27 - Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas Gerais
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8 Março <strong>de</strong> 2010<br />
Iniciativas para a conciliação<br />
O TJMG também prioriza a conciliação, que vem a<br />
ser um meio amigável <strong>de</strong> resolver conflitos. As <strong>de</strong>cisões<br />
cabem aos envolvi<strong>do</strong>s, e o concilia<strong>do</strong>r atua como facilita<strong>do</strong>r<br />
<strong>do</strong> acor<strong>do</strong>. Com a conciliação, evita-se o confronto<br />
na <strong>Justiça</strong>, que po<strong>de</strong> gerar processos caros e <strong>de</strong>mora<strong>do</strong>s.<br />
Já é a quarta vez que o <strong>Tribunal</strong> <strong>de</strong> <strong>Minas</strong> participa<br />
<strong>do</strong> “Movimento Nacional pela Conciliação”, i<strong>de</strong>aliza<strong>do</strong><br />
pelo Conselho Nacional <strong>de</strong> <strong>Justiça</strong> (CNJ). O atual<br />
presi<strong>de</strong>nte da Comissão da Conciliação em <strong>Minas</strong> é o<br />
<strong>de</strong>sembarga<strong>do</strong>r Antônio Arman<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Anjos.<br />
Alternativas para a conciliação<br />
no Judiciário <strong>de</strong> <strong>Minas</strong><br />
CENTRAIS DE CONCILIAÇÃO<br />
Caminho rápi<strong>do</strong> para solucionar causas que já <strong>de</strong>ram entrada no<br />
Judiciário, através <strong>de</strong> sessões prévias <strong>de</strong> conciliação. Feito o acor<strong>do</strong>,<br />
o Ministério Público dá o seu parecer, e o juiz <strong>de</strong> direito homologa,<br />
encerran<strong>do</strong> a <strong>de</strong>manda.<br />
JUIZADOS ESPECIAIS<br />
Solucionam causas cíveis <strong>de</strong> menor complexida<strong>de</strong> e infrações<br />
penais <strong>de</strong> menor potencial ofensivo. Busca-se sempre a conciliação,<br />
ao invés <strong>do</strong> confronto, para resolver os conflitos. Nesses<br />
Juiza<strong>do</strong>s, atuam os juízes <strong>de</strong> direito que homologam o acor<strong>do</strong>.<br />
Não haven<strong>do</strong> conciliação, o juiz julga o caso.<br />
JUIZADOS DE CONCILIAÇÃO<br />
Resolvem conflitos <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> informal, gratuito e por meio <strong>do</strong><br />
acor<strong>do</strong>. Esses Juiza<strong>do</strong>s funcionam com atuação <strong>de</strong> voluntários,<br />
oferecen<strong>do</strong> espaço, nas comunida<strong>de</strong>s, para a resolução amigável<br />
das <strong>de</strong>mandas.<br />
CENTRAL DE CONCILIAÇÃO DE PRECATÓRIOS<br />
Se uma pessoa física ou jurídica ganha uma ação na <strong>Justiça</strong> contra<br />
o Po<strong>de</strong>r Público, ela tem um precatório a receber. Esta Central<br />
agiliza o pagamento, buscan<strong>do</strong> o acor<strong>do</strong> entre as partes.<br />
MAGISTRADO CONCILIADOR<br />
Com atuação voluntária <strong>de</strong> magistra<strong>do</strong>s aposenta<strong>do</strong>s, são realizadas<br />
audiências <strong>de</strong> conciliação, em datas previamente ajustadas<br />
com o juiz titular. A iniciativa foi a<strong>do</strong>tada, inicialmente, nas varas<br />
cíveis da comarca <strong>de</strong> Belo Horizonte, visan<strong>do</strong> a uma prestação<br />
jurisdicional mais célere e eficaz.<br />
FONTE: ASCOM/TJMG<br />
Revista <strong>de</strong><br />
ESTUDOS&INFORMAÇÕES<br />
As audiências <strong>de</strong> conciliação são realizadas durante<br />
to<strong>do</strong> o ano no Judiciário. No entanto, há ocasiões em<br />
que o esforço é intensifica<strong>do</strong>, como aconteceu, em 2009,<br />
nos meses <strong>de</strong> setembro e <strong>de</strong>zembro. No ano passa<strong>do</strong>,<br />
151 comarcas mineiras a<strong>de</strong>riram à Semana da Conciliação,<br />
envolven<strong>do</strong> 300 varas judiciais.<br />
Segun<strong>do</strong> a Assessoria <strong>de</strong> Comunicação <strong>do</strong> TJMG, na<br />
“Semana da Conciliação 2009”, que aconteceu <strong>de</strong> 7 a 11<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2009, realizaram-se 11.658 audiências<br />
cíveis e 2.575 audiências criminais, com índice <strong>de</strong> acor<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> 37,74% na área cível e 44,66% na área criminal,<br />
totalizan<strong>do</strong> 34.741 pessoas atendidas.<br />
OUTROS PROJETOS<br />
O TJMG lançou, em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2001, o “Projeto<br />
Novos Rumos na Execução Penal”, com o objetivo <strong>de</strong><br />
incentivar a criação e a expansão da Associação <strong>de</strong> Proteção<br />
e Assistência aos Con<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s (Apac), como alternativa<br />
<strong>de</strong> humanização <strong>do</strong> sistema prisional no Esta<strong>do</strong>.<br />
Segun<strong>do</strong> o TJMG, o méto<strong>do</strong> Apac, “sem per<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />
vista a finalida<strong>de</strong> punitiva da pena, trabalha a recuperação<br />
<strong>do</strong> con<strong>de</strong>na<strong>do</strong> e sua inserção no convívio social.<br />
Parte-se da premissa <strong>de</strong> que, recuperan<strong>do</strong> o infrator, protegida<br />
está a socieda<strong>de</strong>, prevenin<strong>do</strong>-se o surgimento <strong>de</strong><br />
novas vítimas”.<br />
Já o “Programa <strong>de</strong> Atenção Integral ao Paciente Judiciário<br />
Porta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Sofrimento Mental (PAI-PJ)” é uma<br />
experiência inova<strong>do</strong>ra, por sua atenção dispensada aos<br />
pacientes judiciais porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> sofrimento mental que<br />
respon<strong>de</strong>m a processos criminais. Des<strong>de</strong> sua implantação,<br />
mais <strong>de</strong> 430 pacientes já passaram pelo PAI-PJ, em<br />
que são atendi<strong>do</strong>s, a partir <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> juízes<br />
das varas criminais, por uma equipe multidisciplinar,<br />
formada por psicólogos, assistentes sociais e bacharéis<br />
em Direito. Com mais <strong>de</strong> três anos <strong>de</strong> funcionamento,<br />
o PAI-PJ vem ganhan<strong>do</strong> <strong>de</strong>staque nacional, tornan<strong>do</strong>-se<br />
mo<strong>de</strong>lo para outras instituições. Uma monografia escrita<br />
pela coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> PAI-PJ, Fernanda Otoni <strong>de</strong> Barros,<br />
recebeu em agosto <strong>de</strong> 2009 um prêmio nacional. O<br />
trabalho da coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra <strong>de</strong>staca a bem-sucedida experiência<br />
<strong>do</strong> PAI-PJ.