Agrupamento de Escolas de Eiriz Ancede - Inspecção Geral da ...
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AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS<br />
14 a 16 nov.<br />
2011<br />
Relatório<br />
<strong>Agrupamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Escolas</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Eiriz</strong> - Ance<strong>de</strong><br />
BAIÃO<br />
Área Territorial <strong>de</strong> Inspeção do<br />
Norte
1 – INTRODUÇÃO<br />
A Lei n.º 31/2002, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, aprovou o sistema <strong>de</strong> avaliação dos estabelecimentos <strong>de</strong> educação<br />
pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, <strong>de</strong>finindo orientações gerais para a autoavaliação e para a<br />
avaliação externa. Neste âmbito, foi <strong>de</strong>senvolvido, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, um programa nacional <strong>de</strong> avaliação dos<br />
jardins <strong>de</strong> infância e <strong>da</strong>s escolas básicas e secundárias públicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo <strong>de</strong><br />
avaliação em junho <strong>de</strong> 2011.<br />
A então Inspeção-<strong>Geral</strong> <strong>da</strong> Educação foi<br />
incumbi<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>da</strong>r continui<strong>da</strong><strong>de</strong> ao programa <strong>de</strong><br />
avaliação externa <strong>da</strong>s escolas, na sequência <strong>da</strong><br />
proposta <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo para um novo ciclo <strong>de</strong><br />
avaliação externa, apresenta<strong>da</strong> pelo Grupo <strong>de</strong><br />
Trabalho (Despacho n.º 4150/2011, <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong><br />
março). Assim, apoiando-se no mo<strong>de</strong>lo construído<br />
e na experimentação realiza<strong>da</strong> em doze escolas e<br />
agrupamentos <strong>de</strong> escolas, a Inspeção-<strong>Geral</strong> <strong>da</strong><br />
Educação e Ciência (IGEC) está a <strong>de</strong>senvolver<br />
esta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> consigna<strong>da</strong> como sua competência<br />
no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong><br />
janeiro.<br />
O presente relatório expressa os resultados <strong>da</strong><br />
avaliação externa do <strong>Agrupamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Escolas</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Eiriz</strong> - Ance<strong>de</strong> – Baião, realiza<strong>da</strong> pela equipa <strong>de</strong><br />
avaliação, na sequência <strong>da</strong> visita efetua<strong>da</strong> entre<br />
14 e 16 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2011. As conclusões<br />
<strong>de</strong>correm <strong>da</strong> análise dos documentos<br />
fun<strong>da</strong>mentais do <strong>Agrupamento</strong>, em especial <strong>da</strong><br />
sua autoavaliação, dos indicadores <strong>de</strong> sucesso<br />
académico dos alunos, <strong>da</strong>s respostas aos<br />
questionários <strong>de</strong> satisfação <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong><br />
realização <strong>de</strong> entrevistas.<br />
Espera-se que o processo <strong>de</strong> avaliação externa<br />
fomente e consoli<strong>de</strong> a autoavaliação e resulte<br />
numa oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> melhoria para o<br />
<strong>Agrupamento</strong>, constituindo este documento um<br />
instrumento <strong>de</strong> reflexão e <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate. De facto, ao<br />
i<strong>de</strong>ntificar pontos fortes e áreas <strong>de</strong> melhoria,<br />
este relatório oferece elementos para a<br />
construção ou o aperfeiçoamento <strong>de</strong> planos <strong>de</strong><br />
ação para a melhoria e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
ca<strong>da</strong> escola, em articulação com a administração<br />
educativa e com a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> em que se insere.<br />
A equipa <strong>de</strong> avaliação externa visitou a escolase<strong>de</strong><br />
do <strong>Agrupamento</strong>, a Escola Básica com 1.º ciclo (EB1) e Jardim <strong>de</strong> Infância (JI) <strong>de</strong> Porto Manso, a<br />
EB1 do Convento e o JI <strong>de</strong> Touças.<br />
A equipa regista a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> empenhamento e <strong>de</strong> mobilização do <strong>Agrupamento</strong>, bem como a colaboração<br />
<strong>de</strong>monstra<strong>da</strong> pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no <strong>de</strong>curso <strong>da</strong> avaliação. .<br />
<strong>Agrupamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Escolas</strong> <strong>de</strong> <strong>Eiriz</strong> - Ance<strong>de</strong> – BAIÃO<br />
1<br />
ESCALA DE AVALIAÇÃO<br />
Níveis <strong>de</strong> classificação dos três domínios<br />
EXCELENTE – A ação <strong>da</strong> escola tem produzido um impacto<br />
consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria<br />
<strong>da</strong>s aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos<br />
respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam<br />
na totali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos campos em análise, em resultado <strong>de</strong><br />
práticas organizacionais consoli<strong>da</strong><strong>da</strong>s, generaliza<strong>da</strong>s e<br />
eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em<br />
campos relevantes.<br />
MUITO BOM – A ação <strong>da</strong> escola tem produzido um impacto<br />
consistente e acima dos valores esperados na melhoria <strong>da</strong>s<br />
aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos<br />
percursos escolares. Os pontos fortes predominam na<br />
totali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos campos em análise, em resultado <strong>de</strong> práticas<br />
organizacionais generaliza<strong>da</strong>s e eficazes.<br />
BOM – A ação <strong>da</strong> escola tem produzido um impacto em linha<br />
com o valor esperado na melhoria <strong>da</strong>s aprendizagens e dos<br />
resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. A<br />
escola apresenta uma maioria <strong>de</strong> pontos fortes nos campos<br />
em análise, em resultado <strong>de</strong> práticas organizacionais<br />
eficazes.<br />
SUFICIENTE – A ação <strong>da</strong> escola tem produzido um impacto<br />
aquém dos valores esperados na melhoria <strong>da</strong>s aprendizagens<br />
e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos<br />
escolares. As ações <strong>de</strong> aperfeiçoamento são pouco<br />
consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limita<strong>da</strong>s<br />
<strong>da</strong> escola.<br />
INSUFICIENTE – A ação <strong>da</strong> escola tem produzido um impacto<br />
muito aquém dos valores esperados na melhoria <strong>da</strong>s<br />
aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos<br />
percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos<br />
pontos fortes na generali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos campos em análise. A<br />
escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa.<br />
O relatório do <strong>Agrupamento</strong> e o contraditório apresentados no âmbito <strong>da</strong><br />
Avaliação Externa <strong>da</strong>s <strong>Escolas</strong> 2011-2012 estão disponíveis na página <strong>da</strong> IGEC.
2 – CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO<br />
Criado no ano letivo 1999-2000, o <strong>Agrupamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Escolas</strong> <strong>de</strong> <strong>Eiriz</strong> – Ance<strong>de</strong>, adiante <strong>de</strong>signado por<br />
<strong>Agrupamento</strong>, abrange uma área geográfica do concelho <strong>de</strong> Baião forma<strong>da</strong> por sete freguesias, <strong>da</strong>s 20<br />
que o constituem. Atualmente, o <strong>Agrupamento</strong> é composto por quatro jardins <strong>de</strong> infância, nove escolas<br />
básicas com 1.º ciclo (nos últimos anos foram encerra<strong>da</strong>s duas) e a Escola Básica com 2.º e 3.º ciclos, a<br />
Escola Se<strong>de</strong>.<br />
No ano letivo 2011-12, a população escolar é composta por 840 crianças/alunos, sendo 56 <strong>da</strong> educação<br />
pré escolar (quatro grupos), 305 do 1.º ciclo (19 turmas), 191 do 2.º ciclo (8 turmas), 248 do 3.º ciclo (11<br />
turmas) e 40 dos cursos <strong>de</strong> educação e formação (duas turmas e dois cursos). Da totali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos alunos,<br />
0,6% não têm naturali<strong>da</strong><strong>de</strong> portuguesa e 32,1% não beneficiam <strong>de</strong> auxílios económicos no âmbito <strong>da</strong><br />
Ação Social Escolar. Já no que respeita às tecnologias <strong>de</strong> informação e comunicação 31,6% possuem<br />
computador com ligação à internet.<br />
Constituído por 86 profissionais, 53,5% do corpo docente têm menos <strong>de</strong> 40 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, 54,7%<br />
pertencem aos quadros e 62,8% lecionam há 10 ou mais anos <strong>de</strong> serviço. O pessoal não docente é<br />
composto por 29 elementos e evi<strong>de</strong>ncia ser um corpo estável e experiente pois 96,6% têm contrato <strong>de</strong><br />
trabalho em funções públicas por tempo in<strong>de</strong>terminado e 93% têm 10 ou mais anos <strong>de</strong> serviço.<br />
Os indicadores conhecidos relativos à formação académica dos pais dos alunos permitem verificar que<br />
3% têm uma formação superior e 8,5% secundária ou superior, sendo o 1.º ciclo a habilitação académica<br />
mais frequente (41,2%). Quanto à ocupação profissional, 8,7% dos pais exercem ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s profissionais<br />
<strong>de</strong> nível superior e intermédio.<br />
No ano letivo 2010-11, ano para o qual há referentes nacionais calculados, a i<strong>da</strong><strong>de</strong> média dos alunos do<br />
4.º e do 9.º ano situa-se próximo <strong>da</strong> mediana nacional e a do 6.º está acima <strong>da</strong> mesma. A percentagem<br />
dos alunos que não beneficiam dos auxílios económicos no âmbito <strong>da</strong> Ação Social Escolar, bem como a<br />
dos que têm computador com ligação à internet está muito abaixo <strong>da</strong> mediana nacional. Relativamente<br />
