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Nabas Legal Consultancy Ltd. - Revista Brasil Etc

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<strong>Brasil</strong><br />

Orkut: site relacionamentos vira alvo de<br />

bandidos que cometem crimes virtuais<br />

Uma pesquisa feita pela organização<br />

não-governamental SaferNet<br />

apontou que o site de relacionamentos<br />

Orkut tem o maior número de denúncias em<br />

crimes relacionados a direitos humanos na<br />

internet brasileira.<br />

Devido a esses problemas muitos usuários<br />

estão apagando os recados deixados pelos<br />

amigos por uma questão de privacidade ou<br />

estão, até mesmo, preferindo encerrar suas<br />

contas no Orkut, como é o caso do Designer<br />

Gráfico, Geisson Rodrigo Alves, “Decidi sair<br />

do Orkut porque senti minha privacidade<br />

invadida quando clonaram meu perfil. Mesmo<br />

sendo uma excelente forma de comunicação,<br />

pesquisa e relacionamento social, fazer parte<br />

do Orkut está ficando perigoso, porque não<br />

podemos controlar o acesso de estranhos e<br />

qualquer pessoa pode pegar sua foto, seu<br />

nome e criar um falso perfil expondo fotos<br />

de pedofilia, mensagens racistas ou outras<br />

informações que podem prejudicar seriamente<br />

uma pessoa de bem”, declarou.<br />

Das 105.971 denúncias colhidas pela ONG,<br />

de Janeiro a Agosto desse ano, 100.252 são<br />

relacionadas a perfis e comunidades no Orkut,<br />

o que corresponde a mais de 93% do total.<br />

O crime mais denunciado é o de pornografia<br />

infantil e pedofilia, que representa 39,65%<br />

dos crimes apontados no Orkut, ou seja, 39<br />

mil denúncias.<br />

O procurador da empresa Google <strong>Brasil</strong>,<br />

Durval Noronha, disse que os números apre-<br />

Foto: Jorge aguilera<br />

por: cristina lima<br />

sentados pela SaferNet<br />

não são subjetivos e<br />

auditados, e ainda são<br />

questionáveis porque<br />

muitas das denúncias<br />

apresentadas se relacionam<br />

a comunidades do<br />

Orkut que já estão fora<br />

do ar. Numa audiência<br />

realizada na Comissão<br />

de Constituição e Justiça<br />

da Câmara dos Deputados,<br />

a SaferNet apresentou<br />

uma relação de<br />

300 comunidades com<br />

conteúdo de pedofilia.<br />

Quando foi feita a averiguação mais de 90% não<br />

existiam mais.<br />

A empresa norte-americana Google Inc.,<br />

que controla a Orkut Inc., tem algumas medidas<br />

consideradas preventivas como mecanismos<br />

nos quais se podem denunciar pessoas e<br />

comunidades. Segundo Noronha, existe também<br />

uma auditoria diária de todas as comunidades<br />

para retirada de material impróprio. Além disso,<br />

a empresa se dispõe a atender solicitações de<br />

prejudicados e autoridades através de seus<br />

procuradores no país.<br />

CASO DE JuSTIçA<br />

A Procuradoria da República no Estado de<br />

São Paulo entrou no fim de Agosto com uma<br />

Foi sancionada pelo presidente<br />

da República, Luiz Inácio Lula<br />

da Silva, a nova lei sobre porte e<br />

tráfico de drogas. A lei punirá os usuários<br />

e dependentes com penas alternativas<br />

a detenção, como multas e prestação de<br />

serviços à sociedade. Já os traficantes terão<br />

suas penas aumentadas de 3 a 15 anos, para<br />

de 5 a 15 anos de detenção.<br />

um dos pontos polêmicos da lei é a distinção<br />

entre usuário e traficante, que será definido por<br />

um juiz, o qual terá que analisar a natureza e a<br />

quantidade da droga, o local e as condições da<br />

apreensão, circunstâncias sociais, pessoais e o<br />

histórico do detido. As mudanças já estão em<br />

vigor.<br />

O escritório das Nações unidas contra<br />

Drogas e Crime (uNODC) divulgou nota<br />

afirmando que a nova lei sobre drogas tem<br />

avanços ao enfrentar o problema de maneira<br />

integrada e tratar usuários e traficantes de<br />

ação contra a empresa Google para obrigá-la<br />

a cumprir 52 pedidos de quebra de sigilo de<br />

perfis e comunidades do Orkut, a fim de obter<br />

mais informações para o combate de crimes de<br />

