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Ano 1 - n° 3 - janeiro a março de 2012<br />
SUSTENTABILIDADE<br />
CERTIFICAÇÕES INTERNACIONAIS<br />
COMPROVAM O PADRÃO<br />
DE QUALIDADE DA RAÍZEN
Revista <strong>Raízen</strong><br />
Índice<br />
4<br />
Giro Rápido<br />
Fundação ganha<br />
unidade <strong>em</strong> Goiás<br />
6<br />
Páginas Roxas<br />
Luis Henrique<br />
Guimarães<br />
8<br />
Mercado<br />
Tecnologia e inovação<br />
nas estradas<br />
10<br />
Negócios<br />
Potencial além<br />
das fronteiras<br />
12<br />
Questão de Ética<br />
Código de Conduta<br />
14<br />
Sustentabilidade<br />
Pequenas atitudes,<br />
grandes mudanças<br />
16<br />
Tecnologia e Inovação<br />
Nova planta<br />
de distribuição de<br />
biocombustíveis<br />
22<br />
Marca<br />
Tecnologia e <strong>em</strong>oção<br />
26<br />
Apresentação<br />
Doce mercado<br />
30<br />
Raízes do Brasil<br />
Princesinha do Cerrado<br />
18<br />
Capa<br />
Excelência<br />
comprovada
Um passo à frente<br />
O setor sucroenergético foi surpreendido por boas notícias<br />
nos últimos meses. Após 31 anos, as barreiras comerciais<br />
contra a entrada do etanol brasileiro nos Estados Unidos<br />
expiraram e as <strong>em</strong>presas passaram a se enquadrar <strong>em</strong><br />
padrões internacionais para estar<strong>em</strong> aptas a exportar seja<br />
para o mercado norte-americano, seja para o europeu.<br />
Esse cenário não implica aumento imediato de<br />
exportações, até porque o mercado interno ainda é uma<br />
prioridade e é necessário investir para elevar a produção.<br />
No entanto, trata-se de um passo importante para a<br />
consolidação do etanol como uma commodity global,<br />
além de um incentivo para o aumento dos aportes na<br />
capacidade produtiva.<br />
Estamos no momento de arrumar a casa. E uma<br />
maneira de fazê-lo é nos prepararmos para atender a<br />
essa d<strong>em</strong>anda a partir das exigências lá de fora. E é<br />
por isso que, desde a criação da <strong>Raízen</strong>, passamos a<br />
buscar certificações como Bonsucro, EPA (Environmental<br />
Protection Agency) e CARB (California Air Resources<br />
Board), que abr<strong>em</strong> as portas para os produtos brasileiros<br />
no mercado exterior. Para se ter uma ideia, o certificado<br />
Bonsucro já é uma exigência da União Europeia para<br />
a importação de açúcar e etanol desde maio do ano<br />
passado. E a <strong>Raízen</strong> foi a primeira <strong>em</strong>presa do mundo a<br />
conquistar o selo para uma de suas usinas.<br />
A qualidade da nossa gestão aliada à inequívoca<br />
liderança brasileira no setor sucroalcooleiro nos projeta<br />
internacionalmente, validando nosso compromisso com<br />
a responsabilidade e ética desde o plantio da cana até<br />
a entrega do produto. Acreditamos na melhoria contínua<br />
e isso nos estimula a trabalhar mais a cada dia para<br />
alcançar e exceder as melhores práticas nas áreas<br />
de Qualidade, Meio Ambiente, Saúde, Segurança e<br />
Responsabilidade Social.<br />
Expediente<br />
Gerências de Comunicação Interna<br />
e de Relações Externas:<br />
Giselle Innecco Valdevez Castro<br />
Natascha Nunes da Cunha<br />
Coordenação e Jornalistas Responsáveis:<br />
Andréa Melissa Pereira (MTb/SP 038015)<br />
Carina Andion Angulo (MTb/RJ 31804)<br />
Regina Maia (MTb/SP 49785)<br />
Produção Gráfica e Editorial:<br />
Cajá – Agência de Comunicação<br />
Editorial 3<br />
Nossa aposta está no crescimento sustentável. Por isso,<br />
fomos certificados pelo Bonsucro após uma avaliação<br />
rígida feita por um órgão independente reconhecido pelo<br />
mercado como um dos mais estruturados e rigorosos<br />
no que se refere à cana-de-açúcar e que confere 48<br />
indicadores sociais, ambientais e econômicos.<br />
E não vamos parar por aí. Continuar<strong>em</strong>os buscando<br />
atingir esses padrões internacionais por meio da melhoria<br />
contínua da produção e investimento <strong>em</strong> saúde, meio<br />
ambiente e segurança. Quer<strong>em</strong>os ainda levar todo este<br />
aprimoramento aos d<strong>em</strong>ais elos da cadeia produtiva,<br />
incentivando os fornecedores brasileiros a brigar<strong>em</strong> <strong>em</strong><br />
condições de equilíbrio no mercado mundial.<br />
A busca da <strong>Raízen</strong> por excelência, no entanto, vai<br />
muito além do processo de certificação. Por meio do<br />
cumprimento da lei, do respeito aos direitos humanos e<br />
ao meio ambiente, e da boa gestão da biodiversidade e<br />
serviços, quer<strong>em</strong>os que nossos produtos reflitam nosso<br />
compromisso maior: gerar riquezas de forma sustentável,<br />
dando suporte ao nosso crescimento.<br />
Luiz Eduardo Osorio<br />
Vice-Presidente de Desenvolvimento<br />
Sustentável e Relações Externas<br />
Conselho Editorial: Andrea Villares; Cláudio Oliveira; Flávio Santiago; João<br />
Alberto Abreu; José Vitório Tararam; Leonardo Pontes; Luis Carlos Veguin;<br />
Márcio Fogaça; Paola Manfredini; Rômulo Maia; Sandra Mainenti.<br />
Fotografia: Arquivo <strong>Raízen</strong>/Alessandro Maschio/Marcos Issa/<br />
Tuca Reines/Tulio Vidal.<br />
Capa: Lew’Lara\TBWA<br />
Impressão: Burti<br />
E-mail de contato:<br />
comunicacaoexterna@raizen.com<br />
Tirag<strong>em</strong>: 10.000 ex<strong>em</strong>plares<br />
Revista <strong>Raízen</strong>
4 Giro Rápido<br />
Fundação ganha<br />
unidade <strong>em</strong> Goiás<br />
A <strong>Raízen</strong> inaugurou, no dia 9<br />
de fevereiro, a primeira unidade<br />
de sua Fundação fora do Estado<br />
de São Paulo. Sediado <strong>em</strong><br />
Jataí (GO), o mais novo braço<br />
de responsabilidade social da<br />
companhia começou suas atividades<br />
no dia 5 de março com a<br />
oferta de 150 vagas para diversos<br />
cursos e atividades.<br />
Participaram do evento cerca<br />
de 300 pessoas, incluindo<br />
autoridades como o governador<br />
de Goiás, Marconi Perillo,<br />
o prefeito de Jataí, Humberto<br />
Machado, o presidente do<br />
Sifaeg (Sindicato da Indústria<br />
de Fabricação de Açúcar<br />
e Álcool de Goiás), André<br />
Rocha, além do vice-pre-<br />
Interatividade aditivada<br />
Revista <strong>Raízen</strong><br />
sidente de Desenvolvimento<br />
Sustentável e Relações<br />
Externas da <strong>Raízen</strong>, Luiz<br />
Eduardo Osorio, e representantes<br />
locais da <strong>em</strong>presa.<br />
Aos jovens da região, a Fundação<br />
oferece atividades de<br />
acompanhamento e apoio escolar,<br />
além de aulas de informática,<br />
leitura, redação e iniciação<br />
profissional. Também<br />
são promovidas campanhas<br />
de conscientização sobre assuntos<br />
como reciclag<strong>em</strong>, meio<br />
ambiente e cidadania. Cursos<br />
nas áreas de Hotelaria e<br />
Turismo, Administração, Logística<br />
e Manutenção Automotiva<br />
serão oferecidos aos<br />
maiores de 16 anos.<br />
Da esquerda para a direita: João<br />
Saccomano, da <strong>Raízen</strong>, responsável<br />
pela negociação de terras para plantio<br />
de cana-de-açúcar na região;<br />
o vice-presidente Luiz Eduardo Osorio;<br />
e o governador Marconi Perillo<br />
Historicamente ligada ao mundo<br />
do automobilismo e da alta tecno-<br />
logia, a marca Shell ganhou um<br />
novo site para sua família de<br />
produtos Shell V-Power. Com<br />
conteúdo voltado tanto para os<br />
consumidores que abastec<strong>em</strong> nos<br />
postos da marca quanto para os<br />
fãs mais aficionados do esporte<br />
a motor, a nova página eletrônica<br />
destaca os principais benefícios<br />
do combustível desenvolvido <strong>em</strong><br />
parceria com a Ferrari.<br />
O objetivo da novidade é prover<br />
uma plataforma interativa e<br />
com conteúdo relevante para<br />
o visitante. O site – que pode<br />
ser acessado pelo endereço<br />
www.shell.com.br, nas guias<br />
Produtos & Serviços > Shell<br />
V-Power – traz informações detalhadas<br />
sobre gasolina e etanol<br />
Shell V-Power, promoções, comerciais<br />
recentes e dados sobre<br />
o programa DNA de qualidade<br />
dos combustíveis.
