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Folha CIDADE BAIXA.indd - Jornal Folha Cidade Baixa

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como recurso de planejamento, a<br />

equipe de arquitetos dividiu a <strong>Cidade</strong><br />

<strong>Baixa</strong> em cinco grandes áreas<br />

- Campo Grande/Praça Cayru; Comércio/Fuzileiros<br />

Navais; Jequitaia;<br />

Cantagalo/Boa Viagem e Mont-<br />

-Serrat-Tainheiros/Uruguai -, com<br />

inúmeras obras previstas para cada<br />

uma delas.<br />

Todas as cinco áreas seriam assim<br />

benefi ciadas por novos sistemas<br />

de transporte coletivo, como<br />

o VLT circular interligado com a<br />

linha suburbana de trem, e novos<br />

teleféricos para passageiros transitarem<br />

entre <strong>Cidade</strong> Alta e <strong>Cidade</strong><br />

<strong>Baixa</strong>. Largos espaços para circulação<br />

de pedestres, ciclovias e uma<br />

linha regular de transporte náutico<br />

também seriam disponibilizados à<br />

população.<br />

No Campo Grande, pontos<br />

como Passeio Público, Parque da<br />

Aclamação e Forte de São Pedro serão<br />

requalifi cados, enquanto a Avenida<br />

Contorno deverá ganhar outro<br />

passeio anexo. O projeto prevê também<br />

a construção de um teleférico<br />

entre o Largo dos Afl itos e o Solar<br />

do Unhão, onde fi ca o Museu de<br />

Arte Moderna.<br />

Um túnel, chamado Mergulhão,<br />

desafogaria o tráfego, afunilado na<br />

junção da Avenida Contorno com a<br />

Avenida da França. A Praça Cayru,<br />

por sua vez, seria assim liberada<br />

da atual função viária para receber<br />

edifi cações de fi ns culturais, além<br />

de esconder, sob sua nova esplanada,<br />

um estacionamento subterrâneo<br />

de 400 vagas.<br />

Para o Comércio, a ideia é reestruturar<br />

– ou limpar – suas vias<br />

internas, totalmente encobertas<br />

por veículos e edifícios comerciais.<br />

“Propomos a priorização do fl uxo<br />

de pedestres sobre o de automóveis,<br />

com novos passeios, estacionamentos,<br />

e a transformação da Avenida<br />

da França, principal, em via de mão<br />

dupla”, conta Cruz<br />

Surgiria também uma nova Esplanada<br />

do Porto, espaço sem os<br />

armazéns portuários que hoje ocupam<br />

grande área, para que viesse a<br />

ter uso público, contínuo e aberto<br />

para a baía, com pontos comerciais<br />

de médio porte interligados por<br />

marquise, além de uma passarela<br />

elevada para conectar o Porto a<br />

um novo Terminal Internacional de<br />

Passageiros – onde fi ca ainda hoje o<br />

Instituto do Cacau.<br />

O Moinho da Bahia e o Moinho<br />

Salvador receberiam escritórios,<br />

salas de cinema e mais comércio.<br />

Ainda na área identifi cada como<br />

Fuzileiros Navais, torres hoteleiras<br />

supririam a demanda de turistas<br />

que chegam à cidade nos cruzeiros;<br />

um Terminal Intermodal faria<br />

conexão entre VLT, teleférico, ônibus<br />

e metrô, e o também chamado<br />

Novo Comércio receberia edifício-<br />

-garagem para mil vagas e um centro<br />

de convenções.<br />

07<br />

Polêmica<br />

O projeto Nova <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong>,<br />

apesar de prever melhorias<br />

para o espaço urbano de Salvador,<br />

não foi encomendado<br />

pelo poder público baiano.<br />

Segundo Por fi m, os dentre arquitetos os projetos da Bra- mais<br />

importantes e previstos no mastersil<br />

Arquitetura, foi a Fundaplan,<br />

a equipe do Brasil Arquiteturação<br />

repensou Baía Viva, a praia privada, de Boa Viagem quem<br />

como o encomendou um dos cartões e o postais doou mais ao<br />

importantes Estado da Bahia. da cidade, A Fundação e propõe<br />

sua Baía revitalização Viva foi fundada desde a em Ponta 1999 de<br />

Humaitá. Um novo parque, identi-<br />

por um grupo de empresários<br />

fi cado como Parque Metropolitano<br />

de baianos Itapagipe, “preocupados trará verde e mais com vida a<br />

à preservação área entre a Avenida do maior Suburbana cartão e<br />

a postal linha férrea. da Bahia e marco representativo<br />

da História do Brasil:<br />

a Baía de Todos os Santos”,<br />

conforme o site da entidade.<br />

A doação foi questionada<br />

pelo jornal baiano “A Tarde”,<br />

que publicou, em 27 de fevereiro<br />

de 2010, uma matéria<br />

cobrando do prefeito João<br />

Henrique Carneiro (PMDB) a<br />

identifi cação do patrocinador<br />

do projeto Salvador Capital<br />

Mundial, do qual a proposta<br />

Nova <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> faz parte.<br />

Na reportagem, o jornal<br />

levanta a suspeita de que por<br />

trás da doação estariam interesses<br />

econômicos do próprio<br />

grupo diretor da fundação,<br />

que conta com empresários<br />

do mercado imobiliário entre<br />

seus membros - caso de Carlos<br />

Seabra Suarez.<br />

O arquiteto Marcelo Ferraz<br />

garante, no entanto, que não<br />

sofreu qualquer tipo de pressão<br />

para o desenvolvimento do<br />

projeto. “Fizemos aquilo que<br />

achávamos melhor para a cidade<br />

do ponto de vista urbanístico;<br />

inclusive com apoio de profi<br />

ssionais locais conceituados.”<br />

A reação lenta da prefeitura<br />

em responder às críticas<br />

ressentiu o doador do projeto,<br />

que desfez a doação, retirando<br />

o projeto das mãos do poder<br />

público. “Esperamos agora que<br />

o Governo do Estado, que se<br />

demonstrou muito interessado,<br />

possa reverter esta delicada<br />

situação, para que pelo menos<br />

parte do Nova <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong><br />

possa vir um dia a tramitar nos<br />

órgãos legislativos, ser aprovado<br />

e fi nalmente executado”, declara<br />

Marcelo Ferraz.<br />

Consultada pela reportagem,<br />

a assessora Ana Lúcia Andrade,<br />

da Sedham (Secretaria<br />

Municipal de Desenvolvimento<br />

Urbano, Habitação e Meio<br />

Ambiente de Salvador) afi rma<br />

que, uma vez que o projeto tenha<br />

sido “desdoado”, “ele não<br />

poderá mais ser licitado e nem<br />

mesmo comentado pelo poder<br />

público”.

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