aos pais, as profissões ao nível <strong>de</strong> técnico superior ou intermédio e as habilitações <strong>de</strong> nível secundário e<br />
superior situam-se abaixo <strong>da</strong>s medianas nacionais, o mesmo acontecendo com a percentagem dos<br />
professores do quadro.<br />
3 – AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO<br />
Consi<strong>de</strong>rando os campos <strong>de</strong> análise dos três domínios do quadro <strong>de</strong> referência <strong>da</strong> avaliação externa e<br />
tendo por base as entrevistas e a análise documental e estatística realiza<strong>da</strong>, a equipa <strong>de</strong> avaliação<br />
formula as seguintes apreciações:<br />
3.1 – RESULTADOS<br />
RESULTADOS ACADÉMICOS<br />
A evolução <strong>da</strong>s aprendizagens na educação pré escolar é refleti<strong>da</strong> no <strong>Agrupamento</strong> e é <strong>da</strong><strong>da</strong> a conhecer<br />
individual e periodicamente aos pais e encarregados <strong>de</strong> educação. Com recurso a instrumentos<br />
diversificados <strong>de</strong> avaliação e à organização <strong>de</strong> registos dos progressos <strong>da</strong>s crianças, a metodologia<br />
utiliza<strong>da</strong> é apropria<strong>da</strong>.<br />
<strong>Agrupamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Escolas</strong> <strong>de</strong> <strong>Eiriz</strong> - Ance<strong>de</strong> – BAIÃO<br />
2
Tendo em conta as variáveis <strong>de</strong> contexto social, económico e cultural, a análise <strong>da</strong>s taxas <strong>de</strong><br />
transição/conclusão, no ano letivo 2009-2010, revela um <strong>de</strong>sempenho em linha com os valores esperados<br />
no 4.º e no 6.º ano e abaixo <strong>de</strong>sse valor no 9.º ano. Já, os resultados nos exames nacionais do 9.º ano e nas<br />
provas <strong>de</strong> aferição dos 4.º e do 6.º anos, consi<strong>de</strong>rando as mesmas variáveis, estão em linha com o valor<br />
esperado, com exceção <strong>da</strong> prova <strong>de</strong> Matemática do 6.º ano, cujos resultados estão acima do valor<br />
esperado.<br />
A análise dos resultados académicos dos alunos, nos últimos três anos, revela evolução, ain<strong>da</strong> que<br />
<strong>de</strong>scontínua, <strong>da</strong>s taxas <strong>de</strong> transição/conclusão.<br />
No que se refere aos resultados <strong>da</strong>s avaliações externas, verifica-se que a percentagem <strong>de</strong> positivas nas<br />
provas <strong>de</strong> aferição do 4.º ano evoluiu, contrariando a tendência nacional. Já os resultados <strong>da</strong>s provas <strong>de</strong><br />
aferição do 6.º ano e dos exames nacionais do 9.º ano acompanham a tendência <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte nacional,<br />
sendo as <strong>de</strong>sci<strong>da</strong>s mais acentua<strong>da</strong>s que as nacionais na prova <strong>de</strong> aferição <strong>de</strong> Língua Portuguesa do 6.º<br />
ano e no exame nacional <strong>de</strong> Matemática do 9.º ano.<br />
Os órgãos <strong>de</strong> gestão e as li<strong>de</strong>ranças intermédias têm procedido à análise dos resultados escolares nos<br />
diferentes níveis <strong>de</strong> educação e ensino, comparando os resultados do <strong>Agrupamento</strong> com os nacionais e os<br />
concelhios. Esta prática tem levado à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> sucesso e insucesso, à procura <strong>de</strong> motivos<br />
explicativos dos resultados e à a<strong>de</strong>são a iniciativas conducentes à melhoria, se inseri<strong>da</strong>s num plano <strong>de</strong><br />
ação <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente monitorizado.<br />
As taxas <strong>de</strong> abandono escolar apresentam valores residuais em resultado <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s implementa<strong>da</strong>s<br />
que se revelam eficazes, nomea<strong>da</strong>mente no âmbito <strong>da</strong> melhoria <strong>da</strong> articulação escola – família e <strong>da</strong><br />
criação dos cursos <strong>de</strong> educação e formação e <strong>da</strong> organização <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> enriquecimento<br />
curricular.<br />
RESULTADOS SOCIAIS<br />
O <strong>Agrupamento</strong> orienta a sua ação educativa por valores <strong>de</strong> respeito mútuo, <strong>de</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />
responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Os alunos participam nos projetos, clubes, concursos e outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
enriquecimento curricular, bem como na toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão através dos seus representantes nos<br />
conselhos <strong>de</strong> turma, nas assembleias <strong>de</strong> <strong>de</strong>legados e na Associação <strong>de</strong> Estu<strong>da</strong>ntes, colaborando e<br />
corresponsabilizando-se em iniciativas que promovam uma vivência ativa <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia. A educação<br />
ambiental, a educação alimentar e a educação para a saú<strong>de</strong> estão bem patentes nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, clubes e<br />