Abasteça e ganhe<br />
brindes Ferrari<br />
na hora<br />
Entre maio e julho de 2012, os clientes dos postos Shell terão a oportunidade<br />
de incluir novas peças à sua coleção Ferrari. Depois das<br />
camisetas que celebraram os títulos da equipe italiana na Fórmula 1,<br />
a rede oferecerá aos clientes a oportunidade de ganhar cadernetas,<br />
braçadeiras para MP3 e nécessaires exclusivos da marca.<br />
Os motoristas que abastecer<strong>em</strong> com 25 litros de produtos da família<br />
Shell V-Power (gasolina ou etanol) receberão um vale brinde para concorrer<br />
aos prêmios. Caso o bilhete esteja pr<strong>em</strong>iado, o consumidor receberá<br />
o prêmio na hora.<br />
“se não for seguro, não faça”<br />
Com o objetivo de evitar<br />
acidentes na companhia e<br />
envolver as lideranças nas<br />
questões relacionadas à<br />
Saúde, Segurança e Meio<br />
Ambiente (SSMA), a <strong>Raízen</strong><br />
lançou uma campanha<br />
corporativa que unifica seus<br />
conceitos de SSMA. Com o<br />
l<strong>em</strong>a “Se não for seguro, não<br />
faça”, a campanha conta com<br />
materiais de divulgação como<br />
vídeo institucional, cartazes e<br />
quadros com as políticas de<br />
SSMA e de Responsabilidade<br />
Social da <strong>em</strong>presa.<br />
Divulgada <strong>em</strong> todas as<br />
unidades das linhas de negócio<br />
da <strong>em</strong>presa, a iniciativa foi<br />
apresentada aos gerentes,<br />
líderes e supervisores das<br />
áreas para que a mensag<strong>em</strong><br />
seja diss<strong>em</strong>inada entre todos<br />
os funcionários.<br />
Revista <strong>Raízen</strong>
6 Páginas Roxas: Luis Henrique Guimarães<br />
Diesel<br />
mais limpo<br />
O vice-presidente Executivo Comercial da <strong>Raízen</strong>, Luis Henrique<br />
Guimarães, explica os novos tipos de combustível para veículos pesados<br />
e fala sobre os investimentos na oferta destes produtos para o varejo.<br />
Revista <strong>Raízen</strong><br />
Como a <strong>Raízen</strong> se preparou para a<br />
oferta do diesel S-50?<br />
Desde antes da formação da <strong>Raízen</strong><br />
(junho/2011), já nos preparávamos para<br />
atender a nova legislação ambiental no<br />
mercado de transporte de carga pesada,<br />
que estabelece limites máximos de<br />
<strong>em</strong>issão de poluentes para os motores<br />
do ciclo diesel e que está <strong>em</strong> vigor desde<br />
janeiro de 2012. Mais do que se adaptar<br />
às novas regras estabelecidas pelo<br />
Proconve P-7 (Programa de Controle da<br />
Poluição do Ar por Veículos Automotores),<br />
a <strong>Raízen</strong> aproveitou a oportunidade para<br />
ir além das novas exigências e investir <strong>em</strong><br />
novas soluções sustentáveis para a frota.<br />
A <strong>em</strong>presa investiu na adaptação das bases<br />
de distribuição para garantir a oferta do<br />
produto, na adequação da rede de postos<br />
que ofertam o diesel S-50, <strong>em</strong> marca e<br />
também <strong>em</strong> uma solução que permite<br />
que os frotistas tenham controle sobre a<br />
quantidade de combustível a ser utilizada,<br />
b<strong>em</strong> como da <strong>em</strong>issão de carbono - a<br />
ferramenta Expers.
“A <strong>Raízen</strong> pretende<br />
ir além das novas<br />
exigências e investir<br />
<strong>em</strong> novas soluções<br />
sustentáveis para frota, o<br />
que já está sendo feito com<br />
o lançamento do<br />
Expers, por ex<strong>em</strong>plo.<br />
Todas essas ações<br />
estão <strong>em</strong> linha<br />
com a missão<br />
da <strong>em</strong>presa de<br />
prover soluções de<br />
energia sustentável,<br />
contribuindo para<br />
a sociedade”<br />
Qual a diferença entre o novo diesel S-50 e o produto<br />
anteriormente vendido nos postos?<br />
A diferença do diesel S-50 está na quantidade de enxofre presente<br />
no combustível, que é um poluente. No caso da <strong>Raízen</strong>, fomos<br />
além. Lançamos o Shell Evolux Diesel S-50 que, além de reduzir<br />
o consumo de combustível e proporcionar menores custos de<br />
manutenção, potencializa o resultado do motor e <strong>em</strong>ite menos CO 2 .<br />
Qual o impacto desta mudança no portfólio de produtos da<br />
<strong>em</strong>presa e quais as expectativas da <strong>Raízen</strong> <strong>em</strong> relação às<br />
vendas destes novos produtos?<br />
A d<strong>em</strong>anda levou à criação da linha Shell Evolux, que abrange<br />
o diesel S-50 e o Arla 32, uma solução de ureia que ajuda na<br />
redução das <strong>em</strong>issões. Com novo portfólio, a <strong>Raízen</strong> espera<br />
incr<strong>em</strong>entar as vendas de diesel nas rodovias, considerando que<br />
o produto representa aproximadamente 50% do total de vendas de<br />
combustível no país. O uso do Shell Evolux Diesel S-50 oferece ao<br />
consumidor uma economia de até 3% no consumo de combustível,<br />
redução de <strong>em</strong>issões de CO 2 e fumaça, menores custos de<br />
manutenção, melhor des<strong>em</strong>penho dos motores, prevenção de<br />
corrosão no sist<strong>em</strong>a de combustível e menor formação de espuma<br />
na hora do abastecimento.<br />
Por que investir no segmento de frota pesada?<br />
O segmento de frota pesada é um dos mais importantes do Brasil,<br />
pois representa mais de 70% do transporte de carga brasileiro.<br />
Investir nele é contribuir para uma melhoria da qualidade do<br />
combustível e também para a redução das <strong>em</strong>issões. Por isso, a<br />
<strong>Raízen</strong> t<strong>em</strong> uma equipe dedicada a este segmento responsável por<br />
ações de marketing e materiais de pontos de venda.<br />
A chegada do tipo S-10 já <strong>em</strong> 2013 exigirá mais mudanças<br />
e investimentos?<br />
Novas adaptações serão feitas e, claro, investimentos. Mas vale<br />
destacar que as ações feitas pela <strong>em</strong>presa para se adaptar ao<br />
S-50 e suas exigências já levaram <strong>em</strong> conta a alteração para 2013.<br />
Ou seja, o processo será mais simples, e a <strong>Raízen</strong> já está pronta<br />
para realizar o suprimento de S-10 utilizando sua ampla rede de<br />
bases de distribuição que foi adequada para realizar o suprimento<br />
de S-50.<br />
Como a <strong>Raízen</strong> vê a importância desta mudança para a<br />
sustentabilidade e a redução das mudanças climáticas?<br />
A nova legislação ambiental para o mercado de transporte de carga<br />
pesada é uma grande oportunidade para alcançarmos objetivos<br />
importantes na redução de <strong>em</strong>issão de gases tóxicos. Com a utilização<br />
do diesel S-50 e o Arla 32, espera-se diminuir o consumo de combustível<br />
e, consequent<strong>em</strong>ente, contribuir para a redução na <strong>em</strong>issão de CO 2<br />
para a atmosfera. A <strong>Raízen</strong> pretende ir além das novas exigências e<br />
investir <strong>em</strong> novas soluções sustentáveis para frota, o que já está sendo<br />
feito com o lançamento do Expers, por ex<strong>em</strong>plo. Todas essas ações<br />
estão <strong>em</strong> linha com a missão da <strong>em</strong>presa de prover soluções de energia<br />
sustentável, contribuindo para a sociedade.<br />
Revista <strong>Raízen</strong>
8 Mercado<br />
Tecnologia<br />
e inovação<br />
nas estradas<br />
A evolução tecnológica dos motores, a preocupação com o meio<br />
ambiente e as mudanças na legislação brasileira motivaram a<br />
<strong>Raízen</strong> a lançar sua nova linha de produtos para veículos movidos<br />
a diesel: a Shell Evolux. Desenvolvidos para oferecer mais benefícios<br />
aos consumidores brasileiros, os novos produtos compõ<strong>em</strong><br />
a estratégia de investimento da <strong>em</strong>presa na oferta dos postos<br />
situados às margens das rodovias brasileiras.<br />
“Esse segmento é estratégico para a <strong>em</strong>presa porque é responsável<br />
por 80% do consumo de diesel do varejo. Estamos<br />
fazendo um investimento grande <strong>em</strong> pesquisa com consumidores<br />
e treinamentos. Desenvolv<strong>em</strong>os uma área com funcionários<br />
dedicados à rodovia, ao diesel e ao Arla para trazer mais volume<br />
e ampliar o nosso espaço no mercado”, comentou Rachel<br />
Risi, gerente de Marketing de Produtos Combustíveis da <strong>Raízen</strong>.<br />
A linha Shell Evolux é composta por diesel aditivado – nas versões<br />
S-50, S-500 e S-1800 – e pelo Arla 32, composto à base<br />
de ureia que deve ser utilizado nos motores Euro 5 <strong>em</strong> conjunto<br />
com o diesel de baixo teor de enxofre (S-50). A linha já chega<br />
aos postos da rede Shell adequada às novas d<strong>em</strong>andas criadas<br />
pela sétima fase do Programa de Controle da Poluição do Ar<br />
por Veículos Automotores (Proconve 7 ou P-7), que estabelece<br />
novo padrão de <strong>em</strong>issões para os veículos a diesel produzidos<br />
no país a partir de 1º de janeiro de 2012.<br />
Entre os principais benefícios oferecidos pelo novo diesel<br />
pr<strong>em</strong>ium, estão a redução do consumo de diesel <strong>em</strong> até 3%,<br />
o menor custo de manutenção – tendo <strong>em</strong> vista que o intervalo<br />
de troca de peças aumenta –, a melhor performance do motor<br />
e a diminuição da <strong>em</strong>issão de CO 2 e fumaça. “O produto aditivado<br />
Shell Evolux contribui para o meio ambiente ao reduzir<br />
a <strong>em</strong>issão de poluentes e é bom para o bolso do consumidor<br />
ao proporcionar economia”, acrescenta Rachel Risi.<br />
A nova linha já conta com cerca de 500 postos de rodovia comercializando<br />
o S-50, que substitui o tradicional Shell Formula<br />
Diesel, reconhecido pelos consumidores, ao longo dos últimos<br />
anos, como opção de qualidade <strong>em</strong> diesel aditivado. O novo<br />
nome, desenvolvido exclusivamente para o Brasil, foi escolhido<br />
<strong>em</strong> pesquisa realizada com caminhoneiros. “Nosso objetivo<br />
foi identificar a marca que melhor representasse os benefícios<br />
que o consumidor final gostaria de ter. Como resultado do estudo,<br />
nasceu o nome ‘Evolux’, relacionado pelos participantes a<br />
conceitos como ‘evolução’, ‘qualidade’ e ‘des<strong>em</strong>penho’”, conta<br />
Renata Belém, da equipe de Marca e Mídia da <strong>Raízen</strong>.
