação absolutamente aberrante, situação que já tem sido coloca<strong>da</strong><br />
nomea<strong>da</strong>mente pelas Direcções do Centro Náutico Moitense portanto é <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a justiça<br />
reflectir nesta Moção, pelo que propõe que o BE faça reflectir esta posição nesta<br />
Moção.<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Alhos Vedros - Diz que em parte o Presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>da</strong> <strong>Moita</strong> já fez a sugestão que ela queria apresentar, que era a<br />
isenção <strong>da</strong>s taxas a nível <strong>da</strong> Administração do Porto <strong>de</strong> Lisboa em relação aos Clubes<br />
Naúticos, podia ser uma forma <strong>de</strong> incentivar a preservação <strong>de</strong>stas embarcações, a outra<br />
é uma questão talvez <strong>de</strong> pormenor mas que eu sugeria esta pequena alteração “A<br />
Assembleia <strong>Municipal</strong> <strong>da</strong> <strong>Moita</strong> reuni<strong>da</strong> em <strong>29</strong> <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> <strong>2006</strong> <strong>de</strong>libera sugerir á<br />
<strong>Câmara</strong> a sugestão ou recomen<strong>da</strong>ção acima apresenta<strong>da</strong>”.<br />
Fabrício <strong>de</strong> Sousa Pereira - Reconheçe que alguma coisa tem sido feita pela<br />
Autarquia para a preservação <strong>de</strong> algumas <strong>de</strong>stas embarcações mas é insuficiente. O bote<br />
“A Pombinha” não se sabe on<strong>de</strong> está, é uma embarcação típica pertence ao Município<br />
mas pouco ou na<strong>da</strong> tem sido feito com essa embarcação. O acesso ao cais <strong>da</strong> <strong>Moita</strong><br />
ca<strong>da</strong> vez é mais escasso e com tendência a acabar. Quanto às taxas pagas pelo Centro<br />
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Náutico Moitense como associado n.º 9 nunca teve conhecimento <strong>de</strong> haver uma<br />
disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Autarquia, não financeira mas <strong>de</strong> recursos humanos e físicos para<br />
po<strong>de</strong>r incentivar as pessoas que passam nas direcções do Clube, que muito têm feito <strong>de</strong><br />
modo a conseguir a isenção <strong>de</strong>ssas taxas e que algo seja feito pelos barcos tradicionais<br />
que temos.<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Mesa – Afirma que o Município <strong>da</strong> <strong>Moita</strong> foi dos primeiros a man<strong>da</strong>r<br />
recuperar barcos típicos do Tejo e pô-los a navegar ao serviço <strong>da</strong>s escolas e <strong>da</strong><br />
população.<br />
Manuel Ma<strong>de</strong>ira – Diz que o Sr. Fabrício não <strong>de</strong>ve estar bem informado, pois a<br />
<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>da</strong> <strong>Moita</strong> tem prestado, <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s suas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, todo o apoio<br />
às embarcações típicas do Tejo no nosso Concelho. A título <strong>de</strong> exemplo anualmente a<br />
cedência <strong>de</strong> materiais para a manutenção dos barcos típicos, materiais esses que são<br />
entregues aos clubes que os solicitam, o Centro Náutico Moitense, normalmente solicita<br />
esse apoio e recebe-o <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>. A <strong>Câmara</strong> tem disponibilizado técnicos para que os<br />
clubes junto do Porto <strong>de</strong> Lisboa proce<strong>da</strong>m à melhoria <strong>da</strong>s condições e do usufruto dos<br />
terrenos que actualmente ocupam. Aos Amigos do Mar em Alhos Vedros a <strong>Câmara</strong><br />
<strong>Municipal</strong> elaborou um projecto, elaborou pareceres técnicos para enviar ao Porto <strong>de</strong><br />
Lisboa por forma a que os Amigos do Mar consigam mais terreno para a sua activi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
e em condições que não sejam onerosas.<br />
Fabrício <strong>de</strong> Sousa Pereira – Diz que é sócio fun<strong>da</strong>dor do Centro Náutico Moitense,<br />
quanto ao apoio que tem sido <strong>da</strong>do pela <strong>Câmara</strong> ele continua com as mesmas<br />
afirmações, não conhece, <strong>de</strong>ve sim agra<strong>de</strong>cer a um gran<strong>de</strong> homem chamado João<br />
Gregório que tem feito muito por aquela casa e continua a fazer.<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Mesa - Pensa que em relação à Moção já houve consenso dos<br />
proponentes sobre as propostas <strong>de</strong> alteração e foi aceite o seguinte:<br />
“Bem como a isenção do pagamento <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> aluguer <strong>de</strong> terrenos do domínio<br />
público marítimo sobre a alça<strong>da</strong> <strong>da</strong> Administração do Porto <strong>de</strong> Lisboa (APL)”.<br />
Diamantino Patarata – Pe<strong>de</strong> que lhe seja explicado pela mesa como é que foi trata<strong>da</strong> a<br />
sugestão que houve <strong>da</strong> parte <strong>da</strong> CDU, a intervenção <strong>da</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia<br />
<strong>de</strong> Alhos Vedros em que era sugerido que, o inicio do paragrafo on<strong>de</strong> diz que a<br />
Assembleia <strong>Municipal</strong> <strong>da</strong> <strong>Moita</strong> reuni<strong>da</strong> a <strong>29</strong> <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> <strong>2006</strong> <strong>de</strong>libera: “sugerir<br />
que a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>da</strong> <strong>Moita</strong>”, foi esta a proposta que foi feita pela CDU, po<strong>de</strong><br />
não ter sido entendi<strong>da</strong> assim, <strong>da</strong>í o pedido <strong>da</strong> sua intervenção, isto não invali<strong>da</strong> que<br />
esteja <strong>de</strong> acordo com esta Moção e esteja <strong>de</strong> acordo com a sugestão que veio <strong>de</strong>pois.<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Mesa – Esclarece que a Mesa <strong>da</strong> Assembleia não tem que fazer acordos<br />
entre membros <strong>da</strong> Assembleia, e a Mesa não po<strong>de</strong> adivinhar só po<strong>de</strong> pôr à Assembleia<br />
as coisas que estão escritas.<br />
António Chora – Diz que o BE percebeu perfeitamente as sugestões que foram<br />
coloca<strong>da</strong>s, aceitaram uma porque ela vem acrescentar algo à Moção, enten<strong>de</strong>ram não<br />
aceitar a outra porque como Moção ao ser aprova<strong>da</strong>, é uma <strong>de</strong>liberação <strong>de</strong>sta<br />
Assembleia para que a <strong>Câmara</strong> vá mais além <strong>da</strong>quilo que tem ido e com algum mérito,<br />
em <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong>s embarcações tradicionais do Tejo.<br />
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Posta a Moção à aprovação, com a <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> alteração, foi a mesma aprova<strong>da</strong> por maioria<br />
com 28 votos a favor sendo 17 <strong>da</strong> CDU, 8 do PS, 3 do BE e 3 abstenções sendo 1 <strong>da</strong><br />
CDU e 2 do PSD.<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Mesa sugere que nas próximas sessões, as Moções fossem entregues<br />
antecipa<strong>da</strong>mente, para uma melhor eficiência dos trabalhos.<br />
Passou-se ao período <strong>de</strong> intervenção dos munícipes:<br />
Vítor Manuel Ascensão – Tendo esta edili<strong>da</strong><strong>de</strong> uma opção <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa dos <strong>de</strong>ficientes e<br />
<strong>da</strong>s gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>fesas <strong>da</strong> mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> não se percebe porque a entra<strong>da</strong> principal <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong><br />
continua a não ter um acesso a pessoas com ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> ro<strong>da</strong>s e as traseiras que dão<br />
acesso ao cais estão fecha<strong>da</strong>s, pergunta haverá uma razão talvez <strong>de</strong> segurança mas<br />
esqueceram-se que estas pessoas têm que ter acesso. Sendo esta edili<strong>da</strong><strong>de</strong> que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a<br />
mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas pessoas como é que elas conseguem entrar.<br />
Noutra Assembleia o Sr. Presi<strong>de</strong>nte disse-lhe que existe uma comissão <strong>de</strong> trânsito, um<br />
grupo <strong>de</strong> trabalho mas continua a não ver na<strong>da</strong> feito. As rotun<strong>da</strong>s sem sinalização nem<br />
marcação no terreno, as travessias não estão pinta<strong>da</strong>s já <strong>de</strong>sapareceram, na entra<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />
Alhos Vedros existem dois sinais, um perto <strong>da</strong> Cleópatra, <strong>de</strong> perigo que existem<br />
crianças, mas nem sequer a passa<strong>de</strong>ira está pinta<strong>da</strong>. O nosso Concelho tem graves<br />
carências no que respeita ao trânsito e ninguém vê isso. Outra situação que se coloca é a<br />
vala real, continuamos a ver a vala coberta <strong>de</strong> canas, lixo do mercado, espera-se pelas<br />
chuvas para as gran<strong>de</strong>s intervenções? Dá um louvor à <strong>Câmara</strong>, ao fim <strong>de</strong> 15 anos<br />
conseguiu adoptar o sistema do Recria, a partir <strong>de</strong> agora, certamente, o património será<br />
recuperado.<br />
Na passagem <strong>de</strong>snivela<strong>da</strong> <strong>de</strong> Alhos Vedros existe um projecto <strong>da</strong> CP que à parti<strong>da</strong> vai<br />
condicionar um pouco o trânsito e é capaz <strong>de</strong> evoluir em termos <strong>de</strong> trânsito rodoviário<br />
para a Vila Ver<strong>de</strong> e Bairro <strong>da</strong>s Arroteias, ninguém sabe do projecto, os moradores não<br />
conhecem o projecto, a Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Alhos Vedros pensa que também não o<br />
conhece e ninguém tem acesso a esse projecto. Pensa que os munícipes <strong>de</strong>viam ter<br />
conhecimento <strong>da</strong>s obras antes <strong>de</strong> elas começarem.<br />
Porque não utiliza a <strong>Câmara</strong> o Boletim <strong>Municipal</strong> para informação cívica dos nossos<br />
condutores? O trânsito é importante e a acção cívica <strong>da</strong>s pessoas ain<strong>da</strong> é mais<br />
importante, estacionam em cima dos passeios, será que no Boletim não se po<strong>de</strong><br />
