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Nabas Legal Consultancy Ltd. - Revista Brasil Etc

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Música<br />

O forró<br />

está tomando conta de<br />

Londres. Quando Zeu Azevedo e a<br />

Banda Forrodaki entram no palco,<br />

ninguém consegue ficar parado, sejam ingleses,<br />

japoneses, italianos, indianos ou quem esteja<br />

no salão. Para apimentar ainda mais a noite<br />

dos brasileiros, eles estão fazendo a festa todo<br />

domingo no Guanabara. Hoje, seguramente, o<br />

domingo mais quente de Londres.<br />

O forró está tomando conta de Londres.<br />

Quando Zeu Azevedo e a Banda Forrodaki<br />

entram no palco, ninguém consegue ficar<br />

parado, sejam ingleses, japoneses, italianos,<br />

indianos ou quem esteja no salão. Para<br />

apimentar ainda mais a noite dos brasileiros,<br />

eles estão fazendo a festa todo domingo no<br />

Guanabara. Hoje, seguramente, o domingo<br />

mais quente de Londres.<br />

A banda tem um desempenho único e o<br />

repertório é inovador. Eles fazem uma mistura<br />

que tem até violino. uma das músicas que faz<br />

muito sucesso na noite é “Apontada para a cara<br />

do sossego”, uma adaptação do rap para o forró.<br />

Quando Zeu e banda começam a tocar a música,<br />

os casais já chegam mais perto para não perder<br />

nem um minuto.<br />

A banda Forrodaki é bem versátil, durante o<br />

show que fazem no Guanabara, eles tocam ritmos<br />

como Samba, Reggae, Funk, Arrocha e Forró,<br />

claro, da melhor qualidade. “Toquei com varias<br />

formações, mas sempre defendi o forro, algumas<br />

vezes com formação de sanfona, zabumba e<br />

triângulo, outras de teclado, zabumba e violão,<br />

outras somente de teclado, e agora estou com a<br />

Banda Forrodaki que tem violino, contrabaixo,<br />

bateria, zabumba, triangulo e a sanfona, com<br />

essa banda eu fiz o Festival Del Pueblo”, conta<br />

o líder da banda Zeu.<br />

Ao som do ritmo quente nordestino, só não<br />

arrasta pé que já morreu. A batida da zabumba,<br />

triângulo e sanfona tomam conta do corpo de<br />

tal maneira que começa se balançando e quando<br />

se vê já está na pista de dança no maior arrasta<br />

Foto: Kevin SPittle<br />

por: everaldo cruz<br />

Noites londrinas ganham ritmo ao som<br />

de Zeu Azevedo e banda Forrodaki<br />

pé. A música e a<br />

dança têm o poder<br />

de transportar seu<br />

espírito para uma<br />

outra dimensão, uma<br />

gostosa e divertida<br />

válvula de escape<br />

para acabar com o<br />

estresse. A música é<br />

também uma forma<br />

de fugir da solidão<br />

e de espantar a<br />

saudade desta terra<br />

maravilhosa (<strong>Brasil</strong>)<br />

que deixamos para<br />

trás. E ao som do<br />

Forrodaki melhor<br />

ainda, pois a banda<br />

canta com paixão,<br />

resgatando as<br />

verdadeiras raízes do forró nordestino de Luiz<br />

Gonzaga.<br />

O Forrodaki tem Zeu Azevedo (vocal e<br />

sanfona), Lucas (zabumba), Fellipe (violino),<br />

Claus (contrabaixo), Marcelo (bateria) e Mike<br />

(triangulo) que fazem um verdadeiro “redevu”<br />

com uma mistura peculiar de violino com<br />

sabubado que parecem dois em um.<br />

O forte da banda Forrodaki é o Forró<br />

Nordestino. E aliás, foi no Nordeste que nasceu<br />

esse gênero musical. É muito popular nas<br />

cidades de Caruaru e Campina Grande, onde<br />

é símbolo da Festa de São João. E também<br />

nas capitais Fortaleza, Natal e Recife onde se<br />

promovem grandes festas que duram a noite<br />

toda. O forró engloba o baião, a quadrilha, o<br />

