Volvo de sigmóide - (DDI) - UNIFESP
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Journal Club<br />
10/03/2010<br />
Levsky JM, Den EI, DuBrow RA, Wolf EL, Rozenblit AM<br />
Departamento <strong>de</strong> Radiologia<br />
Montefiore Medical Center<br />
Albert Einstein College of Medicine<br />
Nova Iorque - EUA<br />
AJR 2010; 194:136-143<br />
Apresentador: E4 Adriano Liguori<br />
Orientador: Dr. Dario Tiferes
Introdução<br />
Torção anormal do cólon sigmói<strong>de</strong> no eixo mesenterial,<br />
cursando com obstrução em alça fechada<br />
Terceira causa <strong>de</strong> obstrução colônica após câncer e<br />
diverticulite<br />
Sintomas inespecíficos associados a gran<strong>de</strong> prevalência <strong>de</strong><br />
doença neuropsiquiátrica tornam o diagnóstico difícil<br />
Apesar do uso frequente da TC nos casos <strong>de</strong> dor abdominal<br />
inespecífica, não existem estudos avaliando sua utilida<strong>de</strong> no<br />
volvo <strong>de</strong> sigmói<strong>de</strong>
Objetivo<br />
Avaliar a sensibilida<strong>de</strong> da TC e a utilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> novos sinais<br />
tomográficos na <strong>de</strong>tecção do volvo <strong>de</strong> sigmói<strong>de</strong>
Materiais e métodos<br />
Revisão retrospectiva <strong>de</strong> pacientes que receberam alta<br />
hospitalar com diagnóstico <strong>de</strong> volvo <strong>de</strong> sigmói<strong>de</strong> confirmado<br />
por colonoscopia, cirurgia ou anatomopatológico e com TC<br />
antes <strong>de</strong> procedimento invasivo - n = 21<br />
Técnica TC (GE Healthcare):<br />
– Multi<strong>de</strong>tectores: 4 e 64 canais (0,625 – 2,5 mm) – n = 8 e 9<br />
– Single slice (5 mm) – n = 4<br />
– Contraste IV – n = 17<br />
– Contraste VO – n = 19
Materiais e métodos<br />
Três radiologistas do abdome experientes (24, 29 e 30 anos)<br />
Examinadores cientes do volvo <strong>de</strong> sigmói<strong>de</strong>, porém cegos<br />
para dados clínicos<br />
Análise <strong>de</strong> radiografias simples do abdome (n=8),<br />
escanogramas (n=13) e tomografias<br />
Discordância <strong>de</strong> achados resolvida em consenso<br />
Calculados sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada sinal e intervalo <strong>de</strong><br />
confiança <strong>de</strong> 95%, além <strong>de</strong> índice Kappa
Materiais e métodos<br />
Radiografias e escanogramas<br />
1. Aumento disproporcional do sigmói<strong>de</strong><br />
2. Sinal do “U invertido”<br />
3. Sinal do “Grão <strong>de</strong> café”<br />
4. Localização do ápice da alça distendida<br />
5. Sobreposição a sombra hepática<br />
6. Extensão do sigmói<strong>de</strong> para hemidiafragma esquerdo<br />
7. Posição cefálica do sigmói<strong>de</strong> em relação ao transverso “sinal do hemisfério<br />
norte”<br />
8. Dilatação colônica proximal<br />
9. Ausência <strong>de</strong> gás retal<br />
Graduação da impressão final<br />
– In<strong>de</strong>terminado: sem indício radiológico<br />
– Provável: sugestivo <strong>de</strong> volvo<br />
– Clássico: típico <strong>de</strong> volvo
Radiografias e escanogramas<br />
1. Aumento disproporcional do<br />
sigmói<strong>de</strong><br />
2. Sinal do “U invertido”<br />
3. Sinal do “Grão <strong>de</strong> café”<br />
4. Localização do ápice da alça<br />
