E a maior en(hente do rio Parana - Nosso Tempo Digital
E a maior en(hente do rio Parana - Nosso Tempo Digital
E a maior en(hente do rio Parana - Nosso Tempo Digital
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong> é tma<br />
publicacäo da Editora<br />
Liberaçäo Ltda.<br />
Redaçi.Io ' adti?,itrIçdc:<br />
Rua Edmun<strong>do</strong> de<br />
Barros, 830<br />
Fone 72-1863<br />
For <strong>do</strong> Iguagu - Pr,<br />
I)sretorcc prop ,e(a<strong>rio</strong>c<br />
Juvêncio Mazzarollo<br />
Aluizio Palmar<br />
J. Adelino de Souza<br />
Edit ores:<br />
Fábio Campana<br />
Elson Faxina<br />
- NoemiOsna<br />
C('RIT1BA:<br />
Rua Jaime Reis, 369<br />
Fone 223-5095<br />
CASC.I i'E/,:<br />
Rua Pe. Champagriat esq.<br />
Av. Brasil - 39 andar sala 302<br />
Fone 23-6795<br />
.tJJDL I A'/:iI?-l:<br />
Av. i3rdSil, 1883, sala 4<br />
Composto e Impresso<br />
nas of icirias da<br />
JS !AIPRLSS(R.l I. I'D4.<br />
Rua Gaspar Dutna, 225<br />
aixa Postal, 1137<br />
Jardim Maria de Fatima<br />
Cascavel - Paranã.<br />
'H<br />
Uisque & perplexidade Pals sem<br />
CASCAVEL escrupulos<br />
Já vai longe a era <strong>do</strong>urada<br />
em que a classe media cascavel<strong>en</strong>se,<br />
deslumbrada corn o 'milagre"<br />
da soja, dava vazão a eufona<br />
<strong>en</strong>charcan<strong>do</strong>se de ulsque<br />
'escocés' falsifica<strong>do</strong> no Paraguai<br />
e churrasquean<strong>do</strong> de segunda a<br />
<strong>do</strong>mingo pelos mais banais rnoti<br />
vos.<br />
Bons tempos aqueles <strong>do</strong>s<br />
anos 70... Votava-se na Ar<strong>en</strong>a,<br />
ha-se as manchetes <strong>do</strong> 'Fron<br />
teira", falava-se mal da vida<br />
alheia na Boca Maldita <strong>do</strong> fina<strong>do</strong><br />
Cine Av<strong>en</strong>ida, esbanjava-se<br />
gasolina nos galopes autornobilisticos<br />
<strong>do</strong>minicais pela Av<strong>en</strong>ida<br />
Brasil e apostava-se na eternidade<br />
<strong>do</strong> El<strong>do</strong>ra<strong>do</strong> planta<strong>do</strong> em pi<strong>en</strong>o<br />
Extremo Oeste parana<strong>en</strong>se.<br />
Mela dUza de anos, várias<br />
"máxi" e alguns confiscos depois,<br />
o soja-soçaite acorda angustia<strong>do</strong>:<br />
a inflação bate tecordes,<br />
Delfim revelou-se urn falso milagreiro,<br />
os <strong>do</strong>is bi de divida externa<br />
que Jango deixou em<br />
64 transformaram-se em 100,<br />
as cooperativas esto em apuros,<br />
plantar quase cia prejuizo, Cascavel<br />
tern 10 mil desemprega<strong>do</strong>s,<br />
a marginalia conc<strong>en</strong>tra-se perigo-<br />
Para uma empresa de trans-<br />
Porte coletivo, que nas suas ong<strong>en</strong>s<br />
amassava barro ou curtia o<br />
po vermetho, é deveras urn nome<br />
poetico. "Princesa <strong>do</strong>s Campos".<br />
Princesa nascida <strong>en</strong>tre rudes pi<strong>en</strong>eiros<br />
<strong>do</strong> Oeste, neste Paraná<br />
<strong>do</strong>s sonhos e da esperança Para<br />
tanta g<strong>en</strong>te, emigrada principal.<br />
m<strong>en</strong>te <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sul.<br />
No infcio, nos i<strong>do</strong>s <strong>do</strong> desbravam<strong>en</strong>to<br />
de Marechal Cãndi<strong>do</strong><br />
Ron<strong>do</strong>n e de outros municipks<br />
<strong>do</strong> Oeste, a empresa, verdadeira<br />
pioneira <strong>do</strong> transporte<br />
de massa regional, era a Empresa<br />
