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TRF5º Daniel Souza Ficha 01: Redação ... - Espaço Jurídico

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ALGUMAS PARTICULARIDADES DO EDITAL TRF 5ª. REGIÃO 2<strong>01</strong>2<br />

VI – DAS PROVAS<br />

<strong>TRF5º</strong><br />

<strong>Daniel</strong> <strong>Souza</strong><br />

<strong>Ficha</strong> <strong>01</strong>: <strong>Redação</strong> Discursiva<br />

3.Prova Discursiva – <strong>Redação</strong>, para os cargos de Analista Judiciário – Área Judiciária, Analista<br />

Judiciário – Área Judiciária – Especialidade Execução de Mandados e Analista Judiciário –<br />

Área Administrativa, de caráter habilitatório e classificatório, será realizada no mesmo dia e<br />

período de aplicação das Provas Objetivas, de acordo com o disposto no Capítulo IX deste<br />

Edital.<br />

4. A Prova Discursiva - <strong>Redação</strong> para o cargo de Técnico Judiciário – Área Administrativa, de<br />

caráter habilitatório, exceto quanto ao critério de desempate, será realizada no mesmo dia e<br />

período de aplicação das Provas Objetivas, de acordo com o disposto no Capítulo IX deste<br />

Edital.<br />

IX. DA PROVA DISCURSIVA – REDAÇÃO PARA OS CARGOS DE ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA<br />

JUDICIÁRIA, ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE EXECUÇÃO DE<br />

MANDADOS, ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA<br />

ADMINSITRATIVA<br />

1. A Prova Discursiva - <strong>Redação</strong> para os candidatos aos cargos de Analista Judiciário – Área<br />

Judiciária, Analista Judiciário – Área Judiciária – Especialidade Execução de Mandados,<br />

Analista Judiciário – Área Administrativa e Técnico Judiciário – Área Administrativa será<br />

aplicada no mesmo dia e horário das Provas Objetivas de Conhecimentos Gerais e<br />

Conhecimentos Específicos.<br />

2. Somente será corrigida a Prova Discursiva - <strong>Redação</strong> dos candidatos habilitados e mais<br />

bem classificados nas Provas Objetivas, na forma do Capítulo VIII, nos limites estabelecidos no<br />

quadro a seguir, mais os empates na última posição e todos os inscritos como candidatos<br />

com deficiência habilitados na forma do Capítulo VIII, observando-se o capítulo V deste<br />

edital.<br />

3. Os candidatos não classificados no limite estabelecido no item 2 deste Capítulo serão<br />

excluídos do Concurso.<br />

4. Na Prova Discursiva - <strong>Redação</strong> para os cargos de Analista Judiciário – Área Judiciária e<br />

Analista Judiciário – Área Judiciária – Especialidade Execução de Mandados será<br />

apresentado um tema, em relação ao qual o candidato deverá demonstrar conhecimento<br />

técnico jurídico.<br />

6. Na Prova Discursiva - <strong>Redação</strong> para os cargos Analista Judiciário – Área Administrativa e<br />

Técnico Judiciário – Área Administrativa será apresentada uma única proposta a respeito da<br />

qual o candidato deverá desenvolver a redação.<br />

12. A Prova Discursiva – <strong>Redação</strong>, para os cargos de Analista Judiciário – Área Judiciária,<br />

Analista Judiciário – Área Judiciária – Especialidade Execução de Mandados e Analista<br />

Judiciário – Área Administrativa, terá caráter habilitatório e classificatório e será avaliada na<br />

Boa Viagem Boa Vista<br />

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Tel.81 – 3462-8989 – CEP: 51021-480 Tel. 81 – 3423-<strong>01</strong>41 – CEP: 50050-250<br />

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<strong>TRF5º</strong><br />

<strong>Daniel</strong> <strong>Souza</strong><br />

<strong>Ficha</strong> <strong>01</strong>: <strong>Redação</strong> Discursiva<br />

escala de 0 (zero) a 100 (cem) pontos, considerando-se habilitado o candidato que nela<br />

obtiver nota igual ou superior a 50 (cinquenta) pontos.<br />

13. A Prova de <strong>Redação</strong>, para o cargo de Técnico Judiciário – Área Administrativa, terá<br />

caráter exclusivamente habilitatório, exceto quanto ao critério de desempate, não influindo<br />

na classificação do candidato, e será avaliada na escala de 0 (zero) a 100 (cem) pontos,<br />

considerando-se habilitado o candidato que nela obtiver nota igual ou superior a 50<br />

(cinquenta) pontos.<br />

• CRITÉRIOS DE CORREÇÃO FCC PARA A PROVA DISCURSIVA - REDAÇÃO<br />

Na avaliação da Prova Discursiva – <strong>Redação</strong> serão considerados, para atribuição dos<br />

pontos, os seguintes aspectos:<br />

Conteúdo – até 40(70) (quarenta) pontos:<br />

a) perspectiva adotada no tratamento do tema;<br />

b) capacidade de análise e senso crítico em relação ao tema proposto;<br />

c) consistência dos argumentos, clareza e coerência no seu encadeamento.<br />

A nota será prejudicada, proporcionalmente, caso ocorra abordagem tangencial, parcial ou<br />

diluída em meio a divagações e/ou colagem de textos e de questões apresentados na<br />

prova<br />

Estrutura – até 30(15) (trinta) pontos:<br />

a) respeito ao gênero solicitado;<br />

b) progressão textual e encadeamento de ideias;<br />

c) articulação de frases e parágrafos (coesão textual).<br />

Expressão – até 30(15) (trinta) pontos:<br />

A avaliação da expressão não será feita de modo estanque ou mecânico, mas sim de<br />

acordo com sua estreita correlação com o conteúdo desenvolvido. A avaliação será feita<br />

considerando-se:<br />

a) desempenho linguístico de acordo com o nível de conhecimento exigido para o<br />

