Taxonomia, distribuição geográfica e filogenia do gênero Codium
Taxonomia, distribuição geográfica e filogenia do gênero Codium
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Oliveira-Carvalho, M. F. <strong>Taxonomia</strong>, <strong>distribuição</strong> <strong>geográfica</strong> e <strong>filogenia</strong> ... 38<br />
Expedições Oceanográficas: SPF 5180: 8/09/1965 – Akaroa Est. 42 (09 0 32 ’ 05 ” S e 35 0 20 ’ 35 ”<br />
W), profundidade (31 m); SPF 027300: 7/09/1965 – Akaroa Est. 57 (09 0 46 ’ 10 ” S e 35 0 24 ’ 45 ”<br />
W), profundidade (45 m); SPF 027302: 18/02/1967 – Recife Est. 100 (08 0 17 ’ 04 ” S e 34 0 52 ’ 2 ”<br />
W), profundidade (22,5 m).<br />
Comentários: Os espécimes foram encontra<strong>do</strong>s na zona entre-marés, crescen<strong>do</strong> sobre os<br />
recifes da Região Nordeste (Bahia) e sobre os costões rochosos das Regiões Sudeste (Rio de<br />
Janeiro e Espírito Santo) e Sul (Santa Catarina e Rio Grande <strong>do</strong> Sul). No litoral de Santa<br />
Catarina, na região entre-marés, extensas populações foram encontradas crescen<strong>do</strong> recobertas<br />
por areia. No infralitoral, a referida espécie foi encontrada na profundidade de 45 m (SPF<br />
027300).<br />
Alguns exemplares coleta<strong>do</strong>s na região entre-marés abrigavam como epífitas Ceramium<br />
brevizonatum H. E. Petersen, C. dawsonii A. B. Joly, Erythrotrichia carnea (Dillwyn) J.<br />
Agardh, Hydrolithon chamae<strong>do</strong>ris (Foslie & M. Howe) M. J. Wynne, Hypnea musciformis<br />
(Wulfen) J. V. Lamour., Rho<strong>do</strong>thamniella codicola (B∅rgesen) C. Bi<strong>do</strong>ux & F. Magne,<br />
Gymnothamnion sp. e Ectocarpus sp. Nos costões alguns espécimes cresciam associa<strong>do</strong>s a<br />
<strong>Codium</strong> intertextum, Dictyopteris delicatula Lamour., Gelidiella acerosa (Forssk.) Feldmann<br />
& Hamel, Chondrophycus papillosus (C. Agardh) D. J. Garbary & J. T. Harper e<br />
Pneophyllum fragile Kütz.<br />
Os espécimes coleta<strong>do</strong>s na costa <strong>do</strong> Nordeste (PB, PE e BA) apresentaram talos de pequeno<br />
porte, robustos, cilíndricos a levemente achata<strong>do</strong>s, poden<strong>do</strong>, em campo, serem confundi<strong>do</strong>s<br />
com C. taylorii e C. isthmocladum. Silva (1960) ao estudar o referi<strong>do</strong> <strong>gênero</strong> para o Atlântico<br />
tropical, verificou que alguns exemplares de C. decorticatum, C. taylorii e C. isthmocladum<br />
exibiam consideráveis combinações de caracteres, concluin<strong>do</strong> que poderia haver hibridização<br />
interespecifica. Os exemplares coleta<strong>do</strong>s em Santa Catarina (Região Sul) apresentaram talos<br />
mais desenvolvi<strong>do</strong>s, com morfologia típica, ramos cilíndricos, dicotômicos, dicotomias<br />
cuneadas e espaçadas entre si. Os exemplares coleta<strong>do</strong>s no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Espírito Santo (Região<br />
Sudeste) provenientes da região <strong>do</strong> infralitoral apresentavam ramos pre<strong>do</strong>minantemente<br />
subcilíndricos, com entrenós espaça<strong>do</strong>s e dicotomias levemente cuneadas.<br />
Segun<strong>do</strong> Silva (1960), o grau de variação morfológica apresentada por esta espécie está<br />
fortemente influencia<strong>do</strong> pela idade da planta e pelos fatores ambientais. O referi<strong>do</strong> autor<br />
comenta que talos de plantas jovens geralmente são cilíndricos a levemente achata<strong>do</strong>s,<br />
enquanto que os talos adultos são freqüentemente achata<strong>do</strong>s nas dicotomias. Ambientes de<br />
águas calmas e claras parecem conduzir para o desenvolvimento luxuriante <strong>do</strong>s espécimes,<br />
com dicotomias cuneadas e internós compri<strong>do</strong>s e cilíndricos. Ambientes com águas