informar as pessoas que não <strong>de</strong>vem estacionar nos passeios?<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Mesa – Agra<strong>de</strong>ce a intervenção do munícipe mas informa que não é<br />
obrigatório ser respondi<strong>da</strong>. A Assembleia tem comissões especializa<strong>da</strong>s naturalmente<br />
que não é à Assembleia que compete executar mas sim transmitir à <strong>Câmara</strong> a sua<br />
intervenção. Na anterior sessão disse-lhe que havia uma comissão especializa<strong>da</strong> para<br />
esse assunto, não para executar mas para ouvir a <strong>Câmara</strong> sobre as intervenções dos<br />
munícipes. A Comissão já reuniu uma vez mas este ponto não constou <strong>de</strong>ssa or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />
trabalhos. O Regimento também diz que po<strong>de</strong> intervir um elemento <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> força<br />
política após a intervenção do público, pergunta se alguém quer usar <strong>da</strong> palavra.<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Alhos Vedros – Diz que as perguntas feitas<br />
foram dirigi<strong>da</strong>s à Assembleia <strong>Municipal</strong> e não à <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> porque estamos<br />
numa reunião <strong>da</strong> Assembleia <strong>Municipal</strong>. É relativamente a algumas consi<strong>de</strong>rações que<br />
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foram feitas que vai intervir. Em primeiro lugar não aceita o caso <strong>de</strong> se houver algum<br />
aci<strong>de</strong>nte sejamos penalizados, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente com o atravessamento <strong>da</strong> estra<strong>da</strong><br />
nacional, pessoalmente e todos que resi<strong>de</strong>m na zona <strong>da</strong>s Arroteias, certamente têm<br />
filhos e têm que ir para a escola 2.3 José Afonso que têm <strong>de</strong> atravessar. Há um local<br />
que seria o mais indicado, embora por questão <strong>de</strong> ser mais rápido muitas crianças<br />
atravessam no local que é perigoso, mas que não está assinalado como local <strong>de</strong><br />
passagem para crianças. Não significa com isto que não tenhamos que ter em atenção<br />
aspectos <strong>de</strong> segurança rodoviária e <strong>de</strong> outro tipo com as crianças, mas não aceita como<br />
a questão aqui foi coloca<strong>da</strong>, porque somos pessoas <strong>de</strong> bem, porque somos resi<strong>de</strong>ntes<br />
neste Concelho e <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente na Freguesia <strong>de</strong> Alhos Vedros e porque estamos<br />
atentos a estas questões. Depois foi aqui coloca<strong>da</strong> uma outra questão, do conhecimento<br />
que tem e <strong>da</strong>quilo que tem acompanhado <strong>da</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> quando<br />
foram feitas as obras <strong>de</strong> ampliação neste Edifício Se<strong>de</strong> foi feito o acesso a to<strong>da</strong>s as<br />
outras áreas <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> pelas traseiras do Edifício, que não consi<strong>de</strong>ra<br />
traseira, porque é uma entra<strong>da</strong> também digna e que fica do outro lado, em que costuma<br />
haver um elevador o que não quer dizer que uma ou outra vez não haja alguns<br />
problemas.<br />
Em relação às obras <strong>da</strong>s passagens <strong>de</strong>snivela<strong>da</strong>s, <strong>da</strong>quilo que a Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong><br />
Alhos Vedros acompanhou, remete inteiramente as responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> termos ou não<br />
esse projecto na mesa e po<strong>de</strong>r mostrá-lo à população ao facto <strong>de</strong> quem publicou a obra<br />
e fez sair em Diário <strong>da</strong> República nunca ter <strong>da</strong>do essa informação, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente à<br />
Junta <strong>de</strong> Freguesia, pese embora ter participado nalgumas reuniões com alguns técnicos<br />
<strong>da</strong> CP, técnicos <strong>da</strong> Refer que fizeram o projecto, que <strong>de</strong>ve ter ido para a gaveta.<br />
Pe<strong>de</strong> que seja solicitado à Administração Central e à Tutela <strong>da</strong> Refer e <strong>da</strong> CP as<br />
responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s sobre esse mesmo projecto.<br />
Finalmente e isto tem a ver com o rio <strong>da</strong> <strong>Moita</strong>, lembra que é uma questão que foi<br />
prometi<strong>da</strong> aquando <strong>da</strong> construção <strong>da</strong> Auto Europa, o compromisso era do actual 1.º<br />
Ministro, então Ministro do Ambiente, que não cumpriu aquilo que tinha prometido,<br />
peça-se a quem se <strong>de</strong>ve as responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s pela falta <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> algumas obras<br />
neste Concelho.<br />
De segui<strong>da</strong> passou-se ao Período <strong>da</strong> Or<strong>de</strong>m do Dia:<br />
1 – Lançamento <strong>de</strong> Derrama<br />
PERÍODO DA ORDEM DO DIA<br />
Foi presente a proposta infra transcrita, a qual a <strong>Câmara</strong> <strong>de</strong>liberou em reunião realiza<strong>da</strong><br />
em 06.<strong>09</strong>.06 aprovar por maioria com dois votos contra, com submissão à Assembleia<br />
<strong>Municipal</strong>.<br />
“Os munícipios po<strong>de</strong>m lançar <strong>de</strong>rramas até ao limite <strong>de</strong> 10% sobre a colecta do<br />
imposto sobre o rendimento <strong>da</strong>s pessoas colectivas (IRC), que proporcionalmente<br />
correspon<strong>da</strong> ao rendimento gerado na sua área geográfica por sujeitos passivos que<br />
exerçam, a título principal, uma activi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> natureza comercial, industrial ou agrícola,<br />
<strong>de</strong> acordo com o n.º 1 do art.º 18.º <strong>da</strong> Lei <strong>da</strong>s Finanças Locais.<br />
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Assim, e porque importa ao município <strong>da</strong> <strong>Moita</strong> garantir o equilíbrio <strong>da</strong>s receitas para o<br />
ano <strong>de</strong> 2007, e <strong>de</strong>sta forma proporcionar o financiamento <strong>de</strong> investimentos <strong>de</strong> diversa<br />
natureza, propõe-se:<br />
- Que a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong>libere aprovar o lançamento <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>rrama <strong>de</strong> 10% nos<br />
termos do artigo 18.º <strong>da</strong> Lei <strong>da</strong>s Finanças Locais;<br />
Mais se propõe, que a presente proposta seja submeti<strong>da</strong> a aprovação <strong>da</strong> Assembleia<br />
<strong>Municipal</strong>”.<br />
Sr. Vice - Presi<strong>de</strong>nte – Informa a Assembleia que o Sr. Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> não po<strong>de</strong><br />
estar presente porque tem uma reunião fora do Concelho.<br />
Sobre a proposta pouco tem para dizer pois já é tradicional, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há vários anos que o<br />
município <strong>da</strong> <strong>Moita</strong>, assim como outros municípios portugueses utilizam este recurso<br />
que a lei lhes dá para obter um complemento do seu financiamento como se po<strong>de</strong> ver<br />
pelo quadro anexo à proposta. Não é este valor que salva o Orçamento <strong>Municipal</strong>, mas é<br />
um valor que não é irrelevante.<br />
Posta a proposta à discussão e não havendo pedidos <strong>de</strong> intervenção, foi a mesma<br />
aprova<strong>da</strong> por maioria com 26 votos a favor sendo 18 <strong>da</strong> CDU, 8 do PS e 5 votos contra<br />
sendo 2 do PSD e 3 do BE.<br />
António Chora do BE apresenta a seguinte <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto:<br />
“O BE quer reafirmar que votou contra a Derrama porque em nosso enten<strong>de</strong>r a<br />
aplicação <strong>de</strong> uma Derrama <strong>de</strong>ve ter um objectivo concreto, o dinheiro que se vier a<br />
auferir <strong>de</strong>ssa aplicação não <strong>de</strong>ve ser generalizado, reforçar verbas que po<strong>de</strong>m ser mal<br />
utiliza<strong>da</strong>s como bem utiliza<strong>da</strong>s por essa razão votamos contra. Em nosso enten<strong>de</strong>r<br />
aplica-se a taxa máxima <strong>de</strong> 10% o que po<strong>de</strong> ser um obstáculo às novas empresas que se<br />
queiram instalar no Concelho se olharem para este gráfico e forem ver que<br />
sistematicamente taxas <strong>de</strong> Derrama máximas sobre o “IRC” leva-as a afastar-se do<br />
Concelho não permitindo a criação <strong>de</strong> emprego, estas são as razões pela quais votamos<br />
contra esta proposta.”<br />
2 – Novo Regime do Arren<strong>da</strong>mento Urbano – Fixação <strong>de</strong> Taxas<br />
Foi presente a proposta infra transcrita, a qual a <strong>Câmara</strong> <strong>de</strong>liberou em reunião realiza<strong>da</strong><br />
em 06.<strong>09</strong>.06 aprovar por maioria com uma abstenção, com submissão à Assembleia<br />
<strong>Municipal</strong>.<br />
“A publicação dos diplomas regulamentares do Novo Regime do Arren<strong>da</strong>mento Urbano<br />
(abrevia<strong>da</strong>mente <strong>de</strong>signado por NRAU), em particular o art.º 20.º do Decreto-Lei n.º<br />
161/<strong>2006</strong>, <strong>de</strong> 08.08, prevêem a aplicação <strong>de</strong> três novas taxas a cobrar pelas <strong>Câmara</strong>s<br />
Municipais no que concerne à <strong>de</strong>terminação do coeficiente <strong>de</strong> conservação, pela<br />
<strong>de</strong>finição <strong>da</strong>s obras necessárias para a obtenção do nível <strong>de</strong> conservação superior e pela<br />
submissão <strong>de</strong> litígio à <strong>de</strong>cisão.<br />
Assim, e nos termos do citado art.º 20.º, o valor <strong>da</strong>s novas taxas <strong>de</strong>verá ser aprovado<br />
pela Assembleia <strong>Municipal</strong>, pelo que se propõe que a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> aprove os<br />
seguintes valores e submeta a posterior aprovação <strong>da</strong> Assembleia <strong>Municipal</strong>:<br />
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- 1 UC (uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> conta), tal como <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> no n.º 2 do art.º 5.º do Decreto-Lei n.º<br />