Cargo/Área/Especialidade;<br />

b) adequação do nível de linguagem adotado à produção proposta e coerência no uso;<br />

c) domínio da norma culta formal, com atenção aos seguintes itens: estrutura sintática de<br />

orações e períodos, elementos coesivos; concordância verbal e nominal; pontuação;<br />

regência verbal e nominal; emprego de pronomes; flexão verbal e nominal; uso de tempos e<br />

modos verbais; grafia e acentuação.<br />

Na aferição do critério de correção gramatical, por ocasião da avaliação do desempenho<br />

na Prova Discursiva-<strong>Redação</strong>, poderão os candidatos valer-se das normas ortográficas em<br />

vigor antes ou depois daquelas implementadas pelo Decreto Presidencial nº 6.583, de 29 de<br />

setembro de 2008, em decorrência do período de transição previsto no art. 2º, parágrafo<br />

único da citada norma que estabeleceu o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.<br />

Será atribuída nota ZERO à Prova Discursiva - <strong>Redação</strong> que:<br />

a) fugir à modalidade de texto solicitada e/ou ao tema proposto;<br />

b) apresentar texto sob forma não articulada verbalmente (apenas com desenhos, números<br />

e palavras soltas ou em versos) ou qualquer fragmento de texto escrito fora do local<br />

apropriado;<br />

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<strong>TRF5º</strong><br />

<strong>Daniel</strong> <strong>Souza</strong><br />

<strong>Ficha</strong> <strong>01</strong>: <strong>Redação</strong> Discursiva<br />

c) for assinada fora do local apropriado;<br />

d) apresentar qualquer sinal que, de alguma forma, possibilite a identificação do candidato;<br />

e) for escrita a lápis, em parte ou em sua totalidade;<br />

f) estiver em branco;<br />

g) apresentar letra ilegível e/ou incompreensível;<br />

h) não observar os limites mínimo de 20 (vinte) linhas e máximo de 30 (trinta) linhas.<br />

O QUE É TEXTO?<br />

A idéia de texto aplica-se à noção de comunicação. Tudo o que falamos ou<br />

escrevemos, e até mesmo o que pintamos ou fotografamos (numa dimensão não – verbal)<br />

pode ser chamado de texto. Quando elaboramos uma rede de significados – por meio de<br />

determinada forma de linguagem - com o objetivo de informar, explicar, discordar,<br />

convencer, aconselhar, ordenar, etc. e tudo isso consegue significar algo para o leitor<br />

(receptor, ouvinte, observador, decodificador, etc.) criamos um texto.<br />

O texto é, assim, uma comunicação de intenções: um conjunto de mecanismos<br />

organizados segundo os códigos de uma linguagem e adequados aos destinatários. É o que<br />

necessitamos para prolongar nossas intenções aos outros. E isso significa dizer que, na<br />

modalidade verbal, palavras e frases devem ser bem articuladas, para poderem produzir<br />

significações e conduzir nossa intencionalidade; caso sejam dispostas de forma desconexa e<br />

aleatória, não haverá a interferência dos destinatários, não seremos entendidos, e não<br />

existirá texto.<br />

TIPOLOGIA TEXTUAL<br />

TIPOS DE TEXTOS EXIGIDOS NOS CONCURSOS<br />

DESCRIÇÃO<br />

Texto que detalha; busca apresentar ou definir um ser, um objeto, um ambiente, uma<br />

ideia, um procedimento, uma conduta, um método etc.. Reúne elementos por meio dos<br />

quais o leitor passa a conhecer o que foi descrito.<br />

EXEMPLO DE PROPOSTA TEMÁTICA QUE ENVOLVE A MODALIDADE DESCRIÇÃO:<br />

UnB/CESPE – TRE/MA - Analista Judiciário – Área: Judiciária<br />

Considerando as regras constitucionais pertinentes à organização da justiça eleitoral,<br />

discorra sobre os tribunais regionais eleitorais,<br />

sua composição, modo de escolha dos seus membros e de seu presidente, garantias, tempo<br />

de serviço dos membros no tribunal e finalidade da fixação do período, bem como acerca<br />

da recorribilidade de suas decisões.<br />

NARRAÇÃO<br />

Sequencia fatos, relata situações, informa, mostra ações acompanhadas de suas<br />

circunstâncias; leva o leitor a conhecer um ou vários acontecimentos; conta história real ou<br />

fictícia.<br />

EXEMPLO DE PROPOSTA TEMÁTICA QUE ENVOVE NARRAÇÃO:<br />

UnB / CESPE – TRE / MA : Analista Judiciário – Área: Administrativa<br />

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<strong>TRF5º</strong><br />

<strong>Daniel</strong> <strong>Souza</strong><br />

<strong>Ficha</strong> <strong>01</strong>: <strong>Redação</strong> Discursiva<br />

Naturalmente, o fato de que não se pode governar como quem dirige uma empresa não<br />

quer dizer que o governo não possa tornar-se mais empreendedor. Qualquer instituição,<br />

pública ou privada, pode ser empreendedora, assim como qualquer instituição, pública ou<br />

privada, pode ser burocrática.<br />

Osborne e Gaeble. Reinventando o governo. Brasília: ENAP, 1994, p. 23 (com adaptações).<br />

Considerando que o texto acima tem caráter exclusivamente motivador, redija um texto<br />

dissertativo que aborde o tema do desafio contínuo da gestão pública e que enfoque,<br />

necessariamente, os seguintes aspectos:<br />

evolução do paradigma burocrático para a gestão empreendedora;<br />

participação do cidadão nas decisões do governo;<br />

desafio do setor público como gestor de resultados e agregador de valor para os cidadãos.<br />