Futuro<br />
A oferta do diesel S-50 na rede de<br />
postos de marca Shell é 100% aditivada;<br />
portanto, a <strong>Raízen</strong> reforça sua<br />
estratégia de diferenciação de produtos<br />
disponibilizando Shell Evolux<br />
Diesel S-50 para seus consumidores<br />
finais. “O desafio inicial é a logística<br />
de distribuição dos produtos<br />
para os postos credenciados para a<br />
comercialização do produto, uma vez<br />
que apenas algumas refinarias estão<br />
adaptadas para o seu refino”, explica<br />
Cláudio Frydman, coordenador de<br />
Marketing de Produtos Combustíveis.<br />
Se esse ano a concentração do<br />
Shell Evolux Diesel S-50 é de 50<br />
partes de enxofre por milhão, a<br />
partir de janeiro de 2013 o óleo<br />
diesel de baixo teor de enxofre<br />
passará a ser automaticamente o<br />
diesel S-10. Com uma concentração<br />
ainda menor e menos poluente,<br />
o novo produto terá 10 partes<br />
de enxofre por milhão.<br />
“Em janeiro de 2013, o diesel S-10<br />
substituirá integralmente o diesel<br />
S-50 <strong>em</strong> nível nacional, e a <strong>Raízen</strong><br />
está pronta para realizar o suprimento<br />
de S-10 utilizando sua rede<br />
de bases de distribuição que foi<br />
adequada para realizar o suprimento<br />
de S-50. Ao longo do primeiro<br />
s<strong>em</strong>estre de 2012, já iniciar<strong>em</strong>os<br />
essa operação na maioria das bases,<br />
garantindo o pleno suprimento<br />
com o aumento da d<strong>em</strong>anda e a<br />
competitividade dos nossos revendedores”,<br />
acrecenta Frydman.<br />
Arla 32<br />
Produto que passou a fazer parte do dia a dia dos motoristas<br />
após a adoção na nova geração de motores<br />
Euro 5, o Arla 32 é um agente redutor líquido automotivo<br />
de óxido de nitrogênio que t<strong>em</strong> <strong>em</strong> sua composição<br />
32,5% de ureia tecnicamente pura (s<strong>em</strong> adição de quaisquer<br />
substâncias) e 67,5% de água pura.<br />
Este agente é abastecido <strong>em</strong> um outro tanque presente<br />
apenas nos novos veículos do ciclo diesel com tecnologia<br />
SCR (Redutor Catalítico Seletivo). Trata-se de um<br />
sist<strong>em</strong>a de pós-tratamento que, através de uma reação<br />
química, transforma a solução injetada no catalisador <strong>em</strong><br />
nitrogênio e vapor d’água.<br />
“Atualmente, a <strong>Raízen</strong> está entregando o Shell Evolux Arla<br />
32 a partir de Guarulhos (SP) para todo o país. Em maio<br />
deste ano, passar<strong>em</strong>os a entregá-lo a partir de Araucária<br />
(PR) e Camaçari (BA). Os postos da rede que quiser<strong>em</strong> comercializar<br />
este produto poderão adquiri-lo junto à <strong>em</strong>presa<br />
independent<strong>em</strong>ente da seleção prévia feita pela Agência<br />
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP)”,<br />
explica Fernando Voltolini, coordenador de Marketing de<br />
Produtos Combustíveis.<br />
O Arla 32 está sendo comercializado nos postos da<br />
rede <strong>em</strong> bombonas de 10 ou 20 litros identificadas com<br />
a marca Shell Evolux, o que assegura a procedência<br />
e a qualidade do produto. De acordo com Voltolini, a<br />
expectativa da <strong>em</strong>presa é ter, no mercado de Arla 32,<br />
a mesma participação que a <strong>em</strong>presa já possui no<br />
segmento de diesel.<br />
“Como estamos falando de um produto novo, que está se<br />
popularizando no mercado este ano, é normal que a d<strong>em</strong>anda<br />
comece tímida, mas evolua à medida que a frota<br />
nacional seja renovada e que os novos modelos, com motor<br />
Euro 5, circul<strong>em</strong> pelas estradas de todo o país”, explica.<br />
O agente redutor está disponível ainda para os clientes<br />
comerciais da <strong>Raízen</strong> que faz<strong>em</strong> o abastecimento na própria<br />
base, prática comum das grandes transportadoras.<br />
Revista <strong>Raízen</strong>
10 Negócios<br />
Potencial<br />
além das<br />
fronTeiras<br />
Revista <strong>Raízen</strong><br />
Braço internacional da <strong>Raízen</strong> busca<br />
oportunidades para difundir o etanol<br />
brasileiro como produto global<br />
“Ser reconhecida globalmente pela<br />
excelência no desenvolvimento,<br />
produção e comercialização de<br />
energia sustentável.” Estipulada na<br />
criação da <strong>em</strong>presa, a missão da<br />
<strong>Raízen</strong> de ganhar o mundo norteou<br />
os primeiros movimentos da <strong>em</strong>presa<br />
no tabuleiro do mercado mundial.<br />
Com o primeiro escritório<br />
inaugurado no Reino Unido, mais<br />
precisamente <strong>em</strong> Londres, a<br />
<strong>Raízen</strong> conta hoje com subsidiárias<br />
<strong>em</strong> Houston (Estados Unidos),<br />
Cingapura e Genebra (Suíça). Nesta<br />
última, está concentrada a maior<br />
parte dos funcionários no exterior,<br />
assim como o centro de decisões<br />
nas operações de trading, nome<br />
dado às <strong>em</strong>presas que realizam a<br />
negociação de mercadorias entre<br />
fornecedores e compradores de<br />
diversas partes do mundo.<br />
Ambiente crucial para os negócios<br />
internacionais desde os t<strong>em</strong>pos<br />
mercantilistas no século XVI, o<br />
continente europeu t<strong>em</strong> localização<br />
privilegiada para transações<br />
comerciais. “A Europa continua sendo<br />
estratégica por uma série de motivos.<br />
Estamos próximos de importantes<br />
centros financeiros, como Londres,<br />
Genebra e Frankfurt, e o fuso horário<br />
permite relações com diversas partes<br />
do globo <strong>em</strong> um só dia”, explica o<br />
diretor de Trading Offshore da <strong>Raízen</strong>,<br />
Antonio Simões.<br />
“A maior parte das <strong>em</strong>presas que<br />
têm operações globais possui<br />
base na Europa. Além do mercado<br />
europeu estar funcionando a pleno<br />
vapor durante boa parte do dia,<br />
t<strong>em</strong>os a possibilidade de interagir<br />
com a Ásia pela manhã, e uma<br />
janela de horários compatível com<br />
os Estados Unidos e o Brasil no fim<br />
do expediente”, ex<strong>em</strong>plifica Simões.<br />
A expectativa é que a trading da<br />
<strong>Raízen</strong> movimente, <strong>em</strong> 2012, cerca<br />
de 1,2 bilhão de litros de etanol no<br />
mercado internacional. Para isso,<br />
além dos escritórios administrativos<br />
e operacionais, conta com<br />
tanques de armazenamento de<br />
produtos <strong>em</strong> Houston, Cingapura,<br />
Roterdã (Holanda) e Antuérpia<br />
(Bélgica). Entre os clientes, estão<br />
<strong>em</strong>presas de biocombustíveis e<br />
clientes industriais, que utilizam o<br />
etanol como matéria-prima para a<br />
fabricação de outros produtos.
Integração com o Brasil<br />
Exportação verde e amarela<br />
Preferidos <strong>em</strong> alguns mercados e alvo do protecionismo <strong>em</strong><br />
outros, os produtos brasileiros têm aberto portas à medida <strong>em</strong><br />
que se enquadram nos padrões de qualidade e sustentabilidade<br />
exigidos internacionalmente (veja mais na página 16).<br />
“Hoje, no mundo, há uma d<strong>em</strong>anda crescente por moléculas<br />
certificadas, produzidas de acordo com padrões<br />
sustentáveis. Além disso, no setor industrial, por<br />
ex<strong>em</strong>plo, alguns clientes prefer<strong>em</strong> o produto brasileiro<br />
e é possível dizer que há vários segmentos cativos<br />
na Europa, no Japão, na Índia, entre outros”, ressalta<br />
o vice-presidente executivo de LD&T da <strong>Raízen</strong>,<br />
Leonardo Gadotti.<br />
Na opinião do vice-presidente, a relação comercial com o<br />
mercado americano tende a se intensificar após o fim das<br />
barreiras locais ao etanol brasileiro de cana-de-açúcar.<br />
Time do escritório da<br />
<strong>Raízen</strong> <strong>em</strong> Genebra<br />
<strong>Raízen</strong> Trading LLP, como é chamada a <strong>em</strong>presa no exterior, é uma companhia incorporada à <strong>Raízen</strong><br />
no Brasil cuja operação e estratégia estão totalmente integradas. O objetivo do trabalho conjunto é<br />
a maximização da sua base de ativos e do valor do produto brasileiro, reforçando sua expansão no<br />
cenário global, colocando a <strong>em</strong>presa <strong>em</strong> posição competitiva.<br />
“Este é um grande desafio com importância estratégica para a companhia no curto, médio e longo prazo.<br />
Como braço internacional da <strong>Raízen</strong>, as pessoas que trabalham nos escritórios fora do Brasil já faz<strong>em</strong><br />
parte da estrutura de trabalho brasileira. T<strong>em</strong>os conferências globais frequent<strong>em</strong>ente, nas quais o diálogo<br />
é aberto para que as informações de todos os mercados possam ser expostas e, a partir delas, o nosso<br />
produto passe a ter mais valor”, esclarece o diretor Antonio Simões.<br />
Na opinião de Bruno Livramento, da equipe de trading de etanol <strong>em</strong> Genebra, estar no braço da <strong>Raízen</strong><br />
localizado no exterior é uma grande oportunidade de aprendizado e crescimento profissional. “O processo<br />
de integração com os funcionários que vieram de fora foi b<strong>em</strong> interessante, e, acima de tudo, fazer parte de<br />
uma companhia vista como completa – desde a produção de etanol até a sua distribuição, e ainda com a<br />
perspectiva de expansão global – é uma experiência diferenciada”, destaca.<br />
“No curto prazo não é somente uma questão de oferta e<br />
d<strong>em</strong>anda, mas sim uma questão de adequação à d<strong>em</strong>anda<br />