212/89, <strong>de</strong> 30.06, pela <strong>de</strong>terminação do coeficiente <strong>de</strong> conservação, (sendo que o<br />
valor <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> conta vigente para o triénio 2004/<strong>2006</strong> é <strong>de</strong> 89,00 euros);<br />
- 0,5 UC, pela <strong>de</strong>finição <strong>da</strong>s obras necessárias para a obtenção do nível <strong>de</strong> conservação<br />
superior (que se traduz em 44,50 euros para o triénio 2004/<strong>2006</strong>);<br />
- 1 UC pela submissão <strong>de</strong> litigio a <strong>de</strong>cisão <strong>da</strong> Comissão Arbitral <strong>Municipal</strong> (<strong>de</strong>signa<strong>da</strong><br />
apenas por CAM), (que se traduz em 89,00 euros para o triénio 2004/<strong>2006</strong>).”<br />
Sr. Vice - Presi<strong>de</strong>nte – Como a proposta explicita foi publicado há alguns meses o<br />
novo regime do arren<strong>da</strong>mento urbano, que é composto pela Lei n.º 6 <strong>de</strong> <strong>2006</strong> e por um<br />
conjunto <strong>de</strong> diplomas complementares que têm vindo a ser publicados em <strong>da</strong>tas<br />
posteriores e cuja publicação não está ain<strong>da</strong> concluí<strong>da</strong>. Na sequência <strong>de</strong>ste novo regime<br />
que vem introduzir alterações relevantes em alguns aspectos do regime do arren<strong>da</strong>mento<br />
que vigora em Portugal <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o 25 <strong>de</strong> Abril são atribuí<strong>da</strong>s às <strong>Câmara</strong>s Municipais<br />
competências até agora inexistentes, sobretudo neste aspecto do dirimir <strong>de</strong> conflitos<br />
através <strong>de</strong>stas comissões arbitrais municipais que aqui são referi<strong>da</strong>s, comissões essas<br />
que terão por função aplicar nos mol<strong>de</strong>s que a lei <strong>de</strong>termina o nível <strong>de</strong> conservação dos<br />
fogos arren<strong>da</strong>dos para efeitos <strong>de</strong> agravamento ou não <strong>da</strong>s ren<strong>da</strong>s. Essa atribuição que é<br />
<strong>da</strong><strong>da</strong> às <strong>Câmara</strong>s que dá naturalmente custos é em simultâneo acompanha<strong>da</strong> pela<br />
possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> criação <strong>de</strong> taxas que visam <strong>de</strong> certa forma cobrir parte dos custos que<br />
vão estar associados a esta nova competência. As taxas também estão <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s na lei<br />
pelo valor máximo que é <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> conta, esta uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> conta é utiliza<strong>da</strong> no<br />
âmbito do regime jurídico <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas judiciais, é um valor fixado por portaria<br />
governamental e o seu valor é <strong>de</strong> 89,00 euros e o que se propõe é que a Assembleia<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong>libere a criação <strong>de</strong>stas novas taxas para que assim que to<strong>da</strong> a legislação<br />
esteja publica<strong>da</strong> possamos iniciar o cumprimento <strong>de</strong>sta nova atribuição.<br />
Posta a proposta à discussão e não havendo pedidos <strong>de</strong> intervenção foi a mesma aprova<strong>da</strong><br />
por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
3 – Regulamento <strong>de</strong> Urbanização e Edificação do Município <strong>da</strong> <strong>Moita</strong> (R.U.E.M.M.)<br />
Foi presente a proposta infra transcrita, a qual a <strong>Câmara</strong> <strong>de</strong>liberou em reunião realiza<strong>da</strong><br />
em 06.<strong>09</strong>.06, aprovar por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong> com submissão à Assembleia <strong>Municipal</strong>.<br />
“A <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, na sua reunião <strong>da</strong>ta<strong>da</strong> <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> Maio do presente ano, <strong>de</strong>liberou<br />
submeter a inquérito público o Projecto <strong>de</strong> Regulamento <strong>de</strong> Urbanização e Edificação<br />
do Município <strong>da</strong> <strong>Moita</strong>, inquérito esse que <strong>de</strong>correu entre os dias 7 <strong>de</strong> Junho e 19 <strong>de</strong><br />
Julho, não se tendo registado reclamações ou sugestões <strong>de</strong> alteração.<br />
Foram introduzi<strong>da</strong>s correcções quanto aos montantes <strong>da</strong>s taxas fixa<strong>da</strong>s para emissão <strong>de</strong><br />
Pareceres Urbanísticos (Quadro I <strong>da</strong> Tabela <strong>de</strong> Taxas), no que se refere aos pontos 3.4.,<br />
3.5. e 8.6., relativamente aos Postos <strong>de</strong> Combustíveis e Armazenamento <strong>de</strong> Combustíveis<br />
Gasosos, uma vez que o anterior Projecto <strong>de</strong> Regulamento não teve em consi<strong>de</strong>ração os<br />
custos inerentes à emissão <strong>de</strong> parecer quanto a este tipo <strong>de</strong> projectos por parte <strong>de</strong><br />
enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s exteriores ao município, sendo o valor anteriormente fixado, manifestamente<br />
insuficiente para cobrir os custos <strong>de</strong>sse procedimento.<br />
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Assim, nos pontos 3.4. e 3.5. o valor <strong>da</strong> taxa passa <strong>de</strong> 40,00€ para 170,00€, e no ponto<br />
8.6. passa <strong>de</strong> 50,00€ para 150,00€.<br />
Assim, proponho que a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong>libere aprovar o Projecto <strong>de</strong> Regulamento<br />
<strong>de</strong> Urbanização e Edificação do Município <strong>da</strong> <strong>Moita</strong> em anexo e submetê-lo à<br />
Assembleia <strong>Municipal</strong>, nos termos e para os efeitos <strong>da</strong>s expressões legais enuncia<strong>da</strong>s no<br />
último parágrafo do preâmbulo do projecto <strong>de</strong> regulamento.”<br />
Sr. Vice - Presi<strong>de</strong>nte – Informa que a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> possui um Regulamento<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Urbanização e Edificação que pela própria antigui<strong>da</strong><strong>de</strong> necessita <strong>de</strong> ser<br />
actualizado <strong>de</strong> uma forma sistemática, à medi<strong>da</strong> que nova legislação vai saindo vai-se<br />
introduzindo <strong>de</strong> forma avulsa as alterações <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>ssa nova legislação, mas isso<br />
fez com que chegados ao dia <strong>de</strong> hoje tenhamos um regulamento com normas dispersas<br />
por várias <strong>de</strong>liberações e com um processo que quer para os serviços quer sobretudo para<br />
os munícipes é mais difícil <strong>de</strong> perceber as regras para a urbanização e edificação no nosso<br />
município. Daí que tenhamos entendido que era necessário iniciar um trabalho <strong>de</strong> revisão<br />
do regulamento existente e <strong>de</strong> compilação num único documento, nomea<strong>da</strong>mente o<br />
regulamento <strong>da</strong> ocupação <strong>da</strong> via publica com obras que era um regulamento à parte e que<br />
vai ser incorporado aqui, bem como normas dispersas <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberações que foram feitas ao<br />
longo do tempo.<br />
O que preten<strong>de</strong>mos com este documento é ter um mínimo código municipal que<br />
estabeleça tudo aquilo que diz respeito às regras necessárias para a edificação no<br />
município, assim quer para os serviços quer sobretudo para os munícipes para quem<br />
<strong>de</strong>seje efectuar alguma operação urbanística no município tem uma única fonte para se<br />
inteirar do que necessita fazer.<br />
De segui<strong>da</strong> foi posta a proposta à discussão intervieram.<br />
Edgar Cantante – Lamenta mas não atribui culpa aos serviços, que esta documentação<br />
só lhe tenha sido entregue dois dias antes <strong>da</strong> Assembleia, porque isso inviabilizou a<br />
preparação <strong>de</strong>ste documento que é extremamente importante. De qualquer forma <strong>de</strong>u uma<br />
leitura muito rápi<strong>da</strong> e notou que na página 63 no art.º 81, <strong>da</strong>nos em pavimentos, esta<br />
situação é aquela que todos apanhamos, há uma obra particular que rompe a via publica,<br />
<strong>de</strong>pois an<strong>da</strong>mos semanas e meses a passar lá com os carros a bater com os pneus, etc.<br />
Seria <strong>de</strong> todo o interesse estipular um prazo para estas situações não se perpetuarem<br />
in<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>mente. Quando diz que “para a execução <strong>de</strong> qualquer obra, haja necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>da</strong>nificar o pavimento, canalizações ou qualquer outro bem publico”. Pergunta se a<br />
comunicação para esses trabalhos tem <strong>de</strong> ser feita antes do inicio dos mesmos ou se é só<br />
na altura <strong>da</strong> reposição.<br />
Este documento é <strong>de</strong> extrema importância, pensa que a Assembleia se <strong>de</strong>via <strong>de</strong>bruçar<br />
atentamente sobre ele, porque há muitas situações más em termos urbanísticos no nosso<br />
Concelho, nomea<strong>da</strong>mente em Alhos Vedros nas urbanizações mais recentes, Vila Rosa,<br />
Vila Ver<strong>de</strong>, por não haver um regulamento <strong>de</strong>stes naquela altura. Lamenta que este<br />
regulamento não imponha distâncias entre prédios, largura <strong>de</strong> estra<strong>da</strong>s uma série <strong>de</strong><br />
situações que <strong>de</strong>viam ser acautela<strong>da</strong>s. Pensa que se guiaram pelo mo<strong>de</strong>lo <strong>da</strong> Associação<br />
Nacional <strong>de</strong> Municípios, mas no nosso Concelho há situações especificas.<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Mesa – Diz que em relação à distribuição <strong>da</strong> documentação a<br />
responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> não é dos serviços nem <strong>da</strong> Mesa, como o senhor Edgar sabe veio<br />
substituir o senhor António Monteiro, que só solicitou a sua substituição setenta e duas<br />
horas antes, portanto os documentos não po<strong>de</strong>riam ser distribuídos antes disso.<br />
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A S S E M B L E I A M U N I C I P A L D A M O I T A<br />
Sr. Vice - Presi<strong>de</strong>nte – Esclarece que aos <strong>da</strong>nos em pavimentos e à reposição <strong>de</strong><br />