DISSERTAÇÃO<br />

Analisa assuntos; formula ponto de vista; constrói teses ou hipóteses; elabora<br />

argumentos; defende opinião ou posicionamento de maneira impessoal sobre algo. Pode<br />

apresentar aspecto argumentativo ou expositivo de acordo com a modalidade exigida no<br />

certame.<br />

EXEMPLO DE PROPOSTA DE DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA. TRE / CE - FCC TÉC. JUD.<br />

No Brasil, como em praticamente todo o mundo, o envelhecimento gradativo da<br />

população parece um processo sem volta. Se não há como não saudar essa conquista da<br />

humanidade e enaltecer os seus frutos, é preciso reconhecer que o aumento da expectativa<br />

de vida traz enormes desafios a todas as gerações.<br />

A qualidade de vida na velhice e o equilíbrio entre trabalho e aposentadoria são apenas<br />

dois dos temas mais polêmicos no centro de um debate que deve se estender ainda por<br />

muitos e muitos anos.<br />

Considerando o que se afirma acima, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre<br />

o seguinte tema:<br />

Os benefícios e os desafios que o aumento da longevidade traz aos indivíduos e à sociedade<br />

EXEMPLO DE PROPOSTA DE DISSERTAÇÃO EXPOSITIVA.<br />

UnB/CESPE – STF : Analista Judiciário: Contabilidade<br />

Os balanços públicos a serem elaborados pelas entidades públicas ao final de cada<br />

exercício financeiro encontram-se regulamentados no art. 1<strong>01</strong> da Lei n.º 4.320/1964, que traz<br />

textualmente que os resultados gerais do exercício serão demonstrados no balanço<br />

orçamentário, no balanço financeiro, no balanço patrimonial e na demonstração das<br />

variações patrimoniais.<br />

Considerando as tipicidades que cercam esses balanços públicos, redija um texto dissertativo<br />

acerca do seguinte tema.<br />

Função e resultados dos balanços públicos da Lei n.º 4.320/1964. Ao elaborar seu texto,<br />

necessariamente, responda de modo justificado aos seguintes questionamentos.<br />

O que cabe a cada um dos citados balanços públicos demonstrar.<br />

Como deve ser interpretado o resultado superávit em cada um dos mencionados balanços<br />

públicos.<br />

DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA<br />

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<strong>TRF5º</strong><br />

<strong>Daniel</strong> <strong>Souza</strong><br />

<strong>Ficha</strong> <strong>01</strong>: <strong>Redação</strong> Discursiva<br />

A dissertação argumentativa corresponde a um gênero textual específico que busca,<br />

sobretudo, o convencimento do leitor. Procura conduzir o leitor a concordar com uma dada<br />

posição sobre os temas, mudar seu comportamento ou aceitar um princípio. Ela possui<br />

marcas peculiares como a preocupação em formar a opinião do leitor, em demonstrar uma<br />

verdade guiada pela razão e pelos princípios da lógica, fundamentada na evidência de<br />

provas e no raciocínio coerente e consistente.<br />

Produzir um texto com características como essas, principalmente em um processo<br />

seletivo, requer do(a) redator(a) a habilidade de conferir à sua produção qualificadores que<br />

sejam resultado de um bom planejamento. Logo, é necessário traçar um plano tanto para a<br />

forma quanto para o conteúdo do texto.<br />

DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA: COMO É?<br />

Comumente, os editais de concursos, ao cobrarem dissertação, estabelecem para os<br />

candidatos, em relação à prova de redação, os seguintes critérios de avaliação:<br />

Quanto à forma:<br />

a)escrita em prosa;<br />

b)distribuída em parágrafos (no mínimo três): introdução; desenvolvimento; conclusão.<br />

ASPECTOS:<br />

• Apresentação textual;<br />

• Objetividade e clareza frente ao tema;<br />

• Seleção e articulação dos argumentos;<br />

• Progressividade textual;<br />

• Concisão;<br />

• Coerência e coesão.<br />

• Correção gramatical e propriedade vocabular.<br />

Os pontos listados anteriormente indicam os requisitos de uma boa dissertação. E é o<br />

treino em torno de cada um desses aspectos que garantirá a qualidade de seu texto, seja<br />

ele de caráter argumentativo ou expositivo.<br />

Os enunciados das provas de redação (comando de questão discursiva), ao exigirem<br />

a produção de uma dissertação argumentativa, na maioria dos casos oferecerem um ou<br />

mais textos de caráter motivador e costumam trazer indicações como: “redija um texto<br />

dissertativo/argumentativo desenvolvendo o seguinte tema...”. Portanto, cabe-nos conquistar<br />

maior intimidade dessa modalidade de texto.<br />

Uma dissertação argumentativa, como vimos, é um comentário do que existe e sobre<br />

o que acontece em torno de nós. Assim, as idéias são sua matéria prima. É das idéias que<br />

temos sobre os assuntos e fatos do cotidiano que formamos nosso ponto de vista, elaboramos<br />

argumentos e os relacionamos, compomos nossas opiniões chegamos a conclusões.<br />

Dissertar é (na realidade dos concursos) realizar uma atividade de uso da língua escrita<br />

por meio da qual expomos um problema, discutimos um tema, debatemos um assunto,<br />

marcamos nosso posicionamento e defendemos nosso ponto de vista (de maneira<br />

impessoal) com base na interpretação que construímos dos fatos, dados e informações que<br />

nos cercam.<br />

Conheçamos melhor essa modalidade de texto.<br />

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ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA<br />

INTRODUÇÃO<br />

<strong>TRF5º</strong><br />

<strong>Daniel</strong> <strong>Souza</strong><br />

<strong>Ficha</strong> <strong>01</strong>: <strong>Redação</strong> Discursiva<br />