por combustíveis sustentáveis. A <strong>Raízen</strong> t<strong>em</strong> usinas certificadas<br />
no EPA, Carb e Bonsucro e já exporta produtos certificados”,<br />
compl<strong>em</strong>enta Simões.<br />
Atualmente, a <strong>Raízen</strong> Trading opera com várias especificações<br />
de etanol para os mais diversos destinos. Na indústria,<br />
a <strong>em</strong>presa t<strong>em</strong> uma grande participação nos mercados de<br />
anticongelante na Europa e oferece várias outras especificações<br />
para indústrias químicas, farmacêuticas e de bebidas<br />
<strong>em</strong> regiões como Europa, África, Índia e Japão. No caso dos<br />
combustíveis, a <strong>Raízen</strong> possui participação bastante ativa no<br />
fluxo entre Brasil e Estados Unidos, dada a posição estrutural.<br />
Além disso, também está presente <strong>em</strong> atividades no<br />
Oriente Médio e na Ásia.<br />
Revista <strong>Raízen</strong>
12 Questão de Ética<br />
Código<br />
de Conduta<br />
* Paulo Lopes<br />
Missão corporativa<br />
Na sequência das abordagens periódicas sobre t<strong>em</strong>as específicos<br />
do nosso Código de Conduta, tratar<strong>em</strong>os nesta edição da Política<br />
Anticorrupção e Antissuborno da <strong>Raízen</strong>.<br />
A posição da <strong>Raízen</strong> sobre práticas ilegais envolvendo suborno<br />
e corrupção é simples, direta e de muito fácil compreensão: tais<br />
práticas são proibidas e inaceitáveis.<br />
Para melhor entendimento do significado e da abrangência do que<br />
a <strong>Raízen</strong>, com aprovação expressa e específica de seus acionistas,<br />
Conselho de Administração e Diretoria, estabeleceu como política<br />
interna com relação a suborno e corrupção, destacam-se os<br />
seguintes aspectos:<br />
O que se entende por<br />
suborno e corrupção<br />
A oferta direta (isto é, pela <strong>Raízen</strong>, representada por seus funcionários,<br />
agentes, procuradores ou representantes) ou indireta (isto é, por terceiros<br />
contratados, ainda que <strong>em</strong> nome próprio mas <strong>em</strong> benefício da <strong>Raízen</strong>), o<br />
pagamento, a solicitação ou a aceitação de subornos ou pagamentos de<br />
facilitação (ver ao lado) <strong>em</strong> qualquer forma é inaceitável.<br />
A <strong>Raízen</strong> t<strong>em</strong> uma posição clara sobre suborno e corrupção: os<br />
funcionários da <strong>Raízen</strong> e aqueles que a representam sob qualquer<br />
forma não oferec<strong>em</strong> ou aceitam subornos de qualquer espécie (incluindo<br />
favores diretos ou indiretos para benefício de terceiros). A <strong>Raízen</strong> promove<br />
a sua política sobre suborno e corrupção entre os seus parceiros de<br />
negócios, incluindo joint ventures, <strong>em</strong>preiteiros e fornecedores.<br />
A <strong>em</strong>presa cumpre todas as leis nacionais e internacionais, e<br />
regulamentações (por ex<strong>em</strong>plo, as Diretrizes da OCDE para as<br />
Empresas Multinacionais e a Câmara de Comércio Internacional,<br />
Regras de Conduta de Combate à Extorsão e Suborno), com relação<br />
a pagamentos indevidos a funcionários públicos.<br />
Abrangência<br />
da Política<br />
Anticorrupção<br />
e Antissuborno<br />
Como toda política corporativa, a Política<br />
Anticorrupção e Antissuborno da <strong>Raízen</strong><br />
t<strong>em</strong> abrangência global no âmbito de suas<br />
operações, seja <strong>em</strong> áreas de negócio ou de<br />
funções de apoio, seja dentro ou fora do<br />
Brasil. Tal política está presente e deve ser<br />
observada <strong>em</strong> todo e qualquer lugar, e <strong>em</strong><br />
toda e qualquer situação <strong>em</strong> que o nome da<br />
<strong>Raízen</strong> esteja envolvido quer diretamente por<br />
seus funcionários, ou indiretamente por seus<br />
contratados ou prestadores de serviço.<br />
Pagamentos<br />
de facilitação<br />
A política da <strong>Raízen</strong> não faz distinção entre<br />
os subornos e pagamentos chamados de<br />
“facilitação”, que também são proibidos. Um<br />
pagamento de facilitação é um pequeno valor<br />
pago a um funcionário público de escalão<br />
inferior que não é oficialmente exigido para<br />
iniciar ou acelerar um processo que é o<br />
trabalho do funcionário realizar. Também<br />
procuramos garantir que nossos agentes,<br />
contratados e fornecedores não façam<br />
pagamentos de facilitação <strong>em</strong> nosso nome.
Qu<strong>em</strong> deve respeitar<br />
a política da <strong>Raízen</strong><br />
A <strong>Raízen</strong> exige o cumprimento de sua Política Anticorrupção<br />
e Antissuborno por parceiros de negócios, incluindo<br />
joint ventures, agentes, distribuidores, representantes,<br />
contratados e fornecedores. Os funcionários da <strong>Raízen</strong><br />
dev<strong>em</strong> promover ativamente a política anticorrupção com<br />
terceiros, incentivando-os a fazer o mesmo. Dev<strong>em</strong>os<br />
também garantir que as doações não sejam utilizadas<br />
como um substituto para o suborno. Atos ou alegações de<br />
suborno pod<strong>em</strong> causar sérios danos à nossa reputação.<br />
Qualquer funcionário da <strong>Raízen</strong> que se envolva <strong>em</strong><br />
pagamento ou aceitação de subornos ou quaisquer outros<br />
atos de corrupção estará sujeito a medidas disciplinares que<br />
pod<strong>em</strong> levar à d<strong>em</strong>issão e, se for o caso, ao processo penal.<br />
O que fazer <strong>em</strong> caso de desrespeito<br />
à Política Anticorrupção e Antissuborno<br />
O funcionário que tome conhecimento de práticas que contrari<strong>em</strong> a Política<br />
Anticorrupção e Antissuborno da <strong>Raízen</strong> pode reportar a situação através do Canal<br />
de Ética da <strong>em</strong>presa por intermédio do e-mail canaldeetica@raizen.com ou pelo<br />
telefone 0800 772 4936. Todos os relatos serão mantidos sob o mais estrito sigilo e<br />
não há necessidade de identificação da pessoa que o faz.<br />
* Paulo Lopes<br />
Vice-presidente Jurídico<br />
O que a <strong>Raízen</strong> espera<br />
de seus funcionários<br />
Os funcionários da <strong>Raízen</strong> nunca dev<strong>em</strong> aceitar ou<br />
oferecer suborno, pagamento de facilitação, propina ou<br />
outros pagamentos indevidos por qualquer motivo. A<br />
propina é o ato de dar ou aceitar dinheiro, presentes ou<br />
qualquer coisa de valor que é fornecida <strong>em</strong> troca de um<br />
tratamento favorável. Isso se aplica a transações com<br />
um funcionário ou <strong>em</strong>pregado de governo estrangeiro<br />
ou nacional, ou com qualquer <strong>em</strong>presa privada ou um<br />
indivíduo, seja na condução dos negócios nacionais ou<br />
internacionais. Também se aplica caso o pagamento<br />
seja feito ou recebido diretamente ou por meio de<br />
terceiros, tais como agentes, representantes, joint<br />
ventures, associações ou distribuidores.<br />
“A <strong>Raízen</strong> t<strong>em</strong> uma posição<br />
clara sobre suborno e corrupção:<br />
os funcionários da <strong>Raízen</strong> e<br />
aqueles que a representam<br />
sob qualquer forma não<br />
oferec<strong>em</strong> ou aceitam subornos<br />
de qualquer espécie”<br />
Revista <strong>Raízen</strong>
14 Sustentabilidade<br />
Pequenas atitudes,<br />
grandes mudanças<br />
A inclusão de t<strong>em</strong>as ambientais e sociais na pauta corporativa<br />
t<strong>em</strong> se tornado uma tendência mundial nos últimos anos. No<br />
Brasil, o conceito de desenvolvimento sustentável <strong>em</strong>ergiu<br />
com força na década de 1990 e t<strong>em</strong> se firmado como uma<br />
importante estratégia de gestão das <strong>em</strong>presas, tornando-se,<br />
inclusive, um diferencial competitivo no mercado.<br />
A mudança de postura foi observada pelo Instituto<br />
Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) <strong>em</strong> uma<br />
pesquisa com <strong>em</strong>presas nacionais. Das entrevistadas, 46%<br />
declaram ter políticas de sustentabilidade e 37% possu<strong>em</strong><br />
um departamento específico dedicado ao assunto. A<br />
crescente preocupação das <strong>em</strong>presas com seus métodos<br />
de produção é reflexo de uma consciência ambiental cada<br />
vez mais apurada – tanto por parte das corporações quanto<br />
impulsionada por consumidores com outros parâmetros,<br />
que não apenas o financeiro, <strong>em</strong> suas compras.<br />
“A <strong>Raízen</strong> nasceu com<br />
uma importante missão:<br />
prover soluções de energia<br />
sustentável por meio de<br />
tecnologia, talento e agilidade,<br />
maximizando valor para<br />
os clientes e contribuindo<br />
para a sociedade”<br />
Revista <strong>Raízen</strong>
A missão da <strong>Raízen</strong><br />
Corte o<br />
desperdício.<br />
Nesse contexto, a <strong>Raízen</strong> nasceu com uma<br />
importante missão: prover soluções de energia<br />
sustentável por meio de tecnologia, talento e<br />
agilidade, maximizando valor para os clientes<br />
e contribuindo para a sociedade. Dentre<br />
as várias atividades da companhia, estão a<br />
produção e distribuição de etanol de canade-açúcar<br />
– um combustível cujas qualidades<br />
ajudam a <strong>em</strong>presa a cumprir sua missão.<br />
Para que uma estratégia de sustentabilidade<br />
possa ser consolidada, há dois aspectos<br />
principais a ser<strong>em</strong> observados. Em primeiro<br />
lugar, é necessário que sejam proporcionadas<br />
