Completo 2,7 MB - Paulo Egydio
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Governador do Estado <strong>Paulo</strong> <strong>Egydio</strong> Martins<br />
Conselho Deliberativo do FASPG<br />
Presidente Lila Byington <strong>Egydio</strong> Martins<br />
Conselheiros Dra. Ada Peiegrini Gr/no ver<br />
Dr. Antonio Fazzani Bina<br />
Assessor junto a Presidente<br />
Equipe Executiva<br />
Chefia de Gabinete<br />
Assessoria da Presidente<br />
Departamento Administrativo<br />
Assessoria para Assuntos Especiais<br />
Departamento Técnico<br />
Assessoria do Departamento Técnico<br />
Divisão da Grande São <strong>Paulo</strong><br />
Divisão do Interior<br />
Atendimento a Prefeituras e Obras Sociais<br />
Assessoria de Imprensa<br />
Dr. José Papa Jr.<br />
Dr. Luiz Eulálio de Bueno Vidigal Filho<br />
Dra. Maria Helena Monteiro de Barros<br />
Dr. Mário de Moraes A/tenfelder e Silva<br />
Dr. Omar Sal/es de Lima<br />
Bahij Am/n Aur<br />
Fernanda Margarida Galvão Cintra<br />
Brasilia Arruda Botelho<br />
Ophélia A thiê Simão<br />
Beatriz Castelo Branco Saviolli<br />
Fernanda Margarida Gaivão Cintra<br />
Sílvia Stanisci<br />
Di/za Torres<br />
Elza Koumrouyan<br />
Nora Auer Arruda Botelho<br />
José Nelson de Oliveira e Freitas
afácio<br />
No momento de elaborar o Relatório de Atividades realizadas pelo Fundo de Assistência Social do Palácio do Governo — FASPG -<br />
nestes quatro anos, optei, juntamente com a equipe de trabalho, pela ampliação deste documento, com o acréscimo de uma reflexão<br />
descritiva da programação desenvolvida, a fim de fornecer subsídios a todos que orientam seus esforços para o evento de uma etapa<br />
de vida mais justa e humana para nosso povo.<br />
Por outro lado, acredito essencial ir-se além do mero relatório, pois, a experiência vivida por técnicos, funcionários e voluntários do<br />
FASPG — empenhados no incentivo à maior Participação Comunitária — propiciou, através do trabalho realizado, a renovação de um<br />
órgão público, adequando-o às características fundamentais exigidas pelo Serviço Social: dinamizar a prática do atendimento direto<br />
pelo planejamento, preparo e criação de novos meios e oportunidades para a Promoção Humana. Esta experiência-semente foi plantada<br />
por um grupo imenso de colaboradores que ouviu, debateu, dialogou com a equipe do FASPG e está agindo, multiplicando<br />
como fermento-vivo a consolidação de uma nova mentalidade — a que acredita no potencial humano.<br />
A linguagem numérica é considerada de extrema objetividade. Talvez numa época como a nossa, em que a técnica é privilegiada, os<br />
números sejam prezados mais ainda.<br />
Consciente do risco de ir além da linguagem formal dos números, no instante de completar este relatório sobre o trabalho do FASPG,<br />
no período de março de 1975 a março de 1979, decidi ir um pouco à frente das cifras e tentar descrever, sinteticamente, a ação desenvolvida<br />
por este órgão.<br />
E necessário esclarecer que o risco de ir além da linguagem numérica se estabelece, também, por não me limitar à terminologia específica<br />
do Serviço Social, o que me obrigaria a um distanciamento daquilo que mais prezo e que me encorajou a registrar esta reflexão<br />
no momento de deixar a presidência do FASPG: o crescimento pelo relacionamento.<br />
Uma experiência de trabalho foi vivenciada por todo um grupo de pessoas — a equipe de trabalho do FASPG — e creio que a possibilidade<br />
de manifestar essa experiência, juntamente com os números, é uma oportunidade a mais de prestar serviços à comunidade.<br />
Distante da pretensão de acreditar que esta experiência seja modelo, paradigma ou um receituário para o trabalho que o FASPG e/ou<br />
outros órgãos do setor social realizam, considero válida e necessária esta descrição, por expressar um átomo da história de nossa<br />
gente.<br />
Essa parcela da história, que é vista e sentida pelos que trabalham no FASPG, nem sempre chega a ser encadernada. É uma história<br />
bastante conhecida — a da miséria, a do sofrimento humano, da doença, da procura de orientação, a busca de um lugar para morar.<br />
0 relato das dificuldades sociais, também, chega ao FASPG, através de prefeitos, dirigentes, técnicos, funcionários e voluntários de<br />
entidades sociais e, ainda, de inúmeros outros profissionais (professores, médicos, engenheiros-agronômos e tantos mais) que, pessoalmente<br />
ou por meio de cartas e ofícios, entram em contato conosco, testemunhando seu empenho em encontrar uma solução para os<br />
problemas de nossa realidade.<br />
A todas as pessoas que prosseguem na luta pelo desenvolvimento social, reitero o meu profundo reconhecimento e admiração, agradecendo<br />
a oportunidade dos contatos que mantive com a população e suas lideranças, através dos quais cresceu em profundidade<br />
minha consciência sobre o valor da dimensão social de cada pessoa — dimensão solidária e plena de vitalidade.<br />
LILA BYINGTON EGYDIO MARTINS
we<br />
Prefácio 3<br />
A escolha da semente — Introdução 7<br />
A semente e a terra 9<br />
— Participação comunitária<br />
— Promoção humana<br />
A semeadura 12<br />
— Formação de recursos humanos<br />
A consciência da semente 22<br />
— Voluntariado social<br />
A semente se orienta 29<br />
— Balcão informativo de recursos comunitários<br />
A criança e a semente 35<br />
— Programas comunitários para o desenvolvimento da criança<br />
— Projetos — Piloto<br />
— Quinzena de participação comunitária para o desenvolvimento da criança<br />
A semente e as raízes — 44<br />
— Projetos integrados<br />
— Projetos específicos<br />
0 fruto e a semente 49<br />
— Plantão de referência<br />
— Núcleos de participação comunitária — NUPACs<br />
— Complementação de material às prefeituras e obras sociais<br />
— Campanhas de participação comunitária<br />
A semente brota 53<br />
— Fase preparatória do ano internacional da criança<br />
— Programação de 1979<br />
Dados quantitativos 56
O preparo anterior<br />
Antes, mesmo, de assumir a presidência<br />
do FASPG, já estava consciente da<br />
procura e da utilidade dos serviços que o<br />
órgão vinha prestando à população.<br />
Na formação de uma equipe básica nos<br />
contatos com representantes das mais<br />
diversas áreas do setor social, durante os<br />
dez meses anteriores ao início da<br />
Administração <strong>Paulo</strong> <strong>Egydio</strong> Martins,<br />
compartilhamos da preocupação<br />
demonstrada por diversos técnicos<br />
quanto a necessidade de adequar a ação<br />
social do FASPG à realidade complexa e<br />
difícil que aí está.<br />
Durante esse período de preparação,<br />
foram levantados vários pontos que<br />
requeriam atenções especiais, dos quais<br />
vale destacar os seguintes:<br />
Do FASPG para o público<br />
— Da necessidade de ser criada uma<br />
estrutura que não só atendesse aos<br />
problemas imediatos, mas que desse<br />
início a um processo de transformação<br />
social.<br />
Do público para o FASPG<br />
— Iniciar um processo de transformação<br />
social significava, também,<br />
restruturar não só o próprio órgão,<br />
mas, ainda, desfazer a arcaica imagem<br />
de que a esposa do governador é algo<br />
semelhante a uma "fada madrinha" ou<br />
uma "santa milagreira". A necessidade<br />
de desmistificar essa imagem, longe de<br />
ser uma crítica às Administrações<br />
anteriores, significa um<br />
posicionamento contra a "estrutura<br />
do favor" (que sabemos ser oriunda<br />
nos imemoriais tempos da nossa<br />
história colonial).<br />
— Procurar colocar no contexto social<br />
mais amplo possível a "história" de<br />
cada pessoa que viesse a procurar
este órgão (vide capítulos sobre o<br />
Plantão de Referência, Atendimento<br />
a Prefeituras e Obras Sociais e<br />
Campanhas de Participação<br />
Comunitária).<br />
Do contato com outros<br />
órgãos e entidades do setor social<br />
Ainda durante o período de preparo da<br />
programação a ser desenvolvida pelo<br />
FASPG, percebíamos a existência de um<br />
grande número de pessoas, entidades<br />
sociais, órgãos públicos e particulares<br />
empenhados em desenvolver inúmeros<br />
programas para atender às dificuldades<br />
mais específicas da nossa realidade.<br />
Apesar de todo o esforço e dedicação<br />
dessas instituições, seus objetivos nem<br />
sempre eram atingidos e os motivos que<br />
levavam à frustração das metas, por<br />
vezes, não eram nem a falta de recursos<br />
humanos ou de recursos financeiros.<br />
Identificávamos, sim, que para cada<br />
problema que se manifestava, buscava-se<br />
criar um programa como resposta.<br />
Assim, a realidade era atendida pela<br />
parcíalização, pela divisão, pela "fatia" —<br />
resposta que cada programa ou entidade<br />
especializada realizava. Essa constatação<br />
permitiu-nos perceber que no vácuo<br />
criado pela ação isolada, se perdiam<br />
recursos preciosos para acelerar o nosso<br />
desenvolvimento, como também se<br />
identificava o paralelismo de ação,<br />
outra voragem consumidora de energia e<br />
forças fundamentais ao processo de<br />
transformação social.<br />
Mais grave que a parcialização do<br />
trabalho social e mais sério que o<br />
desgaste da ação paralela é a mentalidade<br />
paternalista que originou e alimentou<br />
esses procedimentos.<br />
Uma questão de mentalidade<br />
Enquanto tal, significa que existe um<br />
certo acordo comum que permite essa<br />
situação.<br />
Todos conhecemos o "jogo de empurra"<br />
que transfere para as entidades<br />
especializadas ou para o Governo, por<br />
exemplo, a responsabilidade de educar,<br />
de reintegrar o menor infrator ou o filho<br />
viciado em tóxicos.<br />
A contínua transferência de<br />
responsabilidades reforça o paternalismo<br />
do Estado e a dependência sempre maior<br />
dos cidadãos. Esse o saldo da<br />
mentalidade omissa, da acomodação e dc<br />
inércia frente aos problemas de nossa<br />
real idade.<br />
Essa a síntese do inventário sobre as<br />
dificuldades do setor social, que<br />
visualizamos antes de assumir a<br />
presidência do FASPG. Nessa etapa, já<br />
nos deparamos, também, com o esforço<br />
e a objetividade de várias instituições,<br />
buscando superar o espaço do<br />
isolamento e conquistar a colaboração da<br />
comunidade para uma ação conjunta.<br />
Nova mentalidade<br />
Ao procurar definir os objetivos do<br />
FASPG para estes quatro anos, sabíamos<br />
que tínhamos de partir para um trabalho<br />
que incentivasse a criação de uma nova<br />
mentalidade. Mais ainda: era preciso<br />
fazer entender que, para algo chegar a ser<br />
rrientalizado, não basta, apenas, ser<br />
óbvio; é necessária uma ação educativa,<br />
de pedagogia permanente, para que um<br />
novo enfoque, um novo comportamento,<br />
um novo posicionamento se estabeleçam<br />
entre o indivíduo e a realidade à sua<br />
volta. E que ele perceba o vínculo, a<br />
relação, a ligação solidária que se<br />
desencadeia a partir da sua decisão de<br />
participar.
Essa ação educativa necessitava ser regida<br />
por um princípio que aproximasse as<br />
várias programações, entidades e<br />
cidadãos. Ainda em razão da<br />
determinação educativa, devia ser<br />
bastante amplo e orgânico para<br />
incorporar, somar todos os recursos, a<br />
partir do potencial de cada indivíduo e<br />
não se esgotar numa ação imediatista; ao<br />
contrário, inspirar para ação a médio e<br />
longo prazos (como se caracteriza,<br />
também, uma verdadeira ação educativa<br />
e de transformação social).<br />
Promoção do homem<br />
A busca desse princípio dinâmico<br />
levou-nos ao Ser Humano. E ele c senhor<br />
da ação e da transformação. Decidir pela<br />
Promoção do Homem, mais que uma<br />
opção entre os vários procedimentos<br />
apresentados pelo Se viço Social, foi a<br />
conseqüência do contato com a própria<br />
realidade, que anseia que as<br />
potencialidades do ser humano e a sua<br />
importância para a evolução do todo<br />
social não sejam subestimadas pela esmola<br />
a promessa ou o''jeitinho"; ao contrário,<br />
busca livrar-se das situações de<br />
dependência ou tutelagem, originadas<br />
pela abordagem, meramente ingênua, do<br />
complexo social.<br />
Política de participação<br />
Para levar adiante urna programação<br />
sócio-educativa, não bastava, contudo,<br />
ter como objetivo final a Promoção do<br />
Homem. Ou melhor, essa meta só<br />
encontrou viabilidade porque a política<br />
social desta Administração convergiu<br />
para o ser humano: "como premissa<br />
básica, proponho que se trabalhe de<br />
forma a que o governo estadual se<br />
caracterize, sob minha direção, como um<br />
governo de desenvolvimento e<br />
participação comunitária. Por<br />
participação comunitária, entendo não<br />
apenas o direito à representatividade e à<br />
liberdade de informação e expressão,<br />
mas também a mobilização e a<br />
motivação de toda a opinião pública, de<br />
todos os cidadãos e instituições para<br />
que participem da formulação e das<br />
críticas de políticas, bem como para que<br />
assumam parcelas de responsabilidade na<br />
própria implantação dessas políticas".<br />
(Governador <strong>Paulo</strong> <strong>Egydio</strong> Martins, in<br />
"Uma Estratégia de Governo",<br />
pág. 21/1 975).<br />
A semente<br />
Promover o homem através da<br />
participação comunitária — essa é a<br />
semente — esse é o objetivo fundamental<br />
que se configurou para o FASPG,<br />
integrado à Estratégia da Administração<br />
como um órgão complementar às ações<br />
prioritárias do Governo do Estado de<br />
São <strong>Paulo</strong> no setor social e<br />
intermediário (enquanto incentivador do<br />
diálogo) entre a População e o Poder<br />
Público.<br />
A partir dessa meta, o programa do<br />
FASPG teve, nesta Administração, os<br />
seguintes objetivos:<br />
— motivar a participação responsável da<br />
comunidade no processo de<br />
desenvolvimento social;<br />
— capacitar recursos humanos e<br />
entidades para a ação efetiva na<br />
comunidade;<br />
promover a integração entre órgãos<br />
públicos, privados e a comunidade;<br />
— Incentivar á valorização e<br />
desenvolvimento da criança, através<br />
de uma visão sócio-educativa<br />
global, incluindo a família e a<br />
comunidade.
,c ,t<br />
A proposta<br />
Antes de iniciar a descrição do trabalho<br />
realizado por este órgão, nesta<br />
Administração, é necessário<br />
situarmo-nos mais detidamente, em<br />
relação aos termos componentes do<br />
objetivo fundamental do FASPG:<br />
promover o homem, através da<br />
participação comunitária.<br />
O que passamos a descrever não vem de<br />
um enunciado teórico anterior ao início<br />
das nossas atividades, mas da experiência<br />
que vivenciamos no próprio processo<br />
de trabalho, do contato com os mais<br />
diversos grupos da população de nosso<br />
Estado.<br />
As reflexões desses contatos estão<br />
expressas nos trechos de dois discursos<br />
proferidos em épocas e locais diferentes<br />
(1) e reordenados, aqui, visando<br />
explicitar os termos Participação,<br />
Participação e Administração Pública,<br />
Participação e Promoção Humana.<br />
Participação<br />
"Acreditamos não ser por acaso que nos<br />
deparamos, freqüentemente, com a<br />
proposta de participar. Na forma de<br />
estímulo, incentivo, convite ou até<br />
mesmo como slogan publicitário,<br />
ouvimos, continuamente, esse<br />
chamado à participação.<br />
"Esse apelo que está no ar, lançado pelos<br />
mais diversos setores, testemunha o<br />
quanto se ressentem da apatia, da<br />
inércia e, mesmo, da acomodação de'<br />
significativa parcela de nossa população.<br />
"A área social que, por definição e<br />
constituição, depende, se apóia e<br />
desenvolve pela atuação coletiva, é a<br />
que mais anseia e necessita da<br />
participação de todos.
"Todos conhecemos pessoas, em nossas<br />
cidades, que, tomando consciência das<br />
dificuldades sociais, decidem,<br />
espontaneamente, trabalhar para<br />
solucionar determinado problema.<br />
"Quantos orfanatos, asilos, casas de<br />
recuperação e habilitação de<br />
excepcionais, por exemplo, foram<br />
criados a partir dessa decisão de<br />
pessoas que chamaram os amigos e<br />
formaram aquele grupo de<br />
"abnegados", que contribui com o<br />
Poder Público para o melhor<br />
atendimento da população.<br />
"São inúmeras as iniciativas válidas,<br />
criadas por esses grupos surgidos da<br />
população. Sabemos que, algumas dessas<br />
iniciativas, carecem aprofundar e situar<br />
melhor o seu trabalho frente às reais<br />
necessidades sociais".<br />
Participação e administração pública<br />
"Parece absurdo falar em Administração<br />
Pública sem se estar falando, também,<br />
em Participação Comunitária.<br />
Realmente, pode ser um absurdo, mas<br />
ficar em paz com essa conclusão, sem<br />
questioná-la, pode ser, inclusive, a<br />
causa do distanciamento entre a<br />
população e a Administração Pública e<br />
de ambas com a realidade.<br />
Existe o raciocínio simplista dos que<br />
afirmam que "a comunidade participa<br />
sempre'', e usam do seguinte sofisma:<br />
"uma vez construída a avenida, o<br />
viaduto ou a praça, a população passa<br />
a usá-las. Logo, a comunidade<br />
participa". Mas será que comunidade e<br />
população significam a mesma coisa?<br />
"E será que a população estava<br />
precisando, mesmo, daquela avenida?<br />
Será que a necessidade maior, mais<br />
urgente, estaria na construção do<br />
viaduto ou da praça? Quem desejou<br />
essas obras — a população, os técnicos<br />
ou o administrador?<br />
"O que queremos dizer, desde já, é que<br />
a base — a população — têm demonstrado<br />
o seu desejo de participar — e não apenas<br />
como usuária dos serviços prestados<br />
por uma Administração. A população<br />
pode, quer e precisa ter a oportunidade<br />
e os meios de participar, desde a decisão<br />
do porquê até como aquela obra vai ser<br />
realizada.<br />
"Quando ocorre uma calamidade pública,<br />
uma enchente por exemplo, e a Prefeitura<br />
se vê sem recursos para atender,<br />
imediatamente, às pessoas desabrigadas,<br />
todos somos testemunhas da<br />
generosidade e da solidariedade de<br />
nossa gente, que, nessás ocasiões, se une,<br />
integra seus esforços para encontrar a<br />
roupa, o colchão, o cobertor,<br />
providenciar a alimentação, organizar<br />
mutirões de limpeza e tanta coisa mais.<br />
"Passou aquele problema agudo, termine<br />
a união, cada um retorna ao seu grupo,<br />
clube ou trabalho, volta aos seus<br />
interesses pessoais, "tolerando que<br />
aquela gente da periferia", que sofreu<br />
com a enchente, continue com inúmeras<br />
dificuldades, num estado crônico de<br />
miséria.<br />
"Onde estão as lideranças, para<br />
continuar chamando, para mostrar que,<br />
se a ajuda for além daquele momento<br />
extremo de aflição, é o desenvolvimento<br />
social, é a promoção da cidade toda que<br />
está sendo construída pela própria<br />
população?<br />
"Ë neste ponto que a participação<br />
comunitária vai se definindo como o<br />
recurso mais precioso que o município<br />
conta para o seu próprio
desenvolvimento. Sea população é o<br />
recurso fundamental para o<br />
desenvolvimento e todas as nossas<br />
cidades têm gente — al gumas, como a<br />
capital, até com problemas de<br />
super-população — então, por que já<br />
não estão resolvidas todas essas<br />
dificuldades?<br />
"Ao lado dessa pergunta, coloca-se uma<br />
questão essencial: como a Administração<br />
Públiba encara sua população?<br />
"Imaginemos três localidades.<br />
Na primeira, a Administração enxerga,<br />
em cada morador, apenas, o contribuinte.<br />
Os cofres públicos se enchem. Aí, o<br />
administrador tern de justificar o porquê<br />
daquela arrecadação para os que foram<br />
sobrecarregados de taxas — e os serviços<br />
acabam beneficiando os que podem<br />
pagar mais. Aqueles que não tinham o<br />
que ser taxado, continuam<br />
marginalizados dos benefícios, dos<br />
cofres cheios.<br />
"Na outra localidade, o administrador<br />
vê, em cada habitante, apenas, o eleitor.<br />
Aí tudo é prometido: para arrancar o<br />
voto, vale até construir um viaduto<br />
ligando um brejo a urn alagadiço.<br />
Aquela obra pode não servir em nada ao<br />
sistema viário, mas trará votos --e haja<br />
banda, foguetes, falatórios no palanque...<br />
e votos nas urnas. Como tudo foi<br />
prometido, pouco ou nada será feito,<br />
porque essa Administração estará<br />
dividida, enfraquecida pelos<br />
compromissos assumidos com pessoas<br />
ou grupos de interesses --e não com<br />
toda a população.<br />
"Na terceira localidade, a Administração<br />
centrou seu objetivo em atender às<br />
necessidades do ser humano.<br />
O administrador se fechou em seu<br />
gabinete, com sua equipe, e baixava<br />
lo<br />
decretos para a promoção do homem,<br />
com H maiúsculo. Dizem que seus<br />
decretos eram muito comoventes e<br />
bonitos. Mas, quando ele saiu do<br />
gabinete, ao final do governo, percebeu<br />
que os moradores continuavam com os<br />
mesmos problemas e necessidades de<br />
antes. AC transferiu a culpa para a<br />
população, porque esta não sabia ler e<br />
entender o Diário Oficial...<br />
"Felizmente, essas três localidades e<br />
suas desastradas administrações são<br />
imaginárias. Ou, pelo menos,<br />
gostaríamos que fossem...<br />
"Ao citar esses três procedimentos<br />
exagerados, queremos esclarecer a<br />
proposta de Participação Comunitária.<br />
Entender a participação só como<br />
imposto é cômodo, mas deixa<br />
estagnado e deteriora o relacionamento<br />
entre administrador e povo. Porque<br />
entender a população como um<br />
aglomerado de contribuintes é<br />
desfigurar o homem, pois, só o que ele<br />
tem interessa; o que ele é ou o que quer<br />
ser, ticam de fora desse procedimento.<br />
"No segundo caso, conquistar o voto à<br />
vasta da ilusão, desvirtua e insulta o<br />
direito à escolha e não representa<br />
qualquer evolução política. Iludida, a<br />
população não escolheu: foi induzida à<br />
estrutura do favor, que, sabemos, não é<br />
nenhum processo político.<br />
Cl administrador eleito pelas promessas<br />
não terá condições de criar meios e<br />
oportunidades para o desenvolvimento.<br />
Ele terá de pagar favores.<br />
"Administrador trancado no gabinete,<br />
sem ouvir e refletir junto com a<br />
população, é outro extremo. Sem<br />
contato, sem vínculo com a realidade,<br />
só baixar decretos para promover o<br />
homem, aí, quem se ilude é o
administrador. Ele imagina estar<br />
fazendo aquilo que é melhor para o<br />
povo, sem saber o que quer o povo.<br />
0 que surge desse procedimento é o<br />
paternalismo tradicional, que<br />
população nenhuma pode mais aceitar<br />
"0 que pretendemos, ao descrever<br />
esses três procedimentos "imaginários",<br />
é mencionar os três riscos ou tentações<br />
mais comuns em que qualquer<br />
administrador público pode incorrer,<br />
na esperança de resolver as dificuldades<br />
de sua cidade, tendo como referencial<br />
único a estrutura administrativa e a<br />
pressão que os problemas e as<br />
necessidades exercem sobre ele.<br />
Em qualquer dos procedimentos<br />
descritos, a população é encarada como<br />
urna massa mais ou menos uniforme,<br />
que tem inúmeras necessidades e<br />
problemas. Para solucionar essas<br />
dificuldades, o administrador manipula<br />
ou molda esta massa.<br />
"Assim, não é levado em consideração<br />
que a população é um conjunto de seres<br />
humanos. Com problemas, sim.<br />
Mas, cada pessoa desse conjunto tem<br />
inteligência, afeto, disposição,<br />
solidariedade e tanta coisa mais que<br />
fazem do ser humano o mais espantoso<br />
e surpreendente dos seres que existem.<br />
"Recorrer a todo esse potencial que<br />
existe em cada pessoa da população<br />
de nossas cidades, só quando surgem<br />
as calamidades, é insultar, desprezar e<br />
desperdiçar o recurso mais importante<br />
para que a pressão exercida sobre a<br />
Administração Pública pelas necessidades<br />
e problemas seja aliviada e solucionada<br />
através da colaboração de cada habitante.<br />
"Consciente do seu potencial, com<br />
oportunidades e meios para<br />
desenvolvê-lo, teremos o cidadão, a<br />
existência de objetivos comuns, a ação<br />
solidária permanente, a busca conjunta<br />
de melhores condições de vida — o<br />
relacionamento, a real integração entre<br />
as diversas faixas da população — tudo<br />
isso motivado, tudo isso existindo, aí<br />
sim, teremos a comunidade, aquele<br />
habitante que não só mora na cidade,<br />
mas também zela e cuida do seu<br />
desenvolvimento".<br />
Participação e promoção humana<br />
Promover o homem através da<br />
participação comunitária<br />
"Essa meta envolve dois aspectos<br />
fundamentais; primeiro, o compromisso<br />
com uma ação promocional, ou seja, a<br />
procura de novos padrões de atuação<br />
distantes do assistencialismo e do<br />
paternalismo tradicional que,<br />
infelizmente, ainda marcam grande<br />
parte das atividades sociais realizadas<br />
em nosso país.<br />
"Decidir pela Participação Comunitária,<br />
não se trata de uma segunda etapa de<br />
nossa proposta de trabalho.<br />
"Entendemos a participação como o<br />
impulso, o movimento que dinamiza<br />
as energias e o potencial que todo o<br />
ser humano possui. Esse potencial e<br />
essas energias quando despertas,<br />
conscientes, orientadas integradas,<br />
constituem a alvanca onde cada um<br />
imprime sua força para, em conjunto,<br />
atingirmos uma nova etapa de<br />
desenvolvimento social.<br />
"Assim, são simultêneas e<br />
interdependentes a promoção do homem<br />
e a Participação Comunitária. Decorrente<br />
do ato de participar — de tomar parte<br />
numa ação com a lucidez de uma<br />
consciência responsável, encontramos<br />
um novo homem, mais confiante,<br />
solidário e, por isso, auto-promotor de
uma nova ordem para a vida social (1 ).<br />
"Aí a semente e a terra.<br />
A semente-proposta de participação<br />
comunitária desacomoda a terra,<br />
aprofunda raízes e brota pela consciência<br />
lúcida de cada pessoa disposta à ação<br />
conjunta pela transformação social".<br />
Nota<br />
fl Os discursos acima foram proferidos,<br />
respectivamente, no Palácio do Bunt!, Brasília,<br />
em setembro de 1977, e convite do Governo do<br />
Distrito Federal; e no XX//4 Congresso Estadual<br />
de Municípios, promovido pela Associarão Paulista<br />
de Municípios, em abril de 1978, em Campos do<br />
Jordão.
12<br />
}fir zr n Formação de recursos humanos<br />
v a A falta de participação das pessoas na<br />
vida de nossas cidades, talvez, se<br />
constitua na dificuldade mais gritante -<br />
porque a ação consciente e solidária de<br />
cada morador representa o recurso mais<br />
valioso para se garantir um processo<br />
irreversível de desenvolvimento social.<br />
A ação programática desenvolvida pelo<br />
FASPAG foi estabelecida pelas próprias<br />
verterdes que caracterizam o Serviço<br />
Social a prática do atendimento direto<br />
(vide capítulo Plantão de Referência e<br />
Núcleos de Participação Comunitária)<br />
e o preparar, planejar para o futuro.<br />
A semeadura<br />
Procurando reforçar e dinamizar os<br />
trabalhos íá existentes e incentivar uma<br />
nova mentalidade para o Setor Social,<br />
promoveu-se extenso programa de<br />
Formação de Recursos Humanos.<br />
Essa programação dirigida a uma<br />
clientela considerada "muitiplìcadora" -<br />
prefe tos, suas esposas, dirigentes de<br />
entidades sociais, técnicos ligados às<br />
áreas de Saúde, Educação e Serviço<br />
Social e voluntários em geral —visou:<br />
— motivar a maior conhecimento da<br />
realidade;<br />
— incentivar os debates sobre o setor<br />
social;<br />
— propiciar a troca de experiências;<br />
— facilitar a integração das iniciativas do<br />
setor social, por meio do<br />
conhecimento mútuo.<br />
Para realizar esses objetivos foram<br />
desenvolvidas as seguintes áreas de ação:<br />
— Curso básico: Treinamento para Ação<br />
Comunitária.<br />
— Cursos específicos:<br />
Treìnamento para Ação Comunitária/<br />
Criança<br />
Treinamento para Ação Comunitária/<br />
Mães
Treinamento para Ação Comunitária/<br />
Gestantes<br />
Bonecos para Educação<br />
Educação para a Saúde, em<br />
colaboração com a Secretaria da Saúde<br />
Projeto Educação para a Saúde<br />
(implantação)<br />
Orientação Nutritional, em<br />
colaboração com a Coordenadoria de<br />
Assistência Técnica Integral (CAIU,<br />
da Secretaria da Agricultura<br />
Organização e Funcionamento de<br />
Creches, em colaboração com a<br />
-- LOBES — Coordenadora do Bem<br />
Estar Social da Prefeitura Municipal<br />
de São <strong>Paulo</strong><br />
Central de Voluntários (implantação)<br />
— Seminários (compreendendo o curso<br />
básico e os específicos)<br />
— Encontros e Reuniões de Participação<br />
ri itána.<br />
Através desses cursos, realizados em<br />
dinâmica de grupo, incentivando ao<br />
relacionamento e conhecimento mútuo,<br />
o FASPG procurou instrumentalizar os<br />
participantes para uma ação mais<br />
adequada frente à realidade.<br />
Iniciados em 1975 com o Treinamento<br />
para Ação Comunitária (que propunha<br />
a reflexão e tomada de posição dos<br />
participantes sobre os princípios básicos<br />
de ação comunitária e promoção humana)<br />
foram sendo desdobrados, a partir de<br />
1976, para atender às solicitações vindas<br />
dos próprios participantes, que exigiam<br />
orientações mais específicas a fim de<br />
desenvolverem trabalhos com crianças,<br />
mães, orientação nutritional, etc.<br />
Através de cada um desses cursos<br />
específicos, o FASPG buscou incentivar,<br />
sempre, a necessidade da ação global,<br />
isto é: nas atividades com a criança<br />
procurar envolver sua família e a<br />
comunidade.<br />
Com uma equipe de técnicos para<br />
ministrar esses cursos na Capital e<br />
Municípios da Grande São <strong>Paulo</strong><br />
(Divisão da Grande São <strong>Paulo</strong>) e outra<br />
equipe para o Interior do Estado<br />
(Divisão do Interior), o FASPG<br />
objetivou incentivar e reforçar as<br />
lideranças locais, formando um núcleo<br />
de pessoas irradiadoras da proposta de<br />
Participação Comunitária.<br />
Tendo presente a insuficiência de<br />
Recursos Humanos do próprio<br />
FASPG para atender a crescente<br />
solicitação dos cursos proveniente de<br />
vários grupos dos bairros da Capital e<br />
dos Municípios da Grande São <strong>Paulo</strong><br />
e Interior, o setor de Formação de<br />
Recursos Humanos ampliou sua área<br />
de ação, através dos Seminários de<br />
Participação Comunitária.<br />
Nesses Seminários, a proposta do<br />
FASPG era desenvolvida em três<br />
etapas. Na primeira, procurava-se<br />
motivar e incentivar as pessoas para<br />
que elas participassem.<br />
Na segunda, orientar, treinar e habilitar<br />
os participantes para uma ação<br />
adequada às necessidades de sua<br />
realidade e ao desenvolvimento social<br />
global.<br />
A última etapa desenvolvida, desde<br />
março de 1976, junto aos Seminários,<br />
era o Balcão Informativo de Recursos<br />
Comunitários, reunindo órgãos públicos<br />
e particulares ligados ao setor social.<br />
Os Seminários representaram não só a<br />
oportunidade de reflexão e intercâmbio<br />
de experiências entre os participantes,<br />
corno foram ampliando e aprofundando<br />
o próprio conhecimento da equipe do<br />
FASPG sobre as diversas realidades<br />
vividas nos municípios do Estado.
presentamos a seguir uma síntese do<br />
rabalho realizado nos 14 Seminários<br />
romovidos nesta gestão:<br />
Fase de implantação da programação do<br />
FASPG<br />
19 seminário de participação<br />
comunitária/Campos do Jordão -<br />
maio/1975 — realizado simultaneamente<br />
ao XIX9 Congresso Estadual de<br />
Municípios.<br />
Atividades:<br />
— Cursos de Treinamento de Ação<br />
Comunitária — reconhecendo a<br />
importância de motivar as lideranças,<br />
a fim de que elas se transformem em<br />
elementos multiplicadores junto à<br />
população das cidades, para incentivar<br />
a participação, o FASPG procurou<br />
valorizar o papel desempenhado por<br />
esposas de prefeitos e vereadores, que<br />
acompanham a ação política de seus<br />
maridos e são chamadas a atuar no<br />
setor social.<br />
II° seminário de participação<br />
comunitária/São <strong>Paulo</strong> — outubro/1975<br />
—realizado simultaneamenteà I semana<br />
de participação comunitária para o<br />
desenvolvimento da criança.<br />
Atividades:<br />
— curso de Treinamento de Ação<br />
Comunitária para representantes do<br />
setor social;<br />
— programação sócio-educativa dirigida<br />
à população em geral, no sentido da<br />
valorização da criança.<br />
1119 seminário de participação<br />
comunitária — Guarujá — março/1976 -<br />
realizado simultaneamente ao XXP<br />
Congresso Estadual de Municípios.<br />
Atividades:<br />
— curso de Treinamento de Ação<br />
Comunitária, abordando os temas<br />
Criança, Família e Comunidade;<br />
— Balcão Intormativo de Recursos<br />
Comunitários.<br />
Ponto de destaque assinalado pelos<br />
participantes do 1119 Seminário e do<br />
XXP Congresso, foi o início das<br />
atividades do Balcão Informativo de<br />
Recursos Comunitários, que contava<br />
com a participação de órgãos públicos<br />
e particulares e que na sua primeira<br />
realização limitava-se a prestar<br />
informação e orientação à população<br />
para utilização mais intensa dos<br />
recursos existentes à disposição das<br />
comunidades (vide capítulo Balcão<br />
Informativo de Recursos Comunitários).<br />
IV9 seminário de participação<br />
comunitária — Parque da Água Branca —<br />
outubro/1976 — realizado<br />
simultaneamente à II semana de<br />
participação comunitária para o<br />
desenvolvimento da criança.<br />
Atividades:<br />
— cursos de Treinamento de Ação<br />
Comunitária<br />
— cursos específicos:<br />
Treinamento de Ação Comunitária -<br />
Música — promovido em colaboração<br />
com a Faculdade Paulista de Música,<br />
visando atender a solicitação de<br />
professores e estudantes universitários<br />
dessa área.<br />
Educação para a Saúde<br />
Orientação Nutricional<br />
Orientação Familiar<br />
— Programações sócio-educativas<br />
dirigidas à população em geral,<br />
enfatizando os aspectos criativo e<br />
educativo da recreação.<br />
— Balcão Informativo de Recursos<br />
comunitários.<br />
V° seminário de participação<br />
comunitária — Praia Grande -<br />
abril/1977 — realizado simultaneamente
ao XXIP Congresso Estadual de<br />
Municípios.<br />
Atividades:<br />
— Treinamento de Ação Comunitária.<br />
— Treinamentos Específicos:<br />
Educação para a Saúde<br />
Orientação Nutricional<br />
Bonecos para Educação<br />
— Balcão Informativo de Recursos<br />
Comunitários — Debates exploratórios<br />
sobre a utilização dos recursos<br />
comunitários para os participantes<br />
dos treinamentos e monitores dos<br />
diversos órgãos representados no<br />
Balcão Informativo.<br />
— Oficialização dos Projetos Integrados -<br />
— Hortas Domésticas e Comunitárias<br />
(vide capítulo Projetos Integrados)<br />
— Mini-Bibliotecas (vide capítulo<br />
Projetos Integrados)<br />
— Educação Sanitária para a Criança<br />
e a Comunidade (FASPG e<br />
Interclínicas) (vide capítulo<br />
Projetos Integrados).<br />
VI° seminário de participação<br />
comunitária — Vila Ré (Zona Leste)<br />
Capital — maio/1977<br />
Atividades:<br />
— Treinamentos para Ação Comunitária,<br />
abordando os temas Criança, Família<br />
e Comunidade<br />
— Treinamentos Específicos:<br />
Educação para a Saúde<br />
Orientação Nutricional<br />
Bonecos para Educação<br />
— Balcão Informativo de Recursos<br />
Comunitários<br />
Debates exploratórios<br />
VII° seminário de participação<br />
comunitária — Campinas<br />
junho/1977 — promovido com a<br />
colaboração da Prefeitura de Campinas:<br />
— Treinamentos de Ação Comunitária,<br />
abordando temas relativos ao<br />
desenvolvimento de programas<br />
comunitários junto a Prefeituras,<br />
Obras Sociais, Grupos Voluntários,<br />
Parques Infantis e Escolas<br />
— Treinamentos Específicos:<br />
Educação para a Saúde<br />
Orientação Nutricional<br />
Bonecos para Educação<br />
— Balcão Informativo de Recursos<br />
Comunitários<br />
Debates Exploratórios<br />
— Encontro de Participação Comunitária<br />
para estudo e implantação do Projeto<br />
Hortas Domésticas e Comunitárias<br />
— Reunião Regional de Fazendeiros,<br />
com o objetivo de promover o<br />
desenvolvimento da participação<br />
comunitária nos programas sociais<br />
rurais realizados na região de<br />
Campinas.<br />
— Reunião Regional com representantes<br />
da COHAB-Bandeirantes e da<br />
Assessoria de Assistência Técnica e<br />
Desenvolvimento da Carteira de<br />
Operações Sociais do BNH<br />
— Reunião Regional com prefeitos da<br />
5? Região Administrativa.<br />
VIII° seminário de participação<br />
comunitária — Voluntariado, de 20 de<br />
junho a 3 de julho, na capital, realizado<br />
no Palácio dos Bandeirantes e<br />
11 Encontros Regionais sobre o<br />
Voluntário Social, no Interior.<br />
Este Seminário, destinado a enfocar mais<br />
detidamente o papel do Voluntário<br />
Social, foi realizado simultaneamente,<br />
na Grande São <strong>Paulo</strong> e no Interior, com<br />
as seguintes atividades:<br />
Interior — Foram realizados<br />
11 encontros regionais (Amparo, Avaré,<br />
Bauru, Campinas, Piracicaba, Registro,<br />
Ribeirão Preto, Santos, São João da Boa<br />
Vista, São José dos Campos e Sorocaba)<br />
com a presença de 330 representantes de<br />
94 municípios vizinhos. Nessas reuniões,<br />
os participantes debateram o trabalho do<br />
13
Voluntário Social, fornecendo os<br />
subsídios básicos para elaboração do<br />
IP Documento do Voluntariado Social<br />
do Estado de São <strong>Paulo</strong> (vide capítulo<br />
sobre o Voluntariado). Os participantes<br />
desses 11 encontros promoveram<br />
114 reuniões em seus municípios, para<br />
o estudo e valorização do Voluntário<br />
Social.<br />
Capital — Treinamentos de Ação<br />
Comunitária, enfocando o trabalho<br />
voluntário junto a programas<br />
comunitários com a criança, família e<br />
comunidade.<br />
Cursos Específicos:<br />
— Bonecos para Educação<br />
— Organização e Funcionamento de<br />
— Creches<br />
Os treinamentos e cursos foram<br />
realizados nos bairros de Campos<br />
El íseos, Lapa, Santana, Moóca e<br />
Santo Amaro.<br />
No Palácio dos Bandeirantes:<br />
— Balcão Informativo de Recursos<br />
Comunitários<br />
— Orientação, informações e debates<br />
sobre os diversos recursos<br />
apresentados aos participantes do<br />
Seminário e dos Encontros<br />
— Orientação profissional para<br />
estudantes da 8? série<br />
Encontros (três) com dirigentes, técnicos<br />
e grupos voluntários da Capital.<br />
Encontros para estudo conjunto e<br />
implantação do Projeto Mini-Bibliotecas<br />
em 50 municípios do Estado.<br />
Encontros para estudo conjunto e<br />
implantação do Projeto Hortas<br />
Domésticas e Comunitárias em<br />
71 municípios paulistas.<br />
Comemoração do Dia do Voluntário<br />
Social (primeiro domingo de julho,<br />
instituído pelo decreto nP 8.139,<br />
assinado em 2 de julho de 1976, pelo<br />
governador <strong>Paulo</strong> <strong>Egydio</strong> Martins),<br />
14<br />
realizada no Palácio dos Bandeirantes,<br />
no dia 3 de julho de 1977.<br />
1X9 seminário de participação<br />
comunitária —Araçatuba —agosto/1977<br />
— promovido com a colaboração da<br />
Prefeitura de Araçatuba.<br />
Atividades:<br />
— Treinamento para Ação Comunitária,<br />
abordando temas relativos à criança,<br />
família e comunidade.<br />
— Cursos específicos:<br />
— Educação para a Saúde<br />
— Orientação Nutricional<br />
— Bonecos para Educação<br />
— Balcão Informativo de Recursos<br />
Comunitários<br />
— Esclarecimentos e debates sobre os<br />
recursos apresentados, atividade<br />
dirigida aos participantes dos cursos<br />
— Orientação profissional para<br />
estudantes das 7 e 8? séries,<br />
visando fornecer subsídios para a<br />
opção profissional e motivar<br />
professores e diretores para<br />
desenvolver essa orientação junto<br />
às escolas<br />
— Encontro de Participação Comunitária<br />
para dinamização do Projeto Hortas<br />
Domésticas e Comunitárias (com<br />
representantes de 172 municípios<br />
das regiões de Araçatuba, São José<br />
do Rio Preto e Presidente Prudente).<br />
— Encontro de Participação Comunitária<br />
para dinamização do Projeto<br />
Mini-Bibliotecas<br />
— Encontro de Participação Comunitária<br />
para promover a melhor utilização de<br />
máquinas de costura em programas<br />
comunitários, abordando aspectos<br />
referentes à formação profissional das<br />
mães e melhoria do orçamento<br />
familiar<br />
— Encontro de Participação Comunitária<br />
para Entidades Sociais do município<br />
de Araçatuba, incentivando à ação<br />
integrada.
