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Medição de Assimetria em imagens mamográficas - Unorp

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<strong>Medição</strong> <strong>de</strong> <strong>Assimetria</strong><br />

<strong>em</strong> <strong>imagens</strong> <strong>mamográficas</strong><br />

3<br />

1 Katia Cristina SILVA<br />

2<br />

Homero SCHIABEL<br />

Fátima <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s dos Santos NUNES<br />

1<br />

Laboratório <strong>de</strong> Análise e Digitalização <strong>de</strong> Imagens (LADI). Escola <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> São Carlos<br />

(EESC-USP), Brasil, 13566-590.<br />

2<br />

Laboratório <strong>de</strong> Análise e Digitalização <strong>de</strong> Imagens (LADI). Escola <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> São Carlos<br />

(EESC-USP), Brasil, 13566-590.<br />

3Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Informática <strong>de</strong> Marília. Fundação <strong>de</strong> Ensino Eurípe<strong>de</strong>s Soares da Rocha, Brasil,<br />

17525-901.<br />

RESUMO: Neste trabalho foram impl<strong>em</strong>entadas técnicas para a <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> assimetrias<br />

entre mamogramas. A assimetria ocorre quando as mamas direita e esquerda são<br />

<strong>de</strong>siguais <strong>em</strong> sua forma e volume. Sua análise consiste na comparação bilateral <strong>de</strong><br />

regiões correspon<strong>de</strong>ntes entre os mamogramas <strong>de</strong> uma mesma projeção (crânio-caudal<br />

ou mediolateral). O esqu<strong>em</strong>a <strong>de</strong> medição computadorizada apresentado neste<br />

trabalho envolve: digitalização <strong>de</strong> mamogramas; alinhamento <strong>de</strong> mamogramas e<br />

subtração das <strong>imagens</strong>. O resultado <strong>de</strong>ste trabalho mostra quanto e on<strong>de</strong> a imag<strong>em</strong><br />

direita é maior do que esquerda e vice-versa, classificando-as como normais ou<br />

assimétricas.<br />

PALAVRAS-CHAVE: assimetria <strong>de</strong> mama, mamografia, câncer, carcinoma, diagnóstico.<br />

ABSTRACT: In this work<br />

were impl<strong>em</strong>ented<br />

techniques for the<br />

<strong>de</strong>tection of<br />

asymmetries in f<strong>em</strong>ale<br />

breast. The asymmetry<br />

occurs when one of the<br />

breasts are different in<br />

form or volume. Your<br />

analysis consists in a<br />

bilateral comparison<br />

b e t w e e n<br />

mammographies of the<br />

same projection. The<br />

measur<strong>em</strong>ent syst<strong>em</strong><br />

presented in this work<br />

i n v o l v e s :<br />

mammography’s<br />

digitalization,<br />

alignment, and<br />

subtraction of images.<br />

The results of this work<br />

show when and where<br />

the right image is bigger<br />

than the left image,<br />

calling then normal or<br />

asymmetrical.<br />

KEY WORDS: breast<br />

assimetry, cancer,<br />

carcinoma, diagnostic,<br />

mammography.


SILVA, Kátia Cristina; SCHIABEL, Homero; NUNES, Fátima <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s dos Santos. <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> <strong>Assimetria</strong> <strong>em</strong> <strong>imagens</strong> <strong>mamográficas</strong>.<br />

Revista UNORP, v. 4 (2): 29-37, julho 2003.<br />

INTRODUÇÃO<br />

O carcinoma <strong>de</strong> mama é a principal causa <strong>de</strong> morte por câncer na<br />

população f<strong>em</strong>inina com ida<strong>de</strong> entre 35 e 54 anos. Infelizmente ainda não se<br />

dispõe <strong>de</strong> prevenção com eficácia comprovada e o melhor que se po<strong>de</strong> fazer é<br />

a <strong>de</strong>tecção precoce através da mamografia <strong>de</strong> alta resolução (VIEIRA, 1998).<br />

De acordo com o Colégio Brasileiro <strong>de</strong> Radiologia, a mamografia para<br />

rastreamento do câncer <strong>de</strong> mama, <strong>de</strong>ve ser realizada a cada 2 anos <strong>em</strong> mulheres<br />

assintomáticas, com ida<strong>de</strong> entre 40 e 49 anos e, anualmente, para mulheres<br />

acima <strong>de</strong> 50 anos.<br />

Esqu<strong>em</strong>as CAD (“Computer Ai<strong>de</strong>d Diagnosis”) têm sido propostos para<br />

auxiliar o radiologista no diagnóstico precoce do câncer <strong>de</strong> mama.<br />