projetos em que as crianças e os alunos participam e que incentivam hábitos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> saudável. A boa<br />
articulação que existe com o Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, a Câmara Municipal, as juntas <strong>de</strong> freguesia e as<br />
associações locais proporciona o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s motivadoras para os alunos e que<br />
procuram atrair os pais.<br />
O ambiente educativo que se vive, em regra, é valorizado pelos docentes e restantes trabalhadores. Este<br />
assenta numa relação <strong>de</strong> proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> com os alunos e no respeito <strong>de</strong>stes pelos trabalhadores, não<br />
obstante a existência <strong>de</strong> um ou outro caso <strong>de</strong> indisciplina, sobretudo na Escola Se<strong>de</strong>. Os responsáveis<br />
escolares têm tido uma atuação firme e articula<strong>da</strong>, envolvendo as famílias e recorrendo à Comissão <strong>de</strong><br />
Proteção <strong>de</strong> Crianças e Jovens para acompanhamento <strong>da</strong>s situações mais problemáticas.<br />
Embora, o <strong>Agrupamento</strong> não tenha <strong>de</strong>senvolvido mecanismos que lhe permitam seguir o percurso dos<br />
alunos quanto ao prosseguimento <strong>de</strong> estudos e à empregabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, os seus responsáveis conhecem-nos<br />
informalmente. Estes mecanismos necessitam, no entanto, <strong>de</strong> ser monitorizados <strong>de</strong> modo a permitir<br />
avaliar o impacto <strong>da</strong>s aprendizagens e a (re)orientação <strong>da</strong> ação educativa.<br />
<strong>Agrupamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Escolas</strong> <strong>de</strong> <strong>Eiriz</strong> - Ance<strong>de</strong> – BAIÃO<br />
3
RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE<br />
As respostas aos inquéritos <strong>de</strong> satisfação relativamente ao funcionamento e ação educativa do<br />
<strong>Agrupamento</strong> apresentam um predomínio generalizado <strong>da</strong>s opções <strong>de</strong> concordância, o que foi reforçado<br />
por elementos <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> educativa nas diferentes entrevistas realiza<strong>da</strong>s.<br />
Na globali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s questões coloca<strong>da</strong>s nos questionários <strong>de</strong> satisfação, evi<strong>de</strong>nciam-se elevados índices<br />
<strong>de</strong> satisfação <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> escolar quanto à quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do ensino, ao incentivo ao trabalho para os bons<br />
resultados, à quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos docentes, à abertura ao exterior, á disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> direção e ao clima<br />
relacional existente no <strong>Agrupamento</strong>. Os pais e encarregados <strong>de</strong> educação <strong>da</strong>s crianças <strong>da</strong> educação préescolar<br />
são os que revelam um maior número <strong>de</strong> concordâncias positivas. Sublinha-se também que a<br />
generali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos pais e encarregados <strong>de</strong> educação dos alunos <strong>de</strong> todos os níveis <strong>de</strong> educação/ensino<br />
gosta que o filho an<strong>de</strong> nesta escola.<br />
Os maiores níveis <strong>de</strong> insatisfação inci<strong>de</strong>m sobre a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s instalações, a higiene, a limpeza, bem<br />
como sobre o uso <strong>de</strong> computador e o <strong>de</strong>sconforto nas salas <strong>de</strong> aula. Neste âmbito, excecionam-se os pais<br />
<strong>da</strong>s crianças <strong>da</strong> educação pré-escolar que, na totali<strong>da</strong><strong>de</strong>, enten<strong>de</strong>m que os jardins <strong>de</strong> infância são limpos.<br />
As aprendizagens e os sucessos <strong>da</strong>s crianças e alunos são valorizados através <strong>da</strong> atribuição <strong>de</strong> pequenos<br />
prémios, <strong>da</strong> sua divulgação no jornal escolar online, <strong>da</strong> realização <strong>de</strong> exposições <strong>de</strong> trabalhos nas<br />
diferentes uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s educativas e/ou na Escola Se<strong>de</strong> e <strong>da</strong> sua a<strong>de</strong>são à atribuição <strong>de</strong> prémios <strong>de</strong> mérito e<br />
excelência aos alunos do concelho, em sessão solene, organiza<strong>da</strong> pela Câmara Municipal <strong>de</strong> Baião.<br />
Algumas <strong>da</strong>s iniciativas que dão visibili<strong>da</strong><strong>de</strong> ao trabalho dos discentes têm impacto muito forte na<br />
comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> educativa. Os discentes e os pais manifestam eleva<strong>da</strong> satisfação com as práticas <strong>de</strong><br />
reconhecimento dos sucessos <strong>da</strong>s crianças e alunos.<br />
Em conclusão, a ação do <strong>Agrupamento</strong> tem produzido um impacto, em regra, em linha com o valor<br />