condições gerais para que a humanidade<br />
tenha boa qualidade de vida indefinidamente,<br />
como prevenção da poluição <strong>em</strong> todas as<br />
suas formas, prevenção da destruição física<br />
do meio ambiente, e respeito a direitos e<br />
necessidades fundamentais humanas.<br />
Em segundo, há de se levar <strong>em</strong> conta as condições<br />
estratégicas particulares que qualquer <strong>em</strong>presa<br />
precisa desenhar e impl<strong>em</strong>entar para sustentarse<br />
<strong>em</strong> seu ambiente. Porém, aqui também há<br />
um fator não negociável: o lucro. Uma <strong>em</strong>presa<br />
precisa ser lucrativa para prosperar e continuar<br />
ativa. Por isso, é um grande desafio atender<br />
plenamente a esses dois quesitos.<br />
Reduzir é fácil, só depende de você.<br />
Consuma apenas o necessário.<br />
As suas ações têm grande impacto<br />
para o futuro do nosso planeta e das<br />
próximas gerações.<br />
Seja consciente. O meio ambiente agradece.<br />
Nossa energia gera um futuro melhor.<br />
S<strong>em</strong> desperdícios<br />
Pensando no que pode ser feito dentro de seus próprios<br />
corredores, a <strong>Raízen</strong> lançou, <strong>em</strong> outubro do ano passado,<br />
uma campanha interna de consumo consciente, que visa<br />
ao uso racional de recursos. A iniciativa é uma importante<br />
ferramenta para a redução de custos, tornando a <strong>Raízen</strong><br />
uma <strong>em</strong>presa mais rentável ao mesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que mitiga<br />
impactos ambientais.<br />
Para dar início à campanha “Corte o desperdício – reduzir é<br />
fácil, só depende de você”, as vice-presidências de Finanças,<br />
Serviços Compartilhados e Desenvolvimento Sustentável<br />
colaboraram para diss<strong>em</strong>inar uma cultura de desenvolvimento<br />
sustentável <strong>em</strong> linha com as estratégias corporativas da <strong>Raízen</strong><br />
citadas anteriormente – a socioambiental e a financeira.<br />
Durante a campanha, sete t<strong>em</strong>as principais foram abordados:<br />
luz, impressão, água, telefone, papel toalha, viagens e táxi.<br />
Além disso, foi lançado ainda o concurso Ideia Sustentável<br />
para incentivar o desenvolvimento de iniciativas sustentáveis<br />
entre os funcionários. A ação rendeu mais de 300 sugestões<br />
de práticas mais eficientes que pod<strong>em</strong> ser adotadas no dia<br />
a dia da <strong>em</strong>presa.<br />
A estratégia de sustentabilidade que a <strong>Raízen</strong> está<br />
impl<strong>em</strong>entando se baseia na adoção de diretrizes de longo<br />
prazo baseadas no cenário ambiental e social. Desse modo,<br />
cada movimento da companhia a levará para mais perto da<br />
conformidade com seus princípios ambientais e sociais. E<br />
ao longo do caminho, cada passo precisa ser estratégico do<br />
ponto de vista do negócio, gerando valor à <strong>em</strong>presa e à sua<br />
cadeia de suprimentos.<br />
Revista <strong>Raízen</strong>
16 Tecnologia e Inovação<br />
Nova planta de<br />
distribuição de<br />
biocombustíveis<br />
Importante polo de distribuição para a região<br />
Centro-Oeste do país, Rondonópolis<br />
será a sede de uma nova planta de distribuição<br />
e centro coletor de biocombustíveis<br />
da <strong>Raízen</strong>. A construção da unidade<br />
faz parte dos investimentos da área de<br />
Logística, Distribuição e Trading da <strong>em</strong>presa<br />
<strong>em</strong> uma das regiões mais fortes na<br />
produção de insumos e no processamento<br />
agropecuário do país.<br />
A cidade de Rondonópolis, no Estado<br />
do Mato Grosso, está localizada estrategicamente<br />
<strong>em</strong> uma importante região<br />
produtora de biocombustíveis. No que se<br />
refere especificamente ao biodiesel 100%<br />
puro – denominado B100 –, por ex<strong>em</strong>plo,<br />
a cidade t<strong>em</strong> posicionamento central na<br />
região, que responde por 37% do total da<br />
produção no país.<br />
Revista <strong>Raízen</strong><br />
Da esquerda para a direita: Leonardo Piuzana Alvares, Nilton Gabardo,<br />
Leonardo Gadotti e Michel Facuri, <strong>em</strong> Rondonópolis, durante visita de<br />
verificação ao terreno onde será construído o terminal<br />
Integração<br />
A construção da ferrovia que integrará a região à malha<br />
nacional segue <strong>em</strong> ritmo acelerado. De acordo com a<br />
<strong>em</strong>presa responsável pela obra, a expectativa é que esse<br />
novo modal esteja conectado à cidade a partir de 2013.<br />
Para o acesso da nova planta da <strong>Raízen</strong> ao transporte<br />
ferroviário, a <strong>em</strong>presa já adquiriu terreno na chamada<br />
“pera ferroviária” – linha férrea <strong>em</strong> formato de pera utilizada<br />
para a realização do descarregamento dos vagões<br />
e manobra dos trens.<br />
A futura planta exigirá investimentos diretos de aproximadamente<br />
R$ 20 milhões, e contará com operação de<br />
transbordo entre os modais rodoviário e ferroviário, e<br />
tancag<strong>em</strong> para biocombustíveis e derivados de petróleo.
Inovação<br />
Otimização<br />
De acordo com o projeto de construção,<br />
a unidade receberá das usinas<br />
locais os etanóis (anidro e hidratado)<br />
e o biodiesel trazidos por caminhões.<br />
Os produtos serão distribuídos<br />
para o mercado regional e <strong>em</strong>barcados<br />
nos vagões com destino à<br />
Paulínia (SP), de onde deverão voltar<br />
ao Centro-Oeste carregados com<br />
gasolina tipo A (pura, s<strong>em</strong> mistura<br />
de etanol anidro) e diesel.<br />
Entre as novidades na planta de Rondonópolis, está um<br />
sist<strong>em</strong>a de descarga de trens, mais rápido e preciso que<br />
foi desenvolvido pela <strong>Raízen</strong> a partir dos padrões utilizados<br />
no transporte rodoviário.<br />
Pelo modelo tradicional, um funcionário precisa subir no<br />
vagão, recolher amostras do produto carregado e medir o<br />
volume <strong>em</strong> diferentes pontos do compartimento. Toda a<br />
precisão do processo depende da perícia do medidor, da<br />
inclinação do terreno onde o tr<strong>em</strong> está estacionado e das<br />
condições estruturais do tanque.<br />
“Além de facilitar a logística de escoamento<br />
de etanol e de biodiesel às d<strong>em</strong>ais<br />
regiões do país, o terminal de<br />
Rondonópolis minimizará os custos com<br />
o transporte, pois os vagões retornarão à<br />
orig<strong>em</strong> com derivados de petróleo para<br />
ser<strong>em</strong> comercializados no mercado local,<br />
compondo uma competitiva malha que já<br />
conta com os terminais de Alto Taquari e<br />
Cuiabá”, explica o gerente de Projetos de<br />
Infraestrutura, Leonardo Piuzana.<br />
Já no novo modelo elaborado pela <strong>em</strong>presa, após a abertura<br />
da escotilha do vagão, é encaixado um mangote que<br />
destinará a carga diretamente para a tubulação de tancag<strong>em</strong>,<br />
que conta com equipamentos fixos para medição e<br />
verificação do fluido.<br />
Para Piuzana, “o novo modelo trará diversos benefícios,<br />
tais como o aumento da capacidade/eficiência de descarga,<br />
a maior precisão nos volumes apurados, a melhoria<br />
na ergonomia/segurança da operação e a redução de<br />
<strong>em</strong>issão de vapores”.<br />
Revista <strong>Raízen</strong>
18 Capa<br />
excelência<br />
ComProvaDa<br />
Criada a partir da união de duas gigantes do mercado<br />
de energia e com a missão de tornar o etanol uma<br />
commodity global, a <strong>Raízen</strong> trabalha para ser referência<br />
nos rígidos padrões internacionais de qualidade. Primeira<br />
do mundo a receber a certificação Bonsucro, <strong>em</strong> junho de<br />
2011, na unidade de Maracaí (SP), a <strong>em</strong>presa dedica recursos<br />
e esforços para certificar todas as suas 24 unidades<br />
de produção até a safra 2017/2018.<br />
Atualmente, a <strong>Raízen</strong> já possui quatro usinas certificadas<br />
pelo selo internacional. Além da pioneira Maracaí,<br />
Costa Pinto (Piracicaba/SP), Bom Retiro (Capivari/SP) e Jataí<br />
(Jataí/GO) passaram a compor, desde dez<strong>em</strong>bro de 2011,<br />
o grupo das instalações que já foram aprovadas de acordo<br />
com as exigências estipuladas pelo órgão.<br />
A certificação garante não só que a produção da <strong>em</strong>presa<br />
está <strong>em</strong> linha com as exigências de qualidade, como<br />
também abre as portas do mercado mundial para a<br />
Revista <strong>Raízen</strong><br />
<strong>Raízen</strong>, considerando que o selo é uma exigência da União<br />
Europeia para exportadores de açúcar e etanol provenientes<br />
da cana-de-açúcar.<br />
“A d<strong>em</strong>anda por etanol deve crescer muito no mercado<br />
mundial. Apesar de a nossa prioridade ser o atendimento<br />
ao mercado doméstico no momento, já estamos nos<br />
preparando para essa d<strong>em</strong>anda externa futura”, explica<br />
o vice-presidente de Desenvolvimento Sustentável e<br />
Relações Externas, Luiz Eduardo Osorio.<br />
Na unidade Bom Retiro, mais de 70% da produção de<br />
açúcar (61.548 toneladas) e 56% de etanol (quase 29 milhões<br />
de litros) foram certificadas pelo Bonsucro, enquanto<br />
a usina Costa Pinto conseguiu a certificação para 40% de<br />
sua produção (150.698 toneladas de açúcar e 43,4 milhões<br />
de litros de etanol). Em Jataí (GO), 132 milhões de litros<br />
de etanol receberam o certificado, o que equivale a 57%<br />
da produção total.
