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Completo 2,7 MB - Paulo Egydio

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Governador do Estado <strong>Paulo</strong> <strong>Egydio</strong> Martins<br />

Conselho Deliberativo do FASPG<br />

Presidente Lila Byington <strong>Egydio</strong> Martins<br />

Conselheiros Dra. Ada Peiegrini Gr/no ver<br />

Dr. Antonio Fazzani Bina<br />

Assessor junto a Presidente<br />

Equipe Executiva<br />

Chefia de Gabinete<br />

Assessoria da Presidente<br />

Departamento Administrativo<br />

Assessoria para Assuntos Especiais<br />

Departamento Técnico<br />

Assessoria do Departamento Técnico<br />

Divisão da Grande São <strong>Paulo</strong><br />

Divisão do Interior<br />

Atendimento a Prefeituras e Obras Sociais<br />

Assessoria de Imprensa<br />

Dr. José Papa Jr.<br />

Dr. Luiz Eulálio de Bueno Vidigal Filho<br />

Dra. Maria Helena Monteiro de Barros<br />

Dr. Mário de Moraes A/tenfelder e Silva<br />

Dr. Omar Sal/es de Lima<br />

Bahij Am/n Aur<br />

Fernanda Margarida Galvão Cintra<br />

Brasilia Arruda Botelho<br />

Ophélia A thiê Simão<br />

Beatriz Castelo Branco Saviolli<br />

Fernanda Margarida Gaivão Cintra<br />

Sílvia Stanisci<br />

Di/za Torres<br />

Elza Koumrouyan<br />

Nora Auer Arruda Botelho<br />

José Nelson de Oliveira e Freitas


afácio<br />

No momento de elaborar o Relatório de Atividades realizadas pelo Fundo de Assistência Social do Palácio do Governo — FASPG -<br />

nestes quatro anos, optei, juntamente com a equipe de trabalho, pela ampliação deste documento, com o acréscimo de uma reflexão<br />

descritiva da programação desenvolvida, a fim de fornecer subsídios a todos que orientam seus esforços para o evento de uma etapa<br />

de vida mais justa e humana para nosso povo.<br />

Por outro lado, acredito essencial ir-se além do mero relatório, pois, a experiência vivida por técnicos, funcionários e voluntários do<br />

FASPG — empenhados no incentivo à maior Participação Comunitária — propiciou, através do trabalho realizado, a renovação de um<br />

órgão público, adequando-o às características fundamentais exigidas pelo Serviço Social: dinamizar a prática do atendimento direto<br />

pelo planejamento, preparo e criação de novos meios e oportunidades para a Promoção Humana. Esta experiência-semente foi plantada<br />

por um grupo imenso de colaboradores que ouviu, debateu, dialogou com a equipe do FASPG e está agindo, multiplicando<br />

como fermento-vivo a consolidação de uma nova mentalidade — a que acredita no potencial humano.<br />

A linguagem numérica é considerada de extrema objetividade. Talvez numa época como a nossa, em que a técnica é privilegiada, os<br />

números sejam prezados mais ainda.<br />

Consciente do risco de ir além da linguagem formal dos números, no instante de completar este relatório sobre o trabalho do FASPG,<br />

no período de março de 1975 a março de 1979, decidi ir um pouco à frente das cifras e tentar descrever, sinteticamente, a ação desenvolvida<br />

por este órgão.<br />

E necessário esclarecer que o risco de ir além da linguagem numérica se estabelece, também, por não me limitar à terminologia específica<br />

do Serviço Social, o que me obrigaria a um distanciamento daquilo que mais prezo e que me encorajou a registrar esta reflexão<br />

no momento de deixar a presidência do FASPG: o crescimento pelo relacionamento.<br />

Uma experiência de trabalho foi vivenciada por todo um grupo de pessoas — a equipe de trabalho do FASPG — e creio que a possibilidade<br />

de manifestar essa experiência, juntamente com os números, é uma oportunidade a mais de prestar serviços à comunidade.<br />

Distante da pretensão de acreditar que esta experiência seja modelo, paradigma ou um receituário para o trabalho que o FASPG e/ou<br />

outros órgãos do setor social realizam, considero válida e necessária esta descrição, por expressar um átomo da história de nossa<br />

gente.<br />

Essa parcela da história, que é vista e sentida pelos que trabalham no FASPG, nem sempre chega a ser encadernada. É uma história<br />

bastante conhecida — a da miséria, a do sofrimento humano, da doença, da procura de orientação, a busca de um lugar para morar.<br />

0 relato das dificuldades sociais, também, chega ao FASPG, através de prefeitos, dirigentes, técnicos, funcionários e voluntários de<br />

entidades sociais e, ainda, de inúmeros outros profissionais (professores, médicos, engenheiros-agronômos e tantos mais) que, pessoalmente<br />

ou por meio de cartas e ofícios, entram em contato conosco, testemunhando seu empenho em encontrar uma solução para os<br />

problemas de nossa realidade.<br />

A todas as pessoas que prosseguem na luta pelo desenvolvimento social, reitero o meu profundo reconhecimento e admiração, agradecendo<br />

a oportunidade dos contatos que mantive com a população e suas lideranças, através dos quais cresceu em profundidade<br />

minha consciência sobre o valor da dimensão social de cada pessoa — dimensão solidária e plena de vitalidade.<br />

LILA BYINGTON EGYDIO MARTINS


we<br />

Prefácio 3<br />

A escolha da semente — Introdução 7<br />

A semente e a terra 9<br />

— Participação comunitária<br />

— Promoção humana<br />

A semeadura 12<br />

— Formação de recursos humanos<br />

A consciência da semente 22<br />

— Voluntariado social<br />

A semente se orienta 29<br />

— Balcão informativo de recursos comunitários<br />

A criança e a semente 35<br />

— Programas comunitários para o desenvolvimento da criança<br />

— Projetos — Piloto<br />

— Quinzena de participação comunitária para o desenvolvimento da criança<br />

A semente e as raízes — 44<br />

— Projetos integrados<br />

— Projetos específicos<br />

0 fruto e a semente 49<br />

— Plantão de referência<br />

— Núcleos de participação comunitária — NUPACs<br />

— Complementação de material às prefeituras e obras sociais<br />

— Campanhas de participação comunitária<br />

A semente brota 53<br />

— Fase preparatória do ano internacional da criança<br />

— Programação de 1979<br />

Dados quantitativos 56


O preparo anterior<br />

Antes, mesmo, de assumir a presidência<br />

do FASPG, já estava consciente da<br />

procura e da utilidade dos serviços que o<br />

órgão vinha prestando à população.<br />

Na formação de uma equipe básica nos<br />

contatos com representantes das mais<br />

diversas áreas do setor social, durante os<br />

dez meses anteriores ao início da<br />

Administração <strong>Paulo</strong> <strong>Egydio</strong> Martins,<br />

compartilhamos da preocupação<br />

demonstrada por diversos técnicos<br />

quanto a necessidade de adequar a ação<br />

social do FASPG à realidade complexa e<br />

difícil que aí está.<br />

Durante esse período de preparação,<br />

foram levantados vários pontos que<br />

requeriam atenções especiais, dos quais<br />

vale destacar os seguintes:<br />

Do FASPG para o público<br />

— Da necessidade de ser criada uma<br />

estrutura que não só atendesse aos<br />

problemas imediatos, mas que desse<br />

início a um processo de transformação<br />

social.<br />

Do público para o FASPG<br />

— Iniciar um processo de transformação<br />

social significava, também,<br />

restruturar não só o próprio órgão,<br />

mas, ainda, desfazer a arcaica imagem<br />

de que a esposa do governador é algo<br />

semelhante a uma "fada madrinha" ou<br />

uma "santa milagreira". A necessidade<br />

de desmistificar essa imagem, longe de<br />

ser uma crítica às Administrações<br />

anteriores, significa um<br />

posicionamento contra a "estrutura<br />

do favor" (que sabemos ser oriunda<br />

nos imemoriais tempos da nossa<br />

história colonial).<br />

— Procurar colocar no contexto social<br />

mais amplo possível a "história" de<br />

cada pessoa que viesse a procurar


este órgão (vide capítulos sobre o<br />

Plantão de Referência, Atendimento<br />

a Prefeituras e Obras Sociais e<br />

Campanhas de Participação<br />

Comunitária).<br />

Do contato com outros<br />

órgãos e entidades do setor social<br />

Ainda durante o período de preparo da<br />

programação a ser desenvolvida pelo<br />

FASPG, percebíamos a existência de um<br />

grande número de pessoas, entidades<br />

sociais, órgãos públicos e particulares<br />

empenhados em desenvolver inúmeros<br />

programas para atender às dificuldades<br />

mais específicas da nossa realidade.<br />

Apesar de todo o esforço e dedicação<br />

dessas instituições, seus objetivos nem<br />

sempre eram atingidos e os motivos que<br />

levavam à frustração das metas, por<br />

vezes, não eram nem a falta de recursos<br />

humanos ou de recursos financeiros.<br />

Identificávamos, sim, que para cada<br />

problema que se manifestava, buscava-se<br />

criar um programa como resposta.<br />

Assim, a realidade era atendida pela<br />

parcíalização, pela divisão, pela "fatia" —<br />

resposta que cada programa ou entidade<br />

especializada realizava. Essa constatação<br />

permitiu-nos perceber que no vácuo<br />

criado pela ação isolada, se perdiam<br />

recursos preciosos para acelerar o nosso<br />

desenvolvimento, como também se<br />

identificava o paralelismo de ação,<br />

outra voragem consumidora de energia e<br />

forças fundamentais ao processo de<br />

transformação social.<br />

Mais grave que a parcialização do<br />

trabalho social e mais sério que o<br />

desgaste da ação paralela é a mentalidade<br />

paternalista que originou e alimentou<br />

esses procedimentos.<br />

Uma questão de mentalidade<br />

Enquanto tal, significa que existe um<br />

certo acordo comum que permite essa<br />

situação.<br />

Todos conhecemos o "jogo de empurra"<br />

que transfere para as entidades<br />

especializadas ou para o Governo, por<br />

exemplo, a responsabilidade de educar,<br />

de reintegrar o menor infrator ou o filho<br />

viciado em tóxicos.<br />

A contínua transferência de<br />

responsabilidades reforça o paternalismo<br />

do Estado e a dependência sempre maior<br />

dos cidadãos. Esse o saldo da<br />

mentalidade omissa, da acomodação e dc<br />

inércia frente aos problemas de nossa<br />

real idade.<br />

Essa a síntese do inventário sobre as<br />

dificuldades do setor social, que<br />

visualizamos antes de assumir a<br />

presidência do FASPG. Nessa etapa, já<br />

nos deparamos, também, com o esforço<br />

e a objetividade de várias instituições,<br />

buscando superar o espaço do<br />

isolamento e conquistar a colaboração da<br />

comunidade para uma ação conjunta.<br />

Nova mentalidade<br />

Ao procurar definir os objetivos do<br />

FASPG para estes quatro anos, sabíamos<br />

que tínhamos de partir para um trabalho<br />

que incentivasse a criação de uma nova<br />

mentalidade. Mais ainda: era preciso<br />

fazer entender que, para algo chegar a ser<br />

rrientalizado, não basta, apenas, ser<br />

óbvio; é necessária uma ação educativa,<br />

de pedagogia permanente, para que um<br />

novo enfoque, um novo comportamento,<br />

um novo posicionamento se estabeleçam<br />

entre o indivíduo e a realidade à sua<br />

volta. E que ele perceba o vínculo, a<br />

relação, a ligação solidária que se<br />

desencadeia a partir da sua decisão de<br />

participar.


Essa ação educativa necessitava ser regida<br />

por um princípio que aproximasse as<br />

várias programações, entidades e<br />

cidadãos. Ainda em razão da<br />

determinação educativa, devia ser<br />

bastante amplo e orgânico para<br />

incorporar, somar todos os recursos, a<br />

partir do potencial de cada indivíduo e<br />

não se esgotar numa ação imediatista; ao<br />

contrário, inspirar para ação a médio e<br />

longo prazos (como se caracteriza,<br />

também, uma verdadeira ação educativa<br />

e de transformação social).<br />

Promoção do homem<br />

A busca desse princípio dinâmico<br />

levou-nos ao Ser Humano. E ele c senhor<br />

da ação e da transformação. Decidir pela<br />

Promoção do Homem, mais que uma<br />

opção entre os vários procedimentos<br />

apresentados pelo Se viço Social, foi a<br />

conseqüência do contato com a própria<br />

realidade, que anseia que as<br />

potencialidades do ser humano e a sua<br />

importância para a evolução do todo<br />

social não sejam subestimadas pela esmola<br />

a promessa ou o''jeitinho"; ao contrário,<br />

busca livrar-se das situações de<br />

dependência ou tutelagem, originadas<br />

pela abordagem, meramente ingênua, do<br />

complexo social.<br />

Política de participação<br />

Para levar adiante urna programação<br />

sócio-educativa, não bastava, contudo,<br />

ter como objetivo final a Promoção do<br />

Homem. Ou melhor, essa meta só<br />

encontrou viabilidade porque a política<br />

social desta Administração convergiu<br />

para o ser humano: "como premissa<br />

básica, proponho que se trabalhe de<br />

forma a que o governo estadual se<br />

caracterize, sob minha direção, como um<br />

governo de desenvolvimento e<br />

participação comunitária. Por<br />

participação comunitária, entendo não<br />

apenas o direito à representatividade e à<br />

liberdade de informação e expressão,<br />

mas também a mobilização e a<br />

motivação de toda a opinião pública, de<br />

todos os cidadãos e instituições para<br />

que participem da formulação e das<br />

críticas de políticas, bem como para que<br />

assumam parcelas de responsabilidade na<br />

própria implantação dessas políticas".<br />

(Governador <strong>Paulo</strong> <strong>Egydio</strong> Martins, in<br />

"Uma Estratégia de Governo",<br />

pág. 21/1 975).<br />

A semente<br />

Promover o homem através da<br />

participação comunitária — essa é a<br />

semente — esse é o objetivo fundamental<br />

que se configurou para o FASPG,<br />

integrado à Estratégia da Administração<br />

como um órgão complementar às ações<br />

prioritárias do Governo do Estado de<br />

São <strong>Paulo</strong> no setor social e<br />

intermediário (enquanto incentivador do<br />

diálogo) entre a População e o Poder<br />

Público.<br />

A partir dessa meta, o programa do<br />

FASPG teve, nesta Administração, os<br />

seguintes objetivos:<br />

— motivar a participação responsável da<br />

comunidade no processo de<br />

desenvolvimento social;<br />

— capacitar recursos humanos e<br />

entidades para a ação efetiva na<br />

comunidade;<br />

promover a integração entre órgãos<br />

públicos, privados e a comunidade;<br />

— Incentivar á valorização e<br />

desenvolvimento da criança, através<br />

de uma visão sócio-educativa<br />

global, incluindo a família e a<br />

comunidade.


,c ,t<br />

A proposta<br />

Antes de iniciar a descrição do trabalho<br />

realizado por este órgão, nesta<br />

Administração, é necessário<br />

situarmo-nos mais detidamente, em<br />

relação aos termos componentes do<br />

objetivo fundamental do FASPG:<br />

promover o homem, através da<br />

participação comunitária.<br />

O que passamos a descrever não vem de<br />

um enunciado teórico anterior ao início<br />

das nossas atividades, mas da experiência<br />

que vivenciamos no próprio processo<br />

de trabalho, do contato com os mais<br />

diversos grupos da população de nosso<br />

Estado.<br />

As reflexões desses contatos estão<br />

expressas nos trechos de dois discursos<br />

proferidos em épocas e locais diferentes<br />

(1) e reordenados, aqui, visando<br />

explicitar os termos Participação,<br />

Participação e Administração Pública,<br />

Participação e Promoção Humana.<br />

Participação<br />

"Acreditamos não ser por acaso que nos<br />

deparamos, freqüentemente, com a<br />

proposta de participar. Na forma de<br />

estímulo, incentivo, convite ou até<br />

mesmo como slogan publicitário,<br />

ouvimos, continuamente, esse<br />

chamado à participação.<br />

"Esse apelo que está no ar, lançado pelos<br />

mais diversos setores, testemunha o<br />

quanto se ressentem da apatia, da<br />

inércia e, mesmo, da acomodação de'<br />

significativa parcela de nossa população.<br />

"A área social que, por definição e<br />

constituição, depende, se apóia e<br />

desenvolve pela atuação coletiva, é a<br />

que mais anseia e necessita da<br />

participação de todos.


"Todos conhecemos pessoas, em nossas<br />

cidades, que, tomando consciência das<br />

dificuldades sociais, decidem,<br />

espontaneamente, trabalhar para<br />

solucionar determinado problema.<br />

"Quantos orfanatos, asilos, casas de<br />

recuperação e habilitação de<br />

excepcionais, por exemplo, foram<br />

criados a partir dessa decisão de<br />

pessoas que chamaram os amigos e<br />

formaram aquele grupo de<br />

"abnegados", que contribui com o<br />

Poder Público para o melhor<br />

atendimento da população.<br />

"São inúmeras as iniciativas válidas,<br />

criadas por esses grupos surgidos da<br />

população. Sabemos que, algumas dessas<br />

iniciativas, carecem aprofundar e situar<br />

melhor o seu trabalho frente às reais<br />

necessidades sociais".<br />

Participação e administração pública<br />

"Parece absurdo falar em Administração<br />

Pública sem se estar falando, também,<br />

em Participação Comunitária.<br />

Realmente, pode ser um absurdo, mas<br />

ficar em paz com essa conclusão, sem<br />

questioná-la, pode ser, inclusive, a<br />

causa do distanciamento entre a<br />

população e a Administração Pública e<br />

de ambas com a realidade.<br />

Existe o raciocínio simplista dos que<br />

afirmam que "a comunidade participa<br />

sempre'', e usam do seguinte sofisma:<br />

"uma vez construída a avenida, o<br />

viaduto ou a praça, a população passa<br />

a usá-las. Logo, a comunidade<br />

participa". Mas será que comunidade e<br />

população significam a mesma coisa?<br />

"E será que a população estava<br />

precisando, mesmo, daquela avenida?<br />

Será que a necessidade maior, mais<br />

urgente, estaria na construção do<br />

viaduto ou da praça? Quem desejou<br />

essas obras — a população, os técnicos<br />

ou o administrador?<br />

"O que queremos dizer, desde já, é que<br />

a base — a população — têm demonstrado<br />

o seu desejo de participar — e não apenas<br />

como usuária dos serviços prestados<br />

por uma Administração. A população<br />

pode, quer e precisa ter a oportunidade<br />

e os meios de participar, desde a decisão<br />

do porquê até como aquela obra vai ser<br />

realizada.<br />

"Quando ocorre uma calamidade pública,<br />

uma enchente por exemplo, e a Prefeitura<br />

se vê sem recursos para atender,<br />

imediatamente, às pessoas desabrigadas,<br />

todos somos testemunhas da<br />

generosidade e da solidariedade de<br />

nossa gente, que, nessás ocasiões, se une,<br />

integra seus esforços para encontrar a<br />

roupa, o colchão, o cobertor,<br />

providenciar a alimentação, organizar<br />

mutirões de limpeza e tanta coisa mais.<br />

"Passou aquele problema agudo, termine<br />

a união, cada um retorna ao seu grupo,<br />

clube ou trabalho, volta aos seus<br />

interesses pessoais, "tolerando que<br />

aquela gente da periferia", que sofreu<br />

com a enchente, continue com inúmeras<br />

dificuldades, num estado crônico de<br />

miséria.<br />

"Onde estão as lideranças, para<br />

continuar chamando, para mostrar que,<br />

se a ajuda for além daquele momento<br />

extremo de aflição, é o desenvolvimento<br />

social, é a promoção da cidade toda que<br />

está sendo construída pela própria<br />

população?<br />

"Ë neste ponto que a participação<br />

comunitária vai se definindo como o<br />

recurso mais precioso que o município<br />

conta para o seu próprio


desenvolvimento. Sea população é o<br />

recurso fundamental para o<br />

desenvolvimento e todas as nossas<br />

cidades têm gente — al gumas, como a<br />

capital, até com problemas de<br />

super-população — então, por que já<br />

não estão resolvidas todas essas<br />

dificuldades?<br />

"Ao lado dessa pergunta, coloca-se uma<br />

questão essencial: como a Administração<br />

Públiba encara sua população?<br />

"Imaginemos três localidades.<br />

Na primeira, a Administração enxerga,<br />

em cada morador, apenas, o contribuinte.<br />

Os cofres públicos se enchem. Aí, o<br />

administrador tern de justificar o porquê<br />

daquela arrecadação para os que foram<br />

sobrecarregados de taxas — e os serviços<br />

acabam beneficiando os que podem<br />

pagar mais. Aqueles que não tinham o<br />

que ser taxado, continuam<br />

marginalizados dos benefícios, dos<br />

cofres cheios.<br />

"Na outra localidade, o administrador<br />

vê, em cada habitante, apenas, o eleitor.<br />

Aí tudo é prometido: para arrancar o<br />

voto, vale até construir um viaduto<br />

ligando um brejo a urn alagadiço.<br />

Aquela obra pode não servir em nada ao<br />

sistema viário, mas trará votos --e haja<br />

banda, foguetes, falatórios no palanque...<br />

e votos nas urnas. Como tudo foi<br />

prometido, pouco ou nada será feito,<br />

porque essa Administração estará<br />

dividida, enfraquecida pelos<br />

compromissos assumidos com pessoas<br />

ou grupos de interesses --e não com<br />

toda a população.<br />

"Na terceira localidade, a Administração<br />

centrou seu objetivo em atender às<br />

necessidades do ser humano.<br />

O administrador se fechou em seu<br />

gabinete, com sua equipe, e baixava<br />

lo<br />

decretos para a promoção do homem,<br />

com H maiúsculo. Dizem que seus<br />

decretos eram muito comoventes e<br />

bonitos. Mas, quando ele saiu do<br />

gabinete, ao final do governo, percebeu<br />

que os moradores continuavam com os<br />

mesmos problemas e necessidades de<br />

antes. AC transferiu a culpa para a<br />

população, porque esta não sabia ler e<br />

entender o Diário Oficial...<br />

"Felizmente, essas três localidades e<br />

suas desastradas administrações são<br />

imaginárias. Ou, pelo menos,<br />

gostaríamos que fossem...<br />

"Ao citar esses três procedimentos<br />

exagerados, queremos esclarecer a<br />

proposta de Participação Comunitária.<br />

Entender a participação só como<br />

imposto é cômodo, mas deixa<br />

estagnado e deteriora o relacionamento<br />

entre administrador e povo. Porque<br />

entender a população como um<br />

aglomerado de contribuintes é<br />

desfigurar o homem, pois, só o que ele<br />

tem interessa; o que ele é ou o que quer<br />

ser, ticam de fora desse procedimento.<br />

"No segundo caso, conquistar o voto à<br />

vasta da ilusão, desvirtua e insulta o<br />

direito à escolha e não representa<br />

qualquer evolução política. Iludida, a<br />

população não escolheu: foi induzida à<br />

estrutura do favor, que, sabemos, não é<br />

nenhum processo político.<br />

Cl administrador eleito pelas promessas<br />

não terá condições de criar meios e<br />

oportunidades para o desenvolvimento.<br />

Ele terá de pagar favores.<br />

"Administrador trancado no gabinete,<br />

sem ouvir e refletir junto com a<br />

população, é outro extremo. Sem<br />

contato, sem vínculo com a realidade,<br />

só baixar decretos para promover o<br />

homem, aí, quem se ilude é o


administrador. Ele imagina estar<br />

fazendo aquilo que é melhor para o<br />

povo, sem saber o que quer o povo.<br />

0 que surge desse procedimento é o<br />

paternalismo tradicional, que<br />

população nenhuma pode mais aceitar<br />

"0 que pretendemos, ao descrever<br />

esses três procedimentos "imaginários",<br />

é mencionar os três riscos ou tentações<br />

mais comuns em que qualquer<br />

administrador público pode incorrer,<br />

na esperança de resolver as dificuldades<br />

de sua cidade, tendo como referencial<br />

único a estrutura administrativa e a<br />

pressão que os problemas e as<br />

necessidades exercem sobre ele.<br />

Em qualquer dos procedimentos<br />

descritos, a população é encarada como<br />

urna massa mais ou menos uniforme,<br />

que tem inúmeras necessidades e<br />

problemas. Para solucionar essas<br />

dificuldades, o administrador manipula<br />

ou molda esta massa.<br />

"Assim, não é levado em consideração<br />

que a população é um conjunto de seres<br />

humanos. Com problemas, sim.<br />

Mas, cada pessoa desse conjunto tem<br />

inteligência, afeto, disposição,<br />

solidariedade e tanta coisa mais que<br />

fazem do ser humano o mais espantoso<br />

e surpreendente dos seres que existem.<br />

"Recorrer a todo esse potencial que<br />

existe em cada pessoa da população<br />

de nossas cidades, só quando surgem<br />

as calamidades, é insultar, desprezar e<br />

desperdiçar o recurso mais importante<br />

para que a pressão exercida sobre a<br />

Administração Pública pelas necessidades<br />

e problemas seja aliviada e solucionada<br />

através da colaboração de cada habitante.<br />

"Consciente do seu potencial, com<br />

oportunidades e meios para<br />

desenvolvê-lo, teremos o cidadão, a<br />

existência de objetivos comuns, a ação<br />

solidária permanente, a busca conjunta<br />

de melhores condições de vida — o<br />

relacionamento, a real integração entre<br />

as diversas faixas da população — tudo<br />

isso motivado, tudo isso existindo, aí<br />

sim, teremos a comunidade, aquele<br />

habitante que não só mora na cidade,<br />

mas também zela e cuida do seu<br />

desenvolvimento".<br />

Participação e promoção humana<br />

Promover o homem através da<br />

participação comunitária<br />

"Essa meta envolve dois aspectos<br />

fundamentais; primeiro, o compromisso<br />

com uma ação promocional, ou seja, a<br />

procura de novos padrões de atuação<br />

distantes do assistencialismo e do<br />

paternalismo tradicional que,<br />

infelizmente, ainda marcam grande<br />

parte das atividades sociais realizadas<br />

em nosso país.<br />

"Decidir pela Participação Comunitária,<br />

não se trata de uma segunda etapa de<br />

nossa proposta de trabalho.<br />

"Entendemos a participação como o<br />

impulso, o movimento que dinamiza<br />

as energias e o potencial que todo o<br />

ser humano possui. Esse potencial e<br />

essas energias quando despertas,<br />

conscientes, orientadas integradas,<br />

constituem a alvanca onde cada um<br />

imprime sua força para, em conjunto,<br />

atingirmos uma nova etapa de<br />

desenvolvimento social.<br />

"Assim, são simultêneas e<br />

interdependentes a promoção do homem<br />

e a Participação Comunitária. Decorrente<br />

do ato de participar — de tomar parte<br />

numa ação com a lucidez de uma<br />

consciência responsável, encontramos<br />

um novo homem, mais confiante,<br />

solidário e, por isso, auto-promotor de


uma nova ordem para a vida social (1 ).<br />

"Aí a semente e a terra.<br />

A semente-proposta de participação<br />

comunitária desacomoda a terra,<br />

aprofunda raízes e brota pela consciência<br />

lúcida de cada pessoa disposta à ação<br />

conjunta pela transformação social".<br />

Nota<br />

fl Os discursos acima foram proferidos,<br />

respectivamente, no Palácio do Bunt!, Brasília,<br />

em setembro de 1977, e convite do Governo do<br />

Distrito Federal; e no XX//4 Congresso Estadual<br />

de Municípios, promovido pela Associarão Paulista<br />

de Municípios, em abril de 1978, em Campos do<br />

Jordão.


12<br />

}fir zr n Formação de recursos humanos<br />

v a A falta de participação das pessoas na<br />

vida de nossas cidades, talvez, se<br />

constitua na dificuldade mais gritante -<br />

porque a ação consciente e solidária de<br />

cada morador representa o recurso mais<br />

valioso para se garantir um processo<br />

irreversível de desenvolvimento social.<br />

A ação programática desenvolvida pelo<br />

FASPAG foi estabelecida pelas próprias<br />

verterdes que caracterizam o Serviço<br />

Social a prática do atendimento direto<br />

(vide capítulo Plantão de Referência e<br />

Núcleos de Participação Comunitária)<br />

e o preparar, planejar para o futuro.<br />

A semeadura<br />

Procurando reforçar e dinamizar os<br />

trabalhos íá existentes e incentivar uma<br />

nova mentalidade para o Setor Social,<br />

promoveu-se extenso programa de<br />

Formação de Recursos Humanos.<br />

Essa programação dirigida a uma<br />

clientela considerada "muitiplìcadora" -<br />

prefe tos, suas esposas, dirigentes de<br />

entidades sociais, técnicos ligados às<br />

áreas de Saúde, Educação e Serviço<br />

Social e voluntários em geral —visou:<br />

— motivar a maior conhecimento da<br />

realidade;<br />

— incentivar os debates sobre o setor<br />

social;<br />

— propiciar a troca de experiências;<br />

— facilitar a integração das iniciativas do<br />

setor social, por meio do<br />

conhecimento mútuo.<br />

Para realizar esses objetivos foram<br />

desenvolvidas as seguintes áreas de ação:<br />

— Curso básico: Treinamento para Ação<br />

Comunitária.<br />

— Cursos específicos:<br />

Treìnamento para Ação Comunitária/<br />

Criança<br />

Treinamento para Ação Comunitária/<br />

Mães


Treinamento para Ação Comunitária/<br />

Gestantes<br />

Bonecos para Educação<br />

Educação para a Saúde, em<br />

colaboração com a Secretaria da Saúde<br />

Projeto Educação para a Saúde<br />

(implantação)<br />

Orientação Nutritional, em<br />

colaboração com a Coordenadoria de<br />

Assistência Técnica Integral (CAIU,<br />

da Secretaria da Agricultura<br />

Organização e Funcionamento de<br />

Creches, em colaboração com a<br />

-- LOBES — Coordenadora do Bem<br />

Estar Social da Prefeitura Municipal<br />

de São <strong>Paulo</strong><br />

Central de Voluntários (implantação)<br />

— Seminários (compreendendo o curso<br />

básico e os específicos)<br />

— Encontros e Reuniões de Participação<br />

ri itána.<br />

Através desses cursos, realizados em<br />

dinâmica de grupo, incentivando ao<br />

relacionamento e conhecimento mútuo,<br />

o FASPG procurou instrumentalizar os<br />

participantes para uma ação mais<br />

adequada frente à realidade.<br />

Iniciados em 1975 com o Treinamento<br />

para Ação Comunitária (que propunha<br />

a reflexão e tomada de posição dos<br />

participantes sobre os princípios básicos<br />

de ação comunitária e promoção humana)<br />

foram sendo desdobrados, a partir de<br />

1976, para atender às solicitações vindas<br />

dos próprios participantes, que exigiam<br />

orientações mais específicas a fim de<br />

desenvolverem trabalhos com crianças,<br />

mães, orientação nutritional, etc.<br />

Através de cada um desses cursos<br />

específicos, o FASPG buscou incentivar,<br />

sempre, a necessidade da ação global,<br />

isto é: nas atividades com a criança<br />

procurar envolver sua família e a<br />

comunidade.<br />

Com uma equipe de técnicos para<br />

ministrar esses cursos na Capital e<br />

Municípios da Grande São <strong>Paulo</strong><br />

(Divisão da Grande São <strong>Paulo</strong>) e outra<br />

equipe para o Interior do Estado<br />

(Divisão do Interior), o FASPG<br />

objetivou incentivar e reforçar as<br />

lideranças locais, formando um núcleo<br />

de pessoas irradiadoras da proposta de<br />

Participação Comunitária.<br />

Tendo presente a insuficiência de<br />

Recursos Humanos do próprio<br />

FASPG para atender a crescente<br />

solicitação dos cursos proveniente de<br />

vários grupos dos bairros da Capital e<br />

dos Municípios da Grande São <strong>Paulo</strong><br />

e Interior, o setor de Formação de<br />

Recursos Humanos ampliou sua área<br />

de ação, através dos Seminários de<br />

Participação Comunitária.<br />

Nesses Seminários, a proposta do<br />

FASPG era desenvolvida em três<br />

etapas. Na primeira, procurava-se<br />

motivar e incentivar as pessoas para<br />

que elas participassem.<br />

Na segunda, orientar, treinar e habilitar<br />

os participantes para uma ação<br />

adequada às necessidades de sua<br />

realidade e ao desenvolvimento social<br />

global.<br />

A última etapa desenvolvida, desde<br />

março de 1976, junto aos Seminários,<br />

era o Balcão Informativo de Recursos<br />

Comunitários, reunindo órgãos públicos<br />

e particulares ligados ao setor social.<br />

Os Seminários representaram não só a<br />

oportunidade de reflexão e intercâmbio<br />

de experiências entre os participantes,<br />

corno foram ampliando e aprofundando<br />

o próprio conhecimento da equipe do<br />

FASPG sobre as diversas realidades<br />

vividas nos municípios do Estado.


presentamos a seguir uma síntese do<br />

rabalho realizado nos 14 Seminários<br />

romovidos nesta gestão:<br />

Fase de implantação da programação do<br />

FASPG<br />

19 seminário de participação<br />

comunitária/Campos do Jordão -<br />

maio/1975 — realizado simultaneamente<br />

ao XIX9 Congresso Estadual de<br />

Municípios.<br />

Atividades:<br />

— Cursos de Treinamento de Ação<br />

Comunitária — reconhecendo a<br />

importância de motivar as lideranças,<br />

a fim de que elas se transformem em<br />

elementos multiplicadores junto à<br />

população das cidades, para incentivar<br />

a participação, o FASPG procurou<br />

valorizar o papel desempenhado por<br />

esposas de prefeitos e vereadores, que<br />

acompanham a ação política de seus<br />

maridos e são chamadas a atuar no<br />

setor social.<br />

II° seminário de participação<br />

comunitária/São <strong>Paulo</strong> — outubro/1975<br />

—realizado simultaneamenteà I semana<br />

de participação comunitária para o<br />

desenvolvimento da criança.<br />

Atividades:<br />

— curso de Treinamento de Ação<br />

Comunitária para representantes do<br />

setor social;<br />

— programação sócio-educativa dirigida<br />

à população em geral, no sentido da<br />

valorização da criança.<br />

1119 seminário de participação<br />

comunitária — Guarujá — março/1976 -<br />

realizado simultaneamente ao XXP<br />

Congresso Estadual de Municípios.<br />

Atividades:<br />

— curso de Treinamento de Ação<br />

Comunitária, abordando os temas<br />

Criança, Família e Comunidade;<br />

— Balcão Intormativo de Recursos<br />

Comunitários.<br />

Ponto de destaque assinalado pelos<br />

participantes do 1119 Seminário e do<br />

XXP Congresso, foi o início das<br />

atividades do Balcão Informativo de<br />

Recursos Comunitários, que contava<br />

com a participação de órgãos públicos<br />

e particulares e que na sua primeira<br />

realização limitava-se a prestar<br />

informação e orientação à população<br />

para utilização mais intensa dos<br />

recursos existentes à disposição das<br />

comunidades (vide capítulo Balcão<br />

Informativo de Recursos Comunitários).<br />

IV9 seminário de participação<br />

comunitária — Parque da Água Branca —<br />

outubro/1976 — realizado<br />

simultaneamente à II semana de<br />

participação comunitária para o<br />

desenvolvimento da criança.<br />

Atividades:<br />

— cursos de Treinamento de Ação<br />

Comunitária<br />

— cursos específicos:<br />

Treinamento de Ação Comunitária -<br />

Música — promovido em colaboração<br />

com a Faculdade Paulista de Música,<br />

visando atender a solicitação de<br />

professores e estudantes universitários<br />

dessa área.<br />

Educação para a Saúde<br />

Orientação Nutricional<br />

Orientação Familiar<br />

— Programações sócio-educativas<br />

dirigidas à população em geral,<br />

enfatizando os aspectos criativo e<br />

educativo da recreação.<br />

— Balcão Informativo de Recursos<br />

comunitários.<br />

V° seminário de participação<br />

comunitária — Praia Grande -<br />

abril/1977 — realizado simultaneamente


ao XXIP Congresso Estadual de<br />

Municípios.<br />

Atividades:<br />

— Treinamento de Ação Comunitária.<br />

— Treinamentos Específicos:<br />

Educação para a Saúde<br />

Orientação Nutricional<br />

Bonecos para Educação<br />

— Balcão Informativo de Recursos<br />

Comunitários — Debates exploratórios<br />

sobre a utilização dos recursos<br />

comunitários para os participantes<br />

dos treinamentos e monitores dos<br />

diversos órgãos representados no<br />

Balcão Informativo.<br />

— Oficialização dos Projetos Integrados -<br />

— Hortas Domésticas e Comunitárias<br />

(vide capítulo Projetos Integrados)<br />

— Mini-Bibliotecas (vide capítulo<br />

Projetos Integrados)<br />

— Educação Sanitária para a Criança<br />

e a Comunidade (FASPG e<br />

Interclínicas) (vide capítulo<br />

Projetos Integrados).<br />

VI° seminário de participação<br />

comunitária — Vila Ré (Zona Leste)<br />

Capital — maio/1977<br />

Atividades:<br />

— Treinamentos para Ação Comunitária,<br />

abordando os temas Criança, Família<br />

e Comunidade<br />

— Treinamentos Específicos:<br />

Educação para a Saúde<br />

Orientação Nutricional<br />

Bonecos para Educação<br />

— Balcão Informativo de Recursos<br />

Comunitários<br />

Debates exploratórios<br />

VII° seminário de participação<br />

comunitária — Campinas<br />

junho/1977 — promovido com a<br />

colaboração da Prefeitura de Campinas:<br />

— Treinamentos de Ação Comunitária,<br />

abordando temas relativos ao<br />

desenvolvimento de programas<br />

comunitários junto a Prefeituras,<br />

Obras Sociais, Grupos Voluntários,<br />

Parques Infantis e Escolas<br />

— Treinamentos Específicos:<br />

Educação para a Saúde<br />

Orientação Nutricional<br />

Bonecos para Educação<br />

— Balcão Informativo de Recursos<br />

Comunitários<br />

Debates Exploratórios<br />

— Encontro de Participação Comunitária<br />

para estudo e implantação do Projeto<br />

Hortas Domésticas e Comunitárias<br />

— Reunião Regional de Fazendeiros,<br />

com o objetivo de promover o<br />

desenvolvimento da participação<br />

comunitária nos programas sociais<br />

rurais realizados na região de<br />

Campinas.<br />

— Reunião Regional com representantes<br />

da COHAB-Bandeirantes e da<br />

Assessoria de Assistência Técnica e<br />

Desenvolvimento da Carteira de<br />

Operações Sociais do BNH<br />

— Reunião Regional com prefeitos da<br />

5? Região Administrativa.<br />

VIII° seminário de participação<br />

comunitária — Voluntariado, de 20 de<br />

junho a 3 de julho, na capital, realizado<br />

no Palácio dos Bandeirantes e<br />

11 Encontros Regionais sobre o<br />

Voluntário Social, no Interior.<br />

Este Seminário, destinado a enfocar mais<br />

detidamente o papel do Voluntário<br />

Social, foi realizado simultaneamente,<br />

na Grande São <strong>Paulo</strong> e no Interior, com<br />

as seguintes atividades:<br />

Interior — Foram realizados<br />

11 encontros regionais (Amparo, Avaré,<br />

Bauru, Campinas, Piracicaba, Registro,<br />

Ribeirão Preto, Santos, São João da Boa<br />

Vista, São José dos Campos e Sorocaba)<br />

com a presença de 330 representantes de<br />

94 municípios vizinhos. Nessas reuniões,<br />

os participantes debateram o trabalho do<br />

13


Voluntário Social, fornecendo os<br />

subsídios básicos para elaboração do<br />

IP Documento do Voluntariado Social<br />

do Estado de São <strong>Paulo</strong> (vide capítulo<br />

sobre o Voluntariado). Os participantes<br />

desses 11 encontros promoveram<br />

114 reuniões em seus municípios, para<br />

o estudo e valorização do Voluntário<br />

Social.<br />

Capital — Treinamentos de Ação<br />

Comunitária, enfocando o trabalho<br />

voluntário junto a programas<br />

comunitários com a criança, família e<br />

comunidade.<br />

Cursos Específicos:<br />

— Bonecos para Educação<br />

— Organização e Funcionamento de<br />

— Creches<br />

Os treinamentos e cursos foram<br />

realizados nos bairros de Campos<br />

El íseos, Lapa, Santana, Moóca e<br />

Santo Amaro.<br />

No Palácio dos Bandeirantes:<br />

— Balcão Informativo de Recursos<br />

Comunitários<br />

— Orientação, informações e debates<br />

sobre os diversos recursos<br />

apresentados aos participantes do<br />

Seminário e dos Encontros<br />

— Orientação profissional para<br />

estudantes da 8? série<br />

Encontros (três) com dirigentes, técnicos<br />

e grupos voluntários da Capital.<br />

Encontros para estudo conjunto e<br />

implantação do Projeto Mini-Bibliotecas<br />

em 50 municípios do Estado.<br />

Encontros para estudo conjunto e<br />

implantação do Projeto Hortas<br />

Domésticas e Comunitárias em<br />

71 municípios paulistas.<br />

Comemoração do Dia do Voluntário<br />

Social (primeiro domingo de julho,<br />

instituído pelo decreto nP 8.139,<br />

assinado em 2 de julho de 1976, pelo<br />

governador <strong>Paulo</strong> <strong>Egydio</strong> Martins),<br />

14<br />

realizada no Palácio dos Bandeirantes,<br />

no dia 3 de julho de 1977.<br />

1X9 seminário de participação<br />

comunitária —Araçatuba —agosto/1977<br />

— promovido com a colaboração da<br />

Prefeitura de Araçatuba.<br />

Atividades:<br />

— Treinamento para Ação Comunitária,<br />

abordando temas relativos à criança,<br />

família e comunidade.<br />

— Cursos específicos:<br />

— Educação para a Saúde<br />

— Orientação Nutricional<br />

— Bonecos para Educação<br />

— Balcão Informativo de Recursos<br />

Comunitários<br />

— Esclarecimentos e debates sobre os<br />

recursos apresentados, atividade<br />

dirigida aos participantes dos cursos<br />

— Orientação profissional para<br />

estudantes das 7 e 8? séries,<br />

visando fornecer subsídios para a<br />

opção profissional e motivar<br />

professores e diretores para<br />

desenvolver essa orientação junto<br />

às escolas<br />

— Encontro de Participação Comunitária<br />

para dinamização do Projeto Hortas<br />

Domésticas e Comunitárias (com<br />

representantes de 172 municípios<br />

das regiões de Araçatuba, São José<br />

do Rio Preto e Presidente Prudente).<br />

— Encontro de Participação Comunitária<br />

para dinamização do Projeto<br />

Mini-Bibliotecas<br />

— Encontro de Participação Comunitária<br />

para promover a melhor utilização de<br />

máquinas de costura em programas<br />

comunitários, abordando aspectos<br />

referentes à formação profissional das<br />

mães e melhoria do orçamento<br />

familiar<br />

— Encontro de Participação Comunitária<br />

para Entidades Sociais do município<br />

de Araçatuba, incentivando à ação<br />

integrada.