esperado na melhoria <strong>da</strong>s aprendizagens e dos resultados dos alunos. O <strong>Agrupamento</strong> apresenta uma<br />
maioria <strong>de</strong> pontos fortes nos campos em análise. Tais fun<strong>da</strong>mentos justificam a atribuição neste<br />
domínio <strong>da</strong> classificação <strong>de</strong> BOM.<br />
3.2 – PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO<br />
PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO<br />
O planeamento <strong>da</strong> ação educativa, evi<strong>de</strong>ncia<strong>da</strong> também no Plano Anual <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, está em linha<br />
com os princípios <strong>de</strong>finidos nos documentos estruturantes e norteadores do <strong>Agrupamento</strong>. Não obstante<br />
os conselhos <strong>de</strong> turma serem o espaço privilegiado para promover a articulação horizontal do currículo,<br />
esta ain<strong>da</strong> não é uma prática generaliza<strong>da</strong> e consoli<strong>da</strong><strong>da</strong>. De igual modo, apesar <strong>de</strong> ser um dos objetivos<br />
do Projeto Curricular do <strong>Agrupamento</strong>, ain<strong>da</strong> não existem práticas <strong>de</strong> articulação curricular<br />
abrangentes e consistente entre os vários ciclos <strong>de</strong> aprendizagem, à exceção <strong>da</strong> articulação do 1.º ciclo<br />
com a educação pré escolar e <strong>da</strong> operacionalização <strong>de</strong> algumas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s conjuntas constantes no Plano<br />
Anual.<br />
O Projeto Curricular do <strong>Agrupamento</strong> contém referências sociais e culturais locais, que são<br />
operacionaliza<strong>da</strong>s nos projetos curriculares <strong>de</strong> grupo/turma. Neste contexto, releva-se a realização <strong>de</strong><br />
alguns projetos e a existência <strong>de</strong> dinâmicas pontuais com a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, carecendo, no entanto, estas<br />
dinâmicas <strong>de</strong> maior sistematici<strong>da</strong><strong>de</strong> e generalização.<br />
A informação conti<strong>da</strong> nos projetos curriculares <strong>de</strong> turma é a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> e proporciona o conhecimento do<br />
ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> aluno bem como a evolução <strong>da</strong>s suas aprendizagens. Com objetivos gerais e<br />
específicos a<strong>da</strong>ptados à reali<strong>da</strong><strong>de</strong> observa<strong>da</strong> e ao enquadramento social e cultural, o planeamento <strong>da</strong><br />
<strong>Agrupamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Escolas</strong> <strong>de</strong> <strong>Eiriz</strong> - Ance<strong>de</strong> – BAIÃO<br />
4
ação educativa, no entanto, nem sempre se mostra a<strong>de</strong>quado às especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> aluno, grupos e<br />
turmas.<br />
A sequenciali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s aprendizagens entre os diversos níveis <strong>de</strong> educação e ensino é facilita<strong>da</strong> pelo<br />
princípio <strong>da</strong> manutenção <strong>da</strong>s equipas pe<strong>da</strong>gógicas e pelo <strong>de</strong>senvolvimento, ao longo do ano, <strong>de</strong><br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e reuniões conjuntas que envolvem os educadores e os docentes. É prática regular no<br />
<strong>Agrupamento</strong> a partilha <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> trabalho entre os docentes.<br />
PRÁTICAS DE ENSINO<br />
As planificações <strong>de</strong> curto prazo, centra<strong>da</strong>s nos conselhos <strong>de</strong> docentes e nos grupos disciplinares,<br />
objetivam as orientações emana<strong>da</strong>s do Conselho Pe<strong>da</strong>gógico e dos <strong>de</strong>partamentos curriculares. Tendo<br />
por base os diagnósticos realizados, sustentados em análises do percurso dos alunos, observam-se<br />
práticas <strong>de</strong> diferenciação pe<strong>da</strong>gógica com a consequente (re)<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> intervenção,<br />
ain<strong>da</strong> que, às vezes, não revelem a eficácia espera<strong>da</strong>.<br />
Bem reconhecido pela comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> educativa, o trabalho articulado <strong>de</strong>senvolvido pelas estruturas <strong>de</strong><br />
apoio é promotor <strong>de</strong> mecanismos eficazes <strong>de</strong> inclusão social, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente dos alunos com<br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s educativas especiais, através <strong>da</strong> sua participação ativa em iniciativas <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s no<br />
<strong>Agrupamento</strong>, com relevância para a feira franca e o clube <strong>de</strong> <strong>de</strong>sporto escolar.<br />
A comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> escolar revela uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> acomo<strong>da</strong>ção relativamente à aceitação <strong>de</strong> baixas<br />
expectativas dos pais e dos alunos face às aprendizagens. Esta situação leva a que, na globali<strong>da</strong><strong>de</strong>, não<br />
