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Taxonomia, distribuição geográfica e filogenia do gênero Codium

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Oliveira-Carvalho, M. F. <strong>Taxonomia</strong>, <strong>distribuição</strong> <strong>geográfica</strong> e <strong>filogenia</strong> ... 87<br />

No presente estu<strong>do</strong>, seqüências moleculares deste gene foram utilizadas<br />

para auxiliar a taxonomia <strong>do</strong>s representantes <strong>do</strong> <strong>gênero</strong> <strong>Codium</strong> que ocorrem<br />

na flora brasileira. Vários autores enfatizam a dificuldade de delimitar algumas<br />

espécies com base apenas nos caracteres morfo-anatômicos (Chacana et al.<br />

1996, Silva 1998, Pedroche 2001, Pedroche et al. 2002). Para as espécies<br />

brasileiras, de uma maneira geral, a análise destes caracateres foram<br />

importantes na delimitação específica. Apenas para os exemplares de C.<br />

repens coleta<strong>do</strong>s na costa da região Nordeste, identifica<strong>do</strong>s primeiramente<br />

como <strong>Codium</strong> edule P. C. Silva, foi necessário à análise da biologia molecular<br />

para uma correta identificação. As demais identificações foram corroboradas<br />

com a ferramenta da biologia molecular.<br />

É importante salientar que a partir desta pesquisa, ficou evidente que a<br />

ampla plasticidade fenotípica encontrada em algumas espécies <strong>do</strong> litoral<br />

brasileiro, são decorrentes das variações ambientais. Portanto o marca<strong>do</strong>r<br />

molecular rbcL mostrou-se bastante eficiente, uma vez que as espécies<br />

brasileiras seqüenciadas se agruparam com outras amostras de mesma<br />

designação em cla<strong>do</strong>s monofiléticos.<br />

Dentre as espécies ocorrentes no Brasil, duas fazem parte de “complexos<br />

morfológicos”, sen<strong>do</strong> que C. intertextum pertence ao “complexo arabicum” e C.<br />

repens ao “complexo geppiorum”. Ambos complexos são forma<strong>do</strong>s por<br />

espécies distintas, com morfologias muito próximas, geralmente confinadas<br />

pre<strong>do</strong>minantemente à Região In<strong>do</strong>-Pacífica. Os representantes que compõem<br />

ambos complexos apresentam a taxonomia ainda mal delineada e<br />

freqüentemente são confudidas por apresentar morfologia próxima e tamanho<br />

contínuo <strong>do</strong>s utrículos (Chang et al. 2002). Entre as duas espécies brasileiras<br />

que estão inseridas nos complexos morfológicos, C. repens foi a que<br />

apresentou maior dificuldade de identificação taxonômica, devi<strong>do</strong> à variação<br />

encontrada como o padrão de ramificação e espessura <strong>do</strong>s ramos, ten<strong>do</strong> a sua<br />

identificação taxonômica auxiliada com o estu<strong>do</strong> da biologia molecular.<br />

Portanto, o gene rbcL tem-se mostra<strong>do</strong> adequa<strong>do</strong> para identificação e<br />

delineação de espécies e pode ser utiliza<strong>do</strong> para avaliar a utilidade <strong>do</strong>s<br />

caracteres morfológicos, hipóteses bio<strong>geográfica</strong>s, ocorrência de espécies

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