X9 seminário de participação<br />
comunitária — Parque da Água Branca<br />
(Capital) — outubro/1977 — realizado<br />
simultaneamente à 1 quinzena de<br />
participação comunitária para o<br />
desenvolvimento da criança.<br />
Essa Quinzena (integrante dos<br />
Programas Comunitários para o<br />
Desenvolvimento da Criança, realizados<br />
pelo FASPG, nesta Administração)<br />
visava promover o desenvolvimento da<br />
criança, sua família e da comunidade.<br />
Para atingir esse objetivo, foi elaborada<br />
uma programação sócio-educativa<br />
destinada a:<br />
— Motivar e incentivar a população e<br />
participar na valorização da criança<br />
e no atendimento de suas necessidades<br />
na comunidade;<br />
— Facilitar e propiciar a integração das<br />
diversas iniciativas que já vinham<br />
atuando nas áreas do setor social,<br />
referentes à criança, família e<br />
comunidade, para dinamizar<br />
os seus trabalhos.<br />
Graças às experiências acumuladas com<br />
a promoção das Semanas de Participação<br />
Comunitária para o Desenvolvimento<br />
da Criança, realizadas em 1975 e 1976,<br />
ao contato com as diversas entidades<br />
sociais e à proposta de trabalho<br />
integrado com órgãos públicos e<br />
particulares, foi possível a ampliação<br />
e o aprofundamento da programação<br />
da Quinzena, destinada ao público em<br />
geral.<br />
Houve intensificação dos trabalhos na<br />
área de Formação de Recursos Humanos,<br />
melhor preparo de voluntários (com boa<br />
receptividades destes junto às várias<br />
instituições sociais) e organizaram-se,<br />
inclusive, programações conjuntas entre<br />
as entidades, a partir dos Seminários.<br />
Assim, foram desenvolvidos, em 1977,<br />
três etapas simultâneas de trabalhos:<br />
1) A Etapa Demonstrativa, que incluiu as<br />
seguintes atividades:<br />
a) Lazer Educativo: pintura, colagem,<br />
modelagem com barro,<br />
enfatizando-se a utilização da<br />
sucata e incentivando os adultos<br />
à sua realização em conjunto com<br />
as crianças, permanentemente,<br />
visando o desenvolvimento do<br />
potencial criativo e físico e<br />
beneficiando o aperfeiçoamento da<br />
coordenação sensório-motora da<br />
criança.<br />
Procurou-se destacar, através do<br />
contato direto de crianças e adultos<br />
com esse tipo de lazer, a proposta<br />
viva, demonstrada, da importância<br />
do relacionamento com o meio<br />
físico e social, extraindo das<br />
condições do "meio" ambiente, os<br />
recursos básicos para o<br />
desenvolvimento global da criança.<br />
Cantigas de roda, espetáculos<br />
folclóricos, complementavam<br />
essa etapa de lazer que, juntamente<br />
com a "escolinha de jardinagem",<br />
destacavam a importância do<br />
relacionamento com a Natureza<br />
e as raízes culturais.<br />
b) Orientação Alimentar: foi montado<br />
um Balcão para prestar informações<br />
e promover demonstrações práticas<br />
sobre o preparo dos alimentos mais<br />
nutritivos.<br />
c) Balcão Informativo de Recursos<br />
Comunitários: que apresentou<br />
órgãos públicos e particulares que<br />
prestam serviços nas diversas áreas<br />
do setor social<br />
— Esclarecimentos e debates sobre<br />
os recursos apresentados,<br />
atividade dirigida aos<br />
participantes dos vários cursos<br />
Orientação profissional para<br />
estudantes das 7a e 8á séries.
d) Balcão de Entidades Sociais:<br />
Visando promover e aprofundar o<br />
contato das Obras Sociais entre si<br />
e com o público em geral,<br />
objetivando facilitar a integração<br />
entre as diversas entidades e<br />
incentivar à maior participação<br />
comunitária, foi criado, nesta<br />
Quinzena, um Balcão de<br />
Entidades Sociais, coordenado (em<br />
1977) pelo Arrastão — Movimento<br />
de Promoção Humana, com a<br />
participação de 54 entidades ligadas<br />
às seguintes áreas do setor social:<br />
Menor, Família e Comunidade<br />
(entidades que desenvolvem,<br />
principalmente, programas<br />
comunitários de educação de base),<br />
Idosos, Deficientes Físicos e<br />
Mentais e Reintegração Social.<br />
A programação desta etapa<br />
demonstrativa foi dirigida de maneira<br />
especial ao público em geral (vide<br />
Programas Comunitários para o<br />
Desenvolvimento da Criança) e,<br />
simultaneamente, objetivava motivar<br />
os participantes dos diversos Balcões<br />
à integração, possibilitando um<br />
contato direto entre dirigentes,<br />
técnicos, monitores e voluntários<br />
das várias áreas do setor social e,<br />
ainda, apresentar, de forma concreta,<br />
várias atividades de estímulo à<br />
participação comunitária que vinham<br />
sendo estudadas e debatidas pelas<br />
pessoas inscritas nos cursos do<br />
X° Seminário.<br />
2) Estudos e Debates — Nesta segunda<br />
etapa, orientada para pessoas que<br />
atuam no setor social, foi desenvolvida<br />
a seguinte programação:<br />
— Treinamentos de Ação Comunitária<br />
(com a duração de 5 dias),<br />
abordando os trabalhos realizados<br />
com a criança, família e<br />
comunidade<br />
— Cursos Específicos (com a duração<br />
de 5 dias):<br />
— Orientação Nutricional<br />
— Educação para a Saúde<br />
— Organização e Funcionamento de<br />
Creches<br />
3) Encontros de Participação<br />
Comunitária (duração de 1 dia), para<br />
estudo e implantação dos Projetos<br />
Integrados:<br />
— Projeto Hortas Domésticas e<br />
Comunitárias<br />
— Projeto Mini-Bibliotecas<br />
— Projeto Educação para a Saúde<br />
— (vide capítulo Projetos Integrados)<br />
— Projeto Máquinas de Costura,<br />
visando atender às solicitações de<br />
máquinas de costura, o FASPG<br />
procurou ir além da doação,<br />
reunindo dirigentes de entidades<br />
sociais para debater, em conjunto,<br />
aspectos relativos à<br />
profissionalização e organização<br />
comunitária dos clubes de mães.<br />
— Encontro de Participação<br />
Comunitária para Obras Sociais<br />
do Interior<br />
— Encontro de Participação<br />
Comunitária para Obras Sociais<br />
da Capital<br />
— Encontro de Participação<br />
Comunitária para Obras Sociais<br />
dos municípios da Grande São<br />
<strong>Paulo</strong><br />
— Em cada um desses Encontros,<br />
dirigentes, técnicos e voluntários<br />
das várias entidades sociais<br />
puderam trocar experiências<br />
sobre os trabalhos que vêm<br />
realizando e tomaram contato<br />
com a programação<br />
demonstrativa realizada durante<br />
a Quinzena, de maneira especial<br />
com o Balcão Informativo de
Recursos Comunitários e o<br />
Balcão de Entidades Sociais.<br />
Esses Encontros objetivaram<br />
facilitar a integração das<br />
programações e trabalhos<br />
realizados pelas diversas —<br />
entidades, através do<br />
conhecimento mútuo e da<br />
identificação de cada área com<br />
o global do setor social.<br />
XI° seminário de participação<br />
comunitária — Campos do Jordão —<br />
abril/1978 — realizado simultaneamente<br />
ao XXIP Congresso Estadual de<br />
Municípios.<br />
Treinamento de Ação Comunitária<br />
abordando temas relativos ao trabalho<br />
social com criança, família e<br />
comunidade<br />
Cursos específicos:<br />
— Orientação Nutricional<br />
— Educação para a Saúde<br />
Balcão Informativo de Recursos<br />
Comunitários, promovendo, além das<br />
informações e orientação, debates<br />
exploratórios sobre a melhor<br />
utilização dos recursos comunitários,<br />
incentivando o diálogo entre os<br />
participantes do Seminário e os<br />
monitores do Balcão sobre a<br />
maximização e otimização dos<br />
serviços apresentados.<br />
Orientação Profissional para<br />
estudantes de 7 e 8? séries de<br />
escolas localizadas no município de<br />
Campos do Jordão, incentivando os<br />
professores e diretores a prosseguirem<br />
essas orientações para que os jovens<br />
tenham o maior número de subsídios<br />
possíveis para as suas opções<br />
profissionais.<br />
Encontro de Participação<br />
Comunitária para a implantação do<br />
Projeto Hortas Domésticas e<br />
Comunitárias, com a participação<br />
de representantes de Prefeituras,<br />
—<br />
agrônomos, diretores, professores e<br />
assistentes sociais dos municípios da<br />
Região do Vale do Paraíba e Litoral<br />
Norte. (vide capítulo Projetos<br />
Integrados).<br />
Encontro de Participação Comunitária<br />
para estudos e debates sobre o Projeto<br />
Educação para a Saúde, com a<br />
participação de prefeitos,<br />
representantes de Prefeituras,<br />
médicos, técnicos de Centros de Saúde<br />
e voluntários.<br />
Encontro de Participação Comunitária<br />
visando incentivar maior integração<br />
entre a Escola e a Comunidade.<br />
Participaram diretores, professores,<br />
delegados regionais de ensino e<br />
representantes das Associações de<br />
Pais e Mestres das escolas situadas nos<br />
municípios do Vale do Paraíba e<br />
Litoral Norte.<br />
XII° seminário de participação<br />
comunitária/voluntariado — 30 de maio<br />
a 29 de junho de 1978 — realizado<br />
simultaneamente no interior, municípios<br />
da grande São <strong>Paulo</strong>, bairros da capital e,<br />
de 22 a 29 de junho, no Palácio dos<br />
Bandeirantes.<br />
— Lançamento do Projeto Central<br />
Municipal de Voluntários:<br />
A partir do 14 documento do<br />
voluntariado do estado de São <strong>Paulo</strong>,<br />
elaborado com os subsídios fornecidos<br />
pelos participantes do VII 19 seminário<br />
(vide capítulo voluntariado), o<br />
FASPG procurou dinamizar a<br />
interação do voluntário com as<br />
diversas entidades onde presta<br />
colaboração e, simultaneamente,<br />
ampliar essa colaboração, propiciando<br />
meios e oportunidades para que o<br />
voluntário identifique a sua dimensão<br />
social, se conscientize do significado<br />
de agente de transformação da<br />
realidade social e aprofunde a ligação<br />
positiva para a promoção do meio<br />
15
(realidade) em que vive.<br />
Assim, este XII? seminário procurou<br />
incentivar, de maneira especial, junto<br />
aos municípios, a implantação do<br />
projeto central municipal de<br />
voluntários, de forma a propiciar a<br />
formação de um voluntariado a nível<br />
local, consciente da realidade social de<br />
sua cidade, sintonizado não só com o<br />
trabalho que realiza num dos setores<br />
da área social, mas integrado ao<br />
processo de desenvolvimento global<br />
de um município (vide capítulo<br />
Voluntariado).<br />
Este XII? Seminário desenvolveu os<br />
seguintes objetivos:<br />
Objetivo geral — Incentivar e reforçar a<br />
importância do trabalho do voluntariado<br />
social, motivando e capacitando recursos<br />
humanos em geral (técnicos e<br />
voluntários), visando a dinamização da<br />
participação comunitária para o<br />
desenvolvimento integral da criança, da<br />
família e da comunidade.<br />
Objetivos específicos:<br />
— Incentivar, através de propostas<br />
concretas, o aproveitamento integral<br />
do potencial voluntário existente nos<br />
indivíduos e grupos sociais, no<br />
desenvolvimento social de seus<br />
municípios;<br />
— Criar condições para uma melhor<br />
estruturação do trabalho voluntário,<br />
pelo incentivo à formação de<br />
comissões municipais de voluntários<br />
e de um sistema de assessoria técnica<br />
às mesmas;<br />
— Dinamizar a implantação de<br />
programas comunitários e/ou<br />
reabmentar a ação já realizada;<br />
— Estimular a racionalização dos serviços<br />
prestados pelos recursos da<br />
comunidade e de seu uso (pela<br />
integração entre si e com os usuários);<br />
I- „Incentivar a integração dos municípios<br />
próximos, pela prestação de serviços<br />
inter-municipais;<br />
— Capacitar elementos já atuantes em<br />
serviços de base para uma ação mais<br />
eficaz, através de treinamentos<br />
espec if icos;<br />
— Sensibilizar a população com relação<br />
ao Ano Internacional da Criança,<br />
mobilizando elementos para<br />
participação nas atividades<br />
preparatórias (vide capítulo<br />
Programas Comunitários para o<br />
Desenvolvimento da Criança)<br />
A programação do XI I° Seminário<br />
desenvolveu as seguintes atividades:<br />
1) Na Grande São <strong>Paulo</strong>, a partir de<br />
19 de junho:<br />
— Treinamentos para Ação<br />
Comunitária, focalizando o<br />
trabalho social com grupos de<br />
educação de base, criança, família<br />
e comunidade;<br />
— Treinamento para Ação Comunitária,<br />
promovendo a integração<br />
Escola/Comunidade (em colaboração<br />
com a Secretaria da Educação —<br />
CON ESP);<br />
— Cursos Específicos:<br />
— Orientação Nutricional<br />
— Educação para a Saúde<br />
— Organização e Funcionamento de<br />
Creches;<br />
— Bonecos para Educação<br />
— Os 29 treinamentos e cursos realizados<br />
nesta etapa desenvolveram-se em sedes<br />
localizadas nos seguintes municípios<br />
da Grande São <strong>Paulo</strong>:<br />
— Mairiporã<br />
— Santo André<br />
— São Bernardo do Campo<br />
— São Caetano do Sul<br />
— Osasco<br />
e nos seguintes bairros da Capital:<br />
— Bosque da Saúde<br />
— Brás<br />
— Brooklin
— Freguesia do 0<br />
— Moóca<br />
— Penha<br />
— Pirituba<br />
— Santana<br />
— Santo Amaro<br />
— São Miguel Paulista<br />
— Sé<br />
— Sumaré<br />
— Vila Prudente<br />
— Nos municípios e bairros-sede, se 3)<br />
reuniram representantes das<br />
cidades e bairros mais próximos.<br />
2) No Interior (a partir de 30 de maio):<br />
Foram realizados encontros de<br />
participação comunitária em 24<br />
municípios, abrangendo os municípios<br />
adjacentes. Os municípios-sede dos<br />
Encontros foram: Sorocaba, São José<br />
do Rio Preto, Santos, São José dos<br />
Campos, Ribeirão Preto, Campinas,<br />
Bauru, Guaratinguetá, Registro,<br />
Itapira, Casa Branca, Piracicaba,<br />
Avaré, Marília, Cândido Mota,<br />
Barretos, Catanduva, Jales, Andradina,<br />
Araçatuba, Dracena, Presidente<br />
Vencesláu, Presidente Prudente e<br />
Ita pet ininga.<br />
Durante esses Encontros Regionais de<br />
Participação Comunitária, foram<br />
tratados dois temas básicos:<br />
— Voluntariado, corn estudos e<br />
debates sobre o Projeto Central<br />
Municipal de Voluntários;<br />
— Início da fase preparatória do ano<br />
internacional da criança, motivando<br />
os participantes a debater e aplicar<br />
um questionário relativo às<br />
condições de vida das crianças em<br />
nossas cidades, cumprindo a<br />
recomendação da ONU para que se<br />
incentivasse povos e governos a<br />
tomar consciência da situação<br />
vivida pela infância e, a partir dessa<br />
tomada de consciência, se<br />
realizassem programas de<br />
atendimento à médio e longo prazo.<br />
Esses questionários foram<br />
distribuídos a prefeituras, órgãos<br />
públicos e entidades sociais, com a<br />
orientação dos representantes das<br />
Divisões Regionais da Secretaria<br />
Estadual da Promoção Social e<br />
Coordenadoria do Bem Estar<br />
Social (COBES).<br />
No Palácio dos Bandeirantes (a partir<br />
de 21 de junho):<br />
— Balcão Informativo de Recursos<br />
Comunitários, apresentando<br />
informações e orientação sobre os<br />
recursos de entidades públicas e<br />
particulares, aos participantes dos<br />
cursos promovidos na Grande São<br />
<strong>Paulo</strong> e na Capital.<br />
— Orientação Profissional para<br />
estudantes das 7? e 8? séries<br />
— Encontros de participação<br />
comunitária (6 com a duração de<br />
um dia cada Encontro), com a<br />
participação de prefeitos, suas<br />
esposas, representantes do setor<br />
social das Prefeituras; dirigentes e<br />
técnicos de entidades sociais,<br />
grupos voluntários; diretores,<br />
professores e representantes das<br />
Associações de Pais e Mestres.<br />
— Encontro de Participação<br />
Comunitária para os municípios<br />
participantes do Projeto<br />
Mini-Bibliotecas, visando um<br />
levantamento dos trabalhos que<br />
vinham realizando, troca de<br />
experiências e incentivo à<br />
dinamização das atividades.<br />
No primeiro domingo de julho (dia 2,<br />
em 1978), foi comemorado o Dia do<br />
Voluntário Social, com solenidades<br />
organizadas em vários bairros da Capital<br />
e municípios da Grande São <strong>Paulo</strong> e<br />
Interior (vide capítulo Voluntariado).
X1119 seminário de participação<br />
comunitária/São José do Rio Preto -<br />
agosto/1978 — promovido com a<br />
colaboração da Prefeitura Municipal<br />
de São José do Rio Preto<br />
— Treinamentos para Ação Comunitária<br />
sobre temas relativos ao trabalho<br />
social com criança, família e<br />
comunidade<br />
— Cursos Específicos:<br />
— Orientação Nutricional<br />
— Organização e Funcionamento de<br />
Creches<br />
— Bonecos para Educação<br />
— Implantação da Central Municipal<br />
de Voluntários<br />
— Balcão Informativo de Recursos<br />
Comunitários:<br />
— Esclarecimentos e debates sobre os<br />
recursos apresentados, atividade<br />
dirigida aos participantes dos cursos<br />
— Orientação Profissional para<br />
estudantes das 7? e 8 séries,<br />
visando fornecer subsídios para<br />
as suas opções profissionais e<br />
V4 motivar professores e diretores<br />
para desenvolver essa orientação<br />
permanente nas escolas<br />
— Encontro de Participação<br />
Comunitária para dirigentes,<br />
técnicos e voluntários de Obras<br />
Sociais no município de São José<br />
do Rio Preto, visando facilitar a<br />
integração de atividades.<br />
— Encontro de Participação<br />
Comunitária para estudo e<br />
implantação do Projeto Educação<br />
para a Saúde<br />
— Encontro de Parti^ipação<br />
Comunitária para implantação do<br />
Projeto Hortas Domésticas e<br />
Comunitárias, dirigido aos<br />
engenheiros-agrônomos da<br />
8? Região Administrativa.<br />
XIV? seminário de participação<br />
comunitária/Parque da Água Branca/<br />
capital —outubro/1978— realizado<br />
simultaneamente à Ili quinzena de<br />
participação comunitária para o<br />
desenvolvimento da criança<br />
A partir da avaliação positiva a que<br />
chegaram as Secretarias Estaduais e<br />
Municipais, órgãos públicos e<br />
particulares, entidades sociais<br />
participantes da I? Quinzena, em<br />
1977, o FASPG manteve, em<br />
1978, a mesma estrutura básica com<br />
atividades dirigidas ao público em<br />
geral e atividades específicas às<br />
pessoas ligadas ao setor social<br />
(principalmente técnicos e<br />
voluntários) — (vide (tens referentes<br />
ao X9 Seminário de Participação<br />
Comunitária).<br />
Assim, a I I? Quinzena manteve o<br />
objetivo de promover o desenvolvimento<br />
global da criança, sua família e da<br />
comunidade e, simultaneamente, motivar<br />
a população e as pessoas ligadas ao setor<br />
social para a fase preparatória do ano<br />
internacional da criança.<br />
Para tal, o FASPG elaborou um<br />
Documento Básico, informando da<br />
proposta da ONU em relação a 1979,<br />
detalhando alguns aspectos com<br />
sugestões para programas comunitários<br />
referentes às áreas de saúde, nutrição,<br />
educação e lazer, que pudessem reforçar<br />
os trabalhos que já vinham se realizando.<br />
Esse documento básico da fase<br />
preparatória do AI-Criança foi estudado<br />
e debatido por todos os participantes dos<br />
cursos e treinamentos deste<br />
XIVQ Seminário, bem como pelas<br />
pessoas que compareceram aos<br />
Encontros de Participação Comunitária.<br />
Outra atividade desenvolvida, em 1978,<br />
foi o contato com entidades sociais,<br />
escolas, grupos profissionais e<br />
associações de classe para "Visitas
Programadas" (previamente preparadas,<br />
através de reuniões e estudos de um<br />
documento), onde os participantes<br />
percorreram os diversos Balcões e<br />
tiveram oportunidade para contato e<br />
diálogo com os vários órgãos<br />
representados.<br />
A experiência obtida pelo FASPG e<br />
pelos órgãos participantes, nos anos<br />
anteriores, permitiu, também, a<br />
ampliação das atividades e a<br />
consolidação de uma infra-estrutura<br />
apta a receber grande fluxo da<br />
população, sem prejudicar as metas de<br />
cada atividade realizada.<br />
Dessa maneira, o XIVQ Seminário<br />
constou das seguintes atividades<br />
simultâneas:<br />
1) Parte Demonstrativa (dirigida à<br />
população em geral)<br />
Nessa etapa, apresentaram-se de<br />
maneira prática e concreta atividades<br />
que os participantes poderiam<br />
adaptar aos trabalhos que já<br />
realizavam, reforçando suas<br />
programações:<br />
a) Lazer Educativo (coordenado pelo<br />
SESC): pintura, desenho, colagem,<br />
modelagem com barro, jardinagem,<br />
música, espetáculos folclóricos, etc.<br />
Esse programa, destinado às<br />
crianças e adultos que<br />
compareceram ao Parque, enfatizou<br />
o desenvolvimento sensório-motor<br />
da criança e do seu potencial<br />
criador; e incentivou a importância<br />
do relacionamento com a Natureza<br />
e com as raízes culturais.<br />
b) Balcão de Orientação Alimentar<br />
(coordenado pelo SESI) — Através<br />
de um teatrinho de fantoches,<br />
prestou informações sobre a<br />
alimentação adequada, após o qual<br />
a população passava pelos estandes<br />
para participar das demonstrações<br />
práticas sobre o preparo e utilização<br />
dos alimentos mais nutritivos.<br />
c) Balcão Informativo de Recursos<br />
Comunitários (coordenado pelo<br />
FASPG) — Vide capítulo Balcão<br />
Informativo de Recursos<br />
Comunitários:<br />
— informações e orientação para o<br />
público em geral;<br />
— esclarecimentos e debates para os<br />
participantes dos cursos;<br />
— orientação profissional para<br />
alunos de 8 série (de escolas<br />
previamente contatadas)<br />
d) Balcão Demonstrativo de Recursos<br />
Comunitários (coordenado pelo<br />
SENAC), com atividades dirigidas<br />
às crianças e adultos, motivando<br />
para a boa utilização dos serviços<br />
públicos.<br />
e) Balcão de Entidades Sociais<br />
(coordenado pelo CIAM),<br />
apresentando os serviços prestados<br />
por entidades sociais ligadas à<br />
criança, sua família e à comunidade<br />
e informando a população sobre os<br />
serviços que vêem sendo prestados<br />
às cidades do Estado de São <strong>Paulo</strong>.<br />
2) Estudos e Debates<br />
Nesta etapa, orientada para pessoas<br />
ligadas ao setor social, foi realizada a<br />
seguinte programação:<br />
— Treinamentos de Ação Comunitária<br />
(com a duração de 5 dias),<br />
abordando trabalhos sociais<br />
realizados com a criança, sua<br />
família e a comunidade.<br />
— Cursos Específicos (com a duração<br />
de 5 dias):<br />
— Organização e Funcionamento de<br />
Creches;<br />
— Educação para a Saúde;<br />
— Orientação Nutritional;<br />
— Bonecos para Educação;<br />
— Implantação da Central<br />
Municipal de Voluntários;<br />
11
— Implantação do Projeto<br />
Educação para a Saúde.<br />
3) Encontros de Participação Comunitária<br />
(duração de 1 dia):<br />
— com dirigentes e técnicos da<br />
Secretaria da Promoção Social;<br />
— (2 Encontros) com Estudantes de<br />
Serviço Social das Faculdades<br />
Metropolitanas Unidas;<br />
— (2 Encontros) para dinamização e<br />
avaliação dos trabalhos realizados<br />
pelo Projeto Mini-Bibliotecas;<br />
— (2 Encontros) com estudantes do<br />
magistério de primeiro grau;<br />
— com entidades sociais, para debater<br />
a importância da profissionalização<br />
(máquinas de costura);<br />
— para dinamização do Projeto<br />
Educação para a Saúde.<br />
Toda a programação para a formação de<br />
recursos humanos, desenvolvida pelo<br />
FASPG, nesta Administração, teve por<br />
objetivo instrumentalizar técnicos e<br />
voluntários para melhor desempenho de<br />
seus trabalhos, somar as diversas<br />
iniciativas, inclusive com a participação<br />
da comunidade.<br />
Instrumentalização: mais que a boa<br />
vontade, a participação consciente<br />
A natureza. 0 homem. 0 instrumento.<br />
Através dos instrumentos que inventou,<br />
o homem aprendeu e desenvolveu um<br />
bom relacionamento com a natureza:<br />
a agricultura. Foi ela que fixou o homem<br />
primitivo em um mesmo território,<br />
propiciando a formação das primeiras<br />
sociedades.<br />
A agricultura não seria possível sem a<br />
criação de instrumentos como o arado,<br />
fr por exemplo, que, junto com outros<br />
inventos, permitiu ao homem dinamizar<br />
o processo de integração de diferentes<br />
aspectos da mesma realidade: a terra,<br />
40<br />
a semente, a chuva, a irrigação, o sol -<br />
organizando, assim, a colheita de acordo<br />
com as suas necessidades.<br />
Tudo isso foi possível e se desenvolve<br />
cada vez mais por ter o homem<br />
descoberto o qúanto é importante e<br />
necessário intervir — realizar uma ação<br />
humana—para aperfeiçoara sua realidade.<br />
Num outro nível, o da nossa realidade<br />
social, também existe a necessidade de<br />
um instrumental que permita uma<br />
intervenção positiva e eficaz para<br />
solucionar as dificuldades que estão aí,<br />
no quotidiano de nossas cidades.<br />
Todos conhecemos pessoas, ou já<br />
estivemos engajados em algum grupo que<br />
se propunha a conseguir melhores<br />
condições para o nosso bairro ou para<br />
determinada entidade social.<br />
Quantos de nós perceberam como é<br />
difícil atuar isoladamente na busca de<br />
soluções para os problemas que temos<br />
de enfrentar? Muitas pessoas desanimam,<br />
desistem.<br />
E justamente para evitar o desgaste da<br />
ação isolada e motivar cada pessoa para<br />
desenvolvermos, juntos, a participação<br />
da comunidade na busca conjunta de<br />
soluções para os problemas de caráter<br />
social, que o FASPG promoveu<br />
Treinamentos para Ação Comunitária<br />
e cursos específicos visando<br />
instrumentalalizar o técnico ou o<br />
voluntário engajados na execução de<br />
programas comunitários.<br />
Esses treinamentos prepararam pessoas<br />
(técnicos e voluntários) para atuar junto<br />
à comunidade, através de grupos de pais,<br />
mães gestantes, jovens e crianças.<br />
O técnico ou o voluntário precisam de<br />
meios (instrumentos) que lhes permitam<br />
realizar, com eficiência, sua ação junto a
esses grupos. Nos treinamentos, através — Específicos:<br />
do debate, foram levantados e estudados a) estimular a reflexão sobre a<br />
dados da nossa realidade. Mais que isso, relação:<br />
foram abordados temas referentes ao indivíduo-instituição-realidade;<br />
desenvolvimento pessoal, grupal e b) facilitar a instrumentalização a j<br />
comunitário. partir dos relacionamentos e trocá,<br />
de experiências.<br />
Nesta primeira etapa, a pessoa que se<br />
dispõe a trabalhar — participar -<br />
identifica os instrumentos que existem<br />
para uma verdadeira ação social.<br />
Descobriu os recursos já existentes nas<br />
áreas de saúde, higiene, nutrição,<br />
educação, profissionalização e de lazer -<br />
todos eles precisando ser melhor<br />
utilizados para, realmente, atender às<br />
necessidades de nossa população.<br />
No caso do voluntário, existe, ainda,<br />
o momento da pessoa identificar uma<br />
dessas áreas com a qual tem maior<br />
afinidade (saúde, nutrição, atendimento<br />
às necessidades da criança, etc.) e ter<br />
acesso a instrumentos que lhe permitam<br />
assimilar e comunicar informações e<br />
orientação sobre noções de higiene e<br />
saúde a um grupo de mães ou de jovens.<br />
Tendo como suporte textos e apostilas,<br />
especialmente elaborados pela equipe<br />
técnica do FASPG, e a experiência dos<br />
participantes (geralmente pessoas ligadas<br />
ao setor social — técnicos e voluntários),<br />
foram promovidos os seguintes<br />
treinamentos e cursos específicos:<br />
1) Treinamento para ação comunitária -<br />
comunidade<br />
Objetivos<br />
— Geral: Incentivar técnicos e<br />
voluntários engajados a uma ação<br />
consciente que vise à participação<br />
comunitária.<br />
Temas: Durante esse treinamento os<br />
participantes debateram os<br />
seguintes temas: Dinâmica de grupo<br />
Comunicação; Promoção humana —<br />
Assistencialismo; Marginalização;<br />
Conceito operacional do homem;<br />
Voluntário — agente social -<br />
Responsabilidade social;<br />
Criatividade; Lazer sócio-educativo;<br />
Educação de base; Programas de<br />
educação de base; Participação -<br />
comunitária — Características da<br />
clientela carenciada; Plano -<br />
projeto — Programa;lntegração,<br />
Dinamização e maximização dos<br />
recursos da comunidade; Avaliação.<br />
2) Cursos específico para ação<br />
comunitária —criança<br />
Objetivos:<br />
— Geral: Enfatizar a participação<br />
comunitária e instrumentalizar as<br />
pessoas, treinando-as para<br />
desenvolver ações junto à criança<br />
de baixa renda, favorecendo seu<br />
melhor desempenho. Possibilitar<br />
o conhecimento e manuseio de<br />
materiais educativos em geral,<br />
incentivando a criatividade.<br />
— Específicos:<br />
a) estimular a reflexão sobre a<br />
relação<br />
indivíduo-instituição-realidade,<br />
através de propostas específicas<br />
das áreas de música, lazer e<br />
criatividade;
) facilitar a instrumentalização a<br />
partir da vivência de situações,<br />
relacionamentos e troca de<br />
experiências;<br />
c) experimentações e manuseio de<br />
materiais (sucata) num processo<br />
de descoberta, exploração,<br />
aprofundamento e iniciação á<br />
F especialização.<br />
Temas: Dinâmica de grupo;<br />
Comunicação; Promoção humana —<br />
Assistencialismo; Marginalização;<br />
Características da criança<br />
carenciada; Expressão e<br />
sensibilidade; Afetividade nas<br />
relações adulto-criança; Postura do<br />
adulto frente à criança; Voluntário<br />
— agente social; Criatividade;<br />
Recreação sócio-educativa; Música<br />
plástica e movimento -<br />
dramatização; Exercícios rítmicos<br />
—expressão sonora; Construção<br />
de instrumentos com material de<br />
sucata, "Estória sonoplástica"coreografia;<br />
Avaliação.<br />
específico para ação<br />
iitária — mães<br />
Geral:Oferecer subsídios de<br />
atuação para técnicos e voluntários<br />
que atuam junto a grupos de mães,<br />
numa linha de Promoção Humana<br />
e Participação Comunitária.<br />
Específicos:<br />
a) instrumentalizar os participantes<br />
quanto a programas de educação<br />
de base;<br />
b) incentivar os participantes<br />
quanto à necessidade de um<br />
trabalho integrado entre o grupo<br />
de mães e a comunidade;<br />
c) enfatizar a necessidade de<br />
adequação e flexibilidade das<br />
atividades sugeridas à realidade<br />
de cada grupo;<br />
d) estimular a utilização de recursos<br />
disponíveis na comunidade.<br />
— Temas: Dinâmica de grupo;<br />
Comunicação — criatividade;<br />
Voluntário — agente social;<br />
Promoção humana -<br />
Assistencialismo; Participação<br />
Comunitária; Grupo de mães;<br />
Educação de base; O grupo de mães,<br />
etapa de um trabalho comunitário;<br />
Características da clientela<br />
carente; Atividades específicas<br />
de grupos de mães; Recursos da<br />
comunidade; Avaliação.<br />
4) Curso específico para ação<br />
comunitária — gestantes<br />
Objetivos:<br />
— Geral: Oferecer subsídios para<br />
monitores de grupos de gestantes,<br />
numa linha de Promoção Humana<br />
e Participação Comunitária.<br />
— Específicos:<br />
a) fornecer orientação quanto ao<br />
processo grupal;<br />
b) orientar o monitor quanto à sua<br />
postura frente ao grupo e deste<br />
(grupo) frente aos vários papéis<br />
relativos ao seu estado;<br />
c) enfatizar a necessidade de<br />
adequação e flexibilidade das<br />
atividades sugeridas à realidade<br />
de cada grupo;<br />
d) ressaltar temas e atividades<br />
adequados à gestante, parturiente<br />
e puérpera;<br />
e) promover a troca de experiências<br />
a partir do convívio grupal;<br />
f) estimular a utilização de recursos<br />
disponíveis na comunidade,
principalmente no que diz respeito 6) Curso específico de educação para a<br />
ao atendimento à gestante e ao saúde<br />
bebê.<br />
Objetivos:<br />
— Temas: Dinâmica de grupo;<br />
Voluntário — agente social -<br />
responsabilidade social; Promoção<br />
humana — Assistencialismo;<br />
Participação comunitária; Grupos<br />
de gestantes; Atividades<br />
específicas; Avaliação.<br />
5) Curso específico bonecos para<br />
educação<br />
Objetivos:<br />
— Geral: Incentivar as pessoas que<br />
desenvolvem trabalhos junto à<br />
infância para que orientem sua ação<br />
no sentido do desenvolvimento<br />
global da criança.<br />
— Específicos:<br />
a) motivar os participantes para a<br />
utilização dos bonecos como<br />
recurso didático;<br />
b) instrumentalizá-los através da<br />
transmissão de conhecimentos<br />
básicos nessa área;<br />
c) motivá-los para o conhecimento<br />
da importância de uma ação<br />
educativa junto a grupos de<br />
comunidade, utilizando os<br />
bonecos para educação.<br />
— Temas: Dinâmica de grupo;<br />
Promoção humana -<br />
Assistencialismo; Agente social -<br />
Voluntariado; Participação<br />
Comunitária; Conceituação: o que é<br />
um boneco; História e sinopse dos<br />
bonecos; Tipos de bonecos:<br />
confecção/utilização; 0 emprego do<br />
teatro de bonecos na educação;<br />
Criatividade; Avaliação.<br />
— Geral: Motivar os participantes para<br />
que desenvolvam, junto a elementos<br />
multiplicadores, atividades<br />
educativas visando a formação de<br />
atitudes e comportamentos<br />
adequados à saúde e sua prevenção.<br />
— Específicos:<br />
a) conhecer os fatores que afetam a<br />
saúde;<br />
b) analisar a situação sanitária da<br />
área e sua interelação com o<br />
desenvolvimento<br />
sócio-econômico-cultural;<br />
c) discutir o relacionamento entre<br />
saúde física, mental e social do<br />
indivíduo, família e comunidade;<br />
d) identificar a melhor forma de<br />
utilização dos recursos de saúde<br />
existentes na comunidade.<br />
— Temas: Dinâmica de grupo;<br />
Promoção humana -<br />
Assistencialismo; Agente social -<br />
Voluntariado; Participação<br />
Comunitária; Saúde e doença;<br />
Conceito de saúde; Fatores que<br />
afetam a saúde; Doenças<br />
transmissíveis e não transmissíveis;<br />
Medidas individuais de proteção à<br />
saúde (higiene pessoal, do alimento,<br />
ambiental, mental, imunização e<br />
prevenção de acidentes); Condições<br />
de saúde na comunidade; Recursos<br />
para assistência; Processo educativo;<br />
Metodologia em educação sanitária;<br />
Desenvolvimento de atividades<br />
relacionadas à educação sanitária;<br />
Avaliação.<br />
19
7) Curso específico para implantação do evitáveis — vacinação; Problemas de<br />
projeto educação para a saúde Saúde Pública; Chamamento de<br />
faltosos; Recursos Comunitários;<br />
Objetivos: Sub-programas de Fisiologia e<br />
Hansen(asa; Visita a um Centro de<br />
— Geral: Sensibilizar os representantes Saúde; Avaliações: de conteúdo; da<br />
dos Centros de Saúde e da área de visita ao Centro de Saúde — análise<br />
saúde das Prefeituras Municipais, de sua realidade e das perspectivas<br />
para implantação do Projeto do trabalho voluntário (vide<br />
Educação para a Saúde e Projetos Integrados).<br />
instrumental izar voluntários para<br />
a execução do Projeto. 8) Curso específico de orientação<br />
nutricional (em colaboração com a<br />
— Específicos: Secretaria da Agricultura — CATI)<br />
a) conscientizar os participantes<br />
quanto à importância de sua Objetivos:<br />
participação como agentes<br />
sociais na comunidade; — Geral: Motivar sobre a necessidade<br />
b) motivá-los para o de adoção de uma alimentação<br />
desenvolvimento de uma equilibrada.<br />
ação educativa, integrando-se<br />
aos programas dos Centros de - Específicos:<br />
Saúde; a) transmitir conhecimentos sobre<br />
c) instrumentalizá-los para o princípios básicos da nutrição e<br />
trabalho em grupo, através técnicas corretas no preparo da<br />
de noções básicas sobre saúde; alimentação;<br />
d) incentivá-los para a formação de b) introduzir a soja para aumentar<br />
grupos visando desenvolver o teor protéico da dieta<br />
trabalhos na área de saúde e sua alimentar a baixo custo;<br />
prevenção. c) motivar sobre a importância de<br />
maiores conhecimentos relativos<br />
— Temas: Dinâmica de grupo; à nutrição e alimentos para uso<br />
Comunicação; Características do próprio, divulgação e aplicação<br />
trabalho voluntário; Trabalho em em grupos de comunidade.<br />
grupo; Postura do voluntário no<br />
Centro de Saúde; Noções de Ética e — Temas: Dinâmica de grupo;<br />
Relações Humanas; Educação de A subnutrição e as necessidades<br />
base; Processo educativo em saúde; básicas de alimentação;<br />
Participação comunitária; Alimentação — Nutrição — Saúde;<br />
Abordagem comunitária; Princípios Aproveitamento de alimentos de<br />
de aprendizagem; 0 Centro de baixo custo; Métodos de trabalho<br />
Saúde e a Secretaria da Saúde; caseiro; Guia dos Alimentos;<br />
Noções gerais sobre Saúde Pública; Proteinas — vitaminas — hidratos<br />
Saneamento: em relação ao homem, de carbono; A soja e o seu valor;<br />
ao ambiente; Programa de Cozimento de alimentos;<br />
Assistência à Gestante; Programa de Planejamento de refeições;<br />
Assistência à Criança; Doenças Alimentação balanceada; Técnica<br />
20
de planejamento; Participação a Central Municipal de<br />
Comunitária; Planejamento de Voluntários;<br />
atividades comunitárias; Relações c) realizar, nos respectivos<br />
Humanas; Avaliação, municípios, um estudo para<br />
verificar a viabilidade ou não<br />
9) Curso específico de organização e implantação de uma Central<br />
funcionamento de creches (em Municipal de Voluntários, co<br />
colaboração com a Prefeitura a devida adaptação local;<br />
Municipal de São <strong>Paulo</strong> — COBES) d) após as fases anteriores, em c<br />
positivo, lançar mão dos recu<br />
Objetivos: e procedimentos necessários I<br />
iniciar a implantação da Cent<br />
— Geral: Incentivar técnicos e<br />
voluntários a uma ação consciente<br />
Municipal de Voluntários.<br />
que vise a participação comunitária, — Temas: O trabalho voluntário nc<br />
objetivando o desenvolvimento municípios representados;<br />
bio-psico-social da criança. Comunicação, grupo, indivíduo;<br />
O município e a comunidade:<br />
— Específicos: recursos existentes e integração;<br />
Instrumentalizar os parcipantes O voluntário: importante recursi<br />
quanto ao funcionamento de humano para os programas<br />
creches. comunitários; Central Municipal<br />
de Voluntários: entidade de<br />
— Temas: Administração e mobilização, racionalização e<br />
organização de creches; Recursos integração da atuação voluntária<br />
humanos, técnicos e administrativos; Organização e funcionamento dt<br />
Funcionamento; Atividades de lazer Central Municipal de Voluntário<br />
sócio-educativo; Integração de Estabelecimento de diretrizes qu<br />
recursos da comunidade; A creche norteiam sua atuação; Alguns<br />
como recurso de desenvolvimento setores que poderão compô-la:<br />
social; Diversificação das formas de atribuições e funcionamento;<br />
abordagem; Avaliação. A sua colaboração nos programa<br />
comunitários; Passos para<br />
10) Curso específico de implantação do implantação de uma Central<br />
projeto central municipal de<br />
Municipal de Voluntários: sua<br />
voluntários adaptação à realidade local;<br />
Institucionalização da Central<br />
Objetivos: Municipal de Voluntários:<br />
vantagens e precauções.<br />
— Geral: Informar, habilitar e<br />
instrumentalizar os treinandos para<br />
que sejam capazes de:<br />
— Específicos:<br />
a) analisar, operacionalmente, a<br />
Central Municipal e Voluntários;<br />
b) caracterizar, organizacionalmente,<br />
Visão global do setor social e maior<br />
conhecimento da realidade, esse o<br />
instrumento fundamental que o<br />
FASPG procurou propiciar, através dh<br />
debates, estudos, troca de experiência<br />
(seminários, cursos e balcões<br />
informativos), de maneira que o técni
o voluntário e a população disponham<br />
de meios para intervir na transformação<br />
da realidade social.<br />
Atividades formativas (de março de 1975 a dezembro de 1978)<br />
Seminário Ano Mês Dias<br />
1975 Maio 11 a 17<br />
II 1975 Outubro 20 a 26 Parque da Agi<br />
III 1976 Março 23 a 26<br />
IV 1976 Outubro 23a29 Parque da Ag<br />
V 1977 Abril 24a29<br />
VI 1977 Maio 16a20 Z<br />
VII 1977 Maio/Junho 30 a 06<br />
VIII 1977 Maio/Julho 20 a 03 Palácio Bar<br />
X 1977 Agosto/Setembro 29 a 02<br />
X 1977 Outubro 15 a 30 Parque da Agi<br />
XI 1978 Abril 15a20<br />
XII 1978 Maio/Junho 30 a 30 Palácio Bar<br />
XIII 1978 Agosto 20a25<br />
XIV 1978 Outubro 07 a 22 Parque da Agi<br />
Os Treinamentos para Ação Comunitária contaram com 6.187 participantes representando 339 municl<br />
Grande São <strong>Paulo</strong> (março de 1975 a dezembro de 1978):<br />
— através da Divisão da Grande São Pau/o, foram promovidos:<br />
Interior (março de 1975 a dezembro de 1978):<br />
— através da Divisão do Interior foram promovidos:<br />
Tota/ geral:<br />
— participantes de treinamentos em Seminários e cursos:<br />
— municípios<br />
Encontros de Participação Comunitária ..................<br />
Reuniões para Desenvolvimento de Programas Comunitários ......<br />
Encontros sobre o Projeto Hortas Domésticas e Comunitária ......<br />
Encontros sobre o Projeto Mini-Bibliotecas ................<br />
Encontros sobre o Projeto Educação para a Saúde ............<br />
Total de participantes<br />
Total de Municípios<br />
90 treinamentos extra-Semin<br />
2570 participantes<br />
25 municípios da Grande S5<br />
64 treinamentos extra-Sem in<br />
1.721 participantes<br />
39 municípios<br />
10.478 pessoas<br />
348<br />
11.556 participantes<br />
3.932 participantes<br />
2.386 participantes<br />
438 participantes<br />
1.664 participantes<br />
19.976<br />
565
?75a dezembro de 1978)<br />
Seminarios promovidos pelo FASPG<br />
I. Dias Loral Cidade Participantes<br />
aio 11 a 17 Campos do Jordao 139<br />
iro 20 a 26 Parque da Água Branca São <strong>Paulo</strong> 179<br />
ro 23 a 26 Guarujá 226<br />
iro 23 a 29 Parque da Água Branca São <strong>Paulo</strong> 372<br />
aril 24 a 29 Praia Grande 256<br />
iio 16 a 20 Zona Leste São <strong>Paulo</strong> 381<br />
ho 30 a 06 Campinas 423<br />
ho 20 a 03 Palácio Bandeirantes São <strong>Paulo</strong> (Voluntariado) 285<br />
iro 29 a 02 Araçatuba 373<br />
ro 15 a 30 Parque da Água Branca São <strong>Paulo</strong> 1.135<br />
aril 15 a 20 Campos do Jordão 367<br />
ho 30 a 30 Palácio Bandeirantes São <strong>Paulo</strong> (Voluntariado) 688<br />
to 20 a 25 São José do Rio Preto 357<br />
ro 07022 Parque da Água Branca São <strong>Paulo</strong> 1.006<br />
com 6.187 partic/pentes representando 339 municípios.<br />
978):<br />
iromovidos: 90 treinamentos extra-Seminar/os<br />
2570 participantes<br />
25 municípios de Grande Sb <strong>Paulo</strong><br />
64 treinamentos extra-Seminar/os<br />
1.721 participantes<br />
39 municípios<br />
ursos: 10.478 pessoas<br />
348<br />
11.556 panic/pentes<br />
rnitários ...... 3.932 participantes<br />
,unitária ...... 2.386 participantes<br />
........... 438 participantes<br />
........... 1.664 participantes<br />
ai de participantes 19.976<br />
ote/ de Municípios 565<br />
21
22<br />
a ;: Participação comunitária<br />
"O que temos em nossas cidades são,<br />
ainda, aglomerados de habitantes — e a<br />
chamada população. Comunidade é<br />
mais que isso. E preciso que exista<br />
objetivo e ação em comum entre as<br />
pessoas para, aí sim, falarmos,<br />
verdadeiramente, de comunidades".<br />
Palavras do secretário da Saúde,<br />
dr. Walter Leser, em fevereiro de 1976,<br />
durante a reunião preparatória do<br />
Balcão Informativo de Recursos<br />
Comunitários.<br />
Achamos importante repetir essa<br />
afirmação agora, ao final do nosso<br />
trabalho à frente do FASPG, onde,<br />
durante estes quatro anos, ouvimos a<br />
população, participamos de estudos,<br />
trocamos experiências e debatemos os<br />
problemas e dificuldades vividas pela<br />
gente das nossas cidades.<br />
Participação e recursos<br />
"Em cada um dos Seminários ou Cursos<br />
realizados, identificamos, nos<br />
participantes, a preocupação de<br />
encontrar novas idéias, novos meios<br />
para ampliar e assegurar a melhor<br />
realização de suas programações<br />
comunitárias, através das quais<br />
pretendem encaminhar soluções<br />
para os problemas de suas cidades.<br />
Problemas esses que podemos sintetizar<br />
na falta de recursos humanos e na<br />
falta de recursos materiais.<br />
"Quando falamos desses permanentes<br />
obstáculos ao nosso desenvolvimento,<br />
sentimos o desânimo e a impotência de<br />
tentar fazer algo para mudar o resultado<br />
desse triste jogo que trapaceia objetivos,<br />
intenções e ideais, com o atendimento<br />
limitado — único que se pode prestar,<br />
quando não se têm mais gente<br />
colaborando, nem mais dinheiro para<br />
suprir as faltas.
