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Aniversário A revista Caros Amigos completou 13 anos de existência, sob o comando do editor Hamilton Octávio de Souza e com a contribuição de José Arbex Jr. e Renato Pompeu, pesos-pesados do jornalismo nacional. Conta, ainda, com articulistas de renome. De circulação mensal, mantém um time de colunistas sem precedente. A revista alçou ao cenário midiático o espetacular Ferréz, talentoso cronista da periferia de São Paulo e dos melhores escritores da nova geração, e, recentemente, abriu espaço para outras vozes dos movimentos culturais, como o cantor e compositor MC Leonardo e o jornalista Pedro Alexandre Sanches. Toda edição traz, ao menos, uma entrevista, com as mais diferentes personalidades, que tem em comum a pertinência do assunto, a relevância dos pontos de vista e a importância do entrevistado. De tiragem limitada, a Caros Amigos é mais que um veículo de comunicação, é um órgão de resistência à grande mídia que tem como característica a independência editorial. Não conta com patrocínio das corporações capitalistas nacionais ou multinacionais e nem por isso prescinde da qualidade, ao contrário, prima pela elegância na forma e pela consistência no conteúdo. A assinatura é barata e acessível. Muitos duvidaram que um projeto tão audacioso e revolucionário pudesse dar certo. E já se passaram 13 anos e 157 edições. Vida longa à revista Caros Amigos. Luís José Bassoli, Taquaritinga/SP Caros leitores CAros Amigos Gosto muito da revista. Já fui assinante e sempre levei a Caros Amigos para a sala de aula com os meus alunos. Vivo em Lisboa onde, infelizmente, nunca encontro a revista, e por isso leio pela internet. Lilian Moura Gostaria de sugerir uma entrevista com Marilena Chauí, filósofa e historiadora de filosofia brasileira; uma importante figura intelectual. Aproveito para parabenizar a resista, que promove uma opção inteligente e verdadeiramente crítica de jornalismo. Monique Calvo Joel rufino e ChiCo XAvier Nossa intenção aqui não é submeter Mestre Didi ao crivo dos “critérios de verdade” do “ceticismo racionalista” defendido por Joel Rufino dos Santos para lançar Chico Xavier na fogueira ou “vala comum” em seu artigo publicado em maio (edição 158). Acredito que o médium Chico Xavier foi colocado em situação desrespeitosa. A linha de argumentação se tornou ainda mais infeliz diante da pergunta seguida de resposta que o autor apresenta no seguinte tom: “por que a idade da ciência e da técnica é também a da crença, do misticismo, da astrologia, da cientologia, dos gnomos, dos Chico Xavier? Bom, primeiro porque é um bom negócio”.Mas por que trazer até nós Mestre Didi, líder espiritual da comunida- de Nagô no Brasil? Apenas para lembrar ao Joel Rufino que o ceticismo-racionalista manifestado por ele foi parcial e preconceituoso e visou atacar a crença espírita e não outra, talvez por um motivo pragmático admitido por ele ao reclamar que “hoje se tornou comum alunos evangélicos e espíritas confrontarem professores”. Parcial e preconceituoso porque certamente Joel Rufino não deixaria de ir a um programa de rádio que abordasse a vida e a obra de Mestre Didi, com o fez na ocasião em que o personagem em foco seria Chico Xavier; ainda mais justificando sua desistência com o argumento de que seu “ceticismo sobre a realidade dos espíritos, vida após a morte etc. acabaria ferindo a susceptibilidade de algum ouvinte crente”. Alexandre Ramos de Azevedo, Rio de Janeiro/RJ ferréz E aí Ferréz, seus escritos são de tirar o chapéu. O conhecimento é a principal arma contra a opressão, suas palavras comprovam isso. Só gostaria que você incluísse na sua comunidade as mulheres que foram pioneiras na área de filosofia, que também sofreram perseguições e preconceitos. Se queremos eleger mulheres na política, não podemos deixá-la apenas como a pilota de um fogão ou cuidando dos filhos. Parabéns, Ferréz. Espero que você nunca desista do prazer da escrita que transforma o cotidiano de sua comunidade. Maria de Lourdes de Oliveira, Sumarezinho/SP julho 2010 caros amigos -Caros leitores_2pags.indd 5 05.07.10 15:44:31 5