pavimentos o que resulta claro é que qualquer intervenção em domínio público só se po<strong>de</strong><br />
iniciar <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente autoriza<strong>da</strong> ou comunica<strong>da</strong>, e diz ou comunica<strong>da</strong> porque há<br />
operadores que, por <strong>de</strong>creto governamental, têm isenção <strong>de</strong> licenciamento que é o caso<br />
<strong>da</strong> EDP, PT e <strong>da</strong> Setgás mas todos os outros operadores <strong>de</strong> telecomunicações ou<br />
particulares que intervenham no domínio publico têm que previamente obter o<br />
licenciamento e é esse próprio licenciamento que <strong>de</strong>fine prazos. Se os prazos são ou não<br />
cumpridos é uma questão que se remete para o cumprimento ou não <strong>de</strong> qualquer outra<br />
norma, aqui é uma questão <strong>de</strong> quando não ocorre o cumprimento haver uma fiscalização<br />
mais actuante e aplicar as normas comitivas que o próprio regulamento também prevê.<br />
Sobre o afastamento <strong>da</strong> dimensão dos edifícios, volumetrias são normas que não cabem<br />
neste regulamento, porque são normas que pela sua natureza são do âmbito do Plano<br />
Director <strong>Municipal</strong>, é ele que <strong>de</strong>fine as regras urbanísticas para ca<strong>da</strong> zona <strong>de</strong>finindo<br />
nomea<strong>da</strong>mente questões como dimensão <strong>de</strong> vias, número <strong>de</strong> estacionamentos, volumetria<br />
dos edifícios e diversas outras coisas, <strong>da</strong>í o não estarem aqui.<br />
Posta a proposta à votação foi a mesma aprova<strong>da</strong> por maioria com 23 votos a favor sendo<br />
18 <strong>da</strong> CDU, 2 do PSD, 3 do BE e 8 abstenções do PS.<br />
4 – Subscrição pela Assembleia <strong>Municipal</strong> <strong>da</strong> Declaração do 4.º Fórum Mundial <strong>da</strong><br />
Água<br />
Pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Assembleia <strong>Municipal</strong> foi apresentado um documento solicitando a<br />
subscrição no 4.º Fórum Mundial <strong>da</strong> Água enviado pela Associação Nacional <strong>de</strong><br />
Municípios Portugueses, propondo a sua análise e discussão, <strong>de</strong> que resultou a seguinte<br />
intervenção:<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>da</strong> <strong>Moita</strong> – Diz que no essencial está <strong>de</strong> acordo com<br />
as linhas apresenta<strong>da</strong>s no documento e dá especial <strong>de</strong>staque a uma questão que é referi<strong>da</strong><br />
no ponto 3.2. que passa a citar “assegurar nos nossos territórios e no âmbito <strong>da</strong>s nossas<br />
competências uma gestão que permita a todos o acesso aos serviços <strong>da</strong> água e<br />
saneamento, em quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>, quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e continui<strong>da</strong><strong>de</strong> suficientes, a um custo suportável<br />
e equitativo” recentemente foi aprova<strong>da</strong> a chama<strong>da</strong> lei <strong>da</strong> água, que é a lei 58 <strong>de</strong> 2005,<br />
que supostamente transpõe para a or<strong>de</strong>m jurídica nacional a directiva quadro <strong>da</strong> água,<br />
directiva n.º 2060/CE a qual estabelece as bases e o quadro institucional para a gestão<br />
sustentável <strong>da</strong>s águas. Tal como é referido por um conjunto alargado <strong>de</strong> especialistas e<br />
por diversas organizações não governamentais, é aprova<strong>da</strong> a lei <strong>da</strong> água que não respeita<br />
os princípios expressos e suscita <strong>de</strong>masia<strong>da</strong>s duvi<strong>da</strong>s no que respeita à transposição <strong>da</strong><br />
directiva quadro.<br />
Na salvaguar<strong>da</strong> <strong>de</strong>ste bem universal essencial à vi<strong>da</strong> e aos ecossistemas, perante o<br />
processo legislativo que <strong>de</strong>correu à margem <strong>de</strong> uma efectiva e ampla discussão pública,<br />
que esta matéria exigiria, consi<strong>de</strong>ra que é <strong>de</strong>ver dos autarcas, atentos aos constantes e<br />
múltiplos problemas que se colocam na vi<strong>da</strong> dos ci<strong>da</strong>dãos tomarem uma posição clara<br />
manifestando a sua preocupação acerca dos reflexos <strong>de</strong>ste pacote legislativo.<br />
A lei quadro <strong>da</strong> água aprova<strong>da</strong>, surge na óptica <strong>da</strong> redução <strong>da</strong>s funções sociais do estado<br />
e <strong>da</strong> liberalização global dos serviços, num quadro <strong>de</strong> regulamentação e <strong>de</strong> redução <strong>de</strong><br />
capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> entreventora <strong>da</strong>s autarquias locais na <strong>de</strong>finição e aplicação <strong>de</strong> politicas sociais<br />
e ambientais. O que está em causa com a lei <strong>da</strong> água não é apenas abrir a porta à<br />
privatização dos serviços públicos <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água e <strong>de</strong> saneamento, mas o<br />
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A S S E M B L E I A M U N I C I P A L D A M O I T A<br />
objectivo é muito mais vasto que isso, é a ven<strong>da</strong> dos rios, <strong>da</strong>s albufeiras, dos aquíferos,<br />
<strong>da</strong>s fontes, dos portos, <strong>da</strong>s barragens tudo isto ao serviço <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>senfrea<strong>da</strong> exploração<br />
comercial. Há pouco na Moção que o BE apresentou e que foi sugeri<strong>da</strong> uma alteração, é<br />
exactamente nesta sen<strong>da</strong> e <strong>da</strong> aplicação <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong>senfrea<strong>da</strong> que temos uma instituição<br />
chama<strong>da</strong> Porto <strong>de</strong> Lisboa que tem <strong>de</strong> facto uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>spótica em relação a to<strong>da</strong>s as<br />
instituições, aplica as taxas a seu belo prazer.<br />
A referi<strong>da</strong> lei <strong>de</strong>sresponsabiliza o governo sobre a protecção <strong>da</strong>s águas não prevendo<br />
mecanismos <strong>de</strong> fiscalização <strong>da</strong> administração pública e não reconhece direitos aos<br />
ci<strong>da</strong>dãos no acesso a este bem essencial antes preten<strong>de</strong> um bem comum em mera<br />
mercadoria.<br />
Transforma áreas do domínio publico híbrico em bens transaccionáveis nas concessões,<br />
os portos e as zonas ribeirinhas são exemplo disso <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> ser áreas do domínio<br />
público tornando-se em bens que o governo po<strong>de</strong>rá lotear ou incorporar no capital social<br />
<strong>de</strong> uma qualquer administração <strong>de</strong> portos SA, fica assim aberto o caminho para a<br />
especulação imobiliária em zonas criticas como as zonas ribeirinhas e para a extracção<br />
indiscrimina<strong>da</strong> <strong>de</strong> inertes. A EDPSA, já parcialmente privatiza<strong>da</strong>, fica à luz <strong>de</strong>sta lei e <strong>da</strong><br />
convenção luso espanhola sobre os rios internacionais concessionária dos cau<strong>da</strong>is do<br />
Douro e do Tejo. Nas bacias controla<strong>da</strong>s será a empresa a <strong>de</strong>terminar o que licencia e a<br />
cobrar as taxas a todos os outros usos, quer eles sejam <strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s agrícolas <strong>de</strong> lazer e<br />
abastecimento público ou <strong>de</strong> indústria. Caso semelhante já se verifica com a IDSA dona e<br />
senhora do empreendimento do Alqueva construí<strong>da</strong> com dinheiros públicos, neste caso<br />
não são necessárias muitas explicações certamente todos nos lembramos do que se passou<br />
no Verão recente em 2005, em período <strong>de</strong> seca esta empresa com a albufeira cheia vedou<br />
o acesso ao gado <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s limítrofes a po<strong>de</strong>r matar a se<strong>de</strong> na água <strong>da</strong> barragem,<br />
contribuindo ain<strong>da</strong> mais para a ruína <strong>da</strong> nossa agricultura. Esta lei vem ain<strong>da</strong> <strong>da</strong>r<br />
cobertura a este tipo <strong>de</strong> situações. Institui ain<strong>da</strong> tarifas extra para o abastecimento<br />
doméstico nivelando os preços <strong>da</strong> água pelo valor mais alto, servirá então para impor às<br />
autarquias através dos sistemas concessionados, valores que garantam o lucro <strong>de</strong>ssas<br />
empresas priva<strong>da</strong>s <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> água, impedindo a prática <strong>de</strong> tarifas sociais e <strong>de</strong><br />
serviços gratuitos, como fontes e fontanários.<br />
Nos locais on<strong>de</strong> já imperam as concessões assiste-se muitas <strong>da</strong>s vezes a esta prepotência.<br />
Uma <strong>da</strong>s primeiras medi<strong>da</strong>s é fechar os fontanários porque não têm contador e não há<br />
quem pague a água e logo aí é ve<strong>da</strong>r ás populações mais carencia<strong>da</strong>s o acesso à água<br />
pública.<br />
Muito haverá para dizer acerca <strong>de</strong>sta lei feu<strong>da</strong>l, mas pelo exposto não tem dúvi<strong>da</strong>s em<br />
afirmar que em <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong>s populações é preciso alterar este diploma, é preciso ter em<br />
atenção a sua regulamentação promovendo um amplo e efectivo <strong>de</strong>bate público em torno<br />
<strong>de</strong>stas questões promovendo assim uma lei <strong>da</strong> água que salvaguar<strong>de</strong> o interesse público e<br />
os direitos dos ci<strong>da</strong>dãos, proteja os ecossistemas e o ambiente, tenha em conta a sua<br />
função social e económica e crie condições efectivas para o cumprimento <strong>da</strong> directiva<br />
quadro <strong>da</strong> água.<br />
Não havendo mais intervenções foi submeti<strong>da</strong> à votação tendo sido <strong>de</strong>liberado por<br />
unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong> subscrevê-la, ficando a mesma a fazer parte integrante <strong>de</strong>sta acta.<br />
5 – Subscrição pela Assembleia <strong>Municipal</strong> <strong>da</strong> Declaração sobre a luta contra o<br />
tráfico <strong>de</strong> seres humanos<br />