pedofilia, racismo e homofobia.<br />

Em resposta, a Google <strong>Brasil</strong> também<br />

entrou com uma ação pedindo que seja<br />

indicado um especialista com o objetivo de<br />

confirmar que a empresa não possui os dados<br />

dos usuários do Orkut e que estas informações<br />

são administradas pelo Google Inc., sediada nos<br />

Estados unidos.<br />

No entanto, o procurador da República<br />

Sérgio Suiama disse que o argumento da<br />

empresa é infundado, uma vez que a Google<br />

<strong>Brasil</strong> já forneceu informações do perfil de<br />

usuários em outros casos.<br />

<strong>Brasil</strong> punirá usuários e dependentes<br />

com penas alternativas<br />

modo diferenciado, unindo Justiça e Saúde no<br />

combate as drogas.<br />

“O desafio da sociedade brasileira está<br />

em transformar a lei em realidade, com<br />

serviços de qualidade, especialmente na<br />

prevenção. Isto é, previne-se o uso de drogas<br />

desde o início. Também é importante integrar<br />

o tratamento de dependentes químicos<br />

com reabilitação e reintegração social,<br />

inclusive no mercado de trabalho”, afirmou<br />

o representante da uNODC para o <strong>Brasil</strong> e<br />

Cone Sul, Giovanni Quaglia.<br />

Segundo alguns terapeutas, trata-se de<br />

um avanço legislativo, pois essa lei existe no<br />

<strong>Brasil</strong> há cinco anos, quando foi inaugurado<br />

o CJT (Centro de Justiça Terapêutica) em<br />

Pernambuco, em abril de 2001. Na Justiça<br />

Terapêutica, o usuário não tem opção: acata<br />

a terapia ou vai preso. Leis semelhantes<br />

são utilizadas em países como Holanda e<br />

Argentina.<br />

Coronel que comandou o massacre do<br />

Carandiru é assassinado em SP<br />

Carandiru foi desativado em 2002 e o prédio implodido, inclusive o pavilhão nove onde ocorreram as mortes.<br />

O<br />

coronel da pm ubiratan Guimarães<br />

foi assassinado em São<br />

Paulo. Chegou-se a levantar a<br />

hipótese de que o Crime Organizado estaria<br />

envolvido. No entanto, as investigações colocam<br />

a namorada dele, a advogada Carla Cepollina,<br />

como principal suspeita. O coronel comandou,<br />

em 1992, a operação que ficou conhecida como<br />

massacre do Carandiru e resultou na morte de<br />

111 presos. A Casa de Detenção Carandiru<br />

foi desativada em setembro de 2002. Em<br />

dezembro daquele ano, três pavilhões foram<br />

implodidos, inclusive o nove, onde ocorreram<br />

as mortes.<br />

A Polícia já descartou a possibilidade de<br />

o assassinato ter sido cometido por membros<br />

do Crime Organizado, pela forma como ele foi<br />

assassinado. Ele foi baleado apenas uma vez, e<br />

não na cabeça. Se fosse uma eliminação ou por<br />

vingança, os peritos dizem que haveria mais<br />

de um tiro e em uma região mais mortal, como<br />

a cabeça.<br />

Portanto, a principal suspeita de ter<br />

matado o coronel é a namorada, que foi a<br />

última pessoa a ser vista com ele. Carla teve<br />

que entregar o passaporte na Polícia Federal<br />

e enquanto estiver sob suspeita não poderá<br />

deixar o País.<br />

A motivação do crime segue sob<br />

investigação, entre elas a hipótese de crime<br />

passional. Outra hipótese que deve ser<br />

analisada é a ligação com o assassinato do<br />

diretor do Carandiru na época do massacre,<br />

José Ismael Pedrosa, morto em outubro do<br />

Alunos de escolas particulares<br />

estudam 60 horas a mais que os<br />

de escolas públicas<br />

Os estudantes das Escolas Públicas brasileiras têm<br />

uma carga horária inferior aos da rede particular. A<br />

maior distorção é na Região Norte, onde a diferença de<br />

permanência na sala de aula entre os dois tipos de alunos chega a<br />

uma hora. Na Região Sul, a diferença cai para meia hora. Os dados são<br />

do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).<br />

Considerando os 200 dias letivos exigidos pela legislação educacional,<br />

em um ano, as escolas públicas teriam, em média, 160 horas a menos<br />

do que as escolas particulares. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação<br />