xaxado, o arrasta-pé e o xote.<br />

Depois de 15 anos tocando pelo <strong>Brasil</strong><br />

fazendo aberturas de grandes artistas (Jorge<br />

Ben Jor, Falamansa, Trio Virgulino e Bruno<br />

e Marrone em Londres) tocando em clubes e<br />

grandes praças, por estados de como Bahia,<br />

Minas Gerais e São Paulo. Zeu resolveu realizar<br />

um sonho de menino:<br />

conhecer o primeiro<br />

mundo. Em Londres<br />

há quatro anos, muito<br />

comunicativo e esperto,<br />

não demorou muito<br />

para os produtores<br />

saberem que tinha um<br />

cantor e sanfoneiro na<br />

cidade, o que ate então<br />

não existia. “Fiz minha<br />

primeira apresentação<br />

e fui aprovado<br />

tanto pelos produtores<br />

quanto pelo público<br />

que me segue ate<br />

hoje.” Na Inglaterra<br />

Zeus já tem muito chão<br />

Foto: Kevin SPittle<br />

rodado, tocou no interior e em países vizinhos,<br />

País de Gales, Escócia, Bélgica e recentemente<br />

na Irlanda.<br />

Com tantos anos de experiência, Zeus<br />

se prepara para gravar o quarto disco de sua<br />

carreira com um repertório todo de forró que<br />

está sendo escolhido a dedo pelo artista.<br />

Mais informações sobre a banda e contato<br />

para shows, e só entrar em contato com Zeu<br />

através do telefone (44)7886837026 ou pelo email<br />

zeuazevedo@hotmail.com.<br />

PErFil:<br />

Zeuxis Fernandes Teixeira de Azevedo,<br />

nome artístico Zeu Azevedo, 24 anos, é natural<br />

de Guanambi, no sudoeste da Bahia. Começou<br />

cedo na música subiu ao palco pela primeira<br />

vez aos 5 anos para cantar “Cowboy fora da<br />

Lei” de Raul Seixas. “Gostei tanto da emoção e<br />

da adrenalina de estar no palco que comecei a<br />

fazer pequenas participações nos shows do meu<br />

pai Cidinho Azevedo, que é cantor e compositor”<br />

lembra Zeus.<br />

À medida que foi melhorando, a duração<br />

de suas participações foram aumentando<br />

até que ganhou o seu próprio show. Aos sete<br />

anos começou a tocar teclado e assim foi se<br />

aperfeiçoando na música. Com quase 20 anos<br />

de carreira Zeu sabe que a música está sempre<br />

em movimento e por isso estuda sempre na<br />

tentativa de se superar e com isso, fazer um<br />

show melhor e mais profissional.<br />

agEnDa:<br />

Domingos no Guanabara - Holborn esquina da<br />

Drury lane com Parker street.<br />

Terça-feira no Salsa, as terças-feiras - 96<br />

Charing Cross road, WC2H 0JG.<br />

Sexta-feira no Club Colosseum - 1Nine Elms<br />

Lane, Vauxhall.<br />

Os britânicos levaram um susto<br />

com o último senso. A população<br />

no Reino unido ultrapassou os<br />

60 milhões de habitantes. Acredita-se que a<br />

entrada dos 10 países do Leste Europeu na<br />

Comunidade Européia em 2004 foi o grande<br />

responsável pelo crescimento assustador da<br />

população. O último grande crescimento registrado<br />

foi na década de 60. Só em Londres<br />

são 16 milhões, onde os ingleses dividem<br />

espaço com gente do mundo inteiro. Para o<br />

Ano que vem espera-se a entrada da Romênia<br />

e da Bulgária para a Comunidade.<br />

O <strong>Brasil</strong> também tem contribuído com<br />

o problema. Apesar de os órgãos de Imigração<br />

não saberem ao certo o número exato<br />

de brasileiros vivendo aqui, estima-se que,<br />

só em Londres, sejam 100 mil. O número<br />

inclui pessoas em situação regular e os ilegais.<br />

Mas foram os imigrantes vindos princi-<br />

Carolina Merten<br />

Londres, Inglaterra<br />

Nossa! O que mais tem por aqui<br />

é gente do Leste Europeu, as<br />

vezes acho que eles são até um pouco<br />