O objetivo <strong>de</strong>sses sist<strong>em</strong>as computacionais é elaborar análises<br />

computadorizadas <strong>de</strong> <strong>imagens</strong> médicas.<br />

Atualmente já exist<strong>em</strong> alguns sist<strong>em</strong>as comercialmente disponíveis, cuja<br />

eficácia foi comprovada por exaustivos testes (ROEHRIG, 1998), entretanto,<br />

no Brasil, esta ainda é uma realida<strong>de</strong> incipiente, pois o alto custo <strong>de</strong> tais sist<strong>em</strong>as,<br />

geralmente vendidos acoplados a equipamentos médicos, torna inviável a sua<br />

aplicação, principalmente se levarmos <strong>em</strong> conta as condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública<br />

no país.<br />

Os CADs realizam técnicas <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> imag<strong>em</strong> que são<br />

<strong>de</strong>senvolvidas para aumentar a qualida<strong>de</strong> das <strong>imagens</strong> dos mamogramas, realçar<br />

aspectos e torná-las mais visíveis aos radiologistas, a fim <strong>de</strong> que possam i<strong>de</strong>ntificar<br />

sinais significantes e quantificá-los.<br />

Além da <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> interesse, um ponto relevante na<br />

análise mamográfica é a existência <strong>de</strong> assimetrias entre as mamas direita e<br />

esquerda.<br />

A razão por consi<strong>de</strong>rar a análise <strong>de</strong> assimetrias entre mamogramas não<br />

está no fato <strong>de</strong> que essa possa alcançar resultados superiores (no tocante à<br />

sensibilida<strong>de</strong> e especificida<strong>de</strong>) aos métodos convencionais <strong>de</strong> análise que buscam<br />

<strong>de</strong>tectar sinais primários específicos (como microcalcificação e nódulos), mas<br />

visa principalmente <strong>de</strong>tectar modificações globais entre os mamogramas<br />

(<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s assimétricas, distorção, diferenças <strong>de</strong> tamanhos, etc.), as quais<br />

não são analisadas pelos outros métodos.<br />

Cabe ressaltar que não existe uma relação entre assimetrias <strong>de</strong>


SILVA, Kátia Cristina; SCHIABEL, Homero; NUNES, Fátima <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s dos Santos. <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> <strong>Assimetria</strong> <strong>em</strong> <strong>imagens</strong> <strong>mamográficas</strong>.<br />

Revista UNORP, v. 4 (2): 29-37, julho 2003.<br />

mamogramas e a presença do câncer <strong>de</strong> mama, ou seja, um par <strong>de</strong> mamogramas<br />

po<strong>de</strong> apresentar assimetrias e mesmo assim não apresentar anomalias.<br />

Entretanto, a presença <strong>de</strong> um tumor quase s<strong>em</strong>pre implica na diferença entre<br />

os mamogramas. Assim, a assimetria é um sinal que requer uma atenção especial<br />

ao caso do paciente.<br />

A finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste trabalho é <strong>de</strong>senvolver métodos computacionais<br />

capazes <strong>de</strong> medir a assimetria dos pares <strong>de</strong> mamogramas (esquerdo e direito<br />

<strong>de</strong> uma mesma paciente) e po<strong>de</strong>r classificá-los como normais ou assimétricos.<br />

METODOLOGIA<br />

Para <strong>de</strong>senvolver os programas para medição <strong>de</strong> assimetria, inicialmente<br />

foram estudadas as características das <strong>imagens</strong> <strong>mamográficas</strong> para <strong>de</strong>finir os<br />

procedimentos mamográficos e outros necessários. Então, várias técnicas foram<br />

impl<strong>em</strong>entadas por meio da linguag<strong>em</strong> Borland Delphi 6.0. O diagrama,,<br />

apresentado na Figura 1, mostra as fases que compõ<strong>em</strong> o método proposto.<br />

Em seguida, cada passo será <strong>de</strong>talhado.<br />

A digitalização <strong>de</strong> <strong>imagens</strong> foi realizada com um equipamento digitalizador<br />

<strong>de</strong> <strong>imagens</strong> (“scanner” Lumiscan 50) que fornece 12 bits <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong><br />

contraste. Ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong> mamogramas originais digitalizados é apresentado na<br />

Figura 2 (<strong>imagens</strong> gravadas no formato TIFF (ESCARPINATI, 2002) ).