X9 seminário de participação<br />

comunitária — Parque da Água Branca<br />

(Capital) — outubro/1977 — realizado<br />

simultaneamente à 1 quinzena de<br />

participação comunitária para o<br />

desenvolvimento da criança.<br />

Essa Quinzena (integrante dos<br />

Programas Comunitários para o<br />

Desenvolvimento da Criança, realizados<br />

pelo FASPG, nesta Administração)<br />

visava promover o desenvolvimento da<br />

criança, sua família e da comunidade.<br />

Para atingir esse objetivo, foi elaborada<br />

uma programação sócio-educativa<br />

destinada a:<br />

— Motivar e incentivar a população e<br />

participar na valorização da criança<br />

e no atendimento de suas necessidades<br />

na comunidade;<br />

— Facilitar e propiciar a integração das<br />

diversas iniciativas que já vinham<br />

atuando nas áreas do setor social,<br />

referentes à criança, família e<br />

comunidade, para dinamizar<br />

os seus trabalhos.<br />

Graças às experiências acumuladas com<br />

a promoção das Semanas de Participação<br />

Comunitária para o Desenvolvimento<br />

da Criança, realizadas em 1975 e 1976,<br />

ao contato com as diversas entidades<br />

sociais e à proposta de trabalho<br />

integrado com órgãos públicos e<br />

particulares, foi possível a ampliação<br />

e o aprofundamento da programação<br />

da Quinzena, destinada ao público em<br />

geral.<br />

Houve intensificação dos trabalhos na<br />

área de Formação de Recursos Humanos,<br />

melhor preparo de voluntários (com boa<br />

receptividades destes junto às várias<br />

instituições sociais) e organizaram-se,<br />

inclusive, programações conjuntas entre<br />

as entidades, a partir dos Seminários.<br />

Assim, foram desenvolvidos, em 1977,<br />

três etapas simultâneas de trabalhos:<br />

1) A Etapa Demonstrativa, que incluiu as<br />

seguintes atividades:<br />

a) Lazer Educativo: pintura, colagem,<br />

modelagem com barro,<br />

enfatizando-se a utilização da<br />

sucata e incentivando os adultos<br />

à sua realização em conjunto com<br />

as crianças, permanentemente,<br />

visando o desenvolvimento do<br />

potencial criativo e físico e<br />

beneficiando o aperfeiçoamento da<br />

coordenação sensório-motora da<br />

criança.<br />

Procurou-se destacar, através do<br />

contato direto de crianças e adultos<br />

com esse tipo de lazer, a proposta<br />

viva, demonstrada, da importância<br />

do relacionamento com o meio<br />

físico e social, extraindo das<br />

condições do "meio" ambiente, os<br />

recursos básicos para o<br />

desenvolvimento global da criança.<br />

Cantigas de roda, espetáculos<br />

folclóricos, complementavam<br />

essa etapa de lazer que, juntamente<br />

com a "escolinha de jardinagem",<br />

destacavam a importância do<br />

relacionamento com a Natureza<br />

e as raízes culturais.<br />

b) Orientação Alimentar: foi montado<br />

um Balcão para prestar informações<br />

e promover demonstrações práticas<br />

sobre o preparo dos alimentos mais<br />

nutritivos.<br />

c) Balcão Informativo de Recursos<br />

Comunitários: que apresentou<br />

órgãos públicos e particulares que<br />

prestam serviços nas diversas áreas<br />

do setor social<br />

— Esclarecimentos e debates sobre<br />

os recursos apresentados,<br />

atividade dirigida aos<br />

participantes dos vários cursos<br />

Orientação profissional para<br />

estudantes das 7a e 8á séries.


d) Balcão de Entidades Sociais:<br />

Visando promover e aprofundar o<br />

contato das Obras Sociais entre si<br />

e com o público em geral,<br />

objetivando facilitar a integração<br />

entre as diversas entidades e<br />

incentivar à maior participação<br />

comunitária, foi criado, nesta<br />

Quinzena, um Balcão de<br />

Entidades Sociais, coordenado (em<br />

1977) pelo Arrastão — Movimento<br />

de Promoção Humana, com a<br />

participação de 54 entidades ligadas<br />

às seguintes áreas do setor social:<br />

Menor, Família e Comunidade<br />

(entidades que desenvolvem,<br />

principalmente, programas<br />

comunitários de educação de base),<br />

Idosos, Deficientes Físicos e<br />

Mentais e Reintegração Social.<br />

A programação desta etapa<br />

demonstrativa foi dirigida de maneira<br />

especial ao público em geral (vide<br />

Programas Comunitários para o<br />

Desenvolvimento da Criança) e,<br />

simultaneamente, objetivava motivar<br />

os participantes dos diversos Balcões<br />

à integração, possibilitando um<br />

contato direto entre dirigentes,<br />

técnicos, monitores e voluntários<br />

das várias áreas do setor social e,<br />

ainda, apresentar, de forma concreta,<br />

várias atividades de estímulo à<br />

participação comunitária que vinham<br />

sendo estudadas e debatidas pelas<br />

pessoas inscritas nos cursos do<br />

X° Seminário.<br />

2) Estudos e Debates — Nesta segunda<br />

etapa, orientada para pessoas que<br />

atuam no setor social, foi desenvolvida<br />

a seguinte programação:<br />

— Treinamentos de Ação Comunitária<br />

(com a duração de 5 dias),<br />

abordando os trabalhos realizados<br />

com a criança, família e<br />

comunidade<br />

— Cursos Específicos (com a duração<br />

de 5 dias):<br />

— Orientação Nutricional<br />

— Educação para a Saúde<br />

— Organização e Funcionamento de<br />

Creches<br />

3) Encontros de Participação<br />

Comunitária (duração de 1 dia), para<br />

estudo e implantação dos Projetos<br />

Integrados:<br />

— Projeto Hortas Domésticas e<br />

Comunitárias<br />

— Projeto Mini-Bibliotecas<br />

— Projeto Educação para a Saúde<br />

— (vide capítulo Projetos Integrados)<br />

— Projeto Máquinas de Costura,<br />

visando atender às solicitações de<br />

máquinas de costura, o FASPG<br />

procurou ir além da doação,<br />

reunindo dirigentes de entidades<br />

sociais para debater, em conjunto,<br />

aspectos relativos à<br />

profissionalização e organização<br />

comunitária dos clubes de mães.<br />

— Encontro de Participação<br />

Comunitária para Obras Sociais<br />

do Interior<br />

— Encontro de Participação<br />

Comunitária para Obras Sociais<br />

da Capital<br />

— Encontro de Participação<br />

Comunitária para Obras Sociais<br />

dos municípios da Grande São<br />

<strong>Paulo</strong><br />

— Em cada um desses Encontros,<br />

dirigentes, técnicos e voluntários<br />

das várias entidades sociais<br />

puderam trocar experiências<br />

sobre os trabalhos que vêm<br />

realizando e tomaram contato<br />

com a programação<br />

demonstrativa realizada durante<br />

a Quinzena, de maneira especial<br />

com o Balcão Informativo de


Recursos Comunitários e o<br />

Balcão de Entidades Sociais.<br />

Esses Encontros objetivaram<br />

facilitar a integração das<br />

programações e trabalhos<br />

realizados pelas diversas —<br />

entidades, através do<br />

conhecimento mútuo e da<br />

identificação de cada área com<br />

o global do setor social.<br />

XI° seminário de participação<br />

comunitária — Campos do Jordão —<br />

abril/1978 — realizado simultaneamente<br />

ao XXIP Congresso Estadual de<br />

Municípios.<br />

Treinamento de Ação Comunitária<br />

abordando temas relativos ao trabalho<br />

social com criança, família e<br />

comunidade<br />

Cursos específicos:<br />

— Orientação Nutricional<br />

— Educação para a Saúde<br />

Balcão Informativo de Recursos<br />

Comunitários, promovendo, além das<br />

informações e orientação, debates<br />

exploratórios sobre a melhor<br />

utilização dos recursos comunitários,<br />

incentivando o diálogo entre os<br />

participantes do Seminário e os<br />

monitores do Balcão sobre a<br />

maximização e otimização dos<br />

serviços apresentados.<br />

Orientação Profissional para<br />

estudantes de 7 e 8? séries de<br />

escolas localizadas no município de<br />

Campos do Jordão, incentivando os<br />

professores e diretores a prosseguirem<br />

essas orientações para que os jovens<br />

tenham o maior número de subsídios<br />

possíveis para as suas opções<br />

profissionais.<br />

Encontro de Participação<br />

Comunitária para a implantação do<br />

Projeto Hortas Domésticas e<br />

Comunitárias, com a participação<br />

de representantes de Prefeituras,<br />

—<br />

agrônomos, diretores, professores e<br />

assistentes sociais dos municípios da<br />

Região do Vale do Paraíba e Litoral<br />

Norte. (vide capítulo Projetos<br />

Integrados).<br />

Encontro de Participação Comunitária<br />

para estudos e debates sobre o Projeto<br />

Educação para a Saúde, com a<br />

participação de prefeitos,<br />

representantes de Prefeituras,<br />

médicos, técnicos de Centros de Saúde<br />

e voluntários.<br />

Encontro de Participação Comunitária<br />

visando incentivar maior integração<br />

entre a Escola e a Comunidade.<br />

Participaram diretores, professores,<br />

delegados regionais de ensino e<br />

representantes das Associações de<br />

Pais e Mestres das escolas situadas nos<br />

municípios do Vale do Paraíba e<br />

Litoral Norte.<br />

XII° seminário de participação<br />

comunitária/voluntariado — 30 de maio<br />

a 29 de junho de 1978 — realizado<br />

simultaneamente no interior, municípios<br />

da grande São <strong>Paulo</strong>, bairros da capital e,<br />

de 22 a 29 de junho, no Palácio dos<br />

Bandeirantes.<br />

— Lançamento do Projeto Central<br />

Municipal de Voluntários:<br />

A partir do 14 documento do<br />

voluntariado do estado de São <strong>Paulo</strong>,<br />

elaborado com os subsídios fornecidos<br />

pelos participantes do VII 19 seminário<br />

(vide capítulo voluntariado), o<br />

FASPG procurou dinamizar a<br />

interação do voluntário com as<br />

diversas entidades onde presta<br />

colaboração e, simultaneamente,<br />

ampliar essa colaboração, propiciando<br />

meios e oportunidades para que o<br />

voluntário identifique a sua dimensão<br />

social, se conscientize do significado<br />

de agente de transformação da<br />

realidade social e aprofunde a ligação<br />

positiva para a promoção do meio<br />

15


(realidade) em que vive.<br />

Assim, este XII? seminário procurou<br />

incentivar, de maneira especial, junto<br />

aos municípios, a implantação do<br />

projeto central municipal de<br />

voluntários, de forma a propiciar a<br />

formação de um voluntariado a nível<br />

local, consciente da realidade social de<br />

sua cidade, sintonizado não só com o<br />

trabalho que realiza num dos setores<br />

da área social, mas integrado ao<br />

processo de desenvolvimento global<br />

de um município (vide capítulo<br />

Voluntariado).<br />

Este XII? Seminário desenvolveu os<br />

seguintes objetivos:<br />

Objetivo geral — Incentivar e reforçar a<br />

importância do trabalho do voluntariado<br />

social, motivando e capacitando recursos<br />

humanos em geral (técnicos e<br />

voluntários), visando a dinamização da<br />

participação comunitária para o<br />

desenvolvimento integral da criança, da<br />

família e da comunidade.<br />

Objetivos específicos:<br />

— Incentivar, através de propostas<br />

concretas, o aproveitamento integral<br />

do potencial voluntário existente nos<br />

indivíduos e grupos sociais, no<br />

desenvolvimento social de seus<br />

municípios;<br />

— Criar condições para uma melhor<br />

estruturação do trabalho voluntário,<br />

pelo incentivo à formação de<br />

comissões municipais de voluntários<br />

e de um sistema de assessoria técnica<br />

às mesmas;<br />

— Dinamizar a implantação de<br />

programas comunitários e/ou<br />

reabmentar a ação já realizada;<br />

— Estimular a racionalização dos serviços<br />

prestados pelos recursos da<br />

comunidade e de seu uso (pela<br />

integração entre si e com os usuários);<br />

I- „Incentivar a integração dos municípios<br />

próximos, pela prestação de serviços<br />

inter-municipais;<br />

— Capacitar elementos já atuantes em<br />

serviços de base para uma ação mais<br />

eficaz, através de treinamentos<br />

espec if icos;<br />

— Sensibilizar a população com relação<br />

ao Ano Internacional da Criança,<br />

mobilizando elementos para<br />

participação nas atividades<br />

preparatórias (vide capítulo<br />

Programas Comunitários para o<br />

Desenvolvimento da Criança)<br />

A programação do XI I° Seminário<br />

desenvolveu as seguintes atividades:<br />

1) Na Grande São <strong>Paulo</strong>, a partir de<br />

19 de junho:<br />

— Treinamentos para Ação<br />

Comunitária, focalizando o<br />

trabalho social com grupos de<br />

educação de base, criança, família<br />

e comunidade;<br />

— Treinamento para Ação Comunitária,<br />

promovendo a integração<br />

Escola/Comunidade (em colaboração<br />

com a Secretaria da Educação —<br />

CON ESP);<br />

— Cursos Específicos:<br />

— Orientação Nutricional<br />

— Educação para a Saúde<br />

— Organização e Funcionamento de<br />

Creches;<br />

— Bonecos para Educação<br />

— Os 29 treinamentos e cursos realizados<br />

nesta etapa desenvolveram-se em sedes<br />

localizadas nos seguintes municípios<br />

da Grande São <strong>Paulo</strong>:<br />

— Mairiporã<br />

— Santo André<br />

— São Bernardo do Campo<br />

— São Caetano do Sul<br />

— Osasco<br />

e nos seguintes bairros da Capital:<br />

— Bosque da Saúde<br />

— Brás<br />

— Brooklin


— Freguesia do 0<br />

— Moóca<br />

— Penha<br />

— Pirituba<br />

— Santana<br />

— Santo Amaro<br />

— São Miguel Paulista<br />

— Sé<br />

— Sumaré<br />

— Vila Prudente<br />

— Nos municípios e bairros-sede, se 3)<br />

reuniram representantes das<br />

cidades e bairros mais próximos.<br />

2) No Interior (a partir de 30 de maio):<br />

Foram realizados encontros de<br />

participação comunitária em 24<br />

municípios, abrangendo os municípios<br />

adjacentes. Os municípios-sede dos<br />

Encontros foram: Sorocaba, São José<br />

do Rio Preto, Santos, São José dos<br />

Campos, Ribeirão Preto, Campinas,<br />

Bauru, Guaratinguetá, Registro,<br />

Itapira, Casa Branca, Piracicaba,<br />

Avaré, Marília, Cândido Mota,<br />

Barretos, Catanduva, Jales, Andradina,<br />

Araçatuba, Dracena, Presidente<br />

Vencesláu, Presidente Prudente e<br />

Ita pet ininga.<br />

Durante esses Encontros Regionais de<br />

Participação Comunitária, foram<br />

tratados dois temas básicos:<br />

— Voluntariado, corn estudos e<br />

debates sobre o Projeto Central<br />

Municipal de Voluntários;<br />

— Início da fase preparatória do ano<br />

internacional da criança, motivando<br />

os participantes a debater e aplicar<br />

um questionário relativo às<br />

condições de vida das crianças em<br />

nossas cidades, cumprindo a<br />

recomendação da ONU para que se<br />

incentivasse povos e governos a<br />

tomar consciência da situação<br />

vivida pela infância e, a partir dessa<br />

tomada de consciência, se<br />

realizassem programas de<br />

atendimento à médio e longo prazo.<br />

Esses questionários foram<br />

distribuídos a prefeituras, órgãos<br />

públicos e entidades sociais, com a<br />

orientação dos representantes das<br />

Divisões Regionais da Secretaria<br />

Estadual da Promoção Social e<br />

Coordenadoria do Bem Estar<br />

Social (COBES).<br />

No Palácio dos Bandeirantes (a partir<br />

de 21 de junho):<br />

— Balcão Informativo de Recursos<br />

Comunitários, apresentando<br />

informações e orientação sobre os<br />

recursos de entidades públicas e<br />

particulares, aos participantes dos<br />

cursos promovidos na Grande São<br />

<strong>Paulo</strong> e na Capital.<br />

— Orientação Profissional para<br />

estudantes das 7? e 8? séries<br />

— Encontros de participação<br />

comunitária (6 com a duração de<br />

um dia cada Encontro), com a<br />

participação de prefeitos, suas<br />

esposas, representantes do setor<br />

social das Prefeituras; dirigentes e<br />

técnicos de entidades sociais,<br />

grupos voluntários; diretores,<br />

professores e representantes das<br />

Associações de Pais e Mestres.<br />

— Encontro de Participação<br />

Comunitária para os municípios<br />

participantes do Projeto<br />

Mini-Bibliotecas, visando um<br />

levantamento dos trabalhos que<br />

vinham realizando, troca de<br />

experiências e incentivo à<br />

dinamização das atividades.<br />

No primeiro domingo de julho (dia 2,<br />

em 1978), foi comemorado o Dia do<br />

Voluntário Social, com solenidades<br />

organizadas em vários bairros da Capital<br />

e municípios da Grande São <strong>Paulo</strong> e<br />

Interior (vide capítulo Voluntariado).


X1119 seminário de participação<br />

comunitária/São José do Rio Preto -<br />

agosto/1978 — promovido com a<br />

colaboração da Prefeitura Municipal<br />

de São José do Rio Preto<br />

— Treinamentos para Ação Comunitária<br />

sobre temas relativos ao trabalho<br />

social com criança, família e<br />

comunidade<br />

— Cursos Específicos:<br />

— Orientação Nutricional<br />

— Organização e Funcionamento de<br />

Creches<br />

— Bonecos para Educação<br />

— Implantação da Central Municipal<br />

de Voluntários<br />

— Balcão Informativo de Recursos<br />

Comunitários:<br />

— Esclarecimentos e debates sobre os<br />

recursos apresentados, atividade<br />

dirigida aos participantes dos cursos<br />

— Orientação Profissional para<br />

estudantes das 7? e 8 séries,<br />

visando fornecer subsídios para<br />

as suas opções profissionais e<br />

V4 motivar professores e diretores<br />

para desenvolver essa orientação<br />

permanente nas escolas<br />

— Encontro de Participação<br />

Comunitária para dirigentes,<br />

técnicos e voluntários de Obras<br />

Sociais no município de São José<br />

do Rio Preto, visando facilitar a<br />

integração de atividades.<br />

— Encontro de Participação<br />

Comunitária para estudo e<br />

implantação do Projeto Educação<br />

para a Saúde<br />

— Encontro de Parti^ipação<br />

Comunitária para implantação do<br />

Projeto Hortas Domésticas e<br />

Comunitárias, dirigido aos<br />

engenheiros-agrônomos da<br />

8? Região Administrativa.<br />

XIV? seminário de participação<br />

comunitária/Parque da Água Branca/<br />

capital —outubro/1978— realizado<br />

simultaneamente à Ili quinzena de<br />

participação comunitária para o<br />

desenvolvimento da criança<br />

A partir da avaliação positiva a que<br />

chegaram as Secretarias Estaduais e<br />

Municipais, órgãos públicos e<br />

particulares, entidades sociais<br />

participantes da I? Quinzena, em<br />

1977, o FASPG manteve, em<br />

1978, a mesma estrutura básica com<br />

atividades dirigidas ao público em<br />

geral e atividades específicas às<br />

pessoas ligadas ao setor social<br />

(principalmente técnicos e<br />

voluntários) — (vide (tens referentes<br />

ao X9 Seminário de Participação<br />

Comunitária).<br />

Assim, a I I? Quinzena manteve o<br />

objetivo de promover o desenvolvimento<br />

global da criança, sua família e da<br />

comunidade e, simultaneamente, motivar<br />

a população e as pessoas ligadas ao setor<br />

social para a fase preparatória do ano<br />

internacional da criança.<br />

Para tal, o FASPG elaborou um<br />

Documento Básico, informando da<br />

proposta da ONU em relação a 1979,<br />

detalhando alguns aspectos com<br />

sugestões para programas comunitários<br />

referentes às áreas de saúde, nutrição,<br />

educação e lazer, que pudessem reforçar<br />

os trabalhos que já vinham se realizando.<br />

Esse documento básico da fase<br />

preparatória do AI-Criança foi estudado<br />

e debatido por todos os participantes dos<br />

cursos e treinamentos deste<br />

XIVQ Seminário, bem como pelas<br />

pessoas que compareceram aos<br />

Encontros de Participação Comunitária.<br />

Outra atividade desenvolvida, em 1978,<br />

foi o contato com entidades sociais,<br />

escolas, grupos profissionais e<br />

associações de classe para "Visitas


Programadas" (previamente preparadas,<br />

através de reuniões e estudos de um<br />

documento), onde os participantes<br />

percorreram os diversos Balcões e<br />

tiveram oportunidade para contato e<br />

diálogo com os vários órgãos<br />

representados.<br />

A experiência obtida pelo FASPG e<br />

pelos órgãos participantes, nos anos<br />

anteriores, permitiu, também, a<br />

ampliação das atividades e a<br />

consolidação de uma infra-estrutura<br />

apta a receber grande fluxo da<br />

população, sem prejudicar as metas de<br />

cada atividade realizada.<br />

Dessa maneira, o XIVQ Seminário<br />

constou das seguintes atividades<br />

simultâneas:<br />

1) Parte Demonstrativa (dirigida à<br />

população em geral)<br />

Nessa etapa, apresentaram-se de<br />

maneira prática e concreta atividades<br />

que os participantes poderiam<br />

adaptar aos trabalhos que já<br />

realizavam, reforçando suas<br />

programações:<br />

a) Lazer Educativo (coordenado pelo<br />

SESC): pintura, desenho, colagem,<br />

modelagem com barro, jardinagem,<br />

música, espetáculos folclóricos, etc.<br />

Esse programa, destinado às<br />

crianças e adultos que<br />

compareceram ao Parque, enfatizou<br />

o desenvolvimento sensório-motor<br />

da criança e do seu potencial<br />

criador; e incentivou a importância<br />

do relacionamento com a Natureza<br />

e com as raízes culturais.<br />

b) Balcão de Orientação Alimentar<br />

(coordenado pelo SESI) — Através<br />

de um teatrinho de fantoches,<br />

prestou informações sobre a<br />

alimentação adequada, após o qual<br />

a população passava pelos estandes<br />

para participar das demonstrações<br />

práticas sobre o preparo e utilização<br />

dos alimentos mais nutritivos.<br />

c) Balcão Informativo de Recursos<br />

Comunitários (coordenado pelo<br />

FASPG) — Vide capítulo Balcão<br />

Informativo de Recursos<br />

Comunitários:<br />

— informações e orientação para o<br />

público em geral;<br />

— esclarecimentos e debates para os<br />

participantes dos cursos;<br />

— orientação profissional para<br />

alunos de 8 série (de escolas<br />

previamente contatadas)<br />

d) Balcão Demonstrativo de Recursos<br />

Comunitários (coordenado pelo<br />

SENAC), com atividades dirigidas<br />

às crianças e adultos, motivando<br />

para a boa utilização dos serviços<br />

públicos.<br />

e) Balcão de Entidades Sociais<br />

(coordenado pelo CIAM),<br />

apresentando os serviços prestados<br />

por entidades sociais ligadas à<br />

criança, sua família e à comunidade<br />

e informando a população sobre os<br />

serviços que vêem sendo prestados<br />

às cidades do Estado de São <strong>Paulo</strong>.<br />

2) Estudos e Debates<br />

Nesta etapa, orientada para pessoas<br />

ligadas ao setor social, foi realizada a<br />

seguinte programação:<br />

— Treinamentos de Ação Comunitária<br />

(com a duração de 5 dias),<br />

abordando trabalhos sociais<br />

realizados com a criança, sua<br />

família e a comunidade.<br />

— Cursos Específicos (com a duração<br />

de 5 dias):<br />

— Organização e Funcionamento de<br />

Creches;<br />

— Educação para a Saúde;<br />

— Orientação Nutritional;<br />

— Bonecos para Educação;<br />

— Implantação da Central<br />

Municipal de Voluntários;<br />

11


— Implantação do Projeto<br />

Educação para a Saúde.<br />

3) Encontros de Participação Comunitária<br />

(duração de 1 dia):<br />

— com dirigentes e técnicos da<br />

Secretaria da Promoção Social;<br />

— (2 Encontros) com Estudantes de<br />

Serviço Social das Faculdades<br />

Metropolitanas Unidas;<br />

— (2 Encontros) para dinamização e<br />

avaliação dos trabalhos realizados<br />

pelo Projeto Mini-Bibliotecas;<br />

— (2 Encontros) com estudantes do<br />

magistério de primeiro grau;<br />

— com entidades sociais, para debater<br />

a importância da profissionalização<br />

(máquinas de costura);<br />

— para dinamização do Projeto<br />

Educação para a Saúde.<br />

Toda a programação para a formação de<br />

recursos humanos, desenvolvida pelo<br />

FASPG, nesta Administração, teve por<br />

objetivo instrumentalizar técnicos e<br />

voluntários para melhor desempenho de<br />

seus trabalhos, somar as diversas<br />

iniciativas, inclusive com a participação<br />

da comunidade.<br />

Instrumentalização: mais que a boa<br />

vontade, a participação consciente<br />

A natureza. 0 homem. 0 instrumento.<br />

Através dos instrumentos que inventou,<br />

o homem aprendeu e desenvolveu um<br />

bom relacionamento com a natureza:<br />

a agricultura. Foi ela que fixou o homem<br />

primitivo em um mesmo território,<br />

propiciando a formação das primeiras<br />

sociedades.<br />

A agricultura não seria possível sem a<br />

criação de instrumentos como o arado,<br />

fr por exemplo, que, junto com outros<br />

inventos, permitiu ao homem dinamizar<br />

o processo de integração de diferentes<br />

aspectos da mesma realidade: a terra,<br />

40<br />

a semente, a chuva, a irrigação, o sol -<br />

organizando, assim, a colheita de acordo<br />

com as suas necessidades.<br />

Tudo isso foi possível e se desenvolve<br />

cada vez mais por ter o homem<br />

descoberto o qúanto é importante e<br />

necessário intervir — realizar uma ação<br />

humana—para aperfeiçoara sua realidade.<br />

Num outro nível, o da nossa realidade<br />

social, também existe a necessidade de<br />

um instrumental que permita uma<br />

intervenção positiva e eficaz para<br />

solucionar as dificuldades que estão aí,<br />

no quotidiano de nossas cidades.<br />

Todos conhecemos pessoas, ou já<br />

estivemos engajados em algum grupo que<br />

se propunha a conseguir melhores<br />

condições para o nosso bairro ou para<br />

determinada entidade social.<br />

Quantos de nós perceberam como é<br />

difícil atuar isoladamente na busca de<br />

soluções para os problemas que temos<br />

de enfrentar? Muitas pessoas desanimam,<br />

desistem.<br />

E justamente para evitar o desgaste da<br />

ação isolada e motivar cada pessoa para<br />

desenvolvermos, juntos, a participação<br />

da comunidade na busca conjunta de<br />

soluções para os problemas de caráter<br />

social, que o FASPG promoveu<br />

Treinamentos para Ação Comunitária<br />

e cursos específicos visando<br />

instrumentalalizar o técnico ou o<br />

voluntário engajados na execução de<br />

programas comunitários.<br />

Esses treinamentos prepararam pessoas<br />

(técnicos e voluntários) para atuar junto<br />

à comunidade, através de grupos de pais,<br />

mães gestantes, jovens e crianças.<br />

O técnico ou o voluntário precisam de<br />

meios (instrumentos) que lhes permitam<br />

realizar, com eficiência, sua ação junto a


esses grupos. Nos treinamentos, através — Específicos:<br />

do debate, foram levantados e estudados a) estimular a reflexão sobre a<br />

dados da nossa realidade. Mais que isso, relação:<br />

foram abordados temas referentes ao indivíduo-instituição-realidade;<br />

desenvolvimento pessoal, grupal e b) facilitar a instrumentalização a j<br />

comunitário. partir dos relacionamentos e trocá,<br />

de experiências.<br />

Nesta primeira etapa, a pessoa que se<br />

dispõe a trabalhar — participar -<br />

identifica os instrumentos que existem<br />

para uma verdadeira ação social.<br />

Descobriu os recursos já existentes nas<br />

áreas de saúde, higiene, nutrição,<br />

educação, profissionalização e de lazer -<br />

todos eles precisando ser melhor<br />

utilizados para, realmente, atender às<br />

necessidades de nossa população.<br />

No caso do voluntário, existe, ainda,<br />

o momento da pessoa identificar uma<br />

dessas áreas com a qual tem maior<br />

afinidade (saúde, nutrição, atendimento<br />

às necessidades da criança, etc.) e ter<br />

acesso a instrumentos que lhe permitam<br />

assimilar e comunicar informações e<br />

orientação sobre noções de higiene e<br />

saúde a um grupo de mães ou de jovens.<br />

Tendo como suporte textos e apostilas,<br />

especialmente elaborados pela equipe<br />

técnica do FASPG, e a experiência dos<br />

participantes (geralmente pessoas ligadas<br />

ao setor social — técnicos e voluntários),<br />

foram promovidos os seguintes<br />

treinamentos e cursos específicos:<br />

1) Treinamento para ação comunitária -<br />

comunidade<br />

Objetivos<br />

— Geral: Incentivar técnicos e<br />

voluntários engajados a uma ação<br />

consciente que vise à participação<br />

comunitária.<br />

Temas: Durante esse treinamento os<br />

participantes debateram os<br />

seguintes temas: Dinâmica de grupo<br />

Comunicação; Promoção humana —<br />

Assistencialismo; Marginalização;<br />

Conceito operacional do homem;<br />

Voluntário — agente social -<br />

Responsabilidade social;<br />

Criatividade; Lazer sócio-educativo;<br />

Educação de base; Programas de<br />

educação de base; Participação -<br />

comunitária — Características da<br />

clientela carenciada; Plano -<br />

projeto — Programa;lntegração,<br />

Dinamização e maximização dos<br />

recursos da comunidade; Avaliação.<br />

2) Cursos específico para ação<br />

comunitária —criança<br />

Objetivos:<br />

— Geral: Enfatizar a participação<br />

comunitária e instrumentalizar as<br />

pessoas, treinando-as para<br />

desenvolver ações junto à criança<br />

de baixa renda, favorecendo seu<br />

melhor desempenho. Possibilitar<br />

o conhecimento e manuseio de<br />

materiais educativos em geral,<br />

incentivando a criatividade.<br />

— Específicos:<br />

a) estimular a reflexão sobre a<br />

relação<br />

indivíduo-instituição-realidade,<br />

através de propostas específicas<br />

das áreas de música, lazer e<br />

criatividade;


) facilitar a instrumentalização a<br />

partir da vivência de situações,<br />

relacionamentos e troca de<br />

experiências;<br />

c) experimentações e manuseio de<br />

materiais (sucata) num processo<br />

de descoberta, exploração,<br />

aprofundamento e iniciação á<br />

F especialização.<br />

Temas: Dinâmica de grupo;<br />

Comunicação; Promoção humana —<br />

Assistencialismo; Marginalização;<br />

Características da criança<br />

carenciada; Expressão e<br />

sensibilidade; Afetividade nas<br />

relações adulto-criança; Postura do<br />

adulto frente à criança; Voluntário<br />

— agente social; Criatividade;<br />

Recreação sócio-educativa; Música<br />

plástica e movimento -<br />

dramatização; Exercícios rítmicos<br />

—expressão sonora; Construção<br />

de instrumentos com material de<br />

sucata, "Estória sonoplástica"coreografia;<br />

Avaliação.<br />

específico para ação<br />

iitária — mães<br />

Geral:Oferecer subsídios de<br />

atuação para técnicos e voluntários<br />

que atuam junto a grupos de mães,<br />

numa linha de Promoção Humana<br />

e Participação Comunitária.<br />

Específicos:<br />

a) instrumentalizar os participantes<br />

quanto a programas de educação<br />

de base;<br />

b) incentivar os participantes<br />

quanto à necessidade de um<br />

trabalho integrado entre o grupo<br />

de mães e a comunidade;<br />

c) enfatizar a necessidade de<br />

adequação e flexibilidade das<br />

atividades sugeridas à realidade<br />

de cada grupo;<br />

d) estimular a utilização de recursos<br />

disponíveis na comunidade.<br />

— Temas: Dinâmica de grupo;<br />

Comunicação — criatividade;<br />

Voluntário — agente social;<br />

Promoção humana -<br />

Assistencialismo; Participação<br />

Comunitária; Grupo de mães;<br />

Educação de base; O grupo de mães,<br />

etapa de um trabalho comunitário;<br />

Características da clientela<br />

carente; Atividades específicas<br />

de grupos de mães; Recursos da<br />

comunidade; Avaliação.<br />

4) Curso específico para ação<br />

comunitária — gestantes<br />

Objetivos:<br />

— Geral: Oferecer subsídios para<br />

monitores de grupos de gestantes,<br />

numa linha de Promoção Humana<br />

e Participação Comunitária.<br />

— Específicos:<br />

a) fornecer orientação quanto ao<br />

processo grupal;<br />

b) orientar o monitor quanto à sua<br />

postura frente ao grupo e deste<br />

(grupo) frente aos vários papéis<br />

relativos ao seu estado;<br />

c) enfatizar a necessidade de<br />

adequação e flexibilidade das<br />

atividades sugeridas à realidade<br />

de cada grupo;<br />

d) ressaltar temas e atividades<br />

adequados à gestante, parturiente<br />

e puérpera;<br />

e) promover a troca de experiências<br />

a partir do convívio grupal;<br />

f) estimular a utilização de recursos<br />

disponíveis na comunidade,


principalmente no que diz respeito 6) Curso específico de educação para a<br />

ao atendimento à gestante e ao saúde<br />

bebê.<br />

Objetivos:<br />

— Temas: Dinâmica de grupo;<br />

Voluntário — agente social -<br />

responsabilidade social; Promoção<br />

humana — Assistencialismo;<br />

Participação comunitária; Grupos<br />

de gestantes; Atividades<br />

específicas; Avaliação.<br />

5) Curso específico bonecos para<br />

educação<br />

Objetivos:<br />

— Geral: Incentivar as pessoas que<br />

desenvolvem trabalhos junto à<br />

infância para que orientem sua ação<br />

no sentido do desenvolvimento<br />

global da criança.<br />

— Específicos:<br />

a) motivar os participantes para a<br />

utilização dos bonecos como<br />

recurso didático;<br />

b) instrumentalizá-los através da<br />

transmissão de conhecimentos<br />

básicos nessa área;<br />

c) motivá-los para o conhecimento<br />

da importância de uma ação<br />

educativa junto a grupos de<br />

comunidade, utilizando os<br />

bonecos para educação.<br />

— Temas: Dinâmica de grupo;<br />

Promoção humana -<br />

Assistencialismo; Agente social -<br />

Voluntariado; Participação<br />

Comunitária; Conceituação: o que é<br />

um boneco; História e sinopse dos<br />

bonecos; Tipos de bonecos:<br />

confecção/utilização; 0 emprego do<br />

teatro de bonecos na educação;<br />

Criatividade; Avaliação.<br />

— Geral: Motivar os participantes para<br />

que desenvolvam, junto a elementos<br />

multiplicadores, atividades<br />

educativas visando a formação de<br />

atitudes e comportamentos<br />

adequados à saúde e sua prevenção.<br />

— Específicos:<br />

a) conhecer os fatores que afetam a<br />

saúde;<br />

b) analisar a situação sanitária da<br />

área e sua interelação com o<br />

desenvolvimento<br />

sócio-econômico-cultural;<br />

c) discutir o relacionamento entre<br />

saúde física, mental e social do<br />

indivíduo, família e comunidade;<br />

d) identificar a melhor forma de<br />

utilização dos recursos de saúde<br />

existentes na comunidade.<br />

— Temas: Dinâmica de grupo;<br />

Promoção humana -<br />

Assistencialismo; Agente social -<br />

Voluntariado; Participação<br />

Comunitária; Saúde e doença;<br />

Conceito de saúde; Fatores que<br />

afetam a saúde; Doenças<br />

transmissíveis e não transmissíveis;<br />

Medidas individuais de proteção à<br />

saúde (higiene pessoal, do alimento,<br />

ambiental, mental, imunização e<br />

prevenção de acidentes); Condições<br />

de saúde na comunidade; Recursos<br />

para assistência; Processo educativo;<br />

Metodologia em educação sanitária;<br />

Desenvolvimento de atividades<br />

relacionadas à educação sanitária;<br />

Avaliação.<br />

19


7) Curso específico para implantação do evitáveis — vacinação; Problemas de<br />

projeto educação para a saúde Saúde Pública; Chamamento de<br />

faltosos; Recursos Comunitários;<br />

Objetivos: Sub-programas de Fisiologia e<br />

Hansen(asa; Visita a um Centro de<br />

— Geral: Sensibilizar os representantes Saúde; Avaliações: de conteúdo; da<br />

dos Centros de Saúde e da área de visita ao Centro de Saúde — análise<br />

saúde das Prefeituras Municipais, de sua realidade e das perspectivas<br />

para implantação do Projeto do trabalho voluntário (vide<br />

Educação para a Saúde e Projetos Integrados).<br />

instrumental izar voluntários para<br />

a execução do Projeto. 8) Curso específico de orientação<br />

nutricional (em colaboração com a<br />

— Específicos: Secretaria da Agricultura — CATI)<br />

a) conscientizar os participantes<br />

quanto à importância de sua Objetivos:<br />

participação como agentes<br />

sociais na comunidade; — Geral: Motivar sobre a necessidade<br />

b) motivá-los para o de adoção de uma alimentação<br />

desenvolvimento de uma equilibrada.<br />

ação educativa, integrando-se<br />

aos programas dos Centros de - Específicos:<br />

Saúde; a) transmitir conhecimentos sobre<br />

c) instrumentalizá-los para o princípios básicos da nutrição e<br />

trabalho em grupo, através técnicas corretas no preparo da<br />

de noções básicas sobre saúde; alimentação;<br />

d) incentivá-los para a formação de b) introduzir a soja para aumentar<br />

grupos visando desenvolver o teor protéico da dieta<br />

trabalhos na área de saúde e sua alimentar a baixo custo;<br />

prevenção. c) motivar sobre a importância de<br />

maiores conhecimentos relativos<br />

— Temas: Dinâmica de grupo; à nutrição e alimentos para uso<br />

Comunicação; Características do próprio, divulgação e aplicação<br />

trabalho voluntário; Trabalho em em grupos de comunidade.<br />

grupo; Postura do voluntário no<br />

Centro de Saúde; Noções de Ética e — Temas: Dinâmica de grupo;<br />

Relações Humanas; Educação de A subnutrição e as necessidades<br />

base; Processo educativo em saúde; básicas de alimentação;<br />

Participação comunitária; Alimentação — Nutrição — Saúde;<br />

Abordagem comunitária; Princípios Aproveitamento de alimentos de<br />

de aprendizagem; 0 Centro de baixo custo; Métodos de trabalho<br />

Saúde e a Secretaria da Saúde; caseiro; Guia dos Alimentos;<br />

Noções gerais sobre Saúde Pública; Proteinas — vitaminas — hidratos<br />

Saneamento: em relação ao homem, de carbono; A soja e o seu valor;<br />

ao ambiente; Programa de Cozimento de alimentos;<br />

Assistência à Gestante; Programa de Planejamento de refeições;<br />

Assistência à Criança; Doenças Alimentação balanceada; Técnica<br />

20


de planejamento; Participação a Central Municipal de<br />

Comunitária; Planejamento de Voluntários;<br />

atividades comunitárias; Relações c) realizar, nos respectivos<br />

Humanas; Avaliação, municípios, um estudo para<br />

verificar a viabilidade ou não<br />

9) Curso específico de organização e implantação de uma Central<br />

funcionamento de creches (em Municipal de Voluntários, co<br />

colaboração com a Prefeitura a devida adaptação local;<br />

Municipal de São <strong>Paulo</strong> — COBES) d) após as fases anteriores, em c<br />

positivo, lançar mão dos recu<br />

Objetivos: e procedimentos necessários I<br />

iniciar a implantação da Cent<br />

— Geral: Incentivar técnicos e<br />

voluntários a uma ação consciente<br />

Municipal de Voluntários.<br />

que vise a participação comunitária, — Temas: O trabalho voluntário nc<br />

objetivando o desenvolvimento municípios representados;<br />

bio-psico-social da criança. Comunicação, grupo, indivíduo;<br />

O município e a comunidade:<br />

— Específicos: recursos existentes e integração;<br />

Instrumentalizar os parcipantes O voluntário: importante recursi<br />

quanto ao funcionamento de humano para os programas<br />

creches. comunitários; Central Municipal<br />

de Voluntários: entidade de<br />

— Temas: Administração e mobilização, racionalização e<br />

organização de creches; Recursos integração da atuação voluntária<br />

humanos, técnicos e administrativos; Organização e funcionamento dt<br />

Funcionamento; Atividades de lazer Central Municipal de Voluntário<br />

sócio-educativo; Integração de Estabelecimento de diretrizes qu<br />

recursos da comunidade; A creche norteiam sua atuação; Alguns<br />

como recurso de desenvolvimento setores que poderão compô-la:<br />

social; Diversificação das formas de atribuições e funcionamento;<br />

abordagem; Avaliação. A sua colaboração nos programa<br />

comunitários; Passos para<br />

10) Curso específico de implantação do implantação de uma Central<br />

projeto central municipal de<br />

Municipal de Voluntários: sua<br />

voluntários adaptação à realidade local;<br />

Institucionalização da Central<br />

Objetivos: Municipal de Voluntários:<br />

vantagens e precauções.<br />

— Geral: Informar, habilitar e<br />

instrumentalizar os treinandos para<br />

que sejam capazes de:<br />

— Específicos:<br />

a) analisar, operacionalmente, a<br />

Central Municipal e Voluntários;<br />

b) caracterizar, organizacionalmente,<br />

Visão global do setor social e maior<br />

conhecimento da realidade, esse o<br />

instrumento fundamental que o<br />

FASPG procurou propiciar, através dh<br />

debates, estudos, troca de experiência<br />

(seminários, cursos e balcões<br />

informativos), de maneira que o técni


o voluntário e a população disponham<br />

de meios para intervir na transformação<br />

da realidade social.<br />

Atividades formativas (de março de 1975 a dezembro de 1978)<br />

Seminário Ano Mês Dias<br />

1975 Maio 11 a 17<br />

II 1975 Outubro 20 a 26 Parque da Agi<br />

III 1976 Março 23 a 26<br />

IV 1976 Outubro 23a29 Parque da Ag<br />

V 1977 Abril 24a29<br />

VI 1977 Maio 16a20 Z<br />

VII 1977 Maio/Junho 30 a 06<br />

VIII 1977 Maio/Julho 20 a 03 Palácio Bar<br />

X 1977 Agosto/Setembro 29 a 02<br />

X 1977 Outubro 15 a 30 Parque da Agi<br />

XI 1978 Abril 15a20<br />

XII 1978 Maio/Junho 30 a 30 Palácio Bar<br />

XIII 1978 Agosto 20a25<br />

XIV 1978 Outubro 07 a 22 Parque da Agi<br />

Os Treinamentos para Ação Comunitária contaram com 6.187 participantes representando 339 municl<br />