Apresenta, de forma geral e abrangente, o tema a ser discutido, marcando um ponto<br />

de vista do autor a respeito do assunto, ao mesmo tempo em que ficam definidas a tese e a<br />

estratégia argumentativa a ser desenvolvida nos parágrafos seguintes.<br />

DESENVOLVIMENTO<br />

Justifica a tese, comprova os argumentos, ilustra, exemplifica, faz o leitor entender e<br />

concordar com a análise dada ao tema.<br />

CONCLUSÃO<br />

Retoma tese e argumentos apresentados (com reelaboração linguística) e marca uma<br />

interferência do autor frente ao tema com uma sugestão, solução ou nova perspectiva para<br />

o assunto, fato ou problema, conforme o caso.<br />

DISSERTAÇÃO EXPOSITIVA<br />

Texto de estrutura dissertativa que formula análise de determinado assunto com base<br />

em conhecimentos (teóricos, técnicos, jurídicos) específicos de determinado campo de<br />

saber. Busca comprovar o domínio científico do candidato em sua área de formação. Pode<br />

ser cobrada nas modalidades TEXTO EXPOSITIVO; ESTUDO DE CASO OU QUESTÃO DISCURSIVA.<br />

ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO EXPOSITIVA<br />

APRESENTAÇÃO<br />

Define o assunto de que trata a proposta temática, relacionando-a à área de<br />

conhecimentos (teóricos, técnicos, jurídicos) a que ela está vinculada.<br />

PROBLEMATIZAÇÃO<br />

Discute a problemática do tema proposto, com base nos possíveis desdobramentos<br />

conceituais, teóricos, metodológicos, legais ou doutrinários a ele relacionados e já previstos<br />

nos conhecimentos científicos existentes na área de formação do candidato.<br />

CONCLUSÃO/RESPOSTA<br />

Fecha uma análise, soluciona uma problemática, formula opinião, aponta alternativas<br />

ou hipóteses para tratamento de determinado assunto, com fundamentos nas ciências da<br />

área de conhecimento a que o tema se relaciona.<br />

ESTUDO DE CASO<br />

Trata-se de Texto com estrutura dissertativa de natureza expositiva que atende a um<br />

tema de conteúdo específico e é formulado a partir de uma situação hipotética, de um<br />

caso proposto ou de uma indagação formulada com base no conteúdo programático.<br />

ESTRUTURA DO ESTUDO DE CASO<br />

INTRODUÇÃO<br />

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<strong>TRF5º</strong><br />

<strong>Daniel</strong> <strong>Souza</strong><br />

<strong>Ficha</strong> <strong>01</strong>: <strong>Redação</strong> Discursiva<br />

Estabelece uma relação entre o caso proposto e o conteúdo específico a ele<br />

relacionado. Indica para o leitor quais os rumos da exposição ou em que elementos a<br />

exposição será fundamentada.<br />

DESENVOLVIMENTO/PROBLEMATIZAÇÃO<br />

Etapa em que são confrontadas as informações, analisados os desdobramentos do<br />

assunto e direcionados os argumentos ou fundamentos solucionadores da situação<br />

problema.<br />

CONCLUSÃO/SOLUÇÃO<br />

Parágrafo final que atende à maneira como a proposta foi elaborada. Ou seja, resolve<br />

a situação-problema ou analisa o caso proposto ou responde a questão formulada.<br />

OBSERVAÇÕES:<br />

NA ELABORAÇÃO DA DISSERTAÇÃO EXPOSITIVA OU NO ESTUDO DE CASO, CONSIDERE:<br />

O texto deve ser construído com base nas informações disponíveis para o assunto e de<br />

modo a adquirir um caráter didático ou científico na abordagem.<br />

1. Condições de exposição<br />

O texto expositivo será produzido em um contexto de avaliação. Em função disso,<br />

durante sua elaboração, o autor deve estar atento ao fato de que a sua exposição<br />

receberá uma nota relativa à qualidade de sua exposição e à validade de seu conteúdo.<br />

2. Consistência dos dados<br />

Os dados apresentados adquirem consistência à medida que são fundamentados no<br />

conhecimento teórico, técnico ou legal. Isso se relaciona a estatísticas, autores, datas, teorias<br />

e leis.<br />

O PLANEJAMENTO DO TEXTO<br />

Sabemos que existe aquele(a) candidato(a) capaz de produzir bons textos sem<br />

realizar um trabalho prévio de planejamento. Certamente, foi bem sucedido(a) em notas de<br />

redação na vida escolar ou tem o hábito de escrever diariamente no recato de sua casa.<br />

Contudo, nosso acompanhamento dos concursos realizados nos últimos tempos mostra que,<br />

mesmo os familiarizados com a prática da escrita, mostram-se tomados por fatores como<br />

ansiedade, limitação do tempo de prova, cansaço e outras sensações que fazem parte de<br />

sua vida de “concurseiro(a)” .<br />

Em uma prova, as ideias surgem de forma esparsa, caótica e desordenadamente e a<br />

ausência de um objetivo determinado resulta em um texto sem consistência e sem<br />

coerência.<br />

Sem dúvida, sua capacidade de realizar um eficiente projeto para seu texto em<br />

circunstância tão adversa - como em um concurso público - estabelecerá a diferença entre<br />

aqueles que tentam e os que fazem uma prova para conquistar a classificação. Por isso, não<br />

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<strong>Daniel</strong> <strong>Souza</strong><br />

