Em benefício dos jovens do Brasil - Centro de Estudos Rotários

| RotaryWorld Outubro de 007
Bolsistas contribuem à educação infantil na Argentina
Em dezembro, Kimberly Berls e
Tanner Wells, beneficiárias do programa
de Bolsas Educacionais da
Fundação Rotária, visitaram a região da
Patagônia, na Argentina. Provenientes
dos Estados Unidos, as bolsistas enfrentaram
uma viagem de 20 horas de ônibus
em estrada de terra, seguida de jornada
de seis horas de carro, de Buenos Aires à
província de Rio Negro.
“Estávamos com a janela fechada o
tempo todo, mas ainda assim o interior
do carro ficou cheio de poeira, inclusive
nossos sapatos”, explicou Kimberly.
Mas as agruras da viagem não foram
suficientes para detê-las da missão de
entregar os materiais prometidos à Escola
Aguada de Guerra, entre eles soft-
ware, cartuchos para impressoras, tocador
de DVD, DVDs, livros infantis e outros.
Além disso, elas realizaram atividades
com os estudantes relacionadas à geografia
e conscientização global. Mais tarde,
entregaram 10 caixas de alimentos não-
perecíveis, utensílios de cozinha e outros
produtos à Escola Niñas de Ayouma.
Kimberly e Tanner, juntamente com
mais dois bolsistas, Emily Pierce e Christopher
Tepper, idealizaram este projeto
de Serviços à Comunidade Mundial
(SCM) para incentivar a alfabetização e
promover a compreensão mundial. Com
a ajuda de Rotary Clubs em Puerto Madero,
em Buenos Aires, e de Gainesville-
Haymarket, nos EUA, os quatro bolsistas
angariaram US$8.401 de 45 clubes em
cinco distritos.
Em março, Emily e Christopher se encarregaram
da segunda fase do projeto, a
entrega de cinco computadores, software
educacionais e livros a Aguada de Guerra.
Além disso, ensinaram os estudantes
a usar os novos recursos. “Com a ajuda
de 45 Rotary Clubs em cinco distritos
rotários em dois continentes e dos funcionários
de SCM do RI, os quatro bolsistas
conseguiram beneficiar 80 crianças
argentinas”, elucidou Emily.
Projeto de cardiologia em djibuti atende a carentes
Russ Hobbs queria ver o Distrito 5170
(Califórnia, EUA) realizando um projeto
de Subsídio Equivalente com rotarianos
de outra parte do mundo. A questão era
decidir onde.
“Como eu tinha feito parte de equipe
que havia realizado um projeto de cardiologia
com Bob Pagett, presidente da Assist
International, pedi a ele que nos ajudasse a
selecionar um local”, explicou Hobbs, go-
“ Participamos de um projeto
que ajudará a salvar centenas
de vidas anualmente.”
— Russ Hobbs
vernador do distrito em 2006-07. “Bob recomendou
o Djibuti porque ele conhecia
as necessidades, as instalações, as pessoas e
o nível de segurança do local.”
Foi através de Bob, sócio do Rotary
Club de Scotts Valley, na Califórnia, que
rotarianos do distrito 5170 (Califórnia, euA) inspecionam os equipamentos cardiológicos fornecidos
através de um projeto de Subsídios equivalentes em djibuti. da esquerda para a direita:
rae Williams, do rotary Club de Los Gatos morning, e Flo Stafford, Linda Price, russ Hobbs e
Joe Hamilton, do rotary Club de Sunnyvale.
PALAVrAS InSPIrAdOrAS
Russ ficou sabendo que o Djibuti enfrenta
necessidades críticas na área de assistência
cardiológica. “O Hospital Peltier
possui um dos mais altos índices de óbito
por cada 100.000 mulheres e crianças em
toda a África”, explicou Hobbs.
O Distrito 5170 reuniu forças com o
Rotary Club de Djibouti na implementação
de um projeto que se beneficiou de
um Subsídio Equivalente de US$60.000
para prover e instalar unidades cardiológicas
nas alas pediátrica e de cardiologia
do hospital. Além disso, médicos e enfermeiras
foram treinados quanto ao uso do
equipamento.