Missão corporativa<br />
Davi Araújo, gerente corporativo de Saúde, Segurança,<br />
Meio Ambiente e Certificações, acredita que a busca<br />
pela excelência faça parte do DNA da <strong>em</strong>presa. “A<br />
<strong>Raízen</strong> t<strong>em</strong> uma missão muito clara: tornar o etanol<br />
uma commodity internacional de maneira sustentável.<br />
Para isso, é necessária uma série de práticas e estratégias<br />
que impactam diretamente na operação.”<br />
O gerente acredita que, ao ser certificada, a <strong>em</strong>presa<br />
comprova que está <strong>em</strong> linha com as mais modernas<br />
práticas de produção existentes no mundo. “Bonsucro<br />
é hoje o padrão mais estruturado para cana-de-açúcar.<br />
Ao aprimorar a produção e se adequar aos padrões<br />
estabelecidos, a <strong>em</strong>presa estará produzindo melhor e<br />
minimizando os impactos na natureza”, ex<strong>em</strong>plifica.<br />
Bonsucro<br />
Originalmente chamada Better Sugarcane<br />
Initiative, o Bonsucro é um organismo<br />
sediado <strong>em</strong> Londres, na Inglaterra, criado<br />
para desenvolver um padrão de produção<br />
capaz de reduzir impactos ambientais<br />
e sociais.<br />
Os critérios adotados para certificação<br />
foram definidos a partir da colaboração<br />
de agentes do processo produtivo,<br />
como investidores, traders, produtores,<br />
consumidores e organizações não governamentais.<br />
Durante o processo de<br />
estudo, foram conduzidas pesquisas<br />
<strong>em</strong> usinas no Brasil, na Austrália, na<br />
República Dominicana, na África do Sul<br />
e na Índia com o objetivo de obter uma<br />
visão representativa dos valores, práticas<br />
e aspirações do setor.<br />
Para receber o certificado, as <strong>em</strong>presas<br />
precisam adotar pelo menos cinco princípios<br />
baseados nos pilares sustentabilidade,<br />
lucratividade e competitividade.<br />
São eles: cumprimento da lei; respeito<br />
aos direitos humanos e trabalhistas; aumento<br />
da sustentabilidade; gerenciamento<br />
ativo da biodiversidade e serviços do<br />
ecossist<strong>em</strong>a; e melhoramento constante<br />
das áreas-chave do negócio.<br />
Os pontos avaliados são revistos periodicamente<br />
para acompanhar a evolução<br />
dos processos e as mudanças no meio<br />
ambiente. As <strong>em</strong>presas certificadas passam<br />
por auditorias anuais feitas por organismos<br />
certificadores independentes.<br />
“O t<strong>em</strong>po de adequação das usinas varia<br />
de uma unidade para outra. Há instalações<br />
mais novas e outras mais antigas.<br />
S<strong>em</strong>pre buscamos trabalhar com o cronograma<br />
mais rígido e, <strong>em</strong> 2011, levamos<br />
cerca de quatro meses para certificar as<br />
usinas, respeitando as particularidades<br />
de cada uma”, explica a coordenadora<br />
de Certificações Catarina Amaral.<br />
Segundo ela, o envolvimento de toda a<br />
<strong>em</strong>presa é peça importante do processo<br />
de certificação. “Esta é uma tendência<br />
do mercado. Os maiores produtores e<br />
até alguns dos menores estão buscando<br />
fazer parte do Bonsucro para conquistar<br />
a certificação. Na <strong>Raízen</strong>, t<strong>em</strong>os todo o<br />
suporte da liderança da <strong>em</strong>presa para<br />
atingir este objetivo. Esse apoio, somado<br />
ao comprometimento das equipes de<br />
cada unidade, é fundamental para realizar<br />
as mudanças e os investimentos necessários”,<br />
acrescenta.<br />
Revista <strong>Raízen</strong>
20 Capa<br />
Equipe de auditoria e<br />
funcionários da área agrícola<br />
durante processo de certificação<br />
Revista <strong>Raízen</strong><br />
Desafios e inovação<br />
Na opinião do coordenador de Certificações<br />
Gustavo Spegiorin, a padronização global de<br />
processos é algo recente no segmento da cana-de-açúcar,<br />
o que traz desafios e exige o<br />
aprimoramento de procedimentos historicamente<br />
estabelecidos. “Há certificações que<br />
abrang<strong>em</strong> outros segmentos econômicos e<br />
que já estão mais consolidadas. O setor florestal,<br />
por ex<strong>em</strong>plo, possui selos já amadurecidos<br />
ao longo do t<strong>em</strong>po. A discussão para a construção<br />
de um padrão para o setor sucroalcooleiro<br />
é b<strong>em</strong> mais recente: começou por volta de<br />
2005 e foi aprovada apenas <strong>em</strong> 2011”, destaca.<br />
Spegiorin ressalta ainda que muitos dos requisitos<br />
exigidos já faz<strong>em</strong> parte do dia a dia<br />
da <strong>em</strong>presa, enquanto outros ainda precisam<br />
ser explorados e incorporados à rotina.<br />
Ele analisa que a responsabilidade aumenta<br />
após a comprovação da qualidade. “Depois<br />
de conquistada a certificação, há um compromisso<br />
público. O atestado de que o padrão é<br />
respeitado está publicado para que qualquer<br />
pessoa interessada possa conferir. Com isso,<br />
aumenta nossa responsabilidade <strong>em</strong> estimular<br />
o desenvolvimento de novas soluções e de<br />
manter o nível de excelência.”<br />
Conselho do Bonsucro<br />
Na última eleição, realizada <strong>em</strong> fevereiro<br />
deste ano, para definir o novo comando do<br />
Bonsucro, a <strong>Raízen</strong> passou a ocupar uma das<br />
cadeiras de diretoria da Classe Industrial. O<br />
gerente Davi Araújo é o representante da <strong>em</strong>presa<br />
após ser eleito para o cargo <strong>em</strong> votação<br />
com todos os m<strong>em</strong>bros do órgão internacional.<br />
A indicação de Davi foi baseada no seu envolvimento<br />
com o processo de certificação das<br />
unidades da <strong>em</strong>presa no Brasil. Participar do<br />
comando do Bonsucro, para a <strong>Raízen</strong>, é uma<br />
das principais maneiras de d<strong>em</strong>onstrar seu<br />
comprometimento com a oferta de soluções<br />
energéticas sustentáveis.
Colhedora de cana na unidade <strong>Raízen</strong> de Bom Retiro<br />
Certificação da cadeia<br />
Além de buscar a padronização da qualidade de suas próprias<br />
unidades, a <strong>Raízen</strong> pensa <strong>em</strong> certificar toda a cadeia<br />
produtiva, assegurando assim a competitividade do produtor<br />
brasileiro. Nesse sentido, a <strong>em</strong>presa firmou, <strong>em</strong> agosto<br />
de 2011, uma parceria com a Bayer CropScience para participar<br />
do Programa Valore, baseado no incentivo à agricultura<br />
sustentável. Esta será a primeira vez que o programa<br />
de certificação da <strong>em</strong>presa será aplicado à cana-de-açúcar.<br />
O Valore realizará o processo de certificação de 14 fornecedores<br />
que atend<strong>em</strong> o polo de Piracicaba da <strong>Raízen</strong><br />
(Unidades Costa Pinto, Bom Retiro, Santa Helena e São<br />
Francisco). O projeto-piloto, que t<strong>em</strong> duração de um ano,<br />
analisa as práticas agrícolas de cada fornecedor com foco<br />
<strong>em</strong> meio ambiente, b<strong>em</strong>-estar dos trabalhadores e atendimento<br />
rigoroso à legislação brasileira.<br />
Os produtores serão auditados e certificados pelo grupo al<strong>em</strong>ão<br />
TÜV Rheinland, um dos maiores certificadores do mundo.<br />
“A intenção da nossa parceria com a Bayer é preparar os<br />
nossos fornecedores para, daqui a alguns anos, estar<strong>em</strong> aptos<br />
a conseguir a certificação Bonsucro”, diz Luiz Eduardo Osorio.<br />
Outra iniciativa para preparar fornecedores para a certificação<br />
futura é a recém-firmada parceria com a organização não governamental<br />
holandesa Solidaridad. A organização irá adaptar<br />
o padrão Bonsucro para os pequenos produtores, elaborando<br />
um mapeamento do que está sendo feito e quais são as<br />
melhorias necessárias. Os primeiros resultados de 14 produtores<br />
da região de Guariba já saíram e a previsão é a de que<br />
as certificações Bonsucro sejam conquistadas <strong>em</strong> dois anos.<br />
Mercado americano<br />
De olho na possibilidade de exportação para<br />
os Estados Unidos, a <strong>Raízen</strong> também obteve<br />
o registro junto à Agência de Proteção Ambiental<br />
(Environmental Protection Agency -<br />
EPA) americana para 15 de suas unidades.<br />
O cadastramento faz parte das exigências do<br />
Renewable Fuel Standard (RFS), conjunto de<br />
normas que regula a produção e a utilização<br />
de biocombustíveis <strong>em</strong> território americano.<br />
Atualmente, a <strong>Raízen</strong> t<strong>em</strong> quase 2 bilhões de<br />
litros de etanol certificados.<br />
Buscando atingir os mais altos padrões<br />
de sustentabilidade, quatro das 15 usinas<br />
da <strong>Raízen</strong> já aprovadas na EPA também<br />
obtiveram o registro no CARB (California Air<br />
Resources Board): Gasa (Andradina/SP), Bonfim<br />
(Guariba/SP), Costa Pinto (Piracicaba/SP)<br />
e Rafard (Rafard/SP).<br />
O selo possibilita que as usinas export<strong>em</strong> etanol<br />
de acordo com o Padrão de Combustível<br />
de Baixo Carbono (Low Carbon Fuel Standard,<br />
ou LCFS), normatização adotada na Califórnia,<br />
estado americano conhecido por seguir avançadas<br />
e rígidas regras ambientais. No total, as<br />
quatro unidades da <strong>Raízen</strong> certificaram mais<br />
de 669 milhões de litros de etanol. A previsão<br />
é que todas as unidades <strong>Raízen</strong> tenham o EPA<br />
e o CARB no primeiro s<strong>em</strong>estre de 2012.<br />
Revista <strong>Raízen</strong>
22 Marca<br />
TeCNoloGIA<br />
e eMoção<br />
Estratégica para o desenvolvimento de novas tecnologias e sucesso como<br />
ação de marketing, a parceria entre a marca Shell e o automobilismo será<br />
intensificada <strong>em</strong> 2012. Neste ano, os fãs da velocidade perceberão a presença<br />
da marca nas principais categorias do esporte a motor, como Fórmula 1,<br />
Fórmula Indy, Stock Car, Nascar e MotoGP.<br />
Revista <strong>Raízen</strong>
Na Fórmula 1, considerada a principal categoria do automobilismo<br />
mundial, a Shell mantém, há 60 anos, uma parceria com<br />
a Ferrari. Neste período, a tecnologia desenvolvida <strong>em</strong> conjunto<br />
pelas duas <strong>em</strong>presas esteve presente <strong>em</strong> mais de 450 corridas<br />
e ajudou a conquistar dez títulos do Campeonato Mundial de<br />
Construtores e 12 títulos do Campeonato Mundial de Pilotos.<br />
Atualmente, uma equipe técnica com cerca de 50 pessoas trabalha<br />
baseada na fábrica da Scuderia Ferrari, <strong>em</strong> Maranello<br />
(Itália), e nas instalações técnicas da Shell no Reino Unido e na<br />
Al<strong>em</strong>anha, para o programa de pesquisa e desenvolvimento<br />
realizado <strong>em</strong> conjunto com a equipe italiana. Entre os produtos<br />
elaborados <strong>em</strong> parceria com os italianos, estão os da família de<br />
combustíveis Shell V-Power.<br />
“Ao analisar o produto <strong>em</strong> condições extr<strong>em</strong>as de uso, como<br />
nas corridas, desenvolv<strong>em</strong>os tecnologias que poderão ser<br />
Felipe Massa (à frente)<br />
e Fernando Alonso compõ<strong>em</strong><br />
a dupla de pilotos da Ferrari para<br />
a t<strong>em</strong>porada 2012 da Fórmula 1<br />
aplicadas nos combustíveis vendidos aos consumidores. Ao<br />
abastecer no posto Shell, o motorista faz parte de um processo<br />
que passa pelas pistas dos principais autódromos do mundo”,<br />
afirma o engenheiro de combustíveis da <strong>Raízen</strong>, Gilberto Pose.<br />
Para a gerente de Marca e Comunicação da <strong>em</strong>presa, Ingrid<br />
Buckmann, a participação nas pistas é uma oportunidade extra<br />
de contato com os consumidores da marca.<br />
“A <strong>Raízen</strong>, este ano, desenvolveu um plano de marketing com<br />
ações diferenciadas para o consumidor final. Além da presença<br />
integrada no ponto de venda, com as promoções das<br />
Lojas Select e a impl<strong>em</strong>entação do cartão Shell Santander,<br />
a participação nos eventos de automobilismo também é uma<br />
forma de deixar a marca próxima ao cliente final e de reforçar<br />
o comprometimento com o desenvolvimento da tecnologia de<br />
combustível”, avalia.<br />
Revista <strong>Raízen</strong>
24 Marca<br />
Alta velocidade<br />
Na Fórmula Indy, a Shell patrocina a<br />
equipe Penske, representada nas pistas<br />
pelos pilotos Helio Castroneves,<br />
Will Power e Ryan Briscoe. Nas provas<br />
realizadas nos EUA, Canadá, Brasil e<br />
China, a marca ultrapassa os 300 km/h<br />
<strong>em</strong> famosos circuitos ovais, como as<br />
500 Milhas de Indianápolis, e garante<br />
a exposição da imag<strong>em</strong> para milhares<br />
de fãs espalhados pelo mundo.<br />
A marca Shell também está presente<br />
nas provas da Nascar, associação<br />
automobilística que agrupa os campeonatos<br />
de stock car nos Estados<br />
Unidos. Nesta categoria, a Shell repete<br />
a dobradinha da Fórmula Indy<br />
e patrocina o carro número 22 da<br />
equipe de Roger Penske. O brasileiro Helio Castroneves t<strong>em</strong> a concha estampada <strong>em</strong> seu carro na Fórmula Indy<br />
Revista <strong>Raízen</strong><br />
Em duas rodas<br />
Adrenalina, curvas fechadas e joelhos<br />
raspando o asfalto. Aos que<br />
prefer<strong>em</strong> as <strong>em</strong>oções da motovelocidade,<br />
a marca é parceira tecnológica<br />
e fornecedora oficial de combustíveis<br />
e lubrificantes para a equipe<br />
Ducati. Os pesquisadores da Shell poderão<br />
acompanhar a performance do<br />
piloto americano Nicky Hayden e do<br />
italiano Valentino Rossi – nove vezes<br />
campeão da categoria – para aprimorar<br />
os produtos que são comercializados<br />
nos postos da rede Shell.
