Fevereiro-Abril 10 - Grupo Desportivo e Cultural dos Empregados ...
Fevereiro-Abril 10 - Grupo Desportivo e Cultural dos Empregados ...
Fevereiro-Abril 10 - Grupo Desportivo e Cultural dos Empregados ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
06<br />
vida associativa<br />
Restaurar e conservar a História<br />
com “saber fazer”<br />
Em dezembro visitámos o Museu da Fundação Ricardo Espírito santo, em Lisboa.<br />
O banqueiro e coleccionador Ricardo<br />
do Espírito Santo Silva doou o Palácio<br />
Azurara e parte da sua colecção privada<br />
ao Estado Português, e assim nasceu a<br />
fundação com o seu nome criada como<br />
museu-escola com a finalidade de proteger<br />
as artes decorativas portuguesas e os<br />
ofícios com elas relaciona<strong>dos</strong>.<br />
O museu tem em exposição permanente<br />
importantes colecções de azulejos portugueses,<br />
mobiliário (do século XVI ao<br />
século XIX), têxteis (incluindo tapetes de<br />
Arraiolos <strong>dos</strong> séculos XVII e XVIII, tapetes<br />
orientais e colchas), ourivesaria (peças<br />
representativas do século XV ao século<br />
XIX), porcelana chinesa, faiança portu-<br />
guesa e pintura, incluindo trabalhos de:<br />
Gregório Lopes; Bento Coelho da Silveira;<br />
Francisco Vieira, “o Portuense”; Vieira<br />
Lusitano; Pillement; Noël; Van Loo; Delerive;<br />
Dirk Stoop e Quillard, entre outros.<br />
A concepção original da obra de Ricardo<br />
do Espírito Santo Silva foi bem mais<br />
longe do que a criação do museu e deve<br />
considerar-se modelar nos campos educativo<br />
e cultural.<br />
Decisivo para o prestígio que a fundação<br />
conquistou tem sido o trabalho realizado<br />
nas oficinas, quer em termos de reprodução<br />
de peças originais e criação de modelos<br />
próprios, quer no que respeita à conservação<br />
e ao restauro do património cultural.<br />
Por António Vale<br />
A “jóia” da arquitectura manuelina<br />
Em Janeiro visitámos o Mosteiro <strong>dos</strong> Jerónimos.<br />
O Mosteiro <strong>dos</strong> Jerónimos é habitual-<br />
mente apontado como a “jóia” da arqui-<br />
tectura manuelina, que integra elemen-<br />
tos arquitectónicos do gótico final e do<br />
renascimento, associando-lhe uma simbologia<br />
régia, cristológica e naturalista,<br />
que a torna única e digna de admiração.<br />
Desde sempre intimamente ligado à Casa<br />
Real Portuguesa, o Mosteiro <strong>dos</strong> Jerónimos,<br />
pela força da ordem, pela produção<br />
intelectual <strong>dos</strong> seus monges, pelo facto<br />
de estar inevitavelmente ligado à epopeia<br />
<strong>dos</strong> Descobrimentos, inclusivamente pela<br />
sua localização geográfica, na capital, à<br />
entrada do porto, é interiorizado como um<br />
<strong>dos</strong> símbolos da nação.<br />
O Museu de Marinha encontra-se localizado<br />
nas alas do Mosteiro <strong>dos</strong> Jerónimos,<br />
e graças ao rei D. Luís, o único monarca<br />
português que comandou navios,<br />
nasceu a história deste museu.<br />
As referências ao mosteiro, que foi acolhimento<br />
e sepulcro de reis – mais tarde,<br />
de poetas –, não têm escapado a cronistas,<br />
viajantes e artistas, pelo que também<br />
não nos escapou.<br />
Por António Vale