<strong>Ficha</strong> <strong>01</strong>: <strong>Redação</strong> Discursiva<br />

será exaustivo treinar constantemente a confecção de um plano, destacadamente porque<br />

será ele o responsável por criar uma personalidade para sua dissertação.<br />

ASPECTOS A CONSIDERAR<br />

1.Defina o assunto de que trata a proposta do texto;<br />

2.Um texto é o resultado de processos de articulação entre enunciados que se unem em<br />

torno de um mesmo sentido, por isso, procure não esgotar o tema no primeiro parágrafo. Este<br />

deve apenas apontar a questão a ser desenvolvida e, de certo modo, antecipar os<br />

argumentos ou estratégias argumentativas a serem empregados. O parágrafo seguinte é<br />

sempre uma retomada e ampliação de algo não explorado no parágrafo anterior. Lembrese<br />

de que um texto é um todo;<br />

3.Um texto é construído por parágrafos interdependentes, sempre em torno de uma mesma<br />

ideia central (presente no tema proposto);<br />

4.Faça uma lista de ideias ou palavras-chave com que vai trabalhar, mas não se esqueça de<br />

subordinar tudo a uma idéia central e de cuidar da articulação e da sequenciação entre<br />

frases, períodos e parágrafos, sem perder de vista a coerência ao tema;<br />

5.Mantenha encadeamento lógico entre as ideias e uma eficiente progressão dos<br />

argumentos;<br />

6.O parágrafo final deve estar voltado à idéia central e os argumentos. Por isso, antes de<br />

escrevê-lo, releia o que já escreveu;<br />

7.Organize as idéias em ordem adequada, de acordo com as afinidades entre elas,<br />

subordinando-as a uma idéia mais ampla;<br />

8.Delimite o assunto e opte por tratá-lo de uma forma que lhe ofereça segurança,<br />

escolhendo, previamente, a distribuição das ideias ao longo do texto. Preocupe-se com a<br />

pertinência ao tema e lembre-se de que é muito importante a definição de seu<br />

procedimento argumentativo: responda a si mesmo(a) o que pretende fazer em seu texto.<br />

Feito o plano, as atenções deverão se voltar para o desenvolvimento, que agora será<br />

bem mais fácil, pois já estão traçadas as linhas gerais. Não se esqueça de selecionar, com<br />

base em seu estilo, um vocabulário adequado, assim como os elementos de coesão<br />

convenientes, adequados ao seu esquema argumentativo, e de ajustar tudo à realidade do<br />

leitor – destino.<br />

A PRODUÇÃO DO TEXTO NOS CONCURSOS<br />

A EFICIÊNCIA DO TEXTO<br />

Na construção de um texto, um dos principais elementos com que devemos nos<br />

preocupar é com a sua eficiência comunicativa, isto é, fazermos com que ele realize, de<br />

forma bastante clara, nossos objetivos e seja decifrado pelo leitor por meio dos mecanismos<br />

de coesão e de coerência.<br />

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<strong>Daniel</strong> <strong>Souza</strong><br />

<strong>Ficha</strong> <strong>01</strong>: <strong>Redação</strong> Discursiva<br />

Essas duas camadas textuais são responsáveis pela sua textualidade, ou seja, pelo<br />

conjunto de características que fazem com que um texto seja um texto: unidade linguística<br />

concreta numa dada situação interativa de comunicação. Dessa percepção advém a<br />

necessidade do estudo de duas camadas fundamentais da malha textual: a coerência e a<br />

coesão, que são, respectivamente, os níveis de sentido e de estrutura textuais.<br />

COERÊNCIA E COESÃO NOS TEXTOS<br />

COERÊNCIA TEXTUAL<br />

O princípio da coerência, para vários teóricos, aplica-se à unidade de sentido no texto; é<br />

a ordenação e ligação das ideias de forma lógica; o alicerce semântico. Compreender a<br />

coerência do texto significa estar de posse dos elos conceituais entre seus diversos<br />

segmentos, depreender as relações existentes entre ideias-chave e idéias secundárias,<br />

decifrar o que o texto nos diz.<br />

COESÃO TEXTUAL<br />

A coesão consiste na ligação das ideias em um texto, é a manifestação linguística da<br />

articulação do pensamento; é o nível interno, a conexão, a articulação de palavras, frases,<br />

orações, períodos, parágrafos que garante a estruturação de uma malha entrelaçada, de<br />

uma teia de significados, de um texto.<br />

ALGUNS RECURSOS DE COESÃO TEXTUAL<br />

Para que um texto tenha uma progressão de ideias, exponha de modo convincente<br />

um ponto de vista, é necessário percebê-lo também como produto de um encadeamento<br />

sintático e semântico, atendendo às ordens da necessidade de estilo e preso à lógica dos<br />

antecedentes e consequentes. É o que chamamos de coesão textual: relação interna<br />

(microestrutural) entre as unidades linguísticas constituintes de um texto: palavra e palavra,<br />

frase e frase, período e período, parágrafo e parágrafo.<br />

Significa dizer que nada poderemos comunicar se não constituirmos enunciados bem<br />

articulados internamente, por meio dos elementos de coesão, garantindo a boa relação<br />

entre as unidades significativas do texto. Entre os recursos convencionais estão: pronomes,<br />

numerais, conjunções, preposições, sinais de pontuação, expedientes relacionais e<br />

operadores argumentativos. Não se trata de meros elementos de ligação, mas de instâncias<br />

capazes de produzir significados, criando relações de sentido.<br />

Obviamente, não tratamos aqui dos textos poéticos ou de outras circunstâncias<br />

verbais de comunicação em que são estabelecidas perfeitas articulações de sentido sem o<br />

uso de estruturas linguísticas coesivas. Lembre-se de que produziremos um texto em um<br />

concurso.<br />

MECANISMOS DE COESÃO REFERENCIAL<br />

Uso de recursos linguísticos por meio dos quais uma expressão se refere a outra ou a uma<br />

ideia para antecipar ou retomar significados no texto, evitando repetições desnecessárias.<br />

ALGUNS RECURSOS DE COESÃO<br />

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PROCESSOS DE REFEÊNCIA<br />