distendida<br />
5. Sobreposição a sombra<br />
hepática<br />
6. Extensão do sigmói<strong>de</strong> para<br />
hemidiafragma esquerdo<br />
7. Posição cefálica do sigmói<strong>de</strong><br />
em relação ao transverso “sinal<br />
do hemisfério norte”<br />
8. Dilatação colônica proximal<br />
9. Ausência <strong>de</strong> gás retal<br />
Materiais e métodos
Radiografias e escanogramas<br />
1. Aumento disproporcional do<br />
sigmói<strong>de</strong><br />
2. Sinal do “U invertido”<br />
3. Sinal do “Grão <strong>de</strong> café”<br />
4. Localização do ápice da alça<br />
distendida<br />
5. Sobreposição a sombra<br />
hepática<br />
6. Extensão do sigmói<strong>de</strong> para<br />
hemidiafragma esquerdo<br />
7. Posição cefálica do sigmói<strong>de</strong><br />
em relação ao transverso “sinal<br />
do hemisfério norte”<br />
8. Dilatação colônica proximal<br />
9. Ausência <strong>de</strong> gás retal<br />
Materiais e métodos
Materiais e métodos<br />
Tomografias computadorizadas<br />
1. Aumento disproporcional do sigmói<strong>de</strong><br />
2. Grau <strong>de</strong> dilatação do sigmói<strong>de</strong><br />
3. Dilatação colônica proximal<br />
4. Descompressão retal<br />
5. Sinal do “re<strong>de</strong>moinho”<br />
6. Número <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> transição no sigmói<strong>de</strong><br />
7. Dois pontos <strong>de</strong> transição do sigmói<strong>de</strong> que se cruzam (sinal do “X do<br />
problema”)<br />
8. Separação da pare<strong>de</strong> do sigmói<strong>de</strong> por gordura mesentérica (sinal da<br />
“pare<strong>de</strong> dividida”)<br />
Graduação da impressão final<br />
– Não evi<strong>de</strong>nte: sem evidência<br />
– Possível: evidências po<strong>de</strong>m representar volvo<br />
– Provável: sugestiva <strong>de</strong> volvo<br />
– Definitiva: típica <strong>de</strong> volvo
Tomografias computadorizadas<br />
1. Aumento disproporcional do<br />
sigmói<strong>de</strong><br />
2. Grau <strong>de</strong> dilatação do sigmói<strong>de</strong><br />
3. Dilatação colônica proximal<br />
4. Descompressão retal<br />
5. Sinal do “re<strong>de</strong>moinho”<br />
6. Número <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> transição<br />
no sigmói<strong>de</strong><br />
7. Dois pontos <strong>de</strong> transição do<br />
sigmói<strong>de</strong> que se cruzam (sinal<br />
do “X do problema”)<br />
8. Separação da pare<strong>de</strong> do<br />
sigmói<strong>de</strong> por gordura<br />
mesentérica (sinal da “pare<strong>de</strong><br />
dividida”)<br />
Materiais e métodos
Tomografias computadorizadas<br />
1. Aumento disproporcional do<br />
sigmói<strong>de</strong><br />
2. Grau <strong>de</strong> dilatação do sigmói<strong>de</strong><br />
3. Dilatação colônica proximal<br />
4. Descompressão retal<br />
5. Sinal do “re<strong>de</strong>moinho”<br />
6. Número <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> transição<br />
no sigmói<strong>de</strong><br />
7. Dois pontos <strong>de</strong> transição do<br />
sigmói<strong>de</strong> que se cruzam (sinal<br />
do “X do problema”)<br />
8. Separação da pare<strong>de</strong> do<br />
sigmói<strong>de</strong> por gordura<br />
mesentérica (sinal da “pare<strong>de</strong><br />
dividida”)<br />
Materiais e métodos
Resultados<br />