Pistas brasileiras<br />
No Brasil, a marca Shell estará presente na Stock<br />
Car. Na t<strong>em</strong>porada 2012, pela primeira vez, os carros<br />
da categoria mais badalada do automobilismo nacional<br />
serão abastecidos com Shell V-Power Etanol.<br />
Único etanol aditivado do mercado brasileiro, o produto<br />
contribui para uma melhor resposta dos motores<br />
ao oferecer maior limpeza e conservação das peças<br />
internas que entram <strong>em</strong> contato com o combustível.<br />
Além de fornecedora oficial, a marca Shell estará representada<br />
nas pistas pelo piloto Valdeno Brito.<br />
“A <strong>Raízen</strong> entende que desenvolver novas tecnologias<br />
e produtos por meio dessa importante plataforma<br />
garante excelentes resultados. Além disso,<br />
incentivar o uso de um combustível mais sustentável,<br />
como o etanol de cana-de-açúcar, também<br />
é o foco da nossa <strong>em</strong>presa”, afirmou a gerente de<br />
Patrocínios e Eventos, Carolina Marques.<br />
“Correr com a marca Shell no carro é motivo de<br />
muito orgulho. É uma grande responsabilidade representar<br />
uma marca tão grande quanto essa na<br />
categoria mais importante do automobilismo brasileiro,<br />
e com uma equipe tão competitiva. Espero que<br />
seja um ano muito bom <strong>em</strong> termos de resultados,<br />
no qual possa trazer muitas alegrias. O objetivo é<br />
trabalhar s<strong>em</strong>pre buscando bons resultados para<br />
que esta parceria seja bastante duradoura”, afirma<br />
o piloto Valdeno Brito.<br />
Valdeno Brito correrá pela marca<br />
Shell na Stock Car <strong>em</strong> 2012;<br />
abaixo, uma projeção de como<br />
será o seu carro, o de número 77<br />
Revista <strong>Raízen</strong>
26 Apresentação<br />
Revista <strong>Raízen</strong><br />
Doce<br />
mercado<br />
As histórias do Brasil e da produção do<br />
açúcar são de tal forma entrelaçadas<br />
que poderiam ser contadas <strong>em</strong> uma<br />
única linha narrativa. Principal produto<br />
da colônia brasileira nos séculos XVI<br />
e XVII, o açúcar motivou a povoação<br />
do nosso território e a consolidação<br />
das capitanias hereditárias. Por outro<br />
lado, antes vendido como r<strong>em</strong>édio <strong>em</strong><br />
butiques, o açúcar encontrou <strong>em</strong> solo<br />
brasileiro condições para a produção<br />
<strong>em</strong> larga escala e se tornou uma<br />
commodity internacional.
Atualmente, o Brasil é o maior<br />
produtor de açúcar do mundo<br />
e a <strong>Raízen</strong> t<strong>em</strong> papel de destaque<br />
neste cenário. Na safra<br />
2011/2012, a <strong>em</strong>presa produziu<br />
cerca de 4 milhões de toneladas<br />
de açúcar, sendo que<br />
1,181 milhão de toneladas<br />
tiveram como destino o abastecimento<br />
do mercado interno<br />
brasileiro e os d<strong>em</strong>ais 2,798<br />
milhões foram destinados ao<br />
mercado externo. Atualmente, o<br />
produto representa dois terços<br />
do resultado dos negócios da<br />
área de Etanol, Açúcar e Bioenergia<br />
(EAB) e um terço dos<br />
resultados totais da <strong>em</strong>presa.<br />
Para os próximos cinco anos,<br />
a expectativa é que haja um<br />
crescimento de 44% do volume<br />
final produzido, atingindo<br />
5,726 milhões de toneladas. Na<br />
opinião do diretor Comercial de<br />
Açúcares para o Mercado Interno,<br />
Melchiades Terciotti, a<br />
expansão do consumo se man-<br />
Mercado global<br />
terá nos próximos anos, motivada<br />
pelo aquecimento da economia<br />
e pela inclusão social.<br />
“Todo o movimento de crescimento<br />
econômico e de elevação<br />
do poder aquisitivo da população<br />
leva ao maior consumo de produtos<br />
industrializados, incluindo<br />
muitos que levam açúcar na sua<br />
composição, mas que não eram<br />
consumidos por uma questão de<br />
renda. Na medida <strong>em</strong> que isso<br />
ocorre, há um aumento muito<br />
forte do consumo de açúcar por<br />
parte da indústria alimentícia, o<br />
nosso maior cliente”, explica.<br />
No Brasil, a <strong>Raízen</strong> é fornecedora<br />
de importantes indústrias<br />
de alimentos e bebidas, como<br />
Coca-Cola, Kraft, Yakult,<br />
Del Valle, Marilan e Arcor.<br />
Através de parceria estratégica<br />
com a Cosan Alimentos,<br />
detentora da marca de açúcar<br />
União, a <strong>em</strong>presa faz-se ainda<br />
mais presente no varejo brasileiro<br />
de açúcares.<br />
Atendido o mercado interno, no qual a <strong>em</strong>presa mantém contratos<br />
com grandes indústrias, o restante da produção se<br />
destina à exportação na forma de commodity. A <strong>Raízen</strong> é,<br />
atualmente, a maior exportadora individual de açúcar no mundo.<br />
“Nossa prioridade é o Brasil, pois aqui t<strong>em</strong>os uma relação direta<br />
com o cliente e buscamos que esta parceria seja o mais<br />
correta possível, respeitando s<strong>em</strong>pre a necessidade, a especificação<br />
e o tipo de entrega desejados por cada comprador.<br />
Já no mercado externo, há uma exportação de commodity<br />
com uma especificação geral e preço negociado <strong>em</strong> bolsa.<br />
São características diferentes”, conta o diretor comercial de<br />
Açúcares para o Mercado Externo, Ivan Melo Filho.<br />
Em 2011, os principais destinos do açúcar exportado pela<br />
<strong>Raízen</strong> no porto de Santos foram Rússia, China e Indonésia.<br />
Apesar de conhecer a d<strong>em</strong>anda crescente por energia limpa<br />
e o foco da <strong>Raízen</strong> neste segmento, o diretor espera que a<br />
produção de açúcar continue crescendo ao lado do etanol.<br />
“A tendência é que o mercado internacional continue crescendo.<br />
O desenvolvimento econômico de algumas regiões do<br />
mundo, como o Sudeste Asiático – Índia, China, Paquistão,<br />
Bangladesh e Indonésia –, e o crescimento populacional são<br />
fatores que dev<strong>em</strong> aumentar o consumo de açúcar. Diante<br />
desta oportunidade, acreditamos que o Brasil é o único produtor<br />
capaz de garantir a oferta desta d<strong>em</strong>anda mundial”, avalia.<br />
Em relação às particularidades do comércio exterior, Ivan explica<br />
que uma das etapas mais importantes da venda está<br />
na precificação do produto. Segundo ele, como o preço do<br />
açúcar é definido pela Bolsa de Nova Iorque, é preciso saber<br />
o momento certo para vender a preços competitivos.<br />
“É como vender ações na bolsa de valores. As ações são suas<br />
e você escolhe o momento de vender ou comprar. A diferença<br />
é que as ações das <strong>em</strong>presas variam de acordo com a<br />
performance daquela companhia, enquanto o açúcar vai oscilar<br />
de acordo com a oferta no mundo. T<strong>em</strong> momentos no<br />
ano <strong>em</strong> que há pouco açúcar no mercado, logo o preço sobe;<br />
e outros <strong>em</strong> que t<strong>em</strong> muito, e o preço cai. É preciso entender<br />
que vender e precificar são duas atitudes distintas que<br />
não precisam acontecer necessariamente ao mesmo t<strong>em</strong>po.”<br />
Revista <strong>Raízen</strong>
28 Apresentação<br />
Revista <strong>Raízen</strong><br />
Certificações<br />
Com a difusão dos conceitos<br />
de sustentabilidade, inovação e<br />
responsabilidade social, o mercado<br />
t<strong>em</strong> se tornado cada vez<br />
mais exigente no que se refere<br />
às certificações. Assim como<br />
acontece <strong>em</strong> outros segmentos<br />
produtivos, o cultivo da cana<br />
e a produção de açúcar são<br />
acompanhados de perto por<br />
avaliações que obedec<strong>em</strong> a rígidos<br />
padrões internacionais.<br />
A certificação Bonsucro é um<br />
dos ex<strong>em</strong>plos nessa área ao<br />
analisar pilares de sustentabilidade<br />
como Conformidade Legal;<br />
Impactos na Biodiversidade<br />
e no Ecossist<strong>em</strong>a; Direitos<br />
Humanos; Produção e processamento;<br />
e Melhoria Contínua.<br />
Além dessas, há outras iniciativas<br />
relacionadas às exigências<br />
de clientes que realizam<br />
as próprias auditorias nas unidades<br />
da <strong>em</strong>presa para atestar<br />
a operação sustentável e<br />
socialmente responsável.<br />
“As certificações de qualidade<br />
(ISO 9001, FSSC 2.000, Certificação<br />
IBD, SAFE, Kosher e<br />
“É muito claro que o crescimento<br />
da renda vai fazer com que as pessoas<br />
consumam mais açúcar e, diante dessa<br />
oportunidade, acreditamos que o Brasil<br />
é o único país capaz de garantir o suprimento<br />
dessa necessidade mundial”<br />
Ivan Melo Filho<br />
Diretor Comercial de Açúcares para o Mercado Externo<br />
Halal) para o segmento de açúcar<br />
traz<strong>em</strong> maior credibilidade<br />
junto aos clientes e atendimento<br />
às suas exigências, aumentam<br />
a competitividade do produto,<br />
garant<strong>em</strong> o atendimento<br />
da legislação brasileira e internacional,<br />
e ainda previn<strong>em</strong><br />
erros, <strong>em</strong> vez de tentar corrigir<br />
falhas posteriores”, destaca<br />
Melchiades Terciotti.<br />
De acordo com o diretor para<br />
o Mercado Interno, as principais<br />
indústrias alimentícias<br />
já são signatárias das principais<br />
certificações de qualidade<br />
ou sustentabilidade e, a<br />
cada ano, a pressão aumenta<br />
para que os fornecedores<br />
estejam inseridos nestes padrões.<br />
“Não tenho dúvidas de<br />
que, a partir do momento <strong>em</strong><br />
que alguns fornecedores passam<br />
a oferecer produtos dentro<br />
das certificações exigidas,<br />
estas passarão a ser um quesito<br />
de exclusão. Ou você está<br />
adequado às exigências ou<br />
você está fora daquele mercado”,<br />
assinala.
