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Taxonomia, distribuição geográfica e filogenia do gênero Codium

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Oliveira-Carvalho, M. F. <strong>Taxonomia</strong>, <strong>distribuição</strong> <strong>geográfica</strong> e <strong>filogenia</strong> ... 44<br />

medianas e apicais <strong>do</strong> talo. Os exemplares coleta<strong>do</strong>s no Nordeste (Pernambuco e Bahia)<br />

apresentaram talos com ramos delga<strong>do</strong>s (0,3 a 0,5 cm de diâmetro), densamente emaranha<strong>do</strong>s,<br />

semelhantes a novelos de lã, portan<strong>do</strong> diversas anastomoses, freqüentemente distribuídas na<br />

região mediana.<br />

A nítida diferença encontrada na espessura <strong>do</strong>s ramos nos exemplares <strong>do</strong> Nordeste e o aspecto<br />

emaranha<strong>do</strong> semelhante a novelo, foram duas características semelhantes a descritas para C.<br />

edule P. C. Silva. No entanto, C. edule é uma espécie que ocorre na região In<strong>do</strong>-Pacífica,<br />

ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> registrada para o Hawai, Filipinas e Taiwan (Oceano Pacífico) e Maldivas (Oceano<br />

Índico). C. repens e C. edule fazem parte <strong>do</strong> “complexo <strong>Codium</strong> geppiorum”, que é forma<strong>do</strong><br />

por representantes de talos rastejantes, procumbentes e anastomosa<strong>do</strong>s, encontra<strong>do</strong>s<br />

principalmente na região In<strong>do</strong>-Pacífica. C. edule é taxonomicamente muito próxima de C.<br />

repens <strong>do</strong> Atlântico (Silva 1960, Jones & Kraft 1984, Chang et al. 2002).<br />

Possivelmente, as variações de talos encontradas na espécie estejam relacionadas às condições<br />

ambientais. Segun<strong>do</strong> Alves & Moura (2005), os exemplares coleta<strong>do</strong>s na Bahia foram<br />

encontra<strong>do</strong>s desenvolven<strong>do</strong>-se na região entre-marés, crescen<strong>do</strong> nas bordas <strong>do</strong>s recifes, em<br />

local protegi<strong>do</strong> da arrebentação e da luz solar. Os exemplares <strong>do</strong> Espírito Santo,<br />

provavelmente sejam da região de infralitoral, pois foram encontra<strong>do</strong>s como arriba<strong>do</strong>s. Silva<br />

(1960), num trabalho sobre os <strong>Codium</strong> no Atlântico Tropical registrou a ocorrência de<br />

exemplares de C. repens com talos robustos (acima de 0,5 cm diâmetro) para o Brasil,<br />

draga<strong>do</strong>s a 55 m de profundidade. Van den Heede & Coppejans (1996) também relatam a<br />

variação de ambos os talos para os representantes <strong>do</strong> Quênia, Tanzânia e Ilhas Seychelles.<br />

Os exemplares analisa<strong>do</strong>s correspondem ao que foi descrito por Joly (1965), Silva (1960) e<br />

Taylor (1960) para o Atlântico tropical, Van Den Heede & Coppejans (1996) para o Quênia,<br />

Tanzânia e Ilhas Seychelles e Littler & Littler (2000) para a região <strong>do</strong>s mares <strong>do</strong> Caribe.<br />

<strong>Codium</strong> spongiosum Harvey. Figs: 34-40.<br />

Transactions of the Royal Irish Academy 22 (Science): 565.1855.<br />

Localidade tipo: King George’s Sound, Oeste da Austrália<br />

Talo pulvina<strong>do</strong>, subgloboso, de coloração verde-clara, hábito prostra<strong>do</strong>, forman<strong>do</strong> almofadas<br />

de contornos irregulares, frouxamente aderidas ao substrato por vários tufos rizoidais de<br />

fixação. Filamentos medulares incolores medin<strong>do</strong> 60 (72) 80μm de diâmetro com<br />

espessamento lenticular de 23 (38) 57 μm. Utrículos frouxamente agrupa<strong>do</strong>s, de fácil<br />

dissociação, clava<strong>do</strong>s a cilíndricos medin<strong>do</strong> 150 (290) 490 μm de diâmetro e 1.244 (1.565)<br />

3.582 μm de comprimento. Ápice <strong>do</strong> utrículo arre<strong>do</strong>nda<strong>do</strong>, subtrunca<strong>do</strong>, parede delgada com

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