Grande São <strong>Paulo</strong> (março de 1975 a dezembro de 1978):<br />

— através da Divisão da Grande São Pau/o, foram promovidos:<br />

Interior (março de 1975 a dezembro de 1978):<br />

— através da Divisão do Interior foram promovidos:<br />

Tota/ geral:<br />

— participantes de treinamentos em Seminários e cursos:<br />

— municípios<br />

Encontros de Participação Comunitária ..................<br />

Reuniões para Desenvolvimento de Programas Comunitários ......<br />

Encontros sobre o Projeto Hortas Domésticas e Comunitária ......<br />

Encontros sobre o Projeto Mini-Bibliotecas ................<br />

Encontros sobre o Projeto Educação para a Saúde ............<br />

Total de participantes<br />

Total de Municípios<br />

90 treinamentos extra-Semin<br />

2570 participantes<br />

25 municípios da Grande S5<br />

64 treinamentos extra-Sem in<br />

1.721 participantes<br />

39 municípios<br />

10.478 pessoas<br />

348<br />

11.556 participantes<br />

3.932 participantes<br />

2.386 participantes<br />

438 participantes<br />

1.664 participantes<br />

19.976<br />

565


?75a dezembro de 1978)<br />

Seminarios promovidos pelo FASPG<br />

I. Dias Loral Cidade Participantes<br />

aio 11 a 17 Campos do Jordao 139<br />

iro 20 a 26 Parque da Água Branca São <strong>Paulo</strong> 179<br />

ro 23 a 26 Guarujá 226<br />

iro 23 a 29 Parque da Água Branca São <strong>Paulo</strong> 372<br />

aril 24 a 29 Praia Grande 256<br />

iio 16 a 20 Zona Leste São <strong>Paulo</strong> 381<br />

ho 30 a 06 Campinas 423<br />

ho 20 a 03 Palácio Bandeirantes São <strong>Paulo</strong> (Voluntariado) 285<br />

iro 29 a 02 Araçatuba 373<br />

ro 15 a 30 Parque da Água Branca São <strong>Paulo</strong> 1.135<br />

aril 15 a 20 Campos do Jordão 367<br />

ho 30 a 30 Palácio Bandeirantes São <strong>Paulo</strong> (Voluntariado) 688<br />

to 20 a 25 São José do Rio Preto 357<br />

ro 07022 Parque da Água Branca São <strong>Paulo</strong> 1.006<br />

com 6.187 partic/pentes representando 339 municípios.<br />

978):<br />

iromovidos: 90 treinamentos extra-Seminar/os<br />

2570 participantes<br />

25 municípios de Grande Sb <strong>Paulo</strong><br />

64 treinamentos extra-Seminar/os<br />

1.721 participantes<br />

39 municípios<br />

ursos: 10.478 pessoas<br />

348<br />

11.556 panic/pentes<br />

rnitários ...... 3.932 participantes<br />

,unitária ...... 2.386 participantes<br />

........... 438 participantes<br />

........... 1.664 participantes<br />

ai de participantes 19.976<br />

ote/ de Municípios 565<br />

21


22<br />

a ;: Participação comunitária<br />

"O que temos em nossas cidades são,<br />

ainda, aglomerados de habitantes — e a<br />

chamada população. Comunidade é<br />

mais que isso. E preciso que exista<br />

objetivo e ação em comum entre as<br />

pessoas para, aí sim, falarmos,<br />

verdadeiramente, de comunidades".<br />

Palavras do secretário da Saúde,<br />

dr. Walter Leser, em fevereiro de 1976,<br />

durante a reunião preparatória do<br />

Balcão Informativo de Recursos<br />

Comunitários.<br />

Achamos importante repetir essa<br />

afirmação agora, ao final do nosso<br />

trabalho à frente do FASPG, onde,<br />

durante estes quatro anos, ouvimos a<br />

população, participamos de estudos,<br />

trocamos experiências e debatemos os<br />

problemas e dificuldades vividas pela<br />

gente das nossas cidades.<br />

Participação e recursos<br />

"Em cada um dos Seminários ou Cursos<br />

realizados, identificamos, nos<br />

participantes, a preocupação de<br />

encontrar novas idéias, novos meios<br />

para ampliar e assegurar a melhor<br />

realização de suas programações<br />

comunitárias, através das quais<br />

pretendem encaminhar soluções<br />

para os problemas de suas cidades.<br />

Problemas esses que podemos sintetizar<br />

na falta de recursos humanos e na<br />

falta de recursos materiais.<br />

"Quando falamos desses permanentes<br />

obstáculos ao nosso desenvolvimento,<br />

sentimos o desânimo e a impotência de<br />

tentar fazer algo para mudar o resultado<br />

desse triste jogo que trapaceia objetivos,<br />

intenções e ideais, com o atendimento<br />

limitado — único que se pode prestar,<br />

quando não se têm mais gente<br />

colaborando, nem mais dinheiro para<br />

suprir as faltas.


"Sabemos, no entanto, o quanto custa<br />

conceder neste jogo.<br />

"Quando se fundou aquele orfanato<br />

para atenderás crianças, havia uma série<br />

de promessas de ajuda, existiam<br />

objetivos de educar, de preparar e de<br />

integrar aquelas crianças na sociedade.<br />

Mas, quando vieram as dificuldades e a<br />

diretoria se viu sozinha, manter as<br />

crianças vivas passou a ser sua única<br />

meta.<br />

"Trabalhar, para manter vivas as pessoas,<br />

é, apenas, uma outra maneira de<br />

expressar o instinto de sobrevivência<br />

que, como sabemos, não é nenhuma<br />

propriedade exclusiva da raça humana.<br />

"Este exemplo extremado, mas que<br />

infelizmente ainda acontece, serve para<br />

mostrar a urgência da ação motivadora,<br />

incentivando as lideranças e os<br />

moradores de nossas cidades para<br />

atuarem em conjunto, na procura de<br />

respostas para as questões sociais.<br />

"O FASPG, como os demais órgãos que<br />

atuam no setor social, se ressente da<br />

insuficiência de recursos para atender,<br />

integralmente, a demanda de solicitações<br />

"Assim, o contato que aprofundamos<br />

durante estes anos, nos reforça a<br />

convicção de que é a participação<br />

consciente de cada habitante de nossas<br />

cidades o recurso essencial e a garantia<br />

de continuidade para o nosso<br />

desenvolvimento".<br />

Trecho do discurso proferido por D? Lila<br />

Byington <strong>Egydio</strong> Martins — Araçatuba —<br />

1977.<br />

Nova mentalidade e integração<br />

"E essa nova mentalidade só será<br />

possível se cada um estiver agindo para<br />

conquistar, não apenas o atendimento da<br />

sua saúde, mas envolvido, direta e<br />

conscientemente, numa ação conjunta<br />

pela saúde de seu bairro, da sua cidade.<br />

"Se os indivíduos estão voltados, apenas,<br />

para seus próprios interesses, isolados<br />

pelo compromisso com suas aspirações<br />

pessoais — ainda que exista mais<br />

dinheiro, mais cultura, mais gente<br />

preparada — nesse tipo de sociedade<br />

haverá, somente, desenvolvimento<br />

pessoal.<br />

"O desenvolvimento social se caracteriza,<br />

principalmente, pela participação, pelas<br />

interelações dos indivíduos que vivem<br />

numa mesma sociedade.<br />

"Se sabemos da importância dessa vida<br />

em comum, dessa união de esforços para<br />

que, realmente, exista o desenvolvimento<br />

social; se temos consciência de tudo isso,<br />

é preciso falar dessa falto preconceito. O<br />

preconceito de que, para haver<br />

desenvolvimento social, basta mais<br />

dinheiro e mais cultura.<br />

"Esse é o cômodo preconceito da espera<br />

— do cruzar os braços e ficar aguardando<br />

uma solução mágica para todas as<br />

dificuldades de nossa realidade.<br />

"Se entendemos o desenvolvimento<br />

social como um todo, revertendo em<br />

benefício da sociedade, é necessário que<br />

cada pessoa esteja consciente dos<br />

problemas ao seu redor, que procure<br />

questioná-los e procure saber quais são<br />

as medidas que podem ser tomadas para<br />

resolvê-los.<br />

"Os programas de Formação de Recursos<br />

Humanos (Seminários, Encontros,<br />

Cursos) tiveram por objetivo incentivar<br />

e motivar as pessoas ao conhecimento


mútuo, à interação solidária, para que<br />

elas se relacionem com outras pessoas e<br />

discutam os problemas que aí estão, à<br />

nossa volta, e se integrem na busca de<br />

soluções.<br />

"Propondo-se todos a trabalhar<br />

conjuntamente, agindo sobre a nossa<br />

realidade, teremos um desenvolvimento<br />

social harmônico, mais justo e<br />

oferecendo oportunidades e meios de<br />

auto-promoção não só dos mais carentes,<br />

mas do todo social." (1)<br />

Para atingir essa meta, os programas de<br />

Formação de Recursos Humanos<br />

procuraram motivar as lideranças<br />

municipais, dirigentes de entidades<br />

sociais, técnicos e voluntários, para a<br />

valorização e mobilização da<br />

participação da comunidade no processo<br />

de desenvolvimento social.<br />

Os instrumentos fornecidos pelos cursos<br />

foram ampliados e aprofundados por<br />

meio de programas específicos (vide:<br />

Voluntariado, Balcão Informativo de<br />

Recursos Comunitários e Projetos<br />

Integrados).<br />

Voluntariado social<br />

"A ação do voluntário é uma resposta<br />

espontânea e responsável contra a<br />

inércia, a acomodação e a apatia dos que<br />

não tomaram, ainda, consciência do<br />

valor e da importância de sua<br />

participação para se enfrentar a doença,<br />

a miséria, a ignorância e a injustiça.<br />

"Ali, onde uma fronteira invisível de<br />

interesses e preconceitos vai<br />

discriminando jovens de velhos, ricos de<br />

pobres, pessoas capazes de expecionais,<br />

Nota:<br />

(1) Discurso proferido por Da. Lila Byington <strong>Egydio</strong><br />

Martins no encerramento do Vi. Seminário de<br />

Participaçio Comunitária.<br />

o voluntário emerge com uma energia<br />

interna que não se resigna aos limites e<br />

atravessa essa fronteira, procurando uma<br />

margem maior para a sociedade.<br />

"Uma nova sociedade — essa é a<br />

contribuição que, ao longo da história,<br />

os grupos voluntários têm elaborado,<br />

obstinadamente, distanciando a<br />

brutalidade do homem das cavernas do<br />

acordo mútuo daquele outro que<br />

procura construir a comunidade.<br />

"Ser voluntário, sabemos, implica numa<br />

decisão da vontade própria de cada<br />

pessoa.<br />

"Mas, é no realizar um trabalho<br />

voluntário que cada um de nós vai<br />

encontrando uma energia sempre maior,<br />

para um compromisso mais profundo, a<br />

fim de superarmos os entraves ao nosso<br />

desenvolvimento social.<br />

"No relacionamento que mantém<br />

durante a execução de seus trabalhos, o<br />

voluntário cresce ao se deparar com mais<br />

possibilidades para poder realizar a sua<br />

natureza social.<br />

"Fortalecemo-nos com o outro, com<br />

aquele que procuramos ajudar. Mais que<br />

isso — é a própria realidade que se<br />

renova, pela interação, pelo<br />

relacionamento mútuo, solidário e<br />

conjunto".<br />

(Trecho do discurso proferido pela presidente do<br />

FASPG, Da. Lila Byington <strong>Egydio</strong> Martins, na<br />

comemoração do Dia do Voluntário Social -<br />

3/7/77)<br />

Para mobilização da população, o<br />

FASPG deu ênfase especial, durante<br />

esta Administração, ao trabalho<br />

realizado pelo voluntário social.<br />

O trabalho do voluntário social tem


como mérito indiscutível o testemunho<br />

da ação solidária espontânea. No<br />

entanto, com a complexificação do setor<br />

social, técnicos e especialistas têm se<br />

manifestado no sentido de adequar a<br />

colaboração prestada pelo voluntariado<br />

às necessidades da realidade em que<br />

vivemos.<br />

Assim, além dos Seminários e Cursos, o<br />

FASPG desenvolveu intensa<br />

programação com o objetivo de subsidiar<br />

e valorizar o trabalho voluntário. Desse<br />

modo, a partir dos programas iniciados<br />

junto ao voluntariado em março de<br />

1975, já em junho de 1977, com a<br />

promoção do VII IP Seminário de<br />

Participação Comunitária -<br />

Voluntariado, foi possível traçar um<br />

perfil da ação realizada e das aspirações<br />

do voluntariado do Estado, com a<br />

elaboração conjunta (647 representantes<br />

de 109 entidades da Capital e Grande<br />

São <strong>Paulo</strong>, mais 330 representantes de<br />

105 municípios do Interior) do<br />

IP Documento do Voluntariado Social<br />

do Estado de São <strong>Paulo</strong>, cuja síntese<br />

transcrevemos abaixo.<br />

O voluntário no processo<br />

de desenvolvimento social<br />

0 indivíduo e sua dimensão social — o<br />

voluntário, através da sua consciência<br />

responsável, ao assumir uma ação<br />

solidária junto ao outro e a sua<br />

coletividade — é um dos testemunhos<br />

mais significativos do valor e da<br />

importância da colaboração de cada<br />

um para a construção do todo social.<br />

A partir da sua consciência e da sua<br />

vontade, o indivíduo (voluntário)<br />

decide dispor de seu potencial para<br />

ajudar na solução de problemas de seu<br />

meio social.<br />

Esse potencial, que existe em cada<br />

pessoa, encontra no trabalho voluntário<br />

a oportunidade para se realizar. Dessa<br />

maneira, o próprio indivíduo<br />

(voluntário) é beneficiado pelo maior<br />

conhecimento da realidade social e dos<br />

contatos humanos que estabeleceu.<br />

A ação voluntária vem sendo uma<br />

constante da realidade da história do ser<br />

humano. A complexificação e<br />

especialização dos agrupamentos<br />

humanos vêm exigindo um<br />

amadurecimento e aprofundamento do<br />

trabalho realizado pelo voluntário.<br />

Constata-se, assim, a preocupação de<br />

órgãos — particulares e públicos - em<br />

procurarem capacitar, através de cursos<br />

especiais, as pessoas que se apresentam<br />

para o desempenho da ação voluntária.<br />

No seu sentido mais amplo, todo cidadão<br />

consciente e responsável, dentro de suas<br />

possibilidades, pode ser um voluntário. A<br />

atitude voluntária representa uma<br />

ruptura e um acréscimo face às relações<br />

impessoais características da sociedade<br />

atual, significando um aperfeiçoamento<br />

das relações entre pessoas, grupos e<br />

comunidades.<br />

No momento em que os valores humanos<br />

se vêem ofuscados por valores materiais,<br />

quando a complexidade das organizações<br />

modernas faz com que, cada vez mais,<br />

diminuam as áreas em que as pessoas<br />

exerçam seu livre arbítrio — neste<br />

momento e nesta configuração —assume<br />

uma importância especial a atitude<br />

voluntária, contribuindo para uma<br />

revalorização do ser humano.<br />

O comportamento do voluntário, a livre<br />

disposição que ele faz de seu tempo e de<br />

suas atividades, é o encontro da<br />

liberdade individual, encontro refletido<br />

e amadurecido, com a reponsabilidade<br />

social.<br />

23


0 Voluntariado Social é a soma do<br />

potencial dos indivíduos. Esse<br />

potencial, canalizado para fins<br />

construtivos, contribui para o melhor<br />

aprovietamento e integração de recursos<br />

humanos, colaborando para<br />

racionalização do trabalho. Além disso, a<br />

ação voluntária se caracteriza pelo seu<br />

compromisso básico com o ideal de<br />

trabalho que realiza.<br />

Assim, a integração e o compromisso,<br />

formados a partir de uma decisão<br />

consciente do invid(duo (voluntário), se<br />

revestem de fundamental importância,<br />

principalmente se considerarmos a<br />

acomodação, a falta de iniciativa e a<br />

burocracia que, muitas vezes, ainda<br />

representam sérios obstáculos à<br />

expansão da ação social.<br />

Caracterização do voluntário<br />

Muitas são as definições a respeito do<br />

voluntário. Constata-se, porém, que ele<br />

é uma pessoa de qualquer nível social e<br />

cultural, técnico ou não, que se dispõe<br />

a trabalhar a partir das necessidades<br />

comunitárias e conforme suas<br />

possibilidades individuais, sem por isto<br />

receber qualquer remuneração material.<br />

Desse modo, o voluntário se caracteriza<br />

por ser consciente da importância de sua<br />

participação frente às exigências do<br />

desenvolvimento social. E um agente<br />

para transformação da realidade e das<br />

limitações que esta impõe, buscando<br />

ampliar as oportunidades e os meios<br />

para a construção de um novo estágio<br />

de vida social.<br />

Mais do que prestar serviços, o<br />

Voluntariado significa estar disponível,<br />

sendo esta disponibilidade uma abertura<br />

para compreender e desenvolver,<br />

pe rmanentemente, uma ação solidária.<br />

O trabalhovoluntário não é, apenas,<br />

24<br />

a realização de uma "boa ação", mas,<br />

sim, um compromisso. A "boa vontade"<br />

pode ser o meio motivador, mas será<br />

a contínua inter-relação consciente<br />

do invidíduo com sua realidade social e<br />

o desenvolvimento desta realidade o<br />

verdadeiro elemento de transformação<br />

e aperfeiçoamento da vida social.<br />

Ser voluntário não significa preencher as<br />

horas vagas, mas organizar-se de forma a<br />

ter horas vagas para oferecer. Na seriedade<br />

dos compromissos assumidos, técnico e<br />

leigo se equiparam. Sendo a ação do<br />

voluntário, quando adequada,<br />

considerada, mesmo, como a<br />

multiplicadora do trabalho do técnico.<br />

Em suma, o voluntário é disponível e<br />

solidário, capaz de amor e doação.<br />

Assumindo o amor ao próximo e os<br />

problemas com esse próximo, aceita<br />

riscos e responsabilidades e presta<br />

serviços sem distinguir raças ou credos<br />

políticos e religiosos.<br />

Motivação para o trabalho voluntário<br />

0 voluntário, muitas vezes, apresenta<br />

uma motivação inicial baseada em<br />

fatores de ordem puramente pessoal.<br />

Esse impulso é válido, desde que<br />

amadureça para o sentido do<br />

compromisso social de participação<br />

comunitária.<br />

A consciência da necessidade dessa<br />

participação deve ser a mola mestra do<br />

voluntariado. E isto, é importante<br />

observar, virá a traduzir o voluntário<br />

como uma pessoa conhecedora da<br />

realidade social e comprometida<br />

com ela.<br />

Pelo trabalho que realiza, o voluntário<br />

tem o reconhecimento do grupo que o<br />

cerca. Isto implica numa gratificação de<br />

ordem psicológica mais que social: exige<br />

do indivíduo, sempre, maior maturidade


para superar o efeito imediatista dos<br />

agradecimentos e atingir o objetivo<br />

válido dessa interação, que é o do<br />

desenvolvimento dele mesmo (indivíduo),<br />

por meio do desenvolvimento que o<br />

grupo manifesta. Isto é: só através do<br />

desenvolvimento do grupo há um<br />

verdadeiro reconhecimento da validade<br />

da ação voluntária.<br />

Assim, o voluntário é também<br />

beneficiário de sua própria ação pelo<br />

outro, uma vez que participa, como<br />

todos, da mesma comunidade global.<br />

Ele se revitaliza, isto é: sua vida se<br />

amplia com a experiência e a vivência<br />

de novas situações, nas quais está<br />

presente a ação conjunta de outras<br />

pessoas, outras realidades.<br />

O papel do voluntário<br />

0 papel do voluntário social é,<br />

fundamentalmente, o de ser um<br />

participante ativo do desenvolvimento<br />

social, percebendo o valor da integração<br />

de esforços, promovendo o Homem pela<br />

conscientização, assistência e orientação<br />

nos diversos níveis das necessidades<br />

básicas do ser humano.<br />

E essencial estar sintonizado com as<br />

características da sua realidade e, como<br />

colaborador da Administração Pública, o<br />

voluntário pode, em sua comunidade,<br />

reforçar e dinamizar os trabalhos já<br />

existentes, mobilizar e integrar esforços<br />

e recursos. São diversos os programas<br />

que ele pode desenvolver, atuando com<br />

comunidades, famílias, adultos, jovens,<br />

crianças, idosos, deficientes físicos e<br />

mentais.<br />

De acordo com a clientela a ser atingida<br />

e com o tipo de ação desenvolvida pela<br />

entidade onde se engaja, o voluntário<br />

deverá receber instruções especificas<br />

para que sua ação seja adequada, tendo<br />

sempre em mente que o trabalho com o<br />

ser humano, em quaisquer circunstâncias<br />

é um processo de interação (relação com<br />

o outro) educativa, em que o objetivo<br />

último a ser atingido é a promoção do<br />

homem.<br />

Dificuldades da ação voluntária<br />

0 voluntário deve estar,<br />

permanentemente, disposto a procurar<br />

e estudar alternativas para enfrentar<br />

as muitas dificuldades da réalidade<br />

social, tais como a falta de recursos<br />

humanos e financeiros, pouca<br />

cooperação e diálogo com a entidade<br />

onde se engaja, ou a própria estrutura<br />

muito rígida desta, dificultando, às<br />

vêzes, a consecução dos objetivos<br />

propostos.<br />

A competição entre as Obras Sociais,<br />

inclusive a superposição de promoções<br />

e atividades diversas — dificulta a ação<br />

voluntária. Existe, ainda, a necessidade<br />

de se superar a tradicional imagem do<br />

trabalho voluntário com características<br />

eminentemente assistencialistas,<br />

diletantes, que representavam um mero<br />

passatempo ou, até mesmo, um<br />

instrumento de autopromoção.<br />

O voluntário e a administração pública<br />

Frente à complexidade das dificuldades<br />

sociais, muitas iniciativas públicas e<br />

particulares não conseguem realizar,<br />

totalmente, suas programações, pois<br />

grande parte desses programas estão<br />

fundados sobre princípios<br />

sócio-educativos e para sua consecução<br />

dependem da ação multiplicadora de<br />

elementos da comunidade.<br />

Nesse contexto, a participação voluntária<br />

e consciente de cada pessoa emerge<br />

como um dos recursos mais valiosos<br />

para apressar o processo de<br />

desenvolvimento social.


A valorização do voluntariado pelo<br />

Poder Público significa ; também, o<br />

amadurecimento do processo de<br />

desenvolvimento social, através do<br />

diálogo objetivo sobre a realidade e<br />

a possibilidade de compartilhar as<br />

responsabilidades referentes à promoção<br />

do bem comum.<br />

0 incentivo ao fortalecimento e<br />

surgimento do voluntariado local<br />

(em cada bairro, cidade) significa a<br />

existência de uma nova mentalidade,<br />

capaz de garantir e estimular a<br />

continuidade e os esforços por um<br />

novo estágio de vida social, graças ao<br />

grau de conhecimento da realidade, a<br />

responsabilidade e a consciência do<br />

valor da ação conjunta.<br />

Deste 19 Documento do Voluntariado<br />

Social, constam as Recomendações -<br />

pontos fundamentais que os<br />

participantes do VIII? Seminário<br />

(em 1977) apontaram como requisitos<br />

essenciais para a dinamização do<br />

trabalho voluntário, os quais indicam<br />

objetivos a serem desenvolvidos não<br />

só a partir daquele Seminário, mas a<br />

médio e longo prazo, dentro das<br />

características sócio-educativas de<br />

incentivo à maior Participação<br />

Comunitária.<br />

As recomendações registradas no<br />

I° Documento do Voluntariado<br />

Social do Estado de São <strong>Paulo</strong> são<br />

estas:<br />

1) Reconhecimento e valorização do<br />

trabalho voluntário pelo Poder<br />

Público, entidades privadas e<br />

comunidades em geral.<br />

2) Incentivo governamental ao trabalho<br />

voluntário, com a criação de<br />

estruturas que permitam a formação<br />

de recursos humanos.<br />

3) Destinação de recursos mínimos<br />

necessários à ação voluntária e<br />

inserção da mesma nos planejamentos<br />

governamentais da ação social.<br />

4) Integração de esforços e recursos<br />

disponíveis e montagem permanente<br />

do Balcão Informativo de Recursos<br />

Comunitários (como o promovido<br />

pelo FASPG), de modo a facilitar o<br />

trabalho voluntário e seu acesso ao<br />

Poder Público.<br />

5) Ampliação do Voluntariado pela<br />

maior divulgação de sua importância.<br />

6) Preparo e motivação das Obras Sociais<br />

para receberem voluntários.<br />

7) Treinamentos básicos para ação<br />

comunitária e treinamentos<br />

específicos conforme a área de<br />

atuação do voluntário.<br />

8) Conhecimento, pelos voluntários,<br />

dos objetivos e diretrizes das<br />

entidades onde se engajam.<br />

9) Encontros periódicos de<br />

sensibilização e motivação, para<br />

engajamento de voluntários.<br />

10) Possibilidade de escolha, pelos<br />

voluntários, do campo de atuação<br />

mais adequado aos seus interesses<br />

e aptidões.<br />

11) Definição clara das funções dos<br />

voluntários, com atribuições de<br />

tarefas efetivamente úteis e<br />

promoções dentro da hierarquia de<br />

necessidades das Obras Sociais,<br />

conforme os serviços prestados.<br />

12) Coordenação dos grupos de<br />

voluntários e sua integração no<br />

trabalho da entidade, pela<br />

participação em planejamentos, pela<br />

supervisão e orientação.<br />

13) Avaliação dos trabalhos<br />

desenvolvidos, visando o<br />

aprimoramento no desempenho das<br />

equipes integradas por técnicos e<br />

voluntários.<br />

14) Trabalho em equipes, nas entidades,<br />

com abertura de lado a lado, entre<br />

técnicos e voluntários.


15) Estímulos concretos para que<br />

estudantes realizem estágios<br />

voluntários e profissionais<br />

disponham horas voluntárias de<br />

seu trabalho.<br />

16) Valorização, com dinamização de<br />

programas em desenvolvimento, das<br />

cidades que contam com um corpo<br />

de voluntários efetivamente<br />

engajados em trabalhos de<br />

Promoção Social.<br />

17) Criação de uma Central de<br />

Voluntariado, para promover a<br />

integração e coordenação de esforços<br />

neste campo.<br />

18) Que o Voluntariado Social tenha<br />

uma visão global e objetiva da<br />

realidade e colabore para maior<br />

racionalização e dinamização dos<br />

programas sociais, visando o<br />

desenvolvimento integral do<br />

Ser Humano.<br />

No esforço de viabilizar essas<br />

Recomendações, o FASPG desenvolveu<br />

programação especial, constando dos<br />

seguintes trabalhos:<br />

Quanto a integração de esforços, maior<br />

divulgação do trabalho voluntário junto<br />

à população, com preparo e motivação<br />

das Obras Sociais para receberem<br />

voluntários, bem como maior<br />

conhecimento das atividades realizadas<br />

pelas Obras Sociais por parte dos<br />

Voluntários, o FASPG organizou o<br />

Balcão de Entidades Sociais.<br />

Balcão de entidades sociais<br />

Essa iniciativa foi realizada pela primeira<br />

vez em 1977, coordenada pelo Arrastão<br />

— Movimento de Promoção Humana,<br />

como uma das atividades da I? Quinzena<br />

de Participação Comunitária para o<br />

Desenvolvimento da Criança.<br />

Durante a Quinzena, dirigentes, técnicos<br />

e voluntários das diversas áreas do setor<br />

social trabalharam integrados, tendo<br />

oportunidade de iniciar ou aprofundar<br />

o conhecimento mútuo e, no contato<br />

direto com o público, não só divulgar<br />

os serviços que prestam à comunidade,<br />

como apresentar o trabalho voluntário,<br />

esclarecendo a população sobre a valiosa<br />

contribuição prestada pelo recurso<br />

humano voluntário.<br />

Desse 19 Balcão participaram as<br />

seguintes entidades: Ação Comunitária<br />

do Brasil — São <strong>Paulo</strong>; Ação Comunitária<br />

Paroquial de Guaianazes; Amparo<br />

Maternal; Arrastão — Movimento de<br />

Promoção Humana; Assistência<br />

Vicentina de São <strong>Paulo</strong>; Associação<br />

Barão de Souza Queiroz de Proteção<br />

à Infância e à Juventude — Instituto<br />

Dona Ana Rosa; Associação Cristã de<br />

Moços — ACM; Associação Cruz Verde;<br />

Associação das Voluntárias do Hospital<br />

das Clínicas; Associação dos Pais e<br />

Amigos dos Excepcionais de São <strong>Paulo</strong> -<br />

APAE; Associação Luiza de Marillac -<br />

Cidade dos Velhinhos; Associação<br />

Paulista de Amparo à Mulher; Associação<br />

Santo Agostinho — ASA; Centro de<br />

Assistência da Paróquia de São Matheus<br />

Apóstolo; Centro de Promoção Social<br />

Cônego Luiz Biasi; Centro de Proteção à<br />

Infância e Maternidade Taboão da<br />

Serra - CEPIM; Centro Israelita de<br />

Assistência ao Menor — C IAM; Centro<br />

Social Comunitário Jardim Esther;<br />

Centro Social Comunitário Jardim<br />

Primavera; Centro Social São Francisco<br />

de Assis; Centro Social Morro Velho;<br />

Comunidade Inamar — Educação e<br />

Assistência Social; Comunidade Kolping<br />

Jardim Catanduva; Conjunto Paroquial<br />

Mãe do Salvador; Corpo Municipal de<br />

Voluntários —CMV; Escritório Central<br />

Paulista de Alcoólicos Anônimos;<br />

Fundação Antônio Prudente — Rede<br />

Feminina de Combate ao Câncer;<br />

25


Fundação Casa do Pequeno Trabalhador;<br />

Fundação Dona Paulina de Souza<br />

Queiroz; Fundação para o Livro do Cego<br />

no Brasil; Instituto de Amparo ao<br />

Trabalhador Preso; Instituto dos Cegos<br />

"Padre Chico"; Instituto de Reintegração<br />

Social e Profissional — IRESP; Instituto<br />

Social de Educação e Assistência São<br />

João Gualberto; Lar das Crianças da<br />

Congregação Israelita Paulista; Lar<br />

Escola São Francisco; Liga das Senhoras<br />

Católicas — Educandário Dom Duarte;<br />

Liga Feminina Israelita do Brasil;<br />

Mosteiro de São Geraldo de São <strong>Paulo</strong>;<br />

Movimento Pró-Idosos — MOPI; Mutirão<br />

do Pobre; Obra Assistencial Nossa<br />

Senhora do 0; Reino da Garotada de<br />

Poá; São <strong>Paulo</strong> Woman's Club; Sociedade<br />

Civil Banco de Olhos de São <strong>Paulo</strong>;<br />

Sociedade de Ensino Profissional e<br />

Assistência Social — SEPAS; Sociedade<br />

Pestalozzi de São <strong>Paulo</strong>; União das Obras<br />

Sociais do Estado de São <strong>Paulo</strong> -<br />

UNIDOS.<br />

Integração<br />

A avaliação desse Balcão foi considerada<br />

altamente positiva pela maior parte das<br />

entidades participantes, que, ao final do<br />

evento, apontaram a integração entre as<br />

várias obras como o resultado mais<br />

significativo. Algumas entidades,<br />

inclusive, registraram programações<br />

conjuntas, iniciadas durante o contato<br />

estabelecido na Quinzena, podendo<br />

somar seus esforços para melhor<br />

atendimento da população.<br />

Visão global<br />

Com a mesma ênfase dada à oportunidade<br />

para integração de trabalhos, as Obras<br />

Sociais participantes destacaram o valor<br />

da visão global do setor social, que<br />

surgiu através do relacionamento e o<br />

conhecimento das atividades realizadas<br />

por cada entidade.<br />

26<br />

O contato direto com o público foi o<br />

que mais surpreendeu os técnicos,<br />

monitores e voluntários das várias<br />

entidades, ao perceberem o quanto a<br />

população desconhece os serviços que<br />

(as obras) realizam, bem como<br />

identificar que grande parte das pessoas<br />

desconhecia a possibilidade de contribuir<br />

com o seu trabalho voluntário — fazendo<br />

porque quer (escolha e decisão), o que<br />

gosta e o que sabe.<br />

Por outro lado, várias entidades tomaram<br />

esse "desconhecimento da coletividade"<br />

como tema de reflexão, procurando<br />

identificar até que ponto as próprias<br />

obras sociais são responsáveis por essa<br />

falta de conhecimento da população,<br />

debatendo aspectos relativos à ação<br />

isolada, a falta de abertura das entidades<br />

para a comunidade e como promover um<br />

relacionamento de benefício mútuo,<br />

com a população usufruindo dos serviços<br />

prestados e colaborando para a melhoria<br />

e ampliação desses serviços.<br />

Dinamização dos programas destinados<br />

ao voluntariado<br />

Com esse referencial básico e a boa<br />

receptividade do trabalho voluntário,<br />

não só das obras dos participantes do<br />

Balcão, mas de grande número de<br />

entidades localizadas nas cidades da<br />

Grande São <strong>Paulo</strong> e do Interior, bem<br />

como o interesse das lideranças<br />

municipais pela colaboração do<br />

Voluntariado, o FASPG realizou, em<br />

1978, as seguintes atividades destinadas<br />

a facilitar a concretização das<br />

Recomendações (constantes do<br />

Documento do Voluntariado Social):<br />

Divulgação<br />

Três filmes para TV, enfocando o<br />

trabalho realizado pelo voluntário junto<br />

aos vários setores da área social,<br />

exibidos, respectivamente, em junho,


preparando a comemoração do Dia do<br />

Voluntário Social (19 domingo de julho).<br />

0 segundo filme enfatizou o significado<br />

de Participação Comunitária da ação<br />

voluntária e a importância desta<br />

contribuição para o desenvolvimento<br />

da coletividade e foi exibido em agosto<br />

de 1978.<br />

0 último filme desta série enfocou a<br />

necessidade do trabalho integrado das<br />

várias instituições, entidades, clubes de<br />

serviço, associações e da participação da<br />

comunidade para a promoção do<br />

desenvolvimento social (foi exibido<br />

em novembro de 1978).<br />

Central municipal de voluntários<br />

A contínua e crescente ênfase que a<br />

programação do FASPG deu à formação<br />

de recursos humanos, em especial aos<br />

voluntários, foi despertando e<br />

amadurecendo o interesse das lideranças<br />

municipais pelo Voluntariado.<br />

Assim, em junho de 1978 (vide XI IQ<br />

Seminário de Participação Comunitária<br />

— Voluntariado), o FASPG promoveu<br />

uma série de 24 Encontros de<br />

Participação Comunitária de âmbito<br />

regional (atingindo municípios das<br />

10 Regiões Administrativas do Interior<br />

do Estado), propondo o estudo do<br />

projeto para a implantação da central<br />

municipal de voluntários.<br />

Voluntariado e o apoio do poder público<br />

Esse projeto é uma alternativa destinada<br />

a incentivar a consecução das<br />

Recomendações do I° Documento do<br />

Voluntariado Social, relativas ao<br />

reconhecimento e apoio do Poder<br />

Público, bem como promover o estudo<br />

e debates sobre a realidade local, onde o<br />

voluntário realiza seus trabalhos, com<br />

cursos, encontros e reciclagens a partir<br />

das características específicas de cada<br />

cidade.<br />

Voluntariado local<br />

0 incentivo à formação do Voluntariado<br />

local é um dos objetivos fundamentais<br />

do FASPG, dada a contribuição imensa<br />

que representa um voluntariado<br />

consciente, solidário e integrado, no<br />

incentivo à Participação Comunitária,<br />

garantindo a continuidade do processo<br />

sócio-educativo para a Promoção do<br />

Homem.<br />

Além disso, o voluntariado local,<br />

organizado e dinamizado, representa<br />

o aproveitamento do potencial dos<br />

moradores para a racionalização da<br />

ação social desenvolvida nos municípios,<br />

facilitando a integração dos recursos<br />

próprios de cada localidade, se<br />

auto-promovendo, e cada vez menos<br />

dependente quanto à captação de<br />

recursos para prover às necessidades<br />

básicas das populações mais carentes<br />

e envolvendo a estas num processo de<br />

promoção humana e de<br />

desenvolvimento social.<br />

Diretrizes<br />

Esse Projeto tem as seguintes diretrizes:<br />

— Valorização do trabalho voluntário e<br />

incentivo ao desenvolvimento do<br />

potencial voluntário dos indivíduos,<br />

contribuindo para um melhor<br />

aproveitamento e integração dos<br />

recursos humanos, físicos e<br />

financeiros.<br />

— Integração entre a Central de<br />

Voluntários, órgãos públicos e<br />

privados e entidades sociais locais,<br />

visando maior racionalização e<br />

dinamização de seus serviços.<br />

Criar um elo<br />

A meta, ao se incentivar a implantação


da Central Municipal de Voluntários, é<br />

que esta venha a arregimentar, capacitar<br />

encaminhar, orientar, assessorar e<br />

acompanhar voluntários em entidades<br />

sociais que realizam um trabalho<br />

educativo voltado para a Promoção<br />

Humana.<br />

Cria-se, assim, um elo entre entidades,<br />

voluntariado e o processo de<br />

desenvolvimento social, evitando-se<br />

a dispersão de recursos e, através desse<br />

incentivo à maior participação<br />

comunitária, fortalecendo os laços<br />

de identificação do indivíduo com<br />

sua realidade, conquistando-se, aí,<br />

melhores condições de vida.<br />

Fluxograma<br />

voluntário —w Central —+ Entidade<br />

1<br />

Treinamento de Ação Comunitária Reciclagem<br />

Treinamentos Específicos<br />

Criança<br />

Saúde<br />

Clube de Mães<br />

Grupo Gestantes<br />

Bonecos para Educação<br />

Estudo e implantação<br />

Da série de 24 Encontros de Participação<br />

Comunitária que levou o Projeto para<br />

Implantação da Central Municipal de<br />

Voluntários, participaram 2.515<br />

representantes de 1.079 entidades<br />

sociais de 325 municípios do Interior<br />

do Estado.<br />

Grande número dos municípios têm<br />

procurado orientação e assessoria do<br />

FASPG, para ultimar a implantação<br />

deste projeto.<br />

119 balcão de entidades<br />

Durante a I I? Quinzena de Participação<br />

Comunitária para o Desenvolvimento<br />

da Criança (Parque da Agua Branca, de<br />

7 a 22 de outubro de 1978), o FASPG<br />

organizou a montagem do Balcão de<br />

Entidades Sociais, desta vez coordenado<br />

pelo CIAM — Centro Israelita de<br />

Assistência ao Menor (as entidades<br />

participantes optaram pelo rodízio na<br />

coordenação desse Balcão).<br />

Tendo em vista a avaliação do ano<br />

anterior, já na fase preparatória do<br />

Balcão de Entidades/78, os participantes<br />

estudaram as diversas maneiras para<br />

levar, com a maior eficácia possível,<br />

os objetivos desse Balcão e as<br />

informações sobre cada entidade<br />

ao público.<br />

Para tal, da mesma maneira que em<br />

1977, foram treinados monitores,<br />

selecionado o material de exposição<br />

nos estandes e preparados folhetos de<br />

divulgação e um Guia Informativo de<br />

Entidades Sociais, contendo a função<br />

de cada obra, os serviços que presta,<br />

ámbito de atuação, meios de acesso<br />

da população.<br />

Nesse Balcão, estiveram representadas<br />

54 entidades, reunidas de acordo com<br />

setores de atuação (Menor, Família e<br />

Comunidade, Idosos, Deficientes Físicos<br />

e Mentais e Reintegração Social),<br />

conforme a relação abaixo:<br />

Menor<br />

Associação Barão de Souza Queiroz de<br />

Proteção à Infância e à Juventude -<br />

Instituto Dona Ana Rosa; Associação<br />

Cristã Feminina de São <strong>Paulo</strong>;<br />

Associação Evangélica Beneficente;