SILVA, Kátia Cristina; SCHIABEL, Homero; NUNES, Fátima <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s dos Santos. <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> <strong>Assimetria</strong> <strong>em</strong> <strong>imagens</strong> <strong>mamográficas</strong>.<br />

Revista UNORP, v. 4 (2): 29-37, julho 2003.<br />

FIGURA 2- IMAGENS DIGITALIZADA COM 12 BITS DE RESOLUÇÃO<br />

A fase <strong>de</strong> alinhamento dos mamogramas, após a digitalização das<br />

<strong>imagens</strong>, consiste <strong>em</strong> uma técnica <strong>de</strong> manipulação automatizada da imag<strong>em</strong>,<br />

envolvendo operações <strong>de</strong> segmentação, rotação e translação. Inicialmente, é<br />

realizada a técnica <strong>de</strong> rotação, sendo processada na imag<strong>em</strong> da mama esquerda.<br />

O procedimento <strong>de</strong> alinhamento começa com um método para extrair a área<br />

correspon<strong>de</strong>nte à mama do fundo do mamograma (NUNES, 2001). A Figura 3<br />

mostra a tela inicial do programa com as <strong>imagens</strong> <strong>mamográficas</strong> após a eliminação<br />

do fundo. Após a eliminação do fundo da imag<strong>em</strong>, é executado o procedimento<br />

<strong>de</strong> alinhamento, no qual pontos <strong>de</strong> referência são estabelecidos entre as <strong>imagens</strong><br />

das mamas direita e esquerda (LAU, 1991). Esses pontos são encontrados<br />

analisando o primeiro ponto da borda da mama (C1), o último ponto (C2) e o<br />

primeiro pixel diferente <strong>de</strong> zero encontrado, ao ler as colunas da esquerda para<br />

direita (C3). Este último ponto correspon<strong>de</strong> ao primeiro pixel diferente da cor<br />

preta (fundo da imag<strong>em</strong>), conforme mostra a Figura 4.<br />

FIGURA 3- TELA INICIAL QUE MOSTRA O PRIMEIRO<br />

PROCESSAMENTO DA IMAGEM (ELIMINAÇÃO DO FUNDO)


SILVA, Kátia Cristina; SCHIABEL, Homero; NUNES, Fátima <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s dos Santos. <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> <strong>Assimetria</strong> <strong>em</strong> <strong>imagens</strong> <strong>mamográficas</strong>.<br />

Revista UNORP, v. 4 (2): 29-37, julho 2003.<br />

FIGURA 4- IMAGENS MOSTRANDO OS PONTOS DE REFERÊNCIA<br />

Uma vez <strong>de</strong>tectados os pontos <strong>de</strong> referência, é feito um procedimento<br />

<strong>de</strong> translação <strong>em</strong> que é calculado o número <strong>de</strong> linhas do início da imag<strong>em</strong><br />

mamográfica até o ponto C1 somado com número <strong>de</strong> linhas do ponto C2 até a<br />

última linha do mamograma. O resultado é dividido por dois, alinhando, assim, o<br />

centro da imag<strong>em</strong> da mama e <strong>de</strong>ixando-a segmentada ao centro da imag<strong>em</strong><br />

mamográfica total. Em seguida, é realizado o alinhamento das colunas (posição<br />

horizontal), no qual é analisado o ponto C3 das duas <strong>imagens</strong> e transladada a<br />

imag<strong>em</strong> que t<strong>em</strong> o ponto C3 <strong>de</strong> coluna maior para a coluna menor referente a<br />

outra imag<strong>em</strong>.<br />

A técnica <strong>de</strong> diferenciação das <strong>imagens</strong> foi realizada para <strong>de</strong>monstrar a<br />

diferença percentual entre a mama direita e a esquerda, indicando possíveis<br />

anormalida<strong>de</strong>s, consi<strong>de</strong>rando-as assim como mamas normais ou assimétricas.<br />

Essas porcentagens foram calculadas analisando o pixel da imag<strong>em</strong> direita com<br />

relação ao da esquerda. Se o pixel da imag<strong>em</strong> direita for zero e o pixel da<br />

esquerda for diferente <strong>de</strong> zero, o pixel na imag<strong>em</strong> resultante é marcado com a<br />

cor azul; se o pixel da imag<strong>em</strong> direita for diferente <strong>de</strong> zero e o pixel da esquerda<br />

for zero, o pixel na imag<strong>em</strong> resultante é marcado pela cor vermelha; e se o<br />

pixel da imag<strong>em</strong> direita e esquerda for diferente <strong>de</strong> zero, o pixel na imag<strong>em</strong><br />

resultante é marcada pela cor ver<strong>de</strong>. Alguns resultados são ilustrados nas Figura<br />

5 e 6. Na Figura 5, foram processadas <strong>imagens</strong> <strong>de</strong> mamas consi<strong>de</strong>radas<br />

simétricas, segundo o laudo médico, pois todos os pares <strong>de</strong> mamas possu<strong>em</strong><br />

normalmente um certo nível <strong>de</strong> diferença. Na Figura 6, foram processadas<br />

<strong>imagens</strong> <strong>de</strong> mamas assimétricas mostrando uma gran<strong>de</strong> diferença da mama<br />

direita <strong>em</strong> relação à mama esquerda.