Em março, Hobbs e cinco outros rotarianos
do Distrito 5170 viajaram ao
Djibuti para inspecionar as novas instalações
do hospital. “Participamos de um
projeto que ajudará a salvar centenas de
vidas anualmente e tudo isso porque um
dia alguém nos convidou a fazer parte de
um Rotary Club”, declarou.
“Precisamos expandir nossos horizontes quando buscamos novos sócios e nos dedicamos a
recrutar jovens aos clubes. Os jovens trazem novas perspectivas, novos talentos e energia.
Além disso, possuem enorme potencial para se tornar verdadeiros líderes rotários no futuro.”
— Presidente do RI Wilfrid J. Wilkinson
estudantes dão boas-vindas a Tanner Wells e Kimberly Berls (ao fundo) na escola Aguada de Guerra.
Grande porção?
Porcentagem do preço total de afiliação
ao clube alocada a refeições
9%
Índia
12
23
Coréia
África Subsaariana
26
27 27
Japão
Ásia
Europa Central e Oriental
América Central e do Sul
Assim como tantas coisas boas da vida,
a afiliação a um Rotary Club tem seu
preço. Em geral, os custos anuais de
afiliação — quotas de clube e distrito,
refeições, contribuições a fundações e
serviços relacionados ao Rotary, e a assinatura
de uma revista rotária — variam
consideravelmente entre os clubes
e distritos. O único valor universal refere-se
às quotas semestrais (US$23,50)
pagas ao Rotary International.
Segundo levantamento realizado
pelo RI, as refeições constituem a maior
porção das despesas de afiliação em 11
das 14 regiões participantes. Na Índia,
Japão e Coréia, no entanto, os sócios
gastam mais com as quotas de clube
do que com refeições. As contribuições
aos programas para jovens e aos projetos
de prestação de serviços, por sua
vez, representam a porção mais significativa
da afiliação, e estão em geral em
segundo lugar depois das refeições. As
quotas ao RI equivalem, na maioria dos
casos, a uma faixa de 2% a 5%, sendo
13% o índice mais alto indicado para
essa categoria.
O que os rotarianos deveriam receber
em retorno? “Bons programas,
refeições de qualidade aceitável, boa liderança,
bons projetos e companheirismo”,
declarou Chris Offer, presidente da
comissão de desenvolvimento do quadro
social e expansão de 2006-07. “Não
29 29
35
38
Filipinas
Ilhas do Caribe
Oriente Médio e Norte da África
Com base em pesquisa conduzida pelo RI em junho de 2006 com 1.649 clubes.
40
43
46
Europa Ocidental
América do Norte
Austrália, Nova Zelândia e Ilhas do Pacífico
58
Grã-Bretanha e Irlanda
Afiliação ao clube: cara demais ou
investimento compensador?
Controle dos custos
Altos custos podem resultar em baixo
número de sócios. Para manter os
custos de afiliação razoáveis, alguns
clubes adotaram as seguintes idéias:
• Mudar as reuniões para o fim da
tarde e, desta forma, substituir os
jantares por lanches.
• Diminuir as quotas de clube, ou estabelecer
valores menores para os
jovens e os sócios mais velhos.
• Ao recrutar rotaractianos, aproveitar
a norma aprovada pelo conselho
de legislação de 2007, que isenta
aqueles que deixaram de ser rotaractianos
há menos de dois anos da
taxa de admissão a Rotary Club.
acredito que o Rotary seja muito caro”,
afirmou. “Quando ouço rotarianos dizendo
que o Rotary custa muito ou consome
tempo demais, tenho a impressão
de que eles não valorizam a organização
o suficiente ou que seus clubes não estão
utilizando o dinheiro arrecadado da
maneira mais eficaz possível.”
Para mais detalhes sobre o assunto,
consulte a coluna Clubes Perguntam na
página 3.