"Sabemos, no entanto, o quanto custa<br />
conceder neste jogo.<br />
"Quando se fundou aquele orfanato<br />
para atenderás crianças, havia uma série<br />
de promessas de ajuda, existiam<br />
objetivos de educar, de preparar e de<br />
integrar aquelas crianças na sociedade.<br />
Mas, quando vieram as dificuldades e a<br />
diretoria se viu sozinha, manter as<br />
crianças vivas passou a ser sua única<br />
meta.<br />
"Trabalhar, para manter vivas as pessoas,<br />
é, apenas, uma outra maneira de<br />
expressar o instinto de sobrevivência<br />
que, como sabemos, não é nenhuma<br />
propriedade exclusiva da raça humana.<br />
"Este exemplo extremado, mas que<br />
infelizmente ainda acontece, serve para<br />
mostrar a urgência da ação motivadora,<br />
incentivando as lideranças e os<br />
moradores de nossas cidades para<br />
atuarem em conjunto, na procura de<br />
respostas para as questões sociais.<br />
"O FASPG, como os demais órgãos que<br />
atuam no setor social, se ressente da<br />
insuficiência de recursos para atender,<br />
integralmente, a demanda de solicitações<br />
"Assim, o contato que aprofundamos<br />
durante estes anos, nos reforça a<br />
convicção de que é a participação<br />
consciente de cada habitante de nossas<br />
cidades o recurso essencial e a garantia<br />
de continuidade para o nosso<br />
desenvolvimento".<br />
Trecho do discurso proferido por D? Lila<br />
Byington <strong>Egydio</strong> Martins — Araçatuba —<br />
1977.<br />
Nova mentalidade e integração<br />
"E essa nova mentalidade só será<br />
possível se cada um estiver agindo para<br />
conquistar, não apenas o atendimento da<br />
sua saúde, mas envolvido, direta e<br />
conscientemente, numa ação conjunta<br />
pela saúde de seu bairro, da sua cidade.<br />
"Se os indivíduos estão voltados, apenas,<br />
para seus próprios interesses, isolados<br />
pelo compromisso com suas aspirações<br />
pessoais — ainda que exista mais<br />
dinheiro, mais cultura, mais gente<br />
preparada — nesse tipo de sociedade<br />
haverá, somente, desenvolvimento<br />
pessoal.<br />
"O desenvolvimento social se caracteriza,<br />
principalmente, pela participação, pelas<br />
interelações dos indivíduos que vivem<br />
numa mesma sociedade.<br />
"Se sabemos da importância dessa vida<br />
em comum, dessa união de esforços para<br />
que, realmente, exista o desenvolvimento<br />
social; se temos consciência de tudo isso,<br />
é preciso falar dessa falto preconceito. O<br />
preconceito de que, para haver<br />
desenvolvimento social, basta mais<br />
dinheiro e mais cultura.<br />
"Esse é o cômodo preconceito da espera<br />
— do cruzar os braços e ficar aguardando<br />
uma solução mágica para todas as<br />
dificuldades de nossa realidade.<br />
"Se entendemos o desenvolvimento<br />
social como um todo, revertendo em<br />
benefício da sociedade, é necessário que<br />
cada pessoa esteja consciente dos<br />
problemas ao seu redor, que procure<br />
questioná-los e procure saber quais são<br />
as medidas que podem ser tomadas para<br />
resolvê-los.<br />
"Os programas de Formação de Recursos<br />
Humanos (Seminários, Encontros,<br />
Cursos) tiveram por objetivo incentivar<br />
e motivar as pessoas ao conhecimento
mútuo, à interação solidária, para que<br />
elas se relacionem com outras pessoas e<br />
discutam os problemas que aí estão, à<br />
nossa volta, e se integrem na busca de<br />
soluções.<br />
"Propondo-se todos a trabalhar<br />
conjuntamente, agindo sobre a nossa<br />
realidade, teremos um desenvolvimento<br />
social harmônico, mais justo e<br />
oferecendo oportunidades e meios de<br />
auto-promoção não só dos mais carentes,<br />
mas do todo social." (1)<br />
Para atingir essa meta, os programas de<br />
Formação de Recursos Humanos<br />
procuraram motivar as lideranças<br />
municipais, dirigentes de entidades<br />
sociais, técnicos e voluntários, para a<br />
valorização e mobilização da<br />
participação da comunidade no processo<br />
de desenvolvimento social.<br />
Os instrumentos fornecidos pelos cursos<br />
foram ampliados e aprofundados por<br />
meio de programas específicos (vide:<br />
Voluntariado, Balcão Informativo de<br />
Recursos Comunitários e Projetos<br />
Integrados).<br />
Voluntariado social<br />
"A ação do voluntário é uma resposta<br />
espontânea e responsável contra a<br />
inércia, a acomodação e a apatia dos que<br />
não tomaram, ainda, consciência do<br />
valor e da importância de sua<br />
participação para se enfrentar a doença,<br />
a miséria, a ignorância e a injustiça.<br />
"Ali, onde uma fronteira invisível de<br />
interesses e preconceitos vai<br />
discriminando jovens de velhos, ricos de<br />
pobres, pessoas capazes de expecionais,<br />
Nota:<br />
(1) Discurso proferido por Da. Lila Byington <strong>Egydio</strong><br />
Martins no encerramento do Vi. Seminário de<br />
Participaçio Comunitária.<br />
o voluntário emerge com uma energia<br />
interna que não se resigna aos limites e<br />
atravessa essa fronteira, procurando uma<br />
margem maior para a sociedade.<br />
"Uma nova sociedade — essa é a<br />
contribuição que, ao longo da história,<br />
os grupos voluntários têm elaborado,<br />
obstinadamente, distanciando a<br />
brutalidade do homem das cavernas do<br />
acordo mútuo daquele outro que<br />
procura construir a comunidade.<br />
"Ser voluntário, sabemos, implica numa<br />
decisão da vontade própria de cada<br />
pessoa.<br />
"Mas, é no realizar um trabalho<br />
voluntário que cada um de nós vai<br />
encontrando uma energia sempre maior,<br />
para um compromisso mais profundo, a<br />
fim de superarmos os entraves ao nosso<br />
desenvolvimento social.<br />
"No relacionamento que mantém<br />
durante a execução de seus trabalhos, o<br />
voluntário cresce ao se deparar com mais<br />
possibilidades para poder realizar a sua<br />
natureza social.<br />
"Fortalecemo-nos com o outro, com<br />
aquele que procuramos ajudar. Mais que<br />
isso — é a própria realidade que se<br />
renova, pela interação, pelo<br />
relacionamento mútuo, solidário e<br />
conjunto".<br />
(Trecho do discurso proferido pela presidente do<br />
FASPG, Da. Lila Byington <strong>Egydio</strong> Martins, na<br />
comemoração do Dia do Voluntário Social -<br />
3/7/77)<br />
Para mobilização da população, o<br />
FASPG deu ênfase especial, durante<br />
esta Administração, ao trabalho<br />
realizado pelo voluntário social.<br />
O trabalho do voluntário social tem
como mérito indiscutível o testemunho<br />
da ação solidária espontânea. No<br />
entanto, com a complexificação do setor<br />
social, técnicos e especialistas têm se<br />
manifestado no sentido de adequar a<br />
colaboração prestada pelo voluntariado<br />
às necessidades da realidade em que<br />
vivemos.<br />
Assim, além dos Seminários e Cursos, o<br />
FASPG desenvolveu intensa<br />
programação com o objetivo de subsidiar<br />
e valorizar o trabalho voluntário. Desse<br />
modo, a partir dos programas iniciados<br />
junto ao voluntariado em março de<br />
1975, já em junho de 1977, com a<br />
promoção do VII IP Seminário de<br />
Participação Comunitária -<br />
Voluntariado, foi possível traçar um<br />
perfil da ação realizada e das aspirações<br />
do voluntariado do Estado, com a<br />
elaboração conjunta (647 representantes<br />
de 109 entidades da Capital e Grande<br />
São <strong>Paulo</strong>, mais 330 representantes de<br />
105 municípios do Interior) do<br />
IP Documento do Voluntariado Social<br />
do Estado de São <strong>Paulo</strong>, cuja síntese<br />
transcrevemos abaixo.<br />
O voluntário no processo<br />
de desenvolvimento social<br />
0 indivíduo e sua dimensão social — o<br />
voluntário, através da sua consciência<br />
responsável, ao assumir uma ação<br />
solidária junto ao outro e a sua<br />
coletividade — é um dos testemunhos<br />
mais significativos do valor e da<br />
importância da colaboração de cada<br />
um para a construção do todo social.<br />
A partir da sua consciência e da sua<br />
vontade, o indivíduo (voluntário)<br />
decide dispor de seu potencial para<br />
ajudar na solução de problemas de seu<br />
meio social.<br />
Esse potencial, que existe em cada<br />
pessoa, encontra no trabalho voluntário<br />
a oportunidade para se realizar. Dessa<br />
maneira, o próprio indivíduo<br />
(voluntário) é beneficiado pelo maior<br />
conhecimento da realidade social e dos<br />
contatos humanos que estabeleceu.<br />
A ação voluntária vem sendo uma<br />
constante da realidade da história do ser<br />
humano. A complexificação e<br />
especialização dos agrupamentos<br />
humanos vêm exigindo um<br />
amadurecimento e aprofundamento do<br />
trabalho realizado pelo voluntário.<br />
Constata-se, assim, a preocupação de<br />
órgãos — particulares e públicos - em<br />
procurarem capacitar, através de cursos<br />
especiais, as pessoas que se apresentam<br />
para o desempenho da ação voluntária.<br />
No seu sentido mais amplo, todo cidadão<br />
consciente e responsável, dentro de suas<br />
possibilidades, pode ser um voluntário. A<br />
atitude voluntária representa uma<br />
ruptura e um acréscimo face às relações<br />
impessoais características da sociedade<br />
atual, significando um aperfeiçoamento<br />
das relações entre pessoas, grupos e<br />
comunidades.<br />
No momento em que os valores humanos<br />
se vêem ofuscados por valores materiais,<br />
quando a complexidade das organizações<br />
modernas faz com que, cada vez mais,<br />
diminuam as áreas em que as pessoas<br />
exerçam seu livre arbítrio — neste<br />
momento e nesta configuração —assume<br />
uma importância especial a atitude<br />
voluntária, contribuindo para uma<br />
revalorização do ser humano.<br />
O comportamento do voluntário, a livre<br />
disposição que ele faz de seu tempo e de<br />
suas atividades, é o encontro da<br />
liberdade individual, encontro refletido<br />
e amadurecido, com a reponsabilidade<br />
social.<br />
23
0 Voluntariado Social é a soma do<br />
potencial dos indivíduos. Esse<br />
potencial, canalizado para fins<br />
construtivos, contribui para o melhor<br />
aprovietamento e integração de recursos<br />
humanos, colaborando para<br />
racionalização do trabalho. Além disso, a<br />
ação voluntária se caracteriza pelo seu<br />
compromisso básico com o ideal de<br />
trabalho que realiza.<br />
Assim, a integração e o compromisso,<br />
formados a partir de uma decisão<br />
consciente do invid(duo (voluntário), se<br />
revestem de fundamental importância,<br />
principalmente se considerarmos a<br />
acomodação, a falta de iniciativa e a<br />
burocracia que, muitas vezes, ainda<br />
representam sérios obstáculos à<br />
expansão da ação social.<br />
Caracterização do voluntário<br />
Muitas são as definições a respeito do<br />
voluntário. Constata-se, porém, que ele<br />
é uma pessoa de qualquer nível social e<br />
cultural, técnico ou não, que se dispõe<br />
a trabalhar a partir das necessidades<br />
comunitárias e conforme suas<br />
possibilidades individuais, sem por isto<br />
receber qualquer remuneração material.<br />
Desse modo, o voluntário se caracteriza<br />
por ser consciente da importância de sua<br />
participação frente às exigências do<br />
desenvolvimento social. E um agente<br />
para transformação da realidade e das<br />
limitações que esta impõe, buscando<br />
ampliar as oportunidades e os meios<br />
para a construção de um novo estágio<br />
de vida social.<br />
Mais do que prestar serviços, o<br />
Voluntariado significa estar disponível,<br />
sendo esta disponibilidade uma abertura<br />
para compreender e desenvolver,<br />
pe rmanentemente, uma ação solidária.<br />
O trabalhovoluntário não é, apenas,<br />
24<br />
a realização de uma "boa ação", mas,<br />
sim, um compromisso. A "boa vontade"<br />
pode ser o meio motivador, mas será<br />
a contínua inter-relação consciente<br />
do invidíduo com sua realidade social e<br />
o desenvolvimento desta realidade o<br />
verdadeiro elemento de transformação<br />
e aperfeiçoamento da vida social.<br />
Ser voluntário não significa preencher as<br />
horas vagas, mas organizar-se de forma a<br />
ter horas vagas para oferecer. Na seriedade<br />
dos compromissos assumidos, técnico e<br />
leigo se equiparam. Sendo a ação do<br />
voluntário, quando adequada,<br />
considerada, mesmo, como a<br />
multiplicadora do trabalho do técnico.<br />
Em suma, o voluntário é disponível e<br />
solidário, capaz de amor e doação.<br />
Assumindo o amor ao próximo e os<br />
problemas com esse próximo, aceita<br />
riscos e responsabilidades e presta<br />
serviços sem distinguir raças ou credos<br />
políticos e religiosos.<br />
Motivação para o trabalho voluntário<br />
0 voluntário, muitas vezes, apresenta<br />
uma motivação inicial baseada em<br />
fatores de ordem puramente pessoal.<br />
Esse impulso é válido, desde que<br />
amadureça para o sentido do<br />
compromisso social de participação<br />
comunitária.<br />
A consciência da necessidade dessa<br />
participação deve ser a mola mestra do<br />
voluntariado. E isto, é importante<br />
observar, virá a traduzir o voluntário<br />
como uma pessoa conhecedora da<br />
realidade social e comprometida<br />
com ela.<br />
Pelo trabalho que realiza, o voluntário<br />
tem o reconhecimento do grupo que o<br />
cerca. Isto implica numa gratificação de<br />
ordem psicológica mais que social: exige<br />
do indivíduo, sempre, maior maturidade
para superar o efeito imediatista dos<br />
agradecimentos e atingir o objetivo<br />
válido dessa interação, que é o do<br />
desenvolvimento dele mesmo (indivíduo),<br />
por meio do desenvolvimento que o<br />
grupo manifesta. Isto é: só através do<br />
desenvolvimento do grupo há um<br />
verdadeiro reconhecimento da validade<br />
da ação voluntária.<br />
Assim, o voluntário é também<br />
beneficiário de sua própria ação pelo<br />
outro, uma vez que participa, como<br />
todos, da mesma comunidade global.<br />
Ele se revitaliza, isto é: sua vida se<br />
amplia com a experiência e a vivência<br />
de novas situações, nas quais está<br />
presente a ação conjunta de outras<br />
pessoas, outras realidades.<br />
O papel do voluntário<br />
0 papel do voluntário social é,<br />
fundamentalmente, o de ser um<br />
participante ativo do desenvolvimento<br />
social, percebendo o valor da integração<br />
de esforços, promovendo o Homem pela<br />
conscientização, assistência e orientação<br />
nos diversos níveis das necessidades<br />
básicas do ser humano.<br />
E essencial estar sintonizado com as<br />
características da sua realidade e, como<br />
colaborador da Administração Pública, o<br />
voluntário pode, em sua comunidade,<br />
reforçar e dinamizar os trabalhos já<br />
existentes, mobilizar e integrar esforços<br />
e recursos. São diversos os programas<br />
que ele pode desenvolver, atuando com<br />
comunidades, famílias, adultos, jovens,<br />
crianças, idosos, deficientes físicos e<br />
mentais.<br />
De acordo com a clientela a ser atingida<br />
e com o tipo de ação desenvolvida pela<br />
entidade onde se engaja, o voluntário<br />
deverá receber instruções especificas<br />
para que sua ação seja adequada, tendo<br />
sempre em mente que o trabalho com o<br />
ser humano, em quaisquer circunstâncias<br />
é um processo de interação (relação com<br />
o outro) educativa, em que o objetivo<br />
último a ser atingido é a promoção do<br />
homem.<br />
Dificuldades da ação voluntária<br />
0 voluntário deve estar,<br />
permanentemente, disposto a procurar<br />
e estudar alternativas para enfrentar<br />
as muitas dificuldades da réalidade<br />
social, tais como a falta de recursos<br />
humanos e financeiros, pouca<br />
cooperação e diálogo com a entidade<br />
onde se engaja, ou a própria estrutura<br />
muito rígida desta, dificultando, às<br />
vêzes, a consecução dos objetivos<br />
propostos.<br />
A competição entre as Obras Sociais,<br />
inclusive a superposição de promoções<br />
e atividades diversas — dificulta a ação<br />
voluntária. Existe, ainda, a necessidade<br />
de se superar a tradicional imagem do<br />
trabalho voluntário com características<br />
eminentemente assistencialistas,<br />
diletantes, que representavam um mero<br />
passatempo ou, até mesmo, um<br />
instrumento de autopromoção.<br />
O voluntário e a administração pública<br />
Frente à complexidade das dificuldades<br />
sociais, muitas iniciativas públicas e<br />
particulares não conseguem realizar,<br />
totalmente, suas programações, pois<br />
grande parte desses programas estão<br />
fundados sobre princípios<br />
sócio-educativos e para sua consecução<br />
dependem da ação multiplicadora de<br />
elementos da comunidade.<br />
Nesse contexto, a participação voluntária<br />
e consciente de cada pessoa emerge<br />
como um dos recursos mais valiosos<br />
para apressar o processo de<br />
desenvolvimento social.
A valorização do voluntariado pelo<br />
Poder Público significa ; também, o<br />
amadurecimento do processo de<br />
desenvolvimento social, através do<br />
diálogo objetivo sobre a realidade e<br />
a possibilidade de compartilhar as<br />
responsabilidades referentes à promoção<br />
do bem comum.<br />
0 incentivo ao fortalecimento e<br />
surgimento do voluntariado local<br />
(em cada bairro, cidade) significa a<br />
existência de uma nova mentalidade,<br />
capaz de garantir e estimular a<br />
continuidade e os esforços por um<br />
novo estágio de vida social, graças ao<br />
grau de conhecimento da realidade, a<br />
responsabilidade e a consciência do<br />
valor da ação conjunta.<br />
Deste 19 Documento do Voluntariado<br />
Social, constam as Recomendações -<br />
pontos fundamentais que os<br />
participantes do VIII? Seminário<br />
(em 1977) apontaram como requisitos<br />
essenciais para a dinamização do<br />
trabalho voluntário, os quais indicam<br />
objetivos a serem desenvolvidos não<br />
só a partir daquele Seminário, mas a<br />
médio e longo prazo, dentro das<br />
características sócio-educativas de<br />
incentivo à maior Participação<br />
Comunitária.<br />
As recomendações registradas no<br />
I° Documento do Voluntariado<br />
Social do Estado de São <strong>Paulo</strong> são<br />
estas:<br />
1) Reconhecimento e valorização do<br />
trabalho voluntário pelo Poder<br />
Público, entidades privadas e<br />
comunidades em geral.<br />
2) Incentivo governamental ao trabalho<br />
voluntário, com a criação de<br />
estruturas que permitam a formação<br />
de recursos humanos.<br />
3) Destinação de recursos mínimos<br />
necessários à ação voluntária e<br />
inserção da mesma nos planejamentos<br />
governamentais da ação social.<br />
4) Integração de esforços e recursos<br />
disponíveis e montagem permanente<br />
do Balcão Informativo de Recursos<br />
Comunitários (como o promovido<br />
pelo FASPG), de modo a facilitar o<br />
trabalho voluntário e seu acesso ao<br />
Poder Público.<br />
5) Ampliação do Voluntariado pela<br />
maior divulgação de sua importância.<br />
6) Preparo e motivação das Obras Sociais<br />
para receberem voluntários.<br />
7) Treinamentos básicos para ação<br />
comunitária e treinamentos<br />
específicos conforme a área de<br />
atuação do voluntário.<br />
8) Conhecimento, pelos voluntários,<br />
dos objetivos e diretrizes das<br />
entidades onde se engajam.<br />
9) Encontros periódicos de<br />
sensibilização e motivação, para<br />
engajamento de voluntários.<br />
10) Possibilidade de escolha, pelos<br />
voluntários, do campo de atuação<br />
mais adequado aos seus interesses<br />
e aptidões.<br />
11) Definição clara das funções dos<br />
voluntários, com atribuições de<br />
tarefas efetivamente úteis e<br />
promoções dentro da hierarquia de<br />
necessidades das Obras Sociais,<br />
conforme os serviços prestados.<br />
12) Coordenação dos grupos de<br />
voluntários e sua integração no<br />
trabalho da entidade, pela<br />
participação em planejamentos, pela<br />
supervisão e orientação.<br />
13) Avaliação dos trabalhos<br />
desenvolvidos, visando o<br />
aprimoramento no desempenho das<br />
equipes integradas por técnicos e<br />
voluntários.<br />
14) Trabalho em equipes, nas entidades,<br />
com abertura de lado a lado, entre<br />
técnicos e voluntários.
15) Estímulos concretos para que<br />
estudantes realizem estágios<br />
voluntários e profissionais<br />
disponham horas voluntárias de<br />
seu trabalho.<br />
16) Valorização, com dinamização de<br />
programas em desenvolvimento, das<br />
cidades que contam com um corpo<br />
de voluntários efetivamente<br />
engajados em trabalhos de<br />
Promoção Social.<br />
17) Criação de uma Central de<br />
Voluntariado, para promover a<br />
integração e coordenação de esforços<br />
neste campo.<br />
18) Que o Voluntariado Social tenha<br />
uma visão global e objetiva da<br />
realidade e colabore para maior<br />
racionalização e dinamização dos<br />
programas sociais, visando o<br />
desenvolvimento integral do<br />
Ser Humano.<br />
No esforço de viabilizar essas<br />
Recomendações, o FASPG desenvolveu<br />
programação especial, constando dos<br />
seguintes trabalhos:<br />
Quanto a integração de esforços, maior<br />
divulgação do trabalho voluntário junto<br />
à população, com preparo e motivação<br />
das Obras Sociais para receberem<br />
voluntários, bem como maior<br />
conhecimento das atividades realizadas<br />
pelas Obras Sociais por parte dos<br />
Voluntários, o FASPG organizou o<br />
Balcão de Entidades Sociais.<br />
Balcão de entidades sociais<br />
Essa iniciativa foi realizada pela primeira<br />
vez em 1977, coordenada pelo Arrastão<br />
— Movimento de Promoção Humana,<br />
como uma das atividades da I? Quinzena<br />
de Participação Comunitária para o<br />
Desenvolvimento da Criança.<br />
Durante a Quinzena, dirigentes, técnicos<br />
e voluntários das diversas áreas do setor<br />
social trabalharam integrados, tendo<br />
oportunidade de iniciar ou aprofundar<br />
o conhecimento mútuo e, no contato<br />
direto com o público, não só divulgar<br />
os serviços que prestam à comunidade,<br />
como apresentar o trabalho voluntário,<br />
esclarecendo a população sobre a valiosa<br />
contribuição prestada pelo recurso<br />
humano voluntário.<br />
Desse 19 Balcão participaram as<br />
seguintes entidades: Ação Comunitária<br />
do Brasil — São <strong>Paulo</strong>; Ação Comunitária<br />
Paroquial de Guaianazes; Amparo<br />
Maternal; Arrastão — Movimento de<br />
Promoção Humana; Assistência<br />
Vicentina de São <strong>Paulo</strong>; Associação<br />
Barão de Souza Queiroz de Proteção<br />
à Infância e à Juventude — Instituto<br />
Dona Ana Rosa; Associação Cristã de<br />
Moços — ACM; Associação Cruz Verde;<br />
Associação das Voluntárias do Hospital<br />
das Clínicas; Associação dos Pais e<br />
Amigos dos Excepcionais de São <strong>Paulo</strong> -<br />
APAE; Associação Luiza de Marillac -<br />
Cidade dos Velhinhos; Associação<br />
Paulista de Amparo à Mulher; Associação<br />
Santo Agostinho — ASA; Centro de<br />
Assistência da Paróquia de São Matheus<br />
Apóstolo; Centro de Promoção Social<br />
Cônego Luiz Biasi; Centro de Proteção à<br />
Infância e Maternidade Taboão da<br />
Serra - CEPIM; Centro Israelita de<br />
Assistência ao Menor — C IAM; Centro<br />
Social Comunitário Jardim Esther;<br />
Centro Social Comunitário Jardim<br />
Primavera; Centro Social São Francisco<br />
de Assis; Centro Social Morro Velho;<br />
Comunidade Inamar — Educação e<br />
Assistência Social; Comunidade Kolping<br />
Jardim Catanduva; Conjunto Paroquial<br />
Mãe do Salvador; Corpo Municipal de<br />
Voluntários —CMV; Escritório Central<br />
Paulista de Alcoólicos Anônimos;<br />
Fundação Antônio Prudente — Rede<br />
Feminina de Combate ao Câncer;<br />
25
Fundação Casa do Pequeno Trabalhador;<br />
Fundação Dona Paulina de Souza<br />
Queiroz; Fundação para o Livro do Cego<br />
no Brasil; Instituto de Amparo ao<br />
Trabalhador Preso; Instituto dos Cegos<br />
"Padre Chico"; Instituto de Reintegração<br />
Social e Profissional — IRESP; Instituto<br />
Social de Educação e Assistência São<br />
João Gualberto; Lar das Crianças da<br />
Congregação Israelita Paulista; Lar<br />
Escola São Francisco; Liga das Senhoras<br />
Católicas — Educandário Dom Duarte;<br />
Liga Feminina Israelita do Brasil;<br />
Mosteiro de São Geraldo de São <strong>Paulo</strong>;<br />
Movimento Pró-Idosos — MOPI; Mutirão<br />
do Pobre; Obra Assistencial Nossa<br />
Senhora do 0; Reino da Garotada de<br />
Poá; São <strong>Paulo</strong> Woman's Club; Sociedade<br />
Civil Banco de Olhos de São <strong>Paulo</strong>;<br />
Sociedade de Ensino Profissional e<br />
Assistência Social — SEPAS; Sociedade<br />
Pestalozzi de São <strong>Paulo</strong>; União das Obras<br />
Sociais do Estado de São <strong>Paulo</strong> -<br />
UNIDOS.<br />
Integração<br />
A avaliação desse Balcão foi considerada<br />
altamente positiva pela maior parte das<br />
entidades participantes, que, ao final do<br />
evento, apontaram a integração entre as<br />
várias obras como o resultado mais<br />
significativo. Algumas entidades,<br />
inclusive, registraram programações<br />
conjuntas, iniciadas durante o contato<br />
estabelecido na Quinzena, podendo<br />
somar seus esforços para melhor<br />
atendimento da população.<br />
Visão global<br />
Com a mesma ênfase dada à oportunidade<br />
para integração de trabalhos, as Obras<br />
Sociais participantes destacaram o valor<br />
da visão global do setor social, que<br />
surgiu através do relacionamento e o<br />
conhecimento das atividades realizadas<br />
por cada entidade.<br />
26<br />
O contato direto com o público foi o<br />
que mais surpreendeu os técnicos,<br />
monitores e voluntários das várias<br />
entidades, ao perceberem o quanto a<br />
população desconhece os serviços que<br />
(as obras) realizam, bem como<br />
identificar que grande parte das pessoas<br />
desconhecia a possibilidade de contribuir<br />
com o seu trabalho voluntário — fazendo<br />
porque quer (escolha e decisão), o que<br />
gosta e o que sabe.<br />
Por outro lado, várias entidades tomaram<br />
esse "desconhecimento da coletividade"<br />
como tema de reflexão, procurando<br />
identificar até que ponto as próprias<br />
obras sociais são responsáveis por essa<br />
falta de conhecimento da população,<br />
debatendo aspectos relativos à ação<br />
isolada, a falta de abertura das entidades<br />
para a comunidade e como promover um<br />
relacionamento de benefício mútuo,<br />
com a população usufruindo dos serviços<br />
prestados e colaborando para a melhoria<br />
e ampliação desses serviços.<br />
Dinamização dos programas destinados<br />
ao voluntariado<br />
Com esse referencial básico e a boa<br />
receptividade do trabalho voluntário,<br />
não só das obras dos participantes do<br />
Balcão, mas de grande número de<br />
entidades localizadas nas cidades da<br />
Grande São <strong>Paulo</strong> e do Interior, bem<br />
como o interesse das lideranças<br />
municipais pela colaboração do<br />
Voluntariado, o FASPG realizou, em<br />
1978, as seguintes atividades destinadas<br />
a facilitar a concretização das<br />
Recomendações (constantes do<br />
Documento do Voluntariado Social):<br />
Divulgação<br />
Três filmes para TV, enfocando o<br />
trabalho realizado pelo voluntário junto<br />
aos vários setores da área social,<br />
exibidos, respectivamente, em junho,
preparando a comemoração do Dia do<br />
Voluntário Social (19 domingo de julho).<br />
0 segundo filme enfatizou o significado<br />
de Participação Comunitária da ação<br />
voluntária e a importância desta<br />
contribuição para o desenvolvimento<br />
da coletividade e foi exibido em agosto<br />
de 1978.<br />
0 último filme desta série enfocou a<br />
necessidade do trabalho integrado das<br />
várias instituições, entidades, clubes de<br />
serviço, associações e da participação da<br />
comunidade para a promoção do<br />
desenvolvimento social (foi exibido<br />
em novembro de 1978).<br />
Central municipal de voluntários<br />
A contínua e crescente ênfase que a<br />
programação do FASPG deu à formação<br />
de recursos humanos, em especial aos<br />
voluntários, foi despertando e<br />
amadurecendo o interesse das lideranças<br />
municipais pelo Voluntariado.<br />
Assim, em junho de 1978 (vide XI IQ<br />
Seminário de Participação Comunitária<br />
— Voluntariado), o FASPG promoveu<br />
uma série de 24 Encontros de<br />
Participação Comunitária de âmbito<br />
regional (atingindo municípios das<br />
10 Regiões Administrativas do Interior<br />
do Estado), propondo o estudo do<br />
projeto para a implantação da central<br />
municipal de voluntários.<br />
Voluntariado e o apoio do poder público<br />
Esse projeto é uma alternativa destinada<br />
a incentivar a consecução das<br />
Recomendações do I° Documento do<br />
Voluntariado Social, relativas ao<br />
reconhecimento e apoio do Poder<br />
Público, bem como promover o estudo<br />
e debates sobre a realidade local, onde o<br />
voluntário realiza seus trabalhos, com<br />
cursos, encontros e reciclagens a partir<br />
das características específicas de cada<br />
cidade.<br />
Voluntariado local<br />
0 incentivo à formação do Voluntariado<br />
local é um dos objetivos fundamentais<br />
do FASPG, dada a contribuição imensa<br />
que representa um voluntariado<br />
consciente, solidário e integrado, no<br />
incentivo à Participação Comunitária,<br />
garantindo a continuidade do processo<br />
sócio-educativo para a Promoção do<br />
Homem.<br />
Além disso, o voluntariado local,<br />
organizado e dinamizado, representa<br />
o aproveitamento do potencial dos<br />
moradores para a racionalização da<br />
ação social desenvolvida nos municípios,<br />
facilitando a integração dos recursos<br />
próprios de cada localidade, se<br />
auto-promovendo, e cada vez menos<br />
dependente quanto à captação de<br />
recursos para prover às necessidades<br />
básicas das populações mais carentes<br />
e envolvendo a estas num processo de<br />
promoção humana e de<br />
desenvolvimento social.<br />
Diretrizes<br />
Esse Projeto tem as seguintes diretrizes:<br />
— Valorização do trabalho voluntário e<br />
incentivo ao desenvolvimento do<br />
potencial voluntário dos indivíduos,<br />
contribuindo para um melhor<br />
aproveitamento e integração dos<br />
recursos humanos, físicos e<br />
financeiros.<br />
— Integração entre a Central de<br />
Voluntários, órgãos públicos e<br />
privados e entidades sociais locais,<br />
visando maior racionalização e<br />
dinamização de seus serviços.<br />
Criar um elo<br />
A meta, ao se incentivar a implantação
da Central Municipal de Voluntários, é<br />
que esta venha a arregimentar, capacitar<br />
encaminhar, orientar, assessorar e<br />
acompanhar voluntários em entidades<br />
sociais que realizam um trabalho<br />
educativo voltado para a Promoção<br />
Humana.<br />
Cria-se, assim, um elo entre entidades,<br />
voluntariado e o processo de<br />
desenvolvimento social, evitando-se<br />
a dispersão de recursos e, através desse<br />
incentivo à maior participação<br />
comunitária, fortalecendo os laços<br />
de identificação do indivíduo com<br />
sua realidade, conquistando-se, aí,<br />
melhores condições de vida.<br />
Fluxograma<br />
voluntário —w Central —+ Entidade<br />
1<br />
Treinamento de Ação Comunitária Reciclagem<br />
Treinamentos Específicos<br />
Criança<br />
Saúde<br />
Clube de Mães<br />
Grupo Gestantes<br />
Bonecos para Educação<br />
Estudo e implantação<br />
Da série de 24 Encontros de Participação<br />
Comunitária que levou o Projeto para<br />
Implantação da Central Municipal de<br />
Voluntários, participaram 2.515<br />
representantes de 1.079 entidades<br />
sociais de 325 municípios do Interior<br />
do Estado.<br />
Grande número dos municípios têm<br />
procurado orientação e assessoria do<br />
FASPG, para ultimar a implantação<br />
deste projeto.<br />
119 balcão de entidades<br />
Durante a I I? Quinzena de Participação<br />
Comunitária para o Desenvolvimento<br />
da Criança (Parque da Agua Branca, de<br />
7 a 22 de outubro de 1978), o FASPG<br />
organizou a montagem do Balcão de<br />
Entidades Sociais, desta vez coordenado<br />
pelo CIAM — Centro Israelita de<br />
Assistência ao Menor (as entidades<br />
participantes optaram pelo rodízio na<br />
coordenação desse Balcão).<br />
Tendo em vista a avaliação do ano<br />
anterior, já na fase preparatória do<br />
Balcão de Entidades/78, os participantes<br />
estudaram as diversas maneiras para<br />
levar, com a maior eficácia possível,<br />
os objetivos desse Balcão e as<br />
informações sobre cada entidade<br />
ao público.<br />
Para tal, da mesma maneira que em<br />
1977, foram treinados monitores,<br />
selecionado o material de exposição<br />
nos estandes e preparados folhetos de<br />
divulgação e um Guia Informativo de<br />
Entidades Sociais, contendo a função<br />
de cada obra, os serviços que presta,<br />
ámbito de atuação, meios de acesso<br />
da população.<br />
Nesse Balcão, estiveram representadas<br />
54 entidades, reunidas de acordo com<br />
setores de atuação (Menor, Família e<br />
Comunidade, Idosos, Deficientes Físicos<br />
e Mentais e Reintegração Social),<br />
conforme a relação abaixo:<br />
Menor<br />
Associação Barão de Souza Queiroz de<br />
Proteção à Infância e à Juventude -<br />
Instituto Dona Ana Rosa; Associação<br />
Cristã Feminina de São <strong>Paulo</strong>;<br />
Associação Evangélica Beneficente;
Associação Paulista da Igreja Adventista<br />
do Sétimo Dia; Associação Santo<br />
Agostinho — ASA; Fundação Casa do<br />
Pequeno Trabalhador; Instituto<br />
Rogacionista; Legião da Boa Vontade —<br />
LBV; Movimento de Assistência aos<br />
Encarcerados de São <strong>Paulo</strong> — MAESP;<br />
Obra Assistencial Nossa Senhora do 0;<br />
Organização Mundial de Educação<br />
Pré-Escolar.<br />
Família e comunidade<br />
Ação Comunitária do Brasil — São<br />
<strong>Paulo</strong>; Ação Comunitária Paroquial de<br />
Guaianazes; Arrastão — Movimento de<br />
Promoção Humana; Associação Cívica<br />
Feminina; Associação Pró-Artesanato -<br />
APAR; Centro de Promoção Social<br />
"Cônego Luiz Biasi"; Centro Itaquerense<br />
das Famítias Amigas — CIFA; Centro<br />
Paroquial de Assistência; Centro Social<br />
Comunitário Jardim Primavera; Centro<br />
Social Lauzanne Paulista; Centro Social<br />
Nossa Senhora do Bom Parto; Centro<br />
Social São Francisco de Assis;<br />
Comunidade Kolping do Jardim<br />
Catanduva; Conjunto Paroquial Mãe<br />
do Salvador; Corpo Municipal de<br />
Voluntários — CMV; Federação das<br />
Obras Sociais — FOS; Federação Espírita<br />
do Estado de São <strong>Paulo</strong> — DAS — Casa<br />
Transitória; Instituto Social de Educação<br />
e Assistência São João Gualberto;<br />
Núcleo Batuíra — Serviço de Proteção<br />
da Família; Obra de Assistência da<br />
Paróquia São Matheus Apóstolo;<br />
Sociedade de Ensino Profissional e<br />
Assistência Social — SEPAS; União<br />
Brasileira Israelita do Bem Estar Social<br />
— UNIBES; União Cívica Feminina;<br />
União das Obras Sociais do Estado de<br />
São <strong>Paulo</strong> — UNIDOS.<br />
Idosos<br />
Associação Luiza de Marillac — Cidade<br />
dos Velhinhos "Santa Luiza de Marillac";<br />
Centro de Promoção Humana "Lar<br />
Vicentino"; Movimento Pró-Idosos —<br />
MOP I.<br />
Deficientes físicos e mentais<br />
Associação Cruz Verde; Associação de<br />
Assistência à Criança Defeituosa -<br />
AACD; Associação de Pais e Amigos<br />
dos Excepcionais de São <strong>Paulo</strong> — APAE;<br />
Centro Israelita de Assistência ao Menor<br />
— CIAM; Fundação "Dona Paulina de<br />
Souza Queiroz"; Fundação para o Livro<br />
do Cego no Brasil; Instituto de Cegos<br />
"Padre Chico"; Lar Escola São Francisco;<br />
Liga Feminina Israelita do Brasil;<br />
Sociedade Civil Banco de Olhos de São<br />
<strong>Paulo</strong>; Sociedade Pestalozzi de São<br />
<strong>Paulo</strong>.<br />
Reintegração social<br />
AL-ANON; Alcoólicos Anônimos;<br />
Amparo Maternal; Associação das<br />
Voluntárias do Hospital das Clínicas -<br />
AVOHC; Associação Paulista de Amparo<br />
à Mulher.<br />
Central de voluntários do FASPG<br />
Desde junho de 1978, o FASPG deu<br />
in [cio às atividades de uma Central de<br />
Voluntários, funcionando junto ao setor<br />
de Formação de Recursos Humanos da<br />
Divisão da Grande São <strong>Paulo</strong>. Por meio<br />
dessa Central, o FASPG procurou<br />
contatar e atender às necessidades de<br />
recursos voluntários das várias obras<br />
sociais da capital, bem como prestar<br />
orientação e informações às pessoas<br />
interessadas em se engajar no<br />
voluntariado, colaborando para<br />
identificação das aptidões, dos<br />
trabalhos possíveis de serem realizados<br />
nos vários setores da área social.<br />
Durante a 119 Quinzena (1978), essa<br />
Central de Voluntários funcionou no<br />
Parque da Agua Branca, procurando<br />
facilitar e motivar o contato do público<br />
com as obras participantes do Balcão de<br />
Entidades.<br />
27
Integração e contato com o público<br />
A integração entre as entidades, o maior<br />
conhecimento dos recursos comunitários<br />
(vide Balcão Informativo de Recursos<br />
Comunitários) e o melhor<br />
relacionamento com a população,<br />
durante a Quinzena, foram os pontos<br />
mais positivos apontados pelas entidades<br />
representadas no Balcão.<br />
Essa avaliação pode ser sintetizada no<br />
seguinte trecho do discurso<br />
proferido por dona Maria Célia Ferraz<br />
Monteiro de Barros, vice-presidente da<br />
Fundação para o Livro do Cego.<br />
"Viemos, todos nós, de um trabalho<br />
estafante, mas altamente gratificante.<br />
Levamos o nosso recado, mandamos a<br />
nossa mensagem a 850 mil pessoas que<br />
percorreram os nosso balcões. Para gente<br />
que veio de longe, que veio da periferia<br />
de nossa cidade, gente carente, gente<br />
sequiosa de aprender, gente ansiosa<br />
por crescer.<br />
"Colaboramos, com interesse e<br />
entusiasmo profundo, pela integração do<br />
desenvolvimento do nosso povo,<br />
almejando que ele possa gozar dos<br />
benefícios que o trabalho da presidente<br />
do FASPG, numa colaboração eficiente<br />
e construtiva, pode oferecer e<br />
proporcionar.<br />
"0 trabalho do FASPG foi um marco nc<br />
atual governo, como nós paulistas nunca<br />
tínhamos vivido. A senhora, dona Lila,<br />
também deixou sua impressão digital na<br />
grande árvore deste governo, tão<br />
profícuo em realizações.<br />
"Governo que enfrentou com galhardia a<br />
diminuição da receita imposta aos<br />
Estados, além das crises sociais e<br />
políticas. Realizações construídas<br />
com recursos limitados, realizações<br />
28<br />
silenciosas, realizações para o bem<br />
estar do povo — que os anos se<br />
incumbirão de levar à luz do sol".<br />
Observação — Coerente com a proposta<br />
de ação integrada, o FASPG atuou como<br />
órgão complementar à excelente atuação<br />
do Corpo Municipal de Voluntários -<br />
CMV —, criado por dona Tide Setúbal<br />
junto à Prefeitura Municipal de São<br />
<strong>Paulo</strong>, formando recursos humanos<br />
(através dos treinamentos) para a<br />
expansão dos trabalhos do CMV,<br />
principalmente na região leste da<br />
Capital. A Central de Voluntários<br />
criada pelo FASPG em 1978, veio<br />
atender à solicitação de inúmeras<br />
entidades e voluntários que procuravam<br />
um meio para o melhor desempenho de<br />
suas atividades, recebendo orientação e<br />
informações.
