2008 – Caderno de Resumos - Núcleo de TCC e IC

COMPARACÃO DE MÉTODOS DE CAPTURA DA MOSCA-DA-FRUTA NO SITIO BARREIRO DU-
MONT-SP
Loss, Otavio.1(IC); Jacomini, Analu Egydio1(O)
Otavio_loss@hotmail.com
¹Curso de Engenharia Ambiental das Faculdades COC
As moscas-da-fruta compreendem espécies de insetos, que causam grandes danos a agricultura mundial, e estão disseminadas
em todos os continentes com exceção do ártico e o antártico. São conhecidas mais de 200 espécies de frutas e hortaliças cultivadas que
hospedam as moscas-da-fruta em todo mundo, sendo as mais importantes os cítricos, pêssego, manga e goiaba. As espécies encontradas
com maior freqüência causando danos a citricultura brasileira são Anastrepha fraterculus e Ceratitis capitata. Os prejuízos mundiais
causados por esta praga aos países produtores de cítricos são da ordem de 85 milhões de dólares. A mosca ataca preferencialmente
frutos maduros (amarelos), onde deposita seus ovos. Depois da eclosão, que se dá no interior dos frutos, a larva completa o ciclo, saindo
apenas para se transformar em pupa, o que ocorre no solo. Normalmente há mais de uma larva no interior do fruto. O fruto atacado fica
mole e apodrecido, apresentando geralmente uma mancha circular marrom. O monitoramento da população da mosca na natureza é
um fato absolutamente importante, pois, demonstra como se deve avaliar a população do pomar para que se possam tomar as medidas
de controle mais efetivas. Uma forma de monitoramento muito importante é o uso de diferentes tipos de armadilhas contendo diferentes
atrativos, que são feitas com o intuito de atrair e capturar a forma adulta das moscas-das-frutas, nos dando as informações precisas
de como e onde estão essas populações na natureza. O objetivo da pesquisa foi comparar diferentes tipos de atrativos alimentares na
captura de moscas com armadilhas confeccionadas de embalagens plásticas no sitio Barreiro, localizado na cidade de Dumont-SP.
Realizou-se a introdução das armadilhas no pomar com os respectivos atrativos alimentares: açúcar mascavo, vinagre de vinho e suco
de fruta do próprio pomar. Cada garrafa continha 150 ml de atrativo alimentar, expostas em triplicatas para cada atrativo, totalizando 9
garrafas, que foram inseridas entre as 15:00 e 15:25 do dia 04/09/08 e retiradas no dia 06/09/08 entre 15:40 e 15:55. A cada 3 metros
da linha do pomar colocou-se uma armadilha contendo o atrativo alimentar, a uma altura de aproximadamente 1,60-1,70 m e dispostos
aleatoriamente. Logo após o monitoramento das armadilhas durante três dias, efetuou-se a contagem de moscas-da-fruta e insetos
capturados em cada atrativo alimentar. A pesquisa concluiu que as armadilhas contendo o açúcar mascavo como atrativo alimentar,
não capturou nenhuma mosca e nenhum outro inseto. Já as armadilhas contendo suco de fruta e vinagre de vinho como atrativo capturou
tanto moscas-da-fruta quanto outros insetos. Pode-se perceber também que a armadilha contendo suco de fruta teve um maior
desempenho na captura de moscas de maior tamanho no estágio adulto, e na captura de outros insetos, enquanto a armadilha contendo
vinagre como atrativo teve um desempenho melhor na captura de moscas mais jovens na fase adulta. Neste sentido, a definição do nível
de controle desta praga, através da escolha da armadilha, é uma importante ferramenta para o controle posterior com iscas tóxicas ou
outro inseticida.
RECURSOS - A CAMINHO DE UM USO SUSTENTÁVEL
Loss, Otavio.1(IC); Lazarini, Ana Paula 1(O)
otavio_loss@hotmail.com
¹Curso de Engenharia Ambiental das Faculdades COC
A exploração racional e sustentável dos recursos também tem sido alvo de discussão no mundo das Geociências. A mineração
é, com freqüência, citada como atividade agressiva ao ambiente e incapaz de contribuir com o desenvolvimento sustentável das regiões
onde se localiza. O ambientalismo expandiu-se, penetrando em outras áreas e estimulando vários grupos, onde o conceito do desenvolvimento
sustentado assume papel preponderante. No entanto, a extração dos bens minerais foi e continuará sendo exercida nos próximos
séculos, pois os seres humanos necessitam dos materiais geológicos para construírem boas condições de proteção, alimentação,
educação, saúde e transporte. O desafio para a sociedade, e em particular aos profissionais das geociências, é contribuir na construção
de uma mineração geradora de renda e emprego, em bases ambientalmente sustentáveis, que garanta o consumo de bens minerais
hoje e no futuro, em especial para aqueles segmentos sociais que nunca tiveram acesso aos seus benefícios. Nesse sentido, o governo
brasileiro vem empreendendo ações articuladas que fundamentam uma nova postura com relação à gestão do aproveitamento dos recursos
minerais e hídricos, cuja visão pressupõe integralmente os requisitos de sustentabilidade em suas múltiplas etapas. Na proposta
de reestruturação do Ministério de Minas e Energia, a questão ambiental apresenta-se como uma prioridade de governo, em virtude da
grande importância e interface do meio ambiente e da mineração. Isso se efetiva através da criação de um departamento de mineração
sustentável, responsável pela formulação de estudos e políticas ambientais para o Setor Mineral. O Brasil possui especificidades que
determinam parâmetros e características próprios, em termos de gestão ambiental do seu território e dos seus recursos minerais e
hídricos. A busca do conhecimento geológico e o desenvolvimento de tecnologias apropriadas ao aumento da qualidade de vida devem
considerar tais especificidades. O Ministério de Minas e Energia, por meio da Portaria 271/03, instituiu uma Comissão encarregada de
propor soluções para os problemas sociais oriundos da atividade minerária e o meio ambiente. As ações que permearão as atividades
desta Comissão estão fundamentadas nas áreas de Meio Ambiente, Terras Indígenas, Saúde, Segurança e Cooperativismo. Para consolidar
os objetivos institucionais e as ações entre os dois principais agentes envolvidos, o Ministério de Minas e Energia e o Ministério
do Meio Ambiente firmaram, em 30/03/04, o Termo de Cooperação Técnica, visando à implementação de uma Agenda Comum, em
busca de políticas sustentáveis para o país. O Ministério vem atuando de forma contínua junto ao Conselho Nacional de Meio Ambiente
(CONAMA), nas questões ligadas ao setor mineral, de forma a garantir os princípios da sustentabilidade. As questões em discussão são:
Mineração em APP, Compensação Ambiental, Cavidades Naturais, Resíduos e outros. Além disto, participa de outros fóruns, como a
Coordenação do Grupo de Trabalho sobre Licenciamento Ambiental para Atividades de Pesquisa Mineral por meio de Sísmica Indutiva,
da Câmara Técnica de Atividades Minerárias, Energéticas e Infra-estrutura, em que é membro. A preocupação com a sustentabilidade
da mineração conduziu à formulação de um texto base com as principais ações e políticas para o Setor Mineral e o Meio Ambiente, que
foi inserido no texto final da Conferência Nacional de Meio Ambiente realizada em novembro/2003.
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