se verifiquem práticas generaliza<strong>da</strong>s e sistemáticas <strong>de</strong> estimulação dos alunos, elevando a sua<br />
autoestima e favorecendo a sua autorrealização.<br />
O domínio artístico é <strong>de</strong>senvolvido essencialmente nos clubes <strong>de</strong> música, arte e fotografia e teatro. Nos<br />
questionários <strong>de</strong> satisfação, os alunos dos 2.º e 3.º ciclos referiram, em larga maioria, que apren<strong>de</strong>m com<br />
as experiências que fazem nas aulas e os do 1.º ciclo manifestaram que não fazem experiências com<br />
frequência. Esta i<strong>de</strong>ia foi reforça<strong>da</strong> nas entrevistas em painel on<strong>de</strong> se apurou que apenas se<br />
<strong>de</strong>senvolvem algumas metodologias <strong>de</strong> pesquisa, ativas e experimentais, essencialmente centra<strong>da</strong>s nas<br />
práticas curriculares obrigatórias. A utilização <strong>da</strong>s tecnologias <strong>da</strong> informação e comunicação é ain<strong>da</strong><br />
débil.<br />
Na gestão do tempo escolar aten<strong>de</strong>-se às características do meio e à disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos transportes<br />
escolares, havendo articulação <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> letiva com a <strong>de</strong> enriquecimento do currículo e os apoios<br />
educativos. A oferta educativa e formativa ajusta-se às características locais e do <strong>Agrupamento</strong>.<br />
Não estão instituídos procedimentos <strong>de</strong> acompanhamento direto <strong>da</strong> prática letiva em sala <strong>de</strong> aula,<br />
observando-se apenas alguma troca <strong>de</strong> experiências proporciona<strong>da</strong>s pelas assessorias.<br />
MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS<br />
O documento Critérios <strong>de</strong> Avaliação do <strong>Agrupamento</strong> <strong>de</strong>fine <strong>de</strong> forma clara as mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> avaliação<br />
a praticar em função dos níveis <strong>de</strong> ensino e <strong>da</strong>s aprendizagens, os respetivos domínios, parâmetros e<br />
percentagens a atribuir, privilegiando-se a avaliação formativa. A partilha <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> avaliação<br />
e <strong>de</strong> diagnóstico e a elaboração conjunta <strong>de</strong> testes com o mesmo grau <strong>de</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> carecem <strong>de</strong> melhor<br />
calibragem <strong>de</strong> modo a garantir a confiança na avaliação interna dos resultados.<br />
As medi<strong>da</strong>s adota<strong>da</strong>s nos projetos curriculares <strong>de</strong> turma são avalia<strong>da</strong>s mais ao nível dos resultados que<br />
dos processos, no sentido <strong>de</strong> que, quando o resultado não é o <strong>de</strong>sejado ou não aparece, mantém-se,<br />
normalmente, a medi<strong>da</strong> que não resultou. Neste âmbito, o acompanhamento direto <strong>da</strong> prática letiva<br />
revela-se importante pois a sua ausência dificulta a monitorização dos processos. Sendo um objetivo do<br />
<strong>Agrupamento</strong> valorizar os processos para além dos resultados, este ain<strong>da</strong> não está conseguido.<br />
<strong>Agrupamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Escolas</strong> <strong>de</strong> <strong>Eiriz</strong> - Ance<strong>de</strong> – BAIÃO<br />
5
Apreciados inicialmente os processos dos alunos nas reuniões dos conselhos <strong>de</strong> turma, com a<br />
colaboração, se necessária, <strong>de</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s parceiras, perceciona-se a existência <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> apoio<br />
educativo atempa<strong>da</strong>s mas que nem sempre respon<strong>de</strong>m a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos alunos que<br />
<strong>de</strong>las precisam.<br />
O acompanhamento do percurso escolar dos alunos com necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s educativas especiais e com<br />
dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem, nomea<strong>da</strong>mente ao nível <strong>da</strong> assidui<strong>da</strong><strong>de</strong> e do empenho, revela-se<br />
apropriado. Porém, carece <strong>de</strong> melhor monitorização e avaliação o planeamento <strong>da</strong> ação educativa com<br />
vista à progressão <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> aluno. O <strong>Agrupamento</strong> está atento aos riscos <strong>de</strong> abandono e anulação <strong>de</strong><br />
matrícula e as medi<strong>da</strong>s toma<strong>da</strong>s indicam eficácia.<br />
Em conclusão, o <strong>Agrupamento</strong> apresenta uma maioria <strong>de</strong> pontos fortes nos campos em análise, em<br />
resultado <strong>de</strong> práticas organizacionais globalmente eficazes, o que justifica a atribuição neste domínio <strong>da</strong><br />
classificação <strong>de</strong> BOM.<br />
3.3 – LIDERANÇA E GESTÃO ESCOLAR<br />
LIDERANÇA<br />
Os documentos orientadores do <strong>Agrupamento</strong> encontram-se bem estruturados e articulados entre si e<br />