Achados das radiografias simples e escanogramas (n=21)<br />
Dilatação<br />
disproporcional<br />
“U invertido” “Grão <strong>de</strong><br />
café”<br />
Sens. 76% 86% 76% D 43%<br />
M 19%<br />
Ápice da alça Sobreposição<br />
hepática<br />
E 24%<br />
IC 95% 55 – 90% 65 – 96% 55 – 90% D 24-63%<br />
M 7-41%<br />
Concordância<br />
interobservador<br />
E 10-45%<br />
43%<br />
24-63%<br />
0,66 0,55 0,59 0,70 0,52
Resultados<br />
Achados das radiografias simples e escanogramas (n=21)<br />
Sinal do<br />
“hemisfério norte”<br />
Dilatação colônica<br />
proximal<br />
Gás retal<br />
ausente<br />
Impressão geral<br />
Sens. 57% 33% 90% Clássico 52%<br />
Provável 14%<br />
In<strong>de</strong>terminado 33%<br />
IC 95% 37-76 % 17-54 % 70-99 % Clássico 32-72 %<br />
Concordância<br />
inter-observador<br />
Provável 4-35 %<br />
In<strong>de</strong>terminado 17-54%<br />
0,87 0,28 0,58 0,19
Resultados<br />
Achados <strong>de</strong> tomografia computadorizada (n=21)<br />
Dilatação<br />
<strong>de</strong>sproporcional<br />
Grau <strong>de</strong> dilatação<br />
<strong>de</strong> sigmói<strong>de</strong><br />
Sens. 86% Severa 57%<br />
Mo<strong>de</strong>rada 38%<br />
Leve 5%<br />
IC 95% 65-96 % Severa 37-76 %<br />
Concordância<br />
interobservador<br />
Mo<strong>de</strong>rada 21-59 %<br />
Leve 1-30 %<br />
Dilatação<br />
colônica proximal<br />
Descompressão<br />
retal<br />
Sinal do<br />
“re<strong>de</strong>moinho”<br />
52% 48% 57%<br />
32-72 % 28-68 % 37-76 %<br />
0,27 0,10 0,53 0,55 0,58
Sens.<br />
IC 95%<br />
(%)<br />
Concordância<br />
interobservador<br />
Resultados<br />
Achados <strong>de</strong> tomografia computadorizada (n=21)<br />
Número <strong>de</strong><br />
pontos <strong>de</strong><br />
transição<br />
2 – 57%<br />
1 – 38%<br />
1 ou 2 – 95%<br />
2 – (37-76%)<br />
1 – (21-59%)<br />
1 ou 2 –(76-100%)<br />
Sinal do “X” do<br />
problema<br />
Sinal da<br />
“pare<strong>de</strong><br />
dividida”<br />
43% 52% Definitivo 76%<br />
Impressão geral Sinais <strong>de</strong><br />
sofrimento <strong>de</strong> alça<br />
Provável 10%<br />
Possível 5%<br />
Não evi<strong>de</strong>nte<br />
10%<br />
24-63 % 32-72 % Definitivo 55-90 %<br />
Provável 1-30 %<br />
Possível 0-24 %<br />
Não evi<strong>de</strong>nte 1-30 %<br />
52%<br />
32-72 %<br />
0,50 0,43 0,33 0,18 Espess. parietal 0,33<br />
Dens. da gordura 0,65<br />
Líquido livre 0,46<br />
Pneumatose intest. 0,41
Conclusão<br />
<strong>Volvo</strong> <strong>de</strong> sigmói<strong>de</strong> não tem apresentação clássica em<br />
aproximadamente meta<strong>de</strong> das radiografias e ¼ das<br />
tomografias. Portanto, o uso <strong>de</strong> novos sinais tomográficos<br />
po<strong>de</strong> aumentar a confiança diagnóstica.
Análise Crítica<br />
Artigo original (ensaio pictórico?)<br />
Método retrospectivo<br />
Parâmetros <strong>de</strong> inclusão e exclusão claros<br />
Tamanho da amostra pequeno<br />
Viés <strong>de</strong> seleção (casos leves x graves)<br />
Viés <strong>de</strong> interpretação (não cegos para dx final)<br />
Grupo controle?<br />
Examinadores experientes<br />
Padrão ouro excelente<br />
Boa qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> imagens<br />
Conclusões parcialmente coerentes com objetivos (achados<br />
tomográficos x radiográficos e tomográficos?)