Associação Paulista da Igreja Adventista<br />

do Sétimo Dia; Associação Santo<br />

Agostinho — ASA; Fundação Casa do<br />

Pequeno Trabalhador; Instituto<br />

Rogacionista; Legião da Boa Vontade —<br />

LBV; Movimento de Assistência aos<br />

Encarcerados de São <strong>Paulo</strong> — MAESP;<br />

Obra Assistencial Nossa Senhora do 0;<br />

Organização Mundial de Educação<br />

Pré-Escolar.<br />

Família e comunidade<br />

Ação Comunitária do Brasil — São<br />

<strong>Paulo</strong>; Ação Comunitária Paroquial de<br />

Guaianazes; Arrastão — Movimento de<br />

Promoção Humana; Associação Cívica<br />

Feminina; Associação Pró-Artesanato -<br />

APAR; Centro de Promoção Social<br />

"Cônego Luiz Biasi"; Centro Itaquerense<br />

das Famítias Amigas — CIFA; Centro<br />

Paroquial de Assistência; Centro Social<br />

Comunitário Jardim Primavera; Centro<br />

Social Lauzanne Paulista; Centro Social<br />

Nossa Senhora do Bom Parto; Centro<br />

Social São Francisco de Assis;<br />

Comunidade Kolping do Jardim<br />

Catanduva; Conjunto Paroquial Mãe<br />

do Salvador; Corpo Municipal de<br />

Voluntários — CMV; Federação das<br />

Obras Sociais — FOS; Federação Espírita<br />

do Estado de São <strong>Paulo</strong> — DAS — Casa<br />

Transitória; Instituto Social de Educação<br />

e Assistência São João Gualberto;<br />

Núcleo Batuíra — Serviço de Proteção<br />

da Família; Obra de Assistência da<br />

Paróquia São Matheus Apóstolo;<br />

Sociedade de Ensino Profissional e<br />

Assistência Social — SEPAS; União<br />

Brasileira Israelita do Bem Estar Social<br />

— UNIBES; União Cívica Feminina;<br />

União das Obras Sociais do Estado de<br />

São <strong>Paulo</strong> — UNIDOS.<br />

Idosos<br />

Associação Luiza de Marillac — Cidade<br />

dos Velhinhos "Santa Luiza de Marillac";<br />

Centro de Promoção Humana "Lar<br />

Vicentino"; Movimento Pró-Idosos —<br />

MOP I.<br />

Deficientes físicos e mentais<br />

Associação Cruz Verde; Associação de<br />

Assistência à Criança Defeituosa -<br />

AACD; Associação de Pais e Amigos<br />

dos Excepcionais de São <strong>Paulo</strong> — APAE;<br />

Centro Israelita de Assistência ao Menor<br />

— CIAM; Fundação "Dona Paulina de<br />

Souza Queiroz"; Fundação para o Livro<br />

do Cego no Brasil; Instituto de Cegos<br />

"Padre Chico"; Lar Escola São Francisco;<br />

Liga Feminina Israelita do Brasil;<br />

Sociedade Civil Banco de Olhos de São<br />

<strong>Paulo</strong>; Sociedade Pestalozzi de São<br />

<strong>Paulo</strong>.<br />

Reintegração social<br />

AL-ANON; Alcoólicos Anônimos;<br />

Amparo Maternal; Associação das<br />

Voluntárias do Hospital das Clínicas -<br />

AVOHC; Associação Paulista de Amparo<br />

à Mulher.<br />

Central de voluntários do FASPG<br />

Desde junho de 1978, o FASPG deu<br />

in [cio às atividades de uma Central de<br />

Voluntários, funcionando junto ao setor<br />

de Formação de Recursos Humanos da<br />

Divisão da Grande São <strong>Paulo</strong>. Por meio<br />

dessa Central, o FASPG procurou<br />

contatar e atender às necessidades de<br />

recursos voluntários das várias obras<br />

sociais da capital, bem como prestar<br />

orientação e informações às pessoas<br />

interessadas em se engajar no<br />

voluntariado, colaborando para<br />

identificação das aptidões, dos<br />

trabalhos possíveis de serem realizados<br />

nos vários setores da área social.<br />

Durante a 119 Quinzena (1978), essa<br />

Central de Voluntários funcionou no<br />

Parque da Agua Branca, procurando<br />

facilitar e motivar o contato do público<br />

com as obras participantes do Balcão de<br />

Entidades.<br />

27


Integração e contato com o público<br />

A integração entre as entidades, o maior<br />

conhecimento dos recursos comunitários<br />

(vide Balcão Informativo de Recursos<br />

Comunitários) e o melhor<br />

relacionamento com a população,<br />

durante a Quinzena, foram os pontos<br />

mais positivos apontados pelas entidades<br />

representadas no Balcão.<br />

Essa avaliação pode ser sintetizada no<br />

seguinte trecho do discurso<br />

proferido por dona Maria Célia Ferraz<br />

Monteiro de Barros, vice-presidente da<br />

Fundação para o Livro do Cego.<br />

"Viemos, todos nós, de um trabalho<br />

estafante, mas altamente gratificante.<br />

Levamos o nosso recado, mandamos a<br />

nossa mensagem a 850 mil pessoas que<br />

percorreram os nosso balcões. Para gente<br />

que veio de longe, que veio da periferia<br />

de nossa cidade, gente carente, gente<br />

sequiosa de aprender, gente ansiosa<br />

por crescer.<br />

"Colaboramos, com interesse e<br />

entusiasmo profundo, pela integração do<br />

desenvolvimento do nosso povo,<br />

almejando que ele possa gozar dos<br />

benefícios que o trabalho da presidente<br />

do FASPG, numa colaboração eficiente<br />

e construtiva, pode oferecer e<br />

proporcionar.<br />

"0 trabalho do FASPG foi um marco nc<br />

atual governo, como nós paulistas nunca<br />

tínhamos vivido. A senhora, dona Lila,<br />

também deixou sua impressão digital na<br />

grande árvore deste governo, tão<br />

profícuo em realizações.<br />

"Governo que enfrentou com galhardia a<br />

diminuição da receita imposta aos<br />

Estados, além das crises sociais e<br />

políticas. Realizações construídas<br />

com recursos limitados, realizações<br />

28<br />

silenciosas, realizações para o bem<br />

estar do povo — que os anos se<br />

incumbirão de levar à luz do sol".<br />

Observação — Coerente com a proposta<br />

de ação integrada, o FASPG atuou como<br />

órgão complementar à excelente atuação<br />

do Corpo Municipal de Voluntários -<br />

CMV —, criado por dona Tide Setúbal<br />

junto à Prefeitura Municipal de São<br />

<strong>Paulo</strong>, formando recursos humanos<br />

(através dos treinamentos) para a<br />

expansão dos trabalhos do CMV,<br />

principalmente na região leste da<br />

Capital. A Central de Voluntários<br />

criada pelo FASPG em 1978, veio<br />

atender à solicitação de inúmeras<br />

entidades e voluntários que procuravam<br />

um meio para o melhor desempenho de<br />

suas atividades, recebendo orientação e<br />

informações.


gt:yøntø<br />

-<br />

cc. ttJflSflffl<br />

Intermediário<br />

Em contato direto com a população<br />

(vide capítulos Projeto Piloto e Plantão<br />

de Referência), com prefeitos e<br />

dirigentes de entidades sociais e, ainda,<br />

por meio dos debates dos participantes<br />

dos cursos e seminários, o FASPG<br />

constatou que grande número de<br />

pessoas, inclusive lideranças,<br />

desconheciam vários dos recursos<br />

oferecidos por órgãos públicos e<br />

particulares ou não sabiam como ter<br />

acesso a estes serviços, essenciais para<br />

o atendimento das necessidades<br />

individuais ou para dinamizar os<br />

trabalhos realizados pelas entidades,<br />

podendo prestar melhor atendimento<br />

à população.<br />

Procurando criar uma alternativa para<br />

maior utilização dos recursos<br />

comunitários, o FASPG promoveu uma<br />

reunião, em fevereiro de 1976, com a<br />

presença dos titulares das Secretarias<br />

Estaduais, Municipais, Autarquias,<br />

Companhias de Economia Mista e<br />

órgãos Particulares ligados ao setor<br />

social e propôs a criação do Balcão<br />

Informativo de Recursos Comunitários,<br />

tendo como objetivo fornecer<br />

informações e orientação para o uso<br />

mais intenso dos recursos apresentados<br />

por órgãos federais, estaduais, municipais<br />

e particulares, promovendo debates<br />

sobre esses serviços, permitindo que o<br />

"usuário seja ouvido" e, através desse<br />

contato direto com técnicos de entidades<br />

sociais, voluntários e a população, os<br />

órgãos recebessem subsídios para melhor<br />

atuação.<br />

Um canal de comunicação entre a<br />

população e a administração pública -<br />

essa a característica fundamental do<br />

Balcão Informativo de Recursos<br />

Comunitários.


A comunicação direta estabelecida por<br />

meio do Balcão veio reforçar o contato<br />

com a realidade social que o FASPG<br />

procurou incentivar como órgão<br />

complementar às diretrizes<br />

governamentais de caráter prioritário<br />

(para o setor social) e intermediário<br />

entre a população e o Poder Público.<br />

As atividades do Balcão Informativo de<br />

Recursos Comunitários foram iniciadas<br />

durante o 1119 Seminário de Participação<br />

Comunitária, em março de 1976, com a<br />

presença do presidente Ernesto Geisel e<br />

do governador <strong>Paulo</strong> <strong>Egydio</strong> Martins.<br />

Função<br />

0 Balcão Informativo de Recursos<br />

Comunitários estruturou seus serviços<br />

da seguinte maneira:<br />

Prestar esclarecimentos de serviços a:<br />

— Clientela dos Seminários e Encontros<br />

de Participação Comunitária;<br />

— Grupos de visitas programadas;<br />

— Autoridades federais, estaduais,<br />

municipais;<br />

— Técnicos e voluntários;<br />

— Universitários;<br />

— Estudantes de 29 grau;<br />

— Grupos Específicos;<br />

— Público em geral;<br />

— Adultos;<br />

— Jovens.<br />

Informações<br />

0 Balcão prestou informações relativas a<br />

— Programas de prestação de serviços à<br />

comunidade;<br />

— Projetos de prestação de serviços à<br />

comunidade;<br />

— Atividades planejadas em função da<br />

comunidade, todos elaborados por<br />

órgãos públicos e privados.<br />

Meios de divulgação dos recursos<br />

— Painéis integrados sobre prestação de<br />

serviços dos diversos órgãos;<br />

— Folhetos informativos de cada<br />

entidade participante;<br />

— Guias de recursos comunitários, onde<br />

constam nomes dos órgãos, suas<br />

funções, meios de acesso da<br />

população, etc.<br />

Orientação profissional<br />

Orientação profissional para estudantes<br />

das 7? e 8g séries, através do Setor de<br />

Profissionalização.<br />

Integração<br />

0 Balcão se propês a estabelecer um<br />

serviço de integração entre técnicos e<br />

voluntários das diversas entidades que<br />

têm serviços afins, bem como incentivou<br />

a ação conjunta de vários órgãos que,<br />

através do contato entre os técnicos,<br />

puderam promover programações<br />

integradas.<br />

Serviços<br />

0 Balcão realizou:<br />

— Encaminhamentos dos interessados<br />

aos recursos comunitários;<br />

— Debates exploratórios para melhor<br />

utilização dos diversos recursos<br />

comunitários existentes;<br />

— Coleta de dados sobre a eficiência<br />

e as eventuais deficiências dos<br />

recursos oferecidos.<br />

"Ajustando-se aos objetivos da<br />

integração e dinamização de recursos,<br />

como mais um instrumento para<br />

mobilizar a participação comunitária,<br />

o Balcão Informativo de Recursos<br />

Comunitários passou a integrar as<br />

atividades do FASPG, completando<br />

e reforçando os Seminários e os<br />

treinamentos de recursos humanos,<br />

pois, além de ser uma amostragem dos<br />

recursos existentes, propiciou a troca de<br />

informações e experiências e facilitou a<br />

orientação na área social.<br />

'a


"0 contato direto dos participantes<br />

com os técnicos de cada órgão<br />

apresentado, apressou encaminhamentos<br />

e tornou mais eficazes os canais de<br />

comunicação entre o Governo e o Povo"<br />

Debates<br />

"Durante a apresentação do Balcão,<br />

realizada paralelamente aos Seminários<br />

de Participação Comunitária<br />

coordenados pelo FASPG, os<br />

participantes dos seminários, como<br />

também os grupos de visitas programadas<br />

(autoridades federais, estaduais e<br />

municipais, universitários, estudantes<br />

de 29 grau, professores, técnicos de<br />

órgãos públicos e privados, voluntários<br />

de obras sociais, Sociedades Amigos de<br />

Bairro, etc.), após a visita ao Balcão e<br />

troca de informações, participaram de<br />

grupos de debates coordenados por<br />

técnicos do FASPG (e com a presença<br />

de representantes dos órgãos envolvidos<br />

no Balcão), onde foram evidenciadas<br />

situações-problemas e levantadas<br />

propostas-soluções, através dos enfoques<br />

dos técnicos e dos diferentes grupos<br />

representativos da comunidade".<br />

Fator de integração<br />

"No decorrer do processo de trabalho,<br />

ainda como resultado altamente positivo,<br />

destaca-se que o Balcão tem,<br />

efetivamente, favorecido a ação conjunta<br />

entre entidades participantes,<br />

concorrendo para um aprofundamento<br />

das relações existentes entre os órgãos<br />

e técnicos envolvidos no trabalho.<br />

"Contribui, também, para uma<br />

racionalização de esforços, visto reunir,<br />

num só momento e local, pessoas<br />

preocupadas com a solução dos<br />

problemas sociais, evitando, desse modo,<br />

constantes deslocamentos que oneram<br />

Prefeituras, Obras Sociais e Governo".<br />

30<br />

Ação complementar<br />

"Desta forma, o Balcão Informativo de<br />

Recursos Comunitários complementou a<br />

ação dos órgãos públicos e privados,<br />

motivou à racionalização dos trabalhos<br />

e incentivou a integração dos recursos<br />

comunitários, com a conseqüente<br />

mobilização e participação<br />

comunitária". (1)<br />

0 Balcão reunia as seguintes áreas:<br />

1) Planejamento;<br />

2) Saúde e Nutrição;<br />

3) Habitação;<br />

4) Educação e Promoção Social;<br />

5) Cultura e Lazer;<br />

6) Previdência Social;<br />

7) Profissionalização;<br />

8) Administração;<br />

9) Participação Comunitária;<br />

e contou com a participação dos<br />

seguintes órgãos:<br />

Planejamento<br />

Secretaria de Estado da Economia e<br />

Planejamento:<br />

— Assessoria de Projetos Especiais;<br />

— Coordenadoria de Ação Regional -<br />

Balcão de Projetos e C.S.U.;<br />

— Coordenadoria de Análise de Dados -<br />

SEADE;<br />

— Coordenadoria de Planejamento e<br />

Avaliação — SEMO.<br />

Secretaria de Estado dos Negócios<br />

Metropolitanos:<br />

— Empresa de Planejamento da Grande<br />

São <strong>Paulo</strong> — EMPLASA.<br />

Educação e promoção social<br />

Ministério da Educação e Cultura:<br />

— Fundação Nacional do Material<br />

Escolar — FENAME.<br />

Ministério da Previdência e Assistência<br />

Social:<br />

— Fundação Legião Brasileira de<br />

Assistência — LBA.<br />

Secretaria de Estado da Educação.


Secretaria de Estado da Justiça.<br />

Secretaria de Estado dos Negócios<br />

Metropolitanos:<br />

— Empresa de Planejamento da Grande<br />

São <strong>Paulo</strong> — Ação Comunitária -<br />

EMPLASA.<br />

Secretaria da Promoção Social.<br />

Caixa Econômica do Estado de São<br />

<strong>Paulo</strong> -- CEESP.<br />

Fundação Estadual do Bem-Estar do<br />

Menor -- FEBEM.<br />

Fundação do Movimento Brasileiro de<br />

Alfabetização — MOBRAL -<br />

Coordenação Estadual.<br />

Secretaria das Administrações Regionais<br />

do Município de São <strong>Paulo</strong>:<br />

— Coordenadoria do Bem-Estar Social —<br />

COB ES.<br />

Secretaria da Educação do Município de<br />

São <strong>Paulo</strong>:<br />

— Departamento de Planejamento,<br />

Orientação e Controle — DEPLAN.<br />

Superintendência municipal de Educação<br />

Saúde e nutrição<br />

Ministério da Educação e Cultura:<br />

— Campanha Nacional de Alimentação<br />

Escolar — CNAE.<br />

Secretaria de Estado da Agricultura:<br />

— Coordenadoria de Assistência Técnica<br />

Integral — CATI;<br />

— Instituto de Tecnologia de Alimentos<br />

— ITAL.<br />

Secretaria de Estado da Educação —<br />

Departamento de Assistência ao<br />

Escolar — DAE.<br />

Secretaria de Estado da Saúde:<br />

— Coordenadoria de Saúde da<br />

Comunidade.<br />

Fundação "Centro de Pesquisas de<br />

Oncologia".<br />

Fundação para o Remédio Popular —<br />

FUR P.<br />

Secretaria de Higiene e Saúde do<br />

Município de São <strong>Paulo</strong>.<br />

Profissionalização<br />

Ministério do Trabalho:<br />

— Programa Intensivo de Preparação de<br />

Mão-de-obra — PIPMO;<br />

— Serviço Nacional de Formação<br />

Profissional Rural - SENAR;<br />

— Serviço Nacional de Aprendizagem<br />

Comercial — SENAC;<br />

— Serviço Social da Indústria —SESI.<br />

Secretaria de Estado da Agricultura:<br />

— Coordenadoria de Assistência Técnica<br />

Integral —CAT!.<br />

Secretaria de Estado da Educação:<br />

— Coordenadoria de Ensino.<br />

Secretaria de Estado das Relações do<br />

Trabalho.<br />

Secretaria da Promoção Social.<br />

Centro de Integração Empresa-Escola —<br />

CIE/E.<br />

Fundação Movimento Brasileiro de<br />

Alfabetização — MOBRAL.<br />

Secretaria das Administrações Regionais<br />

do Município de São <strong>Paulo</strong>:<br />

— Coordenadoria do Bem-Estar Social —<br />

COB ES.<br />

Secretaria de Serviços e Obras do<br />

Município de São <strong>Paulo</strong>:<br />

— Departamento de Parques e Areas<br />

Verdes.<br />

Cultura e lazer<br />

Serviço Social do Comércio — SESC.<br />

Serviço Social da Indústria — SESI.<br />

Secretaria de Estado da Cultura, Ciência<br />

e Tecnologia.<br />

Secretaria de Estado de Esportes<br />

e Turismo:<br />

— Coordenadoria de Esportes;<br />

— Coordenadoria de Turismo;<br />

— Fomento de Urbanização e Melhoria<br />

das Estâncias — FUMEST.<br />

Secretaria de Estado das Relações do<br />

Trabalho.<br />

Secretaria da Promoção Social:<br />

— Fundação Movimento Brasileiro de<br />

Alfabetização — MOBRAL -<br />

Coordenação Estadual.


Secretaria de Cultura do Município de<br />

São <strong>Paulo</strong>.<br />

Secretaria de Esportes do Município de<br />

São <strong>Paulo</strong>.<br />

Secretaria de Serviços e Obras do<br />

Município de São <strong>Paulo</strong>.<br />

Administração pública<br />

Secretaria dos Negócios de<br />

Administração:<br />

— Coordenadoria de Administração de<br />

Pessoal - CAP;<br />

— Coordenadoria de Administração de<br />

Material — CAM;<br />

— Instituto de Assistência Médica ao<br />

Servidor Público Estadual — IAMSPE;<br />

— Instituto de Previdência do Estado de<br />

São <strong>Paulo</strong> — IPESP.<br />

Fundação Prefeito Faria Lima — Centro<br />

de Estudos e Pesquisas de Administração<br />

Municipal.<br />

Habitação<br />

Companhia Estadual de Casas Populares<br />

— CECAP.<br />

Companhia Metropolitana de São <strong>Paulo</strong><br />

— COHAB.<br />

Instituto de Orientação às Cooperativas<br />

Habitacionais de São <strong>Paulo</strong> —<br />

INOCOOP/SP.<br />

Instituto de Orientação às Cooperativas<br />

Habitacionais Bandeirantes —<br />

NOCOOP/SP.<br />

Previdência social<br />

Ministério de Previdência e Assistência<br />

Social:<br />

— SINPAS — Sistema Nacional de<br />

Previdência e Assistência Social;<br />

— Instituto de Administração Financeira<br />

de Previdência e Assistência Social —<br />

IAPAS;<br />

— Instituto Nacional de Assistência<br />

Médica da Previdência Social —<br />

INAMPS;<br />

— Instituto Nacional de Previdência<br />

Social — INPS;<br />

— Fundação Legião Brasileira de<br />

Assistência — LBA;<br />

— Fundação Nacional do Bem-Estar do<br />

Menor — FUNABEM;<br />

— Empresa de Processamento de Dados<br />

da Previdência Social — DATAPREV;<br />

— Central de Medicamentos — CEME.<br />

Serviços públicos<br />

Secretaria de Estado de Obras e Meio<br />

Ambiente:<br />

— Departamento de Águas e Energia<br />

Elétrica — DAEE.<br />

Secretaria de Estado de Economia e<br />

Planejamento:<br />

— PROCON — Defesa do Consumidor e<br />

Serviço da Comunidade.<br />

Secretaria de Estado da Justiça.<br />

Secretaria de Estado da Segurança<br />

Pública:<br />

— Polícia Civil;<br />

— Polícia Militar.<br />

Secretaria de Estado dos Transportes:<br />

— DAESP, DEPARTAMENTO<br />

HIDROVIARIO, DER, DERSA,<br />

FEPASA, TRANSESP, VASP e<br />

DSV.<br />

Centrais Elétricas de São <strong>Paulo</strong> S/A. -<br />

CESP.<br />

Companhia de Saneamento Básico do<br />

Estado de São <strong>Paulo</strong> — SABESP.<br />

Companhia de Tecnologia de<br />

Saneamento Ambiental — CETESB.<br />

Telecomunicações de São <strong>Paulo</strong> S/A. —<br />

TELESP.<br />

Secretaria de Serviços e Obras do<br />

Município de São <strong>Paulo</strong>.<br />

Secretaria de Transportes do Município<br />

de São <strong>Paulo</strong>.<br />

Companhia de Gás de São <strong>Paulo</strong><br />

COM GÁS.<br />

Companhia do Metropolitano de São<br />

<strong>Paulo</strong> — METRO.<br />

Companhia Municipal de Transportes<br />

Coletivos — CMTC.<br />

Secretaria da Saúde:<br />

— Superintendência de Controle de


Endemias — SUCEN;<br />

— Instituto Butantã.<br />

Secretaria das Relações de Trabalho<br />

— Superintendência do Trabalho<br />

Artesanal nas Comunidades -<br />

SUTACO.<br />

Secretaria Municipal de Cultura:<br />

— Bibliotecas Públicas;<br />

— Bibliotecas Infantis.<br />

Secretaria de Estado da Educação.<br />

Movimento Brasileiro de Alfabetização —<br />

MOB RAL.<br />

Prefeitura Municipal de São <strong>Paulo</strong>.<br />

Dados quantitativos do balcão informativo de recursos comunitários<br />

1 — Guarujá — II IP Seminário de Participação Comunitária<br />

órgãos participantes ...................................... 16<br />

Visitantes ............................................... 3.000<br />

2 — São <strong>Paulo</strong> — I VP Seminário de Participação Comunitária<br />

órgãos Participantes ....................................... 32<br />

Visitantes ............................................... 30.000<br />

3 -- Praia Grande — VP Seminário de Participação Comunitária<br />

órgãos participantes ....................................... 42<br />

Visitantes ............................................... 5.000<br />

4 — São <strong>Paulo</strong> — Vila Ré — VIP Seminário de Participação Comunitária<br />

órgãos participantes ....................................... 42<br />

Visitantes ............................................... 1.000<br />

5<br />

Campinas — Vl IP Seminário de Participação Comunitária<br />

Órgãos participantes ....................................... 42<br />

Visitantes ............................................... 3.000<br />

6 — São <strong>Paulo</strong> — Palácio dos Bandeirantes — VI I IP Seminário de<br />

Participação Comunitária — Voluntariado<br />

órgãos participantes ....................................... 42<br />

Visitantes .............................................. 3.000<br />

7 — Araçatuba — I XP Seminário de Participação Comunitária<br />

Õrgãos participantes ....................................... 42<br />

Visitantes ............................................... 4.000<br />

B — São <strong>Paulo</strong> —Água Branca — XP Seminário de Participação<br />

Comunitária<br />

órgãos participantes ....................................... 55<br />

Visitantes .............................................. 250.000<br />

9 — Campos do Jordão — X19 Seminário de Participação Comunitária<br />

órgãos participantes ...................................... 42<br />

Visitantes .............................................. 3.500<br />

10 — São <strong>Paulo</strong> — Palácio dos Bandeirantes — XI IP Seminário de<br />

Participação Comunitária — Voluntariado<br />

órgãos Participantes ....................................... 53<br />

Visitantes ............................................... 3.164<br />

31 J


São José do Rio Preto — XII 19 Seminário de Participação<br />

Comunitária<br />

órgãos participantes ....................................... 53<br />

Visitantes ............................................... 7.251<br />

12 — São <strong>Paulo</strong> — Água Branca — XI V9 Seminário de Participação<br />

