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Untitled - Universidade do Minho

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Enquanto a responsabilidade com a formação religiosa <strong>do</strong>s irmãos terceiros assentava<br />

no mestre noviços, as questões materiais e o controle sobre os sacristães estavam a cargo <strong>do</strong><br />

vigário <strong>do</strong> culto divino.<br />

O cuida<strong>do</strong> com as instalações da igreja e de to<strong>do</strong>s os seus aparatos cabia ao vigário. A<br />

fiscalização <strong>do</strong>s sacristães no cumprimento de suas atividades tais como a limpeza e o cuida<strong>do</strong><br />

da igreja, principalmente, nos dias de festividade, e nas peças inventariadas competiam a esse<br />

irmãos. O vigário <strong>do</strong> culto divino possuía a chave <strong>do</strong> armário onde se guardavam os paramentos<br />

mais preciosos e deveria selecionar quais seriam usa<strong>do</strong>s em cada cerimônia. Não somente os<br />

paramentos mais valiosos estavam a seu cargo, a totalidade das peças deveriam ser cuidadas e<br />

quan<strong>do</strong> necessitassem de reparo, o vigário avisaria o ve<strong>do</strong>r das obras.<br />

Nas cerimônias públicas, o vigário sempre deveria carregar a cruz da Ordem Terceira e<br />

nas ocasiões necessárias levar a relíquia <strong>do</strong> Santo Lenho para o povo beijar. Além dessas<br />

circunstâncias, oficiava uma das missas no Lausperene.<br />

Alguns livros ficavam em posse <strong>do</strong> vigário <strong>do</strong> culto divino que tinha a obrigação de<br />

assentar as sepulturas utilizadas, os irmãos faleci<strong>do</strong>s e as missas. No que se refere às missas,<br />

cuidaria <strong>do</strong> total cumprimento destas celebrações, em prol <strong>do</strong>s faleci<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>s lega<strong>do</strong>s,<br />

cobran<strong>do</strong> <strong>do</strong>s sacer<strong>do</strong>tes suas certidões comprovativas de suas celebrações.<br />

Tal como os outros defini<strong>do</strong>res, o vigário <strong>do</strong> culto divino deveria comparecer às juntas e<br />

votava nas decisões da Mesa. Devi<strong>do</strong> às suas funções, os terceiros bracarenses escolhiam<br />

sempre um sacer<strong>do</strong>te, porque se esperava que fosse “perito nas ceremonias da Igreja, e zeloso,<br />

e acea<strong>do</strong> para o culto Divino; pois sem estas circustancias não poderá perfeitamente satisfazer<br />

as muitas obrigações <strong>do</strong> seu Officio”. 82<br />

Outro cargo de bastante responsabilidade, devi<strong>do</strong> às atribuições que lhe estavam<br />

conferidas era o de zela<strong>do</strong>r-mor. Este exercia o cuida<strong>do</strong> sobre to<strong>do</strong>s os irmãos e defini<strong>do</strong>res da<br />

Ordem Terceira, zelan<strong>do</strong> pelo bom cumprimento <strong>do</strong>s estatutos. Deveria escolher os zela<strong>do</strong>res<br />

menores os quais cobrariam e receberiam <strong>do</strong>s irmãos os seus pagamentos anuais. Multaria os<br />

irmãos que faltassem à procissão de Cinzas e acompanhamentos. Nas cerimônias públicas<br />

ficava encarrega<strong>do</strong> igualmente de arrumar os terceiros em filas e cuidaria <strong>do</strong> silêncio.<br />

O zela<strong>do</strong>r-mor seria o responsável pelo cuida<strong>do</strong> da coletividade <strong>do</strong>s irmãos. Fosse<br />

escolhen<strong>do</strong> os zela<strong>do</strong>res menores ou informan<strong>do</strong> sobre os irmãos presos, esse cargo congregava<br />

82 AOTB, Estatutos da Veneravel Ordem Terceira da cidade de Braga 1742, fl. 80.<br />

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