evi<strong>de</strong>nciam objetivos e metas hierarquizáveis, emergindo, <strong>de</strong> forma notória, a redução do insucesso<br />
escolar. No entanto, a visão e o planeamento <strong>da</strong> ação, <strong>de</strong>finidos no Projeto Educativo, não se encontram<br />
firmados numa cultura autoavaliativa do funcionamento e <strong>de</strong>sempenho do <strong>Agrupamento</strong>, bem com não<br />
explicitam indicadores para uma avaliação calen<strong>da</strong>riza<strong>da</strong> dos planos <strong>de</strong> ação. Parece, por isso,<br />
importante um planeamento que <strong>de</strong> forma inequívoca contemple uma visão <strong>de</strong> futuro no âmbito <strong>da</strong><br />
promoção <strong>de</strong> sucesso para todos.<br />
A li<strong>de</strong>rança do Diretor, organiza<strong>da</strong> e atenta, é indutora <strong>de</strong> bem-estar na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> educativa. Porém,<br />
nem sempre se verifica a auscultação <strong>da</strong>s estruturas intermédias <strong>de</strong> gestão pe<strong>da</strong>gógica em certas<br />
<strong>de</strong>cisões que toma e que também lhes dizem respeito. As restantes li<strong>de</strong>ranças apresentam<br />
características diferencia<strong>da</strong>s, notando-se, por vezes, uma débil articulação com a direção, bem como a<br />
falta <strong>de</strong> corresponsabilização e assunção efetiva <strong>da</strong>s respetivas competências.<br />
A cultura organizacional <strong>de</strong> pertença concretiza-se em algumas práticas <strong>de</strong> âmbito festivo, social e<br />
cultural realiza<strong>da</strong>s ao nível do <strong>Agrupamento</strong>. O sentimento <strong>de</strong> pertença e <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> é consensual entre<br />
os elementos <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> educativa.<br />
O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos próprios e <strong>de</strong> soluções inovadoras, facilitadores <strong>da</strong> consecução dos<br />
objetivos que o <strong>Agrupamento</strong> se propõe alcançar, não é suficientemente manifesto, nomea<strong>da</strong>mente na<br />
prática pe<strong>da</strong>gógica. Releva-se a participação ativa nas iniciativas leva<strong>da</strong>s a cabo pela Câmara<br />
Municipal, parceiro privilegiado, bem como o esforço <strong>da</strong> direção no sentido <strong>da</strong> abertura e envolvimento<br />
<strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
GESTÃO<br />
Os recursos humanos são geridos tendo em conta a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> pe<strong>da</strong>gógica e as competências<br />
profissionais e pessoais. Muito embora existam critérios formalmente <strong>de</strong>finidos, a gestão <strong>de</strong> recursos<br />
com enfoque nas pessoas, em particular nos trabalhadores não docentes, nomea<strong>da</strong>mente na recetivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
às suas sugestões, não foi perceciona<strong>da</strong> como uma prática generaliza<strong>da</strong>. O perfil do docente na<br />
atribuição <strong>de</strong> uma direção <strong>de</strong> turma é o primeiro critério a ser pon<strong>de</strong>rado, o que parece justificar a<br />
<strong>Agrupamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Escolas</strong> <strong>de</strong> <strong>Eiriz</strong> - Ance<strong>de</strong> – BAIÃO<br />
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gran<strong>de</strong> disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> no atendimento prestado e na tentativa <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> problemas<br />
comportamentais dos alunos <strong>da</strong>s suas turmas.<br />
A gestão dos espaços, equipamentos e materiais obe<strong>de</strong>ce a uma lógica racional no que concerne, em<br />
particular, ao acesso dos alunos à sala <strong>de</strong> informática e biblioteca. Reconhece-se uma distribuição<br />
equitativa e justa dos equipamentos e recursos pelas diversas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s que constituem o <strong>Agrupamento</strong>.<br />
Na Escola Se<strong>de</strong>, os espaços são agradáveis e evi<strong>de</strong>nciam práticas <strong>de</strong> conservação, higiene e limpeza,<br />
aspetos que são extensivos aos jardins <strong>de</strong> infância e escolas com 1.º ciclo. Nestas últimas há falta <strong>de</strong><br />
espaços exteriores cobertos e outros a<strong>de</strong>quados para a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> lúdica e <strong>de</strong>sportiva, constrangimentos a<br />
serem brevemente ultrapassados com o novo centro escolar. De <strong>de</strong>stacar as boas condições apresenta<strong>da</strong>s<br />
pelo pavilhão gimno<strong>de</strong>sportivo para a prática <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicas e <strong>de</strong>sportivas.<br />
O <strong>Agrupamento</strong> não realiza a diagnose <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> formação dos docentes em <strong>de</strong>partamento<br />
curricular. A formação realiza<strong>da</strong> foi consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> insuficiente tanto por parte dos docentes como por<br />