gt:yøntø<br />
-<br />
cc. ttJflSflffl<br />
Intermediário<br />
Em contato direto com a população<br />
(vide capítulos Projeto Piloto e Plantão<br />
de Referência), com prefeitos e<br />
dirigentes de entidades sociais e, ainda,<br />
por meio dos debates dos participantes<br />
dos cursos e seminários, o FASPG<br />
constatou que grande número de<br />
pessoas, inclusive lideranças,<br />
desconheciam vários dos recursos<br />
oferecidos por órgãos públicos e<br />
particulares ou não sabiam como ter<br />
acesso a estes serviços, essenciais para<br />
o atendimento das necessidades<br />
individuais ou para dinamizar os<br />
trabalhos realizados pelas entidades,<br />
podendo prestar melhor atendimento<br />
à população.<br />
Procurando criar uma alternativa para<br />
maior utilização dos recursos<br />
comunitários, o FASPG promoveu uma<br />
reunião, em fevereiro de 1976, com a<br />
presença dos titulares das Secretarias<br />
Estaduais, Municipais, Autarquias,<br />
Companhias de Economia Mista e<br />
órgãos Particulares ligados ao setor<br />
social e propôs a criação do Balcão<br />
Informativo de Recursos Comunitários,<br />
tendo como objetivo fornecer<br />
informações e orientação para o uso<br />
mais intenso dos recursos apresentados<br />
por órgãos federais, estaduais, municipais<br />
e particulares, promovendo debates<br />
sobre esses serviços, permitindo que o<br />
"usuário seja ouvido" e, através desse<br />
contato direto com técnicos de entidades<br />
sociais, voluntários e a população, os<br />
órgãos recebessem subsídios para melhor<br />
atuação.<br />
Um canal de comunicação entre a<br />
população e a administração pública -<br />
essa a característica fundamental do<br />
Balcão Informativo de Recursos<br />
Comunitários.
A comunicação direta estabelecida por<br />
meio do Balcão veio reforçar o contato<br />
com a realidade social que o FASPG<br />
procurou incentivar como órgão<br />
complementar às diretrizes<br />
governamentais de caráter prioritário<br />
(para o setor social) e intermediário<br />
entre a população e o Poder Público.<br />
As atividades do Balcão Informativo de<br />
Recursos Comunitários foram iniciadas<br />
durante o 1119 Seminário de Participação<br />
Comunitária, em março de 1976, com a<br />
presença do presidente Ernesto Geisel e<br />
do governador <strong>Paulo</strong> <strong>Egydio</strong> Martins.<br />
Função<br />
0 Balcão Informativo de Recursos<br />
Comunitários estruturou seus serviços<br />
da seguinte maneira:<br />
Prestar esclarecimentos de serviços a:<br />
— Clientela dos Seminários e Encontros<br />
de Participação Comunitária;<br />
— Grupos de visitas programadas;<br />
— Autoridades federais, estaduais,<br />
municipais;<br />
— Técnicos e voluntários;<br />
— Universitários;<br />
— Estudantes de 29 grau;<br />
— Grupos Específicos;<br />
— Público em geral;<br />
— Adultos;<br />
— Jovens.<br />
Informações<br />
0 Balcão prestou informações relativas a<br />
— Programas de prestação de serviços à<br />
comunidade;<br />
— Projetos de prestação de serviços à<br />
comunidade;<br />
— Atividades planejadas em função da<br />
comunidade, todos elaborados por<br />
órgãos públicos e privados.<br />
Meios de divulgação dos recursos<br />
— Painéis integrados sobre prestação de<br />
serviços dos diversos órgãos;<br />
— Folhetos informativos de cada<br />
entidade participante;<br />
— Guias de recursos comunitários, onde<br />
constam nomes dos órgãos, suas<br />
funções, meios de acesso da<br />
população, etc.<br />
Orientação profissional<br />
Orientação profissional para estudantes<br />
das 7? e 8g séries, através do Setor de<br />
Profissionalização.<br />
Integração<br />
0 Balcão se propês a estabelecer um<br />
serviço de integração entre técnicos e<br />
voluntários das diversas entidades que<br />
têm serviços afins, bem como incentivou<br />
a ação conjunta de vários órgãos que,<br />
através do contato entre os técnicos,<br />
puderam promover programações<br />
integradas.<br />
Serviços<br />
0 Balcão realizou:<br />
— Encaminhamentos dos interessados<br />
aos recursos comunitários;<br />
— Debates exploratórios para melhor<br />
utilização dos diversos recursos<br />
comunitários existentes;<br />
— Coleta de dados sobre a eficiência<br />
e as eventuais deficiências dos<br />
recursos oferecidos.<br />
"Ajustando-se aos objetivos da<br />
integração e dinamização de recursos,<br />
como mais um instrumento para<br />
mobilizar a participação comunitária,<br />
o Balcão Informativo de Recursos<br />
Comunitários passou a integrar as<br />
atividades do FASPG, completando<br />
e reforçando os Seminários e os<br />
treinamentos de recursos humanos,<br />
pois, além de ser uma amostragem dos<br />
recursos existentes, propiciou a troca de<br />
informações e experiências e facilitou a<br />
orientação na área social.<br />
'a
"0 contato direto dos participantes<br />
com os técnicos de cada órgão<br />
apresentado, apressou encaminhamentos<br />
e tornou mais eficazes os canais de<br />
comunicação entre o Governo e o Povo"<br />
Debates<br />
"Durante a apresentação do Balcão,<br />
realizada paralelamente aos Seminários<br />
de Participação Comunitária<br />
coordenados pelo FASPG, os<br />
participantes dos seminários, como<br />
também os grupos de visitas programadas<br />
(autoridades federais, estaduais e<br />
municipais, universitários, estudantes<br />
de 29 grau, professores, técnicos de<br />
órgãos públicos e privados, voluntários<br />
de obras sociais, Sociedades Amigos de<br />
Bairro, etc.), após a visita ao Balcão e<br />
troca de informações, participaram de<br />
grupos de debates coordenados por<br />
técnicos do FASPG (e com a presença<br />
de representantes dos órgãos envolvidos<br />
no Balcão), onde foram evidenciadas<br />
situações-problemas e levantadas<br />
propostas-soluções, através dos enfoques<br />
dos técnicos e dos diferentes grupos<br />
representativos da comunidade".<br />
Fator de integração<br />
"No decorrer do processo de trabalho,<br />
ainda como resultado altamente positivo,<br />
destaca-se que o Balcão tem,<br />
efetivamente, favorecido a ação conjunta<br />
entre entidades participantes,<br />
concorrendo para um aprofundamento<br />
das relações existentes entre os órgãos<br />
e técnicos envolvidos no trabalho.<br />
"Contribui, também, para uma<br />
racionalização de esforços, visto reunir,<br />
num só momento e local, pessoas<br />
preocupadas com a solução dos<br />
problemas sociais, evitando, desse modo,<br />
constantes deslocamentos que oneram<br />
Prefeituras, Obras Sociais e Governo".<br />
30<br />
Ação complementar<br />
"Desta forma, o Balcão Informativo de<br />
Recursos Comunitários complementou a<br />
ação dos órgãos públicos e privados,<br />
motivou à racionalização dos trabalhos<br />
e incentivou a integração dos recursos<br />
comunitários, com a conseqüente<br />
mobilização e participação<br />
comunitária". (1)<br />
0 Balcão reunia as seguintes áreas:<br />
1) Planejamento;<br />
2) Saúde e Nutrição;<br />
3) Habitação;<br />
4) Educação e Promoção Social;<br />
5) Cultura e Lazer;<br />
6) Previdência Social;<br />
7) Profissionalização;<br />
8) Administração;<br />
9) Participação Comunitária;<br />
e contou com a participação dos<br />
seguintes órgãos:<br />
Planejamento<br />
Secretaria de Estado da Economia e<br />
Planejamento:<br />
— Assessoria de Projetos Especiais;<br />
— Coordenadoria de Ação Regional -<br />
Balcão de Projetos e C.S.U.;<br />
— Coordenadoria de Análise de Dados -<br />
SEADE;<br />
— Coordenadoria de Planejamento e<br />
Avaliação — SEMO.<br />
Secretaria de Estado dos Negócios<br />
Metropolitanos:<br />
— Empresa de Planejamento da Grande<br />
São <strong>Paulo</strong> — EMPLASA.<br />
Educação e promoção social<br />
Ministério da Educação e Cultura:<br />
— Fundação Nacional do Material<br />
Escolar — FENAME.<br />
Ministério da Previdência e Assistência<br />
Social:<br />
— Fundação Legião Brasileira de<br />
Assistência — LBA.<br />
Secretaria de Estado da Educação.
Secretaria de Estado da Justiça.<br />
Secretaria de Estado dos Negócios<br />
Metropolitanos:<br />
— Empresa de Planejamento da Grande<br />
São <strong>Paulo</strong> — Ação Comunitária -<br />
EMPLASA.<br />
Secretaria da Promoção Social.<br />
Caixa Econômica do Estado de São<br />
<strong>Paulo</strong> -- CEESP.<br />
Fundação Estadual do Bem-Estar do<br />
Menor -- FEBEM.<br />
Fundação do Movimento Brasileiro de<br />
Alfabetização — MOBRAL -<br />
Coordenação Estadual.<br />
Secretaria das Administrações Regionais<br />
do Município de São <strong>Paulo</strong>:<br />
— Coordenadoria do Bem-Estar Social —<br />
COB ES.<br />
Secretaria da Educação do Município de<br />
São <strong>Paulo</strong>:<br />
— Departamento de Planejamento,<br />
Orientação e Controle — DEPLAN.<br />
Superintendência municipal de Educação<br />
Saúde e nutrição<br />
Ministério da Educação e Cultura:<br />
— Campanha Nacional de Alimentação<br />
Escolar — CNAE.<br />
Secretaria de Estado da Agricultura:<br />
— Coordenadoria de Assistência Técnica<br />
Integral — CATI;<br />
— Instituto de Tecnologia de Alimentos<br />
— ITAL.<br />
Secretaria de Estado da Educação —<br />
Departamento de Assistência ao<br />
Escolar — DAE.<br />
Secretaria de Estado da Saúde:<br />
— Coordenadoria de Saúde da<br />
Comunidade.<br />
Fundação "Centro de Pesquisas de<br />
Oncologia".<br />
Fundação para o Remédio Popular —<br />
FUR P.<br />
Secretaria de Higiene e Saúde do<br />
Município de São <strong>Paulo</strong>.<br />
Profissionalização<br />
Ministério do Trabalho:<br />
— Programa Intensivo de Preparação de<br />
Mão-de-obra — PIPMO;<br />
— Serviço Nacional de Formação<br />
Profissional Rural - SENAR;<br />
— Serviço Nacional de Aprendizagem<br />
Comercial — SENAC;<br />
— Serviço Social da Indústria —SESI.<br />
Secretaria de Estado da Agricultura:<br />
— Coordenadoria de Assistência Técnica<br />
Integral —CAT!.<br />
Secretaria de Estado da Educação:<br />
— Coordenadoria de Ensino.<br />
Secretaria de Estado das Relações do<br />
Trabalho.<br />
Secretaria da Promoção Social.<br />
Centro de Integração Empresa-Escola —<br />
CIE/E.<br />
Fundação Movimento Brasileiro de<br />
Alfabetização — MOBRAL.<br />
Secretaria das Administrações Regionais<br />
do Município de São <strong>Paulo</strong>:<br />
— Coordenadoria do Bem-Estar Social —<br />
COB ES.<br />
Secretaria de Serviços e Obras do<br />
Município de São <strong>Paulo</strong>:<br />
— Departamento de Parques e Areas<br />
Verdes.<br />
Cultura e lazer<br />
Serviço Social do Comércio — SESC.<br />
Serviço Social da Indústria — SESI.<br />
Secretaria de Estado da Cultura, Ciência<br />
e Tecnologia.<br />
Secretaria de Estado de Esportes<br />
e Turismo:<br />
— Coordenadoria de Esportes;<br />
— Coordenadoria de Turismo;<br />
— Fomento de Urbanização e Melhoria<br />
das Estâncias — FUMEST.<br />
Secretaria de Estado das Relações do<br />
Trabalho.<br />
Secretaria da Promoção Social:<br />
— Fundação Movimento Brasileiro de<br />
Alfabetização — MOBRAL -<br />
Coordenação Estadual.
Secretaria de Cultura do Município de<br />
São <strong>Paulo</strong>.<br />
Secretaria de Esportes do Município de<br />
São <strong>Paulo</strong>.<br />
Secretaria de Serviços e Obras do<br />
Município de São <strong>Paulo</strong>.<br />
Administração pública<br />
Secretaria dos Negócios de<br />
Administração:<br />
— Coordenadoria de Administração de<br />
Pessoal - CAP;<br />
— Coordenadoria de Administração de<br />
Material — CAM;<br />
— Instituto de Assistência Médica ao<br />
Servidor Público Estadual — IAMSPE;<br />
— Instituto de Previdência do Estado de<br />
São <strong>Paulo</strong> — IPESP.<br />
Fundação Prefeito Faria Lima — Centro<br />
de Estudos e Pesquisas de Administração<br />
Municipal.<br />
Habitação<br />
Companhia Estadual de Casas Populares<br />
— CECAP.<br />
Companhia Metropolitana de São <strong>Paulo</strong><br />
— COHAB.<br />
Instituto de Orientação às Cooperativas<br />
Habitacionais de São <strong>Paulo</strong> —<br />
INOCOOP/SP.<br />
Instituto de Orientação às Cooperativas<br />
Habitacionais Bandeirantes —<br />
NOCOOP/SP.<br />
Previdência social<br />
Ministério de Previdência e Assistência<br />
Social:<br />
— SINPAS — Sistema Nacional de<br />
Previdência e Assistência Social;<br />
— Instituto de Administração Financeira<br />
de Previdência e Assistência Social —<br />
IAPAS;<br />
— Instituto Nacional de Assistência<br />
Médica da Previdência Social —<br />
INAMPS;<br />
— Instituto Nacional de Previdência<br />
Social — INPS;<br />
— Fundação Legião Brasileira de<br />
Assistência — LBA;<br />
— Fundação Nacional do Bem-Estar do<br />
Menor — FUNABEM;<br />
— Empresa de Processamento de Dados<br />
da Previdência Social — DATAPREV;<br />
— Central de Medicamentos — CEME.<br />
Serviços públicos<br />
Secretaria de Estado de Obras e Meio<br />
Ambiente:<br />
— Departamento de Águas e Energia<br />
Elétrica — DAEE.<br />
Secretaria de Estado de Economia e<br />
Planejamento:<br />
— PROCON — Defesa do Consumidor e<br />
Serviço da Comunidade.<br />
Secretaria de Estado da Justiça.<br />
Secretaria de Estado da Segurança<br />
Pública:<br />
— Polícia Civil;<br />
— Polícia Militar.<br />
Secretaria de Estado dos Transportes:<br />
— DAESP, DEPARTAMENTO<br />
HIDROVIARIO, DER, DERSA,<br />
FEPASA, TRANSESP, VASP e<br />
DSV.<br />
Centrais Elétricas de São <strong>Paulo</strong> S/A. -<br />
CESP.<br />
Companhia de Saneamento Básico do<br />
Estado de São <strong>Paulo</strong> — SABESP.<br />
Companhia de Tecnologia de<br />
Saneamento Ambiental — CETESB.<br />
Telecomunicações de São <strong>Paulo</strong> S/A. —<br />
TELESP.<br />
Secretaria de Serviços e Obras do<br />
Município de São <strong>Paulo</strong>.<br />
Secretaria de Transportes do Município<br />
de São <strong>Paulo</strong>.<br />
Companhia de Gás de São <strong>Paulo</strong><br />
COM GÁS.<br />
Companhia do Metropolitano de São<br />
<strong>Paulo</strong> — METRO.<br />
Companhia Municipal de Transportes<br />
Coletivos — CMTC.<br />
Secretaria da Saúde:<br />
— Superintendência de Controle de
Endemias — SUCEN;<br />
— Instituto Butantã.<br />
Secretaria das Relações de Trabalho<br />
— Superintendência do Trabalho<br />
Artesanal nas Comunidades -<br />
SUTACO.<br />
Secretaria Municipal de Cultura:<br />
— Bibliotecas Públicas;<br />
— Bibliotecas Infantis.<br />
Secretaria de Estado da Educação.<br />
Movimento Brasileiro de Alfabetização —<br />
MOB RAL.<br />
Prefeitura Municipal de São <strong>Paulo</strong>.<br />
Dados quantitativos do balcão informativo de recursos comunitários<br />
1 — Guarujá — II IP Seminário de Participação Comunitária<br />
órgãos participantes ...................................... 16<br />
Visitantes ............................................... 3.000<br />
2 — São <strong>Paulo</strong> — I VP Seminário de Participação Comunitária<br />
órgãos Participantes ....................................... 32<br />
Visitantes ............................................... 30.000<br />
3 -- Praia Grande — VP Seminário de Participação Comunitária<br />
órgãos participantes ....................................... 42<br />
Visitantes ............................................... 5.000<br />
4 — São <strong>Paulo</strong> — Vila Ré — VIP Seminário de Participação Comunitária<br />
órgãos participantes ....................................... 42<br />
Visitantes ............................................... 1.000<br />
5<br />
Campinas — Vl IP Seminário de Participação Comunitária<br />
Órgãos participantes ....................................... 42<br />
Visitantes ............................................... 3.000<br />
6 — São <strong>Paulo</strong> — Palácio dos Bandeirantes — VI I IP Seminário de<br />
Participação Comunitária — Voluntariado<br />
órgãos participantes ....................................... 42<br />
Visitantes .............................................. 3.000<br />
7 — Araçatuba — I XP Seminário de Participação Comunitária<br />
Õrgãos participantes ....................................... 42<br />
Visitantes ............................................... 4.000<br />
B — São <strong>Paulo</strong> —Água Branca — XP Seminário de Participação<br />
Comunitária<br />
órgãos participantes ....................................... 55<br />
Visitantes .............................................. 250.000<br />
9 — Campos do Jordão — X19 Seminário de Participação Comunitária<br />
órgãos participantes ...................................... 42<br />
Visitantes .............................................. 3.500<br />
10 — São <strong>Paulo</strong> — Palácio dos Bandeirantes — XI IP Seminário de<br />
Participação Comunitária — Voluntariado<br />
órgãos Participantes ....................................... 53<br />
Visitantes ............................................... 3.164<br />
31 J
São José do Rio Preto — XII 19 Seminário de Participação<br />
Comunitária<br />
órgãos participantes ....................................... 53<br />
Visitantes ............................................... 7.251<br />
12 — São <strong>Paulo</strong> — Água Branca — XI V9 Seminário de Participação<br />
Comunitária<br />
órgãos participantes ....................................... 89<br />
Visitantes .............................................. 350.000<br />
Nota:<br />
11/ Texto extraído do Documento do Balcão<br />
Informative de Recursos Comunitários,<br />
elaborado pelos representantes dos diversos<br />
órgãos público e entidades particulares<br />
participantes desta iniciativa.<br />
Contato direto<br />
0 interesse demonstrado por prefeitos,<br />
presidentes de Câmaras, vereadores,<br />
suas esposas, técnicos dos serviços<br />
sociais dos municípios, dirigentes e<br />
voluntários de entidades sociais — foi<br />
evidenciado pela constante solicitação<br />
de continuidade e ampliação dos<br />
serviços prestados pelo Balcão<br />
Informativo de Recursos Comunitários,<br />
durante as conclusões finais de cada<br />
Seminário (conclusões essas elaboradas<br />
pelos participantes dos Seminários),<br />
apontando como "altamente significativa<br />
a oportunidade de contato direto com os<br />
monitores dos diversos órgãos<br />
representados".<br />
O diálogo, os painéis integrados,<br />
incentivando a racionalização de<br />
recursos, propiciaram, principalmente<br />
aos participantes dos seminários,<br />
inúmeras "descobertas" — cursos de<br />
profissionalização que nem suspeitavam<br />
(e fundamentais para aprofundar<br />
programas comunitários de educação<br />
de base), programas preventivos de<br />
saúde pública (dos quais nunca tinham<br />
ouvido falar), desconhecimento dos<br />
direitos básicos do sistema<br />
previdenciário, etc.<br />
32<br />
Um exemplo do que significou esse<br />
Balcão pode ser medido pelo que<br />
representou a divulgação da Fundação<br />
do Remédio Popular — FURP — um<br />
órgão estatal destinado a produzir, em<br />
escala industrial, remédios a preços mais<br />
baixos, visando atender às necessidades<br />
de órgãos públicos e entidades sociais<br />
particulares.<br />
Através da participação da FURP no<br />
Balcão Informativo, os seus técnicos<br />
perceberam o quanto essa Fundação<br />
era pouco conhecida, apesar de grande<br />
número de Prefeituras, Santas Casas,<br />
Centros de Saúde, ambulatórios de<br />
entidades sociais comprometerem<br />
significativa parcela de seus orçamentos<br />
na compra de medicamentos para<br />
atender à população mais carente.<br />
No período que vai de março de 1976<br />
(quando foi realizado o I9 Balcão<br />
Informativo de Recursos Comunitários)<br />
a maio de 1977, a FURP triplicou o<br />
atendimento equivalente aos cinco<br />
anos anteriores.<br />
Se o Balcão tinha êxito junto ao público<br />
a que se dirigia, talvez, tão significativa<br />
tenha sido a experiência de ação<br />
conjunta, vivida pelos monitores de<br />
cada órgão participante.<br />
A interação entre os técnicos, o<br />
conhecimento mútuo dos serviços<br />
e programas desenvolvidos pelos outros
53<br />
7.251<br />
89<br />
350.000<br />
ignificou esse<br />
Jo pelo que<br />
;ão da Fundação<br />
- FURP - um<br />
o a produzir, em<br />
dios a preços mais<br />
ar às necessidades<br />
ntidades sociais<br />
ío da FURE' no<br />
s seus técnicos<br />
essa Fundação<br />
apesar de grande<br />
s, Santas Casas,<br />
bulatórios de<br />
orometerem<br />
a seus orçamentos<br />
ventos para<br />
nais carente.<br />
março de 1976<br />
o I° Balcão<br />
sos Comunitários)<br />
RP triplicou o<br />
me aos cinco<br />
o junto ao público<br />
tão significativa<br />
;ia de ação<br />
monitores de<br />
écnicos, o<br />
dos serviços<br />
3idos pelos outros<br />
órgãos presentes, o diálogo direto com a<br />
população, a troca de experiências com<br />
os participantes dos seminários — tudo<br />
isso propiciou, àqueles técnicos,<br />
visualizar o que significa atendimento<br />
global, dentro da realidade específica<br />
do atual estágio de desenvolvimento<br />
social.<br />
Na avaliação dos monitores, é uma<br />
nota permanente a oportunidade criada<br />
pelo Balcão para ampliar o<br />
conhecimento profissional e a<br />
própria consciência pessoal, de<br />
indivíduos participantes desta<br />
realidade social.<br />
Tendo em vista fornecer uma idéia do<br />
significado do Balcão Informativo de<br />
Recursos Comunitários para os órgãos<br />
e entidades integrantes dessa iniciativa,<br />
transcrevemos, a seguir, trechos<br />
extraídos dos ofícios remetidos ao<br />
FASPG por alguns órgãos participantes.<br />
"A partir de 1978, após a atuação<br />
desenvolvida em estande conjunto,<br />
a Secretaria da Justiça passou a expor<br />
seu próprio módulo, onde foram<br />
apresentados os órgãos que prestam<br />
serviços diretamente ligados à<br />
comunidade (Casa do Albergado,<br />
Procuradoria Geral do Estado,<br />
Assistência Judiciária e Departamento<br />
dos Institutos Penais do Estado).<br />
Em reunião havida no FASPG, entre<br />
os coordenadores dos vários módulos,<br />
tivemos a oportunidade de apresentar<br />
a avaliação do trabalho realizado.<br />
Várias considerações foram levantadas,<br />
tendo algumas delas recebido um<br />
enfoque maior:<br />
a) grande parte das pessoas que visitaram<br />
o módulo da Secretaria da Justiça,<br />
solicitaram informações maiores<br />
sobre prisão-albergue, tratamento<br />
dedicado a sentenciados e famílias,<br />
atendimento a egressos, assistência<br />
judiciária gratuita, etc.;<br />
b) técnicos, no entanto, se prolongavam<br />
em busca de informações mais<br />
detalhadas sobre programas de<br />
trabalhos relativos à prevenção e<br />
terapia da criminalidade;<br />
c) nos debates exploratórios, os técnicos<br />
da Secretaria da Justiça prestaram<br />
informações mais ou menos idênticas<br />
às do parágrafo anterior.<br />
Gostaríamos de apresentar as seguintes<br />
considerações discutidas anteriormente<br />
pelos técnicos da Secretaria:<br />
— E indiscutível o valor da apresentação<br />
do Balcão, pelo entrosamento iniciado<br />
entre os vários técnicos que,<br />
trabalhando em órgãos assistenciais,<br />
passaram não só a se conhecer melhor,<br />
como principalmente tomar ciência<br />
do trabalho executado nas várias<br />
áreas —federal, estadual e municipal -<br />
só isto, já seria compensador, bem<br />
como a importância das informações<br />
prestadas ao público. Seja-nos permitido<br />
sugerir que esse trabalho prossiga<br />
e, para tal, seja indicado um<br />
coordenador que, durante todo o ano,<br />
promova reuniões com os vários<br />
técnicos, debatendo-se assuntos<br />
relativos ao Balcão. Além do<br />
planejamento, continuaria o<br />
entrosamento, troca de experiências,<br />
iniciados entre os vários órgãos".<br />
(De Guilherme Pereira de Mello,<br />
diretor-geral do Departamento dos<br />
Institutos Penais do Estado).<br />
"O Balcão Informativo de Recursos<br />
Comunitários, efetivamente, favorece a<br />
ação conjunta entre entidades<br />
participantes, tendo concorrido para o<br />
aprofundamento das relações existentes<br />
entre os órgãos e técnicos envolvidos<br />
nesse trabalho. É evidente, também, que<br />
o Balcão contribui para uma
acionalização de esforços visto reunir,<br />
em um só momento e local, pessoas<br />
preocupadas com a solução dos<br />
problemas sociais, evitando, assim,<br />
constantes deslocamentos que acabam<br />
por onerar os três níveis de Governo e,<br />
conseqüentemente, a própria<br />
comunidade. Assim, a formalização do<br />
Balcão Informativo de Recursos<br />
Comunitários junto às atividades e<br />
cronograma de ação dos órgãos públicos<br />
e privados envolvidos no Balcão é vista<br />
como necessária e prioritária".<br />
(De Roberto Cerqueira César, secretário<br />
dos Negócios Metropolitanos).<br />
"É de nosso agrado a formalização do<br />
Balcão como atividade de caráter<br />
complementar aos trabalhos do Governo<br />
(e, portanto, aos trabalhos do nosso<br />
Departamento), principalmente pela<br />
oportunidade que nos oferece de<br />
escutarmos, de viva voz, as solicitações<br />
e críticas referentes aos nossos serviços,<br />
além da oportunidade de podermos,<br />
também de viva voz, dizer a tantos<br />
responsáveis por comunidades o sentido<br />
dos serviços que desenvolvemos".<br />
(De Gerson Munhoz dos Santos, diretor<br />
do Departamento de Assistência ao<br />
Escolar — DAE).<br />
"Q documento do Balcão Informativo de<br />
Recursos Comunitários, elaborado por<br />
representantes das entidades<br />
participantes do evento, vem dar<br />
informações valiosas e oportunas a todas<br />
as Entidades que acreditam na participação<br />
comunitária como forma de<br />
desenvolvimento social e econômico do<br />
indivíduo". (De Bahij Amin Aur,<br />
diretor-regïonal do Serviço Nacional de<br />
Aprendizagem Comercial - SENAC/AR<br />
São <strong>Paulo</strong>)<br />
"Entendemos bastante válidos os meios<br />
usados pelo Balcão Informativo de<br />
Recursos Comunitários, para atingir os<br />
objetivos, especialmente por<br />
proporcionar ocasiões para intercâmbio<br />
de informações entre os diversos grupos<br />
e serviços que atuam na área do<br />
desenvolvimento social. A iniciativa do<br />
FASPG foi válida e, por conseguinte,<br />
deve manter a sua continuidade,<br />
objetivando forçar o público,<br />
normalmente pouco informado, a<br />
conhecer e interessar-se pelos meios e<br />
recursos disponíveis, destinados à<br />
melhoria de suas próprias condições<br />
de vida". (Da dra. Anna Cândida da<br />
Cunha Ferraz, procuradora geral do<br />
Estado, através de apreciação feita pelo<br />
procurador geral substituto, dr. José<br />
Augusto de Castro)<br />
"Avaliando as diretrizes seguidos pelo<br />
Balcão Informativo de Recursos<br />
Comunitários, verificamos o quanto essa<br />
iniciativa foi de utilidade para a<br />
coletividade de São <strong>Paulo</strong>". (De Sábato<br />
Antonio Magaldi, secretário Municipal<br />
de Cultura)<br />
"No setor de Cultura e Lazer,<br />
apresentamos, durante as Quinzenas de<br />
Participação Comunitária para o<br />
Desenvolvimento da Criança, em 1977 e<br />
1978, informações gerais sobre o<br />
funcionamento de nossos<br />
departamentos, com a preocupação<br />
constante de situá-los como fator de<br />
cultura, educação e lazer, características<br />
estas que foram apresentadas no módulo<br />
de oito faces, com fotos sugestivas de<br />
nossas atividades e locais, bem como<br />
através das explicações prestadas aos<br />
senhores prefeitos e senhoras, dirigentes<br />
e técnicos ligados à área de<br />
desenvolvimento social. Distribuimos,<br />
também ao público visitante dos<br />
balcões, milhares de impressos contando<br />
os endereços de todos os departamentos<br />
desta Secretaria, visando facilitar o
acesso aos diversos serviços prestados.<br />
Nos debates exploratórios, constatamos<br />
que a maioria dos estudantes que por ali<br />
passaram eram frequentadores assíduos<br />
da nossa Divisão de Discoteca e<br />
Biblioteca de Música e das bibliotecas<br />
de bairros mais próximas da periferia.<br />
Ficamos satisfeitas em saber que o<br />
público presente conhece e acompanha o<br />
desenvolvimento dos trabalhos da Pasta<br />
de Cultura, principalmente no que tange<br />
à popularização do teatro. Muitas<br />
perguntas foram feitas sobre as Segundas<br />
e Sextas Musicais, sobre a Campanha da<br />
Kombi e das peças teatrais (Plano de<br />
Popularização do Teatro). Muitos<br />
interrogaram, também, sobre a Casa<br />
do Sertanista e do Bandeirante, do<br />
Departamento do Patrimônio<br />
Histórico. No Balcão Demonstrativo, em<br />
estande individual, o Departamento de<br />
Bibliotecas Públicas ofereceu as mais<br />
variadas informaçôes sobre o<br />
funcionamento de seu sistema na<br />
capital, através de:<br />
a) painéis com fotos e dizeres;<br />
b) distribuição de impressos<br />
sublinhando-se os seus serviços,<br />
endereços e número de unidades;<br />
c) um audiovisual "Biblioteca e<br />
Comunidade", em projeção contínua;<br />
d) exposição de caixa-estante<br />
(mini-bibliotecas ambulantes) com<br />
o oferecimento constante de fohetos<br />
informativos sobre seu funcionamento;<br />
e) uma leitora de microfilmes, dando<br />
uma demonstração dos diversos<br />
recursos que as bibliotecas colocam<br />
ao alcance do leitor.<br />
0 Departamento de Bibliotecas<br />
Infanto-Juvenís, por sua vez, colaborou<br />
com a seguinte programação: implantação<br />
da caixa-estante como veículo de<br />
promoção desse serviço. Obs.: Foram<br />
fornecidas explicaçôes quanto a<br />
solicitação e implantação das<br />
caixas-estantes, bem como das atividades<br />
desenvolvidas pelo departamento.<br />
Montou-se, como em anos anteriores,<br />
uma pequena biblioteca que funcionou<br />
como Centro de Atividades de<br />
Comunicação e Expressão, onde se<br />
desenvolveram atividades de:<br />
a) leitura infantil e juvenil, através da<br />
bilbioteca com 200 livros e que teve<br />
uma freqüência média diária de<br />
3.200 crianças;<br />
b) concomitantemente, ativou-se a área<br />
de artes, mediante a utilização de<br />
painéis, especialmente confeccionados<br />
para essas atividades, onde crianças e<br />
jovens desenharam com giz e com<br />
caneta hidrocor;<br />
c) foram realizados espetáculos de<br />
danças folclóricas.<br />
Nos debates exploratórios, o pedido<br />
feito foi o de levarmos ao conhecimento<br />
do senhor prefeito e do secretário de<br />
Cultura, a seguinte mensagem:<br />
"Oportunidade ao Teatro Amador,<br />
quer através de prêmios, quer através<br />
de subvençôes ou de auxílios". (De<br />
Lúcia Piazza Silveira, chefe da Seção<br />
Administrativa da Secretaria Municipal<br />
de Cultura, em relatório encaminhado<br />
ao FASPG pelo secretário Sábato<br />
Antônio Magaldi).<br />
"Sobre o trabalho realizado pelo Balcão<br />
Informativo de Recursos Comunitários,<br />
promovido pelo FASPG, consideramos<br />
fundamental destacar os seguintes<br />
pontos:<br />
1) o trabalho conjunto entre as várias<br />
entidades públicas, tanto na área<br />
estadual como na federal e<br />
municipal, reunindo esforços com<br />
um mesmo objetivo, o<br />
desenvolvimento comunitário;<br />
2) capacitação de recursos, tendo como<br />
objetivo o conhecimento integral do
órgão que se está representando e<br />
outros, dentro da área em que o<br />
mesmo está inserido;<br />
3) divulgação dos recursos existentes<br />
na administração pública que podem<br />
estar à disposição da comunidade;<br />
4) orientação da comunidade para a<br />
utilização dos recursos existentes,<br />
de maneira racional e objetiva;<br />
5) maior dinamização dos recursos e do<br />
pessoal dos órgãos regionais das várias<br />
entidades públicas, quando o trabalho<br />
é desenvolvido nos municípios'.<br />
(De Rubens Murillo Marques, chefe da<br />
Coordenadoria de Análise de Dados da<br />
Secretaria de Economia e Planejamento)<br />
"As realizações do Balcão de Recursos<br />
Comunitários revestem-se de<br />
características que objetivam,<br />
essencialmente, a promoção do Homem.<br />
E o aproveitamento racional dos recursos<br />
existentes e colocados à disposição dos<br />
municípios paulistas, permitindo a<br />
colaboração com o Governo Federal<br />
quanto à complementação das<br />
diretrizes emanadas em âmbito federal<br />
e estadual no tocante ao<br />
desenvolvimento da política social,<br />
voltada para o desenvolvimento<br />
integral do Homem, formação de<br />
recursos humanos e integração social.<br />
Consoante esses objetivos, há que<br />
ressaltar a importância dessa<br />
programação do FASPG, que deve<br />
receber total apoio dos órgãos que<br />
integram o Balcão Informativo de<br />
Recursos Comunitários. Tendo<br />
comparecido a todas as realizações<br />
do Balcão, pudemos comprovar o<br />
interesse e a participação dos órgãos<br />
que dele participam, assim como a<br />
cooperação havida entre os<br />
representantes desses órgãos, que<br />
constituiram Grupo de Trabalho que<br />
possibilitou valiosa troca de<br />
informações acerca das atividades de<br />
cada órgão em particular e do Balcão<br />
em Geral. De outra parte, as<br />
informações acerca do Balcão e das<br />
atividades dos órgãos que o integram,<br />
levadas a todos quantos compareceram<br />
a essas promoções (autoridades<br />
federais, estaduais e municipais,<br />
universitários, estudantes, professores,<br />
técnicos de órgãos públicos e privados,<br />
voluntários de obras sociais, sociedades<br />
de Amigos de Bairro, etc.), contribuiram<br />
para a conscientização da necessidade de<br />
uma racionalização de esforços, posto<br />
que reuniu, em um só momento e local,<br />
pessoas com a mesma preocupação de<br />
solucionar problemas sociais, evitando<br />
deslocamentos que, via de regra,<br />
onerariam o Governo e as Obras<br />
Sociais". (De Jonas Barcelos, responsável<br />
pela Chefia de Gabinete da Secretaria<br />
de Estado das Relações do Trabalho,<br />
em relatório encaminhado ao FASPG<br />
por Maria de Lourdes Prado de Carvalho,<br />
assistente de Planejamento e Controle).<br />
"Verificamos, inicialmente, que os<br />
objetivos foram plenamente atingidos<br />
e mesmo ultrapassados, divulgando-se<br />
às comunidades importantes atividades<br />
desenvolvidas pelo Governo do Estado,<br />
merecendo da nossa parte cumprimentos<br />
e elogios". (De Carlos Gomes dos Santos<br />
Cortes, chefe da Coordenadoria de<br />
Assistência Técnica Integral - CATI).<br />
"Como resultado de nossas observações,<br />
nas ocasiões em que tivemos participação<br />
ativa, podemos afirmar que o Balcão<br />
Informativo de Recursos Comunitários<br />
revelou ser um veículo eficiente para<br />
conscientizar as comunidades dos<br />
recursos que dispõem em suas regiões.<br />
Por falta desse conhecimento, muitas<br />
vezes não se utilizam dos serviços<br />
disponíveis existentes, principalmente<br />
os públicos". (De Agide Gorgatti Netto,
diretor-geral do Instituto de Tecnologia<br />
de Alimentos —ITAL.<br />
"Sentimos que, neste momento, as<br />
atividades do Balcão Informativo de<br />
Recursos Comunitários se definem e<br />
partem do planejamento de uma<br />
estrutura sólida, capaz de garantir,<br />
para o futuro, o desenvolvimento dos<br />
benefícios inerentes aos objetivos<br />
propostos pelo Balcão". (De Pérsio de<br />
Carvalho Junqueira, secretário-executivo<br />
do Sistema Estadual de Proteção ao<br />
Consumidor — PROCON).<br />
"Aquele trabalho foi apreciado pelas<br />
nossas áreas técnicas, que o adotaram<br />
sem restrições, cabendo-nos nesta<br />
oportunidade, ressaltar a atuação do<br />
FASPG no campo da participação<br />
comunitária, visando a integração<br />
social e a promoção do homem".<br />
(De Fernando Ribeiro do Val, presidente<br />
da Companhia Estadual de Casas<br />
Populares — CECAP).<br />
"O referido documento do Balcão<br />
Informativo de Recursos Comunitários<br />
foi analisado e consideramos que<br />
espelha, de forma adequada, a<br />
promoção, merecendo destaque as<br />
novas propostas nele apresentadas".<br />
(De Pedro Senna, coordenador da<br />
COEST/PIPMO).<br />
O balcão informativo de recursos<br />
comunitários procurou valorizar e<br />
incentivar a participação comunitária,<br />
motivando o diálogo com a população<br />
e ampliando os canais de comunicação<br />
entre a coletividade e os órgãos públicos<br />
e particulares do setor social.