preconceituosos com a gente. Também, é de<br />

se entender, pois estamos aqui disputando<br />

o mercado de trabalho com eles. Com tanta<br />

oferta de mão-de-obra, o valor da hora<br />

trabalhada acaba caindo. Tenho amigos<br />

aqui que dizem que antes se<br />

ganhava um pouco mais por hora.<br />

““<br />

Andrei da Silva<br />

Dublin, Irlanda<br />

A temporada de verão é a época em<br />

que os brasileiros mais sofrem com a<br />

concorrência das pessoas do Leste Europeu aqui<br />

em Dublin, pois eles vêm em massa e acabam<br />

disputando igualmente o emprego e a moradia.<br />

Porém, não são somente eles, os brasileiros<br />

que estão vindo também são concorrentes,<br />

pois se eu for procurar um emprego<br />

eu os terei, assim como os europeus.<br />

““<br />

Wagner Vinco<br />

Londres, Inglaterra<br />

38 <strong>Brasil</strong> <strong>Etc</strong>. <strong>Brasil</strong> <strong>Etc</strong>. 39<br />

Capa<br />

Superpopulação<br />

da Grã-bretanha preocupa<br />

imigrantes brasileiros<br />

palmente dos países da Europa que contribuíram<br />

de forma mais significativa para o aumento<br />

da população no Reino. Polônia, República Checa,<br />

Lituânia e Eslováquia são os principais.<br />

A moeda forte é o principal atrativo da<br />

Inglaterra. um Engenheiro na Romênia, por<br />

exemplo, ganha o equivalente à £70 por mês.<br />

Se ele pode receber esse valor diariamente, é<br />

bem provável que no ano que vem, quando ele<br />

terá permissão para imigrar, certamente será<br />

mais um a disputar o mercado<br />

do subemprego na terra da<br />

rainha.<br />

Existem dois pontos de<br />

vista para a questão dos imigrantes<br />

no país. O primeiro:<br />

os economistas acreditam que<br />

o aumento desordenado da população pode colocar<br />

em risco os serviços básicos como saúde<br />

e educação. Sem levar em conta, que a grande<br />

oferta de mão-de-obra acaba por interferir na<br />

economia do país, no que diz respeito a salários.<br />

Sempre vai ter gente aceitando trabalhar por<br />

por: valdirene alves<br />

Os imigrantes do<br />

Leste europeu mais<br />

contribuem do<br />

que usufruem dos<br />

benefícios do país.<br />

menos, especialmente os jovens vindos do<br />

Leste europeu, onde uma Libra equivale a<br />

quase seis unidades da moeda local, como é<br />

o caso da Polônia (dados da Safe Transfer).<br />

Já para os políticos, esses trabalhadores<br />

vindos do Leste não põem em risco a economia<br />

do país por estarem atuando em um<br />

campo de trabalho onde os ingleses geralmente<br />

não costumam trabalhar, os chamados<br />

subempregos, que incluem limpeza em<br />

geral e construção civil.<br />

Dizem que os imigrantes<br />

do Leste europeu mais<br />

contribuem do que usufruem<br />

dos benefícios do<br />

país. Ao contrário, essas<br />

pessoas que vêm para trabalhar,<br />

geralmente, são jovens entre 18 e 30<br />

anos e raramente usam os serviços gratuitos<br />

de saúde e educação. Porém, deixam suas<br />

taxas gordas no país devido à longa jornada<br />

de trabalho.<br />

Mas, o trabalhador do Leste europeu in-<br />

Tenho apenas cinco meses de<br />

Londres, teria que ter mais tempo<br />

para analisar o problema. O que eu percebi<br />

nesse pouco tempo aqui é que as vagas<br />

na Construção Civil diminuíram muito.<br />

O valor da hora trabalhada também está<br />

sofrendo uma desvalorização. Como<br />

tem muita oferta de mão-de-obra,<br />

está ficando cada vez mais difícil<br />

conseguir trabalho por aqui.<br />

““

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