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Edição 29 - Revista Algomais

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Divulgação<br />

n Na Netuno Alimentos 100% das tilápias chegam vivas na indústria<br />

da a maior empresa do setor de pescados<br />

do Brasil e também a maior exportadora.<br />

Hoje, a Netuno possui cerca de 1.300<br />

tanques redes, todos no Rio São Francisco.<br />

Segundo Castro, o “Velho Chico” foi escolhido<br />

porque reúne uma série de características<br />

favoráveis à aqüicultura, tais como:<br />

clima propício durante todo o ano, água em<br />

volume e qualidade, além de uma constante<br />

renovação que evita qualquer problema<br />

de contaminação por resíduos tóxicos. O<br />

cultivo da tilápia está distribuído em cinco<br />

fazendas do grupo, sendo duas na Bahia,<br />

no município de Paulo Afonso e três em<br />

Pernambuco, nos municípios de Itacuruba,<br />

Petrolândia e Jatobá.<br />

Há dois anos, a Netuno implantou a primeira<br />

fase de um projeto audacioso, e montou<br />

em Paulo Afonso uma unidade industrial<br />

com capacidade para produzir 25.000 toneladas<br />

de tilápias por ano, além de subprodutos<br />

como a farinha de peixe, utilizada na<br />

fabricação de ração animal. Uma das finalidades<br />

deste empreendimento foi proporcionar<br />

conhecimento de mercado, bem como,<br />

o domínio da técnica de industrialização do<br />

peixe, para que a empresa colocasse em<br />

prática a segunda etapa do projeto, desta<br />

vez, em Pernambuco. O local escolhido foi<br />

o município de Belém do São Francisco, no<br />

Sertão do Estado; região que apresenta um<br />

dos menores IDHs – Índice de Desenvolvimento<br />

Humano do Brasil.<br />

Trata-se de um complexo industrial,<br />

instalado em uma área de 70 ha, ao lado<br />

do Rio São Francisco, com capacidade<br />

para beneficiar 40.000 toneladas de tilápias<br />

por ano. O empreendimento vai gerar<br />

cerca de 500 empregos diretos, além dos<br />

pequenos produtores que serão parceiros<br />

no fornecimento do peixe, já que as fazendas<br />

da Netuno devem fornecer 60% da<br />

produção, e os outros 40% devem ser adquiridos<br />

destes produtores. “Belém do São<br />

Francisco vai receber a maior indústria de<br />

pescados do Brasil, e 100% do peixe que<br />

entrar na indústria vão ser aproveitados,”<br />

destaca Sérgio Colaferri, diretor presidente<br />

da empresa.<br />

Além da unidade de beneficiamento da<br />

tilápia, o projeto estimado em R$ 100 milhões,<br />

dos quais, 90% vão ser financiados<br />

pelo Banco do Nordeste, prevê também a<br />

construção de uma fábrica para produzir farinha<br />

e óleo de peixe, um curtume para produzir<br />

manta para calçados e bolsas e uma<br />

fábrica de biodiesel. “Nós vamos transformar<br />

o óleo do peixe em biodiesel. Vai ser<br />

acrescentado 5% de álcool, derivado da<br />

cana-de-açúcar, com 95% do óleo do peixe.<br />

Divulgação<br />

A Tilápia é o<br />

carro-chefe para<br />

o desenvolvimento<br />

da aqüicultura em<br />

Pernambuco<br />

No Brasil a produção do biodiesel é inédita,<br />

mas no Alasca e em Onduras já existe,” explica<br />

Sérgio Colaferri.<br />

O objetivo da empresa é que toda a frota<br />

da Netuno, com cerca de 40 caminhões,<br />

além das indústrias de beneficiamento,<br />

possam funcionar com o biodiesel de peixe,<br />

e o excedente deverá ser vendido para<br />

a Petrobrás. “Agora existe uma legislação<br />

que obriga a adição de 2% de biodiesel no<br />

óleo diesel, mas ainda estamos conversando<br />

com a Petrobrás para ver a questão do<br />

preço,” explica Alexandre Castro, que está<br />

otimista com as perspectivas. O governo do<br />

Estado também tem interesse no empreendimento,<br />

que deve impulsionar a economia<br />

da região. No lançamento do projeto, no<br />

dia 1º de julho, em Belém do São Francisco,<br />

Eduardo Campos, pediu agilidade ao<br />

presidente do Banco do Nordeste, Roberto<br />

Schmith, que também estava presente no<br />

evento.<br />

O complexo da Netuno deve atrair outras<br />

empresas, como fábricas de calçados<br />

e de ração animal. A multinacional Evialis,<br />

detentora da Purina e da Socil, já confirmou<br />

o interesse em investir na região. “Hoje a<br />

Netuno é um dos maiores consumidores da<br />

Purina, cerca de 50% da ração para peixe<br />

que produzimos vai para a Netuno”, explica<br />

Vilson Simon, vice–presidente de operação<br />

da Evialis. A relação comercial entre as duas<br />

empresas é intensa, já que a Netuno vende<br />

farinha de peixe para a Purina, e compra sua<br />

ração animal, por isso as expectativas são<br />

positivas. “Eu estou analisando a possibilidade<br />

de instalar uma fábrica aqui junto do<br />

complexo. Vamos avaliar tudo com muito<br />

critério e até o fim do ano teremos uma posição,”<br />

disse Simon.<br />

O complexo industrial da Netuno deve<br />

estar funcionando em dois anos.“Até o final<br />

do ano esperamos estar com o projeto<br />

aprovado e com as licenças obtidas, para<br />

iniciarmos a construção no ano que vem, e<br />

operar o complexo em 2010,” prevê Castro.<br />

Este é um passo importante para o crescimento<br />

da aqüicultura em Pernambuco, que<br />

vai gerar visibilidade e consequentemente<br />

atrair novos investimentos para o setor. O<br />

Estado mostra cada vez mais a diversidade<br />

de suas potencialidades, que além do<br />

litoral tem muita oportunidade também no<br />

interior. n<br />

* A repórter viajou a convite da Netuno<br />

agosto ><br />

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