Comunitária<br />

órgãos participantes ....................................... 89<br />

Visitantes .............................................. 350.000<br />

Nota:<br />

11/ Texto extraído do Documento do Balcão<br />

Informative de Recursos Comunitários,<br />

elaborado pelos representantes dos diversos<br />

órgãos público e entidades particulares<br />

participantes desta iniciativa.<br />

Contato direto<br />

0 interesse demonstrado por prefeitos,<br />

presidentes de Câmaras, vereadores,<br />

suas esposas, técnicos dos serviços<br />

sociais dos municípios, dirigentes e<br />

voluntários de entidades sociais — foi<br />

evidenciado pela constante solicitação<br />

de continuidade e ampliação dos<br />

serviços prestados pelo Balcão<br />

Informativo de Recursos Comunitários,<br />

durante as conclusões finais de cada<br />

Seminário (conclusões essas elaboradas<br />

pelos participantes dos Seminários),<br />

apontando como "altamente significativa<br />

a oportunidade de contato direto com os<br />

monitores dos diversos órgãos<br />

representados".<br />

O diálogo, os painéis integrados,<br />

incentivando a racionalização de<br />

recursos, propiciaram, principalmente<br />

aos participantes dos seminários,<br />

inúmeras "descobertas" — cursos de<br />

profissionalização que nem suspeitavam<br />

(e fundamentais para aprofundar<br />

programas comunitários de educação<br />

de base), programas preventivos de<br />

saúde pública (dos quais nunca tinham<br />

ouvido falar), desconhecimento dos<br />

direitos básicos do sistema<br />

previdenciário, etc.<br />

32<br />

Um exemplo do que significou esse<br />

Balcão pode ser medido pelo que<br />

representou a divulgação da Fundação<br />

do Remédio Popular — FURP — um<br />

órgão estatal destinado a produzir, em<br />

escala industrial, remédios a preços mais<br />

baixos, visando atender às necessidades<br />

de órgãos públicos e entidades sociais<br />

particulares.<br />

Através da participação da FURP no<br />

Balcão Informativo, os seus técnicos<br />

perceberam o quanto essa Fundação<br />

era pouco conhecida, apesar de grande<br />

número de Prefeituras, Santas Casas,<br />

Centros de Saúde, ambulatórios de<br />

entidades sociais comprometerem<br />

significativa parcela de seus orçamentos<br />

na compra de medicamentos para<br />

atender à população mais carente.<br />

No período que vai de março de 1976<br />

(quando foi realizado o I9 Balcão<br />

Informativo de Recursos Comunitários)<br />

a maio de 1977, a FURP triplicou o<br />

atendimento equivalente aos cinco<br />

anos anteriores.<br />

Se o Balcão tinha êxito junto ao público<br />

a que se dirigia, talvez, tão significativa<br />

tenha sido a experiência de ação<br />

conjunta, vivida pelos monitores de<br />

cada órgão participante.<br />

A interação entre os técnicos, o<br />

conhecimento mútuo dos serviços<br />

e programas desenvolvidos pelos outros


53<br />

7.251<br />

89<br />

350.000<br />

ignificou esse<br />

Jo pelo que<br />

;ão da Fundação<br />

- FURP - um<br />

o a produzir, em<br />

dios a preços mais<br />

ar às necessidades<br />

ntidades sociais<br />

ío da FURE' no<br />

s seus técnicos<br />

essa Fundação<br />

apesar de grande<br />

s, Santas Casas,<br />

bulatórios de<br />

orometerem<br />

a seus orçamentos<br />

ventos para<br />

nais carente.<br />

março de 1976<br />

o I° Balcão<br />

sos Comunitários)<br />

RP triplicou o<br />

me aos cinco<br />

o junto ao público<br />

tão significativa<br />

;ia de ação<br />

monitores de<br />

écnicos, o<br />

dos serviços<br />

3idos pelos outros<br />

órgãos presentes, o diálogo direto com a<br />

população, a troca de experiências com<br />

os participantes dos seminários — tudo<br />

isso propiciou, àqueles técnicos,<br />

visualizar o que significa atendimento<br />

global, dentro da realidade específica<br />

do atual estágio de desenvolvimento<br />

social.<br />

Na avaliação dos monitores, é uma<br />

nota permanente a oportunidade criada<br />

pelo Balcão para ampliar o<br />

conhecimento profissional e a<br />

própria consciência pessoal, de<br />

indivíduos participantes desta<br />

realidade social.<br />

Tendo em vista fornecer uma idéia do<br />

significado do Balcão Informativo de<br />

Recursos Comunitários para os órgãos<br />

e entidades integrantes dessa iniciativa,<br />

transcrevemos, a seguir, trechos<br />

extraídos dos ofícios remetidos ao<br />

FASPG por alguns órgãos participantes.<br />

"A partir de 1978, após a atuação<br />

desenvolvida em estande conjunto,<br />

a Secretaria da Justiça passou a expor<br />

seu próprio módulo, onde foram<br />

apresentados os órgãos que prestam<br />

serviços diretamente ligados à<br />

comunidade (Casa do Albergado,<br />

Procuradoria Geral do Estado,<br />

Assistência Judiciária e Departamento<br />

dos Institutos Penais do Estado).<br />

Em reunião havida no FASPG, entre<br />

os coordenadores dos vários módulos,<br />

tivemos a oportunidade de apresentar<br />

a avaliação do trabalho realizado.<br />

Várias considerações foram levantadas,<br />

tendo algumas delas recebido um<br />

enfoque maior:<br />

a) grande parte das pessoas que visitaram<br />

o módulo da Secretaria da Justiça,<br />

solicitaram informações maiores<br />

sobre prisão-albergue, tratamento<br />

dedicado a sentenciados e famílias,<br />

atendimento a egressos, assistência<br />

judiciária gratuita, etc.;<br />

b) técnicos, no entanto, se prolongavam<br />

em busca de informações mais<br />

detalhadas sobre programas de<br />

trabalhos relativos à prevenção e<br />

terapia da criminalidade;<br />

c) nos debates exploratórios, os técnicos<br />

da Secretaria da Justiça prestaram<br />

informações mais ou menos idênticas<br />

às do parágrafo anterior.<br />

Gostaríamos de apresentar as seguintes<br />

considerações discutidas anteriormente<br />

pelos técnicos da Secretaria:<br />

— E indiscutível o valor da apresentação<br />

do Balcão, pelo entrosamento iniciado<br />

entre os vários técnicos que,<br />

trabalhando em órgãos assistenciais,<br />

passaram não só a se conhecer melhor,<br />

como principalmente tomar ciência<br />

do trabalho executado nas várias<br />

áreas —federal, estadual e municipal -<br />

só isto, já seria compensador, bem<br />

como a importância das informações<br />

prestadas ao público. Seja-nos permitido<br />

sugerir que esse trabalho prossiga<br />

e, para tal, seja indicado um<br />

coordenador que, durante todo o ano,<br />

promova reuniões com os vários<br />

técnicos, debatendo-se assuntos<br />

relativos ao Balcão. Além do<br />

planejamento, continuaria o<br />

entrosamento, troca de experiências,<br />

iniciados entre os vários órgãos".<br />

(De Guilherme Pereira de Mello,<br />

diretor-geral do Departamento dos<br />

Institutos Penais do Estado).<br />

"O Balcão Informativo de Recursos<br />

Comunitários, efetivamente, favorece a<br />

ação conjunta entre entidades<br />

participantes, tendo concorrido para o<br />

aprofundamento das relações existentes<br />

entre os órgãos e técnicos envolvidos<br />

nesse trabalho. É evidente, também, que<br />

o Balcão contribui para uma


acionalização de esforços visto reunir,<br />

em um só momento e local, pessoas<br />

preocupadas com a solução dos<br />

problemas sociais, evitando, assim,<br />

constantes deslocamentos que acabam<br />

por onerar os três níveis de Governo e,<br />

conseqüentemente, a própria<br />

comunidade. Assim, a formalização do<br />

Balcão Informativo de Recursos<br />

Comunitários junto às atividades e<br />

cronograma de ação dos órgãos públicos<br />

e privados envolvidos no Balcão é vista<br />

como necessária e prioritária".<br />

(De Roberto Cerqueira César, secretário<br />

dos Negócios Metropolitanos).<br />

"É de nosso agrado a formalização do<br />

Balcão como atividade de caráter<br />

complementar aos trabalhos do Governo<br />

(e, portanto, aos trabalhos do nosso<br />

Departamento), principalmente pela<br />

oportunidade que nos oferece de<br />

escutarmos, de viva voz, as solicitações<br />

e críticas referentes aos nossos serviços,<br />

além da oportunidade de podermos,<br />

também de viva voz, dizer a tantos<br />

responsáveis por comunidades o sentido<br />

dos serviços que desenvolvemos".<br />

(De Gerson Munhoz dos Santos, diretor<br />

do Departamento de Assistência ao<br />

Escolar — DAE).<br />

"Q documento do Balcão Informativo de<br />

Recursos Comunitários, elaborado por<br />

representantes das entidades<br />

participantes do evento, vem dar<br />

informações valiosas e oportunas a todas<br />

as Entidades que acreditam na participação<br />

comunitária como forma de<br />

desenvolvimento social e econômico do<br />

indivíduo". (De Bahij Amin Aur,<br />

diretor-regïonal do Serviço Nacional de<br />

Aprendizagem Comercial - SENAC/AR<br />

São <strong>Paulo</strong>)<br />

"Entendemos bastante válidos os meios<br />

usados pelo Balcão Informativo de<br />

Recursos Comunitários, para atingir os<br />

objetivos, especialmente por<br />

proporcionar ocasiões para intercâmbio<br />

de informações entre os diversos grupos<br />

e serviços que atuam na área do<br />

desenvolvimento social. A iniciativa do<br />

FASPG foi válida e, por conseguinte,<br />

deve manter a sua continuidade,<br />

objetivando forçar o público,<br />

normalmente pouco informado, a<br />

conhecer e interessar-se pelos meios e<br />

recursos disponíveis, destinados à<br />

melhoria de suas próprias condições<br />

de vida". (Da dra. Anna Cândida da<br />

Cunha Ferraz, procuradora geral do<br />

Estado, através de apreciação feita pelo<br />

procurador geral substituto, dr. José<br />

Augusto de Castro)<br />

"Avaliando as diretrizes seguidos pelo<br />

Balcão Informativo de Recursos<br />

Comunitários, verificamos o quanto essa<br />

iniciativa foi de utilidade para a<br />

coletividade de São <strong>Paulo</strong>". (De Sábato<br />

Antonio Magaldi, secretário Municipal<br />

de Cultura)<br />

"No setor de Cultura e Lazer,<br />

apresentamos, durante as Quinzenas de<br />

Participação Comunitária para o<br />

Desenvolvimento da Criança, em 1977 e<br />

1978, informações gerais sobre o<br />

funcionamento de nossos<br />

departamentos, com a preocupação<br />

constante de situá-los como fator de<br />

cultura, educação e lazer, características<br />

estas que foram apresentadas no módulo<br />

de oito faces, com fotos sugestivas de<br />

nossas atividades e locais, bem como<br />

através das explicações prestadas aos<br />

senhores prefeitos e senhoras, dirigentes<br />

e técnicos ligados à área de<br />

desenvolvimento social. Distribuimos,<br />

também ao público visitante dos<br />

balcões, milhares de impressos contando<br />

os endereços de todos os departamentos<br />

desta Secretaria, visando facilitar o


acesso aos diversos serviços prestados.<br />

Nos debates exploratórios, constatamos<br />

que a maioria dos estudantes que por ali<br />

passaram eram frequentadores assíduos<br />

da nossa Divisão de Discoteca e<br />

Biblioteca de Música e das bibliotecas<br />

de bairros mais próximas da periferia.<br />

Ficamos satisfeitas em saber que o<br />

público presente conhece e acompanha o<br />

desenvolvimento dos trabalhos da Pasta<br />

de Cultura, principalmente no que tange<br />

à popularização do teatro. Muitas<br />

perguntas foram feitas sobre as Segundas<br />

e Sextas Musicais, sobre a Campanha da<br />

Kombi e das peças teatrais (Plano de<br />

Popularização do Teatro). Muitos<br />

interrogaram, também, sobre a Casa<br />

do Sertanista e do Bandeirante, do<br />

Departamento do Patrimônio<br />

Histórico. No Balcão Demonstrativo, em<br />

estande individual, o Departamento de<br />

Bibliotecas Públicas ofereceu as mais<br />

variadas informaçôes sobre o<br />

funcionamento de seu sistema na<br />

capital, através de:<br />

a) painéis com fotos e dizeres;<br />

b) distribuição de impressos<br />

sublinhando-se os seus serviços,<br />

endereços e número de unidades;<br />

c) um audiovisual "Biblioteca e<br />

Comunidade", em projeção contínua;<br />

d) exposição de caixa-estante<br />

(mini-bibliotecas ambulantes) com<br />

o oferecimento constante de fohetos<br />

informativos sobre seu funcionamento;<br />

e) uma leitora de microfilmes, dando<br />

uma demonstração dos diversos<br />

recursos que as bibliotecas colocam<br />

ao alcance do leitor.<br />

0 Departamento de Bibliotecas<br />

Infanto-Juvenís, por sua vez, colaborou<br />

com a seguinte programação: implantação<br />

da caixa-estante como veículo de<br />

promoção desse serviço. Obs.: Foram<br />

fornecidas explicaçôes quanto a<br />

solicitação e implantação das<br />

caixas-estantes, bem como das atividades<br />

desenvolvidas pelo departamento.<br />

Montou-se, como em anos anteriores,<br />

uma pequena biblioteca que funcionou<br />

como Centro de Atividades de<br />

Comunicação e Expressão, onde se<br />

desenvolveram atividades de:<br />

a) leitura infantil e juvenil, através da<br />

bilbioteca com 200 livros e que teve<br />

uma freqüência média diária de<br />

3.200 crianças;<br />

b) concomitantemente, ativou-se a área<br />

de artes, mediante a utilização de<br />

painéis, especialmente confeccionados<br />

para essas atividades, onde crianças e<br />

jovens desenharam com giz e com<br />

caneta hidrocor;<br />

c) foram realizados espetáculos de<br />

danças folclóricas.<br />

Nos debates exploratórios, o pedido<br />

feito foi o de levarmos ao conhecimento<br />

do senhor prefeito e do secretário de<br />

Cultura, a seguinte mensagem:<br />

"Oportunidade ao Teatro Amador,<br />

quer através de prêmios, quer através<br />

de subvençôes ou de auxílios". (De<br />

Lúcia Piazza Silveira, chefe da Seção<br />

Administrativa da Secretaria Municipal<br />

de Cultura, em relatório encaminhado<br />

ao FASPG pelo secretário Sábato<br />

Antônio Magaldi).<br />

"Sobre o trabalho realizado pelo Balcão<br />

Informativo de Recursos Comunitários,<br />

promovido pelo FASPG, consideramos<br />

fundamental destacar os seguintes<br />

pontos:<br />

1) o trabalho conjunto entre as várias<br />

entidades públicas, tanto na área<br />

estadual como na federal e<br />

municipal, reunindo esforços com<br />

um mesmo objetivo, o<br />

desenvolvimento comunitário;<br />

2) capacitação de recursos, tendo como<br />

objetivo o conhecimento integral do


órgão que se está representando e<br />

outros, dentro da área em que o<br />

mesmo está inserido;<br />

3) divulgação dos recursos existentes<br />

na administração pública que podem<br />

estar à disposição da comunidade;<br />

4) orientação da comunidade para a<br />

utilização dos recursos existentes,<br />

de maneira racional e objetiva;<br />

5) maior dinamização dos recursos e do<br />

pessoal dos órgãos regionais das várias<br />

entidades públicas, quando o trabalho<br />

é desenvolvido nos municípios'.<br />

(De Rubens Murillo Marques, chefe da<br />

Coordenadoria de Análise de Dados da<br />

Secretaria de Economia e Planejamento)<br />

"As realizações do Balcão de Recursos<br />

Comunitários revestem-se de<br />

características que objetivam,<br />

essencialmente, a promoção do Homem.<br />

E o aproveitamento racional dos recursos<br />

existentes e colocados à disposição dos<br />

municípios paulistas, permitindo a<br />

colaboração com o Governo Federal<br />

quanto à complementação das<br />

diretrizes emanadas em âmbito federal<br />

e estadual no tocante ao<br />

desenvolvimento da política social,<br />

voltada para o desenvolvimento<br />

integral do Homem, formação de<br />

recursos humanos e integração social.<br />

Consoante esses objetivos, há que<br />

ressaltar a importância dessa<br />

programação do FASPG, que deve<br />

receber total apoio dos órgãos que<br />

integram o Balcão Informativo de<br />

Recursos Comunitários. Tendo<br />

comparecido a todas as realizações<br />

do Balcão, pudemos comprovar o<br />

interesse e a participação dos órgãos<br />

que dele participam, assim como a<br />

cooperação havida entre os<br />

representantes desses órgãos, que<br />

constituiram Grupo de Trabalho que<br />

possibilitou valiosa troca de<br />

informações acerca das atividades de<br />

cada órgão em particular e do Balcão<br />

em Geral. De outra parte, as<br />

informações acerca do Balcão e das<br />

atividades dos órgãos que o integram,<br />

levadas a todos quantos compareceram<br />

a essas promoções (autoridades<br />

federais, estaduais e municipais,<br />

universitários, estudantes, professores,<br />

técnicos de órgãos públicos e privados,<br />

voluntários de obras sociais, sociedades<br />

de Amigos de Bairro, etc.), contribuiram<br />

para a conscientização da necessidade de<br />

uma racionalização de esforços, posto<br />

que reuniu, em um só momento e local,<br />

pessoas com a mesma preocupação de<br />

solucionar problemas sociais, evitando<br />

deslocamentos que, via de regra,<br />

onerariam o Governo e as Obras<br />

Sociais". (De Jonas Barcelos, responsável<br />

pela Chefia de Gabinete da Secretaria<br />

de Estado das Relações do Trabalho,<br />

em relatório encaminhado ao FASPG<br />

por Maria de Lourdes Prado de Carvalho,<br />

assistente de Planejamento e Controle).<br />

"Verificamos, inicialmente, que os<br />

objetivos foram plenamente atingidos<br />

e mesmo ultrapassados, divulgando-se<br />

às comunidades importantes atividades<br />

desenvolvidas pelo Governo do Estado,<br />

merecendo da nossa parte cumprimentos<br />

e elogios". (De Carlos Gomes dos Santos<br />

Cortes, chefe da Coordenadoria de<br />

Assistência Técnica Integral - CATI).<br />

"Como resultado de nossas observações,<br />

nas ocasiões em que tivemos participação<br />

ativa, podemos afirmar que o Balcão<br />

Informativo de Recursos Comunitários<br />

revelou ser um veículo eficiente para<br />

conscientizar as comunidades dos<br />

recursos que dispõem em suas regiões.<br />

Por falta desse conhecimento, muitas<br />

vezes não se utilizam dos serviços<br />

disponíveis existentes, principalmente<br />

os públicos". (De Agide Gorgatti Netto,


diretor-geral do Instituto de Tecnologia<br />

de Alimentos —ITAL.<br />

"Sentimos que, neste momento, as<br />

atividades do Balcão Informativo de<br />

Recursos Comunitários se definem e<br />

partem do planejamento de uma<br />

estrutura sólida, capaz de garantir,<br />

para o futuro, o desenvolvimento dos<br />

benefícios inerentes aos objetivos<br />

propostos pelo Balcão". (De Pérsio de<br />

Carvalho Junqueira, secretário-executivo<br />

do Sistema Estadual de Proteção ao<br />

Consumidor — PROCON).<br />

"Aquele trabalho foi apreciado pelas<br />

nossas áreas técnicas, que o adotaram<br />

sem restrições, cabendo-nos nesta<br />

oportunidade, ressaltar a atuação do<br />

FASPG no campo da participação<br />

comunitária, visando a integração<br />

social e a promoção do homem".<br />

(De Fernando Ribeiro do Val, presidente<br />

da Companhia Estadual de Casas<br />

Populares — CECAP).<br />

"O referido documento do Balcão<br />

Informativo de Recursos Comunitários<br />

foi analisado e consideramos que<br />

espelha, de forma adequada, a<br />

promoção, merecendo destaque as<br />

novas propostas nele apresentadas".<br />

(De Pedro Senna, coordenador da<br />

COEST/PIPMO).<br />

O balcão informativo de recursos<br />

comunitários procurou valorizar e<br />

incentivar a participação comunitária,<br />

motivando o diálogo com a população<br />

e ampliando os canais de comunicação<br />

entre a coletividade e os órgãos públicos<br />

e particulares do setor social.


;ç&<br />

r r f f<br />

Os Programas Comunitários para o<br />

Desenvolvimento da Criança<br />

constituem-se na atividade-núcleo do<br />

trabalho realizado pelo FASPG, Tais<br />

programas foram desenvolvidos em<br />

duas etapas distintas: a primeira<br />

compreende as atividades realizadas<br />

nos Projetos Piloto (o contato direto<br />

de técnicos, monitores e voluntários<br />

com grupos da população, procurando<br />

promover o desenvolvimento social<br />

dessas comunidades pelo incentivo à<br />

maior participação comunitária).<br />

A partir das programações realizadas<br />

com os moradores dos Projetos-Piloto,<br />

do levantamento de suas expectativas,<br />

do conhecimento fundado sobre o<br />

contato direto com a população e da<br />

avaliação e reflexão dos técnicos sobre<br />

o desenvolvimento desses trabalhos, o<br />

FASPG reuniu os subsídios essenciais<br />

para levar aos participantes dos Cursos,<br />

Seminários e Encontros, a proposta de<br />

Promoção do Homem através da<br />

participação consciente dos membros<br />

integrantes da comunidade.<br />

Enquanto a primeira etapa se<br />

caracterizou por Lima programação<br />

permanente e de âmbito localizado<br />

(onde se si t uam os Projetos-Piloto),<br />

a segunda (aprofundando a reflexão<br />

dessa programação) foi especificamente<br />

motivadora (os subsídios levados aos<br />

participantes dos Seminários e Cursos)<br />

e difusa, no sentido de reforçar os<br />

inúmeros trabalhos comunitários já<br />

realizados e, ainda, incentivar a<br />

po pulação à valorização da criança<br />

e se empenhar em promover o<br />

desenvolvimento global da criança<br />

(levando ern consideração os aspectos<br />

bio-psico-sociais), através das Semanas<br />

e Quinzenas de Participação Comunitária<br />

para o Desenvolvimento da Criança.


Qs programas realizados nos<br />

Projetos-Piloto forneceram elementos<br />

para que o FASPG pudesse esclarecer e<br />

situarem bases concretas seus princípios<br />

de ação: a promoção do homem,<br />

estimulando o desenvolvimento de<br />

uma participação comunitária mais<br />

consciente e efetiva.<br />

Relação das atividades<br />

Projetos-piloto da capital e do interior<br />

— DICOREs — Das Cornunitários de<br />

Recreação;<br />

— Centros lúdicos e artísticos destinados<br />

às crianças:<br />

Orientação e dinamização de grupos<br />

de Educação de Base: casais, mães,<br />

gestantes e jovens;<br />

Orientação a entidades sociais na área;<br />

— Programações comunitárias integradas<br />

com órgãos públicos e privados;<br />

Cursos básicos e específicos para a<br />

formação de ideranças e voluntários<br />

locais.<br />

0 ProjetoPiloto do interior localiza-se<br />

no município de Itapira (5? Região<br />

Administrativa), atingindo os bairros<br />

de Vila Ilze, Vila Pereira, Vila Isaura e<br />

Cubatão. Além das atividades citadas,<br />

desenvolvem-se, ainda, nesses bairros,<br />

t rabalhos de iniciação profissional e<br />

qualificação de mão-de-obra em<br />

convênio corn órgãos afins (SENAC,<br />

SE..SC, SENAI, SESI e outros).<br />

Os moradores locais são atendidos,<br />

também, por intermédio de dois<br />

convênios na área de saúde: um com o<br />

posto de pronto atendimento da<br />

Prefeitura, para serviços<br />

médico-dentários, e outro com a<br />

UNICAMP — Universidade Estadual<br />

de Campinas, para atendimento<br />

oftalmológico de adultos e crianças,<br />

fora da faixa escolar.<br />

Outra experiência desenvolvida nesse<br />

Projeto-Piloto consiste em grupos de<br />

artesanato sob a monitoria de pacientes<br />

de urna clínica de repouso (Clínica<br />

Santa Fé).<br />

G Projeto-Piloto da capital tem seu<br />

núcleo no Jardim Três Corações,<br />

atingindo, ainda, os bairros de<br />

Bororé, Grajaú e Jardim Primavera,<br />

todos na Administração Regional de<br />

Santo Amaro.<br />

Além das atividades básicas já arroladas,<br />

destaca-se, no local, a integração com a<br />

Associação Pró-Artesanato, para<br />

capacitação de pessoas do bairro, além<br />

da implantação dos seguintes projetos:<br />

— Qualificação de mão-de-obra (FASPG<br />

e Associação Voluntária para<br />

Integração dos Migrantes — AVIM);<br />

Educação Sanitária para a Criança e a<br />

Comunidade (FASPG e Interclínicas<br />

Assistência Médica, Cirúrg ca e<br />

Hospitalar S/C).<br />

Projetos-piloto porque?<br />

Tendo em vista os objetivos do FASPG<br />

(a Promoção Humana e o<br />

desenvolvimento da Participação<br />

Comunitária) — e a ênfase dada, nesta<br />

Administração, à Formação de Recursos<br />

Humanos, considerou-se fundamenta;<br />

estabelecer contato dinâmico com<br />

grupos da população, onde pudessem<br />

ser levantados subsídios que<br />

complementassem os estudos e debates<br />

realizados pelos participantes dos cursos<br />

e seminários, bem como levar a esses<br />

grupos o amadurecimento da proposta<br />

de Participação Comunitária, no sentido<br />

da Promoção Humana das populações.<br />

Assim, foram feitos, no período anterior<br />

a março de 1975, vários levantamentos<br />

junto a locais onde já se realizavam<br />

35


programas comunitários, tendo como<br />

critério básico:<br />

— as comunidades escolhidas, embora<br />

carentes, deveriam apresentar<br />

características as mais diversificadas<br />

possíveis entre-si, acentuando-se a<br />

diferença de cada realidade, no<br />

sentido de se ampliar o levantamento<br />

de subsídios para o desenvolvimento<br />

dos programas.<br />

Dessa maneira, o FASPG selecionou os<br />

seguintes locais:<br />

Interior:<br />

No Município de Itapira — 35 mil<br />

habitantes, foi instalado o Projeto-Piloto<br />

junto ao Centro Comunitário de Vila<br />

Ilze, com cerca de 7 mil moradores, cuja<br />

fonte de renda básica provém do<br />

trabalho rural ou da prestação de<br />

serviços (servente de pedreiro,<br />

empregadas domésticas, etc.).<br />

Capital:<br />

Na Capital, foi escolhido o bairro do<br />

Jardim Três Corações (localizado na<br />

Administração Regional de Santo<br />

Amaro). A maior parte dos moradores é<br />

constitu (da por migrantes, tendo como<br />

fonte de renda, principalmente, a<br />

prestação de serviços e operários não<br />

especializados.<br />

Ambos os locais eram desprovidos,<br />

quase que totalmente, dos serviços<br />

públicos básicos — e se identificou que<br />

as populações não sabiam utilizar os<br />

recursos já existentes (Centro de Saúde,<br />

Escola).<br />

Diante desse quadro (do qual<br />

mencionamos breve perfil do<br />

levantamento realizado em 1975),<br />

o caráter sócio-educativo se constituiu<br />

no núcleo dos programas comunitários<br />

que passaram a ser realizados pela equipe<br />

técnica do FASPG e os moradores dessas<br />

localidades.<br />

Sensibilização da população<br />

A partir dos Dias Comunitários de<br />

Recreação — atividade realizada nas ruas<br />

dos bairros, dirigida às crianças,<br />

envolvendo-as num lazer sócio-educativo,<br />

utilizando sucata, argila e outros<br />

materiais do próprio local — se deu<br />

início, também, ao processo de<br />

valorização da criança junto àqueles<br />

moradores, que em contato com os<br />

monitores foram esclarecidos sobre o<br />

valor daquelas "brincadeiras" para o<br />

desenvolvimento global da criança.<br />

Conscientização da população<br />

O interesse despertado nos adultos<br />

propiciou a formação dos grupos de<br />

educação de base (pais, mães, gestantes<br />

e jovens). Nesses grupos os participantes<br />

foram levantando as dificuldades que<br />

enfrentavam em sua realidade,<br />

identificando suas expectativas e,<br />

juntamente, com os técnicos, traçaram<br />

objetivos para serem realizados em<br />

comum, visando melhores condições<br />

de vida.<br />

Motivação da população<br />

Alguns moradores participaram de<br />

cursos específicos (Treinamento de<br />

Ação Comunitária/Criança, Lazer<br />

Educativo, Educação para a Saúde e<br />

Orientação Nutricional). As noções<br />

aprendidas por esses elementos, foram<br />

sendo transmitidas aos demais através<br />

das reuniões de grupo; organizando-se,<br />

então, mutirões para higiene, para<br />

esclarecimento dos serviços prestados<br />

pelo Centro de Saúde, o uso do cloro<br />

para a purificação da água; a participação<br />

nas reuniões de Pais e Mestre e, mesmo,<br />

a criação de um voluntariado local, que<br />

se incumbiu não só de promover os<br />

DICOREs, como colaborar nos trabalhos<br />

dos Centros Lúdicos e Artísticos, onde<br />

as crianças "brincavam" durante os


horários das reuniões dos grupos de<br />

mães, ou vinham espontaneamente.<br />

Nos Centros Lúdicos, a criatividade da<br />

criança era, especialmente, estimulada<br />

(através do desenho, pintura, colagem,<br />

modelagem, dramatização) e se<br />

utilizavam sempre os materiais mais<br />

simples e baratos existentes na<br />

localidade. Pincéis feitos de estopa com<br />

cabos de bambú são um exemplo, bem<br />

como revistas velhas, restos de tecido,<br />

aparas de madeira, tampinhas de garrafa<br />

— tudo isso era reciclado pela imaginação<br />

da criança, contribuindo para o seu<br />

desenvolvimento sensório-motor.<br />

Os cursos de Orientação Nutricional<br />

esclareceram sobre a melhor utilização<br />

dos alimentos, a maneira correta de<br />

prepará-los, quais os mais nutritivos<br />

e colaboraram, sensivelmente, para<br />

orientar as mães e ampliar seus hábitos<br />

alimentares.<br />

Realimentação do processo<br />

sócioeducativo<br />

A experiência e a confiança na ação<br />

conjunta conseguida pelos moradores,<br />

através dos mutirões, levou-os a<br />

procurarem novas metas — haviam<br />

descoberto em-si mesmos um potencial<br />

e queriam realizá-lo.<br />

A partir dessa necessidade debatida pelos<br />

participantes dos grupos, os cursos<br />

profissionalizantes significaram o<br />

meio-ideal para se atingir essa meta.<br />

Nos grupos de mães, os cursos de corte<br />

e costura, cabeleireira, pintura em tecido<br />

e artesanato foram uma descoberta<br />

valiosa, principalmente, para a melhoria<br />

do orçamento doméstico.<br />

Nos grupos de pais, os cursos de servente<br />

de pedreiro, eletricista, encanador, etc.,<br />

representaram novas oportunidades de<br />

trabalho.<br />

Capacitação progressiva<br />

Foi significativo o testemunho dos<br />

participantes dos cursos<br />

profissionalizantesem Vila Ilze.<br />

Debatendo, decidiram que eles próprios<br />

poderiam ampliar a instalação física do<br />

Centro Comunitário, utilizando ali as<br />

noções que aprendiam.<br />

O debate sobre a ampliação das<br />

instalações teve essa relevância pelo<br />

"orgulho" dos moradores em poderem,<br />

por si-mesmos, efetuar essa ampliação,<br />

usando seus conhecimentos para<br />

beneficiar o bem comum. Na avaliação,<br />

vários participantes declararam que<br />

durante o processo de trabalho<br />

perceberam que aquele Centro<br />

Comunitário "é nosso mesmo".<br />

0 interesse pela profissionalização, em<br />

Vila Ilze, deu origem ao ló Seminário<br />

de Informação Profissional — para<br />

esclarecimento dos jovens da 8? série,<br />

diretores de escolas, professores,<br />

lideranças da comunidade e industriais<br />

da região. Essa iniciativa conjunta do<br />

FASPG, Prefeitura Municipal de<br />

Itapira e entidades comerciais do<br />

Município propiciou a apresentação<br />

de informações relativas à formação e<br />

aperfeiçoamento profissional,<br />

oferecidas pelo Serviço Nacional de<br />

Aprendizagem Comercial —SENAC,<br />

Serviço Nacional de Aprendizagem<br />

Industrial — SENAI, Rede Estadual<br />

de Ensino e MOBRAL.<br />

Esse Seminário visou, também,<br />

preparar a população para a instalação<br />

de um Pólo Avançado do SENAC, em<br />

Itapira, que atenderá, também, os<br />

municípios vizinhos — Mogi-Mirim e<br />

Mogi-Guaçu.


No Jardim Três Corações, foi<br />

significativa a colaboração prestada<br />

pela Intercl (nicas — no sentido de<br />

atender a população infantil e prestar<br />

orientação às mães sobre os cuidados<br />

com a saúde. Essa empresa, visando<br />

integrar-se aos esforços para maior<br />

participação comunitária, instalou<br />

e manteve desde abril de 1977, um<br />

ambulatório com um pediatra,<br />

enfermaria e uma assistente social.<br />

Promoção responsável — a população se<br />

organiza em comunidade<br />

A cada meta que os moradores se<br />

propunham — a ação conjunta foi<br />

sendo reforçada, ampliando-se, assim,<br />

os recursos locais através de cada<br />

habitante participante. 0 fortalecimento<br />

da participação dessas comunidades<br />

permitiu que, a partir de junho de 1978,<br />

o Centro Comunitário Bandeirantes, no<br />

Jardim Três Corações, continuasse o<br />

desenvolvimento das programações<br />

comunitárias, com a responsabilidade<br />

dos moradores (que constituiram uma<br />

diretoria), pelo convênio com a<br />

Secretaria Estadual da Promoção Social,<br />

embora prosseguisse recebendo<br />

orientação técnica do FASPG.<br />

O Centro Comunitário 31 de Março, em<br />

Itapira, também constituiu sua diretoria<br />

e, com a colaboração da Secretaria da<br />

Promoção Social, os moradores<br />

prosseguem em busca do<br />

desenvolvimento social, amadurecidos<br />

pela experiência sócio-educativa,<br />

implícita na proposta de Participação<br />

Comunitária.<br />

Descrição do processo sócio -educativo<br />

Após esta breve síntese das atividades<br />

realizadas nos projetos-piloto, é<br />

necessário explicitar alguns pontos<br />

referentes ao processo sócio-educativo,<br />

desenvolvido durante esses quatro anos<br />

de trabalho junto aos Centros<br />

Comunitários Bandeirantes (no Jardim<br />

Três Corações) e 31 de Março (em Vila<br />

Ilze).<br />

Reflexão<br />

É a reflexão sobre o caráter<br />

sócio-educativo que permite esclarecer<br />

alguns aspectos da proposta de<br />

participação comunitária.<br />

Frente a uma calamidade pública, como<br />

já mencionamos, se constata o despontar<br />

de uma solidariedade coletiva: parece<br />

que todos querem ajudar. Esse tipo de<br />

participação é, contudo, vinculado ao<br />

fato-imediato (a enchente, o incéncio,<br />

o inverno, etc.).<br />

Tendo em vista o caráter imediatista<br />

(esporádico, temporário) dessas<br />

manifestações coletivas de participação<br />

e levando em consideração as<br />

vertiginosas alterações nos hábitos das<br />

populações, especialistas, técnicose<br />

teóricos do setor social apontam o<br />

"isolamento" entre os membros de urna<br />

mesma sociedade como um dado cada<br />

vez mais freqüente, acentuando, como<br />

conseqüência:<br />

— o relacionamento impessoal entre os<br />

membros de uma mesma sociedade<br />

(provocado por 'intervenções da era<br />

da máquina e da técnica, ainda não<br />

assimiladas e ajustadas como<br />

instrumentos a serviço do homem).<br />

— e a falta de identidade das pessoas<br />

com o local onde vivem (a existência<br />

de bairros periféricos é um fenómeno<br />

não só das capitais. mas da maior<br />

parte das cidades)<br />

A fixação do homem nesses locais,<br />

precedendo o planejamento urbano,<br />

a inexistência dos serviços públicos<br />

básicos, entre outros fatores,<br />

desorientam o processo de


elacionamento entre as pessoas, que<br />

não se sentem participantes dc núcleo<br />

urbano (melhor amparado pelos serviços<br />

públicos), nem encontram na "aridez<br />

das periferias° as oportunidades e os<br />

meios — o espaço humano — onde se<br />

reconheçam e se promovam.<br />

A partir desse referencial, fica claro que<br />

a participação da comunidade está<br />

relacionada a algum fato (uma<br />

motivação vinda da realidade social)<br />

e não aparece como elemento<br />

espontâneo e permanente da vida<br />

das coletividades. (É necessário<br />

ressaltar, ainda, o grau de<br />

emocionalidade da participação<br />

coletiva frente às calarnidades; a<br />

solidariedade surge, intensa e generosa.<br />

necessitando, contudo, amadurecer mais<br />

profundamente quanto à racionalização<br />

dos recursos — tanto as doações quanto<br />

o material e serviços já existentes.<br />

Vide: Campanhas de Participação<br />

Comunitária).<br />

Adotando a valorização da criança<br />

(promover o atendimento básico de<br />

suas necessidades e propiciar condições<br />

para desenvolver o seu potencial) como<br />

fato-motivador, o f ASPG reuniu os<br />

adultos, moradores nos Projetos-Piloto,<br />

formando-se, então, os grupos de<br />

Educação de Base, incentivando-se o<br />

sentimento de estima social entre eles<br />

(propiciar o relacionamento pessoal) e<br />

motivando ao leva' r.tarnento das<br />

expectativas daquelas pessoas quanto<br />

a melhores condições de vida, a partir<br />

da realidade local (estimular a<br />

identificação dos indivíduos com<br />

o meio ambiente, à descoberta dos<br />

recursos existentes e a melhor<br />

utilização dos rresmos).<br />

Interação<br />

Descobrir que a criança brinca, se<br />

diverte, se educa — pintando um pedaço<br />

de jornal com tinta xadrez, usando um<br />

pincel com o cabo de bambu e a ponta<br />

de estopa — desencadeou um verdadeiro<br />

"processo de localização" do adulto<br />

em relação ao meio ambiente, pela<br />

identificação dos materiais existentes<br />

no local.<br />

A interação criança-adulto, iniciada pelo<br />

simples gesto de ajudar a "bater corda",<br />

faz com que a criança se sinta em<br />

contato, assistida, apoiada. Sua alegria<br />

é maior e contagia o jovem ou o pai que<br />

aceitou estar ali, junto, acess`vel ao<br />

relacionamento, entendendo melhor<br />

seu filho, o irmão menor — a criança.<br />

Educação de base<br />

Os grupos de Educação de Base (pais,<br />

mães, gestantes e Jovens), de início<br />

(nesses projetos-pLoto) se reuniram<br />

motivados pela criança. Debateram o<br />

atendimento à criança:<br />

Saúde (informaram-se das noções básicas<br />

de higiene e saúde, passaram a freqüentar<br />

com mais assiduidade os Centros de<br />

Saúde, interessaram-se pela vacinação<br />

e prevenção de doenças, realizaram<br />

mutirões de limpeza para retirar o iixo<br />

dos quintais e das ruas);<br />

Alimentação (orientaçâb sobre os<br />

alimentos mais nutritivos, a maneira<br />

correta de prepará-los, etc.),<br />

Lazer educativo (vide item DICOREs e<br />

Centros Lúdicos);<br />

Relacionamento (debateram sobre as<br />

necessidades afetivas da criança, o<br />

incentivo ao estudo através da<br />

participação nas reuniões da Associação<br />

de País e Mestres e a importância dos<br />

moradores promoverem a integração<br />

entre as atividades da Escola e as do<br />

Centro de Saúde).<br />

Interesse<br />

0 maior conhecimento da realidade foi<br />

37


permitindo aos componentes dos grupos<br />

verbalizarern, mais objetivamente, suas<br />

expectativas principalmente quando<br />

estas iam ultrapassando o âmbito do<br />

interesse pessoal e se comprometiam<br />

com o bem comum (não só a "minha<br />

saúde", mas "a saúde do pessoal que<br />

vive aqui").<br />

0 componente interesse é uma<br />

determinante poderosa para a<br />

dinamização ou deterioração do grupo.<br />

Por exemplo: técnicos e voluntários<br />

relatam que os grupos de gestantes se<br />

formaram e se dissolverem, sempre,<br />

"sem conflitos". Informadas pelas<br />

vizinhas ou amigas, iam ao Centro<br />

Comunitário, em geral, com a<br />

preocupação de fazer o "enxovalzinho".<br />

Com os debates descobriam o seu<br />

próprio corpo, as necessidades do feto, a<br />

importância da ginástica. Esclareciam-se<br />

sobre os tabus ou crendices prejudiciais<br />

e, à medida que a gestante se tornava<br />

mãe, as companheiras iam visitá-la,<br />

iniciando-se, então, um outro tipo de<br />

relacionamento (mais que grupal), agora<br />

em outro nível, que se encaminhava para<br />

a dimensão de estima social.<br />

Grupos<br />

Embora subsistissem com o mesmo<br />

nome (grupo de pais, grupo de mães etc),<br />

os grupos apresentaram grande<br />

rotatividade de participantes. Aí,<br />

também, o papel decisivo do<br />

"componente interesse". Alguns<br />

participantes, assimilando mais<br />

profundamente a proposta de<br />

Participação Comunitária, compareciam<br />

sempre trazendo para os grupos<br />

propostas de novas atividades (plantar<br />

árvores nas ruas, por exemplo; onde<br />

pedir autorização, como conseguir as<br />

mudas e a campanha para que todos os<br />

moradores as preservassem).<br />

38<br />

No entanto, constatou-se, no decorrer<br />

dos anos de trabalho, que não bastavam,<br />

apenas, mais atividades: os problemas<br />

fundamentais foram sendo melhor<br />

elucidados através de programações<br />

conjuntas, mas a sua solução demandava<br />

ações mais profundas.<br />

Agentes ativadores<br />

Neste ponto se manifesta a importância<br />

da interação entre técnicos-voluntáriospopulação,<br />

tendo como princípio básico<br />

a busca de soluções conjuntas. As<br />

intervenções do técnico e dos voluntários,<br />

como elementos motivadores, foram<br />

sempre regidas pelo objetivo de reforçar<br />

as propostas surgidas da própria<br />

população.<br />

A apresentação de uma proposta por<br />

parte do técnico esteve,<br />

permanentemente, condicionada ao<br />

levantamento de expectativas vindas dos<br />

membros dos grupos.<br />

Vale o exemplo ocorrido em Vila Ilze:<br />

partir de outubro de 1976, os grupos de<br />

pais e mães, já informados sobre os<br />

alimentos mais nutritivos e a maneira<br />

correta de prepará-los, procuravam<br />

alternativas para consegui-los por si<br />

próprios. Veio, então, a idéia de se<br />

formar hortas domésticas. A avaliação<br />

desse trabalho, em abril de 1977,<br />

apresentou o seguinte quadro:<br />

— alguns tentaram e obtiveram êxito;<br />

— alguns tentaram e obtiveram pouco<br />

rendimento;<br />

— outros tentaram e não obtiveram<br />

rendimento nenhum, por não saberem<br />

lidar com a terra ou por falta de<br />

sementes, de ferramentas adequadas,<br />

de água etc.<br />

Função planejadora<br />

Face a esses resultados e o<br />

interesse-solução (dos grupos), os


técnicos propuseram, em maio de 1977,<br />

o estudo do Projeto Hortas Domésticas e<br />

Comunitárias (vide capítulo Projetos<br />

Integrados).<br />

0 texto do projeto foi debatido.<br />

Analisadas as dificuldades (falta de<br />

terreno, sementes, ferramentas, água)<br />

as vantagens (plantar em conjunto,<br />

possibilidade de todos aprenderem a<br />

plantar, melhorar a alimentação),<br />

verificaram, ainda, se o projeto não<br />

representava uma sobrecarga, se não<br />

"prometia" uma solução-ilusória.<br />

Função orientadora<br />

Após esses debates, 18 famílias<br />

decidiram dar início ao projeto.<br />

Orientadas pelos técnicos, procuraram o<br />

proprietário de um terreno vago,<br />

localizado no bairro e lhe propuseram o<br />

empréstimo para a instalação da horta.<br />

Junto à Prefeitura, conseguiram a ligação<br />

da água; o agrônomo da Casa da<br />

Agricultura do município se dispôs a<br />

prestar orientação e ceder as sementes; as<br />

ferramentas foram conseguidas por meio<br />

de uma campanha na qual recolheram<br />

e recuperaram enxadas, pás, etc.<br />

Função habilitadora<br />

0 entusiasmo surgido da superação das<br />

primeiras dificuldades facilitou o grupo a<br />

tomar decisões: revezamento para regar,<br />

quem vai tomar conta da horta, o<br />

repartir a colheita.<br />

Nesse ponto, o técnico voltou a<br />

aprofundar o "papel da horta'',<br />

relembrando a utilização daqueles<br />

alimentos, o que representam para a<br />

saúde, o estímulo para a realização de<br />

hortas domésticas e o mais importante:<br />

propiciou a reflexão do que representou<br />

aquele trabalho conjunto, a habilitação<br />

conquistada pela orientação do<br />

agrônomo, pela realização do potencial e<br />

do empenho de cada membro.<br />

0 testemunho desse grupo junto aos<br />

demais participantes do<br />

Centro Comunitário motivou a união de<br />

um segundo grupo (11 famílias) que,<br />

desde abril de 1978, iniciou uma nova<br />

horta comunitária.<br />

Capacitação e promoção social<br />

A capacitação pro gressiva e dinâmica<br />

forneceu aos moradores novas<br />

perspectivas. As ruas ainda testemunham<br />

a pobreza de Vila I Ize ou do Jardim Três<br />

Corações, mas a objetividade com que os<br />

moradores chegaram a valorizar os cursos<br />

de profissionalização, o relacionamento,<br />

a interação entre os habitantes, o<br />

aproveitamento dos treinamentos, o<br />

surgimento de um voluntariado local,<br />

tudo isso representa a vitalidade de um<br />

processo sócio-educativo que os<br />

moradores dessas localidades poderão<br />

levar adiante como responsáveis pelos<br />

seus respectivos Centros Comunitários<br />

(vide (tem anterior:<br />

Promoção Responsável, a população se<br />

organiza em comunidade).<br />

Nova mentalidade<br />

"Uma das coisas que tenho a dizer é<br />

sobre a importância da gente dar apoio<br />

às pessoas e perceber as necessidades que<br />

elas têm. Falo da minha experiência de<br />

jovem nascido neste bairro, apelidado de<br />

Risca-Faca e, se continuasse a viver aqui,<br />

sem receber mais esclarecimentos, sem<br />

conhecer o que outras pessoas têm para<br />

ensinar, o meu futuro seria, talvez,<br />

lamentável. Este bairro pobre e feio já<br />

tem, agora, moradores dispostos a<br />

modificá-lo. Até o apelido foi deixado de<br />

lado e o nome Vila Ilze é usado de novo".<br />

(Depoimento do jovem João Evangelista<br />

Tenório, durante a confraternização de<br />

Natal de 1975, em Vila Ilze).