;ç&<br />
r r f f<br />
Os Programas Comunitários para o<br />
Desenvolvimento da Criança<br />
constituem-se na atividade-núcleo do<br />
trabalho realizado pelo FASPG, Tais<br />
programas foram desenvolvidos em<br />
duas etapas distintas: a primeira<br />
compreende as atividades realizadas<br />
nos Projetos Piloto (o contato direto<br />
de técnicos, monitores e voluntários<br />
com grupos da população, procurando<br />
promover o desenvolvimento social<br />
dessas comunidades pelo incentivo à<br />
maior participação comunitária).<br />
A partir das programações realizadas<br />
com os moradores dos Projetos-Piloto,<br />
do levantamento de suas expectativas,<br />
do conhecimento fundado sobre o<br />
contato direto com a população e da<br />
avaliação e reflexão dos técnicos sobre<br />
o desenvolvimento desses trabalhos, o<br />
FASPG reuniu os subsídios essenciais<br />
para levar aos participantes dos Cursos,<br />
Seminários e Encontros, a proposta de<br />
Promoção do Homem através da<br />
participação consciente dos membros<br />
integrantes da comunidade.<br />
Enquanto a primeira etapa se<br />
caracterizou por Lima programação<br />
permanente e de âmbito localizado<br />
(onde se si t uam os Projetos-Piloto),<br />
a segunda (aprofundando a reflexão<br />
dessa programação) foi especificamente<br />
motivadora (os subsídios levados aos<br />
participantes dos Seminários e Cursos)<br />
e difusa, no sentido de reforçar os<br />
inúmeros trabalhos comunitários já<br />
realizados e, ainda, incentivar a<br />
po pulação à valorização da criança<br />
e se empenhar em promover o<br />
desenvolvimento global da criança<br />
(levando ern consideração os aspectos<br />
bio-psico-sociais), através das Semanas<br />
e Quinzenas de Participação Comunitária<br />
para o Desenvolvimento da Criança.
Qs programas realizados nos<br />
Projetos-Piloto forneceram elementos<br />
para que o FASPG pudesse esclarecer e<br />
situarem bases concretas seus princípios<br />
de ação: a promoção do homem,<br />
estimulando o desenvolvimento de<br />
uma participação comunitária mais<br />
consciente e efetiva.<br />
Relação das atividades<br />
Projetos-piloto da capital e do interior<br />
— DICOREs — Das Cornunitários de<br />
Recreação;<br />
— Centros lúdicos e artísticos destinados<br />
às crianças:<br />
Orientação e dinamização de grupos<br />
de Educação de Base: casais, mães,<br />
gestantes e jovens;<br />
Orientação a entidades sociais na área;<br />
— Programações comunitárias integradas<br />
com órgãos públicos e privados;<br />
Cursos básicos e específicos para a<br />
formação de ideranças e voluntários<br />
locais.<br />
0 ProjetoPiloto do interior localiza-se<br />
no município de Itapira (5? Região<br />
Administrativa), atingindo os bairros<br />
de Vila Ilze, Vila Pereira, Vila Isaura e<br />
Cubatão. Além das atividades citadas,<br />
desenvolvem-se, ainda, nesses bairros,<br />
t rabalhos de iniciação profissional e<br />
qualificação de mão-de-obra em<br />
convênio corn órgãos afins (SENAC,<br />
SE..SC, SENAI, SESI e outros).<br />
Os moradores locais são atendidos,<br />
também, por intermédio de dois<br />
convênios na área de saúde: um com o<br />
posto de pronto atendimento da<br />
Prefeitura, para serviços<br />
médico-dentários, e outro com a<br />
UNICAMP — Universidade Estadual<br />
de Campinas, para atendimento<br />
oftalmológico de adultos e crianças,<br />
fora da faixa escolar.<br />
Outra experiência desenvolvida nesse<br />
Projeto-Piloto consiste em grupos de<br />
artesanato sob a monitoria de pacientes<br />
de urna clínica de repouso (Clínica<br />
Santa Fé).<br />
G Projeto-Piloto da capital tem seu<br />
núcleo no Jardim Três Corações,<br />
atingindo, ainda, os bairros de<br />
Bororé, Grajaú e Jardim Primavera,<br />
todos na Administração Regional de<br />
Santo Amaro.<br />
Além das atividades básicas já arroladas,<br />
destaca-se, no local, a integração com a<br />
Associação Pró-Artesanato, para<br />
capacitação de pessoas do bairro, além<br />
da implantação dos seguintes projetos:<br />
— Qualificação de mão-de-obra (FASPG<br />
e Associação Voluntária para<br />
Integração dos Migrantes — AVIM);<br />
Educação Sanitária para a Criança e a<br />
Comunidade (FASPG e Interclínicas<br />
Assistência Médica, Cirúrg ca e<br />
Hospitalar S/C).<br />
Projetos-piloto porque?<br />
Tendo em vista os objetivos do FASPG<br />
(a Promoção Humana e o<br />
desenvolvimento da Participação<br />
Comunitária) — e a ênfase dada, nesta<br />
Administração, à Formação de Recursos<br />
Humanos, considerou-se fundamenta;<br />
estabelecer contato dinâmico com<br />
grupos da população, onde pudessem<br />
ser levantados subsídios que<br />
complementassem os estudos e debates<br />
realizados pelos participantes dos cursos<br />
e seminários, bem como levar a esses<br />
grupos o amadurecimento da proposta<br />
de Participação Comunitária, no sentido<br />
da Promoção Humana das populações.<br />
Assim, foram feitos, no período anterior<br />
a março de 1975, vários levantamentos<br />
junto a locais onde já se realizavam<br />
35
programas comunitários, tendo como<br />
critério básico:<br />
— as comunidades escolhidas, embora<br />
carentes, deveriam apresentar<br />
características as mais diversificadas<br />
possíveis entre-si, acentuando-se a<br />
diferença de cada realidade, no<br />
sentido de se ampliar o levantamento<br />
de subsídios para o desenvolvimento<br />
dos programas.<br />
Dessa maneira, o FASPG selecionou os<br />
seguintes locais:<br />
Interior:<br />
No Município de Itapira — 35 mil<br />
habitantes, foi instalado o Projeto-Piloto<br />
junto ao Centro Comunitário de Vila<br />
Ilze, com cerca de 7 mil moradores, cuja<br />
fonte de renda básica provém do<br />
trabalho rural ou da prestação de<br />
serviços (servente de pedreiro,<br />
empregadas domésticas, etc.).<br />
Capital:<br />
Na Capital, foi escolhido o bairro do<br />
Jardim Três Corações (localizado na<br />
Administração Regional de Santo<br />
Amaro). A maior parte dos moradores é<br />
constitu (da por migrantes, tendo como<br />
fonte de renda, principalmente, a<br />
prestação de serviços e operários não<br />
especializados.<br />
Ambos os locais eram desprovidos,<br />
quase que totalmente, dos serviços<br />
públicos básicos — e se identificou que<br />
as populações não sabiam utilizar os<br />
recursos já existentes (Centro de Saúde,<br />
Escola).<br />
Diante desse quadro (do qual<br />
mencionamos breve perfil do<br />
levantamento realizado em 1975),<br />
o caráter sócio-educativo se constituiu<br />
no núcleo dos programas comunitários<br />
que passaram a ser realizados pela equipe<br />
técnica do FASPG e os moradores dessas<br />
localidades.<br />
Sensibilização da população<br />
A partir dos Dias Comunitários de<br />
Recreação — atividade realizada nas ruas<br />
dos bairros, dirigida às crianças,<br />
envolvendo-as num lazer sócio-educativo,<br />
utilizando sucata, argila e outros<br />
materiais do próprio local — se deu<br />
início, também, ao processo de<br />
valorização da criança junto àqueles<br />
moradores, que em contato com os<br />
monitores foram esclarecidos sobre o<br />
valor daquelas "brincadeiras" para o<br />
desenvolvimento global da criança.<br />
Conscientização da população<br />
O interesse despertado nos adultos<br />
propiciou a formação dos grupos de<br />
educação de base (pais, mães, gestantes<br />
e jovens). Nesses grupos os participantes<br />
foram levantando as dificuldades que<br />
enfrentavam em sua realidade,<br />
identificando suas expectativas e,<br />
juntamente, com os técnicos, traçaram<br />
objetivos para serem realizados em<br />
comum, visando melhores condições<br />
de vida.<br />
Motivação da população<br />
Alguns moradores participaram de<br />
cursos específicos (Treinamento de<br />
Ação Comunitária/Criança, Lazer<br />
Educativo, Educação para a Saúde e<br />
Orientação Nutricional). As noções<br />
aprendidas por esses elementos, foram<br />
sendo transmitidas aos demais através<br />
das reuniões de grupo; organizando-se,<br />
então, mutirões para higiene, para<br />
esclarecimento dos serviços prestados<br />
pelo Centro de Saúde, o uso do cloro<br />
para a purificação da água; a participação<br />
nas reuniões de Pais e Mestre e, mesmo,<br />
a criação de um voluntariado local, que<br />
se incumbiu não só de promover os<br />
DICOREs, como colaborar nos trabalhos<br />
dos Centros Lúdicos e Artísticos, onde<br />
as crianças "brincavam" durante os
horários das reuniões dos grupos de<br />
mães, ou vinham espontaneamente.<br />
Nos Centros Lúdicos, a criatividade da<br />
criança era, especialmente, estimulada<br />
(através do desenho, pintura, colagem,<br />
modelagem, dramatização) e se<br />
utilizavam sempre os materiais mais<br />
simples e baratos existentes na<br />
localidade. Pincéis feitos de estopa com<br />
cabos de bambú são um exemplo, bem<br />
como revistas velhas, restos de tecido,<br />
aparas de madeira, tampinhas de garrafa<br />
— tudo isso era reciclado pela imaginação<br />
da criança, contribuindo para o seu<br />
desenvolvimento sensório-motor.<br />
Os cursos de Orientação Nutricional<br />
esclareceram sobre a melhor utilização<br />
dos alimentos, a maneira correta de<br />
prepará-los, quais os mais nutritivos<br />
e colaboraram, sensivelmente, para<br />
orientar as mães e ampliar seus hábitos<br />
alimentares.<br />
Realimentação do processo<br />
sócioeducativo<br />
A experiência e a confiança na ação<br />
conjunta conseguida pelos moradores,<br />
através dos mutirões, levou-os a<br />
procurarem novas metas — haviam<br />
descoberto em-si mesmos um potencial<br />
e queriam realizá-lo.<br />
A partir dessa necessidade debatida pelos<br />
participantes dos grupos, os cursos<br />
profissionalizantes significaram o<br />
meio-ideal para se atingir essa meta.<br />
Nos grupos de mães, os cursos de corte<br />
e costura, cabeleireira, pintura em tecido<br />
e artesanato foram uma descoberta<br />
valiosa, principalmente, para a melhoria<br />
do orçamento doméstico.<br />
Nos grupos de pais, os cursos de servente<br />
de pedreiro, eletricista, encanador, etc.,<br />
representaram novas oportunidades de<br />
trabalho.<br />
Capacitação progressiva<br />
Foi significativo o testemunho dos<br />
participantes dos cursos<br />
profissionalizantesem Vila Ilze.<br />
Debatendo, decidiram que eles próprios<br />
poderiam ampliar a instalação física do<br />
Centro Comunitário, utilizando ali as<br />
noções que aprendiam.<br />
O debate sobre a ampliação das<br />
instalações teve essa relevância pelo<br />
"orgulho" dos moradores em poderem,<br />
por si-mesmos, efetuar essa ampliação,<br />
usando seus conhecimentos para<br />
beneficiar o bem comum. Na avaliação,<br />
vários participantes declararam que<br />
durante o processo de trabalho<br />
perceberam que aquele Centro<br />
Comunitário "é nosso mesmo".<br />
0 interesse pela profissionalização, em<br />
Vila Ilze, deu origem ao ló Seminário<br />
de Informação Profissional — para<br />
esclarecimento dos jovens da 8? série,<br />
diretores de escolas, professores,<br />
lideranças da comunidade e industriais<br />
da região. Essa iniciativa conjunta do<br />
FASPG, Prefeitura Municipal de<br />
Itapira e entidades comerciais do<br />
Município propiciou a apresentação<br />
de informações relativas à formação e<br />
aperfeiçoamento profissional,<br />
oferecidas pelo Serviço Nacional de<br />
Aprendizagem Comercial —SENAC,<br />
Serviço Nacional de Aprendizagem<br />
Industrial — SENAI, Rede Estadual<br />
de Ensino e MOBRAL.<br />
Esse Seminário visou, também,<br />
preparar a população para a instalação<br />
de um Pólo Avançado do SENAC, em<br />
Itapira, que atenderá, também, os<br />
municípios vizinhos — Mogi-Mirim e<br />
Mogi-Guaçu.
No Jardim Três Corações, foi<br />
significativa a colaboração prestada<br />
pela Intercl (nicas — no sentido de<br />
atender a população infantil e prestar<br />
orientação às mães sobre os cuidados<br />
com a saúde. Essa empresa, visando<br />
integrar-se aos esforços para maior<br />
participação comunitária, instalou<br />
e manteve desde abril de 1977, um<br />
ambulatório com um pediatra,<br />
enfermaria e uma assistente social.<br />
Promoção responsável — a população se<br />
organiza em comunidade<br />
A cada meta que os moradores se<br />
propunham — a ação conjunta foi<br />
sendo reforçada, ampliando-se, assim,<br />
os recursos locais através de cada<br />
habitante participante. 0 fortalecimento<br />
da participação dessas comunidades<br />
permitiu que, a partir de junho de 1978,<br />
o Centro Comunitário Bandeirantes, no<br />
Jardim Três Corações, continuasse o<br />
desenvolvimento das programações<br />
comunitárias, com a responsabilidade<br />
dos moradores (que constituiram uma<br />
diretoria), pelo convênio com a<br />
Secretaria Estadual da Promoção Social,<br />
embora prosseguisse recebendo<br />
orientação técnica do FASPG.<br />
O Centro Comunitário 31 de Março, em<br />
Itapira, também constituiu sua diretoria<br />
e, com a colaboração da Secretaria da<br />
Promoção Social, os moradores<br />
prosseguem em busca do<br />
desenvolvimento social, amadurecidos<br />
pela experiência sócio-educativa,<br />
implícita na proposta de Participação<br />
Comunitária.<br />
Descrição do processo sócio -educativo<br />
Após esta breve síntese das atividades<br />
realizadas nos projetos-piloto, é<br />
necessário explicitar alguns pontos<br />
referentes ao processo sócio-educativo,<br />
desenvolvido durante esses quatro anos<br />
de trabalho junto aos Centros<br />
Comunitários Bandeirantes (no Jardim<br />
Três Corações) e 31 de Março (em Vila<br />
Ilze).<br />
Reflexão<br />
É a reflexão sobre o caráter<br />
sócio-educativo que permite esclarecer<br />
alguns aspectos da proposta de<br />
participação comunitária.<br />
Frente a uma calamidade pública, como<br />
já mencionamos, se constata o despontar<br />
de uma solidariedade coletiva: parece<br />
que todos querem ajudar. Esse tipo de<br />
participação é, contudo, vinculado ao<br />
fato-imediato (a enchente, o incéncio,<br />
o inverno, etc.).<br />
Tendo em vista o caráter imediatista<br />
(esporádico, temporário) dessas<br />
manifestações coletivas de participação<br />
e levando em consideração as<br />
vertiginosas alterações nos hábitos das<br />
populações, especialistas, técnicose<br />
teóricos do setor social apontam o<br />
"isolamento" entre os membros de urna<br />
mesma sociedade como um dado cada<br />
vez mais freqüente, acentuando, como<br />
conseqüência:<br />
— o relacionamento impessoal entre os<br />
membros de uma mesma sociedade<br />
(provocado por 'intervenções da era<br />
da máquina e da técnica, ainda não<br />
assimiladas e ajustadas como<br />
instrumentos a serviço do homem).<br />
— e a falta de identidade das pessoas<br />
com o local onde vivem (a existência<br />
de bairros periféricos é um fenómeno<br />
não só das capitais. mas da maior<br />
parte das cidades)<br />
A fixação do homem nesses locais,<br />
precedendo o planejamento urbano,<br />
a inexistência dos serviços públicos<br />
básicos, entre outros fatores,<br />
desorientam o processo de
elacionamento entre as pessoas, que<br />
não se sentem participantes dc núcleo<br />
urbano (melhor amparado pelos serviços<br />
públicos), nem encontram na "aridez<br />
das periferias° as oportunidades e os<br />
meios — o espaço humano — onde se<br />
reconheçam e se promovam.<br />
A partir desse referencial, fica claro que<br />
a participação da comunidade está<br />
relacionada a algum fato (uma<br />
motivação vinda da realidade social)<br />
e não aparece como elemento<br />
espontâneo e permanente da vida<br />
das coletividades. (É necessário<br />
ressaltar, ainda, o grau de<br />
emocionalidade da participação<br />
coletiva frente às calarnidades; a<br />
solidariedade surge, intensa e generosa.<br />
necessitando, contudo, amadurecer mais<br />
profundamente quanto à racionalização<br />
dos recursos — tanto as doações quanto<br />
o material e serviços já existentes.<br />
Vide: Campanhas de Participação<br />
Comunitária).<br />
Adotando a valorização da criança<br />
(promover o atendimento básico de<br />
suas necessidades e propiciar condições<br />
para desenvolver o seu potencial) como<br />
fato-motivador, o f ASPG reuniu os<br />
adultos, moradores nos Projetos-Piloto,<br />
formando-se, então, os grupos de<br />
Educação de Base, incentivando-se o<br />
sentimento de estima social entre eles<br />
(propiciar o relacionamento pessoal) e<br />
motivando ao leva' r.tarnento das<br />
expectativas daquelas pessoas quanto<br />
a melhores condições de vida, a partir<br />
da realidade local (estimular a<br />
identificação dos indivíduos com<br />
o meio ambiente, à descoberta dos<br />
recursos existentes e a melhor<br />
utilização dos rresmos).<br />
Interação<br />
Descobrir que a criança brinca, se<br />
diverte, se educa — pintando um pedaço<br />
de jornal com tinta xadrez, usando um<br />
pincel com o cabo de bambu e a ponta<br />
de estopa — desencadeou um verdadeiro<br />
"processo de localização" do adulto<br />
em relação ao meio ambiente, pela<br />
identificação dos materiais existentes<br />
no local.<br />
A interação criança-adulto, iniciada pelo<br />
simples gesto de ajudar a "bater corda",<br />
faz com que a criança se sinta em<br />
contato, assistida, apoiada. Sua alegria<br />
é maior e contagia o jovem ou o pai que<br />
aceitou estar ali, junto, acess`vel ao<br />
relacionamento, entendendo melhor<br />
seu filho, o irmão menor — a criança.<br />
Educação de base<br />
Os grupos de Educação de Base (pais,<br />
mães, gestantes e Jovens), de início<br />
(nesses projetos-pLoto) se reuniram<br />
motivados pela criança. Debateram o<br />
atendimento à criança:<br />
Saúde (informaram-se das noções básicas<br />
de higiene e saúde, passaram a freqüentar<br />
com mais assiduidade os Centros de<br />
Saúde, interessaram-se pela vacinação<br />
e prevenção de doenças, realizaram<br />
mutirões de limpeza para retirar o iixo<br />
dos quintais e das ruas);<br />
Alimentação (orientaçâb sobre os<br />
alimentos mais nutritivos, a maneira<br />
correta de prepará-los, etc.),<br />
Lazer educativo (vide item DICOREs e<br />
Centros Lúdicos);<br />
Relacionamento (debateram sobre as<br />
necessidades afetivas da criança, o<br />
incentivo ao estudo através da<br />
participação nas reuniões da Associação<br />
de País e Mestres e a importância dos<br />
moradores promoverem a integração<br />
entre as atividades da Escola e as do<br />
Centro de Saúde).<br />
Interesse<br />
0 maior conhecimento da realidade foi<br />
37
permitindo aos componentes dos grupos<br />
verbalizarern, mais objetivamente, suas<br />
expectativas principalmente quando<br />
estas iam ultrapassando o âmbito do<br />
interesse pessoal e se comprometiam<br />
com o bem comum (não só a "minha<br />
saúde", mas "a saúde do pessoal que<br />
vive aqui").<br />
0 componente interesse é uma<br />
determinante poderosa para a<br />
dinamização ou deterioração do grupo.<br />
Por exemplo: técnicos e voluntários<br />
relatam que os grupos de gestantes se<br />
formaram e se dissolverem, sempre,<br />
"sem conflitos". Informadas pelas<br />
vizinhas ou amigas, iam ao Centro<br />
Comunitário, em geral, com a<br />
preocupação de fazer o "enxovalzinho".<br />
Com os debates descobriam o seu<br />
próprio corpo, as necessidades do feto, a<br />
importância da ginástica. Esclareciam-se<br />
sobre os tabus ou crendices prejudiciais<br />
e, à medida que a gestante se tornava<br />
mãe, as companheiras iam visitá-la,<br />
iniciando-se, então, um outro tipo de<br />
relacionamento (mais que grupal), agora<br />
em outro nível, que se encaminhava para<br />
a dimensão de estima social.<br />
Grupos<br />
Embora subsistissem com o mesmo<br />
nome (grupo de pais, grupo de mães etc),<br />
os grupos apresentaram grande<br />
rotatividade de participantes. Aí,<br />
também, o papel decisivo do<br />
"componente interesse". Alguns<br />
participantes, assimilando mais<br />
profundamente a proposta de<br />
Participação Comunitária, compareciam<br />
sempre trazendo para os grupos<br />
propostas de novas atividades (plantar<br />
árvores nas ruas, por exemplo; onde<br />
pedir autorização, como conseguir as<br />
mudas e a campanha para que todos os<br />
moradores as preservassem).<br />
38<br />
No entanto, constatou-se, no decorrer<br />
dos anos de trabalho, que não bastavam,<br />
apenas, mais atividades: os problemas<br />
fundamentais foram sendo melhor<br />
elucidados através de programações<br />
conjuntas, mas a sua solução demandava<br />
ações mais profundas.<br />
Agentes ativadores<br />
Neste ponto se manifesta a importância<br />
da interação entre técnicos-voluntáriospopulação,<br />
tendo como princípio básico<br />
a busca de soluções conjuntas. As<br />
intervenções do técnico e dos voluntários,<br />
como elementos motivadores, foram<br />
sempre regidas pelo objetivo de reforçar<br />
as propostas surgidas da própria<br />
população.<br />
A apresentação de uma proposta por<br />
parte do técnico esteve,<br />
permanentemente, condicionada ao<br />
levantamento de expectativas vindas dos<br />
membros dos grupos.<br />
Vale o exemplo ocorrido em Vila Ilze:<br />
partir de outubro de 1976, os grupos de<br />
pais e mães, já informados sobre os<br />
alimentos mais nutritivos e a maneira<br />
correta de prepará-los, procuravam<br />
alternativas para consegui-los por si<br />
próprios. Veio, então, a idéia de se<br />
formar hortas domésticas. A avaliação<br />
desse trabalho, em abril de 1977,<br />
apresentou o seguinte quadro:<br />
— alguns tentaram e obtiveram êxito;<br />
— alguns tentaram e obtiveram pouco<br />
rendimento;<br />
— outros tentaram e não obtiveram<br />
rendimento nenhum, por não saberem<br />
lidar com a terra ou por falta de<br />
sementes, de ferramentas adequadas,<br />
de água etc.<br />
Função planejadora<br />
Face a esses resultados e o<br />
interesse-solução (dos grupos), os
técnicos propuseram, em maio de 1977,<br />
o estudo do Projeto Hortas Domésticas e<br />
Comunitárias (vide capítulo Projetos<br />
Integrados).<br />
0 texto do projeto foi debatido.<br />
Analisadas as dificuldades (falta de<br />
terreno, sementes, ferramentas, água)<br />
as vantagens (plantar em conjunto,<br />
possibilidade de todos aprenderem a<br />
plantar, melhorar a alimentação),<br />
verificaram, ainda, se o projeto não<br />
representava uma sobrecarga, se não<br />
"prometia" uma solução-ilusória.<br />
Função orientadora<br />
Após esses debates, 18 famílias<br />
decidiram dar início ao projeto.<br />
Orientadas pelos técnicos, procuraram o<br />
proprietário de um terreno vago,<br />
localizado no bairro e lhe propuseram o<br />
empréstimo para a instalação da horta.<br />
Junto à Prefeitura, conseguiram a ligação<br />
da água; o agrônomo da Casa da<br />
Agricultura do município se dispôs a<br />
prestar orientação e ceder as sementes; as<br />
ferramentas foram conseguidas por meio<br />
de uma campanha na qual recolheram<br />
e recuperaram enxadas, pás, etc.<br />
Função habilitadora<br />
0 entusiasmo surgido da superação das<br />
primeiras dificuldades facilitou o grupo a<br />
tomar decisões: revezamento para regar,<br />
quem vai tomar conta da horta, o<br />
repartir a colheita.<br />
Nesse ponto, o técnico voltou a<br />
aprofundar o "papel da horta'',<br />
relembrando a utilização daqueles<br />
alimentos, o que representam para a<br />
saúde, o estímulo para a realização de<br />
hortas domésticas e o mais importante:<br />
propiciou a reflexão do que representou<br />
aquele trabalho conjunto, a habilitação<br />
conquistada pela orientação do<br />
agrônomo, pela realização do potencial e<br />
do empenho de cada membro.<br />
0 testemunho desse grupo junto aos<br />
demais participantes do<br />
Centro Comunitário motivou a união de<br />
um segundo grupo (11 famílias) que,<br />
desde abril de 1978, iniciou uma nova<br />
horta comunitária.<br />
Capacitação e promoção social<br />
A capacitação pro gressiva e dinâmica<br />
forneceu aos moradores novas<br />
perspectivas. As ruas ainda testemunham<br />
a pobreza de Vila I Ize ou do Jardim Três<br />
Corações, mas a objetividade com que os<br />
moradores chegaram a valorizar os cursos<br />
de profissionalização, o relacionamento,<br />
a interação entre os habitantes, o<br />
aproveitamento dos treinamentos, o<br />
surgimento de um voluntariado local,<br />
tudo isso representa a vitalidade de um<br />
processo sócio-educativo que os<br />
moradores dessas localidades poderão<br />
levar adiante como responsáveis pelos<br />
seus respectivos Centros Comunitários<br />
(vide (tem anterior:<br />
Promoção Responsável, a população se<br />
organiza em comunidade).<br />
Nova mentalidade<br />
"Uma das coisas que tenho a dizer é<br />
sobre a importância da gente dar apoio<br />
às pessoas e perceber as necessidades que<br />
elas têm. Falo da minha experiência de<br />
jovem nascido neste bairro, apelidado de<br />
Risca-Faca e, se continuasse a viver aqui,<br />
sem receber mais esclarecimentos, sem<br />
conhecer o que outras pessoas têm para<br />
ensinar, o meu futuro seria, talvez,<br />
lamentável. Este bairro pobre e feio já<br />
tem, agora, moradores dispostos a<br />
modificá-lo. Até o apelido foi deixado de<br />
lado e o nome Vila Ilze é usado de novo".<br />
(Depoimento do jovem João Evangelista<br />
Tenório, durante a confraternização de<br />
Natal de 1975, em Vila Ilze).