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Pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Assembleia <strong>Municipal</strong> foi apresenta<strong>da</strong> uma <strong>de</strong>claração sobre a luta<br />
contra o tráfico <strong>de</strong> seres humanos, envia<strong>da</strong> pela Associação Nacional <strong>de</strong> Municípios<br />
Portugueses, propondo a sua análise e discussão:<br />
Não havendo intervenções foi submeti<strong>da</strong> à votação tendo sido <strong>de</strong>liberado por<br />
unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong> subscrevê-la, ficando a mesma a fazer parte integrante <strong>de</strong>sta acta.<br />
6 – Discussão dos Actos <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>.<br />
Foi presente um documento que relata a Activi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>Municipal</strong> no período que me<strong>de</strong>ia<br />
esta Sessão <strong>da</strong> Assembleia <strong>Municipal</strong> e a Sessão Ordinária imediatamente anterior.<br />
Foi ain<strong>da</strong> presente um documento que faz a discriminação dos processos judiciais<br />
pen<strong>de</strong>ntes on<strong>de</strong> a <strong>Câmara</strong> é interveniente e do estado em que se encontram.<br />
Abertas as inscrições intervieram:<br />
Manuel Borges – Diz ter verificado que o trânsito na estra<strong>da</strong> Nacional 11 é caótico<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> <strong>Moita</strong>, Alhos Vedros e Baixa <strong>da</strong> Banheira. Lembra-se, aqui há uns anos, ter<br />
lido na comunicação social local, estar prevista a construção <strong>da</strong> circular regional<br />
exterior <strong>da</strong> <strong>Moita</strong>, não vê outra forma <strong>de</strong> resolver o problema porque todo o trânsito<br />
vem cair na Nacional 11, gostava <strong>de</strong> saber alguma coisa sobre esse projecto.<br />
Tem sido aqui falado sobre o Parque Temático <strong>da</strong> <strong>Moita</strong>, gostaria <strong>de</strong> saber como está<br />
esse projecto.<br />
Edgar Cantante – Relativamente a Alhos Vedros, concretamente nas Morçõas,<br />
levantou este problema durante 8 anos na Assembleia <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Alhos Vedros, <strong>da</strong><br />
qual fazia parte, e a situação não foi altera<strong>da</strong> em na<strong>da</strong> a não ser umas pequenas obras<br />
que fizeram na Estação Elevatória. É frequente <strong>de</strong> 15 em 15 dias ter que telefonar para<br />
os serviços <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> para irem <strong>de</strong>sentupir o colector <strong>da</strong> rua <strong>da</strong>s Morçõas. Não sabe se<br />
é o colector que não tem diâmetro suficiente se é a estação elevatória, esta situação tem<br />
que ter resolução.<br />
Sobre o trânsito em Alhos Vedros, parece-lhe que os semáforos junto à Cleópatra<br />
<strong>de</strong>veriam ser alterados para evitar que as pessoas estejam ali tanto tempo nas entra<strong>da</strong>s<br />
<strong>da</strong>s Arroteias e Morçõas. Tanto o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> como a Senhora<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia lhe disseram que aquilo tinha a ver com a obra <strong>da</strong><br />
Refer porque iria ali surgir uma rotun<strong>da</strong> e que resolveria o problema. Pergunta se não se<br />
sabe que projecto é que é <strong>da</strong> Refer, gostaria <strong>de</strong> saber se a Refer não informa a autarquia<br />
sobre a obra, gostaria <strong>de</strong> saber se a <strong>Câmara</strong> já fez alguma diligência, por escrito, <strong>de</strong><br />
exigir <strong>da</strong> Refer que a informasse do projecto para saber o tipo <strong>de</strong> obras que são <strong>da</strong><br />
responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>.<br />
Sobre a obra <strong>da</strong> Refer, junto ao Lidl, pergunta se a <strong>Câmara</strong> sabe alguma coisa porque<br />
aquela passagem é confrangedora para quem vive na Baixa <strong>da</strong> Banheira.<br />
Gostaria também <strong>de</strong> saber qual é a situação do PDM.<br />
Deixa uma sugestão sobre a urbanização <strong>da</strong> Fonte <strong>da</strong> Prata que implicou um novo<br />
traçado rodoviário <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Matão até ao fim <strong>da</strong> Fonte <strong>da</strong> Prata, logo que possível<br />
<strong>de</strong>veria continuar aquele arranjo.<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>da</strong> <strong>Moita</strong> - Diz que na sessão <strong>da</strong> Assembleia<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Dezembro, votou-se que os 18 elementos <strong>de</strong>signados para o<br />
Conselho <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Segurança dos Ci<strong>da</strong>dãos do Concelho <strong>da</strong> <strong>Moita</strong> seriam<br />
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<strong>de</strong>signados 3 por ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s 6 freguesias do Concelho. Em sessão posterior <strong>da</strong><br />
Assembleia <strong>Municipal</strong> foram apresentados e aceites todos os nomes indicados. Neste<br />
momento há a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> abor<strong>da</strong>r questões fun<strong>da</strong>mentais no que diz respeito à<br />
segurança pública na nossa freguesia, lembrar que votámos uma Moção relativamente<br />
ao posto <strong>da</strong> GNR que neste momento está fechado, solicitava informação para quando a<br />
toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> posse <strong>de</strong>sta Comissão uma vez que existem matérias tão importantes a tratar.<br />
António Chora – Coloca uma questão que tem a ver com um edifício que foi<br />
construído entre a rua <strong>de</strong> Plaisir e a rua Alexandre Herculano. O edifício tem uma<br />
característica que consi<strong>de</strong>ra uma autêntica aberração, tem um esten<strong>da</strong>l <strong>de</strong> roupa a um<br />
metro e cinquenta <strong>de</strong> altura do chão e uns trinta a quarenta centímetros <strong>de</strong> largura que<br />
qualquer invisual que por ali passe é impossível que não bata. Aquilo é a cópia do<br />
edifício que está no outro lado <strong>da</strong> rua, só que o rés- do- chão do outro lado fica a um<br />
metro e noventa <strong>de</strong> altura, juntando a isto a indisciplina dos condutores que colocam os<br />
carros em cima do passeio, como é que uma coisa <strong>de</strong>stas é aprova<strong>da</strong> e passa<strong>da</strong> licença<br />
<strong>de</strong> habitação, numa altura em que tanto se fala em eliminar barreiras para as pessoas<br />
com <strong>de</strong>ficiências.<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Alhos Vedros - Diz que por causa <strong>da</strong>s obras do<br />
Mo<strong>de</strong>lo se faz com dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> a drenagem <strong>da</strong>s águas <strong>da</strong> vala que vem do lado <strong>da</strong><br />
Vinhas <strong>da</strong>s Pedras. Teve informação que aquelas manilhas não estavam à cota <strong>de</strong>vi<strong>da</strong><br />
para que a passagem <strong>da</strong>s águas se fizesse nas melhores condições. Recebeu informação<br />
que essa situação não foi <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente trata<strong>da</strong> pelo construtor tendo levantado a manilha<br />
com areia para ficar à mesma cota. Gostaria <strong>de</strong> saber qual o ponto <strong>da</strong> situação porque<br />
lhe parece muito má solução, o que significará um recuo <strong>da</strong>s águas ain<strong>da</strong> antes <strong>de</strong><br />
chegar à Vinhas <strong>da</strong>s Pedras.<br />
Gostaria ain<strong>da</strong> que houvesse uma actuação mais eficaz por parte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong><br />
junto <strong>de</strong> quem está a construir to<strong>da</strong> a ampliação <strong>da</strong>s faixas <strong>de</strong> ro<strong>da</strong>gem, no sentido <strong>de</strong><br />
prever a segurança, principalmente dos peões e <strong>da</strong>s pessoas que ali atravessam<br />
sobretudo dos que resi<strong>de</strong>m na rua <strong>da</strong> Corça ou <strong>da</strong>queles que têm por habito fazer<br />
caminha<strong>da</strong>s.<br />
Sobre a ampliação e a construção <strong>da</strong>s rotun<strong>da</strong>s <strong>de</strong>seja que esteja tudo a ser visto como<br />
<strong>de</strong>ve ser para no futuro não haver os problemas que já são conhecidos e tradicionais,<br />
sobretudo quando há muita intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> chuva.<br />
Vereador Miguel Canudo – Foram coloca<strong>da</strong>s algumas situações <strong>de</strong> trânsito que<br />
preocupam a todos, sobre a situação concreta que é a entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> Alhos Vedros, antes <strong>da</strong><br />
Cleópatra não se <strong>de</strong>ve pôr ali uma passa<strong>de</strong>ira, enten<strong>de</strong> a <strong>Câmara</strong> que <strong>de</strong>vem ser postas<br />
umas ban<strong>da</strong>s cromáticas no sentido <strong>da</strong> redução <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong><strong>de</strong>, os terrenos á volta são<br />
terrenos privados não po<strong>de</strong>m ser ve<strong>da</strong><strong>da</strong>s.<br />
Sobre a saí<strong>da</strong> <strong>da</strong>s Arroteias e Bairro <strong>da</strong>s Morçõas, vai levar sinalização <strong>de</strong> um lado e do<br />
outro, a situação <strong>da</strong> <strong>de</strong>snivela<strong>da</strong> está um pouco atrasa<strong>da</strong> por isso vai ser colocado um<br />
equipamento <strong>de</strong> semáforos e quando a rotun<strong>da</strong> for construí<strong>da</strong> será <strong>de</strong>pois aplicado<br />
noutro lado, com estas obras o trânsito vai parar um pouco mas <strong>de</strong> certeza que no futuro<br />
irá facilitar a vi<strong>da</strong> a muito mais gente.<br />
Vereadora Vivina Nunes – O barco “A Pombinha” existe, está em Sarilhos Pequenos,<br />
no Estaleiro, está em más condições, está muito <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>do. Foi feita uma avaliação <strong>da</strong><br />
sua recuperação, só que o orçamento é extremamente caro, ron<strong>da</strong> os duzentos e<br />
cinquenta mil euros, o próprio esqueleto do barco está <strong>da</strong>nificado tinha que ser feito um<br />
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A S S E M B L E I A M U N I C I P A L D A M O I T A<br />