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Revista UNORP, v. 4 (2): 29-37, julho 2003.<br />

FIGURA 5- IMAGENS DIREITA E ESQUERDA, ALINHADAS E PROCESSADAS.<br />

HÁ UMA DIFERENÇA DE 3% DA MAMA DIREITA PARA A ESQUERDA<br />

E 4% DA MAMA ESQUERDA PARA A DIREITA<br />

FIGURA 6- IMAGENS DIREITA E ESQUERDA, ALINHADAS E PROCESSADAS.<br />

HÁ UMA DIFERENÇA DE 27% DA MAMA DIREITA PARA A ESQUERDA (EM<br />

AZUL) E 7% DA MAMA ESQUERDA PARA A DIREITA (EM VERMELHO)<br />

RESULTADOS E DISCUSSÕES<br />

Os métodos propostos foram aplicados a 47 pares <strong>de</strong> <strong>imagens</strong> <strong>de</strong><br />

mamogramas <strong>de</strong> projeção crânio-caudal, on<strong>de</strong> 18 casos são consi<strong>de</strong>rados<br />

assimétricos e 29 casos são consi<strong>de</strong>rados simétricos segundo o laudo médico.<br />

No procedimento <strong>de</strong> análise na comparação bilateral, foi realizado uma média<br />

<strong>de</strong> corte <strong>de</strong> 12%, assim consi<strong>de</strong>rou-se que diferenças percentuais abaixo <strong>de</strong>


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Revista UNORP, v. 4 (2): 29-37, julho 2003.<br />

12% estão relacionadas com mamas simétricas equanto que porcentagens iguais<br />

ou superiores a este valor indicam mamas assimétricas. Uma taxa <strong>de</strong><br />

classificação correta <strong>de</strong> 83% foi alcançada.<br />

Com base nos resultados indicados pelos radiologistas especializados para<br />

cada par <strong>de</strong> mamograma, <strong>em</strong> relação aos resultados oferecidos nesta técnica<br />

<strong>de</strong> processamento computadorizado, po<strong>de</strong>mos constatar que mamas com menos<br />

<strong>de</strong> 12% <strong>de</strong> assimetria são consi<strong>de</strong>radas mamas normais nos laudos médicos,<br />

geralmente medidas como pequenos <strong>de</strong>svios da simetria perfeita. Esses graus<br />

menores <strong>de</strong> assimetria são chamados <strong>de</strong> assimetrias flutuantes (SCUTT, 1997),<br />

e po<strong>de</strong>m ocorrer <strong>de</strong>vido a tensões ambientais ou fisiológicas, tais como radiação,<br />

presença <strong>de</strong> estrogênio ou testosterona, ou até mesmo mau posicionamento do<br />

filme radiográfico. Já, acima dos 12%, po<strong>de</strong>-se consi<strong>de</strong>rar a assimetria anormal,<br />

sendo um indicativo da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma investigação mais apurada.<br />

A partir dos nossos testes, foi possível observar que a subtração bilateral<br />

(YIN, 1991) t<strong>em</strong> a vantag<strong>em</strong> <strong>de</strong> eliminar rapidamente uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> informações <strong>de</strong>snecessárias à análise.<br />

Uma das dificulda<strong>de</strong>s encontradas foi o alinhamento das <strong>imagens</strong>, ao<br />

encontrar as marcações dos pontos <strong>de</strong> referências correspon<strong>de</strong>ntes da mama<br />

direita <strong>em</strong> relação à mama esquerda, procurando a melhor maneira <strong>de</strong><br />

alinhamento para assim proce<strong>de</strong>r a subtração dos pixels.<br />

O próximo passo a ser impl<strong>em</strong>entado neste trabalho é a análise <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> das mamas, que consiste <strong>em</strong> dividir a imag<strong>em</strong> <strong>em</strong> blocos <strong>de</strong> tamanho<br />

pré-<strong>de</strong>finido e verificar a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> através <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> cinza,<br />

comparando os blocos correspon<strong>de</strong>ntes na imag<strong>em</strong> direita e esquerda (YIN,<br />