Agentes de transformação<br />

Na mesma confraternização de Natal, o<br />

governador <strong>Paulo</strong> <strong>Egydio</strong> Martins<br />

afirmou:<br />

"0 que vimos, aqui, são pessoas que se<br />

sentem promovidas pela atenção,<br />

amparadas porque estão sendo<br />

reconhecidas como seres humanos, que<br />

por si andam, se unem e resolvem os seus<br />

problemas. Pessoas desejosas de uma<br />

palavra de amor, de serem ouvidas, enfim,<br />

de serem reconhecidas no seu direito de<br />

expor suas dificuldades e o direito de<br />

usar o seu próprio potencial de agentes<br />

transformação para melhorar suas<br />

condições de vida—melhorar a realidade ".<br />

"Sob a vitalidade de um procedimento<br />

orgânico e integrado — o processo<br />

sócio-educativo de uma comunidade -<br />

chamando cada pessoa para descobrir o<br />

seu potencial e a realidade à sua volta —<br />

uma tomada de consciência pessoal, o<br />

posicionamento da dimensão social de<br />

cada um —tudo isso reorganiza a nossa<br />

realidade em direção ao verdadeiro<br />

desenvolvimento social".<br />

(Trecho da palestra proferida pela<br />

presidente do FASPG, em Itapira,<br />

durante a visita dos delegados da<br />

Organização Inter-americana da Criança,<br />

mantida pela OEA, em 1977).<br />

Análise do fluxograma<br />

Os prog ramas comunitários para o<br />

desenvolvimento da criança tiveram<br />

como princípio promover o atendimento<br />

às necessidades do seu desenvolvimento.<br />

Para isso, o FASPG considerou<br />

essencial o envolvimento do adulto<br />

(responsabilizando-o, mais<br />

profundamente, pela criança).<br />

Assim, a programação realizada partiu da<br />

relação criança-meio social, daí o<br />

incentivo à família (formação de grupos<br />

de pais, mães, gestantes) e à comunidade,<br />

Fluxograma da proposta de desenvolvimeni<br />

Projetos-Piloto<br />

Programas comunitários de âmbito<br />

localizado (Vila Ilze, em Itapira, e<br />

Jardim Três Corações, na Capital, ambos<br />

atingindo os bairros adjacentes). Essas<br />

programações foram realizadas por um<br />

processo sócio-educativo contínuo,<br />

objetivando a conscientização individual<br />

por meio da ação conjunta de grupos<br />

de moradores, técnicos do FASPG,<br />

entidades conveniadas e voluntários<br />

locais, visando a capacitar essa<br />

coletividade para a Participação<br />

Comunitária como meio para a<br />

Promoção Humana (soc al) desses meios.<br />

expressando dessa maneira a meta-núcleo<br />

do desenvolvimento da Participação<br />

Comunitária, como processo de<br />

"amadurecimento social", constituindo a<br />

garantia para o atendimento permanente<br />

às necessidades da criança pela<br />

transformação social.<br />

Como vimos no item Projetos-Piloto,<br />

todo um processo sócio-educativo foi<br />

desenvolvido, desencadeando a interação<br />

dinâmica entre os moradores, pela<br />

implantação de um relacionamento<br />

orgânico (metodologia), amparado pela<br />

assessoria técnica a essas localidades,<br />

propiciando a manifestação das<br />

expectativas, a formação de objetivos<br />

comuns e a ação conjunta, permitindo a<br />

capacitação dessas coletividades<br />

(estimulando a criação de oportunidades


to social, visando a promoção do homem através da participação comunitária<br />

Seminários, Cursos e Encontros Quinzena de Participação Comunitária<br />

para o Desenvolvimento da Criança<br />

Divulgação dos subsídios apreendidos na<br />

realização dos programas comunitários<br />

realizados nos Projetos-Piloto, dirigidos<br />

aos participantes da programação de<br />

Formação de Recursos Humanos (Cursos<br />

e Seminários), visando reforçar e<br />

dinamizar (através do estudo e de<br />

debates sobre esses subsídios) as<br />

atividades que já vêm sendo realizadas<br />

por Prefeituras, órgãos públicos e<br />

entidades sociais, nos diversos<br />

municípios do Estado (vide Dados<br />

Quantitativos, itens Semi nários e<br />

Cursos).<br />

e meios) para que levem adiante a<br />

conquista de melhores condições de vida.<br />

Questão básica<br />

Levando-se em consideração que o<br />

FASPG as urn órgão público de âmbito<br />

estadual, como atingir as inúmeras<br />

coletividades do Estado de São <strong>Paulo</strong>?<br />

A expansão da proposta de Participação<br />

Comunitária e dos programas<br />

comunitários se tornava uma questão<br />

mais séria, ainda, considerando-se que<br />

cada coletividade tem sua realidade<br />

espec í ` ca.<br />

Além disso, se os resultados obtidos no<br />

Jardim Três Corações ou err Vila line,<br />

fossem meramente "transportados"-chegariam<br />

como modelos impostos, não<br />

Por meio de atividades demonstrativas<br />

dos programas comunítários básicos,<br />

realizados nos Projetos-Piloto, motivar<br />

a população em geral para a valorização<br />

da criança e promover o atendimento<br />

das suas necessidades e o seu<br />

desenvolvimento global (da criança)<br />

(vide Quinzena de Participação<br />

Comunitária para o Desenvolvimento<br />

da CG iança).<br />

permitiriam a expressão dos moradores<br />

dessas outras localidades, negariam o seu<br />

potencial de auto-promoção e, assim,<br />

voltaríamos aos "projetos de soluções<br />

magicas", preparados nos gabinetes,<br />

com as melhores intenções, mas que, na<br />

prÓtica, se revelam inadequados por<br />

ignorarem o interesse de cada grupo da<br />

população.<br />

Alternativas<br />

Dentro desse referencial, e levando-se em<br />

conta que o incentivo à maior<br />

Participação Comunitária, adotado pelo<br />

FASPG, por definição, manifesta o<br />

compromisso com uma ação ampla (não<br />

podendo se limitar, apenas, a duas<br />

localidades).<br />

A passagem da proposta de Participação


Comunitária e do processo<br />

sócio-educativo realizados, por assim<br />

dizer, em micro-realidades, foram<br />

levados à macro-realidade segundo três<br />

procedimentos distintos, nos quais o<br />

FASPG empenhou esforços especiais<br />

para a manutenção da diretriz<br />

sócio-educativa e motivadora da<br />

Promoção Humana.<br />

Primeiro procedimento<br />

0 primeiro procedimento objetivou<br />

reforçar as iniciativas sociais já existentes<br />

levando aos participantes do Programa<br />

de Formação de Recursos Humanos<br />

(Seminários, Cursos e Encontros),<br />

subsídios sobre os trabalhos realizados<br />

nos Projetos---Piloto. A título de<br />

exemplo de programações comunitárias,<br />

como tema de estudo e debate e, ainda,<br />

ao nível de sugestão (destacando-se o<br />

critério para o contato com as<br />

populações das várias localidades), os<br />

participantes dos Seminários, Cursos e<br />

Encontros informaram-se das<br />

características do processo<br />

sócio-educativo que vinha sendo<br />

cumprido e puderam aplicá-lo em suas<br />

próprias atividades.<br />

"Projeto Município"<br />

Um dos testemunhos mais significativos<br />

da "expansão" a nível de subsídio, que<br />

os Projetos—Piloto prestaram ao<br />

desenvolvimento da ação programática<br />

do FASPG, foi o de propiciar o<br />

surgimento, em 1977, do<br />

"Projeto Município", na cidade de<br />

Mineiros do Tietê (',ocal izada na<br />

7a. Região Administrativa do Estado).<br />

A introdução do Projeto Município<br />

esclarece: "A idéia deste Projeto nasceu<br />

após a participação das lideranças e<br />

membros de nossa comunidade no<br />

IV? Seminário de Participação<br />

Comunitária, realizado pelo FASPG,<br />

40<br />

com o objetivo de incentivar a<br />

Promoção do Homem" (...)<br />

"0 Projeto Município foi elaborado com<br />

duas finalidades: 19 — a de se obter<br />

dados mais concretos de nossa realidade,<br />

levantar necessidades e aspirações<br />

(da população), para que a Prefeitura<br />

possa, através dessa análise, estabelecer<br />

prioridades e sua viabilidade e, ao mesmo<br />

tempo, solicitar, junto aos órgãos<br />

competentes, os auxílios necessários;<br />

29 — estabelecer entrosamento entre as<br />

diversas entidades e a Prefeitura, para<br />

que os esforços sejam somados,<br />

experiências enriquecidas e nossa<br />

comunidade humanizada".<br />

Desejo de participar<br />

"Os gráficos e tabelas resultantes da<br />

aplicação desse Projeto mostram a<br />

abertura da população em aceitar ta<br />

pesquisa, como também o fato de<br />

que todos, num certo espaço de<br />

tempo, refletiram sobre diversos<br />

aspectos de nossa cidade, sobre<br />

problemas existentes e aspirações".<br />

(Textos extraídos do Prefácio do<br />

"Projeto Município").<br />

A pesquisa<br />

Os levantamentos para a pesquisa foram<br />

feitos pelos estudantes de 29 grau da<br />

escola local, voluntários de entidades<br />

sociais, associações, grêmios, clubes<br />

recreativos e Polícia Militar, recebendo<br />

orientação da equipe de Serviço Social<br />

da Prefeitura, professores e universitários<br />

que colaboraram na tabulação e<br />

interpretação dos dados.<br />

Esse Projeto, além de valioso<br />

instrumento de análise do município,<br />

desencadeou o processo de<br />

Participação Comunitária, tendo sido<br />

adotado um procedimento<br />

sócio-educativo como instrumento<br />

dinamizador das soluções para as diversas


áreas do setor social, estabelecendo-se<br />

como meta a adoção de nov25 atitudes<br />

(resultantes de um comportamento<br />

regido por uma nova mentalidade — de<br />

interação e participação).<br />

0 "Projeto Município", de Mineiros do<br />

Tietê, representa a aplicação, no âmbito<br />

de todo um município, dos programas<br />

comunitários desenvolvidos pelas<br />

comunidades de Vila I Ize e Jardim Três<br />

Corações, acrescentando-se o acesso às<br />

propostas e debates havidos nos<br />

Seminários.<br />

Ressalte-se que, a partir dos Seminários,<br />

o FASPG acompanhou e, eventualmente,<br />

assessorou a integração de Entidades<br />

Sociais em vários municípios, a<br />

estruturação de diversos departamentos<br />

de Serviço Social junto às Prefeituras<br />

Municipais e a reformulação ou<br />

reprogramação das atividades de órgãos<br />

públicos e entidades sociais tanto na<br />

Capital como no Interior.<br />

Segundo procedimento<br />

Este segundo procedimento enfatiza a<br />

interação dinâmica entre as dificuldades<br />

da realidade social, capacitação da<br />

população, integração de entidades<br />

sociais e cooperação técnica e material<br />

dos órgãos públicos. Para tal, o FASPG<br />

propôs e colaborou na criação dos<br />

Projetos Integrados — Hortas<br />

Domésticas e Comunitárias, Mini-<br />

Bibliotecas e Educação para a<br />

Saúde — caracterizando cada um deles<br />

como um instrumento para incentivar a<br />

Participação Comunitária e propiciar a<br />

realização de um processo<br />

sócio-educativo (vide capítulo Projetos<br />

Integrados).<br />

Tanto no primeiro como no segundo<br />

procedimento, os estudos e debates<br />

sobre programas comunitários, o<br />

incentivo a trabalhos conjuntos e o<br />

estímulo à Participação Comunitária<br />

eram dirigidos a um público considerado<br />

multiplicador: lideranças municipais,<br />

dirigentes de entidades sociais, técnicos,<br />

profissionais liberais, grupos voluntários.<br />

E mesmo no caso da implantação dos<br />

Projetos Integrados (vide capítulo), a<br />

proposta de ação comunitária estaria<br />

sendo desenvolvida num âmbito<br />

localizado, atingindo grupos da<br />

população.<br />

Nessas duas etapas, o caráter<br />

sócio-educativo se expressava pela<br />

interação, conhecimento mútuo e<br />

maior consciência da realidade,<br />

objetivando novas atitudes face às<br />

dificuldades sociais.<br />

0 produto do investimento no processo<br />

sócio-educativo é a mudança de<br />

comportamento, resultado esse obtido,<br />

somente, a médio e longo prazo, já que,<br />

por definição, o desenvolvimento do<br />

processo implica numa tornada de<br />

consciência pessoal e no posicionamento<br />

(escolha) individual de cada um em<br />

participar. Dessa maneira, o grupo se<br />

constituia no elemento integrador e<br />

orgânico entre os indivíduos,<br />

motivando-os a expor suas aspirações e<br />

buscar realizá-las pela ação conjunta.<br />

Desde os mutirões até o preparo de uma<br />

festa comunitária, a ação conjunta era a<br />

expressão do acordo de cada membro,<br />

desdobrando o processo sócio-educativo<br />

ao seu objetivo último: incentivar e<br />

fortalecer a organização social das<br />

comunidades, no sentido de promover o<br />

desenvolvimento global<br />

(sócio-econômico-cultural e político)<br />

das populações.<br />

Terceiro procedimento<br />

A "projeção" desse processo


sócio-educativo (indivíduo-grupocomunidade)<br />

em termos de "população<br />

em geral" (massas) representava o risco<br />

de se perderem vários elos essenciais à<br />

explicitação da proposta de Promoção<br />

Humana através da Participação<br />

Comunitária.<br />

Dessa maneira, se decidiu promover o<br />

processo sócio-educativo segundo uma<br />

metodologia específica, estruturada<br />

na realização de atividades demonstrativas<br />

(vide (tens das programações do I IP,<br />

IV9 , X9 e XIVP Seminários de<br />

Participação Comunitária).<br />

Quinzena de Participação Comunitária<br />

para o Desenvolvimento da Criança<br />

— Promover o atendimento global;<br />

— Despertar;<br />

— Motivar;<br />

— Mobilizar;<br />

— Integrar.<br />

As Quinzenas de Participação<br />

Comunitária para o Desenvolvimento<br />

da Criança (inicialmente Semanas, em<br />

1975 e 1976) se constituem na segunda<br />

etapa dos "Programas Comunitários para<br />

o Desenvolvimento da Criança".<br />

Objetivo<br />

A partir do enfoque que não separa a<br />

criança do seu contexto sócio-econômico<br />

cultural (e promover o atendimento<br />

global das necessidades bio-psico-sociais<br />

da criança), o FASPG procurou, através<br />

das Quinzenas, despertar o próprio meio<br />

social (a população) rara as exigências<br />

do desenvolvimento da criança,<br />

motivando a família e demais adultos<br />

para assumirem conscientemente a sua<br />

parte de responsabilidade pelas crianças<br />

de sua rua, seu bairro e sua cidade.<br />

Simultaneamente, o FASPG realizava<br />

um programa de aproximação entre as<br />

entidades sociais públicas e particulares<br />

que desenvolvem trabalhos junto à<br />

criança, família e comunidade,<br />

procurando incentivar a integração de<br />

iniciativas, visando dinamizar os<br />

serviços que já vêm sendo prestados<br />

à população (vide capítulo<br />

Voluntariado). A Quinzena de<br />

Participação Comunitária para o<br />

Desenvolvimento da Criança<br />

desenvolvia-se em três etapas<br />

de trabalho.<br />

Lazer educativo<br />

Na primeira — Lazer Educativo,<br />

coordenada, em 1978, pelo SESC — o<br />

enfoque (como nos anos anteriores) era<br />

a demonstração prática da importância<br />

de se acrescentar ao elemento principal<br />

do "universo infantil" — o brinquedo -<br />

uma função educativa.<br />

Utilizando sucata (tampinhas de garrafas,<br />

aparas de madeira, revistas e jornais<br />

velhos, sobras de tecido, etc.), as<br />

crianças pintaram, desenharam,<br />

fizeram colagens. Essa programação<br />

incluiu, também, modelagem com<br />

barro, construção de instrumentos de<br />

percussão, com latas e outros materiais<br />

"considerados inúteis" e que foram<br />

utilizados para acompanhar as canções<br />

de roda. Essas atividades absorvem a<br />

criança, estimulam a sua criatividade,<br />

colaboram para melhorar sua<br />

coordenação-motora, bem como a<br />

ginástica feita em grupo que, além de<br />

divertir, coopera para o desenvolvimento<br />

físico.<br />

A interação da criança com o lazer<br />

educativo, o contato dos monitores,<br />

informando os pais e professores sobre<br />

a importância desse lazer, criava um<br />

suporte de motivação junto ao adulto,<br />

despertando-o para a valorização da<br />

criança.


Ainda nesse primeiro item, foi<br />

significativo o interesse dos pais e das<br />

crianças pelas apresentações de danças<br />

folclóricas realizadas por grupos de<br />

colonias estrangeiras residentes em<br />

São <strong>Paulo</strong> e por números de música e<br />

dança das tradições e folclore paulista<br />

e brasileiro.<br />

0 "universo da criança" se abre para<br />

a compreensão do adulto, que vai<br />

descobrindo, através daquelas<br />

demonstrações práticas, quanta coisa<br />

pode ser feita para divertir o seu filho;<br />

como a sua presença, o seu<br />

companheirismo até para o lazer são<br />

essenciais para que a criança tenha um<br />

bom desenvolvimento (interação pais<br />

e filhos).<br />

Na "Escolinha de Jardinagem", montada<br />

pela Prefeitura da Capital, as crianças<br />

plantaram mudas de flores e arbustos,<br />

sob a orientação de monitores que<br />

enfatizavam, sempre, a importância de<br />

um bom relacionamento com a<br />

Natureza.<br />

A criança, a família, o lazer e a natureza<br />

— esse o ciclo da primeira etapa da<br />

Quinzena.<br />

Relacionamento<br />

Embora as crianças não tenham<br />

consciência do "universo adulto", elas<br />

podem ser o "canal de comunicação"<br />

para despertar os pais, os parentes e o<br />

vizinho sobre a importância das noções<br />

básicas de higiene e saúde ou mesmo<br />

quanto à alimentação.<br />

Nesse ponto se iniciava a segunda etapa<br />

da Quinzena. Junto com as atividades de<br />

lazer, foram montados três Balcões para<br />

prestar informações e orientação ao<br />

público.<br />

Orientação alimentar<br />

(Organização específ ica do SESC/SENAC,<br />

em 1977, e SESI, em 1978) — Neste<br />

Balcão, pais e crianças participaram de<br />

demonstrações práticas sobre o preparo<br />

e utilização dos alimentos mais<br />

nutritivos. Teatrinhos de fantoches,<br />

catálogos, folhetos, audiovisuais e os<br />

monitores — levaram ao público muitas<br />

informações, esclareceram as questões<br />

formuladas, principalmente pélas mães,<br />

motivando-as para ampliarem o cardápio<br />

doméstico com alimentos mais baratos<br />

e de teor nutritivo mais alto.<br />

Propiciar e incentivar a população para<br />

medidas de educação alimentar foi o<br />

objetivo desta atividade, que contou com<br />

a participação das seguintes empresas:<br />

Associação Paulista de Avicultura — APA;<br />

Associação Brasileira dos Fabricantes de<br />

Sacos de Papel; CIPA — Industrial de<br />

Produtos Alimentares Ltda.; Çompanhia<br />

Industrial e Comercial Brasileira de<br />

Produtos Alimentares — Produtos<br />

Nestlé; Doces e Conservas Vontobel S/A.<br />

— Produtos Mu-Mu; Indústria, Comércio<br />

e Importadora Jan de Wit Ltda. -<br />

Laranjas "Ki-Ki"; Instituto Adventista<br />

de Ensino — Departamento Industrial —<br />

Superbom; Laticínios Mocóca S/A;<br />

Nutrimental S/A. Indústria e Comércio<br />

de Alimentos; Olvebra S/A. — Indústria<br />

e Comércio de Oleos Vegetais; S/A.<br />

Indústrias Reunidas Francisco<br />

Matarazzo; Secretaria da Agricultura<br />

do Estado de São <strong>Paulo</strong> -<br />

Coordenadoria de Pesquisa de<br />

Recursos Naturais — Instituto da Pesca;<br />

Serviço Nacional de Aprendizagem<br />

Comercial — SENAC; Serviço Social do<br />

Comércio — SESC; Serviço Social da<br />

Indústria — SESI; Toddy — Suconasa<br />

do Brasil S/A.<br />

41


Recursos comunitários<br />

Vide capítulo do Balcão Informativo<br />

de Recursos Comunitários.<br />

Entidades sociais<br />

Vide capítulo Voluntariado — Balcão de<br />

Entidades Sociais.<br />

Cursos e debates<br />

Vide capítulos de Formação de Recursos<br />

Humanos, III IVo XPe XIV? Seminários<br />

de Participação Comunitária.<br />

Interação educativa<br />

A programação sócio-educativa<br />

estabelecida para promover, junto a<br />

população, o desenvolvimento da<br />

criança, só podia ser realizada pela<br />

própria participação ativa da<br />

criança-público que comparecia ao<br />

Parque da Água Branca.<br />

Dessa maneira, o caráter "demonstrativo<br />

das atividades, se constituia como que<br />

num "pretexto" para que o adulto<br />

refletisse sobre o lazer, a alimentação,<br />

a saúde, os serviços prestados à<br />

comunidade, os trabalhos das entidades<br />

sociais — e, frente a tudo isso, se<br />

posicionasse, obtivesse maior número<br />

de subsídios para escolher, decidir, se<br />

situar dentro do contexto social — e<br />

fosse motivado a participar.<br />

Um exemplo: o teatrinho de fantoches<br />

(um elemento sedutor, próprio do<br />

universo infantil...) foi o meio de<br />

comunicação escolhido pelos<br />

representantes da Secretaria da Saúde<br />

para transmitir ao público as noções<br />

básicas sobre vacinação, a prevenção<br />

de doenças e a higiene pessoal; a<br />

criançada se divertia aprendendo e os<br />

pais entendiam o "recado" que lhes<br />

era enviado pelos fantoches. Ao final<br />

de cada sessão do teatrinho, os pais,<br />

mães e professores procuravam,<br />

42<br />

espontaneamente, as monitoras do<br />

estande e solicitavam folhetos<br />

e maiores informações.<br />

0 mesmo recurso (os fantoches) foi<br />

utilizado no Balcão de Orientação<br />

Alimentar (em 1978), esclarecendo<br />

sobre o teor nutritivo dos alimentos<br />

e enfatizando a importância da refeição<br />

balanceada (o emprego de produtos dos<br />

quatro grupos essenciais à alimentação).<br />

A "curiosidade e o interesse das mães<br />

superava o das crianças" — afirmação<br />

contida na avaliação dos monitores<br />

desse Balcão ao final da última<br />

Quinzena.<br />

Descoberta da sucata<br />

A partir de 1976 foi montada uma<br />

casa-padrão tipo das realizadas em<br />

conjuntos populares e o seu interior<br />

foi "decorado" com objetos executados<br />

em Clubes de Mães, utilizando sucata.<br />

Abajures feitos com embalagens, estantes<br />

de madeira sobre tijolos, poltronas tendo<br />

como base caixas de amianto ou blocos<br />

vazados de cimento, cobertos por<br />

almofadões de aparas de espuma<br />

forrados por tecidos baratos, cortinas<br />

de estopa com bordados, colchas de<br />

retalhos. etc.<br />

Foi surpreendente para o FASPG o<br />

interesse demonstrado pelo público<br />

por essa "Casinha da Criatividade",<br />

cujo objetivo era motivar à utilização<br />

plena dos recursos, conscientizar a<br />

pessoa sobre as possibilidades de se<br />

situar melhor no seu ambiente,<br />

estimulando a criatividade e o interesse<br />

pelas atividades artesanais, perceber<br />

que cada pessoa pode "fazer" aqueles<br />

objetos empregando o seu próprio<br />

potencial, sugestão essa reforçada por<br />

uma pequena horta, plantada no<br />

quintal.


Orientação<br />

0 adulto situado em relação à criança<br />

(e às suas necessidades básicas), tinha<br />

no Balcão Informativo de Recursos<br />

Comunitários a oportunidade de "tirar<br />

dúvidas", por exemplo, quanto aos seus<br />

direitos junto aos serviços prestados<br />

pelo INAMPS (dialogando diretamente<br />

com um representante do órgão); de se<br />

inteirar dos programas desenvolvidos<br />

pela Secretaria da Educação (Estadual<br />

e Municipal) quanto a expansão,<br />

manutenção e serviços prestados pela<br />

rede escolar. Podia debater com os<br />

monitores sobre a integração do sistema<br />

de transportes urbanos (ônibus, Metrô<br />

e Fepasa). "Brincando" com os telefones<br />

instalados pela TELESP, as crianças<br />

receberam esclarecimentos sobre a<br />

importância do sistema de<br />

tele-comunicações e eram incentivadas<br />

a preservar todos esses recursos (os<br />

ônibus, os orelhões, os trens) que<br />

cooperam para o bem comum.<br />

A atenção dispensada à disposição visual<br />

das informações nos vários estandes,<br />

folhetos e catálogos os mais didáticos<br />

possíveis e, ainda, os Guias Informativos<br />

(de Recursos Comunitários, Orientação<br />

Alimentar e Entidades Sociais)<br />

complementavam os esclarecimentos<br />

prestados à população sobre as mais<br />

diversas áreas do setor social — da<br />

alimentação ao abastecimento de água<br />

e saneamento, do lazer aos cursos<br />

profissionalizantes, das apresentações<br />

folclóricas aos cuidados e oportunidades<br />

essenciais à integração dos deficientes,<br />

dos serviços públicos às entidades<br />

envolvidas em trabalhos comunitários,<br />

com o menor ou os idosos.<br />

Motivação e escolha<br />

A partir da I I? Semana de Participação<br />

Comunitária para o Desenvolvimento<br />

da Criança (1977 e 1978 foram<br />

Quinzenas), o FASPG iniciou a<br />

divulgação utilizando filmes para TV,<br />

cartazetes e acentuando junto aos<br />

noticiários o convite para que a<br />

população participasse dessas atividades.<br />

Nessa divulgação se evitou o convite "às<br />

massas", mas buscava-se acentuar o<br />

processo sócio-educativo através dos<br />

programas demonstrativos com a meta<br />

de propiciar a cada pessoa da população<br />

que lá compareceu, elementos para ter<br />

maiores referenciais pelas informações<br />

e orientação, motivá-la a decidir, por<br />

si mesma, sobre a importância de<br />

valorizar a criança e participar da<br />

comunidade.<br />

As mesmas atividades destinadas ao<br />

público em geral, foram vistas e<br />

analisadas de maneira mais profunda<br />

através das "visitas programadas",<br />

atividade constitu (da por grupos<br />

especialmente convidados (Escolas,<br />

Clubes de Mães, Sociedades Amigos de<br />

Bairro, Entidades de Classe, Associações,<br />

Clubes de Serviço) e que se dispunham a<br />

participar de reuniões preparatórias,<br />

debatendo, antecipadamente, temas<br />

relativos aos programas constituintes<br />

da Quinzena: a valorização da criança,<br />

a estrutura familiar e a participação<br />

comunitária.<br />

Os participantes dos Seminários<br />

simultâneos às Quinzenas compunham<br />

um terceiro público para a programação<br />

demonstrativa. Além dos estudos e<br />

debates nos cursos, visualizavam de<br />

maneira concreta (nos trabalhos dos<br />

diversos Balcões) "sugestões" para<br />

reforçar os programas sociais que já<br />

vinham realizando (vide Formação de<br />

Recursos Humanos).<br />

1975 — @ Semana de Participação<br />

Comunitária para o


Desenvolvimento da Criança —<br />

80 mil pessoas;<br />

1976 — I I? Semana de Participação<br />

Comunitária para o<br />

Desenvolvimento da Criança —<br />

190 mil pessoas;<br />

1977 — I? Quinzena de Participação<br />

Comunitária para o<br />

Desenvolvimento da Criança —<br />

450 mil pessoas;<br />

1978 — I I? Quinzena de Participação<br />

Comunitária para o<br />

Desenvolvimento da Criança —<br />

800 mil pessoas.<br />

Nota: A quantidade de público mencionada, acima,<br />

foi calculada pela média de números fornecidos pelos<br />

funcionários do Parque Fernando Costa e dos diversos<br />

Balcões realizados.<br />

"A verdadeira garantia do<br />

desenvolvimento da criança é a família,<br />

é a comunidade. A comunidade que é<br />

cada um de nós — jovem, adulto, pai,<br />

tio, vizinho ou amigo. Cada um de nós<br />

pode abafar ou atrofiar o<br />

desenvolvimento da criança — ou<br />

então, sermos um meio para que ela<br />

se desenvolva, plenamente, e se realize".<br />

(Trecho extraído do audiovisual do<br />

FASPG, realizado na Fase Preparatória<br />

do Ano Internacional da Criança).


S<br />

"Muitas são as filosofias e teorias que<br />

ensinam a governar. Mo entanto, ao<br />

it fecharmos os livros e voltarmo-nos para<br />

a realidade cotidiana, parece, a primeira<br />

impressão, que um trabalho de governo<br />

não é mais do que a desesperada busca<br />

para se equilibrar as necessidades<br />

existentes aos recursos disponíveis".<br />

"Sabemos que o nosso atual estágio de<br />

desenvolvimento apresenta uma<br />

demanda de necessidade superior aos<br />

recursos. Assim, essa disparidade<br />

constitui-se num elemento de pressão<br />

permanente, presidindo as atividades de<br />

cada pessoa envolvida com o setor<br />

social".<br />

"Não podemos, todavia, agir somente<br />

pela pressão que as dificuldades exercem<br />

sobre nós. E necessário ir além do<br />

atendimento imediatista e paternalista.<br />

Não podemos perder de vista que os<br />

recursos são sempre um instrumento, um<br />

meio, e que sua finalidade é o homem.<br />

E é o homem que tem no seu potencial o<br />

recurso essencial à transformação da<br />

realidade. São necessárias mais<br />

oportunidades e meios para que o<br />

homem se expresse e imprima horizontes<br />

mais amplos aos fatores determinantes<br />

do condicionamento social".<br />

(Trecho extraído do discurso proferido<br />

por Dona Lila Byington <strong>Egydio</strong> Martins<br />

em Campinas — 3 de dezembro de 1977).<br />

Projetos integrados — Histórico<br />

Através do Setor de Atendimento a<br />

Prefeituras e Obras Sociais do FASPG<br />

(vide capítulo espec(fico), foram<br />

constatadas, por meio do diálogo direto<br />

com prefeitos e dirigentes de entidades<br />

sociais — e ofícios dos mais diversos<br />

profissionais ligados à área social<br />

algumas necessidades prioritárias,<br />

principalmente, quanto à saúde,


alimentação e educação da população<br />

mais carente.<br />

Sobre essas questões prioritárias, que<br />

passaram a ser estudadas mais<br />

detidamente pelo FASPG, desde maio de<br />

1975, técnicos, voluntários e moradores<br />

de diversas comunidades foram<br />

consultados, no sentido de se elaborar e<br />

propor soluções conjuntas.<br />

Nos contatos estabelecidos com os<br />

participantesdos Seminários e do<br />

Balcão Informativo de Recursos<br />

Comunitários, os problemas de<br />

alimentação, saúde e educação se<br />

constituíam no núcleo dos debates,<br />

demonstrando os participantes alta<br />

expectativa em relação a novas soluções<br />

para essas áreas.<br />

Frente a esse referencial e a proposta de<br />

ação integrada, o FASPG, juntamente<br />

com as Secretarias Estaduais da<br />

Agricultura, Saúde, Educação e Economia<br />

e Planejamento, se empenhou na criação<br />

e implantação dos Projetos Integrados:<br />

Hortas Domésticas e Comunitárias,<br />

abordando o fator Alimentação e Saúde;<br />

Mini-Biblioteca, enfocando aspectos<br />

referentes à Educação e Cultura;<br />

Educação para a Saúde, enfatizando o<br />

incentivo para que a população adote<br />

atitudes permanentes para prevenção<br />

das doenças.<br />

Estes aspectos podem ser melhor<br />

elucidados pela análise da constituição<br />

dos Projetos Integrados, transcritos,<br />

sinteticamente, a seguir:<br />

Hortas Domésticas e Comunitárias<br />

"Considerando o problema de<br />

subnutrição apresentado por parcela<br />

significativa da população de baixa renda<br />

do Estado e face à importância de<br />

propiciar condições — através de um<br />

processo educativo que permitiriam a<br />

esta população uma efetiva participação<br />

na melhoria de seu padrão alimentar — o<br />

Fundo de Assistência Social do Palácio<br />

do Governo — FASPG, a Coordenadoria<br />

de Assistência Técnica Integral — CATI,<br />

da Secretaria da Agricultura, com a<br />

colaboração da Secretaria de Economia e<br />

Planejamento, apresentaram o projeto<br />

integrado "Hortas Domésticas e<br />

Comunitárias", que além de incentivar o<br />

gosto pelo plantio e colheita de<br />

hortaliças, condimentos e até frutas,<br />

dinamizou seu consumo e promoveu<br />

maior integração entre escolas,<br />

comunidades e Casas da Agricultura.<br />

Diretrizes<br />

Integração de Esforços<br />

"I ntegração de todos os órgãos e serviços<br />

públicos e particulares que tinham<br />

alguma atuação nesta área e poderiam vir<br />

a colaborar na execução do projeto.<br />

— Participação Comunitária<br />

"Sensibilização e mobilização de Escolas,<br />

Casas de Agricultura e Comunidades,<br />

para um trabalho conjunto na<br />

implantação, cultivo e divulgação das<br />

Hortas Domésticas e Comunitárias para<br />

maior consumo de hortaliças.<br />

— Uso dos Recursos da Comunidade<br />

"Incentivo para a descoberta e uso de<br />

todos os recursos disponíveis na própria<br />

comunidade.<br />

A entidade ou grupo responsável pela<br />

execução direta do projeto deveria<br />

adequar as normais gerais de<br />

funcionamento das Hortas Domésticas e<br />

Comunitárias à realidade específica do<br />

local onde seriam implantadas.<br />

Objetivos<br />

— Objetivo Geral<br />

"Envolver a comunidade para a


formação de Hortas Domésticas e<br />

Comunitárias, visando complementar sua<br />

alimentação: necessidade básica e<br />

indispensável do desenvolvimento da<br />

saúde e do desenvolvimento integral do<br />

homem.<br />

— Objetivos Específicos:<br />

— Elevar o nível de nutrição da população<br />

envolvida, possibilitando economia no<br />

orçamento doméstico.<br />

— Capacitar a população para formação<br />

e manutenção de Hortas.<br />

— Propiciar educação alimentar<br />

adequada à população, estimulando o<br />

consumo de hortaliças;<br />

— Estimular a Participação Comunitária<br />

na resolução conjunta de outros<br />

problemas — a partir do mais<br />

emergente: a alimentação.<br />

Educação de base<br />

'Para execução deste Projeto, a<br />

população foi motivada e capacitada<br />

para assumir novos valores e hábitos<br />

alimentares, que poderiam contribuir<br />

para uma melhoria de suas condições de<br />

vida.<br />

"Propôs como metodologia de trabalho,<br />

a Educação de Base, onde os temas<br />

referidos sobre nutrição que seriam<br />

discutidos e refletidos, permitindo ao<br />

grupo envolver num processo de<br />

descoberta e criação de novas percepções<br />

o que poderia ocasionar o despertar dos<br />

elementos para uma mudança de<br />

comportamento em relação a eles".<br />

Implantação e execução<br />

"A Comissão a nível municipal se<br />

responsabilizaria, sob a assistência<br />

técnica da CAT I, pelo levantamento<br />

preliminar da situação local quanto a<br />

hábitos alimentares da população,<br />

sensibilidade com relação ao problema<br />

em questão etc.<br />

"A escolha e treinamento das equipes de<br />

monitores,a capacitação de técnicos e<br />

auxiliares e preparo das condições de<br />

infra-estruturas deveriam preceder à<br />

execução propriamente dita das Hortas.<br />

Ainda na fase de implantação deveria se<br />

proceder à escolha de locais (terrenos)<br />

para as Hortas Comunitárias, ultimar as<br />

providências relativas aos recursos e fixar<br />

o cronograma de atividades.<br />

"A orientação e assistência técnica<br />

seriam prestadas pela CATI, nas<br />

diferentes áreas de atuação, abrangendo<br />

os diversos aspectos da produção de<br />

hortaliças e da conservação e preparo dos<br />

alimentos, e integradamente com o DAE<br />

Departamento de Assistência ao Escolar,<br />

quando se tratava de unidades escolares"<br />

Junto às escolas<br />

— "Motivação dos Pais e Mestres para o<br />

tema das Hortas Domésticas e<br />

Comunitárias.<br />

— Informação sobre Nutrição e<br />

Alimentação<br />

— Apresentação de trabalhos dos alunos<br />

sobre o tema Hortas<br />

— Motivação para que as famílias se<br />

envolvessem na implantação da Horta<br />

Escolar<br />

— Através de rodízio dos Pais para<br />

preparação do terreno;<br />

— Através de mutirão de recolhimento<br />

das ferramentas usadas entre os<br />

moradores do bairro;<br />

— Através de trabalhos conjuntos dos<br />

Pais e alunos, em rodízio, para o<br />

plantio e a manutenção das Hortas<br />

durante a semana e nos fins de<br />

semana;<br />

— Envolvimento dos Pais em campanhas<br />

de doação e trocas de sementes e<br />

mudas;<br />

— Envolvimento dos Pais em atuação<br />

conjunta com os professores e alunos


junto aos comerciantes do bairro,<br />

para a afixação de cartazes dos<br />

escolares sobre a execução das hortas<br />

e valor nutritivo das hortaliças;<br />

— Envolvimento dos Pais na confecção<br />

de espantalhos para as hortas".<br />

Atuação<br />

'O grande potencial humano da Escola<br />

está certamente na somatória das forças<br />

vivas desta comunidade. Os alunos têm<br />

aí, também, papel preponderante.<br />

t necessário despertar neles o interesse<br />

pelo bem comum e sua responsabilidade<br />

social.<br />

Para a dinamização dos trabalhos junto<br />

ao aluno, elementos técnicos do<br />

Departamento de Assistência ao Escolar<br />

— uma educadora sanitária e uma<br />

nutricionista — colaboraram na listagem<br />

de sugestões de atividades possíveis de<br />

serem desenvolvidas na escola, através<br />

dos Temas Básicos do Programa de<br />

Saúde estabelecidos para o Núcleo<br />

Comum do Ensino do Primeiro Grau e<br />

propostos pelos Guias Curriculares.<br />

"Esta atuação junto ao aluno deve visar<br />

motivar e envolver também os Pais no<br />

estudo e discussão dos temas básicos e<br />

assim o próprio conteúdo programático<br />

passaria a ter mais uma dimensão que é a<br />

de sensibilizar e motivar os Pais e a<br />

família para o tema de Saúde e Nutrição<br />

e mesmo para envolver a comunidade na<br />

formação de Hortas Domésticas e<br />

Comunitárias, visando complementar sua<br />

alimentação, que é o objetivo geral do<br />

Projeto Hortas Domésticas e<br />

Comunitárias".<br />

Educação para a saúde<br />

"Considerando, de um lado, o precário<br />

estado de saúde de parcela significativa<br />

da população de baixa renda do Estado,<br />

aliado à necessidade de se estimular na<br />

mesma a procura dos Centros de Saúde<br />

não apenas em casos de doença, mas<br />

também para vacinação e outras<br />

atividades de caráter preventivo, e, de<br />

outro lado, a influência de valores<br />

individuais e sociais na conduta das<br />

pessoas em relação à Saúde, e a<br />

capacidade potencial dos indivíduos e<br />

grupos de reconhecerem seus<br />

problemas e atuarem sobre eles, o Fundo<br />

de Assistência Social do Palácio do<br />

Governo — FASPG, e a Secretaria de<br />

Saúde do Estado de São <strong>Paulo</strong><br />

elaboraram e implantaram o Projeto<br />

Integrado de Educação para Saúde.<br />

"Este projeto pretendia, através de um<br />

processo educativo, estimulando o<br />

conhecimento, reflexão e vivência em<br />

grupo de aspectos relacionados ao tema<br />

Saúde, a mudança de comportamento<br />

dos indivíduos nessa área. "A educação<br />

para a saúde, assim, além de oferecer<br />

condições para elevação do nível de<br />

saúde da população envolvida, levaria,<br />

ainda, à sensibilização e mobilização<br />

desta para uma ação conjunta na busca<br />

de soluções para outros problemas<br />

comuns, dinamizando o desenvolvimento<br />

da participação comunitária".<br />

Diretrizes<br />

— "Complementação da ação do Poder<br />

Público no campo de Saúde;<br />

— Incentivo ao desenvolvimento do<br />

potencial voluntário dos indivíduos,<br />

aproveitamento do trabalho de<br />

voluntários treinados;<br />

— Integração entre órgãos públicos,<br />

privados e comunidade em geral<br />

para implantação, execução e<br />

dinamização do Projeto de Educação<br />

para Saúde".<br />

Objetivos<br />

Objetivo Geral:<br />

"Implantação de um sistema de trabalho<br />

45


de pessoas voluntárias nos Centros de<br />

Saúde, em atividades dos programas de<br />

assistência à Criança e à Gestante".<br />

Objetivos Específicos:<br />

— Propiciar condições que contribuissem<br />

para a melhoria da saúde da população<br />

envolvida;<br />

— Estimular uma mudança de<br />

comportamento nos indivíduos<br />

atingidos, com relação à sua Saúde;<br />

— Participar em atividades dos Centros<br />

de Saúde, cooperando para sua maior<br />

racionalização e dinamização;<br />

— Mobilizar continuamente a<br />

comunidade para participação neste<br />

projeto, extrapolando esta atitude<br />

para outros aspectos da vida social".<br />

Execução<br />

"A atividade de pós-consulta pode ser<br />

complementada por uma orientação feita<br />

em grupos, pelos voluntários, aos clientes<br />

que comparecessem ao Centro de Saúde<br />

para consulta médica ou atendimento de<br />

enfermagem.<br />

Esta orientação poderia abordar:<br />

— cuidados gerais com a saúde individual<br />

e familiar;<br />

— importância do comparecimento ao<br />

Centro de Saúde;<br />

— orientação alimentar;<br />

— vacinação;<br />

— cloração domiciliar da água;<br />

— direitos previdenciários;<br />

— documentação.<br />

"A convocação das Crianças e Gestantes<br />

faltosas às atividades agendadas,<br />

principalmente no que se refere à<br />

vacinação, constitui uma atividade que<br />

poderia ser realizada pelos voluntários<br />

numa segunda etapa de trabalho.<br />

"A convocação de faltosos tem mostrado<br />

resultados positivos, quando executada<br />

46<br />

de forma sistemática, o que nem sempre<br />

tem sido possível, principalmente nos<br />

Centros de Saúde menos aparelhados.<br />

Esta convocação seria realizada por<br />

voluntários, pois não implicaria em<br />

orientação que dependesse de<br />

conhecimentos técnicos mais profundos.<br />

Eles poderiam desenvolver as seguintes<br />

atividades junto ao Centro de Saúde,<br />

cujos temas específicos ofereceriam<br />

condições, para que cada voluntário,<br />

após o treinamento, se tornasse um<br />

agente social capaz de atuar, facilitando<br />

a solução de alguns problemas e<br />

necessidades encontrados na área de<br />

saúde:<br />

— Orientação em grupo: a clientes<br />

inscritos nos programas de assistência<br />

à gestante e à criança como<br />

complementação da pós-consulta.<br />

— Convocação: de crianças e gestantes<br />

faltosas às atividades agendadas pelo<br />

Centro de Saúde, principalmente no<br />

que se refere à vacinação".<br />

Atividades do voluntário<br />

Orientação em grupo<br />

"O voluntário, após treinamento prévio,<br />

poderia orientar grupos de gestantes e de<br />

maés. Estas orientações poderiam ser<br />

feitas nos Centros de Saúde ou em outro<br />

local da comunidade.<br />

Convocação de gestantes e crianças<br />

faltosas às atividades do Centro de<br />

Saúde:<br />

"Caberia ao Centro de Saúde fornecer a<br />

relação das gestantes e das crianças que<br />

não compareceram às atividades<br />

agendadas. Seria prioritária a convocação<br />

de crianças faltosas à vacinação. 0<br />

voluntário realizaria a convocação,<br />

aproveitando a oportunidade para<br />

encaminhar as crianças recém-nascidas<br />

ao Centro de Saúde, para matrícula ou<br />

vacinação.