<strong>TRF5º</strong><br />

<strong>Daniel</strong> <strong>Souza</strong><br />

<strong>Ficha</strong> <strong>01</strong>: <strong>Redação</strong> Discursiva<br />

1. Artigos<br />

Definidos e Indefinidos o, a, os, as; um, uma, uns, umas; todos, todas; alguns, algumas etc.<br />

Exercem relação de determinação para os vocábulos.<br />

2. Pronomes<br />

Demonstrativos: este, esse, aquele, tal(e flexões).<br />

Possessivos: seu, dele(e flexões).<br />

Indefinidos: algum, todo, outro (e flexões), vários, diversos, etc.<br />

Interrogativos: quê? Qual?<br />

Relativos: que, qual, cujo (e flexões).<br />

Pessoais de 3ª Pessoa: Ele, ela, eles, elas;<br />

Representam e substituem os nomes a que se referem.<br />

3. Numerais<br />

Cardinais, Ordinais, Multiplicativos<br />

Estabelecem relação quantificadora na preservação de significados no texto<br />

4. Elipse- zeugma<br />

Preservam significados por meio da omissão de termos da oração.<br />

6. Advérbios “Pronominais”: lá, aí, ali, aqui, onde.<br />

Indicam circunstâncias e representam nomes ao mesmo tempo.<br />

5. Expressões Adverbiais do Tipo: assim, desse modo, nesse sentido, nesse contexto, dessa<br />

forma etc.<br />

Realizam retomadas sintéticas de ideias e estabelecem diferentes relações de sentido.<br />

6. Expressões Sinônimas e Substituições<br />

Evitam repetições preservando significados por meio da semelhança semântica.<br />

ESTABELECIMENTO DE RELAÇÕES DE SENTIDO – SEQUENCIAÇÃO DO TEXTO:<br />

Os conectores são responsáveis pelo estabelecimento de diferentes relações de<br />

sentido no texto. Ao empregá-los, devemos estar atentos às relações de significação<br />

estabelecidas, isto é, como as ideias ou informações se relacionaram no texto por meio dos<br />

deles.<br />

Exemplos:<br />

É necessário o desenvolvimento de políticas públicas de segurança para que as regiões<br />

marcadas pela violência se tornem viáveis para o convívio social.<br />

O gestor público não pode estar distante da busca da satisfação dos interesses da<br />

coletividade, uma vez que esta é a finalidade maior de sua atuação no serviço estatal.<br />

ALGUNS ARTICULADORES:<br />

Conformidade: conforme, segundo, de acordo com, em conformidade com;<br />

Adição/ligação: e, também, não só... mas também, tanto... como, além de, além disso,<br />

ainda, nem (= e não);<br />

Oposição: mas, porém, contudo, todavia, etc; embora, ainda que, apesar de (que), etc.;<br />

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<strong>TRF5º</strong><br />

<strong>Daniel</strong> <strong>Souza</strong><br />

<strong>Ficha</strong> <strong>01</strong>: <strong>Redação</strong> Discursiva<br />

Conclusão: portanto, logo, por conseguinte, em função disso, nesse sentido, assim etc.<br />

Comparação: (tanto, tal)... como (quanto), mais... (do) que, menos... (do) que<br />

Extensão: aliás, também, é verdade que, de fato, realmente etc.<br />

A COERÊNCIA DO TEXTO: EFICIÊNCIA COMUNICATIVA<br />

Estamos habituados, diariamente, nas relações com outras pessoas, a informar,<br />

explicar, discordar, convencer, aconselhar, ordenar. Falamos ou escrevemos porque<br />

necessitamos elaborar uma rede de significados diante de algum fato, assunto ou problema.<br />

Assim, surge o texto. Estamos sempre reunindo palavras e frases (falando), indicando relações<br />

entre as palavras e os sentidos (dizendo), conduzindo os enunciados para alguma direção<br />

(mostrando–convencendo). O texto está condicionado, por isso, ao desejo de<br />

comunicarmos intenções.<br />

Devemos, em função disso, ficar atentos, na produção de um texto, a sua eficiência<br />

comunicativa, isto é, fazermos com que ele realize, de forma bastante clara, nossos objetivos<br />

e conduza ao leitor nossas intenções.<br />

Os recursos garantidores da coerência são muitos e diferenciam-se de acordo com o<br />

tipo de texto produzido, a situação comunicativa em que se deu a produção, os recursos de<br />

expressão utilizados, o público-leitor a que se destina, o assunto de que o texto trata, os<br />

propósitos do autor, em síntese, todos os fatores que possibilitam o estabelecimento global<br />

de sentido para o texto em uma situação interativa de comunicação.<br />

A coerência de um texto se estabelece no ato da leitura. Dizemos que um texto é<br />

coerente quando é possível colher dele um sentido, quando ele nos comunica algo.<br />

Portanto, a ideia de coerência se aplica à continuidade de sentidos.<br />

Na elaboração de nossa dissertação argumentativa, para promover a coerência,<br />

consideraremos alguns requisitos. São eles:<br />

- Ajustar as partes com o todo do texto;<br />

- Dar sequência e encadeamento lógico às ideias;<br />

- Cuidar da progressão dos argumentos;<br />

- Explicar as afirmações e justificar a tese;<br />

- Provar as conclusões;<br />

- Ajustar à realidade do leitor.<br />

EXEMPLOS DE DISSERTAÇÕES PRODUZIDAS POR CANDIDATOS<br />

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<strong>TRF5º</strong><br />

<strong>Daniel</strong> <strong>Souza</strong><br />

<strong>Ficha</strong> <strong>01</strong>: <strong>Redação</strong> Discursiva<br />