“A <strong>Raízen</strong> é a maior produtora individual e a<br />
segunda maior comercializadora no<br />
mercado interno. Com 23 unidades produtoras e<br />
uma distribuição geográfica da produção<br />
muito boa, t<strong>em</strong>os condições de participar de mercados<br />
regionalizados de forma bastante eficaz”<br />
Melchiades Terciotti<br />
Diretor Comercial de Açúcares para o Mercado Interno<br />
Revista <strong>Raízen</strong>
30 Raízes do Brasil<br />
Princesinha<br />
do Cerrado<br />
Número um no ranking da produção de grãos do Estado de<br />
Goiás, Jataí t<strong>em</strong> atraído cada vez mais investidores do agronegócio.<br />
A abundância de terras agricultáveis e a adequada infraestrutura<br />
para o escoamento tornam a cidade o destino certo<br />
de <strong>em</strong>presas como a <strong>Raízen</strong>, que t<strong>em</strong> instalada na região uma<br />
das usinas de etanol mais modernas do mundo.<br />
Com cerca de 100 mil habitantes, Jataí está situada na Serra<br />
do Caiapó, divisa entre as bacias do Araguaia e do Parnaíba.<br />
Possui um PIB de R$ 347 milhões, parte expressiva proveniente<br />
do cultivo de milho, soja e cana-de-açúcar, que já conta com<br />
100% do corte mecanizado, importante característica na busca<br />
pela sustentabilidade da cadeia produtiva do etanol.<br />
Jataí sedia a usina da <strong>Raízen</strong> que leva o nome da cidade, e que<br />
t<strong>em</strong> capacidade de processamento de 4 milhões de toneladas<br />
de cana para a produção de 370 milhões de litros de etanol por<br />
safra. A unidade também realiza a cogeração de energia elétrica<br />
proveniente do bagaço e da palha da cana, com potência<br />
instalada de 105 MW.<br />
“Em Jataí, a <strong>Raízen</strong> t<strong>em</strong> a unidade produtora mais moderna<br />
do mundo, com tecnologia de extração por difusor com esteiras<br />
móveis na produção de etanol. A cerca de 300 quilômetros<br />
da capital, Goiânia, a cidade oferece boas condições<br />
para a agricultura, com relevo favorável, clima b<strong>em</strong> definido<br />
e disponibilidade de água. Goiás está se tornando uma referência<br />
na produção de biocombustíveis e busca o segundo<br />
lugar na produção nacional de etanol”, explica o gerente do<br />
Polo Administrativo da <strong>Raízen</strong> <strong>em</strong> Jataí, Guilherme Badauy.<br />
“Além da geração de impostos para o município, a <strong>Raízen</strong> injeta,<br />
mensalmente, aproximadamente R$ 8 milhões na economia<br />
local por meio do pagamento de funcionários e prestadores<br />
de serviço. Este movimento contribui para a melhoria da infraestrutura<br />
da cidade e para o desenvolvimento regional. Além<br />
disso, no último dia 9 de fevereiro, inauguramos uma unidade<br />
da nossa Fundação na cidade, que irá oferecer atividades educativas<br />
para a comunidade. Estiveram presentes o governador<br />
Marconi Perillo, o prefeito da cidade Humberto Machado, e o<br />
vice-presidente de Desenvolvimento Sustentável e Relações Externas<br />
da <strong>em</strong>presa, Luiz Eduardo Osorio”, acrescenta o gerente.<br />
Revista <strong>Raízen</strong><br />
Nova vocação<br />
Apesar da expansão da cidade ter sido<br />
tradicionalmente marcada pelo agronegócio,<br />
uma nova riqueza t<strong>em</strong> se destacado<br />
<strong>em</strong> Jataí: o turismo. Seu povo acolhedor,<br />
as águas termais e belezas naturais faz<strong>em</strong><br />
do município uma referência <strong>em</strong> qualidade<br />
de vida, pronta para receber investidores<br />
e turistas, oferecendo o que há de melhor<br />
<strong>em</strong> lazer e negócios. As reservas ecológicas,<br />
o mirante do Cristo Redentor e os<br />
antigos casarões familiares do século XVIII<br />
são algumas das atrações da cidade.
Eterna utopia de desenvolvimento sustentável<br />
por conjugar multiplicação de<br />
automóveis e combustível renovável, o<br />
programa do etanol esbarra <strong>em</strong> sobressaltos<br />
crônicos do país. Nos anos 70 do<br />
século passado, <strong>em</strong> resposta à crise do<br />
petróleo, o Brasil mergulhou no Pró-Álcool.<br />
Com incentivo (financeiro) do governo,<br />
montadoras despejaram no país<br />
uma safra de carros movidos a álcool.<br />
O combustível nacional, coisa nossa, nos<br />
livraria do preço inflacionado dos derivados<br />
do petróleo, além de evitar desastre<br />
maior nas contas externas. A produção<br />
de álcool, <strong>em</strong> 10 anos, multiplicou-se por<br />
20, chegando a 12 bilhões de litros anuais.<br />
Estima-se que mais 10 milhões de carros<br />
a gasolina deixaram de ser fabricados. O<br />
governo subsidiava a produção de álcool<br />
e desencorajava o refino de açúcar, desvalorizado<br />
no mercado externo.<br />
Artigo 31<br />
uToPia<br />
inTerromPiDa<br />
Expansão do álcool combustível esbarra nas leis do mercado<br />
“A produção de<br />
álcool, <strong>em</strong> 10 anos,<br />
multiplicou-se<br />
por 20, chegando a<br />
12 bilhões de<br />
litros anuais”<br />
O Pró-Álcool naufragou quando o vento<br />
virou. Na segunda metade dos anos<br />
80, o preço do petróleo começou a cair,<br />
ao mesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que o açúcar se<br />
valorizava. O combustível alternativo começou<br />
a ficar caro e, pior, escasso. O<br />
desabastecimento alimentou a desilusão<br />
dos donos de automóveis. A produção<br />
de carros a álcool despencou e, no meio<br />
dos anos 90, desapareceu.<br />
Nos primeiros anos do século XXI, o<br />
Brasil ressuscitou o álcool hidratado, hoje<br />
rebatizado de etanol, por razões de competitividade<br />
internacional. O combustível<br />
reapareceu como opção de abastecimento<br />
<strong>em</strong> carros flex fuel. Em 2003, foi<br />
apresentado o primeiro modelo de automóvel<br />
bicombustível do país. De lá para<br />
cá, o modelo se popularizou. Hoje, quase<br />
nove <strong>em</strong> cada 10 carros que sa<strong>em</strong><br />
das montadoras brasileiras rodam com<br />
álcool e gasolina. E já exist<strong>em</strong> os movidos<br />
a etanol, gasolina e gás natural.<br />
O brasileiro aderiu com gosto ao etanol.<br />
Aprendeu a fazer conta (o álcool é vantajoso<br />
se custar até 70% do preço da gasolina)<br />
e optou pelo combustível por razões<br />
econômicas ou ambientais (é renovável). O<br />
consumo disparou. Em 2009, o etanol hidratado<br />
chegou a 15,1% da matriz veicular<br />
nacional, s<strong>em</strong> contar os 5,9% de participação<br />
no álcool anidro, que é misturado à<br />
gasolina. A d<strong>em</strong>anda pelo combustível da<br />
cana bateu recorde: 16,5 bilhões de litros.<br />
Mais uma vez, a escalada esbarrou na<br />
oferta. Quebra de safra na cana e alta do<br />
açúcar no exterior desviaram a produção<br />
das usinas. O álcool começou a faltar e,<br />
pior, a subir de preço. Em 2010, a participação<br />
do etanol hidratado na matriz<br />
veicular passou a 12,1%; <strong>em</strong> 2011, bateu<br />
8,1%. Ou seja, o uso do álcool combustível<br />
caiu quase à metade de 2009 para<br />
2011, período <strong>em</strong> que frota de automóveis<br />
flex continuou crescendo.<br />
A ANP anunciou recent<strong>em</strong>ente medidas<br />
para garantir a oferta do álcool anidro,<br />
já que o consumo de gasolina voltou a<br />
subir (<strong>em</strong> 2011, foram quase 20% de<br />
alta). O álcool hidratado está entregue<br />
às leis do mercado. Outro salto de oferta<br />
só deve vir entre 2013 e 2014. Até lá, a<br />
utopia do combustível limpo e barato<br />
está adiada. Oxalá, ressuscite!<br />
Flávia Oliveira é jornalista de economia<br />
e negócios <strong>em</strong> mídia impressa e TV<br />
Revista <strong>Raízen</strong>
A marca Shell é licenciada para <strong>Raízen</strong>, uma joint venture entre Shell e Cosan. *Resultado obtido <strong>em</strong> testes realizados<br />
<strong>em</strong> motores a diesel de caminhões e ônibus <strong>em</strong> comparação ao diesel comum, podendo variar com o tipo de veículo.