bote <strong>de</strong> meia quilha novo aproveitando a estrutura que tem. A <strong>Câmara</strong> está atenta e a<br />
tentar arranjar financiamento, este tipo <strong>de</strong> embarcações são uma preocupação do<br />
Município e são para manter. O Boa Viagem não esteve este ano a circular porque<br />
esteve em recuperação e os valores não foram baratos, foram entre os oitenta e noventa<br />
mil euros, houve um financiamento que não suportou a totali<strong>da</strong><strong>de</strong> e a <strong>Câmara</strong> ain<strong>da</strong> teve<br />
<strong>de</strong> investir bastante.<br />
Sr. Vice - Presi<strong>de</strong>nte – Informa que a Circular externa <strong>da</strong> <strong>Moita</strong> é um projecto que se<br />
mantém válido, mas como foi noticiado na altura o essencial <strong>da</strong> sua concretização<br />
acompanha a expansão urbana que possa vir a acontecer ao longo <strong>da</strong>quele eixo.<br />
Acompanha a expansão na medi<strong>da</strong> em que é <strong>de</strong>corrente do loteamento <strong>de</strong> alguns<br />
terrenos anexos ou próximos <strong>de</strong>sta via projecta<strong>da</strong> que serão cedidos e imputados os<br />
custos e a execução <strong>da</strong> própria obra, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o principio foi prevista como uma obra a ser<br />
executa<strong>da</strong> na sua quase totali<strong>da</strong><strong>de</strong> por particulares interessados no aproveitamento dos<br />
seus territórios e cuja contraparti<strong>da</strong> a impor-se, será a execução <strong>da</strong>quela via. Dado que<br />
os particulares an<strong>da</strong>m ao ritmo que eles próprios <strong>de</strong>finem não há forma <strong>de</strong> obrigar<br />
alguém a avançar mais ou menos <strong>de</strong>pressa com o loteamento. Alguns troços estão<br />
projectados para zonas que só terão capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> urbanística e só serão <strong>de</strong>safecta<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s<br />
classificações que têm hoje com o futuro Plano Director on<strong>de</strong> o traçado <strong>da</strong> CREME<br />
vem consagrado. Ele hoje não existe no actual Plano, também a execução <strong>da</strong> CREME<br />
está em parte <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> conclusão <strong>da</strong> revisão do Plano Director.<br />
Já que foi perguntado a situação do Plano Director <strong>Municipal</strong>, prevemos levar durante o<br />
mês <strong>de</strong> Outubro a <strong>de</strong>liberação <strong>de</strong> <strong>Câmara</strong> a resposta ao inquérito público que foi<br />
realizado no ano <strong>de</strong> 2005 e a partir <strong>da</strong>í avançar para a fase seguinte que será <strong>de</strong>pois<br />
apresentar as nossas propostas <strong>de</strong> resposta ao inquérito público à Comissão <strong>de</strong><br />
Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Desenvolvimento Regional para que esta se prenuncie em <strong>de</strong>finitivo<br />
sobre as mesmas e possamos vir a aprovar o Plano.O trabalho ain<strong>da</strong> não está concluído<br />
e este interregno na preparação <strong>da</strong>s respostas ao inquérito público tem a ver com o facto<br />
<strong>de</strong> termos estado a aguar<strong>da</strong>r a publicação do novo regime <strong>da</strong> Reserva Ecológica<br />
Nacional, que foi anuncia<strong>da</strong> a sua aprovação ain<strong>da</strong> antes do Verão mas só veio a ser<br />
publica<strong>da</strong> no mês <strong>de</strong> Setembro. A questão <strong>da</strong> Reserva Ecológica é uma <strong>da</strong>s questões<br />
mais <strong>de</strong>bati<strong>da</strong>s no âmbito <strong>de</strong>sta discussão pública e portanto enten<strong>de</strong>mos que não faria<br />
sentido avançar com uma proposta final sem conhecer as novi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que a lei pu<strong>de</strong>sse<br />
trazer e <strong>de</strong> que forma elas afectariam o nosso Concelho. Agora que a lei já foi publica<strong>da</strong><br />
está-se a concluir a sua análise.<br />
Sobre o Parque Temático o projecto está a avançar ao ritmo que é possível neste<br />
momento, é um ritmo <strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong> estudos prévios por parte dos promotores e <strong>de</strong><br />
apresentação <strong>de</strong> esses mesmos estudos à CCDR que não tinha ain<strong>da</strong> tomado<br />
conhecimento directo com as intenções dos promotores, eles efectuaram um estudo<br />
prévio apresentaram à CCDR e têm também a <strong>de</strong>correr junto <strong>da</strong> API a tentativa <strong>de</strong><br />
obterem a <strong>de</strong>claração <strong>da</strong>quele projecto como <strong>de</strong> interesse nacional para assim<br />
facilitarem todos os procedimentos subsequentes.<br />
As obras <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização <strong>da</strong> linha iniciaram-se por parte <strong>de</strong> uma equipa constituí<strong>da</strong><br />
pela Refer no ano <strong>de</strong> 2000, entraram em contacto com a <strong>Câmara</strong> para acompanhamento<br />
<strong>de</strong> execução dos projectos, disponibilização <strong>de</strong> terrenos, articulação entre as intenções<br />
<strong>de</strong>les e o planeamento do território em vigor e anunciámos na altura que as indicações<br />
que tinham <strong>da</strong> sua tutela eram que em 2004 os trabalhos tinham que estar concluídos,<br />
como é visível os trabalhos em 2004 não estavam concluídos e tem havido algumas<br />
convulsões ao nível <strong>da</strong> Refer que conduzem a coisas que são difíceis <strong>de</strong> perceber. Em<br />
2003 ficaram fechados, do nosso ponto <strong>de</strong> vista e do ponto <strong>de</strong> vista <strong>da</strong> equipa <strong>da</strong> Refer,<br />
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os projectos <strong>da</strong>s duas gran<strong>de</strong>s obras que são as passagens <strong>de</strong>snivela<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Augusto Gil<br />
com ligação à ex-estra<strong>da</strong> Nacional junto ao Lidl e a <strong>da</strong>s Arroteias com ligação à exestra<strong>da</strong><br />
Nacional, com projectos que estavam prontos para avançar para um concurso <strong>de</strong><br />
execução, no entanto as administrações <strong>da</strong> REFER já mu<strong>da</strong>ram várias vezes. Foi com<br />
alguma surpresa que vimos em 2005 ser anunciado o lançamento <strong>de</strong> um concurso <strong>de</strong><br />
concessão/construção, ou seja na prática aqueles projectos foram metidos algures numa<br />
gaveta e avançou-se para concursos <strong>de</strong> concessão/construção. Mas as surpresas não<br />
ficaram por aí é que os concursos <strong>de</strong>correram durante o ano <strong>de</strong> 2005, as informações<br />
que temos <strong>de</strong> há cerca <strong>de</strong> um ano era que estava tudo pronto, a empresa escolhi<strong>da</strong>, o<br />
concurso estava concluído estavam prontos para avançar. No entanto, por razões que a<br />
própria administração <strong>da</strong> Refer conhecerá, não as conhecemos, o processo foi parado<br />
não houve avanço nenhum até ao momento e as ultimas informações que temos, não<br />
oficiais, porque não são directamente <strong>da</strong> Administração <strong>da</strong> Refer, são dos técnicos que<br />
vão tendo alguns contactos com os técnicos municipais, é que iriam iniciar as obras no<br />
último trimestre <strong>de</strong> <strong>2006</strong>, mas aguar<strong>da</strong>mos.<br />
Sobre a Comissão <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Segurança dos Ci<strong>da</strong>dãos não acompanha directamente<br />
esse processo e não po<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r com pormenor a não ser acrescentando um facto<br />
que não explica tudo, mas que contribui <strong>de</strong> alguma forma para a <strong>de</strong>sarticulação neste<br />
âmbito, a técnica que acompanha este sector ter problemas muito graves e estar ausente<br />
do serviço há algum tempo.<br />
A questão coloca<strong>da</strong> pelo senhor Chora vai ser vista, são situações que não <strong>de</strong>vem existir<br />
e que <strong>de</strong>vem ser corrigi<strong>da</strong>s vai pedir aos serviços para verem o que é que se passa e<br />
como é que se resolve. As obras <strong>da</strong> Vinhas <strong>da</strong>s Pedras pararam e as obras relativamente<br />
à rotun<strong>da</strong> e ao atravessamento subterrâneo pararam porque houve uma intervenção por<br />
parte dos fiscais <strong>da</strong> CCDR dizendo que não permitiam que a obra continuasse sem<br />
averiguarem em <strong>de</strong>talhe o projecto e sem <strong>da</strong>rem o parecer. Os projectos foram<br />
apresentados e aguar<strong>da</strong> - se a emissão <strong>de</strong>sse parecer e <strong>da</strong> respectiva autorização para que<br />
as obras prossigam e <strong>da</strong>í que não tenha sido feito mais na<strong>da</strong>. Houve alertas <strong>de</strong> que<br />
alguma coisa não estaria bem mas não houve sequer oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> corrigir, porque<br />
houve esta situação que ain<strong>da</strong> não está ultrapassa<strong>da</strong>.<br />
Há já vários anos que o RECRIA é aplicado no Concelho <strong>da</strong> <strong>Moita</strong>, aliás não podia<br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser porque é um processo <strong>de</strong> âmbito nacional e cuja iniciativa parte dos<br />
particulares que <strong>de</strong>sejam restaurar, recuperar as suas habitações e que têm condições<br />
<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s nesse próprio programa para candi<strong>da</strong>turas ao RECRIA. Durante alguns anos,<br />
até ao último man<strong>da</strong>to e até à última revisão legislativa, todos os processos do RECRIA<br />
eram objecto <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberação camarária e eram frequentes as aprovações. Neste momento<br />
são uma competência já <strong>de</strong>lega<strong>da</strong> mas continua a existir. O RECRIA, como outros<br />
processos no âmbito <strong>da</strong> habitação, tem uma componente indispensável <strong>da</strong> parte dos<br />
proprietários, dos moradores que são eles que têm que tomar a iniciativa porque é a eles<br />
que compete também uma parte dos encargos financeiros e como sabemos nas zonas<br />
antigas às vezes a vonta<strong>de</strong> existe mas os meios nem por isso.<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Mesa – Relembra que em relação à mo<strong>de</strong>rnização <strong>da</strong> linha Barreiro<br />