Agentes de transformação<br />
Na mesma confraternização de Natal, o<br />
governador <strong>Paulo</strong> <strong>Egydio</strong> Martins<br />
afirmou:<br />
"0 que vimos, aqui, são pessoas que se<br />
sentem promovidas pela atenção,<br />
amparadas porque estão sendo<br />
reconhecidas como seres humanos, que<br />
por si andam, se unem e resolvem os seus<br />
problemas. Pessoas desejosas de uma<br />
palavra de amor, de serem ouvidas, enfim,<br />
de serem reconhecidas no seu direito de<br />
expor suas dificuldades e o direito de<br />
usar o seu próprio potencial de agentes<br />
transformação para melhorar suas<br />
condições de vida—melhorar a realidade ".<br />
"Sob a vitalidade de um procedimento<br />
orgânico e integrado — o processo<br />
sócio-educativo de uma comunidade -<br />
chamando cada pessoa para descobrir o<br />
seu potencial e a realidade à sua volta —<br />
uma tomada de consciência pessoal, o<br />
posicionamento da dimensão social de<br />
cada um —tudo isso reorganiza a nossa<br />
realidade em direção ao verdadeiro<br />
desenvolvimento social".<br />
(Trecho da palestra proferida pela<br />
presidente do FASPG, em Itapira,<br />
durante a visita dos delegados da<br />
Organização Inter-americana da Criança,<br />
mantida pela OEA, em 1977).<br />
Análise do fluxograma<br />
Os prog ramas comunitários para o<br />
desenvolvimento da criança tiveram<br />
como princípio promover o atendimento<br />
às necessidades do seu desenvolvimento.<br />
Para isso, o FASPG considerou<br />
essencial o envolvimento do adulto<br />
(responsabilizando-o, mais<br />
profundamente, pela criança).<br />
Assim, a programação realizada partiu da<br />
relação criança-meio social, daí o<br />
incentivo à família (formação de grupos<br />
de pais, mães, gestantes) e à comunidade,<br />
Fluxograma da proposta de desenvolvimeni<br />
Projetos-Piloto<br />
Programas comunitários de âmbito<br />
localizado (Vila Ilze, em Itapira, e<br />
Jardim Três Corações, na Capital, ambos<br />
atingindo os bairros adjacentes). Essas<br />
programações foram realizadas por um<br />
processo sócio-educativo contínuo,<br />
objetivando a conscientização individual<br />
por meio da ação conjunta de grupos<br />
de moradores, técnicos do FASPG,<br />
entidades conveniadas e voluntários<br />
locais, visando a capacitar essa<br />
coletividade para a Participação<br />
Comunitária como meio para a<br />
Promoção Humana (soc al) desses meios.<br />
expressando dessa maneira a meta-núcleo<br />
do desenvolvimento da Participação<br />
Comunitária, como processo de<br />
"amadurecimento social", constituindo a<br />
garantia para o atendimento permanente<br />
às necessidades da criança pela<br />
transformação social.<br />
Como vimos no item Projetos-Piloto,<br />
todo um processo sócio-educativo foi<br />
desenvolvido, desencadeando a interação<br />
dinâmica entre os moradores, pela<br />
implantação de um relacionamento<br />
orgânico (metodologia), amparado pela<br />
assessoria técnica a essas localidades,<br />
propiciando a manifestação das<br />
expectativas, a formação de objetivos<br />
comuns e a ação conjunta, permitindo a<br />
capacitação dessas coletividades<br />
(estimulando a criação de oportunidades
to social, visando a promoção do homem através da participação comunitária<br />
Seminários, Cursos e Encontros Quinzena de Participação Comunitária<br />
para o Desenvolvimento da Criança<br />
Divulgação dos subsídios apreendidos na<br />
realização dos programas comunitários<br />
realizados nos Projetos-Piloto, dirigidos<br />
aos participantes da programação de<br />
Formação de Recursos Humanos (Cursos<br />
e Seminários), visando reforçar e<br />
dinamizar (através do estudo e de<br />
debates sobre esses subsídios) as<br />
atividades que já vêm sendo realizadas<br />
por Prefeituras, órgãos públicos e<br />
entidades sociais, nos diversos<br />
municípios do Estado (vide Dados<br />
Quantitativos, itens Semi nários e<br />
Cursos).<br />
e meios) para que levem adiante a<br />
conquista de melhores condições de vida.<br />
Questão básica<br />
Levando-se em consideração que o<br />
FASPG as urn órgão público de âmbito<br />
estadual, como atingir as inúmeras<br />
coletividades do Estado de São <strong>Paulo</strong>?<br />
A expansão da proposta de Participação<br />
Comunitária e dos programas<br />
comunitários se tornava uma questão<br />
mais séria, ainda, considerando-se que<br />
cada coletividade tem sua realidade<br />
espec í ` ca.<br />
Além disso, se os resultados obtidos no<br />
Jardim Três Corações ou err Vila line,<br />
fossem meramente "transportados"-chegariam<br />
como modelos impostos, não<br />
Por meio de atividades demonstrativas<br />
dos programas comunítários básicos,<br />
realizados nos Projetos-Piloto, motivar<br />
a população em geral para a valorização<br />
da criança e promover o atendimento<br />
das suas necessidades e o seu<br />
desenvolvimento global (da criança)<br />
(vide Quinzena de Participação<br />
Comunitária para o Desenvolvimento<br />
da CG iança).<br />
permitiriam a expressão dos moradores<br />
dessas outras localidades, negariam o seu<br />
potencial de auto-promoção e, assim,<br />
voltaríamos aos "projetos de soluções<br />
magicas", preparados nos gabinetes,<br />
com as melhores intenções, mas que, na<br />
prÓtica, se revelam inadequados por<br />
ignorarem o interesse de cada grupo da<br />
população.<br />
Alternativas<br />
Dentro desse referencial, e levando-se em<br />
conta que o incentivo à maior<br />
Participação Comunitária, adotado pelo<br />
FASPG, por definição, manifesta o<br />
compromisso com uma ação ampla (não<br />
podendo se limitar, apenas, a duas<br />
localidades).<br />
A passagem da proposta de Participação
Comunitária e do processo<br />
sócio-educativo realizados, por assim<br />
dizer, em micro-realidades, foram<br />
levados à macro-realidade segundo três<br />
procedimentos distintos, nos quais o<br />
FASPG empenhou esforços especiais<br />
para a manutenção da diretriz<br />
sócio-educativa e motivadora da<br />
Promoção Humana.<br />
Primeiro procedimento<br />
0 primeiro procedimento objetivou<br />
reforçar as iniciativas sociais já existentes<br />
levando aos participantes do Programa<br />
de Formação de Recursos Humanos<br />
(Seminários, Cursos e Encontros),<br />
subsídios sobre os trabalhos realizados<br />
nos Projetos---Piloto. A título de<br />
exemplo de programações comunitárias,<br />
como tema de estudo e debate e, ainda,<br />
ao nível de sugestão (destacando-se o<br />
critério para o contato com as<br />
populações das várias localidades), os<br />
participantes dos Seminários, Cursos e<br />
Encontros informaram-se das<br />
características do processo<br />
sócio-educativo que vinha sendo<br />
cumprido e puderam aplicá-lo em suas<br />
próprias atividades.<br />
"Projeto Município"<br />
Um dos testemunhos mais significativos<br />
da "expansão" a nível de subsídio, que<br />
os Projetos—Piloto prestaram ao<br />
desenvolvimento da ação programática<br />
do FASPG, foi o de propiciar o<br />
surgimento, em 1977, do<br />
"Projeto Município", na cidade de<br />
Mineiros do Tietê (',ocal izada na<br />
7a. Região Administrativa do Estado).<br />
A introdução do Projeto Município<br />
esclarece: "A idéia deste Projeto nasceu<br />
após a participação das lideranças e<br />
membros de nossa comunidade no<br />
IV? Seminário de Participação<br />
Comunitária, realizado pelo FASPG,<br />
40<br />
com o objetivo de incentivar a<br />
Promoção do Homem" (...)<br />
"0 Projeto Município foi elaborado com<br />
duas finalidades: 19 — a de se obter<br />
dados mais concretos de nossa realidade,<br />
levantar necessidades e aspirações<br />
(da população), para que a Prefeitura<br />
possa, através dessa análise, estabelecer<br />
prioridades e sua viabilidade e, ao mesmo<br />
tempo, solicitar, junto aos órgãos<br />
competentes, os auxílios necessários;<br />
29 — estabelecer entrosamento entre as<br />
diversas entidades e a Prefeitura, para<br />
que os esforços sejam somados,<br />
experiências enriquecidas e nossa<br />
comunidade humanizada".<br />
Desejo de participar<br />
"Os gráficos e tabelas resultantes da<br />
aplicação desse Projeto mostram a<br />
abertura da população em aceitar ta<br />
pesquisa, como também o fato de<br />
que todos, num certo espaço de<br />
tempo, refletiram sobre diversos<br />
aspectos de nossa cidade, sobre<br />
problemas existentes e aspirações".<br />
(Textos extraídos do Prefácio do<br />
"Projeto Município").<br />
A pesquisa<br />
Os levantamentos para a pesquisa foram<br />
feitos pelos estudantes de 29 grau da<br />
escola local, voluntários de entidades<br />
sociais, associações, grêmios, clubes<br />
recreativos e Polícia Militar, recebendo<br />
orientação da equipe de Serviço Social<br />
da Prefeitura, professores e universitários<br />
que colaboraram na tabulação e<br />
interpretação dos dados.<br />
Esse Projeto, além de valioso<br />
instrumento de análise do município,<br />
desencadeou o processo de<br />
Participação Comunitária, tendo sido<br />
adotado um procedimento<br />
sócio-educativo como instrumento<br />
dinamizador das soluções para as diversas
áreas do setor social, estabelecendo-se<br />
como meta a adoção de nov25 atitudes<br />
(resultantes de um comportamento<br />
regido por uma nova mentalidade — de<br />
interação e participação).<br />
0 "Projeto Município", de Mineiros do<br />
Tietê, representa a aplicação, no âmbito<br />
de todo um município, dos programas<br />
comunitários desenvolvidos pelas<br />
comunidades de Vila I Ize e Jardim Três<br />
Corações, acrescentando-se o acesso às<br />
propostas e debates havidos nos<br />
Seminários.<br />
Ressalte-se que, a partir dos Seminários,<br />
o FASPG acompanhou e, eventualmente,<br />
assessorou a integração de Entidades<br />
Sociais em vários municípios, a<br />
estruturação de diversos departamentos<br />
de Serviço Social junto às Prefeituras<br />
Municipais e a reformulação ou<br />
reprogramação das atividades de órgãos<br />
públicos e entidades sociais tanto na<br />
Capital como no Interior.<br />
Segundo procedimento<br />
Este segundo procedimento enfatiza a<br />
interação dinâmica entre as dificuldades<br />
da realidade social, capacitação da<br />
população, integração de entidades<br />
sociais e cooperação técnica e material<br />
dos órgãos públicos. Para tal, o FASPG<br />
propôs e colaborou na criação dos<br />
Projetos Integrados — Hortas<br />
Domésticas e Comunitárias, Mini-<br />
Bibliotecas e Educação para a<br />
Saúde — caracterizando cada um deles<br />
como um instrumento para incentivar a<br />
Participação Comunitária e propiciar a<br />
realização de um processo<br />
sócio-educativo (vide capítulo Projetos<br />
Integrados).<br />
Tanto no primeiro como no segundo<br />
procedimento, os estudos e debates<br />
sobre programas comunitários, o<br />
incentivo a trabalhos conjuntos e o<br />
estímulo à Participação Comunitária<br />
eram dirigidos a um público considerado<br />
multiplicador: lideranças municipais,<br />
dirigentes de entidades sociais, técnicos,<br />
profissionais liberais, grupos voluntários.<br />
E mesmo no caso da implantação dos<br />
Projetos Integrados (vide capítulo), a<br />
proposta de ação comunitária estaria<br />
sendo desenvolvida num âmbito<br />
localizado, atingindo grupos da<br />
população.<br />
Nessas duas etapas, o caráter<br />
sócio-educativo se expressava pela<br />
interação, conhecimento mútuo e<br />
maior consciência da realidade,<br />
objetivando novas atitudes face às<br />
dificuldades sociais.<br />
0 produto do investimento no processo<br />
sócio-educativo é a mudança de<br />
comportamento, resultado esse obtido,<br />
somente, a médio e longo prazo, já que,<br />
por definição, o desenvolvimento do<br />
processo implica numa tornada de<br />
consciência pessoal e no posicionamento<br />
(escolha) individual de cada um em<br />
participar. Dessa maneira, o grupo se<br />
constituia no elemento integrador e<br />
orgânico entre os indivíduos,<br />
motivando-os a expor suas aspirações e<br />
buscar realizá-las pela ação conjunta.<br />
Desde os mutirões até o preparo de uma<br />
festa comunitária, a ação conjunta era a<br />
expressão do acordo de cada membro,<br />
desdobrando o processo sócio-educativo<br />
ao seu objetivo último: incentivar e<br />
fortalecer a organização social das<br />
comunidades, no sentido de promover o<br />
desenvolvimento global<br />
(sócio-econômico-cultural e político)<br />
das populações.<br />
Terceiro procedimento<br />
A "projeção" desse processo
sócio-educativo (indivíduo-grupocomunidade)<br />
em termos de "população<br />
em geral" (massas) representava o risco<br />
de se perderem vários elos essenciais à<br />
explicitação da proposta de Promoção<br />
Humana através da Participação<br />
Comunitária.<br />
Dessa maneira, se decidiu promover o<br />
processo sócio-educativo segundo uma<br />
metodologia específica, estruturada<br />
na realização de atividades demonstrativas<br />
(vide (tens das programações do I IP,<br />
IV9 , X9 e XIVP Seminários de<br />
Participação Comunitária).<br />
Quinzena de Participação Comunitária<br />
para o Desenvolvimento da Criança<br />
— Promover o atendimento global;<br />
— Despertar;<br />
— Motivar;<br />
— Mobilizar;<br />
— Integrar.<br />
As Quinzenas de Participação<br />
Comunitária para o Desenvolvimento<br />
da Criança (inicialmente Semanas, em<br />
1975 e 1976) se constituem na segunda<br />
etapa dos "Programas Comunitários para<br />
o Desenvolvimento da Criança".<br />
Objetivo<br />
A partir do enfoque que não separa a<br />
criança do seu contexto sócio-econômico<br />
cultural (e promover o atendimento<br />
global das necessidades bio-psico-sociais<br />
da criança), o FASPG procurou, através<br />
das Quinzenas, despertar o próprio meio<br />
social (a população) rara as exigências<br />
do desenvolvimento da criança,<br />
motivando a família e demais adultos<br />
para assumirem conscientemente a sua<br />
parte de responsabilidade pelas crianças<br />
de sua rua, seu bairro e sua cidade.<br />
Simultaneamente, o FASPG realizava<br />
um programa de aproximação entre as<br />
entidades sociais públicas e particulares<br />
que desenvolvem trabalhos junto à<br />
criança, família e comunidade,<br />
procurando incentivar a integração de<br />
iniciativas, visando dinamizar os<br />
serviços que já vêm sendo prestados<br />
à população (vide capítulo<br />
Voluntariado). A Quinzena de<br />
Participação Comunitária para o<br />
Desenvolvimento da Criança<br />
desenvolvia-se em três etapas<br />
de trabalho.<br />
Lazer educativo<br />
Na primeira — Lazer Educativo,<br />
coordenada, em 1978, pelo SESC — o<br />
enfoque (como nos anos anteriores) era<br />
a demonstração prática da importância<br />
de se acrescentar ao elemento principal<br />
do "universo infantil" — o brinquedo -<br />
uma função educativa.<br />
Utilizando sucata (tampinhas de garrafas,<br />
aparas de madeira, revistas e jornais<br />
velhos, sobras de tecido, etc.), as<br />
crianças pintaram, desenharam,<br />
fizeram colagens. Essa programação<br />
incluiu, também, modelagem com<br />
barro, construção de instrumentos de<br />
percussão, com latas e outros materiais<br />
"considerados inúteis" e que foram<br />
utilizados para acompanhar as canções<br />
de roda. Essas atividades absorvem a<br />
criança, estimulam a sua criatividade,<br />
colaboram para melhorar sua<br />
coordenação-motora, bem como a<br />
ginástica feita em grupo que, além de<br />
divertir, coopera para o desenvolvimento<br />
físico.<br />
A interação da criança com o lazer<br />
educativo, o contato dos monitores,<br />
informando os pais e professores sobre<br />
a importância desse lazer, criava um<br />
suporte de motivação junto ao adulto,<br />
despertando-o para a valorização da<br />
criança.
Ainda nesse primeiro item, foi<br />
significativo o interesse dos pais e das<br />
crianças pelas apresentações de danças<br />
folclóricas realizadas por grupos de<br />
colonias estrangeiras residentes em<br />
São <strong>Paulo</strong> e por números de música e<br />
dança das tradições e folclore paulista<br />
e brasileiro.<br />
0 "universo da criança" se abre para<br />
a compreensão do adulto, que vai<br />
descobrindo, através daquelas<br />
demonstrações práticas, quanta coisa<br />
pode ser feita para divertir o seu filho;<br />
como a sua presença, o seu<br />
companheirismo até para o lazer são<br />
essenciais para que a criança tenha um<br />
bom desenvolvimento (interação pais<br />
e filhos).<br />
Na "Escolinha de Jardinagem", montada<br />
pela Prefeitura da Capital, as crianças<br />
plantaram mudas de flores e arbustos,<br />
sob a orientação de monitores que<br />
enfatizavam, sempre, a importância de<br />
um bom relacionamento com a<br />
Natureza.<br />
A criança, a família, o lazer e a natureza<br />
— esse o ciclo da primeira etapa da<br />
Quinzena.<br />
Relacionamento<br />
Embora as crianças não tenham<br />
consciência do "universo adulto", elas<br />
podem ser o "canal de comunicação"<br />
para despertar os pais, os parentes e o<br />
vizinho sobre a importância das noções<br />
básicas de higiene e saúde ou mesmo<br />
quanto à alimentação.<br />
Nesse ponto se iniciava a segunda etapa<br />
da Quinzena. Junto com as atividades de<br />
lazer, foram montados três Balcões para<br />
prestar informações e orientação ao<br />
público.<br />
Orientação alimentar<br />
(Organização específ ica do SESC/SENAC,<br />
em 1977, e SESI, em 1978) — Neste<br />
Balcão, pais e crianças participaram de<br />
demonstrações práticas sobre o preparo<br />
e utilização dos alimentos mais<br />
nutritivos. Teatrinhos de fantoches,<br />
catálogos, folhetos, audiovisuais e os<br />
monitores — levaram ao público muitas<br />
informações, esclareceram as questões<br />
formuladas, principalmente pélas mães,<br />
motivando-as para ampliarem o cardápio<br />
doméstico com alimentos mais baratos<br />
e de teor nutritivo mais alto.<br />
Propiciar e incentivar a população para<br />
medidas de educação alimentar foi o<br />
objetivo desta atividade, que contou com<br />
a participação das seguintes empresas:<br />
Associação Paulista de Avicultura — APA;<br />
Associação Brasileira dos Fabricantes de<br />
Sacos de Papel; CIPA — Industrial de<br />
Produtos Alimentares Ltda.; Çompanhia<br />
Industrial e Comercial Brasileira de<br />
Produtos Alimentares — Produtos<br />
Nestlé; Doces e Conservas Vontobel S/A.<br />
— Produtos Mu-Mu; Indústria, Comércio<br />
e Importadora Jan de Wit Ltda. -<br />
Laranjas "Ki-Ki"; Instituto Adventista<br />
de Ensino — Departamento Industrial —<br />
Superbom; Laticínios Mocóca S/A;<br />
Nutrimental S/A. Indústria e Comércio<br />
de Alimentos; Olvebra S/A. — Indústria<br />
e Comércio de Oleos Vegetais; S/A.<br />
Indústrias Reunidas Francisco<br />
Matarazzo; Secretaria da Agricultura<br />
do Estado de São <strong>Paulo</strong> -<br />
Coordenadoria de Pesquisa de<br />
Recursos Naturais — Instituto da Pesca;<br />
Serviço Nacional de Aprendizagem<br />
Comercial — SENAC; Serviço Social do<br />
Comércio — SESC; Serviço Social da<br />
Indústria — SESI; Toddy — Suconasa<br />
do Brasil S/A.<br />
41
Recursos comunitários<br />
Vide capítulo do Balcão Informativo<br />
de Recursos Comunitários.<br />
Entidades sociais<br />
Vide capítulo Voluntariado — Balcão de<br />
Entidades Sociais.<br />
Cursos e debates<br />
Vide capítulos de Formação de Recursos<br />
Humanos, III IVo XPe XIV? Seminários<br />
de Participação Comunitária.<br />
Interação educativa<br />
A programação sócio-educativa<br />
estabelecida para promover, junto a<br />
população, o desenvolvimento da<br />
criança, só podia ser realizada pela<br />
própria participação ativa da<br />
criança-público que comparecia ao<br />
Parque da Água Branca.<br />
Dessa maneira, o caráter "demonstrativo<br />
das atividades, se constituia como que<br />
num "pretexto" para que o adulto<br />
refletisse sobre o lazer, a alimentação,<br />
a saúde, os serviços prestados à<br />
comunidade, os trabalhos das entidades<br />
sociais — e, frente a tudo isso, se<br />
posicionasse, obtivesse maior número<br />
de subsídios para escolher, decidir, se<br />
situar dentro do contexto social — e<br />
fosse motivado a participar.<br />
Um exemplo: o teatrinho de fantoches<br />
(um elemento sedutor, próprio do<br />
universo infantil...) foi o meio de<br />
comunicação escolhido pelos<br />
representantes da Secretaria da Saúde<br />
para transmitir ao público as noções<br />
básicas sobre vacinação, a prevenção<br />
de doenças e a higiene pessoal; a<br />
criançada se divertia aprendendo e os<br />
pais entendiam o "recado" que lhes<br />
era enviado pelos fantoches. Ao final<br />
de cada sessão do teatrinho, os pais,<br />
mães e professores procuravam,<br />
42<br />
espontaneamente, as monitoras do<br />
estande e solicitavam folhetos<br />
e maiores informações.<br />
0 mesmo recurso (os fantoches) foi<br />
utilizado no Balcão de Orientação<br />
Alimentar (em 1978), esclarecendo<br />
sobre o teor nutritivo dos alimentos<br />
e enfatizando a importância da refeição<br />
balanceada (o emprego de produtos dos<br />
quatro grupos essenciais à alimentação).<br />
A "curiosidade e o interesse das mães<br />
superava o das crianças" — afirmação<br />
contida na avaliação dos monitores<br />
desse Balcão ao final da última<br />
Quinzena.<br />
Descoberta da sucata<br />
A partir de 1976 foi montada uma<br />
casa-padrão tipo das realizadas em<br />
conjuntos populares e o seu interior<br />
foi "decorado" com objetos executados<br />
em Clubes de Mães, utilizando sucata.<br />
Abajures feitos com embalagens, estantes<br />
de madeira sobre tijolos, poltronas tendo<br />
como base caixas de amianto ou blocos<br />
vazados de cimento, cobertos por<br />
almofadões de aparas de espuma<br />
forrados por tecidos baratos, cortinas<br />
de estopa com bordados, colchas de<br />
retalhos. etc.<br />
Foi surpreendente para o FASPG o<br />
interesse demonstrado pelo público<br />
por essa "Casinha da Criatividade",<br />
cujo objetivo era motivar à utilização<br />
plena dos recursos, conscientizar a<br />
pessoa sobre as possibilidades de se<br />
situar melhor no seu ambiente,<br />
estimulando a criatividade e o interesse<br />
pelas atividades artesanais, perceber<br />
que cada pessoa pode "fazer" aqueles<br />
objetos empregando o seu próprio<br />
potencial, sugestão essa reforçada por<br />
uma pequena horta, plantada no<br />
quintal.
Orientação<br />
0 adulto situado em relação à criança<br />
(e às suas necessidades básicas), tinha<br />
no Balcão Informativo de Recursos<br />
Comunitários a oportunidade de "tirar<br />
dúvidas", por exemplo, quanto aos seus<br />
direitos junto aos serviços prestados<br />
pelo INAMPS (dialogando diretamente<br />
com um representante do órgão); de se<br />
inteirar dos programas desenvolvidos<br />
pela Secretaria da Educação (Estadual<br />
e Municipal) quanto a expansão,<br />
manutenção e serviços prestados pela<br />
rede escolar. Podia debater com os<br />
monitores sobre a integração do sistema<br />
de transportes urbanos (ônibus, Metrô<br />
e Fepasa). "Brincando" com os telefones<br />
instalados pela TELESP, as crianças<br />
receberam esclarecimentos sobre a<br />
importância do sistema de<br />
tele-comunicações e eram incentivadas<br />
a preservar todos esses recursos (os<br />
ônibus, os orelhões, os trens) que<br />
cooperam para o bem comum.<br />
A atenção dispensada à disposição visual<br />
das informações nos vários estandes,<br />
folhetos e catálogos os mais didáticos<br />
possíveis e, ainda, os Guias Informativos<br />
(de Recursos Comunitários, Orientação<br />
Alimentar e Entidades Sociais)<br />
complementavam os esclarecimentos<br />
prestados à população sobre as mais<br />
diversas áreas do setor social — da<br />
alimentação ao abastecimento de água<br />
e saneamento, do lazer aos cursos<br />
profissionalizantes, das apresentações<br />
folclóricas aos cuidados e oportunidades<br />
essenciais à integração dos deficientes,<br />
dos serviços públicos às entidades<br />
envolvidas em trabalhos comunitários,<br />
com o menor ou os idosos.<br />
Motivação e escolha<br />
A partir da I I? Semana de Participação<br />
Comunitária para o Desenvolvimento<br />
da Criança (1977 e 1978 foram<br />
Quinzenas), o FASPG iniciou a<br />
divulgação utilizando filmes para TV,<br />
cartazetes e acentuando junto aos<br />
noticiários o convite para que a<br />
população participasse dessas atividades.<br />
Nessa divulgação se evitou o convite "às<br />
massas", mas buscava-se acentuar o<br />
processo sócio-educativo através dos<br />
programas demonstrativos com a meta<br />
de propiciar a cada pessoa da população<br />
que lá compareceu, elementos para ter<br />
maiores referenciais pelas informações<br />
e orientação, motivá-la a decidir, por<br />
si mesma, sobre a importância de<br />
valorizar a criança e participar da<br />
comunidade.<br />
As mesmas atividades destinadas ao<br />
público em geral, foram vistas e<br />
analisadas de maneira mais profunda<br />
através das "visitas programadas",<br />
atividade constitu (da por grupos<br />
especialmente convidados (Escolas,<br />
Clubes de Mães, Sociedades Amigos de<br />
Bairro, Entidades de Classe, Associações,<br />
Clubes de Serviço) e que se dispunham a<br />
participar de reuniões preparatórias,<br />
debatendo, antecipadamente, temas<br />
relativos aos programas constituintes<br />
da Quinzena: a valorização da criança,<br />
a estrutura familiar e a participação<br />
comunitária.<br />
Os participantes dos Seminários<br />
simultâneos às Quinzenas compunham<br />
um terceiro público para a programação<br />
demonstrativa. Além dos estudos e<br />
debates nos cursos, visualizavam de<br />
maneira concreta (nos trabalhos dos<br />
diversos Balcões) "sugestões" para<br />
reforçar os programas sociais que já<br />
vinham realizando (vide Formação de<br />
Recursos Humanos).<br />
1975 — @ Semana de Participação<br />
Comunitária para o
Desenvolvimento da Criança —<br />
80 mil pessoas;<br />
1976 — I I? Semana de Participação<br />
Comunitária para o<br />
Desenvolvimento da Criança —<br />
190 mil pessoas;<br />
1977 — I? Quinzena de Participação<br />
Comunitária para o<br />
Desenvolvimento da Criança —<br />
450 mil pessoas;<br />
1978 — I I? Quinzena de Participação<br />
Comunitária para o<br />
Desenvolvimento da Criança —<br />
800 mil pessoas.<br />
Nota: A quantidade de público mencionada, acima,<br />
foi calculada pela média de números fornecidos pelos<br />
funcionários do Parque Fernando Costa e dos diversos<br />
Balcões realizados.<br />
"A verdadeira garantia do<br />
desenvolvimento da criança é a família,<br />
é a comunidade. A comunidade que é<br />
cada um de nós — jovem, adulto, pai,<br />
tio, vizinho ou amigo. Cada um de nós<br />
pode abafar ou atrofiar o<br />
desenvolvimento da criança — ou<br />
então, sermos um meio para que ela<br />
se desenvolva, plenamente, e se realize".<br />
(Trecho extraído do audiovisual do<br />
FASPG, realizado na Fase Preparatória<br />
do Ano Internacional da Criança).
S<br />
"Muitas são as filosofias e teorias que<br />
ensinam a governar. Mo entanto, ao<br />
it fecharmos os livros e voltarmo-nos para<br />
a realidade cotidiana, parece, a primeira<br />
impressão, que um trabalho de governo<br />
não é mais do que a desesperada busca<br />
para se equilibrar as necessidades<br />
existentes aos recursos disponíveis".<br />
"Sabemos que o nosso atual estágio de<br />
desenvolvimento apresenta uma<br />
demanda de necessidade superior aos<br />
recursos. Assim, essa disparidade<br />
constitui-se num elemento de pressão<br />
permanente, presidindo as atividades de<br />
cada pessoa envolvida com o setor<br />
social".<br />
"Não podemos, todavia, agir somente<br />
pela pressão que as dificuldades exercem<br />
sobre nós. E necessário ir além do<br />
atendimento imediatista e paternalista.<br />
Não podemos perder de vista que os<br />
recursos são sempre um instrumento, um<br />
meio, e que sua finalidade é o homem.<br />
E é o homem que tem no seu potencial o<br />
recurso essencial à transformação da<br />
realidade. São necessárias mais<br />
oportunidades e meios para que o<br />
homem se expresse e imprima horizontes<br />
mais amplos aos fatores determinantes<br />
do condicionamento social".<br />
(Trecho extraído do discurso proferido<br />
por Dona Lila Byington <strong>Egydio</strong> Martins<br />
em Campinas — 3 de dezembro de 1977).<br />
Projetos integrados — Histórico<br />
Através do Setor de Atendimento a<br />
Prefeituras e Obras Sociais do FASPG<br />
(vide capítulo espec(fico), foram<br />
constatadas, por meio do diálogo direto<br />
com prefeitos e dirigentes de entidades<br />
sociais — e ofícios dos mais diversos<br />
profissionais ligados à área social<br />
algumas necessidades prioritárias,<br />
principalmente, quanto à saúde,
alimentação e educação da população<br />
mais carente.<br />
Sobre essas questões prioritárias, que<br />
passaram a ser estudadas mais<br />
detidamente pelo FASPG, desde maio de<br />
1975, técnicos, voluntários e moradores<br />
de diversas comunidades foram<br />
consultados, no sentido de se elaborar e<br />
propor soluções conjuntas.<br />
Nos contatos estabelecidos com os<br />
participantesdos Seminários e do<br />
Balcão Informativo de Recursos<br />
Comunitários, os problemas de<br />
alimentação, saúde e educação se<br />
constituíam no núcleo dos debates,<br />
demonstrando os participantes alta<br />
expectativa em relação a novas soluções<br />
para essas áreas.<br />
Frente a esse referencial e a proposta de<br />
ação integrada, o FASPG, juntamente<br />
com as Secretarias Estaduais da<br />
Agricultura, Saúde, Educação e Economia<br />
e Planejamento, se empenhou na criação<br />
e implantação dos Projetos Integrados:<br />
Hortas Domésticas e Comunitárias,<br />
abordando o fator Alimentação e Saúde;<br />
Mini-Biblioteca, enfocando aspectos<br />
referentes à Educação e Cultura;<br />
Educação para a Saúde, enfatizando o<br />
incentivo para que a população adote<br />
atitudes permanentes para prevenção<br />
das doenças.<br />
Estes aspectos podem ser melhor<br />
elucidados pela análise da constituição<br />
dos Projetos Integrados, transcritos,<br />
sinteticamente, a seguir:<br />
Hortas Domésticas e Comunitárias<br />
"Considerando o problema de<br />
subnutrição apresentado por parcela<br />
significativa da população de baixa renda<br />
do Estado e face à importância de<br />
propiciar condições — através de um<br />
processo educativo que permitiriam a<br />
esta população uma efetiva participação<br />
na melhoria de seu padrão alimentar — o<br />
Fundo de Assistência Social do Palácio<br />
do Governo — FASPG, a Coordenadoria<br />
de Assistência Técnica Integral — CATI,<br />
da Secretaria da Agricultura, com a<br />
colaboração da Secretaria de Economia e<br />
Planejamento, apresentaram o projeto<br />
integrado "Hortas Domésticas e<br />
Comunitárias", que além de incentivar o<br />
gosto pelo plantio e colheita de<br />
hortaliças, condimentos e até frutas,<br />
dinamizou seu consumo e promoveu<br />
maior integração entre escolas,<br />
comunidades e Casas da Agricultura.<br />
Diretrizes<br />
Integração de Esforços<br />
"I ntegração de todos os órgãos e serviços<br />
públicos e particulares que tinham<br />
alguma atuação nesta área e poderiam vir<br />
a colaborar na execução do projeto.<br />
— Participação Comunitária<br />
"Sensibilização e mobilização de Escolas,<br />
Casas de Agricultura e Comunidades,<br />
para um trabalho conjunto na<br />
implantação, cultivo e divulgação das<br />
Hortas Domésticas e Comunitárias para<br />
maior consumo de hortaliças.<br />
— Uso dos Recursos da Comunidade<br />
"Incentivo para a descoberta e uso de<br />
todos os recursos disponíveis na própria<br />
comunidade.<br />
A entidade ou grupo responsável pela<br />
execução direta do projeto deveria<br />
adequar as normais gerais de<br />
funcionamento das Hortas Domésticas e<br />
Comunitárias à realidade específica do<br />
local onde seriam implantadas.<br />
Objetivos<br />
— Objetivo Geral<br />
"Envolver a comunidade para a
formação de Hortas Domésticas e<br />
Comunitárias, visando complementar sua<br />
alimentação: necessidade básica e<br />
indispensável do desenvolvimento da<br />
saúde e do desenvolvimento integral do<br />
homem.<br />
— Objetivos Específicos:<br />
— Elevar o nível de nutrição da população<br />
envolvida, possibilitando economia no<br />
orçamento doméstico.<br />
— Capacitar a população para formação<br />
e manutenção de Hortas.<br />
— Propiciar educação alimentar<br />
adequada à população, estimulando o<br />
consumo de hortaliças;<br />
— Estimular a Participação Comunitária<br />
na resolução conjunta de outros<br />
problemas — a partir do mais<br />
emergente: a alimentação.<br />
Educação de base<br />
'Para execução deste Projeto, a<br />
população foi motivada e capacitada<br />
para assumir novos valores e hábitos<br />
alimentares, que poderiam contribuir<br />
para uma melhoria de suas condições de<br />
vida.<br />
"Propôs como metodologia de trabalho,<br />
a Educação de Base, onde os temas<br />
referidos sobre nutrição que seriam<br />
discutidos e refletidos, permitindo ao<br />
grupo envolver num processo de<br />
descoberta e criação de novas percepções<br />
o que poderia ocasionar o despertar dos<br />
elementos para uma mudança de<br />
comportamento em relação a eles".<br />
Implantação e execução<br />
"A Comissão a nível municipal se<br />
responsabilizaria, sob a assistência<br />
técnica da CAT I, pelo levantamento<br />
preliminar da situação local quanto a<br />
hábitos alimentares da população,<br />
sensibilidade com relação ao problema<br />
em questão etc.<br />
"A escolha e treinamento das equipes de<br />
monitores,a capacitação de técnicos e<br />
auxiliares e preparo das condições de<br />
infra-estruturas deveriam preceder à<br />
execução propriamente dita das Hortas.<br />
Ainda na fase de implantação deveria se<br />
proceder à escolha de locais (terrenos)<br />
para as Hortas Comunitárias, ultimar as<br />
providências relativas aos recursos e fixar<br />
o cronograma de atividades.<br />
"A orientação e assistência técnica<br />
seriam prestadas pela CATI, nas<br />
diferentes áreas de atuação, abrangendo<br />
os diversos aspectos da produção de<br />
hortaliças e da conservação e preparo dos<br />
alimentos, e integradamente com o DAE<br />
Departamento de Assistência ao Escolar,<br />
quando se tratava de unidades escolares"<br />
Junto às escolas<br />
— "Motivação dos Pais e Mestres para o<br />
tema das Hortas Domésticas e<br />
Comunitárias.<br />
— Informação sobre Nutrição e<br />
Alimentação<br />
— Apresentação de trabalhos dos alunos<br />
sobre o tema Hortas<br />
— Motivação para que as famílias se<br />
envolvessem na implantação da Horta<br />
Escolar<br />
— Através de rodízio dos Pais para<br />
preparação do terreno;<br />
— Através de mutirão de recolhimento<br />
das ferramentas usadas entre os<br />
moradores do bairro;<br />
— Através de trabalhos conjuntos dos<br />
Pais e alunos, em rodízio, para o<br />
plantio e a manutenção das Hortas<br />
durante a semana e nos fins de<br />
semana;<br />
— Envolvimento dos Pais em campanhas<br />
de doação e trocas de sementes e<br />
mudas;<br />
— Envolvimento dos Pais em atuação<br />
conjunta com os professores e alunos
junto aos comerciantes do bairro,<br />
para a afixação de cartazes dos<br />
escolares sobre a execução das hortas<br />
e valor nutritivo das hortaliças;<br />
— Envolvimento dos Pais na confecção<br />
de espantalhos para as hortas".<br />
Atuação<br />
'O grande potencial humano da Escola<br />
está certamente na somatória das forças<br />
vivas desta comunidade. Os alunos têm<br />
aí, também, papel preponderante.<br />
t necessário despertar neles o interesse<br />
pelo bem comum e sua responsabilidade<br />
social.<br />
Para a dinamização dos trabalhos junto<br />
ao aluno, elementos técnicos do<br />
Departamento de Assistência ao Escolar<br />
— uma educadora sanitária e uma<br />
nutricionista — colaboraram na listagem<br />
de sugestões de atividades possíveis de<br />
serem desenvolvidas na escola, através<br />
dos Temas Básicos do Programa de<br />
Saúde estabelecidos para o Núcleo<br />
Comum do Ensino do Primeiro Grau e<br />
propostos pelos Guias Curriculares.<br />
"Esta atuação junto ao aluno deve visar<br />
motivar e envolver também os Pais no<br />
estudo e discussão dos temas básicos e<br />
assim o próprio conteúdo programático<br />
passaria a ter mais uma dimensão que é a<br />
de sensibilizar e motivar os Pais e a<br />
família para o tema de Saúde e Nutrição<br />
e mesmo para envolver a comunidade na<br />
formação de Hortas Domésticas e<br />
Comunitárias, visando complementar sua<br />
alimentação, que é o objetivo geral do<br />
Projeto Hortas Domésticas e<br />
Comunitárias".<br />
Educação para a saúde<br />
"Considerando, de um lado, o precário<br />
estado de saúde de parcela significativa<br />
da população de baixa renda do Estado,<br />
aliado à necessidade de se estimular na<br />
mesma a procura dos Centros de Saúde<br />
não apenas em casos de doença, mas<br />
também para vacinação e outras<br />
atividades de caráter preventivo, e, de<br />
outro lado, a influência de valores<br />
individuais e sociais na conduta das<br />
pessoas em relação à Saúde, e a<br />
capacidade potencial dos indivíduos e<br />
grupos de reconhecerem seus<br />
problemas e atuarem sobre eles, o Fundo<br />
de Assistência Social do Palácio do<br />
Governo — FASPG, e a Secretaria de<br />
Saúde do Estado de São <strong>Paulo</strong><br />
elaboraram e implantaram o Projeto<br />
Integrado de Educação para Saúde.<br />
"Este projeto pretendia, através de um<br />
processo educativo, estimulando o<br />
conhecimento, reflexão e vivência em<br />
grupo de aspectos relacionados ao tema<br />
Saúde, a mudança de comportamento<br />
dos indivíduos nessa área. "A educação<br />
para a saúde, assim, além de oferecer<br />
condições para elevação do nível de<br />
saúde da população envolvida, levaria,<br />
ainda, à sensibilização e mobilização<br />
desta para uma ação conjunta na busca<br />
de soluções para outros problemas<br />
comuns, dinamizando o desenvolvimento<br />
da participação comunitária".<br />
Diretrizes<br />
— "Complementação da ação do Poder<br />
Público no campo de Saúde;<br />
— Incentivo ao desenvolvimento do<br />
potencial voluntário dos indivíduos,<br />
aproveitamento do trabalho de<br />
voluntários treinados;<br />
— Integração entre órgãos públicos,<br />
privados e comunidade em geral<br />
para implantação, execução e<br />
dinamização do Projeto de Educação<br />
para Saúde".<br />
Objetivos<br />
Objetivo Geral:<br />
"Implantação de um sistema de trabalho<br />
45
de pessoas voluntárias nos Centros de<br />
Saúde, em atividades dos programas de<br />
assistência à Criança e à Gestante".<br />
Objetivos Específicos:<br />
— Propiciar condições que contribuissem<br />
para a melhoria da saúde da população<br />
envolvida;<br />
— Estimular uma mudança de<br />
comportamento nos indivíduos<br />
atingidos, com relação à sua Saúde;<br />
— Participar em atividades dos Centros<br />
de Saúde, cooperando para sua maior<br />
racionalização e dinamização;<br />
— Mobilizar continuamente a<br />
comunidade para participação neste<br />
projeto, extrapolando esta atitude<br />
para outros aspectos da vida social".<br />
Execução<br />
"A atividade de pós-consulta pode ser<br />
complementada por uma orientação feita<br />
em grupos, pelos voluntários, aos clientes<br />
que comparecessem ao Centro de Saúde<br />
para consulta médica ou atendimento de<br />
enfermagem.<br />
Esta orientação poderia abordar:<br />
— cuidados gerais com a saúde individual<br />
e familiar;<br />
— importância do comparecimento ao<br />
Centro de Saúde;<br />
— orientação alimentar;<br />
— vacinação;<br />
— cloração domiciliar da água;<br />
— direitos previdenciários;<br />
— documentação.<br />
"A convocação das Crianças e Gestantes<br />
faltosas às atividades agendadas,<br />
principalmente no que se refere à<br />
vacinação, constitui uma atividade que<br />
poderia ser realizada pelos voluntários<br />
numa segunda etapa de trabalho.<br />
"A convocação de faltosos tem mostrado<br />
resultados positivos, quando executada<br />
46<br />
de forma sistemática, o que nem sempre<br />
tem sido possível, principalmente nos<br />
Centros de Saúde menos aparelhados.<br />
Esta convocação seria realizada por<br />
voluntários, pois não implicaria em<br />
orientação que dependesse de<br />
conhecimentos técnicos mais profundos.<br />
Eles poderiam desenvolver as seguintes<br />
atividades junto ao Centro de Saúde,<br />
cujos temas específicos ofereceriam<br />
condições, para que cada voluntário,<br />
após o treinamento, se tornasse um<br />
agente social capaz de atuar, facilitando<br />
a solução de alguns problemas e<br />
necessidades encontrados na área de<br />
saúde:<br />
— Orientação em grupo: a clientes<br />
inscritos nos programas de assistência<br />
à gestante e à criança como<br />
complementação da pós-consulta.<br />
— Convocação: de crianças e gestantes<br />
faltosas às atividades agendadas pelo<br />
Centro de Saúde, principalmente no<br />
que se refere à vacinação".<br />
Atividades do voluntário<br />
Orientação em grupo<br />
"O voluntário, após treinamento prévio,<br />
poderia orientar grupos de gestantes e de<br />
maés. Estas orientações poderiam ser<br />
feitas nos Centros de Saúde ou em outro<br />
local da comunidade.<br />
Convocação de gestantes e crianças<br />
faltosas às atividades do Centro de<br />
Saúde:<br />
"Caberia ao Centro de Saúde fornecer a<br />
relação das gestantes e das crianças que<br />
não compareceram às atividades<br />
agendadas. Seria prioritária a convocação<br />
de crianças faltosas à vacinação. 0<br />
voluntário realizaria a convocação,<br />
aproveitando a oportunidade para<br />
encaminhar as crianças recém-nascidas<br />
ao Centro de Saúde, para matrícula ou<br />
vacinação.