"Após a convocação, o voluntário<br />

entregaria ao Centro de Saúde, para<br />

controle, a relação dos clientes<br />

convocados.<br />

"O voluntário poderia desenvolver com<br />

os grupos os seguintes temas:<br />

Gestação ou Gravidez:<br />

— Assistência pré-natal;<br />

— Cuidados necessários na gravidez;<br />

— Importância da participação da<br />

família para a chegada do bebê;<br />

— Enxoval do bebê;<br />

— Sintomas e sinais do parto;<br />

— Documentação;<br />

— Direitos previdenciários;<br />

— Suplementacão alimentar para<br />

gestantes e nutrizes (Gestal).<br />

Criança<br />

— Assistência à crinça;<br />

— Cuidados com a criança;<br />

— Vacinação;<br />

— Alimentação;<br />

— Aleitamento natural.<br />

Decreto<br />

Para a implantação efetiva do Projeto<br />

e maior dinamização, a Secretaria<br />

da Saúde através do Secretário Dr.<br />

Walter Sidney Pereira Leser, dispôs<br />

sobre a participação de voluntários nas<br />

atividades desenvolvidas pela<br />

Secretaria da Saúde através do<br />

Decreto NP 11.418, de 17 de abril de<br />

1978.<br />

"PAULO EGYDIO MARTINS,<br />

GOVERNADOR DO ESTADO DE<br />

SÃO PAULO,no uso de suas atribuições<br />

legais e Considerando:<br />

as recomendações da Organização<br />

Mundial de Saúde que preconizam a<br />

participação ativa da comunidade no<br />

desenvolvimento de ações de Saúde;<br />

que esta participação contribui para o<br />

conhecimento e solução dos problemas<br />

de saúde, do indivíduo ou da<br />

coletividade, conferindo ao participante<br />

alto senso de responsabilidade e<br />

transformando-o de beneficiário em<br />

agente dos programas sanitários;<br />

a conveniência de se criar oportunidade<br />

para a participação de estudantes nas<br />

atividades de saúde, atendendo<br />

recomendações de ordem didática,<br />

visando à ampliação de conhecimentos<br />

e à aquisição de experiências;<br />

o interesse espontâneo de numerosa<br />

parcela da população que deseja<br />

contribuir para o desenvolvimento<br />

integral de sua comunidade,<br />

especialmente no campo da saúde;<br />

a conveniência de se estimular este<br />

interesse e de aproveitar os recursos<br />

comunitários, integrando-os às ações<br />

promovidas pelo Governo do Estado;<br />

as atividades de recrutamento, seleção e<br />

treinamento de voluntários já<br />

realizadas pelo Fundo de Assistência<br />

Social do Palácio do Governo no<br />

desenvolvimento do Projeto<br />

"Educação para a Saúde";<br />

as diretrizes e a estratégia desta<br />

Administração, baseadas na participação<br />

e integração da comunidade nas ações<br />

do Governo.<br />

Decreta:<br />

Artigo 1 P — A Secretaria de Estado da<br />

Saúde poderá aceitar a participação de<br />

voluntários que se disponham a<br />

colaborar em atividades relacionadas<br />

com a orientação e assistência da<br />

população, previstas nos seus programas,<br />

desde que em caráter "pro-honore" e<br />

sem direito a qualquer remuneração ou<br />

vantagem.<br />

Parágrafo único — 0 desempenho destas<br />

atividades, de caráter não econômico e<br />

eventual, não acarretará quaisquer ônus


ou vínculos de natureza trabalhista ou<br />

previdenciária, mas será considerado<br />

serviço relevante prestado ao Estado.<br />

Artigo 29 — O Secretário da Saúde<br />

expedirá instruções normativas<br />

disciplinando a participação dos<br />

voluntários prevista no artigo 19<br />

Artigo 39 — Este decreto entrará em<br />

vigor na data de sua publicação,<br />

revogadas as disposições em contrário.<br />

Palácio dos Bandeirantes, 17 de abril de<br />

1978.<br />

<strong>Paulo</strong> <strong>Egydio</strong> Martins<br />

Walter Sidney Pereira Leser,<br />

Secretário da Saúde".<br />

Nota: O Projeto Educação para Saúde J3 foi<br />

implantado em 43 municípios do interior e<br />

13 Centros de Saúde da Capital.<br />

Mini-bibliotecas<br />

"Considerando a importância do livro na<br />

formação global dos estudantes e a<br />

existência de diversos municípios do<br />

Estado onde ele não existe na<br />

quantidade suficiente ou na qualidade<br />

mais adequada, a Secretaria da Educação<br />

do Estado de São <strong>Paulo</strong> e o Fundo de<br />

Assistência Social do Palácio do<br />

Governo — FASPG — elaboraram e<br />

implantaram o Projeto Integrado<br />

Mini-Biblioteca que, além de propiciar<br />

elementos para um maior<br />

desenvolvimento cultural da clientela<br />

a ser atingida, promoverá também uma<br />

integração entre a Escola e a<br />

Comunidade".<br />

Diretrizes<br />

Integração de esforços:<br />

"Integração de todos os órgãos públicos<br />

e privados que tenham alguma atuação<br />

nessa área e possam a vir a colaborar na<br />

execução do projeto.<br />

Participação comunitária:<br />

Sensibilizar e mobilizar a comunidade<br />

em geral para um trabalho conjunto<br />

na implantação, conservação e<br />

dinamização das Mini-Bibliotecas.<br />

Uso dos recursos da comunidade:<br />

Incentivo para a descoberta e uso de<br />

todos os recursos disponíveis na própria<br />

comunidade.<br />

A Prefeitura, responsável diretamente<br />

pela execução do projeto, deverá<br />

adequar as normas gerais de<br />

funcionamento das Mini-Bibliotecas<br />

à realidade específica do local onde<br />

será implantada".<br />

Objetivos<br />

Geral:<br />

"Oferecer às Prefeituras Municipais — a<br />

título de complementação e estímulo<br />

para uma constante dinamização de<br />

suas atividades culturais -<br />

mini-bibliotecas, formadas por obras<br />

de consulta em geral, para uso da<br />

clientela estudantil de 19 Grau,<br />

estimulando a participação de toda<br />

a comunidade na execução deste<br />

Projeto.<br />

Específicos:<br />

— Complementar o acervo de livros do<br />

município, incentivando assim uma<br />

ampliação constante do mesmo;<br />

— Contribuir para o desenvolvimento<br />

cultural da população estudantil de<br />

19 Grau;<br />

— Desenvolver, nesta população, a<br />

capacidade de pesquisa;<br />

— Desenvolver na clientela o senso de<br />

responsabilidade com relação a um<br />

bem comum;<br />

— Estimular a população em geral do<br />

município, através deste trabalho<br />

integrado, a adotar uma atitude<br />

permanente de participação


comunitária para assim colaborar<br />

na solução dos problemas de sua<br />

cidade".<br />

Fase de implantação<br />

"Supõe uma divulgação sistemática do<br />

projeto, motivação e arregimentação de<br />

pessoas, e planejamento de atividades.<br />

"0 contato com as lideranças locais é o<br />

primeiro passo. 0 FASPG promove<br />

Encontros de Participação<br />

Comunitária/Projeto Mini-Bibliotecas,<br />

nos quais o prefeito, sua senhora, a<br />

assistente social da Prefeitura e a pessoa<br />

responsável pela Mini-Biblioteca têm<br />

oportunidade de estudar o Projeto<br />

e debater em grupo aspectos relativos<br />

à sua implantação em cada município.<br />

De volta às suas cidades, essas pessoas<br />

deverão se reunir com o intuito de<br />

planejar a divulgação do projeto a<br />

nível local. A partir da primeira reunião,<br />

devem ser marcadas outras reuniões<br />

com palestras sobre o projeto, trazendo<br />

vereadores, diretores de escolas,<br />

professores, diretorias de diversos<br />

órgãos e entidades, representantes<br />

da imprensa, assistentes sociais, médicos,<br />

enfermeiras, voluntárias e demais pessoas<br />

interessadas, que por sua vez também<br />

possam começar a divulgação na sua<br />

própria área de trabalho. Novas idéias<br />

e novas formas de ação poderão surgir<br />

à medida em que outras pessoas<br />

participarem. Lembramos que a<br />

implantação e o desenvolvimento deste<br />

projeto poderão variar de um para outro<br />

município, poiso importante é que<br />

sejam aproveitadas as forças e o<br />

dinamismo que já existem em cada um.<br />

Que a população leia mais livros e que a<br />

Mini-Biblioteca não seja apenas mais<br />

uma estante integrada à velha<br />

biblioteca".<br />

Fase de desenvolvimento<br />

"Supõe a manutenção do nível de<br />

participação da comunidade no projeto.<br />

"A biblioteca sempre foi um centro de<br />

pesquisa bibliográfica e um acervo do<br />

qual a população pode se servir, às vezes<br />

único no município.<br />

"Assim, a biblioteca nem sempre<br />

atualizada, nem sempre montada em<br />

local adequado, perde o seu papel de<br />

centro dinamizador da cultura. E preciso<br />

redespertar o interesse pela biblioteca<br />

municipal, especialmente no sentido de<br />

atualizá-la e utilizá-la constantemente,<br />

garantindo a sua continuidade nas novas<br />

gerações. Ela sofre a grande concorrência<br />

da televisão, da falta de interesse das<br />

pessoas pela cultura, e se ainda não<br />

houver o cuidado da atualização, em<br />

pouco tempo teremos perdido<br />

completamente o hábito de manusear<br />

livros, enfim o interesse pela leitura.<br />

"O ideal para o desenvolvimento deste<br />

projeto é planejar atividades com grupos.<br />

"0 grupo proporcionará um encontro<br />

de pessoas da mesma faixa etária, com<br />

os mesmos interesses específicos, onde<br />

as pessoas se sentem melhor e mais à<br />

vontade, e ganham, portanto, maior<br />

disponibilidade para ação".<br />

Instrumentos<br />

Nenhum desses projetos foi elaborado<br />

com a pretensão de ser a solução final,<br />

a resposta definitiva para acabar com os<br />

problemas nas áreas de alimentação,<br />

saúde e educação. Embora enfocassem<br />

áreas distintas, o objetivo dos Projetos<br />

integrados foi o de mobilizar as diversas<br />

lideranças das mais variadas profissões<br />

e especializações e propiciar-lhes<br />

instrumentos para motivar a participação<br />

47


das comunidades na solução dessas<br />

dificuldades.<br />

Elaborados sobre uma estrutura<br />

dinâmica de interação da população<br />

com as questões alimentares,<br />

educacionais e de saúde, esses projetos,<br />

intencionalmente, descartaram o<br />

paternalismo da doação e<br />

comprometeram-se com o fator<br />

sócio-educativo, visando capacitar a<br />

própria população para (através dos<br />

recursos já existentes e da motivação<br />

à integração) participar na solução<br />

dessas dificuldades.<br />

Por esse enfoque, os projetos integrados<br />

contém em-si uma proposta que vai<br />

além da nutrição, da saúde ou da escola<br />

e se constituiram num "meio" para a<br />

criação de objetivos comuns e ações<br />

integradas.<br />

Como estimuladores de um processo<br />

sócio-educativo, objetivaram propiciar<br />

o fortalecimento de um novo<br />

comportamento coletivo, que,<br />

orientado pelo referencial da Promoção<br />

Humana, visou criar ou reforçar os<br />

vínculos de uma melhor organização<br />

social.<br />

Projetos específicos<br />

Com o objetivo de dinamizar o próprio<br />

processo sócio-educativo realizado pelo<br />

FASPG, foram criados projetos<br />

específicos, constituídos por<br />

programações integradas deste órgão<br />

com entidades púb l icas e particulares,<br />

para o atendimento às necessidades da<br />

população de regiões (bairros)<br />

determinadas.<br />

Núcleos de participação comunitária -<br />

NUPACs<br />

Este projeto visou à implantação de<br />

núcleos para o atendimento global à<br />

48<br />

clientela carente, próximo ao local de<br />

sua residência, com a formação de<br />

grupos de educação de base e o estímulo<br />

ao desenvolvimento da participação<br />

comunitária na região.<br />

A formação desses núcleos implicou na<br />

ação conjunta do FASPG, Secretaria da<br />

Promoção Social, entidades sociais e a<br />

população. (Vide: Expansão do Plantão<br />

de Referência).<br />

Educação sanitária<br />

Projeto desenvolvido no Jardim Três<br />

Corações, através da ação integrada do<br />

FASPG e Interclínicas, Assistência<br />

Médica, Cirúrgica e Hospitalar S/C Ltda.,<br />

uma entidade médica particular, visando<br />

ao atendimento da criança e à prestação<br />

de informações e orientação sobre os<br />

cuidados preventivos quanto à saúde,<br />

constituindo-se, para tal, uma equipe<br />

multi-profissional e de voluntários locais.<br />

"Iniciamos nossas atividades junto ao<br />

Centro Comunitário Bandeirantes, no<br />

Jardim Três Corações, em 24 de maio<br />

de 1977, através de convênio com o<br />

Fundo de Assistência Social do Palácio<br />

do Governo — FASPG. Prestamos<br />

Assistência Médica, Cirúrgica e<br />

Hospitalar a 200 (duzentas) crianças<br />

de 0 a 12 anos, inscritas no Plano de<br />

Atendimento.<br />

"Com o desenvolvimento das atividades<br />

na área, verificou-se a necessidade de<br />

ampliação do atendimento.<br />

"A partir do mês de outubro de 1977, o<br />

convênio foi extensivo a mais 150 (cento<br />

e cinqüenta) crianças; totalizando,<br />

portanto, 350". (Trecho extraído do<br />

relatório da Interclínicas — Assistência<br />

Médica, Cirúrgica e Hospitalar S/C Ltda.).<br />

(Vide Projeto Piloto).


Profissionalização<br />

Em colaboração com a AVIM<br />

(Associação de Voluntários para a<br />

Integração de Migrantes), o FASPG<br />

promoveu cursos junto aos moradores<br />

do Jardim Três Corações e adjacências,<br />

visando oferecer-lhes uma profissão que<br />

os habilitasse a ganhar a vida por seus<br />

próprios meios. Em Itapira, os<br />

moradores de Vila I Ize e bairros vizinhos<br />

vêm se beneficiando dos cursos<br />

profissionalizantes implantados pelo<br />

convênio do Centro Comunitário local<br />

e o Serviço Nacional da Indústria<br />

— SENAI — da Regional de Campinas.<br />

(Vide Projeto Piloto).<br />

Projeto Cadeira de Rodas<br />

Tendo em vista as inúmeras solicitações<br />

para doação de cadeiras de rodas,<br />

chegadas ao FASPG e dentro da<br />

perspectiva de Participação Comunitária<br />

este órgão motivou e forneceu assessoria<br />

técnica para que o Lions Club de São<br />

<strong>Paulo</strong>-Santo Amaro desenvolvesse o<br />

"Projeto Cadeira de Rodas".<br />

Justificativa<br />

Considerando que algumas entidades<br />

sociais, hospitalares e órgãos públicos<br />

possuem cadeiras de rodas para<br />

empréstimo ou doação à clientela<br />

necessitada, este serviço ainda é<br />

insuficiente face à demanda existente.<br />

Por conseguinte, é imprescindível que<br />

a própria comunidade, conscientizada<br />

e mobilizada, venha a assumir a sua parte<br />

na solução de suas necessidades. Sendo o<br />

Lions Club um clube de serviços que<br />

mobiliza a comunidade e presta serviços<br />

à mesma, justifica-se a implantação de<br />

um projeto de Cadeira de Rodas, a nível<br />

local, sob sua coordenação, vindo o<br />

mesmo a se constituir numa ação<br />

necessária, como complemento aos<br />

programas de atendimento no campo<br />

social.<br />

Diretrizes<br />

— Participação Comunitária;<br />

— Participação e envolvimento da<br />

comunidade atingida;<br />

— Uso dos recursos da própria<br />

comunidade.<br />

Objetivos<br />

Objetivo geral:<br />

Implantar um sistema através do qual<br />

a clientela carente possa dispor do uso<br />

de uma cadeira de rodas, pelo prazo que<br />

lhe for necessário.<br />

Objetivos específicos:<br />

— Sensibilizar as comunidades para que<br />

percebam a importância decisiva de<br />

sua colaboração para a solução dos<br />

problemas locais;<br />

— Integrar no Projeto, demais Clubes de<br />

Serviço, Entidades Sociais e<br />

Voluntários, conscientizando-os da<br />

necessidade de uma permanente<br />

união de esforços, visando maior<br />

racionalização dos serviços,<br />

propiciando melhor atendimento à<br />

clientela;<br />

— Observar para com os clientes sua<br />

dimensão global de pessoa humana;<br />

— Despertar na clientela diretamente<br />

beneficiária do Projeto o senso de<br />

bem-comum.<br />

Nota: Este Projeto foi lançado em<br />

dezembro de 1978, no Palácio dos<br />

Bandeirantes, com a participação de<br />

representantes do Lions Club e<br />

Administração Regional de Santo<br />

Amaro e da equipe técnica do EASPG.<br />

O atendimento foi instalado à rua<br />

Hermano Ribeiro da Silva, 282.<br />

A proposta fundamental reside no fato<br />

de sua operacionalização ser processada<br />

a nível da própria comunidade, com a<br />

criação de uma Comissão local, para<br />

implantação e percebendo o valor que<br />

representa a criação e dinamização de<br />

um Projeto pelos próprios esforços.


set, en • :`<br />

Teoria e prática<br />

Na descrição do trabalho realizado pelo<br />

FASPG, até este capítulo, se configurou<br />

o processo sócio-educativo decorrente<br />

dos objetivos básicos de Promoção<br />

Humana e Participação Comunitária.<br />

Evidenciou-se, também, que esse<br />

processo de conscientização e<br />

capacitação da população implica,<br />

necessariamente, em resultados a serem<br />

obtidos a médio e longo prazo.<br />

Por outro lado, a própria complexidade<br />

do setor social e a gravidade dos<br />

problemas agudos de subsistência,<br />

exigiu a dinamização dos setores<br />

destinados à prática de atendimento<br />

direto mantidos pelo FASPG, que<br />

foram reformulados a partir de março<br />

de 1975, tendo em vista envolver a<br />

clientela mais carente em programas<br />

comunitários.<br />

Plantão de Referência<br />

Subordinado à Divisão da Grande São<br />

<strong>Paulo</strong> do FASPG, o Plantão de<br />

Referência tem como finalidade<br />

proporcionar atendimento<br />

individualizado às pessoas carentes<br />

que se dirigiram ao FASPG,<br />

orientando-as e encaminhando-as aos<br />

recursos existentes na comunidade.<br />

Os que compareceram ao Plantão foram<br />

atendidos, inicialmente, com orientação<br />

em grupo, onde a monitora abordava<br />

assuntos relativos a documentos,<br />

emprego e saúde. Depois do "estudo de<br />

caso", cada cliente foi encaminhado a<br />

um dos órgãos ou entidades com os<br />

quais o Plantão de Referência mantinha<br />

permanente contato, especialmente o<br />

CETREM — Central de Triagem e<br />

Encaminhamento da SPS —, os Núcleos<br />

de Participação Comunitária (NUPACs),<br />

Legião Brasileira de Assistência (LBA),<br />

Fundação Estadual para o Bem Estar do


Menor (FEBEM), Provisão de<br />

Documentos (PRODOC), Atendimento<br />

de Pessoas com Problemas de<br />

Subsistência (AAPS), etc.<br />

Com uma média diária de 60<br />

atendimentos, o Plantão de Referência<br />

determinava a procedência da clientela,<br />

sua faixa etária, nível salarial,<br />

escolaridade, bem como sua estrutura<br />

familiar, o que propiciava ao FASPG<br />

uma visão global da situação.<br />

0 Plantão de Referência representou<br />

um autêntico "termômetro", ou seja,<br />

um permanente meio de se avaliar as<br />

necessidades da população carente de<br />

São <strong>Paulo</strong>, através das sucessivas<br />

amostragens.<br />

0 Plantão de Referência de marco de<br />

1975 a fevereiro de 1979 totalizou<br />

52.213 estudos de casos; 23.941<br />

orientações e encaminhamentos a<br />

órgãos públicos e entidades particulares<br />

19.612 orientações e/ou atendimentos<br />

com recursos materiais (géneros<br />

alimentícios, roupas); e 23.897 pessoas<br />

receberam orientação e os serviços de<br />

telex do FASPG para providenciar<br />

documentos (Carteira de Identidade,<br />

Carteira Profissional, etc.).<br />

Núcleos de Participação Comunitária —<br />

NUPACs<br />

Visando a descentralização dos serviços<br />

prestados pelo Plantão de Referência, o<br />

FASPG firmou convênios com 11<br />

entidades sociais particulares, que<br />

receberam uma verba, através da<br />

Secretaria da Promoção Social, para<br />

atender as pessoas carentes nos próprios<br />

bairros de onde procedia a maior parte<br />

da clientela do Plantão. Essa medida<br />

teve por objetivo criar condições para<br />

um atendimento global à pessoa carente,<br />

envolvendo-a, e ainda sua família, num<br />

dos grupos de pais, mães ou jovens<br />

existentes no seu bairro, para, em<br />

conjunto, buscar soluções não apenas<br />

para as necessidades imediatas, mas a<br />

sua própria promoção como ser humano.<br />

Motivar a Comunidade<br />

De janeiro de 1976 a fevereiro de 1979,<br />

os Núcleos de Participação Comunitária<br />

(NUPACs) foram implantados em dez<br />

áreas da Capital:<br />

Campo Limpo.......... 58 bairros<br />

Ermelino Matarazzo ..... 10 bairros<br />

Guaianazes ............ 17 bairros<br />

Jardim Primavera........ 41 bairros<br />

Pirituba ............... 73 bairros<br />

São Mateus ............ 26 bairros<br />

São Miguel Paulista ...... 7 bairros<br />

Vila Guilherme ......... 45 bairros<br />

Itaquera ............... 9 bairros<br />

Lauzane Paulista ........ 8 bairros<br />

Total ............ 291 bairros<br />

E também no Município de Guarulhos,<br />

sendo que cada NUPAC responsabiliza-se<br />

pelos bairros de sua região.<br />

Expansão<br />

De acordo com o programa de expansão<br />

que vinha sendo executado pelo<br />

FASPG, foi criado, em Guarulhos, na<br />

Grande São <strong>Paulo</strong>, um novo NUPAC:<br />

era o Núcleo Batuira —Serviço de<br />

Promoção da Família. Em 1978, dois<br />

novos NUPACs foram implantados na<br />

Grande São <strong>Paulo</strong>.<br />

Os NUPACs, além de auxílios para<br />

documentação, alimentação,<br />

medicamentos e material escolar,<br />

desenvolveram os seguintes programas<br />

de atendimento à comunidade:<br />

Em Guarulhos — Núcleo Batuira --<br />

Serviço de Promoção da Família (rua<br />

Renato Ometti. 5), no bairro de<br />

Cumbica, que oferecia os seguintes<br />

49


serviços: Plantão de Atendimento,<br />

Cursos Profissionalizantes, Creche<br />

(todos através do Serviço de Promoção<br />

Humana da Família, lá instalados),<br />

Grupos de Pais, Mães, Gestantes, Jovens<br />

e Crianças.<br />

Em Campo Limpo — NUPAC instalado<br />

junto às Comunidades Kolping do<br />

Jardim Catanduva (rua Profa Nina<br />

Stocco, 40), onde se realizavam: cursos<br />

de datilografia, tipografia e composição<br />

manual; primário, mecânica industrial,<br />

cabeleireiro, manicure, corte e costura<br />

e Mobral; Plantão de Atendimento a<br />

pessoas carentes, para fornecimento de<br />

auxílio-alimentação, documentos,<br />

medicamentos, material escolar e<br />

encaminhamento a ambulatório médico<br />

e bolsas de estudo. Orientação ao Clube<br />

de Mães e Grupos de Jovens, Campanha<br />

do Agasalho e Bazar da Pechincha.<br />

Em Ermelino Matarazzo — NUPAC<br />

instalado junto ao Centro Social São<br />

Francisco de Assis (rua Miguel Rachid,<br />

997), que oferecia: Plantão de<br />

Atendimento, Clube de Mães, Clube de<br />

Meninas, Grupos de Jovens e Gestantes<br />

e Centro Lúdico.<br />

Em Guaianazes — NUPAC instalado<br />

junto à Ação Comunitária e Paroquial<br />

de Guaianazes (Largo Santa Cruz, 5),<br />

que oferecia: Plantão de Atendimento,<br />

Clube de Mães, Clube de Adolescentes,<br />

Grupo de Menores, Grupo de Engraxates<br />

e Carreteiros, Creche, Atendimento<br />

Dentário, Ambulatório Médico e<br />

Farmácia.<br />

No Jardim Primavera — NUPAC<br />

instalado junto ao Centro Social<br />

Comunitário (rua Francisco Caldas, 1),<br />

que oferecia: Plantão de Atendimento,<br />

Cursos de Alfabetização, Corte e Costura,<br />

Mobral, Datilografia, Auxiliar de<br />

Escritório, Pintor, Manicure, Pedicure,<br />

Calceira e Camiseira, Atendimento<br />

Dentário, Grupo de Mães e Escola de<br />

Emergência do Estado.<br />

Em Pirituba — NUPAC instalado no<br />

Instituto de Educação e Assistência<br />

São João Gualberto (rua Padres<br />

Volombrozianos, 152). Oferecia: Plantão<br />

de Atendimento, Clube de Mães,<br />

Atendimento Médico-dentário, Cursos<br />

de Corte e Costura, Mobral, Auxiliar<br />

Administrativo, Datilografia e<br />

Office-boy.<br />

Em São Mateus — NUPAC instalado<br />

junto ao Centro de Assistência da<br />

Paróquia de São Mateus Apóstolo<br />

(rua Antônio Previsto, 75). Oferecia:<br />

Plantão de Atendimento, Ambulatório<br />

Médico, Curso de Artesanato e Mobral;<br />

Escola Montesoriana, Bazar da Pechincha,<br />

Cooperativa, Clubes de Mães, Recreação<br />

Infantil.<br />

Em São Miguel Paulista — NUPAC<br />

instalado junto à Sociedade de Ensino<br />

Profissional e Assistência Social<br />

(SEPAS), na rua Santa Rosa Lima, 33.<br />

Oferecia: Plantão de Atendimento,<br />

Cursos de Off-set, Clube de Mães, Cursos<br />

de Datilografia, Mobral, Auxiliar de<br />

Escritório, Atendente Hospitalar,<br />

Notista-faturista, Arquivista, Mensageiro,<br />

Pedreiro, Eletricista, Encanador e Corte<br />

e Costura.<br />

Em Vila Guilherme — NUPAC instalado<br />

junto ao Centro de Promoção Social<br />

"Cônego Luiz Biasi" (rua Maria Cândida,<br />

507). Oferecia: Plantão de Atendimento,<br />

Cursos de Office-boy, Atendimento<br />

Infantil, Clube de Mães, Auxílio em<br />

Gêneros, Atendimento Médico,<br />

Farmácia, Bazar da Pechincha.<br />

Em Lauzane Paulista — NUPAC


instalado junto ao Centro Social de<br />

Lauzane Paulista (rua Joaquim Simões,<br />

22). Oferecia: Clubes de Jovens, Mães,<br />

Cursos de Corte e Costura, Mobral.<br />

Em Itaquera — NUPAC instalado junto<br />

ao Centro Itaquerense das Famílias<br />

Amigas (SIFA), à rua do Carmo, 170.<br />

Oferecia: Clube de Mães, Jovens, Cursos<br />

Profissionalizantes e trabalho<br />

descentralizado em 3 locais da região.<br />

Em todas as áreas atingidas pelos<br />

NUPACs, o FASPG procurou realizar<br />

programações integradas com órgãos<br />

públicos e particulares que desenvolviam<br />

atividades comunitárias, como'.<br />

Secretaria da Promoção Social e de<br />

Esportes e Turismo (do Estado);<br />

Administrações Regionais,<br />

Coordenadoria do Bem-Estar Social<br />

(da Prefeitura); Centros e Postos de<br />

Saúde, Postos APPS, Hospitais, LBA,<br />

PRODOC, INPS, CROPH, MOBRAL,<br />

SENAI e SESI.<br />

Abertura<br />

Na reunião de avaliação dos trabalhos<br />

realizados pelos NUPACs, com a<br />

presença dos dirigentes e assistentes<br />

sociais de todas as entidades<br />

conveniadas, foram levantados os<br />

seguintes pontos:<br />

— 0 projeto NUPAC representou um<br />

reforço aos trabalhos realizados pelas<br />

entidades, principalmente, quanto a<br />

assessoria técnica, que forneceu<br />

orientação e subsídios para que as<br />

programações locais fossem<br />

dinamizadas com atividades<br />

comunitárias.<br />

— As programações comunitárias, o<br />

incentivo à formação de grupos de<br />

educação de base, "representaram<br />

uma abertura das obras para a<br />

comunidade, e vimos recebendo<br />

apoio e colaboração da população<br />

local".<br />

— "A orientação técnica recebida<br />

permitiu-nos, através, da<br />

"atividade-NUPAC" reestruturar<br />

a própria entidade, orientando-a<br />

para estimular a capacitação da<br />

população, integrar os recursos<br />

existentes nos bairros e fortalecer<br />

o espírito comunitário".<br />

Complementação material<br />

O Setor de Atendimento a Prefeituras<br />

e Obras Sociais do FASPG atuou dentro<br />

de uma linha de cooperação técnica e<br />

material, incentivando o aproveitamento<br />

máximo das potencialidades locais, em<br />

cada município ou entidade. Nessa<br />

linha de complementação, salientavam-se<br />

os seguintes pontos:<br />

— Aperfeiçoamento de um sistema de<br />

cooperação técnica e material às<br />

Prefeituras e Obras Sociais, para o<br />

atendimento à população.<br />

— Sempre em caráter de<br />

complementariedade, fornecimento<br />

de auxílios em géneros, material<br />

escolar, roupas e agasalhos.<br />

— O Setor de Atendimento a Prefeituras<br />

e Obras Sociais motivou prefeitos e<br />

suas equipes de trabalho, para que<br />

participassem de Encontros e<br />

Seminários, além de todas as<br />

programações que tivessem o<br />

sentido de conscientizar a comunidade<br />

para os próprios problemas.<br />

— Incentivou-se, assim, a implantação<br />

de programas que mobilizassem, em<br />

conjunto, órgãos públicos, privados,<br />

Obras Sociais e Grupos Voluntários,<br />

através de atividade que envolvessem<br />

a integração de crianças, jovens e<br />

adultos, num processo educativo que<br />

abrangesse as áreas de educação,<br />

saúde, alimentação, profissionalização<br />

e lazer (a educação, visando o<br />

desenvolvimento pessoal, grupal<br />

e social).