Pinhal Novo, esta Assembleia já tomou posição no sentido para fazer pressão para que a<br />
Refer e o Governo avançassem com essa mo<strong>de</strong>rnização que tanta falta faz aos<br />
moradores do Concelho e não só. Infelizmente essa posição não foi toma<strong>da</strong> por<br />
unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong>, esta linha é uma linha estruturante e que mais tar<strong>de</strong> ou mais cedo irá<br />
concretizar-se, até porque ela irá articular com a construção <strong>de</strong> uma 3.ª Travessia do<br />
Tejo e do TJV.<br />
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Quer fazer uma pergunta à <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> e ao mesmo tempo <strong>da</strong>r uma informação à<br />
Assembleia, foi convi<strong>da</strong>do como Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>sta Assembleia, pelo Ministro do<br />
Ambiente e Or<strong>de</strong>namento do Território e Or<strong>de</strong>namento Regional, para a assinatura do<br />
protocolo dos Projectos dos Bairros Críticos, na segun<strong>da</strong> feira às 15.00 horas no Centro<br />
<strong>de</strong> Congressos <strong>de</strong> Lisboa. Houve algumas dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s, estão expressas nas páginas 6 e<br />
7 do relatório em que se diz que “estão a fazer todos os esforços com o INH para<br />
encontrar uma parceria”, mas julga que tem havido algumas dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s, umas normais<br />
e outras anormais, gostaria <strong>de</strong> saber e certamente to<strong>da</strong> a Assembleia, <strong>de</strong> como é que<br />
está a <strong>de</strong>correr esse processo.<br />
António Costa – Coloca duas questões, a primeira surge na consequência do que foi<br />
dito pelo Sr. Vice- Presi<strong>de</strong>nte sobre a questão do Plano Director. Tinha i<strong>de</strong>ia que o<br />
Plano Director <strong>de</strong>veria ser sujeito a mais um pouco <strong>de</strong> esclarecimento e a ser sujeito a<br />
um novo período <strong>de</strong> discussão pública, o Sr. Vice- Presi<strong>de</strong>nte referiu-se às respostas que<br />
iriam ser <strong>da</strong><strong>da</strong>s relativas à anterior discussão pública, tanto num caso como no outro<br />
gostaria <strong>de</strong> ter uma i<strong>de</strong>ia do tempo que vai levar este novo processo.<br />
A outra questão tem a ver com um acto recente <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>, sobre o qual gostaria que<br />
tivessem um pouco <strong>de</strong> paciência. Na Freguesia <strong>de</strong> Sarilhos Pequenos há cerca <strong>de</strong> 30<br />
anos existiam dois cantoneiros <strong>de</strong> limpeza, o Sr. António e o Sr. Constantino. O Sr.<br />
António reformou-se e para o lugar <strong>de</strong>le foi um Sr. José Romão, à 20 anos a Freguesia<br />
<strong>de</strong> Sarilhos Pequenos tinha dois cantoneiros <strong>de</strong> limpeza, como o Sr. José Romão saiu<br />
entrou outra pessoa para o lugar <strong>de</strong>le e continuamos com 2 cantoneiros. Há cerca <strong>de</strong> 19<br />
anos com a reforma do Sr. Zacarias entrou um outro cantoneiro <strong>de</strong> limpeza <strong>de</strong> Sarilhos<br />
Pequenos, chama-se João Fernan<strong>de</strong>s, que esteve um largo período a acompanhar o Sr.<br />
Constantino que entretanto faleceu e o João Fernan<strong>de</strong>s assegurou a limpeza do espaço<br />
urbano <strong>de</strong> Sarilhos nos últimos 19 anos. Enten<strong>de</strong>u-se na altura, talvez pela i<strong>da</strong><strong>de</strong>, e<br />
porque a Freguesia <strong>de</strong> Sarilhos na área urbana não se po<strong>de</strong>ria consi<strong>de</strong>rar gran<strong>de</strong>, mas<br />
percebeu-se que o João Fernan<strong>de</strong>s <strong>da</strong>va conta do recado. Entretanto nos últimos 4 ou 5<br />
anos a Freguesia <strong>de</strong> Sarilhos Pequenos aumentou a sua área urbana e há cerca <strong>de</strong> 3 ou 4<br />
anos têm-se vindo a colocar algumas questões à <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, revelando<br />
preocupação porque o João Fernan<strong>de</strong>s passou a não <strong>da</strong>r conta do recado tendo em<br />
consi<strong>de</strong>ração o aumento <strong>da</strong> área urbana. É uma situação que se arrasta, a <strong>Câmara</strong> não<br />
tem satisfeito os diversos pedidos os diversos alertas por parte <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia, há<br />
cerca <strong>de</strong> um ano colocou-se a questão <strong>da</strong> eventual <strong>de</strong>slocação a Sarilhos uma vez por<br />
semana <strong>da</strong> varredora mecânica, foi feito durante dois meses, passámos a ter a<br />
informação semanal <strong>de</strong> que a varredora mecânica à quarta feira, por azar, estaria<br />
avaria<strong>da</strong>, o que aconteceu durante 10 meses. O Executivo <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia tem<br />
vindo a fazer um gran<strong>de</strong> esforço <strong>de</strong> sensibilização junto <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> no sentido <strong>de</strong><br />
resolver o problema, não o tem conseguido, na ultima reunião <strong>da</strong> Assembleia <strong>de</strong><br />
Freguesia a Mesa <strong>da</strong> Assembleia <strong>de</strong>cidiu submeter à votação uma Moção no sentido <strong>de</strong><br />
ela também sensibilizar a <strong>Câmara</strong> para o problema.<br />
Na última reunião <strong>de</strong> <strong>Câmara</strong> pública <strong>de</strong>scentraliza<strong>da</strong>, que foi em Sarilhos Pequenos,<br />
todos os membros do executivo <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia e membros <strong>da</strong> Assembleia<br />
fizeram com que a <strong>Câmara</strong> sentisse o problema. Entretanto o João Fernan<strong>de</strong>s estava no<br />
período <strong>de</strong> férias, enquanto estava <strong>de</strong> férias foi colocado em Sarilhos um outro<br />
cantoneiro <strong>de</strong> limpeza, a questão manteve-se, um só cantoneiro não dá conta do recado,<br />
no entanto a <strong>Câmara</strong> neste mês <strong>de</strong> Setembro mandou a Sarilhos uma equipa <strong>de</strong> limpeza,<br />
sendo uma <strong>de</strong>las bastante significativa, nas vésperas <strong>da</strong>s festas <strong>de</strong> Sarilhos.<br />
Ontem tomou conhecimento que a <strong>Câmara</strong> tinha <strong>de</strong>cidido, ao fim <strong>de</strong> 19 anos, retirar o<br />
João Fernan<strong>de</strong>s como cantoneiro <strong>de</strong> limpeza <strong>de</strong> Sarilhos e transferi-lo para a <strong>Moita</strong><br />
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<strong>de</strong>ixando no lugar <strong>de</strong>le o cantoneiro que foi substitui-lo no período <strong>de</strong> férias. Isto em si<br />
não merece gran<strong>de</strong>s reparos não fosse o João ser um individuo com características<br />
muito especiais, é portador <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>ficiência com alguma gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>, é um individuo<br />
que tem problemas <strong>de</strong> inserção social que não são fáceis, a <strong>Câmara</strong> sabe que o João não<br />
<strong>de</strong>ve ser afastado do meio on<strong>de</strong> ele se sente em segurança e à vonta<strong>de</strong>, a <strong>Câmara</strong> tem<br />
também conhecimento que o João não reage bem a <strong>de</strong>terminado tipo <strong>de</strong> pressão, pressão<br />
essa que po<strong>de</strong> surgir <strong>de</strong> uma forma inconveniente tendo em consi<strong>de</strong>ração a <strong>de</strong>ficiência<br />
que tem, portanto é um problema que se po<strong>de</strong> tornar ou assumir alguma gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> em<br />
termos sociais.<br />
Não quer fazer nenhum processo <strong>de</strong> intenção, não quer tecer nenhuma consi<strong>de</strong>ração<br />
complica<strong>da</strong> apesar <strong>de</strong> achar muito estranho que ao fim <strong>de</strong> 19 anos e na sequência <strong>de</strong><br />
alguma pressão consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> por parte do Sr. Vereador do Pelouro, ele próprio fez<br />
questão <strong>de</strong> referir isso ao Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Junta. Não quer associar <strong>de</strong> forma maldosa este<br />
ultimo acto <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> quer apenas <strong>de</strong>ixar aqui um apelo para que se reveja esta<br />
situação, para que não façamos associações menos próprias mas sobretudo para que o<br />
João Fernan<strong>de</strong>s não fique sujeito a qualquer tipo <strong>de</strong> problema que inclusivamente po<strong>de</strong><br />
causar problemas à própria <strong>Câmara</strong>.<br />
Manuel Borges – Diz que no mês <strong>de</strong> Julho notou que havia uma pequena fuga <strong>de</strong> água<br />
na sua rua, procurou na factura se havia algum número <strong>de</strong> telefone para este tipo <strong>de</strong><br />
situação mas não havia. Dirigiu-se ao Matão e fez a comunicação <strong>de</strong>ssa pequena fuga <strong>de</strong><br />
água, era sexta feira, passou o fim <strong>de</strong> semana e reparou que a fuga <strong>de</strong> água aumentava,<br />
só na quinta feira seguinte é que lá foram arranjar, alguma coisa correu mal.<br />
Após estas intervenções o Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Mesa <strong>de</strong>u a palavra à <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>:<br />
Vereador Victor Cabral – Diz que a solicitação <strong>de</strong> uma explicação, por parte <strong>da</strong><br />
senhora Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Alhos Vedros, relativamente à questão <strong>da</strong><br />
rotun<strong>da</strong> que irá ser construí<strong>da</strong> em cima <strong>da</strong> Vala Real tem muita pertinência porque em<br />
to<strong>da</strong> aquela zona assistimos a cheias porque coincidiu com períodos <strong>de</strong> marés eleva<strong>da</strong>s.<br />
Isto quer dizer que o piso <strong>da</strong> estra<strong>da</strong> actual está numa quota muito baixa e nestas<br />
situações as tampas rebentam e to<strong>da</strong> a água do esgoto sai para fora. Na noite em que<br />
houve gran<strong>de</strong>s temporais o trânsito esteve cortado em to<strong>da</strong> aquela zona obrigando a um<br />
<strong>de</strong>svio pelo Vale <strong>da</strong> Amoreira.<br />
