Taxonomia, distribuição geográfica e filogenia do gênero Codium
Taxonomia, distribuição geográfica e filogenia do gênero Codium
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Oliveira-Carvalho, M. F. <strong>Taxonomia</strong>, <strong>distribuição</strong> <strong>geográfica</strong> e <strong>filogenia</strong> ... 48<br />
Comentários: O material analisa<strong>do</strong> neste estu<strong>do</strong> foi classifica<strong>do</strong> como C. profundum Silva &<br />
Chacana, espécie registrada uma única vez para a costa brasileira (Chacana et al. 2003). Estes<br />
autores estabeleceram a referida espécie com base no material coleta<strong>do</strong> nas Ilhas Canárias e<br />
exsicatas depositadas no Herbário UC, provenientes <strong>do</strong>s herbários UC, CJD, L, SPF (Brasil).<br />
Os exemplares analisa<strong>do</strong>s pelos autores foram coleta<strong>do</strong>s na região de infralitoral nas seguintes<br />
localidades: Bermudas (55 m), Flórida (60 m), Golfo <strong>do</strong> México (58 m) e no Brasil (66 m)<br />
crescen<strong>do</strong> sobre nódulos de algas calcárias.<br />
C. profundum foi a única espécie não coletada neste trabalho, pois tu<strong>do</strong> indica ser<br />
característica de grandes profundidades. Portanto, a descrição e ilustrações apresentadas<br />
foram baseadas na análise das exsicatas enviadas por empréstimo pelo cura<strong>do</strong>r P. C. Silva, <strong>do</strong><br />
Herbário da Universidade da Califórnia, Berkeley - (UC). Nestes exemplares, não foi<br />
verificada ocorrência de epífitas.<br />
Morfologicamente, C. profundum assemelha-se a C. isthmocladum, por esta razão fazen<strong>do</strong><br />
com que P. C. Silva o identificasse como C. isthmocladum subsp. clavatum (Collins &<br />
Hervey) P. C. Silva. Posteriormente, ao re-analisar este material, Silva propôs o<br />
estabelecimento de C. isthmocladum subsp. clavatum “nome nudum”. Chacana et al.<br />
examinan<strong>do</strong> este material propuseram o estabelecimento de C. profundum Silva & Chacana<br />
(Chacana et al. 2003). Conforme as Normas Internacionais de Nomenclatura Botânica, este<br />
táxon é considera<strong>do</strong> inváli<strong>do</strong> por carecer de uma diagnose em latim na sua descrição original.<br />
Neste trabalho, de acor<strong>do</strong> com o código, não esta sen<strong>do</strong> reconhecida a referida espécie.<br />
Apesar da aparente semelhança com C. isthmocladum, observou-se que <strong>Codium</strong> sp.<br />
diferencia-se em alguns aspectos morfo-anatômicos, pois possui ramificação dicotômica a<br />
irregular, ramos subcilíndricos e utrículos subcilíndricos a piriformes, com ápice não<br />
espessa<strong>do</strong>, enquanto que C. isthmocladum apresenta ramificação dicotômica regular, com<br />
ramos cilíndricos e os utrículos são clava<strong>do</strong>s, cilíndricos a raramente piriformes, com ápices<br />
espessa<strong>do</strong>s.<br />
Aspectos taxonômicos e de <strong>distribuição</strong> <strong>do</strong> <strong>gênero</strong> <strong>Codium</strong> no Brasil<br />
Os espécimes de <strong>Codium</strong>, a nível genérico são facilmente reconheci<strong>do</strong>s, devi<strong>do</strong> ao<br />
característico padrão de construção cenocítico e aparência esponjosa. O mesmo não pode ser<br />
estendi<strong>do</strong> à delimitação de algumas espécies, pois o reconhecimento é difícil. Algumas<br />
espécies apresentam ocorrências restritas, resultan<strong>do</strong> em pouca variabilidade morfológica,<br />
enquanto outras apresentam uma <strong>distribuição</strong> mais ampla e padrão de plasticidade<br />
morfológica complexa (Pedroche 2001).<br />
A combinação <strong>do</strong>s caracteres morfo-anatômicos como o hábito, o tipo de ramificação, o