Até dezembro de 1978, foram<br />

destinados, pelo Setor de Atendimento<br />

a Prefeituras e Obras Sociais, os seguintes<br />

recursos, atingindo a totalidade dos<br />

municípios do Estado:<br />

— gêneros alimentícios<br />

2.774.1 31 quilos;<br />

— vestuário<br />

162.762 peças;<br />

— tecido<br />

74,177 metros;<br />

— cobertores<br />

289.075 unidades<br />

— brinquedos<br />

4.296.448 unidades;<br />

— máquinas de costura<br />

202 unidades;<br />

— cadeiras de rodas<br />

103 unidades;<br />

— Obras Sociais — Interior<br />

595;<br />

— Obras Sociais — Capital<br />

706<br />

— Municípios (vide Dados Quantitativos)<br />

0 FASPG entendia que a cooperação<br />

material deveria ser sempre<br />

acompanhada pela cooperação técnica,<br />

de modo que Prefeituras e Entidades<br />

Sociais fossem incentivadas a utilizar<br />

a doação recebida em programas<br />

educativos e de promoção social.<br />

Procurava-se, a partir da doação,<br />

estimular a implantação ou dinamização<br />

de programas sócio-educativos, cujo<br />

objetivo maior fosse a promoção humana<br />

das pessoas envolvidas.<br />

Campanhas de Participação Comunitária<br />

Durante estes anos o FASPG promoveu<br />

Campanhas de Participação Comunitária<br />

para atender necessidades específicas<br />

(agasalhos) ou emergenciais (quando da<br />

ocorrência de calamidades públicas) em<br />

colaboração com Secretarias Estaduais,<br />

órgãos públicos e entidades particulares,<br />

procurando-se motivar a população<br />

para a importância da participação<br />

permanente e responsável.<br />

Nesse sentido, o FASPG elaborou um<br />

texto-básico de "Campanhas de<br />

Participação Comunitária", que serviu<br />

de orientação às pessoas interessadas<br />

nessa atividade. Segue-se, abaixo, uma<br />

síntese desta apostila:<br />

"Sensibilizar e motivar a população a<br />

participar de uma Campanha, parece ser<br />

a descrição das atividades desenvolvidas<br />

pelo assistencialismo tradicional, que<br />

uma vez de posse da arrecadação<br />

esperada dá por encerrada a participação<br />

dos colaboradores e com a entrega dos<br />

donativos esgota suas potencialidades<br />

de atendimento à pessoa carente.<br />

"Essa atuação institucionaliza o<br />

imediatismo tanto com o colaborador<br />

como com o auxiliado. Não há uma<br />

integração entre aquele que ajuda e o<br />

ajudado, isto é: não há tomada de<br />

consciência do problema, nos seus<br />

termos mais amplos, por parte da<br />

pessoa que se dispõe a colaborar;<br />

assim, não se estabelece também uma<br />

atitude permanente de responsabilidade<br />

social.<br />

"É, pois, imprescindível redefinir o<br />

sensibilizar e o motivar dentro da<br />

perspectiva da Participação<br />

Comunitária.<br />

"Sensibilizar — levar a população a sentir<br />

mais profundamente a realidade em que<br />

vive, responsabilizar-se por ela — com<br />

sua realidade —e reconhecer a<br />

importância e a necessidade de<br />

participar na busca de soluções para<br />

as dificuldades que aí se encontram.<br />

Assim, a sensibilização se desloca do<br />

âmbito emocional, apenas, e passa a


ser reconhecida como um instrumento<br />

para uma dimensão maior da consciência<br />

do indivíduo frente à sua realidade<br />

social.<br />

"A sensibilização é, então, uma etapa<br />

de um procedimento que visa motivar a<br />

responsabilidade pessoal; pretende uma<br />

atitude permanente do envolvimento do<br />

indivíduo na busca de soluções para os<br />

problemas de caráter social".<br />

Permanente<br />

"É o objetivo do FASPG que a<br />

Campanha colabore para estabelecer<br />

um compromisso mais profundo do<br />

indivíduo com o contexto de sua<br />

realidade social, motivando-o para<br />

atuar positivamente.<br />

"Assim, a campanha como um todo,<br />

desde a sensibilização para um problema<br />

particular que necessita da cooperação<br />

coletiva até a distribuição dos donativos,<br />

está incluída numa única etapa: a da<br />

motivação para uma atuação<br />

permanente: a participação.<br />

"Entender, por exemplo, que não basta<br />

agasalhar os que não podem comprar<br />

cobertores, que é necessário<br />

responsabilizar as demais camadas<br />

da população para propiciar ao<br />

indivíduo carente a possibilidade de<br />

adquirir o seu próprio agasalho: a roupa,<br />

o local para morar, a refeição, a saúde,<br />

profissionalização, lazer, etc. — tudo<br />

isso é agasalhar — é promover.<br />

"A campanha — no seu todo —é um<br />

veículo pelo qual o indivíduo percebe,<br />

através de um problema emergente,<br />

a importância e a necessidade de sua<br />

atuação no todo da vida social.<br />

Entende. que sua participação precisa<br />

ser permanente.<br />

"A campanha é um encontro de<br />

compromisso do indivíduo com sua<br />

realidade social — Um Encontro, uma<br />

tomada de Consciência e a Compreensão<br />

de que é necessário participar<br />

permanentemente".<br />

Operacionalização<br />

Preparação:<br />

— atividades:<br />

— mobilização das lideranças de<br />

grupos formais e informais;<br />

— organização das diversas entidades<br />

participantes;<br />

— entrosamento das diversas<br />

iniciativas visando uma ação<br />

conjunta;<br />

— instalação de Postos de Arrecadação.<br />

Arrecadação e triagem<br />

— atividades:<br />

— mobilização direta da população<br />

através das: Secretaria da Educação,<br />

Secretaria da Promoção Social,<br />

Secretaria da Segurança Pública,<br />

Coordenadoria da Defesa Civil,<br />

Entidades de Classe (Clubes de<br />

Lojistas, Associação Comercial,<br />

etc.), Clubes de Serviço (Lions's,<br />

Rotary, etc.), Clubes Recreativos,<br />

Sociedades Amigos de Bairros,<br />

etc.), Empresas (Supermercados),<br />

Meios de Transporte (Metrô,<br />

empresas de ônibus, etc.) -<br />

Publicidade (TV, Rádio, Jornais,<br />

Cartazes, Faixas);<br />

— início do funcionamento dos Postos<br />

de Arrecadação;<br />

— A triagem — é preciso separar e<br />

organizar o material arrecadado.<br />

Criar um grupo para este trabalho".<br />

Distribuição:<br />

"(0 Fundo de Assistência Social do<br />

Palácio do Governo recebe, anualmente,<br />

grande quantidade de ofícios enviados<br />

por obras sociais da Capital e do<br />

51


Interior, solicitando agasalhos e<br />

cobertores).<br />

— Interior: Esses of ícios, quando de<br />

obras sociais do Interior, foram<br />

encaminhados pelo FASPG, às<br />

Prefeituras de cada Município, que<br />

em comum acordo com o comando<br />

da Polícia Militar local e orientação<br />

dos representantes regionais da<br />

Promoção Social, procederam a<br />

entrega dos donativos na sua cidade<br />

às obras sociais locais e à população<br />

carente.<br />

— Capital: Na Capital, os ofícios<br />

recebidos pelo FASPG foram<br />

encaminhados à Coordenadoria do<br />

Bem Estar Social (das 17<br />

Administrações Regionais da<br />

Prefeitura) para em comum<br />

acordo com a Pal (cia Militar<br />

proceder a distribuição do<br />

material arrecadado".<br />

Arrecadação<br />

1975 ...... 670.400 peças de roupa;<br />

1976 ...... 800.300 peças de roupa;<br />

1977 ...... 1.203.062 peças de roupa;<br />

1978 ...... 2.200.000 peças de roupa.<br />

52


Ano Internacional da Criança<br />

Conforme orientação proposta pela<br />

Assembléia Geral da ONU, em 1979,<br />

quando se comemora o Ano<br />

Internacional da Criança, cada País<br />

deve analisar mais profundamente a<br />

situação da população infantil e procurar<br />

assumir compromissos que levem à<br />

prestação de maior número de serviços<br />

voltados para a infância. A Resolução<br />

da ONU propõe que as Nações<br />

incentivem suas populações à tomada<br />

de consciência e posição para uma<br />

permanente valorização da criança,<br />

com a participação comunitária e<br />

complementando os serviços públicos<br />

e particulares, a fim de que haja<br />

continuidade no atendimento às<br />

necessidades da infância.<br />

Levantamento<br />

Nesse sentido, o FASPG participou da<br />

Fase Preparatória do Ano Internacional<br />

da Criança, iniciando, em junho de<br />

1978, simultaneamente ao<br />

XI 19 Seminário de Participação<br />

Comunitária-Voluntariado, um<br />

levantamento das condições de vida da<br />

criança no Estado de São <strong>Paulo</strong>.<br />

Nesse Seminário, com a presença de<br />

representantes de 328 Municípios,<br />

as lideranças foram chamadas a refletir<br />

e debater sobre os problemas existentes<br />

e os programas desenvolvidos em suas<br />

regiões em favor da população infantil,<br />

partindo de um questionário-motivação,<br />

em que os diversos aspectos relativos<br />

ao desenvolvimento da criança foram<br />

abordados.<br />

O questionário motivou, ainda, a<br />

reflexão e atuação da população sobre<br />

as necessidades específicas da criança,<br />

que, segundo a ONU, não se originam,<br />

apenas, dos seus direitos de se<br />

desenvolver em condições ótimas, do<br />

ponto de vista físico, mas também das


exigências impostas pelo estágio de<br />

desenvolvimento de cada comunidade.<br />

Recomenda, também, que sejam<br />

utilizados todos os recursos locais<br />

para a valorização da criança e do<br />

processo de conscientização quanto<br />

às suas necessidades e potencialidades,<br />

tanto na família como na comunidade.<br />

Assim, o questionário elaborado e que<br />

foi distribuído pelo FASPG e pela<br />

Secretaria da Promoção Social, esteve<br />

baseado em duas fontes básicas: a<br />

Declaração Universal dos Direitos<br />

da Criança e o tema central do Ano<br />

Internacional da Criança, que é o de<br />

serviço de base, destacando-se a<br />

importância da participação dos<br />

elementos da comunidade dos mesmos.<br />

Participação da Comunidade<br />

A partir dos objetivos propostos para<br />

esse questionário, percebeu-se que a<br />

reflexão, o conhecimento da realidade,<br />

a tomada de posição e projetos de ação<br />

foram as suas características primordiais.<br />

Ou seja, ele não foi um instrumento<br />

restrito, limitado a um momento (Ano<br />

Internacional da Criança) e/ou a um<br />

pequeno grupo de pessoas, mas sim<br />

um meio de mobilização e sensibilização<br />

para a realização e a ação junto à criança<br />

Optou-se, portanto, na estruturação do<br />

questionário, por um sistema de questões<br />

abertas onde o fundamental não foi<br />

obter-se um rigor científico nas<br />

respostas, mas facilitar a participação<br />

e o envolvimento da população no<br />

processo de coleta, interpretação e<br />

divulgação dos dados obtidos.<br />

o objetivo de sensibilizá-la em função<br />

de programas junto à criança.<br />

Questionário<br />

0 questionário foi dividido em duas<br />

partes. A primeira, compreendendo oito<br />

áreas (Saúde e Nutrição,<br />

Profissionalização, Educação, Cultura<br />

e Lazer, Habitação, Previdência Social,<br />

Promoção Social, outros), visou detectar<br />

a realidade da criança nos seus diferentes<br />

aspectos básicos. Deve-se ressaltar que<br />

esta subdivisão objetivou, somente,<br />

facilitar o processo de coleta de dados,<br />

pois a realidade deveria ser sempre<br />

analisada no seu global. Por outro lado,<br />

o questionário deveria ser estudado no<br />

seu todo antes de ser respondido, para<br />

que as informações fossem colocadas<br />

nas áreas mais adequadas.<br />

A segunda parte compreendeu a<br />

descrição de todas as atividades<br />

executadas e as programadas em<br />

função do Ano Internacional da<br />

Criança, em cada município.<br />

Tabulação nos encontros<br />

A tabulação dos dados referentes aos<br />

municípios do Estado foi estudada<br />

nos Encontros de Participação<br />

Comunitária, realizados nas 11 Regiões<br />

Administrativas do Estado, de 6 a 20 de<br />

fevereiro de 1979, atingindo 397<br />

municípios com a presença de 3.252<br />

pessoas. Esses Encontros visaram<br />

recorçar os trabalhos que cada município<br />

vinha desenvolvendo em favor da<br />

população infantil e, ao mesmo tempo,<br />

estimular a que as atividades do Ano<br />

Internacional da Criança se prolonguem<br />

a médio e longo prazo.<br />

Acentuou-se, na época, que quanto mais Audiovisual<br />

significativa fosse a colaboração da Na abertura de cada Encontro, era<br />

população nestas atividades, mais projetado um audiovisual, elaborado<br />

próximo estaria o Município de atingir pelo FASPG (1 ), no sentido de<br />

53


sensibilizar e motivar a população<br />

à execução de ações concretas para o<br />

desenvolvimento da criança, família e<br />

comunidade.<br />

0 texto deste audiovisual é o que se<br />

segue:<br />

— "Toda Criança tem o direito à afeição,<br />

amor e compreensão;<br />

— Toda Criança tem direito à nutrição e<br />

assistência médica adequadas;<br />

— Toda criança tem direito à educação<br />

escolar;<br />

— Toda Criança tem o direito de total<br />

oportunidade de recreação;<br />

— Toda Criança tem o direito de<br />

aprender a ser útil e a desenvolver<br />

suas habilidades individuais;<br />

— Toda Criança tem o direito de<br />

desenvolver-se dentro de um espírito<br />

de paz e fraternidade;<br />

— Toda Criança tem o direito de<br />

desfrutar de todos estes direitos, sem<br />

discriminação de raça, cor, sexo,<br />

religião, nacionalidade e origem<br />

social".<br />

Estes são os princípios básicos da<br />

Declaração Universal dos Direitos<br />

da Criança, proclamados pela ONU há<br />

20 anos.<br />

Mas, parece que as pessoas guardam uma<br />

certa desconfiança, uma espécie de<br />

desânimo quando se fala em Declaração<br />

Universal dos Direitos.<br />

E como se alguém nos viesse, novamente,<br />

com uma bela teoria, quando sabemos<br />

que, na realidade do dia-a-dia, esses<br />

princípios, esses ideais, são ignorados,<br />

esquecidos ou transgredidos...<br />

1979 foi escolhido pela ONU para que<br />

todos os países comemorem o Ano<br />

Internacional da Criança, não só com<br />

54<br />

festas e discursos, mas para uma tomada<br />

de consciência maior, dos povos e<br />

governos, sobre o que têm sido feito<br />

e o muito que precisa ser feito, ainda...<br />

A criança vem ao mundo para crescer<br />

e se desenvolver.<br />

É o destino do seu físico, é a ambição<br />

natural de conquistar um lugar para si<br />

e que começa com a sua vontade de<br />

explorar e conhecer.<br />

E como é difícil para a criança participar<br />

deste mundo. Ele pertence aos adultos!<br />

A criança chega ao mundo e este já está<br />

pronto, ou melhor, existe a pretensão<br />

de dá-lo como acabado. Mas,<br />

sinceramente, nós adultos sabemos<br />

que o Homem, a natureza e a máquina,<br />

ainda, não se ajustaram. Que, ainda,<br />

falta muito para que uma relação<br />

harmoniosa do homem com o outro<br />

homem, com o seu trabalho e o seu<br />

espaço de vida...<br />

Selemos consciência de todos esses<br />

conflitos, que mundo, que vida, que<br />

energia podem os pais transmitir aos<br />

seus filhos e a comunidade às suas<br />

crianças?<br />

Se não nos unirmos para pensar e agir<br />

juntos, integrando-nos, para transformar<br />

a realidade complexa e difícil de nossas<br />

cidades, uma realidade ainda pior estará<br />

sendo preparada para as nossas crianças.<br />

Sabemos que não só as crianças crescem<br />

com o tempo.<br />

Os problemas também.<br />

E para que uma dificuldade aumente de<br />

proporções, basta, às vezes, a omissão<br />

enquanto que, para a criança se


desenvolver, é necessário tudo, desde<br />

a afeição espontânea da família, a<br />

orientação da escola e locais de lazer,<br />

até as complexas obras de<br />

infra-estrutura como o saneamento<br />

básico, indispensável para um melhor<br />

padrão de vida.<br />

Quando nos deparamos com nossa<br />

realidade, colocando de lado a<br />

demagogia ou a superficialidade que<br />

acreditam ser, apenas as crianças pobres<br />

ou abandonadas, que passam<br />

necessidades, buscamos uma solução<br />

para esse "jogo de empurra" que<br />

transfere para o outro a<br />

responsabilidade de cuidar, educar<br />

ou divertir.<br />

Diante disso, percebemos que temos<br />

de tomar uma posição frente a essa<br />

realidade; e poderemos transformá-la,<br />

se transformarmos a nós mesmos em<br />

agentes de desenvolvimento social.<br />

Esse posicionamento lúcido e corajoso<br />

de cada um de nós não permitirá que se<br />

continue a transferir para as entidades<br />

especializadas a missão de assumir os<br />

deficientes, de reintegrar o menor<br />

infrator ou o fi!ho viciado em tóxicos.<br />

Essa transformação tem início quando<br />

percebemos que cada criança é a<br />

continuação da vida e como tal traz<br />

em si a esperança de aperfeiçoar a<br />

realidade.<br />

E preciso que fique bem claro que a<br />

continuação não quer dizer repetição<br />

da vida.<br />

A força, a potencialidade e a energia<br />

que a criança traz dentro de si são<br />

condições essenciais para renovar o<br />

mundo e tornar mais humano o próprio<br />

ser humano. Será que já nos demos<br />

conta de que todo esse potencial pode<br />

ser destruído se forem negados os<br />

meios e as oportunidades para o<br />

desenvolvimento da criança?<br />

"Criança — força de trabalho do<br />

amanhã" — "Criança — esperança do<br />

futuro" — "Criança — símbolo".<br />

Essas frases desgastadas já não dizem<br />

mais nada, esquecem que a criança é a<br />

própria vida que renasce a cada instante,<br />

a cada dia.<br />

A criança é gente como nós e por isso<br />

temos que desfazer a ilusão adulta de<br />

que o mundo infantil é frágil e pequeno.<br />

0 mundo da criança é o mesmo que o<br />

nosso.<br />

E o ser humano que quer existir e ser<br />

respeitado a partir de cada nascimento.<br />

E das condições de vida que estamos<br />

falando quando nos voltamos para<br />

a criança.<br />

Conseguimos identificar essa dimensão<br />

maior da criança quando percebemos<br />

que as condições de vida dos pais<br />

recaem sobre seus filhos.<br />

Será que podemos fazer de conta que<br />

não percebemos que a exploração do<br />

menor é uma imposição do adulto?<br />

Não será demagógico pedir aos pais<br />

que façam mais para as suas crianças,<br />

quando eles não tem o necessário nem<br />

para si, enquanto seres humanos?<br />

Se o homem já tem uma Carta de<br />

Princípios, a Declaração da Criança<br />

vem lembrar-nos que a necessidade de<br />

proteção, afeto, educação, saúde,<br />

alimentação — tudo isso, que já é


importante para o próprio adulto viver A vida nascerá com cada criança,<br />

bem, precisa ser redobrado para que sempre. Que todos os anos possam<br />

ela encontre melhores condições de vida, ser da criança, porque nela encontramos<br />

Porque ela, a criança, depende do adulto. a esperança da renovação de nossa<br />

realidade.<br />

E isso significa que todos nós temos algo<br />

a ver com a criança.<br />

Sim, todos nós, pois os órgãos públicos<br />

e entidades particulares não podem se<br />

responsabilizar, sózinhos, pelos milhões<br />

de crianças que existem em nosso<br />

Estado.<br />

Daí acreditarmos que a verdadeira<br />

garantia do desenvolvimento da criança<br />

é a família e a comunidade.<br />

A comunidade que é cada um de nós<br />

jovem, adulto, pai, vizinho ou amigo<br />

E nós poderemos abafar ou atrofiar o<br />

desenvolvimento da criança, ou então,<br />

sermos um meio para que ela se<br />

desenvolva plenamente — e se realize.<br />

Somos todos nós, que temos algo a ver<br />

com a criança, que não podemos<br />

conceder a uma campanha temporária<br />

ou só ao Governo a nossa<br />

responsabilidade para transformar<br />

essa situação.<br />

Portanto, é para cada um de nós que se<br />

coloca a questão:<br />

0 que significa o respeito pelos Direitos<br />

Universais da Criança, e como colocá-los<br />

em prática?<br />

Para que 1979 seja realmente da Criança,<br />

ele terá que ser como ela própria,<br />

crescendo, amadurecendo a cada ação,<br />

a cada situação de vida.<br />

Todos nós, adultos e crianças, estamos<br />

cansados de palavras, ou melhor, das<br />

respostas que são só palavras.<br />

Que possamos realizar alguma coisa<br />

onde a real dimensão da criança se<br />

mostre e esclareça, para que cada<br />

homem se reconheça nela e se reconcilie<br />

com a vontade de crescer, se promover.<br />

Que a criança, nasça, grite, se expresse<br />

em cada um de nós, pela vigorosa<br />

esperança por uma vida mais justa<br />

e mais humana".<br />

Nota: 1 — Durante os Encontros<br />

realizados nas cidades sedes das Regiões<br />

Administrativas do Estado, foram<br />

entregues 10 cópias deste audiovisual<br />

às Divisões Regionais da Secretaria da<br />

Promoção Social, no sentido de motivar<br />

a população dos diversos municípios<br />

para a valorização da criança, família<br />

e comunidade.<br />

Na Capital, foram entregues 5 cópias,<br />

uma delas à Coordenadoria do<br />

Bem-Estar Social — COBES — e a<br />

4 entidades sociais.


J i._v_______ai<br />

Atividades em seminários Atividades regionais ou locais<br />

56<br />

Encontro Encontro<br />

Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto<br />

Seminarios Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mini-1<br />

Adamantina X X X X X X x x<br />

Adolfo X X X X X X X x<br />

Aguai X X X X X X X X<br />

Aguas de Lindóia X X X X x x<br />

Aguas da Prata X X X X X X X X<br />

Águas de Sâo Pedro X X X X<br />

Agudos X X X X X X X<br />

Alfredo Marcondes X X X X x x<br />

Altair X X X<br />

Altinópolis X X X X<br />

Alto Alegre X X X x<br />

Alvares Florence X X<br />

Alvares Machado X X<br />

Alvaro de Carvalho X x<br />

Afeinlándia X X X X X X<br />

Americana X X X X X X X X x<br />

Américo Brasiliense X X X X<br />

Américo de Campos X X<br />

Amparo X X X X X X X x<br />

Analândia X X X X X<br />

Andradina X X X X X X X X<br />

Angatuba X X X<br />

Anhembi X X X X X x X<br />

Anhumas X X X X X X<br />

Aparecida X X X X X X<br />

Aparecida D'Oeste X x x X x<br />

Apia<br />

Araçatuba X X X X X X X X X<br />

Araçoiaba da Serra X X X X<br />

Aramina X<br />

Arandu X X X X X X<br />

Araraquara X X X X X X X<br />

Araras X X X X X X<br />

Arealva X X X X X X<br />

Areias X X X X X<br />

Areiópolìs X X X X<br />

Ariranha X X X X X<br />

Artur Nogueira X X X X X X<br />

Ar u j á X X X X X X<br />

Assis X X X X X X X X X<br />

Atibaia X X X X<br />

Auriflama X X X X X X<br />

Aval X X<br />

Avanhandava X X X X<br />

Avaré X X X X X X X X<br />

Bady Bassit X X X X X X<br />

Balbinos X X X X X X<br />

Bálsamo X X X X X X<br />

Bananal X X X<br />

Barão de Antonina X X X X<br />

Barbosa X X X X X X X x X


XX XXXX X X XXXXX XX XX XXXXX X XXX XX X X X<br />

XX XXXXX XXXXXXXXXXXX XX XXX XXXX XXX X X XXXXXXXXP<br />

XX XXXX X XXX X X X XXXX XXXXXXXX XXX XX XXXXX<br />

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X XXX X XX X X XX XX<br />

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Formação de recursos humanos<br />

Ir<br />

Atividades em seminários Atividades regionais ou locais e d<br />

Encontro Encontro<br />

Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto<br />

Municípios Seminários Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mini-<br />

Ba ri ri<br />

Barra Bonita<br />

Barra do Turvo<br />

Bar retos<br />

Barrinha<br />

Barueri<br />

Bastos<br />

Batatais<br />

Bauru<br />

Bebedouro<br />

Bento de Abreu<br />

Bernardino de Campos<br />

Bi lac<br />

Biriguì<br />

Biritiba Mirim<br />

Boa Esperança do Sul<br />

Bocaina<br />

Bofete<br />

Boituva<br />

Bom Jesus dos Perdões<br />

Borá<br />

Boracéia<br />

Borborema<br />

Botucatu<br />

Bragança Paulista<br />

Brauna<br />

Brodósqui<br />

Brotas<br />

Buri<br />

Buritama<br />

Buritizal<br />

Cabrália Paulista<br />

Cabreúva<br />

Caça pava<br />

Cachoeira Paulista<br />

Caconde<br />

Cafelãndìa<br />

Caiabú<br />

Caieiras<br />

Caiuá<br />

Cajamar<br />

Cajobi<br />

Cajurc<br />

Campinas<br />

Campo Limpo Paulista<br />

Campos do Jordão<br />

Campos Novos Paulista<br />

Can anéia<br />

Cândido Mota<br />

Cândido Rodrigues<br />

Capão Bonito<br />

Capela do Alto<br />

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Municípios Seminários Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mini-<br />

Capivari X X X X X X<br />

Caraguatatuba X X X x x x x<br />

Carapicuiba X X X X x x x<br />

Cardoso<br />

Casa Branca X X X X X X X X X<br />

Cássia dos Coqueiros X X X X<br />

Castilho X X X X X X X<br />

Catanduva X X X X X X X X<br />

Catiguá X X X X X X X X<br />

Cedral X X X X X X<br />

Cerqueìra Cesar X X X X x x x x x<br />

Cerquilho X X X X X X<br />

Cesário Lange X X X<br />

Charqueada X X X<br />

Chavantes X X X X X X X X X<br />

Clementina X X X X X X X X X<br />

Colina X X<br />

Colombia x X X x X X X<br />

Conchal X X X X X X X<br />

Conchas X X X<br />

Cordeirópolis X X X x x x<br />

Coroados X X X<br />

Coronel Macedo X X X X<br />

Corumbata( X X X<br />

Cosmópolis X X X X X X X X X<br />

Cosmorama X X X X X<br />

Cotia X X X X X X X X<br />

Cravinhos X X X x x<br />

Cristais Paulista X X X X X<br />

Cruzálla X X X X X X<br />

Cruzeiro X X X X X X<br />

Cubatão X X X X X X<br />

Cunha X X X<br />

Descalvado X X X X X X X X X<br />

Diadema X X X X X X X X<br />

Divinolândia X X X X X<br />

Dobrada X X X<br />

Dois Córregos X X X X X<br />

Dolcinópolis X X X X X X X X<br />

Dourado X X X X<br />

Dracena X X X X X X X X X<br />

Duarina x x x<br />

Dumont X X X<br />

Echaporã X X X X<br />

Eldorado Paulista X X X X X X<br />

Elias Fausto X X X<br />

Embu X X X X X X X X<br />

Embu-Guaçu X X X X X<br />

Espírito Santo do Pinhal X X X X X X<br />

Estrelado Norte X X X X X X X<br />

Estrela D'Oeste X X X X X<br />

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Implantação<br />

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Municípios Seminários Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mini-<br />

Fernando Prestes X X X X X X X<br />

Fernandópolis X X X X X X X X X<br />

Ferraz de Vasconcelos X X X X X X<br />

Flora Rica X X X X X X<br />

Floreal X X<br />

Flórida Paulista X X X X X X X X X<br />

Florínea X X X X<br />

Franca X X X X X X X X X<br />

Francisco Morato X X X X X<br />

Franco da Rocha X X X X X X X X<br />

Gabriel Monteiro X X X X X X X X<br />

Gália X X<br />

Garça X X X X X X<br />

Gastdo Vidigal X X<br />

General Salgado X X X X X X X X X<br />

Getulina X X X X X<br />

Glicério X X X X X X<br />

Guaiçara X X X X<br />

Guaimbé X X X<br />

Guaira X<br />

Guapiaçu x x x x x x x x<br />

Guapiara x X A X<br />

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Guarulhos<br />

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Implantação<br />

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Itaporanga X X X X X X<br />

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Itapura X X X X X x x x<br />

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Itatiba X X X x x x x<br />

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Itirapina X X X X X x X<br />

Itirapuã X X X X X<br />

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Jaboticabal X X X X X X x X<br />

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Jaguariúna X X X X X X X<br />

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Jambeiro X X X<br />

Jandira X X X X X<br />

Jardinópolis X X X X X<br />

Jarinu X X X X<br />

Jaú X X X X X X<br />

Jeriquara X X X X<br />

Joanópolis X X X X<br />

João Ramalho X<br />

José Bonifácio X X X X X X X<br />

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Atividades regionais ou locais e dinamizaçfo Complementação material<br />

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Macatuba X X X X X X X X<br />

Macaubal X X X X X X X X<br />

Macedónia X X<br />

Magda X X<br />

Mairinque X X X X X X X X<br />

Mairiporã X X X X X X X X<br />

Manduri X X X X<br />

Marabá Paulista X X X X X X X<br />

Maraca( X X X X X X X<br />

Mariépolis X X<br />

Manilla X X X X X X X X<br />

Marinópolis X X X X X X<br />

Martinópolis X X X X X<br />

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Mauá X X X X X x<br />

Mendonça X X X X X X X<br />

Meridiano X X X X<br />

Miguelópolis X X X X X X X<br />

Mineiros do Tieté X X X X X X X<br />

Mira Estrela X X X X x x x<br />

Miracatu X X X X X<br />

Mirandópolis X X X X X X X X<br />

Mirantedo Paranapanema X X X X X<br />

Mirassol X X X X X x X X<br />

Miressolãndia X X X X<br />

Mocóca X X X X X X<br />

Mogi das Cruzes X X X X X X<br />

Mogi-Guaçu X X X X X<br />

Mogi-Mirim X X X X X X<br />

Mombuca X X X X X<br />

Monçôes X X X X X


Implantação<br />

Atividades regionais ou locais e dinamização Complememegáo material<br />

Complementaçdo<br />

Encontro material às<br />

Encontro Encontros de Natal Projeto Projeto Campanha Campanha Campanha prefeituras e<br />

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61


62<br />

Fonação de Recursos Humanos<br />

Atividades em seminários Atividades regionais ou locais<br />

Encontro Encontro<br />

Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto<br />

Municípios Seminários Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas<br />

Mongaguá X X X X<br />

Monte Alegre do Sul X X<br />

Monte Alto X X X X X X X X<br />

Monte Aprazível X X X X X X X<br />

Monte Azul Paulista X X X X X X<br />

Monte Castelo X X X X X X X<br />

Monte-Mbr X X X X X X X X<br />

Monteiro Lobato X X X X X X X X<br />

Morro Agudo X X X X X X X<br />

Morungaba X X X X<br />

Murutinga do Sul X X X X X<br />

Narandiba X X X X<br />

Natividade da Serra X X X X X<br />

Nazaré Paulista X X X<br />

Neves Paulista X X X X X X<br />

Nhandeara X X X X X<br />

Nipoã X X X X X X X X<br />

Nova Aliança X<br />

Nova Europa X X X X X<br />

Nova Granada X X X X X X X<br />

Nova Guataporanga X X X X X X<br />

Nova Independência X X X x X X<br />

Nova Luzitánia X X X X<br />

Nova Odessa X X X<br />

Novo Horizonte X X X X<br />

Nuporanga X X X<br />

Ocauçu X<br />

Óleo<br />

Olímpia X X X X X<br />

Onda Verde X X X X X<br />

Oriente X x X X<br />

Orindiuva X X X<br />

Orlândia X X X X X X<br />

Osasco X X X X X X<br />

Oscar Bressane X X X X<br />

Osvaldo Cruz X X X X X X X<br />

Ourinhos X X X X X X X<br />

Ouro Verde X X X X X X<br />

Pacaembú X X X X<br />

Palestina X X X X<br />

Palmares Paulista X X X X X X X X<br />

Palmeira Dteste X X X X X X<br />

Palmital X X X X<br />

Panorama X X<br />

Paraguaçú Paulista X X X X X X X<br />

Paraibana x x x<br />

Paraíso X X X X X X X X<br />

Paranapanema X X X X X X<br />

Paranapuã X X X X X<br />

Parapuã X X X<br />

Pardinho X X X X X X<br />

Pariquera-Açu X X X X X X X X


Implantação<br />

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Encontro<br />

Complementação<br />

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de Encontro Encontros de Natal Projeto Projeto Campanha Campanha Campanha prefeituras e<br />

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Formação de recurs humano<br />

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Atividades em seminários Atividades regionais ou locais<br />

Encontro Encontro<br />

Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto<br />

Municípios Seminários Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas r<br />

Patrocínio Paulista X X X X<br />

Paulicéia X X<br />

Paulfnia X X X X X X<br />

<strong>Paulo</strong> de Faria X X X X X X<br />

Pederneiras X X X X X<br />

Pedra Bela X<br />

Pedranbpolis X X X X<br />

Pedregulho X X<br />

Pedreira X X X x x<br />

Pedro de Toledo X X X x x x x<br />

Penápolis X X X X X X X<br />

Pereira Barreto X X X X X X<br />

Pereiras X X<br />

Peruíbe X X X X X X<br />

Piacatu X X X X<br />

Piedade X X X X X X<br />

Pilar do Sul X X X X X<br />

Pindamonhangaba X X X X x x x<br />

Pindorama X X X X X X<br />

Pin halzinho<br />

Pìquerobf X X X X X X X X<br />

Piquete X X X X X X X<br />

Piracãia X X X X<br />

Piracicaba X X X X X X X X<br />

Pirassununga X X X X X X<br />

Piraju X X X X X X<br />

Pirajuí X X X X X X<br />

Pirangi X X X x x x<br />

Pirapora do Bom Jesus X X X X X X<br />

Pirapozinho X X X X X<br />

Piratininga X X X X X<br />

Pitangueiras X X X X X X<br />

Planalto X X X X<br />

Platina X X X<br />

Poâ X X X X X X X X<br />

Poloni X X X X X X X<br />

Pompéia X X X X X<br />

Pongaf X<br />

Pontal X X X<br />

Pontes Gestal X X X<br />

Populina X X X X X X X<br />

Porangaba X X X X<br />

Porto Feliz X X X X<br />

Porto Ferreira X X X X<br />

Potirendaba X X X X X<br />

Pradópolis X X X X<br />

Praia Grande X X X X X X<br />

Presidente Alves X X X X X<br />

Presidente Bernardes X X X X X X X X<br />

Presidente Epitácio X X X X X x<br />

Presidente Prudente X X X X X X x X x<br />

Presidente Vencesláu X X X X X X X X<br />

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Atividades em seminários Atividades regionais ou locais e<br />

Encontro Encontro<br />

Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto<br />

Municípios Seminários Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mil<br />

Promissão X X X<br />

Quatá X X X<br />

Queiroz<br />

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Quintana X X X<br />

Rafard X X x<br />

Rancharia X<br />

Redenção da Serra X X X<br />

Regente Feijó X X X<br />

Reginópolis X<br />

Registro X X X<br />

Restinga X<br />

Ribeira X<br />

Ribeirão Bonito X X X<br />

Ribeirão Branco X<br />

Ribeirão Corrente X<br />

Ribeirão Pires X X X<br />

Ribeirão Preto X X X<br />

Ribeirão do Sul<br />

Rib. Vermelho do Sul<br />

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Rifaina X<br />

Rincão X<br />

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Rio Claro X X X<br />

Rio Grande da Serra X X X<br />

Rio das Pedras X<br />

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Roseira X<br />

Rubiócea X X X<br />

Rubinéia X<br />

Sabino X X X<br />

Sagres X<br />

Sales X<br />

Sales Oliveira X X X<br />

Salesópolis X X X<br />

Salmourão X<br />

Salto X X<br />

Salto Grande X X X<br />

Salto de Pirapora X X X<br />

Sandovalina X X X<br />

Santa Adélia X X X<br />

Santa Albert:na x<br />

Santa Bárbara do Oeste X X X<br />

Sta. Bárbara do R. Pardo X X X<br />

Santa Branca X X X<br />

Santa Clara do Oeste X X X<br />

Sta. Cruz da Conceição x<br />

Sta. Cruz das Palmeiras X X X<br />

Sta. Cruz do Rio Pardo X X X<br />

Santa Ernestina x<br />

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Atividades em seminários Atividades regionais ou locais e<br />

Encontro Encontro<br />

Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto<br />

Seminários Cursos tegrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mi'<br />

Santa Fé do Sul X X X X X X X<br />

Santa Gertrudes X X X X<br />

Santa Isabel X X X X X<br />

Santa Lúcia X X X X<br />

Santa Maria da Serra X X X X X X X<br />

Santa Mercedes X X X X X X X X X<br />

Santa Rita do Oeste X X X X<br />

Santa R. do Passa Quatro X X<br />

Santa Rosa do Viterbo X X X X X X<br />

Santana do Parnaiba X X X X X X<br />

Santana da Ponte Pensa X X X X X X X<br />

Santo Anastácio X X X X X X X<br />

Santo André X X X X X X X X<br />

Santo Antônio da Alegria X X X X X X<br />

Santo Antônio do Jardim X X X X X<br />

Santo Antônio do Pinhal X X X X X X<br />

Santo Antônio da Posse X X X X X<br />

Santo Expedito X X X X X<br />

Santópolis do Aguapeí X X X X X X X<br />

Santos X X X X X X X X X<br />

São Bento do Sapucaí X X X X X X X X<br />

São Bernardo do Campo X X X X X<br />

São Caetano do Sul X X X X X X X<br />

São Carlos X X X X X X X<br />

São Francisco X X X X X X X X<br />

São João da Boa Vista X X X X X X X<br />

São João das Duas Pontes X X X X X<br />

São João do Pau D'Alho X X X X X X X X<br />

São Joaquim da Barra X X<br />

São José do Barreiro X X X X X<br />

São José da Bela Vista X X<br />

São José dos Campos X X X X X X X X X<br />

São José do Rio Pardo X X X X X X X X<br />

São José do Rio Preto X X X X X X X X X<br />

São Luiz do Paraitinga X X X X X<br />

São Manuel X X X X X X X<br />

São Miguel Arcanjo X X X X X X<br />

São <strong>Paulo</strong> X X X X X X X X X<br />

São Pedro X X X X X X X X<br />

São Pedro do Turvo X X X X X X<br />

São Roque X X X X X X X X X<br />

São Sebastião X X X X X X X X X<br />

São Sebastião da Grama X X X X X<br />

São Simão X X X X X X X<br />

São Vicente X X X X X X X X X<br />

Sarapu( X X X X X X<br />

Sarutaìá X X<br />

Sebastianópolis do Sul X ): X X X X X X X<br />

Serra Azul X X<br />

Serra Negra X X X X X X X<br />

Serrana X X X X X X X<br />

Sertãozinho X X X X X X


minârios Atividades regionais ou locais e dinamização<br />

Complementação material<br />

Complementação<br />

Encontro<br />

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65


Formação de recursos humanos<br />

Atividades em seminários Atividades regionais ou locais e d<br />

66<br />

Sete Barras<br />

S ever í n ia<br />

Silveiras<br />

Socorro<br />

Sorocaba<br />

Sud Menucci<br />

Sumaré<br />

Suzano<br />

Tabapuã<br />

Tabatinga<br />

Tabo5o da Serra<br />

Taciba<br />

Taguaí<br />

Taiaçú<br />

Tai uva<br />

Tambaú<br />

Ta nab<br />

Tapi ra í<br />

Tapi rat iba<br />

Taquaritinga<br />

Taquarituba<br />

Tarabay<br />

Tatu!<br />

Taubaté<br />

Tejupá<br />

Teodoro Sampaio<br />

Terra Roxa<br />

Tieté<br />

Timburi<br />

Torrinha<br />

Tremembé<br />

Três Fronteiras<br />

Tupã<br />

Tupi Paulista<br />

Turiuba<br />

Turmalina<br />

Ubatuba<br />

Ubirajara<br />

Uchba<br />

UniSo Paulista<br />

Uránia<br />

Urú<br />

Urupês<br />

Valentim Gentil<br />

Valinhos<br />

Valparaiso<br />

Vargem Grande do Sul<br />

Várzea Paulista<br />

Vera Cruz<br />

Vinhedo<br />

Viradouro<br />

Vista Alegre do Alto<br />

Votorantim<br />

Votuporanga<br />

Seminários Cursos<br />

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Encontro<br />

Encontro<br />

Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto<br />

Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mini<br />

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n<br />

Atividades regionais ou locais<br />

Encontro<br />

tcontro Encontros de Natal Projeto<br />

'tariado regionais comunitário Hortas<br />

Implantação<br />

e dinamização<br />

Projeto<br />

mini bibliotecas<br />

Campanha<br />

do agasalho<br />

Complementação material<br />

Complementação<br />

material às<br />

Campanha Campanha prefeituras e<br />

material escolar de natal obras sociais<br />

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Formação de recursos humanos<br />

Total de participantes .................................. 28.623<br />

Total de municípios ...................................565<br />

Seminários ........................................... 339 municípios<br />

Cursos .............................................. 348 municípios<br />

Encontros de Participação Comunitária:<br />

(Projetos Integrados)<br />

Hortas Domésticase Comunitárias — 6 Encontros<br />

Educação para Saúde<br />

— 7 Encontros<br />

Mini-Biblioteca<br />

— 6 Encontros<br />

Total ...............................................560 municípios<br />

Encontro de Participação Comunitária/Máquina de Costura ..... 202 municípios<br />

Encontro de Participação Comunitária/Entidades Sociais ....... 282 municípios<br />

Encontro de Participação Comunitária/Voluntariado .......... 328 municípios<br />

Encontro de Participação Comunitária (Regionais) ............ 452 municípios<br />

Encontro de Participação Comunitária/Natal ................ 416 municípios<br />

Implantação e dinamização<br />

Projeto Hortas — implantação ............................<br />

Projeto Mini-Bibliotecas — implantação....................<br />

Complementação material<br />

Campanha de Participação Comunitária do Agasalho ..........<br />

Campanha de Material Escolar ........................... .<br />

Campanha de Natal ....................................<br />

Complementação Material a Prefeituras....................<br />

e Obras Sociais:<br />

Capital..............................................<br />

Interior ............................................<br />

221 municípios<br />

205 municípios<br />

571 municípios<br />

570 municípios<br />

571 municípios<br />

570<br />

706<br />

595


Dimensionamento de dados<br />

0 quadro de dados quantitativos reitera<br />

o conflito básico de nossa realidade: a<br />

procura de equilíbrio entre recursos<br />

humanos e materiais.<br />

A quase total participação dos<br />

municípios nos programas de<br />

atendimento material testemunha,<br />

tanto a grave dimensão dos estados<br />

agudo e crônico de carência que enfrenta<br />

a população mais pobre, como acentua a<br />

necessidade de serem redobrados os<br />

escorços no sentido de se despertar,<br />

mobilizar, preparar e apoiar a ação<br />

dos recursos humanos.<br />

A extensa programação de Formação<br />

de Recursos Humanos permitiu ao<br />

FASPG atingir, diretamente, 28.623<br />

pessoas, representantes de 565<br />

municípios: lideranças municipais,<br />

assistentes sociais, professores, dentistas,<br />

médicos, sanitaristas, enfermeiras,<br />

agrônomos, sociólogos, jornalistas,<br />

dirigentes de entidades religiosas, sociais<br />

e associações de bairro, entre outros.<br />

Este público foi intencionalmente<br />

procurado pelo FASPG, tendo-se em<br />

vista o potencial de elementos<br />

multiplicadores, para que orientassem<br />

seus próprios trabalhos, incentivando<br />

a participação comunitária, no sentido<br />

de serem criados novos meios e<br />

oportunidades para a Promoção<br />

Humana.<br />

Orientar para uma nova concepção a<br />

parcela mínima de complementação<br />

material que o FASPG poderia prestar<br />

frente às necessidades sociais,<br />

representou o esforço de se multiplicar<br />

os recursos pelo incentivo à participação<br />

consciente e a proposta de ação<br />

conjunta. Assim, o processo<br />

sócio-educativo latente em toda a<br />

programação do FASPG foi manifestado<br />

das mais diversas maneiras:<br />

— O atendimento às solicitações de<br />

"máquina de costura" foi acrescido<br />

com um Encontro de Participação<br />

Comunitária, no qual os<br />

representantes das entidades<br />

beneficiárias desse recurso material<br />

passaram um dia trocando suas<br />

experiências de trabalho, debatendo<br />

a importância da profissionalização,<br />

orientação quanto aos programas<br />

comunitários em Clubes de Mães e<br />

outros grupos de coletividade.<br />

Da mesma maneira, as "tradicionais"<br />

solicitações de brinquedos de Natal<br />

foram encaminhadas para reforçar<br />

essa manifestação de solidariedade<br />

em trabalhos permanentes que<br />

propiciassem uma verdadeira integração<br />

comunitária. Desse modo, os festejos<br />

de Natal, a tradição sócio-cultural,<br />

serviram de "ponto de encontro" entre<br />

as lideranças do setor social do<br />

município e se incentivou o público<br />

para que a ação conjunta realizada na<br />

atividade "Natal Comunitário" se<br />

constituisse num "ponto de partida"<br />

para a integração permanente de<br />

trabalhos.<br />

Propiciar a integração foi a meta dos<br />

Encontros dirigidos aos representantes<br />

de Entidades Sociais e a interação destes<br />

com as lideranças municipais foi<br />

estimulada pelos Encontros Regionais.<br />

Ampliando o ciclo de contato dos<br />

participantes, reforçava-se o trabalho<br />

de cada um pelo conhecimento e apoio<br />

mútuo — esse, um recurso local.<br />

Iniciativas locais<br />

Fortalecer as iniciativas locais, incentivar<br />

a dinamização dos recursos próprios -<br />

esse o aspecto básico dos Encontros de<br />

Participação Comunitária sobre os<br />

67


Projetos Integrados (6 sobre o Projeto<br />

Hortas Domésticas e Comunitárias,<br />

7 do Projeto Educação para a Saúde<br />

e 6 de Mini-Bibliotecas).<br />

A ação conjunta das lideranças e equipes<br />

multi-profissionais que constituíram as<br />

Comissões Municipais e a própria<br />

estrutura desses Projetos, apoiada nas<br />

necessidades da população e sugerindo<br />

atividades, deixava em aberto o apelo<br />

à Participação Integrada, reforçando<br />

a importância de que a população<br />

participasse do planejamento, execução<br />

e avaliação dos trabalhos a serem<br />

realizados.<br />

Diferentemente da concepção de<br />

programas, os Projetos Integrados<br />

foram regidos pela própria definição<br />

desse termo (pro - jeto; lançarem<br />

direção), ou seja, propor, orientar<br />

integradamente.<br />

Projeto Hortas<br />

Foi significativo, no caso do Projeto<br />

Hortas Domésticas e Comunitárias,<br />

que de abril de 1977 a dezembro de<br />

1978, tivessem sido implantadas<br />

991 hortas escolares em 221 municípios<br />

(conforme dados enviados ao FASPG<br />

pelas Comissões Municipais interessadas<br />

em realizar esse projeto).<br />

A horta escolar era, apenas, uma das<br />

atividades possíveis sugeridas pelo<br />

Projeto -- e a prática revelou-a como<br />

a que mais respondeu às expectativas.<br />

São significativos diversos relatórios<br />

informando sobre o uso das verduras<br />

na complementação da merenda escolar,<br />

a colaboração prestada às famílias que,<br />

através da Associação de Pais e Mestres,<br />

vêm sendo motivadas a ampliar seus<br />

hábitos alimentares e seguir a orientação<br />

que as crianças recebem quanto ao<br />

plantio e colheita das verduras.<br />

Ei ;]


"Para cada problema, uma solução.<br />

Para cada necessidade, um recurso.<br />

Todos procuramos soluções e recursos.<br />

"A realidade que está aí exige que esse<br />

esforço não seja isolado. Ela nos convoca<br />

à integração, à participação.<br />

"A realidade é difícil, sim. Mas o homem<br />

provou, em sua História, que tem o<br />

poder de transformá-la, graças à<br />

inteligência e à habilidade de suas<br />

mãos, dos instrumentos que sua<br />

inteligência inventou, da solidariedade<br />

que sua compreensão abraçou.<br />

"Ë a consciência lúcida de cada um de<br />

nós que manterá generosa e solidária a<br />

mão, disposta a agir sempre pelo<br />

desenvolvimento global e harmonioso<br />

de nossas cidades, pela transformação<br />

destas cidades em verdadeiras<br />

comunidades.<br />

"Isto tudo é difícil, vai até o nosso<br />

íntimo. Mas, é daí do centro de cada<br />

um de nós que tem de sair o<br />

conhecimento de nossa responsabilidade,<br />

a convicção, a vontade enérgica e uma<br />

disposição corajosa de participarmos,<br />

verdadeiramente, do empenho por uma<br />

nova vida social.<br />

"Tudo isso é muito difícil. Mas, se<br />

queremos uma nova história, é preciso<br />

uma nova mentalidade para construí-la.<br />

"E isso depende de cada um de nós",<br />

(Trecho do discurso proferido por dona<br />

Lila Byington <strong>Egydio</strong> Martins, durante o<br />

V11P Seminário de Participação<br />

Comunitária, em Campinas —<br />

Junho/1977).

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