Rio-<strong>Parana</strong> S.A., sob a direcäo<br />
<strong>do</strong> pioneiro ron<strong>do</strong>n<strong>en</strong>se Arlin<strong>do</strong><br />
Alberto Lamb, Clue fazia os trajetos<br />
de Ron<strong>do</strong>n, Tole<strong>do</strong>, Cascavel<br />
e Ponta Groa nurn trabatho<br />
desbrava<strong>do</strong>r <strong>en</strong>fr<strong>en</strong>tan<strong>do</strong> atoleiros<br />
e estradas inviàveis, heroicam<strong>en</strong>te<br />
servin<strong>do</strong> a população em<br />
meio as piores condiçoes.<br />
So rnais tarde veio a "Princesa<br />
<strong>do</strong>s Campos", quan<strong>do</strong><br />
adquiriu o acervo da "Rio-Paraná"no<br />
conheci<strong>do</strong> orocesso de deglutinaçao<br />
<strong>do</strong> m<strong>en</strong>or pelo rnaior.<br />
A inoc<strong>en</strong>te princesinha passou a<br />
despir-se de sua canduna virginal,<br />
mostran<strong>do</strong> os d<strong>en</strong>tes da voracidade<br />
capitalista <strong>en</strong>golin<strong>do</strong><br />
concorr<strong>en</strong>tes, impedin<strong>do</strong>, por<br />
sua influència politica, clue concessöes<br />
fossem outorgadas a outras<br />
empresas de transporte, nos<br />
trajetos e areas de sèu <strong>do</strong>minlo.<br />
E o resulta<strong>do</strong> podia ser urn<br />
so: tanifas cada vez mais elevadas<br />
e serviços da pior qualidade.<br />
Os viajores <strong>do</strong> Oeste parana<strong>en</strong>se<br />
conhecern de sobra o famigera<strong>do</strong><br />
descaso com que a 'Princesa"<br />
sempre tnatou seus usuánios. Onibus<br />
quebra<strong>do</strong>s, passageiros t<strong>en</strong><strong>do</strong><br />
que pernoitar na estrada. Passa•<br />
g<strong>en</strong>s v<strong>en</strong>dids Para Onibus direto,<br />
em meio caminho transformadas<br />
Para passagem em ônibus "pinga-pinqa".<br />
Atrasos incniveis.<br />
Além da proverbial "g<strong>en</strong>tileza"<br />
na.s ro<strong>do</strong>viánias, onde os passageiros<br />
säo agredi<strong>do</strong>s pelo cons.<br />
tanite mau humor e gross<strong>en</strong>ia de<br />
funciona<strong>rio</strong>s v<strong>en</strong>de<strong>do</strong>res de<br />
oassag<strong>en</strong>s. Agora, a ültima da<br />
/\trave cnn di-<br />
sam<strong>en</strong>te nas periferias Deus sabe<br />
là corn que propositos. E na malcheirosa<br />
ro<strong>do</strong>viaria municipal<br />
aportam dianiarn<strong>en</strong>te farnilias in.<br />
teiras <strong>en</strong>xotadas pela reforma<br />
agraria as avessas patrocinada pe-<br />
Ic nosso modelo agricola exporta<strong>do</strong>r.<br />
Perplexa esta a comunidade,<br />
perplexo estä também o poder<br />
püblico. Não ha saida.<br />
Industrializar? Corn o que?!<br />
Escândalos financeiros (Capemi,<br />
Delfirn, etc.) e faléncias sucedem-se<br />
de forte a sul, de leste<br />
a oeste. Ninguém investe em nada.<br />
0 empresaria<strong>do</strong> local, salvo<br />
raras exceçöes, preferiu jogar as<br />
sobras <strong>do</strong>s anos de ouro no Mato<br />
Grosso. E hoje nem sobras<br />
tern; está descapitaliza<strong>do</strong>. Ha te<br />
mor e apre<strong>en</strong>säo em cada esquina:<br />
<strong>do</strong> boteco de pinga ac, mais<br />
requmta<strong>do</strong> magazine de confeccOes.<br />
Me<strong>do</strong> <strong>do</strong> futuro. Me<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
irnprevisfvel.<br />
Quern te viu e quem te ye,<br />
Cascavel .. (J. A.)<br />
Caprichos da