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Untitled - Universidade do Minho

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XVIII. 52 A quantidade de clérigos destaca<strong>do</strong>s especialmente para a “comunhão geral” poderia<br />

variar, sen<strong>do</strong> de quatro a sete os números recorrentes. 53<br />

Após participar da “comunhão geral” durante a manhã, os irmãos terceiros deveriam<br />

voltar, à tarde a igreja para a “prática”. Nesta o padre comissário deveria declarar<br />

“[...] as obrigações da Regra, e indulgências da Ordem e como nenhua das obrigaçoens da Regra<br />

tem pecca<strong>do</strong> mortal e exhortará aos irmãos ao caminho desta perfeição evangelica e declarará<br />

que to<strong>do</strong>s os irmãos e não irmãos, que assistirão a esta pratica e ouvem os sermoens <strong>do</strong>s<br />

Franciscanos ganhão 14 quarentenas de indulgencias que são 560 dias de perdão.” 54<br />

Deste mo<strong>do</strong>, participar dessas cerimônias garantia ao fiel valiosas indulgências,<br />

possibilitan<strong>do</strong> melhores condições para a salvação de sua alma. Minimizar os risco de carregar<br />

peca<strong>do</strong>s auxiliava na “contabilidade” <strong>do</strong> juízo final animan<strong>do</strong> os terceiros franciscanos e outros<br />

fiéis a participarem dessas funções. Também, constituía um meio para alcançar a perfeição<br />

evangélica, patamar que to<strong>do</strong>s deveriam buscar atingir.<br />

A “prática” durante as tardes não decorria nos dias de jubileus.<br />

O jubileu consistia num momento em que os fiéis recebiam indulgência plenária após a<br />

absolvição e a comunhão. De acor<strong>do</strong> com o frade espanhol Antonio Arbiol, o pontífice Leão X<br />

(1513-1521) permitiu aos terceiros franciscanos celebrarem quatro jubileus no ano, sen<strong>do</strong> os<br />

dias defini<strong>do</strong>s pelos religosos responsáveis pelas respectivas Ordens Terceiras (padre comissário<br />

ou prela<strong>do</strong> maior da Província franciscana). 55 As datas para a celebração dependiam das<br />

escolhas locais, coincidin<strong>do</strong> com momentos importantes <strong>do</strong> calendário liturgico. Em Braga, os<br />

52 AOTB, Livro da despesa para o síndico da Ordem Terceira 1710-1760, fls. 38v.-39, 41v., 42v., 67, 73v.<br />

53 Os síndicos da Ordem Terceira não revelaram os motivos para as diferenças nos números de clérigos contrata<strong>do</strong>s nos<br />

dias de “comunhão geral”, mas provavelmente estava relaciona<strong>do</strong> com a flutuação no número de crentes na<br />

cerimônia. AOTB, Livro da despesa para o síndico da Ordem Terceira 1710-1760, fls. 38v.-39, 41v., 42v., 67, 73v.<br />

54 SÃO FRANCISCO, Luís de – Que contem tu<strong>do</strong> o que toca a origem, regra, estatutos, cerimonias, privilégios,<br />

progressos da sagrada Ordem Terceira de nosso seraphico padre São Francisco. Lisboa: Oficina Miguel Deslandes,<br />

1684. p. 556.<br />

55 Conforme ARBIOL, Antonio – Los terceros hijos de el humano serafin. La Venebrable y Esclarecida Orden Tercera de<br />

Nuestro Serafico Patriarca San Francisco. Refierese sus gloriosos principios, regla; leyes, estatutos y Sagra<strong>do</strong>s<br />

exercicios; sus frandes excelencias, indulgencias, y Privilegios Apostolicos y las vidas prodigiosas de sus principales<br />

santos y santas, para consuelo y aprovechamiento de sus ama<strong>do</strong>s hermanos. Zaragoza: Pedro Carreras, 1724. p. 185.<br />

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