A sua preocupação e a <strong>da</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Alhos Vedros é que perante o<br />
investimento que está a ser feito naquela zona, e é um investimento elevado apesar <strong>de</strong><br />
ser investimento <strong>de</strong> particulares, dos promotores que construíram o Mo<strong>de</strong>lo, é um<br />
investimento que <strong>de</strong> outra forma seria a <strong>Câmara</strong> a fazê-lo, crê que é <strong>de</strong> todo o interesse<br />
que ele seja bem feito para que <strong>da</strong>qui a pouco tempo não haja outra vez situações <strong>da</strong><br />
mesma natureza.<br />
Acha que a resposta do Sr. Vice- Presi<strong>de</strong>nte foi muito curta, <strong>de</strong>veria ser mais completa<br />
no sentido <strong>de</strong> esclarecer sobre se está a ser prevista a situação <strong>de</strong> futuras cheias, com a<br />
previsão, e isso é um <strong>da</strong>do adquirido <strong>da</strong> subi<strong>da</strong> do nível do rio, gostaria <strong>de</strong> saber se essa<br />
situação está a ser acautela<strong>da</strong>.<br />
Vereador Carlos Santos – Informa o Senhor Manuel Borges <strong>da</strong> forma como funciona a<br />
questão <strong>da</strong>s roturas, há uma inventariação do que se passa e os serviços viram que ali a<br />
priori<strong>da</strong><strong>de</strong> po<strong>de</strong>ria aguentar mais, foi ao fim <strong>de</strong> uma semana, tomara a <strong>Câmara</strong> ter<br />
capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para respon<strong>de</strong>r imediatamente a to<strong>da</strong>s as intervenções.<br />
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Sobre o exposto pelo senhor António Manuel não está com processo <strong>de</strong> intenções contra<br />
alguém que faz limpeza há 19 anos em Sarilhos Pequenos. A <strong>Câmara</strong> tem 100<br />
trabalhadores, fez uma rotina <strong>de</strong> vários trabalhadores não foi <strong>de</strong> ninguém em especial,<br />
calhou aquele, <strong>da</strong>qui por um mês ou dois ele voltará assim como outros, não há mais<br />
na<strong>da</strong> e quem não se sente não é filho <strong>de</strong> boa gente, o António Manuel conhece-o há<br />
muitos anos e não diga e que ninguém em Sarilhos Pequenos diga, que é um processo<br />
<strong>de</strong> intenção.<br />
Sr. Vice- Presi<strong>de</strong>nte – Diz que o processo <strong>de</strong> discussão com os parceiros envolvidos no<br />
programa <strong>de</strong> apoio aos Bairros Críticos tem vindo a <strong>de</strong>senrolar-se nos últimos meses<br />
com a participação <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia do Vale <strong>da</strong> Amoreira,<br />
<strong>da</strong>s Associações Locais, <strong>da</strong>s instituições <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong> Administração Central e<br />
chegou-se agora à fase <strong>da</strong> assinatura do protocolo.<br />
Não tem condições <strong>de</strong> informar, agora, sobre os <strong>de</strong>talhes do protocolo e as verbas que<br />
vão ser atribuí<strong>da</strong>s, no entanto aquilo que levou as Autarquias do Concelho, quer a<br />
<strong>Câmara</strong> quer a Junta <strong>de</strong> Freguesia, a participarem neste programa como parceiro é a<br />
perspectiva <strong>de</strong> que este programa seja mais um contributo para melhorar as condições<br />
<strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e situações que necessitam <strong>de</strong> atenção por parte <strong>da</strong>s autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s no Vale <strong>da</strong><br />
Amoreira. Como outros programas, este por si só, não vai resolver todos os problemas,<br />
mas é um contributo e as verbas que vão ser protocola<strong>da</strong>s caso venham a ser cumpri<strong>da</strong>s,<br />
e temos que partir do pressuposto que venham a ser, serão importantes. Diz, neste caso,<br />
caso venham a ser cumpri<strong>da</strong>s porque ninguém <strong>de</strong>seja que aconteça o mesmo que<br />
aconteceu com o PROQUAL que também teve a assinatura <strong>de</strong> um protocolo entre o<br />
Município e a Administração Central, realiza<strong>da</strong> na Baixa <strong>da</strong> Banheira, com o maior<br />
número <strong>de</strong> Ministros e Secretários <strong>de</strong> Estado algumas vez presentes no Município que<br />
abriu muito boas perspectivas para investimento nas freguesias <strong>da</strong> Baixa <strong>da</strong> Banheira e<br />
Vale <strong>da</strong> Amoreira e a ver<strong>da</strong><strong>de</strong> é que cinco anos passados ficou por menos <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> o<br />
cumprimento <strong>de</strong>sse protocolo, em termos <strong>de</strong> dotações financeiras, e o programa fechou<br />
e algumas <strong>da</strong>s intenções que existiam, relativamente a esse programa a <strong>Câmara</strong> vai<br />
tentar <strong>da</strong>r-lhe continui<strong>da</strong><strong>de</strong> no âmbito <strong>de</strong>ste projecto dos Bairros Críticos.<br />
Sobre a questão do PDM coloca<strong>da</strong> pelo Sr. António Costa só haverá uma nova<br />
discussão pública se a CCDR enten<strong>de</strong>r que as propostas apresenta<strong>da</strong>s e as respostas são<br />
<strong>de</strong> tal monta que obrigam a nova discussão. É uma <strong>de</strong>liberação que é <strong>de</strong>ntro, pensamos<br />
que aquilo que vamos propor não tem razão para necessitar <strong>de</strong> nova discussão mas a<br />
palavra final é <strong>da</strong> CCDR, veremos o que acontece.<br />
Prazos é difícil dizer, estamos a trabalhar para apresentar na reunião publica <strong>de</strong> Outubro<br />
a proposta do PDM, dois ou três dias <strong>de</strong>pois está na CCDR, a partir <strong>da</strong>í há um prazo que<br />
não controlamos. A CCDR po<strong>de</strong> achar que as questões são simples e <strong>da</strong>r uma resposta<br />
rápi<strong>da</strong>, po<strong>de</strong> achar que são mais complexas e <strong>da</strong>r uma resposta mais <strong>de</strong>mora<strong>da</strong>.<br />
Aten<strong>de</strong>ndo a todo o processo do PDM e aos anos que ele já <strong>de</strong>mora diria que não há<br />
razões para excessivos optimismos.<br />
A questão <strong>da</strong> Vala Real, entre os Vereadores discutirão este assunto noutros locais as<br />
vezes que forem necessárias, mas aquele projecto como qualquer outro projecto feito no<br />
Município tem sido acompanhado tecnicamente, temos técnicos com capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> e com<br />
conhecimento suficiente para avaliar os projectos e para <strong>da</strong>r resposta aos problemas<br />
existentes portanto, com a maior <strong>da</strong>s naturali<strong>da</strong><strong>de</strong>s tem que respon<strong>de</strong>r que concerteza<br />
este projecto vai ser bem feito e que vai respon<strong>de</strong>r aos problemas que lhe estejam<br />
inerentes.<br />
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António Costa – Diz que a resposta que o Vereador Carlos Santos lhe <strong>de</strong>u foi<br />
exactamente a que <strong>de</strong>u ao Executivo <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia hoje à tar<strong>de</strong>. Enquanto<br />
membro <strong>da</strong> Assembleia, até seria <strong>de</strong> bom-tom que o Sr. Vereador se alongasse um<br />
pouco mais sobre este assunto, quer no entanto que fique registado para que todos<br />
saibam o seguinte: o João Fernan<strong>de</strong>s tem problemas <strong>de</strong> inserção social graves, espera<br />
que nos próximos tempos não haja nenhum problema com ele. Quer também referir, e<br />
permita-lhe o Sr. Carlos Santos pôr em causa a gestão camarária, é membro <strong>da</strong><br />
Assembleia <strong>Municipal</strong> e po<strong>de</strong> fazê-lo, o João não resolvia o problema em Sarilhos mas<br />
era um mal menor tem a certeza absoluta que o João para on<strong>de</strong> vai não resolve qualquer<br />
problema vai agravar, portanto este acto <strong>de</strong> gestão é discutível neste aspecto, é que não<br />
resolve nenhum problema não melhora em na<strong>da</strong> aquilo que é a limpeza no Concelho.<br />
Quer também referir ao Sr. Vereador Carlos Santos o seguinte: os últimos<br />
acontecimentos em Sarilhos têm uma repercussão maior, o Executivo <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong><br />
Freguesia teve manifestações complica<strong>da</strong>s por parte <strong>de</strong> muita gente em Sarilhos,<br />
inclusivamente os familiares do João, fazendo notar o profundo <strong>de</strong>sagrado <strong>de</strong>sta,<br />
situação mas com uma condicionante curiosa é que os bandidos eram o Executivo <strong>da</strong><br />
Junta <strong>de</strong> Freguesia.<br />
É no mínimo estranho que, ao fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>zanove anos aquele cantoneiro em especial,<br />
porque tem problemas complicadíssimos, tenha entrado agora neste esquema <strong>de</strong><br />
mobili<strong>da</strong><strong>de</strong>, quer também referir que o Sr. Vereador <strong>de</strong>u uma previsão <strong>de</strong>sta mobili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
em termos <strong>de</strong> tempo, cerca <strong>de</strong> dois meses, aguar<strong>da</strong>r-se-á para ver o que se vai passar.<br />
Sarilhos continua apesar <strong>de</strong> tudo com um cantoneiro <strong>de</strong> limpeza, o pedido <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong><br />
Freguesia era para que fossem dois ou na falta <strong>de</strong> mais algum no mínimo enviar a<br />
Sarilhos periodicamente as máquinas porque não fazem nenhuma questão que seja<br />
colocado em Sarilhos mais um cantoneiro <strong>de</strong> limpeza o que querem é que Sarilhos<br />
esteja limpa esperam que o futuro não lhes reserve alguma surpresa em relação ao João<br />
Fernan<strong>de</strong>s.<br />
Não havendo mais intervenções, foi li<strong>da</strong> a <strong>Acta</strong> em Minuta a qual, não havendo<br />
objecções, foi submeti<strong>da</strong> à votação tendo sido aprova<strong>da</strong> por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong>, para efeitos<br />
<strong>de</strong> aplicação imediata.<br />
Não havendo mais na<strong>da</strong> a tratar, foi encerra<strong>da</strong> a Sessão eram 00.30 horas do dia 30 <strong>de</strong><br />
Setembro <strong>de</strong> <strong>2006</strong><br />
O Presi<strong>de</strong>nte,<br />
1.ª Secretária,<br />
2.ª Secretária<br />
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