"Após a convocação, o voluntário<br />
entregaria ao Centro de Saúde, para<br />
controle, a relação dos clientes<br />
convocados.<br />
"O voluntário poderia desenvolver com<br />
os grupos os seguintes temas:<br />
Gestação ou Gravidez:<br />
— Assistência pré-natal;<br />
— Cuidados necessários na gravidez;<br />
— Importância da participação da<br />
família para a chegada do bebê;<br />
— Enxoval do bebê;<br />
— Sintomas e sinais do parto;<br />
— Documentação;<br />
— Direitos previdenciários;<br />
— Suplementacão alimentar para<br />
gestantes e nutrizes (Gestal).<br />
Criança<br />
— Assistência à crinça;<br />
— Cuidados com a criança;<br />
— Vacinação;<br />
— Alimentação;<br />
— Aleitamento natural.<br />
Decreto<br />
Para a implantação efetiva do Projeto<br />
e maior dinamização, a Secretaria<br />
da Saúde através do Secretário Dr.<br />
Walter Sidney Pereira Leser, dispôs<br />
sobre a participação de voluntários nas<br />
atividades desenvolvidas pela<br />
Secretaria da Saúde através do<br />
Decreto NP 11.418, de 17 de abril de<br />
1978.<br />
"PAULO EGYDIO MARTINS,<br />
GOVERNADOR DO ESTADO DE<br />
SÃO PAULO,no uso de suas atribuições<br />
legais e Considerando:<br />
as recomendações da Organização<br />
Mundial de Saúde que preconizam a<br />
participação ativa da comunidade no<br />
desenvolvimento de ações de Saúde;<br />
que esta participação contribui para o<br />
conhecimento e solução dos problemas<br />
de saúde, do indivíduo ou da<br />
coletividade, conferindo ao participante<br />
alto senso de responsabilidade e<br />
transformando-o de beneficiário em<br />
agente dos programas sanitários;<br />
a conveniência de se criar oportunidade<br />
para a participação de estudantes nas<br />
atividades de saúde, atendendo<br />
recomendações de ordem didática,<br />
visando à ampliação de conhecimentos<br />
e à aquisição de experiências;<br />
o interesse espontâneo de numerosa<br />
parcela da população que deseja<br />
contribuir para o desenvolvimento<br />
integral de sua comunidade,<br />
especialmente no campo da saúde;<br />
a conveniência de se estimular este<br />
interesse e de aproveitar os recursos<br />
comunitários, integrando-os às ações<br />
promovidas pelo Governo do Estado;<br />
as atividades de recrutamento, seleção e<br />
treinamento de voluntários já<br />
realizadas pelo Fundo de Assistência<br />
Social do Palácio do Governo no<br />
desenvolvimento do Projeto<br />
"Educação para a Saúde";<br />
as diretrizes e a estratégia desta<br />
Administração, baseadas na participação<br />
e integração da comunidade nas ações<br />
do Governo.<br />
Decreta:<br />
Artigo 1 P — A Secretaria de Estado da<br />
Saúde poderá aceitar a participação de<br />
voluntários que se disponham a<br />
colaborar em atividades relacionadas<br />
com a orientação e assistência da<br />
população, previstas nos seus programas,<br />
desde que em caráter "pro-honore" e<br />
sem direito a qualquer remuneração ou<br />
vantagem.<br />
Parágrafo único — 0 desempenho destas<br />
atividades, de caráter não econômico e<br />
eventual, não acarretará quaisquer ônus
ou vínculos de natureza trabalhista ou<br />
previdenciária, mas será considerado<br />
serviço relevante prestado ao Estado.<br />
Artigo 29 — O Secretário da Saúde<br />
expedirá instruções normativas<br />
disciplinando a participação dos<br />
voluntários prevista no artigo 19<br />
Artigo 39 — Este decreto entrará em<br />
vigor na data de sua publicação,<br />
revogadas as disposições em contrário.<br />
Palácio dos Bandeirantes, 17 de abril de<br />
1978.<br />
<strong>Paulo</strong> <strong>Egydio</strong> Martins<br />
Walter Sidney Pereira Leser,<br />
Secretário da Saúde".<br />
Nota: O Projeto Educação para Saúde J3 foi<br />
implantado em 43 municípios do interior e<br />
13 Centros de Saúde da Capital.<br />
Mini-bibliotecas<br />
"Considerando a importância do livro na<br />
formação global dos estudantes e a<br />
existência de diversos municípios do<br />
Estado onde ele não existe na<br />
quantidade suficiente ou na qualidade<br />
mais adequada, a Secretaria da Educação<br />
do Estado de São <strong>Paulo</strong> e o Fundo de<br />
Assistência Social do Palácio do<br />
Governo — FASPG — elaboraram e<br />
implantaram o Projeto Integrado<br />
Mini-Biblioteca que, além de propiciar<br />
elementos para um maior<br />
desenvolvimento cultural da clientela<br />
a ser atingida, promoverá também uma<br />
integração entre a Escola e a<br />
Comunidade".<br />
Diretrizes<br />
Integração de esforços:<br />
"Integração de todos os órgãos públicos<br />
e privados que tenham alguma atuação<br />
nessa área e possam a vir a colaborar na<br />
execução do projeto.<br />
Participação comunitária:<br />
Sensibilizar e mobilizar a comunidade<br />
em geral para um trabalho conjunto<br />
na implantação, conservação e<br />
dinamização das Mini-Bibliotecas.<br />
Uso dos recursos da comunidade:<br />
Incentivo para a descoberta e uso de<br />
todos os recursos disponíveis na própria<br />
comunidade.<br />
A Prefeitura, responsável diretamente<br />
pela execução do projeto, deverá<br />
adequar as normas gerais de<br />
funcionamento das Mini-Bibliotecas<br />
à realidade específica do local onde<br />
será implantada".<br />
Objetivos<br />
Geral:<br />
"Oferecer às Prefeituras Municipais — a<br />
título de complementação e estímulo<br />
para uma constante dinamização de<br />
suas atividades culturais -<br />
mini-bibliotecas, formadas por obras<br />
de consulta em geral, para uso da<br />
clientela estudantil de 19 Grau,<br />
estimulando a participação de toda<br />
a comunidade na execução deste<br />
Projeto.<br />
Específicos:<br />
— Complementar o acervo de livros do<br />
município, incentivando assim uma<br />
ampliação constante do mesmo;<br />
— Contribuir para o desenvolvimento<br />
cultural da população estudantil de<br />
19 Grau;<br />
— Desenvolver, nesta população, a<br />
capacidade de pesquisa;<br />
— Desenvolver na clientela o senso de<br />
responsabilidade com relação a um<br />
bem comum;<br />
— Estimular a população em geral do<br />
município, através deste trabalho<br />
integrado, a adotar uma atitude<br />
permanente de participação
comunitária para assim colaborar<br />
na solução dos problemas de sua<br />
cidade".<br />
Fase de implantação<br />
"Supõe uma divulgação sistemática do<br />
projeto, motivação e arregimentação de<br />
pessoas, e planejamento de atividades.<br />
"0 contato com as lideranças locais é o<br />
primeiro passo. 0 FASPG promove<br />
Encontros de Participação<br />
Comunitária/Projeto Mini-Bibliotecas,<br />
nos quais o prefeito, sua senhora, a<br />
assistente social da Prefeitura e a pessoa<br />
responsável pela Mini-Biblioteca têm<br />
oportunidade de estudar o Projeto<br />
e debater em grupo aspectos relativos<br />
à sua implantação em cada município.<br />
De volta às suas cidades, essas pessoas<br />
deverão se reunir com o intuito de<br />
planejar a divulgação do projeto a<br />
nível local. A partir da primeira reunião,<br />
devem ser marcadas outras reuniões<br />
com palestras sobre o projeto, trazendo<br />
vereadores, diretores de escolas,<br />
professores, diretorias de diversos<br />
órgãos e entidades, representantes<br />
da imprensa, assistentes sociais, médicos,<br />
enfermeiras, voluntárias e demais pessoas<br />
interessadas, que por sua vez também<br />
possam começar a divulgação na sua<br />
própria área de trabalho. Novas idéias<br />
e novas formas de ação poderão surgir<br />
à medida em que outras pessoas<br />
participarem. Lembramos que a<br />
implantação e o desenvolvimento deste<br />
projeto poderão variar de um para outro<br />
município, poiso importante é que<br />
sejam aproveitadas as forças e o<br />
dinamismo que já existem em cada um.<br />
Que a população leia mais livros e que a<br />
Mini-Biblioteca não seja apenas mais<br />
uma estante integrada à velha<br />
biblioteca".<br />
Fase de desenvolvimento<br />
"Supõe a manutenção do nível de<br />
participação da comunidade no projeto.<br />
"A biblioteca sempre foi um centro de<br />
pesquisa bibliográfica e um acervo do<br />
qual a população pode se servir, às vezes<br />
único no município.<br />
"Assim, a biblioteca nem sempre<br />
atualizada, nem sempre montada em<br />
local adequado, perde o seu papel de<br />
centro dinamizador da cultura. E preciso<br />
redespertar o interesse pela biblioteca<br />
municipal, especialmente no sentido de<br />
atualizá-la e utilizá-la constantemente,<br />
garantindo a sua continuidade nas novas<br />
gerações. Ela sofre a grande concorrência<br />
da televisão, da falta de interesse das<br />
pessoas pela cultura, e se ainda não<br />
houver o cuidado da atualização, em<br />
pouco tempo teremos perdido<br />
completamente o hábito de manusear<br />
livros, enfim o interesse pela leitura.<br />
"O ideal para o desenvolvimento deste<br />
projeto é planejar atividades com grupos.<br />
"0 grupo proporcionará um encontro<br />
de pessoas da mesma faixa etária, com<br />
os mesmos interesses específicos, onde<br />
as pessoas se sentem melhor e mais à<br />
vontade, e ganham, portanto, maior<br />
disponibilidade para ação".<br />
Instrumentos<br />
Nenhum desses projetos foi elaborado<br />
com a pretensão de ser a solução final,<br />
a resposta definitiva para acabar com os<br />
problemas nas áreas de alimentação,<br />
saúde e educação. Embora enfocassem<br />
áreas distintas, o objetivo dos Projetos<br />
integrados foi o de mobilizar as diversas<br />
lideranças das mais variadas profissões<br />
e especializações e propiciar-lhes<br />
instrumentos para motivar a participação<br />
47
das comunidades na solução dessas<br />
dificuldades.<br />
Elaborados sobre uma estrutura<br />
dinâmica de interação da população<br />
com as questões alimentares,<br />
educacionais e de saúde, esses projetos,<br />
intencionalmente, descartaram o<br />
paternalismo da doação e<br />
comprometeram-se com o fator<br />
sócio-educativo, visando capacitar a<br />
própria população para (através dos<br />
recursos já existentes e da motivação<br />
à integração) participar na solução<br />
dessas dificuldades.<br />
Por esse enfoque, os projetos integrados<br />
contém em-si uma proposta que vai<br />
além da nutrição, da saúde ou da escola<br />
e se constituiram num "meio" para a<br />
criação de objetivos comuns e ações<br />
integradas.<br />
Como estimuladores de um processo<br />
sócio-educativo, objetivaram propiciar<br />
o fortalecimento de um novo<br />
comportamento coletivo, que,<br />
orientado pelo referencial da Promoção<br />
Humana, visou criar ou reforçar os<br />
vínculos de uma melhor organização<br />
social.<br />
Projetos específicos<br />
Com o objetivo de dinamizar o próprio<br />
processo sócio-educativo realizado pelo<br />
FASPG, foram criados projetos<br />
específicos, constituídos por<br />
programações integradas deste órgão<br />
com entidades púb l icas e particulares,<br />
para o atendimento às necessidades da<br />
população de regiões (bairros)<br />
determinadas.<br />
Núcleos de participação comunitária -<br />
NUPACs<br />
Este projeto visou à implantação de<br />
núcleos para o atendimento global à<br />
48<br />
clientela carente, próximo ao local de<br />
sua residência, com a formação de<br />
grupos de educação de base e o estímulo<br />
ao desenvolvimento da participação<br />
comunitária na região.<br />
A formação desses núcleos implicou na<br />
ação conjunta do FASPG, Secretaria da<br />
Promoção Social, entidades sociais e a<br />
população. (Vide: Expansão do Plantão<br />
de Referência).<br />
Educação sanitária<br />
Projeto desenvolvido no Jardim Três<br />
Corações, através da ação integrada do<br />
FASPG e Interclínicas, Assistência<br />
Médica, Cirúrgica e Hospitalar S/C Ltda.,<br />
uma entidade médica particular, visando<br />
ao atendimento da criança e à prestação<br />
de informações e orientação sobre os<br />
cuidados preventivos quanto à saúde,<br />
constituindo-se, para tal, uma equipe<br />
multi-profissional e de voluntários locais.<br />
"Iniciamos nossas atividades junto ao<br />
Centro Comunitário Bandeirantes, no<br />
Jardim Três Corações, em 24 de maio<br />
de 1977, através de convênio com o<br />
Fundo de Assistência Social do Palácio<br />
do Governo — FASPG. Prestamos<br />
Assistência Médica, Cirúrgica e<br />
Hospitalar a 200 (duzentas) crianças<br />
de 0 a 12 anos, inscritas no Plano de<br />
Atendimento.<br />
"Com o desenvolvimento das atividades<br />
na área, verificou-se a necessidade de<br />
ampliação do atendimento.<br />
"A partir do mês de outubro de 1977, o<br />
convênio foi extensivo a mais 150 (cento<br />
e cinqüenta) crianças; totalizando,<br />
portanto, 350". (Trecho extraído do<br />
relatório da Interclínicas — Assistência<br />
Médica, Cirúrgica e Hospitalar S/C Ltda.).<br />
(Vide Projeto Piloto).
Profissionalização<br />
Em colaboração com a AVIM<br />
(Associação de Voluntários para a<br />
Integração de Migrantes), o FASPG<br />
promoveu cursos junto aos moradores<br />
do Jardim Três Corações e adjacências,<br />
visando oferecer-lhes uma profissão que<br />
os habilitasse a ganhar a vida por seus<br />
próprios meios. Em Itapira, os<br />
moradores de Vila I Ize e bairros vizinhos<br />
vêm se beneficiando dos cursos<br />
profissionalizantes implantados pelo<br />
convênio do Centro Comunitário local<br />
e o Serviço Nacional da Indústria<br />
— SENAI — da Regional de Campinas.<br />
(Vide Projeto Piloto).<br />
Projeto Cadeira de Rodas<br />
Tendo em vista as inúmeras solicitações<br />
para doação de cadeiras de rodas,<br />
chegadas ao FASPG e dentro da<br />
perspectiva de Participação Comunitária<br />
este órgão motivou e forneceu assessoria<br />
técnica para que o Lions Club de São<br />
<strong>Paulo</strong>-Santo Amaro desenvolvesse o<br />
"Projeto Cadeira de Rodas".<br />
Justificativa<br />
Considerando que algumas entidades<br />
sociais, hospitalares e órgãos públicos<br />
possuem cadeiras de rodas para<br />
empréstimo ou doação à clientela<br />
necessitada, este serviço ainda é<br />
insuficiente face à demanda existente.<br />
Por conseguinte, é imprescindível que<br />
a própria comunidade, conscientizada<br />
e mobilizada, venha a assumir a sua parte<br />
na solução de suas necessidades. Sendo o<br />
Lions Club um clube de serviços que<br />
mobiliza a comunidade e presta serviços<br />
à mesma, justifica-se a implantação de<br />
um projeto de Cadeira de Rodas, a nível<br />
local, sob sua coordenação, vindo o<br />
mesmo a se constituir numa ação<br />
necessária, como complemento aos<br />
programas de atendimento no campo<br />
social.<br />
Diretrizes<br />
— Participação Comunitária;<br />
— Participação e envolvimento da<br />
comunidade atingida;<br />
— Uso dos recursos da própria<br />
comunidade.<br />
Objetivos<br />
Objetivo geral:<br />
Implantar um sistema através do qual<br />
a clientela carente possa dispor do uso<br />
de uma cadeira de rodas, pelo prazo que<br />
lhe for necessário.<br />
Objetivos específicos:<br />
— Sensibilizar as comunidades para que<br />
percebam a importância decisiva de<br />
sua colaboração para a solução dos<br />
problemas locais;<br />
— Integrar no Projeto, demais Clubes de<br />
Serviço, Entidades Sociais e<br />
Voluntários, conscientizando-os da<br />
necessidade de uma permanente<br />
união de esforços, visando maior<br />
racionalização dos serviços,<br />
propiciando melhor atendimento à<br />
clientela;<br />
— Observar para com os clientes sua<br />
dimensão global de pessoa humana;<br />
— Despertar na clientela diretamente<br />
beneficiária do Projeto o senso de<br />
bem-comum.<br />
Nota: Este Projeto foi lançado em<br />
dezembro de 1978, no Palácio dos<br />
Bandeirantes, com a participação de<br />
representantes do Lions Club e<br />
Administração Regional de Santo<br />
Amaro e da equipe técnica do EASPG.<br />
O atendimento foi instalado à rua<br />
Hermano Ribeiro da Silva, 282.<br />
A proposta fundamental reside no fato<br />
de sua operacionalização ser processada<br />
a nível da própria comunidade, com a<br />
criação de uma Comissão local, para<br />
implantação e percebendo o valor que<br />
representa a criação e dinamização de<br />
um Projeto pelos próprios esforços.
set, en • :`<br />
Teoria e prática<br />
Na descrição do trabalho realizado pelo<br />
FASPG, até este capítulo, se configurou<br />
o processo sócio-educativo decorrente<br />
dos objetivos básicos de Promoção<br />
Humana e Participação Comunitária.<br />
Evidenciou-se, também, que esse<br />
processo de conscientização e<br />
capacitação da população implica,<br />
necessariamente, em resultados a serem<br />
obtidos a médio e longo prazo.<br />
Por outro lado, a própria complexidade<br />
do setor social e a gravidade dos<br />
problemas agudos de subsistência,<br />
exigiu a dinamização dos setores<br />
destinados à prática de atendimento<br />
direto mantidos pelo FASPG, que<br />
foram reformulados a partir de março<br />
de 1975, tendo em vista envolver a<br />
clientela mais carente em programas<br />
comunitários.<br />
Plantão de Referência<br />
Subordinado à Divisão da Grande São<br />
<strong>Paulo</strong> do FASPG, o Plantão de<br />
Referência tem como finalidade<br />
proporcionar atendimento<br />
individualizado às pessoas carentes<br />
que se dirigiram ao FASPG,<br />
orientando-as e encaminhando-as aos<br />
recursos existentes na comunidade.<br />
Os que compareceram ao Plantão foram<br />
atendidos, inicialmente, com orientação<br />
em grupo, onde a monitora abordava<br />
assuntos relativos a documentos,<br />
emprego e saúde. Depois do "estudo de<br />
caso", cada cliente foi encaminhado a<br />
um dos órgãos ou entidades com os<br />
quais o Plantão de Referência mantinha<br />
permanente contato, especialmente o<br />
CETREM — Central de Triagem e<br />
Encaminhamento da SPS —, os Núcleos<br />
de Participação Comunitária (NUPACs),<br />
Legião Brasileira de Assistência (LBA),<br />
Fundação Estadual para o Bem Estar do
Menor (FEBEM), Provisão de<br />
Documentos (PRODOC), Atendimento<br />
de Pessoas com Problemas de<br />
Subsistência (AAPS), etc.<br />
Com uma média diária de 60<br />
atendimentos, o Plantão de Referência<br />
determinava a procedência da clientela,<br />
sua faixa etária, nível salarial,<br />
escolaridade, bem como sua estrutura<br />
familiar, o que propiciava ao FASPG<br />
uma visão global da situação.<br />
0 Plantão de Referência representou<br />
um autêntico "termômetro", ou seja,<br />
um permanente meio de se avaliar as<br />
necessidades da população carente de<br />
São <strong>Paulo</strong>, através das sucessivas<br />
amostragens.<br />
0 Plantão de Referência de marco de<br />
1975 a fevereiro de 1979 totalizou<br />
52.213 estudos de casos; 23.941<br />
orientações e encaminhamentos a<br />
órgãos públicos e entidades particulares<br />
19.612 orientações e/ou atendimentos<br />
com recursos materiais (géneros<br />
alimentícios, roupas); e 23.897 pessoas<br />
receberam orientação e os serviços de<br />
telex do FASPG para providenciar<br />
documentos (Carteira de Identidade,<br />
Carteira Profissional, etc.).<br />
Núcleos de Participação Comunitária —<br />
NUPACs<br />
Visando a descentralização dos serviços<br />
prestados pelo Plantão de Referência, o<br />
FASPG firmou convênios com 11<br />
entidades sociais particulares, que<br />
receberam uma verba, através da<br />
Secretaria da Promoção Social, para<br />
atender as pessoas carentes nos próprios<br />
bairros de onde procedia a maior parte<br />
da clientela do Plantão. Essa medida<br />
teve por objetivo criar condições para<br />
um atendimento global à pessoa carente,<br />
envolvendo-a, e ainda sua família, num<br />
dos grupos de pais, mães ou jovens<br />
existentes no seu bairro, para, em<br />
conjunto, buscar soluções não apenas<br />
para as necessidades imediatas, mas a<br />
sua própria promoção como ser humano.<br />
Motivar a Comunidade<br />
De janeiro de 1976 a fevereiro de 1979,<br />
os Núcleos de Participação Comunitária<br />
(NUPACs) foram implantados em dez<br />
áreas da Capital:<br />
Campo Limpo.......... 58 bairros<br />
Ermelino Matarazzo ..... 10 bairros<br />
Guaianazes ............ 17 bairros<br />
Jardim Primavera........ 41 bairros<br />
Pirituba ............... 73 bairros<br />
São Mateus ............ 26 bairros<br />
São Miguel Paulista ...... 7 bairros<br />
Vila Guilherme ......... 45 bairros<br />
Itaquera ............... 9 bairros<br />
Lauzane Paulista ........ 8 bairros<br />
Total ............ 291 bairros<br />
E também no Município de Guarulhos,<br />
sendo que cada NUPAC responsabiliza-se<br />
pelos bairros de sua região.<br />
Expansão<br />
De acordo com o programa de expansão<br />
que vinha sendo executado pelo<br />
FASPG, foi criado, em Guarulhos, na<br />
Grande São <strong>Paulo</strong>, um novo NUPAC:<br />
era o Núcleo Batuira —Serviço de<br />
Promoção da Família. Em 1978, dois<br />
novos NUPACs foram implantados na<br />
Grande São <strong>Paulo</strong>.<br />
Os NUPACs, além de auxílios para<br />
documentação, alimentação,<br />
medicamentos e material escolar,<br />
desenvolveram os seguintes programas<br />
de atendimento à comunidade:<br />
Em Guarulhos — Núcleo Batuira --<br />
Serviço de Promoção da Família (rua<br />
Renato Ometti. 5), no bairro de<br />
Cumbica, que oferecia os seguintes<br />
49
serviços: Plantão de Atendimento,<br />
Cursos Profissionalizantes, Creche<br />
(todos através do Serviço de Promoção<br />
Humana da Família, lá instalados),<br />
Grupos de Pais, Mães, Gestantes, Jovens<br />
e Crianças.<br />
Em Campo Limpo — NUPAC instalado<br />
junto às Comunidades Kolping do<br />
Jardim Catanduva (rua Profa Nina<br />
Stocco, 40), onde se realizavam: cursos<br />
de datilografia, tipografia e composição<br />
manual; primário, mecânica industrial,<br />
cabeleireiro, manicure, corte e costura<br />
e Mobral; Plantão de Atendimento a<br />
pessoas carentes, para fornecimento de<br />
auxílio-alimentação, documentos,<br />
medicamentos, material escolar e<br />
encaminhamento a ambulatório médico<br />
e bolsas de estudo. Orientação ao Clube<br />
de Mães e Grupos de Jovens, Campanha<br />
do Agasalho e Bazar da Pechincha.<br />
Em Ermelino Matarazzo — NUPAC<br />
instalado junto ao Centro Social São<br />
Francisco de Assis (rua Miguel Rachid,<br />
997), que oferecia: Plantão de<br />
Atendimento, Clube de Mães, Clube de<br />
Meninas, Grupos de Jovens e Gestantes<br />
e Centro Lúdico.<br />
Em Guaianazes — NUPAC instalado<br />
junto à Ação Comunitária e Paroquial<br />
de Guaianazes (Largo Santa Cruz, 5),<br />
que oferecia: Plantão de Atendimento,<br />
Clube de Mães, Clube de Adolescentes,<br />
Grupo de Menores, Grupo de Engraxates<br />
e Carreteiros, Creche, Atendimento<br />
Dentário, Ambulatório Médico e<br />
Farmácia.<br />
No Jardim Primavera — NUPAC<br />
instalado junto ao Centro Social<br />
Comunitário (rua Francisco Caldas, 1),<br />
que oferecia: Plantão de Atendimento,<br />
Cursos de Alfabetização, Corte e Costura,<br />
Mobral, Datilografia, Auxiliar de<br />
Escritório, Pintor, Manicure, Pedicure,<br />
Calceira e Camiseira, Atendimento<br />
Dentário, Grupo de Mães e Escola de<br />
Emergência do Estado.<br />
Em Pirituba — NUPAC instalado no<br />
Instituto de Educação e Assistência<br />
São João Gualberto (rua Padres<br />
Volombrozianos, 152). Oferecia: Plantão<br />
de Atendimento, Clube de Mães,<br />
Atendimento Médico-dentário, Cursos<br />
de Corte e Costura, Mobral, Auxiliar<br />
Administrativo, Datilografia e<br />
Office-boy.<br />
Em São Mateus — NUPAC instalado<br />
junto ao Centro de Assistência da<br />
Paróquia de São Mateus Apóstolo<br />
(rua Antônio Previsto, 75). Oferecia:<br />
Plantão de Atendimento, Ambulatório<br />
Médico, Curso de Artesanato e Mobral;<br />
Escola Montesoriana, Bazar da Pechincha,<br />
Cooperativa, Clubes de Mães, Recreação<br />
Infantil.<br />
Em São Miguel Paulista — NUPAC<br />
instalado junto à Sociedade de Ensino<br />
Profissional e Assistência Social<br />
(SEPAS), na rua Santa Rosa Lima, 33.<br />
Oferecia: Plantão de Atendimento,<br />
Cursos de Off-set, Clube de Mães, Cursos<br />
de Datilografia, Mobral, Auxiliar de<br />
Escritório, Atendente Hospitalar,<br />
Notista-faturista, Arquivista, Mensageiro,<br />
Pedreiro, Eletricista, Encanador e Corte<br />
e Costura.<br />
Em Vila Guilherme — NUPAC instalado<br />
junto ao Centro de Promoção Social<br />
"Cônego Luiz Biasi" (rua Maria Cândida,<br />
507). Oferecia: Plantão de Atendimento,<br />
Cursos de Office-boy, Atendimento<br />
Infantil, Clube de Mães, Auxílio em<br />
Gêneros, Atendimento Médico,<br />
Farmácia, Bazar da Pechincha.<br />
Em Lauzane Paulista — NUPAC
instalado junto ao Centro Social de<br />
Lauzane Paulista (rua Joaquim Simões,<br />
22). Oferecia: Clubes de Jovens, Mães,<br />
Cursos de Corte e Costura, Mobral.<br />
Em Itaquera — NUPAC instalado junto<br />
ao Centro Itaquerense das Famílias<br />
Amigas (SIFA), à rua do Carmo, 170.<br />
Oferecia: Clube de Mães, Jovens, Cursos<br />
Profissionalizantes e trabalho<br />
descentralizado em 3 locais da região.<br />
Em todas as áreas atingidas pelos<br />
NUPACs, o FASPG procurou realizar<br />
programações integradas com órgãos<br />
públicos e particulares que desenvolviam<br />
atividades comunitárias, como'.<br />
Secretaria da Promoção Social e de<br />
Esportes e Turismo (do Estado);<br />
Administrações Regionais,<br />
Coordenadoria do Bem-Estar Social<br />
(da Prefeitura); Centros e Postos de<br />
Saúde, Postos APPS, Hospitais, LBA,<br />
PRODOC, INPS, CROPH, MOBRAL,<br />
SENAI e SESI.<br />
Abertura<br />
Na reunião de avaliação dos trabalhos<br />
realizados pelos NUPACs, com a<br />
presença dos dirigentes e assistentes<br />
sociais de todas as entidades<br />
conveniadas, foram levantados os<br />
seguintes pontos:<br />
— 0 projeto NUPAC representou um<br />
reforço aos trabalhos realizados pelas<br />
entidades, principalmente, quanto a<br />
assessoria técnica, que forneceu<br />
orientação e subsídios para que as<br />
programações locais fossem<br />
dinamizadas com atividades<br />
comunitárias.<br />
— As programações comunitárias, o<br />
incentivo à formação de grupos de<br />
educação de base, "representaram<br />
uma abertura das obras para a<br />
comunidade, e vimos recebendo<br />
apoio e colaboração da população<br />
local".<br />
— "A orientação técnica recebida<br />
permitiu-nos, através, da<br />
"atividade-NUPAC" reestruturar<br />
a própria entidade, orientando-a<br />
para estimular a capacitação da<br />
população, integrar os recursos<br />
existentes nos bairros e fortalecer<br />
o espírito comunitário".<br />
Complementação material<br />
O Setor de Atendimento a Prefeituras<br />
e Obras Sociais do FASPG atuou dentro<br />
de uma linha de cooperação técnica e<br />
material, incentivando o aproveitamento<br />
máximo das potencialidades locais, em<br />
cada município ou entidade. Nessa<br />
linha de complementação, salientavam-se<br />
os seguintes pontos:<br />
— Aperfeiçoamento de um sistema de<br />
cooperação técnica e material às<br />
Prefeituras e Obras Sociais, para o<br />
atendimento à população.<br />
— Sempre em caráter de<br />
complementariedade, fornecimento<br />
de auxílios em géneros, material<br />
escolar, roupas e agasalhos.<br />
— O Setor de Atendimento a Prefeituras<br />
e Obras Sociais motivou prefeitos e<br />
suas equipes de trabalho, para que<br />
participassem de Encontros e<br />
Seminários, além de todas as<br />
programações que tivessem o<br />
sentido de conscientizar a comunidade<br />
para os próprios problemas.<br />
— Incentivou-se, assim, a implantação<br />
de programas que mobilizassem, em<br />
conjunto, órgãos públicos, privados,<br />
Obras Sociais e Grupos Voluntários,<br />
através de atividade que envolvessem<br />
a integração de crianças, jovens e<br />
adultos, num processo educativo que<br />
abrangesse as áreas de educação,<br />
saúde, alimentação, profissionalização<br />
e lazer (a educação, visando o<br />
desenvolvimento pessoal, grupal<br />
e social).
Até dezembro de 1978, foram<br />
destinados, pelo Setor de Atendimento<br />
a Prefeituras e Obras Sociais, os seguintes<br />
recursos, atingindo a totalidade dos<br />
municípios do Estado:<br />
— gêneros alimentícios<br />
2.774.1 31 quilos;<br />
— vestuário<br />
162.762 peças;<br />
— tecido<br />
74,177 metros;<br />
— cobertores<br />
289.075 unidades<br />
— brinquedos<br />
4.296.448 unidades;<br />
— máquinas de costura<br />
202 unidades;<br />
— cadeiras de rodas<br />
103 unidades;<br />
— Obras Sociais — Interior<br />
595;<br />
— Obras Sociais — Capital<br />
706<br />
— Municípios (vide Dados Quantitativos)<br />
0 FASPG entendia que a cooperação<br />
material deveria ser sempre<br />
acompanhada pela cooperação técnica,<br />
de modo que Prefeituras e Entidades<br />
Sociais fossem incentivadas a utilizar<br />
a doação recebida em programas<br />
educativos e de promoção social.<br />
Procurava-se, a partir da doação,<br />
estimular a implantação ou dinamização<br />
de programas sócio-educativos, cujo<br />
objetivo maior fosse a promoção humana<br />
das pessoas envolvidas.<br />
Campanhas de Participação Comunitária<br />
Durante estes anos o FASPG promoveu<br />
Campanhas de Participação Comunitária<br />
para atender necessidades específicas<br />
(agasalhos) ou emergenciais (quando da<br />
ocorrência de calamidades públicas) em<br />
colaboração com Secretarias Estaduais,<br />
órgãos públicos e entidades particulares,<br />
procurando-se motivar a população<br />
para a importância da participação<br />
permanente e responsável.<br />
Nesse sentido, o FASPG elaborou um<br />
texto-básico de "Campanhas de<br />
Participação Comunitária", que serviu<br />
de orientação às pessoas interessadas<br />
nessa atividade. Segue-se, abaixo, uma<br />
síntese desta apostila:<br />
"Sensibilizar e motivar a população a<br />
participar de uma Campanha, parece ser<br />
a descrição das atividades desenvolvidas<br />
pelo assistencialismo tradicional, que<br />
uma vez de posse da arrecadação<br />
esperada dá por encerrada a participação<br />
dos colaboradores e com a entrega dos<br />
donativos esgota suas potencialidades<br />
de atendimento à pessoa carente.<br />
"Essa atuação institucionaliza o<br />
imediatismo tanto com o colaborador<br />
como com o auxiliado. Não há uma<br />
integração entre aquele que ajuda e o<br />
ajudado, isto é: não há tomada de<br />
consciência do problema, nos seus<br />
termos mais amplos, por parte da<br />
pessoa que se dispõe a colaborar;<br />
assim, não se estabelece também uma<br />
atitude permanente de responsabilidade<br />
social.<br />
"É, pois, imprescindível redefinir o<br />
sensibilizar e o motivar dentro da<br />
perspectiva da Participação<br />
Comunitária.<br />
"Sensibilizar — levar a população a sentir<br />
mais profundamente a realidade em que<br />
vive, responsabilizar-se por ela — com<br />
sua realidade —e reconhecer a<br />
importância e a necessidade de<br />
participar na busca de soluções para<br />
as dificuldades que aí se encontram.<br />
Assim, a sensibilização se desloca do<br />
âmbito emocional, apenas, e passa a
ser reconhecida como um instrumento<br />
para uma dimensão maior da consciência<br />
do indivíduo frente à sua realidade<br />
social.<br />
"A sensibilização é, então, uma etapa<br />
de um procedimento que visa motivar a<br />
responsabilidade pessoal; pretende uma<br />
atitude permanente do envolvimento do<br />
indivíduo na busca de soluções para os<br />
problemas de caráter social".<br />
Permanente<br />
"É o objetivo do FASPG que a<br />
Campanha colabore para estabelecer<br />
um compromisso mais profundo do<br />
indivíduo com o contexto de sua<br />
realidade social, motivando-o para<br />
atuar positivamente.<br />
"Assim, a campanha como um todo,<br />
desde a sensibilização para um problema<br />
particular que necessita da cooperação<br />
coletiva até a distribuição dos donativos,<br />
está incluída numa única etapa: a da<br />
motivação para uma atuação<br />
permanente: a participação.<br />
"Entender, por exemplo, que não basta<br />
agasalhar os que não podem comprar<br />
cobertores, que é necessário<br />
responsabilizar as demais camadas<br />
da população para propiciar ao<br />
indivíduo carente a possibilidade de<br />
adquirir o seu próprio agasalho: a roupa,<br />
o local para morar, a refeição, a saúde,<br />
profissionalização, lazer, etc. — tudo<br />
isso é agasalhar — é promover.<br />
"A campanha — no seu todo —é um<br />
veículo pelo qual o indivíduo percebe,<br />
através de um problema emergente,<br />
a importância e a necessidade de sua<br />
atuação no todo da vida social.<br />
Entende. que sua participação precisa<br />
ser permanente.<br />
"A campanha é um encontro de<br />
compromisso do indivíduo com sua<br />
realidade social — Um Encontro, uma<br />
tomada de Consciência e a Compreensão<br />
de que é necessário participar<br />
permanentemente".<br />
Operacionalização<br />
Preparação:<br />
— atividades:<br />
— mobilização das lideranças de<br />
grupos formais e informais;<br />
— organização das diversas entidades<br />
participantes;<br />
— entrosamento das diversas<br />
iniciativas visando uma ação<br />
conjunta;<br />
— instalação de Postos de Arrecadação.<br />
Arrecadação e triagem<br />
— atividades:<br />
— mobilização direta da população<br />
através das: Secretaria da Educação,<br />
Secretaria da Promoção Social,<br />
Secretaria da Segurança Pública,<br />
Coordenadoria da Defesa Civil,<br />
Entidades de Classe (Clubes de<br />
Lojistas, Associação Comercial,<br />
etc.), Clubes de Serviço (Lions's,<br />
Rotary, etc.), Clubes Recreativos,<br />
Sociedades Amigos de Bairros,<br />
etc.), Empresas (Supermercados),<br />
Meios de Transporte (Metrô,<br />
empresas de ônibus, etc.) -<br />
Publicidade (TV, Rádio, Jornais,<br />
Cartazes, Faixas);<br />
— início do funcionamento dos Postos<br />
de Arrecadação;<br />
— A triagem — é preciso separar e<br />
organizar o material arrecadado.<br />
Criar um grupo para este trabalho".<br />
Distribuição:<br />
"(0 Fundo de Assistência Social do<br />
Palácio do Governo recebe, anualmente,<br />
grande quantidade de ofícios enviados<br />
por obras sociais da Capital e do<br />
51
Interior, solicitando agasalhos e<br />
cobertores).<br />
— Interior: Esses of ícios, quando de<br />
obras sociais do Interior, foram<br />
encaminhados pelo FASPG, às<br />
Prefeituras de cada Município, que<br />
em comum acordo com o comando<br />
da Polícia Militar local e orientação<br />
dos representantes regionais da<br />
Promoção Social, procederam a<br />
entrega dos donativos na sua cidade<br />
às obras sociais locais e à população<br />
carente.<br />
— Capital: Na Capital, os ofícios<br />
recebidos pelo FASPG foram<br />
encaminhados à Coordenadoria do<br />
Bem Estar Social (das 17<br />
Administrações Regionais da<br />
Prefeitura) para em comum<br />
acordo com a Pal (cia Militar<br />
proceder a distribuição do<br />
material arrecadado".<br />
Arrecadação<br />
1975 ...... 670.400 peças de roupa;<br />
1976 ...... 800.300 peças de roupa;<br />
1977 ...... 1.203.062 peças de roupa;<br />
1978 ...... 2.200.000 peças de roupa.<br />
52
Ano Internacional da Criança<br />
Conforme orientação proposta pela<br />
Assembléia Geral da ONU, em 1979,<br />
quando se comemora o Ano<br />
Internacional da Criança, cada País<br />
deve analisar mais profundamente a<br />
situação da população infantil e procurar<br />
assumir compromissos que levem à<br />
prestação de maior número de serviços<br />
voltados para a infância. A Resolução<br />
da ONU propõe que as Nações<br />
incentivem suas populações à tomada<br />
de consciência e posição para uma<br />
permanente valorização da criança,<br />
com a participação comunitária e<br />
complementando os serviços públicos<br />
e particulares, a fim de que haja<br />
continuidade no atendimento às<br />
necessidades da infância.<br />
Levantamento<br />
Nesse sentido, o FASPG participou da<br />
Fase Preparatória do Ano Internacional<br />
da Criança, iniciando, em junho de<br />
1978, simultaneamente ao<br />
XI 19 Seminário de Participação<br />
Comunitária-Voluntariado, um<br />
levantamento das condições de vida da<br />
criança no Estado de São <strong>Paulo</strong>.<br />
Nesse Seminário, com a presença de<br />
representantes de 328 Municípios,<br />
as lideranças foram chamadas a refletir<br />
e debater sobre os problemas existentes<br />
e os programas desenvolvidos em suas<br />
regiões em favor da população infantil,<br />
partindo de um questionário-motivação,<br />
em que os diversos aspectos relativos<br />
ao desenvolvimento da criança foram<br />
abordados.<br />
O questionário motivou, ainda, a<br />
reflexão e atuação da população sobre<br />
as necessidades específicas da criança,<br />
que, segundo a ONU, não se originam,<br />
apenas, dos seus direitos de se<br />
desenvolver em condições ótimas, do<br />
ponto de vista físico, mas também das
exigências impostas pelo estágio de<br />
desenvolvimento de cada comunidade.<br />
Recomenda, também, que sejam<br />
utilizados todos os recursos locais<br />
para a valorização da criança e do<br />
processo de conscientização quanto<br />
às suas necessidades e potencialidades,<br />
tanto na família como na comunidade.<br />
Assim, o questionário elaborado e que<br />
foi distribuído pelo FASPG e pela<br />
Secretaria da Promoção Social, esteve<br />
baseado em duas fontes básicas: a<br />
Declaração Universal dos Direitos<br />
da Criança e o tema central do Ano<br />
Internacional da Criança, que é o de<br />
serviço de base, destacando-se a<br />
importância da participação dos<br />
elementos da comunidade dos mesmos.<br />
Participação da Comunidade<br />
A partir dos objetivos propostos para<br />
esse questionário, percebeu-se que a<br />
reflexão, o conhecimento da realidade,<br />
a tomada de posição e projetos de ação<br />
foram as suas características primordiais.<br />
Ou seja, ele não foi um instrumento<br />
restrito, limitado a um momento (Ano<br />
Internacional da Criança) e/ou a um<br />
pequeno grupo de pessoas, mas sim<br />
um meio de mobilização e sensibilização<br />
para a realização e a ação junto à criança<br />
Optou-se, portanto, na estruturação do<br />
questionário, por um sistema de questões<br />
abertas onde o fundamental não foi<br />
obter-se um rigor científico nas<br />
respostas, mas facilitar a participação<br />
e o envolvimento da população no<br />
processo de coleta, interpretação e<br />
divulgação dos dados obtidos.<br />
o objetivo de sensibilizá-la em função<br />
de programas junto à criança.<br />
Questionário<br />
0 questionário foi dividido em duas<br />
partes. A primeira, compreendendo oito<br />
áreas (Saúde e Nutrição,<br />
Profissionalização, Educação, Cultura<br />
e Lazer, Habitação, Previdência Social,<br />
Promoção Social, outros), visou detectar<br />
a realidade da criança nos seus diferentes<br />
aspectos básicos. Deve-se ressaltar que<br />
esta subdivisão objetivou, somente,<br />
facilitar o processo de coleta de dados,<br />
pois a realidade deveria ser sempre<br />
analisada no seu global. Por outro lado,<br />
o questionário deveria ser estudado no<br />
seu todo antes de ser respondido, para<br />
que as informações fossem colocadas<br />
nas áreas mais adequadas.<br />
A segunda parte compreendeu a<br />
descrição de todas as atividades<br />
executadas e as programadas em<br />
função do Ano Internacional da<br />
Criança, em cada município.<br />
Tabulação nos encontros<br />
A tabulação dos dados referentes aos<br />
municípios do Estado foi estudada<br />
nos Encontros de Participação<br />
Comunitária, realizados nas 11 Regiões<br />
Administrativas do Estado, de 6 a 20 de<br />
fevereiro de 1979, atingindo 397<br />
municípios com a presença de 3.252<br />
pessoas. Esses Encontros visaram<br />
recorçar os trabalhos que cada município<br />
vinha desenvolvendo em favor da<br />
população infantil e, ao mesmo tempo,<br />
estimular a que as atividades do Ano<br />
Internacional da Criança se prolonguem<br />
a médio e longo prazo.<br />
Acentuou-se, na época, que quanto mais Audiovisual<br />
significativa fosse a colaboração da Na abertura de cada Encontro, era<br />
população nestas atividades, mais projetado um audiovisual, elaborado<br />
próximo estaria o Município de atingir pelo FASPG (1 ), no sentido de<br />
53
sensibilizar e motivar a população<br />
à execução de ações concretas para o<br />
desenvolvimento da criança, família e<br />
comunidade.<br />
0 texto deste audiovisual é o que se<br />
segue:<br />
— "Toda Criança tem o direito à afeição,<br />
amor e compreensão;<br />
— Toda Criança tem direito à nutrição e<br />
assistência médica adequadas;<br />
— Toda criança tem direito à educação<br />
escolar;<br />
— Toda Criança tem o direito de total<br />
oportunidade de recreação;<br />
— Toda Criança tem o direito de<br />
aprender a ser útil e a desenvolver<br />
suas habilidades individuais;<br />
— Toda Criança tem o direito de<br />
desenvolver-se dentro de um espírito<br />
de paz e fraternidade;<br />
— Toda Criança tem o direito de<br />
desfrutar de todos estes direitos, sem<br />
discriminação de raça, cor, sexo,<br />
religião, nacionalidade e origem<br />
social".<br />
Estes são os princípios básicos da<br />
Declaração Universal dos Direitos<br />
da Criança, proclamados pela ONU há<br />
20 anos.<br />
Mas, parece que as pessoas guardam uma<br />
certa desconfiança, uma espécie de<br />
desânimo quando se fala em Declaração<br />
Universal dos Direitos.<br />
E como se alguém nos viesse, novamente,<br />
com uma bela teoria, quando sabemos<br />
que, na realidade do dia-a-dia, esses<br />
princípios, esses ideais, são ignorados,<br />
esquecidos ou transgredidos...<br />
1979 foi escolhido pela ONU para que<br />
todos os países comemorem o Ano<br />
Internacional da Criança, não só com<br />
54<br />
festas e discursos, mas para uma tomada<br />
de consciência maior, dos povos e<br />
governos, sobre o que têm sido feito<br />
e o muito que precisa ser feito, ainda...<br />
A criança vem ao mundo para crescer<br />
e se desenvolver.<br />
É o destino do seu físico, é a ambição<br />
natural de conquistar um lugar para si<br />
e que começa com a sua vontade de<br />
explorar e conhecer.<br />
E como é difícil para a criança participar<br />
deste mundo. Ele pertence aos adultos!<br />
A criança chega ao mundo e este já está<br />
pronto, ou melhor, existe a pretensão<br />
de dá-lo como acabado. Mas,<br />
sinceramente, nós adultos sabemos<br />
que o Homem, a natureza e a máquina,<br />
ainda, não se ajustaram. Que, ainda,<br />
falta muito para que uma relação<br />
harmoniosa do homem com o outro<br />
homem, com o seu trabalho e o seu<br />
espaço de vida...<br />
Selemos consciência de todos esses<br />
conflitos, que mundo, que vida, que<br />
energia podem os pais transmitir aos<br />
seus filhos e a comunidade às suas<br />
crianças?<br />
Se não nos unirmos para pensar e agir<br />
juntos, integrando-nos, para transformar<br />
a realidade complexa e difícil de nossas<br />
cidades, uma realidade ainda pior estará<br />
sendo preparada para as nossas crianças.<br />
Sabemos que não só as crianças crescem<br />
com o tempo.<br />
Os problemas também.<br />
E para que uma dificuldade aumente de<br />
proporções, basta, às vezes, a omissão<br />
enquanto que, para a criança se
desenvolver, é necessário tudo, desde<br />
a afeição espontânea da família, a<br />
orientação da escola e locais de lazer,<br />
até as complexas obras de<br />
infra-estrutura como o saneamento<br />
básico, indispensável para um melhor<br />
padrão de vida.<br />
Quando nos deparamos com nossa<br />
realidade, colocando de lado a<br />
demagogia ou a superficialidade que<br />
acreditam ser, apenas as crianças pobres<br />
ou abandonadas, que passam<br />
necessidades, buscamos uma solução<br />
para esse "jogo de empurra" que<br />
transfere para o outro a<br />
responsabilidade de cuidar, educar<br />
ou divertir.<br />
Diante disso, percebemos que temos<br />
de tomar uma posição frente a essa<br />
realidade; e poderemos transformá-la,<br />
se transformarmos a nós mesmos em<br />
agentes de desenvolvimento social.<br />
Esse posicionamento lúcido e corajoso<br />
de cada um de nós não permitirá que se<br />
continue a transferir para as entidades<br />
especializadas a missão de assumir os<br />
deficientes, de reintegrar o menor<br />
infrator ou o fi!ho viciado em tóxicos.<br />
Essa transformação tem início quando<br />
percebemos que cada criança é a<br />
continuação da vida e como tal traz<br />
em si a esperança de aperfeiçoar a<br />
realidade.<br />
E preciso que fique bem claro que a<br />
continuação não quer dizer repetição<br />
da vida.<br />
A força, a potencialidade e a energia<br />
que a criança traz dentro de si são<br />
condições essenciais para renovar o<br />
mundo e tornar mais humano o próprio<br />
ser humano. Será que já nos demos<br />
conta de que todo esse potencial pode<br />
ser destruído se forem negados os<br />
meios e as oportunidades para o<br />
desenvolvimento da criança?<br />
"Criança — força de trabalho do<br />
amanhã" — "Criança — esperança do<br />
futuro" — "Criança — símbolo".<br />
Essas frases desgastadas já não dizem<br />
mais nada, esquecem que a criança é a<br />
própria vida que renasce a cada instante,<br />
a cada dia.<br />
A criança é gente como nós e por isso<br />
temos que desfazer a ilusão adulta de<br />
que o mundo infantil é frágil e pequeno.<br />
0 mundo da criança é o mesmo que o<br />
nosso.<br />
E o ser humano que quer existir e ser<br />
respeitado a partir de cada nascimento.<br />
E das condições de vida que estamos<br />
falando quando nos voltamos para<br />
a criança.<br />
Conseguimos identificar essa dimensão<br />
maior da criança quando percebemos<br />
que as condições de vida dos pais<br />
recaem sobre seus filhos.<br />
Será que podemos fazer de conta que<br />
não percebemos que a exploração do<br />
menor é uma imposição do adulto?<br />
Não será demagógico pedir aos pais<br />
que façam mais para as suas crianças,<br />
quando eles não tem o necessário nem<br />
para si, enquanto seres humanos?<br />
Se o homem já tem uma Carta de<br />
Princípios, a Declaração da Criança<br />
vem lembrar-nos que a necessidade de<br />
proteção, afeto, educação, saúde,<br />
alimentação — tudo isso, que já é
importante para o próprio adulto viver A vida nascerá com cada criança,<br />
bem, precisa ser redobrado para que sempre. Que todos os anos possam<br />
ela encontre melhores condições de vida, ser da criança, porque nela encontramos<br />
Porque ela, a criança, depende do adulto. a esperança da renovação de nossa<br />
realidade.<br />
E isso significa que todos nós temos algo<br />
a ver com a criança.<br />
Sim, todos nós, pois os órgãos públicos<br />
e entidades particulares não podem se<br />
responsabilizar, sózinhos, pelos milhões<br />
de crianças que existem em nosso<br />
Estado.<br />
Daí acreditarmos que a verdadeira<br />
garantia do desenvolvimento da criança<br />
é a família e a comunidade.<br />
A comunidade que é cada um de nós<br />
jovem, adulto, pai, vizinho ou amigo<br />
E nós poderemos abafar ou atrofiar o<br />
desenvolvimento da criança, ou então,<br />
sermos um meio para que ela se<br />
desenvolva plenamente — e se realize.<br />
Somos todos nós, que temos algo a ver<br />
com a criança, que não podemos<br />
conceder a uma campanha temporária<br />
ou só ao Governo a nossa<br />
responsabilidade para transformar<br />
essa situação.<br />
Portanto, é para cada um de nós que se<br />
coloca a questão:<br />
0 que significa o respeito pelos Direitos<br />
Universais da Criança, e como colocá-los<br />
em prática?<br />
Para que 1979 seja realmente da Criança,<br />
ele terá que ser como ela própria,<br />
crescendo, amadurecendo a cada ação,<br />
a cada situação de vida.<br />
Todos nós, adultos e crianças, estamos<br />
cansados de palavras, ou melhor, das<br />
respostas que são só palavras.<br />
Que possamos realizar alguma coisa<br />
onde a real dimensão da criança se<br />
mostre e esclareça, para que cada<br />
homem se reconheça nela e se reconcilie<br />
com a vontade de crescer, se promover.<br />
Que a criança, nasça, grite, se expresse<br />
em cada um de nós, pela vigorosa<br />
esperança por uma vida mais justa<br />
e mais humana".<br />
Nota: 1 — Durante os Encontros<br />
realizados nas cidades sedes das Regiões<br />
Administrativas do Estado, foram<br />
entregues 10 cópias deste audiovisual<br />
às Divisões Regionais da Secretaria da<br />
Promoção Social, no sentido de motivar<br />
a população dos diversos municípios<br />
para a valorização da criança, família<br />
e comunidade.<br />
Na Capital, foram entregues 5 cópias,<br />
uma delas à Coordenadoria do<br />
Bem-Estar Social — COBES — e a<br />
4 entidades sociais.