(LDB) prevê um mínimo de 800 horas de aula por ano, o que significa<br />

quatro horas de aula por dia.<br />

No ensino fundamental, a diferença entre a carga horária de escolas<br />

públicas e particulares é menor do que no ensino médio. Enquanto a rede<br />

particular oferece, em média, 4,5 horas de aulas, a rede pública oferece<br />

4,3 horas. Na Região Sudeste, os dois tipos de escolas chegam a ter as<br />

mesmas 4,7 horas.<br />

Se a rede pública está mais defasada que a particular, isso quer dizer,<br />

prejuízos. Quando se têm uma quantidade menor de horas estudadas, isso<br />

vai interferir de forma direta na qualidade do ensino. Esse pode ser um<br />

dos fatores, que colaboram para o mal desempenho de estudantes vindo<br />

da rede pública no vestibular. As universidades Federais brasileiras são<br />

compostas, em sua maioria, por alunos provenientes de instituições de<br />

ensino particulares.<br />

ano passado, em Taubaté, num crime<br />

atribuído ao PCC (Primeiro Comando<br />

da Capital).<br />

O encarregado das investigações é<br />

o delegado geral da Polícia Civil, Marco<br />

Antônio Desgualdo. Segundo ele, o<br />

prédio onde morava ubiratan teria<br />

circuito de câmeras, mas, o sistema<br />

não teria feito a gravação de imagens,<br />

o que impediria a identificação de<br />

suspeitos. Funcionários do edifício e<br />

familiares também serão ouvidos. As<br />

investigações estão sendo mantidas<br />

em sigilo, mas Desgualdo garante<br />

que já está perto de chegar a um<br />

desfecho.<br />

ubiratan foi morto em seu<br />

apartamento, nos Jardins, região nobre<br />

na zona oeste da cidade, com um único<br />

tiro, que o atingiu debaixo do mamilo<br />

direito e saiu pelas costas. O corpo foi<br />

localizado por volta das 22h30 do dia<br />

10 de setembro, mas há suspeitas de<br />

que o crime tenha ocorrido entre a<br />

noite de sábado e a madrugada de domingo, já<br />

que os jornais do dia permaneciam do lado de<br />

fora da porta.<br />

Em 2001, o coronel chegou a ser<br />

condenado a 632 anos de prisão pelas mortes,<br />

mas no começo deste ano o Tribunal de Justiça<br />

paulista anulou o julgamento e o absolveu.<br />

A anulação do julgamento gerou protestos<br />

de entidades de direitos humanos e repercutiu<br />

negativamente no exterior.<br />

ubiratan trabalhou 34 anos na Polícia<br />

Militar. Nos anos 70, durante a ditadura<br />

militar, combateu as ações guerrilheiras<br />

no Vale do Ribeira (SP). Como oficial,<br />

comandou a Cavalaria, a Rota e o Policiamento<br />

Metropolitano. E foi na condição de comandante<br />

do Policiamento Metropolitano que o coronel<br />

liderou a operação destinada a controlar uma<br />

rebelião sem reféns no Carandiru, em dois de<br />

outubro de 1992.<br />

0 <strong>Brasil</strong> <strong>Etc</strong>. <strong>Brasil</strong> <strong>Etc</strong>.<br />

a internet<br />

Foto: Divulgação<br />

Coronel Ubiratan Guimarães<br />

Cerca de ,9 milhões de brasileiros<br />

baixaram música pela web no<br />

ano passado<br />

está se tornando o maior veículo para se fazer<br />

pirataria musical. De acordo com pesquisa da Associação<br />

<strong>Brasil</strong>eira dos Produtores de Discos (ABPD), o brasileiro<br />

baixou 1,1 bilhão de músicas pela web em 2005. Deste total, apenas<br />

dois por cento foi de forma legal, os outros 98 por cento foram<br />

ilegalmente. Caso todos esses downloads fossem feitos na forma<br />

legal, gerariam uma receita de mais de R$ 2 bilhões. O equivalente a<br />

três vezes mais o valor total do faturado com a venda de CDs e Dvds<br />

originais, de R$ 615,2 milhões anuais.<br />

A pesquisa mostra que a maioria dos downloads foi feito pelo<br />

compartilhamento de arquivos entre máquinas, o que não envolve o<br />

pagamento de direitos autorais.<br />

um dado curioso é que a maior parte das pessoas que baixam músicas<br />

pela internet, algo em torno de três milhões de pessoas, são oriundas das<br />

classes A e B, ou seja, pessoas que têm condições financeiras de comprar<br />

um CD. Talvez o comodismo e a praticidade do computador estejam<br />

colaborando para aumentar cada vez mais a pirataria musical.<br />

Deve-se levar em conta também, que metade desses internautas,<br />

gravou as músicas baixadas em CD, equivalendo a um volume de 52<br />

milhões de CDs gravados em 2005, o que representa um volume 13%<br />

maior que o total de CDs originais vendidos pela indústria. Diante desses<br />

prejuízos a indústria fonográfica pretende licenciar seu repertório para os<br />

serviços digitais.

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