colonização no mato grosso
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mais, reduzinüo-se a faixa dos assalariados permanentes e a metade a<br />
constância dos parceiros e arrendatários, como decorrência lógica dos<br />
grandes e extensivos empreendimentos pecuários.<br />
Analise-se agora, ainda <strong>no</strong> quadro fundiário do Estado, uma<br />
outra forma de uso da terra, embora ja ligeiramente abordado, sem con-<br />
tueo caracteriza-la,<br />
k corrida desordenada, a luta pela sobrevivência, leva o tra-<br />
balhador sem terra a adentrar-se mais e mais nas florestas virgens, som<br />
medir esforços e dificuldades , sejj^^J^^óprA 05 - 0 - 11 ^ sua f^^^l^- 3 -» sacri-<br />
ficando, as vezes, alguns dos seus membros, na ânsia de ter para si al-<br />
gum pedaço de chão, fugindo da marginalização social em que vive, na<br />
busca de uma vida condigna. Começa a trabalhar. Novas familias a ele<br />
se juntam, a produção aumenta e com ela os benefícios decorrentes, se-<br />
ja pela ação do gover<strong>no</strong> ou iniciativa própria. Todavia, chega também<br />
aquele que detém o domínio da propriedade ou assim se intitula, muitas<br />
vezes sem jamais ter exercido o seu direito de posse, exigindo a suma-<br />
ria desocupação da área, agora muito mais valorizada em função dos be-<br />
nefícios ali chegados pelo trabalho dos que a desbravaram e conquista*<br />
ram de fato.<br />
Eis aí o quadro típico de onde emerge a figura do posseiro,<br />
oriundo dos excedentes que os poucos programas de <strong>colonização</strong> e simi-<br />
lares - oficiais ou particulares não conseguiram absorver. Em 1972,<br />
segundo dados do INCRA, estes somavam aproximadamente 10.000 pessoas<br />
que dado o processo de ocupação sul/<strong>no</strong>rte, adentraram as fronteiras,<br />
sendo anônimos - por esta razão, em termos de mão de obra, nao obstan<br />
te o expressivo número que forma este contigente, o qual se desloca<br />
oegundo a maior ou me<strong>no</strong>r ocupação real das torras pelos seus "legítimos"<br />
proprietários. Tal fato pode ser medido e os números atualmente con-<br />
testados pela quantifia de caminhões "pau de arara" que, conduzindo fa-<br />
mílias, é uma cena diária nas estradas de penetração, ã procura de ter<br />
ras não ocupadas a fim do explorá-las, esquecendo-se que em Mato Gros-<br />
so, segundo divulgaram autoridades governamentais, não existem terras<br />
sem do<strong>no</strong>, o qual sempre aparece, exigindo a imediata desocupação da<br />
are a.<br />
Começa a tensão, o conflito. A Justiça nem sempre é soli-<br />
citada e, muitas vezes, quando o e, não coloca em tempo hábil a sua<br />
máquina para funcionar na salvaguarda,dos direitos do posseiro e, maia<br />
uma vez a máxima popular se consuma-t o fraco o- subjugado pelo forte.<br />
Em dados registrados pela Comissão Fundiária de Mato Grosso