1993). Este passo é relevante, porque po<strong>de</strong> indicar <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s diferentes <strong>em</strong><br />

ambas as mamas, o que também po<strong>de</strong> ser indício <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> anomalias.<br />

CONCLUSÕES<br />

Análises computadorizadas <strong>de</strong> assimetria po<strong>de</strong>m apresentar um mo<strong>de</strong>lo<br />

proveitoso no processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> anomalias e, <strong>de</strong>ssa maneira, um<br />

resultado importante relacionado à ajuda ao radiologista disponibiliza informações<br />

a mais para o seu diagnóstico.<br />

Todos os resultados do programa foram analisados e <strong>de</strong>pois comparados


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Revista UNORP, v. 4 (2): 29-37, julho 2003.<br />

com o laudo médico <strong>de</strong>scrito <strong>de</strong> cada mamograma. A técnica <strong>de</strong> análise <strong>de</strong><br />

comparação bilateral proposta foi capaz <strong>de</strong> segmentar com sucesso a maioria<br />

das <strong>imagens</strong> analisadas da base <strong>de</strong> dados.<br />

Os testes foram realizados <strong>em</strong> <strong>imagens</strong> crânio-caudal, sendo previstos<br />

testes para <strong>imagens</strong> médio-lateral e mais casos <strong>de</strong> testes para verificar a eficácia<br />

da técnica.<br />

AGRADECIMENTOS<br />

Ao Hospital das Clínicas <strong>de</strong> Ribeirão Preto, Santa Casa <strong>de</strong> São Carlos,<br />

Hospital São Paulo, São Paulo, pelas <strong>imagens</strong> cedidas.<br />

Bibliografia<br />

VIEIRA, A. V. Centro <strong>de</strong> Medicina Nuclear da Guanabara. http://www.hps.com.br/<br />

medicinanuclear/mamoalta.htm. (2000).<br />

ROEHRIG, J. et al. (1998), “Clinical results with R2 imagechecker syst<strong>em</strong>”, Digital<br />

Mammography, N. Karss<strong>em</strong>eijer et al., eds. Klawer Aca<strong>de</strong>mic, Dordrecht, The<br />

Netherlands, p. 395-400.<br />

ESCARPINATI, M. C.. Investigação <strong>de</strong> Formatos e Compressão <strong>de</strong> <strong>imagens</strong> digitais<br />

para processamento <strong>de</strong> <strong>imagens</strong> <strong>mamográficas</strong> <strong>de</strong> mamas <strong>de</strong>nsas. Tese <strong>de</strong> Mestrado,<br />

Programa <strong>de</strong> Engenharia Elétrica, EESC / USP, São Carlos, 2002.<br />

NUNES, F. L. S. Investigações <strong>em</strong> processamento <strong>de</strong> <strong>imagens</strong> <strong>mamográficas</strong> para auxílio<br />

ao diagnóstico <strong>de</strong> mamas <strong>de</strong>nsas. Tese <strong>de</strong> Doutorado, Programa <strong>de</strong> Engenharia Elétrica,<br />

EESC / USP, São Carlos, 2001.<br />

LAU, T. K.; BISCHOF, W. F. Automated Detevtion of Breast Tumors Using the<br />

Asymmetry Approach. Computers and Biomedical Research,v. 24,p.273-295, 1991.<br />

SCUTT, D; MANNING, J. T.; WHITEHOUSE, G.H.;LEINSTER, S.J.; MASSEY, C.P. The<br />

relationnship between breast asymmetry, breast size and the occurrence of breast cancer.


SILVA, Kátia Cristina; SCHIABEL, Homero; NUNES, Fátima <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s dos Santos. <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> <strong>Assimetria</strong> <strong>em</strong> <strong>imagens</strong> <strong>mamográficas</strong>.<br />

Revista UNORP, v. 4 (2): 29-37, julho 2003.<br />

The British of Radiology. v. 70,p.1017-1021, 1997.<br />

YIN, F. F.; GIGER, M. L.; DOI, K.; METZ, C. E.; VYBORNY, C .J.; SCHMIDT, R. A.<br />

Computerized <strong>de</strong>tection of masses in digital mammograms: Analysis of bilateral<br />

subtraction images. Medical Physics,v. 18,p. 955-963, 1991.<br />

YIN, F. F.; GIGER, M. L.; DOI, K.; VYBORNY, C. J.; SCHMIDT, R .A. Comparison of<br />

Bilateral-Subtraction and Single-Image Processing Techniques in the Computerized<br />

Detection of Mammographic Masses. Invest Radiol.,v. 28, p. 473-481, 1993.

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