STJ – 2<strong>01</strong>2 – CESPE– ANALISATA JUDICIÁRIO<br />

Redija, de forma fundamentada, um texto dissertativo acerca da inviolabilidade domiciliar,<br />

garantida pela Constituição Federal no art. 5.º, inciso XI. Em seu texto, aborde,<br />

necessariamente, os seguintes aspectos:<br />

conceito de domicílio para a Constituição Federal;<br />

autoridades com poder de ordenar a violação domiciliar;<br />

hipóteses de admissibilidade de violação domiciliar.<br />

A Constituição Federal do Brasil de 1988 é também conhecida pelo termo<br />

“Constituição Cidadã”. Ela recebe esse título em razão da atenção e relevância que<br />

dedicou aos direitos fundamentais dos cidadãos. O texto constitucional está permeado<br />

desses direitos e de suas garantias, e um dos mais relevantes diz respeito à inviolabilidade<br />

domiciliar.<br />

De acordo com a previsão constitucional, o concito de domicílio é amplo e pode ser<br />

entendido como o local onde a pessoa estabelece residência com ânimo definitivo.<br />

Somando-se à disposição legal, a jurisprudência dos Tribunais Superiores brasileiros é pacífica<br />

no sentido de que tal conceito alcança o domicílio profissional do sujeito. Sendo assim,<br />

também são invioláveis, por exemplo, o consultório dos profissionais de saúde ou o escritório<br />

de um advogado.<br />

Nesse sentido, o artigo 5º. , inciso XI da Carta Maior dispõe que a casa é asilo inviolável<br />

do indivíduo, nela ninguém podendo entrar ou permanecer sem o consentimento.<br />

Entretanto, como ocorre com os demais direitos fundamentais, esse preceito não é absoluto,<br />

comportando exceções. A própria Constituição dispõe expressamente sobre tais ressalvas.<br />

Dessa forma, admite-se a violação domiciliar: se houver o consentimento do morador;<br />

para cumprir mandado judicial, durante o dia; em caso de haver flagrante delito no interior<br />

do recinto, ou para prestar socorro. Nessas duas últimas hipóteses, não se exige que a<br />

violação ocorra apenas durante o dia, também podendo se dar no período noturno.<br />

Por fim, cabe ressaltar que a regra é a inviolabilidade do domicílio. Sua violação é<br />

medida excepcional, devendo-se observar estritamente as hipóteses de cabimento. Assim,<br />

quando não se tratar de flagrante delito ou prestação de socorro, só será possível adentrar<br />

no domicílio de outrem, sem a sua anuência, mediante ordem emanada da autoridade<br />

judiciária competente.<br />

Simone Ferraz<br />

STJ - Cespe. Unb. NOTA 10,00<br />

TRE – SP FCC 2<strong>01</strong>2 – ANAL. JUD-JUDICIÁRIA<br />

Ainda que outros pensadores, antes e depois dele, tenham refletido sobre a mesma<br />

questão, não há como negar a relevância do pensamento de Montesquieu para a história<br />

da separação dos poderes. A advertência feita em sua obra mais célebre, Do espírito das<br />

leis, publicada em 1748, mantém ainda hoje a sua pregnância: “Tudo estaria perdido se o<br />

mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo, exercesse<br />

esses três poderes:<br />

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<strong>TRF5º</strong><br />

<strong>Daniel</strong> <strong>Souza</strong><br />

<strong>Ficha</strong> <strong>01</strong>: <strong>Redação</strong> Discursiva<br />

o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as<br />

divergências dos indivíduos.” A grande distância que nos separa do filósofo francês no tempo<br />

e no espaço não deve constituir obstáculo para que reconheçamos a dívida que temos<br />

para com suas ideias.<br />

Considerando o que se afirma acima, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o<br />

seguinte tema:<br />

A separação dos Poderes no Brasil e sua importância para a democracia brasileira<br />

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988(CF/88) estabelece que são<br />

poderes da União, independentes e harmônicos entre si o Executivo o Legislativo e o<br />

Judiciário. Ela afirma, ainda, que é vedada a tentativa de abolir a separação de tais<br />

poderes, pois constituem cláusulas pétreas. Por conseguinte, o regime democrático de direito<br />

misto, adotado pelo Brasil, requer a observância de tais normas.<br />

O sistema de freios e contrapesos revela que a ação de um poder só é legítima<br />

quando não interfere na esfera do outro. Para tanto, os três poderes possuem funções típicas,<br />

mas nada impede que, excepcionalmente, desempenhem funções atípicas, ou seja, de<br />

outra esfera que não a sua, desde que não viole os princípios constitucionais, entre eles o da<br />

moralidade e o da legalidade .<br />

Sendo assim, além de editar normas, o Poder Legislativo, atipicamente, fiscaliza as<br />

outras esferas do Governo. Ao Poder Judiciário cabe julgar casos práticos, mas,<br />

excepcionalmente, pode legislar. Tal fato ocorre quando ele elabora o próprio regimento<br />

interno do Tribunal respectivo. De igual forma, acontece com o Poder Executivo, pois além<br />

da sua função administrativa, também pode legislar. É o que ocorre, por exemplo, com o<br />

presidente da República quando edita leis delegadas e medidas provisórias.<br />

Não menos importante é notar que a forma federativa de Estado e o regime<br />

democrático de direito defendem que todos os entes da federação – União , Estados, Distrito<br />

federal e Municípios – sejam autônomos e independentes. Dessa forma, tais entes políticos<br />

exercem seus poderes, exceto o Judiciário, de forma plena. Caso contrário, o país não seria<br />

harmônico e o povo não seria soberano.<br />

Assim, a democracia requer a participação do povo no destino da nação, e isso só é<br />

possível com a concretização do sistema de freios e contrapesos. Portanto os três poderes<br />

que compõem a Federação buscam uma sociedade justa e igualitária, porém com<br />