J i._v_______ai<br />
Atividades em seminários Atividades regionais ou locais<br />
56<br />
Encontro Encontro<br />
Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto<br />
Seminarios Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mini-1<br />
Adamantina X X X X X X x x<br />
Adolfo X X X X X X X x<br />
Aguai X X X X X X X X<br />
Aguas de Lindóia X X X X x x<br />
Aguas da Prata X X X X X X X X<br />
Águas de Sâo Pedro X X X X<br />
Agudos X X X X X X X<br />
Alfredo Marcondes X X X X x x<br />
Altair X X X<br />
Altinópolis X X X X<br />
Alto Alegre X X X x<br />
Alvares Florence X X<br />
Alvares Machado X X<br />
Alvaro de Carvalho X x<br />
Afeinlándia X X X X X X<br />
Americana X X X X X X X X x<br />
Américo Brasiliense X X X X<br />
Américo de Campos X X<br />
Amparo X X X X X X X x<br />
Analândia X X X X X<br />
Andradina X X X X X X X X<br />
Angatuba X X X<br />
Anhembi X X X X X x X<br />
Anhumas X X X X X X<br />
Aparecida X X X X X X<br />
Aparecida D'Oeste X x x X x<br />
Apia<br />
Araçatuba X X X X X X X X X<br />
Araçoiaba da Serra X X X X<br />
Aramina X<br />
Arandu X X X X X X<br />
Araraquara X X X X X X X<br />
Araras X X X X X X<br />
Arealva X X X X X X<br />
Areias X X X X X<br />
Areiópolìs X X X X<br />
Ariranha X X X X X<br />
Artur Nogueira X X X X X X<br />
Ar u j á X X X X X X<br />
Assis X X X X X X X X X<br />
Atibaia X X X X<br />
Auriflama X X X X X X<br />
Aval X X<br />
Avanhandava X X X X<br />
Avaré X X X X X X X X<br />
Bady Bassit X X X X X X<br />
Balbinos X X X X X X<br />
Bálsamo X X X X X X<br />
Bananal X X X<br />
Barão de Antonina X X X X<br />
Barbosa X X X X X X X x X
XX XXXX X X XXXXX XX XX XXXXX X XXX XX X X X<br />
XX XXXXX XXXXXXXXXXXX XX XXX XXXX XXX X X XXXXXXXXP<br />
XX XXXX X XXX X X X XXXX XXXXXXXX XXX XX XXXXX<br />
X X XX XX XX XX X X XX<br />
X XXX X XX X X XX XX<br />
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXI<br />
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X<br />
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXI<br />
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX<br />
)0<br />
m<br />
Ló<br />
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fam C,<br />
C,<br />
ad»<br />
I a ó<br />
ó<br />
. d<br />
10<br />
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=. 3<br />
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n 9<br />
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J ^<br />
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D<br />
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Pa • n<br />
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m á 3 3<br />
a»<br />
c » d<br />
N p a<br />
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C<br />
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r-v<br />
3ã<br />
R<br />
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J N ^<br />
d ú<br />
.ô óó`
Formação de recursos humanos<br />
Ir<br />
Atividades em seminários Atividades regionais ou locais e d<br />
Encontro Encontro<br />
Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto<br />
Municípios Seminários Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mini-<br />
Ba ri ri<br />
Barra Bonita<br />
Barra do Turvo<br />
Bar retos<br />
Barrinha<br />
Barueri<br />
Bastos<br />
Batatais<br />
Bauru<br />
Bebedouro<br />
Bento de Abreu<br />
Bernardino de Campos<br />
Bi lac<br />
Biriguì<br />
Biritiba Mirim<br />
Boa Esperança do Sul<br />
Bocaina<br />
Bofete<br />
Boituva<br />
Bom Jesus dos Perdões<br />
Borá<br />
Boracéia<br />
Borborema<br />
Botucatu<br />
Bragança Paulista<br />
Brauna<br />
Brodósqui<br />
Brotas<br />
Buri<br />
Buritama<br />
Buritizal<br />
Cabrália Paulista<br />
Cabreúva<br />
Caça pava<br />
Cachoeira Paulista<br />
Caconde<br />
Cafelãndìa<br />
Caiabú<br />
Caieiras<br />
Caiuá<br />
Cajamar<br />
Cajobi<br />
Cajurc<br />
Campinas<br />
Campo Limpo Paulista<br />
Campos do Jordão<br />
Campos Novos Paulista<br />
Can anéia<br />
Cândido Mota<br />
Cândido Rodrigues<br />
Capão Bonito<br />
Capela do Alto<br />
X x<br />
X x x x<br />
X x x x<br />
X x x x x x x x<br />
X x x x x<br />
X x x x x x x<br />
X x x x x x<br />
X X x x<br />
X x x x x x x x<br />
X x x x x x x x<br />
X x x x x x x x<br />
X x x x x x x<br />
X x<br />
X x x x x x x<br />
X x x X<br />
X x x x x x<br />
X<br />
X x x x<br />
X x x x x x x<br />
X x x<br />
X x x x<br />
X x x<br />
X x x x<br />
X x x x x x x x<br />
X x x x x x x x X<br />
X x x<br />
X x x<br />
X x x x x x x x x<br />
X x x x x<br />
X x x<br />
X x<br />
X x x x<br />
X x x x<br />
X x x x x x x<br />
X x x x x x x<br />
X x x x<br />
X x x x<br />
X x x x<br />
X x x x x x x<br />
X x x x x<br />
X x x x x x x x<br />
X x<br />
X x x x x x x x<br />
X x x x x x x x<br />
X x x x x x x x x<br />
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Atividades em seminários Atividades regionais ou locais e di<br />
Encontro Encontro<br />
Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto<br />
Municípios Seminários Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mini-<br />
Capivari X X X X X X<br />
Caraguatatuba X X X x x x x<br />
Carapicuiba X X X X x x x<br />
Cardoso<br />
Casa Branca X X X X X X X X X<br />
Cássia dos Coqueiros X X X X<br />
Castilho X X X X X X X<br />
Catanduva X X X X X X X X<br />
Catiguá X X X X X X X X<br />
Cedral X X X X X X<br />
Cerqueìra Cesar X X X X x x x x x<br />
Cerquilho X X X X X X<br />
Cesário Lange X X X<br />
Charqueada X X X<br />
Chavantes X X X X X X X X X<br />
Clementina X X X X X X X X X<br />
Colina X X<br />
Colombia x X X x X X X<br />
Conchal X X X X X X X<br />
Conchas X X X<br />
Cordeirópolis X X X x x x<br />
Coroados X X X<br />
Coronel Macedo X X X X<br />
Corumbata( X X X<br />
Cosmópolis X X X X X X X X X<br />
Cosmorama X X X X X<br />
Cotia X X X X X X X X<br />
Cravinhos X X X x x<br />
Cristais Paulista X X X X X<br />
Cruzálla X X X X X X<br />
Cruzeiro X X X X X X<br />
Cubatão X X X X X X<br />
Cunha X X X<br />
Descalvado X X X X X X X X X<br />
Diadema X X X X X X X X<br />
Divinolândia X X X X X<br />
Dobrada X X X<br />
Dois Córregos X X X X X<br />
Dolcinópolis X X X X X X X X<br />
Dourado X X X X<br />
Dracena X X X X X X X X X<br />
Duarina x x x<br />
Dumont X X X<br />
Echaporã X X X X<br />
Eldorado Paulista X X X X X X<br />
Elias Fausto X X X<br />
Embu X X X X X X X X<br />
Embu-Guaçu X X X X X<br />
Espírito Santo do Pinhal X X X X X X<br />
Estrelado Norte X X X X X X X<br />
Estrela D'Oeste X X X X X<br />
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Implantação<br />
am seminários Atividades regionais ou locais e dìnamizaçk Complementação material<br />
Complementação<br />
Encontro material ás<br />
Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto Projeto Campanha Campanha Campanha prefeituras e<br />
Cidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mini-bibliotecas do anasalho material escolar de natal obras sociais<br />
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Atividades em seminários Atividades regionais ou locais e di<br />
Encontro<br />
Encontro<br />
Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto<br />
Municípios Seminários Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mini-<br />
Fernando Prestes X X X X X X X<br />
Fernandópolis X X X X X X X X X<br />
Ferraz de Vasconcelos X X X X X X<br />
Flora Rica X X X X X X<br />
Floreal X X<br />
Flórida Paulista X X X X X X X X X<br />
Florínea X X X X<br />
Franca X X X X X X X X X<br />
Francisco Morato X X X X X<br />
Franco da Rocha X X X X X X X X<br />
Gabriel Monteiro X X X X X X X X<br />
Gália X X<br />
Garça X X X X X X<br />
Gastdo Vidigal X X<br />
General Salgado X X X X X X X X X<br />
Getulina X X X X X<br />
Glicério X X X X X X<br />
Guaiçara X X X X<br />
Guaimbé X X X<br />
Guaira X<br />
Guapiaçu x x x x x x x x<br />
Guapiara x X A X<br />
Guará x x x x<br />
Guaraçaí x x x x x x<br />
Guaraci x x x x x x x<br />
Guarani D'Oeste x x x x x x x x<br />
Guarantã x x x x<br />
Guararapes x x x x x x x<br />
Guararema x<br />
Guaratinguetá<br />
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Guaref<br />
Guariba<br />
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Guarujá<br />
Guarulhos<br />
Guzolandía<br />
Herculándia<br />
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Ibìrá<br />
Ibirarema<br />
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Igarapava X X X X<br />
Igaratá X<br />
Iguape X X X X X<br />
Ilhabela X X X X X X<br />
Indaiatuba X X X X X X<br />
Indiana X X X<br />
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Implantação<br />
Atividades regionais ou locais e dinamização Complementação material<br />
Complementação<br />
Encontro material às<br />
Encontro Encontros de Natal Projeto Projeto Campanha Campanha Campanha prefeituras e<br />
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Atividades em seminários Atividades regionais ou locais<br />
Encontro Encontro<br />
Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto<br />
Municípios Seminaries Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas i<br />
Indiapor5 X X X X X X X<br />
Inúbia Paulista X X X X X X<br />
Upauçu X<br />
Ipera X X<br />
Ipeuna X X X X<br />
Iporanga X X X X<br />
I pua X X X<br />
Iracemépolis X X X X X<br />
Irapuã X X X X X X X<br />
Irapuru X X X X X X<br />
Itaberé X X X X<br />
Ital X X X X<br />
Itajobi X X X<br />
Itaju X X X X<br />
Itanhaém X X X X<br />
Itapecerica da Serra X X X X X x x x<br />
Itapetininga X X X X X X X<br />
Itapeva X x x<br />
Itapevi X X X X X X X<br />
Itapira X X X X X X X X X<br />
Itápolis X X X<br />
Itaporanga X X X X X X<br />
Itapui X X X<br />
Itapura X X X X X x x x<br />
Itaquaquecetuba X X X X X x x x<br />
Itararé X X X X X X<br />
Itariri X X X X X<br />
Itatiba X X X x x x x<br />
Itatinga X X X<br />
Itirapina X X X X X x X<br />
Itirapuã X X X X X<br />
Itobi X X X<br />
Itu X X X X X X X X<br />
Itupeva X X X x<br />
Ituverava X X X x x x<br />
Jaborandf X X X X X X X X<br />
Jaboticabal X X X X X X x X<br />
Jacaref X X X X X X<br />
Jaci X X X x x x X x<br />
Jacupiranga X X X X X X<br />
Jaguariúna X X X X X X X<br />
Jates X X X X X X X X X<br />
Jambeiro X X X<br />
Jandira X X X X X<br />
Jardinópolis X X X X X<br />
Jarinu X X X X<br />
Jaú X X X X X X<br />
Jeriquara X X X X<br />
Joanópolis X X X X<br />
João Ramalho X<br />
José Bonifácio X X X X X X X<br />
Julio Mesquita X
Atividades regionais ou locais e dinamizaçfo Complementação material<br />
Complementapão<br />
Encontro material às<br />
Encontro Encontros de Natal Projeto Projeto Campanha Campanha Campanha prefeituras e<br />
voluntariado regionais comunitário Hortas mini -bibliotecas do agasalho material escolar de natal obras sociais<br />
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Formação de Recursos Humanos<br />
Atividades em seminérios Atividades regionais ou locais<br />
Encontro Encontro<br />
Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto<br />
Municípios Seminários Cursos integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas m<br />
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Lorena<br />
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Lucélia X X X X X<br />
Lucianópolis x<br />
Luiz Antônio X<br />
Luizi§nia<br />
Lupércio<br />
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Lutécia X X X X X X X<br />
Macatuba X X X X X X X X<br />
Macaubal X X X X X X X X<br />
Macedónia X X<br />
Magda X X<br />
Mairinque X X X X X X X X<br />
Mairiporã X X X X X X X X<br />
Manduri X X X X<br />
Marabá Paulista X X X X X X X<br />
Maraca( X X X X X X X<br />
Mariépolis X X<br />
Manilla X X X X X X X X<br />
Marinópolis X X X X X X<br />
Martinópolis X X X X X<br />
Mato<br />
X<br />
Mauá X X X X X x<br />
Mendonça X X X X X X X<br />
Meridiano X X X X<br />
Miguelópolis X X X X X X X<br />
Mineiros do Tieté X X X X X X X<br />
Mira Estrela X X X X x x x<br />
Miracatu X X X X X<br />
Mirandópolis X X X X X X X X<br />
Mirantedo Paranapanema X X X X X<br />
Mirassol X X X X X x X X<br />
Miressolãndia X X X X<br />
Mocóca X X X X X X<br />
Mogi das Cruzes X X X X X X<br />
Mogi-Guaçu X X X X X<br />
Mogi-Mirim X X X X X X<br />
Mombuca X X X X X<br />
Monçôes X X X X X
Implantação<br />
Atividades regionais ou locais e dinamização Complememegáo material<br />
Complementaçdo<br />
Encontro material às<br />
Encontro Encontros de Natal Projeto Projeto Campanha Campanha Campanha prefeituras e<br />
voluntariado regionais comunitário Hortas mini-bibliotecas do agasalho material escolar de natal obras sociais<br />
X X X X X X X<br />
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X X X X X X X<br />
61
62<br />
Fonação de Recursos Humanos<br />
Atividades em seminários Atividades regionais ou locais<br />
Encontro Encontro<br />
Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto<br />
Municípios Seminários Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas<br />
Mongaguá X X X X<br />
Monte Alegre do Sul X X<br />
Monte Alto X X X X X X X X<br />
Monte Aprazível X X X X X X X<br />
Monte Azul Paulista X X X X X X<br />
Monte Castelo X X X X X X X<br />
Monte-Mbr X X X X X X X X<br />
Monteiro Lobato X X X X X X X X<br />
Morro Agudo X X X X X X X<br />
Morungaba X X X X<br />
Murutinga do Sul X X X X X<br />
Narandiba X X X X<br />
Natividade da Serra X X X X X<br />
Nazaré Paulista X X X<br />
Neves Paulista X X X X X X<br />
Nhandeara X X X X X<br />
Nipoã X X X X X X X X<br />
Nova Aliança X<br />
Nova Europa X X X X X<br />
Nova Granada X X X X X X X<br />
Nova Guataporanga X X X X X X<br />
Nova Independência X X X x X X<br />
Nova Luzitánia X X X X<br />
Nova Odessa X X X<br />
Novo Horizonte X X X X<br />
Nuporanga X X X<br />
Ocauçu X<br />
Óleo<br />
Olímpia X X X X X<br />
Onda Verde X X X X X<br />
Oriente X x X X<br />
Orindiuva X X X<br />
Orlândia X X X X X X<br />
Osasco X X X X X X<br />
Oscar Bressane X X X X<br />
Osvaldo Cruz X X X X X X X<br />
Ourinhos X X X X X X X<br />
Ouro Verde X X X X X X<br />
Pacaembú X X X X<br />
Palestina X X X X<br />
Palmares Paulista X X X X X X X X<br />
Palmeira Dteste X X X X X X<br />
Palmital X X X X<br />
Panorama X X<br />
Paraguaçú Paulista X X X X X X X<br />
Paraibana x x x<br />
Paraíso X X X X X X X X<br />
Paranapanema X X X X X X<br />
Paranapuã X X X X X<br />
Parapuã X X X<br />
Pardinho X X X X X X<br />
Pariquera-Açu X X X X X X X X
Implantação<br />
rios Atividades regionais ou locais e dinamização Complementaçio material<br />
Encontro<br />
Complementação<br />
material às<br />
de Encontro Encontros de Natal Projeto Projeto Campanha Campanha Campanha prefeituras e<br />
:iais voluntariado regionais comunitário Hortas mini-bibliotecas do agasalho material escolar de natal obras sociais<br />
X X X X X X X<br />
X X X X X<br />
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Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto<br />
Municípios Seminários Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas r<br />
Patrocínio Paulista X X X X<br />
Paulicéia X X<br />
Paulfnia X X X X X X<br />
<strong>Paulo</strong> de Faria X X X X X X<br />
Pederneiras X X X X X<br />
Pedra Bela X<br />
Pedranbpolis X X X X<br />
Pedregulho X X<br />
Pedreira X X X x x<br />
Pedro de Toledo X X X x x x x<br />
Penápolis X X X X X X X<br />
Pereira Barreto X X X X X X<br />
Pereiras X X<br />
Peruíbe X X X X X X<br />
Piacatu X X X X<br />
Piedade X X X X X X<br />
Pilar do Sul X X X X X<br />
Pindamonhangaba X X X X x x x<br />
Pindorama X X X X X X<br />
Pin halzinho<br />
Pìquerobf X X X X X X X X<br />
Piquete X X X X X X X<br />
Piracãia X X X X<br />
Piracicaba X X X X X X X X<br />
Pirassununga X X X X X X<br />
Piraju X X X X X X<br />
Pirajuí X X X X X X<br />
Pirangi X X X x x x<br />
Pirapora do Bom Jesus X X X X X X<br />
Pirapozinho X X X X X<br />
Piratininga X X X X X<br />
Pitangueiras X X X X X X<br />
Planalto X X X X<br />
Platina X X X<br />
Poâ X X X X X X X X<br />
Poloni X X X X X X X<br />
Pompéia X X X X X<br />
Pongaf X<br />
Pontal X X X<br />
Pontes Gestal X X X<br />
Populina X X X X X X X<br />
Porangaba X X X X<br />
Porto Feliz X X X X<br />
Porto Ferreira X X X X<br />
Potirendaba X X X X X<br />
Pradópolis X X X X<br />
Praia Grande X X X X X X<br />
Presidente Alves X X X X X<br />
Presidente Bernardes X X X X X X X X<br />
Presidente Epitácio X X X X X x<br />
Presidente Prudente X X X X X X x X x<br />
Presidente Vencesláu X X X X X X X X<br />
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Atividades em seminários Atividades regionais ou locais e<br />
Encontro Encontro<br />
Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto<br />
Municípios Seminários Cursos Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mil<br />
Promissão X X X<br />
Quatá X X X<br />
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Quintana X X X<br />
Rafard X X x<br />
Rancharia X<br />
Redenção da Serra X X X<br />
Regente Feijó X X X<br />
Reginópolis X<br />
Registro X X X<br />
Restinga X<br />
Ribeira X<br />
Ribeirão Bonito X X X<br />
Ribeirão Branco X<br />
Ribeirão Corrente X<br />
Ribeirão Pires X X X<br />
Ribeirão Preto X X X<br />
Ribeirão do Sul<br />
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Rifaina X<br />
Rincão X<br />
Rinópolis X<br />
Rio Claro X X X<br />
Rio Grande da Serra X X X<br />
Rio das Pedras X<br />
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Roseira X<br />
Rubiócea X X X<br />
Rubinéia X<br />
Sabino X X X<br />
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Sales Oliveira X X X<br />
Salesópolis X X X<br />
Salmourão X<br />
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Salto Grande X X X<br />
Salto de Pirapora X X X<br />
Sandovalina X X X<br />
Santa Adélia X X X<br />
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Santa Bárbara do Oeste X X X<br />
Sta. Bárbara do R. Pardo X X X<br />
Santa Branca X X X<br />
Santa Clara do Oeste X X X<br />
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Sta. Cruz do Rio Pardo X X X<br />
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Atividades em seminários Atividades regionais ou locais e<br />
Encontro Encontro<br />
Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto<br />
Seminários Cursos tegrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mi'<br />
Santa Fé do Sul X X X X X X X<br />
Santa Gertrudes X X X X<br />
Santa Isabel X X X X X<br />
Santa Lúcia X X X X<br />
Santa Maria da Serra X X X X X X X<br />
Santa Mercedes X X X X X X X X X<br />
Santa Rita do Oeste X X X X<br />
Santa R. do Passa Quatro X X<br />
Santa Rosa do Viterbo X X X X X X<br />
Santana do Parnaiba X X X X X X<br />
Santana da Ponte Pensa X X X X X X X<br />
Santo Anastácio X X X X X X X<br />
Santo André X X X X X X X X<br />
Santo Antônio da Alegria X X X X X X<br />
Santo Antônio do Jardim X X X X X<br />
Santo Antônio do Pinhal X X X X X X<br />
Santo Antônio da Posse X X X X X<br />
Santo Expedito X X X X X<br />
Santópolis do Aguapeí X X X X X X X<br />
Santos X X X X X X X X X<br />
São Bento do Sapucaí X X X X X X X X<br />
São Bernardo do Campo X X X X X<br />
São Caetano do Sul X X X X X X X<br />
São Carlos X X X X X X X<br />
São Francisco X X X X X X X X<br />
São João da Boa Vista X X X X X X X<br />
São João das Duas Pontes X X X X X<br />
São João do Pau D'Alho X X X X X X X X<br />
São Joaquim da Barra X X<br />
São José do Barreiro X X X X X<br />
São José da Bela Vista X X<br />
São José dos Campos X X X X X X X X X<br />
São José do Rio Pardo X X X X X X X X<br />
São José do Rio Preto X X X X X X X X X<br />
São Luiz do Paraitinga X X X X X<br />
São Manuel X X X X X X X<br />
São Miguel Arcanjo X X X X X X<br />
São <strong>Paulo</strong> X X X X X X X X X<br />
São Pedro X X X X X X X X<br />
São Pedro do Turvo X X X X X X<br />
São Roque X X X X X X X X X<br />
São Sebastião X X X X X X X X X<br />
São Sebastião da Grama X X X X X<br />
São Simão X X X X X X X<br />
São Vicente X X X X X X X X X<br />
Sarapu( X X X X X X<br />
Sarutaìá X X<br />
Sebastianópolis do Sul X ): X X X X X X X<br />
Serra Azul X X<br />
Serra Negra X X X X X X X<br />
Serrana X X X X X X X<br />
Sertãozinho X X X X X X
minârios Atividades regionais ou locais e dinamização<br />
Complementação material<br />
Complementação<br />
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Formação de recursos humanos<br />
Atividades em seminários Atividades regionais ou locais e d<br />
66<br />
Sete Barras<br />
S ever í n ia<br />
Silveiras<br />
Socorro<br />
Sorocaba<br />
Sud Menucci<br />
Sumaré<br />
Suzano<br />
Tabapuã<br />
Tabatinga<br />
Tabo5o da Serra<br />
Taciba<br />
Taguaí<br />
Taiaçú<br />
Tai uva<br />
Tambaú<br />
Ta nab<br />
Tapi ra í<br />
Tapi rat iba<br />
Taquaritinga<br />
Taquarituba<br />
Tarabay<br />
Tatu!<br />
Taubaté<br />
Tejupá<br />
Teodoro Sampaio<br />
Terra Roxa<br />
Tieté<br />
Timburi<br />
Torrinha<br />
Tremembé<br />
Três Fronteiras<br />
Tupã<br />
Tupi Paulista<br />
Turiuba<br />
Turmalina<br />
Ubatuba<br />
Ubirajara<br />
Uchba<br />
UniSo Paulista<br />
Uránia<br />
Urú<br />
Urupês<br />
Valentim Gentil<br />
Valinhos<br />
Valparaiso<br />
Vargem Grande do Sul<br />
Várzea Paulista<br />
Vera Cruz<br />
Vinhedo<br />
Viradouro<br />
Vista Alegre do Alto<br />
Votorantim<br />
Votuporanga<br />
Seminários Cursos<br />
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Encontro<br />
Encontro<br />
Projetos máquina Encontro de Encontro Encontros de Natal Projeto<br />
Integrados de costura entidades sociais voluntariado regionais comunitário Hortas mini<br />
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Atividades regionais ou locais<br />
Encontro<br />
tcontro Encontros de Natal Projeto<br />
'tariado regionais comunitário Hortas<br />
Implantação<br />
e dinamização<br />
Projeto<br />
mini bibliotecas<br />
Campanha<br />
do agasalho<br />
Complementação material<br />
Complementação<br />
material às<br />
Campanha Campanha prefeituras e<br />
material escolar de natal obras sociais<br />
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Formação de recursos humanos<br />
Total de participantes .................................. 28.623<br />
Total de municípios ...................................565<br />
Seminários ........................................... 339 municípios<br />
Cursos .............................................. 348 municípios<br />
Encontros de Participação Comunitária:<br />
(Projetos Integrados)<br />
Hortas Domésticase Comunitárias — 6 Encontros<br />
Educação para Saúde<br />
— 7 Encontros<br />
Mini-Biblioteca<br />
— 6 Encontros<br />
Total ...............................................560 municípios<br />
Encontro de Participação Comunitária/Máquina de Costura ..... 202 municípios<br />
Encontro de Participação Comunitária/Entidades Sociais ....... 282 municípios<br />
Encontro de Participação Comunitária/Voluntariado .......... 328 municípios<br />
Encontro de Participação Comunitária (Regionais) ............ 452 municípios<br />
Encontro de Participação Comunitária/Natal ................ 416 municípios<br />
Implantação e dinamização<br />
Projeto Hortas — implantação ............................<br />
Projeto Mini-Bibliotecas — implantação....................<br />
Complementação material<br />
Campanha de Participação Comunitária do Agasalho ..........<br />
Campanha de Material Escolar ........................... .<br />
Campanha de Natal ....................................<br />
Complementação Material a Prefeituras....................<br />
e Obras Sociais:<br />
Capital..............................................<br />
Interior ............................................<br />
221 municípios<br />
205 municípios<br />
571 municípios<br />
570 municípios<br />
571 municípios<br />
570<br />
706<br />
595
Dimensionamento de dados<br />
0 quadro de dados quantitativos reitera<br />
o conflito básico de nossa realidade: a<br />
procura de equilíbrio entre recursos<br />
humanos e materiais.<br />
A quase total participação dos<br />
municípios nos programas de<br />
atendimento material testemunha,<br />
tanto a grave dimensão dos estados<br />
agudo e crônico de carência que enfrenta<br />
a população mais pobre, como acentua a<br />
necessidade de serem redobrados os<br />
escorços no sentido de se despertar,<br />
mobilizar, preparar e apoiar a ação<br />
dos recursos humanos.<br />
A extensa programação de Formação<br />
de Recursos Humanos permitiu ao<br />
FASPG atingir, diretamente, 28.623<br />
pessoas, representantes de 565<br />
municípios: lideranças municipais,<br />
assistentes sociais, professores, dentistas,<br />
médicos, sanitaristas, enfermeiras,<br />
agrônomos, sociólogos, jornalistas,<br />
dirigentes de entidades religiosas, sociais<br />
e associações de bairro, entre outros.<br />
Este público foi intencionalmente<br />
procurado pelo FASPG, tendo-se em<br />
vista o potencial de elementos<br />
multiplicadores, para que orientassem<br />
seus próprios trabalhos, incentivando<br />
a participação comunitária, no sentido<br />
de serem criados novos meios e<br />
oportunidades para a Promoção<br />
Humana.<br />
Orientar para uma nova concepção a<br />
parcela mínima de complementação<br />
material que o FASPG poderia prestar<br />
frente às necessidades sociais,<br />
representou o esforço de se multiplicar<br />
os recursos pelo incentivo à participação<br />
consciente e a proposta de ação<br />
conjunta. Assim, o processo<br />
sócio-educativo latente em toda a<br />
programação do FASPG foi manifestado<br />
das mais diversas maneiras:<br />
— O atendimento às solicitações de<br />
"máquina de costura" foi acrescido<br />
com um Encontro de Participação<br />
Comunitária, no qual os<br />
representantes das entidades<br />
beneficiárias desse recurso material<br />
passaram um dia trocando suas<br />
experiências de trabalho, debatendo<br />
a importância da profissionalização,<br />
orientação quanto aos programas<br />
comunitários em Clubes de Mães e<br />
outros grupos de coletividade.<br />
Da mesma maneira, as "tradicionais"<br />
solicitações de brinquedos de Natal<br />
foram encaminhadas para reforçar<br />
essa manifestação de solidariedade<br />
em trabalhos permanentes que<br />
propiciassem uma verdadeira integração<br />
comunitária. Desse modo, os festejos<br />
de Natal, a tradição sócio-cultural,<br />
serviram de "ponto de encontro" entre<br />
as lideranças do setor social do<br />
município e se incentivou o público<br />
para que a ação conjunta realizada na<br />
atividade "Natal Comunitário" se<br />
constituisse num "ponto de partida"<br />
para a integração permanente de<br />
trabalhos.<br />
Propiciar a integração foi a meta dos<br />
Encontros dirigidos aos representantes<br />
de Entidades Sociais e a interação destes<br />
com as lideranças municipais foi<br />
estimulada pelos Encontros Regionais.<br />
Ampliando o ciclo de contato dos<br />
participantes, reforçava-se o trabalho<br />
de cada um pelo conhecimento e apoio<br />
mútuo — esse, um recurso local.<br />
Iniciativas locais<br />
Fortalecer as iniciativas locais, incentivar<br />
a dinamização dos recursos próprios -<br />
esse o aspecto básico dos Encontros de<br />
Participação Comunitária sobre os<br />
67
Projetos Integrados (6 sobre o Projeto<br />
Hortas Domésticas e Comunitárias,<br />
7 do Projeto Educação para a Saúde<br />
e 6 de Mini-Bibliotecas).<br />
A ação conjunta das lideranças e equipes<br />
multi-profissionais que constituíram as<br />
Comissões Municipais e a própria<br />
estrutura desses Projetos, apoiada nas<br />
necessidades da população e sugerindo<br />
atividades, deixava em aberto o apelo<br />
à Participação Integrada, reforçando<br />
a importância de que a população<br />
participasse do planejamento, execução<br />
e avaliação dos trabalhos a serem<br />
realizados.<br />
Diferentemente da concepção de<br />
programas, os Projetos Integrados<br />
foram regidos pela própria definição<br />
desse termo (pro - jeto; lançarem<br />
direção), ou seja, propor, orientar<br />
integradamente.<br />
Projeto Hortas<br />
Foi significativo, no caso do Projeto<br />
Hortas Domésticas e Comunitárias,<br />
que de abril de 1977 a dezembro de<br />
1978, tivessem sido implantadas<br />
991 hortas escolares em 221 municípios<br />
(conforme dados enviados ao FASPG<br />
pelas Comissões Municipais interessadas<br />
em realizar esse projeto).<br />
A horta escolar era, apenas, uma das<br />
atividades possíveis sugeridas pelo<br />
Projeto -- e a prática revelou-a como<br />
a que mais respondeu às expectativas.<br />
São significativos diversos relatórios<br />
informando sobre o uso das verduras<br />
na complementação da merenda escolar,<br />
a colaboração prestada às famílias que,<br />
através da Associação de Pais e Mestres,<br />
vêm sendo motivadas a ampliar seus<br />
hábitos alimentares e seguir a orientação<br />
que as crianças recebem quanto ao<br />
plantio e colheita das verduras.<br />
Ei ;]
"Para cada problema, uma solução.<br />
Para cada necessidade, um recurso.<br />
Todos procuramos soluções e recursos.<br />
"A realidade que está aí exige que esse<br />
esforço não seja isolado. Ela nos convoca<br />
à integração, à participação.<br />
"A realidade é difícil, sim. Mas o homem<br />
provou, em sua História, que tem o<br />
poder de transformá-la, graças à<br />
inteligência e à habilidade de suas<br />
mãos, dos instrumentos que sua<br />
inteligência inventou, da solidariedade<br />
que sua compreensão abraçou.<br />
"Ë a consciência lúcida de cada um de<br />
nós que manterá generosa e solidária a<br />
mão, disposta a agir sempre pelo<br />
desenvolvimento global e harmonioso<br />
de nossas cidades, pela transformação<br />
destas cidades em verdadeiras<br />
comunidades.<br />
"Isto tudo é difícil, vai até o nosso<br />
íntimo. Mas, é daí do centro de cada<br />
um de nós que tem de sair o<br />
conhecimento de nossa responsabilidade,<br />
a convicção, a vontade enérgica e uma<br />
disposição corajosa de participarmos,<br />
verdadeiramente, do empenho por uma<br />
nova vida social.<br />
"Tudo isso é muito difícil. Mas, se<br />
queremos uma nova história, é preciso<br />
uma nova mentalidade para construí-la.<br />
"E isso depende de cada um de nós",<br />
(Trecho do discurso proferido por dona<br />
Lila Byington <strong>Egydio</strong> Martins, durante o<br />
V11P Seminário de Participação<br />
Comunitária, em Campinas —<br />
Junho/1977).