parte dos assistentes operacionais. Não é uma prática sistemática a promoção <strong>de</strong> formação interna,<br />
<strong>de</strong>stacando-se, porém, a realiza<strong>da</strong> no âmbito dos quadros interativos, cuja aplicabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, por parte <strong>da</strong><br />
generali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos docentes, parece ser reduzi<strong>da</strong>. Os circuitos e dispositivos <strong>de</strong> comunicação e informação<br />
interna e externa mostram-se eficazes.<br />
Ain<strong>da</strong> que o processo <strong>de</strong> avaliação do pessoal docente seja pacífico, o mesmo não acontece com o pessoal<br />
não docente pelo <strong>de</strong>scontentamento manifestado. Também os critérios <strong>de</strong> nomeação para o <strong>de</strong>sempenho<br />
<strong>de</strong> alguns cargos, para além dos que se encontram formalizados, nem sempre são do conhecimento dos<br />
atores educativos.<br />
AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA<br />
O processo <strong>de</strong> autoavaliação iniciado em 2009 não teve qualquer impacto <strong>de</strong>vido à <strong>de</strong>scontinui<strong>da</strong><strong>de</strong> do<br />
trabalho efetuado, justificado pela alteração <strong>da</strong>s equipas <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>s para o efeito. Reiniciado em<br />
outubro <strong>de</strong> 2011, encontra-se atualmente numa fase <strong>de</strong> diagnose.<br />
No entanto, após a última avaliação externa, foram-se introduzindo algumas melhorias que carecem <strong>de</strong><br />
monitorização. Ficou claro que o trabalho até aqui <strong>de</strong>senvolvido ain<strong>da</strong> não foi capaz <strong>de</strong> consoli<strong>da</strong>r o<br />
progresso <strong>da</strong> organização relativamente à prestação do serviço educativo com impacto nos resultados.<br />
De notar que o planeamento do processo <strong>de</strong> autoavaliação com explicitação <strong>de</strong> objetivos e referentes,<br />
bem como o alargamento <strong>da</strong> equipa à comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> educativa, ain<strong>da</strong> não estão implementados.<br />
Em conclusão, as ações <strong>de</strong> aperfeiçoamento neste domínio são pouco consistentes ao longo do tempo e<br />
envolvem áreas limita<strong>da</strong>s do <strong>Agrupamento</strong>, pelo que a classificação <strong>de</strong>ste domínio é <strong>de</strong> SUFICIENTE.<br />
<strong>Agrupamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Escolas</strong> <strong>de</strong> <strong>Eiriz</strong> - Ance<strong>de</strong> – BAIÃO<br />
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4 – PONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA<br />
A equipa <strong>de</strong> avaliação realça os seguintes pontos fortes no <strong>de</strong>sempenho do <strong>Agrupamento</strong>:<br />
Redução <strong>da</strong>s taxas <strong>de</strong> abandono para valores residuais;<br />
Níveis elevados <strong>de</strong> satisfação <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> educativa com o funcionamento e ação educativa<br />
do <strong>Agrupamento</strong>;<br />
Desenvolvimento <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e projetos em articulação com as enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s parceiras;<br />
Inclusão <strong>de</strong> referências sociais e culturais locais nos projetos curriculares <strong>de</strong> <strong>Agrupamento</strong> e <strong>de</strong><br />
turma/grupo;<br />
Mecanismos <strong>de</strong> inclusão social existentes, nomea<strong>da</strong>mente para os alunos com necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
educativas especiais,<br />
Distribuição equitativa dos equipamentos e recursos.<br />
A equipa <strong>de</strong> avaliação enten<strong>de</strong> que as áreas on<strong>de</strong> o <strong>Agrupamento</strong> <strong>de</strong>ve incidir prioritariamente os seus<br />
esforços para a melhoria são as seguintes:<br />
Resultados escolares na sua globali<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />
Planos <strong>de</strong> melhoria <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente monitorizados.<br />
Práticas generaliza<strong>da</strong>s e consoli<strong>da</strong><strong>da</strong>s <strong>de</strong> articulação curricular;<br />
Dinâmicas sistemáticas <strong>de</strong> estimulação dos alunos e pais para as aprendizagens escolares;<br />
Rentabilização e monitorização dos dispositivos pe<strong>da</strong>gógicos existentes no que concerne à<br />
utilização <strong>da</strong>s tecnologias <strong>de</strong> informação e comunicação;<br />
Soluções e projetos inovadores, com repercussões na prática pe<strong>da</strong>gógica;<br />
Assunção <strong>da</strong>s competências e corresponsabilização <strong>da</strong>s diferentes li<strong>de</strong>ranças e o reforço <strong>da</strong> sua<br />
articulação com a ação do Diretor;<br />
Processo sistemático e continuado <strong>de</strong> autoavaliação.<br />
<strong>Agrupamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Escolas</strong> <strong>de</strong> <strong>Eiriz</strong> - Ance<strong>de</strong> – BAIÃO<br />
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