atuações limitadas pelo ordenamento jurídico.<br />

Camila Fox<br />

TRE – SP - FCC NOTA 10,00<br />

PROBLEMAS NOS TEXTOS<br />

O QUE EVITAR EM PROVAS DISCURSIVAS NOS CONCURSOS<br />

ABREVIATURAS E SIGLAS<br />

Estatística do IBGE (...)<br />

c/= com<br />

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p/=para<br />

Educação, saúde etc.<br />

CF = Constituição Federal<br />

ARCAÍSMO<br />

• Vendo o quão é difícil conseguir(...)<br />

• Faz-se mister<br />

• Um grande problema a sociedade brasileira hoje vive(...)<br />

•<br />

FRASES COLOQUIAIS<br />

• Cada um fazer sua parte<br />

• Começam a deixar essa vida de crimes<br />

• Prender não virará solução<br />

• A educação é um direito de todos<br />

• Violência gera violência<br />

• E aí fica a pergunta: (...)<br />

• Muito na mão de poucos<br />

• É preciso mexer nas leis para<br />

EMOTIVIDADE<br />

• Esse governo incompetente que nada faz.<br />

• Infelizmente<br />

• Lamentavelmente<br />

• É triste notarmos<br />

• É um absurdo<br />

• Nossa população, nossa Constituição<br />

• Sentimos a cada dia que nada vai ser ...<br />

LUGAR COMUM<br />

• Nos dias de hoje<br />

• A cada dia que passa<br />

• Concluindo<br />

• Atualmente (no início do texto)<br />

• Na atual conjuntura<br />

• É preciso avaliar essa questão<br />

RECORRÊNCIA AO GERÚNDIO<br />

• Estão se utilizando<br />

• Estão sendo tomadas providências<br />

• Vem causando<br />

• Estamos notando<br />

<strong>TRF5º</strong><br />

<strong>Daniel</strong> <strong>Souza</strong><br />

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• O que está acontecendo é<br />

LINGUAGEM TÉCNICA<br />

• Isto posto - posto isto;<br />

• Supra;<br />

• Referido;<br />

• Mencionado;<br />

• Em epígrafe;<br />

• Em tela;<br />

• Diante de todo o exposto.<br />

CASOS A EVITAR<br />

<strong>TRF5º</strong><br />

<strong>Daniel</strong> <strong>Souza</strong><br />

<strong>Ficha</strong> <strong>01</strong>: <strong>Redação</strong> Discursiva<br />

É importante ressaltar que a liberdade é um direito fundamental protegido pela CF-88.<br />

Ela assegura ao cidadão a liberdade de escolha dos seus representantes, a liberdade de<br />

expressão, a liberdade de imprensa. O homem é livre para ir e vir, é livre para pensar e livre<br />

para expor o que pensa, tudo conforme os limites da lei. Dessa forma, a liberdade não é<br />

ilimitada, ela possui limites legais para que o convívio social seja harmonioso e disciplinado.<br />

É nas eleições onde o povo exerce mais fortemente o direito da cidadania. É através<br />

do voto que se elegem aqueles que governarão o país. Esse direito, no Brasil, foi bastante<br />

facilitado devido à instauração do sistema eletrônico que se fez no processo de votação.<br />

Dessa forma, a modernização do sistema eleitoral está colaborando com o<br />

fortalecimento da democracia, dando mais transparência ao cidadão no exercício de seus<br />

direitos políticos, consolidando, assim, um efetivo Estado Democrático de Direito<br />

salvaguardado na Carta Magna.<br />

Corolário do Estado democrático de direito, a ideia de democracia passa por uma<br />

nova concepção social e teleológica, e isso se deve ao fato de que a antiga definição de<br />

democracia, isto é, a possibilidade de praticar atos da vida civil - muitas vezes<br />

indistintamente – sob o manto do livre arbítrio, vem sendo mitigada pela interpretação<br />

harmoniosa dos institutos da liberdade e responsabilidade, em diapasão com o que se<br />

pode perscrutar do ordenamento pátrio.<br />

Não se pode deixar de constatar o completo divórcio entre o espírito das leis e a alma<br />

do povo e é conhecida no mundo do Direito a ideia de que bastam algumas palavras do<br />

legislador para que bibliotecas inteiras caiam por terra, e hoje é sobre a sociedade que elas<br />

sucumbem com toda força de sua inadequação.<br />

REFERÊENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:<br />

Gacia, Othon M. Comunicação em Prosa Moderna. 17ª. ed., Rio de Janeiro, Editora<br />

Fundação Getúlio Vargas, 1998.<br />

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<strong>TRF5º</strong><br />

<strong>Daniel</strong> <strong>Souza</strong><br />

<strong>Ficha</strong> <strong>01</strong>: <strong>Redação</strong> Discursiva<br />

Koch, Ingedore Grunfeld Vilaça. A coesão textual. 20. ed. – São Paulo: Contexto, 2005.<br />

______________________ . A coerência textual/ Koch, Ingedore Grunfeld Vilaça, Luiz Carlos<br />

Travaglia, 16. ed. – São Paulo: Contexto<br />

Soares, Magda Becker. Técnica de redação: as articulações lingüísticas domo técnica de<br />

pensamento /por Magda Becker Soares e Edson Nascimento Campos. Rio de Janeiro, Ao<br />

Livro Técnico. 1978.<br />

Valença, Ana. Roteiro de <strong>Redação</strong>: lendo e argumentando / Ana Valença, Denise Porto<br />

Cardoso, Sônia Maria Machado. Coord. Antônio Carlos Viana. São Paulo: Scipione, 1998.<br />

Xavier, Antônio Carlos do Santos, Como se faz um texto – A construção da dissertação.<br />

Campinas-SP, Ed. Do Autor, 20<strong>01</strong>.<br />

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